Edição 72

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Editorial Já estamos em 2010! Na verdade já é 2010 há muito tempo, desde janeiro, mas como as aulas e a nossas atividades só voltam ao normal depois do carnaval, pra gente o ano começa agora. Um amigo me disse que este ano vai ser dez. É, realmente eu não tenho a menor dúvida disso, assim como o ano que vem vai ser onze. Mas realmente eu também estou muito otimista e acredito que será dez pra todos nós. É mais um ano que começa e com ele mais uma oportunidade para iniciar projetos. Este ano estamos com um novo site (já visitou?) e uma revista reformulada, e estamos trabalhando cada vez mais para você ter sempre uma edição melhor seguida de outra. Nesta edição trouxemos uma matéria de capa que fala do vídeo game Wii utilizado na fisioterapia e na reabilitação além de artigos como Marketing para fisioterapeutas, Elastos que é uma novidade no mercado, as sempre agradáveis colunas dos Drs. Luis Guilherme e Geraldo Barbosa e nesta edição mais um colunista que nos escreve direto da Europa e muito mais. Então eu fico por aqui para que vocês possam ter uma boa leitura.

Oston de Lacerda Mendes Fisioterapeuta - Editor

Equipe|

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EDITORES: OSTON MENDES - oston@novafisio.com.br & LUCIENE LOPES - luciene@novafisio.com.br SECRETÁRIA: NINA LOPES MENDES - nina@novafisio.com.br MARKETING DIGITAL MARCIO AMARAL - marcio@novafisio.com.br JORNALISTA MARCOS ANTÔNIO ALVES CONTATO COM A NOVAFISIO: ENDEREÇO: R. JOSÉ LINHARES, 134 - LEBLON - RIO DE JANEIRO - RJ CEP: 22430-220 TEL: (21) 3521-6783 FAX: (21) 2294-9385 E-MAIL: revista@novafisio.com.br ASSINATURAS: RECEBA A REVISTA EM CASA, ASSINE PELO SITE. WWW.NOVAFISIO.COM.BR PREENCHA O CADASTRO E ESCOLHA UMA FORMA DE PAGAMENTO. SEJA BEM VINDO. ANUNCIAR: PARA ANUNCIAR NA REVISTA OU FAZER MAILLINGS (e-mail marketing) LIGUE OU ESCREVA. VOCÊ TAMBÉM PODE SOLICITAR A VISITA DOS EDITORES PARA MONTAR UM PACOTE. 4 • NovaFisio.com.br


Índice|

Edição 72 JAN/FEV 2010 Ano XV

06 Cartas. 08 Frases. 09 Plano de marketing para fisioterapeutas. 12 Elastos - Um novo conceito em prevenção e reabilitação física. 14 De inimigos a aliados na recuperação e desenvolvimento dos pacientes. 16 Coluna Luis Guilherme. 18 Coluna Geraldo Barbosa. 20 Coluna André Luiz Relvas de Mendonça. 22 Uso do ultra-som associado à fonoforese. 28 Esclerose múltipla e leucemia. 30 Espirometria na manipulação de costela. 34 Agenda de Eventos. 36 Tininha. 38 FisioPerfil.

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Cartas|Escreva sua carta também. Escreva para: revista@novafisio.com.br PILATES COM GRIFE A D&D Pilates, cursos, serviços e equipamentos para o segmento, apresenta seus novos equipamentos. A linha Excellence – com cadillac, ladder-barrel, reformer torre e step-chair - é produzida com a madeira certificada de reflorestamento Teca, importada da Índia e usada para fabricação de navios. A empresa é a única do mercado a usar esse tipo de material na produção de equipamentos. Para o Pilates além do tradicional, a D&D lança exclusivamente a Hydro Chair. Com o aparelho, a técnica pode ser aplicada através de mais de 50 movimentos. O aluno pode se exercitar, aproveitando todos os desafios que o novo equipamento propõe junto as propriedades da água, garantindo postura, respiração e controle. Como o exercício feito na Hydro Chair possui menos impacto, o aparelho é usado tanto para o fitness, quanto para a reabilitação. A linha Excellence estará disponível a partir de abril e a Hydro Chair a partir de março para a venda a academias, estúdios e clínicas de fisioterapia pelo site

www.dedpilates.com.br Hydro Chair

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Cartas|Escreva sua carta também. Escreva para: revista@novafisio.com.br

RELEASE O IV Congresso Internacional de Fisioterapia Manual, promovido pela Associação Cearense de Fisioterapeutas - ACEFISIO - em parceria com o Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, vai reunir cerca de 2.300 participantes, no Centro de Convenções do Ceará, na cidade de Fortaleza, entre os dias 12 e 15 de maio de 2010. O objetivo do Congresso é apresentar discussões científicas e clínicas sobre fisioterapia manual, biomecânica e doenças do aparelho músculoesquelético. Além de ser uma oportunidade de obter novos conhecimentos, vivenciar momentos de integração e confraternização. A programação cientifica contará com a participação expressiva de especialistas nacionais e internacionais de reconhecida qualificação e esta sendo elaborada com temas de grande relevância e de interesse para Fisioterapeutas como: “RPG”, “Microfisioterpia”, “Osteopatia”, “Mobilização Neural”, “Mobilização das Fáscias”, “Pilates”, “Estabilização Vertebral” entre outros, debatidos pelos maiores especialistas do país e do mundo. Paralelamente ao congresso acontecerá o I Simpósio de Fisioterapia Manual nos Esportes, com palestras e cursos pré-congresso abordando esse assunto. Além de uma feira com stands de grandes empresas relacionadas à Fisioterapia. Mais informações e Inscrições: Site: www.fisoterapiamanual.com.br E-mail: ivcongresso@fisioterapiamanual.com.br Fone: (85) 3091 0044/ 8803 3273

CARCI AMPLIA FRONTEIRAS

Empresa marca presença em Feira em Dubai Mais uma vez a Carci, referência em soluções para Fisioterapia e Reabilitação Física no Brasil, participou da maior feira do Oriente Médio, a Arab Health Exhibition & Congress 2010, que aconteceu em janeiro no Dubai International Exihibition Centre. Durante o evento a empresa apresentou aos visitantes – vindos de diversas partes do mundo – a qualidade e diferenciais dos produtos de seu portfólio. Em sua quinta participação na feira de Dubai

a Carci destacou sua expertise e know how em fabricar produtos de qualidade, atestados por diversas certificações. Entre elas o selo de qualidade CE, da Comunidade Européia, que abre as portas para exportação no mercado europeu. Para Pérsio Carleto, responsável pelo departamento de comércio exterior, “Participar da feira em Dubai é uma iniciativa estratégica, pois permite consolidar a Carci como referência no cenário internacional, além de gerar oportunidades para estreitar o relacionamento com representantes de empresas de diversas localidades”, explica. Arábia Saudita, Emirados Árabes, Jordânia e Algeria são alguns dos países com potencial para estabelecimento de novos negócios. “Detectamos grande demanda a ser atendida por produtos das linhas de Eletroterapia, CPM e Mecanoterapia”, revela Carleto. Outro destaque é a efetiva participação de empreendedores e empresários estrangeiros interessados em negociar diretamente com empresas brasileiras. “O Brasil ainda não é reconhecido internacionalmente pela qualidade e confiabilidade de seus produtos, mas pouco a pouco abre as portas para importantes mercados mundiais”, destaca o executivo. Além da Arab Health, a Carci já participa de outras feiras internacionais como a Médica, que acontece na Alemanha, e a Florida International Medical Expo, nos EUA, que resultou em negociações de exportação para alguns países europeus e da América Central e do Sul. Dubai, capital dos Emirados Árabes Unidos, é conhecida como o centro dos investimentos e turismo no Oriente Médio, com uma moderna infraestrutura. A cidade conta com um dos portos mais movimentados do mundo e frota de mais de 100 mil navios. Destacam-se ainda a legião de traders - empresas de compra e venda de produtos.

produtos para mais de 40 países na América Latina, Europa, África, Ásia e Oriente Médio. A Carci também possui parcerias com grandes companhias de atuação mundial como Biodex Medical, Enraf Nonius, NeuroCom, Axelgaard, Mega, Bertec e Qualisys.

GUERRA

Você que é Fisioterapeuta, aceita ser denominado profissional não - médico? Não-ser significa nada, o que não é. Nos últimos tempos, tornou-se corriqueiro em nosso País, o uso do termo não-médico numa referência ao Fisioterapeuta e aos demais profissionais da saúde. No passado, era comum o termo paramédico cujo uso o Conselho Nacional de Saúde (CNS) recomendou, oficialmente, substituir pela denominação profissional de saúde, mais adequada para exprimir e qualificar, sem preconceitos, a profissão de quem se dedica a cuidar da saúde das pessoas, ou se considerarmos a antropologia holística, aquele que cuida do ser humano como uma tríplice união corpo/alma/espírito (Leloup). A expressão não- médico pode ter surgido de um silogismo inconcludente, de um silogismo sofístico, ou ainda de um sentimento de hegemonia sobre outros profissionais, como se infere [dedução ou indução (Aristóteles)] do PL 77036/66. Para melhor entendimento, não-ser, em Filosofia significa nada, o que não é (Parmênides) ou ausência do Ser (Aristóteles), entendendo o Ser, como a natureza íntima de uma pessoa, a sua essência. No entanto, o Ser concreto é o Ente que, por sua vez é pessoa, animal ou vegetal, ou coisa que manifesta o Ser (Heidegger). Se você é, não-médico, então o que você é? Por: Dr. Geraldo Barbosa

Sobre a Carci Em operação desde 1966, a Carci – www. carci.com.br é especializada em soluções para Fisioterapia e Reabilitação Física. Detentora de mix composto por produtos para Eletroterapia, Termoterapia, Hidroterapia, Mecanoterapia, Avaliação Física, Mobilização e Fitness, a empresa conta com certificação junto ao Ministério da Saúde, Inmetro, ISO9001, ISO13485 (exclusiva para fabricantes de produtos eletromédicos) e a Marcação CE (que permite exportação para os países da Comunidade Européia). A Carci exporta seus NovaFisio.com.br • 7


Frases|Mande a sua frase. revista@novafisio.com.br “O que os fisioterapeutas querem? Não querem que a pessoa vá mais no médico. Querem que a pessoa vá neles para que eles então determinem que tipo de fisioterapia fazer. Isso não tem o menor sentido”

[Roberto d’Ávila Presidente Do Conselho Federal De Medicina]

“Fazer FISIOTERAPIA é um dom que eu tenho e o trato com muita dedicação, segurança e respeito com as pessoas que precisam” [Gabrielle Negreiros]

“Boa Ergonomia é Boa Economia”

[Kamilla Franscielle Sartore]

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Plano de marketing para fisioterapeutas Por|Ari Lima - Uma parceria com o software Fisio Office

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uitos profissionais da área de saúde desconhecem a importância de implantar um plano estratégico de marketing em clínicas e consultórios, pois imaginam que esse tipo de plano é muito complicado para ser executado. Acreditam que demanda grande investimento financeiro, intenso treinamento de pessoal e outros recursos acima de suas possibilidades. Mas um plano de marketing não precisa ser assim. Fisioterapeutas são profissionais da área de saúde que têm grande necessidade de construir uma marca no mercado e de ter um sistema eficiente de captação e manutenção de clientes. Em função dessa realidade, vamos propor a elaboração de um plano de marketing direcionado a esses profissionais. Alguns aspectos são fundamentais no desenvolvimento desse plano: • Construir uma marca para o profissional. • Definir que serviços ele fornecerá ao mercado em função das necessidades dos clientes. • Definir a forma de relacionamento com os clientes.

• Criar um sistema de correspondência. • Criar uma rotina de marketing do consultório. • Montar um plano estratégico. Na elaboração do plano, é preciso que o profissional esteja atento ao código de ética de seu setor e trabalhe em sintonia com essas regras.

• Definir a forma de relacionamento com a sociedade. • Utilizar o cartão de visitas de maneira dinâmica. • Criar folheto ou panfleto para divulgar os serviços do consultório. • Organizar o cadastro de clientes antigos. • Criar um cadastro de clientes em potencial. • Utilizar a Internet. • Construir relacionamentos de parcerias e networking. • Participar de eventos • Criar um sistema de telemarketing.

A marca profissional É preciso construir uma marca para que o profissional se posicione no mercado frente à concorrência. O objetivo é o consultório se tornar “referência” em sua especialidade para os clientes da região. Elabore um slogan (frase) que sintetize a principal qualidade do consultório ou a principal necessidade dos clientes. Um dos melhores ingredientes de uma marca é a credibilidade. Essa qualidade é conquistada com competência técnica, relacionamento de transparência com o cliente e bom atendimento. Definir produtos e serviços Defina um conjunto de serviços que possam ser percebidos pelos clientes como benefícios, e que façam uma relevante diferença em relação aos concorrentes na

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Informativo

|Fisio Office

hora da contratação dos serviços. Para isso, é necessário realizar pesquisas junto aos clientes e ao mercado, para conhecer as necessidades não satisfeitas, as demandas latentes e as tendências futuras. Um dos grandes segredos do marketing é a competência do profissional para atender as expectativas dos clientes. Para isso, é preciso ter sensibilidade, estar atento às necessidades não satisfeitas e oferecer produtos e serviços que atendam essas necessidades. Relacionamento com os clientes Um ótimo relacionamento com os clientes continua sendo o principal diferencial do profissional da área de saúde. Pode parecer clichê, ou um conceito muito “batido”, mas o relacionamento ainda é o principal fator de fidelização e de construção da marca de um profissional e, em conseqüência, do sucesso do consultório. É preciso desenvolver empatia e comunicar as mensagens de maneira congruente. O que o profissional diz ao cliente deve significar o seu pensamento e suas ações, assim como todos os colaboradores do consultório precisam falar a mesma linguagem e apresentar o mesmo nível de atendimento.

Relacionamento com a sociedade Mais do que em outras profissões, o profissional da área de saúde precisa desenvolver uma política de relacionamento com a sociedade. Contatos com a imprensa, publicação de artigos, opiniões, estatísticas, matérias informativas e sugestões de saúde para o público-alvo são formas desse profissional se relacionar com a sociedade. O envio de artigos e informações aos meios de comunicação de maneira sistemática, assim como a publicação através da internet, são alguns dos diversos mecanismos para a realização dessas tarefas. O relacionamento com a imprensa é uma importante forma de promoção social, tanto do consultório quanto do profissional. Utilizar o cartão de visitas de maneira dinâmica O cartão de visita é uma arma pequena, mas poderosa, na conquista de novos clientes. O fisioterapeuta precisa se habituar a utilizar essa importante 10 • NovaFisio.com.br

ferramenta de marketing de maneira ativa e em todas as oportunidades, tais como eventos e reuniões de que participar. O cartão é importante para conquistar novos parceiros e ampliar seu networking. Material promocional Elabore um panfleto ou folheto, com a relação de todos os serviços prestados e a descrição do trabalho do profissional. Crie um material com boa qualidade visual, mas dentro das condições financeiras do consultório. Relacione os serviços oferecidos, dando ênfase aos benefícios oferecidos aos clientes. Destaque a logomarca, o slogan e o telefone. O folheto deve ser divulgado frequentemente em locais estratégicos, através de parceiros, de outros consultórios ou de empresas de áreas complementares. Cadastro de clientes Organize o cadastro de clientes num computador ou num fichário, de forma a colocar todas as informações sobre os clientes e os serviços que foram prestados a ele no passado. Crie o hábito de fazer contato com esses clientes, periodicamente, para saber se estão precisando de algum serviço. Isto é telemarketing. Clientes em potencial Elabore um cadastro de clientes em potencial, ou seja, aqueles que possam vir a precisar dos serviços de seu consultório. Por exemplo: o profissional presta serviços de fisioterapia a um clube ou academia. Outros clubes e academias, que também devem necessitar dos mesmos serviços, são clientes em potencial. Utilize o poder da Internet Utilize a Internet como importante ferramenta de marketing, através da elaboração e publicação de artigos em sites, utilização de blogs, elaboração de site pessoal e participação em comunidades profissionais e de muitos outros recursos que a internet possibilita. Parcerias e networking A Construção de relacionamentos de Parcerias e Networking - que são relacionamentos profissionais e pessoais com o objetivo de ajuda mútua -, é uma das formas mais eficazes de conquistar clientes. Para isso, é necessário desenvolver uma rede de relacionamentos com profissionais e entidades que tenham atuação profissional complementar a sua, e que possibilitem troca de informações e indicação mútua de clientes. Forneça frequentemente uma certa quantidade de cartões de visitas e folhetos para esses parceiros. Dependendo da situação, pode ser necessário combinar o pagamento de uma comissão. Com o tempo, esses parceiros poderão se tornar uma importante fonte de novos negócios.

Participação em eventos É fundamental, para construção da imagem profissional, que o fisioterapeuta participe de reuniões e eventos, como membro de associações e entidades de classe, ou como palestrante em cursos para seu público-alvo. A partir de sua participação nesses eventos, o profissional irá construir sua marca pessoal e tornar-se uma referência profissional, além de obter uma maior interação com outros profissionais de áreas correlatas, construindo parcerias e sua networking.

Telemarketing Crie um telemarketing para contatar clientes antigos e em potencial. O telemarketing é simplesmente uma rotina de ligações telefônicas, que você poderá criar no consultório para fazer contatos comerciais. Esse serviço pode ser executado rotineiramente por uma secretária devidamente treinada. Escreva um pequeno roteiro do que irá falar e de como irá oferecer os serviços. Importante: evite tentar vender por telefone! Apenas coloque seus serviços à disposição e combine de remeter um folheto com a relação de seus serviços e o telefone de contato. Certamente, quando aquele cliente precisar, ele irá lhe procurar. O objetivo dos contatos deve ser informativo, para não ferir o código de ética do setor. Correspondência Utilize um sistema de correspondência para enviar mensagens periódicas aos seus clientes, que pode ser via e-mail, por ser mais econômico. A correspondência serve de apoio ao telemarketing e os dois são complementares. A correspondência cria um relacionamento e mantém o cliente informado sobre a realidade do consultório e do profissional. Incorpore o marketing às rotinas Marketing é hábito. Deve ser realizado todo dia, da mesma forma que a faxina do consultório, a contabilidade e o serviço bancário.


Crie um roteiro de atividades relacionadas à propaganda e à promoção do consultório, a ser incorporado às tarefas do dia a dia. Defina uma pessoa para ser responsável pelo setor de marketing, e inclua todas essas ações às tarefas a serem realizadas habitualmente. Documente seu plano Ponha tudo no papel e transforme essas ações em seu plano estratégico de marketing. Se possível, faça um documento para que, periodicamente, os resultados possam ser avaliados. Inclua no documento os itens abaixo: • Os objetivos do consultório para os próximos anos. • O faturamento pretendido. • Quantos colaboradores, sócios e funcionários o consultório terá. • Quais os investimentos pretendidos nos próximos anos. • Que objetivos pretendem atingir com o sucesso do escritório. • Outras metas. Uso das tecnologias e Software de gestão no plano de marketing Muitas das ações apontadas anteriormente podem ser gerenciadas através de “softwares de gestão para clinicas e consultórios”, disponíveis no mercado. Cadastro e controle de clientes, relacionamento, gerenciamento de datas de aniversários e muitos outros controles podem facilitar a vida dos fisioterapeutas, a baixo custo. O profissional de saúde, em geral, é bastante atarefado e, por isso, deve utilizar a tecnologia, a internet e os softwares de gestão de maneira inteligente. Com esses recursos, o profissional pode dinamizar suas operações gerenciais e de marketing, ficando com tempo livre para se dedicar à tarefa de realizar um atendimento de qualidade aos seus clientes. Por exemplo, estes programas permitem envio de Mala direta por carta, e-mail e SMS, para remeter mensagens para aniversariantes, e outras datas especiais. O objetivo desse plano estratégico é apontar um caminho, mostrar como o profissional pode alcançar seus objetivos e metas, de curto, médio e longo prazo e também motivar sua equipe a participar e colaborar com os projetos. O conjunto de idéias e ações aqui propostas são conceitos que funcionam de verdade, e passíveis de serem implantadas por todo fisioterapeuta, a um custo mínimo. Foram úteis no passado e certamente serão úteis no presente e no futuro para todos os profissionais que precisam se estabelecer e enfrentar um mercado cada vez mais competitivo, exigente e complexo. Ari Lima - arilima@arilima.com Empresário, engenheiro civil, palestrante, consultor e especialista em marketing e gestão de carreiras. www.arilima.com Tel: 31 3324 1861 / 8813 5871

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|Elastos Elastos - Um novo conceito em prevenção e reabilitação física Por|Rafael Coutinho Informativo

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inesioterapia, treinamento funcional, prevenção de lesões, reeducação postural, dentre outras intervenções, são algumas das inúmeras indicações para o uso do inovador sistema de resistência progressiva Elastos. Recém-lançado no mercado brasileiro, Elastos chega para tornar o uso da resistência elástica em exercícios físicos, amplamente utilizada por profissionais de fisioterapia, mais seguro, eficiente e confortável. Disponível nas linhas fixa e portátil, o equipamento conta com sete níveis de resistência, comprimento padronizado dos componentes elásticos, mensuração de cargas em Kgf., dispositivo de acoplamento para os tubos elásticos, além de inúmeros acessórios de ancoragem e exercitadores. Fácil de instalar, transportar e manusear, Elastos transforma clínicas, consultórios, hospitais e residências em uma completa academia em questão de segundos. Graças ao seu design ergonômico e totalmente adaptável às diversas condições físicas e clínicas dos usuários, Elastos, indicado para aprimoramento da força, resistência, flexibilidade, coordenação e equilíbrio, pode ser usado por crianças, adultos, idosos, atletas, portadores de deficiência e gestantes. Segundo o fisioterapeuta Rafael Coutinho, idealizador do sistema, a busca cada vez maior das pessoas por diferentes modalidades de exercícios torna o uso do Elastos uma grande oportunidade de negócios. Atendimentos em grupo ou personalizados com enfoque preventivo podem ser realizados em clínicas, consultórios, ou ao ar livre, como em praças e parques. Especialização Elastos Com o objetivo de dar suporte aos profissionais e otimizar resultados, foi desenvolvido o Conceito Elastos de exercício físico. Orientado para restaurar e aprimorar o desempenho das tarefas cotidianas, desportivas e laborais das

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pessoas, o conceito preconiza uma abordagem global e individualizada na avaliação e prescrição de programas de exercícios. Dirigido para profissionais e acadêmicos (último ano) de Fisioterapia e Educação Física, o curso de especialização no Conceito Elastos está previsto para março, inicialmente no Rio de Janeiro e em Brasília. Departamento de pesquisa Chama a atenção o compromisso que esta jovem empresa tem com a ciência, o que motivou a criação de um departamento exclusivo de pesquisa. Responsável pela produção de evidências científicas relacionadas ao uso dos equipamentos Elastos, o departamento, coordenado pelo fisioterapeuta Wagner Martins, tem atualmente a Universidade de Brasília (UnB) como principal parceira para seus estudos. Segundo Wagner Martins, uma das atribuições do departamento é a formação de uma rede de pesquisa. “Considerando que a construção de conhecimento é universal, objetivamos fomentar parcerias com instituições de pesquisa públicas e privadas para conhecermos cada vez mais os efeitos morfofuncionais provocados pelo uso da resistência elástica.” Site Quem navega pelo site da empresa percebe o detalhamento de informações sobre os produtos oferecidos, desde características técnicas e orientações sobre o uso e conservação, até imagens de fotos e vídeos ilustrativas. “Queremos tornar o site da empresa um ambiente que vai além da venda de produtos e serviços, mas que também seja um local para troca de informações e oportunidade de novos negócios”, explica o diretor da Elastos, Rafael Coutinho. Sobre a empresa Elastos Graduado em Fisioterapia pela Universidade Estácio de Sá em 2001, Rafael Coutinho iniciou o desenvolvimento do equipamento

quando ainda era acadêmico. Ao participar de um curso de Biomecânica, interessou-se pela riqueza das propriedades mecânicas da resistência elástica. Partiu então para um estudo de mercado e verificou inúmeras deficiências de aplicação, tais como a ausência de acessórios adaptáveis, desconforto no uso e riscos ao paciente. Porém, o que mais chamou a atenção, era a falta de precisão na progressão das cargas de exercícios, fator primordial, segundo ele, para o sucesso de programas de tratamento. Iniciou então o desenvolvimento do produto. Contando com a participação de profissionais de ponta, de áreas como engenharia e desenho industrial, desenvolveu acessórios e peças de precisão. Instalada no Rio de Janeiro, a empresa Elastos, com foco nos mercados de Fisioterapia, Fitness e Desportivo, aposta na ciência, design e comunicação como forma de impactar diretamente na melhora do serviço desses profissionais e da qualidade de vida das pessoas de uma forma geral. Visite o site:

www.elastos.com.br


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Matéria da Capa

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Games

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e um lado, seguidores apaixonados que correm para as lojas especializadas a cada lançamento. De outro, críticos ferozes, que não poupam farpas a esse brinquedinho hitech que nasceu e cresceu junto com o desenvolvimento das novas tecnologias. Até pouco tempo considerados perigosos inimigos do desenvolvimento das crianças, os games estão conseguindo reverter essa imagem. A adoção dessa tecnologia na área da saúde por instituições mundialmente conhecidas confere ainda mais credibilidade a essa tendência. Na Europa, Estados Unidos e mesmo no Brasil há casos surpreendentes de progressos incontestáveis na recuperação de pessoas com limitações físicas nos membros inferiores e superiores em decorrência de acidentes ou má-formação congênita. O jogo faz com que os pacientes realizem os movimentos típicos do tratamento de uma maneira mais divertida e lúdica. A face mais visível da utilidade dos tratamentos que incluem esse recurso é o aumento do interesse e participação de pacientes – especialmente aqueles que consideram as sessões de fisioterapia monótonas e cansativas. Isso faz diminuir o número de desistências e concorre para o sucesso de muitos tratamentos.

Nintendo WII A popularização do console Nintendo WII teve forte influência nesta explosão mundial deste novo instrumento de auxilio na reabilitação. O Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido tem doado a institutos e escolas o console com o game WII FIT e planeja continuar a exercer estas doações neste ano de 2010. Pesquisa realizada pela Information Solutions Group (ISG), com dados mundiais, mostra que, aproximadamente, 20% das pessoas que jogam videogames são portadores de necessidades especiais (motoras, mentais ou de desenvolvimento). Deste percentual, 46% apresentam deficiências físicas, 29% mentais e 25% de aprendizagem e desenvolvimento e 35% necessitam de auxilio para responder à pesquisa. As patologias mais encontradas foram divididas da seguinte maneira: • Físicas: artrite reumatóide/osteoartrite (14%), fibromialgia (11%); • Mental: depressão moderada/severa (41%), transtorno bipolar (16%); • Aprendizagem/desenvolvimento: déficit de atenção/ hiperatividade (46%), autismo (15%), dislexia (11%). Dos benefícios causados pelos jogos, divididos em classes: • Físicas: alívio de estresse (84%), distração pelas necessidades impostas pela deficiência (73%); • Mental: alívio de estresse (87%), aumento da auto-estima (78%); • Aprendizagem/desenvolvimento: aumento da concentração (79%), aumento da coordenação/ destreza manual (73%).

Potencialização Os fatores motivação, coordenação e memória são potencializados com esta tecnologia. A motivação, porque está ligada a uma abordagem diferente dos exercícios, e também por estar claramente ligada ao feedback imediato que o praticante recebe do jogo. Além de imitar o movimento que ele está tentando realizar, a atividade traz o espírito de competição e as recompensas (pontos) como bônus. Em uma linguagem técnica, Jogos como o Nintendo Wii Fit trazem como complemento a visualização do IMC (índice de massa corporal) do participante além de um calendário e 14 • NovaFisio.com.br

De inimigos a aliados na recuperação e desenvolvimento dos pacientes.


Por

|Marcos Antônio Alves e Fernando Vanderlinde dos Santos gráficos demonstrando a evolução do paciente. Já a coordenação e memória são treinados a todo o momento. Outra pesquisa realizada pelo Department of Psychology e pelo Princeton Neuroscience Institute, nos Estados Unidos, tem como tema a melhora da visão por praticantes de jogos digitais. O estudo não contradiz o uso de lentes ou cirurgias corretivas devido a algum dano, mas afirma que em condições normais os games auxiliam no processo de concentração e sensibilidade ao contraste.

Brasil Um exemplo de games levados a sério é a empresa FISIOGAMES, situada em Florianópolis, que já desenvolve jogos saudáveis e para ser utilizado por fisioterapeutas. Esta empresa lançará neste primeiro semestre de 2010 um jogo para ser utilizado por fisioterapeutas. O jogo é voltado para patologias específicas nos membros superiores. É possível fazer a avaliação de casos pela impressão dos dados do paciente incluindo gráficos dos movimentos realizados. Eles também contam com palestras e cursos que buscam incentivar o uso desta tecnologia em favor de terapias e bem estar.

Atenção Alguns pontos podem e devem ser lembrados quanto a estes games: • Consoles como Wii não foram criados com fins terapêuticos e sim são adaptados para este fim; • Videogames não substituem um profissional e nem uma sessão completa de fisioterapia; • A escolha do jogo depende da necessidade do paciente. Jogos não são generalistas o bastante para satisfazer a todos os casos; • Assim como uma sessão tradicional de fisioterapia a colaboração e motivação do paciente são de papel fundamental no tratamento • Mesmo achando este ser o meio adequado para seu paciente, pergunte antes se ele tem interesse em utilizar este instrumento; • Pacientes com epilepsia não devem ser submetidos a certos jogos. • Cuidado com movimentos repetitivos e bruscos; • Não é recomendado pela própria Nintendo o uso por mais de uma hora sem repouso. (apesar de acreditar que ninguém faria uma sessão de 1 hora com Wii). Cabe aos profissionais levarem esta brincadeira a sério. Empresas pelo mundo todo investem bilhões em jogos saudáveis. Isto quer dizer que eles vieram para ficar e como sempre, temos que nos atualizar e tomar frente às novidades mundiais.

Autores Marcos Antônio Alves (jornalista da revista novafisio) Fernando Vanderlinde dos Santos Pesquisador Fisiogames. Ministrante dos cursos: Fisiogames Reabilitação Jogos Digitais e Wii na Reabilitação (Instituto Fisiomar) Idealizador da palestra Videogames e saúde. Contato: vanderlinde03@hotmail.com www.fisiogames.com.br NovaFisio.com.br • 15


Colunas |

Coluna do Prof. Luis Guilherme - Leia todas as outras no site.

Quebrando os paradigmas

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s coisas não mudam, mudamos nós. Não sei quem disse isso, mas como adoro adágios resolvi incorporá-los à minha vida. “Tudo muda o tempo todo no mundo”, já disse Lulu Santos, mas temos que estar atentos, ou melhor, preparados para as mudanças. E nessa trajetória docente, vou sempre trazendo para minha coluna meus “papos” com meus alunos, prática essa que tem sido muito gratificante. O cenário era um banco e a coisa me foi narrada mais ou menos assim: – O que fazes na vida, meu jovem? Perguntou um senhor simpático, ao meu aluno. – Sou fisioterapeuta, senhor. Respondeu, atencioso, o aluno. E, então, o senhor inquiridor começou a tecer milhões de elogios à nossa profissão. Falou da importância da Fisioterapia na vida de sua esposa, de sua mãe, de sua sogra, de amigos e de tanta gente, que não parava mais. Ora, meu aluno ficou encantado, estonteante falou-me, no dia seguinte: – vê professor, as coisas estão mudando. As pessoas já reconhecem a Fisioterapia! Todo feliz e satisfeito pela brilhante escolha que fez no passado. Mas, não faz muito tempo, as coisas eram diferentes, pois éramos considerados massagistas. Não que eu tenha nada contra o massagista, simplesmente não traduzia a verdade. Hoje estamos sendo considerados profissionais do futuro e, mais uma vez, eu manifesto minhas preocupações com essa questão. Essas preocupações são fundamentadas, entre outras coisas, na idéia que o jovem tem demonstrado ter da vida. Como se já não bastasse a questão do uso do branco, já discutido nesse nosso espaço, surgem aqueles que justificam tudo pelos adágios populares, muitas vezes transformando-os em “verdade de vida” e metendo os pés pelas mãos. Mais uma vez chamo atenção e, lembrando-me do que dizia a Lahna, minha filha mais nova, quando era bem pequena: “- pé tenção!”. Para quem não entendeu o fundamento da coisa, ou acha que não é importante, vamos ao assunto. 1) OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS – minha gente, questões religiosas e de indicações políticas à parte, eu nunca ouvi dizer que o último colocado de um concurso tenha sido admitido primeiro; 2) QUEM ESPERA SEMPRE ALCANÇA – isso, não sai daí não, fica sentadinho esperando as coisas acontecerem! Fica esperando os supervisores te chamarem para estágio, ou então deixa seu projeto de trabalho dentro da gaveta e você será descoberto por algum “maluco fuçador” das gavetas alheias; 3) QUEM NASCEU PARA SÚDITO NUNCA CHEGA A MAJESTADE – para de ouvir o Caco Anthibys, do Sai de Baixo, porque essa coisa de pobre é para pobres de espírito. Corra atrás do prejuízo, mostre sua competência que as portas se abrirão, nem que demore um pouco. É dentro da linha: “Pobre que nunca comeu melados quando come se lambuza”; 4) A OCASIÃO FAZ O LADRÃO – ladrão que é ladrão não precisa de ocasião, minha gente, está na índole do sujeito; 5) QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COM GATO – ora, ora, não seja inocente, você acha que o gato tem a mesma capacidade para caçar que o cão? Busque fazer a coisa certa, cuidado com as improvisações, elas podem ser perigosas; 6) GATO ESCALDADO NÃO TEM MEDO DE ÁGUA FRIA – meu, gato escaldado morre; 7) CÃO QUE LADRA NÃO MORDE – você vai ficar para conferir? 8) MANDA QUEM PODE OBEDECE QUEM TEM JUÍZO – tem gente que acredita piamente nisso. O que temos visto por aí é que manda, geralmente, quem não pode e, tenha certeza, só obedece, cegamente, quem não tem juízo; 9) A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE – errado outra vez, pois a esperança não morre nunca. Não a esperança estática, de ficar esperando, mas aquela que faz a gente tentar sempre outra vez. Não conseguiu, localize os erros, conserte-os e tente novamente com toda esperança. E por aí vai: “Cobra que não anda não engole sapo”, “Águas passadas não movem moinho”, “Em casa de ferreiro o espeto é de pau”, entre tantos outros. É importante estar atento a uma expressão que foi introduzida pela Gerência da Qualidade Total (GQT), muito útil hoje nos tempos de ISO 9001.2000, que diz: “É PRECISO QUEBRAR OS PARADIGMAS”. Quebre seus paradigmas, pense que tudo tem sua hora e que “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará...”, lembra da música!? Continuem mandando seus recados, críticas, comentários e sugestões. Falem conosco, dêem sugestões, mas lembrem-se: mantenham o bom humor!

“Se você sempre fez assim, provavelmente está errado”.

Charles Kettering

Prof. Luís Guilherme Barbosa (ABERGO e ABRAFIT) Fisioterapeuta do Trabalho, Ergonomista, Professor Universitário, Diretor da GESTO-Ergonomia e Saúde no Trabalho Ltda. 16 • NovaFisio.com.br


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a edição anterior acompanhamos o nascimento de Asclépio, personagem filho do deus Apolo e de Corônis, tragicamente arrancado do ventre materno e em seguida abandonado, conseguindo sobreviver à custa de animais que o protegeram. O pai arrependido, recorre ao centauro Quirão para que cuide da criança, por ser possuidor de boas qualidades e ter sido ensinado pelo próprio Apolo como também pela irmã deste, cujo nome é Diana. Na sua convivência como os homens Quirão havia alcançado notoriedade pelo cabedal de conhecimentos em medicina, na caça, na música e na arte da profecia. Era o preceptor perfeito para um futuro deus, pois o menino trazia em si a divindade, assim como a semente traz, em seu interior, a árvore. Ao levar Asclépio para casa, a fim de sua incumbência, Quirão foi recebido pela filha Ocírroe que saíra ao pátio para encontrá-lo, pois ouvira o estrépito dos cascos no solo pedregoso. Aquele ruído lhe era familiar. Ao ver o menino Asclépio junto ao centauro, percebeu o mesmo clarão que fora visto pelo pastor. Ela então anunciou por conjecturas, como um oráculo, sobre o futuro dele, profetizando a glória que alcançaria. A partir daí Asclépio foi iniciado na arte da medicina, desenvolvendo à medida em que sua idade avançava, uma habilidade tão grande que, já adulto, porém muito antes da velhice, descobriu o meio de ressuscitar os mortos, diminuindo assim a remessa de almas para os infernos. Tal feito, aliado ao risco com isso alterar a ordem do mundo, provocou a fúria de Hades, deus das profundezas subterrâneas. Os infernos. Hades revoltado, procurou Júpiter e pediu a sumária eliminação de Asclépio, no que foi atendido. Júpiter utilizando raios forjados pelos ciclopes ataca Asclépio, indefeso diante da divindade maior, cujo domínio abrangia o céu e aterra. Asclépio morre e é recebido como um deus no Olimpo. Passa então a ser visto nas noites do hemisfério boreal, sob a forma de uma constelação denominada Ofiúcio ou Serpentário. Certa vez atravessou o Mediterrâneo no formato de um enorme ofídeo, ao ser invocado pelos habitantes da península itálica assolada por uma epidemia que vitimava grande número de pessoas. Lá chegando, o mal se dissipou, ficando a população agradecida pelo feito. Devido a essa forma de se revelar aos humanos são emblemáticas as representações do deus com volteios colubrinos, como uma serpente enlaçada em um bastão ou duas serpentes entrelaçadas nesse mesmo tipo de objeto. Asclépio é, além disso, representado por coroas de louro, uma cabra ou um cão. Há discordância porém, quanto a representação das duas serpentes no bastão. Segundo estudiosos da mitologia greco-romana, um erro de interpretação ocorrido na Idade Média, confundiu o símbolo de Asclépio com o Caduceu de Mercúrio, emblema da paz, da prosperidade e do comércio. O deus Mercúrio levava nas mãos um bastão com duas serpentes entrelaçadas - o caduceu - e com ele agilmente conduzia as almas nos infernos e fazia cessar os ventos. Ainda hoje, esta é a representação/símbolo da medicina em alguns países, inclusive na arma de saúde de suas corporações militares. Para os brasileiros a Fisioterapia está representada oficialmente por um raio com duas serpentes verdes entrelaçadas e incrustadas num camafeu de fundo branco, proporcionando um impacto visual de grande força, movimento contido e rara beleza. Nele as serpentes se confrontam e apesar disso permanecem estáticas diante do raio ciclópico, enigmático em sua dualidade, pois ao mesmo tempo é mortífero e potencialmente recuperador da ação do movimento humano, figurando como símbolo da eletrotermoterapia. (continua na próxima edição)

Dr. Geraldo Barbosa E-mail: geraldobarbosa43@yahoo.com.br Blog14-F http://geraldobarbosa43.blogspot.com

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ue Santo de casa não faz milagre todo mundo já sabe. Ainda mais de uns tempos pra cá com a abertura da “Temporada de caça” às especializações e cursos de pós, mestrados e doutorados. Pronto! Está montado o cenário e o espetáculo pronto pra começar!. Primeiro aparece vindo de um país qualquer o curso de “sei lá o que”, curso este claro certificado e patenteado, novíssimo no Brasil. Semanas depois um asiático cria o curso de “sei lá o que” sobre a bola, mas não antes de um americano divulgar o “sei la o que” na água e os europeus adaptarem o curso, criando o “sei lá o que” na neve. Nós brasucas, corremos atrás de todas as variantes para não - “ficar para trás” - e enchemos lhes as salas de aula e os bolsos, mas antes dos nossos bolsos ficarem vazios ainda dá pra apelar pra o jeitinho brasileiro - claro - criando “sei la o que” na praia e também ganhar algum. É neste cenário de intensa internacionalização e competição que está mergulhado o mercado da Fisioterapia brasileira, e a busca do DIFERENCIAL proporciona a glória e a ruína de muitos de nossos colegas. Mas como chegar a glória? Ou ainda melhor. Como sair da ruína? Respostas exatas são desconhecidas mas ambas passam pela melhor qualificação profissional. E na busca desta qualificação, uma boa possibilidade é um curso, ou pós no exterior. Porque no exterior? Simples. Pelo simples motivo que leva todos os anos uma leva de cariocas e paulistas para outros países. É melhor! É de fora!!!! AMERICANA OU EUROPÉIA então! É tudo! Pelo menos é o que a maioria pensa. Só cuidado para não levar um CHOQUE como eu! Que em pleno MESTRADO numa faculdade Européia fui “sacudido” quando dois professores de uma Universidade Paulista entraram na sala e me fizeram descobrir que eles eram os responsáveis pelas próximas duas cadeiras. - “Então se é pra ter aulas com dois brasucas pra que raios eu atravessei o oceano? - Pensei! - Se eles estão aqui é por que são bons! Pensei de novo em voz alta! Então por que não fiquei no Brasil se lá também tem gente boa! Responda me você prezado leitor! É bom por que vem de fora. Ou vem de fora por que é bom? Ou seria ainda o ideal valorizar a “prata da casa” e buscar um curso ou pós genuinamente brasileira? Assim não teríamos burocracias e aborrecimentos com autenticações, consulados, carimbos, traduções e as vezes, tudo isso, pra no final descobrirmos que nem sempre uma pós graduação ou curso fora do país é reconhecido no Brasil. E para responder estas e outras perguntas prezados(as) leitores (as), que a partir desta edição estaremos publicando uma série de crônicas com intuito de “iluminar” as idéias de quem quer, ou pensa em fazer alguma coisa fora do Brasil. Serão mostrados desde custos de vida a sistemas de educação em vários países, como conseguir uma bolsa de estudos, reconhecimento de cursos, mercado de trabalho e valorização profissional do Fisioterapeuta, qualificação exigida e domínio de línguas importantes, tudo isto entre muitos outros temas indispensáveis para quem quer enriquecer o currículo e a cabeça, conhecendo outra cultura. Prepare a sua mala e a cabeça, traga boa vontade, bom humor e algum dinheiro e embarque nesta…

Dr. André Luiz Relvas de Mendonça Fisioterapeuta e Mestrando em Motricidade Humana

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| Fisioterapia, dermatologia, ultra-som, fonoforese.

Uso do ultra-som associado à fonoforese com cafeína no tratamento da gordura localizada Por

|MELLO, Pâmela Billig ; LIMA, Leonardo P.; PICCININI, Aline M.; ROSA, Luís Henrique; ROSA, Patrícia Viana

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interesse em pesquisas na busca de alternativas para a aparência tem aumentado cada vez mais. Dentre os assuntos atualmente pesquisados os tratamentos para a beleza e a redução da gordura localizada, incluindo o uso do ultra-som terapêutico e a fonoforese merecem destaque1, 2. O ultra-som é uma modalidade terapêutica eficiente na redução de espasmos musculares e tendinosos, além de ser utilizado também para tratamento de dor e outras condições patológicas, pode ainda, através das ondas sonoras, penetrar substâncias químicas através da pele, o que é chamado de fonoforese3, e trata-se de uma eficiente alternativa de transporte de substâncias como drogas e outros compostos através de células e tecidos4. A técnica para fonoforese é a mesma da administração do ultrasom padrão3. Esta técnica vem ganhando confiabilidade no que diz respeito à aplicação clínica5. É provável que a efetividade da fonoforese não esteja relacionada unicamente com a freqüência, intensidade e duração do tratamento, mas também com a natureza molecular do fármaco6. Desta forma, uma das vantagens dessa modalidade terapêutica é a ação localizada da droga, com ausência de efeitos colaterais que poderiam decorrer de ações sistêmicas, caso não tivesse esse tipo de ação7. A droga a ser conduzida para dentro dos tecidos deve ser combinada em um gel ou creme apropriado, formando o meio de acoplamento. A freqüência vai ser determinada com base na profundidade do tecido alvo e as intensidades utilizadas variam entre 1 e 1,5 w/cm². A duração recomendada é de 1 minuto de aplicação para cada 10 cm² de superfície a ser tratada, sendo empregada a modalidade. contínua do ultra-som, porém o modo pulsado também se mostra efetivo8. Um dos fármacos utilizados na fonoforese é a cafeína. A cafeína, quando administrada de forma oral, exerce um papel importante no sistema de neurotransmissão/neuromodulação do sistema nervoso central, inibindo a ação da adenosina e, aumentando a liberação de neurotransmissores e a

excitabilidade neuronal9, 10. Já no seu uso tópico, a cafeína age como lipolítico porque inibe a enzima fosfodiesterase e bloqueia os receptores antagonistas de adenosina, o que influencia a atividade dos adipócitos e fibroblastos11. Ela antagoniza farmacologicamente os receptores de adenosina, sendo o receptor de adenosina A1 o responsável por inibir a lipólise da cafeína e seus metabólitos, teofilina e teobromina12. A cafeína é uma xantina que aumenta o metabolismo energético celular, promove a inibição da fosfodiesterase, que degrada o AMPc, resultando em uma potencialização do efeito de agonistas lipolíticos13. Tem sido relatado também um papel inibidor do receptor de adenosina, inibindo então seu efeito anti-lipolítico e, como conseqüência, leva a facilitação da lipólise12. Outro

da gordura localizada em flancos através ultra-som associado à fonoforese com gel composto de cafeína. Este estudo contribui para o desenvolvimento da pesquisa científica em Fisioterapia na busca de subsídios teórico-científicos para a realização de tratamentos da gordura localizada na área de Dermato-Funcional. Sabe-se que os profissionais são atuantes nesta área, mas ainda há poucas pesquisas que analisem estes processos e comprovem ou mostrem sua real eficiência. METODOLOGIA Caracterização do Estudo Este estudo caracterizou-se por ser classificado como experimental do tipo ensaio clínico não randomizado e não controlado.

“As vantagens de introduzir fármacos no corpo pela fonoforese, e não de forma injetável (mesoterapia) são:”

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modo de atuação da cafeína é através da facilitação da ação das catecolaminas, como adrenalina e epinefrina, substâncias que são liberadas por nosso organismo e que também tem uma ação lipolítica por outras vias (estímulo da enzima adenilciclase). Para evitar os efeitos indesejáveis da cafeína, estudos propõem a aplicação tópica de cafeína a 5%12. As vantagens de introduzir fármacos no corpo pela fonoforese, e não de forma injetável (mesoterapia) são: a substância a ser introduzida é espalhada sobre uma área maior e essa técnica não é invasiva; a medicação penetra na pele, e dessa maneira, não passa pelo fígado, diminuindo a eliminação metabólica das substâncias. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do tratamento

Local do Estudo Esta pesquisa foi realizada no município de Erechim/RS, nas dependências da Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões/URI-Campus de Erechim.

População e Amostra A população-alvo deste estudo foi constituída por voluntárias do gênero feminino, com idades entre 18 e 30 anos. A amostra do estudo constituiu de 10 sujeitos selecionados de forma não aleatória. Critérios de Inclusão e Exclusão Adotou-se como critério de inclusão que as voluntárias apresentassem um IMC (Índice de Massa Corpórea) com valores entre 20 a 25 kg/m², estando dentro do peso considerado normal, sem presença de sobrepeso14. Foram excluídas do estudo voluntárias que não se enquadraram no IMC normal, e as que possuíam idade inferior a 18 ou superior a 30 anos, além de pacientes que possuíssem marca passo cardíaco ou fizessem uso de outros equipamentos que impedissem o uso do ultra-som. Técnicas e Instrumentos de Avaliação Para realização da avaliação pré e pós-tratamento utilizaram-se as seguintes técnicas e instrumentos de avaliação: • Perimetria: foi avaliada a medida da circunferência abdominal com


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a utilização de uma fita métrica, tendo como referência anatômica a cicatriz umbilical15. Foi verificada a circunferência abdominal em 3 regiões: ao nível da cicatriz umbilical, 5 cm acima da cicatriz umbilical (região supra-umbilical) e 5 cm abaixo da cicatriz umbilical (região infraumbilical)16. Esta medida foi repetida duas vezes a fim de confirmar o resultado final. Em caso de inconcordância uma terceira medida foi realizada. • Ultra-Sonografia Diagnóstica: consiste em uma técnica de obtenção de imagens que utiliza ondas sonoras de alta freqüência para produzir imagens de órgãos e estruturas do corpo, entre elas a camada hipodérmica. Essas imagens são produzidas pelo registro das reflexões (ecos) das ondas ultra-sônicas dirigidas para o interior do corpo17. A técnica da ultra-sonografia vinha sendo empregada com grande freqüência na avaliação da quantidade de gordura em animais domésticos. Porém, após algumas modificações na metodologia original e seus procedimentos passaram a ser utilizados também com grande sucesso em seres humanos. O fato de as ondas sonoras percorrerem um tecido homogêneo e alcançarem uma região de contato com outro tecido de densidade diferente, permite determinar a espessura, limites e densidade dos dois principais tecidos do corpo humano, a gordura e músculos. Assim, a técnica da ultra-sonografia tem como vantagem a determinação da quantidade de gordura e de massa magra em diferentes regiões do corpo separadamente18, 19, 20. É considerada uma avaliação segura, com resultados confiáveis, mesmo quando a mensuração é repetida em posições diferentes, sentada ou ereta 19, 20. Através da ultra-sonografia foi analisada e mensurada a camada hipodérmica situada na região de flancos do abdômen. O exame de ultra-sonografia diagnóstica foi realizado na Clínica de Radiologia Kozma, na cidade de Erechim, por médico radiologista especializado, utilizando o aparelho de Ultra-Som GE, modelo VOLUSON 730 – EXPERT, tridimensinal, com sonda SP 4 – 10MHz. A região da mensuração foi estabelecida com uma área de 5 cm2, situada na região de flancos do abdômen. Esta mensuração foi realizada ao lado direito e esquerdo acima da cicatriz umbilical e ao lado direito e esquerdo abaixo da cicatriz umbilical. Em todas as medidas o trasnsdutor foi colocado perpendicular ao plano de avaliação. Foram realizadas três avaliações, sendo considerado o valor intermediário como referência. Procedimentos Inicialmente foi realizado um contato 24 • NovaFisio.com.br

com as voluntárias com idades entre 18 e 30 anos interessadas em participar deste estudo. As voluntárias assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, no qual constava o objetivo do estudo, e a ausência de riscos à saúde das mesmas, além de esclarecer que elas poderiam desisitir de participar do estudo a qualquer momento sem risco algum. A perimetria foi realizada antes da primeira, e após a vigésima quarta sessão de tratamento. As regiões a serem mensuradas foram a supra-umbilical, umbilical e infra-umbilical. No mesmo dia a paciente foi submetida à avaliação através de Ultra-sonografia Diagnóstica. Após a décima segunda semana de tratamento a paciente foi novamente submetida a essa avaliação. O tratamento foi realizado utilizando o aparelho de ultra-som Sonopulse III, da fabricante IBRAMED, no modo contínuo21 (mais efetivo para o transporte de drogas que o modo pulsado), com uma frequência de 3 MHz e intensidade de 1,0 w/cm², a duração da fonoforese foi de 3 minutos em uma área de aproximadamente 10 cm², em ambos os lados, levando-se em conta o tamanho do cabeçote, que possui 4 cm de diâmetro, e a ERA (área de radiação efetiva; 3,5 cm²), a área a ser tratada deve ser de duas a três vezes maior que a área do cabeçote22. O transdutor foi mantido perpendicular à área de aplicação. Essa técnica foi indolor, não havendo quaisquer riscos à paciente. Foi utilizado gel a base de cafeína (5% da composição do gel), uma vez que o gel tem uma condutibilidade elevada23. De nada adianta pensar nos parâmetros físicos do ultra-som terapêutico se o agente de acoplamento não for bem selecionado24. O gel à base de cafeína foi manipulado na farmácia da Clínica Escola (URICEPP) e aplicado sobre a pele da voluntária acoplado ao ultra-som, sendo realizados movimentos circulares em uma área de tratamento de 10 cm². A formulação do gel foi: concentração do polímero hidrofílico Carbopol 940® 1%, além de propilenoglicol (10%), álcool etílico (25%), cafeína (5%), fenoxietanol e parabenos (0,2%), tampão acetato de sódio 0,1M pH 7,1 q.s.p. 60g e trietanolamina q.s.p. pH 7,0. As sessões foram realizadas duas vezes por

semana, com duração de 15 minutos cada sessão, onde 6 minutos correspondeu a aplicação efetiva da técnica e o restante do tempo serviu para o preparo da voluntária. Esse procedimento foi repetido durante um período de 12 semanas. Um dia após a última sessão as voluntárias foram reavaliadas. Considerando que todas as voluntárias referiram ter um ciclo menstrual regular e que o tratamento teve uma duração de 12 semanas, as voluntárias encontravam-se no mesmo período do ciclo menstrual no momento da avaliação e da reavaliação, porém o período do ciclo menstrual no qual se encontravam não foi controlado. Análise Estatística Os dados coletados foram analisados com a utilização da estatística descritiva através do uso do programa Microsoft Office Excel® 2003. As variáveis quantitativas foram descritas em função de sua média e desvio padrão. As diferenças eventuais entre médias das variáveis quantitativas dos sujeitos agrupados segundo as diferentes categorias foram estimadas através do Teste t de Student para grupos dependentes, com um intervalo de confiança de 95%. Aspectos Éticos Para a efetivação da presente pesquisa o projeto de pesquisa foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e Missões, aprovado sob o parecer consubstanciado 147/TCH/07. Para realização da coleta de dados foi solicitada autorização dos participantes do estudo, por meio do Termo de Consentimento livre e Esclarecido, conforme resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, o qual trata das Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. A coleta dos dados ocorreu somente após a autorização, a concordância e a assinatura do termo de consentimento pelos participantes. RESULTADOS Características da Amostra As variáveis peso, altura, IMC e idade apresentam uma distribuição normal. A


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classificação do IMC dos avaliados, está dentro da faixa de normalidade, que varia de 20 a 25 kg/m² 14 (Tabela 1). Tabela 1. Características da amostras. Descrição da média, desvio padrão, valor mínimo e máximo do peso, altura, Índice da Massa Corporal e idade da amostra. Na comparação entre as médias dos valores da perimetria supra-umbilical, umbilical e infra-umbilical, mensurados no pré e póstratamento, com a utilização do teste t Student não foi identificada diferença estatisticamente significativa muito embora tenha sido observada diminuição nos valores brutos de perimetria (Tabela 2).

Tabela 2. Comparação das medidas perimétricas e espessura da camada de gordura pré e pós-tratamento. Entretanto na comparação das médias do exame de ultra-sonografia diagnóstica do pré e pós-tratamento, foi identificada uma diferença estatisticamente significativa (p<0,01), o que indica ter ocorrido uma diminuição da camada de tecido adiposo na região tratada. Esta diminuição pode ser observada nas imagens de uma paciente obtidas através da ultrasonografia diagnóstica (Figura 1). Imagens de Ultra-sonografias Diagnóstica (USD). Em cada linha a imagem USD da mesma região e paciente. À esquerda antes e à direita após o tratamento (TTO) com US terapêutico associado à fonoforese com cafeína. DISCUSSÃO Apesar de não observarmos diferenças nas medidas perimétricas antes e depois do tratamento, observamos uma diferença significativa nas medidas de espessura da camada de gordura verificada através da ultra-sonografia diagnóstica. Isto demonstrou a efetividade do uso da fonoforese com cafeína no tratamento da gordura localizada. Alguns estudos afirmam que teoricamente o uso do ultra-som nos tratamentos clínicos e estéticos está vinculado aos seus efeitos mecânicos, que ocasionam oscilação das células em alta velocidade, 26 • NovaFisio.com.br

levando à diminuição do potencial da membrana celular, aumentando a permeabilidade, induzindo o aumento da atividade metabólica13. No tratamento da lipodistrofia ginecóide esses efeitos ocorrem nos adipócitos, aumentando a atividade metabólica celular, favorecendo a liberação de ácidos graxos (AGL), colesterol total (CT) e outros lipídios da membrana celular e de seu interior. Além desses efeitos, o ultra-som também promove a quebra das ligações intercelulares, ocorrendo aumento da permeabilidade entre as células, o que não só favorece as variações transitórias dos níveis de lipídios intersticiais e plasmáticos, como induz o aumento da permeabilidade à glicose, facilitando a drenagem dos lipídios pelo sistema linfático, melhorando a redistribuição de gordura corporal. A redução da camada adiposa observada na ultrasonografia realizada após o tratamento, analisando o efeito da cafeína, pode ser atribuída ao fato da mesma agir como lipolítico porque inibe a enzima fosfodiesterase e bloqueia os receptores antagonistas de adenosina, o que influencia a atividade dos adipócitos e fibroblastos11. Outro modo pela qual a cafeína pode estar atuando na redução da camada adiposa é através da facilitação da ação das catecolaminas (adrenalina e epinefrina são duas delas), substâncias que são liberadas por nosso organismo e que também tem uma ação lipolítica por outras vias (estímulo da enzima adenil-ciclase)13. Em estudo similar associando fonoforese e cafeína na camada adiposa de suínos, concluiu que o ultra-som acentua e acelera significativamente a permeação da cafeína através da pele, permitindo então a realização da fonoforese com este fármaco no tratamento de lipodistrofias12. Embora os mecanismos envolvidos na fonoforese não sejam ainda bem claros, o fato é que o ultra-som terapêutico, através de suas propriedades térmicas e/ou mecânicas favorece e acelera a permeação cutânea de substâncias, neste caso da cafeína, otimizando seus efeitos lipolíticos25.

CONCLUSÃO Ao final do estudo podemos chegar às seguintes conclusões: Na comparação entre as médias pré e pós-teste da perimetria não se observou diferença estatisticamente significativa nas regiões supra-umbilical, umbilical e infra-umbilical. Na comparação entre as médias pré e póstratamento da mensuração da camada de gordura da região tratada através da ultra-sonografia diagnóstica se observou diferença estatisticamente significativa. Estes resultados indicam uma possível redução da gordura na região tratada com a utilização da fonoforese associada à cafeína. Outros estudos devem ser realizados para um melhor entendimento sobre este processo e para ampliação do conhecimento científico sobre o tema, uma vez que o número de publicações indexadas dentro deste é bastante reduzido, o que limita a discussão sobe esta temática. REFERÊNCIAS As referências bibliográficas deste artigo estão disponíveis em nosso site. www.novafisio.com.br



| Esclerose múltipla, leucemia, fisioterapia, tratamento. Esclerose múltipla e leucemia Por|Sarah Souza Pontes Prazeres... ............. Artigo

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m um cenário que supervalorizam o estado de saúde e doença de forma isolada, se faz necessário analisar a relação humana e social de cada paciente e profissional de saúde, foi a partir disto que notou-se a necessidade de abordar um caso raro, segundo muitos relatos o quarto no Brasil, mas sob uma perspectiva humanística. A Esclerose Múltipla (EM) é uma patologia dentre as de causa neurológica considerada uma das mais comuns em adultos jovens, esta cursa de maneira crônica e progressiva tem sua manifestação variada de acordo com os surtos que vão comprometendo e acarreta o aparecimento dos diversos sinais e sintomas neurológicos, repercutem na função e muitas vezes favorecem a dependência funcional. 1,2,3 Existem vários sinais e sintomas, mas estes são relacionados principalmente a localização das lesões durante os surtos. A natureza etiológica da EM é desconhecida até o presente momento, porém há questionamentos decorrentes de fatores relacionados a resposta imunológica, interação ambiental e processos infecciosos. 1, 4 A Escala de Determinação de Qualidade de Vida na Esclerose Múltipla (DEFU), é uma escala validada e destinada a esclerose múltipla, esta tem como aspectos avaliados a mobilidade, sintomas, estado emocional, satisfação pessoal, pensamento e fadiga, interação social e familiar, as respostas variam de 0 a 4 o que quantifica as sensações correspondentes a nunca, um pouco, as vezes, muitas vezes e sempre. “As leucemias são doenças malignas dos glóbulos brancos (leucócitos), cuja origem, na maioria das vezes, não é conhecida. Sua principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que prejudicam ou impedem a produção das células sanguíneas normais, e depois de instalada a doença progride rapidamente (INCA, 2004a)”. O ESTUDO DE CASO Paciente sexo feminino 46 anos com Esclerose Múltipla e Leucemia co diagnóstico fechado há 6 anos. Foi aplicado um questionário e a escala de qualidade de vida. O questionário consistia em alguns itens em relação ao acompanhamento da equipe de saúde e a patologia, foi interrogado: como você descreveria o momento que iniciou os sintomas da Esclerose Múltipla e quando? Acho que essa resposta é impossível para

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os portadores porque os sintomas ou surtos leves eram de desconhecimento não apenas dos pacientes, mas também dos médicos. A maioria, só descobriu depois de alguns anos “batendo a cabeça” por vários médicos. Eu, por exemplo, foram 4 anos passando por médicos e muitas ressonâncias. Em 2004, foi diagnosticado a leucemia devido as taxas alteradas a leucocitose estava a 130.000 (média aceitável de 5.000 a 10.000). No momento faço uso de Glivec (comprimido de quimioterapia para LMC Leucemia Mielóide Crônica), Metotrexato (comprimido de quimioterapia para o LMC e também para E.M.). No momento os sinais e sintomas que mais me incomodam são: a falta de equilíbrio falta de forças nos membros superiores e inferiores, insônia e cansaço. Faço Fisioterapia desde 2004 e esta me ajuda a ter disposição para estar sempre desafiando os limites que a E.M proporciona ultimamente, as perspectivas individuais são muitas, mas a primeira é executar meus movimentos sem a necessidade de ter alguém ajudando. O que sinto mais falta é minha liberdade. Foi aplicado a DEFU escala validada de qualidade de vida em EM e o escore total foi de 99, sendo os subitens mobilidade escore 18, sintomas escore 6, estado emocional escore 10, satisfação pessoal 17, pensamento e fadiga escore 14, situação social e familiar escore 17 e anexo escore 17. Nota-se que os menores escores estão atribuídos a questões como náuseas, dores e fraqueza que são subitens atribuídos aos sintomas e tristeza, crença na fé, depressão e enfrentamento da doença que corresponde ao item estado emocional. Segundo VASCONCELOS, LIMA, HAASE (2008) a média da DEFU em um estudo realizado com pessoas com Esclerose Múltipla foi de 100,50. O resultado da ressonância magnética se demonstrou nas seqüência ponderadas em T1 e T2, nos planos sagital e axial, após administração endovenosa do contraste foram obtidas imagens na seqüência ponderada em T1 nos três planos ortogonais como achados: corpos vertebrais dorsais com alinhamento posterior mantido e altura preservada, observando-se pequenas imagens com hipersinal em correspondência com os corpos de T11 e T10 podendo traduzir hemangiomas. Observam-se múltiplas áreas com hipersinal em correspondência com a medula dorsal, mal definidas, notadamente nos segmentos médio e

superior, onde vê-se, também, redução de espessura do cordão medular. Após a infusão venosa do contraste paramagnético não observam zonas de realce patológico. Controle de lesões desmielinizante em correspondência com a medula dorsal não se evidenciando, nesse exame áreas de quebra de barreira hematoencefálica. Enquanto o quadro motor a paciente realiza atividades de membro superior contra a gravidade em membros superiores, porém com fadiga a médio esforço, motricidade fina comprometida e instabilidade significativa em tronco devido a redução de força muscular principalmente em tronco inferior, realiza marcha com muita compensação com apoio. Paciente cursa com melhora da fadiga, da força muscular de membro superior e melhora no desempenho da marcha, mas quando há relato de frio e/ou estresse o desempenho cai significativamente, o que acontece freqüentemente. CONCLUSÃO O presente estudo de caso demonstra a importância de não apenas se deter ao ato técnico e formado apenas na melhora motora, pode-se perceber que os aspectos que mais interfere na funcionalidade desta paciente é o quadro emocional e os sintomas apresentados o que requer do profissional capacidade de não ser restrito e ver o paciente como um todo, desta forma é que precisamos de uma formação mais humanística. Sabemos que a fisioterapia enquanto ciência do movimento tem contribuído significativamente para a qualidade de vida das pessoas, não se pode mais ver apenas a doença como causa isolada. REFERÊNCIAS As referências bibliográficas deste artigo estão disponíveis em nosso site. www.novafisio.com.br


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| Costela, espirometria, manipulação.

Espirometria na manipulação de costela Por|José Alexandre Caramez Berteges; José Roberto Prado Junior; MSc. Henrique M. C. Baumgarth LISTA DE SIGLAS NRPS - Nurse Reported Pain Score DD - Decúbito Dorsal AVD´S - Atividades de Vida Diárias OM - Manipulação Osteopática TM - Tratamento Manipulativo FEmax. - Fluxo Expiratório Máximo Partic. - Participante(s) INTRODUÇÃO

A

s costelas são fitas ósseas arqueadas, distribuídas em 12 para cada hemitórax. São ossos estreitos, aplainados, elásticos e que fazem parte da caixa torácica. São classificados em três tipos: as verdadeiras, as falsas e as flutuantes. Cada costela possui uma parte posterior ou extremidade vertebral e uma parte anterior ou extremidade esternal. A mobilidade das costelas contribui para a biomecânica da respiração1. A biomecânica da caixa torácica, na respiração, realiza dois movimentos: o de “Alça de balde” e o de “alavanca de bomba”. O Movimento em “alça de balde” funciona como “dobradiça”, onde durante a inspiração a costela sobe e realiza uma inversão e na expiração ela promove o contrário, a costela desce e realiza uma eversão. Estes movimentos são permitidos pela deformação da costela e da cartilagem costal, e pelo deslizamento das facetas articulares. Os movimentos em “alavanca de bomba” ou “braço de bomba” ocorrem em um eixo quase frontal. Durante a inspiração se movimenta para cima e para trás e, na expiração, o contrário, ela desce e se anterioriza2. As 1a e 2a costelas funcionam unicamente como “braço de bomba”; as 3a, 4a, 5a e 6a costelas possuem dupla função, a de “alça de balde” e de “braço de bomba”; e as 7a, 8a, 9a e 10a costelas funcionam somente como “alça de balde”. As costelas são anatomicamente ligadas às vértebras torácicas pela articulação costotransversal e pela cabeça da costela, com isso todo movimento de tronco repercutirá sobre as costelas. Durante o movimento de flexão de tronco a costela recua no sentido ântero-posterior e durante a extensão elas avançam no sentido póstero-anterior. Na rotação de tronco, onde ocorre à maioria das lesões costais, a costela recua do lado da rotação mobilizada devido ao processo transverso que se posterioriza. Do lado oposto a

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costela avança impulsionada pelo processo transverso que se anterioriza2. A dor costal, característica da lesão em costela, é atribuída à distensão ligamentar, ocasionada pela protrusão do disco intervertebral na articulação da cabeça da costela. Esta lesão se inicia após um trauma (direto ou indireto) ou um esforço (como ao levantar da cama ou no ato de dirigir) no qual gera uma disfunção dos ligamentos da costela a nível da articulação costoesternal ou costovertebral ou costocondral2,3. Nas lesões de inspiração a costela sobe, porém não desce, com isso ela fica desalinhada em relação à costela do lado contralateral. Durante a inspiração essa defasagem desaparece e os sintomas diminuem ou cessam, e durante a expiração a costela fica mais aparente e os sintomas se exacerbam. Nas lesões expiratórias acontece o inverso, ou seja, a costela não sobe durante a inspiração, mas desce durante a expiração. O desajuste só aparece durante a inspiração quando os sintomas ficam mais fortes, já na expiração nenhum sintoma é notado4,5,6. As disfunções das costelas como rigidez e microluxação podem causar dor e limitação de movimentos, prejudicando as AVD’s, podendo provocar também dor irradiada e sendo confundida com outras patologias. Quando a manipulação costal é indicada, promove uma melhora da biomecânica, concomitantemente com a melhora da expansão da caixa torácica. A força a ser empregada na aplicação da manobra deve ser ajustada conforme a fisiologia de cada paciente7,8,9,10,11,12,13,14. De acordo com Beffa e Mathews (2004), ao realizar o TM, sons poderão ser auscultados ou não durante a manipulação (thrust), sendo totalmente fisiológico. O presente estudo teve como objetivo verificar o efeito da manipulação de costela(s) microluxada(s) na função pulmonar e na expansibilidade torácica, sendo utilizado como método de avaliação: a palpação costal16; a espirometria, que permite medir o FEmáx., antes e após o TM17; e a mensuração da dor através do NRPS – modificado (Nurse Reported Pain Score). Utilizou-se como forma de tratamento técnicas fisioterapêuticas baseadas na osteopatia e quiropraxia1618,19,20,21. METODOLOGIA CARACTERÍSTICAS DO ESTUDO Este trabalho foi uma pesquisa de campo,

um ensaio clínico, de caráter quantitativo, com delineamento longitudinal, não controlado, experimental e contemporâneo, tendo como análise de dados a forma descritiva, sendo a amostra de ambos os gêneros, com idade entre 20 a 37 anos, onde foi utilizada a espirometria como forma de medição, quantitativamente, do fluxo expiratório máximo anteriormente e posteriormente a manipulação de costela. Esta pesquisa foi realizada no consultório de fisioterapia do autor, Dr. José Alexandre Caramez Berteges, localizada na Rua Capitão Francisco Cabral, 137 – sala 5 - Centro Comercial de Mendes, Centro – Mendes/RJ – CEP: 26700-000; onde teve seu início após a aprovação do Comitê de Ética da INSPIRAR – Centro de Estudos Pesquisa e Extensão em saúde – CESUMAR – Centro Universitário de Maringá. CARACTERIZAÇÕES DA AMOSTRA A seleção da amostra foi feita através de participantes voluntários que seguiram critérios de inclusão e exclusão. A pesquisa atingiu um N de 24 participantes (14 homens e 10 mulheres), dentre os quais 3 participantes (2 mulheres e 1 homem) foram excluídos, perfazendo um total de 21 voluntários incluídos a pesquisa. Nesta pesquisa não houve participação de grupo controle ou placebo. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO A pesquisa obteve como critério de inclusão pessoas de ambos os gêneros, com idade mínima de 18 anos e máxima de 45 anos que relataram queixa de dor costal ao movimento ou parado ou ao respirar e que apresentassem costela(s) microluxada(s) a palpação. Foram excluídos da pesquisa todos que apresentavam gripe ou que relataram outra doença pulmonar nos últimos 7 dias, quem tivesse trabalhado em ambientes com alta concentração de pó por um ano ou mais, todos que usam ou usaram a menos de 10 anos cigarro ou aqueles que tivessem contato com fumantes em lugares fechados ou pouco ventilados por um longo período de tempo, que apresenta-se qualquer pneumopatia, portadores de qualquer comprometimento neuromusculoesquelético que impossibilita-se a utilização da técnica, presença de qualquer tipo de câncer que impossibilita-se a aplicação da técnica, presença de angina recente e hipertensão arterial sistêmica não controlada.


MATERIAIS E EQUIPAMENTOS O trabalho teve como instrumento de mensuração o espirômetro da marca PROPPER (Figura 01) contendo marcação mínima de 1000ml e máxima de 7000ml Figura 01 – Espirômetro.

6 segundos, não podendo ser interrompido por tosse ou bloqueio da língua no bocal do aparelho, ou ainda expirar de forma inconstante durante o procedimento. O procedimento foi realizado duas vezes antes da manobra manipulativa e duas vezes após a manobra manipulativa, tendo um intervalo entre 5 a 10 minutos entre as avaliações22,23,24. Figura 02 – Preparação e mensuração.

CONSIDERAÇÕES ÉTICAS Os dados referentes aos participantes são confidenciais e é assegurado o sigilo, pelo autor, de sua participação durante todas as fases da pesquisa, inclusive após sua publicação. Os dados não serão divulgados, a fim de que impossibilite a identificação dos mesmos, pois todas as informações coletadas (antes, durante e/ ou após a pesquisa) são de uso exclusivo do pesquisador e sendo utilizado apenas para fins de análise. A todas as fotos tiradas foram adicionados tarjas pretas recobrindo o rosto do participante, impossibilitando o seu reconhecimento, a partir de sua autorização. Sendo que o seu consentimento poderá ser retirado a qualquer momento e o profissional (o autor) se compromete a excluir a(s) imagem(s) imediatamente após a revogação do consentimento. PREPARAÇÃO E MENSURAÇÃO Os valores dos fluxos expiratórios foram definidos através da média dos valores, verificando se houve diferença entre ambos. Para efetuar as medições dos picos expiratórios, foi assegurado e certificado, de que o leitor do espirômetro estivesse zerado, o paciente acomodado na posição sentado com a cabeça na posição neutra, sem flexão de pescoço. Não se fez necessário o uso do clipe nasal devido à coordenação motora dos participantes, logo foi instruído que inspirasse o mais fundo possível (puxando o ar pela boca), segurando o ar por até 3 segundos, colocouse o espirômetro (medidor do FEmáx.) na boca cerrando os lábios em torno do bocal do aparelho, foi pedido então, para que o participante expirasse de forma longa e contínua por um tempo igual ou maior que NovaFisio.com.br • 31


Artigo

| Costela, espirometria, manipulação.

RESULTADOS Dos 24 voluntários avaliados, foram incluídos a pesquisa 21 voluntários (13 homens e 8 mulheres) e 3 foram excluídos da amostra, devido aos critérios de exclusão, destes: uma mulher relatou queixa de dor costal, diagnosticada como causa um desajuste vertebral; uma mulher estava acima da idade máxima estipulada; e um homem relatou ser fumante de longa data. A variação de idade da amostra da pesquisa ficou entre 20 e 37 anos de idade, tendo-se uma média de 25 anos (aproximadamente) e a princípio, pode-se constatar o maior número de amostras entre 20 e 25 anos (>50%). O gráfico 01 demonstra a distribuição da amostra quanto ao gênero. Pode-se notar que o número de indivíduos do sexo masculino é maior que o do sexo feminino, correspondente a 58,82% masculino e 41,18% feminino (Figura 02). O Gráfico 02 demonstra a relação do tempo de dor sintomática das costelas, onde se constatou que 57,14% da amostra possuíam dor durante as suas AVD’s, enquanto 42,86% da amostra não possuíam dor (apenas um desconforto em suas AVD’s), apresentando dor somente após teste provocativo, já que o desajuste costal estava presente (Figura 02). No gráfico 03 podemos analisar o tempo de dor dos 57,14% da amostra, ou 12 participantes, que possuíam dor em suas AVD’s. Vale ressaltar que o grupo de 42,86% possuía o desajuste, mas estava assintomático. Pode-se notar que 50% dos sintomáticos apresentavam dor em um período de 1 a 4 semanas; 33,34% possuíam a dor de 1 a 6 meses; e apenas 16,66% possuíam dor por mais de 6 meses (Figura 02). No gráfico 04 se descreve as diferentes intensidades de dor a palpação antes da manipulação costal. Os dados foram coletados utilizando a escala de dor NRPS - modificado (Nurse Reported Pain Score), onde se avaliou a intensidade da dor, seu local e o tipo de dor (pontada, irradiada, agulhada, etc.). Sua escala varia de 0 (sem dor) a 10 (extremamente intenso). Tivemos como resultado que 28,5% relataram dor de intensidade 4; 43% relataram intensidade 5; 9,5% relataram intensidade 6; 14,2% relataram intensidade 7; e 4,8% relataram intensidade 9 (Figura 02). O gráfico 05 demonstra a relação dos pacientes que realizaram tratamento fisioterapêutico. Observa-se que dos 21 participantes, apenas 6 ou 28,6% da amostra, realizaram algum tipo de tratamento fisioterapêutico, e quando questionados sobre qual tipo de tratamento receberam foi constatado eletroterapia e 32 • NovaFisio.com.br

cinesioterapia. No Gráfico 06 observa-se a porcentagem da melhora do FEmáx. dentre a amostra dos 21 participantes. Concluiu-se que os 76,2% da amostra obtiveram melhora significante no FEmáx.; 19,04% não obtiveram nenhuma melhora e 4,76% obtiveram uma pequena melhora (<50ml) no FEmáx.. Gráfico 01 – Distribuição da amostra quanto ao gênero.

Gráfico 05 – Relação de participantes que realizaram tratamentos anteriores.

Gráfico 06 – Distribuição da melhora do FEmáx. dentre a amostra dos 21 participantes.

Gráfico 02 – Relação do tempo de dor sintomática das costelas. Gráfico 07 – Gráfico representativo da porcentagem do aumento do FEmáx. nos participantes que obtiveram melhora.

Gráfico 03 – Variação do tempo de dor da amostra. Gráfico 08 – Melhora do dor após manipulação costal medido através da escala NRPS - modificado.

Gráfico 04 – Descrição das diferentes intensidades de dor, de acordo com a escala NRPS- Modificado.

Fonte: Autor O Gráfico 08 demonstra a melhora (em porcentagem) da queixa álgica após a manipulação costal, medido através do NRPS – modificado. O nível de melhora da dor foi de 100% em 6 participantes; 90% em 7 participantes; 80% em 5 participantes; e 70% em 3 participantes. DISCUSSÃO Este trabalho foi desenvolvido com base na verificação dos efeitos que a correção do desajuste costal, através do tratamento manipulativo, exerce no fluxo expiratório máximo e na biomecânica torácica,

paralelamente foram coletados os níveis de dor antes e após o tratamento. O questionamento central baseou-se na possibilidade de uma alteração do FEmáx. devido à limitação da caixa torácica causada por uma microluxação(s) ou desajuste(s) de costela(s). Aespirometria foi utilizada para mensuração do FEmáx., pois esse método é considerado por alguns autores como sendo o melhor parâmetro para este tipo de avaliação, de maneira que auxilia no estudo dos volumes corrente, o volume de reserva inspiratório e de reserva expiratório6,24. Para avaliação do FEmáx. foram realizadas seis mensurações, três antes e três após o tratamento manipulativo. Durante as


aferições foi constatado que houve uma variação irregular nos valores dos FEmáx. antes da realização da manipulação, porém após a correção do desajuste houve um aumento no FEmáx. e os valores se tornaram constantes. A amostra total foi composta por 21 voluntários, na qual 3 não obtiveram melhora no fluxo expiratório máximo e apenas 1 obteve uma melhora muito pequena. Nesta amostra observou-se que o local, o tipo de dor e a posição do desajuste de costela(s) foram muito variados, não seguindo nenhum padrão, sendo também relevante afirmar que as microluxações encontradas não foram iguais. Ao longo da pesquisa foi constatado um aumento significativo no fluxo expiratório máximo e uma melhora expressiva da dor referida, condizendo com o trabalho de Costa e Silva (2008), onde foi feito o mesmo tipo de trabalho, mas com a utilização o peak flow meter para mensuração da FEmáx.. A utilização da OM, em pacientes idosos hospitalizados com pneumopatia, obteve uma redução do tempo de administração de antibiótico e do tempo de permanência no hospital11. Reforçando a importância e o benefício na melhora da função pulmonar através da manipulação utilizada na recuperação de determinados pacientes. Em um estudo com crianças asmáticas, utilizando técnicas de manipulação osteopática (OM), constatou que podem ser usadas para aumentar à capacidade vital e a mobilidade da caixa torácica, melhorando a função diafragmática e maximinizando a eficácia do ciclo respiratório25. Bockenhauer, Julliard, Lo, Hunag e Sheth (2002), realizaram uma pesquisa para determinar se a técnica de OM obtém melhora no fluxo expiratório máximo em pacientes com asma crônica. Embora relatem à necessidade de um estudo mais profundo e com uma amostra maior, obtiveram uma resposta positiva na sua pesquisa, sustentando a sua hipótese. Durante a realização da pesquisa foi notado que alguns pacientes encontravam -se com dor irradiada para abdome, alguns para ombro e outros para cervical, onde os mesmos a confundiam com outros problemas, e ao se realizar o tratamento manipulativo e corrigido o desajuste constatou-se o desaparecimento da dor. Alguns autores, relatam que em um desajuste de costelas superiores pode desencadear uma dor característica de angina e a correção do mesmo promoveu um alivio imediato e total da dor referida27. Santos, Tejón, Llaneza e Castaño (2007), relatam à necessidade de se explorar as costelas em casos de dor abdominal em crianças, pois uma costela em desajuste

pode causar do abdominal irradiada. Confirmando a hipótese de que uma microluxação de costela pode acarretar em um tipo de dor irradiada. O tratamento do desajuste costal se mostrou eficiente quanto ao aumento do FEmáx., na diminuição ou abolição da queixa álgica e o aumento da expansibilidade torácica pela liberação da(s) costela(s). Com base em estudos realizados em adultos e crianças com pneumopatia já havia sido constatado que promoviam uma melhora na FEmáx. e uma melhora na qualidade de vida. Comparativamente, esta pesquisa foi realizada com pacientes que não possuíam qualquer pneumopatia, apenas queixas álgica costal. Estudos como este e de Costa e Silva (2008), devem ser mais estudados já que é notório a sua eficácia. Contudo, são poucos os trabalhos científicos publicados com essa temática, tendo elaborações com abordagens restritas a pacientes pneumopatas. Existe uma deficiência nas publicações no que se refere ao estudo do fluxo expiratório máximo e suas variações em pacientes com desajustes ortopédicos. CONCLUSÃO Com base na analise dos dados colhidos, pode-se concluir que a manobra de manipulação costal recupera de forma significante o fluxo expiratório máximo, através do reajuste da biomecânica torácica, promovendo uma diminuição instantânea da dor costal, abolindo ou reduzindo de forma expressiva a dor28. Mesmo este tipo de manobra sendo eficaz, com resultados rápidos e satisfatórios, deve-se levar em consideração a manutenção deste tipo de procedimento. A manipulação promove o ajuste mecânico da costela, porém mudanças nas AVD’s e correção postural são fundamentais para que estas microluxações não aconteçam novamente28. A terapia manual manipulativa vem conquistando cada vez mais reconhecimento na Europa e nos Estados Unidos, mas ainda se faz necessário a publicação e o desenvolvimento de novas pesquisas científicas, a fim de se obter mais reconhecimento científico no Brasil. Mesmo este trabalho tendo um número de amostra relativamente pequeno, pode-se chegar a uma conclusão positiva, contudo se faz necessário ressaltar que há a necessidade de um estudo com uma amostra ainda maior.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS www.henriquecursos.com.br www.crochetagem.com.br NovaFisio.com.br • 33


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Agenda | DESC DATA MARÇO 10% 27 a 30 ABRIL 01 30% 02 e 03 30% 02 e 03 30% 03 10% 09 30% 09 a 30 10 10 30% 10 e 11 30% 16 a 18 30% 17 10% 17 10% 21 10% 22 23 23 30% 23 a 25 30% 24 e 25 26 30 MAIO 07 30% 07 30% 08

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Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro São Paulo Rio de Janeiro Niterói Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro São Paulo São Paulo Fortaleza Macapá Brasília Rio de Janeiro Rio de Janeiro Campinas Teresina

RJ RJ RJ SP RJ RJ RJ RJ RJ RJ SP SP CE AP DF RJ RJ SP PI

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Curso 5: Pilates Avançado Curso 6: Pilates Pequenos Equipamentos Curso 7: Pilates “Classes” (gestantes, idosos, “laboral”, fitness, lombalgia)

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* O curso Pilates Clínico é pré-requisito para os cursos 1, 2, 3, e 4

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* O curso Pilates Clínico é pré-requisito para os cursos 2, 3, 4, 5, 6 e 7

A Formação Completa não é obrigatória. Aqui você também tem como opção realizar apenas um ou mais cursos se desejar.

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Tininha | Humor - passa-tempo - game - novidades - música - cinema - moda - TV - DVD

N

o Rio de Janeiro, uma rede que vende legumes, verduras e frutas, o HORTIFRUTI, há 2 anos inovou em suas propagandas, criando uma série baseada em títulos de filmes onde os atores principais são os próprios produtos da loja. Os Cariocas ficavam na expectativa da próxima propaganda, que era sempre estampada em outdoors pela Cidade. Vejam que criatividade. Eu achei tão legal que resolvi trazer pra vocês. E você, seria capaz de criar algo assim com o tema fisioterapia? Vamos tentar psra próxima edição? Beijos Tininha

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ELEVADOR SOBE...

O crefito 6 criou o blog que foi disponibilizado no site do jornal “o povo”. http://blogs.opovo.com.br/ fisioterapiaesaude/

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A equipe do Programa do Gugu, da TV Record, fez um vídeo que retrata a história de superação de Flávio Peralta, que já foi nosso entrevistado na edição 69. Vale a pena conferir. www.amputadosvencedores. com.br/exibe_conteudo. asp?id=881&local=20

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A Livraria Andreoli www.andreoli.com.br está com três lançamentos imperdíveis que fazemos questão de divulgar.

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|Fisio Perfil

FP

Wiron Correia Lima Filho

Sempre uma breve entrevista com quem tem uma longa história.

wiron@sbf.org.br

Quem é |

PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA. EX-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO CEARENSE DE FISIOTERAPEUTAS. EX-DIRETOR DO SINFITO–CE. EX-CONSELHEIRO DO CREFITO6.

Qual ano e em qual faculdade que se formou? 1995 - Universidade De Fortaleza-Unifor. Qual foi a melhor coisa que fez na vida? Ajudar a criar e efetivar a Sociedade Brasileira de Fisioterapia. Qual foi a pior coisa que fez na vida? Desistir de um projeto empresarial, hoje teria mais tranquilidade para executá-lo. O que você mais gosta na profissão? A resolutividade. O que você odeia na profissão? Hipocrisia e Ingratidão. Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? A fidelidade e amor à profissão. Que qualidade você mais detesta nos profissionais que te cercam? Não Existe. Qual sua maior virtude? Honestidade. Qual seu pior defeito? Perfeccionismo. Se pudesse mudar algo, o que seria? Ato Médico. Qual maior mentira já contou? Não costumo mentir...! Qual fato foi mais inusitado em sua carreira? Dar uma palestra para 750 pessoas, tendo apenas 6 meses de formado, o point laser não parava de tremer. Qual fato foi o mais cômico? Ir todo de branco para o trabalho no hospital e tomar um banho de lama na porta do mesmo. Qual seu maior arrependimento? Não ter estudado fora do Brasil, quando adolescente, é sempre uma grande experiência. E qual profissão jamais queria ter? Nunca pensei sobre isso, creio que toda profissão tem um valor impar desde que realizada de forma competente. 38 • NovaFisio.com.br

Qual dica daria aos colegas? Gastem suas energias tentando ser o mais autêntico possível, isso gerará um resultado incomensurável: Credibilidade e liderança. Qual objeto de desejo? Uma ONG Qual sua aquisição mais recente? Uma Plataforma Balance Bord, para propriocepção virtual. Qual seu maior sonho? Ver o fisioterapeuta brasileiro como “porta de entrada da saúde”, com autonomia. Qual seu maior pesadelo? Ver minha profissão inferiorizada. Que talento mais gostaria de ter? Tocar instrumento musical. Se não fosse fisioterapeuta gostaria de ser o que? Músico. Diga um desafio? Lecionar, é sempre muito desafiador formar fisioterapeutas. Um livro? Arte da guerra Quer fazer alguma divulgação? Gostaria de convidar todos os fisioterapeutas a participarem do 5º Congresso Internacional de Fisioterapia, em Fortaleza, de 26 a 29 de setembro de 2010. Visitem o site: WWW.SBF.ORG.BR


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