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FISIO
Editorial|
DESDE 1996
Caro leitor, nesta edição da Revista NovaFisio você conhecerá uma ideia inovadora que nasceu em São Paulo através de uma fisioterapeuta, o Projeto Fisioterapia Itinerante. Um ônibus clínica que atende pacientes da região sul da capital paulistana, que precisam de atendimento. Muito legal e tenho certeza que irá gerar novos frutos. Já a entrevista de capa desta edição é com a ex-BBB, Mayra Cardi. Depois de participar da nona edição do reality show da TV Globo, desempenhou a função de apresentadora de um programa de entrevistas na Record de Cuiabá e, como todos os nossos entrevistados, teve que se submeter ao tratamento de fisioterapia por causa de uma lesão. Agora, é só virar a página e curtir o seu exemplar! Oston de Lacerda Mendes Fisioterapeuta - Editor
Índice| 04 Literatura Lançamentos. 06 Cartas. 08 Entrevista com a apresentadora Mayra Cardi. 11 Frases e Coluna Social. 12 Coluna do Dr. José da Rocha. 14 Coluna do Dr. Geraldo Barbosa. 16 Coluna do Dr. André Luiz de Mendonça. 18 Coluna do Dr. Luis Guilherme. 19 Caderno especial de Pilates. 28 Projeto Fisioterapia Itinerante. 30 A massagem do tecido conjuntivo no tratamento da dismenorréia primária. 36 Sling Desk. 40 Classifisio. 42 Agenda de eventos. 44 Tininha. 46 FisioPerfil com Dra. Marlene Müller.
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EDITORES: OSTON MENDES oston@novafisio.com.br & LUCIENE LOPES luciene@novafisio.com.br SECRETÁRIA: NINA LOPES MENDES nina@novafisio.com.br
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Cartas|Escreva sua carta também. Escreva para: revista@novafisio.com.br LITERATURA LANÇAMENTOS REABILITAÇÃO NEUROLÓGICA
TERAPIA DO ALONGAMENTO YLINEN, Jari Juhani
UMPHRED, Darcy Ann
Terapia de alongamento para o esporte e terapias manuais Esse livro-texto contém informações valiosas para fisioterapeutas, massoterapeutas, educadores físicos e professores, treinadores, técnicos, médicos, osteopatas, esportistas e todos aqueles que utilizam o alongamento no seu trabalho. O alongamento tem um papel importante no cuidado com os tecidos moles após o tensionamento no trabalho ou no esporte. Ele é utilizado para facilitar a recuperação da unidade músculotendão após os exercícios ou após o trauma agudo, para tratar os músculos em estado de fadiga e para o relaxamento. Dentro da fisioterapia, o alongamento manual é utilizado para remover a tensão muscular ou a espasticidade e restaurar a capacidade normal de estiramento dos tecidos moles. As técnicas de alongamento são normalmente utilizadas em todas as técnicas de terapia manual para tratar a unidade músculo-tendão. Este livro contém uma revisão bibliográfica a respeito dos efeitos do alongamento e comparações das diferentes técnicas de alongamento. A fundamentação teórica e os mecanismos fisiológicos também são explicados. Fotografias coloridas mostram claramente como é aplicado o alongamento, enquanto ilustrações anatômicas mostram a localização e a direção dos músculos a serem tratados, a fim de que as corretas posições das mãos possam ser adotadas, e a direção do alongamento é clara. Descrevem-se tanto as técnicas de alongamento estáticas quanto as de tensão-relaxamento, dando-se atenção especial a possíveis complicações e contra-indicações. O livro-texto contém mais de 160 fotografias coloridas e mais de 200 marcações.
Reabilitação Neurológica, 5ª Edição, inclui desde as teorias básicas até os últimos avanços em triagem, tratamentos, diagnósticos e intervenções. O livro considera a abordagem de solução do problema ao tratamento terapêutico das limitações do movimento e qualidade de vida, entre outras questões. Com ênfase na solução de problemas do mundo real, estudos de caso em todos os capítulos mostram a aplicação dos conceitos apresentados.
ANATOMIA DO MOVIMENTO HUMANO PALASTANGA, Nigel Um bom conhecimento de anatomia é fundamental para muitas habilidadeschave, mas talvez seja difícil resgatar todas as informações no momento em que elas são mais necessárias. Este pequeno guia de bolso está aqui para ajudá-lo a recordar a anatomia essencial e sua aplicação na realização ou imediatamente antes de um exame. O guia também pode ajudar a revisar um tópico que você acabou de aprender ou para o qual esteja se preparando. Todas as áreas do corpo são cobertas por regiões e incluem ossos, músculos, articulações, assim como movimento, palpação, origem, inserção e inervação. As informações estão dispostas em pequenas notas, fáceis de consultar, próprio para quando se busca algo às pressas. Escrito por uma experiente equipe de autores que sabe como é aprender anatomia, este guia de bolso estará à disposição sempre que precisar, no estudo e no trabalho.
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CARACTERÍSTICAS DESTA NOVA EDIÇÃO: • Quatro novos capítulos que destacam tópicos importantes sobre o movimento e o desenvolvimento durante a vida, saúde e bemestar, documentação e interação cardiopulmonar. • Cobertura dos pontos-chave em fisioterapia, incluindo transtornos neurológicos e questões sobre tratamentos, déficit visual, disfunção do assoalho pélvico e dor. • Completa revisão de cada capítulo, que oferece as informações e pesquisas mais atuais. VOCÊ ENCONTRARÁ TAMBÉM: • Profunda cobertura, com ilustrações, estudos de caso e exemplos para facilitar a compreensão de informações complexas. • Abordagens não convencionais a intervenções neurológicas, como a do movimento, da energia e do sistema físico corporal.
EXAME CLÍNICO ORTOPÉDICO MCRAE, Ronald Exame Clínico Ortopédico está consolidado como o guia padrão sobre o assunto. Apesar das técnicas básicas de um bom exame clínico serem melhor aprendidas pela prática sob supervisão, a falta de oportunidades de vivenciar uma gama adequada de casos clínicos apropriados dificulta esse aprendizado. Como resultado, muitos estudantes e recém formados possuem somente um conhecimento esquemático das técnicas de exame fundamentais para o diagnóstico e tratamento. Este livro será valioso ao preencher estas inevitáveis lacunas até que o aluno obtenha uma sólida prática baseada na experiência. As ilustrações do autor, dispostas em uma sequência linear, seguem as linhas tradicionais de inspeção, palpação e exame dos movimentos e estruturas anatômicas pertinentes. O papel essencial do exame radiológico na investigação da maioria dos casos ortopédicos está completamente ilustrado e integrado com os desenhos e esquemas neste livro. Para esta Sexta Edição, o texto foi atualizado e inclui diversos novos testes e métodos para a avaliação da função geral do membro. Você encontra estes e outros lançamentos na Livraria Andreoli Fone 11 3679-7744 www.livrariaandreoli.com.br
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Bate-papo sobre Osteoporose esclarece dúvidas sobre o tema
e poucos anos, após os 50 anos inicia-se o desequilíbrio”, explicou.
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Na segunda-feira (23), o Instituto Patrícia Lacombe recebeu o médico ortopedista Dr. Alexandre Bierrembach para um bate-papo sobre Osteoporose. Dezenas de pessoas interessadas no assunto souberam um pouco mais sobre o tema e tiraram suas dúvidas.
O uso de medicamentos como anticoagulantes, alguns antidepressivos e corticóide também foram mencionados durante a palestra como vilões que favorecem a Osteoporose. “É preciso considerar os benefícios de cada tratamento e pesar na balança do equilíbrio”, ponderou Dr. Alexandre.
Veja abaixo os eventos envolvidos na promoção:
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XIX Congresso Brasileiro de Fisioterapia. (09 a 12 de outubro em Floripa-SC)
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Estes são apenas alguns dos eventos que você pode participar comprando com desconto o seu ingresso. Para isso basta ser assinante NovaFisio e fazer a sua inscrição pelo site. Novos eventos são incluídos a todo instante. Visite sempre o site quando quiser participar de algum e não perca tempo, pois os ingressos com desconto são poucos e acabam rápido. Estaremos em todos estes eventos e será um prazer te encontrar por lá. Por Oston Mendes (Fisioterapeuta e Editor)
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Após abertura do evento, feita por Patrícia Lacombe, Bierrembach iniciou a palestra definindo Osteoporose como uma fragilidade óssea causada pela diminuição da massa óssea, caracterizada como um processo natural do envelhecimento, que pode se transformar em doença. Os causadores da doença foram destacados pelo ortopedista. “Entre as principais causas da Osteoporose estão tabaco, obesidade, sedentarismo, falta de trabalho preventivo e de equilíbrio muscular, além da falta de sol (que carrega a vitamina D) e herança genética”, disse. A genética foi apontada como a principal causa, responsável por 65% dos casos. “Se a mãe, tia, irmã de uma pessoa tem Osteoporose, a prevenção é a melhor alternativa para ela”, completou.
Ao final, os participantes do evento foram convidados para uma vivência em Ginástica Holística, coordenada pela fisioterapeuta Sandra de Farias do Instituto Patrícia Lacombe. “A visão holística (trabalho global) serve para tudo, porque o ser humano não foi programado para ficar parado. Fomos programados para a mobilidade. Temos que saber viver”, finalizou o Bierrembach. Por Alessandra Fraga Comunicação e Relacionamento Instituto Patrícia Lacombe
Segundo Bierrembach, pensar em prevenção envolve fatores como exercício físico e alimentação. “Sob a óptica ortopédica, o ideal é a prevenção holística através da adequação da capacidade corporal, do alongamento e do trabalho no tônus. Não se deve chegar aos 70 anos com a Osteoporose instalada para tratar”. A alimentação saudável recomendada pelo ortopedista inclui a ingestão de alimentos como leite, salmão e brócolis, porém a indicação é ter o suporte de profissionais da nutrição para elaborar a dieta adequada para cada pessoa.
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A Osteoporose não dói: esta foi, para diversas pessoas, a revelação feita durante a palestra. “A Osteoporose não causa dor, o que dói são suas consequências, as micro fraturas lentas, as deformidades tardias como desvio de lateralidade, isso dói”, esclareceu Bierrenbach.
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A necessidade ou não de fazer o controle hormonal, a partir da indicação feita pelo ginecologista, foi apontada pelo palestrante como importante passo para o tratamento da Osteoporose, já que a queda do estrogênio nas mulheres tem inicio durante a menopausa e pode comprometer a remodelação óssea. “O osso é um tecido vivo e durante toda a vida suas células nascem e morrem em equilíbrio até os 30
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Por Jonathan Taioba Diretor da SUMMIT Empresa Representante da NovaFisio
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Entrevista de capa|Mayra Cardi Por | Eduardo Tavares Foto| Bruno Cardí
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la foi eleita a Mãe Mais Bonita do Brasil em um concurso promovido por um programa de TV. A partir daí, Mayra Cardi iniciou uma carreira de modelo participando das principais campanhas publicitárias do país. Em 2003, recebeu uma proposta para apresentar o Programa VIP na Rede Record de Cuiabá, entrevistando personalidades de todas as áreas. Após quatro anos com o programa, foi convidada para fotografar para editoriais internacionais, em Roma, Paris, Portugal, Madrid, entre outras cidades da Europa, onde ficou até o início de 2009, quando foi chamada para entrar na casa mais famosa do Brasil, o Big Brother Brasil 9. Atualmente participando de programas de aventura e com artistas no SBT, Mayra conversou com a revista NovaFisio contando um pouco de sua vida profissional e pessoal, além de revelar como a fisioterapia ajuda na recuperação de sua lesão no joelho. 8 • NovaFisio.com.br
Mayra Cardi
Em que cidade você nasceu? Em São Caetano do Sul, São Paulo. Quando pequena você imaginou que seguiria uma carreira artística? Sinceramente, acho que nasci sabendo rs... ao menos querendo. Eu cantava desde pequena e pegava a escova de cabelo para entrevistar minha avó, como uma apresentadora. Algumas vezes era cantora. Eu adorava imitar a Xuxa. Enfim, sempre fui fascinada por televisão. A única coisa que me impediu de seguir carreira, desde novinha, foi meu pai, que sempre odiou TV, como é até hoje. Então, tive que esperava sair de casa, ganhar meu próprio dinheiro, para poder trilhar meu próprio caminho. Com 18 anos consegui começar a trabalhar na televisão, e meu pai foi obrigado a aceitar desde então. Que compromissos profissionais você acumula atualmente? Muitos, graças a Deus. Atualmente tenho dois programas no SBT, um de aventuras e outro com artistas. Fora revistas, catálogos, propagandas, fotos, capas de revistas, que sempre surgem para eu fazer. Depois, tem a função de ser mãe, que é uma das minhas prioridades e me ocupa bastante também, fora esposa rs... Quem são seus ídolos? Humm. Pergunta difícil. Mas meu filho em primeiro lugar. Acho que meu pai. Conheço os defeitos e admiro as qualidades e a inteligência absurda como ninguém, generoso, coração incrível... Tirando ele, super homem existe? Então só ele mesmo. Que tipo de música e filme te agrada? Amo filmes e música. Sou bem eclética, mas particularmente AMO Maria Rita, entre outros milhões de cantoras e cantores que não chorem para cantar e não gemam rs... Com relação aos filmes gosto mais dos dramas, mas na verdade não tem o que eu não goste... O que gosto menos são os de tiros em alguns filmes. Gosto dos que me prendem a atenção, e tentam me fazer chorar e me emocionam, Doce Novembro, por exemplo. Acontecem muitas coisas no BBB que as câmeras não mostram nem no pay per view? Tudo o que o edredom cobre rs... E o que se faz dentro do banheiro. Tirando isso, nada tem como esconder. De um modo geral, abafar um pouco dá sim, mas esconder tudo, não. Nunca te incomodou saber que milhões de pessoas iriam conhecer um pouco da sua intimidade pela TV? Quando se está lá dentro, não se dá conta disso ou da proporção que se tem. Claro que vemos as câmeras e lembramos que estamos sendo observados, mas sem ter aquela real ideia de que através delas milhões de pessoas podem te acompanhar. Quando saímos nas ruas após o BBB e todos te chamam pelo nome, gritam e lembram episódios e coisas que você fez e eles gostaram, aí sim a ficha vai realmente caindo e você percebe a proporção do que você fez...onde foi se meter.
Existe a possibilidade de se fazer algo dentro da casa que as câmeras não registrem? Sim, embaixo do edredom como eu disse, não tem câmera, as pessoas fazem cabaninhas e tentam conversar, combinar votos, fazem coisas... Por ai vai. Qual foi o pior momento que você viveu no BBB? O paredão é uma sensação muito ruim mesmo. Mas para mim a pior coisa foi a rejeição das mulheres da casa. A situação de eu ter entrado após um mês de o programa ter começado foi ruim. Não tive a mesma oportunidade que os outros participantes tiveram. Não pude tentar ficar mais, concorrer devidamente ao prêmio, e você
“
...Mas que coisa feia, estou decepcionada com sua atitude...
”
entrar em uma casa estranha, com gente que você nunca viu é muito difícil. Como se não bastasse, não tem comida direito, às vezes comemos arroz e feijão somente com sal, sem tempero. No café da manhã, almoço e janta às vezes, não tem pão. Junto à falta de comida, gente estranha, lugar estranho, regras estranhas, teve o preconceito das meninas, como eu disse, por eu estar entrando depois. Fui excluída por todos, pois obrigaram seus namorados a me excluírem. Foi muito sofrido para mim. Foi difícil fazer ensaios sensuais? O que você faz para relaxar nestes momentos? Acho que seria muito difícil fazer um ensaio nu. Não deve ser nada fácil fazer cara de paisagem estando sem roupa... Mas ensaio sensual não me incomoda. É como estar de biquíni. Adoro foto, e sempre gosto muito dos resultados. Posso me transformar em outras personagens nas fotos. O segredo é esquecer o cara da luz, o cabo man, o ajudante, o bar man, e os outros 10 da equipe. ...e fingir que tem só você e a câmera automática rs... Verdade que já recusou ofertas de revistas para fazer ensaio nu por causa da família? Na verdade recusei por inúmeros fatores. Acho a Playboy muito bacana. Acho bem
comportada... Se tratando de nu, é um nu mais educado, se é que vocês me entendem. Mas acho que tudo que vamos fazer na vida tem que ser feito com vontade, e com 100 por cento de certeza. E eu não tenho 100 por cento de certeza que me sentiria bem. Tem coisas que o dinheiro não compra, para mim essa é uma delas. Tem mulheres que vendem o corpo por dinheiro no lugar de amor, se sentem bem com isso e pronto. Na minha cabeça se eu tirar a roupa por um valor sem eu mesma querer, estarei me vendendo também. Outro fator foi sim a família. Na verdade foram os homens da minha vida. Um foi meu pai, que é extremamente bravo, conservador e careta rs... Fora a posição social. Na cidade, não seria nada bacana encarar os amigos dele sabendo que me viram pelada. E outro, meu filho, que tem 10 anos e já pediu, por favor, para eu não tirar a roupa. Enquanto isso estiver acontecendo, não tiro e pronto. Filho é para sempre, dinheiro não. Os meus valores são esses. Tiro a roupa sem o menor pudor por amor, nunca por dinheiro. Você já passou por alguma situação constrangedora nos bastidores de TV, entrevista ou durante algum ensaio para revistas? Alguma cantada grosseira? Várias. Infelizmente é o que mais acontece. Existem homens bem vulgares, grosseiros, mas eles param aonde vai o seu limite e a diplomacia. Quando receber uma cantada grosseira nunca sorria, pois vão interpretar que você gostou da mesma. Nunca mande a m... ou coisas do tipo, pois você vive da imagem e precisa do seu público. Infelizmente, algumas pessoas confundem liberdade com libertinagem. Acham que podem ultrapassar os limites, deixe claro que não podem, mas sem ofender. Quanto mais educada você for, mais sem graça ficará o indivíduo. Quando é uma cantada muito grosseira no meio de muitos amigos bêbados ou coisa assim, a melhor coisa é fingir que não está escutando. Quando é uma cantada direta, diga algo do tipo... Mas que coisa feia, estou decepcionada com sua atitude. Eles pedem desculpa na hora. Os bêbados não rs... Existem limites, então mostre onde entra o seu e pronto, resolvido. Já teve algum fã que ultrapassou dos limites? Sim, tive um fã que descobriu o número do meu celular, casa, endereço da minha residência e até da minha avó. Tive bastante medo. Ele me ligava sempre. Fui educada o quanto eu pude. Ele começava a perguntar coisas da minha vida particular e comecei a me irritar. Me ligava no meio do trabalho, e quando eu tentava desligar, ele dizia: você não pode fazer isso com seus fãs, você é nossa, nos deve satisfação, é uma pessoa pública. Ele já tinha dito meu CPF, endereços... Então tive muito medo. Tive que agir com cautela. Quais seus projetos para o futuro? Profissionais e pessoais? Sou apresentadora há 10 anos, e não me NovaFisio.com.br • 9
Entrevista de capa|Mayra Cardi imagino fazendo outra coisa, mas quero muito ter um programa meu, com a minha cara, mais sério e de conteúdo. Vou buscar isso, e se Deus quiser, irei conseguir. Levei 10 anos para chegar até aqui. Não paro por nada. Qual a maior loucura que você já cometeu na vida? Não considero nada que faço como loucura... Me arrependo muito das coisas que deixei de fazer, pois a vida é uma só, e se passou, passou e pronto. O que fiz e depois não gostei, valeu pela tentativa e o aprendizado. Só aprendemos a crescer de verdade com os tombos e os sofrimentos, e isso, tive bastante. Aproveito cada lição que a vida me ensinou. Loucura é ter medo de viver. E o que você já fez e nunca faria novamente? Nada. Faria tudo outra vez, pois se não fosse assim não seria o que sou. Não saberia o que sei, e levaria tombos de outra forma. É bom cair bastante quando criança, pois as cicatrizes se recuperam mais rápido. Como você mantém sua forma? Como é seu treinamento? Nunca tinha feito academia na vida. Mas por problemas de saúde, fui obrigada a regular meus salgadinhos e doces junto com academia. Tenho uma vida saudável. Hoje treino 2 ou 3 vezes por semana e me alimento extremamente bem, de duas em duas horas, em grande quantidade de coisas muito saudáveis. Nada de passar fome, pelo contrário, estou sempre muito cheia rs... Então você cuida da alimentação? Muito. Antes, frituras e doces nunca faltavam na geladeira. Comia dois sandubas com batatas fritas, sorvete e salgadinhos às três da manhã. Não engordava porque sempre comi de duas em duas horas, acelerando meu metabolismo para trabalhar mais rápido. Porém era bem preguiçosa, mole, e flacidez não era bacana, sentia muito cansaço. Hoje me alimento de frutas, verduras, somente carne branca, muito cereal, arroz integral, massa, pão, pasta sempre integral, salgadinhos light, doces lights. Não deixo de comer nada, mas substituo tudo, refrigerante por suco por ai vai... Como e quando surgiu sua lesão no joelho? Do nada. Como disse, era uma pessoa muito sedentária, totalmente sedentária. Um dia me ajoelhei no chão duro da borda da piscina para tomar sol, mas não desci primeiro as mãos depois o joelho. Joguei meu peso no joelho de uma vez e deitei. Daí começou a inchar e em três dias tive que usar cadeira de rodas, porque ele não dobrava. Tirava a água do joelho no hospital. Fiz tratamentos com remédios e fui indicada a fazer fisioterapia. Foi uma forte pancada? Pancada não, foi uma pancadinha da altura 10 • NovaFisio.com.br
do chão até meu joelho... Foi o suficiente para nunca mais eu ter o joelho perfeito. A partir daí, sempre fico com eles inchados quando vou dançar, por exemplo. As dores foram intensas, ainda te incomodam? Sou muito forte para sentir dor... Alguma coisa para doer, tem que estar doendo muito. Quando cheguei ao médico para resolver o problema, ele me colocou na cadeira de rodas e perguntou como eu estava andando. Aí eu percebi que era sério. Até hoje tenho sequelas. Acho que isso será para o resto da vida... Após começar a fisioterapia, melhorou muito, mas acho que perfeito, nunca mais estará. Sei disso, existem coisas que é melhor prevenir... Exercícios, fisioterapia tenho certeza que é essencial. Pena agora é que tarde demais. Quando foi isso? Há uns cinco anos. Antes de eu morar em Portugal. Lembro que 10 dias depois fui para Portugal, nove horas de vôo. Meu joelho quase explodiu de inchaço no avião. Foi terrível, por causa da pressão. Que tipo de tratamento você fez? Fiz fisioterapia durante muito tempo, e não faço mais com a mesma frequência. Mas sempre que ele começa a inchar eu já volto rapidamente a fazer antes que piore. Acupuntura também me ajudou bastante. Hoje faço fisioterapia também por conta de uma hérnia de disco na coluna, por culpa do meu filho rs... Tadinho, fui pegar ele de salto alto, no colo. Ele pesa 50 quilos e estava dormindo bem molinho. Eu estava desajeitada e dei um mau jeito. Fiquei de cama sem andar uma semana e mais 3 meses me arrastando. Resultado, foi hérnia de disco. Seguiu corretamente as sessões de fisioterapia? Sim, segui tudo até o final, depois parei, mas acredito que fisioterapia é o tipo de tratamento que devemos seguir pelo resto da vida. Principalmente quando é joelho e coluna. Em sua opinião, o que é mais desagradável com relação à fisioterapia? Eu acho que fisioterapia é o tipo de coisa que você não vê resultado em 1 semana. O ser humano quer sempre o resultado visual rápido em tudo que faz. Se você não vê de imediato você não acredita que está funcionando e aí interrompe o tratamento na metade. É um tratamento a longo prazo que não se nota na primeira sessão. Na minha opinião a maior dificuldade é essa. Você conseguiu a recuperação desejada? Consegui após os meses de tratamento. É um tratamento lento, mas eficaz. Tem que ter muita paciência. Após o tratamento, tive meu joelho bom mas nunca mais pude fazer as mesmas estripulias de antes, pra não correr o risco de inchar novamente e ter de refazer tudo. Mas procuro sempre fazer o tratamento devido minha vida agitada.
O problema no joelho te impede ou já te impediu de fazer algum tipo de trabalho ou praticar um exercício? Já sim. Estava marcada uma sessão de fotos para a Coca-cola em um riacho cheio de pedras. O sobe e desce inchou o meu joelho umas 3 vezes mais, impedindo um bom resultado na foto. Se eu tenho algum trabalho que necessita que eu fique em pé por horas, sinto muita dor. Na última vez, tive problemas no trio da Ivete Sangalo, onde não conseguia subir e descer. Fora a estética que fica super feio pelo inchaço. Durante uma sessão de fisioterapia já aconteceu algo curioso? Sim. Isso sempre tem em qualquer lugar, em supermercado, fisioterapia, salão de beleza... O pior de todos foi uma vez que tive que ficar internada por intoxicação. Não conseguia nem ficar de pé. Estava toda vomitada e chegando ao hospital um rapaz queria tirar uma foto comigo. Não tinha como eu tirar foto naquele estado e ele ficou bravo. Que mensagem você deixaria para os profissionais de fisioterapia que dedicam parte de seu tempo na recuperação das pessoas? Eu acho um trabalho muito admirável e pouco reconhecido devido à demora e as pessoas acabam desistindo antes de concluir o tratamento. É um trabalho de grande dificuldade que deveria ser melhor reconhecido. Deixo aqui meus parabéns a todos os profissionais que cuidam com toda dedicação de tantas pessoas em seus mais diversos problemas, e acabam se tornando um pouco psicólogos por incentivar e dar força ao paciente para não desistir até ter sua total recuperação. Admiro muito todo esse trabalho. Beijos para todos os leitores e a Equipe da Revista NovaFisio.
Frases|Mande a sua frase: revista@novafisio.com.br “Mais cedo ou mais tarde, o universo desvenda segredos e ilusões, porque a verdade é o estado natural de todas as coisas”. [Dra. Daisy Chaves]
“O segredo do sucesso é não tentar agradar a todos”.
[Dr. Rodrigo Jahara]
“Os fisioterapeutas são especialistas em nos fazer rir.”. [Rafael Calomeni - Ator]
Coluna Social|Fotos do I Cruzeiro da Fisioterapia.
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Colunas | Coluna do Dr. José da Rocha - Leia todas as outras no site. Qual é a saída para a fisioterapia?
N
o último artigo, terminei com a proposta de continuar com a situação da educação e a falta de visão do governo. Vou iniciar por aí para poder passar para a outra parte. O Ministério da Educação preconiza necessidade de titulação para avaliar conceitualmente os cursos de fisioterapia e outros. Passou-se a observar uma quantidade crescente de cursos de mestrado e doutorado, embora a maioria não esteja ligado a linhas de pesquisa específicas de fisioterapia, pois a nossa história acadêmica é bastante jovem. Deve-se esclarecer que de algum ponto deve iniciar, mas a quantidade de titulados é muito baixa e são muito poucos os cursos com direcionamento à fisioterapia. Nesse aspecto, o que se vê é o interesse pela titulação com o objetivo de chegar à sala de aula. Há mestres com formações totalmente desvinculadas, mas como são titulados apresentam maior chance de ocupar a vaga, pois para as universidades, principalmente as privadas, quantidade de mestres e doutores significa maior chance de atrair alunos; enfim, virou questão de propaganda. E como fica na sala de aula um profissional recém-formado que conclui o mestrado, não possui nenhuma experiência clínica, não tem vivência profissional e vai ministrar uma disciplina aplicada, a qual exige visão prática e embasamento para discutir com os alunos sobre tendências e propostas? Simplesmente um caos. O governo Lula democratizou o acesso aos cursos de mestrado e doutorado, possibilitando essa verdadeira fábrica de certificados, sem critério, seriedade e uma avaliação rigorosa do candidato ao título; todo mundo tem direito, claro, mas nem todos têm competência, o que interessa é a possibilidade de ser professor, pois é uma cargo com melhores ganhos (?) e aparente estabilidade. Na contramão desse movimento, os cursos de fisioterapia que proliferavam no início da década de 2000 começaram a minguar por falta de mercado (o que não é real), levando ao fechamento de vários campi de várias instituições, as turmas passaram a ser otimizadas com núcleos comuns de disciplina para garantir quórum e diminuir a necessidade de docentes e, por consequência, também os gastos pelas universidades. Com isso, a qualidade de formação que já vinha caindo a cada ano, piorou sensivelmente. Os professores com maior vivência clínica e experiência profissional foram tirados de sala de aula e substituídos pelos novos titulados, demonstrando falta de visão e bom senso por falta do governo. Hoje, esse apelo já não atrai tantos alunos assim; o que várias instituições estão fazendo? Demitindo os mestres e doutores para pagarem menos aos docentes somente especialistas. Anda-se para trás e minimiza-se a importância dos cursos de pós-graduação lato sensu (que deveriam ser rigorosos no acesso e não são, permitindo verdadeiros absurdos na formação de “especialistas” de péssima qualidade que só buscam certificado e abundância calamitosa de cursos que não apresentam condições de funcionamento), maximizase os cursos strictu senso e o que se vê é a banalidade do conhecimento, da ciência, do crescimento e dignidade profissional. A educação básica é péssima, continua ruim no ensino médio, mas o aluno chega à universidade, se forma e a qualidade profissional da saúde, de modo geral, só faz despencar. Se não temos jovens em formação com embasamento sólido, nova visão de mundo e raciocínio crítico, como esperarmos mudanças? As novas levas de fisioterapeutas estão cada vez mais sem perspectivas, pois não foram formados com essa visão. Por quê? Porque quem estava à frente da turma também não tinha essa ótica. Entramos em um círculo vicioso e não temos alternativa para quebrar isso enquanto grupos de interesses continuarem predominando nas áreas da saúde e educação. As Diretrizes Curriculares do Ministério da Educação preconizam a formação de um profissional generalista, crítico-reflexivo e humanista. Infelizmente a realidade é bem diferente. De forma surpreendente, quando se propõe discutir esse e outros temas de vital importância para a profissão, ninguém responde, poucos comparecem, dando a impressão de que o fisioterapeuta está plenamente satisfeito. Quando se discute salário, quando a proposta é um piso salarial decente, todo mundo se movimenta na esperança de que essa realidade seja imediata. Não é assim; o fisioterapeuta tem primeiro que mostrar ao que veio, apresentar competência, seriedade e dignidade de propósitos e não se prostituir com subempregos e cobrar de forma aviltante por atendimentos realizados e sabe-se lá que tipo de atendimento. Dá para aceitar o que os planos de saúde pagam pelo atendimento fisioterápico? Dá para aceitar um profissional receber R$50,00 por um plantão de 12 horas? Dá para aceitar anúncios de “clínicas” promovendo fisioterapia a R$1,99 juntamente com procedimentos de manicura, pedicure e escova progressiva associados a fisioterapia respiratória, traumatológica e drenagem linfática? O profissional que aceita essas condições está sendo conivente com esse quadro dramático e é tão culpado quanto os que instituem as políticas de saúde. Não podem ser chamados de fisioterapeutas, pois nenhum respeito tem pelos pacientes que não vão ser tratados nunca de forma eficaz, porque simplesmente não são tratados. Isso é uma vergonha! Em 07 de abril os médicos de todas as regiões do país paralisaram seus atendimentos de consultório para reivindicar reajustes pelos seguros saúde em função dos valores aviltantes recebidos há vários anos sem alterações, embora o preço dos planos para os usuários tenham tido vários reajustes. E o fisioterapeuta? Não vai se posicionar no mesmo sentido? São muitos pontos polêmicos e complexos e que não podem ser debatidos de forma isolada; defendo há bastante tempo uma ação conjunta nacional em todas as frentes. Repensar valores, critérios, currículos de graduação e de pós-graduação e outros fatores que nos levarão à qualidade e dignidade, gerando ganhos compatíveis para a categoria, por merecimento. A nossa saída continua sendo o hospital geral e, de preferência, com uma invasão saudável dos hospitais públicos. Abordarei melhor na próxima vez. Até lá.
Dr. José da Rocha E-mail: ze.rocha@oi.com.br 12 • NovaFisio.com.br
Colunas | Coluna do Dr. Geraldo Barbosa - Leia todas as outras no site. 1971 - O ano em que vivemos perigosamente (continuação)
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oube à AFIBRA, por sua proximidade geográfica, servir de “ponta de lança” contra o andamento daquele odioso projeto, encarregando-se dos contatos pessoais com deputados e senadores, distribuindo entre eles, preliminarmente, o documento sob o título: Apreciação do Substitutivo ao Projeto de Lei nº. 2.090-A/70, no que foi seguida pela APERFISIO ao divulgar documento semelhante, aglutinando em Pernambuco as entidades congêneres em defesa da Classe. Essa documentação, acrescida da contribuição ao debate, elaborada pelo Ministério da Educação através de sua Assessoria de Assuntos Parlamentares, levada às mãos dos políticos, resultou em telegramas de adesão à causa dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais e em pronunciamento como o do Senador José Esteves. Servindo ainda de base para o brilhante pronunciamento do Deputado Élcio Álvares, como Relator da Comissão de Constituição e Justiça, talvez um dos melhores pronunciamentos já proferidos até hoje, em nome da Fisioterapia, da Terapia Ocupacional e dos que delas necessitam. A mobilização das entidades de classe foi permanente e inflexível. Tivessem seus representantes se submetido ao preconizado no relatório do Professor Clóvis Salgado, do MEC, quando da implantação da Escola de Reabilitação do Rio de Janeiro – ERRJ, ou seja, aceitar que “as profissões de Fisioterapeuta e de Terapeuta Ocupacional executam prescrição médica”, o processo seria sem dúvida facilitado; mas, a escolha foi no sentido de um caminho próprio, independente e sem subalternidade, buscando ser, no futuro profissionais de primeiro contato, sem a necessidade da intermediação de outra categoria, contrariando desse modo interesses corporativos e mercantilistas. Quase dois anos após a promulgação do Decreto-Lei nº. 938, num clima tenso de confronto de interesses, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados “opinou unanimemente pela inconstitucionalidade e injuridicidade da Emenda do Plenário ao Projeto de Lei 2.090-A/70”. O Poder Legislativo, naquele momento agindo como legítimo representante das aspirações do povo, colocou-se “ao lado daqueles que, vítimas das vicissitudes físicas, clamam por elementos hábeis, capacitados e competentes na estrênua batalha da recuperação dos movimentos”. No decorrer dos anos de luta ficou obscurecida a identidade do autor ou autores da reação ao avanço, tanto no caso da anexação do Projeto 1265/68 ao de nº. 3768/66, como no do Projeto 2.090A/70, onde se lê registrado no DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL DE 03/08/1971, no pronunciamento do Senador José Esteves: “Se não me engano esse Projeto é de autoria do ex-Deputado Nelson Carneiro [...]” enquanto que, o Deputado Fagundes Neto ao encaminhá-lo às Comissões da Câmara, informa a autoria como sendo da Comissão de Saúde, ou, quem sabe “emergiu”, segundo relato do Deputado Élcio Álvares, “de conceitos firmados pelo Conselho Nacional de Saúde”. Em verdade, discutir agora a autoria é irrelevante, até porque, a ideia de revogar o documento inicial da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional Brasil, permaneceu. Ressurgindo com o famigerado “Projeto Julianelli”, com a Representação 1056-2-DF-STF, na forma de Arguição de Inconstitucionalidade do Decreto-Lei 938/69 e da Lei 6.316/75, levada ao Supremo Tribunal Federal (STF), pela Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação e pelo Conselho Federal de Medicina. E mais recentemente com o Projeto de Lei 25/2002, conhecido como “ATO MÉDICO”, do Senador Geraldo Althoff (PFL-SC) e seus substitutivos. O perigo, acreditem, não passou. A luta continua.
Dr. Geraldo Barbosa E-mail: geraldobarbosa43@yahoo.com.br Blog14-F http://geraldobarbosa43.blogspot.com Adquira o livro Herdeiros de Esculápio – História e organização profissional da Fisioterapia, pelo e-mail. geraldobarbosa43@yahoo.com.br 14 • NovaFisio.com.br
Texto publicado originalmente no livro Herdeiros de Esculápio – História e organização profissional da Fisioterapia. Edição do autor – Recife 2009
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Colunas | Coluna do Dr. André Luiz de Mendonça - Leia todas as outras no site. Mesdames et Messieurs… Bienvenu!!!
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onjour Mesdames et Messieurs!! Bienvenu en France. Calma leitoras e leitores! Não estou xingando nem fazendo pouco de ninguém, só estou vos cumprimentando. Mas pelo começo da conversa já devem ter percebido pra onde vamos nesta edição não é mesmo? Bem vindos a França ou oficialmente República Francesa (em francês: République française). O país está localizado na Europa Ocidental, a França continental se estende do Mediterrâneo até o Canal da Mancha e até o Mar do Norte, do Rio Reno até o Oceano Atlântico. É muitas vezes referida como L’Hexagone (“O Hexágono”) por causa da forma geométrica do seu território. A França continental é limitada (no sentido do relógio a partir do norte) pela Bélgica, Luxemburgo, Alemanha, Suíça, Itália, Mônaco, Andorra e Espanha. Seus departamentos ultramarinos e territórios no mar também partilham fronteiras terrestres com o Brasil e Suriname (na fronteira com a Guiana Francesa) e com as Antilhas Holandesas (na fronteira com São Martinho). A França está ligada ao Reino Unido pelo Eurotúnel, que passa por baixo do Canal da Mancha. O idioma oficial é o francês. E desde muitos séculos este país influencia o mundo com suas ideias e sua cultura, tendo possuído na antiguidade territórios coloniais na América do Norte, África e Ásia, constituiu um dos maiores impérios da época e perpetuou suas ideias de liberdade, igualdade e fraternidade até os dias de hoje. Com aproximadamente 65.000.000 de habitantes, dos quais 62.000.000 vivem no território continental, a França é um país bastante desenvolvido e constitui juntamente com a Alemanha o “motor” da Europa; política e economicamente. Possui como capital a cidade mais charmosa e visitada do mundo: Paris. Um fato interessante é que Paris é a única cidade do país com mais de 1.000.000 de habitantes, tendo quase 2.200.000 habitantes. Na França a formação de “Kiné”, como são chamados os Fisioterapeutas por lá (do grego Kinésis = movimento daí o termo Kinésithérapeutes ou simplesmente Kiné), dura de 3 a 4 anos e é obtida após a conclusão do ensino médio e ingresso através de exame numa escola de Fisioterapia. Outra forma seria concluir o primeiro ano do primeiro ciclo de estudos médicos, tronco comum a todos os cursos de saúde, e depois ingressar no curso de Kiné. Uma vez concluído o curso é necessário a aprovação num último exame para a obtenção do Diploma de estado. Sendo permitido o exercício profissional somente após a obtenção deste último diploma. O curso proporciona ao aluno o título de Licenciado, ou seja, de profissional de nível superior, é ministrado nas escolas credenciadas pelo ministério da saúde e tem cerca de 3065 Horas/aula. Das quais 1012 Horas teóricas, 848 de trabalhos dirigidos e 1470 de estágios práticos. As principais matérias abordadas em áreas de atuação são basicamente as existentes no Brasil, modificando algumas terminologias. É impossível falar sobre este belo país que é a França sem citar os profundos laços entre a Fisioterapia brasileira e francesa. Afinal de contas quem nunca ouviu falar de Philippe Souchard, ou Leopold Busquet aí no Brasil? Respectivamente criadores da Técnica de RPG (Reeducação Postural Global) e da Teoria das cadeias musculares. Por ser vasto e rico, o país oferece inúmeras possibilidades de pós-graduação e especialização. Uma delas, por exemplo, é o curso de RPG. Eu sei queridas leitoras, queridos leitores que o curso também existe no Brasil. Mas por que não fazer um curso criado por um francês, em francês e na França? Além do mais, uma vez obtido o certificado ele poder ser revalidado facilmente nos outros países onde haja uma associação de RPG. Criada e patenteada por Philippe Souchard a técnica de RPG é reconhecida em mais de 15 países em 3 continentes: América, África e Europa. Aqui estão os países onde o RPG é aceito e reconhecido: Canadá, Estados Unidos, Venezuela, Brasil, Peru, Chile, Argentina, Uruguai, Angola, Portugal, Espanha, Itália, França, Suíça, Luxemburgo, Bélgica e Reino Unido. Acrescentando ainda que o Reino Unido ainda se pode dividir em Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda. Estes 17 países juntos (contando o Reino Unido como um só) são um ótimo campo de trabalho com uma perspectiva de aproximadamente 909.500.000 (isso mesmo: 909 milhões e 500 mil clientes). Nada mal hein? Já pensaram que maravilha? Tanto cliente assim, além do charme todo especial no currículo e da oportunidade de conhecer a cidadezinha de Saint-Mont, localizada a uns 150km ao sul de Bordeaux, cidade esta que posso até garantir que é linda. Por esta edição ficamos por aqui prezadas leitoras e prezados leitores. Agora queremos o vosso Feedback…Escrevam!!! Mandem a vossa opinião!!! Participem e ajudem a tornar nossa coluna e a nossa revista cada vez melhor e mais interessante. Estamos esperando… Lembranças do VELHO MUNDO. PS: Para mais Informações consultem os sites a seguir: www.kine-services.com www.ordrekinegard.org www.rpg-souchard.com
Dr. André Luiz de Mendonça Fisioterapeuta. Mestrando em Motricidade Humana pela Universidade de Porto. Reside atualmente na cidade Alemã de Mainz contato:andremendonca@hotmail.de 16 • NovaFisio.com.br
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Coluna do Prof. Luis Guilherme - Leia todas as outras no site.
Trabalho bem apresentado sucesso facilitado
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ada professor tem sua metodologia de ensino, cada aluno adota uma estratégia para se virar no meio de tanta informação nova e obter boas notas. Entretanto, na verdade não temos visto grandes estratégias do alunado, pois o pessoal continua deixando para estudar em cima da hora, ou preocupam-se mais com a cola naquela antiga desculpa: “- mas ”profi” o tempo que gasto para fazer a cola eu estou estudando!”. Conversa fiada gente, nós já falamos sobre esse assunto aqui na coluna. Os professores, por sua vez, também reestruturam suas estratégias de aula todos os semestres, buscando facilitar o aprendizado e aplicam metodologias diferenciadas, que estimulem os alunos, aumentando o rendimento e, consequentemente, propiciando melhores resultados. Uma dessas metodologias, muito usada pelos docentes e incompreendida pelos discentes, é o famigerado SEMINÁRIO. Temido por tantos, adorado por poucos, execrado por alguns, o seminário tem a função precípua de trabalhar conceitos importantes na formação profissional. Nesta atividade estimulamos o exercício da pesquisa bibliográfica e de campo, da aglutinação de ideias e produção de resumos, à realização de trabalhos com qualidade e, principalmente, o trabalho em equipe. Bem, vejamos, um seminário bem feito começa com uma pesquisa bibliográfica, que não precisa ser muito extensa, mas deve abranger ao menos quatro títulos, buscando conhecer o legado dos autores mais conhecidos naquele tema. É preciso ler esses livros, ou artigos, entender seu conteúdo e produzir resumos, que se transformarão na base escrita do trabalho apresentado. Ora, o que encontramos com frequência são colagens de parágrafos diversos, ou seja, quando vamos ler o trabalho, e eu leio todos eles, sempre, encontramos parágrafos copiados dos livros e arranjados sem sentido algum, como uma salada de ideias e conceitos, em alguns casos até contraditórios. Mas o pessoal acha que o importante é uma capa bem transada, a inserção de algumas figuras obtidas com o “scanner”, ou copiadas de algum “site” em papel “couchê”, repleto de cores e com vários tipos de letras. Sem dúvida um trabalho escrito bem apresentado merece respeito, entretanto se o conteúdo for pobre “o tiro sai pela culatra”, pois se assemelha a uma pessoa muito bonita e bem arrumada, que por falta de conteúdo quando abre a boca nada se aproveita. Tenho visto cada coisa “do arco da velha”, onde o que salta aos olhos é a criatividade, que espero seja aplicada em benefício dos pacientes e da profissão. Mas a complicação maior vem quando chega a hora da apresentação do bendito trabalho. É gente se benzendo, rezando, chorando, rangendo os dentes e sorrindo devido ao nervoso instalado. É sudorese, amnésia, taquicardia, cefaleia, ventilação dificultada, tremor em membros inferiores, insônia, enjoo, êmese, diarreias, gagueira emocional e outras coisas mais. São tantos os sinais e sintomas identificados, que sugerem uma síndrome: SAP - Síndrome do Apresentador em Pânico. Ora, ora, não é nada disso. Não é preciso entrar em pânico quando se vai falar em público, entretanto algumas pessoas passam essa dificuldade por não estarem bem treinadas. Tudo que fazemos na vida deve ter uma dose de emoção, como aquele suor escorrendo perna abaixo, aquele tremor nas mãos, ou no corpo todo. Vocês já imaginaram chegar lá na frente como se nada estivesse acontecendo? Olhar as pessoas e simplesmente passar as informações? Que coisa chata, monótona, nem uma “travadinha” no masseter, ou um “pigarrinho” insistentemente irritante, ou ainda, uma sensação de iminente desfalecimento?! Gente, isso mostra que vocês estão vivos e super ligados no que está acontecendo! É claro que com o passar dos anos, vamos aprendendo a controlar essas coisas, assimilando as técnicas de apresentação e tudo fica mais fácil, entretanto, eu, após anos de prática de apresentações para todo o tipo de público, ainda sinto aquele “friozinho” na barriga, aquela secura na boca, sem o que não valeria a pena. Tenho visto casos hilários de gente que se oferece para levar a minha sogra para passear no Domingo em troca da apresentação, outros simulam desmaios, outros trocam por um pulo de paraquedas com o Rei Momo, outros tentam se esconder atrás do “laser pointer”, do Datashow, ou de qualquer mosquito que passe na hora e por aí vai. Por outro lado, casos tristes têm ocorrido, pois são casos de total desinteresse, apresentações ilegíveis, preparadas de qualquer jeito, com uma diagramação poluída. É gente apresentando o trabalho de costas para o público, lendo, o tempo todo, verdadeiros pergaminhos, ou testamentos, na maior “cara de pau”, mostrando que não prepararam nada para a apresentação, demonstrando toda a falta de consideração com o grupo. Diante da repreensão, ou da nota baixa, é comum o aluno alegar não ser ator, apresentador de TV, ou orador profissional, entretanto outros alunos, que também não possuem tais qualificações, mas que se prepararam com afinco, apresentarem ótimos trabalhos, que prendem a atenção de todos. Na verdade, muitos alunos consideram “sacal”, chato mesmo, consideram perda de tempo falar para a turma, dizem que o professor adota o seminário como tática para não dar aula. Sejamos adultos, professor nenhum teria tal procedimento, mas concordo que às vezes é realmente chato, porque é muito chato assistir pessoas lendo papeizinhos ou transparências em apresentações onde um colega não pode fazer perguntas para não arranjar inimizades. Fica muito chato mesmo quando alunos, que não se respeitam, acham que qualquer coisa é boa para ser apresentado, sem agregar nenhum valor ao tempo despendido naquela atividade. Gente, como dizia a Lahna, minha segunda filha: “– pé tenção!”, pois essa atividade gera um aprendizado extremamente útil à vida profissional, uma importantíssima função da atividade de seminário é a de preparar o futuro profissional para defender suas ideias, apresentar seus projetos, lutar pelos seus objetivos. É muito comum, em nossa profissão, sermos chamados a explanar sobre nossas atividades, mostrar os resultados obtidos com nossa intervenção, às vezes é questão de “sobrevivência”, é garantia de trabalho, é diferencial. Na minha atividade de professor sou obrigado a saber falar em público, mas enquanto fisioterapeuta do trabalho vivo essas demandas com grande intensidade também, porém diversos colegas da respiratória, da “traumato” e de outras áreas relatam as mesmas necessidades. Pensando nisso, fiz algumas palestras para discutir modos de apresentar trabalhos, uma delas até deu o que falar e, atualmente, criamos um curso sobre esse tema para melhor capacitar alunos e colegas, pois se somos a profissão do futuro, e o futuro está a cada dia mais próximo, e tanto é verdade que estamos incomodando muitos a ponto de um escrever besteiras sobre nosso trabalho e outros tentarem nos tirar o direito de exercer a Acupuntura, mostrando todo o medo que possuem de nossa capacidade. Por essas coisas é que precisamos nos capacitar cada vez mais e de diversas maneiras, o que tem de começar na formação universitária. Aproveitando, aqui vai um pequeno “merchandise” do nosso curso – Trabalho bem apresentado, sucesso facilitado – aprendendo a falar em público. Quem desejar discutir esse tema com mais profundidade basta entrar em contato. Nosso valeu dessa edição vai para: os colegas Walter Cascardo, Diogo Lyra e Shirley Gomes pela conquista do Mestrado Programas de Saúde da Família, pela Estácio de Sá. Ao Professor Tadeu Madeira – a UNIG tá voltando e parece que muito forte.
Prof. Luís Guilherme Barbosa (ABERGO e ABRAFIT) Fisioterapeuta do Trabalho, Ergonomista, Professor Universitário, Diretor da GESTO-Ergonomia e Saúde no Trabalho Ltda 18 • NovaFisio.com.br
Continuem mandando seus recados, críticas, comentários e sugestões. Falem conosco, dêem sugestões, mas lembrem-se: mantenha o bom humor, porque faz bem a saúde!
“Há quem passe pelo bosque e só veja lenha para a fogueira”. Tolstoi
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| Projeto Fisioterapia Itinerante Um ônibus transformado em clínica popular para quem necessita de atendimento Artigo
Por
I
| Eduardo Tavares
dealizado pela fisioterapeuta Maria de las Gracias, o ônibusclínica, com cerca de 14 metros de comprimento conta com sala de espera, consultórios com macas, chuveiro com banheiro, cozinha e um espaço com equipamentos fisioterápicos. O ônibus atende aproximadamente 150 pacientes na região sul da capital paulistana. Durante o atendimento é cobrada uma taxa, apenas simbólica, no valor de R$ 12,00 para manutenção dos equipamentos e do ônibus. Nutricionista, psicólogo e a terapeuta ocupacional também atendem com valores populares para permitir o acesso de quem necessita de tratamento. A primeira etapa do trabalho são as palestras de saúde com explicações para a população das cidades atendidas pelo ônibus. Em seguida, apresentação dos fisioterapeutas que integram o projeto e os benefícios do tratamento. Uma grande ideia e um projeto inovador que já acumula quase quatro anos de funcionamento. “A ideia do ônibus surgiu da vontade de estar perto da população de baixa renda e de poder ajudar os pacientes a voltar ao mercado de trabalho o mais cedo possível. Sempre tive contato com essa população em vários países e via que a falta de reabilitação era a principal causa de incapacidade e do transtorno nos lares. O pai de família não podia voltar mais para seu trabalho, os idosos não podiam mais ajudar nas pequenas tarefas domésticas e com isso todos eram sacrificados”, explica Maria de las Gracias, idealizadora do projeto. Ela confirma que o ônibus foi o meio mais eficaz encontrado para amenizar essa situação, já que uma clínica convencional estaria fixa em um único local sem poder atender outras comunidades. “Daí também entrou meu lado aventureiro, o que o ônibus me dá, 20 • NovaFisio.com.br
essa ideia de aventura e liberdade”, revela. Segundo Maria de las Gracias, a proposta inicial era ficar com o ônibus 6 meses em cada bairro, porém a população não deixou. “Os pacientes vão 2 vezes por semana, saem restabelecidos, com alta médica e só voltam por outros motivos. Temos todos os aparelhos de uma clínica convencional e atuamos de acordo com cada lesão. O ônibus tem um atendimento multidisciplinar, trabalhamos juntos: 4-fisioterapeutas, 1-nutricionista, 1-Terapeuta cupacional e 1-psicólogo”. Para implantar o Projeto Fisioterapia Itinerante, a idealizadora vendeu um terreno e um carro. “Foram gastos R$150.000,00 e gostaria de ter outros, porém o custo para mim é proibitivo. Hoje, trabalho 12 horas por dia para mantêlo. Não tenho qualquer ajuda ou patrocínio. Registrei a patente da ideia e se alguém se interessar, posso licenciá-la para que o que for cobrado seja usado na manutenção ou melhoramento desse ou na implantação de outro ônibus”, completa a fisioterapeuta.
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| Dismenorreia primária. Fisioterapia. Massagem do tecido conjuntivo. A massagem do tecido conjuntivo no tratamento da dismenorreia primária Artigo
Por
| Hedioneia Maria Folleto Pivetta; Aline Faé
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ESUMO A dismenorreia primária pode ser definida como dor pélvica que acompanha a menstruação sem patologias associadas. A dismenorreia primária pode acometer até 52% das mulheres em idade fértil, causando desconfortos e afetando a qualidade de vida. Assim, buscou-se analisar os efeitos da massoterapia do tecido conjuntivo sobre a sintomatologia dolorosa da dismenorreia primária. Trata-se de uma pesquisa qualiquantitativa caracterizando-se como um estudo experimental. Participaram da pesquisa 05 mulheres com idade entre 19 e 24 anos, que receberam a massagem do tecido conjuntivo uma vez na semana, totalizando 8 encontros. Os resultados foram satisfatórios com relação à diminuição dos desconfortos apresentados durante o período menstrual. 1 INTRODUÇÃO O termo usado para conceituar menstruação dolorosa é dismenorreia, podendo ser primária ou secundária (HENSCHER, 2007). A palavra dismenorreia é derivada do grego e significa fluxo menstrual difícil ou desconfortável. Os autores afirmam que os sintomas mais comuns são: cólicas, náuseas, vômitos, tonturas, palidez, sudorese, fadiga, cefaleia, nervosismo, dor lombar e em membros inferiores, assim como aumento do número de evacuações (VALENTE; LIMA, 1995; FONSECA; BAGNOLI, 1993). A dismenorreia primária é o conjunto de manifestações que aparecem no dia anterior ou no primeiro dia do fluxo menstrual e que se caracterizam por dor pélvica em cólicas, espasmódica, e que melhoram completamente ou de maneira notável no fim da menstruação. A dismenorreia se apresenta como cólica intensa no abdômen inferior podendo irradiar-se para a parte interna da coxa. Outros sintomas concomitantes que podem surgir são a sudorese, taquicardia, cefaleia, náusea, vômitos e de diarreia. Esses sintomas ocorrem durante os três primeiros dias de fluxo menstrual. Aproximadamente 52% da população feminina sofre de dismenorreia primária onde 10% chegam a incapacidade funcional (HALBE, 2001; FONSECA, 1993). 30 • NovaFisio.com.br
Dentre as possíveis causas da dismenorreia primária encontram-se: espasmo vascular, espasmo muscular, psicogênica, orgânica, endócrina e teoria das prostaglandinas (FONSECA; BAGNOLI, 1993). Dentre estas, autores referem que a teoria psicogênica envolvendo o sentimento de sofrimento imposto pela menstruação e o sistema límbico, e que dificilmente seja este o fator determinante e principal (FONSECA; BAGNOLI, 1993;
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...Mas vem sendo pouco utilizada ou até mesmo banalizada pelos profissionais fisioterapeutas...
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BERESTEIN, 2001). O tratamento da dismenorreia primária pode se dar de diferentes formas, sendo a mais convencional o tratamento medicamentoso. Entretanto, esse representa a modalidade mais prática de alívio dos sintomas, mas podem produzir efeitos colaterais e seus efeitos restringemse a um único ciclo, podendo a dor retornar nos ciclos seguintes. A Fisioterapia, por sua vez, vem se mostrando cada vez mais eficaz devido aos resultados de suas técnicas no alívio dos sintomas. Utiliza-se de recursos terapêuticos de natureza física, elétrica e manual que conseguem suprimir ou ao
menos minimizar a sintomatologia dolorosa por um espaço de tempo maior. Encontram-se inúmeras pesquisas que têm sido realizadas no intuito de comprovar os efeitos dos recursos fisioterapêuticos sobre a dismenorreia primária, contudo, estas têm contemplado em sua maioria a cinesioterapia e a eletroterapia. Considera-se que a massoterapia do tecido conjuntivo vem sendo pouco utilizada ou até mesmo banalizada pelos profissionais fisioterapeutas. A Massagem do Tecido Conjuntivo (MTC) consiste em uma técnica de manipulação aplicada nos tecidos conjuntivos, cuja intervenção exerce, por via reflexa, um efeito profundo nos tecidos do mesmo segmento mesodérmico, permitindo, assim, a correção de disfunções vegetativas do organismo. Pesquisa realizada em Piracicaba, São Paulo, comparou a massoterapia do tecido conjuntivo, a cinesioterapia e a eletroestimulação transcutânea. Os resultados demonstraram que houve redução da sintomatologia dolorosa nos três grupos tratados, com maior ênfase no grupo da cinesioterapia (SILVANO; RANPAZIO; FORNASARI, 2007). Outra pesquisa realizada na Amazônia utilizouse de um protocolo que foi constituído pelo aparelho de Ondas curtas no modo contínuo, aparelho de TENS no modo acupuntura e cinesioterapia por meio dos exercícios de flexão de Williams. Os resultados demonstraram que redução da dor, em média de 2 (dois) pontos na escala visual numérica utilizada (PORTAL; HONDA CAMARA, 2006). Alguns estudos têm mostrado que a massagem do tecido conjuntivo, quando bem empregada, apresenta resultados satisfatórios no alívio da dor provocada pela dismenorreia primária. Pesquisa que investigou exclusivamente os efeitos da massagem do tecido conjuntivo demonstrou que 89% das mulheres investigadas apresentaram alívio da sintomatologia dolorosa e que essa redução da dor deu-se ao longo do tempo de aplicação da técnica (REIS, HARDY, 2005). A massagem no tecido conjuntivo torna-se, então, uma modalidade terapêutica capaz de promover alívio da
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Artigo
| Dismenorreia primária. Fisioterapia. Massagem do tecido conjuntivo.
sintomatologia da dismenorreia primária, tendo em vista os desajustes viscerais concomitantes que podem acarretar alterações no tecido conjuntivo em zonas bem definidas (zonas reflexas), pois as zonas de tecido conjuntivo estão ligadas umas as outras. A técnica é aplicada pinçando o tecido para cima, tracionando o tecido subcutâneo e a aponeurose, continuando o movimento na forma de estrias (gancho). Cada estria promove sensação cortante aguda, porém, não se evidencia nenhuma sensação dolorosa após a aplicação da técnica quando este é empregada corretamente (GÜINTHER; KOHLRAUSCH; LEUBE, 1980). Acredita-se que avaliando as zonas conjuntivas e utilizando-se de técnicas de massagem adequadas a este tecido, possa-se, por via reflexa, promover alívio da dor (DOMENICO; WOOD, 1998). Assim considerado, realizou-se um estudo que buscou-se avaliar quais os efeitos da massagem do tecido conjuntivo sobre a sintomatologia da dismenorreia primária em universitárias nuligestas. Sendo assim, coloca-se como problema de pesquisa: quais os efeitos da massagem do tecido conjuntivo sobre os sintomas da dismenorreia primária? Nesse contexto, esta pesquisa teve por objetivo analisar os efeitos da massagem do tecido conjuntivo sobre os sintomas da dismenorreia primária, investigando sua eficiência para o alívio da sintomatologia dolorosa. 2 MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de uma pesquisa qualiquantitativa, caracterizando-se esta como um estudo quase experimental com pré e pós-teste (GOLDENBERG, 2005; VÍCTORA; KNAUTH; HASSEN, 2000; DEMO, 2000). Respeitando os aspectos éticos em pesquisa com seres humanos, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição de Ensino responsável, conforme resolução n° 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, e foi aprovado, conforme parecer nº 094.2008.2. Os sujeitos da pesquisa foram 05 universitárias, com idade entre 19 e 24 anos, que apresentaram sintomas da dismenorreia primária e que, voluntariamente, aceitaram participar da pesquisa, mediante assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Os encontros foram realizados no Serviço Integrado de Saúde (SIS) de uma Instituição de Ensino Superior confessional do interior do Estado do Rio Grande do Sul. As participantes da pesquisa receberam 32 • NovaFisio.com.br
a massagem do tecido conjuntivo por 30 minutos sendo que os encontros aconteceram uma vez por semana, totalizando oito (8) encontros. Para a coleta dos dados, foi utilizado um questionário padronizado adaptado (BENEDET, 2003) aplicado como pré e pós-teste, composto por 25 perguntas abertas e fechadas. As questões referiam-se ao ciclo menstrual e aos sintomas da dismenorreia primária, contendo, ainda, uma tabela para demonstração da graduação dos sintomas, numa escala de 0 a 3, sendo 0 – ausência de dor e 3 – dor máxima. As variáveis investigadas foram em relação ao local referido da dor, caracterizando-o como cólica menstrual (dor em baixo ventre), dor lombar, cefaleia, náusea e desconforto nas mamas. Posteriormente, foi realizada a avaliação física das participantes, na posição sentada, compondo-se esta de inspeção e palpação das áreas correspondentes às zonas dolorosas, a fim de identificar retrações do tecido conjuntivo. A massagem do tecido conjuntivo foi realizada nos pontos reflexos que correspondem às áreas dolorosas. A massagem do tecido conjuntivo foi aplicada em decúbito ventral, com melhor acomodação das participantes, não sendo utilizado óleo para massagem, o que possibilitou maior contato e, com isso, melhor apreensão do tecido corporal. Os critérios de exclusão foram as participantes que apresentaram dismenorreia secundária (de acordo com o diagnóstico médico) e dores pélvicas ou lombares que não estavam ligadas ao período menstrual e que poderiam interferir nos resultados da pesquisa. Os dados foram analisados através da estatística descritiva simples utilizandose das informações contidas nas fichas de avaliação, comparando os resultados obtidos no pré e pós-teste, o que permitiu identificar os efeitos da massoterapia do tecido conjuntivo (MTC) no alívio da sintomatologia da dismenorreia primária. Os dados são apresentados utilizando-se de gráfico e tabela.
3 RESULTADOS A média de idade das participantes da pesquisa foi de 21 anos, variando entre 19 e 24 anos de idade. A média de idade da primeira menstruação foi de 12,5 anos, variando de 11 a 14 anos e todas as participantes apresentaram sintomas de dismenorreia primária desde a primeira menstruação. Quanto ao uso de contraceptivos, 04 participantes relataram fazer uso. Os dados coletados através da inspeção visual e no exame físico comprovaram alterações no tecido conjuntivo em zonas bem definidas. A maioria das participantes apresentaram retração do tecido conjuntivo, tanto visual, quanto na palpação, o que é respaldado pela literatura (Domenico; Wood, 1998) que diz que a dismenorreia primária, por ser uma patologia visceral, apresenta retração visível do tecido conjuntivo. 3.1 Avaliação fisioterapêutica do tecido conjuntivo A avaliação do tecido conjuntivo das participantes no pré-teste permitiu identificar que, somente 01 das 05 não apresentou retração na inspeção na área reflexa correspondente. Porém, a retração no exame físico foi encontrada em todas as participantes, sendo que todas referiram dor à palpação do tecido conjuntivo, sendo esta referida como dor “cortante” nas áreas correspondentes, concordando assim, com autores ao comentarem que as mulheres referem sensação dolorosa “cortante” na palpação do tecido conjuntivo (DOMENICO; WOOD, 1998; GÜINTHER; KOHLRAUSCH; LEUBE, 1980). A análise do instrumento de pesquisa, no pós-teste, identificou que 03 mulheres apresentaram retração na inspeção e 02 não apresentaram. Já com relação à retração no exame físico, 02 apresentaram pequena retração e não referiram dor; 01 participante apresentava retração sem a dor referida e 02 apresentaram retração e referiram dor. A tabela 1 elucida os dados encontrados 3.2 Análise dos resultados
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| Dismenorreia primária. Fisioterapia. Massagem do tecido conjuntivo.
A análise do instrumento de avaliação permitiu identificar, no pré-teste, que a média de intensidade da cólica menstrual (dor em baixo ventre) foi 2,0, sendo que todas apresentaram esse desconforto. Já no pós-teste, a média foi de 0,8, das quais 02 participantes relataram ausência desse desconforto. A dor lombar entre as participantes teve como média 1,2, sendo que 02 participantes não apresentaram dor nessa região no pré-teste. No pósteste a média foi de 0,2, sendo que 04 das 05 participantes não referiram mais dor. A intensidade da cefaleia teve como média 1,6 no pré-teste, de forma que, no pós-teste, notou-se uma leve redução, tendo como média 1,4. O desconforto nas mamas, referido pelas participantes, atingiu média 1,8 no pré-teste, enquanto que no pós-teste reduziu para 1,0. Os gráficos demonstram a intensidade da dor no pré e pós-teste no grupo I, sendo que a coluna vertical representa a média da intensidade da dor e na horizontal está representado o segmento corporal da dor referida.
No pré-teste, das 05 participantes, 03 relataram que as cólicas menstruais afetavam o sono às vezes e 02 relataram que as cólicas menstruais não afetavam o sono. Já no pós-teste, todas as participantes relataram que as cólicas menstruais não afetavam o sono. Quanto à influência da dor nas atividades da vida diária (AVD’s), 04 participantes relataram que as cólicas menstruais não interferiam na suas AVD’s, sendo que 01 respondeu que interferia, mas não incapacitava. No pós-teste, todas as participantes relataram que a dor não interferia nas suas AVD’s. Cabe ressaltar que 04 das 05 participantes faziam uso de medicação para alívio da dor, sendo que a duração 34 • NovaFisio.com.br
dos sintomas atingiu média de 84 horas no pré-teste. No pós-teste, nenhuma das participantes referiu utilizar medicamentos para controlar a dor e relataram que os sintomas tiveram redução na sua duração, passando para 54 horas. 4 DISCUSSÃO A massagem do tecido conjuntivo mostrou-se eficaz, tanto para a redução da retração dos tecidos quanto para a sintomatologia dolorosa da dismenorreia primária como cólicas em baixo ventre, dor lombar, cefaleia e desconforto nas mamas. Pesquisa realizada também demonstra esse benefício, pois 90% das mulheres relataram redução ou desaparecimento da dor, após uma média de 24 sessões, sendo realizados dois atendimentos semanais de massagem do tecido conjuntivo durante três ciclos menstruais consecutivos (REIS, 2005). Os sintomas dor lombar, cefaleia e desconforto nas mamas, apresentaramse reduzidos, o que pode ser explicado pelo fato de que a massagem terapêutica
produz efeitos fisiológicos gerais sobre o organismo e sobre o sistema nervoso autônomo, gerando sensação de bem-estar e relaxamento. As teorias da liberação de opióides endógenos, teoria das comportas e pelo aumento da captação de oxigênio e liberação de catabólitos celulares também podem explicar esse fenômeno (DOMENICO; WOOD, 1998; CASSAR, 2001; GUYTON, 2006). Em pesquisa realizada, foi constatado que 88,09% das mulheres entrevistadas apresentaram cólicas menstruais, interferindo significativamente nas atividades da vida diária, no convívio social e na sexualidade. Entretanto, este dado está em desacordo com os resultados desta pesquisa, pois apenas 45,5% da
amostra referiu que há interferência da dor sobre as AVDs (VENCATO; BRAZ, 2005). Outras pesquisas realizadas comprovam os resultados dos recursos fisioterapêuticos sobre a dor da dismenorreia primária. Estudo realizado com a dança do ventre e cinesioterapia no tratamento da dismenorreia primária mostrou que 78,43% das participantes obtiveram redução da intensidade da dor, e dessas, 15% consideraram não ter dor alguma após a realização da dança do ventre (CARDOSO; LEME, 2003). Outra pesquisa comparou a estimulação elétrica transcutânea (TENS) e a cinesioterapia. Esta por sua vez indicou que as participantes que receberam tratamento com TENS obtiveram analgesia, mas não tão significativa quanto as participantes que realizaram cinesioterapia (CORNÉLIO et al., 2006). Quanto à duração dos sintomas, autores afirmam que os desconfortos gerados pela dismenorreia primária geralmente são sentidos antes ou logo após a menstruação, podendo ter duração de 48 a 72 horas (RAPKIN, 1998; BERESTEIN, 2001). Esse achado contraria os dados dessa pesquisa, pois a média de duração dos sintomas foi de 84 horas. A massagem possui a propriedade de melhorar a oxigenação dos tecidos pelo aumento da circulação sanguínea, melhorando, por essa razão, a eliminação das prostaglandinas em excesso no organismo, reduzindo os desconfortos que a dismenorreia apresenta (DOUGLAS, 2004). Este dado foi confirmado com a pesquisa, pois as cólicas em baixo ventre e a dor lombar tiveram significativa redução. 5 CONCLUSÃO Baseando-se nos dados obtidos nessa pesquisa, conclui-se que os efeitos da massagem do tecido conjuntivo se mostraram benéficos sobre a sintomatologia da dismenorreia primária, especialmente a dor referida no baixo ventre e na lombar. Dessa maneira, a fisioterapia mantémse como uma modalidade de tratamento eficaz para os desconfortos gerados pela dismenorreia primária, através da massoterapia do tecido conjuntivo. Considera-se relevante outros estudos sobre a temática, com amostras maiores e com aplicação dos recursos fisioterapêuticos durante maior número de ciclos menstruais e análise estatística, para melhor comprovar os resultados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS em www.novafisio.com.br
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| Sling Training Sling Desk Informe
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| Guto Guedes
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o dia 25 de maio a Sling Training Brasil realizou no Rio de Janeiro um workshop para demonstrar o Sling Desk Therapy, método desenvolvido na Alemanha que vem sendo utilizado em fisioterapia em países europeus há mais de um século. Com a presença de cerca de 40 profissionais da área, a técnica foi apresentada pelo fisioterapeuta alemão Cornell Coezijn, fundador da Sociedade de Sling Training do Brasil e responsável por trazer e divulgar o método em nosso país.
O Sling Desk consiste em um conjunto de alças e cordas capaz de anular por completo a força da gravidade permitindo ao fisioterapeuta realizar vários tipos de suspensão, o que torna seu trabalho ainda mais eficaz e ao mesmo tempo exige dele muito menos esforço. De acordo com seus representantes, esta técnica pode ser utilizada imediatamente no pós-operatório e o profissional pode adaptá-la ao seu conceito de trabalho usual, pois ela oferece uma infinidade de possibilidades de reduzir problemas e atenuar dores através de manobras muito mais precisas. Uma delas é o tratamento de extensão (tração), que pode ser aplicado em casos de hérnia de disco da coluna cervical ou lombar, dores do nervo ciático, neurites (nevrites), síndrome dolorosa de ombros e membros superiores, assim como quadril e membros inferiores. Através de trações locais, os espaços intervertebrais podem ser aumentados, diminuindo a pressão dos nervos e trazendo, consequentemente, um grande alívio da dor. – Com o peso do paciente sendo sustentado sempre pelas cordas, o trabalho do fisioterapeuta se torna muito mais prático, pois com as mãos livres e sem a força da gravidade ele consegue se movimentar e trabalhar com o paciente com muito mais facilidade. Assim, articulações e coluna cervical são aliviadas, e o simples fato de estar suspenso é capaz de proporcionar uma grande sensação de conforto para quem está sendo tratado – explica Ingrid Güth, coordenadora dos cursos no país. Elizabeth Dantas foi uma das primeiras profissionais a conhecer e trabalhar com o Sling Desk desde a sua chegada ao país em 2009. Após dois anos utilizando o método em seu consultório em Copacabana, já é capaz de apontar diversos benefícios que a técnica pode oferecer. De acordo com a fisioterapeuta, o método tem mostrado influencia bastante positiva durante o tratamento de pacientes com diversos quadros e que apresentaram grande melhora e diminuição de sintomas. Hayna Ramos também foi uma das primeiras fisioterapeutas a conhecer o método e o considera uma excelente ferramenta complementar. Para ela, a técnica é fundamental principalmente durante a fase aguda da dor: – O Sling Desk ajuda bastante no tratamento de casos como crise aguda de coluna, de ombro e quadril, principalmente devido a sustentação do paciente. Essa sustentação diminui a pressão intervertebral, aumentando o relaxamento muscular e aliviando a dor de forma expressiva. Dessa forma, o tratamento se torna mais suave e prazeroso para quem está sendo tratado e muito mais eficiente para o fisioterapeuta, pois permite a ele realizar várias manobras sem ter que sustentar o peso do paciente – diz Hayna.
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| Cadeias Musculares A escoliose... novas pistas de pesquisa Artigo
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escoliose é um dos grandes desafios que o corpo nos impõe. Diante da sua aparente incoerência, .diversidade, costuma-se designála como idiopática... Devemos nos colocar a questão... e se cada escoliose possuir a sua lógica, sua coerência, sua inteligência? A análise das escolioses não pode ser feita por certezas absolutas. O trabalho que proponho representa somente novas pistas na pesquisa etiológica das mesmas. Diante de novas propostas, a atitude positiva, construtiva é a de passar ao crivo da observação clínica essas novas ideias. Pessoalmente, aderi totalmente à esta colocação em prova que me permitiram a confirmar a minha análise e teoria e evoluir neste conceito. Por exemplo, pude perceber que curvaturas escolióticas originavam-se do crescimento estático vertebral de uma criança que tenha tido: • Uma patologia pulmonar • Uma patologia cardíaca • Uma patologia renal • Uma ectopia testicular • Uma cicatriz aderente...etc. Nos hospitais conhecemos bem as relações dos problemas pulmonares com as deformações torácicas e escolióticas. Ultimamente, eu observei igualmente que crianças que apresentavam uma queda do ângulo cólico direito desenvolviam uma escoliose pelo fato da perda do apoio diafragmático deste lado sobre o mesocolo transverso. O indivíduo compensará por uma contratura dorsolombar à esquerda instalando ali uma escoliose. Um cirurgião geral muito interessado por este nosso trabalho, me informou sobre a frequência de aderências internas seguidas à cirurgias de apendicites ao nível do colo ascendente. Será que uma das causas da escoliose, durante o crescimento, pode ser devida à queda do ângulo cólico direito? Sobre essas observações em comum, nós poderíamos realmente progredir sobre a compreensão das escolioses, sobre a colocação em prática de novas estratégias terapêuticas, sobre melhores escolhas e sobre uma melhor complementariedade em nossos tratamentos. Aqui está atualmente o resultado das minhas observações. 38 • NovaFisio.com.br
Por
A escoliose parece apresentar pelo menos 7 origens possíveis: 1- Neurológicas 2- Genéticas 3- Endócrinas 4- Metabólicas 5- Vertebrais 6- Cranianas 7- Viscerais Para as quatro primeiras origens, o tratamento médico é prioritário e o método Busquet tem somente por objetivo de manter a estática do paciente mais estável e mais confortável. Origens neurológicas Nós não podemos intervir sobre o local de origem onde existem lesões irreversíveis. A cirurgia, a ortopedia e o tratamento fisioterapêutico pelas cadeias fisiológicas devem cooperar num plano de tratamento coerente tendo, somente, o objetivo de melhorar uma escoliose em que não podemos tratar as causas. Origens vertebrais É surpreendente constatar que atrás de uma patologia óssea do tipo tuberculose, as influências vertebrais de origem mecânicas facetárias aparecerem como pouco importantes. Nós observamos pequenas curvaturas. A curva primária é dividida em 3 níveis. As curvas secundárias supra e infra-adjacentes são de baixa amplitude. Se o tratamento começa cedo a solução tem efeito rapidamente. Este tipo de escoliose não gera mais que deformidades pouco importantes, pouco evolutivas. Origem craniana Durante o nascimento, a cabeça do bebê geralmente recebe tensões que podem, assegurar deformações no esqueleto craniano (escoliose craniana). A assimetria da caixa craniana gera assimetrias de tensões das membranas intra-cranianas e extra-cranianas. Isto poderá ser traduzido por um torcicolo que é chamado de “congênito”, por uma assimetria da face, da oclusão, dos olhos.
| Léopold Busquet Devido ao fato do crânio ser uma parte do corpo que nós abordamos em nossos tratamentos é normal que os fisioterapeutas fiquem desconfiados da nossa proposta. No entanto, isso será uma pena, por conta, acima de tudo, de hábitos intelectuais que não passam ao crivo da experimentação desta parte do corpo como em qualquer outra. As escolioses de origem craniana dão curvaturas vertebrais do tipo atitude escoliótica que se desfazem nos testes de flexão. Isto é normal devido ao fato da causa não estar no nível vertebral. Estas curvas são compensatórias à uma deformação da coluna craniana: occiptoesfenóide-etmóide. As avaliações ortodônticas e oftalmológicas tem há vários anos colocado em evidência o interesse desta pista “capital”. O tratamento das tensões intra e extra cranianas confirmam o interesse que nós lhe atribuímos. Origens viscerais A relação das cadeias musculares e estática, cadeias musculares e vísceras, serviu como objeto de análise e proposta em um dos meus livros que teve por objetivo descobrir as regras fisiológicas, lógicas, coerentes que organizam as deformações do corpo: cifoses, lordoses, escolioses...deformações torácicas e etc. O plano visceral é uma grande fonte e causa de problemas. Cada víscera e mais precisamente a sua estrutura conjuntiva, está em relação com o conjunto do esqueleto conjuntivo do corpo (continuação perfeita da pele à camada celular mais profunda). As fáscias religam as vísceras ao quadro músculo-esquelético. A disfunção de um órgão com um fenômeno de congestão, de esclerose ou espasmos modificará por suas pressões ou tensões seu sistema de suspensão fascial. As tensões de uma víscera vão se repercutir nesta organização conjuntiva geral e por ligações proprioceptivas organizam uma resultante estática que leva em conta as tensões (informações) internas e a necessidade de verticalidade. Cada órgão pode ser uma zona de tensão e se tornar um ponto de fixação. Durante o crescimento eles formam pontos de desaceleração e a coluna se curva. A trajetória dessa curva se inclinará do lado
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Artigo
| Cadeias Musculares
do freio, a trajetória da coluna vertebral durante o crescimento obedece às mesmas regras. Nas escolioses será importante achar esses pontos de fixação. Nós poderemos a achar, anatomicamente falando, em qualquer parte do corpo. Para ilustrar a influência “profunda” que podemos provenientes de uma víscera, relatarei uma consulta um caso clínico a seguir: Há alguns anos atrás uma mulher de mais ou menos 30 anos me procurou para se tratar de um problema aparentemente estético. Ela tinha uma ligeira deformação do tórax à esquerda com uma elevação do rebordo torácico inferior e início de uma depressão sub-mamária (tendência à asa de Sigaud). A sua única preocupação era estética. O seu motivo de consulta não me parecia interessante até o momento em que ela me disse que aquela deformação tinha começado a cerca de 4 meses e evoluía mês a mês. Ao exame eu pude constatar uma congestão do baço. Eu a aconselhei de procurar o seu médico para a realização de exames complementares que evidenciassem talvez um possível câncer devido à esplenomegalia encontrada e também por conta da deformação torácica. Estava bem claro que não era a esplenomegalia que deformava o tórax mas sim, a sensibilidade tissular interna da zona do baço que gerava toda uma modificação da estática afim de diminuir a pressão sobre este órgão. O jogo fisiológico das cadeias musculares era a de modificar o tórax inferior para a descompressão da zona em questão. Mesmo se o tratamento não era da nossa competência, a análise que fizemos da relação contentor músculo-esquelético e conteúdo visceral merecia toda a nossa atenção. A escoliose não se resume à coluna vertebral, ela pode descer com o mesmo mecanismo • ao nível dos membros inferiores até o arco plantar • ao nível dos membros superiores até os dedos • ao nível do crânio até a oclusão, olhos e etc...
Problema renal à E 40 • NovaFisio.com.br
Hepático
Problema ginecológico à Direita
Lombopélvico
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Agenda | DATA JULHO 01 à 03 01 à 03 01 à 03 01 à 03 02 e 03 02 e 03 02 e 03 08 09 09 09 e 10 14 à 17 15 15 à 18 16 16 e 17 22 à 24 22 à 29 22 à 24 23 à 24 29 à 31 29 à 31 30 30 e 31 30 e 31 31
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São José dos Campos–SP (12) 3943-2921 / 3943-3611 São José dos Campos–SP (12) 3943-2921 / 3943-3611 São José dos Campos–SP (12) 3943-3611 / 3943-2921 São José dos Campos–SP (12) 3943-2921 / 3943-3611 Novo Hamburgo – RS (51) 3065-6520 Novo Hamburgo – RS (51) 3065-6520 São José dos Campos–SP (12) 3943-3611 / 3943-2921 Rio de Janeiro – RJ (21) 3528-6404 Brasília – DF 0800 606 8008 / 71 3261-8000 Novo Hamburgo – RS (51) 3065-6520 Novo Hamburgo – RS (51) 3065-6520 Novo Hamburgo – RS (51) 3065-6520 São Paulo – SP 0800 606 8008 / 71 3261-8000 Porto Alegre – RS (51) 3065-6520 Salvador – BA 0800 606 8008 / 71 3261-8000 Rio de Janeiro – RJ (21) 3528-6404 Niterói – RJ (21) 3701-1816 São José dos Campos–SP (12) 3943-2921 / 3943-3611 Búzios – RJ (22) 2623-2314 / 9987-0907 Búzios – RJ (22) 2623-2314 / 9987-0907 Niterói – RJ (21) 3701-1816 Curitiba – PR (41) 3072-0663 Londrina – PR 0800 606 8008 / 71 3261-8000 Búzios – RJ (22) 2623-2314 / 9987-0907 Novo Hamburgo – RS (51) 3065-6520 Londrina – PR 0800 606 8008 / 71 3261-8000
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Tininha | Humor - passa-tempo - game - novidades - música - cinema - moda - TV - DVD Olá pessoal, eu recebi um e-mail da leitora Daniele Guimarães de Maceió-AL e achei muito legal, por isso compartilho com vocês. São uns testes para medir o potencial de inteligência. Que tal, vamos testar a sua? É IMPRESSIONANTE! DIVIRTAM-SE!
1º TESTE:
2º TESTE:
3º TESTE:
Foi descoberto que o nosso cérebro tem um Bug. Aqui vai um pequeno exercício de cálculo mental!!! Este cálculo deve ser feito mentalmente (e rapidamente), sem utilizar calculadora nem papel e caneta!!! Seja honesto... faça cálculos mentais... Vamos lá Tens 1000, acrescentalhe 40. Acrescenta mais 1000. Acrescenta mais 30 e novamente 1000. Acrescenta 20.. Acrescenta 1000 e ainda 10. Qual é total? . . . . . O teu resultado deu 5000
Rápido e impressionante: Conte, quantas letras ‘F’ tem no texto abaixo sem usar o dedo ou régua pra ajudar.
Somos Diferente? Faça o teste.
Mas a resposta certa é 4100!!! Se não acreditar, verifique com a calculadora agora. O que acontece e que a sequência decimal confunde o nosso cérebro, que salta naturalmente para a mais alta decimal (centenas em vez de dezenas).
finished files are the result of years of scientific study combined with the experience of years Contou as letras ‘F’? OK? quantas achou? 3? Talvez 4? . . . . . Errado, são 6 (seis) - Não é piada! Volte lá para cima e leia mais uma vez! A explicação é que o cérebro não consegue “processar” a palavra ‘OF’. Loucura, não? Quem conta todos os 6 ‘F’ na primeira vez é um ‘gênio’, 3 é normal, 4 é mais raro, 5 mais ainda, e 6 quase ninguém.
Alguma vez já se perguntou se somos mesmo diferentes ou se pensamos a mesma coisa? Façam este exercício de reflexão e encontrem a resposta!!! Siga as instruções e responda as perguntas uma de cada vez MENTALMENTE e tão rápido quanto possível mas não siga adiante antes de ter respondido a anterior. E se surpreendam com a resposta!!! Agora, responda uma de cada vez: Quanto é: 15+6 Achou? ...21... 3+56 Achou? ...59... 89+2 Achou? ...91... 12+53 Achou? ...65... 75+26 Achou? ....101....
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tendências - automóvel - compras - economia - turismo - esporte
25+52
4º TESTE:
Achou? ...77... 63+32
O nosso cérebro é interessante! De aorcdo com uma peqsiusa não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, Achou? a úncia csioa iprotmatne é que ..95.... a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser Sim, os cálculos mentais são uma bçguana ttaol, que vcoê difíceis mas agora vem o verdadeiro anida pdoe ler sem pobrlmea. teste. Itso é poqrue nós não lmeos Seja persistente e siga adiante. cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. 123+5 Sohw de bloa né?! Achou? ..128.... AGORA RÁPIDO! PENSE EM UMA FERRAMENTA E UMA COR!
pELEVADORq pSOBE... No dia 13 de maio, a Comissão
Interinstitucional do Referencial de Honorários Fisioterapêuticos do Crefito-2 promoveu sua primeira reunião para traçar estratégias de implantação do referencial junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e os planos de saúde.
pSOBE...
O COFFITO está promovendo uma pesquisa nacional objetivando verificar o interesse dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais em relação à prova de títulos de especialidades, que deverá ocorrer no segundo semestre do corrente ano. Caso esteja interessado a participar da referida prova para obtenção do título de especialista, participe respondendo através do site do coffito.
pSOBE...
5º TESTE: Agora fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.
Pensou em um martelo vermelho, não é verdade? Se não, você faz parte de 2% da população que é suficientemente diferente para pensar em outra coisa. 98% da população responde martelo vermelho quando resolve este exercício. Seja qual for a explicação para isso, agora mostre para seus amigos para ver se somos diferentes ou não.
35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!
A Diretoria do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 13ª Região (CREFITO 13) tomou posse no dia 1° de abril em Campo Grande. O colegiado eleito cumprirá mandato até 2015. Na ocasião, Dr. Carlos Alberto Tavares foi eleito presidente e a Dra. Josy Mariane Thaler Martini, vice-presidenta. O presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), Dr. Roberto Mattar Cepeda, também participou da cerimônia.
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O americano Rob Summers que ficou paraplégico há quatro anos devido a um acidente de carro já consegue se erguer. Rob conta que poder se erguer, depois de sessões de até seis horas de fisioterapia: “É quase como escalar o Everest de tão inacreditável”. Os pesquisadores ainda tratam Rob Summers como um caso isolado e afirmam que ainda é necessária muita pesquisa para conseguir obter novos avanços. NovaFisio.com.br • 45
|FisioPerfil
FP
Dra. Marlene Müller
Sempre uma breve entrevista com quem tem uma longa história.
marlenemuller@terra.com.br
Quem é, o que faz | Foi pioneira na fisioterapia na região em que mora (Centro Sul) do estado. Ela nos conta que foi muito instigante a batalha para poder mostrar a atuação da fisioterapia há 130km da capital. Apesar de estar no interior, sempre ficou realizando cursos de atualização e formação que ocorriam em outros estados, pois na realidade na capital ainda não tinha muitas opções (diferente de hoje, onde tem até demais) Após realizar vários cursos entre eles, RPG, Mulligan, Maitland, Bobath e Mackenzie foi a França realizar a formação das Cadeias Musculares. Foi pioneira nesta formação em Porto Alegre, voltou e abriu seu consultório especializado da coluna vertebral, na capital, onde atendia alguns dias da semana, porém sempre mantendo a clinica do interior, em Camaquã onde levava sempre todos os novos recursos, facilitando este acesso para o paciente, que não precisava viajar à capital em busca de tratamento novo. Como conheceu muita gente nas formações e cursos de extensão que continuava fazendo, iniciou a organização de cursos em 2003, com a www. fisioterapiamarlenemuller.com.br Expoentes da Terapia Manual e Postural. No momento, esta fazendo pós-graduação e levando para a região o primeiro laboratório de investigação e tratamento multidisciplinar para tratamento das disfunções vestibulares. Qual ano e em qual faculdade se formou? Me formei em 1983 no Instituto Porto Alegre (IPA) no Rio Grande do Sul. Qual foi a melhor coisa que fez na vida? Fazer fisioterapia! Entrei para o universo fisioterapêutico muito antes de ingressar na faculdade. Conheci uma fisioterapeuta alemã que estava há alguns anos no Brasil e tinha uma clínica fantástica em Porto Alegre. Foi amor a primeira vista pela profissão! Não tinha terminado o segundo grau. Me formei na 1ª turma do IPA e meu maior desafio foi de iniciar numa época em que tive que “desbravar os pampas”. Durante 10 anos, fui a única profissional na cidade. Qual foi a pior coisa que fez na vida? Achar que poderia fazer tudo sozinha. As boas parcerias são um grande segredo. O que você mais gosta na profissão? Dos resultados, da realização profissional e pessoal, da emoção a cada paciente que melhora, do brilho nos olhos de ambos: paciente e profissional. O que você odeia na profissão? A indiferença de alguns colegas. A falta de investimento na profissão em relação a atualização e formação profissional. Dos que só reclamam e não buscam alternativas. Os que não estudam. Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? Entusiasmo, vontade de aprender, estudar e melhorar seu potencial. Que qualidade você mais detesta nos profissionais que te cercam? Não estou cercada por eles graças a Deus (escolhi bem a minha equipe). O que detesto é o conformismo, preguiça, negativismo e desonestidade. Qual sua maior virtude? Ainda dentro da fisioterapia (pois já que
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estamos falando dela vou me deleitar), é o entusiasmo e a dedicação. Mergulho e vou fundo nos meus projetos com a profissão, pois apesar de estar formada há muitos anos, curto uma “eterna paixão”, estou sempre inovando e me sinto muito realizada com isto, com um permanente brilho nos olhos. Qual seu pior defeito? São vários, entre eles: Perfeccionismo e gostar muito de falar e trabalhar demais! Se pudesse mudar algo, o que seria? Todas as tabelas de convênios da fisioterapia existentes. Qual maior mentira já contou? Não conto mentiras. Qual fato foi mais inusitado em sua carreira? Ter citação de um dos meus resultados de trabalho com uma paciente adolescente no livro de Busquet. Qual fato foi o mais cômico? Uma paciente que após eu ter solicitado a “chapa” do Rx, como assim se falava na região, abriu a sua boca e colocou sua dentadura (“chapa” também assim chamada) em cima da minha mesa. Não consegui mais falar, comecei a tossir e pedi para tomar um pouco de água. Qual seu maior arrependimento? Não ter aproveitado uma oportunidade de fazer a minha formação em fisioterapia na Alemanha, pois tive oportunidade. Qual dica daria aos colegas? Visualizem as inúmeras opções disponíveis, principalmente as novas que temos na profissão que está em crescimento acelerado. Façam todas as formações necessárias para se respaldar ao máximo, façam pesquisa de mercado, vejam qual é a área de especialização que mais se identificam e tenham sempre muita ética e
comprometimento. Boa sorte! Qual objeto de desejo? Aprender a me proporcionar um tempinho e algumas reforminhas básicas na minha clínica que já tem um ótimo espaço. Qual sua aquisição mais recente? Uma mesa elétrica para terapia manual e um arsenal terapêutico completo para atuar com minha equipe multidisciplinar na reabilitação vestibular. Qual seu maior sonho? Um planeta com mais harmonia, paz e justiça. No âmbito da fisioterapia, desejaria que todos que realmente não mediram esforços para ascender, tivessem o seu lugar ao sol. Qual seu maior pesadelo? Não devemos pensar neles, chô! Aliás, se mantivermos a mente ocupada com pensamentos edificantes, não sobrará muito tempo para eles. Que talento mais gostaria de ter? Paciência. Se não fosse fisioterapeuta gostaria de ser o que? F-I-S-I-O-T-E-R-A-P-E-U-T-A. Nasci para esta profissão. E qual profissão jamais queria ter? As outras Quer fazer alguma divulgação? Ha 7 anos organizo a “Expoentes da Terapia Manual e Postural”, que são cursos de terapia manual que contribuem significantemente para o arsenal terapêutico da profissão. Entre os que eu organizo há mais tempo, estão o Mulligan e o Kinetic Control pelo qual sou responsável desde a sua estreia no Brasil em 2005 e que no mês que vem volta ao Brasil no Rio, São Paulo e Brasília com a Sarah Mottram, uma de suas idealizadoras. Para mais informações visite www.fisioterapiamarlenemuller.com.br
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