Terça-feira, 29.05.2018, Carazinho
CARAZINHO, Terça - Feira 29.05.2018
Diário da Manhã -
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fotos: Redação/DM
Mobilização ganha força
Outros setores da sociedade manifestam apoio ao protesto dos caminhoneiros. Em paralelo, consumidores e serviços precisam mudar suas rotinas diante da escassez de combustível e outros produtos. Conexão
Postos sem combustível
Apoio é reflexo do descontentamento geral, avalia sociólogo Conexão
Protesto impacta na arrecadação de tributos Estabelecimentos de Carazinho não possuem mais gasolina. Conexão
Páginas 3 e 4
RADAR
2 - Diário da Manhã
Terça-feira, 29.05.2018, Carazinho
O que queremos?
Comunicado Olá, assinantes, leitores e anunciantes! Em decorrência da paralisação dos caminhoneiros, a edição do fim de semana do Jornal Diário da Manhã não chegou à Passo Fundo e Carazinho, o que inviabilizou a distribuição. O veículo que efetuaria o transporte de Porto Alegre ficou retido na mobilização. Pedimos desculpas pelo transtorno! Comunicamos, por outro lado, que, assim como ocorreu hoje, há a previsão de que as próximas edições desta semana sejam entregues normalmente. Agradecemos a compreensão! Grupo Diário da Manhã
Evento é cancelado foto: Divulgação
Carazinho receberia nesta segunda-feira (28) o pré-candidato à presidência República Flávio Rocha (PRB). Ele era o convidado do Ideias na mesa da Associação Comercial e Industrial de Carazinho (Acic), evento que estava marcado para a noite de ontem na Ulbra. A programação foi cancelada em virtude dos protestos dos caminhoneiros e ainda não foi remarcada.
Flávio Rocha
Assim como em todo o país, a região está protagonizando um verdadeiro show de cidadania e espírito coletivo ao colocar o interesse público por um país melhor acima dos eventuais transtornos que a greve dos caminhoneiros vem causando no cotidiano das cidades. A indignação que iniciou com o preço do diesel ganhou uma só voz e se transformou em uma indignação gigante contra o sistema político, contra os políticos e suas benesses, contra a carga tributária, contra Temer e contra tudo o que está aí...Ou seja, como brasileiros sabemos muito bem o que não queremos, o que não suportamos mais...Mas, parafraseando “aquela” campanha veiculada em rede nacional, será que temos convicção do Brasil que queremos? Certamente, assim como junho de 2013 não foi só pelos 20 centavos, o Brasil não está parando só pelo preço do combustível...Queremos mais, e agora temos certeza que podemos mais...Mas mais o que? ...Neste ponto, estamos longe do consenso, o que, inclusive, ficou muito claro
ontem durante as manifestações na região. Enquanto alguns manifestantes pediam pela renúncia de Temer e eleições diretas, outros carregavam faixas pedindo intervenção militar...Felizmente, posições tão contraditórias só encontraram espaço de livre manifestação porque vivemos em uma democracia. Por isso, independentemente do Brasil que cada um sonhar para o futuro, a democracia é irrevogável, inegociável e irreversível...É só com a plena democracia que a luta por um Brasil melhor, com políticos dignos e menos desigualdade poderá ter prosseguimento. O movimento dos caminhoneiros ensinou aos brasileiros que não necessitamos de um Salvador da Pátria para fazer as mudanças necessárias, assim como não precisamos da tutela de um regime de exceção. Podemos sobreviver sim à falta de combustível, à falta de produtos alimentícios, à falta de transportes e até a falta de um governo legítimo, mas não podemos sobreviver à falta da liberdade, do estado de Direito e da plena democracia!
Sorteio na Cotrijal Mais dez sortudos foram conhecidos na manhã deste sábado (26/05) em NãoMe-Toque. Eles foram sorteados na terceira etapa da campanha “Cotrijal Ligada em Você” e levaram para suas casas um televisor 43 polegadas. Os ganhadores foram: Leonardo Loellner (Carazinho), Sayany Gabriel (Não-Me-Toque), Alice F. Luft (Não-Me-Toque), Gilmar Bartz (Não-Me-Toque), Maristela Kerbarth (Colorado), Marli Gonçalves (Não-Me-Toque), Diogo
Nadja Hartmann Jornalista
Fies Evento aconteceu em Não-Me-Toque J. Dillenburg (Não-Me-Toque), Alzirio Kolh (Coqueiros do Sul), Prefeitura Municipal de Nicolau Vergueiro e Marcelo Mantelli (Não-Me-Toque).
Nome social Participantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 que quiserem atendimento pelo nome social devem fazer a solicitação a partir desta semana. O nome social é a forma pela qual travestis ou pessoas transexuais escolheram ser chamados, por ser a denominação que condiz com a sua imagem.
Desde 2014, o MEC permite esse recurso para aplicação no Enem, com o objetivo de combater o preconceito e o constrangimento. O pedido pode ser realizado até 3 de junho, próximo domingo, na Página do Participante, disponível no portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação.
Fundador Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) Presidente-Emérito Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
O processo seletivo para as vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), referente ao primeiro semestre de 2018, abriram nesta segunda-feira (28). As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, por meio do Sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção). Podem se inscrever todos os estudantes que participaram do processo anterior e que não contrataram, bem como os candidatos que não tentaram, mas que atendem as regras de 450 pontos de média e nota acima de zero na redação em qualquer edição, desde 2010, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além disso, a renda familiar mensal bruta per capita não pode ultrapassar três salários-mínimos.
Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto Editora Geral Nadja Hartmann
ANIVERSÁRIO 29/05 Adenia Beulke Guarienti Aline Muller Caetano André Segat Cleder da Silva Schneider Damiano Saule Marchese Elis Regina Ebert Fábio Rodrigo de Lima Giulia Giovana Rodrigues Joice da Silva Jorge Nelson da Silva Leonardo De Bortoli de Paula Lisiane Arsego Vargas Luciana Arend Maria Beatriz Dumoncel Mariazinha Graeff Marília Pagnussatt Miguel Pery Marcondes Nilva Pauletti Lopes Ramão José Soares Selma Carolina Ninoth Sérgio Juarez Rico da Luz
Diretora Comercial: Jussara Alberton Sirena Editor Interino: Rodolfo Sgorla da Silva
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ECONOMIA
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De uma crise a outra Economistas e lideranças do setor público avaliam que a continuidade da paralisação pode ser tão prejudicial para a economia quanto o alto preço do diesel. Famurs estima que arrecadação dos estados e municípios em maio já está comprometida em no mínimo 25%. O presidente da entidade diz que a situação se aproxima do caos Foto: DM/Isadora Stenzler
Com nove dias de paralisação dos caminhoneiros fica cada vez mais difícil mensurar o tamanho da crise que se enfrenta. As prefeituras podem sentir impactos da queda no repasse de ICMS já no próximo mês. Em Carazinho, conforme o contador da Prefeitura Sílvio Schneider, embora por ora não se tenha como mensurar qual será o reflexo que os dias de paralisação até então terão na arrecadação do município, é certo que haverão impactos. Schneider explica que os valores que estão sendo recebidos agora são de quotas de ICMS e se referem a negócios já realizados, de modo que o giro que as empresas deixaram de fazer durante a última semana será sentido pela arrecadação do governo do estado e consequentemente pelas prefeituras no mês seguinte. Com menos arrecadação de ICMS, menos valores cada prefeitura irá receber, e do imposto que é recolhido apenas 25% são rateados entre os 497 municípios. Outro impacto será sentido futuramente e terá reflexos de até dois anos quando o desempenho da atividade econômica de 2018 for considerado como base no cálculo do índice de rateio de ICMS, tal equação considera o valor adicionado bruto, o tamanho das cidades, entre outros fatores. Atualmente o indicador de rateio do ICMS de Carazinho é de 0,87, ou seja do que o Estado arrecada em ICMS, 25% é a parte que cabe de rateio entre todas as cidades e dos valores que estes 25% resultarem 0,87 é a parte que cabe a Carazinho. Schneider lembra que para o mês de maio a previsão de arrecadação da prefeitura com ICMS já consolidada é de R$ 5,6 milhões e para esta terça-feira (29), a previsão de repasse é de mais R$ 986 mil, destes valores
Em Carazinho, protesto dos caminhoneiros acontece na BR 285 20% são descontados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb. Para o mês de junho, a previsão é que em valores líquidos para o município das parcelas de ICMS que são repassadas semanalmente às terças-feiras, o município receba um total de R$ 4,6 milhões, porém com a paralisação, embora até a tarde desta segunda-feira (28), não havia boletim informativo citando alteração de valores inicialmente indicados, é muito provável que isto venha a ocorrer. Embora com impacto muito menor do que representa o ICMS para a arrecadação municipal, é provável que o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) também tenha alteração no desempenho.
Foto: Divulgação
Famurs estima que ¼ da arrecadação em maio já está comprometida
Salmo Oliveira, presidente da Famurs
O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul ( FAMURS), Salmo de Oliveira, comenta que em seu entendimento, caso a situação de transporte não volte à normalidade nas próximas horas para que os demais segmentos também voltem ao equilíbrio o contexto começa a ficar caótico. “O impacto infelizmente é negativo. Com a economia praticamente paralisada desde o dia que se deflagrou grave dos caminhoneiros, a situação é cada vez mais grave. No interior do Estado temos agricultores que não conseguem plantar por falta de insumos, produtores de leite jogando o produto fora, aves e suínos começam
a morrer de fome. A situação é muito negativa e se permanecer assim os centros maiores começam a ficar desabastecidos. Prestamos o nosso apoio à greve dos caminhoneiros, porém, agora, com a demanda deles já atendida, precisamos olhar com atenção contexto no sentido de permitir que a economia volte ao normal pois do contrário o que se desenha é o caos”, diz o presidente. Oliveira comenta que embora a Federação até a tarde desta segunda-feira (28) não tenha sido informado do quanto o Estado deixou de arrecadar ao passo que os negócios das atividades econômicas não ocorram , estima que observando o número de dias de paralisação, para o setor público, no mínimo ¼ da arrecadação prevista no mês de maio tenha ficado comprometida. “Não sabemos exatamente o tamanho do prejuízo, mas é preciso cessá-lo. As cidade sofrem com a queda do ICMS e o cidadão que é penalizado. Do mês de maio no mínimo ¼ da arrecadação do mês já esta prejudicada”, diz Oliveira. O presidente demonstra preocupação com a hiper valorização de alguns produtos como os hortifrútis, por exemplo, pois segundo Oliveira, é muito provável que alguns dos itens, mesmo com o fim da paralisação e sendo os aumentos injustificáveis demorem a voltar aos preços que vinham sendo praticados antes do movimento e teme o risco de que isto puxe a inflação. Para o presidente da Famurs, o crescimento previsto do país para o ano de 2018 esta comprometido. “Vejo que tínhamos perspectivas de crescimento entre 2,5% a 3% para este ano, mas
com esta situação a confiança dos investidores tende a ficar abalada, considerando que no segundo semestre temos eleições, acredito que podemos ter perdido esta perspectiva e isto é muito grave”, comenta o prefeito.
O peso de uma paralisação após dois anos de crise na saúde financeira das empresas
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Carazinho – ACIC, Jocélio Cunha, comenta que tanto a entidade quanto a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Rio Grande do Sul, com algumas ressalvas, ainda na semana passada declararam apoio à greve dos caminhoneiros por entender que a situação em relação aos preços dos combustíveis era grave e a pauta justa, sendo que os preços do diesel estavam deixando impraticáveis as operações do setor, e que em um momento inicial , mesmo que para a população houvesse alguns reflexos estes seriam absorvidos dado ao contexto de elevação desenfreada dos preços dos combustíveis. Porém, na opinião de Cunha, havendo o governo federal sinalizado para o atendimento
da reivindicação da maioria das demandas da categoria, e mesmo assim a paralisação permanecendo, ao passo que a população é afetada com falta de mantimentos, ou alteração bruscas de preços, esse tipo de manifestação tende perder o apoio popular. Conforme Cunha, o contexto deve ser observado de uma forma mais complexa do que apenas no preço do diesel. “O que se escuta agora é que para haver a redução dos R$ 0,46 no litro de diesel a gasolina teria de ser aumentada em R$ 0,19. Assim a conta de um segmento será paga por toda a população enquanto nós temos um governo inchado. O que deveria acontecer é o governo achar maneiras para reduzir seus custos de modo que estes produtos essenciais possam ter preços acessíveis a toda população”, comenta Cunha. O presidente da entidade comenta que de modo geral nos oito primeiros dias de paralisação praticamente todos os segmentos da economia tiveram queda brusca na arrecadação e lembra que parte das empresas ainda estão se reestruturando do período de crise. Assim uma semana de giro financeiro muito menor do que a previsão, para muitas empresas, pode ser fator de risco. “Viemos de uma forte crise em 2016 e 2017 e as empresas estão ainda se reestruturando e muitas estão em uma situação bastante complicada, esta semana de paralisação afetou direta ou indiretamente todas as empresas que tiveram um giro financeiro menor, tivemos por exemplo lojas de redes em praças de alimentação de shoppings que tiveram de fechar pois não tinham insumos, mas tenho esperança que a semana que passou não tenha sido um fator decisivo para que uma empresa feche as portas, mas acredito que agora com as revindicações atendidas, que o movimento perceba o momento delicado e decida com bom senso pelo fim da paralisação” diz Cunha.
ECONOMIA
Crise no leite pode se aprofundar
Foto: Arquivo/DM
O economista chefe da Farsul, Antônio da Luz, comenta que embora ainda não tenha como se avaliar qual o tamanho dos prejuízos que a paralisação já causou e ainda causará, é fato que haverão reflexos que estão acontecendo que ainda serão percebidos, mesmo que o movimento seja encerrado. Luz frisa que embora há de ser reconhecida como fundamental o pleito dos caminhoneiros, é preciso ser encontrado um caminho de consenso para equacionar a demanda das parte e assim tentar retomar a normalidade das rotinas, pois mesmo que a paralisação seja cessada, alguns segmentos ainda levarão algum tempo para voltar
Jocélio Cunha, presidente da Acic
à normalidade, pois segundo o economista, tão prejudicial para a economia do país quanto o alto preço praticado nos combustíveis, é também o desabastecimento das cidades e o ritmo lento dos negócios. O economista comenta que setores como o de grãos, soja e milho principalmente, são menos impactados diretamente pelas paralisações uma vez que se bem acondicionados, não são perecíveis. Ele lembra que nos últimos dois anos devido à crise econômica que afetou o país, a pecuária leiteira foi um segmentos bastante impactados e neste período, um em cada quatro produtores de leite deixaram a atividade, e dos que permaneceram muitos estão com dificuldades, Luz pondera que sem o transporte e com as condições de armazenagem do produto esgotada, a maioria dos produtores de leite tem colocado a produção fora, e neste contexto o economista acredita que muitos que ainda persistiam, agora não consigam fazer o giro financeiro do negócio e provavelmente deixarão a atividade. Luz comenta que outro setor a ser impactado fortemente se paralisação persistir é o de carnes (frango e suíno). O economista destaca que recen-
temente o embargo na União Europeia impactou o setor e as algumas empresas haviam orientado aos produtores a diminuírem a escala de produção de modo a se adequar a demanda. Com o transporte de ração animal comprometido, além das questões que tangem a temática de bem estar animal e a possibilidade de mortandade de animais, a morte das matrizes reprodutoras é algo que pode afetar por meses o destino do segmento e por consequência no preço final pago pelo consumidor. Ainda é cedo para afirmar que o crescimento do país está comprometido O economista da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE), Alfredo Meneghetti, comenta que qualquer segmento que passar por uma crise tem efeitos multiplicadores e estima que dos 100 segmentos econômicos que atuam no Estado, pelo menos a metade não conseguirá recuperar as atividades que deixaram de ser faturadas durante a semana de paralisação. Assim, Meneghetti estima que cerca de 50% dos seg-
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mentos consigam recuperar o ritmo de atividade logo após o fim da paralisação, mas a outra metade ainda pode levar algum tempo até se reorganizar. O economista exemplifica que uma padaria, por exemplo, não venderá na próxima semana para o mesmo cliente o montante a mais de pães que tenha deixado de vender nesta semana. Porém, para ele, o reflexo dos oito dias de paralisação na economia do país dependerá do encaminhamento que o governo federal terá nos próximos dias e o modo que conduzirá a crise. O economista comenta que de momento a maior influência da crise foi na disputa eleitoral, porém, para a economia real, segundo Meneghetti, dizer que o crescimento do país de 2% para este ano já está comprometido ainda é cedo pois analisa que os efeitos ainda podem ser diluídos a depender dos encaminhamentos do governo, porém, para a arreca-
dação pública os prejuízos são certos, o que para o cidadão deve refletir na oferta de serviços. Sobre a alta dos preços de alguns produtos, o economista cita que para parte dos que tiveram ágio no período de paralisação, mesmo com o fim do movimento, será a competitividade do mercado e a lei de oferta e demanda que se seguir no pós paralisação que irá regular os preços. Foto: Arquivo/DM
4 - Diário da Manhã
Antônio da Luz, economista-chefe da Farsul
CIDADE
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Emei Irmão Martin deve inaugurar em agosto Como as obras da Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Padre Gildo não evoluíram e como as instalações na Rua Goiás, no bairro Oriental, já não comportavam a demanda, no início deste ano a escola foi reinaugurada em espaço onde funcionava o antigo Juvenato, que foi locado pelo Município. No mesmo endereço, a Prefeitura alugou também outra casa, onde pretende ampliar o número de vagas na Educação Infantil. De acordo com Lucas Lopes, secretário municipal de Educação e Cultura, o objetivo é inaugurar em agosto a Emei Irmão Martin, que ficará no mesmo terreno onde atualmente está a Emei Padre Gildo. O secretário revela que aguarda-se a conclusão do concurso público municipal, do qual as provas devem ser aplicadas na segunda quinzena de junho, para que em agosto, com os professores da Educa-
Foto: DM/Rodolfo Sgorla da Silva
Escola terá capacidade para atender aproximadamente 130 crianças
Escola está localizada no bairro Oriental é de que na nova escola sejam atendidas as crianças de berçário na faixa etária entre zero e 3 anos, passando a concentrar na Padre Gildo o atendimento de crianças de 4 a 5 anos. Hoje a Padre Gildo atende crianças a partir de 2 anos.
ção Infantil aprovados e contratados, inaugure-se a nova EMEI. Lopes conta que a EMEI Irmão Martin deve ter capacidade para atender entre 120 e 130 crianças. Como as duas EMEI's ficam a menos de 50 metros uma da outra, a intenção
Planejamento trabalha um novo projeto da Emei Padre Gildo
Conforme já divulgado pelo jornal Diário da Manhã, é intenção da Prefeitura buscar junto ao Ministério da Educação uma forma de retomar a construção da nova sede da
Emei Padre Gildo, cujas obras não foram concluídas pela empresa responsável. De acordo com a secretária municipal de Planejamento, Urbanismo e Obras Públicas, Vanderlise Girardello, a pasta já trabalha para que aconteça a retomada das obras da Emei Padre Gildo e que um engenheiro está fazendo as alterações no projeto. No entanto, de acordo com a gestora, trata-se de um plano complexo e que deve demandar um tempo maior, pois exige um levantamento detalhado do que é possível se aproveitar do que já está construído. Também é necessário elaborar um novo projeto, pois muda o sistema construtivo, o que exigirá um novo orçamento, memorial e cronograma. Vanderlise acredita que este novo projeto deva demorar ainda entre 60 e 90 dias até ser finalizado, para só então ser encaminhado para o Ministério da Educação para uma nova análise e aprovação do governo federal.
Carazinho conta com nova solução em saúde Clínica Saúde Fácil, inaugurada no sábado (26), tem a proposta de oferecer consultas e exames a preços populares atendimento é grande, existe uma boa demanda. Hoje, nós temos uma medicina cara para os usuários, então, a clínica vem ajudar e favorecer boa parte da população de Carazinho e região”, complementou Feres.
clínica, em parceria com as duas sócias, é o Dr. Tadeu Feres, que agradeceu pela oportunidade que a clínica vai estar oferecendo a população de Carazinho e região, salientando também as vagas de emprego que serão geradas através da clínica. “Com essa ideia, certamente elas estão ajudando a população menos favorecida de Carazinho. Nossa intenção é atender as mais diversas especialidades”, ressaltou o médico, que acredita que esta é uma iniciativa necessária, analisando a atual conjuntura que o país vive. “A necessidade de
Buscando o fim da desigualdade
Fotos: Samir Oliveira/DM
Pensando em oferecer um serviço de saúde acessível à toda a população, foi inaugurada, no último sábado (26), a Clínica Popular Saúde Fácil, dispondo de atendimentos em diversas áreas. As sócias-proprietárias e irmãs, Claudiana e Josiane Vergutz, afirmam que a ideia é trazer profissionais de qualidade e de várias especialidades para atender a população que não tem um grande poder aquisitivo. “Vamos atender a quem precisa, por um valor mais popular, queremos ajudar realmente”, ressaltou Claudiana. O médico responsável pela
O médico Tadeu Feres acredita que a iniciativa tem tudo para ter um resultado positivo
Para o médico, é necessário que se olhe para os mais humildes. Para ele, existam soluções mais acessíveis para que todos possam ter saúde. “Temos que buscar a igualdade, acabar com a desigualdade neste país. Como médico tenho essa filosofia, vem dando certo e vai dar certo aqui também, tenho certeza”, avaliou Feres. Feres afirma que 90% da população brasileira passa por algum tipo de necessidade e é papel dos profissionais da saúde apoiarem ideias como a da nova clínica. “Nós vamos fazer o melhor possível pela população, todos os equipamentos são de alto nível, temos convênio com hospitais e clínicas da região”, revelou o médico, que acredita que a população vai apoiar e aprovar essa ideia. Segundo Claudiana, a Saúde
As sócias Joseane e Claudiana pensaram em investir em Carazinho justamente para representarem uma opção mais rentável para a população Fácil está à disposição para receber a todos, sempre buscando também aperfeiçoar cada vez mais seus serviços, para melhor atender a todos. “Quem desejar, pode vir nos procurar pessoalmente ou entrar em contato pelos nossos telefones”, ressaltou a sócia-proprietária, lembrando que o funcionamento é das 8h às 11h30min e das 13h30min às 17h30min. O telefone para contato é o (54) 3331-1925. A clínica está localizada na Avenida Flores da Cunha, no bairro Borghetti.
Apoio na região O prefeito de Santo Antônio do Planalto, Elio Freitas, esteve presente na inauguração e acredita que a clínica vem para servir de ajuda na parte social da região, pois salienta que existem vários problemas na área da saúde, justamente por falta de recursos de algumas famílias. “Agora, com essa possibilidade de trazer os pacientes para perto, nos ajuda muito, sem dúvida é um investimento muito importante”, comentou Freitas.
CIDADE
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Sindicar inaugura moderna sede própria Nova sede da instituição fica na Avenida Flores da Cunha
Descerramento de placa marcou a inauguração do novo espaço cerias estamos construindo um Carazinho melhor para o futuro dos nossos jovens,” enfatizou o prefeito. Segundo o chefe do executivo municipal, a logística bem como o setor dos transportes rodoviários estão avançando em Carazinho. O prefeito citou as questões que envolvem o custo do transporte, destacando que existem modais em que o combustível representa 50% do custo. “Aqui, os caminhoneiros tiveram nosso apoio em seus manifestos,” completou o prefeito, agradecendo a presença dos empresários, lideranças de entidade e do prefeito de Chapada, Carlos Catto. Milton elogiou a acessibilidade da sede, que ficou próxima da estação rodoviária e de uma importante rodovia, a BR 386. O presidente do Sindicar, Moisés dos Santos, foi quem encerrou os pronunciamentos que antecederam o descerramento da placa
Presidente do Sindicar, Moisés Santos, destacou a importante conquista para os associados
inaugural da sede própria do sindicato. Moisés falou um pouco sobre a história do Sindicar, que na noite de sexta-feira concluiu mais um projeto, que era a conquista de uma sede própria e bem localizada. “Inicialmente, havíamos planejado a compra de um terreno próximo do Sest/Senat. Não se concretizou o negócio. Hoje (sextafeira) estamos inaugurando uma sede, em ponto estratégico e de fácil acesso para os associados que necessitam do trabalho prestado pela entidade,” disse Moisés, que assumiu a presidência em 2015. O presidente destacou, ainda, a importância de toda a diretoria nesta conquista, bem como aqueles que o an-
tecederam na direção, como o atual prefeito de Carazinho, Milton Schmitz. De acordo com Moisés, a sede disponibiliza aos associados uma sala de acesso à internet, para quem dela precisar fazer uso. “Planejamos um local para o bem estar dos nossos associados. Entre os serviços que disponibilizamos a eles está o cadastro junto à ANTT. Para melhor atender também contamos com apoio da sede em Porto Alegre. Hoje, chegamos com o nosso serviço a cidades da região que abrange Frederico Westphalen. Tudo é fruto de um esforço que possibilitou expandirmos nosso trabalho junto às empresas de transportes”, salientou Moisés.
Entre as lutas defendidas pela entidade, o presidente ressaltou a defesa da duplicação das rodovias com recursos federais. “Não podemos pagar a conta e a duplicação das estradas através dos pedágios. É obrigação dos governos melhorar a infraestrutura das rodovias. Analisem o quanto vai nos custar uma viagem a Porto Alegre. Serão R$ 96,00 ida e volta. São valores de 2013. Se decidirem atualizar, vai custar ainda mais caro,” enfatizou Santos. Ele lembrou ainda da participação no movimento contrário à instalação do Presídio de Passo Fundo nas proximidades da divisa com Carazinho. “O Sindicar trabalhou incansavelmente apresentando sugestões na Reforma Trabalhista, objetivando a segurança jurídica para as empresas,” complementou. A entidade foi fundada em 2005. Entre os serviços está a assessoria jurídica e convenções coletivas. De cada 100 atendimentos, seis são caminhoneiros em trânsito. Por dia, a média é de 12 atendimentos. Também prestigiaram a solenidade o presidente da Subseção da OAB de Carazinho, Tailor Agostini, da ACIC, Jocélio Cunha, e da CDL, Evandro Zanolla. Telefone para informações: (54) 3329-6570.
Fotos: Sereno Azevedo/DM
Com a finalidade de aperfeiçoar o atendimento aos seus associados, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Carazinho e Região - Sindicar está colocando um amplo e moderno local à disposição da categoria. Em solenidade realizada na noite de sexta-feira, 26 de maio, foi inaugurada a sede própria da entidade, localizada na avenida Flores da Cunha, 71, saída Norte da cidade, que dá acesso à BR 386. “Estamos dando aos nossos associados um local de fácil acesso com toda a estrutura necessária para terem um excelente atendimento. Escolhemos a proximidade com a estação rodoviária para facilitar a chegada de quem utiliza ônibus para se deslocar até Carazinho para utilizar os serviços que o Sindicar disponibiliza aos seus associados,” salienta o presidente, Moisés Santos. Das autoridades presentes, o primeiro a se manifestar foi o presidente do Legislativo de Carazinho, vereador Márcio Hoppen. “O Sindicar vem realizando um trabalho diferenciado e importante para a sua categoria, atendendo empresas de transporte em nível regional. Está de parabéns a direção da entidade”, disse o presidente do legislativo. Na sequência, quem falou foi o prefeito Milton Schmitz, que também já respondeu pela presidência do Sindicato. “Carazinho tem um diferencial em entidades empresariais que desenvolvem trabalhos em união, visando o desenvolvimento do município. Com as par-
Ato reuniu autoridades e empreendedores do setor na noite de sexta-feira (26)
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VARIEDADES
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8 - Diário da Manhã DIÁRIO PASSO FUNDO redacao@diariodamanha.net - (54) 3316.4800 DIÁRIO CARAZINHO redacao.carazinho@diariodamanha.net - 54.3329.9666 DIÁRIO FM 98.7 MHz diariofm@diariodamanha.net - 54.3311.1309 DIÁRIO AM - 570 KHz diarioam570@diariodamanha.net - 54.3311.7756 DIÁRIO AM CARAZINHO - 780KHz diarioam780@diariodamanha.net - 54.3331.2422
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CARAZINHO
PREVISÃO PARA HOJE Terça-feira, 29.05.2018, Carazinho PASSO FUNDO
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Nova 15-05
Crescente 22-05
Cheia 29-05
Falta de apoio enfraquece a Seara Segundo a administração municipal, não há planos para o festival nativista ser realizado neste ano
Fotos: Arquivo/DM
As incertezas que subiram aos palcos da Seara da Canção, principalmente depois de 1991, quando houve a primeira interrupção no festival, criaram desconfiança no público e um clima de lamento nos autores de letras, intérpretes e músicos. Tudo indicava que no retorno em 2010, o festival retomaria o caminho sequencial de suas noites de glória nos palcos. Um tanto desconhecido do público mais jovem, a Seara tende a seguir uma nova modalidade e ser realizada a cada dois anos. O sucesso do evento não passa apenas pelas mãos do poder público. A população precisa abraçar o festival, fato que não aconteceu nas duas últimas edições. Estruturas montadas e cadeiras vazias. O parque onde o evento tem sido realizado é distante do Centro da cidade. Uma das justificativas pela ausência de público. Em outros festivais promovidos na região, como por exemplo, o Canto Galponeiro em Passo
Seara chegaria à 21ª edição neste ano Fundo e o Carijo da Canção lendário a exemplo de outros vais enfraquecem, quando de Palmeira das Missões, há festivais seria muito impor- na realidade deveriam seguir público de Carazinho. tante no resgate da Seara”, de maneira mais consistente pela sequência do evento. Admirador de festivais, Vil- disse. son Mockfa não vê na distânNão é só o público que lacia motivo para a falta de pú- menta a ausência do festival. blico. “O que falta é uma data “A falta de mais apoio à culdefinida e observada todos tura é um fato que acontece os anos. Não podemos ter o em praticamente em todo festival um ano em setem- o estado do Rio Grande do bro, no outro em novembro Sul. Será lamentável se não e depois em janeiro. Um ca- tivermos a Seara neste ano”, desabafa o cantor Ita Cunha, vencedor da 19ª Seara da Canção. Segundo ele, a responsabilidade de um festival, que enaltece a cultura de um povo, precisa estar dividida entre o poder público e a comunidade. “As pessoas, quando há interesse público, precisam apoiar os eventos”, completou Cunha. De acordo com o artista, quando acontece a passagem de braçadeira de um prefeito para outro parece Ita Cunha venceu a penúltima edição do festival, realizada que os festiem janeiro de 2015
25 anos de interrupções Para Cunha as interrupções dos festivais criam um vácuo na cultura musical, que não chega às crianças, aos jovens e ao público mais adulto. “São mais de 25 anos que as interrupções acontecem na Seara. Por aí podemos ter uma ideia de quantos artistas e músicos deixaram de subir ao palco mostrando e cantando aquilo que a música nativista tem de melhor. Lamento, pois foram nos palcos da Seara que fui apresentado ao mundo artístico. Tudo que conquistei na música teve início no festival de Carazinho”, comentou o cantor. De acordo com o intérprete, ao menos uma boa notícia ele recebeu esta semana, a confirmação da realização de um festival nativista na cidade de São Gabriel, sua terra natal.
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Protestos seguem após acordo com governo
PASSO FUNDO - CARAZINHO Foto: Matheus Moraes / DM
Embora Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) tenha aceito proposta do Planalto, motoristas seguem mobilizados em Passo Fundo e região Matheus Moraes matheus@diariodamanha.com
Os caminhoneiros autônomos seguiram às margens da BR 285 e da ERS 324, em Passo Fundo, e também em Carazinho na BR 285, nessa segunda-feira (28), após a assinatura da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) em acordo com medidas oferecidas pelo governo federal, em pronunciamento do presidente da república, Michel Temer,
na noite de domingo (27). Entre as novas propostas do governo, a principal é quanto a redução do preço do diesel em R$ 0,46 nas bombas pelo prazo de 60 dias. Depois desse período, o valor do diesel será ajustado mensalmente. No oitavo dia de manifestação em nível nacional, a mobilização contou com a participação de diferentes entidades e representantes da comunidade. Já nas rodovias, o método adotado
foi de não sair da pista para não desmobilizar a classe. Com isso, apesar dos atos aconteceram no Centro de Passo Fundo, por exemplo, os caminhoneiros permaneceram na BR 285 e na ERS 324. Embora a Abcam tenha considerado como uma vitória o acordo com o governo federal – visto que o acordo anterior previa uma redução de apenas 10% por 30 dias -, alguns caminhoneiros não concordam
Caminhoneiros levantaram caixão contra o governo federal Segue pg 2
REGIÃO em entrar em acerto com Michel Temer. De acordo com um Terça-feira, 29.05.2018 dos líderes da mobiPasso Fundo lização às margens Carazinho da BR 285, Ângelo Alerico, a classe quer mais que apenas a redução do preço do diesel. Além disso, ele disse que espera garantias de que as meDIÁRIO DA MANHÃ
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didas impostas serão cumpridas. “A nossa paralisação em Passo Fundo segue como está, como acontece há oito dias. Nós queremos que baixe o custo. A população não aguenta mais pagar tanta carga tributária. O movimento, agora, se tornou muito maior. Por isso que a cidade também está com a gente”, afirma. Por meio de nota, a Abcam relatou
que acredita que o governo encontre solução para que a redução seja permanente. Ainda, disse que a categoria “conseguiu ser atendida em diversas reivindicações, dentre elas o subsídio, pelo Governo Federal, do valor referente ao que seria a retirada do PIS, Cofins e Cide sobre o óleo diesel. A medida permitirá a redução de R$ 0,46 no preço do diesel
até o final do ano”, diz a nota. A associação também pediu para que os caminhoneiros retornem ao trabalho, em razão do impacto provocado no país com desabastecimento de combustível, alimentos e outros produtos. A entidade se organiza via aplicativos para anunciar aos caminhoneiros sobre o acordo feito no domingo.
Medidas agradam, mas não travam os protestos A reportagem do Diário da Manhã listou, junto ao líder dos caminhoneiros, as medidas apresentadas por Michel Temer no acordo com a associação que representa os profissionais em todo o país. O trabalhador relatou que alguns pontos foram positivos, mas que, além do diesel, o combustível – sobretudo a gasolina – também deve ter redução de carga tributária. Confira as medidas e a opinião sobre cada ponto: Medida 1 - Redução do preço diesel em R$ 0,46 nas bombas pelo prazo de 60 dias. Depois desse período, o preço do diesel será ajustado mensalmente Ângelo Alerico - Não foi o que nós pedimos. Pedimos para baixar a R$ 2,80. Vai baixar isso para 60 dias, depois ele não falou para quanto vai corrigir por mês. Então, ficou duvidoso. Medida 2 - Preço do diesel será reduzido em 10% nas refinarias e ficará fixo por 30 dias. Nesse período, o valor referência será de R$ 2,10 nas refinarias. Os custos da primeira
quinzena com a redução, estimados em R$ 350 milhões, serão arcados pela Petrobras. As despesas dos 15 dias restantes ficarão com a União como compensação à petrolífera. A cada 30 dias, o valor será reajustado conforme a política de preços da Petrobras e fixado por mais um mês. Ângelo Alerico - O primeiro problema é que não baixou o que nós queríamos. E não mexeu no preço da gasolina, que nós também queremos. É o petróleo, não só óleo diesel. A gasolina, o gás de cozinha, todos esses derivados. Na reunião ontem, o governo colocou a mão no peito dos representantes que ele estava negociando só óleo diesel. Nós também temos carro, todo mundo trabalha com carro. Medida 3 - Isenção da cobrança de pedágio dos caminhões que trafegarem com eixo suspenso. A medida vale para todas as rodovias (federais, estaduais e municipais) Ângelo Alerico - Essa foi uma reivindicação positiva. Vamos
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ver se vai funcionar. Mas não fazer assim: se está dez reais o eixo, não paga mais o eixo suspenso. Aí passam para três reais o eixo e fica na mesma coisa. Tem que ser fiscalizado. A ANTT está deixando muito a desejar em cima disso, desses contratos de concessão em rodovia, que está crítico. Medida 4 - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai contratar caminhoneiros autônomos para atender até 30% da demanda de frete. O governo editará uma medida provisória no prazo de 15 dias. Ângelo Alerico - Nunca vi caminhoneiro autônomo chegar na Conab e conseguir carregar. Ele só consegue carregar através de uma transportadora. Medida 5 - Será estabelecido frete mínimo rodoviário. Tabela de frete será reeditada em 1º de junho e, a partir daí, ajustada a cada três meses pela ANTT Ângelo Alerico - É positivo. Agora é esperar para ver qual cálculo vão fazer. O pessoal está fazendo tabelas de frete para passar lá para ver se aceitam e se vão reajustar. Tem que reajustar conforme o preço do óleo diesel. Se não, daqui uns dias vai estar defasado, que nem estamos hoje também. Se fizerem o correto, aí acredito que as coisas comecem a funcionar. Medida 6 - Alíquota da Cide será zerada em 2018 sobre o diesel Ângelo Alerico - A Cide já devia ter sido zerada há muito tempo, porque entendemos que ela é para conservação das estradas. É tudo a parte, em cima de ICMS. Então, é válido. Nada desses pontos se joga fora. Medida 7 - Isenção do pedágio para caminhões que circulam vazios (eixo suspenso) Ângelo Alerico - Isso seria o ideal. Com o caminhão vazio, nós não estamos ganhando nada. É o trabalho do motorista, estamos pagando o óleo diesel. Pagar para andar vazio não adianta. Isenta a totalidade do pagamento. Medida 8 - Ações judiciais contrárias ao movimento serão extintas Ângelo Alerico - Como é um país democrático, não se pode
fazer isso. Nós nunca estivemos de greve, nós estamos paralisados. Medida 9 - Multas aplicadas aos caminhoneiros em decorrência da paralisação serão negociadas com órgãos de trânsito Ângelo Alerico - Teve colega que ficou em cima da pista porque não teve onde colocar o caminhão. Ele até queria parar
no posto, mas não tinha lugar. Acho um absurdo. A Polícia multou, tudo bem, estava no papel dela. Só que o governo tem que rever isso. Se o motorista atravessou o caminhão em cima da pista, propositalmente, entendemos. Mas se o caminhão parou no acostamento por falta de espaço, até agilizar lugar, deve ser extinta a multa.
Outras medidas: - Não haverá reoneração da folha de pagamento do setor de transporte rodoviário de cargas; - Entidades e governo terão reuniões periódicas a cada 15 dias; - Petrobras irá incentivar que empresas contratadas para transporte deem oportunidade aos caminhoneiros autônomos, como terceirizados, nas operações de transporte de cargo; - Solicitar à Petrobras que seja observada resolução da ANTT 420, de 2004, sobre renovação da frota nas contratações de transporte rodoviário de carga.
Preço da gasolina cai em 2,8% a partir de hoje A Petrobras reduziu, pela quinta vez consecutiva, o preço da gasolina nas refinarias. A partir de amanhã (29), o combustível terá redução de 2,8% no preço e passará a custar R$ 1,9526 por litro. Desde 16 de maio, a gasolina não custava menos do que R$ 2. Apesar disso, no mês de maio a gasolina acumula uma alta de 8,6%, já que, em 28 de abril, o litro do combustível tinha o custo de R$ 1,7977.
Três medidas já foram publicadas no Diário Oficial da União
O pacote de medidas também contemplou as três MPs que foram publicadas no Diário Oficial da União. A primeira delas determina que 30% dos fretes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sejam feitos por caminhoneiros autônomos, que serão contratados por meio de cooperativas, entidades sindicais ou associação. A segunda MP institui a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargo. Segundo o texto publicado no DOU, o governo publicará duas vezes por ano uma nova tabela de preço mínimo de frete por quilômetro de acordo com o tipo de mercadoria transportado (carga
geral, a granel, frigorificada, perigosa e neogranel). A primeira tabela será publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em até cinco dias e valerá até o dia 20 de janeiro de 2019. Se o governo atrasar na publicação do reajuste do preço mínimo, a tabela anterior será corrigida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ou por outro índice de preços. A terceira MP prevê isenção de cobrança de pedágio para eixo suspenso de caminhões vazios, em rodovias federais, estaduais e municipais, inclusive as que foram concedidas à iniciativa privada.
Mobilização continua em 25 estados Apesar do presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, ter declarado que cerca de 80% dos caminhoneiros que participavam da mobilização já deixaram os pontos de obstrução, a mobilização seguiu por 25 estados nessa segunda-feira. A expectativa da Abcam é que a paralisação seja encerrada até o fim desta terça-feira (29). Ao todo, havia registros de paralisação em rodovias do Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins — e no Distrito Federal.
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“Não é momento para a intervenção militar”, analisa mestre em Direito do Estado Ronaldo Villa Laux avalia protestos deste ano e faz alerta sobre pedidos de intervenção militar
Isadora Stentzler Isadora@diariodamanha.com
Mestre em Direito do Estado, o professor de Direito da Universidade de Passo Fundo (UPF), Ronaldo Villa Laux, analisou a paralisação dos caminhoneiros neste ano, lembrando dos pedidos de redução da passagem, em 2013. Da mesma forma que cinco anos atrás, após as reivindicações serem acolhidas os movimentos se dissiparam, mudando o foco e enfraquecendo com o tempo. Dessa vez, diante da afirmativa do presidente Michel Temer sobre as demandas dos caminhoneiros e o anúncio de cinco medidas para contemplar a categoria, os manifestantes seguem paralisados, mas com gritos que pedem a intervenção militar. Segundo o professor, um pedido perigoso, que aparece diante de um momento de insatisfação social com doses de oportunismo. “Uma intervenção só rasgando
a constituição. Não tem como acontecer. Só rompendo com a ordem. E aí pode chamar de golpe, ou o que quiser”, analisou Laux. Confira a entrevista: Diário da Manhã: Mesmo com as medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer, na noite de domingo, caminhoneiros devem permanecer paralisados com a pauta de “queremos um Brasil melhor”, o que inclui pedidos de intervenção militar. Esse pedido pode ser um eco de 2013? Ronaldo Villa Laux: A semelhança com 2013 é bem marcante, porque naquela época começou com as passagens de ônibus, que eram alguns centavos, e agora também são alguns centavos, mas que mudam toda uma economia. Porém há uma diferença: Em 2013, os atos começaram com um movimento bem de esquerda. Tinha elementos de uma organização, mas que quando partiu para a insatisfação gerou uma briga de toda a sociedade. Agora os atos não começaram por uma entidade, mas de um modo horizontal, com um movimento de caminhoneiros que tiveram apoio de empresas e que a sociedade passou a olhar e
apoiar. Então o ponto de diferença começa no início. Mas tanto esse [dos caminhoneiros] quanto o outro [2013], se espalharam, tendo apoio de uma sociedade inteira. E dessa vez, mesmo a sociedade sofrendo, há uma solidariedade muito grande com a pauta dos caminhoneiros e transcendeu. Tanto que no domingo quando surgiu a possibilidade de acabar na segunda [a paralisação], as pessoas não sentiam um alívio. Porque ainda iria sobrar para todos os outros lados. Então gerou uma frustração e eles continuarem bancando a briga e a tendência é, assim como em 2013, dar sequência. DM: Como 2013, a manifestação dos caminhoneiros começou com uma única pauta e agora se disseminou, perdendo o foco e falando de “um Brasil melhor”. Essa falta de objetivos claros é preocupante? Laux: Em 2013 foi assim. E o que eu vejo é que nesse momento que não tem pauta nenhuma se tem um grito de insatisfação. Então não há uma flecha, um objetivo. A meta teria que ser o próprio [Michel] Temer. O foco tem que ser o fora Temer. Tem que ser tirar o presidente. Pois é um governo fraco, que demorou para resolver essa crise. A semana mostrou
como o Brasil está governado de forma frágil. É logico que esse presidente está passando por um problema de legitimidade. Ele substituiu a Dilma, mas todo o envolvimento com corrupção, das conversas com Joesley Batista... ele não tem mais condições de governar o Brasil. A crise de comando está muito grave. Acredito que se esse movimento não tiver um pauta, que eu acredito que seja tirar o presidente, o que é que vai acontecer: vai acabar surgindo pautas oportunistas. DM: A intervenção militar cabe nisso?
Laux: Cabe. Porque não é um momento pra a intervenção militar. Ela teria que acontecer se você não tem um Supremo Tribunal Federal (STF) que não passa o mínimo de confiança na sociedade. É claro que a gente desconfia. Mas acho que essa pauta se torna uma ruptura da regra do jogo. Porque a constituição não prevê isso. E acho que a constituição tem que se modificar, mas não assim. DM: Temos uma democracia recente, caso isso aconteça, pode ser um abalo para a história do Brasil? Laux: Eu diria assim, hoje a população apoiaria muito mais uma in-
tervenção militar do que em 2013, e isso é perigoso. É sempre perigoso. Eu acredito que esses pedidos acontecem porque as pessoas não possuem muita esperança. Pois pra democracia funcionar as pessoas precisam ter mecanismos para fiscalizar e mecanismos para tirar do poder quem não estão de acordo. DM: Mas seria viável uma intervenção militar nesse momento? Laux: Uma intervenção só rasgando a constituição. Não tem como acontecer. Só rompendo com a ordem. E aí pode chamar de golpe, ou o que quiser. Porque nesse momento é romper com a ordem constitucional. E isso pode acontecer? Pode. Se a sociedade estiver mesmo a fim, ela faz. E aí é ver a força das instituições. Apoiar isso é apoiar o fim. Mas dessa vez corre-se o risco porque tem muita insatisfação e as pessoas não sabem o que fazer. Por isso friso que é preciso ter um alvo. Antes das pautas é preciso culpar alguém. E o culpado é o Michel Temer; Ele tem q ser responsabilizado, mas dentro das regras da constituição. Porque pensar na intervenção militar é pensar em dar um cheque em branco para alguém. Eu não daria um cheque em branco a ninguém. Pois ainda temos alternativas a isso.
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Descontentamento com a política une categorias
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Especialista defende que o apoio aos caminhoneiros ocorre em um momento em que a população está desacredita quanto à democracia brasileira Caetano Barreto
caetano@diariodamanha.com
Pela quinta vez em vinte anos, caminhoneiros autônomos, profissionais de empresa de transporte, e trabalhadores de logística em geral se manifestam contra políticas do governo federal. A causa não é nova, tanto que em 1999, 2000, 2012 e 2015, última movimentação da categoria, a reivindicação era também pelo preço do diesel, do frete e dos pedágios. Em todas, houve apoio popular, mas não com a mesma profundidade como a registrada este ano. Alguns especialistas afirmam que esse apoio popular se deu pela nova política de preços da Petrobras, que levou à uma alta histórica no preço dos combustíveis, ou pelo fato de que é a primeira vez que esse tipo de protesto reflete na falta de combustíveis nos postos de
abastecimento. Para Ivan Dourado, professor de sociologia da Universidade de Passo Fundo, o apoio ocorreu porque o cidadão brasileiro vive uma nova realidade política. “O que a gente está vivendo é um movimento com uma característica bem difusa, tanto pelo ponto de vista das lideranças como de representações, que é um pouco dessa característica que a gente vive muito hoje nos grupos que ainda não tiveram fortalecimento, uma unidade, e ele lembra muito o eleitor brasileiro, que também vive um pouco isso, essa individualidade, essa composição de bandeiras muito com base no seu cotidiano e sua forma de pensar”. Na segunda-feira, em muitos pontos do país, várias pessoas se reuniram para manifestar apoio aos caminhoneiros. Os discursos apresentados foram semelhantes a muitos realiza-
dos em 2013, e os líderes desses movimentos, novamente, ressaltaram que não havia representação partidária. Para Dourado, esse comportamento é nitidamente um descontentamento com o modelo democrático atual: “Vivemos uma contradição bem grande no Brasil, e nossa democracia é muito jovem, com aproximadamente 35 anos, dependendo do que se entende como início da democracia no país. Hoje, uma maioria da população se coloca como apartidária, no sentido de que não defende um partido específico, e isso demonstra a necessidade de uma profunda reforma política pois o desgaste é inegável, já que o modelo político brasileiro se transformou em um partidarismo múltiplo absurdo, com mais de 20 partidos políticos, que cada mês ou surge um novo ou um antigo muda de nome”. O sociólogo enten-
de que, quando um movimento, também sem identificação política, surge e se mobiliza, aqueles que se apresentam por características que não fazem menção a siglas acabam abraçando a causa. “Quando movimentos como a greve dos caminhoneiros surgem sem uma bandeira específica, ou uma cor específica, já que a polarização brasileira atualmente se divide entre os vermelhos e os verde-amarelos, há uma identificação. Tanto que os caminhoneiros, que não tinham essa identificação tão forte nas suas paralisações, apresentam agora alguns resquícios de ideias mais próximas à direita, com alguns que pedem a volta da ditadura militar. Isso permitiu que tivesse uma luta por apropriação desses movimentos com os grupos de cores”, alegou. Dourado, entretanto, defende que nenhum movimento que começa
apartidário continua com essa mentalidade. “Assim como em 2013, todo movimento que se diz apartidário, e que se coloca como sem bandeira, em algum momento ele vai ser capturado por algum dos lados, e isso é inegável”. Para Dourado, essa movimentação vai influenciar à corrida ao Planalto: “Esse tipo de movimentação já está nos discursos. Por exemplo, o incêndio do prédio ocupado em São Paulo, os presidenciáveis já incluíram em sua pauta. E algumas semanas depois, a greve dos caminhoneiros e toda crise na mobilidade urbana, e a logística do Brasil de produção, já entrou na pauta dos candidatos”. Mas o sociólogo destaca que a situação continua indefinida: “Acredito que nenhum dos pré-candidatos à presidência conseguiu captar essa discussão e trazer votos com ela”.
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Greve afeta distribuição de produtos e serviços
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Terça-feira, 29.05.2018 Passo Fundo Carazinho
Itens como tomate e batata sofreram com a falta de reposição e tiveram seus valores reajustados. Gasolina e gás de cozinha já faltam em revendedores de Passo Fundo e Carazinho Foto: DM/Isadora Stentzler
Caetano Barreto caetano@diariodamanha.com
Isadora Stentzler isadora@diariodamanha.com
Isabella Westphalen isabella@diariodamanha.com
Matheus Moraes matheus@diariodamanha.com
Após uma semana de paralisação, o desabastecimento provocado pela greve dos caminhoneiros é perceptível em vários setores. O presidente Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Passo Fundo (Sincogêneros), Ivan Manfroi, revelou que os estabelecimentos já sentem o impacto da greve: “Já tem muitos itens em falta na cidade. Os mais prejudicados são os estabelecimentos que contam com produtos de fora, que acabam ficando nas estradas”, declara. Em uma fruteira do Centro de Passo Fundo, restam apenas itens que estão à mostra para os clientes. De acordo com o proprietário, a loja deve suspender suas atividades caso o estoque acabe. E, com isso, o valor de determinados produtos sofre um acréscimo, como o tomate, que subiu de R$ 3,99 para R$ 4,99, e esse valor pode aumentar se não houver reposição. Carazinho já sofre com o racionamento nos mercados, sobretudo com derivados de lácteo, hortifrútis e linha de pães fatiados. Algumas prateleiras já estavam visivelmente vazias na tarde de ontem e não havia em estoque
Manhã identificou que alguns estabelecimentos têm trabalhado apenas com diesel e álcool, mas com quantidades suficientes para uma semana. Em outros espaços, o abastecimento estava limitado a até R$ 20,00, a fim de não comprometer a bomba e permitir o fornecimento a
mais pessoas. O serviço da Rodoviária de Carazinho já fez cancelamentos de algumas viagens ontem, pela falta de combustível. A orientação é que as pessoas que têm que pegar ônibus liguem antes para conferir se o cronograma está mantido.
O que está funcionando e o que ficou indefinido
Produtos se esgotam nas prateleiras e caminhões abastecidos seguem parados nas estradas para reposição. Além dos alimentos, várias distribuidoras de gás de Passo Fundo relataram que estão sem estoque do botijão de 13 litros, e alguns revendedores denunciaram que estão sem o produto há mais de três dias. Os cinco principais fornecedores de gás de Carazinho também não possuíam mais botijões para venda, alertando à população para racionamento. Outros serviços também não funcionaram, como o Detran/RS, que publicou em seu site que os exames teóricos e práticos foram cancelados em todo o Estado, e indicou que os candidatos com provas marcadas deverão solicitar novo agendamento, sem custo adicional. As aulas da rede estadual e do ensino superior tive-
ram de ser remanejadas. A 7ª Coordenadoria Regional de Educação emitiu uma nota, divulgando que as aulas nas escolas da rede estadual foram suspensas nos três turnos, e serão retomadas nesta terça-feira. A Universidade de Passo Fundo (UPF) informou que as aulas permanecem suspensas nesta terçafeira (29), e na IMED estão suspensas todas as atividades acadêmicas até a próxima quarta-feira (30). A ULBRA de Carazinho repassou que as aulas também estão suspensas, e a ideia é não prejudicar os estudantes, tendo em vista que 50% dos seus alunos vêm de outras cidades. Os postos de combustíveis de Carazinho seguem com estoques de gasolina zerados. Um levantamento feito pela equipe do Diário da
Nas escolas municipais, as aulas serão mantidas durante toda semana. O Secretário Municipal de Educação de Passo Fundo, Edemilson Brandão, apontou que as instituições de ensino do município não foram afetadas pela greve, já que questões como gás, alimentos e transporte de alunos estão assegurados e não influenciarão no andamento das aulas. Em Carazinho, segundo o secretário municipal de educação, Lucas Lopes, as escolas estão estruturadas e o transporte dos estudantes preparado para as aulas desta semana, porém, se os serviços não forem normalizados na cidade, terão que rever a operação na semana que vem. O Hospital de Caridade de Carazinho (HCC) e o Samu operam normalmente durante esta semana, sem baixas. De acordo com os representantes de cada entidade, tudo está sendo planejado para que não prejudique a população e os serviços não sejam lesados, porém, se a paralisação seguir até semana que vem, terão que analisar medidas de abastecimento. O Hospital da Cidade e o Hospital São Vicente de Paulo indicaram que seus estoques de insumos, medicamentos e alimentos estão garantidos, e que nenhuma alteração nos atendimentos e procedimentos será realizada. No aeroporto Lauro Kortz, a empresa aérea Azul informou que operará seus voos normalmente, e nenhuma interrupção está prevista. As linhas de ônibus anunciaram que funcionariam normalmente. Os funcionários da Coleurb, porém, decidiram paralisar o serviço na segunda-feira, das 13 às 17h, em apoio à greve. A diretoria da empresa anunciou que não tem envolvimento com a decisão. Transpasso e Codepas mantiveram seus itinerários. Em Passo Fundo, os combustíveis estão disponíveis em boa parte dos postos, que têm estoque suficiente para manter o abastecimento, mas outros estabelecimentos relataram que estão com poucas reservas, e alguns inclusive já não têm combustível suficiente para garantir o estoque nas próximas 24 horas.
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Os registros do dia
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Foto Matheus Moraes/DM
Terça-feira, 29.05.2018 Passo Fundo Carazinho
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Transporte público também foi paralisado em Passo Fundo, na tarde de segunda-feira. De acordo com a organização, os trabalhadores realizaram assembleia e decidiram apoiar a greve dos caminhoneiros no ato realizado na região central Além dos protestos nas rodovias, em Passo Fundo, a maior concentração foi na Esquina Democrática, no Centro Foto Caetano Barreto/DM
Foto Aline Prestes/DM
Foto Matheus Moraes/DM
Taxistas engrossaram os protestos na tarde de ontem. Junto a motoristas de vans, o grupo se reuniu em frente ao Corpo de Bombeiros no bairro Petrópolis e se deslocou até a BR 285 Foto Matheus Moraes/DM
Foto Isadora Stentzler/ DM
Em Carazinho, manifestação acontece junto à BR 285, em um dos trevos de acesso à cidade
A mobilização também prosseguiu na BR 285, em Passo Fundo
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Terça-feira, 29.05.2018 Passo Fundo Carazinho
FGF remarca jogo do SC Gaúcho
Perfil dos convocados
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Kleiton Vasconcellos kleiton@diariodamanha.com
A paralisação geral dos caminhoneiros havia forçado inúmeras entidades a cancelar ou suspender rodadas e eventos esportivos. Assim foi, por exemplo, com as competições de futsal e também com a Terceira Divisão de Futebol. Desta forma, o representante local Sport Clube Gaúcho não jogou no domingo. O calendário prévio da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) determinava que o SC Gaúcho deveria entrar em campo no domingo (27), às 15h, contra a SER Cruz Alta no Estádio Leão da Serra, em Cruz Alta. Com a determinação de suspender a rodada da Terceirona, o Alviverde passou o final de semana às voltas com os treinos. Porém, já sabe quando voltará a jogar. Vai ser na quinta-feira (31), às 15h, data remarcada da partida. O jogo valerá muito para o SC Gaúcho. Isto porque a equipe lidera de forma isolada a Chave A da Terceirona, com 12 pontos conquistados em quatro jogos disputados. Conforme o regulamento da competição, os quatro times melhores classificados na chave (composta por cinco equipes) avançam para a fase seguinte, que já será eliminatória. Matematicamente,
Gaúcho e SER Cruz Alta voltam a jogar na quinta-feira como a distância do Gaúcho para o lanterna SER Santo Ângelo é 11 pontos (mas com um jogo a menos do time
passo-fundense), um empate basta para os comandados do técnico Gelson Conte classificar.
Futsal Outra entidade que alterou o seu carnê de jogos foi a Federação Gaúcha de Futebol de Salão (FGFS). Pela Série Prata, o Passo Fundo Futsal/ Fasurgs/ Valtra Razera folgou na rodada e volta às quadras no sábado (02). Já a Associação Marauense de Futsal teve o jogo diante da ADCH suspenso e aguarda uma nova data. Pela Série Bronze, o OMF, de Carazinho, não encarou a Afucs, de Seberi. A FGFS também não determinou nova data para este jogo. O próximo compromisso do OMFserá sábado (02), diante do Jaboticaba Futsal.
Salah perto da Copa Principal astro da seleção do Egito e um dos candidatos a destaque do futebol em 2018, o atacante Mohamed Salah ainda não tem confirmada a sua presença no Mundial. O jogador se lesionou ainda no primeiro tempo, durante a final da Liga dos Campeões da Europa, quando defendia o Liverpool frente ao Real Madrid. O egípcio caiu sobre o ombro. Salah passou por raio-x após a partida no qual foi diagnosticada, segundo a Federação Egípcia de Futebol, uma lesão nos ligamentos do ombro esquerdo. Em comunicado, o médico da seleção do Egito, Mohamed Abou El-Ela, afirmou que estava otimista para que o jogador esteja disponível para a Copa do Mundo.
Corrida de Rua O último domingo também teria a realização do Circuito Municipal de Corrida de Rua em Passo Fundo. A modificação da data ocorreu porque alguns equipamentos que não chegaram a tempo em função dos bloqueios nas estradas. O Circuito segue com a realização de quatro etapas de corrida de rua, além da meia maratona e as corridas kids. A primeira corrida
ficou marcada para o dia 24 de junho, com mesmo local de largada e percurso, etapa esta que teve 728 inscritos, que seguem na disputa. As demais etapas serão nos dias 30 de setembro, 11 de novembro e 15 de dezembro. A meia maratona está marcada para o dia 5 de agosto e as corridas kids para os dias 1º de julho e 28 de dezembro.
Listas de convocações Arábia Saudita
Dirigida pelo técnico argentino naturalizado espanhol Juan Antonio Pizzi, a Arábia Saudita tem uma lista de 28 jogadores convocados para a Copa do Mundo. Porém, cinco atletas deverão ser cortados até o dia 4 de junho, quando as seleções enviarão a relação final para a Fifa.
Seleção treina com 20 jogadores Casemiro, Marcelo e Firmino ainda não se juntaram à delegação Foto Reuters/ Divulgação
A segunda-feira (28) foi de treino para 20 jogadores da Seleção Brasileira. A delegação já está na Inglaterra, onde dá sequência à preparação visando a Copa do Mundo, na Rússia. A atividade de ontem ocorreu no Centro de Treinamento do Tottenham. Casemiro, Marcelo e Roberto Firmino, finalistas da Liga dos Campeões, que se apresentam apenas na quarta-feira, foram as ausências. A primeira atividade em solo inglês contou com grande parte do grupo no gramado. Apenas Fagner e Douglas
Foto Divulgação
Alviverde não entrou em campo no domingo e partida foi remarcada para a quinta-feira em Cruz Alta. Já os jogos de futsal aguardam nova data
Agora é a vez dele no perfil dos convocados por Tite para a Copa do Mundo: Geromito. Na verdade, ter o nome na lista era uma incerteza para Pedro Tonon Geromel, pouco chamado para a Seleção Brasileira. Mas não para boa parte da torcida e crítica: Geromel vem obtendo destaque há pelo menos três temporadas, sempre com a camisa do Grêmio. Contudo, a carreira do paulista de São Paulo começou há muito tempo. NasGeromel cido em 21 de setembro de 1985, Geromel começou na base da Portuguesa e do Palmeiras, além do pequeno Chaves, de Portugal. Na Europa já aos 19 anos, Geromel fez três temporadas no Vitória de Guimrães (Portugal), outras quatro no Colônia (Alemanha) e uma no Mallorca (Espanha). Embora tivesse qualidade, ficava longe da disputa pelos títulos devido ao tamanhos dos clubes. Então surgiu o Grêmio. O zagueiro de 1,90m chegou sob desconfiança em 2016. Mas logo ajeitou a defesa e passou a empilhar títulos: Copa do Brasil em 2016, Libertadores em 2017, Recopa e Gauchão em 2018. Já foi eleito três vezes o melhor zagueiro do Brasileirão. Pela Seleção, tem apenas duas convocações: uma em 2016 e outra em 2018.
Convocados Goleiros: Assaf Al-Qarny, Mohammed Al-Owais, Yasser Al-Musailem, Abdullah Al-Mayuf; Defensores: Mansoor Al-Harbi, Yasser Al-Shahrani, Mohammed Al-Breik, Saeed Al-Mowalad, Motaz Hawsawi, Osama Hawsawi, Omar Hawsawi, Mohammed Jahfali, Ali Al-Bulaihi; Meio-campistas: Abdullah Al-Khaibari, Abdulmalek Al-Khaibri, Abdullah Otayf, Taiseer Al-Jassim, Houssain Al-Mogahwi, Salman Al-Faraj, Nawaf Al-Abed, Mohamed Kanno, Hattan Bahebri, Mohammed Al-Kwikbi, Salem Al-Dawsari, Yehya Al-Shehri; Atacantes: Fahad Al-Muwallad, Mohammad Al-Sahlawi, Muhannad Assiri.
Coreia do Sul
No comando da Coreia do Sul, Shin Tae-young optou por divulgar uma lista com 28 nomes para a preparação da equipe visando a Copa do Mundo. A equipe fará um total de quatro amistosos, sendo que já disputou – e venceu – o primeiro, 2x0 sobre Honduras. Destaque para Son Heung-min, que pertence ao inglês Tottenham.
Convocados Time treinou ontem no CT do Tottenham, em Londres Costa, que se recuperam de reforçaram o treino. Dividilesão no músculo posterior dos em dois times, os atletas da coxa, fizeram fisiotera- treinaram em campo reduzipia, enquanto Brenner (São do, e os goleiros fizeram um Paulo) e Vitinho (Cruzeiro) trabalho específico.
Goleiros: KIm Seung-gyu, Kim Jin-hyeon e Cho Hyun-woo; Defensores: Kim Young-gwon, Jang Hyun-soo, Jeong Seung-hyeon, Yun Young-sun, Kwon Kyung-won, Oh Ban-seok, Kim Jin-su, Kim Min-woo, Park Joo -ho, Hong Chu, Go Yo-han e Lee Yong; Meio-campistas: Lee Seung-woo, Ki Sung-yueng, Jung Woo-young, Kwon Chang-hoon, Ju Se-jong, Koo Ja-cheol, Lee Jae-sung, Moon Seon-min e Lee Chung-yon. Atacantes: Kim Shin-wook, Son Heung-min, Hwang Hee-chan e Lee Keun-ho.