Edição 81

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FISIO

Editorial|

DESDE 1996

Caros leitores, Chegamos a 81ª edição da Revista com uma super promoção. Você que só tem esta edição ou apenas algumas e gostaria de ler todas as outras 80 entrevsitas, ver as fotos dos eventos que participamos, frases, cartas, artigos já publicados, fazendo sua assinatura ou renovando agora, você receberá dentro de sua primeira revista um DVD contendo TODAS as edições já publicadas desde a primeira. São diversas entrevistas com personalidades, onde eles nos contam como foi a experiência de se tratar com nossos colegas, o que gostaram e não gostaram e muitos artigos em todas as áreas de atuação da fisioterapia. FisioPerfil de muitos colegas que certamente você conhece e muito mais.Então agora você tem a oportunidade de ficar em dia com nossa história. Sejam bem vindos. Estamos te esperando! Oston de Lacerda Mendes Fisioterapeuta - Editor

Índice|

04 Cartas. 06 Frases e Coluna Social. 08 Entrevista com a apresentadora e jornalista Janaína Jacobina. 12 Coluna do Dr. Geraldo Barbosa. 14 Coluna do Dr. José da Rocha. 16 Coluna do Dr. Rodrigo Queiroz. 18 Coluna do Dr. Luis Guilherme. 20 Coluna do Dr. Andrpe Luiz de Mendonça. 30 Análise e estudos correlacionais em questionários aplicados em mulheres portadoras de incontinência urinária. 34 Esclerose lateral amiotrófica: Uma revisão da literatura. 36 A utilização do Método de Miofibrólise na Síndrome da Fricção da Banda Iliotibial. 38 A Reeducação Funcional do Equilíbrio e do Sistema Vestibular. 40 Stiper - A fantástica acupuntura sem agulhas! 42 Classifisio. 44 Agenda de eventos. 48 Tininha. 50 FisioPerfil com Dr. Rodrigo Ribeiro de Oliveira.

Equipe|

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EDITORES: OSTON MENDES oston@novafisio.com.br & LUCIENE LOPES luciene@novafisio.com.br SECRETÁRIA: NINA LOPES MENDES nina@novafisio.com.br

PARA CONTATAR: ENDEREÇO: R. JOSÉ LINHARES, 134 LEBLON - RIO DE JANEIRO - RJ CEP: 22430-220 TEL: (21) 4042-6107 CEL: (21) 8577-9908 Skype: ostonmendes revista@novafisio.com.br

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Cartas|Escreva sua carta também. Escreva para: revista@novafisio.com.br LANÇAMENTOS MANUAL DE PRESCRIÇÃO DE ÓRTESES E PRÓTESES

FRANQUIA PARA FISIOTERAPEUTAS

Ao longo de 19 anos como professor Universitário da Disciplina de órteses e Próteses em diversas faculdades de Fisioterapia e em cursos de Pós Graduação , Extensão e palestras ministrando sobre o conteúdo de órteses e próteses associado a prática clínica nas clínicas escolas das Universidades, Hospitais (Hospital Municipal Salgado Filho – RJ) Pude coletar um farto conteúdo dentro do universo de órteses e próteses para prescrição correta, treinamento e reeducação funcional, agradeço a Editora Águia Dourada por acreditar nesse projeto que facilitará toda a equipe de reabilitação dando o suporte necessário para o tratamento ortético e protético necessário ao paciente Sinopse

A franquia Pés Sem Dor é ideal para fisioterapeutas que exercem suas atividades profissionais em espaço próprio. Agregar a Pés Sem Dor aos seus serviços aumenta a rentabilidade do seu negócio com um mínimo de investimento financeiro. A Pés Sem Dor é a única empresa atualmente no Brasil com os equipamentos mais modernos de avaliação dos pés. A partir da avaliação, confeccionam-se palmilhas ou sandálias feitas sob medida para os pés do cliente. Todo o processo é computadorizado e realizado via internet.

O livro Manual de Prescrição em órteses e próteses vem para se firmar como referência bibliográfica obrigatória nos diversos serviços de reabilitação em todo o País e na disciplina de órteses e próteses, será fonte de consulta nas diversas incapacidades motoras vividas por uma equipe multidisciplinar principalmente os profissionais que trabalham com órteses e próteses identificando o nome correto, suas indicações, objetivos e o material que é confeccionado. Há 03 anos fundei o Laboratório de órteses e próteses – Materiais Ortopédicos e Hospitalares com o intuito de avaliar, prescrever e tratar pacientes com sequelas do aparelho locomotor e dar suporte a médicos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais em suas prescrições, confeccionamos em tempo recorde e fazemos qualquer manutenção de forma imediata pois possuimos uma oficina em nossa loja permitindo agilidade no serviço e satisfação do cliente. Nesta mesma data fundei o Centro Educacional de Formação e aperfeiçoamento Vital Sampol (CEFAVS), onde posso conciliar a parte científica com cursos de extensão e tratamento destes pacientes, pois fica logo ao lado do LOP. O Livro pode ser encontrado através do site da editora www.editoraaguiadourada.com.br ou entrando em contato comigo, estou a disposição através do email lop_2008@yahoo.com.br ou cursocefavs@yahoo.com.br Por: Prof. Mestre Antonio Vital Sampol 4 • NovaFisio.com.br

Não há royalties, apenas a taxa de franquia inicial no valor de R$ 10.000,00 e o contrato de locação dos equipamentos no valor de R$ 2.000,00 mensais. A taxa de franquia inicial é revertida em treinamento ao franqueado e instalação dos equipamentos em seu endereço comercial. O franqueado recebe 50% do valor das suas vendas sem se preocupar com a produção e o estoque das palmilhas. O site www.pessemdor.com.br, mantido pelo franqueador, é uma fonte de potenciais clientes, pois é constantemente trabalhado com um programa de adwords que gera mais de 500 visitas por dia ao site da Pés Sem Dor. O seu endereço e telefone serão divulgados a todos os internautas interessados em adquirir palmilhas em sua região. Outra fonte de potenciais clientes são os médicos e esportistas. Portanto, o franqueado terá entre suas obrigações visitar médicos e desenvolver networking com pessoas envolvidas com esporte. Nossos potenciais clientes são todas as pessoas que sentem algum desconforto nos pés! Para mais informações, marque uma visita em nosso escritório. Entre em contato pelo telefone (11) 3373-8184 ou pelo email franquias@pessemdor. com.br . Venha fazer parte da Pés Sem Dor! Sua empresa também tem algum lançamento? Mande para nós e teremos o maior prazer em divulgá-lo aqui! escreva para: revista@novafisio.com.br


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Coluna Social|

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Congresso Sul-Americano de Fisioterapia em Búzios

Congresso Sul-Americano de Fisioterapia teve como tema central “as evidências e inovações tecnológicas na fisioterapia”. Por este prisma, buscamos romper as fronteiras entre campos científicos buscando visualizar as novidades mais relevantes do mercado e suas respectivas fundamentações científicas. Com a proposta de trazer conferencistas envolvidos em processos investigativos, criamos um espaço importante de intercâmbio para a troca de experiências, discussão e reflexão de temas diversos que envolvem o Fisioterapeuta. Veja todas as fotos em: www.regiaodoslagos.com.br

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Frases|Mande a sua frase: revista@novafisio.com.br “Nada é o que parece ser, tudo é!”. [Mayra Cardi]

“Aprenda como se você fosse viver para sempre. Viva como se fosse morrer amanhã.”.

[Mariana Prado]

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Capa|

Entrevista com apresentadora e jornalista Janaína Jacobina Por| Eduardo Tavares Foto| Jana Gasparo e divulgação

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la estará no quadro de aventura e adrenalina, do programa Tudo é Possível, na Rede Record. Nele, a apresentadora e jornalista Janaína Jacobina participará da rotina de uma família, em um local desconhecido vivendo uma misteriosa aventura. “Não sei praticamente nada do que poderá acontecer!” diz Janaína. A carreira artística da loira começou aos 12 anos desfilando para marcas famosas. Em seguida embarcou para o Japão para trabalhar como modelo. Já no Brasil, em 2001, foi selecionada para apresentar o Geração Country, exibido aos domingos, pela TV Gazeta. Comandou o programa O Mundo da Fama, exibido aos sábados, pela Rede TV!. Na mesma emissora, foi repórter do TV Fama, e apresentou ao vivo Os Bastidores do Carnaval 2008. Mas foi em 2010 que Janaína ganhou notoriedade nacional, ao participar do reality show A Fazenda 3, da Record. Foi a décima participante a deixar o programa, onde exibiu um estilo de se vestir, que atraiu muitos admiradores. Janaína conversou com NovaFisio e revelou detalhes da sua vida profissional, pessoal e também sobre a lesão que teve no tornozelo. 8 • NovaFisio.com.br


Em que cidade você nasceu? - Nasci em Campo Grande (MS), mas fui criada em Cuiabá (MT). Considero-me cuiabana de coração. Falo que sou como uma “pizza meio a meio”. Você tem artistas na família? - Minha avó materna Izaura, quando mais jovem, tocava nas rádios, em Campo Grande. Ela fazia dupla com sua prima, “As irmãs Freitas”. Elas tocavam músicas regionais como polca-paraguaia. Na época, elas faziam muito sucesso. Hoje, minha vó tem 83 anos, enxerga apenas 30%, mas continua com um super astral, toca violão, faz aulas de ginásticas, um exemplo de vida. Minha mãe, há uns 10 anos, tinha um quadro na TV Gazeta, em Cuiabá, sobre auto-ajuda. Através do seu quadro diário, fazia muitas ações sociais na cidade. Ela também tinha um programa de rádio, no mesmo segmento. Qual seu principal compromisso profissional atualmente? - Meu principal compromisso profissional é trabalhar com comunicação e estar em constante aprendizado, reciclagem através de cursos, coaching. Hoje, estou na série Saindo da Rotina exibido pelo programa Tudo é Possível, da Record, apresentado pela Ana Hickman, pessoa que tenho muito admiração e me identifico com sua garra e determinação. Vale ressaltar que minha carreira na TV não começou na Fazenda 3. Comecei a trabalhar aos 12 anos, com publicidade, propagandas. Ainda aos 12 anos, trabalhei como modelo no Japão. Fiz faculdade de jornalismo. Em 2000, apresentei o Programa Geração Country naTV Gazeta. Também fiz reportagens de entretenimento na Itália. Em 2007, fui repórter do TV Fama na Rede TV!. No ano seguinte, apresentei Os bastidores do carnaval, foi meu primeiro programa ao vivo. Mas foi na A Fazenda 3 que ganhei mais notoriedade pelo grande público. Desde meus 7 anos de idade já sabia o que queria, direcionei e trabalhei para isso, sempre pensei numa carreira em médio prazo. Quero conquistar meu espaço com passos firmes! Paralelo a isso, durante o confinamento eu customizava minhas roupas, criava headbands, acessórios para passar o tempo. Após a Fazenda, lancei minha linha de acessórios em parcerias com conceituadas marcas no mercado. Verdade que no programa você ficará alguns dias com uma família que você nunca viu? - Sim. Acho isso incrível. O fator “surpresa” gera muito mais emoção. A missão é entrar na rotina deles, geralmente um estilo de vida completamente diferente do que estamos acostumados. É fascinante! A intensidade das gravações, do cotidiano, apesar das possíveis diferenças, é impossível não se

apegar e surgir um carinho pelas pessoas. Acredito que esta série pode surpreender, principalmente para quem gosta de adrenalina e desafios! Particularmente, eu ADOREIIIII Espero que o público curta bastante! Você lida bem com surpresas na sua vida? - Sou uma pessoa que não gosta do mais ou menos, do morno. Rotina, todos temos, mas detesto fazer o dia a dia uma rotina, dá pra entender? Gosto de surpresas e quando elas não surgem, faço algo que surpreenda as pessoas que gosto. Mando flores em dias comuns, bilhetes, pequenas atitudes que tornam a vida mais colorida! Sou uma pessoa intensa, mas caso seja algo negativo, reflito, mas não é meu perfil ficar semanas chorando sem parar. Choro tudo de uma vez e já vou ao encontro dos meus objetivos.

...A Dra. Clarissa Marzinotto além de ser uma excelente profissional, é um amor de pessoa. Ela me incentivava muito, colocava meus ânimos para cima...

Participar do reality A Fazenda com uma exposição nacional te deixou preocupada? - Em nenhum momento tive esta preocupação. Quando fui convidada para participar da Fazenda, pensei... “geralmente quando uma pessoa participa de um reality, a imprensa, as pessoas viram a vida dos participantes de cabeça para baixo em busca de alguma bomba. Como tudo o que fiz na minha vida, tive plena consciência e não tenho nada no meu passado que possa me envergonhar”. Sendo assim, aceitei na hora! Obviamente que ser filmado 24 horas

por dia, em todos os lugares que você vai, no meu caso 84 dias, chega uma hora que você quer tomar seu banho tranquilo, falar com seus amigos ou pelo menos ter notícias sobre seus familiares. O que acontece dentro da Fazenda que as câmeras não mostram? - Imagine 15 pessoas na mesma casa sendo filmados 24 horas por dia, cada participante está num local, um na cozinha, outro na piscina... O programa tem a duração média de uma hora e meia, seria impossível colocar tudo no ar, depende do que é editado. Por outro lado, através do Portal R7, as pessoas tinham acesso 24 horas. Quanto à comunicação com a produção, uma gravação sonora avisava sobre as provas, as festas, as punições. No meu caso e acredito que no dos outros participantes também não tiveram contato com ninguém. Existia muita falsidade dentro da casa? - Na minha maneira de ver SIM, existia e muita. Quando envolve dinheiro, muitos seres humanos transformam-se em animais. Qual foi o pior momento que você viveu no programa? - A Fazenda foi um grande presente na minha vida. Pude amadurecer muito, aprender e sou muito grata por ter participado. Sofri muito lá dentro, a novidade na última edição foi à divisão de grupos e isso mexeu muito comigo. Os meus valores não são melhores do que os de ninguém, mas para mim são fundamentais. Quando chegava o momento do grupo decidir em quem votar, para mim era bem delicado, principalmente porque eu tinha mais afinidades com outras pessoas que não eram da minha equipe. Foi quando eu reivindiquei o que eu pensava e fui contra as estratégias por eles escolhidas. Sabia que lutar pelo o que eu acreditava, teria um preço. Tive que lidar com a rejeição dentro da casa, em contra partida, fui campeã de roças. Era a resposta do público, que estava de acordo com as minhas atitudes. Fiquei 84 dias, menos de 12 dias para final. Saí no momento certo, já estava muito abalada com tudo o que vinha acontecendo, tinha emagrecido 7 quilos, precisava voltar para o meu mundo! E qual foi a situação mais constrangedora que você passou em algum momento na TV? - Ahhh!!! Uma vez participei do programa da Ana Hickman e o diretor Vildomar Batista me deu a missão de ter que ligar para uma pessoa e tentar vender um “Disque Pêsames” no pacote. A pessoa ao perder uma pessoa querida, ligaria para a central e solicitaria seu disque pêsames. A central ligaria para a família do falecido e diria “Fulano, neste momento difícil, oferecemos NovaFisio.com.br • 9


Entrevista de Capa|Janaína Jacobina 1 minuto de silêncio...”. Detalhe a conversa tinha que durar pelo menos 3 minutos. O melhor, consegui! Você já teve algum admirador que passou dos limites? - Eu recebo muito carinho dos fãs e procuro corresponder sempre. Não diria que ele passou dos limites, mas fez algo inusitado, que me surpreendeu e muito, um rapaz de 19 anos, do Rio de Janeiro, tatuou meu nome por extenso “Janaina Jacobina” no peito. Qual a frase ou ditado que você leva como importante para sua vida? - Eu sou a minha própria sorte e você a sua! Positividade gera POSITIVIDADE! Como você mantém sua forma? - Gosto muito de me exercitar. Quando tenho tempo, costumo malhar todos os dias, às vezes, três horas. Exercícios físicos são indispensáveis!!! Faço yoga, power jump, esteira, corrida e treinamento funcional. O ano passado comecei a levar a sério as aulas de pilates e consegui um resultado muito rápido e eficaz. O pilates utiliza o peso do próprio corpo, aumenta a força abdominal, melhora a respiração, alonga, sem falar que a flexibilidade aumenta consideravelmente. Outro exercício que não deixo de fazer é abdominal. Tenho árduas séries dessa atividade. Como minha rotina é instável por conta das gravações, eventos, viagens, às vezes, fico dias sem praticar exercício, o meu organismo reage e dou um jeito de reorganizar minha agenda para continuar meu treino. Vo c ê t e m c u i d a d o s c o m s u a alimentação? - Não faço dieta, mas não gosto muito de carne vermelha e frango. Adoro comer verduras e legumes. Mas, na minha cabeça, não existe balança e caloria. Se tiver vontade de comer uma coxinha, como. Por outro lado, diariamente tomo sucos “saladas” misturo beterraba, cenoura, laranja, acerola, espinafre, às vezes mudo, acrescento uma fruta diferente, tenho esse hábito desde a infância. Como aconteceu a lesão que você sofreu? - Lesionei o tornozelo. Em um treino de corrida, num terreno muito acidentado, com subidas e descidas, tive uma entorse de tornozelo. Minha rotina de treinos é muito intensa. Durante a semana, corro, faço musculação, treinamento funcional e pilates. O pilates é usado na fisioterapia para correção postural, reabilitação de lesões traumato ortopédicas. Minha personal, Patrícia Coelho, resolveu aplicar um método 10 • NovaFisio.com.br

como tratamento da lesão, tendo suporte de uma equipe multidisciplinar. Além do pilates solo, usamos acessórios como bola suíça, elásticos e disco flex. Minha recuperação foi mais rápida que o esperado. Você sentia muitas dores? - Sim, senti dores fortes, principalmente porque sou uma pessoa agitada e estava num período de treinamento intensivo. A mudança de hábitos e exercícios somados com a dor me incomodou um pouco. A lesão te impediu de cumprir compromissos profissionais ou para praticar exercícios? - Na época, tive que diminuir o ritmo que eu havia atingido. Estava com um ótimo preparo físico. Por conta da lesão, tive que associar a fisioterapia com a minha personal para que a recuperação fosse a mais rápida possível. Compromissos profissionais também foram afetados, em gravações, eventos, publicidade. Uso muito salto alto e durante o tratamento não era permitido, apenas tênis, sapatos baixos e confortáveis. Você fez a fisioterapia com disciplina? - Sou uma pessoa disciplinada, principalmente porque disso dependia uma recuperação mais rápida. Procurei seguir a risca as sessões, mas não foi fácil. Em sua opinião, o que é mais desagradável com relação à fisioterapia? - O mais difícil foi reservar o tempo para cumprir as sessões. Tive que desmarcar vários compromissos para dar continuidade ao tratamento. Sou ligada no 220w, queria o resultado para anteontem. O lado positivo é que pude trabalhar a minha paciência e serenidade em relação a recuperação, que poderia ter sido mais demorada, tive a sorte de estar amparada por excelentes profissionais, (Dra. Clarissa Marzinotto e a Patrícia Coelho) e tive uma excelente recuperação. Durante alguma sessão de fisioterapia

aconteceu algo curioso com você? - No início, devido à técnica de respiração, os exercícios me deixavam sonolenta. Um dia pedi 15 minutos para tirar um cochilo. O que você achou do trabalho do fisioterapeuta que te tratou? - A Dra. Clarissa Marzinotto além de ser uma excelente profissional, é um amor de pessoa. Ela me incentivava muito, colocava meus ânimos para cima, associado ao trabalho em conjunto com a minha personal Patrícia Coelho. O resultado foi ótimo. Já retomei os meus treinos, não estou no nível que estava na época, mas já estou numa crescente, retomando o meu condicionamento antes conquistado. Tive alta, sinto-me muito bem. Mais um desafio superado! Que mensagem você deixaria para os profissionais de fisioterapia que dedicam tempo e trabalho na recuperação de pessoas lesionadas? - Parabenizo os profissionais de fisioterapia. Eles fazem um trabalho que exige muita dedicação e paciência com o paciente. Existe o envolvimento profissional e muitas vezes psicológico, porque exige dedicação, persistência e motivação do profissional.


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Colunas | Coluna do Dr. Geraldo Barbosa. Organização da classe profissional dos fisioterapeutas no Brasil Os Fisioterapeutas contemporâneos, não incluídos nesse rol os indiferentes que se ocupam unicamente de si mesmos, demonstram uma certa inquietação quanto a questão classista. No cotidiano desses profissionais um quesito pede resposta: qual motivo impede que os Fisioterapeutas sintam-se em seus anseios e aspirações realmente representados pelos órgãos de classe? Esse questionamento dirigese a todas as entidades da categoria, sem excluir nenhuma, sejam elas as associações no sentido geral, as sociedades científicas e os sindicatos. Os profissionais, principalmente os recém-formados, em sua maioria, desconhecem a história e o papel desempenhado por essas instituições. Não sabem o que elas significam, nem de que modo influenciam nas suas vidas e no exercício de suas funções. Não sabem por falta de informação, por falha na comunicação. Estamos pois, diante de uma grande questão não resolvida que é essa dificuldade na comunicação institucional. Isso constitui um problema a solucionar, cujo meio de superar percorre uma via de dois sentidos, sem a preocupação de apontar culpados e sim de buscar caminhos. Daí manifestar-se imperativa a necessidade de conhecer o funcionamento de tais entidades, a partir do contexto e da conjuntura político-social em que elas foram surgindo e consequentemente como evoluíram. Um artigo publicado originalmente na Revista ABF em 1986, serviu como fonte primária para a elaboração do que agora está sendo colocado de forma mais abrangente, na pretensão de contribuir de alguma forma com o fluxo da informação que por certo percorrerá a já citada via de dois sentidos, oferecendo como conteúdo uma coleção de fatos e de dados, para processamento, inclusive pelo fato de que tal artigo foi adotado na gestão do presidente Carlos Alberto Esteu Tribuzy, do CREFITO-2, como orientação aos profissionais inscritos naquela jurisdição. Os grupos associativos gerais A Constituição Federal de 18 de setembro de 1946 estabeleceu: “ É garantido o direito de associação para fins lícitos.” A Constituição Federal de 24 de janeiro de 1967, com a redação dada ela Emenda Constitucional nº 1, de 17 de outubro de 1969, por meio do parágrafo 23, do artigo 153, bem como a 12 • NovaFisio.com.br

Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988 – Constituição Cidadã de Ulisses Guimarães – garantiram: “É livre a associação profissional ou sindical.” Tomando em consideração a norma constitucional, a Fisioterapia teve suas associações de sentido geral e as associações cientifico-culturais instaladas nos Estados e no Distrito Federal. Nesse rol incluem-se a Associação Brasileira de Fisioterapeutas – ABF e as associações estaduais, estando entre as primeiras a Associação Paulista de Fisioterapeutas – APF, a Associação dos Fisioterapeutas do Estado do Rio de Janeiro – AFERJ e a Associação Pernambucana de Fisioterapeutas – APERFISIO. Foram elas, até bem pouco tempo filiadas à ABF e consequentemente à uma organização internacional, a World Confederation For Physical Therapy – WCPT. Do mesmo modo, ou seja, dentro dos preceitos legais fundaram-se as sociedades de especialistas e os sindicatos, organizados em bases territoriais e ligados a uma Federação e a uma Confederação. Dos sindicatos e das formas superiores do sindicalismo, trataremos em separado, pelo fato de que grupos associativos gerais, associações científicas ou culturais, diferem dos organismos sindicais quanto aos objetivos a alcançar. Nos primeiros vinte e cinco anos de existência da Associação Brasileira de Fisioterapeutas ocorreram consideráveis movimentos de aglutinação da classe, conduzidos por um pequeno, porém atuante grupo de abnegados profissionais, surgiram o Decreto-Lei nº 938/69 e a Lei nº 6.316/75 que constituem, hoje, o regime jurídico o que está submetido o Fisioterapeuta, permitindo assim ao povo brasileiro contar com profissionais habilitados, banidos a incompetência e o charlatanismo. Sob o patrocínio da ABF e numa promoção das associações estaduais filiadas, vários congressos brasileiros da especialidade aconteceram , ao lado de eventos científico-culturais como jornadas e seminários. Mesmo com essa bagagem de realização acumuladas em um quarto de século, uma grave crise interna afetou a entidade nacional, desativando-a. A crise institucional da ABF não abalou em profundidade as associações estaduais, cuja vinculação com a organização nacional efetivava-se pela via da simples filiação, sem dependência financeira ou para tomada de decisões locais. Todavia, não se pode negar o papel da ABF, nem das pioneiras entidades de classe, como a Associação Paulista

E-mail: geraldobarbosa43@yahoo.com.br Blog14-F http://geraldobarbosa43.blogspot.com

de Fisioterapeutas – APF, a Associação dos Fisioterapeutas do Rio de Janeiro – AFERJ, a Associação Pernambucana de Fisioterapeutas – APERFISIO e a Associação dos Fisioterapeutas de Brasília – AFIBRA, dos tempos difíceis e heróicos da gênese da Fisioterapia no País. Tanto que, o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelas associações, deu-se através do chamamento dos seus mais destacados dirigentes para a composição dos cargos no Conselho Federal e nos Regionais. Isso, de certa forma tomou espaço dessas entidades na luta pelos interesses da categoria. Um ponto importante a destacar nesse momento é que a missão dos Conselhos não abrange todos os aspectos da representatividade da categoria na sociedade. A sua missão é pré-definida na lei, não podendo afastar-se da condição de repartição pública cartorial e de tribunal de ética, por mais criativos que sejam seus dirigentes. Na composição dos grupos associativos gerais incluem-se também as cooperativas, subordinadas a legislação específica e que se formam a partir do interesse dos profissionais na ocupação do Mercado de Trabalho; fugindo, no bom sentido, da relação patrão/empregado. Na cooperativa, o associado é dono do seu negócio e o paciente/usuário é atendido por esse dono. As sociedades científicas Além dos componentes da organização da classe já citados fazem parte do conjunto, as denominadas sociedades científicas específicas. Essas sociedades surgiram da necessidade de reunir estudiosos de uma mesma área de interesse, como é o caso dos que se dedicam a Fisioterapia Respiratória, ou Fisioterapia Pneumo-funcional como foi entendida pelo COFFITO. Desse meio científico saiu a ASSOBRAFIR, que somente para exemplificar realizou em 2008 no Recife, o 14º Simpósio Internacional de Fisioterapia Respiratória, demonstrando assim o estágio de desenvolvimento científico dos seus membros, pois, a ASSOBRAFIR foi a primeira sociedade de especialistas da Fisioterapia a ser fundada no País. Citamos ainda, entre outras, como entidades associativas científicas a ABENFISIO e a SONAFE. A primeira congregando os docentes de Fisioterapia em órgão nacional e a segunda, também nacionalmente, os especialistas em Fisioterapia Esportiva. (Continua na próxima edição)


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Colunas | Coluna do Dr. José da Rocha Fisioterapia, postura e atitude

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m meados de julho de 2011, tive a oportunidade de participar de um congresso para pacientes reumáticos em Petrópolis/RJ. O referido congresso tinha como objetivo principal o esclarecimento médico a respeito de várias doenças reumáticas, com ênfase à artrite reumatóide, norteando, de forma mais clara, princípios terapêuticos em várias frentes, assim como aspectos relacionados aos direitos adquiridos por esse grupo crescente de padecentes em todo o país. A minha participação se deu com dois enfoques: o de fisioterapeuta, com interesse no que seria debatido e o de paciente, pois sou portador de espondilite anquilosante, doença de caráter crônico e deformante, a qual também leva o paciente ao impedimento laborativo e outras atividades. Até aí, nada que chamasse a atenção; tratava-se de um congresso para leigos, mas aberto a todos os interessados no tema, que é complexo e vastíssimo. Existem vários grupos organizados por pacientes e que os representam em várias regiões do país; são de extrema importância e, deveria ser a partir deles que as políticas públicas de saúde reumatológica se orientassem, assim como os laboratórios e todos os segmentos da sociedade envolvidos no processo de prevenção, diagnóstico precoce, tratamento clínico tradicional e biológico, cirúrgico, fisioterápico, terapêutico ocupacional, psicológico, nutricional, fonoaudiológico, acompanhamento de enfermagem e do serviço social. Na cidade do Rio de Janeiro existe o Grupo de Pacientes Artríticos do Rio de Janeiro – GRUPARJ, o qual luta incansavelmente pelos direitos dos pacientes reumáticos, incluindo tratamento, reabilitação, inclusão social e cidadania. Em cada região ou estado o grupo recebe a denominação correspondente, como por exemplo, o GRUPASP relacionado a São Paulo e por aí vai. Pelo grau de representatividade desses grupos, deveria ser dado a eles todo o poder de fala, ações e iniciativas; mas, infelizmente não é assim que acontece. Como representante nacional existe a Associação Nacional de Pacientes Artríticos – ANAPAR e, de forma mais específica, a Associação Brasileira de Pacientes portadores de Espondilite Anquilosante – ABRESPAN. Observa-se que a organização dos grupos é concreta e no referido congresso, grupos representativos de vários estados estiveram presentes. A partir desse preâmbulo, passo a discorrer sobre aquilo que considero essencial para a nossa reflexão. - o congresso foi patrocinado essencialmente por laboratórios; - em dois dias de congresso, a maioria maciça das palestras proferidas foi por médicos 14 • NovaFisio.com.br

reumatologistas, em linguajar difícil de ser entendido por leigos e, principalmente, pelos pacientes; - muitos temas foram repetitivos e, apesar de relevantes, não foram esclarecedores como deveriam ter sido; - falar em doença reumática sem levar em conta a abordagem da fisioterapia em todas as suas possibilidades e em todas as fases das doenças, assim como a abordagem da terapia ocupacional da mesma forma é um contrasenso. Infelizmente, as palestras que citaram a fisioterapia, o fizeram de forma truncada e distorcida. O termo cinesioterapia foi substituído sempre por exercícios e atividade física; a hidroterapia foi apresentada como hidroginástica; a termoterapia foi reduzida a ultra-som e em uma palestra a médica concordou com os pacientes que acham “fazer fisioterapia”, muito chato. O congresso foi de informação ou de desinformação? Aviltar a fisioterapia ou colocá-la em plano secundário é uma injustiça e uma grande incoerência, pois a prática de quem lida com pacientes reumatológicos percebe exatamente o contrário. Vários médicos defenderam em suas palestras que, o encaminhamento à fisioterapia deve ser realizado a profissionais especializados na área para evitar que procedimentos inadequados sejam efetuados. Com a visão distorcida que mencionei acima de forma resumida, como pode ser avaliado se o procedimento é adequado ou não se a própria classe médica, mesmo especializada, desconhece ou desvirtua a nossa abordagem? A idéia clara passada aos pacientes, leigos e profissionais presentes ao evento é que o único tratamento viável é o farmacológico tradicional ou biológico, associado a caminhadas e atividade física não especificada. Tudo isso nos leva a refletir sobre o nosso real papel frente a essa demanda imensa de pacientes crônicos que necessitam atendimento e não têm acesso a ele; qual deve ser a nossa postura? Da mesma forma que existe o congresso médico voltado para os pacientes, porque não haver o congresso fisioterápico voltado para pacientes? Quantas frentes necessitam ser esclarecidas pela comunidade fisioterapêutica à sociedade, mostrando o real valor dos nossos procedimentos, mostrando que há profissionais competentes e sérios que não se curvam às imposições dos planos de saúde que fomentam o lucro às custas de tratamentos de baixa ou nenhuma qualidade em função de quantidade? É uma questão de atitude, competência, ética e união profissional. Não podemos continuar assistindo essa desconstrução da fisioterapia, esse desrespeito e esse aviltamento enquanto

Dr. José da Rocha E-mail: ze.rocha@oi.com.br

muitos enriquecem nas costas da fisioterapia mal conduzida por um contingente que teima em utilizar a incompetência a favor de outras categorias. Voltando ao congresso, há outros aspectos que confirmam minhas palavras: - uma colega de São Paulo realizou duas palestras, sendo uma delas voltada totalmente para os cuidados com os pés. A despeito da boa qualidade do que foi abordado, o paciente necessita de informações mais amplas. O mesmo ocorreu com a colega terapeuta ocupacional, também de São Paulo que teve duas participações e em uma delas abordou especificamente órteses de mão; sem dúvida, muito apropriadas para o paciente com artrite reumatóide em função das deformidades de mão. Mas, e o restante de potencial que a terapia ocupacional possui e não foi apresentado. Em um congresso de dois dias inteiros, duas palestras de vinte minutos para a fisioterapia e duas para a terapia ocupacional não é nada. Além disso, pouco foi deixado para a psicologia e para a nutrição; - os direitos dos pacientes foram abordados por uma única palestra proferida por um advogado, o qual não teve tempo hábil para esclarecer todos os pontos necessários; - nos stands, não havia nenhum relacionado às novas propostas fisioterápicas, somente laboratórios se fizeram representar; - na platéia, a quantidade de fisioterapeutas e acadêmicos era quase zero. Não interessava uma participação mais ativa? Somente em Petrópolis existem duas grandes universidades que possuem o curso de graduação em fisioterapia; porque a procura foi tão escassa? Ou será que o fisioterapeuta e/ou acadêmico não se interessaram por se tratar de um congresso para pacientes e, por isso, pouco atraente? São pontos para a nossa reflexão. Como venho repetindo seguidamente, o fisioterapeuta não se apresenta para dizer ao que veio, não se expõe, não luta pelos seus espaços nem determina junto aos órgãos públicos uma posição firme em defesa da qualidade da categoria e dos pacientes tão carentes de acompanhamento, principalmente os doentes crônicos que levam, às vezes, mais de seis meses para iniciar um tratamento fisioterápico, tornando-se impossível que os resultados sejam eficazes. Necessitamos mudar, com urgência, nosso perfil junto à comunidade médica, pois o que tenho ouvido e visto, cada vez mais depreciam nossa atuação e participação fundamental junto à equipe multidisciplinar da saúde. Isso é possível, emergencial e se faz com trabalho, interesse científico, comprometimento e amor à profissão. Até a próxima.


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Colunas | Coluna do Dr. Rodrigo Queiroz - Leia todas as outras no site. Futucar ou pesquisar na Internet?

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amos tentar falar de um aspecto crucial para o Fisioterapeuta que busca respaldo científico e excelência em seu processo de tomada decisão – Isso é o início para a Fisioterapia baseada em evidências.

Na verdade o ponto inicial é saber onde buscar a informação científica. De maneira geral podemos afirmar que não sabemos pesquisar/selecionar a fonte mais fidedigna para embasar nossas ações e temos que aprimorar isso! Atualmente a internet é a ferramenta universal para responder nossas dúvidas e nos atualizarmos, entretanto milhares de informações estão disponíveis, é como entrar numa biblioteca desarrumada, você nunca saberá em que prateleira o livro de interesse está. Assim, temos que entender que a informação está lá, precisamos apenas organizar tudo direitinho. A primeira “prateleira” consultada certamente é o Google, o buscador mais famoso, porém não é o mais organizado. Aparecerão cursos, eventos, artigos, blogs, comentários, aparelhos à venda, etc… Este é um exemplo de buscador geral, talvez você perca muito tempo futucando em tudo, link após link, que não estão organizados de maneira científica. Pensando nisso, pelo mundo afora foram criados sistemas inteligentes de busca mais específicos para embasar principalmente as decisões na área da saúde. São vários e temo-nos a nossa disposição, ou seja, vamos organizar nossas buscas por evidências científicas. Pense e reflita, quando estiver a procura de um artigo se organize, visite uma biblioteca mais estruturada, arrumadinha, que coloque a evidência mais consistente em sua mão! Nesse momento vamos nos atentar para a nossa biblioteca virtual mais próxima - O Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, mais conhecido pela sigla BIREME ou BVS (http://regional.bvsalud.org/php/index.php). Nela teremos a nossa disposição um portal de fácil utilização, onde podemos acessar documentos como artigos científicos, monografias, trabalhos de congressos, teses entre outros tipos de conteúdos. É possível acessar os textos completos desses documentos a partir do portal da BVS ou solicitar serviços como fotocópias para sua aquisição, quando não disponíveis online. Entenda que esse é nosso primeiro passo, saber buscar a informação em fontes seguras. Aconselho que entrem no portal da BVS e comecem a treinar. Quando pensar em consultar artigos pense agora em BVS. Aos poucos vou comentando sobre outros portais de busca e outras bases de dados. Por hora, tire logo esse hábito de buscar artigos pelo Google, não futuque, vá direto ao ponto. Sugiro também um curso para aprimorar suas buscas na BVS, é online, gratuito e muito bom, oferece certificado ao final e é promovido pela UERJ (http://www.telessauderj.uerj.br/ava/login/index.php). Forte abraço e até o próximo encontro. Saiba mais em: PELLIZZON, Rosely de Fátima; POBLACION, Dinah Aguiar; GOLDENBERG, Saul. Pesquisa na área da saúde: seleção das principais fontes para acesso à literatura científica. Acta Cir. Bras., São Paulo, v. 18, n. 6, Dec. 2003 . Link.: http://www.scielo.br/ scielo.php?pid=s0102-86502003000600002&script=sci_arttext Aproveito para agradecer ao Mestre Geraldo Barbosa, indico que visitem o blog dele (http://geraldobarbosa43.blogspot. com/), aproveito para agradecer ao Prof. Dr. Cléber Sousa pelo incentivo.

Dr. Rodrigo Queiroz Fisioterapeuta Especialista em Terapia Intensiva Professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB Autor do blog Mobilidade Funcional (www.mobilidadefuncional.blogspot.com) E-mail: rofisio@gmail.com 16 • NovaFisio.com.br


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Colunas |

Coluna do Prof. Luis Guilherme - Leia todas as outras no site.

Monografia – comprar porque se tenho capacidade de fazer! Parte 2

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EUS do Céu, a coisa tá muito mais feia do que eu imaginava! Os caras vendem monografias porque os alunos têm preguiça de fazer, preguiça essa estimulada pela ignorância, ignorância essa estimulada pela falta de interesse dos professores em ensinar aos alunos (mas será que os professores que ensinam esse tópico sabem realmente fazer?). Tá muito complicado isso tudo! Pesquisar é bom demais! O ato de ler, de buscar o saber na leitura, ou o ato de realizar experimentos em laboratórios, ou mesmo no campo são a consolidação da aprendizagem teórica. É legal o aluno ouvir seus professores, mas a consolidação do aprendizado vem quando ele “põe a mão na massa” e assume a responsabilidade de aprender, apreendendo todas as dificuldades, e prazeres, existentes nesse processo. Porém, tudo fica mais complicado quando encontramos alunos com preguiça de pensar, espertos querendo vender “o pensar” e a coisa toda se explode quando encontramos professores que, parecem, não estarem nem aí para isso tudo e abandonam a criatividade, o carinho, a dedicação na hora de ajudarem os alunos nessa construção. É isso aí, tenho visto muitos professores bons tropeçarem no ensino da pesquisa, uns porque não sabem pesquisar, outros porque são tão arrogantes e soberbos que imaginam que o aluno vá acompanhar seu raciocínio sem os inputs necessários, outros porque, simplesmente, não são PROFESSORES! Pois é, fui convidado a dar aulas no curso e Educação Física do UniFOA, curso esse com o qual sempre tive excelente relacionamento seja por atender as pessoas, seja por participar de bancas e de um projeto extensão conjunto. Mas sempre foi um grupo de pessoas simpáticas e muito agradáveis. Eu sempre tive muita permeabilidade com o pessoal da Educação Física, começando com o Prof. Tubino, já falecido e que fundou esse curso do UniFOA, passando pelo querido Prof. Darcymires, também falecido, continuando com meu querido amigo Luiz Alberto e tantos outros amigos como Estélio, José Fernandes, Paula, Sílvio, Marcelão, Grilo e, ainda, inúmeros Fisioterapeutas que também são Educadores Físicos e por aí vai. Pois bem, fui muito em recebido e ouvi uma coisa que me deixou muito feliz, mas me alertou para outra coisa. O coordenador do curso, em conversa, me informou: em nosso curso, por se tratar de licenciatura, somos muito professores! A ficha caiu! Será que temos sido professores o bastante, ou apenas profissionais em sala de aula? Taí uma questão importante que pode explicar muita coisa, tal como achar que o aluno por estar no nível superior sabe ler um artigo! Ou ainda mais, achar que este aluno tem condição de escrever um texto! Ou pior ainda, obrigar esse aluno a escrever um artigo, dentro das normas técnicas e exigências de um periódico para dar produção ao professor! Pois então, chega de escutar nas salas de professores aquelas gargalhadas e comentários prá lá de pejorativos sobre o desempenho cada vez pior dos alunos nas provas, seus erros de português, sua falta de raciocínio, quando esses críticos simplesmente não ensinam a pensar alegando que isso seria dever da formação básica. Se não nos dermos o trabalho de rever esses conceitos, descendo do pedestal para darmos as mãos aos alunos, simplesmente teremos mais algumas gerações de maus profissionais no mercado! Não se trata de paternalismo, como já me foi dito, mas de assumir as responsabilidades de ser professor, porque esmagar a ignorância não dá ponto, o que dá ponto é esmagar a arrogância. Fisioterapeutas do meu Brasil, do mesmo modo que eu digo para não se trocarem por um “DORFLEX”, digo para não comprarem seu PENSAR, pois ele é fundamental para construção da nossa identidade. Tudo contribui para a formação do profissional, cada fase deve ser tratada de modo peculiar. NÃO SE DEPRECIE!!! Quem compra, paga atestado de incapacidade. Continuem mandando seus recados, críticas, comentários e sugestões. Falem conosco, dêem sugestões, mas lembrem-se: mantenham o bom humor! III CONGRESSO BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA DO TRABALHO. CENTRO DE CONVENÇÕES DA BAHIA, SALVADOR – BA. 19 A 21 DE OUTUBRO DE 2011. ENCONTRO VOCÊS LÁ!

“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível”. São Francisco de Assis

Prof. Luís Guilherme Barbosa (ABERGO e ABRAFIT) Fisioterapeuta do Trabalho, Ergonomista, Professor Universitário, Diretor da GESTO-Ergonomia e Saúde no Trabalho Ltda 18 • NovaFisio.com.br

Mande seu e-mail. Contribua: críticas, discussões, opiniões e até elogios são bem vindos. Vale repetir a citação, novamente!



Colunas | Coluna do Dr. André Luiz de Mendonça - Leia todas as outras no site. O que vem de fora é melhor?

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ue Santo de casa não faz milagre todo mundo já sabe. Ainda mais de uns tempos pra cá com a abertura da “temporada de caça” às especializações e cursos de pós, mestrados e doutorados. Pronto! Está montado o cenário e o espetáculo pronto pra começar! Primeiro aparece vindo de um país qualquer o curso de “sei lá o que”, curso este claro certificado e patenteado, novíssimo no Brasil. Semanas depois um asiático cria o curso de “sei lá o que” sobre a bola, mas não antes de um americano divulgar o “sei lá o que” na água e os europeus adaptarem o curso, criando o “sei lá o que” na neve. Nós brasucas, corremos atrás de todas as variantes para não - “ficar para trás” - e enchemos lhes as salas de aula e os bolsos, mas antes dos nossos bolsos ficarem vazios ainda dá pra apelar pra o jeitinho brasileiro - claro - criando “sei la o que” na praia e também ganhar algum. É neste cenário de intensa internacionalização e competição que está mergulhado o mercado da Fisioterapia brasileira, e a busca do DIFERENCIAL proporciona a glória e a ruína de muitos de nossos colegas. Mas como chegar a glória? Ou ainda melhor. Como sair da ruína? Respostas exatas são desconhecidas mas ambas passam pela melhor qualificação profissional. E na busca desta qualificação, uma boa possibilidade é um curso, ou pós no exterior. Por que no exterior? Simples. Pelo simples motivo que leva todos os anos uma leva de brasileiros para outros países. É melhor! É de fora!!! AMERICANA OU EUROPÉIA então! É tudo! Pelo menos é o que a maioria pensa. Só cuidado para não levar um CHOQUE como eu! Que em pleno MESTRADO numa faculdade Européia fui “sacudido” quando dois professores de uma Universidade Paulista entraram na sala e me fizeram descobrir que eles eram os responsáveis pelas próximas duas cadeiras. - “Então se é pra ter aulas com dois brasucas pra que raios eu atravessei o oceano? - Pensei! - Se eles estão aqui é por que são bons! Pensei de novo em voz alta! Então por que não fiquei no Brasil se lá também tem gente boa! Responda-me você prezado leitor! É bom por que vem de fora. Ou vem de fora por que é bom? Ou seria ainda o ideal valorizar a “prata da casa” e buscar um curso ou pós genuinamente brasileira? Assim não teríamos burocracias e aborrecimentos com autenticações, consulados, carimbos, traduções e as vezes, tudo isso, pra no final descobrirmos que nem sempre uma pós graduação ou curso fora do país é reconhecido no Brasil. É para responder estas e outras perguntas prezados(as) leitores(as), que escrevo esta coluna na Revista NovaFisio onde estou sempre publicando crônicas com intuito de “iluminar” as idéias de quem quer, ou pensa em fazer alguma coisa fora do Brasil. Em minhas colunas são mostrados desde custos de vida a sistemas de educação em vários países, como conseguir uma bolsa de estudos, reconhecimento de cursos, mercado de trabalho e valorização profissional do Fisioterapeuta, qualificação exigida e domínio de línguas importantes, tudo isto entre muitos outros temas indispensáveis para quem quer enriquecer o currículo e a cabeça, conhecendo outra cultura. Prepare a sua mala e a cabeça, traga boa vontade, bom humor e algum dinheiro e embarque nesta…

Dr. André Luiz de Mendonça Fisioterapeuta. Mestrando em Motricidade Humana pela Universidade de Porto. Reside atualmente na cidade Alemã de Mainz contato:andremendonca@hotmail.de 20 • NovaFisio.com.br


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| Incontinência urinária, qualidade de vida, comparação dos questionários.

Análise e estudos correlacionais em questionários aplicados em mulheres portadoras de incontinência urinária e seus resultados comparativos Por

| Bárbara Araújo & Ivone Brauns

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incontinência urinária (IU) tem por definição a perda involuntária de urina de maneira significativa que venha causar problemas higiênicos e sociais. O presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida das mulheres acima de 60 anos no Estado do Rio de Janeiro. Para obter os dados da pesquisa foram aplicados os seguintes questionários: King’s Health Questionnaire (KHQ) e International Consultation on Incontinence questionnaire-Short Form (ICIQSF), onde as respostas apresentadas demonstraram uma relativa interferência na qualidade de vida das entrevistadas. Tendo por conclusão a comparação dos questionários aplicados na pesquisa de maneira à avaliá-los diretamente através das respostas das 11 mulheres entrevistadas. Introdução A incontinência urinária (IU), Segundo a Sociedade Internacional de Incontinência (ICS), é definida como perda involuntária da urina de maneira significativa que venha causar problemas higiênicos e sociais. Essa disfunção atinge milhões de pessoas ao redor do mundo. A incontinência urinária (IU) é mais comum entre as mulheres, podendo acometer até 50% delas em alguma fase de suas vidas (Luft, 1998)1. A IU com seus sintomas associados, pode causar significativo impacto na qualidade de vida e considerável variedade de percepções em resposta entre as pessoas. (Kluber,2004)2. Trazendo sérias implicações sociais, causando desconforto, perda de autoconfiança, interferindo negativamente na qualidade de vida de muitas mulheres. Com o aumento dos casos de IU no mundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) deu início a um projeto internacional de Avaliação da Qualidade de Vida (QV). As ferramentas empregadas no auxilio da mensuração da (QV), são questionários criados levando em consideração a avaliação dos aspectos e dimensionamento da vida do paciente, tais como: Físico, psicológico, social, desempenho geral, a dor, sono e sintomas específicos da doença. Existem vários questionários para avaliação da IU, sendo algum destes de grande conhecimento acadêmico brasileiro, por terem sido validados em nosso idioma, tais como: King’s Health Questionnaire (KHQ) e International Consultation on Incontinence questionnaire-Short Form (ICIQ-SF). Constanto de 21 perguntas o questionário King’s Health tenta avaliar causas e sintomas abrangentes no âmbito do indivíduo questionado, enquanto o ICIQ-SF em suas 4 questões de simples entendimento trata de uma maneira mais objetiva e impactante as informações apuradas não deixando com isso de ser tão preciso quanto o KHQ. A validação desses dois questionários realizadas pelo senhor Jose Tadeu Tamanini.

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Método Compreende-se de um estudo comparativo da avaliação de dois dos questionários utilizados para avaliação da qualidade de vida da população do sexo feminino acima de 60 anos. As entrevistadas concordaram em participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sendo o estudo aprovado pelo Comissão de Ética e Pesquisa. A avaliação foi realizada em ambiente reservado com 11 mulheres com média de idade de 73.72 anos, utilizandose os questionários previamente validado por Tamanini et al 2003 e 2004 respectivamente King’s Health Questionnaire (KHQ) e International Consultation on Incontinence questionnaire-Short Form (ICIQ-SF), onde o primeiro composto de 21 questões, divididas em oito domínios, sendo estes: percepção geral de saúde (um item), impacto da IU (um item), limitações de atividades diárias (dois itens), limitações físicas (dois itens), limitações sociais (dois itens), relacionamento pessoal (três itens), emoções (três itens) e sono/disposição (dois itens). Possui uma escala de sintomas que é composta pelos seguintes itens: freqüência urinária, noctúria, urgência, bexiga hiperativa, incontinência urinária de esforço e enurese noturna, incontinência no intercurso sexual, infecções urinárias e dor na bexiga. O KHQ tem uma pontuação de cada um dos seus domínios; as pontuações vão de 0 a 100 e quanto maior pontuação obtida, pior é a qualidade de vida relacionada naquele domínio3. Sendo as respostas obtidas através da entrevista com os colaboradores baseadas numa escala numérica crescente e proporcional a intensidade da queixa (0=não/não se aplica; 1=um pouco/ ás vezes; 2=mais ou menos/várias vezes; 3=muito/sempre) sendo percepção geral da saúde o único domínio com escala numérica diferentes dos demais se tornando um exceção por apresentar 5 opções de resposta sendo estas muito boa=1, boa=2, regular=3, ruim=4, muito ruim=5. Já o segundo questionário ICIQ-SF validado por Tamanini em 2004 para o idioma português é composto por três questões de avaliação de freqüência, gravidade da perda urinária e o seu respectivo impacto na vida do entrevistado. O mesmo possui uma escala de oito itens que qualificam o tipo de incontinência e possibilita avaliar as causas ou situações de perda urinária. O cálculo para obtenção do valor no questionário ICIQ-SF corresponde a soma das três questões principais podendo variar de 0 até 21 e uma de simples verificação, tendo por pontuação mínima o valor três considerado o melhor resultado, e o valor 21 sendo o pior resulto possível 4,5,6.


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Artigo

| Incontinência urinária, qualidade de vida, comparação dos questionários.

Resultado

Discussão

A média de idade participante desse estudo realizado no período de Abril a Maio de 2011 foi de 73.72 anos (idades variam de 60 a 84 anos), portanto todos os colaboradores fazem parte do grupo de idosos. Os resultados do questionário King’s Health Questionnaire obtidos para percepção geral à saúde foram: (27,3%) entrevistadas avaliaram boas suas condições, (36,4%) avaliaram normal, (36,4 %) avaliaram ruim. Enquanto isso, 54,5% dos entrevistados relataram sofrer impacto da incontinência urinária em suas vidas, 9% relataram ter muito impacto, 27,3% relataram que a incontinência urinária atrapalha mais ou menos as suas vidas e outros 9% informaram atrapalhar somente um pouco. Com relação a limitação a desempenho de tarefas, 72,7% dos entrevistados informaram que o problema na bexiga atrapalha suas tarefas de casa, 18,2% informaram atrapalharam um pouco e apenas 9% relatou atrapalhar muito. Nos sintomas 45,4% informaram que possui a freqüência de ir ao banheiro (um pouco), 36,4% (mais ou menos) e 18,2% informaram ir muito ao banheiro. No sintoma noctúria 54,5% informaram levantar a noite para urinar (um pouco), 36,4% informaram (mais ou menos), e apenas 9% informou (muito). No item urgência 36,4% dos entrevistados informaram (um pouco), 18,2% informaram (mais ou menos) e outros 18,2% informaram (muito) sendo que do restante preferiram não responder. No item incontinência urinária 36,4% informaram perder urina quando se tem muita vontade de urinar (um pouco), 27,3% informaram perder (mais ou menos), 9% informaram perder (muito)e outros 36,4% não responderam. No item incontinência urinária de esforço 36,4% responderam perder (um pouco) como tossir, espirrar e correr, 18,2% deram às respostas (mais ou menos) e 9% responderam (muito). No item enurese noturna 9% dos entrevistados informaram a resposta (mais ou menos) molhar a cama durante a noite, os outros 91% preferiram não responder. No item infecções urinárias 9% dos entrevistados informaram a resposta (um pouco) e os outros 82% preferiram não responder. No item dor na bexiga 9% dos entrevistados informaram a resposta (muito), 18% informaram a resposta (um pouco) e outros 73% preferiram não responder. O questionário International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) aplicado no mesmo período de Abril a Maio de 2011 para os mesmos entrevistados apresentou uma media de score de 6,18. Os seguintes resultados para freqüência da perda urinária foram encontrados: 81,8% informaram a resposta (nunca), 9,1% informaram a resposta (duas ou três vezes por semana) e os outros 9,1% informaram a resposta (diversas vezes ao dia). Para o item gravidade da perda urinária na pergunta: Quantidade de urina que o entrevistado pensa que perde, 45,4% dos entrevistados informaram a resposta nenhuma, 18,2% informaram a resposta (uma pequena quantidade) e outros entrevistados 36,4% informaram a resposta (uma moderada quantidade).

Com o crescente número de casos de Incontinência Urinária no mundo, cada vez mas surgem instrumentos de avaliação da qualidade de vida para pessoas com este tipo de problema. Porém, pouco desses instrumentos criados tem validação necessária e correspondente ao nosso idioma, dificultando assim sua aplicação no Brasil. Com a validação do KHQ e ICIQ-SF pelo Sr. Tadeu Tamanini em 2003 e 2004 respectivamente, tornou-se mas fácil a avaliação dos entrevistados com esses métodos a muito já utilizados em outros países para identificação da Incontinência Urinária. Por meio das informações e conteúdo obtidos verifica-se que o questionário Kings Health é de um conteúdo mas complexo por avaliar questões mas corriqueiras, mas também de grande importância na avaliação do entrevistado. Enquanto que ICIQSF de forma objetiva aproxima-se do resultado encontrado pelo KHQ, de forma que se ausenta no contato e verificação mas profunda no questionamento ao entrevistado, não observando fatores externos que também pode influenciar no resultado obtido. Dessa forma consideramos que os dois métodos de avaliação conseguem atingir o objetivo proposto, que é a avaliação e constatação do problema de Incontinência com o colaborador, porém um tange a vertente Sócio-emocional, demográfica e econômica (KHQ) e o outro a vertente da ocorrência na freqüência e gravidade impactante.

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Referência 1. Fisioterapia aplicada à Obstetrícia, Uroginecologia e Aspectos de Mastologia 4ª edição; Elza Baracho; 281. 2. KLUBER, L. A influência da Fisioterapia na qualidade de vida de mulheres com incontinência urinária: Revisão. Revista do Crefito 5, Curitiba, v.2, n.8, dez.2004. 3. Tamanini JTN, D’ Ancona CA, Botega NJ, Rodrigues Netto N Jr. Validação do “King’s Health Questionnaire” para o português em mulheres com incontinência urinária. Rev. Saúde Pública 2003; 37 (2):203-11. 4. Tamanini et al. Validação para português do “International Consultation on incontinence questionnaire-Short Form” (ICIQ). Ver. Saúde Pública 2004; 38 (3):1-6. 5. Bent A et al. Validation of a two – Item Quantitative Questionnaire for the Triage of Women With Urinary Incontinence. Obstetrics & Ginecology 2005; 106 (4): 797-733. 6. Hisasshi et al. Prevalence of lower Urinary Tract Symtoms and Seeking Acupuncture Treatment in men and women Aged 40 years or older: A Community – Based Epidemiological Study in Japan.2005;1:27-35.


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Artigo

| Esclerose Lateral Amiotrófica

Esclerose lateral amiotrófica: Uma revisão da literatura Por | Isaac Quêsado Alencar & Maria de Jesus Ferreira Marinho

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objetivo do presente trabalho foi avaliar expectativa de vida e diferença entre pacientes portadores de esclerose lateral amiotrófica com a forma bulbar e espinhal. Para o estudo foram utilizadas as bases de dados: Bireme, Scielo, e Pubmed. Os resultados mostraram que os portadores da doença com a forma bulbar e fraqueza respiratória tendem a progredir mais rapidamente para a morte do que os pacientes cuja fraqueza começa nos membros distais. Concluimos portanto, que a Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa e fatal que afeta ambos os neurônios motores que, na maioria dos casos, progride implacavelmente até a morte. INTRODUÇÃO A Esclerose Lateral Amiotrofica (ELA), geralmente conhecida como a doença de “Lou Gehrig (jogador de beisebol americano, portador da doença) ou doença de Charcot (nome de um grande neurologista francês), é uma doença neurodegenerativa e fatal que afeta ambos os neurônios motores (superior e inferior). A grande perda de células do corno anterior da medula espinhal e dos núcleos dos nervos motores cranianos no tronco cerebral inferior resulta na atrofia e no enfraquecimento dos músculos (amiotrofia). A desmielinização e a gliose dos tratos cortiço-espinhais e corticobulbares, causadas pela degeneração das células de “Betz” no córtex motor, levam aos sintomas do neurônio motor superior (esclerose lateral)1. Apresenta distribuição mundial, sem predileção étnica ou sócio-econômicocultural. Apresenta maior prevalência na população do gênero masculino (58,5%) e idade média ao diagnóstico de 52 anos (4ª a 6ª décadas). Mostra, ao diagnóstico, quadro espinal puro em 69% dos casos, quadro bulbar puro em 18,5 % dos casos e espinal associado ao bulbar em 12,5 % dos casos. Apenas em 5,9% dos casos correlaciona-se história familiar presente. Apresenta baixa prevalência (4 casos/100.000/ano) e baixa incidência (1,5 casos /100.000/ano)2. A ELA é responsável por 66% dos pacientes com doenças do neurônio motor, sendo mais comum nos homens idosos. A média de início dos sintomas é a 5ª década de vida, mas a afecção pode se iniciar em qualquer idade no adulto. A sobrevida é de 4 a 5 anos em 50% dos casos, mas em 15%, é igual ou superior a 10 anos 3. O diagnóstico da ELA é realizado através de exame clínico suportado por testes neurofisiológicos, não existindo testes laboratoriais de definição, o que acarreta muitas vezes em um diagnóstico por exclusão. O critério El Escorial, desenvolvido no final da década de 1980 e atualizado na década seguinte, é amplamente utilizado, 34 • NovaFisio.com.br

apesar de ter suas limitações e de permitir que alguns pacientes venham a falecer da doença sem se qualificar nos critérios4. A classificação de certeza do diagnóstico pelo El Escorial é dividida em: ELA típica (sinais de acometimento de NMI e NMS em três ou mais regiões: bulbar, cervical, torácica ou lombossacral); ELA provável (sinais de acometimento de NMI e NMS em duas regiões); ELA provável com evidências neurofisiológicas (NMI e NMS em uma região; ou NMS em uma região ou mais regiões com evidência eletromiográfica de desenervação em dois ou mais membros); ELA possível (sinais de acometimento de NMI e NMS em uma região); ELA suspeita (sinais de acometimento de somente NMI em uma ou mais regiões; ou somente NMS em uma ou mais regiões)4,5. Embora a doença geralmente não prejudique a mente de uma pessoa ou de inteligência, vários estudos recentes sugerem que alguns pacientes com ELA podem ter alterações das funções cognitivas, tais como depressão e problemas com a tomada de decisões e memória. ELA não afeta a capacidade de uma pessoa para ver, sentir odores, saborear, ouvir, ou reconhecer o toque. Os pacientes costumam manter o controle dos músculos do olho e das funções da bexiga e do intestino, embora em fases tardias da doença, a maioria dos pacientes vai precisar de ajuda. Os sintomas da doença variam de acordo com sua forma, bulbar ou espinhal. Na forma bulbar, o exame pode revelar debilidade do palato, diminuição do reflexo do vômito, acúmulo de saliva na faringe, tosse fraca e língua atrofica com faciculações. Já na forma espinhal, a fraqueza dos músculos das extremidades superiores e a queixa inicial em cerca de 40% dos pacientes; associada à atrofia progressiva dos seus músculos7. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar expectativa de vida e diferença entre pacientes portadores de esclerose lateral amiotrófica com a forma bulbar e espinhal. METODOLOGIA Nosso estudo trata-se de uma atualização de literatura e, para a confecção, foram utilizadas as bases de dados: Bireme, Scielo, e Pubmed. Para a busca, foram usadas as seguintes palavras-chave: Esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença neuromuscular, doença neurodegenerativa, doença do neuronio motor e as similares em inglês. RESULTADOS DE ESTUDOS E DISCUSSÃO Segundo Fleck et al. (2008) o prognostico de pacientes com ELA está relacionado aos aspectos físicos do indivíduo; ao grau de independência; às relações sociais; ao meio ambiente; à qualidade de vida global e a percepções gerais de saúde6.

Os cientistas ainda não identificaram um marcador biológico confiável para uma anormalidade compartilhada por todos os pacientes com a doença. Uma vez que tal um biomarcador é descoberto e os testes são desenvolvidos para detectar o marcador nos pacientes, permitindo a detecção precoce e o diagnóstico de ELA, os médicos terão uma valiosa ferramenta para ajudá-los a seguir os efeitos de novas terapias e monitorar a progressão da doença8. Na maioria dos casos, a ELA progride implacavelmente levando à morte por insuficiência respiratória. A taxa de progressão parece ser constante para cada paciente, mas varia consideravelmente entre eles. Os portadores da doença com a forma bulbar e fraqueza respiratória tendem a progredir mais rapidamente para a morte do que os pacientes cuja fraqueza começa nos membros distais 9. Caroscio relatou em seu estudo de 397 pacientes com ELA, o tempo medio de sobrevida era 4,08 anos depois do inicio do aparecimento dos sintomas, com uma diminuição do tempo medio de sobrevida, com o aumento da idade no inicio da doença. Um pequeno numero de pacientes viveu 15 a 20 anos depois do inicio da doença10. Apesar de o tempo do inicio da doença ser determinado, em primeiro lugar, pelo reconhecimento do paciente sobre as manifestações da doença, as autópsias de pacientes que morreram de insuficiência respiratória, logo depois do diagnóstico tem mostrado evidências de maior dispersão da doença muscular esquelética, mesmo sem haver evidencia clínica de envolvimento musculoesquelético11. Dietrich, et al, observou em seu estudo realizado no Brasil, que o menor tempo de sobrevivência no início bulbar é consistente com a literatura e as mulheres teve início bulbar com mais freqüência do que os homens, isso pode explicar por que o tempo entre os primeiros sintomas até o óbito foi menor para as fêmeas. No entanto, tirar conclusões a partir do número pequeno de pacientes, cuja morte foi relatada (23 pacientes) podem ser perigosos. Ainda assim, a maior taxa de início bulbar entre as mulheres não tem, a nosso conhecimento, foi descrito antes, e isso pode ser uma Peculiariedade brasileira12. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Concluímos, portanto, que a Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa e fatal que afeta ambos os neuronios motores que, na maioria dos casos, progride implacavelmente até a morte. É mais comum nos homens idosos e o tempo medio de sobrevida de 4,08 anos depois do inicio do aparecimento dos sintomas.


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Relato de caso

| Miofibrolise, Síndrome da Fricção da Banda Iliotibial.

A utilização do Método de Miofibrólise na Síndrome da Fricção da Banda Iliotibial Relato de caso Por

| Guilherme Domenech;

Márcio Puglia; Ana Carolina Saraiva; Viviane Amaral. Fisioterapeutas Instituto Miofibrólise Internacional

O

BJETIVO: A proposta deste estudo foi avaliar a eficácia da aplicação do método de Miofibrólise um paciente acometido pela Síndrome da fricção da banda iliotibial mensurando os resultados obtidos para função e sintomas especificamente do joelho o questionário Lysholm Knee Scoring Scale.

MATERIAL E MÉTODOS: Neste estudo descrevemos o caso clínico de um paciente do sexo masculino, 21 anos, atleta profissional da modalidade esportiva Triathlon com diagnóstico clínico de Síndrome da fricção da banda iliotibial comprovada em exame complementar por Ressonância Magnética. Apresentava como queixa principal, dor na região Antero lateral do joelho acompanhado de crepitação no agachamento entre 30° e 40°. Na primeira avaliação pelo questionário Lysholm Knee Scoring Scale, apresentou pontuação de 39 pontos classificado como ruim. Foi proposto como tratamento fisioterápico, a utilização exclusiva das técnicas do método de Miofibrólise durante 12 sessões, realizadas 03 vezes semanais, com duração de 30 minutos cada e intervalo de 24 horas. Foi sugerida a paralisação da atividade esportiva. O paciente era avaliado pelo questionário Lysholm Knee Scoring Scale quando chegava para as sessões, ou seja, o questionário tinha como objetivo avaliar as repercussões da sessão anterior. RESULTADOS: Verificou-se após a proposta terapêutica, remissão total do quadro sintomático e disfuncional. Seguindo o questionário, os resultados após cada sessão foram: 1ª sessão 39 pontos (ruim), 2ª sessão 41 pontos (ruim), 3ª sessão 53 pontos (ruim), 4ª sessão 75 pontos (ruim), 5ª sessão 81 pontos (regula), 6ª sessão 90 pontos (bom), 7ª sessão 100 pontos (excelente) e 8ª sessão (excelente). Com esses resultados, não houve a necessidade de prolongar o tratamento até as 12 sessões previstas inicialmente, pois após a 8ª sessão o paciente já tinha alcançado a pontuação máxima de acordo com o referido questionário. A partir de então, foi liberado para retornar sua rotina de treinamentos. CONCLUSÃO: De acordo com os resultados obtidos, os autores concluíram que o método de Miofibrólise é um recurso promissor para o tratamento desta patologia, confirmando o ótimo prognóstico. REFERÊNCIAS: ELLIS R., HING W., REID D. Iliotibial band friction syndrome – A systematic review. Manual Therapy vol. 12, Issue 3, pages 200-208 DOMENECH A. G., BULZING A. V. R, MACHADO F. A. Análise isocinética da força produzida pelo quadríceps na extensão do joelho antes e após a aplicação da Miofibrólise em militares da ativa do Exército. Revista de Educação Física vol. 143, suplemento 31, Dez.2008. DROGSET J. O., ROSSVOLL I., GRONTVEDT T. Surgical treatment of iliotibial band friction syndrome. A retrospective study of 45 patients. Scand J Med Sci Sport vol. 9(5) pages 296-298, Out. 1999. FOSTER J. B. Prospective study confirm Iliotibial band friction syndrome predictors. Biomechanics Archives, 2007. KIRK K. L., KUKLO T., KLEMME W. Iliotibial band friction syndrome. Orthopedics vol. 23(11), pages 1209-1214, Nov. 2000. MESSIER S. P, EDWARDS D. G, MARTIN D. F. Iliotibial band friction syndrome in distance runners. Med Sci Sport Exerc. vol. 27(7) pages 951-960, 1995. PECCIN M. S. CICONELLI R., COHEN M. Questionário específico para sintomas do joelho “Lysholm Knee Scoring Scale” – Tradução e validação para língua portuguesa. Act ortop. bras. vol. 14(5), 2006. VESZELY M., GUISSARD B., DUCHATEAU J. Contribution à l’étude des effets de la fibrolyse diacutanée sur le triceps sural. Annales de kinésiothérapie vol. 27, pages 54-59, 2000.

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Artigo

| Vertigem; estimulador optocinético; cadeira giratória; reabilitação; vestibular

A Reeducação Funcional do Equilíbrio e do Sistema Vestibular A reeducação vestibular é a aplicação da neurofisiologia (Alain Semont) Por

| Dra. Ângela Bessa

V

ertigens? Desequilíbrio? O diagnóstico do problema deve ser feito pelo médico especialista, mas os avanços da fisioterapia mostram que toda anomalia verificada no sistema vestibular ocasiona um viés que pode ser corrigido pela reeducação vestibular, uma prática que coloca em funcionamento os processos de adaptação e substituição objetivando a compensação vestibular a nível cortical, em busca de um bom resultado para os pacientes. Segundo a fisioterapeuta Ângela Bessa, no tratamento, a parte do equilíbrio que interessa tem por base a análise neurosensorial. Isso porque o equilíbrio parte da “cabeça e desce até os pés”, contrariamente ao sistema neuro-motor, que é ascendente. “Todos nós temos duas entradas para o mundo: os olhos e os pés. Porém, o homem não é essencialmente estático. Nas condições dinâmicas, é preciso estabilizar o olhar e adaptar o tônus muscular à aceleração da gravidade”, explica a fisioterapeuta, especializada na França e que trouxe o tratamento para Belo Horizonte. É esse o papel do captador vestibular, que tem interações com as duas entradas para o mundo, ou seja, o reflexo vestíbulo-ocular e o reflexo vestíbulo espinal. Realizado com sucesso na França, e agora no Brasil, o tratamento inicia por um exame pré terapêutico constituído de anamnese, avaliação clínica e instrumental (vídeo nistagmo – avaliação do nistagmo espontâneo e as respostas labirínticas e as provas rotatórias de alta e baixa frequência, prova rotatória impulsional, etc). Esse exame também pode ser acrescentado pela posturografia dinâmica computadorizada que serve para avaliar as três entradas sensoriais, orientando nas escolhas terapêuticas e na decisão do término do tratamento. É importante dizer que a técnica fisioterápica é baseada na adaptação dos reflexos (aleatórios e subcortical) e não em exercícios pré meditados do comando cortical. Utiliza uma cadeira giratória e um gerador de estimulação opto-cinético, constituído de um planetário montado em um sistema de três eixos, que permite a apresentação de pontos luminosos em campo visual total. Mas o sistema vestibular, formado pelo captador periférico, os núcleos vestibulares e as áreas corticais destinadas ao sistema vestibular, tem outra função: o conhecimento do “¬¬olhar reto para frente”, reflexo da informação proprioceptiva interior e de sua relação com a informação visual, vinda do mundo exterior. É aí que ganha importância instrumentos como a cadeira giratória, um meio terapêutico de reduzir a constante de tempo do labirinto são, no caso de uma assimetria vestibular. A estimulação rotatória é fisiológica e tem uma excelente retenção no tempo, colocando em ação os fenômenos de correção que o cérebro gostaria de fazer e não sabe. Após a ação de simetrização, que permite a estabilização do olho (reflexo vestíbulo-ocular) e da cabeça (reflexo vestíbulocolico) e o reencontro da capacidade de antecipação na orientação do olhar, é hora de agir na relação com o ambiente. A vertigem é uma manifestação visual, e, assim, a organização sensorial do paciente pode estar perturbada pelo movimento da cena visual. Para o cérebro, não há situação na vida real em que o ambiente mexe sem que a pessoa esteja em movimento. A vertigem induzida pela vestibulopatia pode ser a origem de um conflito tal que todo movimento fisiológico da cena visual passa a ser considerado como uma situação patológica. “Dizemos que a pessoa tem uma organização sensorial anormal, que faz com que se dê prioridade à entrada visual, mesmo se não estiver adaptada à situação na qual se encontra”, ressalta Ângela Bessa. No tratamento, a repetição da estimulação vai reduzir o desvio postural e normalizar a velocidade da fase lenta do nistagmo optocinético, e também sua freqüência. O movimento de uma plataforma e do ambiente visual, animado por movimentos aleatórios em velocidade e amplitude, possibilita a utilização da velocidade de deslocamento do centro de massa e não em posição, reproduzindo uma situação do andar em um chão de diferentes densidades. É bom lembrar que, para a realização desta reeducação, é preciso separar três entidades terapêuticas diferentes: a reabilitação vestibular propriamente dita; a reabilitação do equilíbrio e o caso particular da VPPB. Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) que é uma alteração mecânica, e o único tratamento é a manobra liberatória de Semont. E a síndrome hemodinâmica postural. Fontes: XIº Congresso da Sociedade Internacional de Reabilitação Vestibular (SIRV) 2008 XIIº Congresso da Sociedade Internacional de Reabilitação Vestibular (SIRV) 2009 Rééducation vestibulaire das le cadre de la maladie de Menière. Kiné point doc 2007

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| Stiper, acupuntura, agulha, sem dor. Stiper - A fantástica acupuntura sem agulhas! Artigo

Por

| Dr. Wu Tou Kwang,- ceata

A

acupuntura é maravilhosa! Vem tratando doenças de difícil controle há 3.000 anos. Atualmente, a acupuntura é reconhecida pela OMS, toda a população do planeta já ouviu .falar desta técnica de tratamento com base em pontos e meridianos. Ganhou tanta reputação que médicos brasileiros vêm tentando sem sucesso monopolizar a técnica desde 1995. Em 2005, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), na 162ª reunião, aprovou a inserção de 7 profissões de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), acabando com a pretensão da classe médica. Além das curas, a acupuntura permite prevenir doenças, manter a saúde e melhorar a qualidade de vida. Entretanto, a maior parte da população foge da acupuntura por medo das agulhas. Muitos nem sabem que os pontos podem ser estimulados com grande eficácia por dedo, calor, semente, metais, eletricidade, ímã, ventosa, cor, música, esparadrapo e laser, totalmente sem dor ou infecção. E agora, chegou ao Brasil um novo estimulador fantástico, de sucesso consagrado na Espanha e na Itália, o Stiper, que é uma pastilha contendo óxido de silício (SiO2) de 14 mm de diâmetro por 3 mm de espessura, e está conquistando os demais países da Europa. O Stiper pode ser usado no lugar das agulhas para tratar dores de cabeça, dores da coluna, tendinites, fibromialgias, lesões esportivas ou traumáticas, cólicas menstruais; alergias, asmas e bronquites; stress, ansiedade e depressão; prevenir rugas e controlar celulites. Ele também pode ser cortado em pedacinhos e substituir as agulhinhas da auriculoterapia. Assim, os pacientes podem dormir sossegados apoiando as orelhas nos travesseiros e nem sentirão dores ao baterem o telefone na orelha. Já, na reflexologia podal, o Stiper pode ser fixado nos pontos dos pés ou colado nas palmilhas, proporcionando estímulos suaves e confortáveis. Na estética, máscaras contra rugas podem ser confeccionadas com as pastilhas de silício, aumentando a circulação da pele e tonificando os músculos faciais. Na veterinária, muitos animais podem ser beneficiados, afinal, eles respondem muito melhor à acupuntura do que os seres humanos. AFINAL, O QUE É ESTA MARAVILHA CHAMADA STIPER? A marca Stiper é a combinação das palavras estímulo e permanente (sti “mulo” + per “manente”). É uma pastilha contendo Óxido de Silício que vem sendo usado na Europa desde 1995. O silício está presente no sol e nas estrelas, é o principal componente dos meteoritos da classe dos aerólitos. O silício participa com 25,7% do peso da crosta terrestre; é o segundo elemento mais abundante, perde apenas para o oxigênio. Ele pode ser encontrado em materiais como asbesto, feldspato, barro e mica. O composto de silício mais abundante na natureza é o óxido, constitui a areia, o quartzo, cristais de rocha, ametista, ágata, pederneira, jasper e opala. No corpo humano, o Silício atua como catalisador, participa da síntese do colágeno e da

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calcificação óssea. Está presente em quantidade muito pequena, considerado assim, um dos oligoelementos essenciais. Encontrase principalmente no tecido conjuntivo e na pele. Uma pessoa de 60 kg contém 15,6g de silício. É um elemento essencialmente não tóxico quando ingerido pela boca, participa da composição de antiácidos. Os silicatos são utilizados como aditivos em produtos alimentícios com toda segurança. O silício foi descoberto em 1825 pelo sueco Jons Jacobs Berzelius. Depois de muitas pesquisas, descobriram que pode reorganizar as ondas, por isso é utilizado em sonares, radares e aparelhos que necessitam de ordenamento de freqüências para perfeito funcionamento e eficácia. Em meados de 1970, intensificaram as pesquisas sobre seus efeitos terapêuticos. Estudou-se o silício orgânico para ingestão e o silício puro encontrado na natureza para uso externo em forma de gel, pomadas e finalmente pastilhas. Em 1994, cientistas perceberam que nossa pele, maior órgão do corpo humano, tinha ressonância extrema com o silício, e se tornaria assim “um portal” natural de entrada e saída das energias em todas as terapias com base em silício. O corpo humano recebe milhares de tipos de energias por segundo e em completo desordenamento, causando assim, vários distúrbios e conseqüências muitas vezes desagradáveis. O próprio corpo esforça-se para ordenar tais freqüências, mas nem sempre obtém resultados positivos, eis aí uma das causas do stress, que pode nos levar às doenças psicossomáticas. O óxido de silício tem forma prismática, com três facetas, corresponde ao popular “Cristal de Quartzo”, provavelmente estaria aí a explicação dos seus efeitos terapêuticos. Na forma de quartzo, deve absorver dos pontos de acupuntura as ondas e freqüências caóticas, regulariza e reordena tais vibrações, e devolve através dos pontos, emitindo ao organismo as energias harmonizadas. Assim, o Stiper tem efeito regulador e harmonizante automático, não necessita então de manipulações tonificantes ou sedativas como ocorre com as agulhadas de acupuntura. O Stiper pode ser fixado à pele com esparadrapos perfurados ou porosos. Pode ser molhado sem perder os efeitos. Atua durante 6 dias. Pode ser embebido com aromas, essências florais, remédios homeopáticos ou fitoterápicos, potencializando em três vezes seus efeitos terapêuticos. Pode também fazer o papel de moxa, é só aquecer o Stiper com lâmpada vermelha de 3W. Para os acupunturistas, existe a vantagem adicional de incrementar o fluxo de pacientes, pois não precisam ficar ocupando as macas durantes 20 a 30 min, basta colar os Stipers e eles já podem se levantar e ir embora, com estímulo contínuo por 6 dias, aumentando a eficácia terapêutica. Muitos desses profissionais estão adotando o Stiper em seus tratamentos, e os pacientes estão adorando, afinal, diminuir as dores sem sofrerem agulhadas, é o máximo! Dr. Wu Tou Kwang – médico e diretor do CEATA – (11) 3062-6557.


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DATA CURSO SETEMBRO 01 a 06 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica 01 a 06 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica 02 a 04 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica 02 a 04 Pilates Avançado na Dor Lombar 02 a 04 MAT Pilates - Solo e Bola 02 a 04 Curso Internacional K-Taping (Bandagem / Tape Funcional) 02 à 04 VII Congresso Goiano de Fisioterapia 03 Workshop Coluna Viva I – PHYSIO PILATES 03, 04, 10 e 11 Physioterapy Functional Training e Plataforma Vibratória 04 Workshop Coluna Viva II – PHYSIO PILATES 07 à 11 Conceito Maitland 08 Ponto Gatilho 08 a 13 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica 09 a 11 MAT Pilates Avançado - Acessórios e Mat Wall 09 a 11 MAT Pilates - Solo e Bola 15 a 18 Pilates Orientado para Dança 15 a 20 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica 15 a 20 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica 17 Pós-Graduação em Fisioterapia Respiratória 17 Workshop Coluna Viva I – PHYSIO PILATES 17 Paralisia Cerebral – Intervenção Fonoaudiológica e Fisioterápica 18 Workshop Coluna Viva II – PHYSIO PILATES 19 Curso Pilates Fase I 20 à 23 Conceito Maitland 22 a 27 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica 22 a 27 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica 22 a 27 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica

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DATA CURSO SETEMBRO 23 a 25 MAT Pilates - Solo e Bola 24 Aquadinamic 24 à 27 Conceito Maitland 25 e 26 Pilates Avançado – Valéria Figueiredo Cursos 26 e 27 Pilates BOSU + Rolo de Espuma – Valéria Figueiredo Cursos 29 à 02 de Outubro Pilates Clínico – Valéria Figueiredo Cursos OUTUBRO Em Outubro Pós-Graduação em Fisioterapia Respiratória e UTI 01 Workshop Pilates para crianças – PHYSIO PILATES 01 Workshop Pilates para crianças – PHYSIO PILATES 01 e 02 I Congreso Internacional de Actividade Acuáticas y Terapéuticas 01 à 09 Pilates Contemporâneo 03 à 06 Pilates Clínico – Valéria Figueiredo Cursos 08 à 10 Conceito Halliwick – Valéria Figueiredo Cursos 08 à 11 Mobilização Articular Funcional – Valéria Figueiredo Cursos 08 à 14 Especialização Fisioterapia Aquática 09 à 12 XIX Congresso Brasileiro de Fisioterapia 10 à 12 Hidroterapia nas Algias – Valéria Figueiredo Cursos 12 e 13 Conceito Bad Ragaz 12 e 13 Mobilização Neural – Valéria Figueiredo Cursos 13 à 15 V Encontro Nordestino de Fisioterapia na Saúde da Mulher 13 à 16 Watsu para Fisioterapeutas – Valéria Figueiredo Cursos 14 e 15 Movimento Combinado – Valéria Figueiredo Cursos 14 à 16 Congresso Carioca de Fisioterapia Dermato-Funcional 15 Terapia Manual Aquática 16 e 17 Osteopatia – Valéria Figueiredo Cursos

CIDADE- UF Friburgo-RJ Sao Paulo–SP Piracicaba–SP São Paulo–SP São Paulo–SP Curitiba–PR

CONTATO

(21) 2565-7690 / 0800 2820624 (11) 3562-1957 0800 400 7008 0800 400 7008 0800 400 7008 0800 400 7008

Rio de Janeiro–RJ (21) 3882-9797 Porto Alegre–RS 0800 606 8008 / 71 3261-8000 Porto Alegre–RS 0800 606 8008 / 71 3261-8000 Belgrado/Argentina (11) 3562-1957 Piracicaba–SP (19) 2105-2800 / 0800 72428000 Londrina–PR 0800 400 7008 São Paulo–SP 0800 400 7008 São Paulo–SP 0800 400 7008 São Paulo–SP (11) 3562-1957 Florianópolis – SC (21) 2286-2846 São Paulo–SP 0800 400 7008 São Paulo–SP (11) 3562-1957 São Paulo–SP 0800 400 7008 Salvador–BA (71) 3271-0151 / 9987-8071 São Paulo–SP 0800 400 7008 São Paulo–SP 0800 400 7008 Rio de Janeiro–RJ (21) 2633-1286 / 2633-4946 São Paulo–SP (11) 3562-1957 São Paulo–SP 0800 400 7008

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Tininha | Humor - passa-tempo - game - novidades Olá pessoal, nesta edição eu trago o conteúdo de um e-mail que achei bem interessante sobre algumas das expressões comumente utilizadas em nossa língua. É importante um pouco de cultura se não podemos cometer o mesmo erro que o outro, que não sabendo o que era decúbito, no lugar de se feitar em decúbito ventral, disse que iria deitar-se de decúbito pra cima. Ninguém merece né!? NAS COXAS As primeiras telhas dos telhados nas Casas aqui no Brasil eram feitas de Argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais devido as diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito. CALCANHAR DE AQUILES De acordo com a mitologia grega, Tétis, mãe de Aquiles, a fim de tornar seu filho indestrutível, mergulhou-o num lago mágico,segurando-o pelo calcanhar. Na Guerra de Tróia, Aquiles foi atingido na única parte de seu corpo que não tinha proteção: o calcanhar. Portanto, o ponto fraco de uma pessoa é conhecido como calcanhar de Aquiles. VOTO DE MINERVA Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo. CASA DA MÃE JOANA Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda. CONTO DO VIGÁRIO Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem. FICAR A VER NAVIOS Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios. NÃO ENTENDO PATAVINAS Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significa não entender nada. DOURAR A PÍLULA Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar os aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo. SEM EIRA NEM BEIRA Os telhados de antiga mente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana. O CANTO DO CISNE Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém. ESTÔMAGO DE AVESTRUZ Define aquele que come de tudo. O estômago do avestruz é dotado de um suco gástrico capaz de dissolver até metais. LÁGRIMAS DE CROCODILO É uma expressão usada para se referir ao choro fingido. O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima. 48 • NovaFisio.com.br

pELEVADORq pSOBE... JUÍZO CONCEDE LIMINAR PARA A

INCLUSÃO DE FISIOTERAPEUTAS NA CONSULTA DE PREÇOS DA INFRAERO-MACAÉ. Ao tomar conhecimento que a Infraero de Macaé expediu CONSULTA DE PREÇOS para atendimento de Ginástica Laboral com exclusão do Fisioterapeuta, o jurídico do CREFITO-2 propôs ação cautelar com pedido de liminar tendo o d. Juízo da 5ª VARA FEDERAL-RJ, acolhido a Liminar. As empresas prestadoras de serviços assistenciais de fisioterapia e que atuem em GINÁSTICA LABORAL podem telefonar para o Departamento Jurídico do CREFITO-2 (21) 21692158 e 2169-2191 e indicar o fax da empresa para receberem o Caderno de Especificações Técnicas para elaboração da Ginástica Laboral no Aeroporto de Macaé por empresa especializada.

pSOBE...

A Fundação Getulio Vargas foi contratada pelo COFFITO para desenvolver levantamento das estruturas de custo dos serviços de fisioterapia e terapia ocupacional no Brasil. O objetivo é criar uma base de informações, considerandose estabelecimentos de todo o Brasil, que facilite a análise da sustentabilidade do setor e fundamente negociações com outros agentes públicos e privados. Somente a Fundação Getulio Vargas terá acesso aos questionários respondidos, tendo assumido contratualmente o compromisso de não disponibilizar informações individuais dos respondentes, mesmo para o COFFITO. Para participar visite: http://www.fgv.br/pesquisacoffito Participe! Você sabe de algum fato bom ou ruim na fisioterapia? Escreva-nos


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|FisioPerfil

FP

Dr. Rodrigo Ribeiro de Oliveira

Sempre uma breve entrevista com quem tem uma longa história.

rodrigo@ufc.br

Quem é, o que faz | Presidente da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva - Regional Alagoas no período de 2005-2009, atual Vice-Presidente da SONAFE/BR e diretor administrativo da Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional - ABFITO. Fez mestrado em Fisioterapia UFPE é estudante de doutorado em ciências morfológicas UFRJ/UFC. Presidente do V Congresso Brasileiro e III Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva - V Jornada Brasil - Argentina de Fisioterapia Esportiva. Qual ano e em qual faculdade se formou? Universidade Estácio de Sá - 2002 em Nova Friburgo-RJ Qual foi a melhor coisa que fez na vida? A melhor coisa que fiz em minha vida profissional foi me dedicar a fisioterapia esportiva, visto que, é uma especialidade encantadora e apaixonante. Tenho tentando me dedicar cada vez mais aos estudos que envolvem a Fisioterapia esportiva na promoção de saúde de grupos especiais, hoje, a minha linha de pesquisa está direcionada nas alterações de tendões dos portadores de Diabetes Mellitus. Tenho uma dívida eterna com a fisioterapia esportiva, pois consegui realizar boa parte dos meus sonhos através desta especialidade, inclusive casei com uma fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Esportiva. Qual foi a pior coisa que fez na vida? Cometi vário erros em minha vida, no entanto, todas as experiências que tive com a fisioterapia foram positivas e me ensinaram muito. O que você mais gosta na profissão? As diversas possibilidades terapêuticas que podemos ofertar aos nossos pacientes, o que faz um fisioterapeuta ter um “leque” de atuação quase que inesgotável. O que você odeia na profissão? A profissão é perfeita, nós profissionais é que temos nossas limitações e defeitos. Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? A vontade de aprender e ensinar, ética, moral e amor pela fisioterapia, esses são profissionais que tenho como modelo a serem seguidos. Que qualidade você mais detesta nos profissionais que te cercam? Profissionais que se acham soberamos e mais importantes que a própria fisioterapia. Estes não gostam da fisioterapia, gostam do que podem tirar proveito dela. Estes eu tenho me afastado. Qual sua maior virtude? Dedicação

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Qual seu pior defeito? Ansiedade Se pudesse mudar algo, o que seria? Gostaria de ter mais tempo para me dedicar as coisas que gosto e ficar mais perto da família. Qual maior mentira já contou? Qual maior mentira já contou? Eu 2003, sai do Rio de Janeiro e fui trabalhar em Maceió/AL dizendo para minha família que voltaria em 15 dias, no entanto, estou morando no Nordeste até hoje. Qual fato foi mais inusitado em sua carreira? Enquanto acadêmico, atendi uma senhora de 70 anos que procedeu com ações insistêntes e importunas, com pretensões não profissionais. Comuniquei minha superior e deixei de atende-lá. Qual fato foi o mais cômico? Trabalhava em um clube de futebol profissional e nele tinha um treinador que era muito supersticioso, então determinou algumas novas normas em nossa rotina, como: O motorista não podia dar marcha à ré com os atletas dentro do ônibus, não podiamos (incluindo a Comissão tecnica) comer frango no dia do jogo e não podiamos gritar “GOL” antes da bola estar definitivamente entre as traves. Segundo ele podiamos mudar o curso da bola. Acho que não deu certo, pois ele foi demitido em pouco tempo. Qual seu maior arrependimento? Idolatrei pessoas que não merecem, no entanto, a verdadeira devoção é para a profissão. Qual dica daria aos colegas? Acho que vivemos em uma nova época e os profissionais têm que se dedicar a diversas outras coisas para tentarem ser mais completos e diferenciados. Então, leiam tudo, façam amigos verdadeiros, sejam politizados e estudem a história da Fisioterapia e melhorem a relação profissional com seus pacientes. Qual objeto de desejo? Meu objeto de desejo é o V Congresso

Brasileiro e III Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva - V Jornada Brasil - Argentina de Fisioterapia Esportiva. Qual sua aquisição mais recente? Fui no VI fórum de pesquisa e pós graduação da ABRAPG-Ft em Ribeirão Preto, adquiri muito conhecimento e diversos amigos. Qual seu maior sonho? Que o governo desenvolva um programa de Saúde Funcional para população brasileira. Qual seu maior pesadelo? Ficar longe da minha esposa. Ela faz mestrado no Rio e eu moro em Fortaleza. Que talento mais gostaria de ter? Gostaria de ter vocação para música. Se não fosse fisioterapeuta gostaria de ser o que? Um Ultrasson, brincadeira. Acho que gostaria de ser biólogo. E qual profissão jamais queria ter? Médico Veterinário Diga um desafio? No memento será receber todos vocês em Maceió no Congresso da SONAFE 2011. Um livro? FISIOTERAPIA NA UFPE - Uma história em três tempos. Livro do Professor Alberto Galvão de Moura Filho, lançado em dezembro de 2010 pela Editora Universitária UFPE na série VOZES DA UFPE. Quer fazer alguma divulgação? Maceió 11 a 14 de novembro de 2011, o maior evento da fisioterapia esportiva da América Latina, V Congresso Brasileiro e III Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva - V Jornada Brasil - Argentina


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