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FISIO
Editorial| Caro leitor, Esta edição 70 da revista NovaFisio tem um sabor especial para nossa equipe. No próximo dia 13 de outubro é comemorado o Dia do Fisioterapeuta. Desta forma, queremos homenagear aqui todos os profissionais que optaram por trabalhar na prevenção, manutenção e recuperação das pessoas tornando o dia a dia delas melhor. Neste número apresentamos uma entrevista com o ator Blota Filho, que representava o advogado Haroldo, traído pela esposa na novela Caminho das Índias, da TV Globo. Ele conta como se recuperou da grave lesão que sofreu. Uma matéria sobre Tens e Crochetagem também foi especialmente preparada para vocês. A todos leitores e anunciantes, desejo um feliz 13 de outubro e muito sucesso em seus negócios. Oston de Lacerda Mendes Fisioterapeuta - Editor
Índice|
05 Cartas. 08 Entrevista com a Dra. Claudia Bahia. 09 Frases e coluna social. 10 Entrevista com o Dr. Eliano de Souza. 12 Entrevista com o ator Blota Filho. 14 Coluna Luís Guilherme Barbosa. 16 Estudo da avaliação do tratamento com TENS e Crochetagem na lombalgia. 22 Procedimentos de emergência. 24 Técnicas de avaliação da musculatura do assoalho pélvico. 27 Perguntas sobre Shantala 28 Prevalência de lombalgia em distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. 32 Agenda de eventos 35 Classifisio 36 Tininha 38 FisioPerfil com Sue Roll da Austrália
Equipe| EQUIPE: EDITORES: OSTON MENDES & LUCIENE LOPES SECRETÁRIA: NINA LOPES MENDES REDATOR: EDUARDO TAVARES DESIGN GRÁFICO, WEB DESIGN E MIDIA DIGITAL: MARCIO AMARAL FOTÓGRAFO: RICARDO “RICK” RIBAS
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Cartas|Escreva também. revista@novafisio.com.br A Fisioterapeuta Aparecida Petrowky, a Sandra de ‘Viver a vida’, revela uma história digna de folhetim. Desde o primeiro capítulo da novela, Cida já chegou causando problemas na pele da jovem rebelde que engravida do marginal Benê (Marcello Melo). Na vida real, a conquista do primeiro papel na TV alça a carioca de 27 anos ao posto de protagonista de sua própria história. - Minha vida sempre foi uma novela, dramática. Hoje vejo que eu sou a Helena da minha trajetória - reflete a atriz. A novela de Cida se passa entre Santa Cruz e Sepetiba, bairros da Zona Oeste carioca onde ela nasceu e cresceu. Sua mãe biológica, Glória Geralda, tinha 15 anos quando engravidou. Sem condições de criar o bebê, ela entregou a filha à sua irmã de criação, Vera Lúcia de Carvalho. - A Glória era uma espécie de Sandrinha - compara. - Quando eu tinha uns 5 anos, a Vera me apresentou para a minha mãe biológica. Posso dizer que tive duas famílias e, no total, tenho cinco irmãos. Quando a Vera faleceu, a Glória ficou cuidando de todos nós. Nesses idos, Cida beirava os 18 anos e resolveu morar sozinha, na Zona Sul, e fazer faculdade. Para conquistar o diploma de Fisioterapia, precisava comandar congressos. E foi aí que o teatro entrou no seu currículo. - Tinha problema em falar em público. A psicóloga da faculdade, então, indicou que eu fizesse teatro para desinibir. Minha primeira peça foi por prescrição médica - explica. Mas foi a poesia a arte decisiva para a moça entrar na novela: - Estava em um evento de poesia quando um amigo deu o toque: ‘Todas as negras do Brasil estão fazendo o teste, você tem que fazer!’ - lembra. - Fiz um currículo ordinário, com uma foto ordinária e comecei a andar pelo Leblon com a papelada embaixo do braço. Quatro dias depois, nada de esbarrar com o Manoel Carlos no bairro. O tal amigo poeta ficou com pena de Cida e deu um jeito de o material chegar às mãos de Maneco. Na semana seguinte, veio a surpresa: um telefonema da produção de elenco da Globo. Após a convocação, a atriz-fisioterapeuta enfrentou oito testes: - Decorava as falas enquanto atendia meus pacientes - diz a especialista em traumato-ortopedia e drenagem linfática. Ela só deixou o uniforme branco de vez em junho, para se dedicar às gravações. Agora, o jeito, é a sua freguesia - composta por gente como o chef José Hugo Celidônio, a estilista Lenny Niemeyer e a modelo Letícia Birkheuer - acompanhar a intrépida fisioterapeuta pela tela da TV. Quem se deu bem foi o elenco. - Em Búzios, socorri a Taís, que estava com dor nas costas - revela. - Mas não quero, e nem posso, fazer shiatsu em todo mundo, agora estou na novela - deixa claro. Fonte: Revista da TV / Jornal O Globo Publicada em 20/09/2009 às 07h54m Por: Joana Dale
Estudo inédito revela a situação de idosos que sofrem de vertigem Eles apresentam prevalência alta de tontura e quedas recorrentes. Cerca de 70% dos idosos apresentaram tontura rotatória (vertigem), sendo que 51,5% referiram ter tido queda recorrente (duas ou mais vezes). Isso é o que revela o estudo inédito feito pela SBO (Sociedade Brasileira de Otologia), coordenado pelos otorrinos Dr. Fernando Ganança, Dra. Raquel Mezzarila e Dr. Oswaldo Laércio Cruz. Para os 323 idosos com tontura atendidos, tropeço e escorregões foram responsáveis por 50% das quedas. E, desses 50%, quase metade aconteceu pela manhã e na própria residência dos idosos. Os resultados mostram que medidas preventivas podem ter grande impacto na prevenção de quedas. Uma vez que o estudo foi motivado pela Campanha de Prevenção às Quedas na Terceira Idade, que tem todo dia 27 de setembro como o Dia de atendimento ao idoso com tontura. Esta campanha, de abrangência nacional, objetiva aumentar o conhecimento do público em geral sobre os problemas relacionados às quedas na terceira idade, incentivar a procura de atendimento otorrinolaringológico pelos idosos que apresentam tontura e/ou histórico de quedas e encaminhar os pacientes que têm distúrbios de equilíbrio à investigação diagnóstica e tratamento. Além de fornecer informações sobre prevenção de quedas, levantar dados epidemiológicos para avaliar ocorrência de quedas no passado, risco de quedas no futuro, entre outros dados sócio-demográficos e clínicos. A labirintite é uma doença que tem 300 variações. A mais comum e que mais afeta as mulheres é causada pela movimentação de cristais dentro do labirinto; eles ficam dentro de um vestíbulo sobre células em forma de cílios, que levam as informações da posição da cabeça no espaço do labirinto para o cérebro. Quando eles entram num dos canais, justamente a parte do labirinto que controla os olhos, a pessoa sente os sintomas. O fisioterapeuta André Luiz dos Santos usa uma técnica nova para curar a doença: faz manobras com a cabeça do paciente para colocar os cristais de volta no lugar. “Os movimentos reposicionam os cristais que saíram de seu lugar de origem. Você colocar o labirinto em várias posições e desliza esses cristais até a sua região”, explica ele. Depois das sessões de fisioterapia, a psicóloga Marluce Campos se sente mais segura. “É uma sensação muito boa de estar livre, mas a sensação antes era tão ruim que a gente fica em dúvida, esperando que a qualquer momento aconteça de novo”, diz. Fonte: Renata Cintra
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Clipping|Clipping de notícias - Leu algo interessante? Conte pra gente! Marketing aplicado aos profissionais de saúde + planejamento financeiro: Como usar estas ferramentas para fazer a carreira prosperar? Depois que o fisioterapeuta conclui a sua especialização e adquire alguma experiência profissional, suas necessidades no campo da administração aumentam, ele desperta para a importância da orientação e do planejamento financeiro e da aplicação do marketing ético para assegurar a longevidade do seu negócio “Hoje, a Fisioterapia tem uma nova cara, marcada pela economia globalizada, pelas diferenças sociais, pelo marketing socialmente responsável e pelos avanços tecnológicos. A prática dos 150 mil dentistas brasileiros é influenciada por um novo paciente, que é um consumidor poderoso. E é justamente a transformação do paciente ‘no consumidor poderoso’,‘no cliente que precisa ser fidelizado’ um dos fatores primordiais de mudança no novo cenário social no qual estamos vivendo”, afirma a Profª Heloísa Borges, consultora de marketing e coordenadora do Curso Marketing Aplicado ao Profissional de Saúde & Planejamento Financeiro, oferecido pelo CETAO. Neste mundo moderno e mudado, o fisioterapeuta precisa trabalhar e desenvolver a sua capacidade de gestão, de administração e de comunicação para lidar com mais facilidade com os novos paradigmas sociais. “Apostar unicamente em publicidade não resolve o problema. A propaganda não conscientiza, não cria valores. Muito comumente, ela infringe o código de ética da categoria. Marketing é muito mais que propaganda. São ferramentas e estratégias que auxiliam o profissional a identificar as necessidades e os desejos dos pacientes, para que ele possa transformar essas demandas em uma experiência gratificante, num serviço primoroso”, defende Heloísa Borges. Um trabalho de marketing bem feito aumenta a percepção do paciente sobre a qualidade do serviço prestado e do atendimento recebido, gera satisfação e indicações diretas do profissional. “Aprimorar e investir na identidade visual e na comunicação da clínica, na diferenciação do profissional através de cursos em extensão universitária e na própria comunicação interpessoal influi positivamente neste processo, pois desperta o entendimento do paciente, transmite conceitos e informações adequadas à sociedade, conquistando o consumidor-paciente pela consciência”, defende a professora do CETAO.
Para a consultora de marketing Heloísa Borges, qualquer ação de marketing sem um planejamento financeiro adequado é infrutífera. “A principal responsável pelas dívidas e pelo descontrole financeiro é a própria ignorância sobre o planejamento financeiro. Dessa desinformação surge uma série de escolhas equivocadas, sejam compras por impulso, investimentos sem planejamento, vida fora do padrão de renda, parcelamentos sem provisão de recebimentos e contas atrasadas mês a mês, como rotina. Se cada fisioterapeuta obtivesse na graduação um mínimo de conhecimento sobre finanças e contabilidade para organizar seu orçamento, sem dúvida, grande parte dos seus problemas econômicos poderia ser resolvida ou amenizada”. Hoje, com a estabilidade e a inflação sob controle, não há porque não fazer planos de longo prazo, o profissional precisa ser orientado a fazer isto. “É esta a proposta básica do nosso Curso. O sucesso profissional, hoje, exige maior conhecimento e estudo de oportunidades, diferentemente do passado. Assim, aliamos a importância do marketing às vantagens do planejamento financeiro”. Informações sobre o Curso Para mais informações é preciso entrar em contato pelos telefones (11) 5051 2370/ 5051 6209, ou pelo e-mail: cetao@cetao.com. br. O conteúdo programático completo está disponível no site do CETAO: www.cetao.com.br SERVIÇO: O CETAO é uma Instituição de Ensino Superior, reconhecida pelo Ministério da Educação, que promove cursos de extensão e especialização em Odontologia. Fundada há 11 anos, está presente em 07 países, ministrando cursos no Brasil e no exterior. CETAO- Centro de Estudos Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia. Avenida Indianópolis, 153, Moema. São Paulo. Tel: (11) 5051 2370/ 5051 6209. Site: www.cetao.com.br E-mail: cetao@cetao.com.br INFORMAÇÕES E ENTREVISTAS: Excelência em Comunicação na Saúde Márcia Wirth Tel: (11) 3791 3597/9394 3597 E-mail: pautas@excelenciaemcomunicacaonasaude.com Blog: porumacomunicacaosaudavel.blogspot.com Site: www.excelenciaemcomunicacaonasaude.com
Osteopatia- Técnica disponível na rede pública de saúde traz benefícios à população sem gerar custos a prefeitura. O método criado pelo médico norte-americano Andrew Taylor Stil, em 1890, baseia-se na manipulação, efetuada através das mãos de um osteopata, estimulação neuromuscular e harmonização dos sistemas funcionais de todo o corpo. Com uma avaliação clínica bem feita e um diagnóstico bem traçado, é possível determinar qual é o tecido que provoca a dor, que provoca uma disfunção no organismo, e tratar diretamente esse tecido. O tratamento Osteopático tem ganhando credibilidade dos órgãos públicos de saúde e o reconhecimento da população. Em Campinas o tratamento está disponível gratuitamente à população no Hospital Ouro Verde, pelo SUS, através da parceria da Escola de Osteopatia de Madri, representada no Brasil pelo Núcleo de Estudos em Osteopatia e Terapias Manuais - NEO, e a Prefeitura Municipal de Campinas. De acordo com o coordenador de estágio, Leandro Alberto de Sousa, esse tratamento não gera nenhum custo para a rede pública de saúde. “A Prefeitura cede o espaço físico, os profissionais e a escola sede o material humano para o atendimento a população”. A técnica que agrega os valores da fisioterapia aos novos conhecimentos da Osteopatia é recomendada e incentivada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como prática de saúde, e reconhecido pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, o Coffito. 6 • NovaFisio.com.br
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Entrevista|Dra. Claudia Bahia
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grupo de Biotecnologia da UFBA de Salvador-BA está realizando uma pesquisa com células tronco. Após trabalhos realizados em animais e apresentando resultados satisfatórios, será a vez de um novo trabalho em humanos. Os pesquisadores em humanos são por ordem Alfabética: Dra. Claudia Bahia, Dra. Cristiane Flora Villarreal, Dr. Marcus Vinícius Pinheiro Mendonça, Dr. Luis Fabio Maia, Dra. Milena Botelho Pereira Soares e Dr. Ricardo Ribeiro dos Santos. Esta equipe é formada por Médicos, Fisioterapeutas, Biólogos e Biomédicos. A fisioterapeuta é responsável pelo Programa de Reabilitação Pré e Pós Operatório. Estarão envolvidas na pesquisa, unidades da Real Sociedade Espanhola de Beneficência, Hospital Espanhol, Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz, Fundação Osvaldo Cruz-BA, Centro de Reabilitação em Terapia Celular e Instituto de Terapia Celular da Bahia. A Dra. Claudia Bahia, é a fisioterapeuta do grupo e nos concedeu esta pequena entrevista para falar deste projeto. Como surgiu a idéia de trabalhar na pesquisa com células tronco, fazer parte desta equipe de pesquisadores? Sempre trabalhei para dignificar a Fisioterapia e sem dúvida procuro fazer a minha parte, além de ensinar aos alunos que vale a pena o investimento na profissão. Ser pesquisador é estar em busca de respostas, e no meu caso, busco o resgate a qualidade de vida de pacientes que perderam os movimentos por alguma razão. Já há algum tempo vinha trabalhando com o grupo de Biotecnologia da Escola de Medicina Veterinária da UFBA, daí iniciamos este trabalho em células tronco. Começamos com um ensaio em gatos paraplégicos que apresentou bons resultados, em seguida, iniciamos este mesmo trabalho, desta vez com o modelo de células tronco mesenquimais autólogas e adultas, em cães. Este mesmo modelo foi liberado para ser trabalhado no experimento em humanos, pelo Conselho Nacional de Pesquisas - CONEP. Quais os benefícios para a humanidade destas pesquisas? As células tronco se caracterizam por terem a capacidade de se dividir e dar origem a células especializadas, ou seja, são capazes de uma reserva funcional. As células tronco adultas são responsáveis pela diferenciação tecidual, renovação celular e reparo tecidual ao longo da vida. A descoberta recente da plasticidade destas células possibilitou a esperança de pacientes com patologias degenerativas e traumáticas que não possuem tratamentos eficazes. Células tronco mesenquimais autólogas adultas são o foco desta pesquisa, pois nos ofereceu uma perspectiva mais efetiva de retorno ao movimento, observadas nos experimentos anteriores com gatos e cães. A humanidade sem dúvida ganhará muito, imagine paraplégicos reconduzidos à deambulação, pelos movimentos
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Por|Sarah Souza Pontes voluntários. Em estudos preliminares, observamos que gatos com lesões medulares traumáticas apresentaram melhora clínica pela administração de células tronco mesenquimais autólogas adultas. É interessante ressaltar que célula tronco não é milagre, é ciência, que com uma equipe coesa e com ajuda do paciente, teremos uma resposta positiva. Vários estudos estão sendo realizados em diversas patologias, inclusive no laboratório que são trabalhadas as células para serem transplantadas e assim acontecer todo o processo de reabilitação.
Qual a contribuição da Fisioterapia nesta pesquisa? Como todos sabem, a independência funcional é o objetivo maior para aquele que por motivos diversos perdeu seus movimentos voluntários, seja por acidente automobilístico, queda, etc... Nestes primeiros pacientes, cujo protocolo foi aprovado pelo Conselho Nacional de Pesquisa-CONEP, estaremos trabalhando com trauma fechado com lesão em zona específica. Deste modo poderemos ir avançando e elencando os resultados obtidos. Desta experiência iremos ampliando as nossas possibilidades através das respostas encontradas. O tratamento fisioterapêutico é responsável pelo retorno à função e consequentemente na qualidade de vida destes pacientes. Este é um novo campo de atuação dos fisioterapeutas? A Fisioterapia por ser profissão arte, tem grandes perspectivas ainda não exploradas. É necessário que os colegas, principalmente os recém formados, caminhem por campos ainda não trabalhados, se especializem e construam uma forte frente de defesa da nossa profissão. Ser destemido, amar o que faz, sem dúvida são requisitos indispensáveis para que a profissão venha galgar grandes degraus e assim se destacar pelos trabalhos e pesquisas e deste investimento, posteriormente vem o reconhecimento. Faz muito tempo que você contribui com este reconhecimento da fisioterapia, está feliz? Bem, em 14 de agosto de 1975, fui a primeira fisioterapeuta contratada pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Foi através deste trabalho que mostrei a todos a quem tive acesso, o quanto é importante a nossa profissão. A Fisioterapia me proporcionou a possibilidade de trabalhar por esta nobre profissão e fazer valer a responsabilidade de levar esta mensagem, no contexto educacional e através do treinamento de inúmeros colegas que respeitam esta profissão e quer levar avante a valorização profissional além de estar trabalhando em grandes espaços para que nós fisioterapeutas possamos mostrar o quão valiosa é a nossa ação, além de ser indispensável para o retorno das pessoas que foram acometidas por processos que agridem à saúde. Posso dizer que de tudo que vivenciei em nome da Fisioterapia, estou feliz, VALEU!!!
Frases|Mande a sua frase. revista@novafisio.com.br “Não basta apenas ser fisioterapeuta, é preciso ter o dom”. [Michael Maschio]
“Ela está sempre ao meu lado e me apóia em tudo” [Frase do jogador Roberto Carlos sobre sua esposa, a fisioterapeuta, Dra. Mariana Lucon]
“O ser humano é único, ainda que este se fragmente”. [Sarah Souza Pontes Prazeres]
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Entrevista|Dr. Eliano de Souza Presidente do V CONNEFI e da APBFISIO.
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q u e representa o V Congresso N o r t e Nordeste de Fisioterapia para essas Regiões? O CONNEFI constitui o evento de maior importância para as Regiões NorteNordeste, considerando que representa uma conquista dos Fisioterapeutas e Acadêmicos de Fisioterapia e se traduz como um espaço s i n g u l a r p a ra e s s a categoria profissional uma vez que possibilita o intercâmbio e troca de experiências, divulgação de trabalhos científicos, além de permitir a discussão da inserção dos interesses e questões da área da saúde, no contexto político, social, econômico e, cultural do País. Em face de tais compromissos, o V CONNEFI contará com a presença de renomados Fisioterapeutas, de Acadêmicos de Fisioterapia e de outros profissionais que constituem equipe multiprofissional, oportunizando a divulgação e apresentação das suas experiências, favorecendo assim, a interação de saberes. Que expectativa traz esse Congresso no ano em que a Fisioterapia completa 40 anos de sua regulamentação no Brasil? Fisioterapia: 40 Anos de Conquistas e Responsabilidade Social, este é o tema central do V CONNEFI. Com certeza, esse Congresso constituirá num marco histórico para a Fisioterapia do Norte e Nordeste por pretender avaliar a trajetória dessa profissão, refletir sobre os desafios enfrentados e as conquistas alcançadas neste espaço histórico. O Decreto Lei 938 de 13 de outubro de 1969, que regulamenta a Fisioterapia no Brasil, determinou prerrogativas importantes para o Fisioterapeuta, a exemplo de tornar a profissão uma atividade de nível superior, e outorgar a este profissional a privatividade do exercício da Fisioterapia. Dessa forma, o mencionado evento oportunizará analisar a conjuntura sócio-econômica e política na qual a Fisioterapia encontra-se inserida, levando à reflexão sobre o papel que o fisioterapeuta desempenha nos três níveis de atenção a saúde. É nessa perspectiva que este evento está sendo organizado na certeza de que os Fisioterapeutas e Acadêmicos da Fisioterapia participarão, para congregar experiências/idéias adquiridas ao longo desses 40 anos. De que consta a programação do V CONNEFI? Além, da programação cientifica composta de cursos, conferências, mesas redondas, apresentação de temas livres e pôsteres, estaremos promovendo dois fóruns: um organizado
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pelas entidades da classe tendo como tema central – “A produção do trabalho em saúde: A realidade da Fisioterapia”. Três eixos nortearão as discussões deste fórum, tais como: Ética e a produção do trabalho; Formação profissional; Mercado de Trabalho. O outro fórum será promovido pelas entidades estudantis, buscando avaliar e, discutir idéias e posicionamentos, com ênfase na politização dos futuros profissionais v i s l u m b ra n d o perspectivas favoráveis. Considerando a comemoração dos 40 anos, a abertura desse Congresso será com um grande baile de confraternização, momento no qual serão homenageados com o “Troféu 40 Anos” alguns profissionais dos estados Norte e Nordeste que contribuíram para a construção e crescimento da Fisioterapia nesse percurso histórico. Como Presidente do V CONNEFI, qual a sua mensagem para os Fisioterapeutas? Como reflexão para os nossos colegas, eu diria que vivemos um momento preocupante. A Fisioterapia nesses últimos 10 anos cresceu de forma desordenada, e isso determinou uma desestruturação no tocante à organização da categoria. As entidades perderam sua credibilidade e são poucos representativas. Observamos comportamentos mercantilistas e ações individualistas que acenam para um futuro sem muita perspectiva. Ou se repensa essas atitudes e comportamentos éticos ou estaremos sem rumo! Vejamos quantos eventos estão acontecendo no mês de outubro. Atualmente os profissionais, as IES – Instituições de Ensino Superior, e as empresas da Fisioterapia não estão preocupadas com a representatividade e o fortalecimento das entidades legalmente constituídas para representarem à categoria, estão sim, cada um querendo divulgar seus espaços, desconsiderando a possibilidade do estreitamento de laços de cooperação recíproca. A mensagem que gostaria de deixar é que precisamos repensar nossa conduta ética, repensando nossas ações não só no âmbito pessoal, mas profissional e mais coletiva (ou corporativa), acreditando que só assim poderemos vislumbrar um futuro promissor para a Fisioterapia e para os Fisioterapeutas. Para tanto, buscaremos neste Congresso a união de todos no intuito de promover um evento que seja representativo para a classe, considerando a singularidade e o caminhar histórico da Fisioterapia nas regiões do Norte e Nordeste durante 40 anos de conquistas e responsabilidade social.
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Entrevista com o ator
Blota Filho Por
|Eduardo Tavares
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|Divulgação
Fotos
aulista de nascimento e carioca de coração, como ele mesmo afirma, o ator Blota Filho não esperava que o convite feito pela TV Globo para interpretar o advogado Haroldo, em Caminho das Índias pudesse se estender de três dias para três meses. Na verdade, ele comemora tal fato pela terceira vez, pois já conquistou permanência constante em outros papéis, transformando uma pequena participação em um papel duradouro em outras tramas de TV. Blota não para por aí, junto à novela está também em cartaz com a peça teatral De Corpo Presente, escrita e dirigida por Mara Carvallio e que acabou de passar para o horário nobre do Teatro Solar de Botafogo, no Rio. O ator conta que a veia artística veio influenciada pela família: a mãe foi atriz de rádio, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. O pai, sonoplasta e radioator. “Minha mãe me ensinava como tratar o personagem, como impostar a voz corretamente, o tempo do personagem”, lembra Blota. Iniciando a carreira na área de figuração ele conseguiu se firmar na profissão de maneira eclética e apaixonante. Entre os canais de televisão que trabalhou estão o SBT, Rede Record e atualmente a TV Globo. Nas horas de lazer, Blota se dedica à arte de cozinhar, buscando se aprimorar fazendo cursos e adquirindo livros de culinária. Em entrevista concedida à NovaFisio, o ator conta um pouco de sua vida profissional e como conseguiu superar uma grave lesão ocorrida há três décadas. 12 • NovaFisio.com.br
Entrevista |
Com o ator Blota Filho
O personagem atual Haroldo é seu trabalho mais importante na TV? Para mim, o mais importante sempre é o próximo trabalho. Mas o Haroldo foi uma surpresa deliciosa. Ter um personagem de destaque em uma novela é muito importante, claro. E sou muito grato aos diretores, Marcos Schechtman, Marcelo Travesso, Fred Mayrik, Luciano Sabino, Roberto Carminati, Leonardo Nogueira e a todo o elenco pelo carinho, apoio e recepção que tive. Como surgiu o convite para integrar o elenco de Caminho das Índias? O Daniel, produtor de elenco da novela, me ligou numa quinta-feira de maio e perguntou se eu poderia cobrir umas falas do ator Victor Fasano (o Dario), que estava com pneumonia. Teriam que dar continuidade as tramas já escritas. Eu aceitei fazer as tais 3 ou 4 cenas, sem a promessa de ficar no elenco. Quando percebi, já estava com mais cenas e acabei assinando um contrato de três meses com a Globo. Aproveitei que estaria em cartaz com o espetáculo De Corpo Presente, no Solar de Botafogo e aceitei. Foi assim que do nada surgiu o Haroldo que quando vi estava fazendo parte de uma trama muito boa junto com a Maitê Proença (a mulher mais linda desse Brasil). Além da carreira de ator, você também já teve outras profissões, como a de radialista. Conte um pouco desta fase. Hoje em dia não desenvolvo outro trabalho além de atuar. Formei-me em Radialismo pela FAAP na época em que trabalhava como funcionário público, em São Paulo, profissão essa que pela necessidade de trabalhar abracei e foi muito importante. Através dela fiz amigos, pude me formar. Mas o coração falava mais alto. Ao mesmo tempo fazia teatro, comerciais e figuração em novelas. Então você iniciou a carreira de ator na TV? Sim, eu comecei como figurante em TV, isso em 1980. Pensando que se não emplacasse nessa carreira poderia fazer outras coisas e continuar sobrevivendo do jeito que desse. Você pratica alguma atividade física? Já fui de malhar muito, correr no Parque do Ibirapuera e nas praias de Ipanema e da Barra, bairro onde ficava quando estava trabalhando aqui no Rio. Mas hoje deito e deixo a vontade passar. Não descuido da alimentação e procuro ter a vida mais saudável que posso. Mas assim que voltar para São Paulo ou, se por acaso, ficar definitivamente no Rio, quero fazer pilates
e voltar a correr na praia. Verdade que você se contundiu no quartel? Isso realmente ocorreu. Em 1979, quando fiz parte da Policia do Exército de São Paulo. Eu sofri um acidente e quebrei o cóccix. E isso além de me dar dores bem fortes, estava me fazendo perder os movimentos das pernas. Algumas regiões das minhas pernas formigavam e eu não sentia estímulo nenhum nessas partes. Aos poucos a sustentabilidade do meu corpo foi ficando prejudicada e até o ponto em que eu não conseguia mais movimentar as pernas. Qual foi exatamente o tipo de lesão que você teve (diagnóstico)? Fratura do cóccix e fissura da pélvis. Como aconteceu o acidente? Foi um descuido meu. Naquela época, ainda existiam muitos atentados ao exército. E num desses treinamentos de urgência, tocou o alarme do quartel e os soldados tinham que correr com o armamento utilizado, entrar num caminhão, que não tem boleia, e sentar num banco que é preso bem no meio do veículo. Nessa hora, assim que eu subi e me preparava para sentar, o caminhão fez uma curva e outro colega que também entrava junto se desequilibrou e eu fui segurá-lo. Soltei minha mão de apoio e aí lá fui eu de pernas abertas na guia. Você se submeteu a que tratamento? Dr. Guidio, nosso médico na época, foi quem diagnosticou o que houve e me salvou. Eu tinha que ficar literalmente em pé 24 horas por dia. Não podia sentar, ou deitar. Dormia em pé, amarrado numa tábua de barriga pra baixo. Meu pai e minha mãe tinham que me cansar para que eu pudesse dormir. Como conseguia se locomover? Eu ia aos restaurantes, casa de familiares, almoçava, jantava e via TV em pé. Sempre amparado pelos meus pais e meus irmãos. Não podia sentar mais que 15 minutos por dia. Mas foi exatamente isso que fez a fratura se solidificar. Hoje, estou andando e muito bem. Graças a Deus! Em locais públicos as pessoas achavam estranho? Eu me lembro das caras das pessoas quando eu entrava arrastado no restaurante, parecia que elas pensavam assim: "Coitadinho tão moço e já alcoolizado", "É bêbado coitado" (risos). Com relação às sessões de fisioterapia,
quanto tempo você as fez? Levaram uns três meses as sessões de fisioterapia, que era essa de ficar em pé, me segurar nas coisas para andar. Você seguiu corretamente o prazo ou interrompeu seu tratamento? Sou muito obediente em tudo e segui exatamente o que o fisioterapeuta me pediu. Aos poucos já sentia os estímulos na sola do pé e nas pernas quando o doutor espetava-os com a ponta de algum objeto. Foi isso que me ajudou muito: ouvir e fazer. Acha que a interrupção poderia te prejudicar? Sim claro e por isso não parei. Meus pais, irmãos cunhados e cunhadas me ajudavam e assim não desisti nunca. Algo te irritava durante a fisioterapia? Nada me incomodava com relação à fisioterapia. São profissionais que estudaram para isso. Prestam esse socorro com muita habilidade e paciência. Já fraturei o tornozelo e fiz a fisioterapia necessária. Os 20 dias de forno, exercício com pesos, as massagens com óleos. O tempo que se leva em cada sessão, não é gasto, é necessário. Existem pessoas que necessitam de métodos mais fortes ou não. Mas o que temos que ter na cabeça é que não estamos nessa por qualquer coisa. Tudo é necessário. É como xarope amargo: é ruim, mas tem que tomar. Então toma logo e não pensa nisso. Faz. Algum episódio curioso que aconteceu durante as sessões de fisioterapia? Uma vez, nas massagens no tornozelo, eu dormi e a fisioterapeuta, com pena de me acordar, me deixou lá, deitadinho, coberto e dormindo. Fisioterapia é um tratamento que deve ser feito em longo prazo. Você é paciente? O que fazia para passar o tempo nas sessões? Esperamos nove meses pra vir ao mundo. Esperar já faz parte da vida do ser humano. Mas falando sério, sou muito tranqüilo quanto a isso. Se for necessário esperar, espero na boa. Levo um livro, palavras cruzadas e não penso em quanto estou esperando, mas em quanto está mais perto de chegar a minha vez. Sua recuperação foi 100%? Foi 1000%. Estou andando, sem seqüelas. Corro quando quero, danço, nado, alongo, estou levando uma vida normal. Para um jovem de 19 anos que tinha um fantasma de ficar sem movimentos das pernas, ter hoje 50 e estar bem, pôxa... foi uma graça recebida! NovaFisio.com.br • 13
Blog |
Coluna do Prof. Luis Guilherme - Leia todos os outros no site.
A CAPES valorizando também quem FAZ!
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ois então, o que me diz você da Normativa Nº 7 de 22 de Junho de 2009, dispondo sobre o Mestrado Profissional? Evolução pura! Temos vivido uma série de situações ao longo desses tantos anos de Pós Graduação Stricto Sensu, umas muito boas, outras nem tanto. Ser mestre ou doutor nesse País pode nos colocar em posição de destaque, pois diante de uma população onde a minoria, digo, imensa minoria, tem capacitação nesse nível a coisa toda pode se complicar. É claro que ser mestre é um destaque, mas ser doutor é top de linha. Contudo, a coisa estava meio que descambando e começamos a dar vida aos monstres e aos phdeuses porque tem um ditado que diz: em terra de cego, quem tem olho é Rei! Mas, só para variar, eu discordo, porque “em terra de cego, quem tem olho é caolho!” E a coisa toda estava se transformando em factóides: “sois Rei?” Naturalmente, e até porque pertenço a academia e sei como funciona, não estou tentando desvalorizar a titulação não, mas devemos olhar tudo por todos os lados, para incorrermos no erro de aceitar a nebulosidade geral e aceitar apenas o que se vê. Uma produção científica é muito importante. Publicar um artigo em um periódico indexado, com fator de impacto alto é maravilhoso, mas não podemos esquecer da aplicabilidade do conhecimento desenvolvido. Numa pergunta: - para que servirá o que você estudou? É a bendita RELEVÂNCIA que se pede nos trabalhos científicos. Metodologicamente falando, uma pesquisa sobre a sinergia dos movimentos das asas da borboleta africana, que voa de costas no verão, à noite e nas luas cheias, pode ser muito interessante, mas quais valores serão agregados? Pois bem, vamos aplicar agora! Produção científica tem de ser transformadora do ambiente onde está inserida, tem de servir à sociedade que a apóia, através de retornos palpáveis e úteis. Claro que um artigo bem escrito é muito legal, mas uma patente tende ser muito mais útil. Fica parecendo uma grande novidade, isso tudo, mas no mundo desenvolvido isso tudo já é praticado há muito tempo. Nosso povo precisa de novos medicamentos, vejam o que faz a Fiocruz! Exemplos assim é que precisam ser seguidos. Perdoem se não cito outras instituições, até porque já não são poucas, mas é que eu tenho uma quedinha por aquele Castelinho, símbolo da Fundação Oswaldo Cruz. Quando a CAPES falou em Mestrado Profissional muita gente torceu o nariz, alegando que se trataria de lato sensu (essas também merecem ser acompanhadas mais de perto) melhorada, mas agora as coisas tomaram um rumo mais consistente. Entendeu-se a importância de quem faz, valorizando o FAZER fortalece-se o SABER. Em muitos casos sairemos dos laboratórios para os hospitais, clínicas, etc. Sem desvalorizar o laboratório e, o que se desenvolve dentro dele, vai ser muito bom trazer a pesquisa para o dia a dia do assistencialismo de forma mais fortalecida. Acredito que agora mestres, acadêmicos e profissionais, contribuirão mais para esse País de lindas praias, matas belíssimas, todas ricas em biodiversidade, com aquele prazer gostoso que só quem estuda saberá do que estou falando. Acredito que novos “professores Pardal” surgirão agregando valores fundamentais para o desenvolvimento da nossa sociedade e, cada vez mais, perderemos aquela imagem do cientista de longos cabelos e língua de fora, nos posicionando como aquele que desenvolve sistematicamente seus estudos e atinge resultados úteis. ATENÇÃO!!! Nossa Revista Eletrônica já está pronta! Fique ligado porque você não pode faltar. Mas faço questão de que vocês saibam: a seriedade é a marca do projeto! Um forte abraço ao meu amigo Fabiano Moreira pelo debut na ABRASCO; ao pessoal da GESTO, que têm trabalhado bem demais! Ao meu amigo Jadson da Prefeitura de São Pedro d’Aldeia, pelos resultados obtidos. XVIII Congresso Brasileiro de Fisioterapia – FISIOTERAPIA 40 GRAUS – RJ Se você não vai, não reclame depois - encontro vocês lá!!!!! ATENÇÃO: Se sua região precisa de capacitação em Ergonomia, Fisioterapia do Trabalho, Fisioterapia Ambulatorial na Empresa e Empreendedorismo, fale com a GESTO Soluções em Fisioterapia e Ergonomia (gesto@globo.com; luisbarbosa@globo.com; WWW. gestosolucoes.com.br). Mande seu e-mail. Contribua: críticas, discussões, opiniões e até elogios são bem vindos. Vale repetir a citação, novamente!
Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo. Sócrates Prof. Luís Guilherme Barbosa (ABERGO e ABRAFIT) Fisioterapeuta do Trabalho, Ergonomista, Professor Universitário, Diretor da GESTO-Ergonomia e Saúde no Trabalho Ltda. 14 • NovaFisio.com.br
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|TENS, Crochetagem, Lombalgia, Ligamento Sacroilíaco. Estudo da avaliação do tratamento com TENS e Crochetagem na lombalgia por tensão do ligamento sacro-iliaco em militares. Por|Izabelle Cavalcanti Defaveri Goes, Andrea Janz Moreira, Joselaine Dantas, Henrique Baumgarth. Artigo
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isando fazer uma avaliação do tratamento com TENS e Crochetagem na lombalgia por tensão do ligamento sacroilíaco em militares da Terceira Companhia de Forças Especiais (3ª Cia FEsp), localizado na zona oeste da cidade de Manaus. Foram atendidos 16 voluntários do sexo masculino com diagnóstico clínico de lombalgia, foram submetidos a tratamentos com TENS (n=8) e com Crochetagem (n=8), por 22 sessões. Os voluntários foram avaliados fisicamente para confirmação da dor lombar, e obtenção do diagnóstico cinesiológico funcional de disfunção osteomioarticular por tensão do ligamento sacroilíaco. Esse estudo teve por objetivo aplicar e avaliar o tratamento com TENS e Crochetagem na lombalgia por tensão do ligamento sacroilíaco em militares da 3ª Cia FEsp, visando comparar os resultados para definir se há ou não, uma técnica que promova maior eficácia. Concluiu-se que a técnica de TENS atua efetivamente no controle da dor, de forma rápida, visto pela variação diária da mesma, enquanto que a técnica de Crochetagem age mais na mobilidade da articulação lombar e sacroilíaca, e em segundo momento controla a dor. INTRODUÇÃO As atividades militares, tal como o Treinamento Físico Militar seguem as seguintes premissas: “[...] todo militar considerado apto para o serviço ativo está obrigado ao treinamento físico militar, o adequado condicionamento físico da tropa para o cumprimento da missão é de inteira responsabilidade do comandante. [...] São conhecidas às dificuldades que se antepõem ao treinamento físico ideal, as quais vão desde a falta de tempo, em face das inúmeras outras atividades prioritárias da Organização Militar (OM), até a carência, ou mesmo inexistência, de áreas, instalações e material apropriados.” (1,2). Tais fatores somados ao excesso de peso necessário nas atividades físicas podem ser considerados como desencadeadores de sobrecarga da região lombo-pélvica dos militares, sendo muitas vezes anti-orgânico, alterando a biomecânica natural destas regiões. Esses acabam por gerar compensações do corpo, sendo pressupostos de causas que 16 • NovaFisio.com.br
tensionem o ligamento sacroilíaco. O fenômeno doloroso é de natureza subjetiva, e a observação da manifestação dolorosa é uma das principais ferramentas que os profissionais de saúde podem ter a essa subjetividade. A Eletroestimulação Nervosa Transcutânea (TENS), recurso utilizado pela fisioterapia, vem apresentando bons resultados no controle da dor e representa um recurso terapêutico seguro e comprovado no tratamento da dor. (3). Hoje em dia devido o grande número de pesquisas na área, existem várias modulações de eletroestimulação que podem ser eleitas e utilizadas com os sistemas TENS, uma delas é o Burst. O Burst ou “Trem” de pulso é um tipo de TENS desenvolvido por Erikson J. Sjölund (1976), como resultado de suas experiências com eletroacupuntura chinesa. O modo Burst é um alta freqüência de pulsos individuais (de 40 a 150 Hz), distribuídos em “trens” de baixa freqüência, repetidos de 1 a 5 vezes por segundo, sendo mais comum duas vezes. (4). A Crochetagem é um método utilizado no tratamento das algias do aparelho locomotor, através da busca da remoção das aderências e dos corpúsculos irritativos inter-aponeuróticos, ou mio-aponeuróticos, com o uso de gancho colocado e mobilizado sobre a pele. (5) (24).
Esse trabalho tem por objetivo aplicar e avaliar o tratamento com TENS e Crochetagem na lombalgia por tensão do ligamento sacroilíaco em militares da 3a Cia FEsp. visando comparar resultados para definir se há ou não, uma técnica que promova maior eficácia. Com base nos suportes bibliográficos para o tema, somados as observações dos tratamentos a serem aplicados através do TENS e da Crochetagem, teve-se
como pretensão identificar se alguma das diferentes técnicas possui melhor evolução acerca dos resultados no tratamento da lombalgia que acomete os militares, e suas possíveis implicações, uma vez que existem alterações posturais que, caso não tratadas podem tornar-se disfunções. MATERIAIS E MÉTODOS Após liberação do Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Nilton Lins, a pesquisa de campo foi realizada na 3a Cia Fesp, localizada na cidade de Manaus, no período de agosto a novembro de 2008. Foram recrutados dezesseis (16) militares voluntários, empregados na referida Cia que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O diagnóstico clínico de Lombalgia, foi fornecido pelo médico responsável pela 3ª Cia FEsp. Utilizou-se uma ficha de avaliação física com testes e parâmetros que confirmassem a lombalgia, e a tensão do ligamento sacroilíaco. Após a triagem foram definidos dois grupos (G1 e G2), um sendo tratado apenas com Eletroestimulação transcutânea (TENS) (G1) e outro grupo (G2) realizou a técnica de Crochetagem, utilizando o gancho para aplicação da mesma, a distribuição dos grupos foi aleatória. No início e fim do atendimento era aplicado questionário baseado na Escala Visual Analógica para mensurar a intensidade dolorosa antes e após a aplicação da técnica, quantificando a dor do paciente e as possíveis evoluções no decorrer de cada sessão. O atendimento foi feito no alojamento de oficiais da 3ª Cia de FEsp, com tempo estipulado de 40 minutos para técnica de TENS, baseado nos estudos de Kitchen e Bazin (1999), Robinson e Mackler (2001), em alta freqüência de 155 Hz, largura de pulso de 230 microssegundos e intensidade de acordo com o limiar suportável de cada paciente, aumentando-se a intensidade em cada diminuição da sensação referida. O aparelho utilizado foi Neurodyn II da Ibramed. O tempo suficiente para Crochetagem obedecendo seu protocolo de aplicação sobre o ligamento sacroilíaco que é: 1o movimento: rolar o gancho (pressão crânio caudal), 2o movimento: deslizamento longitudinal, 3o movimento: deslizamento látero-medial e médio-lateral e 4 o movimento: fricção (massagear o
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|TENS, Crochetagem, Lombalgia, Ligamento Sacroilíaco. ligamento), realizado duas vezes na semana, uma sessão por dia. Considerou-se o limite de 24 sessões sendo a primeira: a avaliação e a última: a reavaliação, utilizando os mesmos parâmetros da ficha de avaliação, para manter a fidedignidade do projeto. Após coleta de dados, os mesmos foram analisados estatisticamente, aplicando o teste de t Student e Fisher´s exatc test, para verificar se há ou não diferenças significantes entre as técnicas com relação à dor e a avaliação física inicial e final. RESULTADOS Foram estudados 16 indivíduos com idade média de 26,25 anos (+8,24), militares do sexo masculino todos da 3ª Cia FEsp, no período de agosto a novembro de 2008. Para definir as prevalências das variáveis de dor e eficácia dos dois tratamentos eleitos: TENS e Crochetagem os indivíduos foram divididos em dois grupos, (n=8 em cada grupo). Os resultados foram divididos em duas partes: na primeira fez-se análise do grau de dor antes e após a aplicação de cada técnica. A segunda parte baseou-se em análise comparativa entre as duas técnicas da avaliação inicial e final, com nível de significância inferior a 5%. Análise da variação de dor: Na Tabela I, podem ser observados valores significativos, quando comparada a dor no início e fim da sessão com a técnica de TENS (p<0,001)e Crochetagem (p<0,001). Análise dos testes funcionais: Foram selecionados dois testes para detectar se havia ou não simulação da dor, por este motivo ambos teriam que ter resposta de 100% da amostra apresentando negatividade. O primeiro foi o Teste de Hoover e o outro, foi o teste de Burns, como foram 100% negativos sinaliza que a amostra não estava simulando a queixa de dor. (8). Teste da Estrela de Maigne: Avaliando a relação de dor, bloqueio ou ambos para os movimentos de: flexão, extensão, láteroflexão esquerda, látero-flexão, rotação esquerda (RE) e rotação direita (RD), foi aplicado o Teste da estrela de Maigne. Os valores estatísticos foram significativo para: TENS com relação a redução da dor e manutenção do bloqueio (RE e extensão) (p<0,01, tabela II); para a Crochetagem foi observado redução da dor e do bloqueio para RE e extensão (p<0,01, tabela III). NovaFisio.com.br • 17
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|TENS, Crochetagem, Lombalgia, Ligamento Sacroilíaco.
Tabela I: Comparação dos valores médios da dor pela EVA antes e após o tratamento de TENS e Crochetagem
Tabela II: Freqüência de indivíduos com e sem sintomas no teste Maigne para RE e extensão na avaliação inicial e final no grupo TENS.
Tabela III Freqüência de indivíduos com e sem sintomas no teste Maigne para RE e extensão na avaliação inicial e final no grupo CROCHETAGEM
Teste de Flexão em Pé (TFP): O grupo TENS não apresentou alteração para este teste, já o grupo Crochetagem obteve melhora no bloqueio após 7 atendimentos. Dos oito indivíduos atendidos pela crochetagem, 6 não apresentaram mais bloqueio no TFP (p<0,01). Quando comparada a freqüência final dos dois grupos, apresenta-se p<0,01, sinalizando que a crochetagem atua no bloqueio articular e a TENS não (Tabela IV). Tabela IV: Freqüência de indivíduos com e sem bloqueio no teste TFP na avaliação final nos grupos TENS e CROCHETAGEM
Teste de Flexão Sentado (TFS): esse teste foi realizado apenas para confirmar o TFP, colocando em evidência a perda de mobilidade articular sacroilíaca, repetindo o resultado de que grupo TENS não apresentou alteração, e o grupo de Crochetagem obteve melhora no bloqueio após 7 atendimentos( p<0,01). Teste de Gillet (Hipomobilidade da articulação sacroilíaca - ASI): O grupo TENS não apresentou alteração para esse teste assim como nos descritos acima pelo mesmo motivo de não atuar no bloqueio articular patológico. O grupo crochetagem obteve melhora na mobilidade da ASI (p<0,01), após 7 atendimentos. Quando comparada a freqüência final dos dois grupos (Tabela V), apresenta-se p<0,05, sinalizando mais uma vez que a Crochetagem atua na mobilidade articular e o TENS não. Tabela V: Freqüência de indivíduos positivo ou negativo para o teste de hipomobilidade na avaliação final nos grupos TENS e CROCHETAGEM
Teste da Comadre: O grupo TENS não apresentou alteração para esse teste. O grupo crochetagem obteve melhor resposta, após 7 atendimentos. Quando comparada a freqüência final dos dois grupos, apresenta p<0,05, sinalizando que a crochetagem atua no conforto de movimento de deslizamento da ASI e na concavidade lombar e o TENS não. Teste de Patrick: Referente à resposta de dor para o Teste de Patrick, que confirma diagnóstico diferencial entre dor sacro-ilíaca e dor no quadril, ambas as técnicas são efetivas para analgesia lombar. Tanto o grupo de TENS como o de Crochetagem apresentaram variação significativa, compondo p<0,05. Pelos resultados quanto ao grau de dor na avaliação inicial e final do Teste de Patrick, observou-se expressiva quantidade de pacientes sem dor ao 18 • NovaFisio.com.br
final do tratamento das duas técnicas (dos 16 indivíduos, 13 não tinham mais dor). Semelhante ao teste de Patrick, a resposta para o Teste dos ligamentos sacro espinhoso e sacroilíaco e Teste de Yeoman (teste irritativo para articulação sacro iliaca) foram observados que as técnicas de TENS e de Crochetagem são efetivas para analgesia lombar apresentando p<0,05 no Fisher´s test. DISCUSSÃO Segundo Restiffe e Berloffa (2002) concluíram que a TENS alivia a dor rapidamente efetivando execução mais ativa e cooperativa na cinesioterapia em pacientes com seqüelas de queimaduras. Já, Rocha (2005), afirmou em seus estudos que o índice de incapacidade do pescoço avalia a intensidade da dor do paciente, a medida que a incapacidade é resolvida a dor é debelada. Durante a aplicação de TENS já nas três primeiras sessões a maioria dos pacientes relataram moderado alívio de dor que manteve-se até a última sessão, enquanto na Crochetagem foi verificado aumento inicial da dor, o alívio começou a aparecer a partir da 5a sessão. Isto é justificado por Baumgarth (2007) referindo que o alongamento e ruptura das fibras com a projeção das estruturas anatômicas sobre a pele (diafibrólise percutânea), causa tração complementar à fisiológica no ligamento sacroilíaco, gerando co-contração protetora, ou seja, uma resposta protetora contra uma injúria sensorial proprioceptiva do SNC. Ido et al, (2003), observaram diminuição da dor aplicando a TENS em baixa freqüência de 5Hz e largura de pulso de 150 microssegundos em “tender points”, com tratamento de 20 sessões. Ferreira e Beleza (2007), afirmam que estudos laboratoriais têm demonstrado que a TENS diminui a atividade nociceptiva evocada nas células do corno dorsal da medula, promovendo analgesia. Embora o mecanismo real de produção de eletroanalgesia pela TENS seja controvertido, pois, Braz (2003), concluiu que embora os estimuladores eletroterápicos não apresentem maiores riscos ao corpo humano, existem determinadas situações que o paciente pode sentir dor, levando a possíveis danos teciduais. Se uma corrente elétrica é aplicada a elevada intensidade de forma abrupta, a sensação e as dores causadas irão assustar o paciente. Lembrando que isto se deve ao fato de que fibras nervosas sensoriais são estimuladas a menores intensidades em relação as fibras de dor (maior impedância), por isto, elevadas intensidades de correntes são mais dolorosas. Tribioli (2003) constatou através da análise da literatura os meios prováveis da atuação da TENS na inibição da dor, que são: a teoria do controle da comporta de dor pelo “fechamento” das comportas medulares ascendentes, e a teoria neurofarmacológica pela ativação de um sistema de opiáceos endógenos. Determinou-se que a estimulação de baixa freqüência (2Hz) provocava uma elevação de um peptídeo opióide, no fluído cerebroespinhal (13,14). O alívio da dor promovido pela crochetagem observado nesse estudo, corrobora com o estudo de Kiffer (2004), que conclui que a técnica de Crochetagem leva ao alívio de dor na lombalgia provocada pelo encurtamento do músculo quadrado lombar em atletas de judô.
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Baumgarth (2007) diz que a Crochetagem otimiza menor aderência e fibrose entre os diferentes planos de deslizamento dos tendões, músculos, ligamentos e nervos, devolvendo a mobilidade e funções normais. A técnica tem como objetivo dissolver os cristais de oxalato de cálcio que se acumulam em diferentes pontos da musculatura impedindo o deslizamento normal das capas musculares gerando dor e desconforto, então recuperam os movimentos de deslizamento entre as fáscias, o que justifica a diminuição da dor. Na tabela II que foi demonstrado a freqüência de indivíduos com bloqueio no movimento de extensão e dor no início do tratamento (42%), e após o tratamento com a TENS houve queda significativa com relação à resolução da dor, em contrapartida o bloqueio manteve-se constante com significância estatística de p <0,01. Segundo Santos Junior, De Almeida e Valente (2006); que obtiveram no tratamento utilizado com a eletro-termo-foto-terapia (incluindo TENS), resultados positivos no decorrer de 10 atendimentos, como redução da dor, porém apresentando déficit no ganho de ADM do movimento de flexão do ombro. Para Mello de Paula et al (2006) a utilização de correntes elétricas terapêuticas uma vez moduladas com parâmetros apropriados, podem atuar em diferentes condições, como: promover analgesia, contrações musculares, melhoria do fluxo circulatório local, drenagem de líquidos, tonificação ou relaxamento muscular, bem como incentivar a regeneração e a cicatrização de diversos tecidos corporais. Comprovando que a TENS não age diretamente na resolução biomecânica do ligamento sacroilíaco (gerador da dor lombar), e sim inclui a transmissão de corrente elétrica através da pele, que atua sobre os mecanoreceptores periféricos, e a partir daí, é conduzido pelas fibras A até um conjunto de interneurônios, que por sua vez atuam na inibição da retransmissão, a nível medular, dos estímulos dolorosos conduzidos pelas fibras A e Tipo C. Vandewalle (2008a) explica que os primeiros efeitos descritos sobre a eficácia crochetagem são: a liberação dos corpúsculos fibrosos e as aderências entre diferentes aponeuroses. O terapeuta leva mobilidade aos tecidos, intervindo com a espátula do gancho entre os planos fasciais, fazendo ceder as aderências que limitam a mobilidade entre os tecidos. Os efeitos da crochetagem são, então essencialmente, diafibrolisantes induzindo várias indicações terapêuticas. O movimento mecânico dos tecidos é um método eficaz de evitar ou romper aderências e assim reduzir a dor, ele deve ser através das fibras, ajustando o tecido, visto que as fricções transversas aplicadas aos seus longos eixos, tenderão a mover a estrutura como um todo (seja ligamento, tendão ou músculo). Esse movimento de manipulação passiva mobiliza a estrutura relativa ao osso, bainha ou fáscia adjacente, liberando-a para o movimento, após uma lesão a articulação fica, freqüentemente, muito dolorida, reduzindo assim a mobilidade entre as estruturas.(19). Para Martins et al (2004), em seu estudo com 15 pacientes de ambos os sexos portadores de disfunção temporomandibular, a TENS foi um recurso eficaz no controle da dor miofascial. Os resultados observados, nesse estudo, demonstraram-se significativo para resolução da dor no movimento de extensão e rotação esquerda (p<0,05). Tribioli (2003), diz que com relação à dor crônica não existem “melhores parâmetros” de TENS para este tipo de dor, 20 • NovaFisio.com.br
recomendando a técnica de determinação de parâmetros preferenciais individuais através da interação com o paciente. De Andrade, Porto e Santos (2004), analisando 8 indivíduos com hérnia discal em L4-L5/ L5S1, afirma que a TENS com baixa freqüência promove o alívio da dor e concluiu que há controvérsias existentes quanto a melhor modalidade de TENS de baixa freqüência em patologias crônicas, mostrando que as duas correntes usadas (Burst , e acupuntural), possuem praticamente o mesmo efeito no alívio da dor podendo o fisioterapeuta eleger a modalidade que quiser para esse objetivo em indivíduos portadores de patologias crônicas. George et al, (2007), ao propor protocolo de prevenção de dor lombar em militares americanos descobriu que há poucas estratégias eficazes relatadas para a prevenção preliminar da dor lombar, a finalidade desse estudo clínico foi determinar se um exercício e um programa educativo combinados da estabilização do núcleo muscular são eficazes em impedir o início e/ou a severidade da dor lombar, a experimentação forneceu a informação importante de como treinar eficazmente soldados dos E.U.A para a prevenção da lombalgia. Vandewalle (2008b), acerca da aplicação da técnica de Crochetagem nos tendões de Aquiles e ligamentos do tríceps sural em atletas de futebol, diz que a liberação dessas cordas intramusculares dos tendões e ligamentos com a espátula do gancho, transversalmente em relação às fibras musculares em tensão, irão provocar uma sensação de calor imediato, permitindo limitar o fenômeno doloroso e prevenindo o risco de bloqueios, a técnica vai permitir igualmente ao atleta otimizar suas qualidades musculares. O potencial de contratibilidade e de elasticidade será melhorado, bem como o equilíbrio da força neuro muscular e pela restauração dos planos de deslize, a Crochetagem vai por último participar na coordenação e a qualidade do gesto técnico destes atletas. CONCLUSÃO A principal observação da escolha do confronto entre TENS e a técnica de Crochetagem, é que a TENS é a técnica mais utilizada pelos fisioterapeutas quanto ao alívio de dor, seja crônica ou aguda. Os resultados práticos observados pela utilização da Crochetagem estão de acordo com as idéias dos conceitos anatômicos, funcionais e fisiológicos das citações dos autores apresentadas no trabalho. Com base nos dados desse estudo, conclui-se que a técnica de TENS atua efetivamente no controle da dor, de forma rápida, visto pela variação diária da mesma, enquanto que a técnica de Crochetagem age mais na mobilidade da articulação lombar e SI, e em segundo momento controla a dor. As técnicas se assemelham no controle da dor, como forma terapêutica de analgesia, e se diferenciam no ganho de mobilidade ou melhora de bloqueios articulares lombosacrais. Novos estudos com o maior N e com controles ramdômizados devem ser implementados para aumentar a confiabilidade do estudo proposto para o futuro . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.MINISTÉRIO DA DEFESA. Manual de Campanha Treinamento Físico Militar C 20-20. 2002, 3. ed. Rio de Janeiro. 2.MINISTÉRIO DA DEFESA. Brigada de Operações Especiais. Disponível em: http://www.
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|Acidente, vítima, primeiros socorros. A Importância de procedimentos de emergência em tempos atuais. Por|Sarah Souza Pontes Prazeres Artigo
A
vida atual do ser humano tem sofrido modificações intensas de qualidade, .sentido e significado, o que tem acarretado conseqüências maléficas. A busca desenfreada pelos bens materiais a humanidade tende a trabalhar por cargas horárias desumanas, sem que tenha o ser humano como produto e sim como produtor de tudo aquilo que fabricamos, vemos nos cenários atuais um mero técnico, com isso não visamos à qualidade de vida, ocorrem desequilíbrios no corpo físico, mente e psique e nos envolvemos e/ou causamos acidentes. O ser humano se transformou em uma espécie animal que tem em vista apenas os resultado, de preferência imediato, por isso não investe e valoriza medidas preventivas que visam à saúde, a educação e a política. Sabemos que a prevenção é a medida mais eficaz para o bem-estar físico e psicossocial do ser humano, acreditar na educação e na política como veículos transformadores de uma realidade é afirmar que é possível educar a sociedade, afinal a política como ideal a ser traçado é vislumbrar uma reforma de pensamento do ser humano, não mais a busca do equilíbrio apenas quando estamos em desequilíbrio, e sim depositar confiança em medidas educacionais para apoio a prevenção, é a partir disto que afirmamos aqui nossa crença em prevenir acidentes, principalmente em locais de trabalho, afinal atualmente é o local que o ser humano permanece a maior parte de seu tempo em vida, portanto nota-se a necessidade de valorizar a Segurança no Trabalho. Em meio a tantos acidentes o enfoque em alguns princípios de Primeiros Socorros, já que em meio a uma vida tão atribulada há acidentes de carros e o não uso de equipamentos de proteção em ocasiões muitas vezes indispensáveis.
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É preciso catequizar a sociedade para prestar o socorro imediato à vítima, para assim reduzir ao máximo as conseqüências do acidente. Se faz necessário aprender técnicas e os procedimentos adequados para que a ajuda seja eficaz de fato, afinal sabemos que a vida humana é única e em caso de omissão se caracteriza em um crime não apenas assegurado nas leis, mas nos valores morais e éticos que regem os costumes humanos. Os conhecimentos teóricos são importantes para prestar um socorro de qualidade, mas não dispensa as atividades práticas, por isso pessoas interessadas nesta temática é importante realizar um curso de Primeiros Socorros predominantemente prático.
abster a realizar os primeiros socorros a vítima decorrente de um acidente ou pessoa que se encontre em perigo iminente é crime O atendimento de emergência deve ser prestado sempre quando a vítima não tem condições de cuidar de si própria, é uma forma de evitar morbidade ou mortalidade desta, enquanto a equipe especializada se dirige para o local do acidente. Vítimas de acidentes sejam automobilísticos, no trabalho, com materiais químicos, queimaduras entre outros ficam muitas vezes em condições delicadas, o que torna o socorro imediato algo primordial para minimizar os efeitos deletérios e o agravamento da situação. O simples fato de observar que a vítima do acidente não encontra-
se respirando é um aspecto imprescindível e que faz muita diferença, assim como o nível de consciência e caso a vítima esteja alerta é preciso mantê-la calma, tranqüila e narrar tudo que acontece da melhor forma possível, afinal na maioria das vezes esta precisa se manter imóvel. O Código Penal Brasileiro de 1940 descreve em seu artigo 135, criado em, assegura que se abster a realizar os primeiros socorros a vítima decorrente de um acidente ou pessoa que se encontre em perigo iminente é crime e resulta em uma pena que varia de um ano a seis meses ou multa. O mínimo que pode ser feito que já representa uma expectativa significativa no quadro clínico que a vítima venha a apresentar é o ato de comunicar a equipe especializada sobre o acidente e descrever com a maior riqueza de detalhes o estado de saúde da vítima, o local do acidente e detalhes se vistos do evento. A omissão de socorro e a ausência de atendimento imediato são uma aspectos que influenciam de maneira significativa a recuperação e a sobrevivência dos feridos. Portanto é diante deste cenário que é possível repensar sentimentos, atitudes e ações para o auxílio ao próximo bem como desempenhar um papel social ativo, afinal contribuir com a vida também é um ato de cidadania que requer incentivo de órgãos públicos e privados no apoio a instrução de procedimentos de primeiros socorros, formação de socorristas e divulgar informações que despertem interesse as pessoas leigas, mas para que as organizações possam se conscientizar do seu papel social, nós profissionais da área de saúde devemos demonstrar a importância, o retorno e o impacto destas práticas bem como auxiliar na construção de projetos desta magnitude através da Responsabilidade Social tão discutida no âmbito das organizações.
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|Assoalho pélvico, músculos, avaliação. Técnicas de avaliação da musculatura do assoalho pélvico: uma revisão sistemática Por|Cinara Sacomori, Fernando Luiz Cardoso e Aline Knepper Mendes Artigo
É
crescente o interesse na avaliação dos músculos do assoalho pélvico (MAP), uma vez que se descobriu sua importante função no controle da continência, respiração, suporte dos órgãos pélvicos e sexual. OBJETIVO: conhecer as especificidades das técnicas de avaliação da musculatura do assoalho pélvico. MÉTODOS: revisão sistemática das bases de dados da sciencedirect e da Bireme (de 2001 a 2008), com as palavras chaves: “pelvic floor muscle evaluation”, “pelvic floor muscle assessment” “pelvic floor activation” e “pelvic floor exercise”. RESULTADOS: As técnicas mais acessíveis para a prática clínica são o teste manual da musculatura e o sensor de pressão vaginal, enquanto as mais detalhadas são o ultra-som e a IRM. A IRM funcional é específica para estudar a ativação cerebral e a eletromiografia possibilita avaliar sinergias musculares, ambas permitem uma melhor compreensão do controle neural. CONCLUSÃO: sugere-se o uso dessas técnicas no diagnóstico, prevenção e tratamento das desordens do assoalho pélvico inclusive em homens. INTRODUÇÃO O assoalho pélvico é formado por tecidos moles e composto principalmente de dois músculos e um par de ligamentos sacrociáticos (1). Sua parte muscular pode ser dividida em: músculos superficiais (bulboesponjoso, isquicavernoso e transverso superficial do períneo e esfíncter anal externo), músculos intermédios (esfíncter uretral interno, transverso profundo do períneo, e nas mulheres, compressor uretral e esfíncter uterovaginal) e músculos mais profundos (elevador do ânus: puboretal, pubococcígeo, iliococcigeo e isquiococcígeo/coccígeo) (2). O assoalho pélvico apresenta múltiplas funções com um importante papel na continência urinária e fecal (1-3), respiração, suporte dos órgãos pélvicos, aumento da pressão intra-abdominal, estabilização da articulação sacroilíaca (1), garantir a estabilidade pélvica-lombar e do tronco e contribuir para a resposta sexual (2,4). A região anoretal e o assoalho pélvico são inervados por fibras simpáticas, parassimpáticas e somáticas (3). O nervo somático que inerva os músculos do assoalho pélvico (MAP) tem suas raízes
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oriundas dos segmentos medulares S3 a S5 e o nervo pudendo origina-se de S2 a S4 e inclui fibras motoras e sensitivas (5). A força dos MAP pode ser definida através do recrutamento das fibras musculares em uma contração voluntária máxima (6,7). E a função é a habilidade de realizar uma contração correta dessa musculatura, com uma pressão de fechamento em torno das aberturas do assoalho pélvico e um movimento de levantamento deste assoalho (7). Além disso, as pesquisas têm apontado para um recente entendimento da sinergia entre toda musculatura envolvida pela cápsula abdominal e a musculatura do assoalho pélvico (1,2,8,9,10). Os MAP quando fracos podem ser causas de disfunções. Por isso, o treinamento dos MAP é indicado através de exercícios específicos que objetivam melhora da força e coordenação muscular (11). Atualmente, os profissionais que, normalmente, orientam a prática desses exercícios são médicos, enfermeiras, sexólogos e fisioterapeutas (6). Dado o contexto, o profissional que trabalha com diagnóstico, prevenção e tratamento das desordens do assoalho pélvico necessita de instrumentos de mensuração que possam definir critérios diagnósticos e controlar o efeito do tratamento executado (7). Por isso, traçou-se como objetivo deste artigo conhecer as especificidades das técnicas disponíveis de avaliação da musculatura do assoalho pélvico. MÉTODOS O estudo caracteriza-se como uma revisão sistemática da literatura. Estudos relevantes foram identificados através de uma pesquisa nas bases de dados da sciencedirect e da Bireme (Medline, Lilacs e Scielo), incluindo artigos de 2001 a 2008. Alguns estudos foram pesquisados manualmente e obtidos através de contato direto com os pesquisadores. Utilizaram-se as palavras chave: “pelvic floor muscle evaluation”, “pelvic floor muscle assessment” “pelvic floor activation” e “pelvic floor exercise”. Os critérios de inclusão dos artigos foram: referir-se a algum método/técnica de avaliação da musculatura do assoalho pélvico qualquer que fosse a finalidade e estarem nos idiomas português, inglês ou espanhol. E os critérios de exclusão foram: estudos com animais, fetos ou crianças e
RESULTADOS E DISCUSSÃO A busca de dados resultou em 38 artigos relevantes para a proposta deste manuscrito. A maioria deles teve como sujeitos apenas mulheres (1,4,7-35), apenas um avaliou homens e mulheres (36). As técnicas identificadas foram: teste manual por toque vaginal, eletromiografia, sensores de pressão vaginal, ultra-som, IRM e IRM funcional. Cada uma dessas técnicas mensura aspectos diferentes da musculatura do assoalho pélvico (7). As vantagens e desvantagens de cada técnica foram sintetizadas na tabela 1. Essas técnicas foram utilizadas com as seguintes finalidades: • Avaliar a atividade muscular dos MAP em pessoas saudáveis (1,8,1315,19,29) ou com incontinência urinária (1,13,26,28,30,33,34); • Investigar o efeito do treinamento da musculatura do assoalho pélvico (11,20,21,25,29,33); • Identificar áreas cerebrais ativadas durante a contração dos MAP (17,33,36); • Identificar co-ativações musculares e sinergias (4,10,24,30); • Testar ou descrever técnicas de avaliação dos MAP e escalas diagnósticas (18,22,23,31,32,35,37, 38,39); • Identificar relações entre a força dos MAP e outras variáveis: número e tipo de parto, raça (12,16,27). Teste Manual da Musculatura do Assoalho Pélvico O teste manual é realizado através de toque na vagina ou no reto e o avaliado é instruído a realizar uma contração máxima dos MAP; a graduação é feita usando escalas, normalmente utiliza-se a escala de Oxford modificada (1,29) ou a escala de Ortiz (25). Permite identificar, além da força muscular, outros componentes: resistência, fadiga e o número de repetições rápidas que pode ser executado (12). Possibilita verificar a simetria e diferenciar os músculos de fechamento da vagina (puboretal e esfíncter anal externo) dos músculos que a elevam (pubococcígeo e ileococcígeo) (6). Eletromiografia de Superfície (EMG) A maioria dos estudos de avaliação dos MAP utiliza-se da eletromiografia de superfície (1,4,8,9,10,12,13,19,20,24,28, 30,33,34,37,39). Ela registra os potenciais elétricos gerados pela despolarização das
fibras musculares em repouso e durante a contração voluntária, podendo ser considerada uma medida indireta de força muscular (34). Os eletrodos são comumente posicionados nos músculos reto abdominal, oblíquo externo, fibras transversas inferiores do oblíquo interno, parede da vagina (1,8) e em alguns casos nas fibras da parede torácica (1,30). Sensor de Pressão Vaginal com Perineômetro O sensor de pressão vaginal posicionado nos dois terços inferiores da vagina serve para mensurar alterações na pressão vaginal, conectado a um perineômetro (1,11,16). Madill e Mclean (2007) utilizaram uma sonda vaginal contendo dois balões de mensuração da pressão: um posicionado na parte superior do canal vaginal (avalia a pressão intra-abdominal transmitida ao fórnix), e outro situado mais abaixo (para mensurar a pressão de contração dos MAP). Atualmente, vários tipos de sensores estão disponíveis, todos com diferentes tamanhos e parâmetros técnicos, o que dificulta a comparação entre pesquisas (7). O perineômetro demonstrou uma boa confiabilidade intra e inter-avaliadores (18). Ultra-som O uso do ultra-som contribuiu significativamente na avaliação da
anatomia funcional do assoalho pélvico (38). Quando um músculo contrai ocorre uma mudança em seu tamanho porque as fibras musculares se encurtam, assim uma correta contração dos MAP com a alteração crânio-ventral dos órgãos pélvicos pode ser observada no ultra-som (1,10). Existem quatro formas de aplicação de ultra-som que podem ser utilizadas: transabdominal (14), trans-perineal, transvaginal e trans-anal usando imagens bi e tridimensionais (38). Estudos demonstraram que tanto o ultra-som trans-perineal (32) como o trans-abdominal (14,15) são confiáveis. O ultra-som trans-perineal possui uma técnica mais complicada, as medidas requerem mais tempo para calcular e a localização do cabeçote no períneo pode limitar algumas manobras funcionais; enquanto o ultra-som transabdominal é totalmente não-invasivo, mais rápido e relativamente mais fácil de aprender (14). Imagem de Ressonância Magnética (IRM) A IRM permite, durante a contração dos MAP, a visualização do movimento de elevação cranial e ventral dessa musculatura (6). Avalia, ainda, a simetria entre os lados direito e esquerdo durante a contração da musculatura do assoalho pélvico e torna possível observar se há movimentação em outras regiões musculares como abdominais
e glúteos (13). Tanto a IRM 3T como a 1,5T são eficientes na avaliação diagnóstica da contratilidade do assoalho pélvico (31). Um estudo comparou mulheres negras e brancas (assintomáticas e nulíparas) e identificou que as mulheres negras apresentavam o músculo elevador do ânus significativamente mais espesso em relação às brancas (27). Imagem de Ressonância Magnética Funcional Demonstrou a ampla atividade do sistema nervoso central no controle da contração da musculatura do assoalho pélvico em mulheres saudáveis (17). Foi descoberto um forte recrutamento da área motora suplementar durante a realização da contração do assoalho pélvico em mulheres saudáveis (36). Adicionalmente, antes de um treinamento dos MAP, foi encontrada significante ativação cerebral (giro pré-central súperolateral e medial e na região súperolateral do giro pós-central, no córtex motor suplementar, na área pré-motora esquerda, na região central e esquerda do cerebelo, na região da insula e na região anterior do giro do cíngulo); e depois do treino muscular, menos áreas cerebrais foram ativadas; isto indica automatização da habilidade comportamental aprendida e uma ativação mais focada das áreas cerebrais (33).
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Artigo
|Assoalho pélvico, músculos, avaliação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Essas técnicas de avaliação dos MAP são sugeridas para todos os profissionais que diagnosticam, tratam ou previnem disfunções do assoalho pélvico. Cada técnica possui sua especificidade, algumas apresentam a vantagem de fácil acesso e método barato, outras são mais complicadas e caras, mas possibilitam uma avaliação mais detalhada. Percebeu-se uma escassez de estudos que avaliem a musculatura do assoalho pélvico de homens. Considerando que os homens também podem apresentar disfunções do assoalho pélvico, compreende-se que existe um potencial de estudo utilizando essas técnicas nesse grupo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 Thompson JA, O´Sullivan PB, Briffa NK, Neumann P. Differences in muscle activation patterns during pelvic floor muscle contraction and valsalva manouevre. Neurol Urodyn 2006; 25: 148-155. 2 Sapsford R. Rehabilitation of pelvic floor muscles utilizing trunk stabilization. ManTher 2004; 9: 3-12. 3 Bharucha AE. Pelvic Floor: Anatomy and Function. Neurogastroenterol Motil 2006; 18: 507–519. 4 Nagib ABL, Guirro ECO, Palauro VA, Guirro RRJ. Avaliação da sinergia da musculatura abdomino-pélvica em nulíparas com eletromiografia e biofeedback perineal RBGO. 2005; 27 (4): 210-5. 5 Achtari C, Dwyer PL. Sexual Function and Pelvic Floor Disorders. Best Pract Res Clin Obstet and Gynaecol 2005; 19 (6): 993—1008. 6 Rosenbaum TY. Pelvic floor involvement in male and female sexual dysfunction and the role of pelvic floor rehabilitation in treatment: a literature review. J Sex Med 2007; 4: 4-13. 7 Bo K, Sherburn M. Evaluation of female pelvic-floor muscle function and strength. Phys Ther 2005; 14 (3): 269-282. 8 Neumann P, Gill V. Pelvic Floor and Abdominal Muscle Interaction: EMG Activity and Intra-abdominal Pressure. Intern Urogynecol J 2002; 13: 125–132. 9 Sapsford RR, Hodges PW, Richardson CA, Cooper DH, Markwell SJ, Jull GA. Coactivation of the abdominal and pelvic floor muscles during voluntary exercises. Neurourol Urodyn 2001 Mar 15; 20 (4): 31–42. 10 Sapsford RR, Hodges PW. Contraction of the Pelvic Floor Muscles During Abdominal Maneuvers. Arch Phys Med Rehab 2001; 82: 1081-1088. 11 Morkved S, Bo K, Schei B, Salvesen KA. Pelvic Floor Muscle Training During Pregnancy to Prevent Urinary Incontinence: A SingleBlind Randomized Controlled Trial. Obstet Gynaecol 2003; 101 (2): 313-319. 12 Marshall K, Walsh DM, Baxter GD. The effect of a first vaginal delivery on the integrity of the pelvic floor musculature. Clinical Rehabilitation 2002; 16: 795–799. 13 Aukee P, Usenius JP, Kirkinen P. An 26 • NovaFisio.com.br
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|Shantala Perguntas sobre Shantala Por|Fernanda Elhiage Artigo
O
que é a shantala (origem e o que .significa o nome)? É uma massagem milenar do sul da Índia que é passada oralmente de mãe para filha. Lá somente as mulheres fazem a massagem nos bebês, por uma razão exclusivamente cultural. O mundo ocidental teve a oportunidade de conhecêla através do médico francês Frédérick Leboyer que numa de suas viagens à Índia conheceu a Shantala (uma mãe indiana, que seu nome originou a técnica), que ensinoulhe a técnica e se deixou fotografar. Leboyer fez um lindo e poético livro, que lançou em 1976, todo ilustrado com detalhes fazendo toda a seqüência da Shantala. Em 1978 introduziu essa massagem no Brasil. Qual o objetivo da técnica? Qualquer pessoa pode aplicá-la? O método terapêutico tem por objetivo trabalhar vias aéreas superiores (face), aparelho respiratório do bebê (costas e peito), aparelho digestivo e membros superiores e inferiores (braços e pernas). A técnica protege o bebê contra infecções porque acalma, diminuindo o nível de stresse e
consequentemente diminuindo a quantidade de cortisol que circula no corpo (hormônio que quando está em grande quantidade no corpo, diminui a imunidade). Raramente o bebê que recebe a massagem diariamente adoece. Qualquer pessoa pode aplicá-la. Tanto a mamãe como o papai. Inclusive, este aumenta e muito sua intimidade com o filho, perdendo assim o medo que alguns pais tem de pegar seus bebês. A shantala é importante para aproximar mamãe e bebê (troca de energia)? Este contato íntimo de pele mãe e bebê é fundamental. Fortalece a auto estima da criança. Um dos primeiros sentidos a serem estimulados após nascimento do bebê é o olfato. Quando a criança é colocado sobre o peito da mãe assim que nasce é para que ela sinta o cheiro e o calor dessa mãe sentindo– se mais segura, vide o exemplo das “mães cangurus”. Essa troca de energia fortalece a criança que vai se sentir mais amada, e sendo assim muito mais segura. Qualquer bebê pode receber a técnica (idade, sexo)? Qualquer bebê apartir do 1º mês de vida
já pode receber a massagem. De ambos os sexos. Servindo inclusive para crianças maiores. Minha filha de 8 anos por exemplo, recebe a shantala desde bebê até hoje. Toda vez que sinto que ela está mais agitada, deito ela, faço a massagem e ela acaba adormecendo. Fora as vezes que ela mesmo pede “mãe, faz massaginha...” Quais a indicações terapêuticas da shantala (alívio de cólicas, por exemplo)? Auxilia nas funções fisiológicas, digestivas e respiratórias do bebê. Ameniza cólicas, prisão de ventre, ajuda a regular o sono do bebê, diminui insônia, acalma. Fortalece o contato íntimo entre pais e filhos. Equilibra também todo o sistema nervoso, energético e emocional do bebê, trazendo auto estima e segurança para a criança. Para mais informações Shantala Para mamães, papais e babás também. Studio Conceitus Av. Princesa Izabel 323 sl 1.213 leme Tel. 3209-0617 / 9109-1757
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|DORT; Coluna; Lombalgia; Trabalho Prevalência de lombalgia em distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho Por|Bruna Luiza dos Santos; Camila Tokunaga Zanolini; Milena Carrijo Dutra Artigo
A
introdução de inovações tecnológicas e eliminação de diversos postos de trabalho .acarretaram benefícios e problemas à saúde do trabalhador. A doença osteomuscular relacionada ao trabalho (DORT) é um dos maiores problemas de saúde do mundo, é a mais nova epidemia dos últimos anos. As lombalgias são um dos principais motivos de consulta médica atualmente, estando entre uma das causas mais comuns de invalidez relacionada com problemas músculo-esqueléticos, com isso, foram recrutados 60 sujeitos e aplicado 3 questionários: Roland Morris, SF 36, avaliação sócio-econômico e cultural de cada participante analisado estatisticamente. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência da lombalgia em distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. O termo DORT é usado para determinar as afecções que podem lesar tendões, sinóvias, músculos, nervos, fáscias, ligamentos de forma isolada ou associada, com ou sem degeneração dos tecidos, decorrente de uma origem ocupacional. Ela pode ser ocasionada do uso repetido e forçado de grupos musculares e da manutenção de postura inadequada, caracterizados pela ocorrência de vários sintomas concomitantes ou isolados, tais como: dor, parestesia, sensação de peso, fadiga, de aparecimento insidioso, podendo acometer membros inferiores e superiores (Cattelan, et al 2006;). A introdução de inovações tecnológicas e organizacionais, ao lado das inegáveis conquista para a vida humana, trouxeram também o aumento do número de pessoas desempregadas, com a eliminação de diversos postos de trabalho e a precarização das relações de trabalho, acarretaram benefícios e problemas à saúde do trabalhador (Murofuse, 2005). As Dorts têm constituído um grande problema da saúde pública em muitos dos países industrializados, sendo pouco conhecidas até os anos 70, mas tiveram um rápido crescimento nos ambientes de trabalho em todo o mundo. Assim sendo, vem ganhando destaque cada vez maior no que se refere à estudos sobre a doença em si e a política de prevenção (Imai, et al 1998). Atualmente são consideradas como um dos maiores problemas de saúde do mundo e ocorrem em trabalhadores das 28 • NovaFisio.com.br
mais variadas atividades, não havendo diferenças raciais ou sociais. É a mais nova epidemia dos últimos anos, já que a partir da década de 80 passaram a ser a mais freqüente causa de afastamento do trabalho (Sakata, et al ). A quantidade de diagnósticos de DORT tem dimensões muito altas. Sendo assim, na última década nosso país presenciou uma situação epidêmica com relação às mesmas, tornando esta patologia a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil. Somente nos últimos 5 anos foram abertos 532.434 CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho) geradas por essa afecção. A cada 100 trabalhadores da região Sudeste, 1 é acometido (Brazil, 2001). O treinamento inapropriado, alterações bruscas na rotina de trabalho e os equipamentos inadequados causam lesões. A postura estática prolongada causa estresse e fadiga muscular (Sakata, 2003).
os sintomas tornamse presentes, e às vezes passam a invadir as noites e finais de semana.
Vários fatores vêm impulsionando a enorme quantidade desses diagnósticos em nosso país, entre eles: tensão social; alto índice de desemprego; predisposição ética; falta de organização no ambiente de trabalho; influência da ação de sindicatos; ações políticas; oportunismo de advogados; influência da mídia; interesses por indenizações ou aposentadorias. Quando um indivíduo apresenta uma lesão ocasionada por sobrecarga biomecânica ocupacional, os fatores etiológicos estão associados à organização do trabalho envolvendo principalmente equipamentos, ferramentas, acessórios e mobiliários inadequados; descaso com o posicionamento, técnicas incorretas para realização de tarefas, posturas indevidas, excesso de força empregada para execução de tarefas, sobrecarga biomecânica dinâmica; uso de instrumentos com excessos de vibração, temperatura, ventilação e umidade inapropriadas no ambiente de trabalho (Moreira et alli, 2001).
Aos poucos, os sintomas intermitentemente tornam-se presentes por mais tempo durante a jornada de trabalho, e às vezes passam a invadir as noites e finais de semana. Nessa fase, há um aumento relativamente significativo de pessoas que procuram auxílio médico, por não conseguirem mais responder à demanda da função (Inss, 2003). Não é possível diagnosticar-la na fase pré-clínica. Seu diagnóstico é feito através da história clínica, ocupacional e exame físico. As lesões podem acometer diversas estruturas músculo-esqueléticas e neurais, atingindo com maior freqüência a região cervical, o ombro e os membros superiores, porém podem ocorrer em outras regiões (Sakata, 2003). A diversidade de conceitos observados na literatura dificulta a obtenção concreta de dados para o estudo da incidência e da prevalência dos diferentes tipos de doenças e de suas condições clínicas, que costumam surgir em rápidas escaladas na forma de surtos (Cattelan, 2006). Segundo estudos, a coluna vertebral é uma das estruturas mais atingidas por distúrbios, tais como: cervicalgia, ciatalgia e a síndrome cervicobraquial, tendo como uma de suas características a dor. (Murofuse; 2005) As lombalgias são um dos principais motivos de consulta médica do mundo, estando entre as causas mais comuns de invalidez relacionada com problemas músculo-esquelético. É considerada causa freqüente de morbidade e incapacidade, sendo sobrepujada apenas pela cefaléia na escala dos distúrbios dolorosos que afetam o homem (Skare, et al 1999). A causa da dor lombar pode ser definida por toda condição de dor, com ou sem rigidez, localizadas na região inferior do dorso em uma área situada entre o último arco costal e a prega glútea. Pode ser multifatorial e inclui postura inadequada, sobrecarga local, trauma, alterações degenerativas da coluna ou doença inflamatória, infecciosa ou neoplásica (Cecin, 2000). Inúmeras circunstâncias contribuem para o desencadeamento e cronificação das síndromes dolorosas lombares (algumas sem uma nítida comprovação de relação causal) tais como: psicossociais, insatisfação laboral, obesidade, hábito de fumar, grau de escolaridade, realização de trabalhos pesados, sedentarismo,
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síndromes depressivas, litígios trabalhistas, fatores genéticos e antropológicos, hábitos posturais, alterações climáticas, modificações de pressão atmosférica e temperatura (Brazil, 2001). São classificadas da seguinte forma: a) mecânicas degenerativas: tem origem em alterações estruturais, biomecânicas, vasculares ou a interação desses três fatores; b) não mecânicas localizadas: podem ser inflamatórias, infecciosas, metabólicas; por doenças sistêmicas ou psicossomáticas; c) lombalgia ocupacional: desencadeada por múltiplos fatores, sendo um dos principais distúrbios relacionados ao trabalho, os fatores de risco são postura estática no trabalho, esforço excessivo no trabalho, movimentos em flexão, rotação, inclinação e extensão com carga, ressalvo com carga, vibração, trauma direto na região dorso lombar (Skare, 1999). A dor lombar é a doença mais freqüente da humanidade, sua prevalência nos países industrializados varia de 10% a 50%. Cerca de 80% da população já apresentou pelo menos um episódio de dor lombar baixa, que constitui a principal causa de ausência no trabalho desses países (Skare, 1999). A lombalgia é um problema de saúde pública com altos custos socioeconômicos.
Devido a isso este trabalho tem como objetivo avaliar a prevalência dessa afecção em distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho em operadores de telemarketing. (Meirelles; 2000) Casuística -Material e Métodos. Os instrumentos, escalas ou questionários mais utilizados em nosso meio na avaliação ou mensuração dos principais desfechos relacionados ao estado da saúde física, mental ou psicossocial de pacientes portadores de lombalgia são a escala de Roland & Morris e o questionário SF-36 (Meirelles, 2000). O SF-36 é um instrumento genérico de avaliação da qualidade de vida. É um questionário auto administrável, multidimensional, englobado em oito componentes (Meielles, 2000). O Roland Morris é um questionário de inaptidão com 24 questões relacionadas a dor na coluna vertebral. Cada questão recebe uma pontuação de 1 (um) se é conferido como aplicável pelo paciente e uma pontuação 0 (zero) se não é aplicável. (Havel,2001). Para este trabalho foram recrutados 60 operadores de telemarketing de uma empresa de São Paulo. Foi assinado pelos participantes um termo de consentimento
livre esclarecido e aplicado 3 questionários: Questionário sócio-econômico e cultural , Roland Morris e SF 36 que avaliam a qualidade de vida dos participantes. Foram incluídos operadores de telemarketing com pelo menos 1 ano de função no cargo, idade entre 18 e 51 anos e uma carga horária de no mínimo 8 horas diárias. Foram exclusos do estudo os participantes portadores de patologias prévias na coluna. Os dados foram analisados através de porcentagem, média e desvio padrão dos mesmos. Resultados A situação sócia econômica e cultural dos participantes analisadas pelo primeiro questionário revela os seguintes dados: de um total de 60 participantes, 68,3% (41) são mulheres. Sendo que o restante do trabalho foi composto por homens que representam 31,6% (19). Com ausência de analfabetismo, há uma amostra de 45% (27) com ensino médio completo e 55% (33) com ensino superior completo. Em relação aos hábitos sociais foram encontrados apenas 20% (12) da amostra são fumantes e 3,3% (2) etilistas. Quanto a doenças prévias foram encontrados apenas 1,6% (1) diabético e 1,6% (1) hipertensos,
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com ausência de doenças de coluna préexistentes demonstrados por 100% (60). De acordo com o acompanhamento fisioterapêutico foi encontrado que 100% (60) da amostra não realizavam acompanhamento, porém 48,3% (29) realizavam ginástica laboral em sua empresa, e 81,6% (49) tinham horário de descanso, porém, 18,3% (11) não o tinham. Todos os participantes 100% (60), tinham a função de operadores de telemarketing e estavam nesta função em um período médio de 4,5 anos com um desvio padrão de 2,44 tendo este variado com um mínimo de 1 ano e o máximo de 8 anos, idade entre 18 e 51 anos com média de 25,49 e um desvio padrão de 6,45. Com relação à dor na coluna observamos que 48,3% (29) não apresentaram dor em nenhuma região da coluna, já 51,6% (31) apresentaram dor na coluna, sendo que 12,9% (4) apresentaram dor em região cervical, 19,3% (6) apresentaram apenas dor em região torácica, 16,1% (5) apresentaram dor em região lombar, 9,6% (3) apresentaram dor em região torácica e lombar, 22,5% (7) apresentaram dor em região cervical e torácica, 9,67% (3) apresentaram dor cervical e lombar e 9,67% (3) apresentaram dor em região cervical, torácica e lombar. O tempo de dor variou de 2 meses a 8 anos com uma média de 5 e um desvio padrão de 4,24. A análise do questionário Roland Morris, demonstrou que 99% dos participantes não adquiriram escore maior que 10, tanto no grupo sem dor como no grupo com dor, revelando assim que as atividades de vida diária desses participantes não estão sendo alteradas devido à dor na coluna que possuem, porém um único participante, ou seja, 1% da amostra teve um escore de 15 encontra-se na faixa moderada de comprometimento das atividades de vida diária. Sendo em toda a amostra o escore mínimo de 0 e o maior escore 15 com uma média de 5, 75. O questionário SF 36 demonstrou que no grupo sem dor representado por 48,3% (29) teve no quesito capacidade funcional, como escore mínimo 60 e escore máximo de 100 com média de 93, 1, já no grupo com dor representado por 51,6% (31) teve no mesmo quesito um escore mínimo de 25 e de escore máximo 100 com média de 79,8. No quesito aspectos físicos o grupo sem dor variou de 0 como escore mínimo e 100 como máximos com média de 86, 6, o grupo com dor teve 0 como escore mínimo e 100 como escore máximo com uma média de 72,6. Já no quesito dor o grupo que não a apresentou teve um escore como mínimo 30 • NovaFisio.com.br
52 e como máximo 100 com uma média de 83, porém no grupo que apresentou dor obteve-se como escore mínimo 12 e escore máximo 100 com média de 55,7 observada no anexo 8. No quesito estado geral da saúde o grupo sem dor apresentou um escore mínimo de 52 e como máximo 100 com média de 77, 6, já o grupo com dor teve como escore mínimo 42 e escore máximo 100 com média de 77, 7. No quesito aspecto social encontra no grupo sem dor um escore mínimo de 37 e um máximo de 100 com média de 82, 5, no grupo com dor tivemos um escore mínimo de 12 e um máximo de 100 com média de 74, 3. No quesito aspecto emocional encontra no grupo sem dor um escore mínimo de 0 e um máximo de 100 com média de 81, 4, no grupo com dor tivemos um escore mínimo de 0 e um máximo de 100 com média de 73,9. Discussão Embora não sejam doenças recentes as dorts vem, assumindo um caráter epidêmico, sendo algumas de suas patologias crônicas e recidivante, ou seja, de terapia difícil, porque se renovam precocemente quando ocorre a simples retomada dos movimentos repetitivos, gerando uma incapacidade para a vida que não se resume apenas ao ambiente de trabalho (Salim, 2003). Sabe-se então que um ambiente de trabalho organizado, com pessoas bem treinadas e condicionadas com respeito aos fatores ergonômicos e aos limites biomecânicos certamente diminuem o risco de desencadeamento dessas afecções (Moreira et alli; 2001). Podemos então associar o seu baixo índice neste estudo ao fato de não termos nenhum sujeito da amostra analfabeto, o que viabiliza à absorção de informações que auxilia na prevenção de doenças ocupacionais. Mesmo que vários fatores intervenham na formação da DORT, sua determinação em última instância perpassa pela estrutura social, relacionando-se, sobretudo com as mudanças na organização do trabalho e secundariamente com as inovações tecnológicas peculiares à reestruturação produtiva (Salim, 2003). Podemos justificar o fato do número de mulheres comprometidas ser maior, devido a relação direta não a uma suposta propensão biológica, mas ao papel e a forma de inserção da mulher nas divisões social e sexual do trabalho (Salim, 2003). A ginástica laboral é um meio de prevenção frequentemente divulgado. No geral as pessoas se sentem pressionadas pela cobrança de produtividade, seja por parte dos colegas, ou por parte do gerente/chefe, deste modo não se sentem à vontade para estar efetivamente
realizando os exercícios, e todo o trabalho com a conscientização torna-se perdido. Outra medida de prevenção é a realização de pausas constantes, porém essa prática não é muito bem vista (principalmente em locais com grande movimento) pelos colegas, clientes e gerentes (Imai, 1998). Sendo assim, o mais importante é a conscientização dos empregadores em orientar seus empregados tanto na prevenção quanto na terapêutica dos distúrbios músculo-esquelético (Cattla, 06). Diversos fatores contribuem para o mascaramento da doença, o não reconhecimento da doença por parte de alguns médicos (dada dificuldade de diagnosticá-las); o preconceito por parte dos colegas, as conseqüências de se possuir uma CAT na carteira de trabalho, prejudicando a procura por um novo emprego, a dificuldade encontrada por algumas empresas em lidar com a doença, o funcionário corre o risco de demissão, entre outros. Além disso, em muitos casos as estatísticas não incluem aqueles trabalhadores que podem estar manifestando os sintomas e, portanto são futuros candidatos a desenvolvê-las (Imai, 98). Estatisticamente este estudo comprovou que não há um alto índice de comprometimento funcional, físico, emocional, social nestes indivíduos, uma vez que se torna inexistente o afastamento do trabalho por DORT. Na amostra, visto que o índice de analfabetismo é 0 (zero), a empresa proporciona ginástica laboral e tempo de descanso como método preventivo, pode ter interferido na pequena diferença entre os sujeitos com e sem dor. A maior parte dos indivíduos esta há um tempo considerável na mesma função, podendo ter ocorrido adaptações ao longo dos anos que favorecem o não aparecimento da DORT, porém a maioria não se mostrava satisfeito com seu trabalho não sendo investigado mais profundamente a causa do mesmo. O melhor meio de se lidar com a doença é evitar que ela apareça, ou que se prolifere. Com esse objetivo, podemos perceber que as empresas estão cada vez mais empenhadas na elaboração de políticas preventivas, que abrangem desde a parte informativa até o tratamento, retorno a atividade e acompanhamento (Imai, 1998). Ajustar o posto de trabalho, evitar vícios de postura, respeitar seus limites e realmente fazer os exercícios indicados é algumas das atitudes que, se não eliminam a possibilidade de ser acometido pela doença, certamente são favoráveis ao não surgimento/não agravamento do quadro da DORT (Imai, 1998).
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Conclusão Conclui-se que a prevalência da lombalgia isolada em DORT nos operadores de telemarketing que realizam um trabalho preventivo na empresa não é alta, porém associada a outras regiões da coluna, a região lombar aparece em alta prevalência. Portanto a prevalência de lombalgia em DORT é de 16,1% dentro do índice de 51% que apresentavam algum tipo de DORT. É necessário que um próximo estudo seja feito, avaliando o posto de trabalho, exercícios realizados durante a ginástica laboral, a causa e nível de descontentamento por parte dos trabalhadores, para que possamos relacionar estes itens ao fator predisponente. Referências Bibliográficas Apolone, G; Mosconi, P; Ware J. E; Questionario sullo stato di salute SF-36: manuale d’uso e guida all’interpretazione dei risultati, Guerini e associati, Milano 1997 Avaliable from internet http:// crc.marionegri.it/qdv/questionari/sf36/ sf36v1ita.htm Brazil, A. V. et al; Diagnóstico e tratamento das lombalgias e lombociatalgias;
Associação Médica Brasileira e Conselho Regional de Medicina-Projeto Diretrizes. Cattelan, A. V. et al; Lesões por esforços repetitivos/ distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/DORT) a mais nova epidemia na saúde pública brasileira. CNFISIO, Avaliable from internet http:// www.fisioweb.com.br, citado em 2006. Cecin, H. A; Consenso brasileiro sobre lombalgias e lombociatalgias/ Hamid Alexandre Cecin – São Paulo: Sociedade Brasileira de Reumatologia. Comitê de coluna Vertebral – Uberaba; Faculdade de medicina do Triângulo Mineiro, p. 60; 2000. Ciconelli, R. M, Ferraz, M. B, Santos, W, Meinao, I, Quaresma, M.R; Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 ( Brasil SF-36) ; Revista bras.de Reumatologia , vol.39 nº. 3 – mai/jun., 1999. Havel, C. et al; Which treatment for low back pain? A factorial randomized controlled trial comparing intravenous analgesics with oral analgesics in the emergency department and a centrally acting muscle relaxant with placebo over three days; BMC Emergency Medicine, vol.2 n.1, nov. 2001.
Imai, C; As lesões por esforços repetitivos e o setor bancário; trabalho apresentado no III SemeAD realizado em outubro de 1998. Inss; Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho- DORT- Norma técnica de avaliação de incapacidade para fins de benefícios previdenciários; Ordem de serviço INSS/DSS; n.606; ago.98. Inss; Atualização clínica das lesões por esforços repetitivos (LER) distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT); Instrução normativa INSS/DC; n.98; dez. 2003. Meirelles, S. E; Lombalgias; Revista Brasileira de Medicina, out. 2000; v.57; n.10; p.111-119. Murofuse, N.T. & Marziale, M.H. P; Doenças do sistema osteomuscular em trabalhadores de enfermagem; Revista Latino Americana de Enfermagem; v.13; n.3; p.364-373; mai-jun. 2005. Sakata, R. K. & Issy, A. M; Lesão por esforço repetitivo (ler) doença osteomuscular relacionada, Revista Brasileira de Medicina, v.60; p.67-83; dez.2003 Skare, T. L; Reumatologia – princípios e prática. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan; p.197-211, 1999.
Organizações de cursos no Brasil Organização de São Paulo Tel: (11) 5044-9605 / (11) 5044-0675 Fax: (11) 5531-4442 organizacao@rpgsouchard-sp.com.br Site: www.rpgsouchard-sp.com.br Brasília NPC – Núcleo Permanente de Cursos Tel: (27) 3329-8307 / (27) 8823-3390 (27) 9316-4744 E-mail: rpg.bsb@gmail.com E-mail: npcelisabeth@gmail.com Rio de Janeiro AXIS Tel: (21) 2266-4421 E-mail: organizacaorpgrio@gmail.com Site: www.rpgrio.com.br Salvador IRPOS Tel / Fax: (71) 3331-8905 (71) 3331-6272 E-mail: irpos@irpos.com.br Site: www.irpos.com.br
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Agenda|Divulgue seus evento de graça em nossa agenda. Visite o site. DESC DATA CURSO CIDADE UF OUTUBRO 01 e 02 Pilates Internacional - Theraband São Paulo SP 01 a 03 V Congresso Sulbrasileiro de Fisioterapia Cardiorrespiratória Florianópolis SC 01 a 03 6ª Polestar Inter Conference & 3ª Conferência Sul-Americana Physio Pilates Salvador BA 10% 02 Curso de Florais de Bach Niterói RJ 10% 02 a 04 Ambulatório de Fisioterapia do Admissional à Reabilitação São Paulo SP 10% 03 Terapia Postural na Bola Rio de Janeiro RJ 10% 03 IV Jornada de Fisioterapia da Sociedade de Fisioterapia do Vale do Sinos Novo Hamburgo RS 10% 03 e 04 Primeiros Socorros nas Emegências Clínicas Rio de Janeiro RJ 03 e 04 Curso Water Pilates Florianópolis SC 03 e 04 Curso de Shiatsu C. dos Goytacazes RJ 03 e 04 Curso de Taping terapia (técnica do esparadrapo) C. dos Goytacazes RJ 03 e 04 Reeducação Uroginecológica Piracicaba SP 03 e 04 Pilates Internacional - On the Ball São Paulo SP 10% 04 Curso Teórico-Prático de Atualização em Carboxiterapia Niterói RJ 100% 06 Reabilitação Aquática na Prevenção e Tratamento do Stress Rio de Janeiro RJ 06 e 07 Técnicas Osteopáticas São Paulo SP 07 a 09 III Congresso Euroamericano de Motricidade Humana Murcia - Espanha 07 a 09 Conceito Bad Ragaz São Paulo SP 08 e 09 Mobilização Neural São Paulo SP 09 a 11 Conceito Halliwick São Paulo SP 09 a 11 Isostretching Maceió AL 09 a 12 Somato-Emocional Guapimirim RJ 10% 09 a 12 47º ENAF Poços de Caldas MG 10 a 13 V CONNEFI - Congresso Norte Nordeste de Fisioterapia João Pessoa PB 10 a 15 RPG e Pilates Sistema Australiano (Módulo II) São Paulo SP 11 a 13 Hidroterapia nas Algias São Paulo SP 12 8 Sequencial de Isostretching Maceió AL 14 a 18 Hidro - A Técnica Watsu para Fisioterapeutas São Paulo SP 14 a 17 XVIII Congresso Brasileiro de Fisioterapia Rio de Janeiro RJ 15 Curso de Transição / PHYSIO PILATES-POLESTAR São Paulo SP 10% 16 e 17 Curso de Carboxiterapia para Fisioterapeutas - Dra. kátia Ferreira Rio de Janeiro RJ 16 e 17 Mobilização Neural Belo Horizonte MG 16 a 18 Isostretching Recife PE 17 e 18 Introdução à TCS Guapimirim RJ 17 e 18 Curso de Massagem modeladora e bambuterapia C. dos Goytacazes RJ 17 e 18 Curso de Shiatsu C. dos Goytacazes RJ 10% 17 e 18 Curso Internacional de Pontos Gatilhos Miofasciais e Treinamento Proprioceptivo São Paulo SP 18 e 19 Movimento Combinado - Algias da Coluna São Paulo SP 20 a 23 Conceito Mulligan São Paulo SP 21 e 25 Reeducação Funcional do Assoalho Pélvico Curitiba PR 10% 22 a 24 Cirurgia Plástica: pós-operatório Curitiba PR 23 a 25 Ginástica Laboral: Metodologia; Projeto; Planejamento e Execução das Aulas São Paulo SP 23 a 25 Isostretching Piracicaba SP 24 e 25 Introdução à TCS (à confirmar) Sorocaba SP 24 e 25 Mobilização Neural Porto Alegre RS 24 e 25 Simpósio Brasileiro sobre Diagnóstico e tratamento das Disfunções Posturais São Paulo SP 24 e 25 Curso de carboxiterapia - Dra. Kátia Ferreira Curitiba PR 24 a 27 Terapia Manipulativa e Reprogramação Postural no Pilates (5º Modulo) Fortaleza PE 24 Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia Rio de Janeiro RJ 10% 26 Formação em Quiropraxia (Intensivo) 80h Fortaleza CE 29 a 02 Avançado Guapimirim RJ 10% 30 Eletroterapia Geral - (Teoria e Prática) - Dr. Jones E. Agne (RS) Teresina PI 30 a 02 Pilates Clínico Internacional São Paulo SP 31 e 01 Terapia Manual em Lombalgias-Abordagem Osteopática Campinas SP NOVEMBRO 100% 06 Encontro com a criadora do Workshop Pilates p/ Crianças, Mayra Nascimento Brasília DF 06 Curso Hybrido São Paulo / PHYSIO PILATES-POLESTAR São Paulo SP 06 a 08 Isostretching Goiânia GO 06 a 08 Cursos de Atualização (UPDATE) / PHYSIO PILATES-POLESTAR Natal RN 07 Workshop Flymonn (Meia Lua) Rio de Janeiro RJ
CONTATO 0800 400 7008 www.sulbrafir2009.com (71) 3261-8000 / 0800 6068008 (21) 9995-5317 (11) 4997-6916 (21) 2224-7744 (51) 3581-5521 (21) 2224-7744 (48) 3228-9898 (21) 2258-7991 (21) 2258-7991 0800 7242 8000 0800 400 7008 (21) 2715-1320 / 9995-5317 (21) 9242-6646 0800 400 7008 (21) 3413-8430 0800 400 7008 0800 400 7008 0800 400 7008 (85) 8865-4956 / 9928-4979 www.upledgerbrasil.com (35) 3222-2344 www.vconnefi.com.br 0800 400 7008 0800 400 7008 (85) 8865-4956 / 9928-4979 0800 400 7008 www.jz.com.br (71) 3261-80000 / 800 6068008 (21) 2711-4682 / 2612-9026 0800 400 7008 (81) 9133-5816 www.upledgerbrasil.com (21) 2258-7991 (21) 2258-7991 (11) 5581-5331 0800 400 7008 0800 400 7008 (41) 3072-0663 (41) 3336-2022 (11) 4997-6916 0800 724 2800 www.upledgerbrasil.com 0800 400 7008 (11) 2604-2001 (21) 2711-4682 / 2612-9026 (85) 3281-8270 / 3067-7072 (21) 3528-6404 (85) 3081-8270 www.upledgerbrasil.com (85) 3081-8270 0800 400 7008 (19) 3243-0933 0800 6068008 / (71) 3261-8000 (71) 3261-80000 / 800 6068008 (62) 3445-7971 / 9266-5515 (71) 3261-80000 / 800 6068008 0800 6068008 / (71) 3261-8000
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CIDADE
UF CONTATO
Brasília DF C. dos Goytacazes RJ Cuiabá MT São Paulo SP São Paulo SP Campinas SP Manaus AM Fortaleza CE Belo Horizonte MG Piracicaba SP São Paulo SP Rio de Janeiro RJ Niterói RJ Rio de Janeiro RJ Campinas SP Rio de Janeiro RJ Teresina PI Foz do Iguaçu PR Guapimirim RJ Foz do Iguaçu PR Londrina PR Piracicaba SP Campinas SP Niterói RJ Foz do Iguaçu PR Brasília DF
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Tininha |
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INGLÊS PONTUALIDADE A importância da pontualidade Um Padre recebia um jantar pelos 25 anos de trabalho ininterrupto à frente de uma paróquia. Um político da região e membro da comunidade convidado para entregar o presente e proferir um pequeno discurso, se atrasou. O sacerdote, então, decidiu iniciar a solenidade e proferir umas palavras: ...A primeira impressão que tive da paróquia foi com a primeira confissão que ouvi. Pensei que o bispo tinha me enviado a um lugar terrível, pois a primeira pessoa que se confessou me disse que tinha roubado um aparelho de TV, que tinha roubado dinheiro dos seus pais, também tinha roubado a firma onde trabalhava, além de ter aventuras amorosas com a esposa do chefe. Também em outras ocasiões se dedicava ao tráfico e a venda de drogas e, para concluir, confessou que tinha transmitido uma doença à própria irmã. Fiquei assustadíssimo... Mas com o passar do tempo, entretanto, fui conhecendo mais gente que em nada se parecia com aquele homem... Inclusive, vivi a realidade de uma paróquia cheia de gente responsável, com valores, comprometida com sua fé e, desta maneira, tenho vivido os 25 anos mais maravilhosos do meu sacerdócio. Justo nesse momento, chega o político. O padre interrompe seu discurso e foi dada a palavra ao político para entregar o presente da comunidade, prestando a homenagem ao padre. Pediu desculpas pelo atraso e começou o discurso dizendo: “Nunca vou esquecer o dia em que o padre chegou à nossa paróquia... Como poderia? Tive a honra de ser o primeiro a me confessar com ele”...
QUEM MANDOU CASAR! O casal se conheceu logo no primeiro período do curso de fisioterapia. Como não podia deixar de ser, depois de formados, se casaram. Duas semanas de casamento, o marido apesar de feliz, já estava com uma vontade reprimida de sair com a galera pra fazer a festa. Assim, ele diz a sua queridinha: Amorzinho vou dar uma saidinha mas não demoro... - Onde você vai, meu docinho? - Ao barzinho, tomar uma geladinha. A mulher bota a mão na cintura e lhe responde: - Quer cervejinha, meu amor? Nesse momento abre a porta da geladeira e lhe mostra 25 marcas diferentes de cervejas de 12 paises, alemãs, holandesas, japonesas, americanas, mexicanas, etc. O marido sem saber o que fazer, lhe responde: Minha princesa... mas no bar... você sabe... o copo é gelado.
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Um fisioterapeuta inglês, esteve mês passado aqui no Brasil participando do 11th Internacional Conference do McKenzie que aconteceu no Shereton Rio. Falando “BEM” o português ele fez a sua lista de compras e foi ao supermercado para tentar abastecer a sua despensa e geladeira. Tendo feito a lista a seu modo, e com o carrinho à frente, foi lembrando-se do que precisava: PAY SHE MAC CAR ON MY ONE EASY PAUL ME TOO ALL FACE CAR NEED BOY (MAIL KILO) AS PAR GOES KEY JOE (PARM ZOOM) COW VIEW FLOOR PIER MEN TOM BETTER HAB LEE MOON ALL ME ROOM BEER IN GEL THREE GO PAY TO THE PIER YOU Ao final ainda deu um tapa na testa, dizendo: PUTZ GRILL LOW! IS KEY SEE O TOO MUCH.... PUT A KEEP ARE YOU!
O marido nem terminou de falar, quando a esposa interrompe a sua conversa e lhe fala: - Quer copo gelado, amor? Nesse momento ela pega no freezer um copo bem gelado, branco, branco, que até tremia de frio. O marido responde: - Mas meu doce de côco, no bar tem aqueles salgadinhos gostosos. Já estou voltando, tá? - Quer salgadinho, meu amor? A mulher abre o forno e tira 15 pratos de salgadinhos diferentes, quibe, coxinha, pastel, pipoca, amendoim, coração de galinha, queijo derretido, torresmo... - Mas, minha Pixuquinha... lá no bar... você sabe.... as piadas, os palavrões, tudo aquilo... - Quer palavrões, meu amor? ENTÃO VAI TOMAR NO C%, PORQUE DAQUI VOCÊ NÃO SAI NEM FU#@%$#, SEU FILHO DA PU%4!
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Estudante de Fisioterapia é eleito Mister Twitter por Ivete Sangalo. POR NATALIA VON KORSCH , RIO DE JANEIRO Rio - Os 76 kg distribuídos em 1,84 m do moreníssimo Rodrigo Fernandes conquistaram não apenas centenas de fãs no Twitter como uma tiete ainda mais especial: Ivete Sangalo. Ele foi eleito pela cantora, entre mais de 10 mil concorrentes, o Mister Twitter da Ivete. Aos 25 anos, cursando o quinto período de Fisioterapia em uma faculdade de Florianópolis, o novo muso do miniblog foi pego de surpresa pelo resultado. “Foi completamente inesperado. Eu me inscrevi de brincadeira, não achei que ela fosse ver todos os perfis. Mas foi muito gratificante, porque ela é uma pessoa que eu sempre admirei”, diz ele, que já foi a mais de 20 shows da baiana. Em sua página no site, Ivete aproveitou para brincar com o vencedor do concurso, cujo resultado saiu na última sexta-feira: “Guigo, agradou todas as gatinhas do Twitter”. Ela própria — em parceria com funcionários da produtora Caco de Telha — escolheu o ‘mister’. Entre os prêmios recebidos pelo primeiro colocado estão CDs e DVDs de Ivete, mas o mais comemorado, segundo ele, foi o telefonema da musa. “Foi tudo muito rápido. Vi que tinha vencido e logo ela me ligou. Estava muito emocionado, não conseguia falar. É muito difícil a gente ter oportunidade de falar com alguém que a gente admira tanto. Fiquei muito feliz. A Ivete é extremamente simpática, começou a puxar assunto, disse que estava bem ansiosa para ter o filho logo e que o pé estava muito inchado”, conta Rodrigo. Famosa por se relacionar com homens mais novos, Ivete já conta com pelo menos um na lista de espera. Solteiro há três semanas, Guigo já sonha com o dia em que conhecerá pessoalmente a cantora: “Não é do meu perfil namorar mulheres mais velhas, mas, com certeza, se pintasse oportunidade e ela me quisesse, eu namoraria a Ivete. Ela falou que quando tivesse show aqui em Santa Catarina para eu entrar em contato porque gostaria de me conhecer”. Mas, como a baiana continua casada, Rodrigo vai ter de se contentar com suas ‘seguidoras’ no miniblog, que não são poucas: “Já recebi umas cantadinhas de leve”.
ELEVADOR SOBE...
Foi inaugurada no dia 1º de agosto de 2009 a nova sede do CEFAVS. Nesta nova sede haverá atendimento de fisioterapia e cursos entre eles, já confirmados, RPG, Pilates, Osteopatia, Drenagem Linfática, Massoterapia, Shiatsuterapia, Auriculoterapia, ATM, Bola Suiça, Fisioterapia Desportiva, Pedras Quentes, Fisioterapia Hospitalar em Traumato - Ortopedia, entre outros. Mais informações podem ser encontradas no site: www.cefavs.com.br
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A lutadora de vale-tudo Índia, que foi nossa entrevistada de capa na edição 56 esta de volta, desta vez no programa “NO LIMITE” da Rede Globo. Para quem estava achando parecidas, não são parecidas não, é ela mesma.
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O Projeto de lei do vereador Goulart aprovado na Câmara recebeu a sanção de Gilberto Kassab. O prefeito de São Paulo sancionou dia 20/07 o projeto de lei nº 173/07, que inclui fisioterapeutas nas equipes multidisciplinares e multiprofissionais em programas de assistência à saúde no município de São Paulo.
SOBE...
O Fisioterapeuta Gabriel Pinheiro, foi um herói em um incêndio em Copacabana. Ele, que mora no edifício em frente ao prédio atingido por um incêndio, ajudou a retirar uma grávida do apartamento onde começaram as chamas. Gabriel Pinheiro contou que estava em casa quando viu muita fumaça saindo de um apartamento. Assustado, atravessou a rua, foi até o edifício e avisou o porteiro sobre a fumaça. Preocupado com possíveis vítimas, ele subiu até o local do incêndio, onde encontrou uma grávida e sua empregada doméstica. O fisioterapeuta contou que ajudou a retirá-las do local e tocou a campainha de outros apartamentos para avisar os outros moradores do incêndio. A grávida foi socorrida em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). PARTICIPE! Você leu ou sabe de algum fato interessante na fisioterapia? Mande um e-mail pra gente, revista@novafisio.com.br
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|Fisio Perfil
FP
Suzanne Roll
Sempre uma breve entrevista com quem tem uma longa história
atendimento@maisfisio.com.br
Quem é |
S
ou consultora em fisioterapeuta musculesquelética; diretora do Perfiormance Rehab na Australia, diretora do Bring Your Body to Life Healthy Studio; Visiting Lecture Queensland, Griffith and Bond University. Qual fato foi mais inusitado em sua carreira? Ter viajado tanto durante minha vida e ter me transformado numa boa profissional. Qual fato foi o mais cômico? Ter passado uma noite na cadeia na Rússia. Qual seu maior arrependimento? Ter demorado a abrir minha própria clínica.
Qual ano e em qual faculdade que se formou? Me formei em 1990 na Brisbane, Queensland na Austrália. Qual foi a melhor coisa que fez na vida? Ter tido a oportunidade de ter trabalhado com uma das melhores fisioterapeutas da Austrália, Inglaterra e Brasil, como também oportunidade de conhecer o mundo ensinando fisioterapeutas. Qual foi a pior coisa que fez na vida? A vida não tem erros, somente lições, portanto não existe arrependimento. O que você mais gosta na profissão? A possibilidade de ajudar pessoas a melhorarem a qualidade de vida. O que você odeia na profissão? Fisioterapeutas que não estão abertos a atualizações e aprendizado. Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? Lealdade e seu desejo de continuar aprendendo. Que qualidade você mais detesta nos profissionais que te cercam? Se eu não os admirasse, não trabalhariam comigo. Qual sua maior virtude? Respeito aos demais profissionais. Qual seu pior defeito? Impaciência. Se pudesse mudar algo, o que seria? Gostaria de ser mais alta. Qual maior mentira já contou? Não conto mentiras. 38 • NovaFisio.com.br
Qual dica daria aos colegas? Acreditarem em vocês mesmos e nunca deixarem passar uma oportunidade de aprender. Qual objeto de desejo? Não sou uma pessoa materialista. Qual sua aquisição mais recente? Roupas. Qual seu maior sonho? Aprender a falar outra línguas Qual seu maior pesadelo? Esquecer o que preciso falar numa palestra. Que talento mais gostaria de ter? Tocar piano. Se não fosse fisioterapeuta gostaria de ser o que? Fotógrafa profissional. E qual profissão jamais queria ter? Ser professora de física quântica. Diga uma frase para por em nossa seção de frases. Era uma vez.... Diga um desafio? Escalar a montanha no Alasca. Um livro? Código da Vinci. Quer fazer alguma divulgação? Gostaria de agradecer a Mais Fisio pela oportunidade de poder trocar meus conhecimentos com os profissionais no Brasil durante esses 6 anos de parceria.
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