Sexta- feira, 14.03.2014
Especial expodireto
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Anuário antecipa panorama do agronegócio No lançamento do Anuário Perspectivas do Agronegócio 2014, ocorrido ontem durante a Expodireto Cotrijal, na Casa Diário, diretora-presidente do Grupo Diário da Manha Janesca Martins Pinto afirmou que o material editorial produzido pelos jornalistas representa “uma antecipação do panorama do setor econômico deste ano” Pág 3,4 e 5 Fotos: Redação Diário
Vereador João Pedro Nunes, prefeito Luciano Azevedo, diretora-presidente do Grupo Diário da Manhã, Janesca Martins Pinto, secretário de Comunicação RS, João Ferrer e prefeito de Não-Me-Toque, Antônio Vicente Piva
Fórum do Jovem Cooperativista contará com painel internacional Em sua terceira edição, evento trará para o Auditório Central da Expodireto Cotrijal discussões envolvendo a competitividade internacional e o papel do jovem no cenário do agronegócio. Painel internacional contará com três representantes estrangeiros e palestra motivacional, patrocinado pelo BB do medalhista olímpico Paulão. Depois de três anos, Fórum do Jovem Cooperativista se consolida como uma das principais atividades da feira. Confira encartado nesta edição caderno especial sobre o jovem no agronegócio.
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#Selfie Expo... ...um tipo de fotografia de autorretrato, normalmente associado com redes sociais. A selfie se tornou viral a partir do Oscar 2014, quando a foto do grupo comandado pela apresentadora Ellen DeGeneres, teve mais de 2,7 milhões de partilhas, chegando a colapsar o Twitter por alguns minutos. Entrando na brincadeira, o Grupo Diário propôs a alguns jovens do município de Casca que participavam do Fórum de Avaliação do Cooperativismo produzir a fotografia de si mesmos. Na foto, Jéssica Rapkevicz, Rafaela Frison, Daniela Tonini e Alexandre Ceccon.
#Visitas na Casa Diário Expodireto Cotrijal
Durante esta quinta-feira (13), a Casa Diário na 15ª Expodireto Cotrijal recebeu a visita da rainha e das princesas da 18ª Fenarroz. Da esquerda para a direita, Gabriela Salzano (princesa), Karina Machado (rainha) e Stefany Marques (princesa), posaram para foto em frente ao banner do Grupo Diário da Manhã. A 18ª edição da Fenarroz ocorre em Cachoeira do Sul, entre os dias 20 a 25 de maio deste ano.
O presidente da Câmara de Vereadores de Carazinho, Rudi Brombilla, visitou o estande do Grupo e conferiu a edição especial para a Expodireto Cotrijal 2014
# Eu Recomendo
# Clicks Programação de Sexta-feira (14)
FÓRUM INTERNACIONAL JOVEM COOPERATIVISTA Horário: 8h Local: Auditório Central 9h: Painel Internacional Painelistas: Alicia Blasco - Diretora da ABR International Trade – Espanha; Miguel Angel Bossio Valdivia - Presidente da Savona Logistics S.A.C. – Peru; Rui Mucaje - Diretor AfroChamber – Angola. 10h: Palestra motivacional, com Paulo André Jukoski, o Paulão do vôlei 11h30min: almoço e após visita aos expositores Promoção: Cotrijal e Diário da Manhã AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE AGRICULTURA DO SENADO Horário: 14h Local: Auditório Central
Além do serviço de políciamento no parque, o 8° comando do Corpo de Bombeiros de Carazinho está presente na 15ª Expodireto Cotrijal. O caminhão está estacionado proximo ao heliponto. O tenente, Lissandro Antonio Ribeiro, garante que a guarnição está a disposição para garantir a segurança dos visitantes.
Fundador Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) Presidente-Emérito Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto Diretor Executivo Rogel Mello
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@jornal_dm
Agricultores de Colorado, Valdemar, Terezinha e Nair Rizzardi, disseram ter passado horas no pavilhão da agricultura familiar, para fazer compras de produtos caseiros. Além de estarem impressionados com a imponência do setor de máquinas.
Edição: Nadja Hartmann (DRT:6416) Reportagens: Alessandro Tavares, Cristian Puhl, Alessandra Pasinato, Mayara Dalla Libera, Rodolfo Sgorla da Silva Diagramação: Tiago Almeida Moreira Portal: Michelli Beis Supervisão: Jussara Sirena
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“Construímos uma radiografia para revelar o cenário do agronegócio”, disse presidente do Grupo DM
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No lançamento do Anuário Perspectivas do Agronegócio 2014, ocorrido durante a Expodireto Cotrijal, na Casa Diário, Janesca Martins Pinto afirmou que o material editorial produzido pelos jornalistas do Grupo representa “uma antecipação do panorama do setor econômico deste ano” Indicadores, projeções e perspectivas de um dos setores mais rentáveis e importantes para a economia brasileira apresentados em 124 páginas, escritas através de dezenas de entrevistas com técnicos, especialistas e lideranças do setor. O Anuário Perspectivas do Agronegócio 2014, produzido pelo Grupo Diário da Manhã, foi lançado oficialmente durante a programação da 15ª Expodireto Cotrijal, nesta quinta-feira (13). Prestigiada por autoridades regionais e estaduais, a cerimônia foi promovida na Casa Diário e integrou as atividades realizadas pelo Grupo na feira. Idealizado para balizar discussões e traçar cenários e desafios do setor para 2014, o Anuário é uma produção editorial definida pela presidente do Grupo, Janesca Martins Pinto, como “de qualidade, credibilidade e composta por projeções cada vez mais vistosas do campo, traduzidas em números que mostram a força do segmento econômico”. Segundo ela, o campo vem apresentando um alto desempenho produtivo e uma evolução econômica bastante significativa, impulsionado por uma intensa modernização tecnológica que recebe estímulos de políticas públicas para continuar progredindo. “Como resultado deste otimismo, o Grupo Diário da Manhã está lançando o Anuário 2014, a primeira edição de uma publicação que passa a ser anual, com circulação em todo o território nacional”. Com uma tiragem de sete mil exemplares, o Anuário será distribuído em diferentes instituições, entidades e organizações, públicas e privadas, que tenham como pauta de trabalho o agronegócio. Radiografia do agronegócio O resultado das intervenções e análises é uma radiografia do momento e do futuro imediato do agronegócio gaúcho e brasileiro, com conteúdo técnico e linguagem acessível. “O Anuário traz um cenário com vistas a traçar perspectivas dos me-
do agronegócio, publicamos considerações a respeito dos desafios a serem superados”. Traduzido também para o inglês, o Anuário, na visão de Janesca, é pragmático e “extremamente inteligente e bem formatado”. O diretor Executivo do Grupo, Rogel Mello, afirmou que a publicação deve ser revista anualmente para que a sociedade tenha ciência do momento, das perspectivas e dos desafios a serem vencidos para que o agronegócio continue mantendo o superávit da economia brasileira. “É um tema que merece ser tratado com responsabilidade e qualidade, características inerentes ao trabalho realizado pelo Grupo Diário da Manhã”, reiterou. Para Nadja Hartmann, jornalista editora do Anuário, o grande diferencial da publicação é o fato dela não se limitar a trazer um balanço dos setores, mas de apontar tendências. “Através de entrevistas com especialistas, pesquisadores e lideranças do setor, conseguimos abordar com profundidade temas voltados para o futuro imediato de diferentes setores do agronegócio”, destacou a jornalista.
“De grãos a proteína animal, de insumos a agroindústria e a biotecnologia, de logística ao biocombustível. Nenhum segmento ficou de fora”, afirmou Janesca
Fotos: Redação Diário
Secretário de Comunicação do Estado elogiou a representatividade e a força do Grupo Diário da Manhã na região lhores rumos a seguir perante os desafios impostos, decorrentes tanto de questões nacionais quanto da crescente demanda por alimentos”, reforçou a presidente do Grupo. E é pensando nisso que a missão do Anuário vai além. Mais do que estampar os números de feitos vistosos
Promoção de eventos na feira A gerente Comercial do Grupo em Carazinho, Jussara Alberton Sirena, reforçou o papel do Grupo na Expodireto como promotor e idealizador de eventos durante a feira. “O lançamento deste Anuário de perspectivas para o agronegócio e a terceira edição do Fórum do Jovem Cooperativista, que ocorre nesta sexta-feira (14), comprovam o envolvimento do Grupo com o evento”, frisou. Força e representação do Grupo DM são destacadas pelo secretário de Comunicação do RS Presente no lançamento do Anuário Perspectivas do Agronegócio 2014, o secretário Estadual de Comunicação, João Ferrer, falou sobre o momento de otimismo vivido pela economia do Estado e ressaltou que é motivo de orgulho para a Secretaria de Comunicação “saber que há, no interior do Estado, um grupo de comunicação regional pensando e trabalhando para o desenvolvimento com qualidade, força e representação que tem o Diário da Manhã”. Ferrer disse ainda que a Secretaria de Comunicação tem se empenhado para tornar os grupos de comunicação do interior não apenas porta-vozes do governo aos cidadãos, mas interlocutores das demandas regionais. “Para nós é importante ter este canal em que o governo pode ouvir as pautas de cada região”, argumentou, salientando que o “Anuário é uma prova significativa de que com apoio e suporte, os grupos podem desenvolver produtos editoriais de qualidade e que tenha potencial e capacidade de impactar não apenas a região, mas também o Estado e o Brasil”.
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Prefeitos e lideranças Entre as lideranças políticas e representantes de entidades do setor que participaram do lançamento do Anuário, os prefeito de Passo Fundo e de Não-Me-Toque, Luciano Azevedo e Antônio Vicente Piva, respectivamente, salientaram a credibilidade conquistada pelo Grupo em toda a região e reforçaram que a publicação demonstra a preocupação com o crescimento regional. “O Anuário possui uma qualidade editorial bastante expressiva, possibilitando ao leitor um reconhecimento do momento atual e do panorama que se desenha para os próximos meses”, disse Azevedo, comentando também que a economia de todos os municípios, mesmo a daqueles que não possuem extensas áreas rurais, é dependente da agricultura. “O Grupo reconhece isso e traz esta valorização em seu Anuário. Nenhum veículo de comunicação consegue crescer sem entender a linguagem do seu povo e detectar aquilo que está acontecendo de verdade na sociedade”. Piva também ressaltou o empenho e a dedicação do Grupo Diário da Manhã em retratar o cenário do agronegócio. “Vivemos um momento ímpar para o setor. E percebemos isso também acompanhando as publicações do Grupo Diário da Manhã, sempre atento às comunidades em que está inserido”, reforçou.
Fotos: Redação Diário
Prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo, falou sobre a credibilidade e a qualidade dos materiais elaborados pelo Grupo Diário da Manhã
Reflexo do desenvolvimento O diretor administrativo e financeiro da Superintendência do Porto do Rio Grande, Daniel de Alvarenga Pereira, disse que o Anuário reflete o desenvolvimento do setor. “Qualquer produto que irá estimular e aumentar a produção será importante. Porque traz riqueza para o Estado. Nós, de Rio Grande, precisamos estar preparados para atender as demandas dessa região, em vista da grande produtividade de grãos”, falou. Ele revelou que o porto está trabalhando fortemente na construção de outros modais, como hidrovias, para desafogar as estradas e evitar enormes filas durante a safra. “A gente entende que o caminhão é nosso parceiro, mas tem que viajar menos. As rodovias têm que ficar para os automóveis.
O ideal seria o caminhoneiro fazer, no máximo, 100km de ida e 100km de volta”, adianta, dizendo que essas discussões são fundamentais para melhorar o setor. O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, destacou que o Anuário é um documento muito importante, lançado durante a Expodireto Cotrijal. “Ele deverá servir como fonte de pesquisa e informação, em função da credibilidade que o Grupo Diário da Manhã construiu ao longo de quase oito décadas pautando a comunidade regional”, lembrou, avaliando que o material produzido é muito rico, que deve servir como embasamento para técnicos do setor, além de informação para os leitores. “Parabéns, o material está lindo e com muita qualidade editorial”.
Ex- embaixador da Nigéria Vincent Okoedion, Janesca Martins Pinto e Coordenador do pavilhão internacional Evaldo Silva Junior
Tradução
Diretora-presidente do Grupo Diário da Manhã, Janesca Martins Pinto com a tradutora do Anuário, Júlia Roque (esquerda). Assessor jurídico do Grupo, Alcindo Roque, também prestigiou o lançamento
Presidente do Grupo acompanhada de representantes do Porto de Rio Grande
Todas as matérias do Anuário estão disponibilizadas em duas línguas – inglês e português – sob tradução de Júlia Roque. “Em função dos textos possuírem linguagem técnica, precisou de uma atenção especial. O que me chamou a atenção foi a qualidade das matérias, que facilitou o meu trabalho”, disse a jovem professora de português, que se mostrou satisfeita em fazer parte desse projeto.
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Autoridades e lideranças prestigiaram o evento Fotos: Redação Diário
Presidente do Grupo Diário da Manhã ao lado do secretário de Comunicação do Estado e do prefeito de Não-Me-Toque Presidente do IRGA, Claudio Pereira, junto com a presidente do Grupo, Janesca Martins Pinto, e o diretor Executivo do Grupo, Rogel Mello
Presidente do Sindicar, Milton Schmitz; diretora do Sest Senat, Juliana Schmitz; o casal governador do Lions Distrito LD 7, Luís e Maria de Lourdes Gobbi; e o coaching, Diego Garbossa Direção do grupo junto a apoiadores do projeto
Diretor do Departamento de Florestas da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Júnior Carlos Piaia, ao lado do diretor Executivo do Grupo, Rogel Mello
Presidente da Aprosoja-RS, Ireneu Orth, e do Sindicar, Milton Schmitz, elogiaram a produção do Anuário Perspectivas do Agronegócio 2014
Representantes da Stara também prestigiaram o lançamento do Anuário
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Público: só faltam 20 mil para bater o recorde de 2013 No quarto dia de Feira o número de visitantes que circulou pelo Parque já chega a 201.800 pessoas. Só ontem 60.500 estiveram na Expodireto Foto: DM/Alessandro Tavares
Ao divulgar o número de pessoas que circularam pelo Parque da Expodireto Cotrijal durante a quinta-feira (13) o vice-presidente da cooperativa Enio Schroeder anunciou que se nesta sexta-feira (14), o público chegar a 20 mil pessoas, mais um recorde da Expodireto será atingido. Com as 60.500 pessoas que passaram pelo Parque no quarto dia de Feira, o público somado nos quatro dias já chega a 201.800. O número desta quinta- feira (13) é 6% maior do que o indicador registrado no quarto dia do ano passado quando o público foi de 57 mil pesso-
Enio Schroeder, vice-presidente da Cotrijal
as. Em 2013, o público geral da feira foi de 223.400 pessoas e na sexta feira da 14ª edição havia sido de 31.500. Nesta edição, até agora, em todos os dias, a quantidade de visitantes tem sido superior aos indicadores de 2013, se comparados, os quatro dias até ontem o público da Feira neste ano já era 4,9 % maior do que a ultima edição. Sobre o volume de negócios , o vice presidente da cooperativa afirmou que em contato com agentes financeiros e empresas observa-se que o contexto é de otimismo e afirmou que não será surpresa para a organização se os números forem superiores ao ano passado. Questionado sobre a divulgação
do montante de negócios realizados, já que ainda quando do lançamento da Expodireto 2014 cogitou-se a possibilidade da não divulgação, Schereder comentou que durante o dia de hoje as equipes da Cotrijal estarão trabalhando para apurar tais dados. Enio ponderou a responsabilidade da Comissão Organizadora em apurar valores de uma forma precisa e real para evitar questionamentos, não garantiu, no entanto que os números serão anunciados. Conforme o vice-presidente, a Comissão Organizadora da Expodireto deve se reunir nesta sexta-feira (14) para definir se os valores negociados serão divulgados ou não.
Arroz e frango na mira dos estrangeiros Entre as rodadas de negócios os produtos que mais despertaram interesse das delegações internacionais foram o arroz, o frango, a soja e a carne Foto: DM/Mayara Dalla Libera
A Expodireto Cotrijal já se tornou artigo internacional. Diariamente ocorrem rodadas de negociações com delegações de diferentes países de diversos continentes. O coordenador do pavilhão internacional, Evaldo Silva Junior, diz que as rodadas estão tendo excelente movimento, com volumes negociados satisfatórios. “Tivemos bons negócios no arroz e frangos. Na quarta-feira tivemos uma evolução de um projeto significativo no setor de carnes”, relatou. Ontem (13), as tratativas foram com países Árabes, também para venda desses produtos. “Acho que estamos tendo excelentes negociações, com bons retornos”, avalia. Além do arroz, frango e carne, foi fechado um contrato bastante representativo para a cultura de soja. Para o setor de máquinas e implementos agrícolas, o grande evento ocorreu no Sebrae em parceria com a Cotrijal, na quarta-feira (13), com países das Américas.
Visitas internacionais Apesar de existir a expectativa da visita de três presidentes internacionais, Evaldo relata que isso não se confirmou em vista de que uma visita presidencial depende da disponibilidade da presidente do Brasil em recebê-los. “E infelizmente não houve essa disponibilidade do Itamarati em receber esses presidentes interessados em vir. Vamos deixar para o ano que vem”, pontua. O coordenador do pavilhão internacional confirma que 19 embaixadores já estiveram no parque de exposições. “É fantástico ver tantos países que nunca tinham participado, agora no cronograma de rodadas internacionais. Estamos conseguindo levar a Expodireto ainda mais longe em termos de continente, de países”, comemora. Evaldo destaca a participação do Paquistão, que mesmo sendo um país tão distante do Brasil, tem tentado fechar projetos para levar à Ásia. “O Vietnã discute a importação de carnes e soja”, conta.
Presidente da feira, Nei César Mânica, prestigia rodada de negociação
Em três dias, mais de 40 países participaram das rodadas de negócios, que envolveram o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB). Os produtos apresentados aos estrangeiros foram o arroz, o frango e ovos. Delegações de 42 países participaram destas rodadas de negócios. “Das rodadas de negociações participaram representantes da Nigéria, Togo, Guiné Equatorial, Polônia, Irã, Iraque, China, Rússia, Uruguai, Portugal e Angola, dentre outros”, esclareceu Leonardo Einsfeldd, que coordena as rodadas de negócios no Pavilhão Internacional. “Foi um balanço interessante, pois falamos com os representantes de Angola, da China e da Rússia. Não é um processo como vender máquinas, que eu entendo mais fácil; é um conceito de melhoramento de carnes; de melhoramento de rebanhos, e que leva um período para dar resultados positivos. Então, foi interessante, porque pudemos mostrar alguns projetos da Associação, que trabalham este melhoramento de rebanhos, e também o nosso trabalho com carne de qualidade. Foi positivo pelo contato inovador”, deduziu o presidente da ABHB, Fernando Lopa. As equipes do Pavilhão Internacional, num total de mais de 20 pessoas, entre gestão e tradução, além de coordenar, dar apoio e organizar as rodadas de negócios, acompanha as delegações dos países representados nas visitações aos estandes da feira, momento em que é possível uma grande troca de conhecimentos entre estrangeiros e expositores da 15ª edição da Expodireto Cotrijal.
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Lideranças reivindicam política para importação do trigo Representantes dos Sindicatos Rurais de Carazinho e Não-Me-Toque aproveitam a feira como palco de reivindicação para sensibilizar autoridades em relação ao impacto do incentivo do Governo para que moinhos importem trigo, com isenção da TEC. Segundo eles, isso dificulta a comercialização e desvaloriza o produto nacional Foto: DM/Mayara Dalla Libera
A Tarifa Externa Comum (TEC) do trigo tem causado divergências de opiniões na classe ruralista. Se, por um lado, o pedido de isenção total da TEC para a importação de trigo tem como objetivo evitar a alta de preços do produto, prejudicado por quebra de safra no Brasil e no Mercosul; por outro, produtores dizem que o RS é autossustentável na cultura, uma vez que a importação de trigo prejudica a comercialização do produto interno. Em 2013, com a decisão, o total de trigo autorizado para importação com redução tarifária atinge 2,7 milhões de toneladas. O presidente em exercício do Sindicato Rural de Carazinho, Leomar Tombini, menciona que, atualmente o Brasil é um dos maiores produtores de grãos do mundo, sendo que a “nossa política é totalmente desamparada para o produtor”. Ele exemplifica: “Nós plantamos com preço mínimo de trigo, por exemplo, e chega na época de colheita, o Governo não assume e não paga esse piso estabelecido, a não ser para pequenos produtores”. Mas a principal preocupação é com a redução de impostos para a importação do produto. “Essa realidade exime os moinhos da taxa de 10% – a chamada TEC do trigo – durante a colheita no Brasil. Quem libera essa taxa de importação é o Governo Federal, através do Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Nós do SR enviamos uma carta para a Farsul, antes da colheita do trigo,solicitando que intercedesse junto ao Governo Federal para que o mesmo não isentasse da TEC os trigos importados. Mas com a pressão de moinhos, essa realidade se concretizou”, lamenta Tombini. O presidente reafirma, ainda, que as entidades de classe não concordam com o argumento usado de que não teria trigo suficiente para abastecer o mercado nacional, pois, “no momento em que foi liberada a taxa de importação, ninguém mais conseguiu vender o produto nacional, derrubando o preço do nosso produto”, lamenta.
Garantia para o produtor O vice-presidente, Paulo Vargas, complementa que esse é um típico exemplo de falta de garantia para o produtor, que não consegue vender seu produto e não tem preço. “Copiamos muitas coisas boas dos EUA, e o que deveríamos trazer para a realidade nacional é a garantia de pre-
Presidente e vice-presidente do Sindicato Rural de Carazinho, Leomar Tombini e Paulo R.Vargas ço. Quando o governo americano fixa um valor de remuneração para a soja, por exemplo, mesmo que o produtor venda por um valor inferior, políticas públicas do governo permitem ao mesmo pagar essa diferença. Por isso que o produtor americano sempre continuou a plantar mesmo quando cai o preço, pois tem a garantia do governo. É uma forma de “seguro de preço”. Com isso, conseguem manter na ativa as empresas de máquinas, insumos, geração de empregos, em função de uma política de governo”, expõe. Tombini fala que falta uma política agrícola de força. “Uso como exemplo a cultura do arroz. Eles conseguiram que as empresas que compram arroz tenham um benefício de ICMS, desde que compre 90% do produto nacional. Eu fiquei pensando que essa mesma estratégia poderia ser aplicada para o trigo. Os compradores dos moinhos acabam indo para o exterior buscar trigo, pois possuem melhores condições de pagamento”, enfatiza.
Exemplos internacionais Paulo Vargas lembra que outros países tem suas políticas de incentivo à produção nacional, como Honduras, na América Central, por exemplo, que produzem e também importam milho e estabeleceram uma política simples mas eficiente para não desamparar o produtor. “Digamos que a produção do país é 3 milhões de toneladas, enquanto o consumo é 6. Até atingir as 3 milhões de toneladas, as empresas são obrigadas a comprar internamente, e só depois poderão importar o necessário para aquele ano. Além disso deve haver uma discussão entre toda a cadeia produtiva do milho para quantificar e haver a importação apenas do volume necessário. Essa política também
evita que o dinheiro vá para o exterior”, reflete o vice-presidente, enfatizando que é necessário uma discussão abrangente sobre o tema. “Eu penso que uma pessoa ou um Conselho de Ministros não deveriam fazer essa avaliação por todo o Brasil. É preciso ouvir cooperativas, entidades de classe, produtores, para tomar a decisão de proteger a produção nacional, e importar apenas o necessário. Isso manteria empregos dentro do país, geraria renda, melhoraria a comercialização de maquinário, entre diversas vantagens”, pondera.
Agricultura forte, economia consistente Vargas lembra que a economia nacional depende de uma agricultura forte. “O que precisamos entender é que agricultura forte é sinal de economia saudável na cidade. Movimenta o comércio, movimenta os bens de consumo, o setor de serviços, a indústria. A agricultura produz o capital de giro, não apenas transfere o dinheiro de mão, como ocorre em outras áreas. Quando ocorre quebra na safra, toda economia brasileira sofre o dano”, enfatiza, dizendo que é necessário uma política de seguro que tem que ser pensada via Governo Federal. Mas infelizmente existem interesses que discriminam algumas classes produtoras, beneficiando alguns. Tombini concorda: “O ideal seria uma política de redução no ICMS para moinhos que comprem um montante X de produto nacional. Ou ainda tirar todo o imposto da exportação de trigo para outros estados. No ano passado foi reduzido. RS, SC e PR tem vocação para o trigo e, por isso, sustentam os demais Estados brasileiros”, conclui o presidente.
Garantia de preço O presidente do Apsul América e do Sindicato Rural de Não-Me-Toque, Willibrordus Van Lieshout, comenta ainda que quando Rio Grande do Sul, Paraná e Argentina colhem um bom trigo, o preço reduz substancialmente para os produtores gaúchos – em função de serem os últimos a entrar no mercado. “Nós queremos que o trigo gaúcho seja mais protegido. Isso não quer dizer subsidiado. Por exemplo, não há necessidade de importar trigo na época da safra de trigo do Rio Grande do Sul, pois nós que sofremos as consequências por entrar no mercado mais tarde”, conclui.
“O trigo é uma conta que não fecha, enquanto exportamos trigo, somos um dos maiores importadores do produto. Nós consumimos 11 milhões de toneladas e estamos importando seis. Nesse meio tempo ainda estamos exportando. Que política é essa? Nós temos tudo para sermos autossustentáveis em trigo, mas a atual política agrícola do país cria um cenário hostil, que não permite essa sustentabilidade. Temos área para plantar trigo e colher essas 11 milhões de toneladas”, revela Leomar Tombini. Paulo Vargas concorda que o Brasil tem condições de ser autossustentável não só no trigo, mas em várias outras culturas. “Importamos feijão, e outras culturas da cesta básica. Por quê não é produzido aqui dentro? Nós temos território, temos gente, temos técnicas e tecnologias, clima... o que falta é uma linha política que dê uma garantia de comercialização e renda para o produtor”, explora o vice-presidente.
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A Expodireto ao alcance da sua mão
A grande novidade tecnológica da Expodireto Cotrijal 2014 ficou por conta do aplicativo para o sistema operacional IOS. Com ele, através de tablets e smartphones, os visitantes conseguem mapear e se localizar no parque, em três línguas diferentes. A telefonia móvel também recebeu ampliação de sinal. Novidades são esperadas para a 16ª edição da feira Perdido no parque da Expodireto? Não mais... Além dos mapas e placas que orientam os visitantes, nos 86 hectares, na 15ª Expodireto a novidade ficou por conta de um aplicativo, que pode ser baixado gratuitamente por usuários do sistema IOS, com o mapa da feira. “Esse aplicativo foi disponibilizado primeiramente na loja da Apple, com diversas informações sobre a feira para os visitantes. Todo ele em três línguas: português, inglês e espanhol. Pois ele foi desenvolvido, inicialmente, para auxiliar as delegações internacionais, mas acabou sendo uma ferramenta que todos podem usar”, explica um dos responsáveis pelo projeto, Rodrigo da Matta. Os dispositivos contem dicas uteis para os visitantes, programação de eventos e localização no parque. “Como o espaço não é mapeado pelo Google Maps, a gente fez manualmente a localização de cada estande, para as pessoas procurarem o expositor em seu celular ou tablet, tendo uma rota, com tempo e passos que as pessoas levam para chegar ao destino. O aplicativo também possui site e telefone das empresas”, acrescenta, lembrando que o app é gratuito e em breve será disponibilizado também para usuários do sistema Android. Da Matta acrescenta que a Expodireto é a primeira feira a usar sistema semelhante, e o aplicativo leva o nome da própria feira. “Nos deixa muito feliz que a avaliação na loja está muito boa. Esse ano foi apenas um embrião, para o ano que vem crescer ainda mais, com informações instantâneas”, comemora.
tena de telefonia móvel diretamente no parque para sanar o déficit existente. “Apesar de ficar o ano todo instalado, essa estrutura ainda não cobre a demanda. Falta uma expansão muito maior para atender os mais de 50 mil visitantes em alguns dias da Expodireto”, lamenta. Essa antena foi instalada pela operadora Vivo e existe uma promessa por escrito para o coordenador de infraestrutura que no próximo ano deve ser expandido o serviço. A Claro instalou uma torre na cidade, com o sinal voltado para
o parque, mas o coordenador reclama que existe um congestionamento na rede, em dias de maior visitação, dificultando a realização de ligações. O coordenador da comissão de administração, José Dihl relata que conversou com o presidente da CPI da Telefonia, Ernani Polo, na segunda-feira (10), pra pedir apoio nesse sentido. O coordenador do parque, Marlon Lauxen, disse que o grupo recebe muitas reclamações de congestionamento nas ligações.
Foto: Mayara Dalla Libera
Em busca de melhorias para telefonia móvel Drones sobrevoando o Parque chamam a atenção dos visitantes
O coordenador de infraestrutura, Alberto Antônio Ce, conta que para a 15ª edição da Expodireto Cotrijal, foi instalada uma an-
Coordenador do parque, Marlon Lauxen; coordenador da comissão de administração, José Dil; e coordenador de infraestrutura, Alberto Antônio Ce
Drones
Nos ares do parque o que chamou a atenção foram os drones. Utilizando moderna tecnologia e monitorado por satélite o sistema DRONE de captação de imagens e fotos aéreas, proporciona agilidade aliada a qualidade Full HD. Praticidade para captar imagens de seu produto em qualquer perspectiva. Quem trouxe a novidade para a Expodireto foi a equipe da Beija Flor Imagens, de Cascavel (PR). Eles explicam que, geralmente, o sistema é utilizado para telejornalismo, produtoras de vídeo e Agências de Publicidade, festas, eventos esportivos, empresas, propriedades rurais, loteamentos, Prefeituras, exposições e rodeios.
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Criação de agência reguladora de extensão rural na pauta do Senado Audiência Pública integra a programação oficial da Expodireto Cotrijal e será pautada pelo debate em torno da conquista recente da recuperação da filantropia da Emater/RS – Ascar e a criação de uma agência nacional para regular programas e projetos de extensão rural A Comissão de Agricultura do Senado Federal discute, na tarde desta sexta-feira (14), no Auditório Central do Parque de Exposições da Expodireto Cotrijal, a garantia da filantropia da Emater/RS – Ascar, conquistada nesta semana, e a criação de uma agência nacional de regularização e criação de programas e projetos de extensão rural em todo o país. Efetivada ainda no ano passado, a Agência Nacional de Extensão Rural (Anater) não promoveu nenhuma ação concreta e com foco no desenvolvimento social e econômico dos agricultores familiares foi formalizada. Durante a audiência, senadores e lideranças políticas ligadas ao setor produtivo brasileiro irão expor as deficiências e as alternativas para que a Anater tenha efetividade. Comemorando a recuperação da filantropia, a direção da Emater/ RS – Ascar estará presente na audiência como parte interessada nas discussões. O diretor Técnico da entidade, Gervásio Paulus, destacou que será uma oportunidade para reforçar a importância da extensão rural e os benefícios desse serviço para o agricultor familiar. “Essa audiência ainda é reflexo de uma mobilização intensa que houve em todo o Estado em defesa da
Foto: Alessandra Beis
Audiência irá debater a importância da extensão rural e os benefícios para o agricultor familiar filantropia da Emater, especialmente a partir da ação popular que foi movida por um conjunto amplo de organizações e entidades”, apontou, complementando que a mobilização se deu, sobretudo, pela ameaça da perda de condição de entidade filantrópica. “Os impactos sociais e econômicos seriam bastante significativos”. Neste aspecto, Paulus afirmou que a audiência será extremamente importante. “Além de poder reiterar a relevância da extensão rural ainda vamos discutir a questão da agência criada
para regular e organizar os serviços de extensão rural em todo o país”, comentou, salientando que a organização destes serviços é fundamental para que o governo direcione recursos e programas no desenvolvimento de projetos voltados ao agricultor familiar e ao meio rural. Além da proponente da audiência pública, senadora Ana Amélia Lemos, o presidente da Emater/RS – Ascar, Lino De David; e outras lideranças políticas e do agronegócio brasileiro devem participar da audiência pública.
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“Ex-futuro” e futuro
Em clima de despedida
Politicamente, a Expodireto Cotrijal 2014 já deixou a sua marca. Recebeu pela primeira vez um presidente da República, em exercício, mas tá valendo..., e conseguiu bater outro recorde, como por exemplo, reunir na mesma mesa, o atual e o futuro ministro da Agricultura. Na segunda-feira, na abertura da feira, estavam presentes na mesa oficial Antônio Andrade, que se despedia do cargo e Neri Geller, que dois dias depois, seria confirmado como o novo ministro da pasta. Em momento de transição política nos governos, aliás, está sendo bastante comum reunir no mesmo espaço no Parque da Expodireto, os ‘futuros-ex’ dos cargos e os substitutos. Outro exemplo é o atual secretário da Agricultura, Luis Fernando Mainardi e o futuro secretário Cláudio Fioreze, que também estiveram juntos no Parque...
Além dos ministros e secretários que estão deixando os cargos após a feira, quem também está em clima de despedida é o prefeito de Não-Me-Toque, Antônio Vicente Piva, que renuncia ao cargo no final deste mês para concorrer a uma vaga na Assembleia pelo PP. Piva ainda não se considera um pré-candidato, uma vez que seu nome ainda tem que passar pela convenção, mas independentemente disso confirma que irá renunciar ao cargo, que será assumido pela vice Teodora Lutkmeyer...
Foto Choks
Visibilidade Após os políticos terem praticamente desaparecido do Parque, ontem o presidente da Assembleia Gilmar Sossella voltou a Não-Me-Toque, e como não precisou dividir a atenção com nenhum outro político como na segunda-feira, Sossela acabou roubando a cena. Estratégia é tudo... Foto Mayara Dalla Libera
Gaúchos A nomeação de Geller para o Ministério foi bem recebida pelas lideranças do setor presentes na feira ontem. Em primeiro lugar por ele ser gaúcho, natural de Selbach, e em segundo lugar pela grande ligação que ele já possui com o setor, fruto do seu trabalho como secretário de Políticas Públicas do Ministério. Com isso, as lideranças que estavam se sentindo distantes do Ministério desde a saída do também gaúcho Mendes Ribeiro Filho, acreditam que agora irão conseguir encurtar os caminhos e receber mais atenção para os pleitos do agronegócio gaúcho, até porque serão dois gaúchos na agricultura do governo Dilma. Além de Geller, também o gaúcho de São Leopoldo, Miguel Rosseto que assume o ministério do Desenvolvimento Agrário.
Sossela voltou ao Parque no dia de ontem e visitou o Pavilhão Internacional
Presenças e Ausências ...Porém, hoje é dia de muitos políticos voltarem ao Parque, já que sem votação em plenário, a sexta-feira tradicionalmente é dedicada para ‘visitar as bases’. Além disso, a audiência pública da Comissão de Agricultura do Senado voltará a imprimir um caráter mais político aos debates no dia de hoje. Falando em presenças, o senador Aécio Neves que anteriormente havia confirmado presença na feira, desistiu da visita...
À espera dos números ...Mas a grande expectativa neste último dia de feira não é no cenário político, mas no cenário econômico...Ou seja, a espera não é por nomes, mas por números...Apesar do presidente Nei César Mânica ter anunciado no lançamento de que os números totais de comercialização poderiam não ser divulgados este ano, para evitar, segundo ele, ‘certas contestações’ que ocorreram em edições anteriores, tudo leva a acreditar que o volume total de comercialização será divulgado hoje no encerramento da feira. Se depender do otimismo dos expositores, provavelmente a organização faça questão de divulgar os números, mesmo que sejam contestados depois...
Sexta- feira, 14.03.2014
Empresas da região assinam protocolo com Badesul
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Duas empresas da região, uma de Colorado e outra de Santo Antônio do Planalto, deverão assinar contratos com o banco dentro de um mês Duas empresas da região, com projetos inovadores para o agronegócio, assinaram um protocolo de intenções com o Badesul. O protocolo é referente ao financiamento de projetos novos dessas empresas, uma com sede em Colorado e outra que se instalará em Santo Antônio do Planalto. A assinatura ocorreu na sede do banco no Parque da Expodireto Cotrijal na manhã desta quinta-feira (13). Os contratos para a liberação dos recursos do financiamento deverão ser assinados dentro de um mês. O Badesul oferece duas linhas de financiamento para novos projetos. “O banco oferece duas linhas para projetos inovadores, através do BNDES e da Finep. Os recursos são destinados para projetos de pesquisa e desenvolvimento”, destaca o vice-presidente do Badesul, Pery Francisco Sperotto Coelho. Uma das empresas que assinou o protocolo é a Ecoterm, que desenvolverá uma manta térmica para aviários. “O recurso do Badesul representa tudo para o nosso empreendimento. Se fôssemos investir
fotos: DM/Rodolfo Sgorla da Silva
Inovacred Os recursos deverão ser encaminhados através do Inovacred, um modelo de financiamento de produtos inovadores em micros, pequenas e médias empresas, em que o Badesul atua como agente repassador. O banco possui R$ 80 milhões para essa linha de financiamentos. “Temos R$ 80 milhões disponíveis para essa linha, que está tendo uma boa procura. Essas empresas terão 10 anos de prazo nesse financiamento, com dois anos de carência e juros de 5% ao ano. Quase 40% da carta ativa do Badesul é para o agronegócio, por isso, escolhemos esses dois projetos, com impactos diretos para o setor rural, para assinarem os protocolos durante a Expodireto”, finaliza Coelho.
Ecoterm desenvolverá manta térmica para aviários sem esse financiamento, levaríamos de cinco a dez anos para concluir. Esse recurso servirá para construir o pavilhão, adquirir equipamentos e matéria-prima”, relata Roberto Brandellero, um dos empresários representantes da empresa e que é natura de Carazinho. A outra empresa beneficiada é de Colorado, a Produfort, que construirá um vagão forrageiro desensilador auto carregável, cuja função é a retirada da silagem do silo. “Esse recurso é importante porque fomenta um novo projeto. Como somos uma empresa de pequeno porte, necessitamos mais ainda de financiamentos para novas iniciativas. A inovação de nosso projeto é sua função auto-carregável”, explica um dos diretores da empresa, Vanderlei Caraffini.
Produfort, de Colorado, também assinou protocolo
Estado terá 6 usinas de etanol Proposta da Secretaria Estadual de Agricultura que poderá virar Programa de Estado pretende produzir etanol a partir do processamento de triticale, arroz gigante, sorgo e batata doce No terceiro dia de Expodireto Cotrijal, o Governo do Estado através da Câmara Setorial de Agroenergia da Secretaria Estadual de Agricultura e Agropecuária divulgou o Programa RS Mais Etanol. A proposta do Governo do Estado foi apresentada pelo coordenador da Câmara de Agroenergia engenheiro Valdir Zonin, que explicou que ainda na próxima semana os técnicos da Secretaria estarão reunidos para ajustar a proposta e então discuti-la junto a Casa Civil para que então o Governo encaminhe o documento a Assembléia Legislativa. Se aprovado, o Programa passa a ser de Estado e não mais de Governo. Segundo o coordenador, anualmente o Rio Grande do Sul compra de outros estados 1,8 milhões de litros de etanol e assim deixa de arrecadar quase R$ 300 milhões de em impostos. Por isso, o Programa surge com a intenção de construir
fotos: DM/Alessandro Tavares
Proposta ainda depende de aprovação da Assembleia Legislativa na Região Sul do Estado pelo menos seis usinas de etanol que terão como base produtiva triticale, arroz gigante - nova variedade lançada pela Embrapa e que não serve para alimentação, sorgo e uma nova variedade de batata doce também desenvolvida pela Embrapa e que tem capacidade de produzir até 80 toneladas por hectare.
Para ser viabilizado o Programa em fase embrionária, além de agentes do Estado conta com apoio de empresas do setor privado, universidades e instituições bancárias. Segundo anunciado por Zonin, a primeira usina deve ser construída na cidade de Cristal, e a Região Sul foi escolhida por que tem disponibilidade de matéria prima e de lenha para geração de energia as usinas. A intenção é de que em oito anos após serem colocadas em operação, as unidades tenham capacidade de produzir 50 % da demanda do produto no Estado. Para atender as plantas de processamento, as unidades devem consumir a produção de 500 mil hectares das quatro culturas. Além de produzir etanol, as unidades devem produzir mais de 500 milhões de quilos de farelo ano, que podem ser destinados à ração animal e que tendem a reduzir os custos nas cadeias de suínos, aves e bovinocultura. Conforme o engenheiro, ao longo das ultimas décadas houve ao menos sete tentativas de se produzir etanol a base de cana de açúcar no RS, e nenhuma deu certo. Milho e trigo seriam opções, porém o Estado não é autossuficiente na produção de milho e o trigo é alimento no qual sua destinação para fabricação de combustível seria questionado por alguns setores. Por isso optou pelas amiláceas. Zonin ainda adiantou que se os objetivos do programa forem alcançados, também o preço de combustíveis na bomba deve cair para consumidor final.
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Especial expodireto
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“O começo da feira é o namoro, o casamento ocorre no final do evento” A frase do diretor-presidente da Stara, Gilson Trennepohl, resume a dinâmica dos negócios na feira. De acordo com fabricantes de máquinas, negócios são fechados nos últimos dias da feira, ou ainda, após a realização do evento fotos: DM/Rodolfo Sgorla da Silva
“O começo da feira é o namoro, e o casamento ocorre no final do evento”. A frase é de Gilson Trennepohl, diretor-presidente da Stara, afirmando que o começo da Expodireto serve para os produtores conhecerem os produtos expostos na feira e fechar o negócio ao final do evento. De acordo com os expositores, muitos negócios são fechados, inclusive, após o encerramento do evento. “No começo da feira temos muitas intenções de compra. Recebemos a visita de muitos produtores e existem as oportunidades de negócios. O produtor vem até o estande, analisa os produtos e preços e depois volta e fecha o negócio”, afirma Trennepohl. Segundo o diretor-presidente da Stara, o Imperador 2650 e semeadora Ceres Super, exclusiva para culturas de inverno, são os lançamentos da empresa para a 15ª Expodireto. Ao lado do trator ST Max 105, são os itens mais procurados pelos consumidores. “Esses são produtos que estão chamando bastante atenção. Os softwares de agricultura de precisão também são bastante procurados pelos
Pequenos produtores
Empresas apostam que vão igualar comercialização da feira em 2013 nossos clientes. A expectativa é de que tenhamos uma comercialização próxima ao ano passado. Porém, as linhas de crédito estavam estáveis no ano passado durante a feira. E neste ano, somente agora elas começaram a estabilizar, então isso pode ter algum impacto. Porém, deveremos fechar com números semelhantes ao ano passado”, projeta Trennepohl. Representantes de outras empresas afirmam que a comercialização deve
ser semelhante à feira de 2013. “O movimento está sendo normal, temos um bom fluxo de clientes. Já houve vendas nesses primeiros dias de feira. As negociações estão num patamar muito semelhante aos primeiros dias da Expodireto do ano passado, assim como o público presente no parque. Temos uma estimativa de atingir R$ 2 milhões em negociações”, relata Jorge Souza, representante comercial da Max.
Na comercialização de máquinas agrícolas, pequenos e médios produtores têm tido uma participação cada vez maior no mercado. Durante a 15ª Expodireto Cotrijal, a empresa John Deere registrou uma procura maior em tratores, em especial nos utilitários cabinados da série 5, voltados para pequenos e médios produtores. O pulverizador 4630 também foi bastante procurado pelos clientes. Rodrigo Bernardes, consultor comercial da Mahindra, também percebe uma participação maior de pequenos produtores na aquisição de produtos agrícolas. “Já registramos mais de 30 tratores negociados. São negociações que vinham em andamento e foram fechadas na feira, além de 30 caminhonetes. É um número positivo. O trator que mais atrai compradores é o de 80 cv. Vendemos quase que exclusivamente para pequenos produtores, que hoje têm uma participação maior de consumo em virtude de incentivos do governo”, opina Bernardes. Segundo o consultor, a feira renderá negócios futuros para a empresa. “Com a feira encaminhamos futuros negócios, cadastramos mil pessoas interessadas em futuros negócios. Na Expodireto do ano passado haviam sido 250. Isso supera muito a nossa expectativa. Desses mil, espero que 10% se torne negócio de fato, o que acredito que se confirmará. Esse volume de negociações, se concretizado, renderá R$ 30 milhões para a empresa”, estima Bernardes.
Máquinas e equipamentos: normatizar para garantir o mercado internacional Com apenas 30 normas que orientam a fabricação de máquinas e equipamentos agrícolas e florestais, ABNT/ CB- 203 pretende chegar a 300 nos próximos cinco anos, se igualando ao padrão europeu Com mais de 700 indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas operando no país, o setor emprega cerca de 700 mil pessoas diretamente sendo a maioria das plantas fabris instaladas nos estados da região Sul. Anualmente o setor movimenta cerca de R$13 bilhões de reais sendo mais de um bilhão de dólares em exportações principalmente a países sul americanos e com expansão no mercado africano. O mercado de máquinas e equipamentos nos últimos dez anos tem mantido índices consideráveis de crescimento e indica tendência de continuidade para os próximos anos. Para ser ainda mais competitivo no mercado internacional, o setor ainda tem muito a avançar no que tange a normatização para a fabricação de máquinas e equipamentos, pois se na Europa existem mais de 300
Gestor da ABNT/CB- 203, Daniel Zacher normativas que são observadas pelas indústrias, no Brasil, são apenas30 normas técnicas para maquinários e equipamentos agrícolas. Por isso, no ano passado após discussões entre Abimaq
e Anfavea foi criado o Comitê Brasileiro de Tratores,Máquinas Agrícolas e Florestais ABNT/CB- 203 para ser o responsável pela elaboração de normas técnicas de tratores, máquinas, sistemas, acessórios e equipamentos utilizados na agricultura e silvicultura, bem como jardinagem , paisagismo, irrigação eáreas correlatas, com a pretensão de que no prazo de cinco anos a quantidade de normas observadas na fabricação dos produtos se assemelhe ao nível europeu, o que deve derrubar barreiras comerciais internacionais em relação ao produto nacional. Na terça-feira (11) no Parque da Expodireto, o Comitê realizou uma reunião de trabalho para explicar aos expositores seu propósito. Os trabalhos foram coordenados pelo gestor da ABNT/CB- 203 Daniel Zacher, que explicou que foram instituídas10 comis-
sões de estudos focados em segurança e conforto, controle de operação, tratores agrícolas e ensaios comuns, equipamentos para colheita e conservação, equipamentos motorizados para a manutenção de grama e jardim e máquinas para manejo florestal, sistema de irrigação e drenagem, identificação eletrônica de animais por rádio frequência e comunicação eletrônica e embarcada. As normas técnicas são baseadas nos padrões ISO e começam a ser formatadas sempre a partir de demandas levando até 18 meses até que estejam elaboradas e até três anos para serem convencionadas entre os países atrelados ao ISO. Para a formatação das normativas a de se haver a interação de fabricantes, consumidores e entidades consideradas neutras como universidades, órgãos de pesquisa, unidades laboratoriais e outros.
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Ferrugem: atenção na reta final da safra
Pesquisador conversou com produtores rurais sobre os cuidados necessários para garantir produtividade e qualidade do grão nesta safra marcada por temperaturas elevadas Foto: Cristian Puhl/DM
Dezenas de produtores rurais participaram, no auditório da Bayer, de uma palestra com o pesquisador da Universidade de Passo Fundo, Carlos Alberto Forcelini, para conhecer um pouco mais sobre a importância do manejo neste final de safra. De acordo com o pesquisador, o agricultor precisa estar atento a este fechamento do ciclo produtivo da soja em função do alto índice de ocorrência de ferrugem asiática. “Nesta safra nós estamos verificando, talvez, a maior epidemia de ferrugem em nossa região”, comentou ele. Forcelini explicou aos produtores que as lavouras em que ainda há potencial de enchimento de grãos, o recomendado é que se façam aplicações de fungicidas. “Primeiro, porque ainda há uma pressão muito forte da doença e, sem segundo lugar, porque é benéfico que se faça este procedimento”, apontou, argumentando que toda safra é uma experiência nova e que, neste ciclo produtivo, a combinação de um calor excessivo e períodos de pouca chuva provocam a falta de regulação da folha, deixando-a mais sensível aos químicos utilizados para combater e controlar pragas e doenças. O grau de fitotoxicidade detectado na região foi maior do que em outras safras e com a aplicação de diferentes produtos. “Em algumas regiões os danos foram maiores
Problemas na aplicação de fungicida
Produtores participaram de uma palestra sobre ferrugem e os efeitos de fitotoxicidade no auditório da Bayer do que em outras justamente pelo somatório de fatores”, reforçou o pesquisador, complementando que os períodos de altas temperaturas, combinados com dias muitos secos resultaram em falta de umidade necessária para a planta transpirar e regular sua temperatura. “Com isso, houve situações de queimaduras provocadas também pelo uso de determinados produtos”.
Perdas pontuais Embora a ocorrência da ferrugem tenha afetado várias lavouras da região, Forcelini disse aos produtores que participaram do evento promovido pela Bayer que ainda não é possível determinar o percentual de perdas na cultura de soja, embora
elas devam ocorrer em diversos municípios. “Os danos têm variado desde níveis muito baixos até outros em que chegam a 30%. O importante é que não existe uma relação linear entre dano na folha e rendimento de grãos”, defendeu. O pesquisador explicou que, geralmente, a perda de produtividade é menor do que o observado nos danos fitossanitários no campo. “O recomendável é que o produtor colha e depois faça um comparativo entre a área onde houve atuação da ferrugem e outra em que o dano não foi verificado. Outra opção é fazer a comparação através do peso do grão”, reforçou Forcelini, acrescentando que salvo em pontos isolados, os impactos serão mínimos. “Em algumas regiões a quebra é praticamente inexistente”.
Conforme Forcelini, os problemas registrados em algumas propriedades após a utilização de um produto contra ferrugem foi detectado na fase de enchimento de grãos. “Dos quatro componentes de produtividade da soja, três não serão afetados. Somente um terá reflexos. Por isso, nós indicamos que o produtor faça o manejo correto e verifique se há possibilidade de controlar a ferrugem, pois os danos que a doença provoca são maiores do que os de fitotoxicidade que podem ocorrer pela aplicação de produtos”, frisou. Para o pesquisador, a combinação de calor excessivo e a falta de umidade no solo foram os principais responsáveis pelas queimaduras sofridas pelas plantas após a aplicação de produto contra a doença. O tema foi um dos assuntos discutidos na Expodireto Cotrijal e a Bayer, multinacional responsável pela produção e comercialização deste material, emitiu uma nota afirmando que “está tratando o assunto com seriedade e atendendo a todos os agricultores que alegam a ocorrência de fitotoxicidade e o uso do fungicida FOX”. “Juntamente com os produtores rurais e entidades, nossa área técnica e pesquisadores, estamos buscando uma resposta para o ocorrido. Sabemos que, neste ano, no Rio Grande do Sul, a condição climática pode ter contribuído para o fato, além de outros fatores que estão sendo avaliados”, expressava o documento, reiterando que a empresa “está empenhada em oferecer todo o suporte técnico necessário aos agricultores que se manifestarem sobre a questão. Todas as ocorrências que chegaram ao conhecimento da Bayer estão sendo analisadas e acompanhadas de perto por nossas equipes de campo, que realizam visitas para avaliar a situação de cada área”.
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Um espaço para discutir florestas plantadas e erva-mate A questão do licenciamento florestal e a cadeia produtiva ervateira reuniram entidades representativas em uma discussão acerca dos entraves e de como desenvolver cada setor, as perspectivas e tendências que permeiam essa produção O VII Fórum Florestal da Expodireto trouxe para o placo de debates a questão do licenciamento florestal para o setor de florestas plantadas e a cadeia produtiva ervateria. O fórum, realizado na Expodireto nesta quinta-feira (13), contou com a participação de entidades representativas de cada setor, numa discussão ampla e que deve ter sequência junto aos órgãos estaduais, Assembleia Legislativa e governo. Mediador do debate, o agrônomo da Emater e Secretaria Estadual de Agricultura, Valdir Zonin, aponta que ambos os temas são cadeias produtivas que interessam ao público e que devem ter discussão aprofundada. Florestas plantadas Sobre a questão florestal, Zonin aponta que o maior gargalo é conceitual na questão ambiental, daquilo que polui e o daquilo que não polui. “A espécie florestal eucalipto é uma das principais. Se considerar que no plantar um floresta de eucalipto se gera um impacto ambiental, é verdadeiro. Qualquer cultura implantada, todas geram impacto ambiental. A pergunta é: por que uma espécie vegetal que são as florestas plantadas possuem necessidade de regramento e todas as demais não há essa necessidade?”, indaga ele. Outro ponto que gera discordância é que alguns estados brasileiros, apesar de seguirem a legislação federal, não precisam de licenciamento para a silvicultura. “A lei é interpretada de forma diferente e Estados que não tem a exigência para florestas plantadas, acabam atraindo investimentos”, avalia. Para ele, o debate deve existir e a Câmara das Florestas Plantadas de discutir com todos os setores e com a Assembleia Legislativa que é quem tem o poder de alterar a legislação acerca do tema. “O debate começou e precisa ser ampliado. Devemos envolver as demais áreas produtivas do Estado para também participar dessa discussão”, pontua. Setor florestal Para o agrônomo da Secretaria de Agricultura, Fabrício Anzolin, as florestas plantadas são estratégicas para várias cadeias produtivas industriais. “Com as alterações trazidas pelo Novo Código Florestal Brasileiro, há necessidade de adaptação da legislação estadual na área florestal. O setor de cadeias produtivas das florestas plantadas interage com a Câmara Setorial das Florestas Plantadas/SEAPA desde 2013, na construção de soluções para viabilizar o desenvolvimento florestal no Rio Grande do Sul”, afirma. Representante da Ageflor, Doádi Brena avalia que os entraves no setor são muitos, principalmente no licenciamento ambiental da silvicultura, que foi criado e determina que a atividade tem impacto ambiental potencial e deve ter a licença. “A silvicultura foi colocada como uma atividade que tem potencial de degradação ambiental e aqui no Rio Grande do Sul, o licenciamento dificulta o estabelecimento da atividade e sua expansão”, constata.
Foto: DM/ Alessandra Pasinato
Fórum reuniu entidades de cada setor Para Brena, o processo é complexo, exigente, moroso e oneroso, o que inviabiliza o projeto. Além do licenciamento, ele cita os entraves estruturais, de infraestrutura, licenciamento de empreendimentos industriais e o problema de energia, que acabam sendo impedimentos e gargalos comuns para a atividade de modo geral. “Plantar árvores polui? Essa é a pergunta que se faz”, indaga ele, que responde: “plantar árvore polui, temos consciência de que floresta plantada é a agricultura de árvores e toda a atividade agrícola gera impacto, isso ocorre com todas as culturas, mas as demais culturas não precisam de licenciamento”, avalia. Ele explica que há risco como qualquer outra atividade humana que gera impacto. “O impacto é menor do que a maioria das atividades primárias. O plantio anual tem a operação de preparo de solo e plantio, tratamento e colheita, numa floresta plantada, a operação se repete a cada sete anos e o impacto se dilui, mais do que o plantio anual”, finaliza. Erva-mate Um assunto que, para Zonin, merecia um debate exclusivo e que tem muito a comemorar pela implantação de políticas de estado ao setor é a erva-mate. “Temos a Lei 14.185 que foi aprovada em 2012 pela Assembleia Legislativa, onde conseguimos construir uma política não de governo, mas de estado para o setor da erva-mate e é isso que se busca para todas as cadeias produtivas”, enfatiza ele, apontando que, com isso, o setor conta hoje com um Instituto organizado – o Ibramate – além de um fundo que arrecada recursos – o Fundomate – e dessa forma, consegue se desenvolver. “Tivemos a Lei 14.391 aprovada e que alterou a arrecadação das taxas, aumentando para 100% o crédito pessumido do ICMS, que é arrecadado via indústria e representa uma conquista do setor”, ressalta.
Para o agrônomo, o desafio do setor é integrar os elos da cadeia produtiva: produtor, tarifeiro, comprador, indústrias, comerciantes nacionais e internacionais e varejo, principalmente redes de supermercados. “Isso para que o produto chegue ao consumidor final a um preço justo e razoável. È o desafio futuro: que os elos atuem em perfeita sintonia”, conclui. Setor ervateiro O Fórum Florestal trouxe casos representativos do setor ervateiro, que mostram uma cadeia em pleno desenvolvimento no Estado. Completando 20 anos de atuação, a Apromate de Machadinho esteve presente no debate representada pela presidente Celia Felizari. Para ela, a associação teve uma caminhada difícil, mas com a contribuição de entidade e parceiros, manteve seu trabalho. “Em 2013 recebemos o 6º prêmio reconhecendo o trabalho social e ambiental da Apromate. Nossos parceiros são os grandes colaboradores e a Emater é uma grande aliada em nossos projetos, afirmou a presidente da Associação de Produtores de Erva-mate. Natural de Alegrete, Fabrício Canto desenvolve um trabalho intenso com a erva-mate na Alemanha, pesquisando e incrementando a erva-mate na fabricação de bebidas e alimentos. “Temos 26 refrigerantes com erva-mate na Alemanha, maior parte feita com erva Argentina, que é mais grossa e mais forte. Nosso produto tem diferencial e precisa entrar no mercado internacional de forma mais efetiva”, frisa ele. A qualidade, aponta, é a principal exigência dos alemães, que buscam produtos orgânicos, além disso, a erva é uma alternativa à cerveja e se tornou um fenômeno que deve expandir no país. “É um mercado potencial. 98% não sabe que existe a erva-mate e quem conhece, conhece a erva Argentina. Precisamos mostrar o nosso produto”, conclui.
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Senar/RS e o compromisso de levar informação de qualidade ao produtor
Sustentabilidade das atividades é o foco das palestras e atividades do Senar/RS na Expodireto Cotrijal 2014. Com dois espaços no parque o Sistema tem levado aos produtores informações sobre Meio Ambiente, Normativas sobre segurança do trabalho e Sucessão Familiar Com uma equipe de 20 instrutores e técnicos, os temas Meio Ambiente, Normativas sobre segurança do trabalho e sucessão familiar são os assuntos que estão sendo trabalhados pelo Senar/ RS na Expodireto Cotrijal. Atores contratados e instrutores interagindo com o público em um talk show didático com perguntas Fotos: DM/Alessandro Tavares
Mais de 6 mil pessoas devem passar pelo espaço do conhecimento chefe da divisão de Arrecadação e Eventos do Senar/ RS Saulo José Ribas Gomes
e respostas foi o método encontrado pelo Senar para levar informações relativas aos temas até os produtores. Para tratar do tema meio ambiente, o público pode acompanhar sessões rápidas de cinema em cinco dimensões.
As sessões contam a história da agricultura e sua evolução, bem como a preocupação dos agricultores para com o meio ambiente. O chefe da divisão de Arrecadação e Eventos do Senar/ RS Saulo José Ribas Gomes, revela que o método foi desenvolvido para que fosse aplicado na Expodireto e utilizado pelo sistema pela primeira vez. Conforme Gomes, os três temas foram os escolhidos para serem discutidos na Feira deste ano, pois estão em voga e dos quais os agricultores tem dúvidas. A previsão é de que até esta sexta feira (14) mais de seis mil pessoas passem pelo local denominado de espaço do conhecimento. Na Expodireto Cotrijal o Senar trabalha em dois espaços, sendo um deles em parceria com a cooperativa onde trata-se do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Câmara de Não-Me-Toque lança slogan ressaltando a transparência Novo slogan “Câmara de Não-Me-Toque: sinônimo de transparência” foi lançado durante a Expodireto Cotrijal 2014, pela Câmara de Vereadores de Não-Me-Toque Foto: DM/Mayara Dalla Libera
Devido a exigência de que municípios com mais de 10 mil habitantes tenham seus portais de transparência abastecidos, a Câmara de Não-Me-Toque começou implementar esses serviços para a comunidade. O assessor de comunicação, Ernélio Kruger, conta que em 2012 o poder legislativo chegou a marca de 69% e em 2013 72%, ficando em primeiro lugar em transparência entre as Câmaras Municipais do Alto Jacuí. “Por isso, nós recebemos do Tribunal de Contas um levantamento que consta que cumprimos 14 dos 19 itens exigidos”, comemora. A iniciativa de lançar esse slogan, ressaltando a preocupação com a transparência, surgiu do atual presidente do legislativo, Gilson dos Santos. “Somos referência não só em Não-Me-Toque, mas em toda a região, precisamos ressaltar o que está dando certo”, comenta Kruger. A partir disso, durante a
a principal atividade econômica do município. A bandeira é definida como o símbolo representativo de um estado soberano. Enquanto as páginas do livro representam o conjunto de leis e normas criadas pelo poder legislativo. No centro do símbolo está o brasão da cidade, identificando a unidade de divisão territorial.
Atividades transferidas para o parque Apenas protocolo e telefone se mantêm na sede do poder legislativo na cidade. Porém, toda a estrutura é transferida para a Expodireto Cotrijal. “Fazemos toda recepção de políticos e autoridades. Esse é um momento propício, pois atendemos deputados estaduais, federais, senadores até governador. É a hora de fazer as reivindicações e cobrar retornos”, explana Kruger.
Foto: Divulgação
O assessor de comunicação, Ernélio Kruger, apresenta novo logo e slogan Expodireto Cotrijal 2014, foi lançado o slogan “Câmara de Não-Me-Toque: sinônimo de transparência”, com novo símbolo.
Novo símbolo O símbolo usado como destaque , junto ao slogan, representa uma folha, uma bandeira e páginas de um livro, com as cores do brasão do município. Segundo Kruger, a folha tem como significado a agricultura, sendo
Vereadores de Não-Me-Toque
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“Fico feliz de estar novamente na Expodireto”, afirma Paulão do vôlei Representantes do Banco do Brasil também comentaram números da instituição durante a Expodireto fotos: DM/Rodolfo Sgorla da Silva
A Casa Diário na 15ª Expodireto Cotrijal recebeu mais uma visita ilustre. Na tarde desta quinta-feira (13), Paulo André Jukoski, o Paulão do Vôlei, concedeu entrevista ao vivo para a Diário AM. O ex-jogador de vôlei fará uma palestra motivacional durante a terceira edição do Fórum do Jovem Cooperativista, que ocorre na manhã desta sexta-feira (14) durante a feira. O Fórum é uma promoção do Grupo Diário da Manhã e da Cotrijal, e conta com o apoio da UPF, Sicredi e Banco do Brasil. O ex-jogador de vôlei irá conversar com mais de 300 jovens cooperativistas durante o Fórum. “Fui criado em uma fazenda de meus tios, acredito ser uma realidade próxima a desses jovens. Aí consigo ligar
diretamente os valores que aprendi lá com os valores que aprendi com o vôlei. Quero compartilhar isso com os jovens que estão iniciando no agronegócio. Tenho 25 anos de carreira, sendo 15 de seleção brasileira. Acredito que aprendi alguma coisa nesse período e que o mais correto é compartilhar isso com os jovens”, destaca Paulão. O medalhista olímpico de 1992 encerrou a carreira em 1999. Desde 2002, ele é um dos embaixadores do Banco do Brasil. É através de uma parceria com o banco que Paulão participará do evento promovido pelo Grupo Diário da Manhã e pela Cotrijal.
Negociações do Banco do Brasil
Paulão participará do Fórum do Jovem Cooperativista
Também visitaram a Casa Diário Expodireto Cotrijal, Clenio Severio Teribele, diretor do banco, e Tarcísio Hübner, superintendente estadual do BB. “A avaliação da Expodireto 2014 é a mais positiva possível, tanto em volume de negócios como em oportunidades que estamos estabelecendo. A feira é impactante, todas as vezes que viemos aqui temos a nítida sensação de estar falando de uma atividade econômica de primeiro mundo. Os números desta temporada mostram resultados animadores e superiores ao ano passado. Temos um portfolio completo de soluções para o produtor rural. Hoje, temos 66,1% do total de crédito rural concedido no Brasil, o que atesta a relevância do Banco do Brasil”,
Números do BB foram apresentados ao vivo na Diário AM destaca Teribele. Segundo o diretor do BB, algumas linhas do banco têm destaque na procura dos clientes. “Um dos destaques é a possibilidade de custeio na formação das lavouras, onde permitimos ao produtor rural adquirir o insumo na melhor condição. Ou seja, ele pode agregar uma margem de 10% adquirindo esse produto fora do período de alta demanda. A grande força de negócios são as linhas de investimento, como o Pronaf Mais Alimentos, voltado para a agricultura familiar. Temos uma novidade que é o programa de construção e ampliação de armazéns. Já temos um volume de R$ 2 bilhões em negócios internalizados nesse item” aponta.
BB projeta negócios superiores a 2013 Superintendente Estadual do Banco do Brasil no RS, Tarcísio Hübner, anunciou que o volume de negócios firmados na Expodireto Cotrijal deste ano deve ser maior do que em 2013. O diretor de agronegócio do Banco anunciou parceria com quatro empresas que intermediarão nos financiamentos a fim de diminuir o tempo para a liberação de recursos foto: DM/Alessandro Tavares
No penúltimo dia de Expodireto Cotrijal 2014, o Banco do Brasil (BB) assinou contratos e protocolos de intenções de financiamentos com três cooperativas, uma empresa de biodiesel e de agricultores interessados em financiar máquinas, silos e sistemas de irrigação. Ao todo os volumes de contratos aproximam-se de 50 milhões de reais. O presidente da Cotrijal e da Expodireto Nei César Mânica assinou contrato de R$ 20 milhões para compra de insumos aos cooperados, Mânica e o presidente da empresa BS Bios Erasmo Battistella, também assinaram contrato com o Banco para o fomento e aquisição de canola. O presidente da CCGL Caio Viana assinou convênio do Programa Inovar para que seus cooperados possam acessá-lo. O presidente da Coagrisol Gelso Manica assinou contrato de mais de R$ 3,6 milhões para ampliação de silos. Outros agricultores também assina-
assinatura de contratos e protocolos de intenções no Banco do Brasil ram contratos para aquisição de equipamentos de irrigação, armazenagem e máquinas. Participaram do ato o Diretor de Agronegócios do Banco, Clenio Severio Teribele, Superintendente Estadual do Banco do Brasil no RS, Tarcísio Hübner, além de superintendentes regionais e gerentes de agências bancárias. O Embaixador do Esporte do Banco do Brasil Paulão do Vôlei que palestrará nesta sexta-feira (14) no Fórum do Jovem Cooperativista também acompanhou as assinaturas de intenções. Para a Expodireto Cotrijal, o BB não limitará os recursos a serem
disponibilizados e oferece condições negociais especialmente elaboradas para a Feira. São diversas linhas de crédito voltadas a investimentos na agricultura familiar e empresarial com juros equalizados entre 1% a 5,5% a.a. e prazos de até 15 anos. "Nossa expectativa é superar a excelente Expodireto de 2013, quando acolhemos R$ 513 milhões em propostas de financiamentos. Para tanto, estamos atuando com recursos abundantes e condições especialmente disponibilizadas para a Feira deste ano", destaca o Superintendente Estadual do BB, Tarcísio Hübner. O Superintendente não falou em números, mas anunciou que os indicadores já demonstram que os valores de negócios fechados na Expodireto deste ano devem superar os resultados de 2013. O Diretor de Agronegócios do Banco, Clenio Severio Teribele, também anunciou que o banco firmou parceria com quatro empresas, uma delas assinada na Feira, com correspondentes financeiros que acolherão as propostas de agricultores e empresas dando início a tramitação dos procedimentos. Conforme
Teríbele, a pretensão do banco é que o tempo para liberação dos recursos seja reduzido em 80 % .O projeto é piloto e se der certo deve ser ampliado. Presente no evento o presidente da Assembleia Legislativa Gilmar Sossella, destacou que é necessário o empenho do governo para a manutenção das taxas de PSI destinada ao financiamento de máquinas e nos protocolos da Fepam para a liberação de licenças destinadas a irrigação. Ao se pronunciar o vice-presidente do sistema Farsul, Gedeão Silveira Pereira, agradeceu a parceria com o Banco que considera um dos principais financiadores da agropecuária brasileira e ao referenciar a Expodireto e a Expointer, Gedeão disse que não há base comparativa entre as feiras. “Expointer é o local de aproximação do rural com urbano. A Expodireto é uma feira de negócios, onde está a tecnologia. O que está aqui hoje está na fazenda amanhã” afirmou Pereira.
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Juventude integrada: Fórum do Jovem Cooperativista se consolida na feira Em sua terceira edição, evento trará para o Auditório Central da Expodireto Cotrijal discussões envolvendo a competitividade internacional e o papel do jovem no cenário do agronegócio. Depois de três anos, Fórum do Jovem Cooperativista se consolida como uma das principais atividades da feira Em 2013, o #FórumdoJovemCooperativista ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais. Durante o evento, realizado no último dia da 14ª Expodireto Cotrijal, centenas de fotografias feitas pelos mais de 400 jovens, vindos de todos os municípios da região, foram publicadas em páginas de Facebook. O Twitter também registrou um alto índice de menções aos debates que ocorreram no Auditório Central do Parque de Exposições, em Não-Me-Toque. Diante de uma geração conectada 24 horas, não há informação que fique restrita ao ambiente onde o fato está acontecendo. Mais do que um desafio, prender a atenção de uma juventude online é uma tarefa que exige empenho e dedicação, mas que surte efeitos positivos quando completada com êxito. “O que a gente percebeu no Auditório foi centenas de adolescentes ouvindo com atenção o que os painelistas contavam. Aquilo foi gratificante”, expressou a diretora Executiva do Grupo Diário da Manhã/Carazinho, Jussara Alberton Sirena. Promovido pelo Grupo, em parceria com a Cotrijal, o Fórum do Jovem Cooperativista chega em 2014 na sua ter-
Foto: Arquivo
Segunda edição do Fórum no ano passado reuniu mais de 300 jovens no Auditório Central ceira edição consolidando a cada ano o espaço destinado pela Expodireto Cotrijal aos jovens. “Eles [os jovens] iam para a feira, mas não se encontravam nela. Parecia que a Expodireto não os enxergava como um investimento para o futuro e continuidade de qualquer empreendimento, seja na lavoura ou em uma empresa”, disse Jussara, afirmando que é preciso focar e acreditar neste potencial juvenil.
Nasce a idéia No final da Expodireto 2011, a direção do Grupo Diário da Manhã apresentou uma proposta para as lideranças da Cotrijal: criar uma atividade que permitisse incluir a juventude na feira. “Tínhamos que ter um evento que aproveitasse a grandiosidade da estrutura da Expodireto. Levamos a idéia para a pre-
sidência da cooperativa, que já vinha analisando a possibilidade de fazer algo neste sentido. Foi uma iniciativa prontamente abraçada”, relatou a diretora Executiva, reforçando que, desde o seu surgimento, o Fórum atraiu olhares. “Conseguimos mostrar o quanto isso era importante para o desenvolvimento e a continuidade das propriedades rurais”. O primeiro dos Fóruns ocorreu em 2012, contando com apoio da Ocergs/Sescoop. Na oportunidade, debateu-se essencialmente a inclusão do jovem na feira e o papel que a juventude teria na Expodireto. “Foi um ano de marcar o espaço, colocar o assunto em pauta e valorizar a iniciativa. Um Fórum, dentro da Expodireto, é uma conquista expressiva para o público, pois se torna uma referência em discussões, como é o Fórum Nacional da Soja”, explicou Jussara.
Espaço garantido No ano passado, o Fórum cresceu – de tamanho e importância. “Incluído na programação oficial, o Fórum
Fundador Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) Presidente-Emérito Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
evoluiu. Trabalhamos praticamente um ano na produção e na elaboração de um conceito que transformasse a atividade em algo marcante”, ponderou a diretora Executiva do Grupo DM, complementando que o assunto principal não poderia ter sido outro: sucessão familiar. “Chegamos ao centro de um dos principais problemas do meio rural: o esvaziamento do campo”.
Internacionalização Nesta terceira edição, o Fórum do Jovem Cooperativista ganha contornos internacionais. “O Fórum se integra ainda mais a feira, que será a mais internacional da história. No momento em que sentamos para discutir a organização do evento, sentimos que seria a oportunidade de trazer para a pauta um tema global”, referendou Jussara, explicando que a economia, a política e a cultura estão globalizadas. “O Fórum criou um link com a feira. Neste ano, vamos mostrar ao jovem que a competitividade é o diferencial que promove o crescimento”. Mais do que produzir infor-
Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto Diretor Executivo Rogel Mello
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mação e conteúdo, o papel do Grupo Diário da Manhã é de promover eventos e dar eco as discussões que permeiam os diferente setores da sociedade. “Nosso produto é a informação, e nós temos que trabalhar para leva-la a todos os públicos. Mas, também precisamos nos colocar como promotores de ações que gerem conteúdo – e conteúdo de referência e credibilidade”, analisou a diretora Executiva do Grupo, apontando que a inserção do Grupo – que compreende três jornais, um Portal online, duas rádios AM e uma emissora FM – em atividades que despertem o olhar da comunidade vai além da propagação. “Nós também fazemos acontecer a informação”, finalizou.
Mantendo o interesse O presidente da Expodireto Cotrijal, Nei César Mânica apontou que o Fórum do Jovem Cooperativista é uma excelente maneira de despertar o interesse do jovem pelo campo e estimular a interação e o diálogo entre pais e filhos. “Fomos muito felizes em incluir na Expodireto este evento, porque a atividade e as discussões despertam nos jovens o cooperativismo, o associativismo e a liderança. E isso é fundamental para que possamos identificar lideranças futuras em diversos setores”, avaliou. A internacionalização da feira também trará impactos para o Fórum, alegou Mânica. “A Expodireto é sempre um desafio e a transformação do evento em uma atividade que irá reunir outros países, além de um jogador experiente e vencedor de voleibol, que é o Paulão, vai impulsionar ainda mais o Fórum”, salientou.
Caderno Especial Edição: Nadja Hartmann (DRT:6416) Reportagens: Cristian Puhl, Mayara Dalla Libera, Mara Steffens Nogueira Diagramação: Tiago Almeida Moreira Supervisão: Jussara Sirena Fotos: Arquivo DM
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A ‘bola da vez’ é manter o jovem no campo Manter o jovem no campo se tornou um dos maiores desafios do Brasil. Com a grande evasão, a sucessão rural tem sido trabalhada por governos, cooperativas e instituições ligadas ao setor Representando 27% da população que vive no campo, o Brasil possui hoje oito milhões de jovens no meio rural. “Esse número é mais que suficiente para que haja uma participação efetiva dos jovens na tomada de decisões, o que afetam diretamente o seu presente e o seu futuro”, avalia o vice-presidente da Cotrijal, Ênio Schroeder. Ele menciona que é necessário inserir verdadeiramente os filhos e sucessores na atividade, dando condições para que sintam-se como gestores, agentes participativos nas decisões familiares. “O seu conhecimento e trabalho precisam ser reconhecidos. Passar de ajudante, mão-de-obra, para um gestor com remuneração justa. Para que isso aconteça é preciso diálogo e planejamento”, expõe Schroeder. O futuro da agricultura brasileira e da vasta cadeia do agronegócio dependerá da manutenção da juventude no campo. Este é um desafio para o qual se voltam as cooperativas e as instituições que atuam no universo do setor primário. Quando a questão envolve mais de um filho, o vice-presidente da Cotrijal alerta que quando apenas um dos filhos permanece no campo, os demais precisam estar cientes que há um tratamento diferenciado, evitando dessa forma conflitos, valorizando quem escolheu permanecer no campo. “Investir no jovem rural é viabilizar a própria agricultura, mas para isso é preciso derrubar as barreiras e garantir o acesso à terra e ao crédito, construir opções de lazer, cultura e internet, para que o jovem se informe e interaja com o meio, seus parceiros e suas organizações”, argumenta. Ele argumenta que o jovem que pretende permanecer no campo deve ter os mesmos subsídios que a população urbana – tendo condições de comunicação, via telefone, internet e redes sociais, além de estradas, água, luz e infraestrutura básica. “Não podemos deixa-los isolados, sem saber o que está ocorrendo em todo o mundo. Temos que aproveitar essa facilidade enorme com que se conectam, trazendo novas tecnologias para a lavoura”, pontua Schroeder.
Cooperação para manter o jovem no campo
Fotos: Divulgação
Vice-presidente da Cotrijal, Ênio Schroeder, avalia que o primeiro passo para uma sucessão rural com sucesso é a comunicação familiar
Cotrijal na luta contra evasão rural Há muitos anos a Cotrijal levanta a bandeira de luta em favor da sucessão familiar. “Fazemos um trabalho com todo quadro social, onde discutimos o assunto, muitos dizem que teríamos que ter feito esse debate muito antes, evitando assim essa realidade”, pontua Ênio Schroeder. Além disso, o vice-presidente relata que a Cotrijal estimula a participação da família nas atividades cooperativas, promovendo a união familiar. “Sempre atribuímos funções em encontros e eventos para o jovem, permitindo, mesmo que ele não seja associado, que ele participe de algumas decisões da comunidade”, explana, citando o projeto Líder Mirim, que tem como objetivo estimular os pais a ir até as reuniões e levar seus filhos consigo. “Professoras acompanham esses trabalhos com crianças que pregam o cooperativismo, brincando e sendo preparadas para tomar gosto pela participação em reuniões da cooperativa. Muitos que foram líderes mirins hoje são adultos participativos”, comemora. Ele ressalta que esse é um trabalho permanente que tem que ser feito e que o problema é uma realidade em nível de Brasil. “Há muitas oportunidades, muitos empregos nas cidades, o jovem quando sai da propriedade e vai estudar, muitas vezes não retorna. É necessário que se tenha programas de estímulo permanente”, conclui Schroeder.
O presidente do Sistema Ocergs/ Sescoop, Vergílio Frederico Perius, lembra que o primeiro aspecto fundamental para o jovem ficar no campo é ter orgulho de ser produtor. “Normalmente, o produtor rural ainda não sente orgulho da sua profissão. Quando alguém se forma advogado ou médico são estimulados a se orgulhar, mas parece que ser produtor rural, é uma profissão de castigo e não de amor e recompensa”, lamenta, dizendo que essa filosofia tem que perpassar pela juventude. Apesar da força da agricultura, presidente do Sistema Ocergs/Sescoop diz que não é uma profissão secundária no mundo. “Olhando o PIB brasileiro e gaúcho, nós temos 29% do PIB gaúcho da agropecuária. Quem tem que ser elogiado hoje é o produtor rural que gera riqueza para que o RS cresça como um todo”, enfatiza. Para ele, um aspecto importante e fundamental é que o produtor rural não se sinta isolado e sozinho. “Graças a Deus, no RS, existe uma rede integrada de cooperação de sociedades cooperativas, de apoio sindical, que motiva o jovem para ficar no campo”, menciona, dizendo que quando se fala em rede cooperativa, o fundamental se criar agroindústrias, para que elas absorvam mais mão de obra.
Estado, gerando mais impostos, exportando em vez de grãos, o produto semi-manufaturado... é isso que vai manter o jovem no campo. Essa motivação de que precisamos”, elogia. O presidente menciona que não entende a falta de infraestrutura como um empecilho para a manutenção da população no campo. “Hoje o jovem se comunica, se encontra, se reúne, tem participação efetiva. A grande barreira é intelectual, cultural e de postura comportamental das pessoas. Eles não valorizam a profissão de agricultor com orgulho, o produtor não se sente bem na sua propriedade”, menciona, concluindo: “Que essa Expodireto nos ajude para os próximos anos, inundar a Expodireto de jovens. Vamos fazer uma Expodireto em 2015 da juventude, é uma sugestão, para mudarmos essa questão cultural, para que ele tenha orgulho de ser agricultor”.
Estatísticas “Se falamos dos jovens do RS, 82% das propriedades rurais do Estado são de até 25 hectares, são pequenas propriedades rurais, ou seja, são oriundos da agricultura familiar. É essa agricultura que tem que reter o jovem no campo, porque a agricultura empresarial absorve os profissionais de agronomia e veterinária”, pondera Perius. Ele aponta algumas soluções para a rentabilidade das pequenas propriedades, como a produção de leite, frangos e outras carnes. “A Expodireto Cotrijal vai contribuir cada ano mais para a aproximação da moderna tecnologia agroindustrial em que vamos transformando matérias primas no
Presidente do Sistema Ocergs/Sescoop, Vergílio Frederico Perius
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Eles ‘bateram um bolão’ Odair Sandro Nienow (33 anos), Renato Ahlert (28 anos) e Alberto Maurer (18 anos) são exemplos de jovens que romperam o estigma e deixaram de ser parte das tristes estimativas nacionais. Ao invés de deixar o campo para trabalhar na cidade, eles investiram nas propriedades das famílias e fizeram a sucessão rural com maestria. Confira essas histórias que são verdadeiros gols de placa! “Na sucessão familiar cada caso é um caso, no nosso caso diria que é até atípico, todos os quatro irmãos ficaram, não por falta de oportunidade, mas sim por opção, sendo que cada um pode escolher. Foi a liberdade que nosso pai nos deu”, relata Odair Sandro Nienow, 33 anos, que ao lado da esposa e seus dois filhos comemora o início de uma promissora vida no campo. “Por questão de escolha deixei de trabalhar no tambo de leite do pai, para trabalhar no meu próprio tambo, continuando o trabalho da lavoura em conjunto”. Além do trabalho com gado de leite, a família formada por Odair, Maristela e os dois filhos – Fabiana Taís (10 anos) e Lucas Miguel (6 anos) – realiza outras atividades: o trabalho na lavoura é realizado em parceria com o pai e os irmãos. Também, para garantir renda e agregar valor ao produto, a esposa trabalha na venda de subprodutos, como bolacha, massas, manteiga, cuca, nata, miudezas, entre outros. “Aprendi fazendo cursos na Emater em parceria com
“O nosso campo é a bacia leiteira” Fotos: DM/Mayara Dalla Libera
Odair, Maristela e Fabiana não abrem mão de tecnologias no campo, como o acesso à internet Atualmente, Odair conta que há cada dois dias o recipiente de 800 litros quase enche, alegrando o produtor que pensava que essa marca seria algo tão distante de alcançar. “Vindo para um espaço que eu possa trabalhar independente, abriu mais perspectivas, não só para mim, mas para os meus dos filhos”, alegra-se em dizer. E o trabalho de sucessão começou cedo na família de Odair. “As crianças já ajudam e gostam muito do que fazem! Para recompensá-los e garantir que fiquem aqui para continuar nosso trabalho, remuneramos. É uma forma de estimular”, relata Maristela. Associados da Cotrijal desde cedo, Odair é bastante engajado no cooperativismo e em sindicatos do setor.
Em 2007, o jovem casal Odair (33) e Maristela (30) passou a gerir uma área independente de terra a Cotrijal. Para me estimular, o Odair comprou algumas máquinas que facilitam meu trabalho”, diz a esposa. Antes de sair da propriedade junto da família, os pais de Odair garantiram uma renda para os filhos, dividindo lucros e dando salário fixo para os filhos que ajudassem na produtividade. “Quando resolvi ir para um canto meu, ganhei uma vaca do meu pai e comprei mais três. O começo foi difícil, pois saímos de um lugar que a renda era garantida para nos aventurarmos no empreendedorismo”, recorda.
Atualmente a família possui 18 vacas em lactação e mais 12 novilhas formando um plantel de 30 animais
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na sucessão familiar “O meu lugar é aqui” Apesar de sair do interior todas as noites para estudar Agronegócio, em Carazinho, Alberto Maurer reafirma sua vocação para o campo. “O meu lugar é aqui. Vou dar continuidade aos negócios da família”, garante o jovem aos 18 anos. Ele garante que o interesse surgiu desde muito cedo. “Nosso trabalho, meu e do meu pai, começa em parceria desde muito jovem e reflete na produção e na propriedade. Desde muito cedo eu tinha interesse de ir junto para a lavoura, aprender com a experiência dele, mas essa sucessão só foi possível graças a generosidade do meu pai em repassar o seu conhecimento”, pontua Com o passar do tempo a confiança e a credibilidade do jovem também aumentou. Na propriedade de 110 hectares, a família Maurer produz soja, milho, trigo, cevada, granola e aveia, seguindo a tradição do avô que começou a comprar essas terras na Colônia São Pedro, interior de Não-Me-Toque, e deixou para filhos e netos administrarem. A irmã de Alberto, Luciana, está com 20 anos e também seguiu a
área, ela estuda Agronomia na Universidade de Passo Fundo (UPF). Alberto comemora a forma como o pai lida tranquilamente com o processo de sucessão. “Eu trabalho na propriedade de dia, de noite eu estudo. Estamos em um processo transitório, agora trabalhamos juntos, até que eu irei assumir sozinho nossos negócios”, comenta. Na cabeça do jovem, as ideias fervilham quando o assunto é gestão e tecnologia. O pai, Alberto Guilherme Maurer, garante que confia no filho. “A tendência é melhorar cada vez mais. Eu fiquei com a propriedade do meu pai, que era de 25 hectares de terra, nós ganhamos 13 hectares cada um dos filhos. Hoje, felizmente, conseguimos ampliar esse terreno, já temos uma propriedade de 89 hectares, mais uma parte arrendada, formando 110 hectares”, alegra-se o patriarca, sócio fundador da Cotrijal, dizendo que o objetivo com a sucessão familiar é que o filho consiga aumentar ainda mais a área de terra da família.
Alberto Maurer com os pais, Jocélia e Alberto Guilherme
Sonhos de um jovem visionário A família de Renato Ahlert é natural de Lagoa dos Três Cantos e se instalaram em Carazinho para dar sequencia à agricultura familiar. Atividade que exercem com paixão, devoção e dedicação. “No começo todos os irmãos trabalhavam juntos, mais tarde, houve a separação, e os meus pais ficaram com essa propriedade que quero dar continuidade”, conta o jovem de 28 anos. Já aos 15 anos, Renato começou a auxiliar os pais. “Nós tínhamos três lavouras separadas e a gente se dividia para poder dar conta de tudo. Assim começou a minha dedicação pela lavoura, daí por diante eu gostei tanto que não parei mais”, enfatiza. Ele cursa Agronegócio e diz que gostaria de ter cursado Agronomia, para aprofundar os conhecimentos na área e aplicar em sua propriedade. “Não tenho perspectiva de trabalhar fora, quero trabalhar nas nossas terras, pois é o que eu gosto de fazer”, conta com alegria. Renato tem mais duas irmãs, uma seguiu o ramo de psicologia e outra de enfermagem. “Meu pai sempre dizia que queria um sucessor, apesar de eu ser o mais novo, estou seguindo o sonho dele. Quando eu
era pequeno eu acompanhava ele na lavoura, me sujava demais, e acabava voltando pra casa na caçamba da camionete”, recorda entre risos. A família Ahlert trabalha com gado de leite e lavoura na Agropecuária Dona Julia, no interior de Carazinho. São 160 hectares de lavoura, onde são plantadas soja, trigo e milho. “Enfrentei uma resistência dos mais velhos, que não acreditam que o jovem é capaz de gerir uma propriedade. Uma opinião nova para entrar em um negócio, nem sempre é bem-vinda”, expõe. Aos poucos, Renato conseguiu vencer essa barreira e colocar em prática suas ideias. “Meu pai está quase largando, então aos poucos eu vou assumindo. Mas também sei respeitar o valor da experiência, sempre troco uma ideia com meu pai, para saber qual o melhor caminho a seguir”. Há 10 anos atuando na propriedade, o jovem convive com uma realidade de cooperativismo, o pai é conselheiro da Cotrijal e o avô foi fundador de uma cooperativa em Tapera. Consequentemente, Renato é associado tanto na Cotrijal como em cooperativa de crédito. “Eu penso que a sucessão rural deveria ter uma atenção especial por parte das autoridades. Estou vendo muita evasão, o que é triste, não gostaria de ver o trabalho de tantas famílias indo por água abaixo,”, lamenta. Entre as melhorias e maquinários que estão dentro dos planos de mudanças do jovem, chega um sonho: a implantação de câmeras de videomonitoramento para que consiga acompanhar toda a propriedade através do smartphone, na palma da sua mão. Outra vontade que Renato demonstra é de deixar de morar com a família na cidade de Carazinho, para construir uma casa no interior, junto à propriedade, perto da lavoura. “Mas há uma preocupação da minha mãe com segurança”, conclui.
Renato Ahlert, 28 anos, auxilia o pai desde muito jovem com os trabalhos na lavoura
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“No futuro quem vai ter que produzir alimentos para o mundo somos nós” Edna Roveda participará pela segunda vez do Fórum do Jovem Cooperativista e destaca que a feira é importante por ser oportunidade de atualização para o produtor
Edna Roveda escolheu a vida no campo. Ao contrário de muitos jovens com origem no meio rural que optam por um emprego na cidade, ela decidiu que iria dar continuidade ao trabalho da família, no interior de Colorado. “A agricultura é a essência de tudo, por isso tento ajudar minha família no que posso, tanto na lavoura em épocas de colheita e plantio quanto nos afazeres diários como na ordenha das vacas. Trabalhar é uma coisa que todo mundo precisa para se sustentar porque se fosse trabalhar na cidade no fim do mês sobraria pouco do salário visto que há contas a pagar. Além disso, no interior temos muito mais qualidade de vida e já temos acesso a tudo que há na cidade como também temos acesso a tudo como a internet, por exemplo”, justifica. Assim, Edna procura se atualizar constantemente e participar da Expodireto Cotrijal é uma das alternativas. No ano passado ela esteve no Fórum do Jovem Cooperativista. Convidada pela unidade da Cotrijal de Vista Alegre, ela decidiu participar das discussões por
Foto DM/Arquivo
entender que o jovem deve estar a par do que envolve o agronegócio. “A questão da sucessão rural é muito importante e deve ser discutida cada vez mais, pois os jovens não querem mais ficar no interior, preferem trabalhar de empregados para ter os finais de semana livres, alguns talvez pelo salário no fim do mês e outros por falta de incentivo da família”, coloca. “No ano passado o palestrante colocou muito bem que temos que fazer o que gostamos e que cada pessoa tem facilidade em determinadas funções, sendo que as outras podem ser trabalhadas e desenvolvidas. Também os depoimentos dos diretores da Stara e Coprel relataram com experiências próprias tudo o que havia sido discutido ao longo do dia. Tudo foi muito proveitoso”, relata ela, garantindo que estará presente na edição do fórum deste ano. Edna diz que a participação é importante para envolver os jovens nas discussões. “O agronegócio está ligado a todas as áreas e vem crescendo cada vez mais, por isso temos que estar preparados para acompanhar esta evolução. Assim é muito importante que o jovem interaja com o setor do agronegócio, pois no futuro quem vai ter que produzir alimentos para o mundo somos nós e a demanda só tende a aumentar”, avalia.
Evoluindo e fazendo evoluir Filho de agricultores, Lucas é um dos quatro filhos do casal Martha e Hugo Arend. Com 36 anos, o engenheiro mecânico e diretor de Manufatura das unidades fabris da Stara, de Não-Me-Toque, cresceu dentro da empresa e conseguiu cumprir com seu objetivo de agregar conhecimento e visualizar novas oportunidades profissionais. “Somos quatro filhos e a pequena propriedade não sustentaria todos se ficássemos trabalhando em casa. A decisão em fazer Engenharia Mecânica foi proveniente da curiosidade de entender como as coisas funcionavam e como a atividade agrícola anda paralela ao uso de máquinas, o que me proporcionou o convívio e operação de máquinas envolvidas em todo ciclo da agricultura, do plantio a colheita”, conta. Natural de Passo Fundo, Lucas cresceu na propriedade da família, em Ernestina, trabalhando em diferentes atividades agrícolas. “Peguei um pouco o final do plantio convencional (onde subsolava-se e gradeava-se o solo antes do plantio) e vivenciei o início do plantio direto, que foi muito importante para a agricultura”,
comenta, lembrando que o contato direto com a natureza era motivador. “O trabalho manual, entender a importância e dependência do clima na agricultura. Esse contato nos faz repensar coisas como cuidar do solo, as queimadas, desmatamentos, uso de defensivos agrícolas, descartes de embalagens, o cuidado com os diversos resíduos gerados no processo, nossos pequenos córregos e rios. Também é inevitável não sentir um bem estar ao contemplar nossa paisagem agrícola, o ciclo das cultivares e essas pequenas coisas que a atividade do campo nos ensina a ver de forma diferente”. Para ele, que começou como projetista de máquinas na Stara, o mercado de trabalho está bastante competitivo e é preciso buscar diferenciais. “Depois da graduação em Engenharia Mecânica, na Universidade de Passo Fundo, busquei um mestrado em Engenharia pela UFSC na área de desenvolvimento de produtos. No ano passado, conclui o MBA e o meu plano é fazer Doutorado e continuar buscando conhecimento. Por mais que sejamos especialistas, o mercado é dinâmico e exige interação com diferentes áreas”, reforça, salientando que a Stara acreditou e investiu em seu potencial. “O meu trabalho sempre foi encarado com seriedade e comprometimento. A Stara apostou e confiou em mim e eu procuro fazer o meu melhor para corresponder e continuar crescendo”.
Edna estará no Fórum do Jovem Cooperativista mais uma vez
Aprendendo e reaplicando o valor do trabalho no campo Até os 16 anos, a história de Evaristo Junior Daniel Freitas foi escrita no campo. “Trabalhei com meus pais na nossa propriedade rural, no interior do município de Ibirapuitã. Plantávamos, em média, 18 hectares de soja por ano e tínhamos umas 10 vacas de leite. No ano de 2002, meu pai colocou um aviário e assim diversificamos nossa propriedade. Aprendi desde arar a terra até pilotar uma colheitadeira. Quando terminei o ensino médio, aos 16 anos, queria continuar estudando e fazer uma graduação. Hoje, tenho 21 anos, sou formado em contabilidade e trabalho como gerente do Agronegócio em uma unidade do Sicredi Planalto Médio”, conta ele. O crescimento e a expansão do meio rural, com a diversificação produtiva, estimulou o aumento de diferentes segmentos econômicos, gerando também uma ampliação do número de postos de trabalho vinculados ao agronegócio na cidade. Evaristo é um dos exemplos que ilustra a situação. “Comecei a trabalhar no Sicredi porque envolvia experiências de gestão, controle e contato com as pessoas. Com o tempo me identifiquei com as atividades ligadas ao setor rural. Com o meu conhecimento técnico e minha experiência de vida, observei que poderia ajudar aos produtores rurais que, assim como meu pai, batalham muito pelos seus objetivos.Minha satisfação profissional foi ainda maior, pois conseguiria agregar os meus estudos com meu trabalho”, aponta. Com 21 anos, Evaristo argumenta que desde que começou “a entender da vida
Foto DM/Arquivo
Evaristo não está mais no campo, mas em seu trabalho procura auxiliar no desenvolvimento das propriedades rurais cresci vendo o que meus pais trabalhavam duro para manter a família e lutavam para comprar máquinas novas e investir cada vez mais na propriedade. Assim, aprendi o valor do trabalho no campo para manter as famílias do meio rural”. A vivência, de acordo com ele, o fez querer progredir profissionalmente e contribuir com a melhoria de vida de outros produtores, encontrando no Sicredi espaço para isso. “Minhas atividades dentro do Sicredi são oferecer alternativas às necessidades dos associados para melhorar seus resultados e contribuir para seu desenvolvimento. Durante o meu dia-a-dia faço visitas nas propriedades dos associados, acompanho o desenvolvimento de suas atividades agrícolas, levo-lhes novas informações e busco estar sempre próximo. Gero assim confiança e soluções financeiras para agregar renda aos produtores”.
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Espaço para o jovem ser cooperativo Investir já não é apenas coisa de adulto. Os jovens vêm ganhando espaço no mercado financeiro, adquirindo independência e gerindo seu próprio dinheiro A liberdade de expressão e social já foram alcançadas, agora é hora do jovem ter sua independência financeira, organizar sua vida e planejar o próprio futuro. Um cartão próprio, limite de conta e crédito para investimento já são possíveis para quem quer ser coFoto: DM/ Alessandra Pasinato
Vice-presidente do Sicredi Alto Jacuí, Gervásio Jorge Diel
operado, segundo o vice-presidente do Sicredi Alto Jacuí, Gervásio Jorge Diel. Segundo ele, os jovens já são cooperativos por natureza, mesmo nas baladas, na faculdade, nas horas de lazer e mesmo na internet e para atender a esse público, o Sicredi disponibiliza uma conta exclusiva, o Sicredi Touch, que oferece benefícios aos jovens e tem tido grande aceitação entre aqueles que pensam de forma cooperativa e se planejam. Diel explica que se trata de uma conta com a cara do jovem, com cartão de crédito próprio e aplicativo para tablet e telefone para pagar contas, fazer transferência, com facilidades exclusivas. “Pensamos nisso por que precisamos que mais jovens assumam e se integrem ao sistema cooperativo. Eles já vivem unidos e integrados com amizades e relacionamentos e a cooperativa é feita com pessoas. O jovem pode utilizar essa ferramenta e ganha como associado, porque na cooperativa, o retorno volta ao associado”, constata. De acordo com o vice-presidente, os pais devem promover a educação financeira desde cedo, orientando através de uma mesada inicial, abrindo uma conta e creditando o valor para que o filho administre. “Temos essa visão de que é preciso planejamento financeiro desde cedo. Nossos pais e avós já faziam isso, de guardar um saldo para aplicação financeira e poupança, para conquistar uma coisa desejada que satisfaça as necessidades. Mas sabemos que é uma educação gradativa e o jovem está mais esclarecido quanto a essa
questão”, avalia, concluindo com a frase que move o trabalho do Sicredi: “Gente que coopera cresce”, finaliza.
Cooperativismo social Além de benefícios exclusivos aos jovens, a transformação social para o cooperativismo vem sendo trabalhado pelo Sicredi por meio do Programa A União Faz a Vida. Conforme Diel, é um programa social que atua diretamente nas escolas, com um trabalho atuante dos professores que utilizam o cooperativismo nas mais diversas áreas do conhecimento e desenvolvem seus alunos para que trabalhem de forma cooperativa. O vice-presidente explica que o projeto tem na sua essência
a construção e vivências de atitudes e valores de cooperação e cidadania. “Um programa social que temos áreas de ação intensa, que desenvolve valores nas crianças e adolescentes, formando jovens com valores cooperativistas e de cidadania, através de uma metodologia própria. Um trabalho gradativo que insere esses valores dentro de cada disciplina”, conclui.
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Especial Jovem cooperativista
Sexta- feira, 14.03.2014
Fórum contará com painel internacional e medalhista olímpico Representantes de três países presentes na Expodireto contarão aos jovens como é o agronegócio fora do Brasil. Programação ainda conta com palestra motivacional, patrocinada pelo Banco do Brasil, do ex-jogador de voleibol Paulão O Fórum do Jovem Cooperativista tem início nesta sexta-feira (14), a partir das 8h30min, no auditório central do parque. O ex-jogador de voleibol e medalista olímpico Paulão, patrocinado pelo Banco do Brasil, abrirá a programação falando ao público sobre sua experiên-
cia vitoriosa na carreira como desportista. Temas como a importância do trabalho em equipe para a superação de obstáculos estarão em pauta como uma forma de motivar os jovens. A presença dele na Expodireto Cotrijal se deve também a realização da Copa do Mundo este ano, o que faz com que os olhos do mundo se voltem ao Brasil e também às questões relacionadas com o esporte de uma forma geral. O agronegócio será tema de uma discussão que promete oferecer aos cooperativistas uma oportunidade ímpar. Re-
presentantes de três países que virão à feira através da organização do Pavilhão Internacional irão falar do cenário do setor nos seus países de origem. A inserção do jovem no agronegócio também estará em pauta. Estarão presentes Alicia Blasco, diretora da ABR Internactional Trade da Espanha,
Paulão é Embaixador Olímpico dos projetos esportivos do Banco do Brasil desde 2003
Miguel Angel Bassio Valdivia, presidente da Savona Logísticos do Peru, e Rui Mucaje, diretor da AfroChamber da Angola. O forum é apoiado pelo Banco do Brasil, UPF e Sicredi
Paulão Gaúcho de Porto Alegre, Paulo André Jukoski da Silva, o Paulão, possui vinte e três (23) anos de carreira no vôlei, sendo 15 destes defendendo a Seleção Brasileira. Participou de três Olimpíadas como atleta: Seul, Barcelona e Atlanta, e duas Olimpíadas como convidado do COB: Sidney e Atenas. Coleciona os títulos de Campeão Olímpico de 1992, Campeão do Top Four – Japão 92, Campeão Liga Mundial 1993, Campeão Sul-americano, Campeão Brasileiro, Campeão Gaúcho e Campeão Catarinense. Também foi considerado o Melhor Bloqueio do Brasil e o 2º melhor bloqueio do mundo. Defendendo a Seleção Brasileira, foi capitão da equipe na Olimpída de Atlanta. Detentor de uma bagagem vitoriosa dentro do esporte, Paulão tem hoje especialização no esporte educacional, sendo que, nestes últimos anos, desenvolveu, gerenciou e implantou diversos projetos com cunho educativo através do esporte. É Embaixador Olímpico dos projetos esportivos do Banco do Brasil desde 2003.