Ottica Art Magazine! #1

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Ottica Art

Arte Multimidia




Peter Greenaway é um cineasta, autor e artista multimídia. Ele tem sido cético sobre os limites restritivos do cinema. Não se pode dizer que seus filmes percorrem as características tradicionais do cinema. Seus filmes são muito distintos e seguem um caminho bem longe do comum. Alguns críticos disseram que seus filmes são anti-cinematográficos.


Peter Greenaway O Artista MultimĂ­dia


Os traços comuns em seus filmes são: a composição cênica, a iluminação, os contrastes entre o traje e a nudez, a natureza e a arquitetura, o mobiliário e as pessoas, o prazer sexual e a morte dolorosa.


Quando Peter era criança, desejava tornar-se pintor. O interesse pela pintura foi muito importante para definir toda sua obra artística. Cada filme de Greenaway é composto visualmente usando 0s parâmetros estéticos da pintura. O jovem Peter estudou cinema, com particular interesse por Bergman, pela Nouvelle Vague e cineastas como Godard e especialmente, Resnais.

Os filmes de Peter Greenaway são notáveis pela presença de elementos de arte renascentista e barroca, o uso da luz natural compondo cada cena de seus filmes como se fossem pinturas. Greenaway também sempre se interessou por ópera, tendo escrito dez libretos, para uma série nomeada "A Morte do Compositor", enfocando dez compositores, de Anton Webern a John Lennon.


Com o advento das ferramentas digitais, realmente deixamos para trás, ou deveríamos ter deixado, as calmas águas de lagos e lagoas, e finalmente mergulhamos nos oceanos. O cinema desperdiça o cinema e sem dúvida temos que fazer melhor uso dele. “Peter Greenaway”

Em 2003, Peter Greenaway apresentou seu projeto multimídia mais recente, intitulado The Tulse Luper Suitcases incluindo três filmes, séries de TV, 92 DVDs, CDROMs e livros. Tulse Luper é um personagem recorrente e pode ser visto como uma espécie de alter ego, um escritor profissional cuja vida foi reconstruída a partir de objetos encontrados em suas 92 malas. A principal ideia por trás deste projeto era mostrar a natureza subjetiva da história, já que, de acordo com Peter Greenaway, não existe história, mas apenas historiadores. O estilo visual desses filmes estão empurrando as fronteiras do cinema para mais longe, oferecendo ao espectador uma experiência visual que deve ser observada como um processo de descobrir a origem de uma história em forma de um colagem audiovisual.

The Tulse Luper Switcases


The Tulse Luper Switcases no Brasil

No ano de 2007, Peter Greenaway foi o principal convidado do 16° Festival Internacional de Arte Eletrônica Videobrasil. Realizado em São Paulo, a abertura do festival aconteceu em plena Av. Paulista onde o artista fragmentou, reeditou e projetou cenas de sua série de filmes “The Tulse Luper Switcases” E além da performance de abertura do festival ele ocupou um grande espaço expositivo do SESC Paulista com uma mega instalação com 92 maletas com 92 objetos relacionados com a personagem de “Tulse Luper” criado pelo diretor, onde viaja o mundo com 92 anos de idade.


Leonardo's Last Supper A Visão de Peter Greenaway

Outro trabalho do artista multimídia reunia, musica, jogo de luzes, projeção mapeada e a obra original de Leonardo da Vinci a “Última Ceia”.


A iluminação sobre a obra de Da Vinci é baseada em “geometrias irregulares” que revela minuciosamente cada detalhe da “ Última Ceia”. Todas as projeções e iluminações da instalação são sincronizadas com uma trilha sonora.

Peter Greenaway conseguiu criar um diálogo com a obra de Leonardo Da Vinci, que qualifica como um “ícone da civilização ocidental”


Nos últimos anos, Peter Greenaway tem se concentrado em seu novo projeto artístico intitulado “Nove pinturas clássicas”, em que ele emprega uma tecnologia inovadora para explorar a imagem de nove obras-primas, do Renascimento a Jackson Pollock. Seu primeiro projeto foi a sua visão da pintura de Rembrandt "A Ronda Noturna" (2006, Amsterdam), mas ele também se dedicou a dois projetos cinematográficos paralelos relacionados a Rembrandt: - Nightwatching (2007), vemos uma interpretação possível do mistério por trás desta pintura famosa, bem como ela poderia ter tido uma influência devastadora na vida de seu criador. - J'Accuse (2008) tem a forma de um documentário que critica simultaneamente nosso analfabetismo visual e a sociedade hipócrita onde Rembrandt viveu e criou sua arte. Com os seus projetos inovadores, ele nos oferece uma lição única na história da arte, combinando, arte, cinema e teatro. Peter Greenaway é um dos grandes artistas do nosso tempo, não tendo medo de experimentar novos meios de expressão e continuando a investigar o papel da arte em nossa cultura.




P ICASSO E A M OD ERNI DAD E ESPAN HO LA


Pablo Picasso Os palhaços – 1920

José Gutiérrez Solana Os Palhaços - 1920


Pablo Picasso Retrato de Dora Maar – 1939

Picasso e a Modernidade Espanhola é uma exposição que traz ao Brasil cerca de 90 obras do renomado acervo do “Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia”. A exposição mostra a trajetória de Pablo Picasso como artista e como mito e sua influência na arte moderna espanhola. A exposição aborda também a relação de Pablo Picasso com outros artistas espanhóis.


Juan Mir贸 Pintura (Cabe莽a e Aranha) - 1925


Pablo Picasso Mulher sentada apoiada sobre os cotovelos - 1939

A mostra Picasso e a Modernidade não foca somente as influências de Picasso na arte moderna espanhola. A proposta da exposição é apresentar um panorama artístico onde Picasso aparece como um mito sugerindo uma variação no conceito de modernidade.


Salvador DalĂ­ Arlequim - 1926

Salvador DalĂ­ Retrato de Gala com um turbante - 1939


Óscar Dominguez Borboletas perdidas na montanha - 1925

Juan Miró Figura e pássaro na noite - 1945


Pablo Picasso Cabeça de mulher (Fernande) – 1910

Juan Gris Arlequim com Violino – 1919

Rafael Barradas Homem no café – 1923


Pablo Picasso Cabeça de Cavalo, esboço p/ “Guernica” – 1937

Com curadoria de Eugenio Carmona, a mostra “Picasso e a Modernidade Espanhola” Acontece no CCBB-SP 25 MAR – 8 JUN 2015 DAS 9H ÀS 21H


“Não se pretende que alguém “entenda” uma capa de LP mas sim que se sinta decisivamente atraído por ela. Assim, deve a capa provocar uma reação imediata, um impulso, um apelo. Seu pior fracasso é passar despercebida: ser um envoltório comum, sem força de venda. A capa deve “soar” graficamente, numa mensagem convincente e fácil de ser gravada. Não devemos nos orientar pelo critério beleza: principalmente no nosso caso é por demais relativo (já dizia Voltaire: “a beleza para o sapo é a sapa”)...


...Em ótica, no entanto, somos todos iguais. O truque visual – permitido pela razão gráfica – é a forma mais rápida, direta e rentável de comunicação entre a capa e o indivíduo. Chamo “razão gráfica” a solução simbólica visual de alguma coisa. Além do mais, esse tipo de capa nos permite, justamente por sua simplicidade, disfarçar a deficiência de impressão. Certas companhias primam pela capa confusa, cheia de detalhes, com dizeres ilegíveis e excesso de cores. É um despropósito. Ao contrário, ao decidir-nos por uma “simplicidade de bom gosto” estaremos muito mais perto de obter embalagens ideais para os produtos em questão… César G. Villela


César Villela é um gênio, um artista que criou os maiores ícones gráficos da Bossa Nova! Trabalhou para várias gravadoras mas o seus trabalhos de designer, juntamente com as fotografias de Chico Pereira, se destacaram, na gravadora “Elenco” de Aloíso de Oliveira, que produziu grandes obras da música brasileira!


O design se caracterizavam pelo uso de um efeito solarizado ,preto e branco e com um alto contraste,. dando as capas dos LPs um ar minimalista.


Aloiso de Oliveira, Chico Pereira e César Villela, foram os responsáveis pela proposta que muitos julgaram revolucionária. Criaram um fetiche gráfico nas capas dos seus álbuns


César G. Villela nasceu no Rio de Janeiro em 1930. Designer Gráfico e Pintor, cujo o projeto gráfico para gravadora Elenco, ajudou a definir a identidade gráfica da Bossa Nova!




Blue Note Records

A BLUE NOTE

começou a era do Lp 12” (polegadas) em meados dos anos 50 com alguns álbuns de jazz tradicional, mas em seguida, lançou a lendária série 1500, do mais fino jazz moderno. Além da inovação musical ela também inovou com muita elegância, o design gráfico das capas dos seus discos.

Por lá passaram alguns designs, tais como John Hermansader que produziu as oito primeiras capas da série 1500 e que logo depois deixou a Blue Note e foi trabalhar na revista “Esquire”. Quem assume o seu lugar foi seu assistente Reid Miles que haveria de se transformar no principal design e director de arte da gravadora. A série 1500 foi composta por 99 lps, que foram lançados entre 1955 a 1958. A primeira jóia da série foi Miles Davis (1501), e o último foi Bennie Green (1599). Depois disso Blue Note mudou numeração ao longo dos anos produzindo um vasto catálogo com várias séries. Reid Miles foi influenciado e inspirado por seu mestre John Hermansader e desenvolveu seu estilo. Suas capas tornaram-se uma marca virtual para Blue Note e ganhando uma aparência distinta e única.











SILVIO CRISOSTOMO




















Chet Baker! BakernasceuefoicriadoemumafamíliamusicalemYale,Oklahoma.Seupai ChesneyBaker,eraumguitarristaprofissional,esuamãe,VeraInéeMoserfoi umapianistatalentosaquetrabalhavaemumafábricadeperfumes. Baker começou sua carreira musical cantando em coro de igreja. Seu pai foi quem o apresentou aos instrumentos de metal Primeiramente a um trombone , que logo foi substituído por um trompete, quando o trombone revelou-se demasiadograndeparaopequenoChet!



Nascido em 1927 e criado no sul da Califórnia, William Claxton ocupou um lugar especial na história da fotografia americana. Desde suas primeiras imagens na década de 1950, ele crioufotografiasquetêmrecebidoatençãopor suaíntimasensação“soulful” (emotiva). Sempre conhecido por seu estilo sensível e poético, Claxton tem sido considerado o fotógrafo mais proeminente do jazz. Seu trabalho fotográfico agraciou as capas de álbuns e inúmeras capas de revistas há mais decincodécadas.







“A fotografia, é jazz para os meus olhos. E lembre-se, que eu sou um fotógrafo e não um músico, mas um fotógrafo, que ama a música, as palavras, as notas e as pessoas que fazem a música. Tentei criar imagens, destes artistas, imagens, que dão, ao espectador um pouco mais de discernimento para desfrutar da arte, da música e da fotografia.”



Criação, Produção e Direção: Fernando Rozzo Regina de Barros Publicação: Ottica AudioVisual otticaaudiovisual.wix.com/ottica-audiovisual



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