Edição 82

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tenha alidade que n o rs e p a m mu áginas a de capa co Por nossas p . st a vi ci e n tr ê n ri e e a xp ae res de o um apresentado te como foi su a cada ediçã n z s, a co re tr s o , o d n io ta e is lu u F q l, o ova rapeuta, para ues de futeb A Revista N . m um fisiote diantes, craq co e e muito mais to m s n co re e to m s, ri ta re a sc to e a s, s, lo feito tr ta e d tle o m , cantores, a Brasil e as diversos, já passaram dos de todo s de program a re o itu d ce ta n n co se re como: tas telejornal, ap a profissão, fisioterapeu ss o o ã n s ra e a u p q s s terapia imo ista importantíss peuta, a fisio ossos colun n s ra , a te o m ã io te iç fis d e o re d b a o tos do cad s so lári Também a acontecimen novos artigo s classes, sa l, a d m si o ra ve B çã re a o sc d iz e n a ra fo rior, ioterapia, org e novidades até do exte política da fis pais cursos e ci l n a ri ci p , so ís a a ri p a histó r fora do como estuda iratória, ais. no exterior, umato, resp a cia e muito m tr n , ê ro ci u , e a n is , u sq rapia Pilates, cotidiano, pe ção da fisiote tes, oferecido pela d&d a tu a e d s a todas as áre erno de Pila da edição. smo um cad s artigos em e ito m u té m A , ro s. páginas a ca a o s tr a u o ss e o E é cl n tr n m e e ual, estética cê encontra terapia man de pilates, vo o d n u m o re b com tudo so os: e Eventos co, ainda tem a Agenda d u , o te p n e e ss m fo ita ção que gratu Como se isso ue é uma se q em anunciar , d a o h p l in si in T ra B o r, a faz uma legas de tod cada edição vão acontece co a a e d e d u in n q a o l e s u o rfi q e d a de falar tos isioP Os Classific dos os even emos deixar . Temos o F to d o tc p e m o s, co ã e n a d d a e a d , liz tória serviços o, novi sempre atua produtos e ma longa his passa-temp u e r, d a o h s m n re u te o h d , e o u ce q a certeza forne fala de turism fisioterapeuta cê pode ter ricantes ou m b vo u fa m so te is n co r e a o m p st siva rtamente se breve entrevi que você ce selecionado ue são exclu q s o s to sã n te s n ta a te o ci n n a sã u ci e n , ossos anun de nossos a bom serviço terapeuta. N quirindo um io d s a fi u ê o c o ra v p m para boa co zendo uma tura para que estará fa ter a assina . e sa d ci r a re p ix e e d u q deve peutas. encontrará o ara fisiotera terapia, não p io s s ta fi u e e p d ra o te ic ou acadêm feita por fisio ioterapeuta revista que é s fi a st é e entrevistas ê s c o se v e Se mo foram as da dois m co r ca e a b sa sa m ca so e m TODAS receber em um DVD co s e está curio rá te e n b a o ce d a re in , você as, artigos, ter ass das as págin revista agora triste por não to a r a o m d fic co n , a o a ã in n st revi r, tablet ou . Ass E para você ótima notícia u computado mesmíssima a a se m É o u . n a r s ic o le n r m ô e tr d passadas, te m versão ele para você po digitalizada publicadas e e já u s q e õ só iç , d o e d as á len que você est sua casa, o fotos, igual a semana em a st e a d in a . adas. ceba smartphone ões já public .com.br e re iç d io e s s fi a a v s o a d .n to w o DVD com pelo site ww mpo, assine tamente com n te ju a , rc a do dia do ra e p tu a o ã in N comemorativ sua ass e ta d e r is la p m a m c a primeiro exe m ganha um você també , s o n a is o or d ssinando p ...E ainda, a . fisioterapeuta Sejam todos

bem vindos.


nova

FISIO

Editorial|

DESDE 1996

Caros leitores, Antes de tudo, gostaria de parabenizar a todos os colegas pelo nosso dia, 13 de outubro. Viva a fisioterapia e principalmente nossos pacientes! Nesta edição, entrevistamos a Fabiana Schunk que é coreógrafa do programa Zorra Total da Rede Globo e como em todas as nossas edições, temos nossos colunistas, agenda de eventos, classificados, cartas, e muito mais, por isso não vou tomar muito o tempo de vocês não, para que possam virar a página e começarem logo a ver todas as novidades que separamos para vocês. Boa leitura!

Índice|

Oston de Lacerda Mendes Fisioterapeuta - Editor

06 Cartas. 08 Dicas de literatura. 12 Entrevista com a atriz e coreógrafa Fabiana Schunk. 15 Frases. 16 Ele foi atacado por leões na Guatemala. 18 Coluna do Dr. Geraldo Barbosa. 20 Coluna do Dr. José da Rocha. 22 Coluna do Dr. André Luiz de Mendonça. 24 Coluna do Dr. Luis Guilherme. 26 Coluna do Dr. Rodrigo Queiroz. 27 Caderno de Pilates (oferecimento d&d Pilates) 36 Avaliação dos Níveis de Fibrose Cicatricial em Pós-Operatório de Lipoaspiração Associada ao Tratamento Fisioterapêutico. 39 Classifisio. 40 Agenda de eventos. 42 Tininha. 44 FisioPerfil com Dr. Rômulo Vilardi.

Equipe|

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EDITORES: OSTON MENDES oston@novafisio.com.br & LUCIENE LOPES luciene@novafisio.com.br SECRETÁRIAS: NINA LOPES MENDES nina@novafisio.com.br

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Cartas|Escreva sua carta também. Escreva para: revista@novafisio.com.br O Movimento e a Vida Uma homenagem ao Dia do Fisioterapeuta

T

ive paralisia infantil por volta de um ano e meio, por isso, desde pequeno iniciei tratamentos fisioterápicos. Recordo-me claramente dos cuidados recebidos, dos exercícios e de andar por uma passarela, onde à frente estava um espelho. Via no rosto daqueles profissionais a sincera alegria por acompanharem minha evolução. Desde 1989, a pólio foi erradicada do Brasil. Fato bastante recente, não é mesmo? Um flagelo que atingiu milhares de crianças e consequentemente suas famílias. Há

quatro anos atrás, levei pela primeira vez minha filha Clara para tomar a preciosa gotinha! Naquele momento, senti uma forte emoção, dessas que ficam gravadas no coração. Hoje é maravilhoso vê-la correndo para os meus braços, correndo pelo mundo. Confesso que ela quase sempre me chama pra vir junto. Claro que não poderia perder essa bela oportunidade!

No final de 2002 comecei a apresentar um cansaço sem explicação, já que até então eu andava bastante pra todo lado, subia

escadas, enfim, tinha bastante disposição durante todo o dia. Após consultar um especialista fiquei sabendo que eu apresentava um quadro de Síndrome Pós-Pólio. A explicação: os neurônios remanescentes começam a ficar com preguiça, porque estão executando um trabalho que teria de ser feito por toda aquela turma (de neurônios) que parou com a pólio. Sem gente para trabalhar, o corpo começa a apresentar fadiga, dor e cansaço muscular, dentre outros sintomas. Para aliviar tudo isso, fisioterapia com exercícios de baixo impacto, hidroterapia, momentos de repouso. Entre idas e vindas interrompi por algum tempo o tratamento, retomando-o de vez em quando, até que; em maio deste ano, firmei o propósito de investir mais em minha qualidade de vida. Como me disse um médico amigo meu: “Eduardo, você precisa chegar pelo menos até os 80 anos, para dar um diploma à sua filha e levá-la até ao altar!” Tenho de concordar com ele! A fisioterapia é uma arte, mas é também uma ciência, cujos fundamentos têm por finalidade conhecer a estrutura e a mecânica do corpo para diagnosticar, tratar e prevenir doenças, restaurar movimentos e devolver ao paciente seu lugar na sociedade. Busca um entendimento global do ser humano, em multidisciplinaridade com outras áreas da saúde. Como arte, é conduzida por este profissional atento: O fisioterapeuta. É ele que acolhe, abraça e responde desde o início por esse desejo enorme de devolver, como um presente, a saúde aos pacientes, porque sabe também, do valor da sagrada energia da ação. Ele olha nos olhos, estende e segura a mão, dá o braço, acompanha cada passo, abraça, acolhe. Enquanto atua, reflete. Transforma pequenos gestos em movimento. Chega a produzir uma grande revolução, mas, sem alarde. O fisioterapeuta senta junto, fica do lado, escuta muito. E faz desse escutar mais do que um ideal. Estuda, reflete de novo, aprende mais, preocupa-se; conhece mais de si e do ser humano; seja criança, jovem, adulto ou pessoa idosa. O fisioterapeuta volta para casa todos os dias com a consciência tranqüila, porque sabe que a vida é movimento! Parabéns pelo seu dia! Por tantas vitórias! Continuem seguindo em frente, com dignidade, força e fé!

Autor: Eduardo Augusto B. Santos É assistente de Relações Humanas em uma multinacional da área de Tecnologia da Informação, em Belo Horizonte/MG. Há anos escreve crônicas, tendo publicado em jornais e revistas. Mantém atualmente o blog maneirasimples.wordpress.com onde publica regularmente seus textos. Prepara um livro de crônicas para 2012. É paciente em uma prestigiada clínica de fisioterapia em Belo Horizonte/MG. 6 • NovaFisio.com.br


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Cartas|Escreva sua carta também. Escreva para: revista@novafisio.com.br LITERATURA LANÇAMENTOS TESTES FUNCIONAIS EM FISIOTERAPIA Dr. JOSÉ RONALDO VERONESI JUNIOR

EU SEI ELETROTERAPIA 2 edição

Conteúdo organizado para auxiliar na compreensão de novos conceitos na Fisioterapia, Importância da avaliação cinesiológica funcional no contexto da fisioterapia nacional Dort (Doença osteomusculares do sistema relacionado ao trabalho): Doença do movimento e doença psicoemocional Doença do movimento Aspectos fisiopatológicos da restrição de movimento Funcionalidade humana CIF – Classificação internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde A história da Fisioterapia referente aos testes ortopédicos Testes funcionais em fisioterapia.

Prefácio por Gustavo Rodriguez 2. Introdução 3. Bases físicas da eletroterapia 4. Considerações históricas da eletroterapia 5. O que são agentes físicos? 6. Eletrologia como fundamento científico 7 . Te r m o s c o m u n s n a p r á t i c a d a eletroterapia 8. Bases físicas e fisiológicas da corrente elétrica de importância na eletroterapia 9. Relação dose e intensidade 10. Tipos de correntes elétricas terapêuticas 11. Objetivos da eletroestimulação muscular 12. Diferenciando os impulsos conforme seus objetivos 13. Como se reduz o efeito de acomodação da corrente elétrica? 14. Classificação da eletroterapia segundo as diferentes freqüências 15. Níveis de eletroestimulação ou curvas de Howson 16. Esquema de uso da eletroterapia 17. Galvanoterapia 18. Iontoforese 19. Eletrolipoforese 20. Microgalvanopuntura 21. Microcorrentes 22. Princípios da Eletroanalgesia 23. TENS 24. Corrente Interferencial Bipolar e Tetrapolar 25. Fortalecimento muscular através da eletroestimulação Russa, FES e NMES 26. Princípios da termoterapia 27. Modalidades termoterapêuticas 28. Emissão por Infravermelho para aquecimento tecidual 29. Tratando com banhos de parafina 30. Aquecendo com o Forno de Bier 31. Diatermia por Ondas Curtas 32. Microondas como agente terapêutico 33. Terapia através da Radiofrequência não ablativa 34. Transporte transdérmico por Eletroporação 35. Ultrassom 36. Laser de Baixa, Média e Alta Potência 37. Luz Intensa Pulsada 38. Terapia através da Emissão de Luz por Diodo – LED

SHEN SUAS BASES FILOSÓFICAS E BIOLÓGICAS CLAUDIO LOPES Um livro que vai ampliar a compreensão da natureza humana, percorrendo de forma transdisciplinar da filosofia à modernidade da bioquímica neuropsicológica, passando pela psicologia de C. G. Jung e mitologia chinesa, correlacionando sintomas físicos e mentais, aos pontos da acupuntura e a biodinâmica das emoções. A leitura do livro possibilita analisarmos e reconhecermos a abrangência de Shen, a mente que na maioria das vezes mente para nós mesmos, dando possibilidades de ampliação simbólica e dinâmica da psique, possibilitando que o ego consciência parta de suas bases mágicas e míticas até chegar no encontro do sentido e do significado existencial, que a psicologia junguiana chama de processo de individuação. POSTUROLOGIA CLINICA BERNARD BRICOT Estudo da Postura tem despertado o interesse dos profissionais da área da saúde (médico, fisioterapeuta, cirurgião-dentista, ortopedista, fonoaudiólogo, podólogo, outros), por proporcionar um universo inédito de possibilidades à compreensão clínica de inúmeras patologias ou disfunções vinculadas aos desequilíbrios posturais. Este livro apresenta o conhecimento da Posturologia com aplicação clínica, de forma sintetizada e prática pelo estudo do sistema tônico postural e seus diferentes receptores (pés, olhos, oclusão dentária, pele), que estão na base do diagnóstico, prevenção e tratamento mais etiológico, reprogramando este sistema a partir dos receptores desregulados. 8 • NovaFisio.com.br

JONES EDUARDO AGNE

Você encontra estes e outros lançamentos na Livraria Andreoli Fone 11 3679-7744 www.livrariaandreoli.com.br


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Cartas|Escreva sua carta também. Escreva para: revista@novafisio.com.br LITERATURA SOBRE BLANDINE CALAIS-GERMAIN BLANDINE CALAIS-GERMAIN é a célebre autora dos livros ‘Anatomia para o Movimento (vol 1)’, ‘Anatomia para o Movimento: Exercícios (vol 2)’, ‘A Pelvis Feminina: Anatomia e Exercícios’, e ‘Anatomia da Respiração’. Seu envolvimento com a dança ao longo da vida, tanto como artista e como professora, levou a um interesse em outras disciplinas físicas e ao estudo, de maneira mais formal, dos movimentos complexos e integrados do corpo. Ela estudou fisioterapia na Escola Francesa de Ortopedia e Massagem em Paris, e, posteriormente, desenvolveu um método inovador para o ensino das estruturas físicas de anatomia em relação ao movimento, na qual ensina em workshops na França para estudantes de todo o mundo. Vive em Limoux, França. Recentemente publicou mais 2 livros (“Abdominais sem risco” e “Pilates sem risco”), ainda não traduzidos para o português, mas que com certeza serão usados como referência para quem trabalha com o corpo. ANATOMIA PARA O MOVIMENTO Anatomia do Movimento apresenta uma abordagem dinâmica, integrada ao estudo das estruturas físicas do sistema músculoesquelético e sua relação funcional com os movimentos do corpo humano. Em texto claro e conciso ilustrado com mais de mil desenhos gráficos, o autor guia o leitor em uma excursão animada dos músculos, ossos, ligamentos e articulações dos braços, pernas e tronco. O foco ao longo do livro é sobre a anatomia não por si mesma, mas na sua relação funcional com os movimentos reais do corpo na dança, exercícios e outras disciplinas físicas. Nesta edição recém-revisado, a maioria das mais de mil ilustrações são novas ou foram modificadas pela autora a partir da edição original. O texto também foi atualizado, e a sequência de apresentação das estruturas anatômicas musculoesqueléticas foi revisto. ANATOMIA PARA MOVIMENTO: EXERCÍCIOS (VOL 2) O volume companheiro do ‘Anatomia para o Movimento Vol 1’, descreve e ilustra, através de centenas de fotografias e desenhos, uma série completa de exercícios que envolvem os movimentos mais comuns do corpo. Mais de cem novas ilustrações foram adicionadas a esta edição revista. Os exercícios foram escolhidos com base em sua eficácia e com preocupação por sua segurança. Alguns são projetados para se concentrar no fortalecimento de uma determinada região ou grupo muscular, outros o corpo inteiro. Cada exercício prepara o corpo para responder bem às demandas dos movimentos em particular. Juntos, eles servem como base para os movimentos mais especializados associados a várias disciplinas físicas e terapias. A apresentação segue a sequência em Anatomia do Movimento. Para cada região do corpo, os autores descrevem os movimentos característicos; potenciais fontes de rigidez ou frouxidão e como detectar, prevenir e superá-los; como fortalecer músculos específicos ou grupos musculares; e como coordenar os movimentos. Isso é seguido por “páginas práticas” em que exercícios específicos são demonstrados. 10 • NovaFisio.com.br

PÉLVIS FEMININA: ANATOMIA E EXERCÍCIOS A pelve feminina e seu conteúdo são uma região subvalorizada na anatomia. Importante não só para a sexualidade, também são fundamentais para os processos de parto e eliminação. Pélvis Feminina foi escrito para as mulheres a usar ao longo de suas vidas, com uma ênfase especial sobre a gravidez, parto e suas consequências. Seu objetivo é ajudar as mulheres a se familiarizar com a pélvis e as suas estruturas relacionadas, e como mantê-los saudáveis e em forma. O livro começa com uma descrição da anatomia funcional da pelve, e como ela responde a gravidez e ao parto. Isto é seguido por uma série de exercícios específicos, inicialmente para a autodescoberta, e depois para aumentar a flexibilidade, força e coordenação de cada uma das funções pélvica. O livro termina com algumas orientações que enfocam a pélvis durante as diferentes fases da vida de uma mulher. Pélvis Feminina foi projetado para tornar o assunto da pelve compreensível para todas as mulheres. Anatomicamente correto, a linguagem do texto é clara e concisa. Mais de 250 desenhos ilustram todos os aspectos importantes da anatomia pélvica, e mostrar ao leitor como realizar exercícios simples para manter a pélvis e seu ajuste estruturas relacionadas. ABDOMINAIS SEM RISCO Apresentando um novo tipo de programa de exercícios abdominais, respeitando as relações anatômicas do corpo, Blandine CalaisGermain revê os exercícios mais comuns dos abdomens, tais como flexões e elevações de perna, e explica como evitar lesões na região cervical, região lombar, assoalho pélvico, diafragma, próstata e órgãos internos, bem como a forma de proteger essas estruturas vitais com o trabalho abdominal apropriado. Ela detalha as estruturas musculares que compõem os abdominais, revelando que a força por si só não é o único fator em um abdominal definido. Incluindo dicas para se livrar da gordura da barriga - tanto de gordura superficial quanto da gordura visceral profunda - este livro revela como obter bons abdominais, perder peso, ganhar força, e construir o seu centro corporal sem se machucar.

Conteúdo organizado para auxiliar na compreensão de novos conceitos


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Entrevista|

Fabiana Schunk

| Eduardo Tavares Foto| Lucas Campêlo Por

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Atriz e coreógrafa dos quadros musicais do programa Zorra Total, da TV Globo


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esde agosto de 2000, a carioca Fabiana Schunk é atriz e coreógrafa dos quadros musicais do programa Zorra Total, da TV Globo. Bailarina formada no Centro de Dança Rio, Fabiana é especializada em teatro, ballet clássico, moderno, jazz e sapateado, entre outros gêneros. Na TV Globo, também fez participações na novela Quatro por Quatro, no seriado Malhação, no humorístico A Diarista e atuou em A Turma do Didi, aonde também dirige coreografias para os musicais do programa. Em 2007 e 2008, atuou nas peças Eu sou o que elas querem, A Liga da Justiça, entre outras. Fabiana estreou no cinema em 2004 no filme americano The game of their lives, quando viveu a namorada de um jogador de futebol. Nesta edição, Fabiana conversou com a NovaFisio e contou como sofreu uma lesão no joelho. Ela também revelou quais os cuidados especiais que está tendo no trabalho por causa da sua recuperação. Como a dança surgiu na sua vida? - A minha mãe percebeu, desde os meus primeiros passos, que eu gostava de dançar. Então, quando eu fiz 6 anos, acredito que de tanto eu insistir, ela me colocou no jazz. No meu primeiro ano de aprendizado, ganhei uma medalha de terceiro lugar na academia. No segundo ano, conquistei outra medalha de melhor bailarina da turma. Depois disso, nunca mais parei de dançar! Fiz ballet clássico, afro e me formei no Centro de Dança Rio, em várias especialidades de dança. Amo muito dançar e não imagino a minha vida sem isso. Você tem bailarinas ou artistas na família? - Não tenho nenhum artista na família, apesar do meu pai ser muito extrovertido e ter tentado na adolescência formar um grupo de cantores. Sei que essa veia artística veio dele. Acredito que vou influenciar as próximas gerações da nossa família... (risos). Como você ingressou na TV Globo? - No ano da minha formatura no ballet, eu

estava procurando por emprego, quando assistindo ao programa Domingão do Faustão, o próprio Fausto anunciou que formaria um grupo fixo de bailarinas e que estava abrindo testes. Nesse auge da minha formação, com quase 18 anos de idade, eu passei por uma entrevista, um teste prático de dança e, finalmente, por último, um teste sob a aprovação do Fausto. Passei por todos eles e entrei para o programa como bailarina. Fiquei no programa por 7 anos como bailarina e 1 ano como assistente de palco. Foi uma experiência maravilhosa! Eu aprendi muito no Domingão. Sou muito grata por tudo. Preparar as coreografias dos quadros que tenham musicais no Zorra Total deve ser um trabalho duro. Você já se deparou com algum artista que não conseguia executar os movimentos? - Preparar as coreografias dos musicais do Zorra Total é um prazer. Não tenho palavras, é a realização de um sonho! O meu querido diretor Maurício Sherman me dá total liberdade para criar os musicais e eu aproveito para fazer o melhor e tirar o melhor dos meus bailarinos, que são fixos no programa. Quando eu vou coreografar os atores junto com o ballet, por incrível que pareça, quase todos tem alguma noção de dança, então não tenho maiores dificuldades. O que eu faço é adequar a coreografia ao jeito de cada um. Eu pego o que cada ator tem de melhor. Quando ele tem alguma dificuldade, eu facilito a vida deles, para que fique tudo lindo no final e todos fiquem felizes com o resultado. Conheço o elenco há muitos anos, então nunca ninguém se irritou (risos). Qual a situação mais embaraçosa que você já passou durante o programa? - Na verdade, eu já fiz algumas “vídeos cassetadas”, tanto no Domingão do Faustão como no Zorra Total. Eu já quase derrubei as minhas amigas dançando no Domingão, já caí de um degrau e voltei a dançar sem ninguém perceber. Imagina, foram 8 anos de programa ao vivo, eu poderia escrever um livro... (risos). No Zorra o programa é gravado, então mesmo que aconteçam situações embaraçosas, dá para gravar novamente. Mas uma vez eu estava como atriz, cantando e dançando no musical Cantando na Chuva e como tinha chuva artificial em cena, e estava tudo molhado, eu caí umas duas vezes. Acabei sofrendo uma entorse de tornozelo, mas continuei a cena até o final, morrendo de dor, mas ficou lindo no ar! Com tantos anos dedicados à dança, você desenvolveu alguma lesão decorrente desta atividade? - Desenvolvi algumas lesões sim. Já operei o joelho por duas vezes. Desenvolvi uma

lesão no menisco lateral esquerdo, tenho duas hérnias de disco (L4 e L5) e dores constantes na cervical, por um tombo que levei na aula de teatro. Fora as entorses de tornozelo, que perdi as contas. Nesse momento, estou me recuperando da última cirurgia que fiz no joelho. Quando e como aconteceu sua lesão no joelho? - A primeira lesão foi dançando com um bailarino durante um ensaio. Eu fui fazer uma pegada e na hora senti a dor, um click no joelho esquerdo e estava feita a lesão. Operei, fiz uma artroscopia logo e a recuperação foi bem rápida. Qual foi o diagnóstico? - Lesão no menisco lateral esquerdo. Em sua opinião, quais são as lesões mais comuns desenvolvidas por bailarinas? - Por experiência, as lesões mais comuns são nos joelhos e pés, mas acredito que a coluna sofre bastante também. Você sentia dores intensas? - Sim, era um desconforto, não conseguia fazer nada, por isso operei imediatamente. Disso depende a minha carreira, pois vivo do meu corpo e preciso estar bem e em forma. A contusão ainda te prejudica profissionalmente? - Nesse momento sim, porque lesionei o joelho pela segunda vez. Operei há 3 meses e ainda estou em processo de recuperação. Ainda não voltei a dançar, mas estou coreografando e atuando normalmente. Quais os cuidados você está tomando para não agravar a lesão? - Fiz fisioterapia e agora estou fazendo pilates no Arena Pilates, que tem um trabalho específico para bailarinos e muito cuidado com bailarinos em recuperação de lesões. Você seguiu disciplinadamente as sessões de fisioterapia? - Segui sim. Eu fiz todas as sessões recomendadas pelo meu fisioterapeuta. O que mais te incomodava durante a fisioterapia? - Separar pelos menos 2 horas do meu dia para fisioterapia era bem complicado. No começo, tive um pouco de dificuldade, pelo inchaço do joelho e por não conseguir andar normalmente, mas no final já estava bem. Achei bem monótonos os exercícios, mas foi necessário e ajudou muito na minha recuperação. Com a fisioterapia você tem obtido a recuperação desejada? NovaFisio.com.br • 13


Entrevista de capa|Fabiana Schunk - Já terminei as sessões e me senti realmente bem melhor. Entrei totalmente travada e saí andando normalmente, quase sem dor. Que mensagem você deixaria para os fisioterapeutas que dedicam tanto tempo ao tratamento de pessoas lesionadas? - Que o trabalho deles é fundamental para recuperação dos pacientes. O carinho e a paciência que eles têm faz toda a diferença. Eu cheguei várias vezes com dor na fisioterapia e só saía de lá quando a dor passava. Então, só tenho a agradecer. Bons fisioterapeutas ajudam muito na nossa recuperação. O que você já fez que não faria novamente em sua vida? - Não me arrependo de nada. Tudo o que eu fiz e vivi me transformou na mulher que sou hoje. Sou honesta, determinada e procuro ajudar a todos que me cercam, mas também sou muito exigente e extremamente perfeccionista. Detesto mentiras.

Qual é o seu sonho de vida? O que deseja profissionalmente e na vida pessoal para o futuro? - Participar de um musical na Broadway. O meu desejo profissional é cada vez me aprimorar mais como atriz e coreógrafa, continuar estudando para quem sabe um dia, montar e dirigir um musical. Na vida pessoal, eu desejo ver a minha família feliz e com saúde. Daqui a algum tempo, engravidar. Alguém já ultrapassou os limites com relação a assédio durante algum trabalho profissional na TV? - Não, nunca ninguém chegou a ser indelicado. Acho que isso não aconteceu por causa da minha postura. Já fui assediada, mas com educação, saí da situação muito bem.

Ping Pong com Fabiana Schunk

O que você queria fazer e não conseguiu realizar? - Morar em New York para estudar dança. Hoje em dia não teria tempo e nem poderia morar lá por causa do trabalho, mas vou sempre de férias e procuro fazer umas aulas.

Como você se livra dos inconvenientes que te abordam? - Sou muito caseira, saio pouco, então acho que não dou muita brecha para cantadas, mas quando acontece, se for educada, eu só falo que sou casada e pronto, já resolve (risos). Agora, com os mais engraçadinhos ou sem educação, eu simplesmente não respondo, os deixo falando sozinhos.

Signo? - Eu sou do signo de Libra. Sou uma pessoa muito justa. Se tem uma coisa que me tira do sério é injustiça. Ídolo? - Sem dúvida nenhuma, a minha mãe. Ela é maravilhosa. Uma mulher rara, amorosa, que dedica a sua vida a cuidar do próximo. Cor? - Branca. Tem horror? - A violência. Praia ou serra? - Eu gosto muito de subir a serra no inverno, mas na primavera e no verão eu sou totalmente praia, principalmente as praias de Arraial do Cabo e Búzios. Japonês ou massa? - Mais uma vez os dois! Eu amo comida japonesa, mas não dispenso uma boa massa. Teatro ou cinema? - Amo cinema! Sou cinéfila, sempre compro filmes e tenho uma coleção deles! Eu tenho quase todos os grandes musicais. Agora, o teatro

para o ator é a base de tudo, então para mim é muito importante. Filme? - Essa pergunta é difícil responder... Um filme para uma cinéfila? Sou apaixonada por todos os filmes de dança, mas teve um em especial, chamado Flashdance, que eu assisti quando era muito pequena e foi ali que eu decidi que viveria da dança. Outro que eu assisti recentemente e que me fez viajar literalmente foi Comer, Rezar e Amar. Nossa, posso fazer uma lista interminável para vocês. Livro? - Conversando com Deus. No Ipod? - Nossa... tantas coisas! Estou num momento tão anos 80 e 90, tão saudosista... Estação do ano? - Verão. Cidade? - New York. Uma vista do Rio de Janeiro? - A mais linda, a mais completa, com certeza, é à vista do Cristo Redentor. É indescritível!

Refúgio? - Búzios. Tem uma pousada que sempre que posso eu vou. Eu pego a minha mãe e colocamos o pé na estrada. Ficamos só nos duas curtindo, sem horários, sem compromissos. Atividade física preferida? - Sem dúvida nenhuma, dançar! Estou com saudades de dançar. Assim que eu estiver 100% recuperada, vou voltar a fazer aulas. Gosto muito de correr também. Momento mais importante na vida? - Foram muitos. Profissionalmente falando, quando assinei os meus contratos de atriz e coreógrafa com o programa Zorra Total, na TV Globo. Na minha vida pessoal, o nascimento da minha sobrinha, Ana Júlia. Uma frase importante para sua vida? - Devemos fortalecer nossa vida com muitas amizades. Amar e ser amado é a maior felicidade da nossa existência. É isso!

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Frases|Mande a sua frase: revista@novafisio.com.br “Não te irrites se te pagarem mal um benefício; antes cair das nuvens que de um terceiro andar.” (Machado de Assis) [Dr. Rodrigo Ribeiro de Oliveira]

“ame muito o que fazes, trate todos os seus pacientes como se fossem seus entes mais próximos, queridos, sempre tenha uma palavra de otimismo para eles, pois um profissional da saúde além de ser eficiente na sua função, tem esta missão especial ...isto ficará registrado e fará a grande diferença!” [Dra. Marlene Muller]

“Se tem uma parada que eu não curto é a cardíaca!”

[Dr. Oston Mendes]

“Recorde-se sempre que o valor não consiste em vencer de qualquer modo, mas em conquistar o adversário num trabalho pacífico.”

[Rafael Calomeni]

“Fisioterapia a arte que cura e não causa dependência’’ [Dr. Francisco Sávio Martins Borges]

E você? Mande a sua frase com uma foto para: revista@novafisio.com.br e publicaremos na próxima edição NovaFisio.com.br • 15


| Missionário, ataque de leões, Fisioterapia, Guatemala. Ele foi atacado por leões na Guatemala. Artigo

A

Por

| Wendy Leonard da Deseret News.

lan Oakey disse que acredita em milagres. Agora, mais do que nunca. Oakey, de 20 anos de idade, está se recuperando depois de ter sido atacado por dois leões em um zoológico na Guatemala. Ele está sem um pedaço de sua perna e seu braço foi recentemente amputado. Os tendões em seu polegar foram rompidos de tanto pressionar o globo ocular do seu oponente, mas o Élder Paul Richard Oakey disse que pretende superar o dia que dois leões quase le tiraram a vida. “Acidentes acontecem. Nós não os planejamos. Eles simplesmente acontecem”, disse o jovem cuja humildade é visível do outro lado do quarto. “Eu não estava pensando em ser atacado por leões. Foi o que aconteceu e eu vou seguir em frente”. Oakey disse que seu grupo de missionários da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que estava

servindo no Sul Guatemala, decidiu visitar um zoológico na pequena cidade de Esquipulas em 11 de julho. O pequeno zoológico possui cerca de uma dúzia de diferentes animais. Era um dia de folga e uma chance para explorar a cultura e o cenário da Guatemala. Depois de ver um macaco em uma jaula

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que estendeu a mão e pegou na câmera de um dos missionários, o grupo caminhou para olhar dois leões enjaulados. Oakey pensou que poderia tirar uma boa foto de seus colegas do outro lado da jaula, mas tinha que ir para parte de trás e ficar em um espaço entre a jaula e uma parede. “Olhei para minha câmera para bater a foto e com o canto do olho eu vi um leão vindo muito rápido” disse ele. Oakey mal teve tempo de reagir antes que o leão agarra-se sua panturrilha direita e puxasse para dentro da jaula. “Eu coloquei maus braços para dentro para tentar tirar a garra dele da minha perna mas um segundo leão mordeu meu braço e eu fiquei preso à grade.” “Eu estava preso lá com um leão na minha perna e o outro no meu braço e eu apenas podia observá-los”. Tudo o que Oakey poderia fazer era dar socos na cabeça deles mas não funcionou, disse ele. “Então eu comecei a arranhar o seu globo ocular, porque essa é a única coisa que eu poderia fazer para tentar me libertar.” Neste momento um funcionário do zoo disparar uma arma para cima, e os leões se afastam, ele caiu para trás com os outros em seu grupo lá para pegá-lo. “A primeira coisa que eu disse é: ‘não diga a minha mãe’”, lembrou Oakey. Agora ele ri ao pensar que sua mãe descobrir seria o pior. Sua segunda preocupação era com sua câmera, pois ele queria documentar a experiência incomum que teve em uma terra estrangeira - exatamente como havia feito em seu blog ao longo dos últimos 19 meses de sua missão na Guatemala. Oakey foi levado de ambulância para um hospital da Guatemala e lembrou-se de tudo até que chegou ao hospital e em seguida desmaiou devido a grande perda de sangue. Ele foi informado que quase 60% de seu sangue foi perdido devido aos ferimentos. Felizmente, havia um cirurgião vascular no hospital rural naquele dia que foi capaz de transfundir um pouco de sangue imediatamente enquanto cada um dos outros missionários fazia fila para doar. Oakey passou quatro dias no hospital, na Guatemala e foi então levado para casa para Utah - USA para continuar o tratamento no Medical Center em Intermountain Murray. Ao todo, ele passou 38 dias no hospital e agora volta duas vezes por semana para a fisioterapia.

O braço de Oakey foi mantido após o ataque, mas há três semanas, ele escolheu amputa-lo. “Entre ter meu braço apenas oscilando ali o resto da vida a ter uma prótese funcional eu prefiro cortar meu braço”, disse Oakey, “Eu quero ter algo que eu possa usar. Eu não quero ter um braço em uma tipóia o resto da minha vida só para ter um braço.” O jovem disse vê um novo sentido pra vida depois de ter passado por tal experiência. “Isso não vai parar”, disse ele. “Eu tenho uma vida inteira pela frente e isto foi apenas uma pequena pedra no caminho.” Ele espera compartilhar a sua experiência com outras vítimas de acidentes ajudandoos a ver o lado positivo em suas vidas, como ele vê. Ele agora pretende fazer uma universidade escrever um livro sobre sua aventura “para que todos possam saber como estou e como posso ajudá-los. Eu quero ajudar as pessoas”, disse ele.


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Colunas | Coluna do Dr. Geraldo Barbosa - Leia todas as outras no site. Organização da Classe Profissional dos Fisioterapeutas no Brasil

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S ASSOCIAÇÕES PROFISSIONAIS E OS SINDICATOS Tendo amparo legal na Constituição brasileira de 1967, as Associações Profissionais ou pré-sindicatos, foram formadas para fins de estudos, coordenação e proteção, com o intuito de colaboração com os poderes públicos e as demais associações, no sentido da solidariedade da classe e de sua subordinação dos interesses nacionais. Surgiram no início dos anos 70 do século passado como associações profissionais e um das pioneiras foi a Associação Profissional dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais de Pernambuco – APROFITO-PE, registrada na DRT/Ministério do Trabalho sob o Nº 04.646/71, em 18 de maio de 1971, voltada para a defesa dos interesses trabalhistas da categoria. A legislação vigente na época exigia a comprovação da existência e funcionamento da entidade, para que fosse expedida a Carta Sindical, instrumento do Estado, reconhecedor do direito à existência de entidades sindicais, correspondendo na prática a um período de “amadurecimento” da associação, até que o Ministério do Trabalho a reconhecesse oficialmente. Com todas as modificações ocorridas na sociedade brasileira nos últimos tempos, continua importante a existência dos sindicatos, ou talvez até mais do que antes, por constituírem a forma de organização que luta contra a exploração do trabalhador. Na relação patrão/empregado o sindicato é o guardião da classe trabalhadora, garantido por lei, inclusive para os servidores públicos. Sendo licita a associação sindical para a defesa dos interesses trabalhistas da categoria, é primordial para os sindicatos de Fisioterapeutas impedirem que os salários atinjam níveis aviltantes e estejam atentos ao cumprimento da Lei Federal Nº 8.856, de 1º de março de 1994, reguladora da jornada de trabalho em um máximo de 30 horas semanais. Se os sindicatos da categoria não fizerem dessa luta sua finalidade principal, perderão a razão de existir e o conceito de sindicato ficará então – em linguagem corrente - privado de sentido, quer dizer, sem significação. Para uma classe profissional ainda nova no mercado de trabalho como a dos Fisioterapeutas, conhecimento da prática sindical e das diversas concepções de sindicalismo é fundamental; é também importante saber que quanto a sua extensão territorial os sindicatos não podem ser inferiores à área de um município, cabendo ao Ministério do Trabalho o enquadramento da categoria. Nesse caso específico os profissionais da área foram enquadrados no vigésimo sexto grupo da Confederação Nacional das Profissionais Liberais do quadro anexo ao Artigo 577 da CLT. Esse enquadramento incluiu nos sindicatos de Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais a figura do auxiliar de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, valendo salientar que tais auxiliares são apenas aqueles abrangidos e definidos pelo Artigo 10 do Decreto-Lei Nº 938/69, únicos profissionais autorizados pela legislação citada a utilizar a denominação “auxiliar” nas áreas da Fisioterapia a da Terapia Ocupacional. Para esse fato devem ser alertados os dirigentes sindicais e as lideranças da classe, até porque os auxiliares citados no Artigo 10 do Decreto-Lei Nº 938/69 configuravam na época uma categoria em extinção, criada em 1969 e impedida de crescer após aquele ano; porque a denominação que lhes foi atribuída só poderia ser utilizada, se os amparados pelo mencionado artigo, se submetessem e fossem aprovados em exames de capacidade e suficiência, realizados sob a responsabilidade do Ministério da Educação e Cultura. Causa estranheza, portanto, a permanência ainda hoje, da expressão “auxiliares de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional” na denominação oficial dos SINFITOs, uma vez que, aqueles que obtiveram aprovação nos exames do MEC adquiriram o status de Fisioterapeuta ou de Terapeuta Ocupacional conforme o caso, ou seja, seriam profissionais “Ad hoc”, no sentido de “para isto”, “próprio para tal circunstância”, ou ainda, provisionados para exercer a Fisioterapia ou a Terapia Ocupacional uma vez inscritos no CREFITO. Cabe aos dirigentes dos sindicatos recorrerem ao órgão competente do Ministério do Trabalho para que a expressão seja suprimida. Voltando à prática sindical, lembremos que, dentro do movimento, as reivindicações exclusivamente econômicas não são a única tendência, existem outras, corporativistas ou até aquelas puramente políticas.. Uma das grandes conquistas do movimento sindical foi sem dúvida, o Direito de Greve, reconhecido pela Constituição de 1988, no capítulo dos Direitos Sociais, Artigo 9º. Vislumbra-se, desse modo, nos sindicatos, perspectivas de melhoras nos salários e nas condições de trabalho para os Fisioterapeutas. Não é demais lembrar que os sindicatos devem trabalhar em defesa de seus associados, permanecendo livres e independentes de influências externas, sejam elas econômicas ou políticas. AS FORMAS SUPERIORES DO SINDICALISMO Outras formas associativas não compulsórias compõem a estrutura da classe, são elas as foram superiores do sindicalismo como a federação, a confederação e as centrais, que se regem por leis próprias. Na estrutura sindical brasileira os Fisioterapeutas estão contemplados com uma federação, no caso a Federação Nacional dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais – FENAFITO, cuja base é composta por nove sindicatos sediados nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Goiás, correspondendo a 1,47% da base da Confederação Nacional dos Profissionais Liberais – CNPL. Entidade cujo surgimento vem da década de 50 do século passado. Os sindicatos filiam-se também as centrais, como no caso do SINFITO-PE, filiado a Central Única dos Trabalhadores - CUT. (Continua na próxima edição)

Dr. Geraldo Barbosa E-mail: geraldobarbosa43@yahoo.com.br Blog14-F http://geraldobarbosa43.blogspot.com Adquira o livro Herdeiros de Esculápio – História e organização profissional da Fisioterapia, pelo e-mail. geraldobarbosa43@yahoo.com.br 18 • NovaFisio.com.br

Texto publicado originalmente no livro Herdeiros de Esculápio – História e organização profissional da Fisioterapia. Edição do autor – Recife 2009


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Colunas | Coluna do Dr. José da Rocha Fisioterapia e a novela... da fisioterapia

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ecentemente, voltamos a ver a fisioterapia sendo mostrada em uma novela global. Até aí, nada de diferente, pois tantas outras profissões também são mostradas nos folhetins, pois a vida imita a arte e quem dá subsídios para a fantasia é a realidade, ou, pelo menos, deveria ser. Antes de entrar na discussão propriamente dita, é importante relembrar alguns fatos que remontam a década de 1980, fase desconhecida por muitos colegas e futuros colegas mais jovens. Era a época da discoteca, do disco music, músicas altamente dançantes com ritmo contagiante. O autor do trabalho colocou entre os personagens a pessoa de uma fisioterapeuta. A referida profissional usava calça de malha com duas listras brancas laterais, camiseta e referia-se aos pacientes como “fregueses”. Além dessa demonstração equivocada quanto à postura, as atitudes também eram questionáveis. O Conselho de Fisioterapia já existia e, como era esperado, questionou a má veiculação de um profissional descaracterizado como fisioterapeuta. O autor, educadamente se desculpou, modificou o perfil mostrado e, a partir dali, toda novela escrita por ele passou a ter a inserção da fisioterapia e do fisioterapeuta. Outros autores também o fazem, mas nem sempre com o conhecimento e/ou cuidado necessários ao expor equivocadamente uma categoria profissional. Temos dois pontos essenciais a considerar: o setor de produção de uma telenovela, tem por obrigação pesquisar sobre aquilo que está sendo levado ao ar, da mesma forma que o faz com reprodução de épocas, cenários, costumes, progresso econômico etc. Observa-se o médico, o advogado, o engenheiro, o promotor, o juiz e tantos outros sendo representados de forma correta; porque não o fisioterapeuta? Será que a pesquisa foi realizada e o que encontrou foi o que se viu? Será que não é necessário pesquisar, pois é uma profissão menor e tanto faz mostrar de um jeito ou de outro que não importa absolutamente nada? O outro ponto a considerar é o fato de ser uma emissora com grande abrangência de audiência nos quatro cantos do país, com forte poder de formação de opinião, desde a pessoa mais simples até a mais culta. É essa a imagem que queremos que seja veiculada? Certamente que não; entretanto, as inúmeras vozes que se levantaram para protestar não sensibilizaram o autor, tendo em vista as respostas dadas por ele em vários twitters, inclusive denegrindo a imagem do profissional de forma injusta e ofensiva. Por outro lado, existe um fato extremamente grave em tudo isso e que, felizmente, não teve repercussão. Vários colegas consideraram essa discussão estéril e que não valia a pena discutir sobre situações de pouco relevância ou coisa que o valha. Que pena que existem profissionais com esse perfil, pois é a partir dele e de várias coisas que citei acima, que voltarei a falar da novela da fisioterapia. Há anos que venho batendo na mesma tecla; necessitamos criar uma cultura fisioterapêutica, isto é, implantar uma consciência do que realmente é a fisioterapia e o que realmente faz e está pronta a desenvolver no universo da saúde brasileira. Infelizmente, muitos profissionais não sabem, os alunos muito menos e a sociedade menos ainda; isso sem falar no desconhecimento dentro da própria área da saúde. Todo mundo dá sugestões sobre a fisioterapia, várias categorias prescrevem procedimentos inerentes ao fisioterapeuta e, cada vez mais, os tratamentos aplicados são, em sua maioria, completamente ineficazes porque aplicados por profissionais não preparados, não qualificados, descomprometidos e incompetentes. Há tempos atrás, eram a minoria; hoje alcançam uma proporção alarmante e relevante. Várias são as causas que levaram a esse estado de coisas, mas o que importa no momento é analisar o fato novelesco com outra ótica; uma ótica que incomoda, que toca na ferida, que ninguém quer discutir nem assumir; muitas vezes o que a mídia mostra é o que ela vê. Distorções e interesses paralelos à parte, o que a fisioterapia voltada para atendimento de massa transmite é isso: tratamentos baseados em ultra-som, gelo, infra-vermelho e tens; ausência total de aplicabilidade dos princípios cinesioterápicos, semiologia adequada totalmente ausente, pacientes realizando aplicações terapêuticas, estagiários fora da fase curricular atendendo pacientes sozinhos, sem supervisão e sem a presença próxima de algum profissional gabaritado, profissionais de outras categorias que não a fisioterapia e terapia ocupacional realizando procedimentos específicos das nossas categorias, secretárias ou funcionários equivalentes realizando atendimentos enquanto o profissional se ausenta para realizar atendimentos particulares, além de outras situações de extrema gravidade e dos valores aviltantes pagos pelos atendimentos. Para que a mídia veicule corretamente a fisioterapia, é necessário que o fisioterapeuta mude seu perfil; seja comprometido, ético, sério, estudioso, competente, unido, respeitador e que não coloque a própria dignidade à venda como estamos presenciando cada vez com mais freqüência. Já citei em várias ocasiões que, a fisioterapia é definitiva, irreversível, de suma importância para a sociedade brasileira e cada vez mais relevante. Se na pararmos para discutir a nossa posição e continuarmos a ver a prostituição da fisioterapia pelo próprio fisioterapeuta, teremos um futuro bastante nebuloso. Vivo, sobrevivo e sou apaixonado pela fisioterapia há 35 anos; participei da construção do nosso sonho juntamente com profissionais abnegados e de extrema competência (alguns já se foram, mas ainda temos entre nós antigos companheiros de luta que continuam acreditando). Não posso ver essa construção ruir e vou continuar lutando pela di9gnidade de nossa profissão. Preciso de você, recém-formado, aluno, formado de longa data que está decepcionado e frustrado. Essa luta depende de todos nós; vamos atuar juntos, pois a vitória é possível. Como reforço: os médicos estão se mobilizando para forçar reajuste das consultas, cirurgias e procedimentos junto aos planos de saúde; e a fisioterapia? Está bom o que é pago por um atendimento? O cremerj está entrando com recurso judicial, questionando o gerenciamento de pessoal da saúde por organizações sociais no estado, tornando ausente a responsabilidade do governo estadual. A Constituição Brasileira afirma: a saúde é direito do cidadão e dever do estado. Não só a oferta de serviços, mas também, de profissionais gabaritados para a assistência. Como será a partir dessa nova proposta. Que fisioterapeutas serão contratados e em que número proporcional a cada instituição hospitalar. Na próxima edição abordarei esse tema de extrema importância para a nossa categoria. Entrem em contato, vamos trabalhar juntos, no Brasil todo. Jose da Rocha Cunha – crefito 769F joserochacunha@yahoo.com.br (21)79061685 Até a próxima Dr. José da Rocha E-mail: ze.rocha@oi.com.br 20 • NovaFisio.com.br


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Colunas | Coluna do Dr. André Luiz de Mendonça - Leia todas as outras no site.

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O exemplo Alemão

stimadas amigas e amigos. Durante os últimos meses ouvi falar muito sobre a situação da Fisioterapia e do profissional Fisioterapeuta no Brasil. Me cansei de ler sobre o salário do Fisioterapeuta, sobre a reivindicação de mais vagas nos concursos públicos, falta de reconhecimento profissional e falta de motivação. Ouvi muitos termos interessantes sobre a situação, termos como: salários aviltantes, escravatura laboral, Prostituição profissional entre muitos outros… e claro a célebre pergunta: De quem è a culpa? A culpa é nossa que somos desunidos e frustrados, a culpa é dos planos de saúde que pagam pouco. Ou seriam das universidades que se proliferam como uma infecção e jogam no mercado de trabalho cada vez mais profissionais? Criando uma bolha no processo de oferta e procura e sobrecarregando o mercado. (PS: A idéia da bolha roubei do célebre economista Noriel Roubini num dos seus comentários sobre a crise mundial do sistema financeiro, onde para ele tudo é culpa da bolha especulativa, por isso estou com ele e não abro. Na Fisio a culpa também é da bolha!!!) Na época preferi não me manifestar e não despertar a ira de alguns velhos dinossauros que afligem o futuro desta profissão tão linda, profissão que adotei e escolhi com muita paixão. Mas agora depois de tanto insistirem já não aguentei e nestas linhas está o resultado. Para me poupar de críticas e não correr o risco de ofender ninguém, o que seria quase impossível, resolvi apenas comparar o funcionamento político e hierárquico da Fisioterapia no Brasil e na Alemanha. Na Alemanha, assim como vários outros cursos da área de saúde, o curso de Fisio dura só 3 anos e está só agora adquirindo Status de nível superior. Mesmo assim num processo de comparação da minha grade Curricular do Curso no Brasil com a grade curricular de uma escola de Fisioterapia no estado da Renânia-Palatinado, estado onde vivo, o resultado foi um déficit de mais de 700 horas práticas do curso brasileiro em relação ao curso alemão. Uma vez matriculado num curso de Fisioterapia, fora os exames normais das disciplinas obrigatórias, o aluno é submetido aproximadamente entre o terceiro e o quarto semestre ao Zwischenprüfung, a palavra traduzida significa prova do meio, o que reflete com grandiosidade o objetivo do exame, uma vez que os alunos que não conseguem passar nestas provas com o acumulado de toda matéria dos semestres anteriores, são desmatriculados automaticamente do curso. Porém neste caso ainda é possível, apesar de improvável, recomeçar o curso numa outra escola. Depois de se formar por uma escola de Fisioterapia autorizada pelo Ministério da Saúde alemão, o aluno é submetido ao “Amtlicheprüfung” (Provas tipo da OAB) no final do curso. Provas que duram em torno de 6 dias, acumulativa de toda matéria do curso e que são constituídas de 3 partes: Um exame escrito, exames práticos nas matérias comuns do curso como Orto, Neuro, Pediatria etc... e por último prova oral de Anatomia, Fisiologia e Fisiopatologia nas disciplinas práticas… O aluno tem que passar em todas as matérias: Caso seja reprovado em apenas uma, poderá repetir o exame UMA VEZ e só desta matéria na qual reprovou. Caso o Aluno seja reprovado em duas ou mais matérias não poderá repetir o exame e o curso será classificado como concluído mas sem o reconhecimento do estado . Aqui é assim. Depois de um curso como Medicina, Enfermagem, Fisioterapia Economia, Psicologia etc, quem não passa no exame final só fica com um lindo papel para pendurar num quadro, mas fica impedido legalmente de trabalhar. O mecanismo é simples. Como só se é permitido trabalhar com um número de inscrição no conselho ou ministério responsável, o conselho se vale da lei para fazer a triagem e só inscrever quem foi aprovado no exame final. Ou seja quem o estado reconhece como profissional. Radical mas simples não? Aí o que vem na cabeça de quem não passou? O belo jeitinho brasileiro: “Faço o curso de novo e no final do curso tenho outro exame”. IMPOSSÍVEL!!! Mesmo que o aluno queira repetir todo o curso, o que já não ocorre pois nenhuma escola irá aceitá-lo de novo, não obterá um número de inscrição pois sua primeira reprovação constará sempre no sistema (PS: Graças a Deus eu passei !!!). Uma vez obtida a permissão do conselho nacional/ministério responsável, entramos numa outra questão interessante que no Brasil é problemática: A remuneração e empregabilidade. A receita é mais uma vez direta, simples e eficaz: Fiscalização. Quem for autuado trabalhando por valores menores que os da tarifa, ou em função não autorizada terá o diploma e todas as licenças caçadas para sempre e o estabelecimento onde a transgressão foi notificada será fechado e não poderá mais ser reaberto pois o proprietário fica fichado. Vale salientar que aqui não existe vestibular, os alunos são encaminhados ao curso de escolha de acordo com dois critérios : nota e aptidão. Fatos como a realização de um ano em serviços comunitários e uma ficha policial impecável também determinam a entrada ou não de um indivíduo num curso seja ele qual for. Isto significa que a índole do candidato também conta muito no processo. Queridas leitoras e leitores, agora que já conhecem um pouco do sistema de funcionamento do sistema de formação profissional alemão dá pra comparar e ver quais medidas poderíamos adotar aí no nosso Brasil, e quais serviriam para proteger o mercado e o profissional Fisioterapeuta nos tempos atuais. Porém para a adoção de medidas deveríamos ter uma coisa: para isso deveríamos ter líderes. Líderes estes que por meios legais transformem a Fisioterapia numa classe de profissionais talvez não unidos, mas coesa no tocante ao objetivo do conjunto. Líderes que possam guiar a classe de forma a obrigar os pertencentes desta classe a respeitar alguns paradigmas. Que façam cada profissional entender que ele é só uma pequena peça da engrenagem. Que possam mediar com cada cliente, plano de saúde ou clínica, o melhor para o interesse da classe. Nossos líderes, estes são os grandes culpados!!! Até a próxima edição. Dr. André Luiz de Mendonça Fisioterapeuta. Mestrando em Motricidade Humana pela Universidade de Porto. Reside atualmente na cidade Alemã de Mainz contato:andremendonca@hotmail.de 22 • NovaFisio.com.br


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Colunas |

Coluna do Prof. Luis Guilherme - Leia todas as outras no site.

XIX CONGRESSO BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA Fisioterapia em Floripa!

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ois é pessoal, nem bem esqueci o XVIII Congresso Brasileiro de Fisioterapia, no Rio já estamos falando do XIX e é isso mesmo: FISIOTERAPIA PEGANDO ONDA EM FLORIPA. Florianópolis é uma cidade deliciosa, aquela brisa lembra meu Rio e, mais uma vez, convocado pela minha Amiga Denise Flávio estaremos contribuindo com muito trabalho. Cada Congresso é uma história e essa migração proposital é fundamental para oportunizar aos diversos Estados da União a participação das pessoas. Queremos ver alunos, profissionais, professores, empresários, políticos, representantes de entidades sociais...e todos mais que tenham algum interesse na Fisioterapia. O que não é difícil, porque como diz o slogan: FISIOTERAPIA, SE VOCÊ NÃO É CLIENTE, JÁ FOI OU SERÁ, MESMO QUE SEJA PREVENTIVAMENTE! Não há como fugir desse poderio técnico de intervenções, que evolui a cada dia, desse jeito amigo e envolvente de se aproximar e cuidar de você, dessa possibilidade de trazer a você o alívio da dor, ou o retorno a vida de relação. Fale agora, ou cale-se para sempre, aquele que nunca desejou participar de um Congresso! Pois é, juntar as pessoas em torno de uma idéia já é por si só, muito bom. Imagine então se essas pessoas forem desse grupo que pensam e fazem as coisas acontecerem – É BOM DEMMMAAAAIIIIS!!!! Aqui você vai encontrar lançamentos de livros, demonstração de equipamentos e técnicas e uma série de novidades à disposição de todos. Oportunidade de rever amigos, professores, ex-colegas de trabalho, autores. A vida por vezes nos afasta de povos amigos e os Congressos são oportunidades ímpares para revermos os amigos, abraçá-los e colocarmos as “fofocas em dia”. Eu, que estou na lida da Fisioterapia desde 1991 e leciono desde 1993, fico muito feliz de ver os alunos, ex-alunos, mas de modo geral de ver alunos, estudantes, acadêmicos, como preferirem porque são esses “Caras” que seguirão nossos passos, que consertarão nossos erros e mudarão nosso futuro, daí eu considerar que devemos cuidar melhor dos alunos. Se eles precisam de nós para aprender, nós deles precisamos para continuarmos a crescer e nessa troca simbiótica o Congresso nos une no mesmo democrático espaço, o espaço do SABER. Venham todos, não percam a oportunidade de ouvir os colegas falarem. Estamos esperando pessoal do Sul ao Norte desse País. Um abraço enorme a toda equipe da organização, os colegas: Márcio Santos, Amélia e demais membros das comissões. À Diretoria da AFB, pelo excelente trabalho, Reginaldo, Denise e demais membros da Diretoria. Desejo sucesso nas eleições. ATENÇÃO: Se sua região precisa de capacitação em Ergonomia, Fisioterapia do Trabalho, Fisioterapia Ambulatorial na Empresa e Empreendedorismo, fale com a GESTO Soluções em Qualidade de Vida no Trabalho (gesto@globo.com; luisbarbosa@globo.com; www.gestosolucoes.com.br).

É sobretudo na solidão que se sente a vantagem de viver com alguém que saiba pensar. Jean Jacques Rousseau

Prof. Luís Guilherme Barbosa (ABERGO e ABRAFIT) Fisioterapeuta do Trabalho, Ergonomista, Professor Universitário, Diretor da GESTO-Ergonomia e Saúde no Trabalho Ltda 24 • NovaFisio.com.br

Mande seu e-mail. Contribua: críticas, discussões, opiniões e até elogios são bem vindos. Vale repetir a citação, novamente!


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Colunas | Coluna do Dr. Rodrigo Queiroz - Leia todas as outras no site. Diagnóstico funcional: o que isso tem a ver comigo que sou fisioterapeuta?

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uantos são os prontuários fisioterapêuticos que evidenciam o diagnóstico clínico em detrimento do diagnóstico funcional? AVE, Parkinson, IAM, Síndrome Nefrótica, apendicectomia, entre outros, estão ocupando aquela região do nosso prontuário que tem um papel fundamental para uma terapia sólida, embasada e efetiva: O DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO. Hipoventilação alveolar, hipersecreção brônquica, distúrbio circulatório, ventilatório, discinesia, ataxia, rigidez articular, tendência à hipotrofia ou contratura de um grupo muscular específico, déficit em transferência de deitado para sentado, são alguns exemplos de disfunções orgânicas que tratamos. Pois nós tratamos a hemiparesia flácida secundária ao AVE isquêmico e suas complicações (como o ombro doloroso), e não o AVE isquêmico. Então nosso diagnóstico é Hemiparesia Flácida! Quando o clínico deixa o funcional à margem, é fácil ter uma cirurgia bem sucedida de artroplastia total de quadril e as “benditas” complicações decorrentes do processo de imobilidade no leito. Ou será que a alta incidência e prevalência de úlceras de pressão, tromboses, atelectasias, embolias, síndrome da imobilidade, entre outros fenômenos que estão associados à falta de estímulos sensoriais, motores, circulatórios e ventilatórios eficazes e eficientes não tem nada a ver com isso? Segundo a Resolução COFFITO 80, publicada no Diário oficial da União (DOU n° 093 de 21.05.1987)3, apesar de não darmos muita atenção, vem em seu artigo primeiro, justamente normatizar a nossa pratica de atuação profissional: Art. 1º “É competência do FISIOTERAPEUTA, elaborar o diagnóstico fisioterapêutico compreendido como AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL, sendo esta, um processo pelo qual, através de metodologias e técnicas fisioterapêuticas, são analisados e estudados os desvios físico-funcionais intercorrentes, na sua estrutura e no seu funcionamento, com a finalidade de detectar e parametrar as alterações apresentadas, considerados os desvios dos graus de normalidade para os de anormalidade.” (Grifo meu). Ou seja, estabelece qual é o papel do fisioterapeuta: detectar e tratar as alterações físico-funcionais. É claro que esse conceito precisa ser atualizado, tendo em vista o grande avanço da fisioterapia desde então, com uma presença cada vez mais marcante na atenção primária. Ainda assim, em sua essência, é muito atual, deixa claro: cuidamos das funções orgânicas. Olha ai a importância de entender e estabelecer o nosso diagnóstico funcional! É preciso que entendamos de uma vez por todas qual é o nosso papel, pois se não somos capazes de estabelecer o nosso próprio diagnóstico, quiçá uma terapêutica baseada em evidências. Geralmente deixamos de fazer aquilo que é da nossa competência e responsabilidade, o que ninguém mais sabe fazer: Movimentar as pessoas Funcionalmente... Isso talvez porque pulamos os capítulos iniciais dos nossos livros que abordam sobre raciocínio clínicofuncional, estabelecimentos de metas, planejamento, tomada de decisão, aquele blá, blá, blá, que é muito importante por sinal! E estando hoje na área acadêmica também, vejo isso nitidamente. Reflexo disso é o grande número de atribuições que estão sendo incorporadas pela fisioterapia em alguns setores, principalmente no que tange a área hospitalar e de terapia intensiva: troca de fixação do tubo endotraqueal, limpeza da traqueostomia. “Fisio” leva essa “gaso” ali! Sem falar no procedimento de aspiração e até mesmo da coleta do sangue arterial! E isso é preocupante... Quem vai movimentar o paciente? Já não temos mais tempo! Talvez exemplificando fique mais fácil: Paciente, 4 meses, portador de uma neuropatia crônico-degenerativa ainda a esclarecer, com quadro de hipotonia muscular generalizada, internado em UTI, estável clinicamente, dependente de ventilação mecânica, traqueostomizado, alimentando via gastrostomia, com aparente normalidade cognitiva para a idade. Certamente o fisioterapeuta estará monitorizando a parte ventilatória, abordando em termos de terapia de higiene brônquica, aspirando, terapia de expansão, treinamento muscular ventilatório, trocando circuito, tirando água do copo coletor, às vezes posicionando o paciente e realizando mobilização global. Muito importante nosso trabalho, não? Certamente, mas não seriam necessários 5 anos de formação profissional, com uma matriz curricular que compreende disciplinas como sociologia, psicologia, filosofia, antropologia, bioestatística, e inúmeras outras para fazer isso... Sem falar em pós-graduações caríssimas... Um curso técnico resolveria o problema! Enfim, não é simplesmente uma questão de execução técnica, é científica, é preciso pensar, programar, planejar, discutir, tomar decisões e estabelecer indicadores de sucesso ou de falha terapêutica. Mas antes de tudo, estabelecer o diagnóstico, nosso diagnóstico! Então, agora, ou num futuro bem próximo, talvez vamos discutir mais função, o que realmente é difícil, e isso é a parte bonita da fisioterapia. Esses aspectos referentes ao estabelecimento de um diagnóstico funcional (NEM MENCIONEI PROGNÓSTICO EM FISIOTERAPIA) estão de acordo com os estudos mais recentes da área: Task Force on Physiotherapy em acordo com European Respiratory Society e a European Society of Intensive Care Medicine de 2008; Classificação Internacional de funcionalidade – CIF, proposta pela própria OMS; Estatuto do Idoso; ou do próprio SUS. Temos que discutir diagnóstico em fisioterapia!. As pessoas estão envelhecendo, a sobrevida em processos patológicos que em outrora seria ínfima, estão sendo delongadas, e os aspectos funcionais desses seres humanos? Evitar que a deficiência se torne uma incapacidade e que o indivíduo entre em processo de desvantagem por estar altamente dependente de auxilio externo para participar de atividades sociais da vida diária, ou mesmo de cuidados relacionados à higiene e alimentação, dependem de um olhar próprio e em essência fisioterapêutico! Dr. Rodrigo Queiroz Fisioterapeuta Especialista em Terapia Intensiva Professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB Autor do blog Mobilidade Funcional (www.mobilidadefuncional.blogspot.com) E-mail: rofisio@gmail.com 26 • NovaFisio.com.br


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| Fisioterapia, Lipoaspiração, Fibrose. Avaliação dos Níveis de Fibrose Cicatricial em Pós-Operatório de Lipoaspiração Associada ao Tratamento Fisioterapêutico. Artigo

T

Por

| Priscila Ávila de Lima & Nely Dulce Varela

anto no Brasil como em qualquer parte do mundo, as mulheres se preocupam cada vez mais com a estética tentando alcançar um padrão de beleza exigido pela sociedade. Essas mulheres muitas vezes se submetem a vários sacrifícios para serem “aceitas”, entre eles estão dietas, medicamentos, exercícios exaustivos, rotinas de tratamento estético, terapias alternativas e muitas optam pelo meio “mais fácil”, as famosas cirurgias estéticas. No Brasil, as cirurgias plásticas já são parte do cotidiano, conjugadas a um ideal de beleza ‘moderno’, técnicas de definições do corpo como as propagadas pelas academias de ginástica, personal trainer, etc., aparecem possibilitando a qualquer pessoa ter um ‘corpo perfeito’. Conforme apontado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), foram realizadas no Brasil no ano 2000 aproximadamente 359 mil cirurgias plásticas, das quais 175 mil (50%) tiveram motivações estéticas, destas cirurgias, 70 mil (40%) foram lipoaspirações (RIBEIRO, 1999; TACANI et al., 2005). A lipoaspiração foi criada na década de 80 com a finalidade de retirar tecido adiposo acumulado em pequenas áreas corporais. A retirada dessa adiposidade se faz através de cânulas submetidas a uma pressão negativa e introduzidas por pequenas incisões na pele. Corresponde atualmente a uma técnica simples, rápida, pouco dispendiosa e quando bem indicada, isto é, em adultos saudáveis com gordura localizada, apresenta excelentes resultados (UTIYAMA et al., 2003; MARTINS et al., 2005). Segundo Lisboa et al. (2003) e Coutinho et al. (2006), a lipoaspiração faz parte de um capítulo recente da cirurgia plástica, sendo que, desde o seu nascimento, houve várias alterações em seus fundamentos e equipamentos utilizados. Novas técnicas de cirurgias têm sido utilizadas na tentativa de reduzir as complicações freqüentemente presentes no pós-operatório, como hematoma, seroma, irregularidades na pele (ondulações), infecção na cicatriz cirúrgica, alterações cicatriciais, assimetrias, retrações, irregularidades da parede abdominal, fibroses, etc. A fibrose nada mais é do que a formação ou desenvolvimento em excesso de tecido conjuntivo fibroso em um órgão ou tecido como processo reparativo ou reativo, que ao ser tratado previamente 36 • NovaFisio.com.br

apresenta ótimos resultados. As ondulações merecem uma maior atenção porque são decorrentes do excesso de retirada de gordura ou trauma excessivo causado pela cânula. Neste último caso, a técnica de vibrolipoaspiração apresenta vantagens em relação à lipoaspiração tradicional, pois seu funcionamento vibratório facilita a remoção de gordura sem necessitar de grande força mecânica, resultando em um pós-operatório menos traumático para o paciente, facilitando também o aparecimento precoce dos resultados. A comprovação da eficácia desta técnica é pouco divulgada cientificamente. Portanto, torna-se necessário um maior número de pesquisas buscando fortalecer a literatura já existente (MEYER et al., 2003). A eficiência de uma cirurgia plástica não depende somente do seu planejamento cirúrgico e do ato cirúrgico em si. A preocupação com os cuidados no pré e no pós – operatório tem demonstrado fator preventivo de possíveis complicações e promoção de um resultado estético mais satisfatório. Guirro e Guirro (2004) relatam que no pós-operatório, o momento da intervenção varia de acordo com a cirurgia e com o procedimento realizado. Agregado e imediatamente após a cirurgia plástica deve-se estar presente a Fisioterapia Dermato-Funcional, onde irá possibilitar no pós-cirúrgico uma melhora significativa na textura da pele, ausência de nodulações fibróticas no tecido subcutâneo, redução do edema, minimização de possíveis aderências teciduais, bem como maior rapidez na recuperação das áreas com hipoestesias, ou seja, não só possibilita uma redução das prováveis complicações, como também retorna o paciente mais rapidamente ao exercício da suas atividades de vida diária (COUTINHO et al., 2006). Os procedimentos fisioterapêuticos podem ser iniciados a partir de 72 horas a 15 dias após a cirurgia, após o ato cirúrgico, podemos evidenciar uma significativa força tênsil no tecido aspirado, neste momento é possível atuar na prevenção de fibroses ou retrações. Durante esta fase, as manipulações devem ser de forma precoce e gradativa e devem ser realizadas técnicas desobstrutivas e drenagem linfática manual. O ultra – som é um recurso terapêutico muito utilizado em pós-operatórios

imediatos, isso esta vinculado diretamente ao processo de cicatrização, promovendo melhora na circulação sanguínea e linfática, possibilitando uma melhor nutrição (SILVA, 2001; GUIRRO & GUIRRO, 2004). A drenagem linfática manual (DLM) utiliza movimentos suaves, aumentando o volume e a velocidade de transporte da linfa no interstício celular descongestionando e criando novos caminhos entre os capilares linfáticos, aumentando a pressão e diminuindo a filtração para o interstício, favorecendo a absorção do edema. A DLM tem por objetivo aprimorar algumas das funções do sistema linfático, trazendo vários benefícios, como a redução de edemas linfáticos e edemas pós-operatórios. Ao mesmo tempo, proporciona a regeneração e a defesa dos tecidos, aumentando a diurese e a eliminação de toxinas (SILVA & BRONGHOLI, 2004; MEIRELLES et al., 2006; TISSI, 2007). Outra técnica muito eficiente na fisioterapia é a vacuoterapia/depressoterapia ou endermologia, que consiste na aplicação de uma pressão negativa sobre a pele, oferecida por diversos tipos de aparatos, com ciclos de aplicações reguláveis, que irá gerar um efeito de ventosas. As chances de diminuir as fibroses com a utilização deste método são evidentes nas cicatrizes recentes, sendo também observados nas lesões antigas possibilitando assim o seu remodelamento (GUIRRO & GUIRRO, 2004). Segundo Bacelar e Vieira (2006), a endermologia vem sendo aplicada por equipamentos monitorizados por rolos ou ventosas, na qual é empregada uma técnica por meio de sucção, ocasionando uma pressão negativa sobre a superfície da pele e tecido celular subcutâneo, promovendo desta forma uma mobilização profunda, permitindo assim uma melhora na circulação sanguínea e linfática. O ultra-som tem sido muito utilizado no pós-operatório com o intuito de minimizar a incidência de fibroses, por base de sua ação tixotrópica. Produz uma ação térmica resultante das fricções produzidas pela micromassagem estimulando de maneira marcante a microcirculação. De acordo com a literatura, recomenda-se o seu uso imediatamente após o procedimento cirúrgico no modo contínuo, quando não houver processo inflamatório agudo. Caso haja inflamação e dor intensa, é


Artigo

| Fisioterapia, Lipoaspiração, Fibrose.

recomendado o modo pulsado até que o processo regrida (BORGES, 2006). Dentre outros efeitos do ultra-som de acordo com Guirro e Guirro (2004), pode-se ainda destacar a fonoforese, a neovascularização com conseqüente aumento da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras colágenas, e melhora das propriedades mecânicas do tecido. Apesar do crescimento explosivo do número de lipoaspirações ocorrido nos últimos anos e do surgimento de diversas técnicas fisioterápicas indicadas na recuperação destes pacientes, poucos são os trabalhos científicos disponíveis na literatura, relatando manobras fisioterapêuticas no pós-operatório de cirurgia de lipoaspiração (WELL et al., 2009). De acordo com Meyer et al., (2003) após diversos estudos, viu-se necessidade da elaboração de níveis para classificar a fibrose cicatricial, através da análise de determinadas características. Esses níveis foram criados baseados na experiência prática por não serem encontrados na literatura, esses autores desenvolveram o Protocolo de Avaliação de Níveis de Fibrose Cicatricial no Pós Operatório de Lipoaspiração, associado ou não à Abdominoplastia – PANFIC. A partir da afirmação acima, e devido a Fisioterapia Dermato-Funcional vir desempenhando notável papel no tratamento pós-cirúrgico de fibrose cicatricial, despertou-se o interesse em pesquisar as peculiaridades de sua atuação. Esta pesquisa vem com o intuito de avaliar os níveis de fibrose em mulheres que foram submetidas à lipoaspiração associada ou não ao tratamento fisioterapêutico, através do Protocolo de Avaliação dos Níveis de Fibrose Cicatricial- PANFIC, desenvolvendo um estudo com intuito de mostrar os níveis de fibrose cicatricial decorrentes de lipoaspiração associada ao tratamento fisioterapêutico. METODOLOGIA Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Faculdade Mauricio de Nassau, sob o protocolo n° 114/2009. Caracterizase por um estudo quantitativo, descritivo, do tipo experimental, composto por uma amostragem de conveniência. A amostra constituiu-se de seis pacientes do sexo feminino com idade entre 22 e 35 anos que se encontravam no pós-operatório de lipoaspiração e que nunca tivessem sido submetidas a qualquer outro tipo de cirurgia anteriormente, na região avaliada. A seleção da amostra nesta pesquisa utilizou dos seguintes critérios de exclusão: predisposição ao aparecimento de quelóide e/ou cicatriz hipertrófica, mulheres que

apresentassem transtornos circulatórios e/ou de cicatrização, dermatites ou dermatoses na região a ser tratada e que estivesse fazendo concomitantemente, outro tratamento pós-operatório. A pesquisa foi realizada na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade Maurício de Nassau em Recife no período de Janeiro a Maio de 2010. Após o processo seletivo as voluntárias foram esclarecidas sobre o procedimento a ser realizado através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e com isso foi obtido o seu consentimento para realização dos procedimentos, posteriormente foi realizada nas voluntárias uma avaliação minuciosa no pós-operatório, o tratamento fisioterápico e reavaliação após 30 dias, tanto na avaliação quanto a reavaliação foram realizados registros fotográficos na região tratada. Esse registro foi feito por um profissional qualificado, respeitando-se as normas de fotografias científicas, com o intuito comparativo para a verificação da eficácia da fisioterapia dermato-funcional no tratamento da fibrose cicatricial. Num segundo momento da avaliação foi realizado um exame físico contendo inspeção e palpação da área lipoaspirada com o intuito de verificar o grau de fibrose instalado naquela região. De acordo com Meyer et al., (2003) a classificação dos níveis de fibrose se dá a partir dos seguintes critérios: Nível zero (N0) – não foram detectados indícios de fibrose após a avaliação visual e palpação nas posições: ereta, decúbito dorsal e ventral. Nível um (N1) – a fibrose somente é detectada após a palpação da região avaliada, com a paciente em decúbito dorsal e ventral. Nível dois (N2) – a fibrose é detectada após a avaliação visual da paciente na posição ereta. Entretanto, nas posições de decúbitos (dorsal e ventral) a detecção é feita após a palpação. Nível três (N3) – a fibrose é detectada após a avaliação visual, estando a paciente tanto na posição ereta quanto nos decúbitos, dorsal e ventral. Posteriormente, foi realizada a perimetria da região lipoaspirada, obedecendo ao mesmo cronograma de datas da avaliação, e após essa coleta de dados, serviram como base de comparação os níveis de fibrose

decorrente nesse período. As pacientes pós-operadas não seguiram apenas um tipo de tratamento pré-determinado, pois inúmeros fatores influenciam as respostas cicatriciais, fazendo que se torne errônea a utilização de protocolos neste tipo de paciente. É necessária a observação constante da evolução do quadro, e por muitas vezes, mudar o tratamento de uma sessão para outra (BORGES, 2006). O tratamento fisioterapêutico foi iniciado no período de três a cindo dias de pósoperatório onde constou de três sessões semanais, totalizando dez sessões, onde foi realizada na área lipoaspirada drenagem linfática manual (DLM), ultra-som (US) de 3MHZ, com o tempo de aplicação de acordo com o tamanho da área de atuação; endermologia em toda região lipoaspirada e principalmente nos locais da fibrose, que segundo Gonçalves e Pita (2002), esse procedimento só deverá ser utilizado após o décimo quinto dia pós-operatório, respeitando-se o tempo necessário para cicatrização dos tecidos descolados, e por fim a hidratação da pele. O tempo estimado do total da terapia não pode ser estipulado, visto que a capacidade reacional varia de acordo com cada paciente. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS De acordo com Meyer et al. (2003), alguns autores viram a necessidade de se estudar os níveis de fibrose cicatricial por não serem encontrados muitos estudos na literatura, com isso a fisioterapia dermato-funcional surgiu como uma forte aliada no combate dessa afecção que provoca desconforto e dor quando em níveis mais elevados, nas pacientes que se submetem a cirurgia de lipoaspiração. Esse estudo foi composto por uma amostra de seis mulheres com idades entre 22 e 35 anos, que realizaram a cirurgia de lipoaspiração e entre as principais queixas, a que se apresentava com mais freqüência foi à fibrose cicatricial, por conta de sua estética desagradável e dor à palpação. As pacientes foram submetidas a três sessões semanais totalizando dez sessões onde eram realizadas DLM, US e endermoterapia. As pacientes durante a avaliação relataram em sua queixa principal o incômodo sentido por conta da fibrose e alteração de sensibilidade na região lipoaspirada.

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Pode-se notar que os níveis de fibrose cicatricial instalado nos primeiros dias de pós-operatório foram os níveis um (N1) e três (N3) como mostrados na tabela 1. São inúmeros os efeitos obtidos com a fisioterapia para a redução da fibrose no pós-operátorio de lipoaspiração, a endermoterapia, por exemplo, é muito utilizada, pois desagrega as fibroses promovendo com isso um tecido mais uniforme. O ultra-som terapêutico, na freqüência de 3MHz, é bastante usado na fase inflamatória para reabsorção de hematomas, diminuindo as chances de formações fibróticas e ainda melhorando a nutrição celular, reduzindo o edema e a dor, conseqüências da melhora na circulação sangüínea e linfática. Com a drenagem linfática manual vamos atuar no deslocamento de proteínas extravasadas para serem reabsorvidas, equilibrando as pressões hidrostáticas e tissulares, diminuindo o edema e pode ser iniciada após 48 horas de ocorrido a cirurgia. (LEDUC, 2000; GUIRRO E GUIRRO, 2002). Após dez dias de pós-operatório podese notar a intensificação da fibrose de algumas pacientes, passou do nível um (N1) para o nível três (N3), e nas outras, onde logo no pós-operátorio se classificaram as fibroses como nível três (N3), pode-se notar que esse nível se manteve no mesmo período após esses dez dias. No entanto com aproximadamente sete sessões de tratamento fisioterapêutico podemos perceber a diminuição dessa fibrose quase que em sua totalidade, já que a mesma só se tornou perceptível após palpação. Não foi observado nenhum incômodo fora do previsto nesse estudo, as pacientes apresentaram um desconforto nas primeiras sessões de endermoterapia por conta da sensibilidade alterada e da fibrose que por sua vez causa sensação de dor por si só. No gráfico 1, podemos observar os níveis de fibrose existente antes do tratamento fisioterapêutico e depois dele, com isso pode-se notar que houve uma diminuição significativa do nível de fibrose cicatricial após as dez sessões realizadas.

Porém no pós-operatório não foi só a fibrose cicatricial o principal incômodo para as voluntárias, o edema foi uma grande preocupação, pois as pacientes se sentiam pesadas e desconfortáveis por conta do inchaço principalmente na região abdominal. 38 • NovaFisio.com.br

Existem vários fatores que podem causar o edema: obstrução venosa; obstrução linfática; aumento da permeabilidade capilar arterial; hipoproteinemia; aumento da pressão capilar; lesão nas vias linfáticas, que é justamente o que ocorre durante o processo de lipoaspiração. Na obstrução linfática há um excessivo acúmulo de edema nos tecidos. O edema é resultado do desequilíbrio verificado entre o aporte líquido retirado dos capilares sanguíneos pela filtragem e a drenagem do líquido. (LEDUC, 2000; GUIRRO E GUIRRO, 2004) De acordo com Ribeiro (2000), a diminuição do edema e hematoma presentes nas pacientes é explicada pela pressão exercida pela drenagem linfática manual que atua sobre a circulação sanguínea venosa, deslocando-a em direção centrípeta, sendo que com o aumento da quantidade de proteínas que penetram nos capilares linfáticos, a pressão coloidosmótica do líquido intersticial diminuirá, levando a um aumento da reabsorção para os capilares venosos. O edema gerado após a lipoaspiração pode ser de natureza hiperpróteica (linfedemas), que podem evoluir para fibroescleroses, formando “placas” duras no tecido subcutâneo e alterando a mobilidade tecidual e os contornos corporais (TACANI et al., 2005). A maneira mais adequada de prevenir a evolução de fibroses é a redução do edema presente, justificando a indicação dos recursos fisioterapêuticos. A verificação dos resultados do tratamento pode ser visto através de registros fotográficos como também através da perimetria da área tratada. Na tabela 2, observamos a média da perimetria que foi realizada com o auxílio da fita métrica antes e após o tratamento das voluntárias, onde se observava a perimetria da região abdominal das pacientes, adotamos como ponto de referência a cintura, o que se pôde notar através da perimetria foi que houve uma diminuição significativa do edema após as dez sessões de fisioterapia. Principalmente nos 10 cm abaixo da cintura, onde se acumulava a maior quantidade de líquido, nessa região também se concentrava a maior quantidade de fibrose cicatricial, após as dez sessões houve a diminuição significativa tanto do edema quanto das fibroses, consequentemente assim também ocorreu a diminuição da perimetria. A fisioterapia dermatofuncional vem desempenhando importante

papel no combate a fibrose cicatricial pós lipoaspiração, é sabido que não existem muitos estudos que demonstrem os níveis de fibrose e o seu tratamento. Esse artigo vem para complementar o que muitos autores afirmam, como Meyer et al.,2003 e Guirro e Guirro; 2004, que dependendo do nível de fibrose e do tempo da instalação existe um tratamento ideal para cada nível e que a fisioterapia dermato-funcional é eficiente neste caso, pois foi visto através deste estudo que após as sessões a fibrose reduziu significativamente. Quanto ao nível de satisfação das pacientes, as mesmas foram questionadas após terem recebido os dez atendimentos em relação ao tratamento recebido. Diante do gráfico abaixo podemos observar que as pacientes sentiram-se satisfeitas com os resultados obtidos após as dez sessões, todas relataram melhora nas queixas principais e com isso se sentiram mais confiantes e demonstraram desejo em continuar o tratamento. A média geral da nota referente à satisfação das voluntárias após o tratamento fisioterapêutico foi de 9,5.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A fisioterapia dermato-funcional abre novos caminhos para tratamentos em pacientes no pós-operatório de lipoaspiração. Com esse estudo podemos observar que mesmo com uma pequena amostra o trabalho realizado a partir dos recursos disponíveis na fisioterapia dermato-funcional são eficazes, visto que o objetivo foi alcançado. As voluntárias relataram grande satisfação com o tratamento, uma vez que elas sentiram uma melhora significativa das fibroses e da diminuição da sensação de parestesia após o tratamento fisioterapêutico. Nosso trabalho não é conclusivo, por se tratar apenas de um estudo com seis pacientes. Porém, mostra indícios de que o tratamento usando a Endermologia, o US e a DLM na área onde apresenta fibrose cicatricial é capaz de promover um aspecto cutâneo mais uniforme como também o desaparecimento do edema e da fibrose. Sugere-se a inclusão de um maior número de participantes na amostra, em futuras pesquisas, a fim de se comparar com os resultados obtidos neste estudo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Se encontram em nosso site www.novafisio. com.br assim como os anexos.


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Maria Silvia Campinas - SP (19) 3276-6652 01 e 02 I Congreso Int. de Actividade Acuáticas y Terapéuticas Belgrado – Argentina (11) 3562-1957 01 à 09 Pilates Contemporâneo Piracicaba – SP (19) 2105-2800 / 0800 724 28000 02 BANDAGEM FUNCIONAL Rio de Janeiro – RJ (21) 2530-8294 03 à 06 Pilates Clínico – Valéria Figueiredo Cursos Londrina – PR 0800 400 7008 07 à 09 Pilates Clínico 2 (Aos finais de semana) São Paulo – SP (11) 3283-1113 07 à 09 Curso de MAT Pilates – Solo e Bola – d&d Pilates Macaé – RJ (21) 2565-7690 / 0800 2820624 07 à 09 Pilates Evolution São Paulo - SP 0800 6445 565 07 à 16 Pilates Básico e Intermediário Monte Carlos - SP 0800 6445 565 08 Pilates Training – Treinamento em Suspensão Ribeirão Preto – SP (16) 3623-1944 08 a 30 Pilates Aparelho, Solo e Bola – Teórico e Prático da ABBR Rio de Janeiro - RJ (21) 3528-6404 08 e 09 Curso de Fisioterapia em Uroginecologia e Obstetrícia Rio de Janeiro – RJ (21) 8529-1800 08 e 09 Pilates na Gestação – Silvia Gomes Ribeirão Preto – SP (16) 3623-1944 08 à 10 Conceito Halliwick – Valéria Figueiredo Cursos São Paulo – SP 0800 400 7008 08 à 11 Mobilização Articular Funcional – Valéria Figueiredo Cursos São Paulo – SP 0800 400 7008 08 à 14 Especialização Fisioterapia Aquática São Paulo – SP (11) 3562-1957 09 à 12 IX Congresso Brasileiro de Fisioterapia Florianópolis – SC (21) 2286-284 10 à 12 Hidroterapia nas Algias – Valéria Figueiredo Cursos São Paulo – SP 0800 400 7008 12 e 13 Conceito Bad Ragaz São Paulo – SP (11) 3562-1957 12 e 13 Mobilização Neural – Valéria Figueiredo Cursos São Paulo – SP 0800 400 7008 13 à 15 V Encontro Nordestino de Fisioterapia na Saúde da Mulher Salvador – BA (71) 3271-0151 / 9987-8071 13 à 16 Watsu para Fisioterapeutas – Valéria Figueiredo Cursos São Paulo – SP 0800 400 7008 13 à 18 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica – d&d Pilates Friburgo – RJ (21) 2565-7690 / 0800 2820624 13 à 18 Pilates na Conduta Cinesioterapêutica – d&d Pilates Brasília – DF (61) 4102-4100 / 0800 820624 14 e 15 Movimento Combinado – Valéria Figueiredo Cursos São Paulo – SP 0800 400 7008 14 à 16 Congresso Carioca de Fisioterapia Dermato-Funcional Rio de Janeiro – RJ (21) 2633-1286 / 2633-4946 14 à 16 Curso de MAT Pilates – Acessórios e Mat Wall – d&d Pilates Rio de Janeiro – RJ (21) 2565-7690 / 0800 2820624 15 Terapia Manual Aquática São Paulo – SP (11) 3562-1957 15 e 16 Pilates na Gestação – Silvia Gomes São Paulo – SP (11) 3717-3032 / (16) 3623-1944 16 CROCHETAGEM AUTÊNTICO Rio de Janeiro – RJ (21) 2530-8294 16 e 17 Osteopatia – Valéria Figueiredo Cursos São Paulo – SP 0800 400 7008 17 DRENAGEM LINFATICA Rio de Janeiro – RJ (21) 2530-8294 18 e 19 Mobilização Neural – Valéria Figueiredo Cursos Curitiba – PR 0800 400 7008 20 e 21 Mobilização Neural – Valéria Figueiredo Cursos Belo Horizonte – MG 0800 400 7008 20 à 23 Atuação em Pré, Trans e Pós-Operação Cir. 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José dos Campos – SP (12) 3943-2921 / 3943-3611 29 Curso de BLS – Suporte Básico à Vida São Paulo – SP (11) 3179-0043 29 Workshop Pilates para crianças – PHYSIO PILATES Belo Horizonte – MG 0800 606 8008 / 71 3261-8000 29 à 01Nov Conceito Mulligan de Terapia Manual Belo Horizonte – MG 21-2257-1832 NOVEMBRO 02 à 05 Pilates Clínico – Valéria Figueiredo Cursos Porto Alegre – RS 0800 400 7008 03 ELETROTERAPIA FACIAL E CORPORAL Rio de Janeiro – RJ (21) 2530-8294 DIVULGUE SEU CURSO GRATUITAMENTE NO SITE WWW.NOVAFISIO.COM.BR E VEJA TAMBÉM NOSSA AGENDA COMPLETA 40 • NovaFisio.com.br


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Tininha | Humor - passa-tempo - game - novidades - música - cinema - moda - TV - DVD Olá pessoal, navegando pela internet, dei uma passadinha no blog do colega e colunista da revista, Dr. Geraldo Barbosa (pra quem não visitou ainda, vale a pena em: http://geraldobarbosa43.blogspot.com) e ví uma postagem dele muito interessante que trago pra vocês aqui. São os diferentes símbolos que representaram nossa profissão até o que usamos atualmente. Vejam!

SÍMBOLOS DA FISIOTERAPIA. OS ANTIGOS E O NOVO. Símbolo utilizado pela turma de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco, na solenidade de colação de grau. Recife, dezembro de 1967

Adesivo distribuído pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Primeira Região na década de 1980.

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Adesivo distribuído entre os participantes do IV Congresso Brasileiro de Fisioterapia. Recife, outubro de 1979

Símbolo atual da Fisioterapia institucionalizado pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - COFFITO

Símbolo da Fisioterapia criado pelo Fisioterapeuta Carlos Alberto Esteu Tribuzy, renomado profissional que presidiu o CREFITO da Segunda Região com sede no Rio de Janeiro

A história da Fisioterapia também é representada por meio de símbolos. Os símbolos, pela sua natureza, evocam num determinado contexto algo abstrato ou distante. No caso da Fisioterapia brasileira vários símbolos foram utilizados, sofrendo modificações ao longo do tempo, evoluindo sempre, até obter a forma atual, institucionalizada pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Nesta postagem alguns desses símbolos mostram essa evolução, em imagens que valem mais que mil palavras, como se dizia antigamente.


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Saiu no Jornal... Justiça nega transferência de aluno para curso de medicina Publicação: 08 de Setembro de 2011 às 11:49 Os desembargadores que integram a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça decidiram manter a sentença da 13ª Vara Cível da Comarca de Natal que negou a um aluno da Universidade Potiguar a transferência do curso superior de tecnologia estética e cosmetologia, extinto por não ter obtido o reconhecimento do MEC, para o curso de medicina. De acordo com o aluno, ele estava concluindo o segundo ano do curso que tinha duração de três anos e a notícia da extinção o deixou chocado e revoltado. Diante do caso, o autor não teve alternativa senão a de optar por um curso que, mais tarde, veio a se convencer não ser o ideal, tendo cogitado, à época, ser incluído no curso de Medicina, que ainda não havia sido implantado na instituição. Agora, com a chegada do curso de medicina, ele requereu na justiça sua transferência do curso de fisioterapia para o de medicina. A universidade argumentou que com a extinção do curso o autor optou por cursar fisioterapia, obtendo uma grande vantagem financeira, uma vez que este curso tinha, à época, uma mensalidade de R$ 1.053,00 e o aluno teve o direito a pagar o mesmo valor do curso que o fez ingressar na faculdade, R$ 222,00. Para a instituição não houve má-fé, uma vez que, todos os alunos estavam cientes dos riscos envolvidos, já que a graduação era apenas autorizada por uma resolução. A Unp também explicou que em 2003 a universidade não tinha em sua grade o curso de medicina para disponibilizar aos alunos. Para o relator do processo, desembargador Vivaldo Pinheiro, a extinção do curso não causou qualquer prejuízo evidente aos alunos, levando-se em consideração que quando ingressaram na Universidade, sabiam da situação do curso, e mesmo assim, de livre e espontânea vontade, contrataram os serviços educacionais disponibilizados, assumindo, com isso, os riscos da opção. Em relação ao remanejamento do aluno para o curso de medicina, o desembargador concluiu que juiz de primeiro grau acertou em sua decisão, uma vez que no momento da celebração do compromisso, a instituição de ensino não disponibilizava em seus quadros do curso de medicina, o qual atualmente apresenta grade curricular mais extensa e, por conseguinte, mensalidade com valor bem mais alto, o que impossibilita o pedido formulado nos autos. (Processo nº 2011.006570-1) *Fonte: TJ/RN

Danillo Nunes, 30 anos, exerce múltiplas funções na vida. Além de fisioterapeuta por formação, o goiano é militar, modelo e professor. Ele participou do programa Hipertensão da Rede Globo. http://hipertensao.globo.com/platb/hipertensao-2011/danillo/

pELEVADORq pSOBE... O Coffito revive momentos históricos d a F i s i o t e ra p i a e d a Te ra p i a Ocupacional no País A história da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional no Brasil será relembrada pelo COFFITO em seu site. Para isso, foi reativada a Comissão de Memória integrada por profissionais da área, que estão em busca de relatos e arquivos que revelam momentos históricos da atuação e do ensino das profissões. O material será disponibilizado para consulta de profissionais, estudantes, professores e pesquisadores das duas profissões. A Comissão de Memória conseguiu cópias reprográficas e fotos dos documentos originais do Decreto-Lei nº 938, de 13 de outubro de 1969, além de três documentos inéditos que fundamentaram o Decreto-Lei: parecer de 17 de julho de 1967, do Dr. Leonel Miranda, ministro da Saúde; parecer de 18 de agosto de 1969, do Dr. Tarso Dutra, ministro da Educação e Cultura; e do ofício de 08 de setembro de 1969, endereçado ao Dr. Rondon Pacheco, ministro extraordinário para Assuntos do Gabinete Civil, pelo subchefe Dr. José Medeiros, mais o teor das retificações ao Decreto-Lei n° 938, de 13 de outubro de 1969, publicadas no Diário Oficial da União (DOU) em 16/10/1969. Os documentos foram resgatados pelo coordenador da Comissão Dr. Rivaldo Novaes, no Arquivo Nacional e na Coordenação de Documentação e Informação (CODIN) – ligada à Secretaria Geral da Presidência da República. Todos os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais podem participar desse projeto, assim como familiares e amigos , disponibilizando fotos históricas, recortes de jornais antigos ou outros documentos de valor histórico. Para colaborar, entre em contato através do email memoria@coffito.org.br,que a Comissão retornará. Participe! Você sabe de algum fato bom ou ruim na fisioterapia? Escreva-nos NovaFisio.com.br • 43

A resposta certa e 4100!!! Se não acreditar, verifique com a calculadora. O que acontece e que a sequencia decimal confunde o nosso cérebro, que salta naturalmente para a mais alta decimal (centenas em vez de dezenas).


|FisioPerfil

FP

Dr. Rômulo Vilardi

Sempre uma breve entrevista com quem tem uma longa história.

romulo.vilardi@dedpilates.om.br

Quem é, o que faz | Fisioterapeuta, coordenador pedagógico da empresa d&d pilates e professor de curso de extensão universitária na especialidade do Pilates. Mestre em ciências da reabilitação, com ênfase no método Pilates. Palestrantes em eventos nacionais e internacionais de Pilates e Fisioterapia.

Qual ano e em qual faculdade você se formou? Em 2005 na UNESA - Universidade Estácio de Sá aqui no Rio de Janeiro-RJ. Qual foi a melhor coisa que fez na vida? Ter feito o curso de Pilates na Conduta Cinesioterapêutica, porque através dele consegui enxergar uma excelente ferramenta na recuperação dos pacientes e uma estabilização no mercado de trabalho. Qual foi a pior coisa que fez na vida? Ter que reprimir colegas fisioterapeutas que falam mal da profissão. O que você mais gosta na profissão? Promover a saúde, escutar do paciente que ele não sente mais dor, que ele melhorou através dos seus atendimentos. Além de ensinar aos colegas fisioterapeutas como aplicar o método Pilates dentro da fisioterapia. O que você odeia na profissão? Deslealdade, mentiras, falta de união.... Que qualidade mais admira nos profissionais que te cercam? A criatividade, imaginação, coragem, o amor pelo que faz..... Que qualidade mais detesta nos profissionais que te cercam? A falta de interesse na busca do autoconhecimento. Qual sua maior virtude? Entusiasmo e dedicação. Quando pretendo fazer algo, procuro fazer sempre o melhor. Qual seu pior defeito? Ansiedade. Se pudesse mudar algo, o que seria? Explorar mais cientificamente o método Pilates, comprovando os resultados encontrados na clínica. Qual maior mentira já contou? Não gosto de mentiras... Qual fato foi mais inusitado em sua carreira? Ter apresentado um trabalho sobre o 44 • NovaFisio.com.br

método Pilates no Congresso Mundial de Fisioterapia o WCPT em Amsterdã. Qual fato foi o mais cômico? (mesmo que na época não tenha tido graça nenhuma, mas hoje você possa rir) Quando estou prestando atendimento aos meus pacientes gosto de associar algumas técnicas de terapia manual com Pilates, para tentar diminuir o quadro álgico. Faço muito o uso da Crochetagem q u e é realizada com um gancho de aço com duas pontas. Em um atendimento fui mostrar para um paciente que estava com lombalgia, na hora ele pensou que eu fosse enfiar o gancho na coluna dele, ele ficou com muito medo, tive que mostrar primeiro em mim para depois fazer nele. Resultado: ele me liga até hoje quando tem qualquer dor. Qual seu maior arrependimento? Desculpe não me arrependo de nada. Qual dica daria aos colegas? Estudem cada vez mais.... Qual objeto de desejo? (pode ser curso, equipamento, tudo!) Montar um centro de reabilitação esportiva envolvendo o trabalho multidisciplinar e também criar um centro de reabilitação para comunidade carente. Qual sua aquisição mais recente? (pode ser curso, equipamento, tudo!) Terminei meu mestrado no final de 2010 na área do Controle Motor e Biomecânica com ênfase no método Pilates. Consegui compreender muito mais o método Pilates e a sua aplicabilidade terapêutica. Qual seu maior sonho? Aplicar o método Pilates no tratamento de atletas profissionais, de preferência no futebol.

Qual seu maior pesadelo? Não devemos pensar neles.... Que talento mais gostaria de ter? Tino comercial. Se não fosse fisioterapeuta gostaria de ser o que? Jogador de futebol. E qual profissão jamais queria ter? Acho que não me envolveria com a política... Diga uma frase para por em nossa seção de frases. O sucesso geralmente vem para aqueles que estão muito ocupados para estarem procurando por ele. Autor: Henry David Thoreau Diga um desafio? Ajudar o desenvolvimento da cientificidade do método Pilates. Um livro? A obra completa de Joseph Pilates. Quer fazer alguma divulgação? Gostaria de convidar os colegas fisioterapeutas para a Palestra Pilates e suas Considerações Cinesiológicas a ser realizada no Cobraf dia 11/10/2011. E também para visitarem o site:

www.dedpilates.com.br


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