4º Momento – 14 de Dezembro Esta semana trago textos soltos sobre a quadra que estamos a viver. Desta forma, podemos acrescentá-los às nossas vivências durante dia e às nossas leituras de Advento. Uma pausa durante um dia atribulado, e os olhos voltados para céu com uma respiração profunda, pode tornar o momento e a vida mais fácil. Inicio: - Encontra um local agradável para contemplar, - Uma posição cómoda, - Faz o pedido que tens no coração de modo a tirares o maior proveito, - Lê e contempla, - Agradece e termina. Trago no coração e na mente duas palavras que transmitem acção e são perfeitas para este tempo que vivemos: - Alegria e Cuidar. No primeiro momento convido-te a completares com as tuas próprias frases. No segundo momento a escreveres, todos os dias, alguma coisa que precises de cuidar (pessoas, relações, feridas, emoções, decisões, Deus…) Todos os dias há novidades com que te podes alegrar e cuidar. Está atento(a)!
Alegria… Alegria por tanta bênção recebida, Alegria por tanto amor partilhado, Alegria pela espera Daquele que nos ama incondicionalmente, Alegria pela simplicidade da vida, Alegria pela família e amigos, Alegria pela solidão, Alegria pela diversão que sinto no trabalho, Alegria pela condução que faço todos os dias, Alegria pelos medos que tenho de… Alegria… Alegria… Foi este o sentimento que Maria experimentou quando soube que esperava o Deus Menino. Experimenta, também tu, na tua vida… Cuidar Cuidar de mim, dos outros e de Deus. Cuidar do meu corpo, da minha alma, do meu coração! Através de exercício físico, do perdão… Se eu não me amar como poderei amar os outros? Como poderei ajudar, da melhor forma, os outros? Jesus diz-nos para amarmos os outros como a nós próprios. Cuidar dos outros dando-lhes aquilo que eles precisam verdadeiramente e não aquilo que julgamos que é o melhor para eles. Cuidar com amor, com discernimento e sabedoria. Em ultima instância perceber que as nossas acções são fruto de amor e mesmo que não se obtenham os melhores resultados, tudo foi feito com amor e sem egoísmo.
Tudo dei sem pensar em mim… Digamos aos outros que tudo fazemos por amor… Difícil? Muito… mas possível! Cuidar de Deus, da minha relação com Ele. E posso fazê-lo de várias formas: com e na oração e no cuidado dos outros. Quando nos centramos n´Ele, tudo o resto vem por acréscimo e no devido tempo. Saibamos ter paciência, por um lado, e agentes ativos por outro! Façamos a nossa parte. Deus ama-nos incondicionalmente! - “Senhor, ninguém vive à espera como Tu! Na Tua misericórdia esperas por todos: pelos que estão longe e pelos que estão perto. Pelos que se lembram e pelos que têm o coração submerso no esquecimento mais fundo. Pelos que todos os dias te rezam: «Vem Senhor» e por aqueles cuja oração é uma ferida silenciosa, um tormento ou uma revolta. É bom saber que esperas por todos. E que na imensidão compassiva da Tua espera, cada um reaprende o sentido verdadeiro da esperança.” (José Tolentino Mendonça) - “ Natal do comércio chega de um dia para o outro. Fácil, tilintante, confuso, pré-fabricado. É um Natal visual. Um amontoado de símbolos. Um ar do tempo. Dentro de nós, porém, sabemos que não é assim. Para ser verdade, o Natal não pode ser só isto. Não pode servir apenas para uma emoção social, para um corrupio de compensações, compras e trocas. Para ser verdade, o Natal tem de ser fundo, pessoal, despojado, interpelador, silencioso, solidário, espiritual. Acorda em nós, Senhor, o desejo de um Natal autêntico.” (José Tolentino Mendonça) - “ Senhor a temperatura baixou. Quando atravesso a rua para entrar no calor do automóvel, ou sinto a protecção das estações de metro, dos cafés, do interior dos locais de trabalho, penso nos que dormem e vivem ao relento. É
verdade que somos todos, de alguma maneira sem-abrigo. Que, em certas horas de solidão ou de sofrimento, trazemos todos a alma enregelada na imensidão ferida do nosso peito. Mas quando a temperatura desce, só me dá para rezar para que o Teu Espírito Santo nos desassossegue, nos desinstale, nos faça caminhar ao encontro dos mais pobres.” (José Tolentino Mendonça) - Evangelho de São Lucas, capitulo 2 Nascimento de Jesus - 1Por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser recenseada toda a terra. 2Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino governador da Síria. 3Todos
iam recensear-se, cada qual à sua própria cidade. 4Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David, 5a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que se encontrava grávida. 6E,
quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz 7e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria. 8Na
mesma região, encontravam-se uns pastores que pernoitavam nos campos, guardando os seus rebanhos durante a noite. 9Um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor refulgiu em volta deles; e tiveram muito medo. 10O anjo disse-lhes: «Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo: 11Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor. 12Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.» 13De
repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo: 14«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado.» 15Quando
os anjos se afastaram deles em direcção ao Céu, os pastores disseram uns aos outros: «Vamos a Belém ver o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.» 16Foram
apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura. 17Depois de terem visto, começaram a divulgar o que lhes tinham dito a respeito daquele menino. 18Todos os que ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores. 19Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração. 20E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado.
- Pistas: Alegria não é ausência de medo… Faz a viagem com José e Maria. Sente o medo e a alegria das circunstâncias. Alegra-te com o nascimento de Jesus. Coloca os teus medos diante de Deus e pede-lhe auxilio. Com os pastores, pobres ignorantes, Deus entra na História escolhendo o pobre e humilde. Onde me situo na História? Quais os critérios que me movem nas minhas opções? Faz-te presente no presépio e sente a alegria do nascimento. Pega em Jesus ao colo. Que apelo ecoa no teu coração? - Propósito: Ser alegre! Não só no sorriso mas nas palavras! Continuamos juntos!