(Re)descobre o Natal

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Natal de 2014 Facebook: Katya Rafael


(Re)descobrir o Natal! No meu coração nasceu este desejo de partilhar com Amigos(as), um olhar atento e encarnado sobre os primeiros tempos de Vida de Jesus. Começam os sinais de aproximação do Natal, dão-se vários significados a este Tempo mas quero, convosco, contemplar a Alegria verdadeira do Nascimento de Jesus! Para isso proponho a leitura atenta e simples de algumas passagens da Bíblia onde narra o Anúncio, Nascimento e Vida Oculta de Jesus. Não ficamos apenas pelo nascimento, para conhecer Jesus e amá-Lo é necessário ir mais além… Para muitos de nós, há o desejo de sermos diferentes neste Natal, de não nos rendermos ao consumismo. Ou até ir mais além… encontrar um Sentido para tudo isto! Porque não ir até à Terra Santa ou ao Nepal, onde se respira simplicidade, gratidão, espiritualidade, tudo menos consumismo, para vivermos verdadeiramente este Natal? Feliz ou infelizmente não há essa possibilidade e por isso cabe a cada um de nós, no meio da azáfama, descobrir o verdadeiro sentido desta época. E qual é o verdadeiro sentido desta época? Poderemos celebrá-lo todos os dias? Estar com a família? Fazer o Bem? Dar uns trocos a uma Instituição de solidariedade? Trocar prendas? Celebrar o Nascimento de Jesus? Acredito que pode ser tudo isto mas muito Mais! É mesmo entre a família que não vemos há muito tempo, ou que só se reúne nesta altura que Deus se faz presente! É na luta entre o Ser e o Ter diários que Deus se faz presente! É na repetição anual deste acontecimento que Deus se faz presente!


É na minha vida, na tua vida, que Deus se faz presente! É naquilo que construímos diariamente, que Deus se faz presente! É entre os pensamentos, as acções, as dúvidas, as alegrias, os nascimentos, as mortes, que Deus se faz presente! Mas só conhecendo é que podemos viver. Sem preconceitos, com simplicidade e liberdade!

Início no dia 21 de Novembro (sexta) e finaliza dia 28 de Dezembro (domingo). No início de cada semana (domingo), lançarei pistas ou pontos de oração/reflexão para que possamos ao longo da semana saboreá-las e deixarmo-nos entrar neste Mistério do nascimento de Jesus. Com liberdade, convido a cada um(a) para embarcar nesta aventura de partilhar no grupo ou por mensagem individual aquilo que vai experienciando, tendo sempre em mente que partilhar ajuda o outro a crescer! A Graça a pedir, o desejo do coração será: Viver este Natal, o nascimento de Deus de uma forma mais consciente, com humildade, amor e sem qualquer ressentimento. O método fica ao critério de cada um mas deixo uma sugestão que passa pela Contemplação. Instrumentos a utilizar… Arranjar folhas ou um pequeno caderno para irmos escrevendo as nossas vivências. Uma bíblia para teres acesso à Vida de Jesus. Podes consultar no site www.capuchinhos.org/biblia/ Teremos uma reflexão da passagem, textos complementares, música, vídeos… enfim, o que Jesus nos inspirar! Pedido: Sê comprometido e no cansaço aproveita esta oportunidade. Nunca te culpes e dá apenas o que puderes com firmeza, liberdade e simplicidade.


Sê criativo! Está atento às surpresas de Deus. Obrigada por teres aceite! Estamos juntos(as), desde já, nesta aventura! Feliz Natal! Katya

Início da caminhada: - Como em qualquer caminhada devemo-nos preparar. Quanto melhor a preparação, menores serão os percalços e maior capacidade de reacção. Escrever o que vamos sentindo, meditando, aprendendo, é sempre recomendável. Desta forma podemos fazer memória das nossas vivências e retomá-las quando quisermos. Sugiro uma forma de interacção com Deus que é a contemplação. Para uns já é conhecida, para outras será novidade mas nada é imposto. Para quem quer experimentar deixo algumas dicas. - Quando: Podem ler e reler os textos quando quiserem, puderem ou tiverem necessidade. Não há tempo nem espaço marcado! Há apenas respeito pela liberdade de cada um… - Onde: Termos um lugar calmo e uma posição confortável é sempre um aspecto positivo a ser adoptado. Afinal de contas, quando estamos serenos e abertos ao Espírito a nossa capacidade de entendimento é maior. - O que pedir? Podemos formular algum desejo, pedido para esta caminhada… Uma melhor vivência do próximo Natal, um maior conhecimento de Jesus e da sua vida, uma ajuda para melhor amar e servir os outros… Inspiração, discernimento… Enfim, os desejos que vão nos vossos corações.


Contemplar é um tipo de oração em que o mestre, o guia é o próprio Deus. É uma oração afectiva, que toca a afectividade das pessoas, o lugar onde residem as moções e as decisões livres. Consiste em olhar com o coração e isto leva a amar o que se contempla. É uma experiencia de comunhão porque a pouco e pouco quem contempla fica afectado pela divindade, isto é, a humanidade de Jesus vai ocupando o centro da contemplação. É uma oração gratuita, uma experiencia de amor gratuito. Faz-nos sair de nós para saborear as coisas internamente. O que se pede é abertura, receptividade para acolher o que Deus nos conceda. A contemplação não é racionalização, nem moralismo, nem tomada de decisões. Parece um tempo inútil, mas só aceitando esta inutilidade se pode tornar útil. Devemos estar todos por inteiro e não se trata de fantasias mas de imaginar a cena que quero contemplar. Usar a imaginação para orientar a afectividade, pois o que procuramos é o conhecimento interno de Deus. Exige silêncio… deixar-se acalmar, serenar, sem grandes esforços! É um exercício de amor! Como contemplar? Depois de ler a passagem, a história, reconstrói com a imaginação o que leste “como se presente me encontrasse” nas cenas a contemplar. Fechas os olhos e entra na cena, vê o lugar (ver, com a vista imaginativa). Vê as pessoas, ouve o que dizem, saboreia com o paladar, respira e toca. Abraça, beija…ama! Tira o melhor partido daquilo que estás a contemplar. Apenas está! Com simplicidade, sem pressão e ao ritmo de cada um coloquemos mãos-à-obra! Com a certeza que estaremos juntos neste caminho e por isso somos mais fortes! Boa caminhada! Deixo, neste primeiro dia um poema de Miguel Trigueiros Não sei como, nem porquê


Nem donde vens até mim, Mas sei que vens – e é assim Que a minha alma te vê… Um saber sem explicação Um saber feito de amor… - Tal como as fontes do chão, Jorras, inteiro, Senhor, Do meu próprio coração! Outro de Jorge de Sena: Natal de 1971 Natal de quê? De quem? Daqueles que não o têm? Dos que não são cristãos? Ou de quem traz às costas as cinzas de milhões? Natal de paz agora nesta terra de sangue? Natal de liberdade num mundo de oprimidos? Natal de uma justiça roubada sempre a todos? Natal de ser-se igual em ser-se concebido, em de um ventre nascer-se, em por de amor sofrer-se, em de morte morrer-se, e de ser-se esquecido? Natal de caridade, quando a fome ainda mata? Natal de qual esperança num mundo todo bombas? Natal de honesta fé, com gente que é traição, Vil ódio, mesquinhez, e até Natal de amor?


Natal de quê? De quem? Daqueles que o não têm, ou dos que olhando ao longe Sonham de humana vida um mundo que não há? O dos que se torturam e torturados são na crença de que os homens Devem estender-se a mão? Vídeo sobre são Nicolau https://www.youtube.com/watch?v=zM8T4M3G4VQ E um pequeno texto e vídeo sobre O PAI NATAL: Presume-se que a origem do Pai Natal esteja relacionada com S. Nicolau. Este santo nasceu na Ásia menor no ano de 271, foi bispo e morreu no mesmo local aos 71 anos de idade. Distinguiu-se pela prática da caridade, procurava ajudar os mais necessitados sem que ninguém soubesse. Preocupou-se sobretudo pelas meninas que não podiam casar porque não tinham dote. Contam-se muitas histórias e numa delas ajudou três irmãs a casarem-se dando-lhes dinheiro. A forma como o fez, originou o costume do sapatinho: como não queria que ninguém soubesse da sua ajuda, atirava pela janela os sacos com as moedas. Festeja-se este santo no dia 6 de Dezembro e por isso facilmente se confundia esta forma de presentear com a troca de presentes – são Nicolau e nascimento de Jesus -. A sua indumentária foi atribuída em França: um barrete, botas de campo, cinto largo de couro preto e roupa encarnada. Nos anos 30, a coca-cola decidiu usar a figura do Pai Natal na publicidade de Inverno e teve muito sucesso. Também é possível que a roupa do Pai Natal esteja relacionada com são Nicolau que, como bispo, vestia vermelho e usava mitra. Há, ainda, quem relacione o Pai Natal com o mítico GARGANTUA, filho do deus celta Del, que levava sempre consigo um cesto cheio de presentes para dar aos amigos. Boas leituras e até domingo,


katya


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