Sábado e Domingo, 16.06 e 17.06.2018, Carazinho
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CARazinho, Sábado e domingo, 16.06.2018 e 17.06.2018
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37 ANOS - Nº 395 - R$ 2,00
Chegou a vez do Brasil Seleção Brasileira estreia na Copa neste domingo (17). Carazinhenses estão otimistas com a equipe comandada por Tite. Conexão e Página 7
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Certidão sem pai
Guinchos Carazinho cogita deixar o município Sem terreno para expansão no Distrito Industrial, proprietário admite negociação com outra cidade da região. Administração Municipal procura uma solução jurídica para regularizar doações de áreas feitas a várias empresas entre 2010 e 2011. Página 3
O drama do desemprego Todo mês, pelo menos cinco crianças são registradas sem o nome do pai na certidão de nascimento em Carazinho. No Brasil, são mais de cinco milhões de menores sem o reconhecimento da paternidade registrado. Páginas 4 e 5
Por trás de currículos em busca de vagas no EmpregarRS escondem-se histórias de carazinhenses que sonham em voltar a ter um endereço para trabalhar. Página 6
Nesta Edição
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Concurso público professor e às 14h para monitor de apoio especializado. A prova objetiva do Processo Seletivo para os cargos de Agente Comunitário de Saúde também acontece às 8h da manhã. A recomendação é de que o candidato apresente-se portando documento oficial original que o identifique bem e esteja em bom estado de conservação e caneta esferográfica de tinta azul ou preta de ponta grossa. Quem quiser levar água somente poderá fazer sem for em garrafa transparente e sem rótulo. Com o objetivo de facilitar o transporte para o concurso público, haverá reforço nos horários de ônibus da empresa Glória, saindo do Posto do Baixinho a partir das 06h30min. Os demais horários são informados no site da Prefeitura de Carazinho.
Tradição que aquece Durante o mês de maio, o Conselho Conselho Municipal de Tradições Gaúchas (CMTG), em parceria com os CTG’s e piquetes de Carazinho, realizou a campanha Tradição que aquece, visando a arrecadação de agasalhos. A entrega das doações
aconteceu na noite desta quinta-feira (14) no CTG Pedro Vargas. Foram arrecadadas mais de 2,5 mil peças de roupas, que foram encaminhadas para a Secretaria municipal de Assistência Social, que vai destinar os materiais a famílias que necessitam.
Recital da Musiart Vai acontecer hoje, sábado (16), a partir das 20h no Teatro do SESC, a quarta edição do Recital de Música da Musiart – Escola de Música. A apresentação, que já é tradicional da Escola, marca o encerramento do semestre e leva ao palco 22 músicas, envolvendo cerca de 50 alunos, que cantam e/ ou tocam instrumentos. Segundo o professor da escola Jonas Gloeckner Pereira, o repertório das apresentações é diversificado, do rock ao sertanejo. “A gente busca fazer todo ano o reci-
tal porque é importante valorizar a cultura na cidade e oportunizar aos nossos alunos a chance dessa apresentação”, comentou Pereira, que também salienta que, recentemente, a Escola teve a iniciativa de realizar a primeira edição de um projeto chamado “Festicanto”, um concurso de intérpretes. “Foi bem interessante, é legal para ter uma atração diferente na cidade”, ressaltou. O recital deste sábado é aberto ao público e os ingressos podem ser adquiridos na hora no SESC.
Duas camisetas da dupla GreNal foram sorteadas ao vivo no programa Show da Manhã, da Rádio Diário, nesta sextafeira (15). Participaram do sorteio os clientes da Farmácia Glória/ Rede Associadas que preencheram um cupom para participar do sorteio, no evento promovido pela farmácia na filial 5, ao lado da Praça Albino Hildebrand, na quarta-feira (13). O evento foi realizado com a participação do farmacêutico Mauro Mazzutti no estúdio da Diário. Na urna vermelha foram depositados os cupons de torcedores do Inter e na urna de cor azul os cupons de torcedores gremistas.
Foto: DM/Nathan Schultz
O concurso público para cargos do Município acontece neste domingo (17) na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), campus de Carazinho. No site da Prefeitura são informados os links para que os candidatos confiram informações importantes para realizar a prova. Para fins de identificação, todos os candidatos ficam convocados a comparecerem na data e local com antecedência de uma hora do horário de início da sua prova. Às 8h do dia 17 acontecem as provas para agente contábil e agente financeiro do Previ. Às 14h serão realizadas provas para agente previdenciário, escriturário previdenciário e oficial previdenciário do Previ. Às 8h também acontece a prova para o concurso de
ANIVERSÁRIOS 16/06 Adriano Drey Alessandro R. G. Reichert Aline Zir Friedricks Anauê Elisabete Acco Anildo Goeck Clara Mercedes Vargas Edeson Batista Steffens Elisabete Vatrim Fabio Kressin da Rocha Fernada Dapper Isabel Cristina Loss José Cláudio Schardong Jovino de Freitas Júlia Antunes Ribeiro Juliano Moura Larissa Mello Cordero Luciano Luis Casirigui Maria Hudete Sauer Maria Lúcia Leite Marli Damiani Santos Marlon Fries Nivia Souilljee Paula Aline de Souza Paulo Ricardo Arsego Romero Antônio de Brito Vera Maria de Anhaia Tâmara Vicente Cavalcante Silveira Vilson Rodrigues Martins Wilian Silveira Yone L. dos Santos Stangler
Fundador Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) Presidente-Emérito Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
17/06 Agildo Vinícius da Rocha Dreyer Ashraef Rajab Cristiane Duarte Cirone Guarnieri Darci Koenig Débora Raquel Caramalak Henrique Prestes Igor Luis Zanferrari Ilmo Rodrigo Sebastiani Irineu Graebin Jorge N. Moraes Wedy Juracema Dal Castel Leandra da Costa Leonardo Souza Luana Paula S. Moura Luana da Silva Marlene Ulrich Marta Anders Néli Orlandini Dalpizzol Norton Baum Oneide Vollmer de Abreu Rodrigo da Rosa Rogério Volnei Moreira Susilei Schwermann Thaisa Ohse Vinícios Augusto Resener 18/06 Anajara Teixeira André Martins Angela Schipper
Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto Editora Geral Nadja Hartmann
Bárbara Barbosa Dalila Zirbes Darci Martins Pedroso Denise Vieira Eduarda Luiza Pedrozo Elaine Rheinheirmer Eloísa Pinto Moehlecke Eloá Gomes da Fonseca Erica Rheinheimer Eva Serenita da Luz Gilberto de Faria Júnior Iracélio Nemen dos Santos Iracema Schik Wojahn Josane Franco Pasqualotto Joselita G. Kuentezer Jurema Wagner Lívia Lecchi Luis Carlos Lopes Marisa Cavol Milton Muller Monique Veit Olivam Moraes de Ávila Patrick Cristian O. Nogueira Regina Saldanha Rissiara Rissi Rogério Saldanha Sandra Lima Onofre Sirlei Zenaide Schmitt Sônia Lima Silva Tales Branda Tatiana Di Domênico Valeska Valiatti Valmor de Almeida Ávila
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ECONOMIA POLÍTICA
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GGT Carazinho cogita deixar o município Sem terreno para expandir e diante da demora do poder público na resolutividade de problemas documentais de área doada no Distrito Industrial, Everson Olivier diz que a GGT Carazinho pode deixar a cidade. Administração Municipal procura uma solução jurídica para regularizar doações de áreas feitas a várias empresas entre 2010 e 2011 fotos: DM/Alessandro Tavares
Alessandro Tavares alessandro@diariodamanha.com
Atuando há oito anos no município, a empresa Guincho, Guindaste e Transportes (GGT) Carazinho muito provavelmente está por deixar a cidade. A GGT, que começou suas atividades como um centro de remoção de veículos, com o passar dos anos ampliou seu leque e passou a oferecer também serviços de guindastes e transporte. Segundo o proprietário Everson Olivier, mais de 60% da receita gerada pelo empreendimento tem origem de serviços que são prestados a terceiros em municípios da região. A empresa gera 13 empregos e está instalada no Distrito Industrial Carlos Augusto Fritz, mas praticamente não tem mais espaço para armazenar veículos. Diante da condição, embora tenha demanda, sem espaço para receber veículos, fato que limita a entrada de receitas, desde 2016 já demitiu sete colaboradores. Ha três anos sem uma resposta do poder público sobre a possibilidade de uso ou de comprar do município um terreno do qual é lindeiro, aos fundos da empresa, o que lhe daria a possibilidade de expandir, Olivier percebe como solução para seu seu negócio deixar a cidade. O proprietário conta que já está em tratativas avançadas com um município que fica a menos de 50 quilômetros de Carazinho. “Estamos em negociações bem adiantadas, é questão de detalhes, nos ofereceram uma área, que fica muito perto de um bairro que sabemos que é bastante problemático em relação ao tráfico de drogas. Temo que se nos instalarmos ali,
Sem solução para sua demanda, Everson Olivier diz que a GGT Carazinho pode deixar a cidade podem ocorrer invasões no pátio, mas as tratativas continuam. O prefeito deste município ficou de nos apresentar uma outra área. Eu diria que faltam cerca de 10% para firmarmos um acordo já que em Carazinho meu pleito não evoluiu”, alega o empresário. Ele conta que procurou a anterior e a atual administração municipal, bem como conversou com vários vereadores para apresentar sua demanda sem ter êxito até então. Olivier relata que o que lhe frustra, além de não de ter a pos-
Empresa está com mais de mil veículos no depósito sibilidade de ampliar o espaço de uso no Distrito, é ter descoberto recentemente, durante suas idas até Prefeitura para falar de sua demanda, que até mesmo a área em que está, e que lhe foi doada em 2011, tem pendências documentais.
Soluções frustradas
Olivier conta que fez ainda no ano passado um investimento de R$ 180 mil na aquisição e instalação de prateleiras para armazenar os veículos, o que segundo ele, praticamente quadruplicou a capacidade de armazenamento do local. Porém, de acordo com o empresário, recentemente uma portaria do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS) lhe impede de continuar com este tipo de prática. Olivier também locou o terreno que fica em frente à sua empresa, uma área de uma indústria de peças para máquinas que deixou de funcionar. No local colocou 400 veículos, a maioria sem condições de rodar, porém, segundo ele, uma portaria do Detran não permite que o Centro de Remoção e Depósito (CRD) opere de tal modo por mais de três meses. “Tenho cerca de 400 veículos ali que não rodam. Em poucos dias terei de deixar o local. Vou colocá-los aonde?”, queixa-se o empresário. Somados o pátio com o espaço locado são cerca de 1,2 mil veículos com e sem condições de rodagem que estão sob a responsabilidade da empresa. “Todas as empresas que geram receita e empregos são importantes, mas parte das empresas leva para fora o dinheiro que arrecada em Carazinho. Minha empresa, assim como outras, tem trazido dinheiro de fora para Carazinho. Mais de 60% da receita da empresa vem de serviços prestados para municípios da região. Nossos colaboradores têm uma remuneração que em média é de R$ 3 mil e eles gastam este dinheiro na cidade. Tem um terreno aqui atrás que está criando mato e que seria a solução, mas não me doam
e nem me vendem”, comenta o empresário.
Veículos se acumulam no pátio
Olivier explica que por dia em Carazinho e nos municípios da região que são atendidos pelo menos 10 veículos têm sido apreendidos, principalmente pela Brigada Militar (BM). Embora a maioria dos veículos em condições de rodar os proprietários destes os retirem em cerca de 10 dias, também há aqueles dos quais o proprietários não aparecem, ou os acidentados e envolvidos em ocorrências policiais que ficam retidos, e com isto, o índice de veículos que ficam no pátio é alto, e mesmo que o Detran realize leilões anualmente, o volume de veículos que sai é menor do que a quantia que permanece no pátio. Olivier conta que tem demanda de serviço e que por isso até poderia contratar mais colaboradores, mas dado ao pouco espaço, tem casos aos quais tem se recusado a recolher veículos por entender que provavelmente os proprietários não os retirarão. “Aí ficam a Polícia Civil e a Brigada Militar bravos comigo porque tem situações que temos nos negado a recolher, mas o fato é que estamos sem espaço, querem que eu leve os veículos pra onde?” indaga o empresário. Olivier conta que adquiriu um trator para fazer a roçada do terreno que faz fundo com sua empresa, pois de acordo com ele, devido à capoeira que se forma na área, indivíduos têm acessado o local e dali invadem o pátio de sua empresa. “Comprei um trator e uma roçadeira para fazer a limpeza do terreno, sujeito até alguma sanção pois o terreno não é meu, mas está aí criando capoeira. Embora nós tenhamos um forte sistema de monitoramento de alarme e cães, às vezes ocorre de pessoas abrirem a tela na parte dos fundos entrando no pátio e cometendo pequenos furtos nos veículos”, revela.
Município tenta regularizar doações apontadas
De acordo com o secretário de Desenvolvimento, Mobilidade Urbana,Ciência e Tecnologia de Carazinho, Dêninson Costa, além do CRD Carazinho, outras seis empresas para as quais o município fez doações de áreas entre os anos de 2010 e 2011 tiveram a doação apontada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS). Segundo o entendimento do TCE, as doações de tais imóveis às empresas foram feitas sem a devida observação da garantia de proteção do interesse público. As leis autorizadoras das referidas doações permitem a hipoteca do imóvel a favor de instituição financeira para garantia de empréstimo bancário, o que, segundo o Tribunal, torna inútil a previsão da cláusula da lei municipal que aprovou a doação e que versa sobre a reversão da área ao poder público. Outra irregularidade apontada é que antes das referidas doações não foram apresentadas, ao menos ao órgão, a prévia avaliação dos imóveis. Das empresas que tiveram doações que estão sob tal condições há estabelecimentos dos mais diversos setores da economia. “Já conversamos com o empresário mais de uma vez e não é má vontade da Administração, ocorre que há um imbróglio judicial e não só em relação à empresa dele, são sete doações de áreas do passado que acabaram não cumprindo as exigências da lei, ou que foram revogadas, ou apontadas pelo TCE para as quais estamos tentando uma solução”, diz Costa.
A legislação
Além dos apontamentos do TCE, segundo o secretário há também doações das quais os beneficiários não têm cumprido com as condicionantes que tinham sido acordadas quando da doação em pontos como geração de emprego, receita ou por não terem construído edificações na área doada
dentro dos percentuais estipulados, a maioria 25% do tamanho da área doada . Há também situações de áreas que estão sendo questionadas por terem sido feitas durante período eleitoral. “Temos uma comissão que é formada de servidores de carreira e do setor jurídico que estão analisando lei por lei, mas este é um processo lento, não podemos criar uma solução temporária e que crie em pouco tempo outros problemas para os gestores públicos. Entendemos que o empreendedor que fez o investimento e gera empregos tem sua contribuição social e precisa ter garantias jurídicas, o que eles também não tem hoje e é o que buscamos, mas precisamos observar as leis”, comenta o secretário. Costa revela que embora seja precipitado qualquer análise mais profunda, não descarta a possibilidade de que algumas das situações fiquem sujeitas inclusive à retenção do investimento já feito em cima da área doada. Conforme o secretário, algumas das empresas fizeram investimentos que são muitas vezes superiores ao valor de mercado que a área teria hoje, e algumas destas empresas estão entre as grandes empregadoras da cidade.
Entendimento do Conselho
Sobre o terreno que fica atrás do pátio de remoções de veículos, embora por ora não cite o nome da empresa, o secretário comenta que tal terreno está por ser destinado a uma empresa que já opera no município e tem pretensão de ampliação. O Conselho Industrial já teria deliberado e acordou com tal destinação e em breve deve ser originado um projeto a ser apresentado ao Legislativo. Costa confirma que o pedido de Olivier pela cedência da área da qual é lindeiro foi levada ao Conselho que indeferiu o pedido. Um dos motivos é de que há também o entendimento de que a remoção de veículos não seria necessariamente um serviço para estar em um Distrito com finalidade de industrial. O Assessor Jurídico de Governo, Antônio Azir Salles, comenta que ao todo o setor jurídico e a referida comissão criada para analisar os casos tratam de oito situações de empresas que tiveram as doações apontadas, e antecipa que entende que todas terão condições de terem a documentação em condições de serem regularizadas. Para tanto provavelmente uma nova lei precisará ser editada. Dentre estas empresas está o depósito de Olivier. O advogado destaca, no entanto, que quanto ao pedido por mais um terreno para o mesmo empresário , não se verifica a possibilidade do município fazer a doação para uma mesma empresa de duas áreas. Azir lembra que o pleito chegou a ser leva-
do para o Conselho Municipal que delibera sobre os temas de distritos, porém, o conselho indeferiu o pedido.
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Direito ao nome
Por mês, cerca de cinco crianças em Carazinho são registradas sem o nome do pai na certidão de nascimento. Para o juiz da Vara da Infância e Juventude, Bruno Massing de Oliveira, trata-se de um número preocupante Fotos: Redação DM
Isabella Westphalen isabella@diariodamanha.com
Em 2012, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o objetivo de instaurar o projeto “Pai Presente”, realizou um censo escolar, que apontou o número de mais de cinco milhões de crianças que não teriam o nome do pai registrado na certidão de nascimento no Brasil, acendendo um alerta para as autoridades. Trata-se de um número preocupante, segundo o Juiz da Vara da Infância e da Juventude de Carazinho, Bruno Massing de Oliveira, que ressalta que a certidão de nascimento é o primeiro documento a concretizar o direito a personalidade da criança, portanto, ela tem direito ao nome. “Essa criança, se quiser, tem direito de saber quem são seus pais, suas origens e é por meio da certidão que ela exerce seus direitos à cidadania, afinal, ela é uma pessoa”, ressaltou o Juiz. Tendo em vista que a falta do nome do pai fere o direito desta pessoa, além das consequências emocionais, também temos a repercussão jurídica disso, que é a ausência do sustento por parte do pai. “Não
“
“Por não carregar no seu corpo, o abandono por parte de pai é visto, muitas vezes, como normal. Enquanto a mulher, se pratica um aborto, por exemplo, está “tirando uma vida” Tatiane Marques de Castro tendo esse pai, fica sem os direitos judiciais, alimentos e herança. Fora a repercussão emocional desse fato, é uma marca que fica do sentimento de não reconhecimento”, ressaltou Oliveira, que acredita que essa falta, dependendo do contexto social em que esta criança vive, pode acarretar prejuízos em seu desenvolvimento.
Realidade
De acordo com a Oficial do Registro Civil de Carazinho, Silvia Carbonari, não há um elemento no sistema que indique um número exato de quantas pessoas,
em Carazinho, não têm o nome do pai na certidão, porém, afirma que a média por mês varia de quatro a cinco casos. A Oficial afirma também que não se pode dar exatidão nos números, pois tudo é arquivado e, inicialmente, uma criança, por exemplo, pode não ter o nome do pai, mas logo depois ter esse reconhecimento. “Esse é um dado que pode mudar, a criança/adulto pode vir a ser reconhecida a qualquer momento, voluntariamente ou não. Mas, pela nossa experiência aqui, a média é que tem de quatro a cinco
registros por mês em que não consta o nome do pai”, revelou Silvia, que acredita que informar a população da possibilidade desse reconhecimento é importante. Em alguns casos, Silvia informa que o registro é encaminhado para a Defensoria Pública, para que a mãe seja orientada a como proceder um pedido de investigação de paternidade, se desejar.
Um abandono que é socialmente “melhor aceito” De acordo com o Juiz, são inúmeros os casos
”
que encontra deste tipo, e acredita que, de uma forma geral, o abandono do pai é socialmente melhor aceito do que o aborto da mulher, por exemplo. “Claro que não são todos os pais que abandonam, não é essa a questão, mas existe uma cultura de se aceitar mais isso, de que o pai seria secundário na criação”, comentou Oliveira, que ressalta que não deve ser assim, pois as responsabilidades devem ser divididas.
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Busca pela superação “Nunca conheci meu pai”. Assim começa o relato da funcionária pública Tatiane Marques de Castro, 37, que afirma ter descoberto ainda pequena que não tinha esse vínculo com o pai. “Minha mãe nunca escondeu nada sobre isso, foi uma escolha deles em conjunto. Sempre convivi com essa questão e tive uma infância normal e boa, até o falecimento do meu avô, quando eu tinha 12 anos”, relatou Tatiane, que tinha na figura do avô, um pai. Um personagem presente em sua história, e que deixou saudades, a funcionária pública afir-
ma que ele sempre ajudou com tudo e que o carrega no coração. “Ele foi meu suporte. Sempre o chamei de pai, quando ele se foi deixou muita tristeza”, relatou Tatiane, que ressalta que, após o falecimento do avô, um de seus tios assumiu o “posto”. “Então, eu nunca tive um pai de sangue. Mas me espelhei neles, porque pai é quem cria e nunca senti falta do meu pai verdadeiro”, comentou a funcionária. Sobre essa questão de abandono e comparações, Tatiane afirma que, ao realizar um aborto, a mulher precisa agir na ilegalidade, tendo em vista que a legislação brasileira ainda criminaliza
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a ação. E para o homem, acaba sendo mais fácil abandonar. “Um chá de sumiço da parte deles resolve. Acredito que mães que criam seus filhos sozinhas são guerreiras, lutam diariamente por seus direitos e de seus filhos”, comentou a funcionária, que enfatiza: nunca teve vontade de conhecer o pai biológico. “Não fiz questão e não faço até hoje. Meu pai era meu avô, e sempre vai ser”, comentou. Marcas da parte que falta Tamanha é a dificuldade de falar sobre o assunto que a segunda entrevistada da reportagem não quis se identificar. Para a carazinhense é complicado relembrar
“
“É importante passar a mensagem de que toda a criança tem direito a saber quem é seu pai. É um direito absoluto, saber sua origem e todas as consequências disso” Juiz Bruno Massing de Oliveira
”
essa ausência em sua história. “Durante anos somos ensinados que a família ideal é composta por um pai, uma mãe e filhos. Mas muitas vezes isso não acontece. O homem que ajudou a me gerar não me assumiu quando eu nasci”, contou a moça, que ressalta que a falta de reconhecimento, deixou marcas negativas em sua vida. Quando criança, nossa entrevistada afirma ter questionado a mãe do porquê não tinha pai e a mãe lhe contava a história de que nunca mais o viu, sem entrar em detalhes, porém, conforme foi ficando adulta, sua curiosidade aumentou e ela buscou esse contato através de seus padrinhos, os quais ela afirma serem bastante presentes em sua vida, assim como a mãe. Ao conseguir um contato de uma tia, irmã do pai biológico, aos 13 anos, a entrevistada afirma ter sido bem tratada pela tia, descobriu que o pai morava em Porto Alegre, onde tinha uma família e uma outra filha. Após uma tentativa frustrada de encontrar o pai em um natal, nossa entrevistada aguardou o contato, que nunca chegou. “Combinamos que quando ele viesse, ele me avisaria, para nos encontrarmos. Fiquei ansiosa, mas, ninguém ligou. Passados alguns dias, descobri que ele não teria me ligado para não arrumar confusão com a atual es-
5
posa”, contou a mulher, que ressalta que após o acontecido sentiu tristeza e revolta.
“Aprendi que a dor nos faz crescer” Anos depois, a moça afirma que houve o interesse por parte do pai em conhecê-la, porém, dessa vez, foi ela quem não quis e decidiu parar por essa busca, que, segundo ela, tanto a feriu. “Ninguém vai trazer minha infância de volta. A gente acaba chegando num ponto em que precisamos nos livrar do veneno que nos intoxica e deixar ele ir”, afirma a moça, que acredita também que, no fim das contas, tudo serviu de aprendizado.
“
“No fim das contas, agradeço por tudo isso. Aprendi a admirar profundamente as pessoas que fazem das tripas coração para dar conta de criar aqueles que colocaram no mundo e dar amor, educar e mostrar como esse mundo é bonito” Entrevistada, que prefere não se identificar.
”
CIDADE
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A face do desemprego Mais de 600 pessoas participaram do Empregar RS de Carazinho. Evento ofereceu especialização e contato direto com empregadores Isadora Stentzler isadorastentzler@diariodamanha.com
Juanita Gomes estava atrasada. Chegara 10h30min ao salão do Clube Caixeiral, em Carazinho, onde às 9h de sexta-feira (15) começara o Empregar RS – evento organizado pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) que prometia a intermediação entre desempregados e empregadores com 70 vagas em aberto. Uma chance para ela, que dos 55 anos passou os últimos oito em casa. A passos rápidos entrou no salão, saindo em menos de cinco minutos para conversar com o sobrinho ao telefone. “A palestra e a entrega de currículo vai até às 11h. depois continua à tarde, 13h30min”, explicou ao jovem de 30 anos que também passa pelo desemprego. A senhora havia deixado o bairro Vila Rica, onde mora com a mãe, de 81 anos, para o evento que descobrira quando levou o currículo ao Sine da cidade. Uma cópia do documento estava em uma pasta azul, junto com a carteira de trabalho, que há tempos não vê caneta ao papel. Ela o exi-
be com orgulho. “Minha área é escritório, secretariado, mas eu tô buscando qualquer coisa agora. Olha”, e mostra o papel impresso com seu nome completo e uma foto 3x4 no canto direito, “estudei, fiz o magistério. Era arquivista, e antes fui recepcionista, e antes trabalhei ainda naquele Baú da Felicidade, sabe? Quando saí de lá o pessoal perguntava se eu tinha fechado a loja. Gostavam tanto de mim que achavam que eu era a dona.” E riu. Atrás do riso que vinha com as lembranças dos tempos de trabalho, escondia-se em Juanita o cansaço de quem, de tantas portas fechadas, desespera-se. A sensação, descreve, é de ter perdido a dignidade junto da autonomia de ter os próprios recursos aos 55 anos. Seu afastamento do mercado se deu devido a uma depressão que a fez trancafiar-se em casa com medo e desgosto do mundo. Foi só no início do ano passado que, em uma nova perícia, foi dada apta a voltar. Desde então as sucessivas portas fechadas a fizeram olhar para o evento de sextafeira como uma oportunidade a ser lograda. “A gente não pode ajudar ninguém porque também precisa
de ajuda. Comprar um queijo, sabe, tem vezes que não posso. Saciar alguma vontade, também não. E eu vivo com o que minha mãe, aposentada, recebe. E isso mal dá pra nós duas”, desabafa. Ela não era a única malograda no espaço que, em outras oportunidades, serviu para a alegria das festas e o esquecer dos problemas.
Viver de bicos
Jaime Luiz de Camargo, de 52 anos, escondido em seu boné e jaquetas, se apresentava às empresas que ali tinham os estandes. Entregava currículos. Vendia-se como peixe para tentar uma vaga de motorista. Mas como outros tantos que cruzavam os empregadores com seus currículos, “qualquer vaga estava bom”.
“Tô parado desde setembro de 2017. Consegui passar os cinco meses com seguro desemprego, mas depois não consegui mais nada. Trabalhei numa empresa por 30 dias e depois me mandaram embora. Falaram que eu ‘não me encaixava’. Agora tô fazendo bicos. Olha minhas unhas. Perdi elas trabalhando em terraplanagem, em
Junto com o desemprego vieram unhas machucadas de Jaime: “Perdi elas trabalhando em terraplanagem”
Jaime Luiz de Camargo está desde setembro desempregado. Hoje vive de bicos, mas ainda sonha em voltar ao emprego de motorista obra. E isso pra ganhar R$ 20,00 a cada meio-dia”, narrou a sina, com os olhos pra baixo, desalentados, mostrando que a vontade de lutar quase se sumia. Aos 52 anos, conta que se vê almoçando macarrão instantâneo. Não por praticidade. Mas por economia. Já ficou sem gás. E só se mantém ainda por não pagar aluguel e viver só. Do trabalho, diz, amontoa o que precisa para enviar a um dos filhos, a quem paga pensão. E só. A vida, parece-lhe, resolveu o castigar desde a infância, quando perdera a vó que o criara, quando voltou a morar com a mãe e o padrasto – que o agredia –, e quando precisou, aos oito anos, fugir de casa e tentar a sorte de criança pobre na grande Porto Alegre. Suas mãos não estavam calejadas à toa. Pena era a alma com mais abrolhos que os vistos na pele. “É muito triste. A sensação que eu tenho é de menosprezo. Não sei porque não me dão trabalho. Eu estudei pouco. Só até à 4ª série. Mas eu tenho experiência. E faço muito mais que o serviço que tenho que fazer. Acho que é porque eu não saio bem vestido. Mas eu não tenho dinheiro pra usar roupas melhores.”
Empregar RS O evento que atraiu os vários Juanitas e Jaimes na sexta-feira acontecia também em outras 83 agências do estado, com apoio da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação
Social. Em Carazinho, quatro palestras foram organizadas ao público das 9h às 16h, alertando sobre a elaboração de currículos, especialização do trabalhador, empregabilidade e marketing pessoal. Outros estandes também faziam a captação dos interessados, a fim de colocar em contato direto empregadores e futuros empregados. Participaram do evento o Senac, Sest/Senat, Sesc, Ciee, CDL, Senai, Assistência Social, Unopar, Senar, Escola Sorg e o NEEJA/EJA. Em um cenário cujo o Sine emitiu 170 seguros desempregos contra 22 vagas disponíveis em apenas nove dias, o objetivo ali era fazer com que o número fosse minimizado e os problemas de desemprego, sanados. Durante todo o dia, mais de 600 pessoas, de acordo com a coordenadora do Sine, Cleonice Magalhães, participaram do Empregar. A unidade também abria 70 vagas nas áreas de montador, soldador, operador de torno, operador de empilhadeira, auxiliar de pintura para peças de máquinas, motorista, auxiliar de serviços gerais, auxiliar de carga e descarga, vendedor externo e chapista. Oportunidades que os Jaimes e Juanitas almejam alcançar. “Hoje eu tive esperança. Acho que vou conseguir”, falou Jaime, apontando que ainda havia resquícios de força em quem, há tempos, se vê caindo na pobreza do desemprego.
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ESPORTE
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Otimismo carazinhense para Brasil x Suíça Ex-jogador de futsal que morou na Rússia aprova o trabalho que o gaúcho Tite faz na Seleção Brasileira redacao.carazinho@diariodamanha.com
Foto: Arquivo pessoal
Ao sentar em frente à TV para assistir os jogos da Copa do Mundo deste ano talvez a nostalgia bata ao peito do carazinhense Sandro Regis Hortencio. Mais conhecido pelo apelido Tête, para o ex-jogador de futsal a sede do mundial não é apenas mais uma longínqua nação do globo terrestre. Por cinco meses, a Rússia foi a casa do ex-atleta, que morou e jogou futsal em Moscou, a capital russa. “É legal ver a Rússia ser a sede. É um orgulho poder dizer que já estive lá e aí vem também as lembranças daquele período. Claro, o mundo mudou desde aquela época, mas foi uma experiência muito válida.
O carazinhense Tête está otimista quanto ao desempenho do Brasil na Copa
Pude adquirir conhecimento cultural e saber como vivem os russos”, relata Tête. O carazinhense teve uma carreira de mais de 20 anos como jogador de futsal. Na Rússia, ele atuou entre janeiro e junho de 2001. “Na época em que estive lá, o futebol era bastante apreciado pelos russos. O futsal não era tão conhecido, então nós, brasileiros e espanhóis, fomos os pioneiros em divulgar esse esporte por lá. Tive algumas dificuldades por conta do idioma, mesmo assim pude conhecer algumas regiões de Moscou. Também fiz amizades com jogadores brasileiros do Spartak Mosocu (time de futebol da Rússia). O que percebei por lá é que pelo fato da Rússia ter vivido muito tempo em um regime de governo bastante fechado, os russo tinham pouco conhecimento sobre outros países”, relembra. Sobre a Seleção Brasileira que está na Rússia para a Copa do Mundo, Tête elogia o trabalho feito pelo gaúcho Adenor Bachi, o Tite, técnico da equipe. “O Brasil se tornou uma seleção competitiva. Não é uma equipe que vai dar show, mas é um time organizado. A zaga é equilibrada e temos um meiocampo consistente na marcação e que sabe sair jogando. Nossos atacantes são o diferencial, Neymar e Coutinho estão em uma grande fase”, ressalta. O Brasil estreia neste domingo (17) às 15h contra a Suiça
“O sistema beneficia a equipe”
Para o esportista carazinhense Gilberto Kamphorst, o Gibão, o excelente
manha, Espanha e França possuem tudo o que um campeão precisa ter, mas o Brasil não está tão longe disto”, confirma.
relacionamento que Tite tem com a sua seleção é extremamente importante para o bom desempenho que a equipe tem tido nos últimos jogos. “Ele é um homem de caráter, simples e objetivo, fora que é um homem de fé, e faz com que sua equipe faça uso desta também. Trouxe consigo um sistema que não beneficia um jogador apenas, mas, sim, toda a equipe”, aponta Gibão. O esportista também conta que mesmo havendo uma grande variedade de times que estão mais do que aptos a vencer a Copa do Mundo, o Brasil segue como um forte concorrente. Ele aposta que além de ganhar o primeiro jogo por 2 a 0 contra a Suíça, a Seleção Brasileira também chega a final. “Ale-
Você gosta de Copa do Mundo? Na página do Grupo Diário da Manhã no facebook (facebook. com/diarioam), o internauta pode responder como está a expectativa para a Copa. A votação online se estende até o domingo (17). Até o fechamento desta edição, os que não estavam interessados nos jogos que acontecem na Rússia eram maioria. Foto: Arquivo/DM
Rodolfo Sgorla da Silva Tainá Binelo
Para Gibão a Seleção Brasileira é uma forte concorrente ao título
8 - Diário da Manhã
Sábado e Domingo, 16.06 e 17.06.2018, Carazinho
Celebrando o amor
Viva São João!!! Organizada pelos Amigos da Praça Soldado Adriano, grupos de moradores do bairro Loeff e região, que se reuniram inicialmente apenas para que o local ganhasse uma melhor infraestrutura, a Festa Junina chega à sua 8ª edição. O evento, que em 2017 foi reconhecido no calendário do município, em 2018 acontecerá no dia 24 de junho e contará com show humorístico. Valéska Weber, psicóloga e uma das administradoras do grupo, conta que a iniciativa que começou apenas como um modo de reunir os vizinhos se tornou algo bem maior. “Ela foi planejada como uma confraternização, para que pudesse haver uma maior integração, con-
clamação entre os moradores. Mas, tomou âmbitos bem maiores. Hoje, a população de toda cidade vem nos prestigiar”, conta. A Comemoração, que terá toda a programação de São João, será uma festa tradicional. Casamento caipira, quadrilha, cadeia, pipoca, maçã do amor e quentão farão parte da festividade. O lucro arrecado será convertido em manutenção da praça. “Faremos uso deste dinheiro para atividades desde o corte da grama até a compra de brinquedos novos. Nosso objetivo com este valor é também comprar brinquedos de fibra, para que as crianças que nos visitam tenham um número maior de opções”, diz a psicóloga.
Com um jantar cinco estrelas, o Hotel Plaza-Sul encantou casais, clientes e convidados na noite do dia 12 de junho, Dia dos Namorados. Com um cardápio exclusivo para a data e espumante, o restaurante do Hotel proporcionou momentos inesquecíveis para os apaixonados.
Amor e aconchego O Granola’s Café celebrou o amor no Dia dos Namorados, com um presente gastronômico para seus clientes: um jantar especial para a data foi servido no último dia 12, alegrando o romance de muitos casais da cidade.
Ela faz a diferença Valéska Weber
de São João As lojas Brink-Lândia e ABC tem todos os tipos de acessórios para aqueles que gostam de se enfeitar na época de festas juninas. Além do típico xadrez que pode ser visto em camisas e vestidos, a loja tam-
bém oferece chapéus de palha, gravatas, pipas para que ninguém fique sem comemorar vestido tipicamente nessa festa que é “tudi bão sô”!
“Promover a reflexão, o autoconhecimento, acolher, refletir e cuidar fazem parte da minha vida. Trabalhar tem sido um prazer nestes quase 26 anos de profissão. Meu trabalho pulsa em mim. Adoro o que faço e sei da diferença que o saber psicológico pode fazer na vida de uma pessoa, um casal, uma família e uma comunidade. Tudo começa em nós, e numa realidade desafiadora como a nossa, intervir para que as pessoas se autoconheçam, superem suas dificuldades e vivam de forma menos adoecidas e mais felizes é realmente relevante e gratificante. Sinto-me honrada e realizada com minha caminhada profissional junto ao consultório, saúde pública, docência e voluntariado. Acreditar na relevância do que faço, aliado ao estudo continuado, tem me possibilitado viver esta grata experiên-
cia junto à profissão que escolhi”. Valéska Weber, é psicóloga, sexóloga, mestre em Psicopatologia e Psicologia Clínica, com formação em terapia de casais, família e indivíduos; coordenadora do serviço de saúde mental do município e representante estadual da Escola De Pais do Brasil.
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Copa do Mundo é momento de confraternização, reunir os amigos, a família, cachorro, gato, todo mundo para assistir os jogos do Brasil. Mesmo depois do 7x1 da última Copa, há brasileiros que não desistiram do sonho do hexa, e apostam que nessa Copa ele vem. Também é o momento, considerado por alguns, de entrar no clima e descontrair vendo os jogos, torcendo para que a Seleção Brasileira brilhe em campo e que o país volte a brilhar em outros setores também. Para quem se sente contagiado e com vontade de torcer pelo hexa, onde assistir o jogo neste domingo e onde comprar artigos de decoração para entrar no clima!
Pagode e futebol O HOP – Louge Bar vai estará com uma programação especial neste domingo (17) para a estreia do Brasil na Copa. Além do pagode com o Grupo Presença, que vai estar rolando durante o jogo, os clientes terão a possibilidade de chopp em dobro e irão ganhar uma tabela personalizada dos jogos da Copa para completar com os resultados e acompanhar o avanço da Seleção no Mundial. E como nem só de chopp e pagode vive o ser humano, o público também poderá apreciar os espetinhos e hambúrgueres que estarão à venda. A casa irá abrir as portas a partir das 14h e fica localizada na Rua Alexandre da Motta, 673, no Centro da cidade.
de Copa Tudo da Seleção Na Amô – Decorações e Presentes você encontra artigos diferenciados para investir na sua confraternização de Copa do Mundo! Tem kit churrasco, almofadas, cooler, copo, luminária, entre outros produtos temáticos da seleção brasileira e que já estão à venda desde a semana passada para os torcedores fanáticos que apostam em peças personalizadas.
Torcida verde-amarela As lojas ABC e Brink-Lândia, por sua vez, vem forte com acessórios para aqueles que gostam de se enfeitar nessa época. Acessórios, brinquedos, almofadas, pantufas, jogos temáticos, apitos e as famosas vuvuzelas também estão à venda nas lojas.
“Deuses da Bola – 100 anos de Seleção Brasileira ” Eugenio Goussinsky e João Carlos Assumpção Para quem ama futebol e quer entender mais sobre a história da Seleção Brasileira o livro “Deuses da Bola – 100 anos de Seleção Brasileira” é uma ótima pedida para entrar ainda mais no clima da Copa do Mundo e saber mais sobre a nossa seleção canarinho. O país pentacampeão mundial montou sua seleção pela primeira vez em 1914 e a partir dos anos 50 passou a unir cores, gêneros, classes sociais em torno do futebol do Brasil. Neste livro, os autores buscam contar toda a trajetória das seleções brasileiras até aqui e expor fatos que muita gente não conhece.
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RODA VIVA Arlete Rohde
Cidades da Rússia da Copa A partir de agora todos estaremos ligados aos jogos da Copa do Mundo de 2018. A Rússia dos czares, das cidades milenares será sede dos principais embates envolvendo os melhores do mundo. Li uma reportagem sobre São Petersburgo, a chamada Veneza do Norte, no jornal O Presente, de autoria do Professor Elio Migliorança, que merece ser comentado. “O nome Veneza do Norte” é por causa dos rios que a cortam, sendo São Petersburgo uma cidade recheada de história e arte, que com certeza encantará os milhares de visitantes curiosos, entusiastas do futebol mundial. São Petersburgo fundada em 1703 pelo rei Pedro, o Grande, foi ao longo da história a cidade que mais mudou de nome no mundo inteiro. Após a fundação passou a chamar-se Petrogrado que significava cidade de Pedro. Durante o regime comunista mudou seu nome para Leningrado em homenagem a Lênin. Após a morte deste, passou para Stalingrado em homenagem à Stalin, para finalmente voltar às origens como São Petersburgo após o fim do comunismo. Foi a capital do maior país do mundo por 211 anos. A cidade é nova se comparada com a história da Rússia, que tem mil anos, fazendo de São Petersburgo uma jovem de apenas 300 anos. A cidade tem 5,2 milhões de habitantes, já teve mais de mil e duzentas igrejas, mas durante o comunismo mil foram destruídas, mas as duzentas que restaram são grandiosas e singulares pela sua arquitetura e obras de arte. Em São Petersburgo tudo é grande: os museus, os prédios públicos, praças e monumentos construídos pelos czares, os quais arrecadavam somas
fabulosas em impostos, já que o país era propriedade do imperador que cobrava renda dos súditos e com isso eles construíam obras gigantescas e saíam pelo mundo comprando obras de arte e joias em ouro e pedras preciosas. Existem muitos palácios na cidade, inclusive a residência do conde Stroganov, o inventor de um prato conhecido no Brasil e muito apreciado: o estrogonofe. Mais de oito milhões de pessoas visitam São Petersburgo a cada ano e, além de ser considerada uma das mais bonitas cidades da Europa, é a Capital Cultural da Rússia. Atentos à nova ordem econômica mundial, os russos estão investindo pesado em novas fontes de produção e em infraestrutura e segurança. Mesmo com metade do tamanho, o Brasil, se bem administrado, tem condições de ganhar deles nas áreas de produção e qualidade de vida. Quem viver, verá.”
Em tempo de Copa
A ordem é torcer pelo Brasil. Vestir as cores verde e amarelo, esquecer um pouco das falcatruas e reunir a família diante da televisão, enfeitando a casa com muitas bandeiras e deixando a emoção correr solta. Não importa quem será o vencedor. O importante é como brasileiros termos orgulho de nossa seleção e vibrarmos com ela. O resto fica nas mãos de Deus. E, viva o Brasiiil! Esperemos poder vislumbrar pela TV paisagens das demais cidades russas onde acontecerão os jogos da Copa. Afinal tudo em prol da cultura geral!
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SEGURANÇA
Sábado e Domingo, 16.06 e 17.06.2018, Carazinho
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SEGURANÇA
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Susepe tenta prorrogar prazo para construção de penitenciária Delegado da 4ª Delegacia Penitenciária Regional contrapõe informações recentes de que Passo Fundo teria perdido a verba federal para outra cidade Foto Arquivo/DM
Caetano Barreto caetano@diariodamanha.com
Em tramitação há mais de dez anos, o processo de construção da nova penitenciária de Passo Fundo, cuja área fica distante apenas cerca de dez quilômetros de Carazinho, próximo à BR 285, tem sofrido com constantes embargos e adequações, e todo semestre a verba destinada para o projeto, cerca de R$ 9 milhões concedidos pelo governo federal, é questionada. Essas constantes incertezas têm levado o processo a ser interpretado de várias maneiras e gerado inúmeras expectativas quanto ao destino da futura casa prisional feminina. Rosalvaro Portella, delegado da 4ª Delegacia Penitenciária Regional da Susepe, assegura que dessa vez a verba continua disponível. “Em princípio nós temos vigência até o dia 30 de junho, e a Susepe vem trabalhando já para a prorrogação do prazo para 30 de dezembro, e como o trabalho está bem adiantado, provavelmente vai conseguir”, cita. O último embargo ao projeto ocorreu em dezembro de 2017, quando a Caixa Econômica Federal descobriu entraves por conta
Delegado da 4ª Delegacia Penitenciária Regional da Susepe garante que os recursos estão disponíveis para o projeto de alguns documentos, que obrigaram o Estado a fazer algumas alterações no projeto. Seja pela localização, pelo prazo, ou por detalhes do contrato, a construção da casa prisional feminina é anualmente atrasada, e também alvo de forte discussão, principalmente entre as forças políticas de Carazinho e Passo Fundo. A estrutura está prevista para ser construída às margens da rodovia, bem próxima da divisa entre os dois municípios. Desde que o projeto foi anunciado - inicialmente, seria uma penitenciária masculina- a comunidade de Carazinho demonstrou preocupação com a poluição que a unidade poderia causar às águas abastecem a cidade.
Verba ainda é de Passo Fundo Na última semana, o processo da penitenciária foi novamente questionado e o “ruído” recente denunciava que a verba teria
sido perdida, e repassada ao município de Erechim, que também tem um processo de instalação para uma penitenciária em aberto. “Erechim trabalha com outra perspectiva, eu sei pois sou responsável pela seção do município, que tem uma permuta de imóvel que está sendo trabalhada nesse sentido, o que diverge da modalidade de construção da unidade de Passo Fundo”, diz Portela. O titular da 4ª delegacia prisional regional deixa bem claro que não existe a possibilidade da verba ser redirecionada: “São modalidades de construção e de aparatos em relação ao projeto bem diferentes, são questões divergentes. Em Passo Fundo, em tese seria uma parte da verba oriunda do governo federal, e a outra do governo estadual, e em Erechim, seria uma permuta de imóveis, ou seja, será feito um levantamento de imóveis instalados lá, e que já está em andamento também”, conclui.
12 - Diário da Manhã DIÁRIO PASSO FUNDO redacao@diariodamanha.net - (54) 3316.4800 DIÁRIO CARAZINHO redacao.carazinho@diariodamanha.net - 54.3329.9666 DIÁRIO FM 98.7 MHz diariofm@diariodamanha.net - 54.3311.1309 DIÁRIO AM - 570 KHz diarioam570@diariodamanha.net - 54.3311.7756 DIÁRIO AM CARAZINHO - 780KHz diarioam780@diariodamanha.net - 54.3331.2422
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Quando o Grêmio embalou aquela sequência de goleadas em maio, 5 a 0 no Cerro Porteño e 5 a 1 no Santos, resultados que haviam sido antecedidos pela conquista do Campeonato Gaúcho (também com goleadas) e pela superação na Recopa, eu pensava: “é uma pena que neste ano haverá a parada para a Copa do Mundo”. O mês de maio foi transcorrendo, no qual o time permaneceu invicto, e junho chegou. Não tanto pelo resultado, mas principalmente pelas muitas lesões sofridas neste período, mudei meu pensamento. Ainda bem que teremos este período de cerca de um mês sem jogos por Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores. As goleadas de maio foram o auge do time neste ano (e talvez em muito tempo) em termos de desempenho. Depois disso, Renato não conseguiu repetir a melhor versão alcançada pelo Grêmio. Uma hora era Luan, noutra Everton, depois Arthur, Maicon, Léo Moura, Ramiro e Alisson. Todos se lesionaram e, somando a ida de Geromel para a Seleção Brasileira, nos últimos jogos o Tricolor sempre jogou desfalcado. Lesões e suspensões são quase impossíveis de serem evitadas. Com o ritmo forte que o Grêmio joga, as contusões e desgaste dos atletas são um risco permanente para o time. Vem em excelente hora essa pausa nos campeonatos clubísticos. Esse é o momento de afiar o machado, azeitar as engrenagens e ajustar as ferramentas para Copa do Brasil e Libertadores. Não temos muito o que fazer no Brasileirão. Nesse último mês o Grêmio jogou apenas o Campeonato Brasileiro e com os titulares. Perdeu pontos importantes e que não vai poder recuperar quando a agenda ficar lotada nas disputas de mata-mata. O foco está mesmo no que realmente importa: Copa do Brasil e Libertadores.
Fazia muito, mas muito tempo que eu não via o Internacional em tão bom momento quanto neste início do Campeonato Brasileiro. Puxando pela memória, talvez eu cite o primeiro semestre de 2015, quando o Colorado tinha um time estrelado (Alisson, Juan, Aránguiz e Nilmar), ganhou o Gauchão e foi semifinalista da Libertadores. Coincidência ou não, depois da desclassificação frente ao Tigres do México, a coisa toda degringolou e fomos parar na Série B. Pois foi lá, na segunda divisão, que uma nova virada começou. Ainda no ano passado Odair Hellmann assumuiu o time, encarando de frente a desconfiança de torcedores e resistindo bravamente a todo tipo de pressão. Pois agora, com cerca de seis meses de trabalho, incluindo aí uma pré-temporada e também adições importantes ao elenco, Hellmann dá uma resposta positiva. Pois sim, ser o 4o colocado no Campeonato Brasileiro é um feito e tanto para um time acusado por alguns de “ainda ser de segunda divisão”. Há muitos pontos negativos, é verdade, precisando de correção. Mas também há fatores que precisam ser celebrados. O principal, penso, é a capacidade que o Inter retomou em vencer partidas contra adversários semelhantes. Lembra como foi sofrido em 2016? E 2017 idem, com raros momentos de brilho? Pois bem, 2018 parece diferente. Quem viu o jogo contra o Vasco, o último antes da parada para Copa, deve ter gostado demais. O Inter soube se impor em casa e mostrou virtudes: teve gol ensaiado (do Cuesta e do Patrick) mas também de improviso e jogada de qualidade (do Nico). Aliás, Nico surpreendeu pelo bom futebol enquanto titular. Agora vem um período de intertemporada. Curiosamente, em um momento desfavorável ao Inter, que exibia um bom futebol e oito jogos de invencibilidade. Estava embalado e em crescente. Esperamos, contudo, que a equipe retorne em julho ainda mostrando todas essas virtudes que, de certa forma, nos encantam.
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O tricolor e o colorado SGORLA DA SILVA
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Nova 13-06
Crescente 20-06
Cheia 28-06
OMF joga neste sábado O time do OMF, que representa Carazinho na Série Bronze do Futsal gaúcho, entra em quadra neste sábado (16). A partir das 20h, a equipe enfrenta o Palmeiras em São Gabriel. O jogo é válido pelo primeiro turno da primeira fase da competição. Durante a semana, o time carazinhense realizou dois treinos visando o jogo deste final de semana. O adversário é o lanterna da chave 1 da Série Bronze, com um ponto ganho em sete jogos disputados. O OMF é o quarto colocado na tabela, com 9 pontos ganhos, cinco a menos do que o líder Guarani, de Frederico Westphalen. “Vamos trabalhar objetivando os três pontos. Vamos jogar diante do lanterna, mas sabemos que o Palmeiras tem um bom plantel, inclusive, com reforços visando esta reta final do turno e já olhando para o returno”, destaca Juliano Nemecek, o Jundiá, técnico do OMF. O jogo será transmitido ao vivo pela Diário AM 780. A transmissão também acontece na página do Grupo Diário da Manhã no facebook, no facebook.com/diarioam.
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Saque do PIS/Pasep movimentará quase R$ 2 bi no Estado Comércio acredita que o recurso extra estimulará novas vendas e o pagamento de dívidas Fotos Arquivo / DM
Anderson Favero redacao.carazinho@diariodamanha.com
Caetano Barreto caetano@diariodamanha.com
O governo federal anunciou, através de decreto presidencial, o saque das contas inativas do Programa de Integração Social (PIS), e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Com essa medida, o governo espera injetar R$ 39,5 bilhões na economia brasileira, e assim projetar um impacto positivo de 0,55% no PIB e movimentar o mercado. Michel Temer anunciou que o objetivo é que a medida tenha o mesmo resultado de quando liberou, em 2016, R$ 43 bilhões das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “São valores depositados até 1988 e estão lá paralisados, engordando um pouco a Caixa e o Banco do Brasil, enquanto devem engordar financeiramente aqueles que são bene-
Diretor da CDL Carazinho avisa que momento é propício para quitar dívidas
Empresário espera que dinheiro se reflita em acréscimo nas vendas
ficiários, os trabalhadores”. Tem direito ao saque servidores públicos e as pessoas que trabalharam com carteira assinada de 1971, quando o PIS/Pasep foi criado, até 1988. Quem contribuiu após 4 de outubro de 1988 não tem direito ao saque, pois a Constituição, promulgada naquele ano, passou a destinar as contribuições para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que paga o seguro-desemprego e o abono salarial, e para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES). A partir da próxima segunda-feira (18) até o dia 28 de setembro, qualquer pessoa titular de conta do PIS/Pasep ou seu herdeiro pode sacar os recursos. Se aguardar até agosto, poderá resgatar mais, pois o reajuste dos valores de 2017/2018 será feito em julho. O saque total das contas do PIS/Pasep, anteriormente, só era liberado quando o requerente completasse 70 anos, se aposentasse, tivesse doença grave ou invalidez ou fosse herdeiro de titular da conta.
Comércio está otimista O proprietário da Rede Boa Vista de supermercados e postos de combustíveis de Carazinho, Henrique Leonhardt, chama atenção aos benefícios esperados com a nova medida.“Temos a expectativa que isso se reflita em um acréscimo nas vendas em geral, com toda a certeza. E também acredito que as pendências existentes serão boa parte quitadas pelos consumidores a fim de regularizar seu CPF”, avalia. Cerca de 28,75 milhões de pessoas poderão efetuar o saque. A quantia terá um impacto de 0,55% de alta no Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Ministério do Planejamento. Com o dinheiro na mão, conforme avalia o diretor executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Carazinho, Wanderlei Conte, os consumidores irão injetar um novo gás no comércio: “Avalio a liberação desses recursos como algo bastante positivo para o nosso comércio, sobretudo porque, de maneira geral, o país todo vive um momento difícil do ponto de vista econômico, com o desemprego e as contas em atraso assolando boa parte da população”, assinala Wanderlei, que prossegue: “Há pesquisas que constatam uma melhora no comércio sempre que recursos como esses são liberados para a população. Dinheiro é sempre bem-vindo, tanto para aqueles com pagamentos em atraso quanto para os que desejam fazer novas aquisições. Até mesmo o pagamento de contas mais pontuais, como as tarifas de luz e água. É bom para o consumidor e para o comerciante”, conclui.
Beneficiados Em todo o país, o público total beneficiado pela medida é de 28,7 milhões de pessoas e, dessas, cerca de 3,6 milhões já fizeram o saque até maio de 2018. Do total dos recursos, R$ 5 bilhões já foram resgatados pelos cotistas e R$ 34,3 bilhões ficarão disponíveis para serem sacados no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. Segundo dados fornecidos pela assessoria da Caixa Regional Norte Gaúcho, mais de 1,5 milhão de pessoas terão direito a sacar os valores do PIS no Estado, e que aproximadamente R$ 1,88 bilhão estará disponível para esses contribuintes. A CAIXA orienta que os trabalhadores acessem o site do banco www.caixa.gov.br/cotaspis ou consultem pelo
aplicativo CAIXA Trabalhador, para que possam saber, de forma personalizada, o valor e data para o saque, nos termos da Lei. Já as consultas de saldo do Pasep podem ser realizadas no site do Banco do Brasil, no endereço www. bb.com.br/pasep. A medida é válida até 28 de setembro. Nos próximos dias, o Ministério do Planejamento detalhará os cronogramas de saques. Aqueles que tiverem conta-corrente na Caixa Econômica Federal ou no Banco do Brasil terão o depósito feito automaticamente a partir de 8 de agosto. Os demais cotistas poderão fazer os saques diretamente nas agências da Caixa e Banco do Brasil ou solicitar a transferência sem ônus para suas contas em outros bancos.
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Sábado e domingo, 16 e 17.06.2018 Passo Fundo Carazinho
Na espera da Seleção
Os últimos dias foram de ansiedade e muito trabalho para os torcedores que aguardam pelo Brasil jogar na Copa do Mundo. Algumas famílias chegam, inclusive, a decorar a casa de verde e amarelo Foto Kleiton Vasconcellos/ DM
Kleiton Vasconcellos kleiton@diariodamanha.com
Cena muito comum em regiões mais centrais do país: ruas e casas pintadas ou decoradas com as cores do Brasil em Copa do Mundo. Mesmo em menor escala, tal cenário também pode ser visto no Rio Grande do Sul. É o caso, por exemplo, de uma residência localizada no Bairro Boqueirão, em Passo Fundo. Ali vive Scheila Ferreira dos Santos. Carioca do Rio de Janeiro, ela trouxe consigo o hábito de acompanhar de forma especial aos jogos da Seleção. Assim, tratou de convocar amigos e parentes para
Preparativos incluíram a pintura de muros e piso da casa em Passo Fundo
decorar a casa. “Quatro anos atrás a gente já fez. Aumentamos o grupo de pessoas, chegando a 70. Fazemos diversas
formas de festas e a Copa do Mundo não poderia ficar de fora” disse Scheila. A casa, que tem dois pisos,
Inicia a busca pelo hexa A batalha pelo sexto título brasileiro na Copa do Mundo começa neste domingo na Rússia. Tite não fez mistério e escalação titular do Brasil é conhecida Foto Lucas Figueiredo/ CBF/ Divulgação
Kleiton Vasconcellos kleiton@diariodamanha.com
Dono do maior cartel de títulos dentro da Copa do Mundo e ostentando a condição de único país pentacampeão, o Brasil começa neste domingo (17) a luta pelo hexa. Os comandados de Tite entram em campo a partir das 15h (de Brasília) para enfrentar a Suíça, pela primeira rodada da Chave E, na Arena de Rostov. Motivo de críticas e piadas após o 7x1 em 2014 (sob comando de Felipão) e com um início trôpego nas Eliminatórias (dirigido por Dunga), a Seleção apostou mais outro nome gaúcho para reverter o quadro. Tite chegou em 2016 e passou a colecionar vitórias. Assim, o escrete verde e amarelo conseguiu com folgas o primeiro lugar sul-americano e chegou à Rússia como um dos favoritos ao
ganhou motivos alusivos ao selecionado de Tite. “Nós pintamos todo o chão de verde e amarelo, que combinam com o azul e branco da casa, para formar as cores da bandeira do Brasil” conta. Além disso, bandeiras ao estilo de São João e também outros estandartes maiores, somados a quadros, formarão o palco para a torcida. Como são 70 pessoas no grupo chamado Os Brothers, a programação já está defi-
nida. No domingo (17), o Brasil entra em campo às 15h diante da Suíça, mas as ações iniciam antes. Conforme Scheila, “A partir das 11h o pessoal vai chegando. Cada um vai trazer um pedaço de carne e a bebida. Vamos almoçar todos juntos e depois torcer pelo Brasil”. Nas demais partidas da primeira fase, em dias de semana, a reunião terá café da manhã (quando for às 9h) e lanche (quando for às 15h).
Palpites Como toda torcedora de fé, Scheila espera uma grande Copa por parte da equipe dirigida por Tite. “Eu espero que ganhe a Copa e que faça 3x0 logo no primeiro jogo. Só não quero um novo 7x1” encerra, aos risos.
Destaques do fim de semana Além da Seleção Brasileira, outras grandes equipes fazem a sua estreia na Copa do Mundo. Confira:
Argentina: Messi e mais 10?
Delegação oficial do Brasil que tentará o hexa a partir deste domingo título. que a gente mais deseja é coMuito do pensamento po- meçar muito bem e com uma sitivo acerca dos brasileiros grande vitória” disse Willian, se dá pela qualidade dos jo- um dos pilares da equipe. gadores. Nomes de destaque Quanto à escalação, nada no atual quadro do futebol, de mistérios. Tite vai repetir partindo do goleiro Alisson domingo a mesma formação ao centroavante Gabriel Je- que bateu a Áustria no último sus, formam um time pelo amistoso antes da Copa. Ou menos competitivo. “Nossa seja, Alisson; Danilo, Thiago Copa já começou há mui- Silva, Miranda e Marcelo; Cato tempo. Estamos prontos semiro, Paulinho e Phillipe para estrear no domingo. O Coutinho; Willian, Gabriel Jesus e Neymar.
Apontada como uma das favoritas ao título em 2018, a seleção da Argentina encerrou na sexta-feira (15) a sua preparação visando a estreia na Copa, marcada para às 10h de sábado (16) contra a Islândia, em Moscou. Com não poderia deixar de ser, os hermanos comandados por Jorge Sampaoli apostam em Messi para começar bem a
disputa. Na sexta-feira, Sampaoli liberou 15 minutos do treino para imagens da imprensa e não fez mistério, divulgando os 11 titulares de sábado. A Argentina, que não terá o goleiro Romero (cortado por lesão), encara a Islândia com Caballero; Salvio, Otamendi, Rojo e Tagliafico; Biglia, Mascherano e Meza; Messi, Di Maria e Agüero. Foto AFA/ Divulgação
Treinos www.diariodamanha.com Presidente
Vice-Presidente
Janesca Maria Martins Pinto
Ilânia Pretto Martins Pinto
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Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
A Seleção fez toda a preparação em solo russo na cidade de Sochi. Assim foi de segunda a sexta-feira, quando a novidade foi Fred, recuperado de lesão. Após o treino, a delegação seguiu para Rostov, local do jogo de domingo.
Messi é o capitão e principal estrela da Argentina Segue pag 4
Sรกbado e domingo, 16 e 17.06.2018 Passo Fundo Carazinho
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Alemanha: Neuer pronto para jogar
Sábado e domingo, 16 e 17.06.2018 Passo Fundo Carazinho
Depois de nove meses parado e com dúvidas se poderia disputar a Copa do Mundo, o goleiro alemão Neuer está de volta. Destaque na conquista do Mundial em 2014, o arqueiro fez um trabalho exemplar de recuperação a tempo de ficar à disposição do técnico Joachim Löw. Assim, é presença certa em campo neste domingo, quando os atuais campeões encaram o México, às 12h, em Lujniki. A seleção alemã, aliás, tem novidades em relação ao time vitorioso no Brasil. Embora Neuer, Hummels, Kross, Khedira, Özil e Muller sigam na equipe, há novidades como o lateral-direito Joshua Kimmich.
Kleiton Vasconcellos kleiton@diariodamanha.com
Ansiedade na estreia
Neuer está pronto para defender o gol alemão
França: Mbappé confirmado Apontado como um dos jogadores fundamentais da França e candidato a craque da Copa, o atacante Kylian Mbappé passou por dias difíceis. O camisa 10 dos Bleus apresentou dores após sofrer uma pancada em um dos treinos preparatórios para o Mundial. Não treinou na sequência e chegou a ser ameaçado de corte. Mas o atacante do PSG recuperou-se bem e está confirmado para entrar em campo neste sábado (16), quando a França encara a Austrália a partir das 7h em Cazã. Outras dúvidas do técnico Didier Deschamps eram os zagueiros Umiti e Sidibé. Mas ambos estão confirmados para o jogo.
Mbappé é esperança de gols franceses na Rússia
C
7h
França x Austrália
D
10h
Argentina x Islândia
C
13h
Peru x Dinamarca
D
16h
Croácia x Nigéria
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9h
Costa Rica x Sérvia
F
12h
Alemanha x México
E
15h
Brasil x Suíça
Bélgica: ameaças de corte A atual geração belga vem de grandes participações em torneios e tem alguns dos jogadores mais valorizados da Copa. Porém, o técnico Roberto Matínez ainda não sabe se pode contar com todos os 23 convocados para o Mundial. Isto porque os defensores Kompany e Vermaelen estão lesionados e correm o real risco de corte. Tal atitude pode ser tomada até o domingo (17), já que na segunda-feira (18) a Bélgica encara o Panamá, pelo grupo G. O jogo ocorre a partir das 12h em Sochi. Foto Divulgação
Hora
Jogo
F
9h
Egito x Uruguai
G
12h
Bélgica x Panamá
G
15h
Tunísia x Inglaterra
Preciso, contudo, dizer que alguns nomes ainda me enchem de dúvidas e por isso não estão na lista ali acima. Refiro-me, logicamente, a Thiago Silva na zaga e Gabriel Jesus no ataque. O defensor tem uma imagem muito arranhada pelo que fez na Copa de 2014, quando chorou e mostrou fraquezas impensáveis para um zagueiro/capitão. Até o momento, não consigo confiar nele. Agora, sobre o centroavante, pesa uma temporada alternando a titularidade com a reserva no Manchester City e também a sombra de um embalado Roberto Firmino.
Palpite
Simples e direto: 2x0 Brasil sobre a Suíça, gols de Paulinho e Phillipe Coutinho.
Demais seleções
Mas nem só de Brasil vive a Copa do Mundo. Por isso quero destacar algumas seleções que vão jogar entre sábado e domingo. Começo pela Argentina, na qual respeito demais o Messi e sinto por ele não ter companheiros à altura. Não creio que chegue até a final. A França, ao contrário, tem uma geração muito elogiada, mas não sei se há ali um time pronto para vencer. A Alemanha, por outro lado, vem de vencer em 2014 e tem contra si toda a pressão de defender a Copa. Tem jogadores experientes mesclados com jovens talentos. Das três, boto mais fé na frieza Alemanha.
CR7
Cristiano Ronaldo está na mesma barca que Messi. O português joga muito e não à toa vem de ser escolhido o melhor do mundo. Mas tem um “calcanhar de aquiles”: o time de Portugal. Por mais que seja decisivo (e mostrou isso sexta-feira, ao anotar três gols sobre a conhecida Espanha), não conseguiu garantir a vitória. Portugal não acompanha o nível de CR7.
A Copa – 18/06 Chave
Pontos fortes
Pontos fracos
Chave Hora Jogo
Chave Hora Jogo
Foto Divulgação
E lá se vão quatro anos desde que o Brasil, em dois vexames seguidos, despediu-se da Copa em casa. Aquela seleção, com aqueles jogadores, parecia fadada ao fracasso eterno. De fato, alguns nomes sumiram do mapa. Mas outros estão aí, firmes e fortes, vivendo novamente a ansiedade e tudo o que antevem a uma disputa de Mundial de futebol. Pois o Brasil, estraçalhado em 2014, porém reconstruído em 2018, volta a campo neste domingo, quando estreia na Rússia, diante da Suíça. Creio que a maior dificuldade para o domingo não seja o ferrolho suíço ou qualquer outro fator. Historicamente o Brasil precisa primeiro driblar a ansiedade da estreia e depois focar no adversário.
Inegavelmente o Brasil apresenta pontos fortes e que até o colocam como um dos favoritos ao título. A começar pelo gol: Alisson vem mostrando segurança sob as traves. Nas laterais, dois nomes de relevância no cenário mundial: Danilo na direita e o melhor de todos na esquerda, Marcelo. No meio-campo, Casemiro é um baita volante, enquanto Paulinho tem uma chegada no ataque como poucos. Há ainda Phillipe Coutinho, letal em chutes de média distância. Mais no ataque há Willian, veloz como poucos. Neymar é candidato a craque da Copa. Na casamata está o responsável pela reconstrução do futebol e da imagem brasileira: Tite.
A Copa – 16/06
A Copa – 17/06
Foto Divulgação
Resultados de sexta Com uma lesão na panturrilha, Kompany está ameaçado de corte na Bélgica
Deu a lógica: Uruguai vencendo no sufoco o Egito por 1x0, Irã e Marrocos fazendo um jogo fraco (com vitória iraniana) e CR7 3x3 Espanha.
PASSO FUNDO - CARAZINHO DIÁRIO DA MANHÃ - 1
Foto: Divulgação
Sábado e domingo , 16 e 17 de junho de 2018 - www.diariodamanha.com
Sábado e domingo, 16 e 17 de junho de 2018 Passo Fundo - Carazinho
Vegetarianismo
Uma escolha de respeito aos animais e ao meio ambiente A decisão de excluir os produtos de origem animal da alimentação é tomada por cada vez mais brasileiros. Uma pesquisa do IBOPE Inteligência, divulgada no mês passado, apontou que 14% da população nacional se consideram vegetarianos – o equivalente a cerca de 30 milhões de pessoas. Os motivos da transição são diversos, mas todos giram em torno da indignação frente à crueldade com os animais. Segundo especialista, quando devidamente orientada, essa alimentação serve como protetora de doenças, como a diabetes e hipertensão. Páginas 04 e 05
2 - DIÁRIO DA MANHÃ
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Carta da editora
Olá, leitor!
Boa leitura! Daniele Freitas
ENDEREÇOS l Passo Fundo v Ce ntro de Saúde (Posto Central) Rua Fagundes dos Reis, 270 (54) 3311-6494 v Hospital São Vicente de Paulo Rua Teixeira Soares, 808 Centro (54) 3316-4000 v Hospital da Cidade Rua Tiradentes, 295 Centro/Annes (54) 2103-3333 v Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes (54) 3313-4435 v Hospital Municipal Rua Alcides Moura, 100 Centro (54) 3316-4500 v Hospital de Olhos C.L. Dyógenes A. Martins Pinto Campus I - UPF - Bairro São José w(54) 3318-0200
Prontoclínica Tv. Dr. Arthur Leite, 58 Centro (54) 3313-5100 v Bombeiros -193
l Carazinho v Hospital de Caridade Rua General Câmara 70 (54) - 3329-9898 v Ambulatório Municipal Av. Pátria – próximo a Secreta ria Municipal de Saúde Hospital de Caridade de Carazinho Centro de Especialidades Médicas (CEM) Av. Pátria – próximo a Secretaria Municipal de Saúde e Hospital de Caridade de Carazinho (54) 3331-4510 v Bombeiros -193
Oncologistas participam de Congresso em Chigaco
Foto: Divulgação HSVP
O
s médicos oncologistas do Instituto do Câncer, Dr. Rodrigo Ughini Villarroel e Dr. Luis Alberto Schlittler, estiveram presente no ASCO (Sociedade Americana de Oncologia Clínica) em Chicago, nos Estados Unidos, de 01º a 05 de junho. O ASCO é o maior evento mundial do ano em oncologia, com cerca de 35 mil participantes, de todas as partes do mundo. No evento foram apresentados mais de dois mil trabalhos mostrando todas as áreas de pesquisa e de avanços no diagnóstico e tratamento dos diferentes tipos de câncer.
HSVP recebe homenagem do Laboratório SANI O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo recebeu, na última semana, uma homenagem do Laboratório de Análises Clínicas- SANI, pelos 100 anos da instituição, comemorados no próximo dia 24 de junho. Na oportunidade, os sócios do laboratório, Iseu Vaucher Rodrigues, Noli Ferreira, Sérgio Fuentefria, Daiane Fuentefria, Gustavo Rodrigues e Clarissa Finger Rodrigues fizeram a entrega de uma placa ao presidente do HSVP, Décio Ramos de Lima e aos demais membros da direção administrativa e médica, presentes na homenagem. Em nome do Laboratório, Daiane, ressaltou a trajetória de sucesso do hospital e destacou a importante parceria firmada entre o SANI e a instituição. “O hospital começou como uma casa de saúde pequena, auxiliando os doentes da gripe espanhola e cresceu de maneira que hoje, é uma referência no sul do Brasil. Nesta história, desde 1972 o laboratório é parceiro e vem crescendo junto com o HSVP”. A placa entregue como forma de homenagem traz a seguinte frase: “É o momento de comemorar a centenária trajetória do Hos-
Foto: Assessoria de Comunicação HSVP/Caroline Silvestro
Começo o editorial com um questionamento: quem aí não dispensa o churrasco de domingo com a família? O teor das respostas pode surpreender quem não abre mão de cultivar a cultura gaúcha. Isso porque o número de pessoas vegetarianas ou veganas tem aumentado significativamente no País. Talvez, essa seja uma realidade difícil de vislumbrar no Estado em que a carne cumpre papel de protagonismo na mesa da cozinha aos finais de semana. No entanto, em todo o Brasil, já são 30 milhões de pessoas que dispensam o consumo de produtos de origem animal. Para compreender melhor as adaptações no cardápio e desmitificar o senso comum de que quem não come carne enfrenta problemas nutricionais, conversamos com uma nutricionista que – olha só – atua exclusivamente com vegetarianos ou pessoas em transição (que são aquelas em período de adaptação ao novo estilo de vida). Em entrevista, a Ana Carolina Comin contou que não conseguiu trabalhar com um público diferente: ela simplesmente não conseguia prescrever uma dieta que incluísse carnes. Assim, decidiu segmentar sua área de atuação e vê, a cada dia que passa, uma adesão maior do público jovem ao vegetarianismo. Na matéria central do caderno, nas páginas 04 e 05, a especialista compartilha orientações acerca de como manter o equilíbrio nas refeições e dos motivos que levam à mudança na rotina alimentar. Outro assunto pertinente abordado nesta edição também é fruto de uma pesquisa: mais da metade das mortes maternas no Brasil ocorrem entre as mulheres negras de 15 a 29 anos. Entre os fatores que contribuem para esse índice estão o pré-natal inadequado e –pasmem – questões de preconceito racial, além do velho e revoltante hábito enraizado de responsabilizar unicamente a mulher pela gestação. Não sei vocês, mas nunca vi uma mulher engravidar sozinha. Se dois fazem, dois são responsáveis. Mesmo assim, diariamente, as mulheres ainda são vítimas do “na hora de fazer não reclamou”. Racismo, machismo e dados preocupantes que foram revelados durante a 4ª Conferência Nacional da Promoção da Igualdade Racial, realizada no mês passado. Realidades que chocam e que não podem (mais) passar despercebidas.
Acontece
pital São Vicente de Paulo. A nossa homenagem é agradecer pela oportunidade de contribuir desde 1972, superando barreiras e vencendo desafios. Nós também fazemos parte desta história”. Na ocasião, Décio agradeceu ao Laboratório pela homenagem e também pela parceria de mais de 45 anos. “Em nome da diretoria do
HSVP, do conselho fiscal, dos vicentinos quero agradecer ao SANI por este momento que é muito simbólico para nós. Vocês fazem parte desta história e ao longo do tempo estabeleceram uma parceria muito grande com o hospital. Que isso siga por muitos anos e que juntos, HSVP e SANI, possamos crescer ainda mais”.
Curso técnico de Enfermagem do HC Seguem abertas as inscrições para o Curso Técnico de Enfermagem oferecido pela Escola de Educação Profissional do Hospital da Cidade. Os interessados podem se inscrever até o dia 06 de julho, diretamente na Escola HC. São oferecidas 45 vagas por turno (manhã, tarde e noite). O curso tem duração de 20 meses, divididos em 15 meses de aula teórico-práticas e cinco meses de estágio, com aulas de segunda a sexta-feira. O processo seletivo será composto por redação e teste psicológico, que serão realizados no dia 7 de julho, às 08h30min. Os candidatos devem realizar a inscrição diretamente na Escola HC (Rua Paissandu 876, sala 10 - Galeria Bristol), das 13h30min às 22h. Informações sobre a documentação necessária podem ser obtidas através do telefone 33157300 ou e-mail escenfhc@hcpf.com.br.
Editor
Édson Coltz RP:17.059
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Inscrições abertas: até 6 de julho de 2018. Número de Vagas: 45 vagas por turno (manhã, tarde e noite) Turno: As aulas poderão ser realizadas nos turnos da manhã, tarde e noite, de acordo com a disponibilidade de turmas. Duração: 20 meses, divididos em 15 meses de aula teórico-práticas e cinco meses de estágio, com aulas de segunda a sexta-feira. Documentos necessários (cópias): Histórico escolar do ensino médio; 2 fotos 3x4 recentes; Carteira de identidade e CPF; Certidão nascimento ou casamento; Comprovante de endereço e CEP; Contatos: escenfhc@hcpf.com.br / (54) 3315-7300/ 3046-7507.
Jornalista
Daniele Freitas RP:18590
Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência,917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
Diagramação Rosane C. Anjos da Silva @diariodamanhars facebook.com/redediariodamanha
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Tratamento
Canabidiol e o uso no controle da epilepsia A
Segundo especialista, estudos acenam para a possibilidade de a substância inibir as crises epilépticas
epilepsia é uma doença neurológica na qual ocorrem crises convulsivas de repetição. Existem vários tipos de crise convulsiva que numa classificação mais simples são divididas em parciais e generalizadas. As crises convulsivas parciais são aquelas em que ocorre um comprometiDM: O que é a epilepsia grave e porque ela ocorre? Dra Ana Luísa: São epilepsias de difícil controle com o tratamento medicamentoso. Alguns pesquisadores têm definido como indivíduos que apresentem pelo menos uma crise epiléptica por mês por um período mínimo de dois anos e que durante esse período pelo menos três diferentes medicações antiepilépticas tenham sido utilizadas em monoterapia ou politerapia sem sucesso. Algumas epilepsias encerram um prognóstico grave, levando a quadros de atraso neuropsicomotor e sequelas cognitivas (memória, atenção). Muitas delas iniciam na infância, sendo muitas vezes chamadas de encefalopatias epilépticas. Alguns pacientes podem ter mais de 20 crises epilépticas por dia, mesmo em vigência de tratamento medicamentoso. A origem das epilepsias é variável, mas os casos graves geralmente são associados a lesões estruturais do sistema nervoso central como malformações ou lesões anóxicas neonatais (paralisia cerebral). Também podem ter origem genética e algumas vezes não se encontram alterações que justifiquem a doença. Estima-se que a epilepsia afete aproximadamente 0,5 % da população e que cerca de 30% dos pacientes continuam a ter crises, sem remissão, apesar de tratamento adequado com drogas antiepilépticas.
DM Entrevista
DM: O uso da substância canabidiol tem sido alvo de estudos que envolvem desde o controle de ansiedade, epilepsia grave a distúrbios do sono e Parkinson. O que faz do canabidiol tão versátil para ser aplicado nessas condições? Dra Ana Luísa: Os canabinóides agem no corpo humano através da ligação com seus receptores. No sistema nervoso central, o receptor CB1 está localizado na membrana das células dos neurônios e possui grande expressividade. O canabidiol age
mento focal do encéfalo e é o tipo de crise mais comum. Mas um tratamento pode ajudar, e muito, as pessoas que sofrem dessa doença: o uso de canabidiol. Em entrevista, a neurologista, Dra. Ana Luísa Casado Brasil Dozza, esclarece algumas dúvidas acerca do tema. Confira:
no receptor CB1 inibindo a transmissão sináptica por bloqueio dos canais de cálcio e potássio dependentes de voltagem (isto é, bloqueia a transmissão entre os neurônios). Desta forma, acredita-se que o canabidiol possa inibir as crises epilépticas. Também apresenta outros efeitos que se encontram em fase de estudo: - Efeito anti-oxidante potente, que em parte explica seu possível efeito neuroprotetor na Doença de Parkinson. - Estudos em ratos demonstraram redução da ativação microglial, o que, potencialmente, poderia lentificar a progressão da Doença de Alzheimer. - Seu potente efeito no combate a náuseas e vômitos já é bem descrito e está provavelmente relacionado à capacidade de modulação na transmissão serotoninérgica. - Potencial efeito no tratamento de distúrbios psiquiátricos como depressão e ansiedade, por ter ação em áreas límbicas do cérebro (áreas da emoção) DM: Como o canabidiol (CBD) se diferencia de outros medicamentos disponíveis até então? Dra Ana Luísa: Ele se diferencia por agir em receptores específicos para esta substância em neurônios cerebrais, o que ocasiona os efeitos terapêuticos da medicação. Porém algumas de suas ações como bloqueio de canais voltagem dependentes no encéfalo e ação antioxidante são comuns a outros tipos de medicações, porém em proporções diferentes. A Cannabis sativa é uma planta que contém aproximadamente 60 compostos farmacologicamente ativos. O canabidiol foi identificado em 1963 e é um destes componentes (chegando a representar mais de 40% dos extratos da cannabis). Tem as características de ser não psicoativo (não causa alterações psicosensoriais) e de ter baixa toxicidade e alta tolerabilidade em seres humanos e animais. O canabidiol, de acordo com pesquisadores, não causa efeitos psicoativos ou dependência. Porém, deve-se lembrar que a cannabis (popularmente conhe-
cida como maconha) pode gerar dependência e sintomas psicóticos, esse efeito provem principalmente de um de seus componentes: o delta-9-tetraidrocanabinol, que não está presente no canabidiol.
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Neurologista, Dra. Ana Luísa Casado Brasil Dozza
DM: O que muda na vida dos pacientes que passam a fazer uso do canabidiol? Dra Ana Luísa: Foi realizado um estudo na Escola Paulista de Medicina, no qual se avaliou o efeito do canabidiol em 15 indivíduos com diagnóstico de epilepsia focal temporal com generalização secundária. Durante quatro meses, oito destes receberam cannabidiol e os outros receberam placebo (substância inativa). Quatro dos indivíduos que receberam cannabidiol ficaram livres de crises, três melhoraram e em um a substância não modificou as crises epilépticas. Os sete indivíduos que receberam placebo ficaram com suas crises inalteradas. Existem relatos mais recentes de pacientes, principalmente crianças, com epilepsias graves que tiveram melhora significativa das crises, inclusive com melhora do desenvolvimento neuropsicomotor. DM: A liberação do canabidiol abrirá mais espaço para pesquisas no Brasil? Dra Ana Luísa: Com certeza. Em dezembro de 2013, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou nos Estados Unidos o uso terapêutico do canabidiol em pesquisas para tratamento de epilepsias refratárias em crianças e, recentemente, o produto foi liberado pra importação para o Brasil, conforme aprovação da ANVISA. Porém, necessita-se de mais estudos, principalmente no Brasil para que esse produto passe a ser comercializado em nosso País.
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Vegetarianismo
Uma escolha de respeito aos animais e ao meio ambiente Dieta com restrição ao consumo de carnes ou ao de qualquer produto de origem animal, quando bem orientada, pode auxiliar na prevenção de doenças
Daniele Freitas saude@diariodamanha.com
A
mudança emerge de uma decisão individual, mas imbuída do senso de coletividade. A exclusão das carnes na rotina alimentar é uma realidade na mesa de cada vez mais brasileiros, que vislumbram, no vegetarianismo e no veganismo, um gesto de amor e de respeito aos animais. Diferentemente do senso comum, deixar de consumir carnes não implica em prejuízos à saúde, desde que o cardápio seja adequado para equilibrar os nutrientes. Quem transita para esse estilo de vida garante: a mudança vale a pena. A proposta é compartilhada, atualmente, por outras 30 milhões de pessoas que, segundo pesquisa do IBOPE Inteligência (divulgada no mês passado), optaram por retirar a proteína animal da dieta. O número representa 14% da população do País - percentual daqueles que se declaram vegetarianos. A pesquisa, encomendada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), foi realizada em 142 municípios das cinco regiões do País. O crescimento significativo nos últimos anos aponta para um cenário otimista aos protetores dos animais: menos carne e mais conscientização. Atendendo unicamente pessoas vegetarianas ou em transição, a nutricionista e terapeuta Ayurveda, Ana Carolina Comin, carrega para o dia a dia do consultório a sua filosofia de vida. “Eu me sentia mal prescrevendo carne
na dieta das pessoas. Era uma questão minha, então decidi buscar a atuação em uma área na qual eu me sentisse bem. Eu queria ser nutricionista específica para vegetarianos, mas, na época, isso não existia. Com o tempo, começaram a surgir mais vegetarianos, pois aqueles que eu já atendia passaram a me indicar para outras pessoas e, desde então, consegui me dedicar unicamente a esse público”, conta. A especialista explica que o vegetarianismo pode seguir várias linhas: há o ovolactovegetarianismo, tipo de dieta em que há o consumo de alimentos vegetais, ovos e leite e derivados; o lactovegetarianismo, no qual, além dos alimentos vegetais, são consumidos os laticínios; o ovovegetarianismo, que inclui o consumo de alimentos vegetais e ovos; o vegetarianismo estrito, no qual é permitido somente o consumo de produtos de origem vegetal; e os veganismo, que, além do consumo exclusivo de alimentos de origem vegetal, adota uma postura de rejeição a qualquer produto oriundo de exploração e de crueldade contra os animais, como, por exemplo, a confecção de sapatos e bolsas de couro. O aumento expressivo do número de vegetarianos, na avaliação da nutricionista, se deve ao fato de que, cada vez mais, as pessoas estão adquirindo consciência sobre as consequências da exploração animal. “Acredito que a principal motivação para alguém aderir ao vegetarianismo é o caráter ético, de pensar
no sofrimento dos animais. Isso acontece, geralmente, quando a pessoa enxerga a incoerência de amar o seu bichinho de estimação e aceitar o sofrimento dos outros animais. O que aconteceu comigo e que acontece com muitas pessoas é uma revolta inicial, porque você percebe toda essa situação, além da degradação ambiental, e se dá conta do quanto é prejudicial e destrutivo. Sabemos que, hoje, 90% dos recursos hídricos são utilizados na pecuária. Então, eu penso que, hoje em dia, a nutrição que não pensa em sustentabilidade é falha, porque dependemos do meio ambiente para ter os nossos alimentos. Quando o onívoro transita para o vegetarianismo e percebe todas essas questões, ele realmente está disposto a abraçar essa causa”, defende Ana Carolina. De acordo com a especialista, a dieta vegetariana é recomendada para todas as faixas etárias e, pode, inclusive, ser adotada por quem pretende ter ganho de massa muscular. De modo geral, são as pessoas mais jovens que optam pelo vegetarianismo. “Acredito que isso se explica pelo fato de que eles estão tendo mais acesso a informações e são mais simpáticos a causa animal, além de estarem mais preocupados com o meio ambiente. Por isso, conseguem fazer a transição mais facilmente”, reforça. Para garantir o equilíbrio das refeições ao restringir o consumo de carnes, é necessário, contudo, uma orientação adequada. A nutricionis-
ta ensina que os laticínios ou ovos são alimentos que contém proteínas, mas que o nutriente não pode ser obtido somente através dessas fontes. “Erroneamente, muitas pessoas acham que apenas consumir esses alimentos é suficiente. O principal grupo alimentar para substituir as carnes são as leguminosas, como o feijão, a lentilha e o grão-de-bico. Outro erro comum que os vegetarianos ‘de primeira viagem’ cometem é substituir tudo por proteína da soja, que é muito industrializada e tem fatores anti-nutricionais. O vegetariano precisa abrir o leque, adotando uma alimentação mais diversificada. Assim, ele descobre muitas possibilidades que antes sequer imaginava”, destaca.
O vegetarianismo e o veganismo, se bem orientados, são considerados protetores e preventivos, especialmente devido à quantidade de fibras e antioxidantes consumida.
Outra substituição equivocada, de acordo com Ana Carolina, envolve o consumo exagerado de carboidratos. “Às vezes, as deficiências nutricionais começam a aparecer porque a pessoa já tinha uma alimentação ruim quando comia carne e, ao retirar a carne, que tem uma alta densidade calórica e provoca a saciedade, ela passa a
ingerir muitos carboidratos. Obviamente, haverá problemas”, indica. Apesar disso, a proteína não deve ser a maior das preocupações de quem exclui do cardápio os produtos de origem animal. Segundo a especialista, a carne possui todos os aminoácidos essenciais, enquanto os vegetais possuem aminoácidos limitantes. No entanto, ao variar o cardápio e incluir, principalmente, o arroz e o feijão, o vegetariano fornecerá ao organismo toda a quantidade de proteína necessária. “Para aqueles que fazem a transição e não equilibram a alimentação, os principais nutrientes com que se preocupar seriam o Cálcio, o Ferro, a Vitamina B12, o Ômega-3 e o Zinco. No caso da B12, mesmo sendo exclusivamente do reino animal, conseguimos obtê-la com suplemento pelo fato de se tratar de uma bactéria. Sabemos, hoje, que 50% dos vegetarianos possuem deficiência dessa vitamina, porque, claro, não a consomem nos alimentos. Contudo, 40% dos onívoros também têm essa deficiência. Então, não é uma coisa exclusiva dos vegetarianos”, alerta. Além de representar um estilo de vida marcado essencialmente pelo amor e pelo cuidado, a adoção dessa nova dieta alimentar pode trazer, sim, benefícios à saúde. “A pessoa que adota a dieta vegetariana pode ter deficiências nutricionais sim, mas o vegetarianismo e o veganismo, se bem orientados, são considerados protetores e preventivos, especialmente devido à quantidade de fibras e antioxidantes consumida - muito maior do que
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na dieta onívora. Estudos mostram que vegetarianos e veganos possuem menor índice de diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Bem equilibradas, essas dietas representa um ganho de saúde”, ressalta Ana Carolina. Ainda segundo a nutricionista, a transição é um processo fácil, especialmente porque, quando as pessoas estão convictas do que querem e dos princípios que defendem, dificilmente voltam atrás. “Geralmente, quem chega ao consultório,
já excluiu a carne da alimentação e quer orientação para retirar os ovos também. No fim das contas, é algo fácil, o que complica, em alguns casos, é que a cultura do consumo da carne, principalmente aqui no Rio Grande do Sul, é muito forte, muito presente. Ou, então, o aspecto social, de sair com os amigos e frequentar restaurantes, ou o julgamento da família sobre essa decisão. Mas, felizmente, essa mentalidade já vem mudando”, finaliza.
Segunda Sem Carne A campanha brasileira é a que apresenta os impactos mais significativos em todo o mundo. O dia da semana pode representar o início de uma mudança ou uma oportunidade para quem pretende, gradualmente, alterar a rotina alimentar. Com o propósito de conscientizar sobre os impactos que o consumo de produtos de origem animal ocasiona sobre os animais, a sociedade, a saúde humana e o planeta, a Segunda Sem Carne convida as pessoas a retirarem esses produtos do prato pelo menos uma vez por semana e a descobrir novos sabores. A campanha foi lançada em São Paulo ainda em 2009, em uma parceria com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) e com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA) da prefeitura paulista, estendendo-se, posteriormente, a outras cidades brasileiras.
“A evolução é parar com a carne” A primeira coisa que a bailarina Brenda Lee Bianchini, de 22 anos, faz antes de falar sobre quando se tornou vegetariana é esclarecer os motivos. “Não foi por saúde. A preocupação não era saúde”, frisa, enquanto segura um cigarro entre os dedos e lança fumaça no meio da sala de sua casa. Na poltrona ao lado, o namorado, Guilherme Celson Cambruzzi, de 23 anos, concorda, reproduzindo o hábito da companheira com quem está junto há cinco anos e há um sob o mesmo teto. “Foi por outras coisas.” Como uma decisão irrevogável que veio sem muito pensar, o casal amanheceu em um domingo e decidiu por um “só hoje” não comer carne. Na mente já se emaranhavam ideias que os levariam a essa decisão, a princípio, pensada para os próximos anos, mas que sempre se tardava a acontecer. Sabiam da indústria da carne. Sabiam dos impactos ambientais e seu uso acerbado de água. Sabiam dos benefícios à saúde – que embora não estivesse na mesa de preocupações viria como uma consequência inata. E nutriam consciência social para tanto. As divagações os acompanhavam nas conversas com os amigos, sobretu-
do dois casais que também eram vegetarianos, fazendo com que o hábito viesse como uma forma natural. “O Gui levantou em um domingo e disse: Não vamos comer carne só hoje? E ficou. Depois não comemos mais”, recorda-se Brenda. O domingo de data não precisa foi há meados de dois anos. Depois houveram exceções não desejadas, quando o lanche “sem carne” veio com pedaços de presunto e mal notados pelo casal. Confusões que lhes foram amargas no início do vegetarianismo. Se eu amo uns, por que como outros? A causa animal, peso chave na decisão, tira do casal odes à vida e palavras que soam quase poéticas sobre a preocupação com o bem-estar deles. Enquanto alinham os pensamentos para tais, seus gatos, Phoebe e Rita, vagueiam de um lado a outro da casa, entrando e saindo livres, e é a eles que Brenda se refere quando fala do amargo de ter de comer um lanche misturado. “Quando penso hoje na ideia de comer carne, eu imagino comendo o meu próprio gato. Tem muita gente que não entende. Que acha extremismo. Mas é ser também. A gente, por ter consciência, pode escolher do que se alimentar e, portanto, não precisar causar dor a um animal por isso. Não matar pra isso. E muita gente não concorda
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Foto: Isadora Stentzler
comigo, e é uma ideia minha também, de que quem defende apenas cães e gatos não está participando mesmo da causa animal. Porque, qual é a diferença?”, desaba Brenda, com uma voz limpa e com tom seguro. Ela é emendada por Guilherme, que lembra dos tantos vídeos disponíveis na internet de animais de todas as espécies com comportamentos carinhosos e de agrado aos humanos. Também lembra de uma frase ouvida certa feita de que “no prato dos vegetarianos só tem vida, e não cadáveres”. Enquanto vegetarianos, o casal não nega das dificuldades de se encontrar alimentos rápidos e baratos na rua, sobretudo em Carazinho. Mas reconhece que os custos de vida caíram depois de aderirem ao estilo de vida. O próximo passo, esperam, é
se tornarem veganos. O que dependerá de mais disciplina, uma vez que além do que está ao prato, o veganismo abarca todos os produtos necessários para o dia a dia. Mas para eles, isso vai além de um conceito ou do que se é colocado à mesa. “Costumam dizer que o ser humano está no topo da cadeia alimentar e por isso deve comer
carne. Mas penso que, se estamos no topo, é justamente por isso que devemos buscar o bem estar de todos os seres. A harmonia no planeta”, reforça Brenda. Seu discurso apela para que o que vai ao paladar seja menos insignificante e que se pense nas vidas talhadas para o bel prazer da boca. “Em algum momento”, reforça Guilherme, “será insustentável manter a indústria da carne. No espaço onde existem pastagens ou grãos destinados à ração, poderiam existir plantações para serem destinadas às pessoas. Não sei se isso resolveria o problema da fome do mundo, mas no espaço de uma vaca, imagino que se fossem plantadas batatas, muito mais pessoas comeriam do que os poucos que comem aquela vaca”. E de pronto, frisam apaixonados que “a evolução é parar com a carne”. Para onde, defendem, a humanidade caminha.
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Maternidade
Maioria de mortes maternas no País ocorre entre mulheres negras jovens Segundo pesquisadora, mães negras recebem com menos frequência recursos para alívio da dor durante o parto Foto: Agência Brasil
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M
ais da metade (54,1%) das mortes maternas no Brasil ocorrem entre as mulheres negras de 15 a 29 anos. A população negra feminina também tem duas vezes mais chance de morrer por causas relacionadas à gravidez, ao parto e ao pós-parto do que as mulheres brancas. A informação foi destacada pela doutora em saúde pública, Fernanda Lopes, durante as discussões da 4ª Conferência Nacional da Promoção da Igualdade Racial (Conapir), realizada no mês passado. Com base em estatísticas do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), a especialista, que também integra o grupo de racismo e saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), apresentou algumas variáveis que mostram a desigualdade racial no âmbito da saúde pública. “Essas mulheres morrem com uma frequência maior, prioritariamente por hipertensão, um problema que poderia ser identificado lá no pré-natal. Mas, essas mulheres são as que menos têm informações sobre sinais de parto, que com mais frequência têm o pré-natal considerado inadequado e são aquelas que mais peregrinam até conseguirem vaga na maternidade para dar à luz”, destacou Fernanda. Apesar de o Brasil ter reduzido consideravelmente os números de mortalidade materna nos últimos anos, o País ainda não atingiu a meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas de reduzir em 75% o índice de mortes até 2015. A cada 100 mil nascidos vivos, ainda morrem no País uma média de 60 mulheres em idade fértil.
Doutora em Saúde Pública e pesquisadora, Fernanda Lopes
Racismo institucional A pesquisadora disse ainda que as mulheres negras recebem com menos frequência recursos para alívio da dor durante o parto, como tomar água, andar, tomar banho, ganhar massagem ou mesmo ter a opção de ser anestesiada. Além disso, de acordo com o levantamento apresentado por Fernanda, as mulheres negras têm menos chance de ter um acompanhante durante o parto e na maternidade e estão mais sujeitas a ouvir expressões discriminatórias. Ela cita, entre os dados coletados na pesquisa, frases ouvidas pelas pacientes por agentes de saúde como “na hora de fazer não reclamou”. “Isso é racismo institucional, é violência obstétrica e é violência de gênero. É um tipo de violência que só as mulheres vivem”, ressaltou. A pesquisadora explicou que o racismo institucional na saúde se expressa pela desigualdade no atendimento dos profissionais da saúde à mulher negra e na negação a ela de acesso a proteção e direitos. Esse tipo de discriminação também tem impacto na organização
e no funcionamento dos serviços de saúde. “A violência obstétrica começa no pré-natal. Então, quando a gente está falando lá na atenção básica que estas mulheres têm menos acesso à informação, isso é expressão de violência institucional. Se estas mulheres peregrinaram mais até conseguirem vaga no hospital, é expressão do racismo institucionalizado”, detalhou. No atendimento pós-parto, os índices também apontam para uma desvantagem das mulheres negras, principalmente as mais jovens, em relação às brancas. “Em uma avaliação da estratégia da família e da Rede Cegonha se observou que eram as mulheres mais jovens e negras que recebiam com menos frequência a visita da equipe de saúde da família durante o período de puerpério”, completou. Entre as propostas para enfrentar o problema, a pesquisadora sugere que o País melhore as pesquisas sobre percepções das pacientes sobre atitudes discriminatórias nos serviços de saúde.
DIÁRIO DA MANHÃ -
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Tecnologia
Um novo método de diagnóstico para doenças do fígado Exame de imagem elimina a necessidade de procedimento invasivo para avaliar complicações hepáticas
A
s doenças crônicas do fígado são comuns e podem ter diversas causas, sendo as mais comuns a ingestão alcoólica, sobrepeso, obesidade, dislipidemia, infecções virais e mutações genéticas. Essas doenças geralmente não causam sintomas em fases iniciais e, por isso, muitas vezes, são diagnosticadas apenas em fases avançadas, quando já evoluíram para cirrose ou mesmo após o surgimento de um câncer no fígado. Conforme a médica radiologista, Dra. Mariana Estacia Ambros, do setor de Radiologia do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, até pouco tempo atrás, a única forma de quantificar o grau de fibrose, que indica se há ou não problemas no fígado, era por meio da biópsia - exame invasivo no qual alguns fragmentos são retirados do fígado por meio de uma fina agulha. Recentemente, foi desenvolvido um novo exame de imagem,
a Ressonância Magnética do fígado com análise multiparamétrica (RMmp), que se tornou capaz de quantificar o grau de fibrose, depósito de gordura e de ferro, sem a necessidade da biópsia. Essa nova forma de diagnóstico representa uma grande inovação na medicina, uma vez que detecta de forma objetiva as doenças do fígado ainda em fase precoce, permitindo o início de tratamentos precisos e específicos para cada doença, evitando o desenvolvimento da cirrose. Por não ser invasivo e sem a injeção de meio de contraste, esse exame ainda traz a vantagem de poder ser repetido para monitorar respostas ao tratamento. Vale ressaltar que as doenças mais prevalentes do fígado e que podem ser detectadas de forma precoce pela Ressonância Magnética multiparamétrica (RMmp) são a Esteatose, Hemocromatose e Cirrose (Elastografia).
Uma doença cada vez mais comum A Esteatose caracteriza-se pelo acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado e também é conhecida por doença hepática gordurosa, gordura no fígado ou fígado gorduroso. “A esteatose hepática é uma doença cada vez mais comum, acontecendo de forma ainda mais prevalente na população da região Sul, devido ao excesso de consumo de carnes gordurosas e pouca atividade física. Essa doença pode manifestar-se também na infância e atinge de forma mais frequente as mulheres”, pontua a Dra. Mariana. A estimativa é de que 30% da população apresente a doença e aproximadamente metade dos portadores possa evoluir para formas mais graves. Por não gerar sintomas, a grande maioria dos pacientes não sabe que tem Esteatose e essa doença pode permanecer estável por muitos anos. Se não tratada, ela pode progredir para uma inflamação aguda grave (esteatohepatite) ou determinar uma inflamação crônica que, ao longo do tempo, determinará fibrose/cirrose e até câncer de fígado, conhecido como Hepatocarcinoma. A Esteatose Hepática pode ser causada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou mesmo por outros fatores de risco como obesidade, sobrepeso, diabetes mellitus, dislipidemia, hipertensão arterial, bem como alguns medicamentos. A boa notícia é que essa é uma doença tratável, que pode até regredir se suas causas forem controladas. Entretanto, para isso, é de extrema importância a sua detecção precoce. O uso da Ressonância Magnética multiparamétrica nessa doença hepática crônica auxilia no diagnóstico e na quantificação de gordura hepática, no diagnóstico e na quantificação de fibrose, e também na avaliação da resposta ao tratamento.
Hemocromatose não apresenta sintomas Outra doença que pode ser detectada com o exame é a Hemocromatose, caracterizada pelo acúmulo excessivo de ferro no corpo, decorrente do aumento na absorção desse elemento pelo trato digestivo. “Ao longo do tempo, o ferro em excesso se acumula nos tecidos por todo o corpo, levando à sobrecarga desse elemento nas vísceras abdominais. Como consequência, pode levar à lesão hepática (cirrose, insuficiência hepática e câncer), disfunção pancreática (diabetes) e insuficiência cardíaca (cardiomiopatia e morte súbita)”, ressalta a especialista. O fígado é o principal órgão de armazenamento de ferro, o primeiro a mostrar sua sobrecarga e o único a mostrar uma relação linear entre a concentração de ferro e ferro total no corpo. “A quantificação de ferro por Ressonância Magnética é considerado o melhor exame não invasivo no diagnóstico e acompanhamento de doenças por sobrecarga de ferro. Embora não elimine totalmente a necessidade da biópsia, esse exame, muitas vezes, substitui a necessidade desse procedimento em várias etapas, reiterando que, assim como na Esteatose, a detecção precoce da Hemocromatose é de grande importância para se evitar a cirrose e o câncer do fígado”, reforça.
O que é a Cirrose? As doenças hepáticas crônicas, independente da etiologia, levam a danos contínuos ao fígado, podendo progredir para cirrose, com suas complicações associadas. Tradicionalmente, a biópsia hepática tem sido o padrão ouro para avaliação de doenças crônicas do fígado. As técnicas de Elastografia podem demonstrar uma rigidez aumentada nas doenças crônicas do fígado que se correlacionam com a gravidade da fibrose e são úteis para a avaliação não invasiva da doença hepática, bem como monitorar o seu tratamento. A Fibrose Hepática é reversível quando a etiologia da doença hepática é descoberta em tempo hábil e tratada. A Elastografia por ressonância magnética do fígado também é útil para a detecção de fibrose hepática secundária a drogas hepatotóxicas, como o metotrexato. Ela é uma técnica estabelecida para detecção e estadiamento da fibrose hepática e é útil na avaliação da resposta ao tratamento e no acompanhamento clínico das doenças crônicas do fígado.
8 - DIÁRIO DA MANHÃ
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Artigo
O amor entre dois é uma vida que se faz
E
stamos no mês em que se comemora o dia dos namorados. Embrulhado em mil corações, vende-se a ideia do par perfeito. Contudo, o amor na contemporaneidade vem sofrendo transformações, uma delas está relacionada com o fato de que as relações humanas estão cada vez mais marcadas pelo egoísmo. Nessa realidade, o outro tem que se encaixar naquilo que espero dele, e se assim não for, descarto e troco, reduzindo o sujeito a um objeto de consumo. Queremos o amor, mas não os riscos que ele implica. Queremos amar, mas não queremos sofrer. “Muito mais grave” é o poema com que nos presenteia o escritor e poeta uruguaio Mario Benedetti. Para refletir sobre o ato de amar, e porque saber amar também implica saber dizer e saber ouvir, eis o poema: “Todas as partes de minha vida têm algo teu e isso na verdade não é nada de extraordinário tu o sabes tão objetivamente como eu. No entanto há algo que gostaria de esclarecer-te, quando digo todas as partes, não me refiro só a isto de agora, a isto de esperar-te e aleluia encontrar-te, e caramba perder-te, e voltar a encontrar, e oxalá nada mais. Não me refiro só a que de pronto digas, vou chorar e eu com um discreto nó na garganta, bom, chora. E que um lindo aguaceiro invisível nos ampare e quem sabe por isto saia em seguida o sol. Nem me refiro só a que dia após dia aumente o estoque das nossas pequenas e decisivas cumplicidades, ou que eu possa crer que possa converter os meus reveses em vitórias, ou me faças o terno presente do teu mais recente desespero. Não. A coisa é muitíssimo mais grave quando digo todas as partes quero dizer que além desse doce cataclisma, também estás a reescrever a minha infância, essa idade em que dizemos coisas adultas e solenes e os solenes adultos comemoram-nas, e tu ao contrário sabes que isso não serve. Quero dizer que estás a rearmar a minha adolescência, esse tempo em que fui um velho carregado de receios, e tu sabes ao contrário extrair desse deserto o meu gérmen de alegria e presenteá-lo olhando-o.
Quero dizer que estás a sacudir a minha juventude, esse cântaro que ninguém nunca pegou nas suas mãos, essa sombra que ninguém aproximou da sua sombra, e tu ao contrário sabes estremecê-la até que comecem a cair as folhas secas, e fique a armação da minha verdade sem proezas. Quero dizer que estás a abraçar a minha maturidade, esta mistura de estupor e experiência, este estranho confim de angústia e neve, esta vela que ilumina a morte, este precipício da pobre vida. Como vês é mais grave. Muitíssimo mais grave. Porque com estas ou com outras palavras quero dizer que não és tão só a querida menina que és, e também as esplêndidas ou cautelosas mulheres que quis ou quero. Porque graças a ti descobri, (dirás já era hora e com razão), que o amor é uma baía linda e generosa, que se ilumina e se escurece, de acordo com a vida, uma baía onde os barcos chegam e se vão, chegam com pássaros e augúrios, e vão-se com sirenes e nuvens carregadas. Uma baía linda e generosa, onde os barcos chegam e se vão. Mas tu ,por favor, não te vás.” Em certo tempo, todo amor se declara eterno. Mas na baía do amor, nenhum afluir é tranquilo, porque o ser amado não corresponderá ao ideal que dele construímos, ele nunca será exatamente como queríamos que fosse. Sempre falta. E quando algo falta ao amor, tornando-o imperfeito, é quando ele realmente pode acontecer “entre dois”, que não se fusionam em um só. Importa saber que o que dá valor a experiência amorosa, é a qualidade do que é vivido e enriquecido pelo outro. O amor entre dois é uma vida que se faz. *O poema se inclui com autorização da Fundação Mario Benedetti
Texto escrito por Cristiane Schirmbeck, Psicanalista, Diretora da Escola de Psicanálise do PROJETO - Associação Científica de Psicanálise e Coordenadora do Núcleo do Corpo da Instituição. O PROJETO - Associação Científica de Psicanalise tem como finalidade promover, transmitir e difundir o pensamento psicanalítico formando uma comunidade cientifica produtiva em Passo Fundo e região. Conta com atividades internas de seminários de cunho formativo para profissionais e estudantes e outras abertas à comunidade, sempre visando a inserção social da Psicanalise e integração entre nosso afazer e a concepção de que as intervenções na cultura, na educação e nas áreas médicas afins sejam intervenções concretas.