Edição 67

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Editorial| Caro leitor, Você acaba de receber mais um exemplar da Revista Nova Fisio&terapia. Este mês, publicamos uma matéria diferente sobre alimentos e ingredientes que ajudam na prevenção de problemas ósseos. Também nesta edição, Giselle Policarpo, jovem atriz com uma carreira promissora na TV conta como sofreu uma lesão na vértebra. Os artigos mais técnicos sobre as novidades e o mundo da fisioterapia continuam aqui. Agora, é só virar a página e aproveitar. Oston de Lacerda Mendes Fisioterapeuta - Editor

Índice| 05 Cartas 06 Clipping de Notícias 07 Frases 08 Coluna Luís Guilherme Barbosa 10 Entrevista com a atriz Giselle Policarpo 12 Chefs criam cardápios que previnem problemas ósseos. 14 Pulsologia aplicada ao processo neoplásico 16 Tratamento em pronação e recrutamento alveolar na Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) 18 É hora de abandonar o termo tendinite 22 Análise da qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária 26 Avaliação dos Efeitos da Massoterapia e Cinesioterapia no Rejuvenescimento Facial 32 Agenda de eventos 36 Contos da Tininha 38 FisioPerfil

Equipe| EQUIPE: EDITORES: LUCIENE LOPES & OSTON MENDES SECRETÁRIA: NINA LOPES MENDES REDATOR: EDUARDO TAVARES DESIGN GRÁFICO E WEB DESIGN: MARCIO AMARAL FOTÓGRAFO: RICARDO “RICK” RIBAS

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Cartas|Escreva também. revista@novafisio.com.br Atenção pais e educadores: ano novo, postura e hábitos novos

Fisioterapeuta alerta: com o início do ano letivo, atenção à postura das crianças deve ser redobrada. Mobiliários e sapatos inadequados também estão entre os “vilões” Começa o ano e, com ele, o início das aulas. O peso das mochilas e a grande quantidade de materiais para carregar são temas recorrentes nos noticiários. Mas há outros itens importantes que merecem atenção dos pais e educadores: calçados e mobiliário escolar inadequados também podem causar complicações na postura dos pequenos. A importância de se tomar medidas para evitar problemas futuros é o alerta feito pela fisioterapeuta Deborah Supino. Com formação em Reeducação Postural Global (RPG), a especialista sinaliza a importância dos cuidados em relação aos calçados, que não devem ser de salto alto – modelo escolhido por muitas meninas – ou com solas muito duras, e aos materiais escolares, que precisam ser devidamente transportados sem sobrecarregar a criança, ou deixados em armários na escola, para que a mochila não fique tão pesada. Dra. Deborah também chama a atenção para outros dois fatores importantes: a prática regular de exercícios físicos e o mobiliário escolar, que muitas vezes não é adequado ao tamanho da criança. “A ausência de educação postural nas escolas primárias é uma grave falha. As crianças quando voltam das férias começam a enfrentar longos períodos na posição sentada em carteiras inadequadas, que resultam em posturas erradas, inclinadas e com os ombros caídos. Os maus hábitos começam a ser estabelecidos e se tornam automáticos”, explica a fisioterapeuta. Segundo a Dra. Deborah, outro problema pode surgir em decorrência das dores na coluna: a falta de motivação. “A criança que sente dores frequentes não se sentirá motivada a concentrar-se no estudo. Ela pode se tornar agitada e com problemas de comportamento.

Blog em Fisioterapia: Informação na Blogosfera!

O blog surgiu para funcionar como um diário eletrônico de mais fácil manuseio que um website. Assim, não é preciso ter muito conhecimento técnico para “alimentá-lo” de informação, para os íntimos – postar. Isso facilita a troca virtual de conhecimento de uma forma rápida e eficiente. Educação, cidadania, política, culinária... E Fisioterapia! Verdade, eu mesmo tenho um. E foi depois de me envolver nesse mundo, que percebi a importância e a popularidade avassaladora que esse meio de comunicação vem ganhando. Muitos pesquisadores expondo suas opiniões, contatos, vídeos, artigos, informação...informação. Deixo uma lista de blogs que eu recomendo e ando visitando muito aqui no Brasil, vale a pena conferir (Inclusive o meu rssss).

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mobilidadefuncional.blogspot.com fisioterapiahumberto.blogspot.com fisioterapiaemterapiaintensiva.blogspot.com fisiorespirar.blogspot.com/ Rodrigo Queiroz Fisioterapeuta - Bahia

Postura correta exige atividade física A coluna vertebral desempenha um papel importante tanto para a postura estática como para a movimentação do corpo, em virtude à posição bípede humana. Dentro de suas múltiplas funções, observa-se que ela apresenta uma estrutura essencial que permite o bom desempenho do aparelho locomotor. A coluna vertebral possui quatro curvaturas normais: a lordose cervical, a cifose torácica, a lordose lombar e a cifose coccígea (sacro e cóccix), todas bem visualizadas quando se observa a coluna lateralmente. O aumento, a acentuação ou a diminuição destas curvaturas podem representar doenças que precisam ser tratadas. Inicialmente, a má postura pode provoca dor para depois se transformar numa deformidade que pode se tornar irreversível, sobretudo em pacientes idosos. Com o passar do tempo, a má postura e, conseqüentemente, a dor crônica poderão diminuir a qualidade de vida e prejudicar a capacidade para o trabalho e até as atividades diárias de vida. As dores nas costas e os problemas da coluna ocorrem com grande freqüência. Alguns autores relatam que entre 70 a 80% da população mundial teve ou terá algum tipo de dor nas costas, provocando moléstias que dificultam ou até impeçam cumprir as atividades diárias. Muitos casos de dor nas costas podem ser provocados por tensões nos músculos e ligamentos que sustentam a coluna. Geralmente, as causas e os agravantes destas situações são as condições inadequadas de trabalho; o manuseio, o levantamento e o carregamento de peso excessivo; a manutenção de posturas incorretas por muito tempo; problemas psicossomáticos e a fadiga muscular. A obesidade, que sobrecarrega o peso sobre a coluna vertebral, é outro fator desencadeante. Os esportes de alto impacto também podem tornar-se arriscados. A boa postura é definitivamente um dos caminhos mais seguros para a prevenção e o tratamento dos distúrbios do sistema músculo esquelético. Já a má postura pode causar várias lesões. Muitas pessoas são acometidas de dores, principalmente nas costas; somente depois de algum tempo percebem que a postura estava errada. A educação postural é algo que se deve iniciar na infância, para evitar problemas na idade adulta. Cuidar da postura é fazer com que a sustentação e o equilíbrio do corpo estejam de acordo com as leis da gravidade. Para se ter uma postura correta é preciso praticar atividade física regularmente e corrigi-la sempre durante as atividades diárias domésticas, profissionais e físicas, a fim de manter a coluna ereta o tempo todo. A Fisioterapia atua na prevenção ou no tratamento de alterações funcionais, orientando quanto à utilização de uma postura adequada na posição em pé, durante as atividades de rotina, ou quanto à necessidade da prática de exercícios para manutenção da postura correta. Atua, também, por meio de técnicas como a Reeducação Postural Global (RPG), corrigindo possíveis alterações posturais, alongando e fortalecendo a musculatura, mantendo ou promovendo a postura mais correta possível. Pacientes relatam como os principais benefícios da Fisioterapia, a diminuição da dor, a prevenção de complicações futuras, bem como, a melhora na qualidade de vida. Fernanda Ântico Benetti é professora do curso de Fisioterapia da UNINOVE e supervisora da Clínica de Fisioterapia da instituição. Possui mestrado em Biodinâmica do Movimento Humano pela UNICAMP.

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Clipping de Notícias|O Globo - Voz da Experiência em 17/03/09 http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2009/03/16/voz-da-experiencia-fisioterapia-a-profissao-do-futuro-afirma-fisioterapeutanilton-petrone-file-754867986.asp - Publicada em 17/03/2009 às 09h26m

Fisioterapia é a profissão do futuro, afirma o fisioterapeuta Nilton Petrone, o Filé RIO - Responsável pela recuperação de Ronaldo para a Copa do Mundo de 2002 - que se curou de uma grave lesão no joelho e foi artilheiro da competição - e pelo tratamento de Gustavo Kuerten, em 2006, o fisioterapeuta Nilton Petrone, o Filé, diz que um de seus maiores prazeres é devolver o movimento a alguém que o tinha perdido. Apesar das dificuldades do mercado, ele crê que a profissão ainda tem muito espaço para crescer e que as áreas esportiva e geriátrica são as mais promissoras. Que sugestões você daria para um recém-formado ampliar seus recursos no desempenho da profissão? (Otávio Calixto)

Vale a pena fazer Fisioterapia depois de cursar Educação Física? (Adilson Ferrari)

PETRONE: É preciso ter um tremendo conhecimento clínico e da terapia manipulativa, que consiste nas técnicas de tratamento de pacientes usando as mãos. Acredito ser o melhor e o mais importante recurso do fisioterapeuta. O recém-formado deve buscar um conhecimento mais aprofundado após a faculdade. Muitas vezes, o profissional não terá condições de trabalhar com aparelhos. Com a maca e esses conhecimentos, será capaz de atender bem. Há cursos de extensão e pós-graduação sobre o tema.

PETRONE: Sim, pois são áreas afins. O caminho inverso também é comum. No entanto, se o objetivo é trabalhar em educação física apenas, é melhor buscar uma pós-graduação.

Qual a sua opinião sobre o número de faculdades de Fisioterapia? Elas realmente preparam para o mercado de trabalho? (Sergio Menezes) PETRONE: “O ensino da fisioterapia nas universidades públicas ainda é melhor do que nas particulares” Existem instituições particulares de excelência, mas o ensino nas públicas ainda é melhor. Os professores normalmente trabalham em esquema de dedicação exclusiva, e há um grande investimento em pesquisa. Basta olhar para o ranking do Ministério da Educação (MEC) para constatar. Qual área da Fisioterapia está em alta? (Oziel Farias) PETRONE: Todas as áreas estão em alta. O sucesso vai depender da qualificação do profissional e de seu engajamento. Nas grandes metrópoles, a exigência por uma especialização é maior. Já em cidades do interior, há grande demanda por generalistas. As especializações que eu considero básicas são nas áreas Neurofuncional, Traumatofuncional, Pneumofuncional, Cardiofuncional e em Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Existem oportunidades para fisioterapeutas que desejam atuar em outras modalidades esportivas além do futebol? (Jaime Queiroga) PETRONE: Existem, sim. As fisioterapias esportiva e a geriátrica são as áreas mais promissoras do mercado, pois a população brasileira pratica cada vez mais esportes e envelhece. Para trabalhar com esportes, buscar especialização é obrigatório. O mercado de trabalho está saturado? Por que a remuneração dos fisioterapeutas é tão baixa em relação aos outros profissionais de saúde? (José Demontiê) PETRONE: Não está saturado e nunca estará. A fisioterapia é a profissão do futuro. Ninguém terá qualidade de vida plena sem a presença de um fisioterapeuta. A grande questão é que falta união na nossa classe; há um distanciamento dos órgãos que nos protegem, como sindicatos, associações etc., o que leva a uma baixa remuneração. 6 • NovaFisio.com.br

No mesmo artigo em O Globo, existe a opção de deixar um comentário. Até o fechamento desta edição da Revista Nova Fisio&terapia os seguintes comentários tinham sido postados. Repare que os colegas não estão muitos satisfeitos. E você, qual a sua opinião sobre o artigo? Mande seu comentário para nosso e-mail clipping@novafisio.com.br e publicaremos na próxima edição.


Sou fisioterapeuta formada e nao acho q o problema seja a profissao em si, mas os profissionais e o conselho que o representa. Há tb o problema que, no Brasil, fisioterapia é luxo... nosso sistema de saude é falido. Tiago David - 19/03/2009 - 09h 17m Do futuro mesmo, pq no presente a ente só vê fisioterapeuta desempregado ou trabalhando em outra área!! littlebear - 19/03/2009 - 07h 16m Reclamar pode gerar algum alívio e divulgar, mas sugiro que vc fisioterapeutas façam algo que possa dar algum resultado para melhorar, por exemplo, falem com o globo ou outro jornal para fazer uma matéria séria falando então a realidade, já que essa do Sr. Filé tem um monte de erros; vejam o que os poucos fisioterapeutas que se deram bem honestamente fizeram e tomem como exemplo; unam-se em algum tipo de associação para lutar por melhorias e defender a classe; Fisioterapeutas em ação. Eduardo de França Pires - 18/03/2009 - 20h 44m Fala sério, mais um profissional que pega carona na aba do Ronaldo. Agora que o Ronaldo está bichado, por causa do trabalho do Filé, cadê ele para consertar o que fez? E vcs ainda fazem qualquer coisa para vender jornal né. Vcs tem que saber quem é um verdadeiro profissional bem sucedido, não é o que ganha dinheiro mas sim aquele que trabalha com ética e responsabilidade, normalmente esses nào querem aparecer. anota essa lição meu caro reporter. MaryFernanda - 18/03/2009 - 20h 13m Tudo o que os profissionais desabafaram aqui é a mais pura verdade. E em relação a outros cursos da área de saúde, imaginem o da Enfermagem...Ô outra profissão tão desmoralizada e desrespeitada, minha gente. Nesta também há muita desunião e “profissional prostituto”, que se vende por qualquer trocado, aceitando qualquer empreguinho de esquina...Vergonha, tristeza...infelizmente é a

realidade do nosso país... marco aurelio correa - e-mail - 18/03/2009 - 18h 42m Já foi a profissão do futuro, hoje tem muita gente de maletinha na mão fazendo massagem a 30,00 reais... Nilton Petrone fala demais, eu estudei com ele e além de falar muito viaja na maionese... marschfer - 18/03/2009 - 18h 17m Pode até ser a profissao do futuro, num futuro em que o crefito for moralizado,que nao abram uma faculdade em cada esquina saturando o mercado, e enquanto o futuro nao chega o dr Nilton vai vendendo ilusoes aos pobres recém formados faturando alto com seus cursos!O futuro da fisioterapia no Brasil ainda esta muito, mas muito loooooonnngeeeeeee de ser tornar uma profissao decente! geoverdade - 18/03/2009 - 16h 35m Esse tal de Filé...é um marketeiro...que vou te contar. Parabéns a sua assessoria de imprensa!!!!! Gisele Benedicto dos Santos - 18/03/2009 - 15h 45m Sem dúvidas essa foi a reportagem que mais fez sucesso.... Sério, não fiz fisioterapia, fiz engenharia, mas tive amigas que fizeram e hoje se arrependem profundamente da profissão que escolheram. Infelizmente a fisioterapia é como a psicologia, é tido como uma terapia alternativa. Em um país onde a população sequer é assistida com o básico, tratando de saúde pública, quem dirá terapias mais complexas! Uma pena mesmo... sulili - 18/03/2009 - 15h 37m pois é, tenho uma sobrinha que formou-se em fisioterapia e até hoje não consegue emprego, vai fazer outro curso de educação física. Só esse tal de filé que consegue ganhar muito dinheiro dentro desta profissão, pq ele não abre uma clinica e sai dando emprego aos profissionais da mesma área que nada consegue. Essa profissão é tão boa que nem abrem concurso público.

Frases|Mande a sua frase. revista@novafisio.com.br “Respirar Fisioterapia é necessário....viver a Fisioterapia é imprescindível. Movimentemos junto com a Fisioterapia e assim seremos essencialmente mais humanos”. [Tarcísio Viana Cardoso - Acadêmico - Vitória da Conquista-BA]

“Fisioterapia tem tudo a ver com Brasil: a profissão do futuro no país do futuro”. [Romeu Flores]

“Quem não sabe o que procura, não percebe quando encontra”. [André Luis dos Santos, citando Claude Bernard Séc XIX]

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Blog |

Coluna do Prof. Luis Guilherme - Leia todos os outros no site.

4000 horas – Avanço ou Problema?

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ois é, as 4000 horas chegaram e muitos se perguntam se será um tiro no pé, ou será o primeiro passo para a evolução há muito esperada. Aqui do meu ponto de vista, vejo positivismo, coisas boas, avanços importantíssimos, possibilidades de uma formação verdadeira, possibilidades de oferta do substrato necessário para alçarmos o vôo do sucesso. Tenho acompanhado outros pontos de vista, que batem na tecla que o aluno da Fisioterapia não tem dinheiro para bancar mais um ano de curso, esperar mais um ano para começar a trabalhar, que as Universidades não poderão pagar mais horas aos professores e coisas desse naipe. Não deixa de ser verdade que essas coisas têm um que de razão e num debate honesto não há como ignorar, pois muitas Universidades criaram seus cursos em meio ao modismo, na crista da onda, no “vamo-que-vamo” e isso será cobrado, fatalmente, agora. Não é possível fazer uma omelete sem quebrar alguns ovos, todos sabem, logo é esperado que as Universidades que não têm vocação, ou não procuraram desenvolvê-la, para a Fisioterapia fechem seu curso, demita professores, fechem clínica-escola, etc, etc. Não há como ser diferente, porque se pensarmos que aquele que vende carne sofreria muito para aprender a vender roupas e exatamente nesse ponto é que os pensamentos ficam claros, pois não dá para “VENDER” Fisioterapia. A Fisioterapia significa um conjunto de saberes a serem desenvolvidos, amadurecidos, significa um conjunto de ações e cuidados que geram saúde e qualidade de vida para as pessoas. A Fisioterapia significa o retorno da função, da vida de relação, significa o AMOR APLICADO. Tá bom! Você pode achar que eu seja romântico, apesar da minha idade e do tempo de profissão, mas talvez sejam esses dados que me fazem pensar assim, pois tenho hoje liberdade de pensar e sentir essas coisas. Já falei algumas vezes aqui que não há medicamento para a rotação vertebral, ou para o desalinhamento do quadril, ou para a anorgasmia, ou para a correção da postura, ou para preparar a musculatura participante no parto natural, ou para, ou para, ou para, ... ,ou para fazer uma mãe sorrir ao ver seu filho encefalopata crônico manter a postura sentada. Seria esse pensamento romântico ou real? O que falei aqui é possível, ou é um conjunto de possibilidades remotas e muito distantes da nossa realidade? “Pé Tensão”, estamos muito melhores do que querem que pensamos que estamos. Olhem para vocês, pensem nas habilidades que desenvolveram e nas competências, que agora possuem, e levantem a cabeça, olhem para a frente e verão que as portas estão começando a serem abertas. Os Planos de Saúde já estão começando a perceber que o médico não sabe Fisioterapia, logo não devem ser responsáveis pela prescrição, os próprios médicos já perceberam isso, pois do mesmo modo que não sabemos fazer o que eles fazem a recíproca é verdadeira. Muitos fisioterapeutas já perceberam que a única maneira de serem chamados de “doutor” é estudando muito e dando soluções para os problemas. Não precisamos de arrogância, mas precisamos ter qualidade de intervenção e compromisso com resultados, pois só assim o sucesso virá. Certamente alguns cursos vão fechar, muito provavelmente nas Instituições mais preocupadas com mercado que com a saúde das pessoas, o que de certa forma facilitará para quem ficar. Aqueles professores de oportunidade perderão espaço, porque quem faz tá na luta e todo mundo sabe quem são! Quem está buscando capacitação será valorizado e como dizer que isso é ruim? Pois então, que venham as 4000 horas, vamos alisar esse mar revolto, navegar nas águas tranquilas da competência e levar aqueles que de nós precisam ao porto seguro. Um forte abraço ao meu amigo Fabiano Moreira da Silva, atual Secretário de Saúde de Ipatinga – nada supera a competência. A Dra. Denise Flávio e todos da Associação dos Fisioterapeutas do Brasil – FISIOTERAPIA 40 GRAUS – O Congresso Brasileiro em 2009 é no Rio – encontro vocês lá!!!!! ATENÇÃO: Se sua região precisa de capacitação em Ergonomia, Fisioterapia do Trabalho, Fisioterapia Ambulatorial na Empresa e Empreendedorismo, fale com a GESTO Soluções em Fisioterapia e Ergonomia (gesto@globo.com; luisbarbosa@globo.com; WWW.gestosolucoes.com.br). Mande seu e-mail. Contribua: críticas, discussões, opiniões e até elogios são bem vindos. Vale repetir a citação, novamente! Muito estudar não basta para nos ensinar a compreender. Heráclito

Prof. Luís Guilherme Barbosa (ABERGO e ABRAFIT) Fisioterapeuta do Trabalho, Ergonomista, Professor Universitário, Diretor da GESTO-Ergonomia e Saúde no Trabalho Ltda. 8 • NovaFisio.com.br


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Entrevista

|Giselle Policarpo

Com a atriz Giselle Policarpo

N

ascida em Niterói, iniciou sua carreira muito jovem. Aos onze anos, ela já estava no elenco da peça Pollyana, e aos 15, estreou na novela Zazá, da TV Globo, interpretando a Clarinha. Nascida em Niterói, e ainda muito jovem, Giselle continuou na emissora atuando por três anos, de 1999 a 2001, em Malhação, vivendo a Duda, e em Mulheres Apaixonadas, interpretando Elisa Sampaio. Em 2006, a atriz foi para o SBT para encarnar a personagem Lina, na novela Cristal. Giselle também frequentou os palcos e atuou em 14 peças. Recentemente, em sua primeira novela na Record, a atriz viveu a Cléo, em Os Mutantes - Caminhos do Coração, que já faz parte do elenco desde o início da primeira fase da trama, e renovou seu contrato com a emissora até 2010. Ela está confirmada na terceira fase, Promessas de Amor, com previsão de estréia para março. Aqui, Giselle Policarpo conversou com a revista Fisio & Terapia e além de detalhes de sua carreira, contou como foi a contusão que sofreu e quase a levou à lona.

Por

|Eduardo Tavarez

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Fotos

Beta Saraiva e Tony Andrade


Entrevista

|Giselle Policarpo

- O que te levou a ingressar na carreira artística? Existem atores na sua família?

- O que toca no seu Ipod?

Não existe nenhum ator na minha família. O que me levou a entrar nessa carreira foi apenas meu sonho. Desde criança gostava de dançar, cantar e atuar. Fui em busca do meu sonho e consegui!

Música gospel de vários estilos, principalmente reggae e rock.

- Você recebeu apoio em casa quando optou tão cedo pela carreira de atriz? Foi fundamental o apoio dos meus pais, pois como eu era criança, dependia deles para me levar, buscar e estarem sempre juntos comigo. Se não fosse o apoio deles, com certeza não daria para seguir. - Tendo passado por várias emissoras de TV, qual foi a situação mais embaraçosa que já ocorreu com você durante uma gravação? Algumas vezes tive que fazer cenas com sapos, ratos e outros bichos. Foi horrível ter que pisar nos sapos, mas depois o nervoso aliviou um pouco e até peguei o sapo na mão. - Existe muito assédio nos bastidores? Como você se livra dos inconvenientes? Pelo contrário, elogios ou críticas sempre são convenientes, úteis e importantes. Graças a Deus, o assédio que existe comigo é bem saudável. Faz parte da minha profissão e eu curto muito. É bem legal! - Você já participou de algumas peças teatrais. Se tivesse que optar pela TV ou pelo palco qual seria sua escolha? Ai que pergunta difícil! Se fosse escolher entre duas profissões diferentes... mas essa é a mesma em situações diferentes. Amo fazer teatro e TV, é difícil comparar, uma complementa a outra. - Quais são os planos para sua carreira neste ano de 2009? Fazer com excelência minha personagem Cléo, na novela Promessas de Amor, da Rede Record.

- Seu hobby? Ler. - O que mais detesta em um homem? Cinismo e mentira. - O que mais admira? O caráter e bom humor. - Falando de sua contusão. Como e quando ocorreu? Uma semana antes de começar a gravar Caminhos do coração, andando de patins, na orla, sofri uma queda e caí com o cóccix no chão. - Que tipo de lesão foi? Fraturei quatro vértebras da coluna. - As dores foram intensas? Mal conseguia respirar de tanta dor. - Qual foi sua primeira atitude após a contusão?

- Se não fosse atriz o que seria?

Primeiro fui socorrida por bombeiros, fui levada para o hospital e me submeti a alguns exames.

Sempre tive vontade e ainda tenho de estudar psicologia. Gosto muito da parte de dirigir teatro também.

- Você seguiu imediatamente algum tratamento?

No início, tive que só usar um colete para imobilizar a coluna. - Como está lidando com a contusão. Sente dores que te impedem de trabalhar? Graças a Deus, não nunca mais senti dores e não me impediu de trabalhar. - Vai se submeter a qual tratamento? Meu fisioterapeuta me orientou a fazer RPG para corrigir a postura e fortalecer a musculatura. - Acha a fisioterapia importante? Muito! Fundamental para determinadas situações como a minha. Quem precisa, não pode deixar de fazer sob o risco de ter um problema crônico! - Show! NovaFisio.com.br • 11


|Cardápio para a saúde Chefs criam cardápios que previnem problemas ósseos Por|Pat Zinger Artigo

J

á está mais do que provado os benefícios atribuídos à dieta mediterrânea. Rica em substâncias antioxidantes - que protegem o organismo de infecções e do envelhecimento - fornece nutrientes de forma equilibrada, auxiliando no combate às doenças cardiovasculares, controle da obesidade e prevenção de câncer. Entretanto, pesquisas recentes mostram uma novidade: seguir uma dieta rica em peixes, legumes e gorduras boas e diminuir o consumo de carne vermelha, pilares desta culinária, ajuda a preservar os ossos das mulheres que têm tendência à osteoporose. O estudo divulgado recentemente pela Universidade de Atenas, na Grécia, foi um dos primeiros a avaliar o impacto de um único tipo de alimentação, e não apenas um nutriente, na saúde óssea feminina. O cardápio mediterrâneo inclui uma variedade de cozinhas, como as da Grécia, Espanha, Itália, Marrocos, Tunísia e sul da França que, apesar de receitas heterogêneas, têm em comum a utilização dos mesmos ingredientes em variados pratos. Os principais ingredientes são o azeite de oliva, os legumes, peixes, grãos e

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frutas, de preferência frescos Os alimentos ganham a combinação de ervas aromáticas, usadas em abundância, promovendo toque final às receitas. - Existem em alguns alimentos, substâncias que diminuem a absorção de cálcio ou aumentam a sua excreção pela urina. Assim, a ingestão de uma quantidade adequada de cálcio não é garantia de ossos saudáveis. É preciso combinar alguns alimentos e eliminar outros. São justamente os hábitos alimentares da dieta mediterrânea (e não apenas um nutriente em específico), que trazem benefícios à saúde óssea da mulher: peixe, folhas e azeite de oliva são fundamentais para a manutenção da densidade óssea feminina. É recomendável reduzir o consumo de carnes vermelhas, álcool e certos laticínios, especialmente para a mulher que atravessa a menopausa – diz a nutricionista Martha Braga. Se o estudo é promissor para os pesquisadores e médicos, o assunto também reverbera nas cozinhas dos restaurantes mediterrâneos ou pelos templos da culinária saudável. Comandados pelo chef italiano Pietro Neroni, os mediterrâneos Borsalino e Bugatti,


Artigo

|Cardápio para a saúde

na Barra da Tijuca, têm um cardápio tão saudável que transforma a refeição em prazer sem culpa. Guarnecidos com frutas e grãos e temperados com ervas aromáticas, os peixes do Borsalino são alguns dos destaques do restaurante, que ocupa o terraço do shopping Market Street, no coração da Av. Armando Lombardi. Para manter a forma, combater os radicais livres e prevenir os problemas ósseos, Pietro recomenda o Peixe Alla Neroni, um pescado inteiro, que chega à mesa assado ao forno com alho, alecrim, tomate fresco, batata e vinho branco. Já o Salmão à Princesa Orleans e Bragança, com pesto genovese, cogumelos, amêndoas e uvas, acompanhado de arroz com passas é outra pedida certa. Pizza com ingredientes frescos e pouca gordura também entra na dieta mediterrânea. Pelo menos no Bugatti, que trabalha com a redonda assada no forno à lenha, e com água mineral e farinha 00 na receita. Os ingredientes são selecionados a dedo, primando pela qualidade e frescor. A pizza Salmone, por exemplo, leva mussarela de búfala, cubos de salmão refogados com alho poró, pesto genovese e

ovos cozidos e a Contadina, com grelhado de berinjela, abobrinha e pimentão, cogumelos e alho frito são estrelas deste cardápio. As individuais custam e as gigantes. Outra receita interessante que combina frutas, proteína e grãos é a Saporita, com mussarela de búfala, queijo de cabra, pêras cozidas ao vinho e nozes. Todas elas ganham o reforço do azeite de oliva. Pegando carona nesta culinária saudável e aromática, o chef Rafael Lopes, do restaurante Deck, no Recreio criou uma versão natural para o popular hambúrger. A iguaria é feita com grão de bico, tahine, mix de especiarias, chips de abobrinha, coalhada seca com menta e tabule. Para a entrada, ele sugere, o Polvo em Azeite – cortes de polvo confitados em com azeitonas negras, alcaparras, salsa e tiras de pimentão vermelho, acompanha torradas de pão italiano perfumado com alho e tomate. Já o bistrô Rosita Café também tem no seu cardápio pratos mediterrâneos para chamar de seu. Os destaque são a salada de quinoa com figos secos, flor de brócolis e pimentão vermelho e o fusili com pétalas de salmão flambado, acompanhado de flores de brócolis, e molho de limão siciliano.

Organizações de cursos no Brasil Organização de São Paulo Tel: (11) 5044-9605 / (11) 5044-0675 Fax: (11) 5531-4442 organizacao@rpgsouchard-sp.com.br Site: www.rpgsouchard-sp.com.br Brasília NPC – Núcleo Permanente de Cursos Tel: (27) 3329-8307 / (27) 8823-3390 (27) 9316-4744 E-mail: rpg.bsb@gmail.com E-mail: npcelisabeth@gmail.com Rio de Janeiro AXIS Tel: (21) 2266-4421 E-mail: organizacaorpgrio@gmail.com Site: www.rpgrio.com.br Salvador IRPOS Tel / Fax: (71) 3331-8905 (71) 3331-6272 E-mail: irpos@irpos.com.br Site: www.irpos.com.br

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|Acupuntura, pulso, câncer. Pulsologia aplicada ao processo neoplásico Por|Claudionor Delgado, Rosmarie Weigel Rotermund Artigo

A

pulsologia evoluiu a um nível bastante elevado de sofisticação na MTC, beneficiando-se de uma tradição contínua e ininterrupta por mais de dois mil anos. Os primeiros elementos sistemáticos do diagnóstico pelo pulso são encontrados no Yellow Emperor’s Classic of Internal Medicine. É possível que nos últimos séculos (da dinastia Song em diante), quando a moralidade confuciana prevalecia, o diagnóstico pelo pulso foi desenvolvido em preferência ao diagnóstico abdominal, já que consideravam impróprio ao médico palpar o corpo das mulheres (CORRAL, 2003; AUTEROCHE,1992). O diagnóstico pelo pulso é a mais difícil entre as artes diagnósticas chinesas; é um assunto muito complexo que deve envolver um nível profundo de compreensão e uma grande dose de habilidade. É uma ferramenta diagnóstica essencial para todos os terapeutas da MTC, a pulsologia é verdadeiramente uma “arte” (KAPTCHUK, 1983). Quando tomamos o pulso de um paciente, basicamente, percebemos a pulsação do Qi, indiretamente, pela pulsação do Sangue. O Qi é uma energia sutil que não pode ser sentida ou medida: nós, portanto, usamos a artéria radial para sentir a pulsação do sangue para termos uma idéia do estado do Qi. Isso é possível pela forte ligação entre Qi e Sangue: Qi é o comandante do Sangue e o Sangue é a mãe do Qi. Portanto, pela pulsação do Sangue podemos sentir o estado do Qi. O diagnóstico pelo pulso para sentir o estado do Qi também é evidenciado pelo fato de o pulso ser sentido na artéria radial, onde flui o canal do Pulmão; pelo fato dos Pulmões governarem o Qi, essa artéria, em particular, nos conta sobre o estado do Qi (MACIOCIA, 2006). O objetivo desse artigo é demonstrar como a análise do pulso, através das suas vinte e nove qualidades pode contribuir positivamente no diagnóstico, seguindo os princípios da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), e dessa forma interagir multidisciplinar e multiprofissionalmente no processo terapêutico dos pacientes portadores de neoplasias. Qualidades do Pulso As qualidades do pulso descritas nos livros chineses através dos séculos variaram consideravelmente. Atualmente, estão padronizadas em vinte e nove qualidades. Em teoria, não há nenhuma razão em especial pela qual devemos nos restringir em usar apenas esses termos; por exemplo, não existe a qualidade “dura” para

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pulso, mas esse é um termo que, amiúde, vem a mente quando sentimos um pulso em particular (MACIOCIA, 2006). Entretanto, é importante manter o hábito de empregar a nomenclatura oficial para estabelecermos um canal comum de comunicação entre nossos pares sentindo e identificando a qualidade de pulso. Deve-se enfatizar que a qualidade do pulso pode ser sentida e identificada apenas quando movemos os dedos constantemente, “deslizando-os” em sentido distal e proximal, “empurrando-os” em sentido medial e lateral e “pressionandoos” para baixo e soltando-os em sentido vertical. Não conseguimos sentir e identificar a qualidade do pulso se mantivermos os dedos absolutamente imóveis sobre a artéria porque os dedos precisam sentir, investigar e explorar a forma e o tamanho do pulso e isso só pode ser feito movendo os dedos em todas as quatro direções ao redor de uma determinada posição do pulso. Por exemplo, podemos deduzir que um pulso é Longo ou Curto apenas se deslizamos suavemente o dedo em sentido distal; podemos deduzir que um pulso é Deslizante apenas se sentimos ao redor dele, movendo o dedo em sentido medial e lateral; podemos deduzir que um pulso é Flutuante-Vazio apenas se pressionarmos os dedos para baixo e os soltarmos para explorar sua profundidade (ESCOLA DE MEDICINA TRADICIONAL CHINESA DE BEIJING, SHANGAI E NANJING, 1995; TAO, 2005). As qualidades de pulso descritas na literatura (MACIOCIA, 2006; TAO, 2005; KAPTCHUK, 1983; ESCOLA DE MEDICINA TRADICIONAL CHINESA DE BEIJING, SHANGAI E NANJING, 1995) estão ilustradas na tabela 1. As vinte e nove qualidades de pulso são apresentadas de forma que as primeiras oito qualidades são as básicas tradicionais, ou seja, Flutuante, Profundo, Lento, Rápido, Vazio, Cheio, Deslizante e Áspero. As outras vinte e uma qualidades são dispostas em três grupos onde do tipo nove ao dezessete temos qualidades de pulso vazio, do dezoito ao vinte e quatro temos qualidades de pulso Cheio e do vinte e cinco ao vinte e nove temos qualidades que denotam freqüência ou rítmo do pulso. As oito qualidades básicas do pulso apresentam correspondência íntima com os oito princípios da TMC, ou seja, Flutuante e Profundo correspondem ao Exterior e ao Interior; Lento e Rápido correspondem ao Frio e Calor; Cheio e Vazio, Excesso e Deficiência; Deslizante e Áspero, Fleuma Umidade e deficiência de Sangue. A partir do conhecimento dos tipos de pulso acima sintetizados temos a possibi-

lidade de analizar e delinear um diagnóstico, tratamento e prognóstico para os padrões patológicos da TMC. Pulsologia nas Neoplasias Não existe nenhuma qualidade específica de pulso ou imagem do pulso que nos permita diagnosticar o câncer inequivocadamente (TAO, 2005, p. 266). Em termos gerais, no câncer, duas imagens opostas de pulso podem surgir: ou o pulso fica extremamente Fraco, Áspero, Fino e Profundo ou torna-se Cheio, Deslizante, Transbordante e Rápido (MACIOCIA, 2006). Analisando a primeira situação, quando encontramos um pulso do tipo Fraco, Áspero, Fino e Profundo; o Profundo representa uma condição Interior, o tipo Áspero representa uma condição de Deficiência de Sangue e o tipo Fraco e Fino são condições típicas de qualidades do tipo Vazio relacionadas com a Deficiência de acordo com os Oito Princípios. Na segunda situação: Cheio, Deslizante, Transbordante e Rápido, quando encontramos um pulso do tipo Cheio concluímos se tratar de uma condição de Excesso, o tipo Deslizante representa uma condição de Fleuma, o do tipo Transbordante relaciona-se com uma qualidade do tipo Cheio e o tipo Rápido relaciona-se com o Calor. Embora os parâmetros anteriormente revelados pelo pulso não possam ser utilizados para diagnosticar o câncer, é muito importante para determinar o prognóstico e o princípio de tratamento segundo a MTC. No portador de câncer, o prognóstico é ruim se o pulso apresenta uma das imagens descritas anteriormente (ou seja, muito Profundo, Fraco, Áspero e Fino ou muito Cheio, Deslizante, Transbordante e Rápido). Se o pulso, além disso, estiver particularmente Rápido e Transbordante, pode indicar a presença de Calor Tóxico, que nunca é um bom sinal no câncer ou em pacientes que foram submetidos a um tratamento ocidental (MACIOCIA, 2006). A pulsologia é realmente de alta relevância para estabelecermos o princípio de tratamento,. Em termos gerais, pacientes com câncer passam por algum tipo de tratamento na forma de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, ou uma combinação desses. No final desse tratamento, nosso papel é estimular o sistema imunológico para evitar a recorrência ou complicações intercorrentes. Do ponto de vista da MTC, temos de avaliar a condição do paciente, como se o câncer ainda estivesse presente. Os tratamentos ocidentais podem remover


o câncer cirurgicamente, pela radioterapia ou pela quimioterapia, mas não removem os padrões que estavam na raiz do câncer (TAO, 2005); os padrões mais comuns vistos são Fleuma, estase de Sangue, Calor Tóxico e Umidade. Devemos, portanto, avaliar a condição do paciente muito cuidadosamente para determinar se o que predomina é uma condição de Deficiência ou de Excesso, ou seja, se os fatores patogênicos mencionados são relativamente fracos e o principal problema é uma deficiência do Qi Correto ou se os fatores patogênicos mencionados ainda estão muito fortes. No primeiro caso, o objetivo é tonificar o Qi Correto em primeiro lugar e expelir os fatores patogênicos principalmente e tonificar o Qi Correto secundariamente. No segundo caso, o objetivo é, principalmente, expelir os fatores patogênicos e tonificar o Qi Correto secundariamente. O pulso é crucial para fazer essa distinção e para escolher o princípio de tratamento adequado: se o pulso estiver basicamente Fraco, Fino, Áspero ou Vazio, precisamos concentrar nossa atenção em tonificar o Qi Correto; se o pulso for do tipo Cheio, Deslizante, em Corda, Tenso ou Firme, precisamos concentrar nossa atenção em expelir os fatôres patogênicos (que pode ser dispersar a Fleuma, revigorar o Sangue, dispersar a Umidade ou eliminar o Calor Tóxico). Reforçando: nos pacientes com câncer que passaram por uma cirurgia, a análise do pulso é muito importante para determinar

se ainda há um fator patogênico ativo e, portanto, para determinar o princípio de tratamento. Exemplo clínico da aplicação da Pulsologia em casos de Neoplasia Vamos supor que uma mulher que sofre de um tumor malígno da mama nos procure após se submeter a uma lumpectomia e conseqüente radioterapia. Devemos avaliar sua condição cuidadosamente como se ela ainda tivesse o tumor porque a cirurgia e a radioterapia removeram o tumor, mas não removeram o padrão na raiz da sua formação. Os padrões que surgem no câncer de mama são normalmente Fleuma ou estase de Sangue, ou ambos, em diferentes combinações; naturalmente é comum também haver estagnação do Qi, mas essa condição não é capaz de causar um tumor por si só, enquanto Fleuma e estase de Sangue podem (MACIOCIA, 2006). Portanto, ao nos depararmos com pacientes nesse estado, não devemos partir sempre do princípio que se deve tonificar o Qi Correto para prevenir a recorrência: devemos escolher o princípio de tratamento de acordo com as manifestações clínicas, considerando que não podemos contar com o exame do tumor, já que este foi removido. A decisão da escolha dos princípios de tratamento depende, em grande parte, do pulso: se for do tipo vazio devemos concentrar nossa atenção em tonificar o Qi

Correto; se for do tipo cheio (Deslizante, em Corda, Tenso), devemos nos concentrar em expelir os fatores patogênicos (dispersar a Fleuma ou revigorar o Sangue, ou ambos). Se o pulso, além disso, estiver também Rápido e Transbordante, pode indicar a presença de Calor Tóxico e precisamos eliminar a Toxina (na Farmacopéia da MTC, esse procedimento é feito pelo uso de ervas que eliminam o Calor Tóxico e que muitas vezes também tem um efeito anticancerígeno) (TAO, 2005). Conclusão O nível de evolução da pulsologia na MTC permitiu que os principais tipos de pulso relacionados com as neoplasias fossem padronizados e publicados por diversos autores. A acupuntura não se propõe a curar um paciente portador de câncer, mesmo em seu estágio inicial. Entretanto, de acordo com uma boa avaliação clínica realizada pelo acupunturista, utilizando os paradígmas da MTC, podemos contribuir no alívio do sofrimento e até mesmo contribuir para a cura quando o indivíduo é acompanhado por uma equipe multidisciplinar e multiprofissional especializada. A grande limitação encontrada pelos acupunturistas recém formados no momento de aplicar a Pulsologia, está na dificuldade e insegurança na ocasião de diferenciar os vinte e nove tipos de pulso descritos, atualmente, na literatura.

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|Técnicas de recrutamento alveolar, posição prona, SDRA. Tratamento em pronação e recrutamento alveolar na Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) Por|Fábio de Oliveira, Gleisson Dutra, Marcelo de Oliveira Ferreira Artigo

O

presente estudo tem como objetivo aplicar e discutir a eficácia de técnicas disponíveis na literatura responsáveis pelo recrutamento alveolar na Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), uma patologia que apresenta grande incidência e altos índices de morbidade e mortalidade. Foram realizadas 25 sessões de recrutamento alveolar e pronação seguindo o protocolo de ventilação em SDRA da Santa Casa de Misericórdia de Barbacena em um paciente acometido por esta patologia durante o período de 14 de setembro a 26 de setembro de 2006, através do qual foi avaliada a utilização desses recursos na melhoria da ventilação das áreas colapsadas com baixa relação ventilação/perfusão. Observou-se grande importância da estratégia ventilatória protetora associada às manobras de recrutamento alveolar e pronação para a manutenção da abertura das unidades alveolares, melhora da complacência pulmonar e da oxigenação arterial. Apesar do resultado positivo relacionado ao índice de oxigenação, a influência do recrutamento alveolar associado à posição prona na taxa de mortalidade de pacientes com SDRA não está totalmente elucidada. Introdução A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) é uma patologia de grande relevância clinica e enfoque na atualidade uma vez que implica em altas taxas de mortalidade, que variam entre 40% e 60%, ocasionando ainda, expressiva morbidade. Entretanto, o índice de mortalidade vem diminuindo, provavelmente devido à melhora do tratamento de suporte de pacientes com SDRA (WEST, J. B. 2002). Uma estimativa da incidência de SDRA tem sido dificultada por vários motivos, dentre eles, pela falta de definição uniforme na literatura, pela heterogeneidade das causas, pelas manifestações clínicas, pelos diferentes critérios adotados no seu diagnóstico, pela dificuldade de se estabelecer uma população definida e acompanhá-la em relação à ocorrência ou não da síndrome. Conforme o National Institute of Health, a incidência anual da SDRA nos Estados Unidos, esta próxima de 75 por 100.000 habitantes. Estudos mais recentes relataram incidência variando entre 1,5 a 1,3 pacientes para cada 100.000 habitantes. Aproximadamente, 10 a 15% dos pacientes admitidos em uma unidade de terapia intensiva, cerca de 20% 16 • NovaFisio.com.br

dos pacientes sob ventilação mecânica, enquadram-se nos critérios estabelecidos da SDRA (WARE e MATTHAY; 2000). Devido ao alto índice de pacientes injuriados pela patologia, levando a um expressivo número de mortalidade e morbidade e a elevados custos para as unidades de terapia intensiva, surge o interesse pelo estudo das técnicas que se dispõe para o tratamento da SDRA, e assim combater o grande número de mortes causadas por ela e os longos períodos de internação (AMATO et al; 1995). Conforme descrito, a SDRA é uma patologia de alta incidência e taxas de mortalidade (AMATO et al; 1998). A utilização de manobras específicas de recrutamento alveolar e posição prona vem obtendo resultados cientificamente satisfatórios (BERSTEIN et al; 2002). Porém, publicações que reúnem as principais manobras responsáveis pelo recrutamento alveolar utilizadas no tratamento da SDRA encontram-se escassas na literatura. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo discutir a eficiência das manobras e da posição prona em um paciente acometido pela Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo, exaltando sua importância no tratamento. O presente estudo tem como objetivo analisar a eficácia das principais técnicas disponíveis na literatura responsáveis pelo recrutamento alveolar associada à posição prona no tratamento de pacientes com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA). Material e método Foi utilizado um paciente, sendo incluído no programa de tratamento segundo os seguintes critérios: presença de infiltrados pulmonares difusos bilaterais, índice de oxigenação (PaO2/FiO2) menor que 200 e pressão capilar pulmonar (PCP) menor que 18mmHg, mediante comprovação por cateter de Swan-Gans. Foram excluídos os pacientes que não se enquadraram nesse perfil. O paciente assinou termo de consentimento para participar do estudo, estando de acordo com a exposição de dados e radiografias decorrentes do tratamento. As avaliações e sessões foram realizadas no CTI da Santa Casa de Misericórdia de Barbacena, durante o período de 13 de setembro de 2006 a 04 de outubro de 2006. Foi realizada uma avaliação inicial no dia 13 de setembro de 2006, e uma reavaliação contendo apenas os dados considerados mais importantes para a pesquisa antes e

após cada sessão de tratamento até o dia da extubação que se deu no dia 26 de setembro de 2006. A avaliação inicial foi feita baseada na ficha padrão de avaliação e evolução da Santa Casa de Misericórdia, que contém: data, hora, diagnóstico, como o paciente se encontra, ausculta respiratória, dados radiológicos, gasometria arterial, freqüência respiratória (FR), freqüência cardíaca (FC), saturação de oxigênio (SpO2), modelo do ventilador, modo ventilatório, volume corrente (VC), fluxo, fração ideal de oxigênio (FiO2), pressão de suporte (PS), pressão positiva ao final da expiração (PEEP), pressão do balonete (CUFF), tipo e quantidade de secreção. Já na avaliação antes e após cada sessão, foram observados somente os dados considerados mais importantes para o acompanhamento da evolução do paciente, como, saturação de oxigênio (SpO2), fração ideal de oxigênio (FiO2), pressão positiva ao final da expiração (PEEP). Programa de tratamento O programa de tratamento consistia inicialmente em realizar o recrutamento alveolar conforme o protocolo de ventilação mecânica em SDRA da Santa Casa de Misericórdia de Barbacena MG, juntamente com a estratégia de ventilação protetora que se utilizava basicamente de altas PEEPs e baixos volumes correntes, associados à posição prona durante aproximadamente seis horas, sendo mantido pelo mesmo período na posição supina ao retornar a mesma. Também eram feitas aspirações no tubo orotraqueal e via aérea superior com o propósito de se manter a higiene brônquica, antes das mudanças de decúbito e recrutamentos alveolares, evitando-se dessa maneira a despressurização do sistema após a execução das técnicas. O tratamento foi realizado em duas sessões diárias a partir do dia seguinte à admissão onde o paciente precisou ser intubado, até a extubação que ocorreu no dia 26 de setembro de 2006, sendo o mesmo assistido através de manobras de fisioterapia respiratória como a compressão e descompressão, percussão torácica e vibrocompressão, com o objetivo de manter a higiene brônquica e o não colabamento dos alvéolos recrutados, até o momento da alta do setor de terapia intensiva. Resultados O Paciente apresentou melhora da satu-


Artigo

|Técnicas de recrutamento alveolar, posição prona, SDRA.

ração de oxigênio arterial, ventilação dos alvéolos colabados, complacência pulmonar, e da relação ventilação perfusão que foi observado através de oximetria de pulso, exames radiológicos e, se tornando clara a contribuição das técnicas de recrutamento alveolar associadas à posição prona na recuperação de pacientes com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo. Os dados obtidos nas avaliações antes e após o emprego das técnicas de recrutamento alveolar associados à posição prona, em relação à FiO2, PEEP e SpO2, estão disponíveis na tabela abaixo:

As médias dos valores obtidos nas avaliações antes e após o recrutamento alveolar, são demonstradas no gráfico abaixo:

Os dados obtidos nas avaliações pré e pós-recrutamento alveolar e pronação demonstram uma melhora na relação V/Q durante a execução das técnicas através do aumento dos níveis de saturação mediante a baixas concentrações de FiO2 e altas PEEPs que foram ambas reduzidas ao longo do tratamento mantendo-se uma saturação ideal, o que sugere a ventilação das áreas atelectasiadas, melhorando a complacência pulmonar e conseqüentemente a relação ventilação/perfusão dos pulmões acometidos pela patologia. Discussão De acordo com os resultados obtidos, foi verificada uma melhora significativa da

oxigenação das áreas atelectasiadas, e complacência pulmonar através da utilização do recrutamento alveolar associado à posição prona, assim como já fora descrito na literatura com os resultados de pesquisas de outros autores. Conforme Malbouisson et al., (2001) uma das técnicas utilizadas para se obter o recrutamento alveolar na SDRA, é a utilização de elevados níveis de PEEP, com o objetivo de ventilar as áreas colapsadas, proteger fisiológicamente as áreas de troca não comprometidas, redistribuir o edema alveolar e melhorar a oxigenação. Schereiter et al., (2004) em uma análise retrospectiva, avaliando 17 portadores de SDRA devido à contusão pulmonar, utilizaram como parâmetros de resposta ao recrutamento, a PaO2. Aplicaram elevados níveis de PEEP para manter unidades pulmonares recrutadas. Notaram que, após o recrutamento, houve uma melhora significante da oxigenação e aeração pulmonar. Em outro estudo Gattinoni et al., (1995) aplicou gradualmente manobras de recrutamento com níveis progressivos de PEEP até totalizar o recrutamento. A PEEP titulada para manter a abertura pulmonar foi obtida reduzindo a PEEP a cada 15 a 20 minutos até que a diminuição da PaO2 fosse maior que 5%. O nível de PEEP, imediatamente antecedente ao nível que causou a diminuição da PaO2 foi a PEEP mínima que manteria o benefício das manobras de recrutamento alveolar. Segundo Barbas (2003), o pulmão lesado com distúrbio na relação V/Q pode na posição de decúbito ventral, onde áreas mais ventiladas são favorecidas pela melhor perfusão e pela força gravitacional, obter uma melhor troca, redistribuindo a perfusão pulmonar, diminuindo o desequilíbrio V/Q e consequentemente melhorando a oxigenação. Gattinoni et al., (2001), realizaram um estudo multicêntrico em que foram recrutados 304 pacientes com SDRA, dos quais 152 formaram o grupo controle (supino). O outro grupo permaneceu em média 7 horas na posição prona e durante esse período manteve os mesmos parâmetros ventilatórios. Houve uma melhora significativa nos parâmetros de oxigenação dos pacientes que pertenciam ao grupo da posição prona. Não foram observadas diferenças na mortalidade em comparação com o grupo controle. Pelosi et al, (2003), concluíram que o decúbito prono na SDRA não causa apenas uma melhora transitória nas trocas gasosas, mais funciona como uma manobra de recrutamento com efeitos positivos a longo prazo. Conclusão Através do estudo de caso realizado, podemos concluir que as manobras de recrutamento alveolar associadas à posição prona demonstram bons resultados, prin-

cipalmente na melhora da oxigenação. Entretanto, essas técnicas necessitam ser indicadas de acordo com cada paciente, levando-se em consideração as condições gerais e a etiologia da SDRA. Além disso, as manobras devem ser cuidadosamente aplicadas e, principalmente bem monitorizadas devido às repercussões hemodinâmicas e aos demais riscos relacionados às técnicas, visto que os pacientes portadores de SDRA são considerados graves. As técnicas de recrutamento alveolar são realizadas com o objetivo de abrir áreas colapsadas com baixa relação V/Q e melhorar a oxigenação. Através do estudo podemos observar que a associação dessas técnicas à posição prona resultam em um efeito mais sinérgico. Referências: 1. AMATO, M. B. P.; BARBAS, C. S. V.; MEDEIROS, D. M.; SCHETTINO, G. P. P.; FILHO, G. L.; KAIRALLA, R. A.; DEHEINZELIN, D.; MORAIS, C.; FERNANDES, E. O.; TAKAGAKI, T. Y.; CARVALHO, C. R. R. Beneficial effects of the “open lung approach” with low distending pressures in acute respiratory distress syndrome. Am J Respir Crit Care Med, v.152, p.1835-1846, 1995. 2. AMATO, M. B. P; BARBAS, C. S. V.; MEDEIROS, D. M.; MAGALDI, R. B.; SCHETTINO, G. P. P.; KAIRALLA, R. A.; DEHEINZELIN, D.; MUNOZ, C.; OLIVEIRA, R.; TAKAGAKI, T. Y.; CARVALHO, C. R. R. Effect of a protective-ventiletion strategy on mortality in the acute respiratory distress syndrome. The New England J Med, v.338, n.6, p.347-354, feb, 1998. 3. BARBAS, C. S. V. Lung recruitment maneuvers in acute respiratory distress syndrome and facilitating resolution. Crit Care Med, v.31, n.4, p.265271, 2003. 4. BERSTEIN, A.; EDIBAM, C.; HUNT, T.; MORAN, J. Incidence and mortality of acute lung injury and the acuite respiratory distress syndrome in three Australian States. Am J Respir Crit Care Med, v.165, p.443-448, 2002. 5. GATTINONI, L.; PELOSI, P.; CROTTI, S.; VALENZA, F. Effects of positive end respiratory pressure on regional distribution of tidal volume and recruitment in adult respiratory distress syndrome. Am J Respir Crit Care Med, v.151, p.1807-1814, 1995. 6. GATTINONI, L.; PELOSI, P.; SUTER, P. M.; PEDOTO, A.; VERCESI, P.; LISSONI, A. Acute respiratory distress syndrome caused by pulmonare and extrapulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med, v.158, p.3-11, 1998. 7. GATTINONI, L.; TOGNONI, G.; PESENTI, A. Effect of prone positioning on the survival of patients with acute respiratory failure. The New England Journal of Medicine, v.345, p.568-573, 2001. 8. MALBOUISSON, L. M.; MULLER, J. C.; CONSTANTIN, J. M.; LU, Q.; PUYBASSET, L.; ROUBY, J. J; CT SCAN ARDS STUDY GROUP. Computed tomography assessment of positive end-expiratory pressure-induced alveolar recruitment in patients with acute respiratory distress syndrome. Am J Respir Crit Care Med, v.163, p.1444-1450, 2001. 9. PELOSI, P.; BOTTINO, N.; CHIUMELLO, D.; CAIRONI, P.; PENIGADA, M.; GAMBERONI, C.; COLOMBO, G.; BIGATELLO, L. M.; GATTINONI, L. Sigh in supine and prone position during acute respiratory distress syndrome. Am J Respir Crit Care Med, v.167, p.521-527, 2003. 10. Protocolo de ventilação em SDRA da Santa Casa de Misericórdia de Barbacena MG, 2006. 11. SCHREITER, D.; RESKE, A.; STICHERT, B.; SEIWERTS, M.; BOHM, S. H.; KLOPPEL, R.; JOSTEN, C. Alveolar recruitment in combination with sufficient positive end-expiratory pressure increases oxygenation and lung aeration in patients with severe chste trauma. Crit Care Med, v.32, n.4, p.968-975, 2004. 12. WEST, J. B. Fisiologia Respiratória. 6. ed. Barueri: Manole, 2002. 1999 p. 13. WARE, L. B.; MATTHAY, M. A. The acute respiratory distress syndrome. New England Journal Med , v.342, n.18, p.1334-1349, may 2000. NovaFisio.com.br • 17


Entrevista

|Dr. Karim Khan PhD, MD

É hora de abandonar o termo tendinite Entrevista com o Dr. Karim Khan PhD, MD, Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade de British Columbia, Canadá. Entrevistador: Colin Davies, PT, Dip MDT, Prof. Senior do McKenzie Institute Canadá. Dr. Khan é um dos pesquisadores de ponta em todo mundo no campo das lesões de tendões. Ele é um dos conferencistas convidados do 11º Congresso Internacional em Diagnóstico e Terapia Mecânica, que será realizado no Rio de Janeiro de 28 a 30 de Agosto de 2009.

Colin Davies: Durante a maior parte da minha carreira clínica, o termo usado para um problema de tendão era tendinite e se pensava que a causa era uma inflamação aguda ou crônica. Quando esta idéia começou a mudar? Dr. Khan: O abandono do termo ‘tendinite’ começou por volta de 1996, através de publicações importantes, mostrando que não havia células inflamatórias nas amostras coletadas durante cirurgias de problemas de tendões. Colin Davies: Você foi realmente um dos primeiros a publicar esse fato? Dr. Khan: Houve estudos iniciais que observaram a ausência de células inflamatórias, mas eles não chegaram a uma conclusão definitiva. Nós conseguimos combinar nossos resultados de pesquisa com outros estudos que apresentaram um caso extraordinário1. Colin Davies: Qual é, então, o elemento chave na ocorrência de tendões dolorosos? Dr. Khan: O importante é fazer os clínicos e pacientes entenderem que o elemento chave é a ruptura do colágeno – o colágeno se torna friável e desorganizado. Antes, pensava-se que o colágeno estava intacto e era invadido por algumas células inflamatórias. Essa nova percepção foi importante porque ela sugeriu que a lesão era muito mais substancial do que era reconhecido anteriormente. Isso mostrou que problemas de tendões demorariam muito mais tempo para melhorar e precisariam de fisioterapia intensiva. Mais recentemente, tem aumentado a percepção de que as próprias células ficam anormais e não conseguem fazer o seu trabalho. Existe também um reconhecimento de que a matriz, que pode ser imaginada como uma cola que ajuda a manter o colágeno junto, se torna anormal. Então, na verdade, aceita-se agora que o problema de tendões é um conglomerado de colágeno e células anormais. Uma matriz alterada e também uma invasão anormal de vasos e nervos – realmente a patologia é bastante complicada! Colin Davies: E essa informação é amplamente conhecida? Dr. Khan: Colin, as pessoas estão ainda começando a receber e compreender essa informação. Eu acredito que apenas cerca de 5% dos clínicos realmente compreendem a importância dessa nova abordagem para tratar tendinopatias. Colin Davies: Então, parece que os fisioterapeutas precisam conhecer essa nova informação para serem capazes de tratar seus pacientes mais eficazmente? Dr. Khan: A implicação para os fisioterapeutas é que esses achados 18 • NovaFisio.com.br

são importantes para o tipo de terapia que vai ser prescrita, bem como a duração do tratamento. A boa notícia para os fisioterapeutas é que, com uma melhor compreensão dessa condição, existe uma ênfase muito maior no tratamento ativo com prescrição de exercícios. Anteriormente, usava-se uma abordagem passiva com remédios e eletroterapia. A ênfase agora, já que o tendão está estruturalmente anormal, é a terapia mecânica – a qual levará ao reparo. Um ponto importante é que o repouso não é a resposta e certamente existe muito pouca evidência sobre a eficácia da eletroterapia. O desafio para os fisioterapeutas é saber quanta carga deve ser aplicada para estimular o tendão, encontrar o equilíbrio mágico entre o muito pouco e o demais. Aí é que a experiência clínica é inestimável. Nós podemos também ajudar, fornecendo algumas diretrizes para a pesquisa. Colin Davies: Parece que os fisioterapeutas são bastante proeminentes no campo da pesquisa das tendinopatias. Dr. Khan: Os fisioterapeutas têm transformado bastante a pesquisa clínica de tendões. Os nomes de Jill Cook assim como o de Karen Gravare-Silbernagel aparecem claramente no cenário internacional. Eu penso que isto não é surpresa quando você pensa na experiência clínica prática do fisioterapeuta e o lidar diário e regular com os pacientes. Isso dá ao fisioterapeuta uma base magnífica para explorar questões de pesquisa; e fisioterapeutas como Jill Cook, Craig Purdam e inúmeros colegas escandinavos têm feito um grande trabalho ao combinar observações clínicas e tratamento com a pesquisa. Colin Davies: Qual é a importância da pesquisa de Karen Gravere-Silbernagel? Dr. Khan: Karen Gravere-Silbernagel publicou vários estudos muito informativos que falam do benefício de ser um clínico ativo e um pesquisador bem treinado. Eu realmente gostei de dois artigos em particular. Um mostrou que após a “recuperação” de um tendão de Achilles os pacientes ainda tinham fraqueza, propiocepção limitada e falta de resistência. Observe-se que essas eram pessoas que se consideravam já recuperadas. Isso é importante porque, se os pacientes não continuarem a reabilitação, eles ficam sob um risco maior de recorrência. Esse é um cenário comum que nós vemos na prática clínica. Então o estudo nos deu informações muito úteis para dividir com os pacientes a necessidade de continuar com a reabilitação, mesmo após terem retornado às atividades. O segundo foi um belo estudo, que lidou com a pergunta que os pacientes frequentemente fazem quando eles dizem, “Tudo bem, você prescreveu essa série de exercícios para eu fazer duas vezes ao dia. Eu também tenho que parar minhas atividades esportivas ou eu posso continuar fazendo alguma atividade de que eu gosto, enquanto faço meus exercícios de reabilitação?” Gravere-Silbernagel mostrou que os pacientes podiam continuar


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Entrevista

|Dr. Karim Khan PhD, MD

com as atividades e ainda recuperar tão bem quanto aqueles que pararam suas atividades esportivas. Isso foi uma grande novidade! Permanecer ativo não limita a reabilitação; e os pacientes voltam ao esporte mais rápido do que quando não se permitia continuar com suas atividades favoritas.

todas as cirurgias escaladas para você.” Alfredson estava determinado a se recuperar e achava que a sua melhor opção era a cirurgia. Assim, ele decidiu tentar romper o tendão de Achilles porque assim seu colega não teria outra opção senão fazer a cirurgia.

Colin Davies: Isso tem implicações mais amplas, especialmente para pessoas que sofrem lesão de tendão no trabalho?

Ele então continuou a fazer os exercícios de baixar o calcanhar no degrau forçando um aumento na intensidade da dor e estava contente com a idéia de que o seu tendão estava prestes a romper. No entanto, surpreendentemente, um dia ele notou uma rápida reviravolta na dor e na função e pouco tempo depois ele estava totalmente curado!

Dr. Khan: A última década de descobertas sobre dor de tendão tem implicações reais para a reabilitação de trabalhadores. Nós realmente precisamos tentar mantê-los em suas atividades, mesmo num nível reduzido, para que haja um estímulo contínuo das células para a reparação. Colin Davies: Qual é a próxima peça importante do quebra cabeças que precisa ser descoberta? Dr. Khan: Os passos importantes na pesquisa futura incluem estudos randomizados de alta qualidade, usando protocolos de intervenções para diferentes tendinopatias. Por exemplo, existem agora alguns excelentes protocolos para os tendões dos adutores da coxa e do tendão de Achilles, mas nenhum protocolo comprovado para ser seguido para tendinopatia do manguito rotador e do cotovelo. Eu sei que não queremos estimular ‘receitas’ mas, ter evidências fortes sobre “o que funciona” será muito bem vindo para os clínicos do mundo inteiro. Existe também a necessidade de que os estudos clínicos investiguem a dose de resposta adequada. É natural que os pacientes queiram fazer a quantidade mínima necessária para otimizar a sua recuperação e certamente haverá um limite após o qual fazer mais não vai ajudar. Se encontramos a dose certa para os pacientes, isso vai ser de grande ajuda. Certamente a dose ideal vai variar por causa das diferenças individuais, mas é importante achar uma prescrição inicial mais precisa para os pacientes.

Assim, ele evitou a própria cirurgia e decidiu convidar os pacientes que estavam na lista de espera para a mesma cirurgia a fazer o programa de exercícios. Isso o levou a escrever seu artigo2 no American Journal of Sports Medicine – atualmente um clássico e entre os mais citados e baixados no site daquela revista! Depois disso Alfredson publicou um estudo controlado randomizado3 que levou a uma ampla utilização do seu programa para problemas do tendão de Achilles. É interessante como um cenário clínico muito simples pode levar a um algoritmo de tratamento tão difundido. Eu penso que os fisioterapeutas que trabalham com MDT vão se lembrar do caso do Sr. Smith ao ouvirem essa estória. (Sr. Smith é o nome do paciente com ciática que Robin McKenzie diz ter curado deixando-o acidentalmente deitado em hiperextensão - fato que levou McKenzie a examinar sistematicamente os efeitos da aplicação de carga repetida de amplitude final nos pacientes com dor na coluna.)

“Ele é um dos conferencistas

convidados do 11º Congresso Internacional em Diagnóstico e Terapia Mecânica, que será realizado no Rio de Janeiro de 28 a 30 de Agosto de 2009”.

Colin Davies: Eu sei que existe uma estória interessante por trás da pesquisa sobre o uso da carga excêntrica para a tendinopatia do tendão de Achilles, que estória é essa? Dr. Khan: Quando eu li pela primeira vez o artigo de Hakan Alfredson mostrando que os exercícios de baixar o calcanhar no degrau eram eficazes na aceleração da recuperação após problemas no tendão de Achilles, eu me lembro de ter ficado surpreso com o fato de que ele forçava os pacientes a se exercitarem, virtualmente até o nível de dor insuportável. O artigo dizia que somente a dor incapacitante deveria ser motivo para interromper os exercícios por uns dias. Isso era bastante contrastante com o trabalho anterior de Curwin e Stanish, que sugeriu que alguma dor era aceitável no terceiro ou no set final dos exercícios. Então, quando eu conheci Alfredson, um cirurgião em ortopedia esportiva, eu logo perguntei como ele descobriu que não havia problema em os pacientes exercitarem no limite da dor. Ele então me contou a tal estória interessante. Ele próprio estava usando os exercícios de baixar o calcanhar no degrau para tratar um problema no seu tendão de Achilles e a dor ficava pior e pior. Então ele achou que a reabilitação estava piorando a sua condição e pediu a seu colega cirurgião que o operasse. Seu colega se recusou a fazê-lo: “se eu te operar, você precisará ficar algumas semanas sem trabalhar e eu terei de fazer 20 • NovaFisio.com.br

Colin Davies: Você vai apresentar no 11º congresso em MDT no Rio de Janeiro em agosto próximo. Alguma informação nova vai ser revelada? Dr. Khan: Acredito que os congressistas vão realmente se beneficiar com uma explanação cuidadosa e bem ilustrada dos conceitos da transdução mecânica e da terapia mecânica. A transdução mecânica é o processo em que o corpo transforma movimento em reparo; e é uma ferramenta poderosa que os fisioterapeutas têm a seu dispor. Espero ansioso a oportunidade de dividir com eles as últimas informações nessa área, de uma maneira bem prática. O mais importante que observei na minha experiência sobre a terapia mecânica é que ela tem uma importante base biológica que justifica a melhora dos pacientes. E eu acho que dividir essa informação com os pacientes realmente os ajuda a seguir um programa de exercícios – melhora a adesão do paciente tanto na primeira decisão de freqüentar a clínica de fisioterapia, quanto na continuidade do programa de exercícios. 1. Khan KM, Cook JL, Bonar F, Harcourt P, Astrom M. Histopathology of common tendinopathies. Update and implications for clinical management. Am J Sports Med.1998 May-Jun;26(3):360-6 2. Alfredson H, Pietilä T, Jonsson P, Lorentzon R Heavy-load eccentric calf muscle training for the treatment of chronic Achilles tendinosis. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc. 2001;9(1):42-7. 3. Mafi N, Lorentzon R, Alfredson H. Superior short-term results with eccentric calf muscle training compared to concentric training in a randomized prospective multicenter study on patients with chronic Achilles tendinosis. Sports Med. 1999 Jun;27(6):393408.


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|Incontinência urinária, qualidade de vida King´s Health Questionnaire. Análise da qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária Por|Ana Paula Druziki, César Rogério Ribas Rossi Artigo

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presente estudo teve como objetivo analisar a influência da incontinência urinária na qualidade de vida de 55 mulheres com queixa do sintoma, que responderam ao questionário KHQ (King´s Health Questionnaire) em consultório médico e também em uma unidade de saúde. O KHQ é um questionário específico para avaliar a incontinência urinária e foi recentemente validado para o português. A incontinência urinária é um sintoma comum que afeta um grande número de mulheres e atinge a qualidade de vida. Foram identificados quais os principais sintomas, queixas e limitações que afetam a qualidade de vida da mulher incontinente. A análise estatística incluiu: estatística descritiva para freqüências, médias, desvio padrão, mediana, coeficiente de correlação de Pearson, tabelas de contingência. O estudo de confiabilidade foi dado pelo coeficiente α de Cronbach padronizado geral que foi de 0,87. Ficou provado que a incontinência urinária afeta significantemente a qualidade de vida e que existe uma necessidade de conscientizar os profissionais da saúde e os pacientes sobre o relato do problema e da importância e benefício do tratamento. INTRODUÇÃO Segundo a Sociedade Internacional de Continência (ICS), incontinência urinária pode ser definida como a perda involuntária de urina, que causa um problema social ou de higiene. Muitas mulheres quando consultam um médico por qualquer que seja o motivo, não revelam o problema de perda de urina e nem são questionadas sobre isso pelo profissional à sua frente. A incontinência urinária afeta significativamente a qualidade de vida, provocando sérias alterações ao nível psicológico, ocupacional, doméstico, físico e sexual. Qualidade de vida, segundo a OMS é o sentimento pessoal de bem estar e satisfação com a vida. Está relacionada com a percepção do indivíduo sobre sua condição ou doença e subseqüente tratamento. A ICS recomenda que medidas de avaliação da qualidade de vida sejam incluídas em todos os estudos como complemento às medidas clínicas. Neste contexto, muitas patologias tem sido avaliadas quanto ao grau de incidência na queda de qualidade de vida, e para avaliar as implicações da incontinência urinária foi desenvolvido um questionário específico recentemente validado para o português, o King´s Health Questionnaire O KHQ 22 • NovaFisio.com.br

é um instrumento desenvolvido por Kelleher et al (1997) e validado especialmente para analisar a qualidade de vida de mulheres incontinentes. Por sua popularidade e por já estar em uso constante em vários idiomas, é considerado pela ICS como nível “A” para utilização em pesquisas clínicas. Foi utilizando deste instrumento que se realizou uma pesquisa parte em consultório médico – ginecológico e parte em uma unidade de saúde. Respostas de 55 mulheres com queixa de incontinência urinária puderam provar, corroborando com a literatura que é um problema que afeta a vida em todos os sentidos e que, sem dúvida, merece atenção de todos os profissionais da saúde, em todos os serviços de saúde recentemente prestados no país. De acordo com Tamanini et al (2003), a incontinência urinária provoca alterações graves na vida de pacientes por ela cometida, afetando o nível psicológico, ocupacional, doméstico, físico e sexual. Quando a pesquisa enfoca a qualidade de vida, o uso de questionários para avaliar o grau da mesma é um método que valoriza a opinião pessoal de quem o responde sobre sua condição de saúde. Isso se torna extremamente importante, pois mesmo com avanços imensos nos métodos de avaliação, diagnóstico e tratamento, não é possível saber o impacto real que uma doença causa na vida sem obter respostas e dados vindos do próprio paciente sobre sua convivência com a influência da patologia nos aspectos mentais, físicos e sociais. Segundo Guillen et al (2003), apesar do progresso na avaliação, manejo e tratamento da incontinência, muitos pacientes nem consultam os profissionais da saúde nem revelam seus sintomas quando os visitam por outras razões. Conhecida a percepção do indivíduo sobre a sua condição de saúde, o diagnóstico, a avaliação e o tratamento tendem a ser positivamente influenciados, uma vez que a preocupação com a melhora da qualidade de vida depende do entendimento do profissional cuidador sobre as necessidades do paciente para um tratamento de sucesso. Tamanini (2003), menciona que a ICS tem recomendado que medidas de avaliação de qualidade de vida sejam incluídas em todos os estudos como um complemento das medidas clínicas. Os estudos de qualidade de vida, segundo Contreras et al (2004), dão um marco importante na análise epidemiológica da freqüência, e ainda de ter em conta a resposta ao padecimento e/ou seu tratamento desde a percepção do paciente.

O objetivo deste estudo foi analisar a qualidade de vida de mulheres com incontinência urinária, o impacto do problema na vida delas, os principais sintomas, desconfortos e limitações, graduando cada um deles. MATERIAIS E MÉTODOS O estudo, do tipo observacional prospectivo descritivo, ocorreu entre os meses de setembro de 2005 a agosto de 2006, onde 55 pacientes entre 18 e 80 anos com sintoma de incontinência urinária foram questionadas através do King´s Health Questionnaire validado para o português por TAMANINI et al (2001). O King´s Health Questionnaire, contém 21 questões incluindo a saúde geral da paciente, o impacto do problema, os sintomas, as limitações e medidas de gravidades. Cada resposta está representada com um escala que vai de muito boa a muito ruim na primeira questão e de nem um pouco a muito nas demais. Existe uma pontuação para cada um dos domínios que varia de 0 a 100 e quanto maior a pontuação obtida, pior é a qualidade de vida relacionada àquele domínio. Antes de responder ao questionário elas teriam afirmado perda de urina em quantidade suficiente para lhe produzir incômodo, seja ele social, psicológico ou físico. Foram excluídas pacientes sem capacidade cognitiva adequada, com demência, transtornos psicóticos, enfermidades neurológicas e infecção urinária. As pacientes respondiam ao questionário no consultório médico, assinando o termo de consentimento livre e esclarecido anexo a cada questionário. Da mesma maneira forma entrevistadas mulheres em uma unidade de saúde localizada na cidade de Curitiba. Os resultados foram então transformados em planilhas no programa Microsoft Excel® e posteriormente em gráficos específicos para cada sintoma e impacto dos mesmos na qualidade de vida. Foram também calculados estatisticamente, a média, a mediana, o desvio padrão, o nível de significância e intervalos de confiança para cada sintoma e limitação, o coeficiente de correlação de Pearson, tabelas de contingência e coeficiente α de Cronbach. RESULTADOS Quanto à percepção geral de saúde 45% afirmaram um estado bom de saúde, 52% das mulheres disseram estar com a saúde razoável, e 1% com a saúde ruim (gráfico 1) No que se refere ao impacto da incontinência urinária, 30% dizem que esse sin-


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|Incontinência urinária, qualidade de vida King´s Health Questionnaire.

toma tem um impacto muito grande em sua vida, 21% situa o problema como moderado e 49% como afetando um pouco a sua vida. Nenhuma das pacientes citou o impacto como sendo insignificante. (gráfico 2) Quanto ao sintoma de freqüência, 40% dos pacientes dizem se sentir muito incomodados, 27% dizem se sentir moderadamente incomodados e 32% dos pacientes se sentem um pouco incomodados. Considerando a noctúria, 27% muito incomodadas, 18% moderadamente incomodadas e 43% dizem se sentir um pouco incomodadas. Omitiram resposta 10% das mulheres. No que diz respeito à urgência, temos 45% se sentindo muito incomodadas, 10% relatando-se moderadamente incomodadas e 27% um pouco incomodadas. Das que omitiram resposta, temos 16%. Na urge-incontinência, 34% das mulheres diziam estar muito incomodadas, 23% moderadamente incomodadas e 29% um pouco incomodadas. Foram omitidas respostas de 12%. Para incontinência urinária de esforço, 43% sentem-se muito incomodadas, 14% moderadamente e 29% um pouco incomodadas. Omitiram resposta 12%. Para o sintoma de enurese noturna 7% sentem-se muito incomodadas, 3% moderadamente incomodadas e 27% um pouco incomodadas. A maioria das mulheres (61%) omitiram resposta. Quanto à incontinência durante a relação sexual, 9% relataram muito incômodo, 1,8% incômodo moderado e 14% um pouco incomodadas. A maior parte delas omitiram resposta (74%). Para infecções urinárias freqüentes, tivemos 7% das pacientes relatando muito incômodo, 14% incômodo moderado, 18% pouco incômodo e 60% omitiram resposta. Considerando dor na bexiga, 14% consideram-se muito afetadas, 16% moderadamente afetadas e 23% um pouco afetadas. Omitiram resposta 47%. No que se refere à dificuldade para urinar, 3,63% sentem-se muito incomodadas, 1,81 % moderadamente incomodadas e 20% um pouco incomodadas, enquanto que 74% omitiram a resposta. Quanto às demais queixas de saúde, apenas 5,45%, ou três, das mulheres relataram e classificaram como moderado os seguintes problemas: ter que andar com absorvente, ser hipertensa e ter cálculo renal. Nas limitações das atividades diárias, a maioria das mulheres (19) se sentem afetadas em 33% na sua qualidade de vida. Sendo 6 mulheres 100% afetadas, 1 em 83%, 6 em 66%, 3 em 50%, 8 em 16% e 12 em 0%. O grau de impacto na qualidade de vida no que tange limitações físicas foi: 13 mulheres com 100% de influência na qualidade de vida, 1 com 83%, 3 com 66%, 3 com 50%, 9 com 33%, 10 com 16%, 16 com 0%.

Para limitações sociais, o grau de impacto da incontinência urinária na qualidade de vida foi: 1 mulher com 100%, 3 com 77%, 1 com 66%, 2 com 55%, 1 com 44%, 4 com 33%, 5 com 22%, 12 com 11% e 26% com 0%. Nas relações pessoais, os resultados apresentaram 3 mulheres com 100% de influência na qualidade de vida, 2 com 66%, 2 com 50%, 12 com 33%, 4 com 16% e 32 mulheres que desconsideram a incontinência afetando suas relações pessoais. Considerando o fator emoções, 7 mulheres com 100% de queda na qualidade de vida, 1 com 88%, 4 com 77%, 7 com 55%, 3 com 44%, 5 com 33%, 14 com 22%, 9 com 11% e somente 5 com 0%. Para sono e disposição tivemos 3 mulheres com 100% de influência, 3 com 83%, 3 com 66%, 9 com 50%, 14 com 33%, 13 com 16% e 10 com 0%. Nas medidas de gravidade, 2 mulheres apresentaram 100% de queda na qualidade de vida, 2 com 93%, 3 com 86%, 5 com 80%, 3 com 73%, 4 com 66%, 5 com 60%, 1 com 53%, 8 com 46%, 2 com 40%,5 com 33%, 6 com 26%, 3 com 20%, 3 com 13%, 3 com 6%. DISCUSSÃO A maioria das pacientes que participaram da pesquisa consideraram seu estado de saúde como regular e 40% das pacientes estão afetadas em seu estado de saúde pela incontinência urinária. Nenhuma das pacientes considerou o problema insignificante e mais da metade (60%) referem um impacto do problema em sua qualidade de vida. Assim também cita Simeonova et al (1999, p.549), num estudo realizado com uma população urbana sueca analisando a prevalência da incontinência urinária e sua influência na qualidade de vida: “as mulheres com incontinência urinária relataram uma qualidade de vida mais pobre comparada às mulheres continentes”. Quanto aos sintomas que a incontinência urinária causa, os de maior importância foram: urgência, seguida de I.U.E, freqüência e urge-incontinência. Os de menor importância foram, em ordem decrescente: noctúria, enurese noturna, dor na bexiga, dificuldade para urinar, I.T.U. freqüentes e incontinência durante a relação sexual. Como limitação das atividades diárias, a incontinência urinária tem um impacto leve para a maioria das mulheres, onde apenas 30% a consideraram como moderado a grave na qualidade de vida. Considerando a incontinência urinária como fator de limitação social e física, a maioria das mulheres a classificaram como moderado a leve na influência da qualidade de vida. Nas relações pessoais a maioria não considera o sintoma influente, mais da metade das mulheres não se coloca emocionalmente afetada, e também considera que

o problema afeta de maneira leve a moderada o sono e disposição. Para as medidas de gravidade do problema como ter que usar absorventes, cuidar na ingestão de líquidos, trocar roupas íntimas, preocupar-se com a possibilidade de cheirar urina e ficar envergonhada pelo problema, 50% das pacientes disseram se sentir moderadamente incomodadas. O estudo de confiabilidade dado pelo cálculo do coeficiente α de Cronbach padronizado geral foi igual ao do estudo realizado para validação do KHQ, realizado por Tamanini et al (2003). A partir destes resultados, conclui-se que alguns sintomas incomodam muito as mulheres, mas que apesar disso, elas continuam tendo uma vida “normal”, não se deixando privar de suas atividades diárias ou limitando-se física, emocional ou psicologicamente, bem como não afetam suas relações pessoais por conta do problema. Nota-se que um grande número de pacientes omitiu resposta para sintomas como: enurese noturna, incontinência durante a relação sexual, I.T.U freqüentes e dificuldade para urinar. Acredita-se que o motivo da omissão seja ou porque realmente nunca lhe tenham ocorrido estas ocasiões, ou ainda por vergonha de admitir um desses sintomas; como é o caso da incontinência urinária durante a relação sexual e da enurese noturna. Acredita-se que o nível sócio-econômico da grande maioria das pacientes que participaram da pesquisa tenha grande influência na maioria destas respostas, pois muitas vezes são pessoas que não podem se permitir deixar de trabalhar, realizar seus afazeres domésticos, praticar esportes, viajar e ter uma vida social ativa. Um número muito pequeno de mulheres procura atenção médica para o problema de incontinência. Segundo Simeonova et al (1999), somente 6% das mulheres relatou em seu estudo que havia procurado ajuda profissional para o problema. Cita Amarenco e Ricahrd (2001) que a repercussão das perturbações urinárias sobre as atividades de vida diárias, as ocupações profissionais e de lazer bem como sobre o estado psicológico, deve ser tida em conta na diligência diagnóstica. A investigação preliminar da incontinência urinária e de sintomas relacionados pode ser iniciada dentro do sistema preliminar do cuidado de saúde. (SIMEONOVA et al, 1999) Concluiu Pinto e Macéa (2002) que a presença da incontinência urinária feminina, sem estar associada com outros sintomas é determinada por uma detalhada história médica. CONCLUSÃO Corroborando com a literatura chega-se a conclusão de que a incontinência urinária realmente tem uma importante influência na queda da qualidade de vida das mulheres, ocasiona desconfortos e limitações NovaFisio.com.br • 23


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|Incontinência urinária, qualidade de vida King´s Health Questionnaire.

em graus variados e tem um impacto importante. É um problema grave que causa constrangimento, isolamento social e problemas de higiene. Tem causa complexa e necessita de profissionais altamente informados e capacitados para o desenvolver do tratamento, seja ele, medicamentoso, cirúrgico ou fisioterápico. A análise da qualidade de vida nesse determinado sintoma leva a questionamentos importantes que talvez os profissionais da área da saúde não tenham ainda sentido real necessidade. Ainda que o incômodo da perda urinária não seja suficiente para justificar uma consulta médica ou para ter prioridade sobre outras necessidades diárias, ou ainda que possa parecer à mulher normal em decorrência do envelhecimento, é preciso conscientizar que ela pode obter melhora e que deve se sentir à vontade para relatar o problema ao seu médico. A partir do momento em que se pode comprovar através de questionários o quanto o sintoma prejudica as atividades de vida diárias, confirma-se a necessidade de conscientização sobre a importância e benefícios do tratamento. Os profissionais da saúde, como médicos e fisioterapeutas que atuam em outras áreas devem incluir em suas consultas e avaliações rotineiras a questão da mulher ter ou não incontinência urinária e encaminhar para um profissional especializado. Um problema que atinge de 30 a 60% das mulheres merece a devida atenção e tratamentos. E aí se encontra a importância de analisar a qualidade de vida no contexto da incontinência urinária, em um momento em que a atenção à saúde é voltada para a prevenção e a melhora da qualidade de vida. Não é possível prevenir se não existe conhecimento da incidência e se não há prevenção não há melhora da qualidade de vida. Seria interessante a comparação desse trabalho realizando uma pesquisa com mulheres de um nível sócio-econômico maior, para que se pudesse comparar os resultados no que tange as limitações das atividades diárias, limitações físicas, sociais e relações pessoais.

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|Flacidez Facial, Cinesioterapia Facial, Massoterapia Facial. Avaliação dos Efeitos da Massoterapia e Cinesioterapia no Rejuvenescimento Facial Por|Monique Bitencourt Pereira, Karina Brongholi

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valorização de uma aparência jovem e renovada está sendo cada vez mais cultuada, sendo que a Fisioterapia dispõe de recursos como massoterapia e cinesioterapia para tratar ou prevenir este distúrbio. Essas técnicas de relevância social/estética são métodos não invasivos, de baixo custo e simples realização. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da massoterapia, cinesioterapia e massoterapia associada à cinesioterapia no tratamento da flacidez facial. Participaram do estudo seis pacientes do sexo feminino, com idade entre 35-50 anos que apresentavam flacidez facial. As pacientes foram divididas em três grupos, massoterapia, cinesioterapia e massoterapia associada à cinesioterapia. Foi utilizada uma ficha de avaliação para flacidez facial e registro fotográfico para posterior comparação. Após o tratamento, as pacientes responderam a um questionário de satisfação com relação aos resultados obtidos, contendo uma questão com quatro alternativas. Foram realizados 14 atendimentos, três vezes semanais com duração de 30 minutos cada. Após avaliar os efeitos da massoterapia e/ou, cinesioterapia para o rejuvenescimento facial, pode-se perceber que os grupos que realizaram a cinesioterapia associada ou não a massoterapia obtiveram melhores resultados com relação ao delineamento de contornos faciais e redução de linhas de expressão. Quanto à satisfação das pacientes, cinco relataram melhora considerável de textura de pele, sendo que uma não observou nenhuma alteração. Conforme os resultados obtidos, foi possível concluir que os grupos que realizaram cinesioterapia obtiveram melhores resultados para flacidez, de acordo com os quesitos rugas de expressão e contorno facial, sendo que todas as participantes relataram alteração na textura da pele. Portanto, enfatiza-se a importância da técnica no tratamento da flacidez facial, por ser de baixo custo e fácil aplicação, além de não apresentar efeitos adversos. A estética é uma constância de novos meios de tratamento, especialmente aqueles que favoreçam o tônus muscular, assim como os contornos corporais e faciais nos quais é possível perceber resultados notáveis. Desde os tempos mais remotos, a busca pela beleza e por uma juventude infinita faz parte da história e cultura do ser humano, sendo assim, a Fisioterapia dispõe de recursos como massoterapia e cinesioterapia. Essas técnicas de relevância social/estética dão ênfase ao não uso de equipamentos e/ou métodos invasivos. Logo, a cinesioterapia resume-se no fortalecimento da musculatura facial, que por sua vez exerce tração na pele, alterando a característica da mesma. Já a massagem tem como função mobilizar estruturas como pele, fáscia e músculos, assim como a estimulação da corrente sanguínea e linfática, fazendo com que os nutrientes sejam transferidos com mais facilidade e em maior quantidade para a pele e estruturas adjacentes. Além desta estimulação sanguínea, a massagem tem propriedades de alongamento e mobilização da fáscia, que muitas das vezes permanece enrugada e/ou tensa, deixando-a mais maleável ao movimento facial. Este estudo tem como objetivo geral avaliar os efeitos da massoterapia, cinesioterapia e massoterapia associada à cinesioterapia no tratamento da flacidez facial. Materiais e Métodos Foi realizada uma pesquisa experimental para avaliar a causa e o efeito das técnicas de massagem facial e cinesioterapia facial. Foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão para a composição da casuística: sexo feminino, raça branca, presença de rugas, residirem na Grande

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Florianópolis, idade entre 35 a 50 anos; sendo excluídas aquelas que estejam em tratamento estético ou que tenham sofrido algum tipo de intervenção dermatológica nos últimos seis meses e que apresentem lesões cutâneas ou neurológicas. Foram utilizados uma máquina fotográfica marca Olympus, modelo X-785 com 7.1 Megapixel; ficha de avaliação em Fisioterapia Dermato-Funcional e questionário de satisfação com relação aos resultados do tratamento. Com a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da FESSC, deu-se início a coleta de dados, sendo inicialmente realizado o contato com as participantes selecionadas conforme critério de inclusão. As voluntárias assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido sobre os procedimentos de pesquisa, e autorização de registro de imagem. O tratamento foi realizado na Clínica Escola da Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina, com seis pacientes divididas em três grupos: A, B e C, totalizando 14 atendimentos por paciente, com uma freqüência de 3 a 4 vezes por semana e duração de 30 minutos por atendimento. No grupo A, foi realizada massagem com manobras suaves, rápidas e contínuas na face, com o objetivo de promover um aumento na velocidade da circulação sanguínea e linfática, em que se utilizou a loção para o deslizamento. Estas manobras consistem em deslizamento superficial e profundo, amassamento, pinçamento e percussão, de acordo com a massagem clássica. Com o grupo B, realizou-se três séries de exercícios isotônico, aplicando resistência manual com séries de 20 repetições em grupos musculares específicos da face. Foi seguida uma ordem de exercícios por região: região superior (olhos e fronte) e região inferior (boca e mento). As mano-

bras de exercício isotônico faciais tiveram como base o protocolo de Reichel (1998). Os músculos trabalhados foram: frontal, conrrugador do supercílio, depressor do supercílio, orbicular dos olhos, levantador do lábio superior e inferior, abaixador do ângulo da boca, nasal, orbicular da boca, zigomático, mentual, bucinador, platisma e masseter. O grupo C, realizou as manobras de massoterapia associada à cinesioterapia facial, com os procedimentos já citados. Resultados e Discussão Grupo A A paciente A tem 49 anos, utiliza filtro solar fator 25 diariamente e faz uso de hidratante ocasionalmente. Possui pele do tipo oleosa, com fototipo morena moderada (IV), em que queima-se pouco e bronzeiase com facilidade, de acordo com a escala de fototipo de Fitzpatrick (1999). A paciente B tem 36 anos, nunca foi ao dermatologista e não utiliza nenhum produto facial. Possui pele do tipo normal, da cor morena escura (V), em que queima-se raramente e bronzeia-se bastante. Grupo B A paciente C tem 41 anos, não realiza tratamento específico para a pele, utiliza filtro solar fator 50 e hidratante facial diariamente. Possui pele do tipo seca, com coloração morena moderada (IV). A paciente D tem 45 anos, nunca realizou tratamentos para a pele, faz uso de filtro solar diário apenas na praia. Possui pele do tipo normal, com coloração branca (II), em que queima-se com facilidade e bronzeiase muito pouco. Grupo C A paciente E tem 44 anos, utiliza filtro solar fator 60, porém não o repõe durante


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|Flacidez Facial, Cinesioterapia Facial, Massoterapia Facial.

Ilustração 1: Registro fotográfico da paciente C antes e após a intervenção – vista anterior. Fonte: Dados primários (2008).

Ilustração 3: Registro fotográfico da paciente E antes e após a intervenção – vista anterior. Fonte: Dados primários (2008).

A seguir serão expostas as ilustrações referentes aos resultados obtidos com o grupo de cinesioterapia associado a massoterapia facial, representado pelas pacientes E e F.

Ilustração 2: Registro fotográfico da paciente D antes e após a intervenção – vista anterior. Fonte: Dados primários (2008). o dia e não faz uso de hidratante. Possui pele do tipo seca, com coloração morena moderada (IV). A paciente F tem 50 anos, já realizou tratamento para discromia e linhas de expressão com uso de ácidos específicos em janeiro de 2007 e obteve resultados satisfatórios. Utiliza filtro solar fator 30 diariamente com reposição durante o dia e gel hidratante facial. Possui pele do tipo mista, com coloração morena moderada (IV). Alterações visuais No grupo que realizou somente massoterapia facial não foi possível perceber alteração. A seguir serão expostas as ilustrações referentes aos resultados obtidos com o grupo de cinesioterapia facial, representados pelas pacientes C e D. Pode-se observar redução acentuada em linhas de expressão na região frontal, aumento na definição do ângulo da mandíbula, elevação do ângulo da sobrancelha, aumento do lábio superior e maior definição 28 • NovaFisio.com.br

Ilustração 4: Registro fotográfico da paciente F antes e após a intervenção – vista anterior. Fonte: Dados primários (2008).

da região zigomática nas pacientes C e D. Sendo a diminuição da bolsa infra-orbicular e alteração do formato facial de oval para longilíneo observada com mais evidência na paciente C (Ilustração 1 e 2). Na paciente E verificou-se aumento do ângulo da sobrancelha, redução considerável de flacidez infra mentoniana (pescoço), aumento dos lábios, diminuição das linhas de expressão peri-orbiculares, maior definição do ângulo mandibular e afinamento da face. Com a paciente F houve maior definição do ângulo da mandíbula, afinamento da face e maior delineamento de região zigomática. (Ilustrações 3 e 4). Resultados da pesquisa e satisfação As alterações de textura de pele, aumento do tônus e definição de contornos faciais, assim como diminuição de linhas de expressão observadas nas pacientes, podem ser pela aplicação da massagem associada à cinesioterapia. A massagem gera melhora na permeabilidade das paredes dos

capilares, que por sua vez melhora a nutrição muscular, e conseqüentemente há aumento da entrega de oxigênio, remoção de detritos celulares, aumento da excitabilidade muscular, tornando a musculatura mais sensível aos impulsos nervosos. Além disso, a massagem visa recuperar a epiderme com a finalidade de renovar o extrato córneo. Quando associada aos exercícios físicos, que por sua vez geram fadiga muscular proporcionam maior relaxamento e remoção de ácido láctico em excesso (GUIRRO; GUIRRO, 2006; BRAUN; SIMONSON, 2007). As pacientes responderam a um questionário de satisfação com relação aos resultados obtidos com o tratamento, contendo uma questão com quatro alternativas, plenamente satisfeita, satisfeita, parcialmente satisfeita, insatisfeita. Seis pacientes que realizaram os procedimentos, 5 relataram estarem plenamente satisfeitas com o tratamento e terem percebido alterações na textura de pele, como


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|Flacidez Facial, Cinesioterapia Facial, Massoterapia Facial.

maciez e firmeza. Uma paciente, do grupo A (massoterapia), relatou não ter percebido alteração em textura de pele. Pode-se confirmar estes resultados, em pesquisas realizadas por Tacks, Valdrighi e Assencio-Ferreira (2002) sobre exercícios faciais, em que os autores evidenciaram melhora considerável da musculatura facial, diminuição das rugas, linhas de expressão e flacidez facial em todos os indivíduos, em graus e locais diferenciados, o que comprova a eficiência dos exercícios faciais. Os autores relataram maior suavidade e relaxamento da pele e conseqüentemente das expressões faciais, tornando-se a face mais descansada, relaxada e serena após os procedimentos, assim como pele mais brilhante e viçosa. Destacou-se também a elevação das linhas dos lábios, dos olhos, das sobrancelhas e bochechas correlacionando com o estudo em questão. Com base nisto, pode-se confirmar os resultados obtidos neste estudo, como a melhora de linhas de expressão assim como maior delineamento de contornos faciais, além das mudanças de textura de pele relatadas pelas pacientes. Com o envelhecimento há diminuição progressiva da elasticidade tanto da pele quanto dos músculos, a espessura da pele torna-se diminuída e a musculatura facial está associada à atrofia. Portanto a prática de exercício ou meios que possam aumentar a circulação superficial local e o metabolismo fazem aumentar o tônus muscular e podem proporcionar uma melhora considerável ou manutenção no aspecto geral da pele, retardando assim o envelhecimento (GUIRRO; GUIRRO, 2006). Pelo fato do envelhecimento causar diminuição progressiva da musculatura e consumo de oxigênio, a prática de exercícios pode manter ou até mesmo aumentar a massa musculoesquelética. Portanto, de acordo com Guirro e Guirro (2006), a prática da cinesioterapia resistida facial é de extrema importância, pois já que a musculatura facial está em contato com a pele, esta influencia diretamente o seu tônus. Visto isso, o fortalecimento dessa musculatura mantém ou até mesmo aumenta os contornos faciais, portanto os resultados como diminuição de linhas de expressão, assim como maior delineamento de contornos faciais puderam ser influenciados pela cinesioterapia. Com relação aos resultados da pesquisa de Paes, Toledo e Silva (2007), observou-se redução significativa das medidas dos sulcos nasogenianos e maior equilíbrio entre as medidas de projeção do sulco nasogeniano, em ambos os lados, comparando o pré e pós tratamento. Visto isso, confirma-se os resultados a respeito de melhora das linhas de expressão. De acordo com Braun e Simonson (2007), o movimento de fricção na massagem faz aquecer a pele, melhorando a circulação sanguínea e linfática. Com o aumento 30 • NovaFisio.com.br

deste calor, há estimulação das glândulas sebáceas, tornando a pele mais maleável e flexível, podendo assim mudar as características dérmicas, como por exemplo, uma pele que era seca pode se tornar mais macia e hidratada, dado este que foi relatado e confirmado pelas pacientes de todos os grupos, uma vez que no procedimento de cinesioterapia resistida, o toque também traz este benefício. Além da manipulação muscular e tecidual, a massagem também manipula a fáscia muscular, que reveste toda a musculatura. Qualquer alteração na fáscia pode criar alterações no movimento de deslizamento músculo-fáscia, portanto a importância da massagem. A fáscia tem característica tixotrópica, o que significa que ao manipulá-la e aquecê-la, esta se torna mais liquefeita. Esta propriedade está diretamente relacionada à propriedade piezoelétrica do colágeno. Quando se aplica pressão ou compressão sobre o colágeno, este gera cargas elétricas em sua superfície, o que permite tornar-se mais liquefeitos e reorganizar os componentes teciduais. Visto isso, é importante salientar que sem movimento, nutrição e hidratação suficiente, a fáscia enrijece e torna-se seca (BRAUN; SIMONSON, 2007). Portanto, os resultados de alteração de textura de pele podem ser influenciados pela massagem e cinesioterapia. Conclusão Após avaliar os efeitos da cinesioterapia, massoterapia e massoterapia associada à cinesioterapia para o rejuvenescimento facial, pode-se perceber que os resultados formam mais satisfatórios nos grupos que contemplaram cinesioterapia como tratamento. Esta melhora pode ser observada com relação ao delineamento de contornos faciais e redução de linhas de expressão. Com relação às alterações de contornos faciais e diminuição das linhas de expressão, Cleaves (2008) menciona que os exercícios faciais são ótimos aliados ao rejuvenescimento facial, pois fortalecem a musculatura facial e esta exerce tração na pele. Além disso, a autora destaca que os exercícios faciais auxiliam muito na circulação sanguínea, desta forma aperfeiçoando a taxa de oxigênio que beneficia as células e estruturas adjacentes. Podendo, portanto confirmar os efeitos da cinesioterapia facial. Quanto o questionário de satisfação, cinco pacientes relataram melhora considerável de textura de pele, sendo que uma não observou nenhum resultado. Trabalhos realizados demonstraram que a massagem auxilia a nutrição tecidual (músculos, pele, fáscia, entre outros), e após a prática de exercícios, faz com que a recuperação muscular seja mais rápida. A massagem não faz aumentar o tônus muscular, porém existem técnicas, como a de percussão, que tem por finalidade facilitar a atividade muscular (DOMENICO; WOOD,

1998). Esta técnica foi utilizada nas pacientes dos grupos A e C, e estas relataram melhora considerável na textura de pele, a qual tornou-se mais macia e firme. Conforme os resultados obtidos, indicase a fisioterapia dermato-funcional facial através da cinesioterapia associada ou não à massoterapia por ser um tratamento eficaz, de baixo custo e fácil aplicação, além de não apresentar efeitos adversos. A associação da cosmetologia ao tratamento poderia contribuir de forma positiva no aperfeiçoamento dos resultados. Referência THOMAS, J. R.; NELSON, J. K.; SILVERMAN, S. J. Métodos de pesquisa em atividade física. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. DERMATOLOGIA.NET. Classificação da pele de acordo com a sua cor. Disponível em <http://www.dermatologia.net/neo/base/fototipos.htm>. Acesso em: 31 mar. 2008. GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional: fundamentos, recursos e patologias. 3. ed. São Paulo: Manole, 2006. BRAUN, M. B.; SIMONSON, S. Massoterapia. São Paulo: Manole: 2007. DOMENICO, G.; WOOD, E. C. Técnica de massagem de Beard. 4. ed. São Paulo: Manole, 1998. TAKACS, A. P.; VALDRIGHI, V; ASSENCIO-FERREIRA V. J. Fonoaudiologia e estética: unidas a favor da beleza facial. Rev CEFAC, São Paulo, v. 4, s/ n.,p.111-116, 2002. Disponível em: < http://www.cefac.br/revista/revista42/Artigo%203.pdf>. Acesso em: 15 PAES, C.; TOLEDO, P. N.; SILVA, H. J. Fonoaudiologia e estética facial: estudo de casos. Rev. CEFAC, São Paulo v.9, n. 2, abr./jun. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v9n2/a10v9n2.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2007. KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. São Paulo: Manole, 1998. FAVARÃO, D. M.; PIERETTI, M. C. A utilização do método kabat na paralisia facial periférica. 2004. 10f. Trabalho de Conclusão de curso (Graduação Em Fisioterapia) - Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI), Adamantina, 2004. Disponível em: <http:// w w w. f i s i o n e t . c o m . b r / m o n o g r a f i a s / interna.asp?cod=35>. Acesso em 15 abr. 2008. CLEAVES, C. Facial exercises: a natural alternative to cosmetic surgery. disponível em: <http://www.carolynsfacialfitness.com/article%202. html>. Acesso em: 14 maio 2008. REICHEL, H. S. Método Kabat: facilitação neuro muscular. São Paulo: 2007.


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Agenda|Divulgue seus evento de graça em nossa agenda. Visite o site. DESC DATA CURSO MAIO 01 a 03 Aperfeiçoamento em Dermato Funcional - Mod II 01 a 05 Método de Pilates com a visão Autraliana 02 e 03 Reeducação Vestibular Funcional 02 e 03 Curso Fundamentos e Práticas Fisioterapêuticas no Câncer de Mama 04 (Pós) Fisioterapia Dermato-Funcional e Cosmetologia - Modular 10% 06 a 10 Reprogramação Postural no Pilates - Mód.1 08 e 09 I Simpósio de Joelho, Coluna e Ombro 08 a 11 Conceito Mulligan 09 Curso de Diagnóstico da Medicina Chinesa 09 e 10 Principios da Ventilação Mecânica 09 e 10 Ventilação Mecânica -Métodos Avançados 09 e 10 Gestão e Formação do Comitê de Ergonomia 09 a 18 Método de Pilates com a visão Astraliana 12 e 13 Movimento Combinado - Algias da Coluna 13 a 16 II CIRNE - Cong. Int. Reabilitação Neuromusculoesquelética e Esportiva 13 a 17 Curso de Formação em Cadeias Musculares - Mód. 4 13 a 17 II Congresso Brasileiro de Acupuntura da AFA Brasil 10% 14 a 17 Curso de Spiral Taping 14 a 19 RPG e Pilates - Sistema Australiano - Mód. I 15 Curso de Formação Physio Pilates - Polestar 15 a 21 Curso de RPG/RNP (2º Módulo) 15 a 24 Pilates sob a ótica da reeducação do movimento 16 Pós-Graduação em Fisioterapia Dermato-Funcional 16 e 17 RMA ( Modulo III ) 20 e 21 Mobilização Neural 20 a 24 Curso de Formação em Cadeias Musculares - Mód. 4 22 Curso de Formação Physio Pilates - Polestar 22 a 24 Curso de Postural Ball 22 a 24 Aperfeiçoamento em Dermato Corporal e Facial 22 a 24 V Congresso Norte Nordeste de Fisioterapia 22 a 25 Conceito Mulligan 22 a 28 Método de Pilates com a visão Astraliana 23 e 24 Imagiologia Musculo Esqueletica para Fisioterapeutas 23 e 24 Introdução à TCS 23 a 26 Terapia Manipulativa e Reprogramação Postural no Pilates (1º Modulo) 23 a 26 Método McKenzie de Diagnóstico e Terapia Mecânica: coluna lombar 26 a 29 Curso de Formação em Cadeias Musculares - Mód. 3 29 a 31 Curso de Pilates Aplicado as Lesões Osteomusculares 29 a 02/06 Método de Pilates com a visão Australiana 30 e 31 Introdução à TCS JUNHO 01 (Pós) Fisioterapia em Terapia Manual - Modular 04 a 07 Aperfeiçoamento em Dermato Corporal e Facial 04 a 13 Método de Pilates com a visão Australiana 05 a 07 Mobilização do Sistema Nervoso 06 e 07 Avaliação Fisioterapêutica em Academias de Ginástica e Musculação 06 a 14 Anatomia Palpatória com ênfase em técnicas manipulativas 07 Curso de Aptidão Física para Concursos 10 a 14 Curso de Formação em Cadeias Musculares - Mód. 4 11 e 12 Introdução à TCS (à confirmar) 10% 11 a 14 Crochetagem 11 a 14 Terapia CranioSacral 1 12 e 13 Pilates On The Ball 12 a 14 Curso de Pilates Aplicado as Lesões Osteomusculares 19 a 21 Curso Internacional Bernard Bricot - Teórico e Prático 22 a 26 Curso de Musculação Terapêutica 24 a 28 Conceito Maitland 25 a 28 Terapias Manuais - Drenagem Linfática - Pedras Quentes e Bambuterapia 26 a 29 Terapia Manipulativa e Reprogramação Postural no Pilates (2º Modulo) 27 e 28 Introdução à Terapia CranioSacral

CIDADE

UF CONTATO

Porto Alegre RS Minas Gerais MG Rio de Janeiro RJ Rio de Janeiro RJ Curitiba PR Teresina PI Fortaleza CE São Paulo SP Rio de Janeiro RJ Rio de Janeiro RJ Rio de Janeiro RJ São Paulo SP Espirito Santo ES São Paulo SP Belo Horizonte MG Juiz de Fora MG Recife PE Fortaleza CE São Paulo SP Recife PE Campinas SP Rio de Janeiro RJ Pres. Prudente PR S.J.dos Campos SP São Paulo SP Rio de Janeiro RJ Brasilia DF Curitiba PR Palmas To Teresina PI Porto Alegre RS Rio de Janeiro RJ Rio de Janeiro RJ Sorocaba SP Fortaleza CE Brasília DF Curitiba PR Salvador BA Minas Gerais MG Fortaleza CE

(11) 3079-0925 / 8141-6719 (61) 3264-0344 / 8133-6798 (21) 2224-7744 / 3970-3715 (21) 4063-7914 / 7832-8296 (41) 3019-2828 (85) 3281-8270 / 3067-7072 (85) 3263-2717 0800 400 7008 (21) 2549-4087 (21) 2224-7744 / 3970-3715 (21) 2224-7744 / 3970-3715 (11) 7604-7379 / 2351-2442 (61) 3264-0344 / 8133-6798 0800 400 7008 www.cirne20009.com.br (32) 3214-6798 cejemeventos@cejem.com.br (85) 3281-8270 / 3067-7072 0800 400 7008 (71) 3261-8000 0800 702 3140 (21) 2572-0571 (41) 3225-1844 / 3232-3345 (12) 3943-3611 / 3943-2921 0800 400 7008 (21) 9505-0804 (71) 3261-8000 (41) 3019-2828 (11) 3079-0925 / 8141-6719 (86) 3233-2167 0800 400 7008 (61) 3264-0344 / 8133-6798 (21) 2224-7744 / 3970-3715 www.upledgerbrasil.com (85) 3281-8270 / 3067-7072 (31) 3225-0362 (41) 3521-7577 (71) 3358-2318 / 3354-4543 (61) 3264-0344 / 8133-6798 www.upledgerbrasil.com

Curitiba Teresina Joinville São Paulo Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro João Pessoa Porto Alegre Manaus Goiânia São Paulo Salvador São Paulo Curitiba Rio de Janeiro Manaus Fortaleza Guapimirim

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Agenda|Divulgue seus evento de graça em nossa agenda. Visite o site. DESC DATA CURSO JULHO 01 Curso de Aptidão Física para Concursos 02 a 11 Método Pilates coma avisão Australiana 01 a 05 Curso de Formação em Cadeias Musculares - Mód. 4 04 a 13 Método Pilates com a visão Autraliana 06 a 16 Intensivo de férias - Pós graduação em terapia manual e postural 09 a 12 Aperfeiçoamento em Dermato Funcional 11 e 12 Introdução à TCS (à confirmar) 13 a 17 Curso de Formação em Cadeias Musculares - Mód. 4 10% 14 a 18 Curso Internacional de Podoposturologia Proprioceptiva 18 a 19 Introdução à TCS (à confirmar) 18 a 21 Aperfeiçoamento em Dermato Corporal e Facial 20 a 29 Método Pilates com a visão Australiana 21 e 22 Pilates Saúde da Mulher 22 a 26 Abordagem Interdiciplinar das Disfunções Temporomandibulares 23 a 26 Terapia CranioSacral 1 (à confirmar) 23 a 26 Mobilização Neural (Neurodinâmica) 26 a 29 Pilates Clínico Internacional 27 a 07/08 RPG Souchard - 2ª Fase 30 a 02/08 RPG e Pilates - Mód. II 31 Curso de Formação Physio Pilates - Polestar AGOSTO 01 a 10 Método Pilates com a visão Australiana 08 e 09 Introdução à TCS (à confirmar) 13 a 16 Terapia CranioSacral 1 (à confirmar) 15 a 22 Método Pilates com a visão Australiana

CIDADE

UF CONTATO

Rio de Janeiro Recife São Paulo Joinville São Paulo Brasilia Porto Alegre Curitiba Fortaleza Manaus Fortaleza Goiânia São Paulo São Paulo Londrina Rio de Janeiro Londrina Brasília São Paulo Natal

RJ PE SP SC SP DF RS PR CE AM CE GO SP SP PR RJ PR DF SP RN

(21) 2298-3088 (61) 3264-0344 / 8133-6798 (11) 5084-2411 / 9273-7636 (61) 3264-0344 / 8133-6798 (43) 3375-4701 (11) 3079-0925 / 8141-6719 www.upledgerbrasil.com (41) 3521-7577 (85) 3281-8270 / 3067-7072 www.upledgerbrasil.com (11) 3079-0925 / 8141-6719 (61) 3264-0344 / 8133-6798 0800 400 7008 (11) 5549-3207 / 5083-3009 www.upledgerbrasil.com (21) 4063-7914 / 7832-8296 0800 400 7008 (27) 3349-0799 / 8823-3390 0800 400 7008 (71) 3261-8000

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Russa, de corrente


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Tininha |

Humor - passa-tempo - tv - novidades - música - cinema - moda -

Os e-mails não param de chegar, e por incrível que pareça, iniciamos 2009 com maior recebimento de mensagens do que no início do ano passado. Mesmo com o grande volume de informações recebidas, queremos receber sua sugestão. Existe espaço para todo mundo. Envie seu e-mail para tininha@novafisio.com.br

E aí, você gosta de filmes como eu? Então vamos ver se você descobre o nome destes filmes! Adivinhe o nome do filme... Em uma cidade haviam muitas motos Yamaha e só duas Honda...................................................“Poca Hondas” O filho e o pai se despediram rapidamente...............................................................“Tchau Pai, Tchau Filho” Uma moça usava um grampo que começou a enferrujar. Ela então pediu a uma costureira que o forrasse. .......................................................................................................................“Forre este Grampo” Um menininho tinha um gatinho chamado Tido, que toda noite dormia num cestinho. Um belo dia, o menininho foi procura-lo e não o achou...........................................................................................“O Cesto sem Tido” Um homem aceitou um desafio de beber 1.000 latinhas de Coca-Cola de uma Vez, ele tomou 999 latas e não agüentava mais...................................................................................................................“Mil são Impossível” Um anão tinha o lábio inferior muito grande. Quando ele andava, seu lábio balançava de um lado para o outro. ...............................................................................................................“Anão que balança o beiço” Era uma vez a pequena Marina que, para fugir da rotina da fazenda, Resolveu pegar seu lindo pônei e ir passear nos campos silvestres. De repente, apareceu uma terrível manada de milhares de éguas em disparada e atropelou a menininha...............................................................................................“Vinte mil éguas sobre Marina” O sujeito vai à feira e sai com uma alface escondida na sacola..................................................“Alface Oculta” Num lugar onde só existiam pizzas, as de aliche foram expulsas pelas de Ervilha.......“Aliche no país das más ervilhas” Um chiclete conheceu uma chicletinha, se casaram e tiveram vários Chicletinhos........................“A Família Adams” Um casal de piolhos se amava muito e tiveram diversos filhotes...........................................“Lêndeas da Paixão” Robin vivia enchendo o saco de seu irmão caçula. Até que este contou tudo para a sua mãe......“Bate, mãe, em Robin” Um homem e uma mulher, ambos sem os dois braços, decidiram casar, e algum tempo depois tiveram filho. ..............................................................................................................“Ninguém segura este bebê” Um cara comeu um quilo de alho e depois escovou os dentes..............................................“Mudança de hálito” Para comprar uma bola, um homem teve que escolher entre a vermelha e a Azul. Ele escolheu a vermelha. ..............................................................................................................................“Largou a Azul” Um homem tinha como profissão cuidar de ursos. Certo dia ele largou a profissão.............................“O ex-ursista” Um homem colocou um sino dentro de um forno para assar..........................................................“O assa sino” A Ana Maria Braga chamou a Hebe de perua...........................................................“Olha quem está falando!” Um pão passou rolando a ladeira a baixo e ninguém apareceu correndo atrás dele. .............................................................................................................“O destino do pão sem dono” Uma mulher se jogou pela janela e caiu sentada em cima de um transeunte que morreu na hora. ........................................................................................................................”Acusada de morte”

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automóvel - compras - economia - turismo - esporte...

O MÉDICO IDEAL. Vê se pode uma coisa dessas! Pergunta: Exercícios cardiovasculares prolongam a vida, é verdade? Resposta: O seu coração foi feito para bater por uma quantidade de vezes e só... não desperdice essas batidas em exercícios. Tudo se gasta eventualmente. Acelerar seu coração não vai fazer você viver mais: isso é como dizer que você pode prolongar a vida do seu carro dirigindo mais depressa. Quer viver mais? Tire uma soneca!!! Devo cortar a carne vermelha e comer mais frutas e vegetais? R: Você precisa entender a logística da eficiência. O que a vaca come? Feno e milho. O que é isso? Vegetal. Então um bife nada mais é do que um mecanismo eficiente de colocar vegetais no seu sistema. Precisa de grãos? Coma frango. Devo reduzir o consumo de álcool? R: De jeito nenhum. Vinho é feito de fruta. Brandy é um vinho destilado, o que significa que, eles tiram a água da fruta de modo que você tire maior proveito dela. Cerveja também é feita de grãos. Pode entornar! Quais são as vantagens de um programa regular de exercícios? R: Minha filosofia é: Se não tem dor... tá bom! Frituras são prejudiciais? R: VOCÊ NÃO ESTÁ ME ESCUTANDO!!!... Hoje em dia a comida é frita em óleo vegetal. Na verdade ficam impregnadas de óleo vegetal. Como pode mais vegetal ser prejudicial para você? Flexões ajudam a reduzir a gordura? R: Absolutamente não! Exercitar um músculo faz apenas com que ele aumente de tamanho. Chocolate faz mal? R: Tá maluco?!! Cacau!!! Outro vegetal!!! É uma comida boa pra se ficar feliz!!! Caminhar todo dia faz bem? Se caminhar fosse saudável, o carteiro seria imortal! Lembre-se: A vida não deve ser uma viagem para o túmulo, com a intenção de chegar lá são e salvo, com um corpo atraente e bem preservado. Melhor enfiar o pé na jaca - Cerveja em uma mão - tira gosto na outra - muito sexo e um corpo completamente gasto, totalmente usado, gritando: VALEU!!! QUE VIAGEM!!!

SOBE...

Dia 14 de março, foi o Dia Mundial da Incontinência Urinária. A data chama atenção para a doença que atinge 1 em 25 pessoas no Brasil e afeta significativamente a qualidade de vida, podendo resultar em isolamento social e até em depressão. Muitas pessoas, no entanto, ainda acham que esta doença é uma conseqüência natural do envelhecimento e não procuram orientação médica.

SOBE...

CREFITO-5/RS impede , por decisão judicial, realização de concurso público da UFRGS para o cargo de Técnico em Fisioterapia.

SOBE...

O RIO DE JANEIRO irá sediar a décima oitava edição do Congresso Brasileiro de Fisioterapia. O Rio de Janeiro teve uma importante participação na história da criação e desenvolvimento da Fisioterapia Brasileira. Foi a sede do I Congresso Brasileiro de Fisioterapia realizado em 1964, e há mais de 20 anos não hospeda um Congresso Nacional de Fisioterapia.

DESCE...

Ministro da Saúde visita Maringá e é recebido com protesto das Apaes. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, esteve em Maringá na segunda-feira 6 de abril, e sua passagem foi marcada por protestos. Enquanto ele inaugurava a 42ª Academia da Terceira Idade. O ministro se comprometeu em rever o novo programa, que realizou um corte de até 30% nos repasses destinados à saúde dentro das APAEs

OBS:

Participe do elevador você também. Envie para nosso e-mail o fato que você achou que subiu ou desceu sobre nossa profissão e publicaremos aqui! NovaFisio.com.br • 37


|Fisio Perfil

FP

Angela Beatriz Varella

Sempre uma breve entrevista com quem tem uma longa história

Atividades | Dra. Angela Beatriz Varella www.angelabeatriz.com.br Tive a sorte de ter sido uma das pioneiras na Antiginástica (baseada na Ginástica Holística), um trabalho feito em grupo, que chegou ao Brasil em 1981 através do livro “O corpo tem suas razões”, de Thérèse Bertherat. Tivemos, pela primeira vez, a visão integral do corpo e, consequentemente, a possibilidade de globalidade dos tratamentos. Em seguida o RPG e as Cadeias Musculares se somaram a esse método. Dividir e repassar experiências e conhecimentos adquiridos ao longo de mais de 30 anos é a maior recompensa que a maturidade profissional tem me proporcionado.

Qual ano e em qual faculdade que se formou? 1975 na ERRJ/ABBR - Escola de Reabilitação do Rio de Janeiro Qual foi a melhor coisa que fez na vida? A escolha da profissão em um tempo em que quase ninguém sabia o que era Fisioterapia. Na época, inclusive, só existiam duas opções de faculdades: ABBR e a UCP, em Petrópolis. O que você mais gosta na profissão? Dos amigos que fiz desde o tempo da faculdade com os quais não perdi contato. A troca de experiências e conhecimento, além das amizades ao longo destes anos todos, nos fez pessoas melhores e profissionais mais compromissados com a excelência do nosso ofício. Minha turma, em especial, entrou na era digital durante a preparação para nossa festa de 30 anos de formatura, há quatro anos. Desde então, todos os dias temos notícias de uma ou de outra – nada de MSN ou Orkut, somos mais da conversa por e-mail, do tipo ”res-ponder a todos”, que se faz em qualquer intervalo, e é uma delícia! O que você odeia na profissão? O mesmo que detesto em qualquer outro meio: a competição e a deslealdade no lugar da cumplicidade. Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? A vontade constante de aperfeiçoamento pessoal e profissional. Tenho a sorte de traba38 • NovaFisio.com.br

lhar com uma equipe pela qual sou uma apaixonada, onde as relações são permeadas de afeto, parceria e a torcida é sempre grande para que todas cresçam. Que qualidade mais detesta nos profissionais que te cercam? Não são características dos que me cercam, Deus me livre!, mas detesto quando identifico em algum colega a apatia, o conformismo ou aquele discurso repetitivo de reclamação de tudo e de todos. Pior ainda é se for alguém jovem! Qual sua maior virtude? Mergulhar sempre com muita energia e paixão em tudo aquilo em que acredito. Qual seu pior defeito? Sou exigente, mas é melhor perguntar aos que me cercam porque, com certeza, eles vão dizer muitos outros. Se pudesse mudar algo, o que seria? Não deixaria de fazer nada do que fiz, mas se pudesse acrescentar algo, gostaria de ter trabalhado em serviço público para poder “reinventar” diariamente a profissão ao lidar com privações e penúrias, como tantas amigas fizeram e precisam fazer até hoje. Qual fato foi mais inusitado em sua carreira? Uma mulher, em sua primeira consulta, ao dizer que gostaria que eu a ensinasse a fazer amor bem! Depois do susto e com a continuação da conversa, entendi que a amiga que havia me indicado, que era minha cliente,

depois de ter mudado a postura, se alongado e se livrado de tensões, percebeu uma melhora no seu desempenho sexual, o que foi devidamente interpretado pela outra de acordo com a sua demanda... Qual fato foi o mais cômico? A ingenuidade com que embarquei – sem embarcar – numa viagem para Miami, com o objetivo de acompanhar um paciente, conhecido por “Beleza”, interno da ABBR e tetraplégico. Eu era recém-formada. Um belo dia ele chegou dizendo que ganhara um tratamento nos EUA e com direito a levar um profissional para acompanhá-lo. Havia urgência, pois teríamos que viajar na semana seguinte. Topei na hora e fui direto falar com o Diretor da ABBR pedindo que me dispensasse imediatamente para cuidar dos preparativos da viagem, incluindo o passaporte. Com toda a calma e com certa cara de pena, que na época não identifiquei como tal, começou a me perguntar o que eu, já me sentindo em Miami, no mínimo deveria saber, como por exemplo, para onde iria e quem pagaria essa aventura. Empolgada do jeito que estava mal conseguia raciocinar. Ele, com mais maturidade e experiência, viu logo a furada da história, mas não quis me desiludir. Recomendou que voltasse ao expediente com a promessa de dispensa imediata, quando – e se -, um dia, eu chegasse com passagens e informações mais concretas.

Depois de mais de duas semanas de projetos e promessas diárias de embarque imediato, e sem nenhum dado concreto nas mãos, comecei a cair na real... Ainda trabalhei um bom tempo na ABBR e continuei a atender o “Beleza”, meu paciente e parceiro de viagem, um iludido sonhador como eu! Qual dica daria aos colegas? Que estudem e pesquisem. A internet facilitou muito o acesso à informação, mas também deve se ter cuidado com a fonte, os métodos, o histórico do profissional e com os milhares de cursos que existem por aí. Que não saiam emendando uma formação na outra sem se dar tempo para praticar e sedimentar os conhecimentos recém adquiridos. Qual objeto de desejo? Um espaço de trabalho único, grande, espaçoso e claro, que englobe o Núcleo de Antiginástica e RPG, a clínica de Pilates e espaço para cursos. Qual seu maior sonho? Viver muitos anos, ter lúcidez e independência para me cuidar. Que talento mais gostaria de ter? Adoraria ter mais coordenação. Precisa me ver dançando... Se não fosse fisioterapeuta gostaria de ser o que? Designer de Interiores, o que não difere muito de Designer de postura que não deixa de ser, de algum modo, o que sou. E qual profissão jamais queria ter? Todas as outras diferentes das anteriores. Diga um desafio? É um sonho-desafio: montar uma escola de trabalho corporal de grupo em que estagiários possam trabalhar em comunidades carentes e que, um dia, este trabalho chegue a todos os hospitais públicos e a todos os cantos! Um livro? O corpo tem suas razões – Antiginástica, de Thérèse Berthetat, Ed. Martins Fontes. A partir desta leitura mudei completamente a maneira de ver a profissão e acho até que deveria ser recomendado dentro do curso de Fisioterapia e até no de Medicina, nas especializações de Ortopedia, Fisiatria e Reumatologia!


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