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PASSO FUNDO - CARAZINHO - ERECHIM
Reunião de conciliação termina com prisões Polícia Federal cumpriu mandados de prisão de sete indígenas no momento em que eles estavam fora da aldeia, participando de uma reunião de conciliação no centro de Faxinalzinho FOTOS JÉSSICA FRANÇA E LUCIANO BREITKREITZ
Jéssica França e Luciano Breitkreitz Faxinalzinho Alessandra Pasinato e Sirlei Pazinato – Passo Fundo conexao@diariodamanha.net
Um dia tenso que começou com o objetivo de apaziguar a tensão entre indígenas e agricultores no munícipio de Faxinalzinho. Para o início da tarde desta sexta-feira (09), foi marcada uma reunião de conciliação com a participação das partes e órgãos intermediadores na sala do Centro Cultural, localizado em frente à Praça Central de Faxinalzinho. O primeiro a chegar foi o representante da Funai de Passo Fundo, Roberto Perin. Posteriormente os demais representantes se fizeram presentes como o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Elton Scapini, representante do Governo do Estado Ricardo Zamora, Jonas Terra vice-prefeito de Faxinalzinho,
Prisões aconteceram no centro de Faxinalzinho Ido Marcon presidente da Associação dos Moradores do Município de Faxinalzinho, Jorge Moraes representando o CRPO Planalto. Os indígenas foram chegando aos poucos, muitas
mulheres e crianças, que se concentraram na Praça Central aguardando o início da reunião. Três representantes da comunidade indígena participaram do encontro, sendo Deoclides de Paula cacique do
Campo de Kandóia, Adelino Domingos liderança indígena e Nelson de Oliveira vice- cacique de Kandóia. A imprensa teve acesso aos primeiros minutos da reunião para registro, posteriormente
as negociações aconteciam com portas fechadas. A Brigada Militar acompanhava a movimentação de agricultores e indígenas do lado de fora do prédio. Contudo por volta das 16h20 diversas viaturas da Polícia Federal cercaram as imediações da praça, quando agentes federais desceram das viaturas e se dividiram em equipes, sendo que em grande número interromperam a reunião de conciliação e prenderam dois indígenas, sendo um o cacique do campo de Kandóia, Deoclides de Paula. Enquanto isso outros agentes faziam a identificação dos demais indígenas que estavam na praça e começaram a cumprir os mandados de prisão. Ao todo sete índios foram levados, sendo que todos foram encaminhados para Polícia Federal de Passo Fundo. O momento mais tenso foi a prisão do primeiro indígena, cacique de Kandóia, quando algumas mulheres que estavam aguardando na praça e começaram a gritar e chorar.
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Governo do Estado diz que não sabia das prisões
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Conforme o representante do Governo do Estado Ricardo Zamora, todos foram surpreendidos com a prisão dos dois indígenas que estavam participando da reunião. “Estamos apelando para o Ministério da Justiça para que a Polícia Federal se faça presente na cidade de Faxinalzinho para dar proteção para a comunidade. Imagino que ao cumprirem esses mandados de prisão fizeram uma avaliação da conveniência da oportunidade, momento, hora e local que estavam cumprindo
esse mandado. Então agora é preciso assumir as consequências, porque na verdade a autoridade policial competente para tratar do problema todo é a Policia Federal e não a Brigada Militar. Queríamos que a reunião fosse produtiva e formos surpreendidos coma presença da Policia Federal. Porque inclusive na quinta-feira comuniquei ao Ministério da Justiça que faríamos essa reunião com esse caráter de pacificação e tranquilização das comunidades de Faxinalzinho e obviamente apelar para as partes que compareçam na
reunião do dia 22 em Brasília. Quando estávamos já no fim da reunião fomos absolutamente surpreendidos com a prisão que a Polícia Federal executou. Quanto ao mérito das prisões nós não temos nada a dizer, isso é competência da Policia Federal, Ministério Público Federal, estão dentro das suas competências. Mas o que queremos destacar é que nós não sabíamos e que avisamos ao Ministério da Justiça que vínhamos em missão de paz, e fomos surpreendidos com a situação que se criou”, destacou Zamora.
Cacique sendo preso
Secretário lamenta o momento que prisões foram feitas O secretário de Desenvolvimento Rural Pesca e Cooperativismo, Elton Scapini, destacou a atuação do Governo do Estado na tentativa de resolução para o problema de demarcação de terras. “Nós temos trabalhado desde o início do governo no sentido de criar um ambiente de diálogo e que o Estado faça sua parte, investindo no desenvolvimento das áreas, disponibilizando terras para contribuir na solução do conflito. No impasse o conflito era o pior caminho, a via judicial também era o pior caminho, então acreditamos que a melhor solução para a
resolução do impasse era o diálogo. É lastimável o que aconteceu, mas não questionando o papel da Policia Federal e sim o momento, por entendermos que não o momento oportuno para que isso ocorresse justamente quando nós estávamos criando um ambiente de negociação. Não escolhemos lideranças de agricultores e nem indígenas que participariam do encontro, foi uma escolha das duas comunidades, eu pessoalmente não sabia que as pessoas que estavam participando da reunião tinham mandado de prisão expedido, acho lastimável o
que a aconteceu e isso dificulta mais esse ambiente de negociação. No entanto o Governo do Estado vai continuar trabalhando para que esse ambiente ocorra. Temos uma Secretaria de Desenvolvimento Rural, da qual sou secretário e da qual estamos trabalhando com agricultores e indígenas, e temos trabalhado desde o início do governo para qualificar as condições de vida nas aldeias, para que o estado brasileiro consiga repor o que fez de errado no passado. Nós temos uma dívida enorme com as comunidades indígenas e agricultores, que fo-
Índios também foram detidos
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ram colocados nessas áreas de forma errada no passado e estamos trabalhando fortemente para que o estado, poder público reponha isso que fez de errado no passado. Então é lastimável que saíamos desse ambiente nessa situação”, lamentou Scapini.
Mário Vieira “Não queremos confronto com ninguém, nem com agricultores, nem com indígenas, queremos que a lei seja cumprida, que rodovias não sejam interrompidas e principalmente que pessoas não sejam assassinadas”
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Polícia Federal
Conforme o delegado da Polícia Federal, Mário Vieira, os sete mandados foram cumpridos como uma determinação da justiça. “Não queremos confronto com ninguém, nem com agricultores, nem com indígenas, queremos que a lei seja cumprida, que rodovias não sejam interrompidas e principalmente que pessoas não sejam assassinadas de forma covarde como foram o Alcemar e o Anderson”, afirma.
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Entenda o caso
Delegado Mário Vieira
Mais indígenas são detidos
No dia 28 de abril, os irmãos Alcemar Batista de Souza e Anderson de Souza foram brutalmente assassinados após não terem respeitado bloqueio feito por índios kaigangues do acampamento de Kandóia. Eles haviam trancado cerca de seis estradas vicinais de Faxinalzinho em protesto pela demora na demarcação de terras. Três agricultores teriam desobstruído, parcialmente, uma das vias para a passagem de um caminhão de entrega de ração para suínos, quando teriam sido perseguidos pelos índios. Os kaigangues teriam destruído parcialmente os carros que estavam estacionados próximos a uma propriedade rural e seguiram em perseguição aos três. Os dois irmãos teriam corrido para um milharal se separando do outro agricultor, que fugiu
para o mato conseguindo avisar a Brigada Militar. Quando a polícia chegou ao local encontrou os corpos jogados em uma ribanceira, e os irmãos teriam morrido com pancadas e tiros de arma de fogo. A comoção pela morte dos irmãos tomou conta da cidade, que decretou luto oficial de três dias, suspendeu as aulas e realizou protesto pedindo justiça. Desde o crime, equipes da Brigada Militar de Erechim reforçam o policiamento da área, assim como da Polícia Federal que instaurou o inquérito criminal para apurar os fatos. O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo cancelou a visita que faria na região, convidando representantes dos agricultores e indígenas para uma mesa de diálogo a ser realizada no dia 22 de maio em Brasília.
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Índios de outras reservas se deslocam para Faxinalzinho
Conforme o presidente da Federação das Organizações Indígenas do RS, Zaqueu Kaigang, indígenas de outras reservas estão se deslocando para Faxinalzinho. “A gente sabe da competência da Polícia Federal, respeitamos o órgão público, mas o que nós repudiamos é que a Polícia Federal fez a execução em horário e local inoportuno. Não se resolveu nada na mesa de diálogo causando o estranhamento e acirra-
mento na comunidade indígena, que não era o que queríamos que acontecesse. Com isso comunidades de outras aldeias do norte, noroeste e centro estão se deslocando para Faxinalzinho”, afirmou. Conforme Zaqueu uma coletiva de imprensa deve acontecer em Porto Alegre nesse sábado (10), por volta das 12h30, onde será informada a posição oficial da Federação Indígena.
Presos foram encaminhados para Passo Fundo
Coletiva em Passo Fundo No início da noite de sexta-feira (9), já na Delegacia da Polícia Federal em Passo Fundo, os delegados que participaram da ação, falaram à imprensa sobre o caso. Conforme o delegado federal Mauro Vinícius, o inquérito referente a morte dos agricultores já havia sido instaurado, durante as investigações os indígenas que supostamente cometeram o homicídio foram identificados e os mandados de prisão expedidos. “Ao saber que hoje iria ocorrer uma reunião na cidade de Faxinalzinho onde se encontrariam esses indígenas, nós tínhamos a obrigação legal de cumprir a ordem judicial que foi exarada pelo juiz federal de Erechim, razão pela qual, o efetivo da Polícia Federal se deslocou até o local e procedeu o aprisionamento”, explicou o delegado, que acrescentou: “Ordens judiciais precisam ser cumpridas e foi isso que fizemos. A primeira resposta a sociedade foi dada”.
O delegado Ricardo Zamora, de Brasília veio auxiliar a ação. “Viemos de Brasília com o objetivo de manter a legalidade e tentar fazer o cumprimento da ordem judicial o mais rápido possível e de forma que tivéssemos menos impacto na população local. A operação ocorreu com sucesso e agora vamos fazer o deslocamento dos presos para o local devido”, explicou. O Delegado da Polícia Federal de Passo Fundo, Mário Vieira, que preside o inquérito reforçou que o trabalho nada tem a ver com questões relativas a demarcações de terras. “Nós estamos direcionando todos os esforços e investigando todos os pormenores desse duplo homicídio. Não estamos apurando demarcação de terras, e sim a autoria de dois homicídios”, reforçou o delegado. Ainda conforme os delegados, as investigações continuam.
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A situação dos produtores
O presidente do Sindicato Rural de Passo Fundo, Paulo de Tarso Silva lamenta os incidentes que vem ocorrendo com as pretensas demarcações de terras indígenas. “A Constituição de 88 não pretendeu devolver áreas aos indígenas, simplesmente determinou que fossem demarcadas áreas já ocupadas pelos índios. Nos causa dúvidas quanto a certeza e as pretensões da Funai e MPF com aval do Governo Federal e Estadual de demarcar áreas altamente produtivas, onde se tem 94% de propriedades pequenas e médias, que tem proteção constitucional que não podem ser objeto de desapropriação”, afirma ele. Para Silva, esses produtores
que estão nas áreas em conflito, adquiram as terras de boa fé, com titulação. “Está registrado nos cartórios de imóveis e entendemos que é uma agressão ao direito de propriedade, a instalação de uma insegurança jurídica grande e tememos pelo agravamento dessa situação”, ressalta. Para o presidente da Acisa Passo Fundo e diretor regional da Federal, Marco Silva, o principal problema é a inércia do governo. “O governo deixa acontecer para depois tentar equacionar. Um problema que se fosse tratado com mais cuidado e objetividade poderia não acontecer. Duas vidas que se foram e não sabemos como
se seguirá: os indígenas querem as áreas e os agricultores não querem entregar. Temos que analisar se não vai ocorrer em num curto espaço de tempo um novo incidente. O governo deveria tentar resolver isso, entendo que no momento agrícola que estamos e coma produtividade que temos naquela região, isso não seja uma das motivações. Duvido que no momento em que passar aos indígenas, vai ter a mesma produção. Temos na Amazônia muita área que os indígenas de todo o Brasil poderiam usufruir dessa área, equacionando o problema dos madeireiros”, considera. Para o professor e pesquisador, Henrique Kujawa, a questão indígena é um tema que vem se prolongando na região por décadas. “Tenho pesquisado por mais de uma década os diferentes pontos de conflitos e viemos alertando que a situação está tensa, por mais que Faxinalzinho esteja com mais visibilidade, em Sananduva, pela quarta vez os indígenas ocuparam uma comunidade e é uma situação emitente de conflito. No ano passado, por dois momentos houve conflito corporal e, de fato, a situação está bastante extensa. Como sociedade, temos que cobrar dos órgãos competentes para que consigamos tratar essa questão social da melhor forma possível”, avalia ele.
REGIão Uma história de conflitos
Segundo Kujawa, a questão indígena é um tema complexo e é necessário refletir o momento em que se encontra. Para ele, os conflitos territoriais não são novos e, por mais que exista um momento de tensão nessa fase da história, é preciso avaliar porque eles ocorrem, a partir do contexto histórico que se caminhou ao longo o tempo. “Na questão indígena, durante todo o século XX, desde 1900, houve diferentes momentos de definição do que é terra indígena e o que não é. Em 1910, o Estado, no intuito de promover um projeto de colonização de toda a região e de construir um processo de diversificação econômica, criou as áreas indígenas”, explica ele, informando que são 11 áreas na região Norte do Estado demarcadas na época. De acordo com o pesquisador, nesse período se constituiu o conceito de terra indígena. “Nos anos 50, as terras indígenas eram administradas pelo Estado e não pela União. Em 40, fica mais claro que essas terras são da União e ela passa a assumir a administração no Rio Grande do Sul, isso gera um desconforto na relação Estado e União”, comenta. Foi nessa época que o Estado diminuiu as terras demarcadas como indígenas, a fim de promover o crescimento demográfico com a venda para imigrantes ou mesmo para constituir reservas legais. “Isso corre com Serrinha, Ronda Alta e Ventarra. Aqui temos um terceiro momento, após a Constituição de 88, que define o direito territorial indígena e essas áreas que tinham sido reduzidas foram devolvidas e os agricultores que haviam comprado a terra do Estado, são indenizados para que as áreas retornem aos índios”, considera. Segundo o professor, os indígenas que haviam
reintegrado as terras que foram reduzidas pelo Estado, em 2003, começaram a reivindicar novas terras que nunca foram demarcadas e que desde o início do século XX são de agricultores. “Todas as áreas de tensão que tem acampamento, são áreas que nunca foram demarcadas como indígenas e, desde o processo de colonização são ocupadas pelos imigrantes. Temos que diferenciar os conflitos de 90, que historicamente estão corretos, dos de hoje, que na verdade não são requeridos sobre terras historicamente demarcadas”, pontua. Em relação à Faxinalzinho, Kujawa explica que a cidade tem área de Votouro, que foi demarcada em 1918 e nos anos 60 foi reduzida. Porém, ele destaca que nos anos 90, com a retomada das áreas reduzidas, Votouro retornou a ter a área normal e, desde 2003, os indígenas dessa localidade reivindicam a ampliação da área que é tipicamente enquadrada no processo de ampliação e busca de novas áreas, o que gera toda a situação que vem ocorrendo no local. “Um coisa é clara. Quando se questiona a ampliação de áreas, em regiões como a nossa, não se trata de ser anti indigenista e não entender o preceito constitucional que reconhece ao índio o direito de ser índio. Mas temos que nos perguntar qual o índio de hoje, qual a sua necessidade, para não ter aquela visão romântica de índios, que está muito presente nos laudos antropológicos produzidos pela Funai para justificar as demarcações de grandes áreas de terra para atingir rios e florestas, como se o índio fosse voltar a caçar”, pontua.
JF fixa prazo para decisão da Funai em demarcação de terra em Mato Castelhano A Justiça Federal de Passo Fundo (RS) fixou em 30 dias o prazo para a Fundação Nacional do Índio (Funai) proferir decisão no processo de demarcação de terra indígena em Mato Castelhano (RS). A liminar foi publicada na terça-feira (6). O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação contra a fundação e a União buscando obrigá-las a concluir em dois anos o processo administrativo que apura a existência de território ocupado por índios Kaingang no município. Alegou demora injustificada na conclusão do trabalho, o que estaria servindo para acirrar os conflitos na região. Em sua defesa, a Funai informou que realizou os estudos necessários e que área teria sido avaliada por seu grupo de técnicos como de ocupação tradicional de povo indígena. Segundo o réu, o processo teria sido enviado à Presidência do órgão para aprovação ou não do relatório. O juiz substituto Guilherme Gehlen Walcher, da 2ª Vara Federal, entendeu já haver passado tempo considerável desde a remessa, em agosto de 2013. Ele também pontuou que não foram apresentadas medias
instrutória, apuratória ou probatória em curso. Para o magistrado, a instituição estaria descumprindo a legislação no que se refere aos prazos para decidir. Segundo Walcher, essa conduta colaboraria para acirrar os conflitos existentes na região, contribuindo para o clima de tensão entre os envolvidos. Ele ainda destacou que tramitam na subseção várias ações de reintegração de posse ou contestatórias aos procedimentos demarcatórios. O juiz, entretanto, considerou não ser possível determinar um prazo máximo para a conclusão dos trabalhos. “O princípio da razoável duração do processo administrativo não autoriza que, em razão da demora em fases procedimentais anteriores, se presuma a demora em fases ulteriores”, afirmou. Com essa fundamentação, deferiu em parte o pedido de liminar, determinando à Funai que, por meio de sua Presidência, profira decisão no processo administrativo no prazo de 30 dias, prorrogável por igual período. O descumprimento da decisão acarretará multa diária de R$ 10 mil. Cabe recurso ao TRF4.
Impasse que segue
Na opinião do Procurador do Estado, Rodinei Candeia, ainda existe um conflito conflagrado e que esperava que o poder público fosse mais eficiente na prevenção e em apresentar soluções efetivas na resolução do impasse. Segundo ele, existe uma solução jurídica para os conflitos. “As áreas que estão sendo pretendidas, na totalidade, não eram ocupadas e a Constituição de 88, no seu Artigo 231 determina a demarcação de áreas ocupadas, porque essas áreas são da União e ela pode, administrativamente, destinar a sua área aos indígenas. Mas se área não foi indígena, não pode ser demarcada administrativamente”, afirma ele. Candeia explica que, se houver uma comunidade que realmente precisa de área, a União pode comprar e desapropriar, desde que pague o preço justo e antecipado. “As áreas pretendidas não podem se demarcadas. O Supremo definiu isso no caso Serra Raposa do Sol, que não pode ser ampliada a área, tanto que no processo administrativo, o procurador deu parecer contrário, o que fez o Ministério da Justiça trocar o procurador, para alertar o parecer”, avalia. Para ele, o Ministério Público Federal (MPF) é um órgão público e deve satisfação. “Ele tem compromisso com a República e deveria dizer porque apoia a iniciativa dos indígenas que é contra o texto constitucional, independentemente
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de terem razão ou Sábado e domingo, não. É uma políti10 e 11.05.2014 Passo Fundo ca adotada pelo Erechim MPF através de Carazinho uma subprocuradora, que adotou a política de apoio os pleitos indígenas. Não só apoio jurídico, como material”, pontua, enfatizando que o papel do MPF faz com que os indígenas se sintam autorizados a reivindicar a qualquer custo as áreas. “A Funai, o papel dela é proteção aos indígenas e ela não pode ficar dirigindo os processo demarcatórios, por ser um órgão que não dá informação e nem mostrar os procedimentos. Esses dois papeis precisam ser discutidos seriamente”, adverte. Candeia questiona alguns pontos: “O que está por trás das demarcações, como conseguimos chegar nesse ponto?”, frisa ele, apontando que dificilmente se encontra entendimento para essa questão. “Qualquer cidadão vê que não está correto pegar uma área que nunca foi indígena, riscar do mapa e destituir as propriedades, deixando tantas famílias de agricultores a Deusa dará”, constata. O procurador ainda enfatiza que 13% do território brasileiro é área indígena, cerca de 90 milhões de hectares, enquanto que a agricultura ocupa 56 milhões de hectares. Comparando a outros países, ele destaca que Estado Unidos tem 3% de área indígena e o Canadá 2%.
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Grêmio encaminhado para enfrentar a Chapecoense
Atletas treinaram no gramado suplementar do Olímpico Os atletas gremistas realizaram o último trabalho em Porto Alegre, na manhã de sextafeira (9), visando ao confronto diante da Chapecoense no domingo, válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro na Arena Condá, às 16h. O técnico Enderson Moreira comandou os trabalhos no gramado suplementar do estádio Olímpico, orientando os jogadores durante todas as atividades desenvolvidas. Após o aquecimento, todos treinaram as inversões de bola em lançamentos de uma ala a outra. Quem recebia dominava e arrematava a gol. Em seguida, os chutes a gol também foram trabalhados, tanto com a perna preferencial quanto a oposta. Fechando o trabalho, um treinamento coletivo foi realizado, com a permanên-
Foto: Lucas Uebel/Grêmio
Técnico Enderson Moreira comandou os trabalhos no gramado suplementar do estádio Olímpico cia dos meias Rodriguinho e Alán Ruiz na equipe titular. O zagueiro Pedro Geromel acabou sentindo um desconforto muscular no final da atividade e será avaliado para saber se poderá atuar no domingo. A delegação gremista embarca
para Florianópolis às 22h. No sábado, às 10h, realiza a última movimentação da semana, no CT do Figueirense, antes do deslocamento para Chapecó. Confira abaixo a entrevista coletiva do técnico Enderson Moreira.
Tudo pronto para encarar o Atlético-PR Inter volta a jogar no Beira-Rio neste sábado O grupo colorado encerrou os preparativos visando ao quarto desafio pelo Campeonato Brasileiro. Em atividade realizada na manhã de sexta-feira (9), no Centro de Treinamentos do Parque Gigante, o Internacional realizou o último ensaio antes de enfrentar o Atlético-PR. A partida está marcada para este sábado (10), às 18h30, no Estádio Beira-Rio. O clima foi de descontração entre os atletas na bela manhã de sol proporcionada no CT colorado. Após o tradicional recreativo, também conhecido como “rachão”, que antecede as partidas, o técnico Abel Braga instruiu os jogadores em um trabalho de bola parada, acertando cada detalhe do posicionamento dos atletas. Após três rodadas, o Colorado soma sete pontos, mesma pontuação do líder Corinthians e do vice-líder Cruzeiro. O Colorado é superado apenas nos critérios - saldo de gols em relação ao time paulista (3 contra 2) e gols marcados (6 contra 5) em comparação
FOTO DIVULGAÇÃO
Internacional realizou o último ensaio antes de enfrentar o Atlético-PR com a equipe de Belo Horizonte. Portanto, nova vitória neste sábado poderá deixar o tetracampeão gaúcho no topo da tabela.
FIFA define os uniformes que Brasil usará contra Croácia, México e Camarões Na primeira partida será usado o uniforme nº 1: amarelo, azul e branco A Amarelinha vai entrar em campo nos dias 12, 17 e 23 de junho. A Fifa definiu em circular enviada à CBF as cores com que a Seleção Brasileira enfrentará Croácia, México e Camarões, os três jogos da fase de classificação da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014. No primeiro jogo, no dia 12 de junho, contra a Croácia, no Itaquerão, em São Paulo, a Seleção Brasileira usará camisa amarela, calção branco e meia branca. O goleiro jogará todo
de cinza. No segundo jogo, no dia 17 de junho, contra o México, na Arena Castelão, em Fortaleza, a Seleção Brasileira usará camisa amarela, calção azul e meia branca. O goleiro jogará todo de cinza. No terceiro jogo, no dia 23 de junho, contra Camarões, no Estádio Mané Garrincha, a Seleção Brasileira jogará com camisa amarela, calção branco e meia branca. O goleiro, novamente, vestirá cinza.
A Croácia, o primeiro adversário do Brasil, jogará com camisa, calção e meia azul. O goleiro vestirá verde. O México, o segundo adversário, jogará com camisa vermelha/ preta, calção preto/vermelho e meia vermelha/preta. O goleiro jogará com camisa, calção e meia com a cor azul/roxo. A seleção de Camarões, terceiro adversário do Brasil, jogará com camisa verde, calção vermelho e meia vermelha. O goleiro jogará todo de preto.
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Gol ano 81. Valor R$ 3.800,00. Fone 91122998. Corsa, hatch flex 2007 prata. Del Rey Gl 1.8, ano 90 Fone: 91228868 /9104-9216 . Passat Alemão 2.8 classic. Fone 9973-6128. Scenic 2004 . Top de linha, ótimo estado, Air Bag, Freio a disco, controle de som no volante, alarme, vidro elétrico. Valor R$ 28.000,00. Aceito troca Fone: 8132-4535. Citroën C3 GLX Flex 2012, ar condicionado, vidro elétrico, direção elétrica, trava elétrica, alarme e sensor de estacionamento. 50 mil km, em ótimo estado. Valor tabela FIPE e na troca. R$31.000, 00. Fone: 3321-0191, 8403-3963 8441-3512 Peugeot 307 griffe 2.0 ano 2008. Único dono. Tratar fone: 54 9114 0642
Diversos VENDO Blocos de concreto para vedação R$1,95 a unidade. Fones: 35196534/ 8428-8402. COMPRO Betoneira 150 a 200 litros contato: 84052430.
Outros Faço fretes, camionete nova 9.150 por 7 metros de baú, trucado para até 6 toneladas e meia. Fone 91882902.
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Classificados
Erechim, 10 e 11.05.2014, Sรกbado e Domingo
Erechim 10 e 11.05.2014
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DIÁRIO DA MANHÃ ERECHIM, 10 E 11.05.2014
CHAIANE BUENO
“Representar tanto os imigrantes como produtores, agricultores, as famílias, as nossas raízes e receber o carinho de tantas pessoas, é algo tão gratificante e muito especial, que sem dúvidas vai marcar para sempre minha vida”. Conheça nessa edição da Revista Bella os objetivos e a trajetória profissional de Chaiane Bueno atual Rainha da Festa Di Bacco e Feira da Agricultura Familiar de Erechim. p3
2 TURISMO DIÁRIO DA MANHÃ ERECHIM, 10 E 11.05.2014
ÁF RIC A
Um país que tem em sua terra e seu povo sua maior riqueza. As belezas naturais e a cultura da África Sul transcendem o continente e conquistam milhares de turistas de todo o mundo. Alguns dos principais pontos turísticos da África do Sul, como o Cabo da Boa Esperança, que fica localizado na província do Cabo Ocidental. O Cabo é o ponto onde os oceanos Índico e Atlântico se encontram. Era o ponto estratégico das rotas comerciais européias para o Oriente. O navegador português Bartolomeu Dias foi o primeiro europeu a contorná-lo, em 1488. Demonstrou que era possível se chegar ao oriente por mar. Batizou o local de Cabo das Tormentas. Posteriormente, o rei D.
L U S O D
João II chamou-o de Cabo da Boa Esperança, pois finalmente o caminho para a Índia pelos oceanos havia sido encontrado. A Torre Hassan é outro ponto muito visitado no país, um minarete de grandes dimensões construído no século XII da Mesquita Hassan. Situa-se em Rabat, a capital de Marrocos, e apesar de inacabado, é um dos ícones de Rabat. A torre é uma das obras emblemáticas da arquitetura almóada. A sua escala monumental não tem paralelo no Magrebe da sua época e é considerada um dos melhores exemplares da arquitetura islâmica ocidental.
Sun City Sun City é uma estância de férias SulAfricana. Pessoas famosas como Frank Sinatra, Queen, Ray Charles, Elton John já se apresentaram ali. Sun City oferece hotéis de luxo, campos de golfe, piscinas, cassinos e belas florestas ao redor do resort. Parque Nacional de Serengeti O Serengueti é um parque nacional de grandes dimensões (cerca de 40000km²) na ecorregião de Serengeti, no norte da Tanzânia e sudoeste do Quênia, na África Oriental, famoso pelas migrações anuais de gnus, zebras e gazelas que acontecem de maio a junho. No Parque vivem mais de 35 espécies de grandes mamíferos como leões, hipopótamos, elefantes, leopardos, rinocerontes, girafas, antílopes e búfalos. O parque também possui hienas, chitas, macacos, além de mais de 500 espécies de pássaros. Serengeti, na linguagem da tribo dos masai, significa “imensas planícies”. Essa tribo vive nas dependências do parque e adjacências e parte do Quênia.
Fuso Horário A África do Sul está a cinco horas à frente do Brasil. Quando é meio dia no Brasil, são 5 horas da tarde na África do Sul. Para as cidades que estiverem no horário de verão brasileiro a diferença é de 4 horas.
Brasil, como na Inglaterra. Cuidado ao dirigir, é preciso o dobro de atenção! Todos os visitantes que pretendem dirigir precisam ter uma carteira internacional de habilitação. Visitantes encontrados dirigindo sem essa permissão são multados e não podem continuar a viagem. O uso do cinto de segurança é obrigatório.
Malária O mosquito transmissor da malária pode ser encontrado na planície de Mpumalanga e Limpopo e na costa de Maputalândia, em KwaZulu-Natal. A doença é transmitida somente pela picada de um mosquito infectado. O uso de repelentes e de mosquiteiros Como chegar pode reduzir a chance de ser picado. A South African Airways tem vôos direto Vacina O risco de contrair a doença diminui nos meses de São Paulo para Johanesburgo. São em Governo da África do Sul exige vacina contra a de inverno, mas o melhor é se precaver ao tordo de oito horas de vôo para a África do febre amarela para os passageiros que devem visitar certas áreas. O programa extensivo Sul. O Aeroporto Internacional de Johanes- tomar a vacina 10 dias antes do início da de prevenção da malária desenvolvido pelo burgo é o maior da África do Sul e recebe 45 viagem. São aceitos os certificados internac- governo em cooperação com Suazilândia linhas aéreas dos cinco continentes. ionais de vacinação. Para os passageiros que e Moçambique tem ajudado na diminuição tenham tomado vacina em postos de saúde expressiva da incidência de malária. O mosDirigir de suas cidades, esta informação deverá ser quito de malária pica apenas do anoitecer ao A mão é inglesa, ou seja, ao contrário do transcrita para o certificado internacional amanhecer, período em que é importante a com data da vacinação e número do lote da utilização de repelente. Vale reforçar que a vacina. Este processo somente é feito nos incidência é muito pequena, mas é sempre aeroportos, portos e fronteiras da Anvisa bom tomar os cuidados necessários, usando (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). repelente e dormindo debaixo de mosquiteiros.
Vice-Presidente Presidente Janesca Maria Martins Pinto Ilânia Pretto Martins Pinto
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Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência,917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
Diretor Executivo Rogel Mello
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PERFIL 3
DIÁRIO DA MANHÃ ERECHIM, 10 E 11.05.2014
CHAIANE BUENO
Acadêmica do curso de Administração, modelo e atual Rainha da Festa Di Bacco e Feira da Agricultura Familiar de Erechim. Chaiane Bueno traz consigo a beleza da mulher erechinense e o amor pelas raízes e costumes passados através das gerações. Além de ser empreendedora tendo seu próprio negócio no ramo da moda, sua veia artística faz que seu hobby seja pintura em tela, além de ser aluna de teatro, Chaine faz aulas de italiano e conta nesta edição da Revista Bella um pouco de sua trajetória e amor pelo que faz. Revista Bella: Como você iniciou sua carreira profissional? Chaiane Bueno: “Sempre morei na cidade de Erechim terminei meus estudos no colégio São José e hoje sou acadêmica do curso de Administração da Uri . Iniciei trabalhando como estagiária em uma Corretora de Seguros e depois trabalhei como atendente pessoal em uma empresa de Telecomunicações e hoje tenho meu próprio negócio”. Revista Bella: Porque escolheu essa carreira? Chaiane Bueno: “Optei por cursar Administração por achar uma área bem ampla com bastante campo e opções de trabalho. Como toda mulher sempre gostei de moda, procurava estar sempre informada e atualizada quanto as criações e tendên-
cias do momento. Decidi então unir as duas coisas e abrir meu próprio negócio”.
por muitos anos de grupo folclórico dentre ouRevista Bella: O que lhe tras atividainspira e motiva para traba- des sempre lhar? na área das Chaiane Bueno: “Tenho artes. Quanvários sonhos e planos, ain- do vi pela da estou apenas começando primeira vez quero conquistar muito ainda o desfile da e é isso que me inspira e me Festa Di Bacmotiva. A vontade de fazer co logo me a diferença, de vencer não identifiquei, sou de origem só na minha carreira profis- italiana e minha família segue sional mas na vida pessoal. tradições e costumes italiaGosto de ajudar o próximo, nos , simplesmente me senti saber que estou praticando em casa. Acredito que muita o bem, e que com pequenas gente também se identifica atitudes pocom essa demos criar festa, todos um mun- “Representar tantemos aldo melhor. guma ligato os imigrantes Sempre penção com o so que deve- como produtores, campo, nem mos deixar agricultores, as que seja um um legado famílias, as nossas raízes e pouco disaqui ,o foco receber o carinho de tantas tante, por não pode pessoas, é algo tão gratifiseus avós ser somente cante e muito especial, que ou bisavós trabalho, di- sem dúvidas vai marcar para . Quando vi nheiro e sim sempre minha vida”. que haveria nossas pea escolha da quenas reacorte logo lizações pessoais que nos pensei que não poderia perfazem felizes, nossas vitórias, der essa oportunidade. Para nossas conquistas”. mim, foi um orgulho imenso ter feito parte da história Revista Bella: Como foi desta festa maravilhosa, que representar a beleza do mu- une campo e cidade ,que une nicípio, quando foi Rainha da pessoas e famílias. Que resFesta Di Bacco e da Feira da gata as tradições e costumes Agricultura Familiar? de nossos antepassados. ReChaiane Bueno: “Sem- presentar tanto os imigrantes pre gostei de estar envolvi- como produtores, agriculda em áreas culturais, desde tores, as famílias, as nossas minha infância fui dançarina raízes e receber o carinho de
tantas pessoas, é algo tão gratificante e muito especial, que sem dúvidas vai marcar para sempre minha vida”. Revista Bella: O que é ser mulher nos dias de hoje? Chaiane Bueno: “Ser mulher nos dias de hoje é ser além de mãe, esposa, dona de casa também profissional de grande responsabilidade. Assumindo cargos importantíssimos no mercado de trabalho e em todo cenário mundial. Já se pode ver a mudança nestes últimos anos, estamos nos destacando cada vez mais e mostrando a força da mulher moderna. Lutando por nossos direitos, exigindo cada vez mais que devemos ser respeitadas e ouvidas”. Revista Bella: Existem muitos desafios na área que escolheste? Quais são e como espera alcançá-los? Chaiane Bueno: “Sim, acredito que em todas as áreas temos desafios a ser superados diariamente como metas, planos. Na área do comércio para alcançarmos nossos objetivos devemos estar sempre atentos, visão no futuro, foco nos objetivos, nos atualizando buscando o conhecimento, todos os dias, novos produtos, novas formas de atendi-
mento. Tudo está evoluindo muito rapidamente, com os meios tecnológicos e quem não se atualiza não consegue competir, não é só produto é também atendimento aos clientes, que em geral estão cada vez mais exigentes não toleram erros, demora falhas e querem um atendimento diferenciado, uma atenção maior por parte das empresas e cabe a nós cumprir e superar essas expectativas”.
/ SUA CASA 4 MODA TURISMO DIÁRIO DA MANHÃ ERECHIM, 10 E 11.05.2014
Sugestões de Presentes para sua Mãe
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A sua casa merece um espaço tranquilo e moderno para as refeições em família, são diversas as opções
em salas de jantar que vão da madeira de demolição ao vidro. Basta escolher o que você mais gostar.
Calças modeladas para outono inverno 2014 As pernas estarão cobertas por modelos mais modelados, com cortes diferentes. Esqueça as retas. Estarão em alta vão desde a flare, com boca mais ampla, em um estilo mais
70’s, até as mais skinnys e cigarretes. Conforme apostam os estilistas os padrões estampados têm sua força, mas também valem os autênticos jeans e as sarjas lisas.
Decore sua casa com quadros Existem vários tipos de quadros e obras interessantes nos amis diversos estilos, do mais clássico ao mais moderno. Por isso aproveite e escolha o que
mais lhe agradar, pois eles podem ser aproveitados em todos os espaços da casa. A dica é ter cuidado na hora de compor a tela com o ambiente e moldura.