Edição 78

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Faltam poucos dias, n達o perca!

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FISIO

Editorial|

DESDE 1996

Caros leitores Neste início de mais um ano, fazemos chegar até vocês a 78ª edição da Revista NovaFisio, com uma entrevista feita com a gatíssima Carla Prata que todos os domingos pode ser vista no Domingão do Faustão. Além da entrevista temos mais vários artigos escolhidos a dedo para vocês. O primeiro é sobre ginástica laboral, os outros são sobre idosos, Bad Ragaz, clínica escola de fisioterapia e um achado fascinante sobre o teste de Baruch, você já ouviu falar? Bom, então tenha uma boa leitura e um feliz 2011 conosco. Oston de Lacerda Mendes Fisioterapeuta - Editor

Índice| 06 Cartas. 10 Frases e Coluna Social. 12 Entrevista com a repórter Carla Prata. 14 Ginástica Laboral: Avaliação da qualidade de vida antes e após Intervenção Fisioterapêutica. 18 Qualidade de vida do idoso renal. 22 Método Bad Ragaz no tratamento fisioterapêutico na lombalgia. 28 Perfil dos pacientes em Clínica Escola de Fisioterapia. 32 Teste de Baruch. 34 Agenda de Eventos. 36 Classifisio. 37 Tininha. 38 FisioPerfil com Dr. Rodrigo Soliva Jahara.

Equipe|

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EDITORES: OSTON MENDES oston@novafisio.com.br & LUCIENE LOPES luciene@novafisio.com.br SECRETÁRIA: NINA LOPES MENDES nina@novafisio.com.br

PARA CONTATAR: ENDEREÇO: R. JOSÉ LINHARES, 134 LEBLON - RIO DE JANEIRO - RJ CEP: 22430-220 TEL: (21) 3521-6783 CEL: (21) 8786-2320 Skype: ostonmendes revista@novafisio.com.br

#.78

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Cartas|Escreva sua carta também. Escreva para: revista@novafisio.com.br LITERATURA LANÇAMENTOS MANUAL DE UTILIZAÇÃO DA CIF EM SAÚDE FUNCIONAL

O livro Manual de Prescrição em órteses e próteses vem para se firmar como referência bibliográfica obrigatória nos diversos serviços de reabilitação em todo o País e na disciplina de órteses e próteses, será fonte de consulta nas diversas incapacidades motoras vividas por uma equipe multidisciplinar principalmente os profissionais que trabalham com órteses e próteses identificando o nome correto, suas indicações, objetivos e o material que é confeccionado.

Eduardo Santana de Araujo A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, conhecida mais comumente como CIF (em Inglês: ICF), é uma classificação dos domínios da saúde e assuntos afins. Esses domínios são classificados sob as perspectivas do corpo, do indivíduo e da sociedade através de duas listas: uma lista das funções e estrutura do corpo, e outra que trata dos domínios referentes à atividade e participação. Considerando que a funcionalidade e a incapacidade de um indivíduo ocorre dentro de um contexto, a CIF também inclui uma lista de fatores ambientais. Desde o primeiro contato com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde é possível perceber que trata-se de um livro auto-explicativo. O fato é que, mesmo sendo auto-explicativa e didática, a classificação contém alta complexidade, fazendo com que os profissionais tenham que recorrer a treinamentos específicos para aprender a utilizá-la. Esta obra pretende facilitar o aprendizado e contribuir para a divulgação mais rápida e efetiva, disseminando o conhecimento acerca da classificação e sua aplicabilidade. O uso deste manual não substitui a necessidade de utilização da classificação.

FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM NEONATOLOGIA E PEDIATRIA

MANUAL DE PRESCRIÇÃO DE ÓRTESES E PRÓTESES

Antonio Vital Sampol 1ª edição 2010. 6 • NovaFisio.com.br

IMIP/Andrade Edição 2010. Fisioterapia Respiratória em Neonatologia e Pediatria do IMIP reflete a prática, o manuseio e os cuidados da fisioterapia na criança grave. Como há carência de material a ser consultado neste assunto; esperamos imensamente que o livro seja útil, usado e consultado como uma fonte de informações para profissionais e estudantes. Fisioterapia Respiratória em Neonatologia e Pediatria do IMIP contém conteúdo atual, integrado às diversas peculiaridades da avaliação e tratamento de condições clínicas e cirúrgicas usuais e também raras que ocorrem no dia a dia da prática fisioterapêutica, com atenção voltada para o ambulatório, enfermaria e terapia intensiva, sem deixar de abordar situações e doenças comuns em nosso serviço, tais como fibrose cística, cardiopatias congênitas, doenças neuromusculares, sequelas neurológicas, entre outros temas

Você encontra estes e outros lançamentos na Livraria Andreoli Fone 11 3679-7744 www.livrariaandreoli.com.br


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Cartas|Escreva sua carta também. Escreva para: revista@novafisio.com.br

MUDAR PRA CRESCER Com uma década de experiência, a Fisiomed anuncia mudanças que devem aquecer o mercado. Com mais de dez anos de trajetória no mercado, a Fisiomed Brasil anuncia mudanças a partir de 2011. Maior empresa e loja virtual especializada em atender profissionais da área da saúde, nos segmentos de Fisioterapia, Estética e Fitness, a empresa apresentou crescimento acelerado nos últimos anos, e divulga a aquisição da também loja virtual ShopFisio. com.br. Com isso, amplia seu alcance e cria novas possibilidades para os usuários. Ganha a empresa e o cliente, que tem cada vez mais ferramentas ao seu dispor. Uma das atitudes mais divulgadas como característica das empresas de sucesso é a capacidade de saber mudar para crescer. Essas mudanças acontecem com o tempo, que exige que todos o acompanhem, para não serem deixados no caminho. Quem sabe mudar, fica à frente e ganha em inovação e resultados. Com mais de 3.000 produtos e gama diferenciada de clientes e fornecedores, a Fisiomed Brasil já conquistou confiabilidade e solidez no mercado. Atualmente, tem o selo de “Loja Ouro”, certificado pela E-bit, empresa pioneira na realização de pesquisas sobre hábitos e tendências de e-commerce no Brasil. Desde o ano 2000, não apenas oferece produtos, mas também apoio para profissionais já estabelecidos e também os recém-formados que buscam melhorar seus serviços oferecidos aos clientes e pacientes. Entre os principais clientes estão Universidades, Hospitais, Órgãos públicos, Centros de Reabilitação, Spas, Clinicas de Estética, Consultórios de Fisioterapia e Academias. “Buscamos atender aos nossos clientes com qualidade, rapidez e eficiência”, afirma Anibal Godoy, Gerente de Vendas da Fisiomed Brasil.

disponibilizados no site. É um momento de crescimento para a Fisiomed Brasil. E o interesse em conquistar novos mercados não é novo, como conta o Gerente de Vendas da empresa. “Desde 2008 tínhamos conseguido um posicionamento diferenciado. A partir daí, surgiu o interesse em conquistar novos mercados”, esclarece. Fundada em 2004, a ShopFisio abrange vários setores, incluindo fisioterapia, estética, fitness, saúde, entre outros. Com sua sede na cidade do Rio de Janeiro, domina 40% do mercado do estado, e também atende clientes de várias partes do país. Além disso, é a maior referência na participação e patrocínios de feiras e eventos, como Estética InRio, Vida Estética e Feira Estética. Sem dúvida, uma importante aquisição da Fisiomed, que maximiza sua força no mercado. “Nós queríamos aproveitar o know-how e experiência da empresa ShopFisio em feiras e eventos na área de fisioterapia estética, fitness e saúde em geral no estado do Rio de Janeiro, que acrescenta ao que temos, uma vasta experiência em eventos no Estado de São Paulo e eventualmente em outros estados”, explica Godoy. Com essa aquisição a Fisiomed Brasil consolida a sua liderança e referência nacional no mercado em que atua. A partir de agora, aos poucos serão disponibilizadas informações acerca da compra, seus benefícios e impactos no setor.

GANHAMOS RESPEITO Nunca os jornais, rádios e televisões destacaram tanto a importância da fisioterapia na prevenção de doenças e na recuperação de uma vida saudável. Ganhamos respeito e notoriedade da população e de outros profissionais da área de saúde. Ficamos mais fortes..

Mudança “Cogitava-se a possibilidade de adquirirse novas empresas. Em 2010 surgiu a oportunidade de adquirir a ShopFisio”, conta Godoy. Com a junção das empresas, serão mais de 5 mil produtos a serem 8 • NovaFisio.com.br

O IV Congresso Internacional de Fisioterapia Manual, por exemplo, foi o maior até hoje realizado, e o que trouxe melhores resultados. Este evento é considerado um dos maiores da América do Sul e o que mais promoveu mudanças na fisioterapia do norte

e nordeste do Brasil nos últimos dez anos. Assim como o Congresso Internacional de Fisioterapia Manual, outros cursos e formações nas áreas de Osteopatia, RPG, Pilates, Microfisioterapia, Dermatofuncional, Estabilização Vertebral e tantos outros nos fazem ainda mais fortes pelos conhecimentos adquiridos e pela busca incessante por evidência científica aliada à riqueza da fisioterapia brasileira em sua prática clínica. E o ITC Vertebral, primeira franquia do setor, terminou o ano de 2010 com mais de 30 unidades em pleno funcionamento. Consolidamos definitivamente a primeira franquia de fisioterapia do Brasil com filiação na ABF – Associação Brasileira de Franquia. A franquia do ITC Vertebral foi eleita pela Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios como a terceira colocada em satisfação do franqueado, a primeira em crescimento econômico e a décima no geral em todo o Brasil. O ITC Vertebral proporciona hoje mais de 120 empregos diretos para fisioterapeutas e atendentes. Estamos mostrando que nossa profissão faz parte de um mercado em crescente evolução. Ganhamos reconhecimento em todos os setores. Na internet foram lançados novos sites, blogs, portais e surgiu a maior rede de relacionamento de estudantes e profissionais da saúde a www.redefisio.com.br. O site de pesquisa www.herniadedisco.com.br vem batendo seu recorde todas as semanas com postagem de artigos científicos e com muita ética e respeito com os profissionais da saúde, chegamos a marca de cinco mil visitas por dia. Tudo isso mostra que a Fisioterapia caminha na ponta das informações e tem acompanhado as novas tendências do mercado. Aqui no Ceará com o patrocínio do ITC Vertebral e do Congresso Internacional de Fisioterapia Manual foi regularizado toda a documentação da Acefisio - Associação Cearense de Fisioterapeutas, sendo hoje uma associação constituída de direito e pela primeira vez com uma reserva financeira. Através da ACEFISIO foi criada a primeira clínica escola de Pilates em parceria com o Governo do Estado do Ceará. Cada um de nós pode facilmente constatar o sucesso da nossa profissão, pelos gestos de apoio, agradecimento, carinho e amizade emitidos pelos nossos pacientes.. Parabéns a todos e viva a fisioterapia. Helder Montenegro Fisioterapeuta - Crefito - 7277


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Frases|Mande a sua frase: revista@novafisio.com.br “Inveja acontece em todas as empresas, independente da profissão. Acredito que o segredo é focar no trabalho e nunca perder a força de vontade”.

[Nando Cunha, Ator]

“A sorte vem para quem treina”.

[Juliana Veloso, atleta e acadêmica de fisioterapia]

“Fisioterapia e o cidadão, caminhando juntos na busca de um só objetivo: Independência”.

[Francisco Sávio Borges, acadêmico da Universidade Federal do Piauí]

Coluna Social|Mariner Of The Seas - O navio do I Cruzeiro da Fisioterapia.

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Entrevista de capa|

Carla Prata

A morena que brilha no Domingão do Faustão. | Eduardo Tavares Foto| Léo Faria e Celso Jones

Por

O

rosto da morena já é familiar para aqueles que ficam ligados na TV durante as tardes de domingo. A carioca Carla Prata brilha atualmente no programa Domingão do Faustão, da TV Globo, onde atua como repórter. Incentivada por uma amiga, a morena enviou fotos para o coreógrafo Silvio Lengruber, que estava procurando novas meninas para o programa dominical. Não demorou muito para ser selecionada e fazer os testes. Logo foi aprovada. Depois de três anos atuando como dançarina no Domingão tornou-se assistente de palco. O talento para a dança e a vontade de seguir a carreira artística foi fundamental para que ela batalhasse com o objetivo de ser contratada para o programa. Desde pequena, adorava ser fotografada e ser levada pela mãe para fazer cursos de dança e desfiles de moda. Feliz, estudando administração e dedicada à oportunidade que conseguiu na TV, Carla Prata, que hoje faz entrevistas no programa, sonha alto e pretende virar apresentadora. “O que aprendo no programa com o Faustão não vou aprender em lugar algum. Lido com o imprevisto, o imprevisível e o imponderado ao vivo e sem ponto no ouvido. Fazer programa de TV ao vivo não é para qualquer um não”, ela afirma. Nesta edição de Nova Fisio, Carla revelou como aconteceu sua lesão na mão esquerda e como conseguiu superar o problema através das sessões de fisioterapia. 12 • NovaFisio.com.br


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m que bairro você nasceu? - No Engenho Novo.

Você tem artistas na família? - Sim. Minha avó canta e foi professora de dança de salão. Como surgiu o convite para fazer parte do Domingão? - Fui incentivada por uma amiga a enviar fotos para o coreógrafo Silvio Lengruber, que estava à procura de novas meninas para o programa. Eu fui chamada para fazer os testes e me aprovaram. Depois de três anos como dançarina, me tornei assistente de palco. Fizeram teste com cinco dançarinas e me escolheram como uma das assistentes. Ficou nervosa na primeira aparição na TV? - Muito!!! Tudo tremia... Você agora está exercendo a função de repórter no programa. Você pensa em se tornar jornalista? - Penso em fazer faculdade de jornalismo sim. Meu sonho é ser apresentadora. Após ter se tornado assistente de palco no Domingão você viveu alguma situação desagradável provocada por outras dançarinas? - Não. As meninas são super amigas. Todas são lindas e cada uma com seu jeito de ser. Lá, me dou bem com todas elas. E como você lida com o assédio no ambiente de trabalho? - Eu dou limite às pessoas e, além disso, eu tenho namorado. Quem trabalha comigo é casado ou tem namorada. São todos muito respeitosos. Isso não rola não! Já recebeu abordagens grosseiras? - Já. Na rua isso acontece muito. Qual foi a situação mais embaraçosa que você passou no programa? - Nossa!!! Troquei o nome da cidade de Bicas. Troquei o “B” pelo “P”, aí você já pode imaginar como foi... rs. A plateia inteira e o Faustão riram de mim. Foi muito engraçado. Nem eu consegui parar de rir da situação e foi muito sem querer. E o momento mais importante? - O mais importante foi falar sobre o desabamento de uma comunidade em Niterói, que foi construída em cima de um lixão. Quanto aos momentos prazerosos foram vários. Teve um que foi bem diferente quando andei num sofá motorizado, foi bem legal. O que você gosta de fazer quando está

fora dos compromissos profissionais? Qual o seu hobby? - Adoro sair pra jantar e dançar. O que toca no seu Ipod? - House, hip hop, sertanejo, sou bem eclética. Como você mantém a forma? E como é sua rotina de treinamento? - Malho quatro vezes por semana e faço exercícios aeróbicos também quatro vezes por semana, durante meia hora por dia. Tem cuidados com sua alimentação? - Durante a semana tento não comer besteiras e me alimentar cinco vezes ao dia. Qual foi a pior lesão que você sofreu e como aconteceu? - Foi na mão esquerda. Eu estava numa época em que participava de um quadro de dança que exigia muito esforço físico e muitas repetições nos exercícios. Como já tinha um cisto, pelo esforço, só piorei e as dores foram aumentando cada vez mais. Você sentia dores intensas? - Muitas!!! Logo que surgiram as dores você tentou se automedicar com gelo, ou procurou imediatamente um especialista? - Coloquei gelo no início sim, mas percebi que não adiantava muito. Daí procurei um especialista em mãos, o Dr. Adalto Lima, que me operou. Depois da cirurgia fiz fisioterapia e nunca mais tive problema algum na minha mão. Você fez aproximadamente quantas sessões de fisioterapia? Seguiu disciplinadamente a fisioterapia? - Sim, fiz as 20 sessões direitinho.

incomodava. Você acredita que atingiu a recuperação necessária com as sessões? - Atingi sim, mas no meu caso tive que operar mesmo, pois tinha um cisto sinovial. Muitos acham que a dança é apenas uma atividade suave e esteticamente bonita de se ver. Não imaginam o quanto exige da musculatura, ligamentos, etc. As dançarinas estão propensas a todos os tipos de lesão? - Sim, desde uma torção no tornozelo até mesmo a uma lesão na coluna. Dependendo da dança, é exigido muito esforço, principalmente pelos movimentos rápidos e nos movimentos aéreos também. A repetição exaustiva também costuma causar lesão nas bailarinas. Muitas têm problemas nos joelhos. Que mensagem você deixaria para os profissionais de fisioterapia que dedicam seu trabalho à recuperação das pessoas lesionadas? - Eu só tenho a agradecer pela paciência, competência e pelo esforço deles na nossa recuperação. É um trabalho muito difícil. Os fisioterapeutas lidam com pessoas dos mais variados tipos de humor e de características tão diferentes. É um trabalho que exige muita dedicação e graças aos bons fisioterapeutas que cuidaram de mim, hoje estou recuperada 100%. Por isso, muito obrigada! O que você planeja para o futuro? - Continuar aprendendo cada vez mais no Domingão do Faustão, me formar na faculdade de Administração de Empresas e arrasar no desfile da Grande Rio no carnaval 2011.

Quais eram os exercícios? - Os exercícios eram: um com uma luz infravermelha que ficava um tempinho na minha mão; outro era um tipo de ultrasom; tinha um em que eu apertava uma bolinha e o outro eu puxava um objeto que tinha um elástico e fazia muita resistência na minha mão. Lembro que tinha que fazer várias repetições. O profissional de fisioterapia que tratou do seu caso teve papel importante na sua recuperação? - Muito, sem ele estaria sentindo dores mais intensas e mais frequentes. Fisioterapia é um tratamento longo que exige paciência. O que mais te incomodava durante as sessões? - Na minha opinião a duração das sessões de quase uma hora cada era o que mais NovaFisio.com.br • 13


| Ergonomia, Qualidade de vida no trabalho, Ginástica laboral. Ginástica Laboral: Avaliação da qualidade de vida antes e após Intervenção Fisioterapeutica. Por | Elyda Lucena Florentino, Alecsandra F. Tomaz, Ana Stela S. de Brito, Daniela de Lucena Monteiro, Paulo Artigo

Granges e Silva, Renata Newman Leite Cardoso dos Santos.

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lguns conflitos entre o homem e o ambiente laboral podem trazer grandes prejuízos à saúde do trabalhador, tendo a ergonomia o objetivo de melhorar a segurança, saúde, eficiência do trabalhador, dentre outros, focalizando o homem, seu bemestar e sua qualidade de vida dentro do ambiente laboral. A qualidade de vida deve ser definida de um modo geral, não se limitando apenas ao estilo de vida e saúde, mas de uma forma ampla, lembrando que esta interfere na qualidade de vida no trabalho e vice-versa. A ginástica laboral é uma das estratégias que visa dentre outros objetivos, um aumento na qualidade de vida dos trabalhadores. Portanto, este estudo teve por meta avaliar a qualidade de vida de trabalhadores antes e após um programa de ginástica laboral num setor de Call Center. O tipo de pesquisa caracteriza-se como exploratória e descritiva. A população estudada foi composta exclusivamente pelos trabalhadores de Call Center de uma empresa de engenharia da cidade de João Pessoa, tendo como amostra 10 indivíduos. Utilizou-se um questionário com perguntas sociodemográficas bem como questões relacionadas ao estilo de vida e saúde, avaliação do ambiente ocupacional e a avaliação da qualidade de vida. Foi possível verificar várias dimensões da qualidade de vida dos trabalhadores e concluir que, embora o programa tenha tido pouca duração e a amostra ser reduzida, o programa de ginástica laboral foi benéfico em vários aspectos principalmente em relação a qualidade de vida antes e após o programa de ginástica laboral. INTRODUÇÃO A qualidade de vida pode ser compreendida pela junção de diversos fatores, sendo empregado de uma forma geral, atingindo o indivíduo em seus comportamentos, relacionamentos, seus hábitos de vida, podendo interferir no ambiente de trabalho e qualidade de vida (BÚRIGO, 1997). Para Lacaz (2000), a qualidade de vida no trabalho está associada às condições e o ambiente de trabalho, tendo em vista uma maior satisfação e consequentemente produtividade. Como passamos a maior parte do tempo no ambiente laboral, seus reflexos interferem no bem-estar, mesmo não estando em horário de expediente, sendo praticamente impossível separar a qualidade de vida 14 • NovaFisio.com.br

da qualidade de vida no trabalho (SILVA, 1999). Já ergonomia pode ser definida como a ciência do trabalho, pois a mesma pode intervir em situações e problemáticas ligadas ao ambiente laboral, desde as queixas relacionadas ao ambiente físico de trabalho, como também a concepção de salas extremamente automatizadas, visando sempre o menor esforço do homem (ALMEIDA, 1998). Para Mota et. al. (2009), umas das estratégias para a diminuição de todos esses fatores negativos que atrapalham a qualidade de vida é a ginástica laboral, a qual desperta o trabalhador quebrando sua rotina e prepara sua musculatura para as ações habituais, favorecendo também a concentração no trabalho e uma sensação de bem-estar. A Ginástica Laboral é uma atividade física realizada pelos trabalhadores durante seu horário de trabalho. É um programa de qualidade de vida e de promoção de saúde e lazer, podendo ser conceituada “como um conjunto de práticas físicas, elaboradas a partir da atividade profissional exercida durante o expediente, que visa compensar as estruturas mais utilizadas no trabalho e ativar as que não são requeridas, relaxandoas e tonificando-as” (LIMA, 2003, p.7). Alguns estudos foram realizados para analisar os efeitos da ginástica laboral e pôde-se concluir que os efeitos são favoráveis, podendo ser vista uma redução da fadiga, o aumento da flexibilidade, dentre outros, trazendo assim, benefícios não só para os trabalhadores, mas também para os empregadores, fazendo com que várias empresas recorram ao programa de ginástica laboral como forma de prevenção e manutenção da saúde do trabalhador, promovendo o aumento da qualidade de vida e também uma diminuição das despesas com médicos e pagamentos de seguro, promovendo um aumento na motivação desses trabalhadores (MILITÃO, 2001). METODOLOGIA TIPO DE PESQUISA Este estudo tem abordagem quantitativa, de caráter exploratório, descritivo e longitudinal. A pesquisa quantitativa é aquela que pode ser quantificável, ou seja, aquela que as informações e opiniões podem ser traduzidas em números e requer uso

de técnicas estatísticas para analisá-las. Seguindo este conceito, esta pesquisa pode caracterizar-se como quantitativa, pois a mesma foi organizada em dados estatísticos e foram analisadas a partir deles. Esta pesquisa é de caráter exploratório, pois a mesma envolve levantamento bibliográfico e assume as formas de pesquisas bibliográficas e estudo de caso, concordando com Gil (2002), quando o mesmo descreve sobre a pesquisa exploratória. POPULAÇÃO E AMOSTRA A população pesquisada inicialmente foi composta por 37 trabalhadores de uma empresa privada de engenharia que trabalham no setor de Call Center (telemarketing), situada na cidade de João Pessoa, na Paraíba. Porém, pelos critérios de exclusão adotados, alguns foram excluídos da pesquisa, tendo a mesma, ao seu término, um total de 10 funcionários. Foram excluídos os profissionais que se encontravam de férias, afastados por algum motivo ou de licença durante o tempo da aplicação do programa ou, ainda, aqueles que faltaram mais de 25% das atividades programadas, sendo esta última a maior causa de exclusão da amostra. LOCAL E PERÍODO DA PESQUISA A pesquisa foi realizada em uma empresa de engenharia, no setor de Call Center, localizada na cidade de João pessoa/ PB, no período de setembro a outubro do corrente ano. INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS Para a coleta de dados foi utilizado um questionário, no qual foram abordadas questões sociodemográficas bem como questões relacionadas ao estilo de vida e saúde, avaliação do ambiente ocupacional e a avaliação da qualidade de vida. Este instrumento foi baseado no questionário de avaliação da qualidade de vida e saúde (QVS-80) de Mendes e Leite (2008). O mesmo questionário foi aplicado antes e após o programa de ginástica laboral, para proporcionar uma avaliação da melhora ou não da qualidade de vida desses trabalhadores, após a implantação do programa. O programa constou de exercícios de alongamento, fortalecimento, treino de equilíbrio e dinâmicas envolvendo


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Artigo

| Ergonomia, Qualidade de vida no trabalho, Ginástica laboral.

os membros superiores, os membros inferiores, tronco e ao final destes, uma técnica de relaxamento para a finalização da sessão diária. Essa intervenção ocorreu três vezes por semana, nas segundas, quartas e sextas, no turno da tarde, em uma sala especialmente cedida pela empresa, durante dois meses ininterruptos. Nas sessões foram utilizados vários instrumentos como bastões, fisioball, colchonetes, pesinhos, elástico, aparelho de som e CD com músicas para as dinâmicas, como também para o relaxamento. Cada sessão durou em média 20 minutos, sendo os funcionários divididos em 3 grupos. ASPECTOS ÉTICOS A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de João Pessoa- UNIPÊ. Os indivíduos que se encaixaram nos critérios estabelecidos foram informados sobre seus objetivos e a finalidade da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, de acordo com as normas da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, autorizando a utilização dos seus dados para a mesma. Uma via do termo de Consentimento Livre e Esclarecido ficou com o entrevistado e a outra com o pesquisador. ANÁLISE DOS DADOS Após a coleta dos dados, os resultados foram organizados e analisados através de estatística simples, sendo apresentados em forma de figuras. Posteriormente os resultados foram explorados e discutidos com base na literatura. RESULTADOS Na caracterização dos trabalhadores de Call Center (telemarketing) da empresa estudada, destaca-se a prevalência do sexo feminino, representando assim 60% dos entrevistados como demonstra a figura 1. ((((((((((((((fig 1))))))))))))))))))))))))))))))))

tempo sentados, na mesma posição, sendo um total de 70%, os que permanecem por mais de sete horas sentados em um dia de trabalho.

((((((((((((((fig 2))))))))))))))))))))))))))))))))

A figura 3 mostra que os funcionários avaliam seu ambiente laboral entre ruim e regular, antes do programa de ginástica laboral, representando 40% cada um e que, após o programa, o regular evoluiu para 60%. Isso pode ser justificado através do programa de ginástica laboral, na qual os trabalhadores passaram a ter maiores informações sobre como agir durante a jornada de trabalho, diminuindo os incômodos provocados pela função e pelo tempo em que permanecem na mesma posição.

(((((((((((((fig 3)))))))))))))))))))))))))))))))) Dessa forma, ao analisarmos a figura 4, podemos observar que a qualidade de vida desses funcionários melhorou sensivelmente após o programa de ginástica laboral, confirmando assim as pesquisas já feitas anteriormente. ((((((((((((((fig 4))))))))))))))))))))))))))))))))

Na figura 2 podemos observar que esses trabalhadores na sua maioria apresentam algum desconforto/dor em uma ou mais partes do corpo, sendo os três mais citados a coluna, braços/ombros, punhos/mãos. Isso ocorre devido a função exercida por esses trabalhadores, que passam muito 16 • NovaFisio.com.br

De acordo com todas as figuras e dados

apresentados observa-se que a ginástica laboral proporciona benefícios em vários aspectos da qualidade de vida, trazendo como consequência um aumento na produtividade e satisfação no trabalho, sendo benéfica tanto para o trabalhador como para o empregador. CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização desta pesquisa proporcionou um maior conhecimento, tanto literariamente como na prática, a respeito da saúde do trabalhador e todas as dificuldades encontradas pelos mesmos, tendo que enfrentar grandes jornadas de trabalho e alcançar metas cada vez maiores, deixando muitas vezes de lado a sua saúde, originando relevantes consequências à sua qualidade de vida. Foi possível perceber que, mesmo com as várias campanhas e os bons resultados alcançados com a ginástica laboral, os empregadores e os empregados ainda têm pouco conhecimento da importância da atividade física, da motivação e da qualidade de vida de um modo geral, muitas vezes entendendo, erroneamente, que investir em um programa deste significa gastar muito, obtendo menos produtividade, porém pode-se observar uma melhora em relação a qualidade de vida e motivação desses funcionários onde evoluíram de 50% para 80% os que consideram sua qualidade de vida boa e de 30% para 40% os que estão com grau de bastante satisfeito em relação a satisfação com a vida. Por meio da pesquisa pôdese observar todas as dificuldades que esses trabalhadores enfrentam, sendo submetidos a longas jornadas de trabalho sentados de forma errônea, executando exercícios repetitivos e sendo obrigados a cumprir metas cada vez maiores. Conclui-se, então, que apesar de todos os benefícios que o programa de ginástica laboral promove, é necessária uma maior divulgação desses resultados para motivar os empresários e mostrar aos mesmos que essa atividade, além de promover uma melhoria na qualidade de vida dos funcionários, proporciona uma melhora na qualidade do trabalho, pois aumenta a sociabilidade e a motivação de todos os trabalhadores. Sendo assim, sugiro a continuação de estudos como este, que visa a mensuração da qualidade de vida dos trabalhadores, tendo um maior número de amostra e tempo de programa, para que em um futuro próximo, o tempo de vida de trabalho das pessoas que necessitam exercer funções repetitivas e desgastantes possa ser mais duradouro e com mais qualidade, conforto e segurança. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS EM: www.novafisio.com.br


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| Hemodialítico, idosos, qualidade de vida. Qualidade de vida do idoso renal. Artigo

Estudo da qualidade de vida dos pacientes idosos com Insuficiência Renal Crônica na cidade de Avaré – SP. Por | Fabiana Aparecida Ferreira Cassetari

e Jose Eduardo Corrente

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estudo tem como objetivo avaliar a qualidade de vida dos pacientes idosos com Insuficiência Renal Crônica em tratamento hemodialítico no setor de hemodiálise da cidade de Avaré – SP. A população estudada foi constituída de 40 idosos, acima de 60 anos que realizam tratamento hemodialítico no setor de hemodiálise de Avaré. Aplicou se o questionário SF36 contendo oito domínios e analise estatística utilizada foi o SAS for Windows 1.9.3 e utilizou de frequências e proporções para as variáveis qualitativas e média e desvio padrão para as variáveis quantitativas. Através da pesquisa realizada com os pacientes em tratamento pode-se concluir que a IRC, enquanto doença crônica não transmissível, bem como o seu tratamento continuo por longo período, afeta vários aspectos da vida dos pacientes, daí a importância do estudo e avaliação da QV (qualidade de vida) dos pacientes renais e SF-36 mostrou um bom instrumento de avaliação da QV dos pacientes renais destacando os domínios de capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de Saúde, vitalidade e Saúde Mental. INTRODUÇÀO De acordo com Oliveira (1994), as doenças crônicas são processos mórbidos de longa duração e que, apesar dos avanços médicos recentes, muitas delas ainda são incuráveis. Oliveira (1994) diz que o efeito da cronicidade não se resume no resultado de uma doença agindo isoladamente em um único individuo. Implica em inúmeras vidas vividas sob circunstâncias especiais e limitantes. Com o envelhecimento populacional, a doença renal crônica (DRC) está se tornando uma doença de grande impacto social, pois vem acometendo um número cada vez maior de pessoas e aumentando nos últimos anos. A Insuficiência Renal Crônica (IRC), segundo Riella (2003), é o resultado final do comprometimento da função renal por diversas doenças que acometem os rins de maneira rápida ou lenta e progressiva, resultando em múltiplos sinais e sintomas decorrentes da incapacidade renal 18 • NovaFisio.com.br

de manter a homeostasia interna do organismo. Histologicamente, a lesão característica do rim senil é a esclerose glomerular e, apesar de ser há muito tempo conhecida, sua patogênese ainda é pobremente entendida. O peso e volume renal diminuem em 20% a 30% entre as idades de 30 a 90 anos, de 250-270g no adulto não idoso para 180-200g no idoso. O número de glomérulos diminui em 30 a 50%, havendo um aumento da relação entre os esclerosados e os normais: 1 em 10 glomérulos na idade de 80 anos comparados com 1 em 100 no adulto

Na hemodiálise, mediante o uso de uma máquina, o sangue obtido de um acesso vascular, é impulsionado por uma bomba para o sistema de circulação extracorpórea, perfazendo a sequência contínua: saída do acesso venoso, equipo arterial, dialisador, equipo venoso e retorno ao acesso venoso.

não idoso. O mesângio mostra graus variados de expansão, bem como de fibrose intersticial. Os túbulos se mostram diminuídos em número, volume e extensão. Atrofia tubular focal, fibrose intersticial e inflamação crônica são achados frequentes e, em algumas situações, podem estar associados a áreas de esclerose glomerular. As arteríolas desenvolvem espessamento da íntima, duplicação da lâmina elástica interna, hialinização com graus variados de estenose do lúmen. Como tratamentos dialíticos existem: Hemodiálise e Diálise Peritoneal (Diálise Peritoneal Automatizada – DPA). A diálise é um processo físicoquímico que se utiliza de mecanismos de transporte de solutos (difusão), solvente (ultrafiltração) e convecção por meio de uma membrana semipermeável, podendo ocorrer mediante o uso de hemodiálise ou diálise peritoneal (Canziani; Draibe; Nadalleto, 2002). Na hemodiálise, mediante o uso de uma máquina, o sangue obtido de um acesso vascular, é impulsionado por uma bomba para o sistema de circulação extracorpórea, perfazendo a sequência contínua: saída do acesso venoso, equipo arterial, dialisador, equipo venoso e retorno ao acesso venoso. O filtro, chamado dialisador, possui dois compartimentos, o interno, por onde circula a solução de diálise (dialisato) e o externo. As membranas semipermeáveis utilizadas nos dialisadores têm origem da celulose, celulose modificada, semisintéticas ou sintéticas. Para proporcionar maior área para trocas, por meio de difusão e convecção, o fluxo de sangue e dialisato têm sentidos contrários no dialisador e dessa forma são eliminados do sangue os produtos resultantes do metabolismo celular, líquidos e eletrólitos excedentes no organismo, proporcionando a restauração e manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido – básico (Canziani; Draibe; Nadalleto, 2002). As máquinas de hemodiálise disponíveis hoje na maioria dos serviços de diálise, são chamadas de proporção, ou seja, fazem a mistura do dialisato com água tratada na medida adequada para viabilizar a diálise a partir da água corrente em contraposição


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| Hemodialítico. Idosos. Qualidade de Vida.

as máquinas de tanque. Além disso, esses equipamentos também fazem o monitoramento de pressão, temperatura, presença de ar, condutividade do dialisato, volume liquido ultrafiltrado e tempo de diálise, o que garante a realização do procedimento com segurança e eficiência. A hemodiálise é prescrita segundo necessidades individuais dos pacientes, mas geralmente é realizada em nível ambulatorial. Assim como as outras modalidades de tratamento para a IRC, a hemodiálise substitui em parte as funções renais, porém não garante o perfeito equilíbrio homeostático. O termo Qualidade de Vida, apesar de não existir uma conceituação consensual, mencionam que existem características comuns do constructo QV, como a subjetividade que se refere ao propósito da percepção pessoal e difere de condições objetivas; a multidimensionalidade que inclui várias dimensões na constituição da QV: física, psicológica e social e a bipolaridade que se refere “inclusão de dimensões tanto positivas quanto negativas (Whoqol Group, 1995). Qualidade é uma palavra derivada do latim (qualitate) e tem o significado de propriedade, atributo ou condição das coisas ou das pessoas capaz de distinguilas das outras e de lhes determinar a natureza. Vida também é derivada do latim (vita) significa estado ou condição dos organismos que se mantém em contínua atividade desde o nascimento até a morte, ou seja durante sua existência. (Ferreira, 1999). Acredita-se que as incapacidades e as complicações decorrentes da IRC e do tratamento por hemodiálise contribuem para a perda da QV dos pacientes nessas condições. Estudos prévios mostraram que a IRC e o tratamento hemodialítico provocam uma série de alterações que comprometem não só o aspecto físico como psicológico, com repercussões pessoais, familiares e sociais, alterando assim a qualidade de vida relacionada à saúde. POPULAÇÃO ESTUDADA E COLETA DE DADOS Foram avaliados 40 pacientes acima de 60 anos em tratamento hemodialítico no setor de hemodiálise de Avaré. O presente estudo foi de corte transversal. Os dados sócio demográficos dos pacientes foram coletados através do prontuário para avaliar a qualidade de vida desses pacientes, sendo aplicado o instrumento SF-36, Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey durante as sessões de hemodiálise, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram analisados sócio demográficos e foram avaliados 20 • NovaFisio.com.br

em termos de frequências e proporções para aqueles que representem variáveis qualitativas e média e desvio padrão para as variáveis quantitativas. A análise do SF-36, no que se refere à Saúde (só é aplicado em doentes) foi feita de acordo com as instruções de análise descritas no instrumento. O questionário foi lido para o paciente pois muitos apresentavam diminuição da acuidade visual (Diabetes Mellitus) e considerável número de analfabetos. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Os dados apresentados pelo Ministério da Saúde (Brasil, MS; 2001) indicam um total de 65.534 pacientes em programa de diálise no Brasil, sendo 37.613 (74%) paciente do sexo masculino e 27.921 (26%) do sexo feminino. Em nosso estudo, a média de idade foi de 66,9 ±6,5 anos, com uma frequência foi de 70% do sexo masculino e 30% feminino. O predomínio do sexo masculino na população estudada corrobora com os resultados de outros estudos de pacientes com Insuficiência Renal Crônica em tratamento dialítico quando comparados os gêneros masculino e feminino (Rodrigues Neto et al., 2000; Carmichael et al., 2000; Romão, 2001; Castro et al., 2003; Abreu, 2005). Quanto aos achados relacionados à escolaridade, estão de acordo com a realidade brasileira, na qual grande parcela da população desta geração tem relativamente baixa escolaridade. Sesso, Rodrigues Neto e Ferraz (2003), quando investigaram o impacto socioeconômico na qualidade de vida de pacientes IRC, identificaram resultados semelhantes com o presente estudo, ou seja, mais de 45% dos pacientes tinham somente o ensino fundamental o que corresponde a 8 anos ou menos de estudo; 20% colegial; 17,5% analfabeto e ensino superior. O fato de a maioria dos pacientes viver com um companheiro(a) pode contribuir para o cuidado no domicílio, pois a IRC provoca perdas funcionais com comprometimento da independência e autonomia, muitas vezes tornando-se dependentes totais ou parciais dos cuidados de outra pessoa (Belasco; Sesso, 2002). A maioria dos pacientes deste estudo (77,5%) não trabalha sendo que maioria não se aposentou devido à hemodiálise (52,5%) e a renda mensal informada foi baixa). Neste estudo evidenciou-se Diabetes Mellitus 57,5%, Hipertensão Arterial Sistêmica 37,5%, (doenças relacionadas ao envelhecimento) com alterações renais que levam a insuficiência renal. É de extrema relevância reconhecer o quadro das doenças que causam as IRC para direcionar as ações de controle e prevenção junto à

população geral, haja visto o aumento crescente e contínuo de doenças crônicas não transmissíveis na população. O tempo de tratamento por hemodiálise teve uma grande variação com média de 29,1 ± 27,7 meses, variando entre o mínimo de 1 mês a um máximo de 120 meses. Segundo Sesso (2002), a sobrevida atual dos pacientes com IRC, após um ano de diálise no Brasil, tem estado em torno de 80%, e entre 1 e 5 anos de tratamento. Neste estudo observou se a relação existente entre o tempo de hemodiálise ser maior entre os hipertensos e menor nos diabéticos. CONCLUSÕES Neste estudo todos os valores dos aspectos da saúde foram superiores, e a media menor foi dos aspectos psicológicos, o que sugere se afirmar que os pacientes têm melhor saúde física e maior comprometimento psicológico. A presença de uma doença crônica está em alguns aspectos associada à piora da QV de uma população. Os avanços da tecnologia em hemodiálise contribuíram para aumento da sobrevida, mesmo vivendo com este tipo de doença e com repercussões no bem estar físicos e papel social, os pacientes estudados apresentaram satisfatória saúde. O SF-36 mostrou se como um bom instrumento para avaliação da QV de pacientes em hemodiálise na cidade de Avaré principalmente, neste estudo, para capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade e Saúde Mental onde apresenta se maiores valores do alpha de Cronbach. A avaliação da QV por meio do SF-36 auxilia os profissionais de saúde em Nefrologia a diagnosticar as condições de saúde individuais e coletivas e assim subsidiar o planejamento do cuidado. A utilização periódica da QV, adicionada á evolução clinica dos pacientes, pode contribuir para a avaliação global do tratamento dos pacientes com IRC. Com os dados obtidos, claramente, observa se que no inicio do tratamento os pacientes apresentam alterações físicas e posteriormente, o aspecto mais acometido é o emocional, sendo assim, propõe se a implantação de um serviço Fisioterapêutico aos hemodialíticos, mediante avaliação, seja através de eletro termo foto terapia, massoterapia para alivio de dores articulares e musculares e exercícios protocolados para melhora da capacidade física, alongamento e fortalecimento e de acordo com cada paciente a intervenção poderá ser antes, durante ou após a sessão hemodialítica. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS EM www.novafisio.com.br


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| Lombalgia. Hidroterapia. Bad Ragaz. Método Bad Ragaz no tratamento fisioterapêutico na lombalgia. Artigo

A

lombalgia descreve-se como uma dor contínua ou esporádica, que provoca desconforto aos indivíduos, de maneira a alterar o seu dia-a-dia, levando-os a condições incapacitantes. O presente estudo aborda o método de Bad Ragaz em hidroterapia, como tratamento fisioterapêutico da lombalgia. Para tanto, foi realizado um estudo retrospectivo de 12 anos (1997 a 2009) utilizando as bibliotecas de saúde e Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco e o sistema on-line de periódicos da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Os resultados obtidos demonstram que o método de Bad Ragaz em hidroterapia é ainda um método atual com grande resposta terapêutica, onde a maioria dos indivíduos tem estados de melhora contínua, devendo, portanto, ser utilizado como tratamento. INTRODUÇÃO A coluna necessita de estabilidade, que é alcançada através de estruturas ligamentares íntegras e de uma boa musculatura, durante seus movimentos, para que não haja sobrecarga excessiva sobre si. A estabilidade é a habilidade de um sistema em voltar à sua posição de equilíbrio, depois de perturbações, e se acredita que este é um fator importante, no caso de um deslocamento súbito, para evitar danos teciduais (SANTOS; SILVA, 2003). Segundo Duarte et al (2003) as dores osteomioarticulares são a causa mais freqüente pela qual pacientes vão para a consulta médica diária, e a que mais origina incapacidade para o trabalho. Eles podem ter um largo efeito causal que vá desde um simples traumatismo até constituir uma expressão inicial de uma doença sistemática severa. Os distúrbios musculoesqueléticos acarretam um grave problema de saúde pública e um dos mais graves no campo da saúde do trabalhador (MAGNAGO et al, 2008). A síndrome dolorosa lombar ou lombalgia, em quase sua totalidade de etiologia idiopática, representa alto custo para o sistema atual de saúde (SANTOS e SILVA, 2004). A dor lombar é uma das alterações musculoesqueléticas mais comuns nas sociedades industrializadas, afetando cerca de 70% a 80% da população adulta em algum momento da vida, tendo predileção por adultos jovens, em fase economicamente ativa, sendo uma das razões mais comum

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| Ângela de Medeiros Silva

para aposentadoria por incapacidade total ou parcial (ANDRADE; ARAÚJO; VILAR, 2005). Silva et al (2004) concluiram que esta morbidade atinge principalmente a população em idade economicamente ativa, podendo ser altamente incapacitante e é uma das mais importantes causas de absenteísmo. Conforme Teodori et al (2005) a incidência, prevalência e conseqüência da lombalgia nos países ocidentais merecem uma abordagem epidemiológica, pois a lombalgia pode causar limitações funcionais, internações, cirurgias, afastamento do trabalho e, muitas vezes, impossibilidade para a atividade profissional. Essas disfunções geram ônus ao Estado, às empresas e aos próprios trabalhadores, afetando diretamente o aspecto bio-psicosocial do indivíduo. Para Siqueira, Cahú e Vieira (2008) a lombalgia é uma das queixas dolorosas mais freqüentes na prática clínica e constitui uma das maiores causas de afastamento do trabalho. A lombalgia pode ser definida como dor localizada na região lombar, de início insidiosa, vaga ou muito intensa (MORAES; SILVA; SANTOS, 2003). A obtenção de equilíbrio nas estruturas que compõem a pilastra de sustentação humana (coluna vertebral), evitando quadros dolorosos a ela relacionados, não se constitui em tarefa fácil, devido principalmente às constantes mudanças de posturas realizadas diariamente pelo homem, expondo sua estrutura morfofuncional a uma série de agravos, (TOSCANO; EGYPTO, 2001). Para Kolyniak et al (2004) o desequilíbrio entre a função dos músculos extensores e flexores do tronco é um forte indício para o desenvolvimento de distúrbios da coluna lombar. A dor lombar tem comprovada importância entre as diversas modalidades esportivas, pois esta pode representar um problema que acarreta prejuízo do desempenho e para entendê-la há necessidade de um bom conhecimento da anatomia e biomecânica da coluna, para a realização do diagnóstico e tratamento adequados (WAJCHEMBERG et al, 2002). No entendimento de Brazil et al (2001) inúmeras circunstâncias contribuem para o desencadeamento e cronificação das síndromes dolorosas lombares como obesidade, realização de trabalhos pesados, sedentarismo, síndromes depressivas, hábitos posturais e alterações climáticas. Andrade et al (2005) dizem que a dor lombar tem como causas algumas

condições como: congênitas, degenerativas, inflamatórias, infecciosas, tumorais e mecânicos-posturais. A lombalgia mecânicopostural, também denominada lombalgia inespecífica, representa, no entanto, grande parte das algias de coluna referidas pela população. Nela geralmente ocorre um desequilíbrio entre a carga funcional, que seria o esforço requerido para atividades do trabalho e da vida diária, e a capacidade funcional, é o potencial de execução para essas atividades. De acordo com Madeira et al (2002) as lombalgias podem ter várias etiologias, patologias vertebrais mais raras; deformações das curvaturas da coluna; patologias reumáticas; lesões músculo-ligamentares e capsulares; hérnia de disco; compressão/inflamação de raízes nervosas; dor referida; os estresses psíquicos (fonte importante de disfunções posturais e de movimentos e de hipertonia da musculatura lombar). Inúmeras situações da vida cotidiana, do trabalho e fora do trabalho podem dar origem a lombalgias agudas. Gallardo et al (1999) dizem que a causa mais freqüente em dor ciática é a hérnia discal lombar, situado em 95% dos casos nos espaços L4-L5 e L5-S1. Vilela e Chueire (2004) dizem que a hérnia discal lombar foraminal é extremamente incapacitante em relação à sintomatologia clínica. Negrelli (2001) confirma que a hérnia de disco é uma freqüente desordem músculo-esquelética, responsável pela lombociatalgia. O processo de envelhecimento, na maioria das vezes, não se caracteriza como um período saudável e de independência. Ao contrário, caracteriza-se pela alta incidência de doenças crônicas e degenerativas que, muitas vezes, resultam em elevada dependência. Muitos desses quadros são acompanhados por dor e, em significativa parcela deles, a dor crônica é a principal queixa do indivíduo, fato que pode interferir de modo acentuado na qualidade de vida dos idosos (DELLAROZA; PIMENTA; MATSUO, 2007). Conforme Váldes et al (2001) a osteoartrose na região lombar é causa importante de dor e incapacidade física. Martins e Silva (2005), dizem que, já nas gestantes, há um risco relativo em apresentar dores nas costas de quase 14 vezes maior que o de mulheres não grávidas. Segundo Ferreira e Nakano (2001), a lombalgia na gestação acomete cerca de 50% das gestantes, causando importantes transtornos sociais. Apesar disso, ela vem


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| Lombalgia. Hidroterapia. Bad Ragaz.

sendo considerada como uma ocorrência normal e até esperada na gravidez, o que tem contribuído para a falta de adoção de medidas profiláticas e de alívio. Toscano e Egypto (2001) dizem que apesar de numerosas causas e fatores de risco que estão relacionados com a lombalgia, vários pesquisadores a caracterizam como uma doença de pessoas com vida sedentária; a inatividade física estaria relacionada direta ou indiretamente com dores na coluna; a maior parte da atenção dirige-se a considerá-la um subproduto da combinação da aptidão músculo-esquelética deficiente e uma ocupação que force essa região. Já Elio et al (2005) dizem que a lombalgia se dá com maior freqüência em trabalhadores que se submetem a esforços físicos pesados e naqueles cuja atividade laboral exige posições forçadas, inclusive uma postura estática constante. Matos et al (2008) relatam que inúmeros estudos epidemiológicos buscam a relação de dor lombar com exigências físicas do trabalho e fatores ergonômicos como o levantamento de cargas, flexões e torções do tronco, vibrações e esforços repetitivos. Para Guic et al (2002) a dor lombar é uma síndrome que pode representar muitos problemas diferentes de base. Waddel propõe classificar os pacientes com dor lombar em 3 grupos: 1. Dor lombar inespecífica. 2. Dor lombar radicular. 3. Dor lombar que representa patologia espinal. MATUS et al (2003) dizem que em uma análise da dor lombar é necessário entender que os processos dolorosos da coluna lombar em sua maioria são auto-limitados. Em 75% dos casos melhoram espontaneamente antes de 2 a 3 semanas. Em uma adequada estratégia de exploração, deve considerar este fator para evitar custos desnecessários. Uma forma prática de enfrentar este problema é classificar a dor lombar de acordo com seu tempo de evolução; antes das 3 semanas se considera agudo, entre a 3 semana e 3 meses é de caráter sub-agudo e mais de 3 meses é uma dor crônica. As conseqüências biopsicossociais da dor crônica enfatizam a importância do dimensionamento da sua prevalência visando ao planejamento de medidas para seu controle e tratamento (DELLAROZA; PIMENTA; MATSUO, 2007). De acordo com Candeloro e Caromano (2007) o envelhecimento pode ser compreendido como um conjunto de alterações estruturais e funcionais desfavoráveis do organismo que se acumulam de forma progressiva, especificamente em função do avanço da idade. Essas modificações prejudicam o desempenho de habilidades motoras, dificultando a adaptação do indivíduo ao meio ambiente, desencadeando modificações de ordem psicológica e social. É possível perceber a gravidade do problema 24 • NovaFisio.com.br

e isso desperta nos profissionais da saúde, especialmente nos fisioterapeutas, o interesse pela realização de intervenções preventivas. Para Miranda, Sodré e Genestra (2009), é de fundamental importância a criação de um programa de prevenção ainda na fase infantil, o que facilitaria o diagnóstico e tratamento da lombalgia. Segundo Costa (1997), deve-se ficar atento às alterações posturais encontradas em crianças na faixa etária de 7 a 12 anos, por ser este um período intermediário entre o primeiro estirão de crescimento, que ocorre do nascimento até o 3º ano de idade, e o segundo, que acontece na adolescência. A lombalgia constitui um sintoma reconhecido desde tempos antigos, como no capítulo 32 do livro de Gênesis da Bíblia Sagrada, onde Jacó é a primeira pessoa descrita que sofria de lombalgia (MADEIRA et al, 2002). Da mesma forma a hidroterapia é um dos recursos mais antigos da fisioterapia, sendo definida como o uso externo da água com propósitos terapêuticos (CAROMANO; NOWOTNY, 2002). A água é um meio muito diferente do ar. Ao ser inserido neste novo meio o organismo é submetido a diferentes forças físicas e, em conseqüência, realiza uma série de adaptações fisiológicas (CAROMANO; VILELA M. FILHO, 2003). A hidroterapia tem ganhado, progressivamente, vários adeptos, pois proporciona a possibilidade de realização de atividade física, muitas vezes impossível de se realizar fora da água. Pacientes severamente incapacitados fora da água são notavelmente móveis na piscina (CUNHA et al, 2002). Conforme o entendimento de Candeloro e Caromano (2007) a hidroterapia é um recurso fisioterapêutico que utiliza os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos advindos da imersão do corpo em piscina aquecida como recurso auxiliar da reabilitação ou prevenção de alterações funcionais. As propriedades físicas e o aquecimento da água desempenham um papel importante na melhoria e na manutenção da amplitude de movimento das articulações, na redução da tensão muscular e no relaxamento. De acordo com Ruoti, Morris e Cole (2000) os efeitos combinados da densidade da água, incompressibilidade e pressão hidrostática criam uma compressão significativa sobre todos os tecidos do organismo na imersão. A compressão depende da profundidade. Já Caromano e Nowotny (2002) dizem que as forças físicas da água agindo sobre um organismo imerso, provocam alterações fisiológicas extensas, afetando quase todos os sistemas do organismo. Para Oliveira, Abramo e Mendes (2004), dentre as propriedades físicas da água, a flutuação, que é a força, experimentada como empuxo para cima, constitui um benefício importante na reabilitação do paciente,

pois oferece alívio do peso, promovendo capacidades funcionais na água e facilidade para manipulação do paciente. As atividades praticadas na água receberam inúmeras denominações, entre elas exercício aquático ou em imersão e hidroginástica. Dyson (apud PREVEDEL et al, 2003) prefere o termo hidroterapia, talvez pelos efeitos curativos a ela relacionados. De modo específico, os benefícios da atividade física em imersão foram destacados pela possibilidade de controle do edema gravídico, incremento da diurese e prevenção ou melhora dos desconfortos músculo-esqueléticos. Além destes, foram relatados maior gasto energético, aumento da capacidade cardiovascular, relaxamento corporal e controle do estresse (PREVEDEL et al, 2003). Já Caromano et al (2002) dizem que a hidroterapia é a utilização dos efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos, advindos da imersão do corpo, ou parte dele, em meio aquático, como recurso auxiliar na reeducação funcional neuromotora, músculo-esquelética ou cardiorrespiratória, visando o re-estabelecimento da saúde, sua manutenção ou ainda prevenção de uma alteração funcional orgânica. Vários recursos fisioterapêuticos foram elaborados para o alívio da dor lombar. Um deles é a hidrocinesioterapia; que consiste na aplicação externa da água para fins terapêuticos, utilizando das propriedades físicas como agentes da terapia. Atualmente existem várias técnicas desenvolvidas especificamente para o tratamento de pacientes na piscina, dentre elas o método Bad Ragaz ou método das argolas, que é um conjunto de técnicas terapêuticas, realizados na água, que tem sido desenvolvido, através dos anos, nas águas térmicas de Bad Ragaz na Suíça (FIORELLI; ARCA; PINTO, 2002). Além do Método Bad Ragaz, existem outros como Watsu e Halliwick. No entendimento de Cunha et al (2001) no método Watsu são utilizados alongamentos passivos, mobilização das articulações e relaxamento, assim como pressão em pontos de acupuntura para balancear a energia dos meridianos. Gimenes et al (2006) dizem que o método Watsu dispõe da alternância de massagem, alongamento e flutuação. Sobre o Método Halliwick, Cunha et al (2001) dizem que foi desenvolvido em 1949, onde a proposta inicial foi a de auxiliar pessoas com problemas físicos a se tornarem mais independentes para nadar. A ênfase inicial do método era recreacional com o objetivo de independência na água. Ruoti, Morris e Cole (2000) falam que o Método Bad Ragaz é uma coleção de técnicas terapêuticas efetuadas na água e que ainda em evolução, o método é usado internacionalmente para reeducação muscular, fortalecimento, tração/ alongamento espinhal, relaxamento e


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| Lombalgia. Hidroterapia. Bad Ragaz.

inibição de tônus na água. Fiorelli, Arca e Pinto (2002) afirmam que o Bad Ragaz é um método da hidrocinesioterapia, utilizado pelo Fisioterapeuta, que contribui para melhorar a amplitude de movimento (ADM), também em indivíduos sedentários. Brigante (2000) confirma que o Método Bad Ragaz, utilizado em piscina tem como objetivo a redução do tônus muscular, relaxamento, aumento da amplitude articular, reeducação muscular, fortalecimento muscular, restauração de padrões normais de movimento, além de melhora da resistência geral. Neste método, o terapeuta fornece estabilidade para o paciente e a posição de suas mãos influencia na movimentação do paciente e na quantidade de trabalho isométrico e isotônico realizado. Segundo Cunha et al (2001) os exercícios foram primeiramente executados num plano horizontal. O paciente era auxiliado com flutuadores (anéis) no pescoço, quadril e tornozelos, e por isso a técnica ficou conhecida como “método dos anéis”. Fiorelli e Arca (2002) citam como técnica: isotônico, isométrico e relaxamento. Já Skinner e Thomson (1998) dizem que os padrões de movimento podem ser divididos em padrões de membro inferior, membro superior e tronco, mas eles também podem ser classificados como isotônicos e isométricos. Nos movimentos isotônicos o paciente se move no sentido ou se afastando do fisioterapeuta, que atua como ponto fixo. Nos movimentos isométricos o paciente prende seus membros em um padrão estabelecido enquanto está sendo empurrado através da água. Campion (2000) diz que as posições de partida para os padrões de Bad Ragaz são supino, deitado de lado ou prono. Os padrões utilizam trabalho muscular isométrico e isotônico e foram planejados para os membros superiores, inferiores e tronco. Fiorelli e Arca (2002) dizem que o Método de Bad Ragaz difere-se do Método Kabat ou FNP nos aspectos, que podem ser observados no quadro abaixo:

OBJETIVO O objetivo deste trabalho foi estudar a técnica de Bad Ragaz em hidroterapia como tratamento das Lombalgias. Demonstração do Método Fotos do Método Bad Ragaz: Passivamente - o Fisioterapeuta faz o movimento enquanto o paciente mantémse relaxado (FIORELLI; ARCA, 2002). 26 • NovaFisio.com.br

FIGURA 4 – Fotografia demonstrando o exercício de Desvio unilateral para a esquerda. Conforme Ruoti, Morris e Cole (2000) essa ação promove contrações estabilizadoras. FIGURAS 4 e 5 - Fortalecimento da musculatura abdominal e pára-vertebral:

FIGURA 1 – Fotografia demonstrando o exercício de Estabilização de Tronco em Alinhamento Neutro.

FIGURA 2 – Fotografia demonstrando o exercício de Báscula do quadril – Inferior.

FIGURA 3 – Fotografia demonstrando o exercício de Báscula do quadril – Superior Isometricamente - o paciente mantém-se em uma posição fixa enquanto é empurrado na água pelo fisioterapeuta.

FIGURA 5 – Fotografia demonstrando o exercício de Desvio unilateral para a direita. Isocineticamente - o fisioterapeuta fornece fixação enquanto o paciente move-se na água – tanto na direção do fisioterapeuta quanto para longe ou ao redor dele (CAMPION, 2000).

FIGURA 6 – Fotografia demonstrando o exercício de Posição Inicial.

FIGURA 7 – Fotografia demonstrando o exercício de Fortalecimento da musculatura abdominal, reto do abdome, transverso do abdome, oblíquos externo e interno. FIGURAS 8 e 9 – Fortalecimento dos músculos oblíquos interno/externo e psoas


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| Lombalgia. Hidroterapia. Bad Ragaz. FIGURA 11 – Fotografia demonstrando exercício de Flexão Lateral de tronco à direita.

FIGURA 8 - Fotografia demonstrando exercício de Flexão anterior de tronco com rotação para a direita. FIGURA 12 – Fotografia demonstrando o exercício de Flexão Lateral de tronco à esquerda.

FIGURA 9 – Fotografia demonstrando exercício de Flexão anterior de tronco com rotação para a esquerda.

MATERIAIS E MÉTODOS Realizamos um estudo transversal observando as várias técnicas em hidroterapia no tratamento das lombalgias para as diversas faixas etárias, utilizando para isto, uma revisão literária durante os anos de 1997 a 2009 nas bibliotecas do centro de Ciência da Saúde e de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco, além, de sistema de periódicos da CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. RESULTADOS Sendo o tratamento, Tudo que se refere ao Método Bad Ragaz da Hidroterapia baseado nas opiniões de diversos autores e sabendose que a causa da dor está tanto relacionada com a presença de alguma doença ou de uma disfunção, seja mecânica ou postural, evidenciou-se nesse estudo que o método em questão é satisfatório para o tratamento das lombalgias.

FIGURA 10 – Fotografia demonstrando exercício de Posição Inicial. Isotonicamente - o fisioterapeuta age como fator estabilizante, mas que se move e o paciente é empurrado na direção dos movimentos que levam a um aumento na impedância dos exercícios (CAMPION, 2000). FIGURAS 11 e 12 - Fortalecimento do músculo quadrado lombar, que tem como ação fletir a coluna vertebral lateralmente:

DISCUSSÃO Neste trabalho, o parâmetro de estudo mais importante foi a lombalgia, no qual quando exposta a opinião de diversos autores sobre o tratamento, evidenciou-se os efeitos físicos da água sobre a coluna vertebral. Quanto ao mecanismo da fisiopatologia da lombalgia, ficou caracterizada a necessidade de mais estudos científicos. Com relação ao uso do método de Bad Ragaz da hidroterapia no tratamento fisioterapêutico da dor lombar, houve consenso dos benefícios da água, na qual suas propriedades proporcionam o aumento do espaço intervertebral e alívio da dor. Diante da constatação da grande incidência e prevalência das dores e disfunções referentes à coluna vertebral, relacionar a hidroterapia e mais especificamente o método de Bad Ragaz, é importante no tratamento das lombalgias em diferentes faixas etárias. Segundo Fiorelli e Arca (2002) os fisioterapeutas estão utilizando cada vez mais a hidrocinesioterapia na prevenção, recuperação, reeducação e reabilitação

físico-funcional. Ruoti, Morris e Cole (2000) afirmam que as propriedades físicas da água retiram progressivamente o peso das articulações submersas o que auxilia em suas mobilizações, servindo como meio facilitador para aplicação dos exercícios, além disso, seus benefícios como os efeitos terapêuticos e fisiológicos que provocam alívio da dor, diminuição dos espasmos musculares, melhoria da circulação, manutenção e melhoria do equilíbrio, coordenação e postura. A utilização do método Bad Ragaz objetivando relaxamento muscular, reeducação muscular, fortalecimento, tração e alongamento espinhal, oferece repercussões positivas em relação à lombalgia, qualificando as respostas do organismo através de adaptações orgânicas a partir da imersão do corpo na água aquecida. Cunha et al (2001) dizem que outros métodos como Halliwick que foi desenvolvido em 1949, onde a proposta inicial foi a de auxiliar pessoas com problemas físicos a se tornarem mais independentes para nadar. A ênfase inicial do método era recreacional com o objetivo de independência na água. Já o método Watsu ou “água Shiatsu”, foi criado em 1980 quando o autor, Harold Dull, começou a flutuar pessoas numa piscina de água quente, aplicando alongamentos e movimentos do “Zen Shiatsu”. O “Zen Shiatsu” é um método que se originou no Harbin Hot Springs e que foi estudado por Harold no Japão, seguindo os ensinamentos de Shizuto Masunaga. Este método foi considerado mais eclético e criativo que as formas tradicionais do Shiatsu, que utilizava estritamente pontos específicos. São utilizados alongamentos passivos, mobilização das articulações e relaxamento, assim como pressão em pontos de acupuntura para balancear a energia dos meridianos. (CUNHA et al, 2001). Gimenes et al (2006) dizem que o método Watsu dispõe da alternância de massagem, alongamento e flutuação. Ruoti, Morris e Cole (2000), dizem que o Watsu foi criado como uma técnica de massagem ou bem-estar, e não estava necessariamente destinada para uso em pacientes. Cunha et al (2001) confirmam que o método Watsu foi criado como uma forma de massagem na água e era utilizada para qualquer pessoa. Entretanto, os terapeutas que realizam reabilitação aquática, têm usado estas técnicas para pacientes com doenças neuromusculares e músculo-esqueléticas, sem muito sucesso. CONCLUSÃO O Método de Bad Ragaz é eficiente no tratamento das lombalgias, demonstrando atingir as diversas faixas etárias com um percentual enorme de cura, podendo ser desenvolvido em qualquer ambiente de trabalho por ser de fácil manuseio. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS EM www.novafisio.com.br NovaFisio.com.br • 27


| Clínica escola, fisioterapia, diagnóstico. Perfil dos pacientes em Clínica Escola de Fisioterapia. Por | Luciana Bilitário Macedo, Marcele A. Gomes, Genildes Oliveira Santana, Paulo H. Eufrásio Oliveira. Artigo

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perfil de uma população provém da identificação dos fatores de risco a que está exposta que irão determinar as medidas específicas de prevenção e tratamento das doenças. Objetivo: descrever o perfil clínico e sociodemográfico dos pacientes atendidos em uma clinica escola de fisioterapia localizada no interior da Bahia. Método: estudo transversal; amostra aleatória composta pelos pacientes atendidos em uma clínica escola de fisioterapia. Resultados: 119 participantes, 95 adultos e 24 crianças. Entre os adultos houve predomínio do sexo feminino 53,7%, média de idade geral de 48,5±17,7 anos, casados 51,6%, com filhos 73,3%; sendo 57,9% residiam na cidade em que a clínica está localizada. O diagnóstico médico conforme CID-10 predominante foram às doenças do sistema nervoso (28%) e o diagnóstico funcional a diminuição de força muscular/ diminuição de amplitude de movimento (64,7%). Dentre os procedimentos fisioterapêuticos utilizados a cinesioterapia (47,9%) teve maior predominância; a área de tratamento mais procurada foi fisioterapia em ortopedia (36,8%). Entre as crianças, 54,2% eram do sexo masculino, a média de idade da amostra total foi de 4,6±3,9 anos, e renda familiar de até 1 salário mínimo (41,7%); prevalecendo as doenças do sistema nervoso (54,2%), com diagnóstico funcional de déficit na deambulação/ equilíbrio/ atraso no desenvolvimento neuropsicomotor em 42,7%. Conclusão: os pacientes atendidos na clinica escola de fisioterapia foram na maioria adultos jovens, do gênero feminino, casados, com filhos. Entre os procedimentos fisioterapêuticos prescritos houve predomínio da cinesioterapia e a área mais procurada foi a de fisioterapia em ortopedia. INTRODUÇÃO O perfil de uma população provém da identificação dos fatores de risco a que está exposta, sejam eles fatores sociais, sociodemográficos, sócio-econômicos, sócio-culturais e/ou ambientais, que irão determinar as medidas específicas de prevenção e tratamento das doenças. A composição destas populações é divergente e essas disparidades podem ser evidenciadas à medida que se procura configurar a estrutura da comunidade, considerando variáveis como estado civil, local de moradia, profissão, etnia, nível econômico, dentre outras (1). A necessidade de se conhecer o perfil sociodemográfico da população que demanda algum tipo de assistência à saúde é cada vez mais importante, tendo em vista que a utilização destes serviços é produto de um conjunto de interações entre os 28 • NovaFisio.com.br

profissionais e prestadores de serviços, ocorrendo esta, dentro de um ambiente organizacional rodeado e permeado por traços sociais. Realizar levantamentos do perfil de uma população permite obter um padrão de morbidade ou a demanda atendida pelo serviço, grau de risco de um evento ou agravo em saúde. Além disso, também permite uma mudança no perfil de ação, intervindo diretamente junto aos processos assistenciais e atendendo as necessidades atuais dos serviços de saúde (2, 3). Os serviços de saúde têm como objetivo a produção de impacto positivo nas condições de saúde da população, sendo imprescindível que nestes serviços sejam analisadas questões como demanda, oferta, acesso, uso e equidade para que se tenha atendimento de qualidade com reorientação e organização às necessidades da população (4). O atendimento restrito, principalmente nos centros de reabilitação, a pouca disponibilidade à assistência fisioterapêutica provocam uma demanda reprimida nesses locais, onde há listas de espera e as pessoas aguardam durante meses por atendimento, aliados a dificuldade que grande parte dos usuários tem que se deslocar para esses centros. Essa dificuldade se torna mais importante, tanto em função das limitações físicas que muitos apresentam como do ponto de vista econômico, devido ao custo com deslocamento e transporte (5). Desta forma torna-se importante a caracterização dos centros de reabilitação e clínicas escolas de fisioterapia, especialmente em cidades do interior, visando ampliar e atender de forma adequada as necessidades populacionais/ regionais para que se possa intervir na saúde dos pacientes. O presente estudo teve como objetivo descrever o perfil sociodemográfico de pacientes atendidos em uma clínica escola de fisioterapia no interior da Bahia, bem como os principais problemas clínicos e funcionais diagnosticados entre os pacientes adultos e pediátricos. MÉTODO Estudo de corte transversal, desenvolvido com pacientes atendidos na clínica escola de fisioterapia, onde são feitos atendimentos nas áreas de fisioterapia cardiorrespiratória, fisioterapia dermatofuncional, fisioterapia em neurologia, neuropediatria, ortopedia, uroginecologia e obstetrícia, situado em Lauro de Freitas – Ba. Participaram do estudo, usuários que buscaram algum tipo de tratamento fisioterapêutico, de ambos os sexos, todas as faixas etárias e que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os pacientes afásicos e pediátricos foram

representados pelos seus respectivos responsáveis. Foram excluídos do estudo os usuários que se recusaram a assinar o TCLE. O tamanho da amostra foi aleatório. Foram feitas visitas à clínica em ambos os turnos, nos meses de março a abril de 2010, coletando os dados através de um questionário aplicado aos pacientes que se encontravam na clínica no momento do atendimento. Utilizou-se fonte de dados secundários coletado em prontuários. Entrevistas complementares foram também realizadas com pacientes, com relação ao formulário. Como roteiro para coleta dos dados, foi utilizado um formulário estruturado pelos autores da pesquisa contendo as seguintes variáveis sóciodemográficas e clínicas: gênero (feminino, masculino); idade (expressa em anos ou meses em crianças); estado civil (solteiro, casado, divorciado, viúvo); cidade onde reside; número de filhos; profissão/ocupação; escolaridade; renda familiar (até 1 salário mínimo, de 1 a 3 salários mínimos, de 2 a 5 salários mínimos, mais de 5 salários mínimos); meio de transporte para chegar ao tratamento (transporte coletivo, transporte da prefeitura, transporte próprio e outros). Para uma melhor organização o diagnóstico clínico (dado pelo médico) foi agrupado através dos grupos da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) que classifica as doenças em: neoplasias (Grupo C-D), doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (Grupo E), doenças do sistema nervoso (Grupo G), doenças do aparelho circulatório (Grupo I), doenças do aparelho digestivo (Grupo K), doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (Grupo M), gravidez, parto e puerpério (Grupo O), lesões e algumas conseqüências de causas externas (Grupo S-T). O diagnóstico fisioterapêutico (dado pelo fisioterapeuta) para os pacientes adultos foi caracterizado nos seguintes grupos: hemiparesia, déficit na deambulação e equilíbrio, diminuição de força muscular/ diminuição de amplitude de movimento (ADM), plégico/ parético bilateral, diminuição de sensibilidade/ edema/ dor, heminegligência/ tremor/ hipotonia; já os pacientes pediátricos foi caracterizado nos seguintes grupos: déficit na deambulação/ equilíbrio/ atraso no desenvolvimento neuro-psico-motor (ADNPM), diminuição de força muscular/ diminuição da amplitude de movimento/ espasticidade, contraturas de partes moles, hipotonia/ hipertonia, paresias. Os pacientes foram classificados de acordo com a área de tratamento na clínica escola em: cardiorrespiratória, dermatofuncional, neurologia, neuropediatria, ortopedia,


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uroginecologia e obstetrícia. De acordo com a amostra os pacientes foram classificados quanto à história da doença pregressa em portador de diabetes melitus, hipertensão arterial sistêmica, distúrbios endócrinos, doenças renais, doenças pulmonares; hábitos de vida (tabagismo, etilismo, atividade física) e recursos utilizados para o tratamento (cinesioterapia, massoterapia, eletroterapia, termoterapia, fototerapia, hidroterapia, crioterapia e outros) que foi descrito em 1 recurso, 2 recursos e 3 recursos utilizados. ANÁLISE ESTATÍSTICA Para análise estatística foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Sciences versão 13.0 para Windows. As variáveis numéricas foram expressas em medidas de tendência central após avaliada a normalidade das mesmas. As variáveis categóricas foram expressas em freqüências e valores absolutos. As análises foram separadas entre os grupos adultos e pediátricos, e por gênero masculino e feminino. Aspectos Éticos Este trabalho foi submetido e aprovado com número do parecer 1.657-2009 pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Tecnologia e Ciências, em conformidade com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS A amostra foi composta por 119 participantes, sendo 95 adultos e 24 crianças. Dentre os adultos a média de idade foi de 48 anos ± 17, sendo 53,7% mulheres (idade 48,5 ± 17,7). O estado civil predominante foi de casados (51,6%), sendo que 73,3% possuíam filho, com uma média de 2,8 ± 2,0 filhos (tabela1). Dos indivíduos pesquisados 57,9% residiam na cidade de Lauro de Freitas – Ba; 50,5% utilizam transporte coletivo para chegar ao tratamento. Na escolaridade, predominou o segundo grau completo (42,6%). A renda familiar predominante foi de 2 a 5 salários mínimos. Em relação à profissão/ocupação dos pacientes atendidos na clínica, verificou se que a mais freqüente foi a dos aposentados 30,9% (tabela 1). Na amostra, o diagnóstico médico mais freqüente conforme o CID-10 foram as doenças do sistema nervoso (28%), seguido das lesões e algumas conseqüências de causas externas (23,2%). Verificou-se que o diagnóstico funcional mais freqüente foi diminuição de força muscular/ diminuição de ADM (64,7%), e o recurso para tratamento mais utilizado foi a cinesioterapia (47,9%). A área de tratamento mais utilizada pelos pacientes foi a fisioterapia em ortopedia (36,8%). Demais informações referentes a hábitos de vida, história da doença pregressa, período de admissão na clinica escola e quanto a questão de já ter realizado tratamento fisioterapêutico em outra clínica estão descritos na tabela 1. As características clínicas e sociodemográficas separadas por gênero estão descritas na tabela 2. Dentre as crianças, 54,2% correspondiam ao sexo masculino e 45,8% ao sexo feminino com uma média de idade da amostra total 30 • NovaFisio.com.br

de 4,6 anos ± 3,9. Quanto a cidade onde moram, houve uma freqüência maior de residentes na cidade de Lauro de Freitas – Ba (66,7%). A renda média dos pais foi de até 1 salário mínimo (58,3%) e o transporte mais utilizado foi coletivo (41,7%) (tabela 3). Quando questionado as mães das crianças sobre realização de tratamento fisioterapêutico em outra clínica, 70,8% diziam já ter levado seus filhos em outras clinicas. Com relação ao período de admissão do tratamento das crianças, houve uma predominância no tempo de 0 a 6 meses (45,8%). Com base no CID-10, as doenças do sistema nervoso (54,2%), seguido da classificação com relação a gravidez, parto e puerpério (20,8%) foram as que apresentaram uma maior demanda fisioterapêutica. Verificouse que o diagnóstico funcional mais freqüente foi déficit na deambulação/ equilíbrio/ atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (ADNPM) com 42,7%. Sendo assim, 62,5% das crianças utilizaram como recurso fisioterapêutico para tratamento a cinesioterapia (tabela 3). DISCUSSÃO Neste estudo que teve como meta traçar o perfil dos pacientes atendidos em uma clínica escola de fisioterapia no interior da Bahia, foi observada a predominância de pacientes do gênero feminino quanto à procura ou encaminhamento para o tratamento fisioterapêutico. Siqueira et al. (34) em estudo similar, mostrou que a média de idade entre os pacientes que utilizam serviços de fisioterapia foi próximo ao encontrado pelo estudo atual. Santos et al. (6), mostrou que a maioria da população atendida em serviços de saúde são do gênero feminino (64,9%), justificando que as mulheres buscam mais os serviços de saúde do que os homens. Segundo Rouquayrol et al. (1), a maior freqüência de mulheres na utilização destes serviços pode estar relacionada a características predominantes das mesmas na preocupação com sua saúde. No presente estudo foi observado que a maioria dos pacientes residia na cidade de Lauro de Freitas, sede da Clínica Escola de Fisioterapia onde foi realizada a pesquisa. O meio de transporte mais utilizado pelos usuários foi o coletivo, corroborando com dados achados por Machado et al. (7) que justificou este achado, com a premissa de que a dificuldade ao acesso por alguns esta relacionado com a questão econômicofinanceira e pelo fato de que esse tipo de transporte pode ser utilizado com facilidade pela população. Na variável estado civil, houve prevalência de pacientes que são casados assim como foi constado em um estudo realizado em uma clínica de fisioterapia conveniada ao SUS (8). Quanto ao período de admissão, observouse predominância de 0 a 6 meses de tratamento, fato esse que pode estar relacionado com a alta rotatividade na clínica e pelo fato dos pacientes terem direito a 10 sessões de fisioterapia, podendo prolongar o tratamento a depender da necessidade individual de cada paciente. O número de pacientes que nunca havia

procurado tratamento fisioterapêutico em outra clinica foi elevado, justificando a dificuldade de acesso de muitas pessoas a esse tipo de serviço, fato esse também verificado por Viana et al. (9). Foi observada uma predominância no nível de escolaridade com relação ao ensino médio completo o que esteve compatível com a população do estudo de Rihan (10). Segundo Gus et al. (11), o nível de instrução de uma população está diretamente relacionada à capacidade de auto cuidado com a saúde. Intervenções educativas em saúde são fundamentais para o conhecimento e controle de doenças o que proporcionam resultados significantes, tendo em vista que os pacientes estudados possuem renda familiar 2 a 5 salários mínimos, o que pode ser justificado com o fato das principais ocupações encontradas: aposentados, serviços gerais, donas de casa, estudantes, e outros. No diagnóstico clínico apresentado, houve um elevado percentual de doenças do sistema nervoso (Grupo G) e com uma grande relação com pacientes do sexo masculino, sendo o AVE (Acidente Vascular Encefálico) a doença mais freqüente entre os indivíduos. O AVE constitui um importante problema de saúde pública, sendo responsável pelas principais causas de incapacidades e mortalidade superando as doenças cardíacas e o câncer. Quando não mortais essas doenças levam a deficiências parciais ou totais do indivíduo, com graves repercussões para a vítima e seus familiares (12). O segundo diagnóstico clinico mais elevado nos pacientes do estudo foi relacionado às lesões e algumas conseqüências de causas externas (Grupo S-T), tendo como principal diagnóstico as fraturas. Peraça et al. (13) observou um elevado índice de fraturas dos usuários que buscavam serviços de fisioterapia em um centro universitário. Zago et al. (14) justificou que as fraturas representam um problema de saúde pública de alta incidência e custo socioeconômico, configurando importante causa de morbimortalidade. As doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (Grupo M) foi a terceira em prevalência e apresentaram maior significância do que as doenças da coluna vertebral e artrose, aproximando-se do estudo realizado por Araújo (15) e Nogueira (16). De acordo com sexo foi possível notar um predomínio nas mulheres que fizeram parte desse grupo, fato esse justificado por Picoloto et al. (17) afirmando que as mulheres estão presentes nas ocupações mais prevalentes, referentes a tarefas mais monótonas e repetitivas e, ainda, que a diferença de massa muscular, composição corporal e altura das mulheres em relação aos homens pode representar, nesta amostra, um fator de risco predisponente da sintomatologia dolorosa. Os pacientes estudados apresentam freqüência alta de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus, aproximando-se do estudo realizado por Nogueira (16). A hipertensão arterial sistêmica, associada ao estilo de vida,


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é um fator de risco importante para a ocorrência de doenças cardiovasculares como doenças isquêmicas do coração, insuficiência cardíaca a acidente vascular cerebral (18). O aumento da prevalência da diabetes em países em desenvolvimento vem sendo observado nas últimas décadas. A diabetes mellitus constitui uma causa importante de mortalidade e incapacidade precoce com prejuízos na qualidade de vida (19). A diabetes aumenta o risco de doenças cardíacas, cerebrais e vasculares periféricas em duas a sete vezes, além de causar diversas complicações crônicas, podendo apresentar um aumento progressivo de incapacidade física, com dificuldade de movimentação, deambulação e realização de atividades diárias (20). A prática de atividade física entre os participantes apresentou um percentual baixo. Estudos mostram que o baixo nível de atividade física representa importante fator de risco no desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas não transmissíveis, como diabetes mellitus não insulino-dependente, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, osteoporose e alguns tipos de câncer, como o de cólon e o de mama (21). Quanto a questão consumo de bebidas alcoólicas, o presente estudo mostrou um percentual elevado, principalmente entre as mulheres da pesquisa, aproximando-se do estudo realizado por Duncan et al. (22). A ingestão abusiva de álcool leva ao aumento dos riscos de cirrose hepática, de neoplasias de diversas localizações, de doenças cardíacas, de acidente vascular encefálico e transtornos mentais (35). O diagnóstico funcional de diminuição de força muscular e diminuição de amplitude de movimento apresentaram-se como os mais freqüentes, concordando com o estudo de Cunha (23). O diagnóstico funcional implica em uma classificação, que inclui um agrupamento de sinais e sintomas, síndromes ou categorias, que abrangem a avaliação da informação obtida durante o exame físico (24). A cinesioterapia foi o recurso mais utilizado pelos pacientes da clinica escola, sendo que na maioria dos tratamentos eram utilizados mais de um recurso. Estes achados encontram respaldo no estudo realizado por Costa (8), o que mostrou que os fisioterapeutas utilizam a cinesioterapia em 51% dos pacientes. Neste trabalho foi encontrado que a maior parte dos pacientes procuraram serviços na área de fisioterapia em ortopedia, dado também encontrado por Machado et al. (7), justificando o achado pelo fato desta especialidade envolver alterações ocasionadas pelos distúrbios cinéticofuncionais levando a sintomas traumatoortopédicos, comumente encontrados em pacientes que desenvolvem atividades profissionais. Possivelmente a fisioterapia em ortopedia é a área mais procurada e popular dentro do universo da fisioterapia e também a de maior referência na área ambulatorial. Quando separadas as análises por

sexo, chama a atenção que a segunda maior busca dentre as mulheres pelos serviços foi na área de fisioterapia dermatofuncional. O desenvolvimento da fisioterapia dermatofuncional veio ao encontro do novo conceito de beleza, em que principalmente as mulheres passaram a se preocupar com distúrbios estéticos associados a patologias circulatórias, como a celulite, e com a própria obesidade, que trazem conseqüência para a saúde (25). A pediatria é uma área da fisioterapia que vem crescendo muito com os resultados obtidos nos trabalhos da ciência em nível mundial. Esta área apresenta diversas doenças que na maioria das vezes, desencadeiam deficiências cognitivas, motoras e doenças respiratórias (26). Considerando a distribuição da amostra pelo gênero, observou-se que a maior parte era do sexo masculino, correspondendo com o estudo realizado por Brasileiro et al. (27). A maioria das crianças atendidas na clinica escola residiam na cidade onde a mesma se loclizava. A renda média dos pais das crianças foi de até 1 salário mínimo aproximando-se de um estudo realizado por Mendes (28). Renda familiar e nível sócio-econômico baixo têm relação positiva com a vulnerabilidade para ocorrência de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor (27). O período de tratamento predominante das crianças na clinica escola, foi de 0 a 6 meses. A objetividade no tratamento e a alta rotatividade podem explicar esse achado. A maior parte das mães quando questionadas se a criança já havia realizado tratamento fisioterapêutico em outras clinicas, relataram que sim. Isso pode ser explicados pela necessidade de diferentes abordagens nas crianças devido a complexidade dos problemas funcionais apresentados. Aproximando-se do estudo realizado por Paula et al. (29), o presente estudo apontou elevado percentual de doenças sistema nervoso (Grupo G), sendo a Paralisia Cerebral (PC) a doença mais freqüente entre as crianças da pesquisa. Sabe-se que esta patologia é normalmente de etiologia desconhecida, decorrente da dificuldade de se delimitar, na maioria dos casos, a natureza do evento responsável pela lesão. As causas já conhecidas dessa patologia costumam ser divididas em pré-natais, peri-natais e pós-natais, de acordo com o período em que estima-se que o cérebro da criança foi lesionado (30). Entre os fatores de risco mais comumente citados na literatura estão a prematuridade, o baixo peso ao nascer e a infecção intra-uterina, que são fatores diretamente ligados ao nível de qualidade de vida materna. Com relação ao diagnóstico funcional entre as crianças, houve um predomínio no déficit na deambulação/ equilíbrio/ ADNPM. A PC gera alterações musculoesqueléticas e afetam as reações de equilíbrio. Mancini et al. (31) relatou que as dificuldades encontradas no controle do movimento pela paralisia cerebral, interferem no desempenho das habilidades funcionais.

Estas dificuldades provocam limitações nas atividades de vida diária da criança e de sua família, por isso a necessidade de acompanhamento terapêutico assim que diagnosticado essas alterações. O recurso fisioterapêutico mais utilizado entre as crianças foi a cinesioterapia. Estudos mostram que essa abordagem fisioterapêutica é bastante utilizada entre os profissionais (28,32). Esse exercício terapêutico é o recurso mais utilizado dentre as principais técnicas, pois promove um estimulo a musculatura, tendo como finalidade corrigir e/ou recuperar uma determinada alteração, promovendo também relaxamento e coordenação motora (33). LIMITAÇÕES E PERSPECTIVAS O estudo teve como limitação a interferência da subjetividade de dados nos prontuários do paciente. Outra limitação se refere aos dados coletados diretamente com o sujeito em estudo, pois, muitos não sabiam responder informações contidas no questionário. Como aspecto positivo, salienta-se permitir uma visão geral sobre as características clinicas e sócio-demográficas da população estudada, além de produzir informações que antes não existiam, o que pode ser de grande interesse para a clínica escola de forma local e estendida a outros serviços de fisioterapia. Esses resultados podem possibilitar o aperfeiçoamento, o planejamento e a organização dos serviços prestados, além de poder direcionar melhor o tratamento dos pacientes atendidos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pode-se concluir que os pacientes atendidos na clinica escola de fisioterapia de uma instituição de ensino superior são na maioria adultos jovens, do gênero feminino, casados, com filhos, residindo em Lauro de Freitas. O perfil apresentado mostra uma maior proporção nas doenças do sistema nervoso, sendo responsável pelas principais causas de incapacidades e mortalidade. Este fato levanta a importância se executar programas específicos que objetivem reduzir o impacto dessas doenças que apresentam níveis de morbidade e mortalidade elevados. Tornase cada vez mais importante a intervenção fisioterapêutica para atuar na prevenção, e controle dos fatores de risco, bem como identificar, avaliar e tratar os indivíduos com essas patologias. Ressalta-se a importância de realizar bons trabalhos para cuidar da saúde dos pacientes pediátricos para que assim diminuam as freqüências das complicações e o agravamento das incapacidades e dessa forma os pacientes com distúrbios neurofuncionais alcancem um desenvolvimento neuropsicomotor o mais próximo do normal e uma melhor qualidade de vida. Faz-se necessário à realização de novas pesquisas voltadas para essa temática buscando adequar a assistência fisioterapêutica a demanda local e regional de saúde. Agradecimentos: aos queridos pacientes da clínica o nosso muito obrigado. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS E TABELAS EM: www.novafisio.com.br NovaFisio.com.br • 31


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| Revisão histórica, vaso dilatação, vaso constricção, efeito reativo. Teste de Baruch Prof. Dr Henrique Baungarth1

Drª. Profª Elaine Santos de Andrade2

1-NASCIMENTO

Neste mesmo ano, criou também várias estâncias termais (casas de banho) em Nova York, sendo a mais conhecida de “Revington Street”.

S

imon Baruch nasceu em 1841 em uma cidade da Prússia na Polônia e faleceu em 1921 em Nova York aos oitenta anos de idade e, aos quinze anos de idade mudou-se para os Estados Unidos aonde começou a sua carreira em Medicina. Em 1862 formou-se como médico-cirurgião pela Faculdade de Medicina de Virgínia, mais tarde casou-se com Isabel Wolfer de Winnsboro e teve quatro filhos, dentre eles o conhecido Bernard Baruch, que se destacara como grande empresário financeiro de Nova York. Quando a guerra civil começou nos Estados Unidos, Baruch juntou-se as tropas confederadas do estado de Carolina do Norte e, logo fora convidado para exercer a função de cirurgião-assistente atendendo aos feridos da própria guerra. Mais tarde, a guerra civil cessou com a retirada das tropas, mas Baruch como na época atendia os feridos em uma igreja, não optou por deixá-los, e com esta opção foi capturado tornando-se prisioneiro de guerra. E, preso em uma prisão federal, escreveu um livro falando sobre suas experiências médicas e em especial ferimentos a bala e perfurações no abdômen. Após este período de prisão que se estendeu por seis e longos anos, Baruch voltou a expressar seu amor à Medicina, continuou seus estudos na área da cirurgia, e logo foi convidado a ser membro da associação Médica da Carolina do Sul, e nomeado posteriormente à Presidente do Conselho Estadual de Saúde, do mesmo estado americano que defendeu na guerra civil, atuando por mais de dezesseis anos atuando neste cargo. 2- PESQUISA Em 1881, mudou-se para Nova York, onde já era reconhecido como um dos melhores médicos renomados da época, e em 1889, exercendo seu papel de cirurgião foi o primeiro médico a diagnosticar e realizar uma cirurgia de Apendicite com sucesso, pois anos atrás já havia realizado um estudo da anatomia do sistema digestivo quando escreveu seu livro. Seus méritos na medicina iam aumentando a cada ano, pois o objetivo primordial de 32 • NovaFisio.com.br

Simon Baruch Baruch era descobrir ou tentar encontrar meios que ajudasse na cura imediata de certas doenças ou desenvolver o bem estar das pessoas. Com a humildade e dedicação de sua profissão, termos reconhecidos por todo corpo médico e seus próprios mestres, o prof e amigo John Allan Wyeth ( 1845-1929 ), Baruch descobriu o efeito da tintura de iodo na assepsia e tratamento de feridas, ainda utilizado até a época de hoje em alguns casos. 3 – A GRANDE DESCOBERTA Em 1889, Baruch voltou à Alemanha para visitar sua terra natal e ficou indignado com os banhos públicos que se realizavam em praças públicas sem cuidado com a higiene. Como a temperatura era muito baixa na Alemanha, várias doenças se propagavam com a falta de higiene, foi quando o governo decidiu realizar os “banhos públicos”, com a finalidade de fazer com que a população participasse com certa freqüência e hora determinada, mas faltava assepsia, e todo estes acontecimentos fizeram com que ele se deparasse com a realidade da falta de limpeza que acontecia. E se preocupando com este fato, escreveu um desabafo a Revista Médica The Times, solicitando que o governo tomasse providências cabíveis para o controle da higiene nos banhos públicos e que estabelecesse uma equipe que fosse responsável pela troca e limpeza da água utilizada, a fim de evitar o contágio direto de doenças infecto-contagiosas. Com este protesto a Comissão de higiene à Sociedade Médica de Nova York, elegeu Baruch, como presidente, a fim de ter uma pessoa capacitada na área médica, resolvendo assim a questão dos banhos públicos.

4- A ÁGUA: começo de tudo! Após uma grande jornada de estudo sobre os banhos públicos, a freqüência de sua realização, o controle de epidemias e a acessibilidade do povo ganhou de ter o direito ao banho em si, fizeram com que Baruch começasse a analisar a utilidade da água e seus poderes curativos. Como as estufas que existiam não tinham como comportar o grande número de pessoas, os preços se mostravam caros, afim ter uma maior seleção de moradores de cada localidade, ou seja, como proibir a entrada de doentes e de mulheres que era prostitutas nas estufas aonde a população tinha um lugar de banharse em águas quentes? Era aumentando o preço de entrada. Para o governo, era um grande problema, a população aumentava e os banhos eram realizados para pessoas sadias. E os doentes? Começava assim, a estória de Simon Baruch. Conhecido como o “pioneiro da Hidroterapia”, Baruch destacou-se por várias descobertas sobre a água como um recurso de promover a saúde e seu efeito no organismo humano, fatos que deram o título de “O pai da Hidroterapia científica”. Em sua linha de pesquisa, Baruch partiu do clima da Alemanha, que era de baixas temperaturas e, como a água poderia ser utilizada. A primeira observação foi nos banhos, pois quando a água era quente, as pessoas saiam felizes, relaxadas e quando adicionada a algum ungüento ( extrato de folhas ou rosas ), faziam com que cada pessoa estivesse uma reação diferente, de prazer ou repulsa. Com vários estudos sobre a água, escreveu o primeiro livro chamado “Os princípios da prática da hidroterapia” em 1898, demonstrava de forma clara um guia para os profissionais médicos ou estudantes, aplicarem a água em uma forma terapêutica e evitando doenças. 4.1 Lei de Baruch Quando a temperatura da água é igual a da pele ou mais fria tem o efeito de estimular o organismo, por conseguinte quando a mesma está mais quente tem o efeito sedativo.


Em seu livro “O sucesso do tratamento da febre Tifóide” em 1893, Baruch apresentou o tratamento da febre através da água fria como tentativa e diminuir a temperatura corpórea. A temperatura da água era a chave essencial para o tratamento. Descobriuse então que a resposta da circulação cutânea à uma motivação extrínseca e mecânica, poderia promover o bem estar físico ou não. 4.2 Teste de Baruch Partindo do princípio que a temperatura da água tinha a chave para o sucesso das maiorias dos casos médicos, Baruch desenvolveu um teste que pudesse sintetizar o tempo e a reação que cada paciente pudesse mostrar em determinadas temperaturas da água. O calor e o frio eram fontes de pesquisa árdua, ele queria entender o porquê de alguns pacientes apresentavam uma resposta mais positiva ao mesmo tratamento e inúmeras pessoas ficavam a favor de sua pesquisa imersas em banheiras d’água para promover a sua observação e de toda sua equipe médica. O método teve o reconhecimento de “Teste de Capacidade Reativa”, ou seja a capacidade do organismo em reagir a aplicação do calor e do frio com variações de temperatura do clima e condições de saúde da própria pessoa estudada. A experiência era muito simples, mas a cada paciente, Baruch desenvolvia a percepção do tempo de reação de cada indivíduo treinando assim a olho nu o tempo, a coloração e a reação de estágios do mais lento ou mais rápido, de todo o processo na testagem. Passando um pedaço de madeira na parte posterior do dedo indicador, Baruch riscou a pele de um paciente em duas linhas. A primeira delicadamente e com menos força e a segunda mais forte e com rapidez. A princípio os resultados não foram satisfatórios, apenas em uma pessoa bem treinada poderia ser visto as reações cutâneas. Com o tempo observara que a pele da loja anterior do antebraço poderia ter um campo mais visual de observação e análise, e ao pegar antebraço de um paciente sadio e de um doente, analisou que ao fazer uma pressão com a unha na pele no paciente, a primeira reação era uma vermelhidão, rubor (hiperemia local) e, esta linha poderia se apresentar mais profunda ou irritada. A rapidez com que a linha vermelha se desenvolvia na pele, ia anotando o tempo de reação da pele e ao aumento gradativo da intensidade. Baruch, poderia a partir daí descartar a problemática de fazer com que um paciente ficasse exposto a várias temperaturas da água até achar

uma temperatura adequada a cada tipo de doença. Naquela época eram realizadas várias tentativas de tentar encaixar o frio e o calor como forma de proporcionar a reação desejada. O deslocamento do paciente a banheira, o tempo de imersão e as respostas fisiológicas, fizesse que Baruch criasse um protocolo de classificação, ou seja, pacientes que não demonstrasse reação no teste, o tratamento era adequado a temperatura da água mais fria e paciente que apresentasse reação hiperemia imediata, o calor na água era mais indicado. 4.3 O calor e o frio Baruch relatava que o calor e o frio não eram relativos e sim absolutos, ou seja, os princípios deveriam ser definidos antes do tratamento, com precisão para que o mesmo pudesse chegar mais perto e ou mais rápido do objetivo primordial que era a saúde. Cada paciente apresentava uma tolerância ao frio e ao calor, e cada um poderia mostrar o tempo e resposta satisfatória, pois cada caso era diferente um do outro e defendia os tratamentos individuais e personalizados. A pele exposta a cada estímulo térmico, também fazia a diferença no grau e na intensidade. Antes de criar este teste de reação, Baruch em suas experiências médicas, utilizava bochechas e palma das mãos para tentar avaliar instintivamente com bolsas de água quente para ter o quantitativo de reação. Mais tarde começou a implantar as pontas dos dedos para uma resposta mais aguda. Referências DOS AUTORES 1

Dr.Henrique Baumgarth Professor Titular da Universidade Estácio de Sá Professor Titular Universidade Severino Sombra Professot Titular do I.O.R. Staff do SMFR do Hospital Central IASERJ Presidente da Associação Brasileira de Crochetagem Especialista em Psicomotricidade Especialista em Osteopatia Mestre em Educação

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Profª.Drª. Elaine Santos de Andrade Fisioterapeuta Bacharel em Pedagogia Especialista em Gestão Escolar Especialista em Gestão Escolar Pública Diretora Adjunta do CIEP 351 Ministro Salgado Filho BIBLIOGRÁFICA: Disponível nos sites www.inelastoterapia. com.br e www.henriquecursos.com NovaFisio.com.br • 33


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Tininha | Humor - passa-tempo - game - novidades pELEVADORq pSOBE... Viva a tecnologia!!! RESOLUÇÃO COFFITO nº. 380, de 3 A cada ano que passa novas tecnologias são inventadas. Fico aqui só imaginando o que vem por ai neste 2011. As vezes penso que estou fincando louca e as vezes tenho certeza. Você tem certeza que esta ficando louca quando... 1. Você envia e-mail ou MSN para conversar com a pessoa que trabalha na mesa ao lado da sua; 2. Você usa o celular na garagem de casa para pedir a alguém que o ajude a desembarcar as compras; 3. Esquecendo seu celular em casa (coisa que você não tinha há 10 anos), você fica apavorado e volta para buscá-lo; 4. Você levanta pela manhã e quase que liga o computador antes de tomar o café; 5. Você conhece o significado de naum, tbm, qdo, xau, msm, dps, Cc, Cco,...; 6. Você não sabe o preço de um envelope comum; 7. A maioria das piadas que você conhece, você recebeu por e-mail (e ainda por cima ri sozinho...); 8. Você fala o nome da firma onde trabalha quando atende ao telefone em sua própria casa (ou até mesmo o celular!!); Você digita o ‘0’ para telefonar de sua casa; 10. Você vai ao trabalho quando o dia ainda está clareando e volta para casa quando já escureceu de novo; 11. Quando seu computador para de funcionar, parece que foi seu coração que parou; 11. Você está lendo esta lista e está concordando com a cabeça e sorrindo; 12. Você está concordando tão interessado na leitura que nem reparou que a lista não tem o número 9; 13. Você retornou à lista para verificar se é verdade que falta o número 9 e nem viu que tem dois números 11; 14. E AGORA VOCÊ ESTÁ RINDO CONSIGO MESMO; 15. Você já está pensando para quem você vai mostrar esta mensagem; 16. ...É a vida...fazer o quê... foi o que eu fiz também... Feliz modernidade!

de novembro de 2010. (DOU nº. 216, Seção 1, em 11/11/2010, página 120) Regulamenta o uso pelo Fisioterapeuta das Práticas de homeopatia, fitoterapia, entre outros.

pSOBE...

Já esta marcada a data do próximo Congresso Brasileiro de Fisioterapia que este ano será em Florianópolis. O evento acontecerá nos dias 9 a 12 de Outubro no Centro Sul para mais informações visite www.afbfloripa2011.com.br

pSOBE...

O Jornal eletrônico G1 em sua página “guia de carreiras” do dia 11 de janeiro deste ano destaca a fisioterapia esportiva e atendimento a domicilio. “Fisioterapia esportiva e atendimento a domicílio são duas áreas promissoras para quem pensa em trabalhar com fisioterapia, segundo Daniela Lucchesi Prado, responsável pelos atendimentos no Hospital Santa Catarina, em São Paulo.” Confira a matéria na integra em: http://g1.globo.com

qDESCE...

O Diário da Justiça Nº 208, de sexta-feira, 29 de outubro de 2010 páginas 16 e 17 diz que: ...por meio de denúncias de atuais servidores do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3ª Região (CREFITO- 3), que versam sobre diversas irregularidades praticadas pelo atual Presidente do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3ª Região, Sr. Gil Lúcio Almeida, durante seu mandato, desde o ano de 2008, no exercício de seu cargo, que teriam desvirtuado a atividade finalística da autarquia federal, atendendo a objetivos particulares do investigado, como sua promoção pessoal e divulgação de livro de sua autoria; NovaFisio.com.br • 37

Respostas 1 - Esmalte. 2 - Na África 3 - A Beleza. 4 - O Joelho. 5 - A cama. 6 - Um CD. 7 - Bicicleta.

A resposta certa e 4100!!! Se não acreditar, verifique com a calculadora. O que acontece e que a sequencia decimal confunde o nosso cérebro, que salta naturalmente para a mais alta decimal (centenas em vez de dezenas).


|FisioPerfil

FP

Dr. Rodrigo Soliva Jahara

Sempre uma breve entrevista com quem tem uma longa história.

rodrigojahara@yahoo.com.br

Quem é, o que faz |

Trabalha com fisioterapia dermato-funcional, dá cursos e não pretende mudar de área.

Qual ano e em qual faculdade se formou? Me formei em 2000 pela UGF - Universidade Gama Filho - Rio de Janeiro -RJ Qual foi a melhor coisa que fez na vida? Passar para meus colegas e alunos, informações positivas do meu dia-dia. Qual foi a pior coisa que fez na vida? Ter que reprimir colegas fisioterapeutas que falavam mal de outros colegas, pois acho que a nossa profissão deve ser unida e não da forma que está... O que você mais gosta na profissão? Pesquisar, estudar e de por em prática em meus pacientes tudo aquilo que aprendi e no final e mais gratificante é a satisfação deles. O que você odeia na profissão? Falta de união e fofocas... Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? A força de vontade e o interesse de aprender informações atualizadas. Que qualidade você mais detesta nos profissionais que te cercam? A falta de interesse em brigar pela solidez da especialização e de não se interessar pelas informações políticas que determinam o que podemos utilizar. Qual sua maior virtude? A de ensinar para os meus colegas o que desenvolvo em minha vivência clínica do dia-dia. Qual seu pior defeito? A pressa em conquistar algo. Se pudesse mudar algo, o que seria? Não seria o certo mudar, mas tentar modificar as políticas internas da profissão. 38 • NovaFisio.com.br

Qual maior mentira já contou? Desculpe, mas não gosto de mentiras... Qual fato foi mais inusitado em sua carreira? prefiro não comentar... Qual fato foi o mais cômico? Um dia ter lido um livro onde falava de várias técnicas para o fisioterapeuta e no final de cada capítulo, falava que o fisioterapeuta não podia utilizá-la, rs... Qual seu maior arrependimento? Não me arrependo de nada, acho que temos que tirar proveito também, de coisas ruins... Qual dica daria aos colegas? Em primeiro lugar, que sejam sempre profissionais atualizados e capacitados para realizar novas técnicas, sempre com cientificidade e coerência. Por isso que eu sempre digo, estude sempre pois é o melhor investimento... Em segundo lugar, que se interessem mais pelas políticas locais de seus crefitos entendendo mais a fundo as regras ditadas por eles.

Qual seu maior pesadelo? Que um dia o ato médico seja aprovado. Que talento mais gostaria de ter? Habilidade de administrar mais o tempo, rs. Se não fosse fisioterapeuta gostaria de ser o que? Arquiteto, gosto muito de fazer reformas, rs... E qual profissão jamais queria ter? Advogado

Qual objeto de desejo? Um aparelho de laser Syncro.

Diga um desafio? Se manter no mercado de trabalho.

Qual sua aquisição mais recente? Convite de uma editora para escrever um livro sobre carboxiterapia.

Um livro? Queda de Gigantes - Ken Follet.

Qual seu maior sonho? União na profissão.

Quer fazer alguma divulgação? Yunit cursos, cursos na área da fisioterapia. Acesse www.yunitcursos.com.br


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