Nesta Edicção
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DIÁRIO DA MANHÃ -
Nova legislação trabalhista ainda motiva debates
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Evento que discutiu as alterações na Consolidação das Lei Trabalhistas (CLT), aprovada há um ano, reuniu autoridades do Legislativo Federal e do Poder Judiciário para tratar sobre avanços e aspectos que ainda demandam discussão sobre o novo texto já em vigor. Págs 3 e 4
SÁBADO E DOMINGO, 30.06 E 1º.07.2018
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82 ANOS - Nº 382 - R$ 2,00
Crise faz municípios retrocederem três anos Levantamento revela que a instabilidade econômica interrompeu a trajetória de desenvolvimento no Brasil, em setores como saúde, educação e geração de emprego. De 2013 a 2016, Passo Fundo perdeu 41 posições em índice nacional. Conexão
Foto Matheus Moraes/ DM
Cidade acessível é
desafio para o futuro O direito de circular com segurança pelas ruas, ingressar em uma loja ou no transporte coletivo precisa ser garantido a todos os cidadãos, o que exige adequações na estrutura urbana. Entre as ferramentas legais, o Plano Diretor é entendido como o meio de garantir a acessibilidade em todos os espaços. Págs 5, 6 e 7
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RADAR
2 - DIÁRIO DA MANHÃ
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Dom Rodolfo Luis Weber
Sueli Gehlen Frosi
Arcebispo de Passo Fundo
sugehlenfrosi@gmail.com
Membro da Academia Passo-Fundense de Letras
Liberdade existe?
O papa São Pedro e São Paulo, celebrados solenemente no dia 29 de junho pela Igreja, são dois personagens fundamentais do início do cristianismo. Escolhidos para a missão evangelizadora, passaram por um processo de conversão. Eram tementes a Deus e observantes dos mandamentos da primeira Aliança. O encontro com Jesus Cristo exigiu que se convertessem ao seu modo de pensar e agir. Foi um processo lento, progressivo e, às vezes, difícil e conflitivo. Criaram uma intimidade com Cristo ao ponto de Pedro poder dizer: “Senhor tu sabes que te amo” e Paulo: “Para mim o viver é Cristo”. Diante deste amor incondicional Pedro recebe de Cristo o primado sobre o Colégio dos Apóstolos. Ambos, Pedro pela cruz e Paulo pela espada, sofreram o martírio na cidade de Roma. São duas colunas que fundamentam e projetam luz para a missão da Igreja no tempo presente e, em especial, sobre a missão do papa. A Igreja Católica tem uma legislação universal que está contida no Código de Direito Canônico. O código tem por finalidade criar uma ordem na vida eclesial e facilitar o desenvolvimento orgânico da Igreja, portanto não abafa e nem substitui a fé, a graça, os carismas e nem a caridade dos fiéis. A missão do papa é apresentada nos cânones 330 a 335, que na lei civil chamamos de artigos. O papa também é chamado de Romano Pontífice, Sumo Pontífice, Santidade, Santo Padre, Vigário de Cristo. A missão e o poder do papa vêm da “eleição legítima por ele aceita”. Os cardeais eleitores começam o processo eletivo do papa com um discernimento da realidade mundial e da Igreja. Não existem candidaturas de quem almeja o papado. Por isso, ninguém se torna papa porque quer, mas por ser eleito. Como nenhuma missão pode ser atribuída contra a vontade, o eleito deve aceitá-la livremente. O papa eleito pode dizer sim ou não. O eleito, em primeiro lugar, torna-se o bispo da Igreja de Roma assim como São Pedro foi escolhido para ser o primeiro entre os apóstolos. Por ser o bispo de Roma, o papa também torna-se a cabeça do Colégio dos Bispos e aqui pastor da Igreja exercendo deste modo o liderança sobre toda a Igreja Católica. Também exerce a função de chefe do Estado da Cidade do Vaticano. O Romano Pontífice realiza sua missão em comunhão com Colégio dos Bispos, que é formado pelo papa junto com os bispos do mundo inteiro. O modo mais solene se dá no Concílio Ecumênico no qual participam todos os bispos. De maneira mais comum o papa é auxiliado pelo Sínodo dos Bispos, pelos Cardeais, pela Cúria Romana e pelos legados Pontifícios ou Núncios Apostólicos. A legislação da Igreja sobre o exercício do pontificado parte do princípio da colegialidade e da comunhão fazendo do papa o vínculo da unidade, da caridade e da paz. A missão do papa é muito superior às qualidades humanas dos eleitos. Eles são cientes disso e não é por nada que o papa Francisco repete insistentemente que rezem por ele. São João Paulo II, numa entrevista disse: “Pensando bem, o significado de cristão é muito mais rico que o de bispo, mesmo que seja o Bispo de Roma”. Bento XVI, na entrevista publicada no livro ‘Luz do Mundo’, tem várias afirmações nesta direção: “O Papa é, por um lado, um homem totalmente impotente. Por outro, detém enorme responsabilidade... Ainda tenho muito mais motivos para rezar e para me entregar totalmente a Deus, porque vejo como quase tudo o que tenho de fazer é algo que eu próprio não sei fazer”.
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É notícia na Diário
Segundo a filosofia, liberdade é a independência do ser humano. Isto é o mesmo que ter autonomia, porém, na prática, restam os questionamentos de que liberdade é utopia. Sartre, Descartes, Kant e Marx tiveram o cuidado de questionar o conceito. No dia-a-dia fica evidente a nossa incapacidade de sermos realmente livres. Há profissionais brilhantes completamente dependentes do que pensam as corporações à qual pertencem. Pode-se aplicar essa dependência a todos os campos da atuação humana. Como agem os médicos ante o poder dos grandes laboratórios e planos de saúde submetidos a interesses multimilionários difíceis de serem driblados? A atuação profissional, nesse contexto, leva em consideração só a vida dos pacientes? Assim como os médicos, o pensamento de jornalistas fica limitado à corporação. Como movimentar-se frente a interesses que movem a mídia? É grave a limitação de que são vítimas pessoas, por vezes muito bem formadas, mas que, frente ao contexto pontual, devem mover-se segundo o que o órgão midiático a que pertencem acha conveniente no momento. A liberdade de expressão é verdadeiramente exercida quando o profissional é manietado e aviltado em favor dos anunciantes ou da subserviência política? Creio ser difícil ser livre. Temos limitações no sentido de sermos dependentes de interesses. O grande espaço de liberdade é o particular, desde que não sejamos dependentes financeiramente de espaços em que atuamos. Aí cabe o medo de retaliações, de julgamentos, que podem colocar em risco o nosso ganha-pão. Quem pode dizer abertamente, dentro do seu estabelecimento, qual a sua posição política? Como expor sua ideologia? Melhor optar pela neutralidade? No bem particular, dentro da nossa casa, somos totalmente livres? Penso ser o momento de pensar nisso, em um momento sensível do nosso país. Por que estamos tão limitados, sem forças para nos dizermos? Fazemos parte dos que julgam os outros, não permitindo que todos tenham direito a pensar? Somos daqueles que, ante uma notícia de que profissionais agiram fora do que julgamos certo, procuramos saber o que os moveu, para só aí tirarmos conclusões justas? Ando bem cabreira sobre o quesito liberdade, preferindo pensar que ela realmente não existe, mas procurando consolo na categoria interdependência, essa sim, bem mais bonita. Não conseguimos ser nada sem que nossa liberdade seja dependente da liberdade do outro. Mas a extrema alegria é saber que o nosso pensamento é nosso, bem lá no fundo. Por vezes ele é impublicável, mas com o pensamento posso ser livre, mesmo que esteja em uma solitária. O pensamento não tem limites e merece viajar por aí sem fronteiras. Com o pensamento alimentado todos os dias com o que vejo, leio, vivo, sinto, tenho a liberdade de formar o que, na prática, transforma-se em minha performance pessoal, personalíssima, convenientemente inserida na vida coletiva, onde não posso prescindir do que exijo para mim, que é o respeito ao pensamento. Ser livre é difícil, mas ter respeito não é.
FUNDADOR Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) PRESIDENTE-EMÉRITO Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
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DATAS COMEMORATIVAS
30/06 Dia do Caminhoneiro Dia do Economista 01/06 Dia da vacina BCG Dia Internacional do Cooperativismo
Trabalho de campo Os estudantes do Instituto Estadual Cardeal Arcoverde participaram de um trabalho de campo organizado pelo curso de Geografia da Universidade de Passo Fundo. No início do mês, os acadêmicos do V nível, orientados pelo professor Claudionei L. Gengnagel, visitaram diferentes pontos da cidade para demonstrar, analisar, observar e interpretar as dinâmicas do espaço geográfico de Passo Fundo. As paradas para estudo ocorreram no Sétimo Céu (no Bairro Petrópolis); no Rio Passo Fundo, no trecho próximo ao Centro de Tradições Gaúchas Lalau Miranda; no Parque Banhado da Vergueiro; no bairro da Cidade Nova e no Aeroporto Lauro Kortz, onde foram abordados os aspectos humanos, físicos e históricos pertinentes ao município. Segundo os universitários, os temas tratados foram escolhidos em virtude das particularidades de cada local, considerando sua significância para a compreensão das paisagens do município.
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POLÍTICA
DANIEL ROHRIG
politica@diariodamanha.com
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Considerada moderna, nova legislação trabalhista ainda necessita de adequações Foto: Daniel Rohrig/DM
Evento que discute as alterações na Consolidação das Lei Trabalhistas (CLT), aprovada há um ano, reuniu autoridades do Legislativo Federal e do Poder Judiciário para tratar sobre avanços e aspectos que ainda demandam discussão sobre o novo texto já em vigor
Evento discutiu os prós e contras das alterações na legislação trabalhista na presença de autoridades locais que precisam ser discutidos ainda, pois há uma divergência de análise dentro do próprio judiciário. Questão de interpretação mesmo. Aí vem a importância de fóruns como o de hoje. A reforma é muito jovem então ela passa por este período de adaptação. Pois se os órgãos fiscalizadores entendem de uma forma e o judiciário de outro, a empresa fica no meio do fogo cruzado”, afirmou o
presidente da Associação Comercial e Industrial de Serviços e Agronegócios de Passo Fundo, Evandro Silva. No âmbito dos micro e pequenos empresários, a possibilidade de regulamentação de determinadas relações de trabalho acabam se tornando benéficas para a categoria. “Antes, corria o risco do microempresário empregador ser processado devido a lei não prever certas formas
de contratação. Mas agora, pode-se contratar esporadicamente os profissionais dentro de um período estipulado, não necessariamente seguindo a tradição do contrato ser mensal. Na proporção que o trabalhador está ocupado, ele tem os direitos garantidos. Então houve essa flexibilização”, avaliou o coordenador regional do Sebrae, César Nascimento.
“A cabeça estava no século XXI, mas os pés permaneciam no século XIX” A frase do deputado federal e ex-ministro do Trabalho que idealizou as novas leis trabalhistas, Ronaldo Nogueira (PTB), sintetiza a visão do parlamentar para com o antes e o depois do vigor da lei. O discurso de Nogueira quanto a necessidade da caravana para estimular os debates se dá por meio do argumento que o caráter ideológico acabou provocando visões distorcidas do novo texto. “Nós reunimos ministros dos tribunais do trabalho, desembargadores, pessoas com propriedade técnica para falar sobre o assunto. Ela foi concebida sobre três eixos: proteção de direitos, segurança jurídica e geração de empregos. O país vinha perdendo postos de trabalho todos os meses. Foram 1,5 milhão fechados em 2015. Em 2016, foi 1,2 milhão de empregos encerrados. Desde que a lei entrou em vigor, isso trouxe um novo ânimo para os empregadores. Nos primeiros quatro meses
Foto: Aline Prestes/DM
Aprovada há um ano e em vigor desde novembro do ano passado, a nova legislação trabalhista ainda gera debates em diversos setores sociais. Por conta disso, uma caravana percorre o país de junho a setembro para esclarecer as mudanças na lei que impactam diretamente no dia a dia de empregados e empregadores. A Jornada Brasileira de Relações de Trabalho fez parada em Passo Fundo nessa sexta-feira (29) e contou com um público superior a 200 pessoas no Salão Social do Clube Comercial. Três painelistas debateram de forma técnica a aplicação da lei da reforma trabalhista, apontando prós e contras do novo texto, que resultou em mais de cem alterações na Consolidação das Leis Trabalhistas (CTL). Considerada uma das principais pautas do Governo de Michel Temer e tratada como uma modernização pelo Palácio do Planalto, a legislação ainda é vista de forma controversa pelas centrais sindicais e entidades representativas dos trabalhadores. A classe empresarial, no entanto, considera que houve alguns avanços importantes no novo texto, mas que a lei precisa passar por uma unidade de interpretação. “A reforma veio atender uma necessidade que há muito tempo as empresas buscavam. Agora, existem muitos pontos
“Eu tenho desafiado àqueles que falam que as novas leis tiraram direitos a me apontar quais direitos são estes, que eu serei o autor de uma nova lei que devolva os mesmos aos trabalhadores”.
deste ano, foram 400 mil postos preenchidos”, citou Nogueira. O ex-ministro do Trabalho afirma que as leis trabalhistas até então se tornaram anacrônicas e demandaram uma atualização aos novos tempos. Desta maneira, Nogueira considera que a implementação da reforma não poderia esperar mais. “O Brasil foi o único país no mundo que fez a reforma trabalhista sem tirar nenhum direito dos trabalhadores. Eu tenho desafiado àqueles que falam que as novas leis tiraram direitos a me apontar quais direitos são estes, que eu serei o autor de uma nova lei que devolva os mesmos aos trabalhadores”, rebateu. O deputado federal comenta ainda que a caravana tem recebido grande número de público participante e que as discussões propostas vêm a colaborar para o entendimento da nova legislação em relação a comunidade.
POLÍTICA
“Excesso de proteção gera desequilíbrio em certo momento”
Foto: Aline Prestes/DM
Ao comandar o segundo painel do evento, intitulado “Perspectiva jurídica da nova lei trabalhista”, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª região, Amaury Rodrigues Pinto Júnior, afirma que a reforma equilibra as obrigações jurídicas tanto de empresas quanto de empregados. “Nesses seis meses que a reforma está em vigor, nós já conseguimos ter as primeiras impressões em vários aspectos, entre eles no desenrolar dos contratos de trabalho e também na apreciação das causas por parte do Judiciário. Aqui, o objetivo foi tratar de como esses novos contratos de trabalhos se definirão a partir de agora diante da dinâmica da nova lei e como a Justiça do Trabalho vai apreciar essas questões, no que se refere aos direitos do trabalhador”, explicou o desembargador. Desde que a reforma entrou em vigor, Pinto Júnior revela que as ações trabalhistas que tramitam na Justiça do Trabalho caíram em torno de 35%. “Eu acredito que essa queda é momentânea. Não necessariamente em virtude dessa alteração, mas sim, trabalhamos na hipótese que os advogados estão em compasso de espera para estudar o novo “Eu acredito que essa texto e entender de que forma pedir ou inqueda [de ações] é mogressar com ações a partir de agora. Quanto mentânea. Não necesao desemprego, os dados provém do Goversariamente em virtude no e são no sentido que está diminuindo. dessa alteração, mas sim, Também não podemos afirmar que é exclutrabalhamos na hipótese sivamente em virtude da reforma, mas sim, que os advogados estão em de um contexto econômico que pode estar compasso de espera para melhorando”, disse. estudar o novo texto” O tema envolvendo as disputas judiciais entre empregados e patrões também foi abordado. O desembargador Pinto Júnior afirma que a responsabilização sobre o trabalhador está maior do que anteriormente em relação às ações. “Ele deve responder por aquilo que ele pedir sem razão. A justiça continua sendo gratuita para ele e as despesas judiciais não precisam ser honradas na hora. Mas se ele perder a ação, será responsabilizado na questão de custos que poderão ser debitados daquilo que ele possa receber do processo. É nesta parte que houve a modificação”, explicou. Quanto a tramitação dos casos trabalhistas na justiça, o magistrado crê que não haverá alterações em relação a celeridade, pois as questões dizem respeito, sobretudo, os advogados no sentido de ingressarem com processos ou não do que para a Justiça do Trabalho.
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“A mudança corrigiu pontos em que a CLT era omissa” antes”, completou. O ministro do Tribunal SuAinda sobre os sindicatos, Belperior do Trabalho (TST), monte entende a existência de Alexandre Agra Belmonte, coduas faces da moeda. “Não há mandou a conferência magna dúvida de que os sindicatos de encerramento que abordou estão empoderados com essa o novo sistema de relações de previsão dos acordos coletivos trabalho promovido pelas novalerem como lei. Contudo, a vas leis trabalhistas. Belmoncontribuição sindical deixou de te entende que a celeridade ser obrigatória e como em ouna qual foi tratada e aprovatros países, ela não deve mais da a reforma trabalhista abre ser compulsória. Isso obriga brechas para desconfianças às entidades representativas e polêmicas. “Nós temos o de conquistarem a sua clienteentendimento que deveria la. Quem quiser se sindicalizar, haver uma discussão maior e que o faça. Quem não quiser, um tempo maior de maturanão é obrigado a aderir”. O mição destas propostas. Agora é A CLT era inflexível sobre nistro apontou, ainda, pontos lei, então não há mais do que este ponto e não identifisobre a pauta que devem ser discutir e sim, se debruçar em cava quais direitos eram debatidos no futuro. “A insticima da legislação e nortear objetos de negociação e tuição no Brasil para prever a as decisões através dela”, pluralidade de sindicatos deve afirmou. O ministro entende quais eram. Agora, isso ser implementada por meio de como um dos pontos positifica claro aos sindicatos emendas à constituição. Por envos, a valorização dos acordos que possuem um poder quanto ainda temos apenas um coletivos entre os sindicatos maior do que antes sindicato para representar uma representantes das categoúnica categoria. Não há concorrência. Então, isso rias. “A CLT era inflexível sobre este ponto e não iria estimular a funcionalidade dessas entidades identificava quais direitos eram objetos de nena questão de proteger os interessas dos trabalhagociação e quais eram. Agora, isso fica claro aos dores aos quais representam”, citou. sindicatos que possuem um poder maior do que Foto: Aline Prestes/DM
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Pesquisa aponta aumento da informalidade em maio
Em meio ao andamento da caravana para discutir a reforma trabalhista, o novo dado quanto a taxa de desemprego fechou o trimestre encerrado em maio em 12,7%, praticamente estável em relação ao trimestre encerrado em fevereiro deste ano, quando a taxa de desocupação foi 12,6%. A alta foi de apenas 0,1 ponto percentual. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada na quinta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ressalta, no entanto, o fato de que entre um trimestre e outro a informalidade no emprego voltou a crescer, com o contingente de empregados do setor privado sem carteira assinada tendo aumentado 2,9% no trimestre de março a maio, em relação ao trimestre anterior. Em números absolutos, o resultado representa mais 307 mil pessoas em postos de trabalho que não oferecem várias garantias de direitos trabalhistas. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o aumento foi de 5,7%, o que corresponde a 597 mil pessoas a mais na informalidade. Segundo o IBGE, na comparação com o trimestre de março a maio de 2017, quando a taxa de desemprego estava em 13,3%, houve queda de 0,6 ponto percentual no indicador.
Manifestações contrárias
O presidente do Sindicato dos Bancários de Passo Fundo, Dário Delavi, liderou uma pequena mobilização em frente ao evento para protestar contra as alterações da reforma trabalhista. “Estamos com 14 milhões de desempregados. Só gerou subempregos, nada na formalidade. Eu imagino que essa propaganda que é feita não condiz com a realidade. A reforma é para beneficiar os banqueiros, meia dúzia de grandes empresários, nada mais que isso. Para o trabalhador, não há benefícios nenhum. A população saiu lesada”, disse o sindicalista ao Diário da Manhã.
ESPECIAL
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Os desafios para se tornar uma cidade acessível Mesmo com ações que visam maior acessibilidade nos espaços públicos, Passo Fundo ainda não é considerado um município acessível. Plano Diretor é visto como ferramenta para mudar o cenário no futuro Foto: Matheus Moraes / DM
Estabelecimentos do Centro já disponibilizam rampas para cadeirantes Matheus Moraes matheus@diariodamanha.com
A acessibilidade de Passo Fundo é um tema que traz discussão para um grande público do município. Ainda considerada longe do ideal no assunto, a cidade altera suas características de maneira gradativa para oferecer inclusão a todas as pessoas em espaços públicos. Em contrapartida, a mudança de postura e de conscientização ganhou força apenas nos últimos 20 anos dos seus 160 de história. Mas para dar cada passo, é necessário planejamento, continuidade e fiscalização. Com concentração de prédios históricos e antigos, cresceu a necessidade de possibilitar o ingresso de todos em espaços públicos, com ferramentas que disponibilizassem o livre acesso. Na cidade, alguns espaços públicos – sobretudo os que foram revitalizados recentemente – já apresentam elementos de acessibilidade para pessoas com deficiência. As obras foram respaldadas pelo Código de Obras do município e também pelo planejamento
de execução do Plano Diretor, considerado um instrumento de planejamento municipal, que ainda está sendo estruturado. Entre os exemplos dessa nova postura, está o Estádio Fredolino Chimango, popular Campo do Quartel, que recebeu revitalização no calçamento e conta com novos pisos táteis direcionáveis, e o Parque do Banhado da Vergueiro e da Gare, que apresentam pisos táteis direcionáveis, além de rampas de acesso ao espaço público. Um dos próximos passos, na verdade, é um desafio: implantar o maior programa de acessibilidade do município, nas obras da Avenida Brasil. O objetivo é ter o trajeto todo de recuperação com revisão de rampas nas calçadas, implantação de pisos táteis nos quarteirões, além das travessias, paradas de ônibus e dos canteiros. Um levantamento também é feito nas escolas municipais e unidades de saúde para verificação do que falta em termos de acessibilidade nesses locais. Por outro lado, algumas dificuldades não permitem que uma maior acessibilidade já seja disponível. De
Carlos Eduardo Borges “O trabalho está sendo feito, mas caminha a passos de tartaruga. Se direciona para esse lado [da acessibilidade], mas ainda é muito pouco”. acordo com a secretária de Planejamento do município, Ana Paula Wickert, ainda não existe uma linha de crédito disponível, por meio do governo federal, para reformas e adaptações de prédios públicos. Segundo ela, o próprio prédio da Prefeitura de Passo Fundo precisaria de elevador, rampa, mas que não possui em razão da falta de recursos. “É muito importante essa questão para adaptar prédios existentes com as necessidades de acessibilidade. Por exemplo, a questão de não ter linhas de crédito disponíveis impede a colocação de elevadores, rampas. Sem o fomento federal, tem que ser feito com o recurso próprio
municipal. E de prédio existente sempre é mais caro”, alega. Cadeirante desde os nove anos, o passo-fundense Carlos Eduardo Borges sabe responder na ponta da língua qual é o maior problema que enfrenta diariamente: as calçadas. “Não tem um padrão. É disparado o que mais me prejudica”, lamenta. Ele exemplifica com um problema numa parada de ônibus do Centro. “Um tempo atrás, uma parada tinha um buraco enorme. Acabaram tampando com concreto, mas tiraram boa parte do piso tátil. Não tem um padrão, não tem manutenção, não é feito da forma correta”, desabafa. Outro desafio do cotidiano é ao pegar um ônibus. “Isso também é um problema, porque muitas vezes não se tem a chave para liberar o elevador”, completa. De modo geral, Borges relata que a cidade está voltada para atenção à acessibilidade, mas que o processo é lento. “O trabalho está sendo feito, mas caminha a passos de tartaruga. Se direciona para esse lado, mas ainda é muito pouco”, diz o homem que está numa cadeira de ro-
das há 25 anos. A falta de aporte financeiro federal – exceto no caso das escolas públicas, que têm linha de crédito para acessibilidade – aliada a preocupação de entidades representativas de pessoas com deficiências deixa o tema em voga. Para Ana Paula, a transformação ainda terá muitas etapas para chegar ao nível ideal de acessibilidade. “Temos muito por fazer. Temos prédios públicos que têm que receber acessibilidade, escolas, a própria prefeitura. Mas isso é uma questão de um debate recente nas políticas públicas, em termos de Brasil. Temos um passivo de 160 anos, em que se fala nisso nos últimos 15, 20 anos. Então, viemos corrigindo algumas distorções, mas tem muito a se fazer ainda. Nos últimos anos, tem essa preocupação maior. A sociedade clama por isso, o que deixa o poder público cada vez mais com respaldo para cobrar, ir atrás”, argumenta. “A gente vem trabalhando com isso. Sabemos o que precisa quando temos como meta. Claro que não é uma transformação que seja tão rápida [a de transformar a cidade acessível]”, completa.
ESPECIAL
Acessibilidade requer conscientização A secretária de Planejamento do município, Ana Paula Wickert, relata que o poder público visa a qualificação do espaço público para todos os cidadãos. “O nosso entendimento é que a acessibilidade vai além da rampa e do piso tátil. Significa estruturar percursos para que as pessoas possam circular pela cidade, pensar isso de forma integrada”, afirma. No entanto, algumas barreiras ainda impossibilitam a cidade de ser considerada acessível, mesmo que o caminho ainda esteja sendo trilhado. “Nós temos um problema muito grande nas calçadas, que muitas vezes é de responsa do proprietário do lote. Muitas vezes, as pessoas fazem rampas de carro na calçada, colocam piso que acham mais bonito, mas que não é o mais adequado”, declara. No novo Código de Obras do município, é especificado que a largura livre da calçada tem de ser, no mínimo, de 1,5m, para que um cadeirante, uma mãe com carrinho de bebê, entre outros casos, possam ter acesso sem nenhum tipo de obstáculo. A chefe da pasta de Planejamento lembra, ainda, que Passo Fundo tem por característica não ser plana. “Temos muitas subidas, por exemplo na Paissandú, na Uruguai. Sabemos que é mui-
to complicado tornar esses espaços acessíveis. Mas ele pode se tornar um espaço adequado para quem caminha. Precisamos criar rotas em que o deficiente físico possa se deslocar, talvez num percurso mais longo, mas no qual ele tenha conforto”, conclui. De acordo com a secretária, a comunidade já está numa etapa a frente do pensamento de que as adequações só seriam realizadas por serem obrigatórias. Segundo ela, o cidadão deve lembrar que acessibilidade não é apenas para pessoas com deficiências, mas para todos, até mesmo quem estiver com a mobilidade afetada durante determinado período. “Uma época, as pessoas só faziam as mudanças por obrigação. Nós já estamos passando dessa fase. Agora, já vemos muitos que procuram ser acessíveis para atender um número maior de pessoas em alguns serviços. A acessibilidade é para todos. Todos nós estamos no risco de um dia necessitar. Já existe uma conscientização da comunidade como um todo, que isso não deveria ser uma exigência, e assim uma solução natural. Quando se abre o seu próprio negócio, já pensar nessas questões. Não fazer ‘degrauzinho’, mas uma rampa. Isso é um processo de amadurecimento da cidade”, enfatiza Ana Paula.
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Fotos: Matheus Moraes / DM
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Parque Banhado da Vergueiro possui novos pisos táteis para deficientes visuais
Plano Diretor como aliado da acessibilidade Um dos pontos norteadores do Plano Diretor é a mobilidade urbana, com a inclusão de acessibilidade para todos. Com eixos voltados para a mobilidade de transporte, mas também de pedestres, alguns pontos já são trabalhados para oferecer, em termos de políticas públicas, maior preocupação ao pedestre. “É uma questão que parece mais abstrata, mas que parece um conceito de cidade no qual estamos trabalhando. No segundo semestre, teremos oficinas propositivas para o Plano, para abordar a mobilidade para transporte motorizado e também não motorizado”, declara a secretária de Planejamento. Ela cita que um dos tópicos abordados será quanto a acessibilidade no
transporte público municipal. Atualmente, já existe elevador em ônibus das três empresas da cidade, mas o equipamento não está disponível para todas as linhas. “Essa é uma questão que já consta no Plano Diretor, mas que tem que avançar ainda em termos de legislação”, acrescenta Ana Paula. Além disso, o Plano trata da discussão do passeio público, de rotas e percursos acessíveis para deficientes. “É algo que já se exige neste projeto. Quem for construir, precisa aprovar o projeto da sua calçada. No transporte não motorizado, será necessário cuidar do passeio público, das rotas, para que as pessoas que tenham algum tipo de deficiência”, pontua.
Projeto, manutenção e longevidade A professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Imed, doutora Andréa Mussi, relata que, se tratando de obras públicas, é necessário pensar além do projeto. “Não basta pensar apenas no projeto, mas na manutenção e na longevidade do material colocado ali. Geralmente, por vários motivos, não se faz a manutenção, por questões de custos, não colocam um material mais adequado. Às vezes, até no projeto está especificado o material necessário, mas na execução não é o adequado”, aborda. Andréa participa ativamente de atividades de interação relacionadas a Associação Passo-fundense de Cegos (Apace) desde 2013, por isso entende quais são os anseios de quem possui baixa visão ou não enxerga nada. De acordo com a doutora da Imed, os deficientes visuais consideram os pisos táteis instalados na cidade muito “estreitos”. “Não Falta de manutenção e qualidade do material nos pisos táteis são contestados em Passo Fundo é só porque está na norma que já é suficiente. Eles diferença de cor. Pode ser um preto e outra cor, um azul e amarelo, acreditam que são muito estreitos, que perdem sua funcionalidamas com muito contraste. Se estiver muito colorido esse espaço, eles de. Não faz sentido porque o pessoal não consegue se orientar por se confundem, causa um desconforto. São questões que o pessoal ineles. Pode perder até mesmo a questão de equilíbrio, porque não dagam, que tem se colocado de uma forma sem pensar o problema”, permite um deslocamento adequado”, declara. Ela sinaliza, ainda, declara Andréa. que a colocação dele, por muitas vezes, é errônea. “Se não alinhar bem os gomos, principalmente os mais elípticos, isso pode prejudicar ainda mais. É um piso muito propício para quem tem uma bengala do tipo rolha, mas muitos não a possuem. Isso causa problemas”, considera a professora. Para o público de baixa visão que utiliza o piso tátil como referência no deslocamento, o ponto questionado é quanto ao contraste das cores. “É necessário ter outros elementos mais amigáveis para deslocamento dentro de um espaço fechado do que só lançar esse tipo de piso. Pode ser até uma diferença de contraste, com
Banheiros em espaços públicos
Um dos pontos lembrados por quem precisa de acessibilidade é quanto ao sistema de acessibilidade nos banheiros de espaços públicos. Segundo a secretária de Planejamento, essa questão é trabalhada aos poucos. “Os banheiros nós trabalhamos quando possível. Às vezes não temos recursos, espaço, porque também é um problema. Buscamos atender de forma integral, como reformamos os banheiros e colocamos com acessibilidade no Teatro Municipal, por exemplo. Em prédios históricos ou já construídos, é diferente”, completa Ana Paula.
ESPECIAL
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Botoeiras funcionam após anos de espera Reivindicação antiga da Apace, o sistema de botoeiras funciona na cidade há cerca de um ano e é um exemplo positivo de avanço na acessibilidade. O investimento de R$ 30 mil, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, permite que os deficientes visuais consigam atravessar a faixa de pedestres com segurança após sinal do dispositivo instalado nos postes dos semáforos. As botoeiras funcionam nas esquinas da Avenida Brasil com a Rua Coronel Chicuta e Avenida Sete de Setembro, além da Rua Morom, esquina com a Rua Bento Gonçalves. “Consideramos uma ação positiva, que já funciona e atende essa demanda. É um projeto que passou por algumas adaptações”, declara o secretário de Segurança Pública, João Darci Gonçalves Rosa. O projeto de incluir esse equipamento para facilitar a locomoção dos deficientes visuais surgiu em 2012, quando as primeiras botoeiras foram instaladas na cidade. As botoeiras acabaram funcionando por um período, mas logo foram desativadas, em razão de que o equipamento não era compatível com os semáforos e não apresentavam sincronismo. Por não ter funcionado, não houve custo para o poder público municipal. Em abril de 2012, quando o poder público municipal anunciou o início da instalação das botoeiras, a promessa era de que a cidade contaria com 52 dispositivos nos semáforos.
As botoeiras terão um sinal sonoro para auxiliar deficientes visuais ao atravessar uma via. Uma vez que o pedestre acionar um botão junto ao equipamento de pedestres, será emitido um som que identificará sinal verde para a travessia. Os equipamentos, que ficam ao lado do semáforo, funcionam com um texto em braile, som e também um texto normal ampliado para visão parcial. Ao acionar o botão do equipamento, o texto será anunciado e em seguida ele emitirá um sinal sonoro (neste tempo, o pedestre poderá levar para realizar a travessia); O som será emitido em todas as botoeiras do mesmo cruzamento, enquanto o sinal estiver verde para pedestres. Durante a noite, o som emitido pelo dispositivo tem o volume reduzido. O presidente da Apace, Flávio Flores, declara que algumas reuniões já foram realizadas para apresentar as necessidades dos cerca de 200 associados da entidade. A botoeira era uma das principais reivindicações. Segundo ele, ainda há esperança de que Passo Fundo possa melhorar ainda mais em acessibilidade. “É algo que nos frustrava, porque não funcionava e nós sempre exigimos. Não entediamos como funcionava em outros municípios e aqui não. É claro que sempre vamos querer uma acessibilidade cada vez melhor. Levantamos essa reivindicação, assim como outras também. A nossa esperança de ter uma cidade mais acessível ainda não morreu”, afirma.
Botoeiras são localizadas em cruzamentos da região Central
O que ainda falta
A professora da Imed elenca que, assim como todo o território brasileiro, a acessibilidade tem muito a avançar. Para Passo Fundo, ela elenca alguns pontos que travam a questão da mobilidade, tanto em espaços públicos como em áreas particulares, como falta de espaços suficientes para um cadeirante trafegar pelas ruas, árvores em passeio público estreito, limite de publicidade. “Já existe uma organização nos passeios públicos novos, com base no Código de Obras, para colocar elementos de padronização, pisos adequados. Estamos caminhando nesse sentido, porém temos de fazer adaptações. Existem muitas barreiras nos passeios. É preciso da conscientização para que as pessoas desobstruam faixas e as deixe contínuas. Não é algo exclusivo da cidade, mas do Brasil em geral. Temos que caminhar muito, ainda, para alcançarmos a diversidade que é colocada no resto do mundo, com o respeito às diferenças das pessoas”, afirma Andréa. Assim como citou a secretária municipal de Planejamento, a professora acredita que o Plano Diretor é a chance para a cidade identificar qual é a sua prioridade para o futuro, sobretudo no âmbito de acessibilidade. “Estamos com uma atualização do Plano e essas questões precisam ser colocadas. Qual é a prioridade da cidade? São as pessoas? Elas se deslocam de qual forma? De a pé ou de carro? A partir disso vamos lançando todos os posicionamentos. Tem a questão de inclusão social, de tornar acessível a todos, não a ser algo segregado”, finaliza.
Legislações A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência assegura o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, em condições de igualdade, com foco na inclusão social e da cidadania. A Lei Nº 13.146/15 é a mais atualizada sobre o tema. Em 2000, a Lei Nº 10.098 já estabelecia critérios básicos e normas de acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos; no mobiliário urbano; na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.
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GERAL
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Profissionais de saúde da região conhecem estrutura de hemodinâmica do HC Reinaugurado no ano passado, setor de atendimento cardiovascular da instituição atende cerca de 500 procedimentos por mês Matheus Moraes matheus@diariodamanha.com
O Hospital da Cidade (HC) realizou uma apresentação do Centro de Hemodinâmica em Cardiologia da instituição para profissionais da saúde de quatro municípios da região Norte: São Domingos do Sul, Vanini, Santo Antônio do Palma e Casca. A atividade ocorreu quinta-feira (28), mediada pelos médicos do Instituto do Coração de Passo Fundo (ICOR), que possui profissionais do corpo clínico da instituição. O serviço de Hemodinâmica do hospital foi reinaugurado no ano passado, na data de aniversário de 103 anos do hospital. No entanto, o primeiro setor de Hemodinâmica do HC havia sido efetivado ainda em 2011. Atualmente, o novo Centro conta com duas salas – uma delas de recuperação, com 30 leitos disponíveis -, além de uma estrutura que possibi-
lita um amplo atendimento. Por mês, o setor atende cerca de 500 procedimentos entre diagnósticos e tratamento. De acordo com o coordenador do Serviço de Hemodinâmica, Dr. Carlos Mattos, o intuito da atividade é explanar o serviço para outros municípios. “A ideia é apresentar o novo Centro a eles. Temos uma estrutura que permite oferecer uma assistência rápida e resolutiva aos pacientes com esse tipo de doença. Nesses casos é sempre importante tratar da prevenção. Ano passado inauguramos uma estrutura nova, que hoje nos possibilita uma assistência cardiovascular em alta complexidade e de muita qualidade”, afirma. O serviço é promovido pelo ICOR, que tem como objetivo oferecer um atendimento especializado para prevenir doenças cardiovasculares. Os atendimentos são realizados para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e também de plano particular. O grupo é composto por cinco médicos cardiologistas. Entre os serviços realizados, estão o cateterismo cardíaco, angioplastia, atendimento clínico ambulatorial e emergências cardiológicas. Foto: Matheus Moraes / DM
Médicos do ICOR apresentaram o serviço para profissionais de quatro municípios nessa quinta-feira
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SEGURANÇA
Brigada Militar prende 13 foragidos em Passo Fundo Prisões foram feitas entre a quinta-feira (28) e a sexta-feira (29) durante patrulhamento de rotina e também através de uma operação Policiais do 3º RPMon da Brigada Militar prenderam 13 pessoas foragidas da justiça entre a quinta-feira (28) e a sexta-feira (29), em Passo Fundo. As capturas ocorreram em diversos bairros de Passo Fundo e envolveram pessoas condenadas pela justiça, foragidos do sistema prisional e também com mandados de prisão em aberto. Conforme o comandante do 3º RPMon, tenente-coronel Volnei Ceolin, apenas neste ano, cerca de 160 pessoas em débito com a justiça foram presas pelas guarnições em Passo Fundo. Esse trabalho é um reflexo da atuação da BM, que tem, hoje, como um dos focos, a abordagem e a identificação de pessoas nas ruas de Passo Fundo, afirma Ceolin. “Isso transmite uma maior sensação de segurança para as pessoas”, disse ele. Conforme o comandante do 3º RPMon, esse tipo de atuação tem diversos objetivos, além da questão de gerar um ambiente mais seguro à população. “Fazer com que
pessoas cumpram a sua penalização e retirar elas de circulação tem um caráter repreensivo e também educativo, para que as pessoas
que pensem em fazer alguma coisa não comentam [crimes], sob risco de serem presas e levadas ao sistema penal”, afirmou.
Operação do Dia do Policiamento Comunitário II Parte das 13 capturas ocorreu durante a Operação do Dia do Policiamento Comunitário II, realizada em diversos pontos de Passo Fundo, na quinta-feira (28). Foram intensificadas ações do policiamento comunitário nas áreas de atuação dos Núcleos de Policiamento Comunitário do 3º RPMon. Foram feitas visitas comerciais, residenciais e escolares, palestras educativas nas escolas, barreiras de fiscalizações de veículos, abordagens em ônibus de transporte coletivos. Segundo a BM, a ideia desse tipo de abordagem é estabelecer vinculo social de convivência entre o policial militar e a comunidade, além de reduzir os indicadores de criminalidade e da violência, redução do medo do crime, obstaculizar o fenômeno da migração do crime, ocupação efetiva dos espaços territoriais de respon-
sabilidade. Foram feitas sete prisões na operação: uma prisão em flagrante por tráfico de drogas, uma por descumprimento da Lei Maria da Penha, quatro cumprimentos de mandados de prisão e captura de um foragido do presídio. No total, 121 pessoas foram abordadas e identificadas; foram feitas fiscalizações em sete paradas de ônibus; palestra sobre segurança e visitas a oito escolas; 40 veículos foram fiscalizados; a Patrulha Maria da Penha fez cinco visitas durante o dia; três barreiras foram montadas na operação. As ações ocorreram nos bairros Santa Marta, Donária, 20 de Setembro, Jardim América, Nossa Senhora Aparecida, Jaboticabal, José Alexandre Zachia, Valinhos, Industrial, 1º Centenário, São José, Leonardo Ilha e São Cristóvão.
Adolescente é flagrado com tijolo de maconha no Centro Um adolescente foi apreendido pelo 3º RPMon da Brigada Militar no começo da manhã de sexta-feira (29), na Avenida Brasil, no centro de Passo Fundo. Segundo o 3º RPMon, por volta das 8h40, a Sala de Operações foi informada que havia um indivíduo armado no interior de um coletivo urbano, da linha São Luiz – Zachia, que estaria na região central da cidade. Po-
liciais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) foram deslocados para atender a ocorrência. Eles fizeram a abordagem ao veículo. No interior, foi localizado o suspeito, depois identificado como um adolescente de 15 anos. Na cintura dele, foi localizada uma sacola plástica na qual havia diversos objetos: um tijolo de maconha que pesava aproximadamente
250 gramas, dois carregadores de telefones celulares, duas baterias de telefones celulares, um telefone celular e uma balança de precisão. O adolescente relatou à guarnição que se dirigia ao Presídio Regional de Passo Fundo (PRPF), onde arremessaria os objetos para o interior da casa prisional pela segunda vez. Ele recebeu voz de apreensão e foi levado à delegacia.
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GERAL Polícia 24h Estabelecimento é assaltado no Boqueirão
Uma loja de venda de peças e acessórios para carro foi alvo de um assalto no fim da tarde de quinta-feira (28), na Avenida Brasil, no Bairro Boqueirão, em Passo Fundo. Conforme o boletim da ocorrência, um indivíduo que portava um revólver chegou ao local por volta das 17h30. Ele anunciou o assalto e rendeu dois funcionários. O bandido exigiu dinheiro do caixa e chegou a dar golpes nas costas de um dos funcionários com o revólver. O criminoso aparentava ter entre 20 e 25 anos e vestia um agasalho de cor marrom, calça de abrigo e usava um capacete de cor vermelha sem viseira. Ele fugiu logo depois com uma quantia em dinheiro. O caso é investigado pela 2ª Delegacia da Polícia Civil.
Criminoso rouba coletivo urbano Um ônibus da linha Lucas Araújo – Vila Fátima foi roubado no começo da noite de quinta-feira (28). O caso aconteceu na Rua Áurea de Oliveira, no Loteamento Victor Issler, em Passo Fundo. Um dos funcionários relatou à Polícia Civil que um indivíduo entrou no veículo no endereço armado com uma faca. Em seguida, ele anunciou o assalto e exigiu o dinheiro do caixa. O bandido ameaçou o cobrador, que entregou o dinheiro, e fugiu logo depois. Ninguém ficou ferido e o criminoso não foi localizado. O caso é investigado pela 2ª Delegacia da Polícia Civil.
Homem é preso por tráfico de drogas no Centro Policiais do 3º RPMon da Brigada Militar efetuaram uma prisão por tráfico de drogas no fim da tarde de quinta-feira (28), no centro de Passo Fundo. Conforme o 3º RPMon, os policiais faziam patrulhamento de rotina quando foi feita uma abordagem em um ponto conhecido por venda e uso de drogas, na Rua General Osório. Os PMs avistaram um indivíduo que tentou esquivar-se ao notar a presença deles. Depois, ocorreu a abordagem ao suspeito. Com ele, foram encontradas três correntes, porções de crack embaladas para venda, além de R$ 136,00 em dinheiro. O homem, de 23 anos, recebeu voz de prisão e foi levado à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Depois, foi recolhido ao Presídio Regional de Passo Fundo (PRPF).
Defrec apreende suspeito de dois roubos de veículo A Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Passo Fundo cumpriu um mandado de internação provisória de um jovem de 18 anos. A ação ocorreu no Bairro Vera Cruz, em Passo Fundo, durante a manhã de sexta-feira (29). O mandado de internação foi expedido pelo Juizado da Infância e Juventude e refere-se a dois roubos de veículos em Passo Fundo, que teriam sido praticados pelo apreendido, ainda quando ele era adolescente, neste ano. Ele é apontado como participante de um roubo de um Fiat Linea na Rua Goioen, no Bairro Cidade Nova, no dia 9 de abril; e de um roubo de um Ford Focus, na Rua Nodario T. de Carvalho, no Bairro Independente, no dia 20 do mesmo mês. Após a apreensão, o jovem foi internado no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Passo Fundo.
Instituto doa 220 pistolas à Polícia Civil A Polícia Civil recebeu, na sexta-feira (29), uma doação de 220 pistolas modelo Glock G22 do Instituto Cultural Floresta (ICF), grupo de empresários de Porto Alegre que, recentemente, doou 46 viaturas à Brigada Militar (CM) e à Polícia Civil (PC). O valor total investido pelo ICF é de R$ 381,6 mil. Ao todo, serão repassados ao Estado R$ 14 milhões, entre armas, viaturas e outros equipamentos para o uso dos órgãos da Segurança Pública. De acordo com o ICF, o próximo repasse às forças policiais será a doação de 1,2 mil pistolas Glock G22 e dois ônibus à BM. As armas doadas na sexta-feira serão destinadas ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), Delegacias de Homicídios, Delegacias de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro (DRLD) e Delegacias Especializadas de Furto, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec).
GERAL POLÍCIA EDUCAÇÃO
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www.diariodamanha.com DIÁRIO PASSO FUNDO redacao@diariodamanha.com - (54) 3316.4800 DIÁRIO CARAZINHO redacao.carazinho@diariodamanha.com - 54.3329.9666 DIÁRIO FM - 98.7MHz diariofm@diariodamanha.com - 54.3311.1309 DIÁRIO AM - 570KHz diarioam570@diariodamanha.com - 54.3311.7756 DIÁRIO AM CARAZINHO - 780KHz diarioam780@diariodamanha.com - 54.3331.2422
DM
Pesquisa aponta desemprego estável A taxa de desemprego fechou o trimestre encerrado em maio em 12,7%, praticamente estável em relação ao trimestre encerrado em fevereiro deste ano, quando a taxa de desocupação foi 12,6%, alta de apenas 0,1 ponto percentual. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada sexta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ressalta, no entanto, o fato de que entre um trimestre e outro a informalidade no emprego voltou a crescer, com o contingente de empregados do setor privado sem carteira assinada tendo aumentado 2,9% no trimestre de março a maio, em relação ao trimestre anterior. Em números absolutos, o resultado representa mais 307 mil pessoas em postos de trabalho que não oferecem várias garantias de direitos trabalhistas. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o aumento foi de 5,7%, o que corresponde a 597 mil pessoas a mais na informalidade.
PREVISÃO PARA HOJE PASSO FUNDO
13ºC
CARAZINHO
22ºC
Mínima
Máxima
14ºC
Mínima
LUAS Nascente: 6h50min Poente: 18h30min
Sábado e Domingo, 23 e 24/06/2018
Minguante 06/06
PORTO ALEGRE
22ºC Máxima
Nova 12/06
25ºC
10ºC
Máxima
Mínima
Cheia 27/06
Crescente 19/06
SC Gaúcho fecha fase em São Borja Kleiton Vasconcellos kleiton@diariodamanha.com
Passados quase 15 dias desde a última vez em que disputou uma partida – o empate em 1x1 com o Elite na Arena – o Sport Clube Gaúcho volta a atuar neste domingo (01) pela Terceirona. O Alviverde fechará a fase classificatória enfrentando a Associação São Borja no Estádio Vicente Goulart, em São Borja, às 15h. Para os comandados de Gelson Conte, o jogo vale a manutenção na liderança da Chave A e o status de definir sempre em casa nas fases seguintes, que serão mata-mata. Para este jogo, o treinador comandou uma série de atividades e sabe que contará com desfalque na montagem do time. “Estamos trabalhando forte para que tudo saia bem, lembrando que o grande objetivo é o acesso. Não quero tirar o pé agora, pois corremos o risco de perder a condição de líder e também o ritmo de jogo” disse Conte. Nesta lógica, a lista de desfalques conta com o volante Toto (lesionado), o atacante Rafinha (poupado),
Foto Kleiton Vasconcellos/ DM
Alviverde volta a campo às 15h deste domingo para manter a liderança da Chave A da Terceirona. Jogo ocorre no Estádio Vicente Goulart domingo, o SC Gaúcho voltará as suas atenções para o mata-mata. Segundo o regulamento, se for o primeiro colocado, o Alviverde terá pela frente o 4º colocado na Chave B, hoje condição do Novo Horizonte, de São Leopoldo. Mas pode ser também o Sport Club Rio Grande ou a Associação Nova Prata. “A dificuldade agora é a manutenção do trabalho. Temos que esGaúcho e São Borja voltam a jogar neste domingo tar atentos à união do o lateral Boni (preservado grupo, entraremos no funil do mata-mata. pelos cartões) e o zagueiro Passando por quatro jogos, estaremos no Bruno (suspenso). O jogo acesso” finalizou. será a oportunidade para a Liderança estreia do volante Charles e do centroavante Fischer. O SC Gaúcho precisa de um empate para finalizar a fase como líder da chave. Se perder em São BorO planejamento também ja, torcerá para que o Elite não vença o Cruz Alta, no leva em consideração a sedomingo, descontando a diferença no saldo de gols, quência dentro da Terceiagora em 5 pró-Gaúcho. rona. Passada a partida de
Terceirona – Classificação – Chave A Pos. Equipe
PG
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V
E
D
GP GC
SG
1
17
7
5
2
0
13 3
10
Sport Clube Gaúcho
2
Elite Clube Desportivo
14
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4
2
1
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7
5
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Associação Esportiva São Borja
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Sociedade Esportiva e Recreativa Cruz Alta
7
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Sociedade Esportiva e Recreativa Santo Ângelo
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BSBios/UPF disputa duas competições A equipe BSBios/UPF de voleibol feminino entra em quadra neste final de semana para disputar duas competições. Neste sábado, 30 de junho, o time estreia no Campeonato Municipal, em Passo Fundo, e, no domingo, 1º de julho, joga a etapa de Estrela do Circuito Sesc de Vôlei. As duas partidas da BSBios/UPF pelo Campeonato Municipal acontecerão no Colégio Notre Dame. Às 13h30min, o jogo será contra o Sest/Senat, e, às 15h30min, contra DiCanalli. Já pelo Circuito Sesc de Vôlei, a equipe enfrenta a Academia LifeStyle e a A.E.V./URI Erechim na fase de grupos da competição. Os confrontos serão realizados no Colégio Martin Luther. Segundo o técnico da BSBios/UPF e professor da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da UPF, Gilberto Bellaver, o Campeonato Municipal será constituído por nove equipes. O campeão participará dos Jogos Intermunicipais do Rio Grande do Sul (Jirgs). Já o Circuito Sesc de Vôlei, conforme o treinador, se desenha como um evento muito atrativo e de ótimo nível técnico, o qual terá a participação de times como o da UFRGS (Porto Alegre), da Feevale (Novo Hamburgo), do Recreio da Juventude (Caxias do Sul) e do Martin Luther (Estrela), entre outros. Recentemente, a BSBios/UPF obteve o seu primeiro título da temporada ao sagrar-se bicampeã dos Jogos Universitários Gaúchos (JUGS) 2018 de forma invicta.
Conexão
PASSO FUNDO - CARAZINHO
Sábado e domingo, 30.6 e 1º.7.2018 - www.diariodamanha.com
Crise faz municípios retrocederem três anos Levantamento da FIRJAN revela que a desestabilização econômica interrompeu a trajetória de desenvolvimento no Brasil, em setores como saúde, educação e geração de emprego Caetano Barreto caetano@diariodamanha.com
A crise econômica que atinge o Brasil fez com que o desenvolvimento dos municípios retrocedesse três anos, ficando abaixo do patamar de 2013. É o que aponta a nova edição do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) relativo a 2016, que reflete sobretudo o fechamento de postos formais de trabalho e a menor evolução nas áreas de Educação e Saúde em 10 anos. Com isso, o país atingiu patamar moderado, com 0,6678 pontos (quanto mais perto de 1, melhor o grau de desenvolvimento), e o resultado do item emprego e renda ancorou a queda, ao atingir apenas 0,4664 ponto, o pior resultado desde 2015. O motivo foi o fechamento de quase 3 milhões
de vagas entre 2015 e 2016 em mais da metade dos municípios, segundo a Firjan. Essa retração refletiu diretamente na região: em Passo Fundo, o índice de emprego e renda caiu -14% nos três últimos anos, pontuando 0.8633 em 2013, e retrocedendo a 0.7391 em 2016. A queda foi maior em Marau, que amargou um recuo de -20,98 % em comparação a 2013, quando marcava 0.8255 pontos. Para o economista e professor da Universidade de Passo Fundo, Julcemar Zilli, o estudo descreve o cenário do país nesse período: “Em 2013, nós estávamos com uma atividade econômica bem aquecida, crescendo bastante, e, após isso, com a eleição da Dilma Rousseff e todo processo que ocorreu por trás, como a questão do impeachment, e o índice do Firjan indica exatamente como a economia para, e começa a cair ao longo do tempo”, explica.
Estudo analisa o desenvolvimento Elaborado desde 2005, o IFDM é o único índice anual que acompanha as três áreas de desenvolvimento – Emprego & Renda, Educação e Saúde –, com recorte municipal e cobertura nacional. O último resultado mostra que o desenvolvimento é para poucos: apenas 431 municípios brasileiros estão resultado maior de 0,8 ponto. Em 2013, Passo Fundo era o 330º colocado no ranking nacional do IFDM, sendo o 55º no Es-
tado, com nota de 0.8316. Já em 2016, Passo Fundo caiu várias posições, ficando em 371º colocado no país e 66º no Estado. Atualmente, o município da região com a menor colocação no ranking é Pontão: 1666º no Brasil, e 275º do Estado. Há três anos, essa posição era de Coxilha, quando era 1554º no Brasil, e 234º no RS. Pelo levantamento da fundação, Passo Fundo teve queda de -3,08 % nos últimos três anos analisados, o que, segundo Zilli, reverbe-
ra o impacto da crise econômica “Nós estamos hoje com valores do PIB que tínhamos lá em 2011. Por isso que a crise foi considerada extremamente grave, porque em vez de subir, aumentar o tamanho da economia brasileira, nós regredimos em torno de oito a dez anos ao longo do tempo, e agora estamos tendo que batalhar, trabalhar, e conquistar tudo novamente, pois foi realmente um passo atrás que deu a economia do país”, comenta
Impactos da crise sobre Educação e Saúde Educação e saúde avançaram constantemente na série histórica, embora mais retraída em 2016, demonstrando que a retração econômica também impactou socialmente. Em Passo Fundo, o crescimento na área no último triênio foi de tímidos 0,45%. O município que mais desponta na região em educação é Pontão, com pontuação de 0.8729, superior em 8,7% a Passo Fundo. Em geral, o Firjan denuncia que o país está bem longe das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE), de universalizar a educação para crianças de 4 e 5 anos até 2035. Em 2016, 1,2 milhão de crianças nessa faixa etária estavam fora da escola. Em Saúde, o destaque fica com o Rio Grande do
Sul, que possui 85% dos municípios com grau máximo de desenvolvimento, incluindo Passo Fundo, que cresceu 2,717% nos últimos três anos, atualmente com 0.9034 pontos. Nesse setor, o município da região que mais se destaca é Marau, com índices de 0.9034 em 2013 e 0.9528 no triênio seguinte, resultados superiores a Passo Fundo. Zilli indica que esse resultado pode melhorar: “A partir do momento em que a atividade econômica do Brasil começa a melhorar, que é algo que começou no final de 2017, esse índice pode começar a apresentar uma ligeira retomada no seu crescimento. Mas pode ser um passo bem pequeno, pois economicamente a gente não tá sentindo muito isso” conclui.
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Sábado e domingo, 30.6 e 1º.7.2018 Passo Fundo Carazinho
IFDM CONSOLIDADO: CARAZINHO-RS
IFDM CONSOLIDADO: NÃO ME TOQUE - RS
IFDM CONSOLIDADO: PASSO FUNDO-RS
IFDM CONSOLIDADO: COQUEIROS DO SUL - RS
IFDM CONSOLIDADO: PONTÃO - RS
IFDM CONSOLIDADO: MARAU - RS
Em Carazinho No país, Carazinho ocupa a posição de número 394, já no Estado a cidade está na 70a posição. O IFDM consolidado é de 0,8031, já o indicador de Saúde é de 0,8837, o de Educação 0,8447 porém, o de empregos e renda ficou em 0,6808. O Secretário de Desenvolvimento e Mobilidade Urbana de Carazinho, Dêninson Costa, destaca que os indicadores referentes a Carazinho são positivos e como se referem ao ano de 2016 acredita que os próximos resultados sejam ainda melhores dados os investimentos que foram feitos principalmente na áreas de Educação e Saúde, que tiveram neste pe-
www.diariodamanha.com Presidente
Vice-Presidente
Janesca Maria Martins Pinto
Ilânia Pretto Martins Pinto
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Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
ríodo investimentos que resultaram na oferta de novos serviços e na ampliação dos que já eram ofertados. Costa lembra ainda que em 2016 o Brasil estava em um momento econômico mais delicado do que o atual, e destaca que ao que tange o emprego a cidade precisa avançar. Também para tal indicador o secretário ressalta que com a perspectiva de uma melhora na economia, à medida que os investimentos voltem a impulsionar, também o indicador de emprego e renda vai crescer. Para o diretor da Ulbra Carazinho, Gilmar Maroso, o indicador que se refere a emprego e renda historicamente tem sido o que o que tem se mantido em patamares semelhantes e acredita que mesmo que haja uma reação da economia as empresas estavam com muita capacidade operacional ociosa, e diante da realidade de mercado, a tendência das empresas
é de aproveitar melhorar suas estruturas de modo que a geração de vagas de emprego nem sempre avancem. O professor destaca que embora tenha havido uma melhora em relação ao ano de 2015, desde 2005 vinham em um margem crescente que teve um pico em 2012 , mas que diminuiu com a crise. O educador pondera que embora Passo Fundo esteja quatro posições acima de Carazinho no índice, o que eleva o indicador médio é o resultado que Passo Fundo obtém em Saúde, já que é uma referência regional, porém, em Educação a cidade de Carazinho tem indicadores mais positivos. Na região, o município de Não-Me-Toque ficou na posição nacional de 1.315° e 216° no Estado. Já o município de Coqueiros do Sul entre os 497 municípios gaúchos ocupa a posição de número 436 e 3.062° no país.
ESPORTE
Pela frente do Brasil, o México Equipes medem forças a partir das 11h em jogo valendo pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Quem vencer, avança. Quem perder, volta para casa Foto Lucas Figueiredo/ Divulgação
Kleiton Vasconcellos kleiton@diariodamanha.com
Depois de sofrer na abertura diante da Suíça e apresentar evoluções nas duas partidas seguintes, o Brasil alcançou a primeira colocação na Chave E da Copa do Mundo. Com isso, recebeu como direito encarar a segunda colocada na Chave F, a seleção do México. Agora pelas oitavas de final, os times medem força a partir das 11h de segunda-feira (02), em Samara. O jogo é eliminatório: quem vencer avança e quem perder volta para casa. Pelo lado brasileiro, o técnico Tite e os jogadores deram início na sexta-feira (29) à preparação para o duelo decisivo. No campo principal do centro de treinamento da equipe brasileira em Sochi, todo o grupo esteve no gramado. Ainda em processo de
co ou entraram no decorrer da partida contra a Sérvia. “Estou de volta graças ao trabalho dos fisioterapeutas, médicos e preparadores. Nós trabalhamos quase que todo
“Mexicanos são apaixonados” Foto Arquivo Pessoal
A empolgação está entre os torcedores. Quem garante é o ex-jogador brasileiro Leonel Bolsonello. Formado no Esporte Clube Passo Fundo, Leonel marcou época no futebol mexicano vestindo as camisas de Pumas UNAM, Veracruz e Venados de Yucatán. Hoje divide a sua vida entre Passo Fundo e a Cidade do México. “O mexicano é igual ao brasileiro. Gosta muito de futebol vai ao estádio e é mais fanático que os brasileiros quando o assunto é seleção” afirmou Leonel. Convivendo o dia a dia do futebol – hoje é agente de jogadores – Leonel confirma a paixão. “Os torcedores dão muito apoio. Os clubes jogam aos finais de semana e por isso os estádios estão cheios. Quando a seleção joga, também acontece. Assistindo aos jogos, ouço que é a principal geração em anos. Mas é uma seleção de altos e baixos, imprevisível” encerrou. Leonel, nos anos 90, chegou a ser duas vezes artilheiro do campeonato mexicano pelo Pumas.
Leonel marcou época no futebol mexicano e reconhece paixão do torcedor
Histórico
Copa do Mundo – Oitavas de final Data
Hora Jogo
30/06
11h
França x Argentina
30/06
15h
Uruguai x Portugal
01/07
11h
Espanha x Rússia
01/07
15h
Croácia x Dinamarca
02/07
11h
Brasil x México
2003 México 1x0 Brasil (Copa Ouro Concacaf)
02/07
15h
Bélgica x Japão
2012 México 2x1 Brasil (Olimpíadas)
03/07
11h
Suécia x Suíça
2014 Brasil 0x0 México (Copa do Mundo)
03/07
15h
Colômbia x Inglaterra
1950 Brasil 4x0 México (Copa do Mundo) 1954 Brasil 5x0 México (Copa do Mundo) 1962 Brasil 2x0 Chile (Copa do Mundo) 1996 México 2x0 Brasil (Copa Ouro Concacaf) 1999 México 4x3 Brasil (Copa das Confederações)
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Sábado e domingo, 30.6 e 1º.7.2018 Passo Fundo Carazinho
o tempo nestes dias em que estive fora. Hoje já pude treinar em alta intensidade com a equipe, e o mais importante é estar à disposição e ajudar o grupo” comentou o camisa 14. A imprensa acompanhou os primeiros 30 minutos das atividades. Tite iniciou a sessão de treinos com uma reunião com comissão e jogadores no gramado. O papo durou cerca de 10 minutos. Marcelo participou da conversa com o treinador, mas logo voltou para a fisioterapia, onde segue tratamento para o espasmo que sofreu na musculatura da coluna. A Seleção Brasileira volta a treinar neste sábado às 15h (horário local), 9h de Brasília. No início da noite a delegação já embarca para Samara, local do jogo contra o México.
Equipe finalizadora
Seleção poderá ter o retorno de Danilo na segunda-feira recuperação, Douglas Costa fez uma atividade à parte com a fisioterapia. Já o lateral Danilo, recuperado, treinou com bola junto ao grupo de atletas que ficaram no ban-
DIÁRIO DA MANHÃ
Em números totais, a Seleção Brasileira finalizou ao gol 56 vezes na primeira fase, sendo 19 delas no alvo. A posse de bola média da equipe foi de 58,6%. O percentual indica um domínio mais produtivo das iniciativas de jogadas. Foram cinco gols marcados em 19 oportunidades reais. O Brasil teve 26 escanteios a seu favor. A Seleção ficou em média 24% de sua posse de bola no terço de ataque do campo.
“São muito parecidos com nós” Foto Arquivo Pessoal
Outro que falou sobre a relação dos mexicanos com o futebol foi Sandro Sotilli. O ex-centroavante vestiu as camisas de Necaxa, León e Jaguares ao longo de três anos no México. Para ele, “vejo o povo mexicano muito apaixonado pelo futebol. O grande diferencial em clubes e na seleção mexicana é que fazer uma boa campanha já é suficiente. Com os brasileiros não, há sempre a obrigação de ganhar e ser protagonista, seja em clubes ou seleção” pontuou. Por isso Sotilli acredita que a campanha de 2018 esteja empolgando Sandro Sotilli atuou por três tanto. anos no futebol mexicano Em dias de jogos, lembra Sotilli, o país para. “É igual ao Brasil. Eles valorizam demais, são fanáticos pela seleção. Mas eles têm uma relação muito boa e gostam também do futebol brasileiro, desde a imagem da Seleção de 1970” afirmou. Pela maneira de viver, diz Sotilli, “o povo mexicano é muito parecido com os brasileiros. Os gostos são semelhantes e a relação entre os povos é muito parecida”.
ESPORTE DIÁRIO DA MANHÃ
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Sábado, e domingo, 30.6 e 1º.7.2018 Passo Fundo Carazinho
Giro pelas seleções Portugal com três desfalques
Espanha perto de ter mudanças Foto Divulgação
Atacante Raphael Guerreiro preocupa e pode ser desfalque sábado
Foto Divulgação
kleiton@diariodamanha.com
Outra Copa
na defesa
Com três vitórias na fase de grupos e sem sofrer um único gol, o Uruguai agora terá o mais difícil teste na Copa do Mundo. Valendo uma vaga nas quartas de final, os uruguaios encaram Portugal neste sábado, às 15h. Destaque da seleção de Orscar Tabárez, o miolo de zaga tem como missão parar o letal Cristiano Ronaldo. Os zagueiros Giménez e Godín trazem entrosamento do Atlético de Madrid, onde atuam juntos desde 2013. E onde também já enfrentaram muitas vezes Cristiano Ronaldo.
Argentina ainda em teste de formação Foto Divulgação
A suada classificação dentro da Chave D manteve muitas dúvidas com relação ao time da Argentina que encara a França, sábado (30). Na partida que vale pelas oitavas de final, o técnico Jorge Sampaoli poderá lançar mais uma escalação diferente. Em testes realizados em Bronnitsi, Huguaín deixou a equipe titular e Messi foi utilizado como um falso 9. Neste caso, Pavón ingressaria na função antes cumprida por Messi. Até aqui, em 14 jogos sob comando de Sampaoli, a Argentina apresentou 14 escalações diferentes.
Embora tenha obtido a classificação sem grandes sustos dentro da Chave C, a França não apresentou o futebol esperado e agora encara a Argentina nas oitavas de final. O técnico Didier Deschamps segue com um dilema tático. O treinador parece ter achado o desenho ideal pra dar equilíbrio ao time: um 4-2-3-1 com o volante Matuidi fazendo o corredor esquerdo, enquanto Mbappé tem mais liberdade para flutuar a partir da direita. No ataque, Griezmann deixou a desejar e Giroud entrou bem na equipe. Em meio a tantas dúvidas, Deschamps não deu pistas do time para sábado.
Esqueça 90% daquilo que você já viu até aqui na Copa do Mundo da Rússia. O que foi disputado na fase de grupos valeu apenas naquelas três partidas de cada seleção. Agora, pode perceber, até a velocidade de cada jogo mudará. O fato de perder e ser eliminado vai forçar às equipes um cuidado maior com o setor defensivo. Na teoria, nenhum técnico tentará táticas suicidas ou deixará espaços aos adversários. A concentração em 100% do tempo tende a ser um fator diferencial – quem pensar demais, perderá. E pode escrever: vai ter emoção até o último lance.
Brasil De todos os confrontos válidos pelas oitavas, talvez a teoria reserve para o Brasil um enfrentamento mais desigual. Enquanto os comandados de Tite visivelmente cresceram ao longo da competição, o México faz o caminho contrário. Começou muito bem, ganhando da Alemanha. Terminou deprimente, tomando três da Suécia. Já o Brasil ganhou corpo com as vitórias sobre Costa Rica e Sérvia. Mostrou algumas variações interessantes e também conta com um banco de reservas mais qualificado. É, sem dúvida, favorito.
Mas… Ocorre que a gente não sabe exatamente qual México o Brasil vai encarar na segunda-feira. Não estou me referindo aos placares construídos pelos mexicanos, mas sim com relação ao time titular. O técnico Osório, de passagem pelo São Paulo, é conhecedor do futebol brasileiro e tem como característica montar as suas equipes de acordo com o adversário. Assim, muda a escalação como quem muda de roupa. Não sabemos, por exemplo, se será um México ao ataque ou preso na defesa. Tudo isso abre inúmeras possibilidades. Repito: mesmo assim, o Brasil é favorito.
Perigos
Huguaín pode estar deixando o time titular da Argentina
França com dilema tático
Hierro tem dúvidas no time espanhol
Kleiton Vasconcellos
Uruguai aposta
Godín é a esperança uruguaia para parar Cristiano Ronaldo
Foto Divulgação
Gelson Martins e Raphael Guerreiro, com dores musculares, podem ser desfalques de Portugal para encarar o Uruguai, neste sábado (30), às 15h. O lateral-esquerdo e o atacante preocupam o técnico Fernando Santos. Quem está garantido é o capitão e atacante Cristiano Ronaldo. Candidato a artilheiro da Copa, o camisa 7 tem sido visto motivando os companheiros para que Portugal avance às quartas de final.
Informações de bastidores obtidas pela imprensa espanhola dão conta de que a Espanha pode ter mudanças na equipe para encarar a Rússia, domingo (01), às 11h, pelas oitavas de final da Copa. A tendência maior é que o atacante David Silva deixe o time titular devido às fracas atuações. Outro nome ameaçado é o goleiro De Gea. O técnico Fernando Hierro só definirá a equipe que começa a partida diante dos anfitriões momentos antes do apito inicial.
Foto Divulgação Foto Divulgação
Sem uma análise muito profunda, é possível apontar alguns jogadores mexicanos que podem complicar alguma coisa para o Brasil. Começo pelo goleiro Ochoa, que fechou o gol naquele 0x0 na Copa de 2014. Tem um trio ofensivo muito veloz, com Vela, Chicharito e Lozano.
Indefinição Tite, pelo que vem fazendo na Rússia e pelos acontecimentos a cada treino, sem sombra de dúvidas tem o seu time titular já definido. E assim vem sendo desde o início da Copa. Por isso eu não creio em mudanças por ordem técnicas, como as saídas de Willian e Gabriel Jesus (embora eu achasse necessário). Mas alguns nomes podem mudar: os laterais titulares Danilo e Marcelo estão treinando e têm condição de retomar as posições, embora Fágner e Filipe Luís não tenham comprometido. No mais, afora essas dúvidas nas laterais, o Brasil está definido para segundo.
Demais jogos Ataque com Griezmann e Mbapeé ainda não agradou na França
As oitavas de final iniciam neste sábado. Já vou apontar aqui os meus classificados: Uruguai, Espanha, Croácia, Brasil, Suíça, Bélgica e Inglaterra. Só fico no muro para o jogo entre França x Argentina.
Sรกbado e domingo, 30.06. e 01.07.2018
Bella Revista
IMAGEM INTERNET
Lurdes De Conto
2 SOCIAL
Sábado e domingo, 30.06. e 01.07.2018
“Leitura é a chave para se ter um universo de ideias e uma tempestade de palavras.” Pedro Bom Jesus
Lurdes De Conto
Feijoada do Pulita!
Na foto o anfitrião João Pulita com a empresária Bariba Brizola e seu filho o advogado Rafael Brizola Marques
O nosso querido Colega Colunista do Jornal Pioneiro de Caxias do Sul, realizou um grande evento de cunho benemerente para comemorar o seu Happy Birthday reunindo a sociedade local bem como gente de várias outras cidades no Intercity Premium de Caxias Do Sul. Todos vivenciaram momentos de muita alegria, regado a ótima gastronomia, nossos cumprimentos pelo sucesso do acontecimento. Entre os Passo Fundenses que prestigiaram a Feijoada. Toda a arrecadação será destinada para 17 Instituições.
Noivado!!!
O jovem casal Gabriela Scheffer e Eder Scheidt entre juras de amor eterno trocaram aliança de noivado em Nannai Resort & Spa em Porto de Galinhas no Nordeste Brasileiro O lugar perfeito para o pedido de casamento mais lindo, verdadeiro e romântico que possa existir. Foi uma viagem maravilhosa, e que teve um final ainda mais feliz. Nossos votos são de felicidades e que Deus abençoe a caminhada de mãos dadas pela vida.
Patinação Artística!!!! SOFIA RECH HECKTHEUER , sagrou-se Vice- Campeã do Torneio Gaúcho de Patinação Artística realizado em Santa Cruz do Sul- Edição 2018 na Modalidade Iniciante Cadete- entre 13/14 anos, pela Lá Pieta Patinaggio Escola de Patinação Artística e Hóquei de Passo Fundo (Rs). Com um mês de preparo apenas, surpreendeu com o resultado de sua garra, perseverança, determinismo, VONTADE! A família agradece... Obrigada as técnicas Ana Paola de Novo Hamburgo e Ana Karina de Passo Fundo. E, especialmente a LÁ PIETA PATINAGGIO, que nasce EXITOSA... obrigada aos seus incansáveis mentores Rosângela e Adair Gonzatto. Parabéns Sofia, importante estar no Pódio, sempre é marca de superação e de conquista.
Viva São João!!!! A galerinha linda fez a festa no melhor estilo Caipira
Nome no Listão!!!!! Quem não deixou barato foi a jovem Bárbara Fontoura que conquistou aprovação no curso de Medicina da UPF 2018/2 e carimbou seu nome no listão para Medicina pela ULBRA 2018/2. Parabéns pela dupla vitória,,,, Sucesso pouco bobagem.... Janaina de Castro Tasca Mendes, Thais Castro e Débora Dal Bosco
Daiane Grazziotin e Rafael Marin com os filhotes aproveitaram os festejos juninos na maior animação
Vitoria Pimentel Da Silva, justifica sua dedicação aos estudos carimbando seu nome no Listão dos aprovados para cursar a carreira acadêmica de Medicina pela ULBRA- 2018/2. Motivo de orgulho e felicidade maior para seus pais e familiares. Sucesso, e queremos registrar ainda aqui muitas de suas conquistas.
Kamile Rodrigues De Azevedo não deixou por menos foi lá e conquistou a aprovação para o curso de Medicina pela ULBRA 2018/2. Parabéns a jovem e a seus familiares e vibraram com sua vitória.
A Rainha do Clube Comercial Amanda Benincá
Maira Dal Conti Tonial com sua filha a Rainha do Carnaval Mirin do Clube Comercial na Festa Caipira
Festa Junina do Clube Comercial aconteceu no último domingo (24) no Salão Esmeralda, da Sede Campestre. Em clima de festejos de São João, houve brincadeiras, músicas e comidas típicas, como carapinha, rapadura e quindim, além do tradicional quentão, tornando o ambiente leve e alegre. As fichas para qualquer brincadeira adquiridas constituíram uma forma de doação para a brinquedoteca do Centro Educacional e Assistencial Metodista Edith Schisler (CEAMES) que atende crianças em vulnerabilidade social. Bonito gesto brincando e contribuindo para o crescimento cultural.
Quem são as mulheres que nos inspiram na literatura!!!
A noite de 22 de junho foi recheada de muita literatura e um bate papo informal entre quatro mulheres “Raquel Cesar, Sueli Frosi e Luciana Lhullier e Piti Ochoa Ughini”que foram convidadas para falar sobre suas impressões sobre escritoras que lhes motivaram a escrever. Na ocasião do lançamento da Editora Desdêmona,”As Coisas que as Mulheres Escrevem” uma editora para incentivo e apoio à escritora feminina, a professora e escritora Piti Ochoa Ughini, falou sobre Lya Luft, autora que muito contribuiu para suas reflexões de seus escritos que sempre abordam o sentimento humano. O evento cultural teve como palco o Teatro Múcio de Castro que na oportunidade que contou com show de abertura e encerramento de Robeta Radalle, Augusto Dossa e Alencar Pitágora.
Lurdes De Conto
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Sábado e domingo, 30.06. e 01.07.2018
A Mulher no Cenário Educacional!!!!
Bernardete Dalmolin fala sobre a importância para a instituição e para a própria comunidade geral a eleição da primeira reitora mulher da Universidade de Passo Fundo. “O mundo da gestão ainda é eminentemente masculino. Romper a lógica hegemônica, neste caso, também é importante e inovador. Que pena que é a primeira vez em 50 anos, até porque as mulheres sempre estiveram presentes no cenário da educação brasileira, mas que bom que aconteceu agora (na UPF as professoras somam mais de 40% do total).Penso que precisamos superar preconceitos que reforçam uma cultura dominante de um perfil masculino para os cargos da alta gestão”. Concordamos inteiramente com sua resposta, por isso tomamos a liberdade de registrá-la em suas palavras de forma respeitosa com a finalidade de saudá-la pelo novo cargo com nossos votos de sucesso. Bernardete Dalmolin- reitora eleita-UPF
Happy!!!!! Nesta Segunda Feira, dia 02 de julho comemora aniversário nossa querida amiga Celina Madalosso, motivo de muitas felicitações por parte de seus familiares e amigos bem como a comunidade em geral. Celina é uma pessoa solidária, admirada por todos graças a seu grande carisma, generosidade, afetividade que a tornam especial. Benemerência, gratuidade e carinho passam também pelo seu perfil de mulher sensível e determinada. Celina por tudo o que representas no coração de todos nós receba os nossos votos de felicidades sempre. Na foto Celina e Carlos Antonio Madalosso
Comemorando aniversário Marisa Zilio, recebendo o carinho de muitas pessoas que a admiram pela sua generosidade e dedicação aos livros e as causas mais nobres de nossa sociedade, sua vida voltada a cultura, educação e ensino aprendizagem, formação do indivíduo, ela está sempre contribuindo de forma positiva para o desenvolvimento da cidadania plena. Para esta aniversariante os nossos melhores votos de felicidades. Na foto Marisa Zilio e Albino Sciesleski em lançamento cultural.
A advogada Duan Karina Rossetto de Assis, comemorou seu aniversário no dia 22 de junho em clima de felicidade total, sendo alvo de incontáveis cumprimentos de seus pais, do namorado Lucas Dambros e de amigos. Para esta bela aniversariante os nossos votos de felicidades sempre. Maria Isabel Wobeto, que comemorou seu aniversário no dia 18 de junho entre familiares e amigos em especial recebendo o carinho do filhote Luccas Martins. Esta coluna saúda esta aniversariante com os melhores votos, aproveitando um registro carinhoso de mãe e filho.
Comemorou aniversário no dia 23 de junho a empresária Kim Master Valentina Baigorria, oportunidade em que recebeu muitos cumprimentos pela data comemorada, por parte de familiares, amigos colaboradores e comunidade em geral. Receba os nossos melhores votos de felicidades sempre. Usamos esta imagem que esta em nossos registros, onde nosso amigo Marco Silva em nome da Acisa entrega honraria a aniversariante.
Lurdes De Conto
4 SOCIAL
Lançamento!!! Presidente Neli Formighieri e vice presidente Patricia Machado Nova gestão em breve com posse da nova Diretoria
Sábado e domingo, 30.06. e 01.07.2018 Aconteceu na tarde de Quinta Feira, dia 28 de junho, às 17 horas o lançamento do Mc Dia Feliz pela Liga Feminina de Combate ao Câncer de Passo Fundo, Bella Cittá Shopping e Mc Donald, confira alguns registros desse encontro pela solidariedade. Foi dado a largada para o projeto assistencial que ano a ano vem ganhando força e fazendo o bem. Oportunidade que reuniu gente de boa vontade em prol da benemerência.
Regina Martins e Hass com Fabio Bauler gerente do Mac
Presidente da liga, Neli Formighieri, e Gabriela Stacker Coordenadora do Mac 2018.
Promoção de 20 anos sorteia 3 viagens Na próxima quinta, 5 de julho, às 16h, o Bella Città Shopping realiza o 4º sorteio da promoção “20 anos, novas histórias”. Dessa vez, os destinos sorteados são Maragogi, em Alagoas, Lençóis Maranhenses, no Maranhão e Gramado, aqui no Rio Grande do Sul. Para que ainda não está participando é só juntar as notas fiscais de compras que somem R$250 e trocar por cupons. Dá para concorrer a estas viagens até meia-hora antes do sorteio. A urna da campanha ultrapassou a marca de 35 mil cupons nesta semana. Após o sorteio, os clientes podem prestigiar um Happy Hour especial dos 20 anos com o cantor Paulinho Saggiorato.
Turistando!!! Viajando pelo Mundo o casal Juliana Zimermann e Alan Pfluck estão encantados com tantas maravilhas, entre vários lugares pitorescos ... Istambul ( estrategicamente a cidade mais bem localizada do mundo entre a Europa e a Asia) Croácia... Bom mesmo poder vivenciar estas culturas tão diferenciadas em uma viagem especial
Elenco Família Espetacular!!!
Aconteceu no Centro de Eventos no inicio do mês de Junho o XI Festival de Cinema do Integrado UPF. Noite de casa cheia e muitas estrelas, idealizado pela doutora em literatura, Nara Marley Alessio Rubert. Filme vencedor: O Candidato. Evento lindo e muito bem prestigiado. Nossos aplausos a idealizadora bem como a toda a família Rubert e Pereira- Bailar- que formam um elenco espetacular em cena no palco na dança.
Tamanho Maxi Acessórios recatados e delicados? Esqueça! Os acessórios da temporada prometem impactar com o tamanho. Colares, brincos, anéis e até mesmo gargantilhas no tamanho maxi ganham espaço e se destacam como as principais escolhas deste ano. Outro grande destaque da temporada é o toque de brilho em acessórios. Escolha o seu tom: dourado, prata, rosé ou preto e brilhe muito!
Sábado e domingo, 30.06. e 01.07.2018
Pilates
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Pilates é uma técnica que trabalha a mente e o corpo, em conjunto, e possui como princípios básicos: concentração, controle, centralização, precisão e respiração. Esses aspectos são responsáveis pela harmonização do organismo durante a prática. Força, tonificação e alongamento são trabalhados de dentro para fora do corpo, tornando-o forte, elegante e saudável. Os exercícios podem ser realizados em equipamentos ou no solo, e proporcionam fortalecimento e flexibilidade para a musculatura do corpo.
Elegância
A prática do Pilates requer um ambiente adequado e, como qualquer atividade física, orientação profissional especializada. Na Vivare você encontra tudo isso, um ambiente com todos os aparelhos necessários e as aulas da fisioterapeuta Dra. Francieli Spricigo Cabral (Crefito 222122). Agende seu horário!
Festa Junina!
Toda mulher sabe da importância dos acessórios na hora de compor um look. Afinal, uma bolsa ou um sapato lindo e de bom gosto seguram qualquer visual, não importa o quão básica seja a roupa que você esteja usando. Com elegante couro python, esse modelo é um coringa no guarda-roupa e na Botas Gabriel você encontra diversos modelos de botas e scarpins que irão deixar seus looks ainda mais bonitos e descolados. Confira!
No sábado passado, dia 23 de junho, aconteceu o Arraial do Bom Pastor.
A festa estava muito animada, teve casamento caipira, brincadeiras, comidas típicas e muita diversão!
Confira as fotos dessa festança!
VIVARE
Saúde e Beleza
-Pilates Dra. Francieli - Fisioterapia Ortopédica Spricigo Cabral - Fisioterapia Dermatofuncional - Fisioterapeuta - Fisioterapia Geriátrica – Crefito 222122 - Tratamento Facial e Corporal Maria Rosani Spricigo - Massagem (relaxante, modeladora e terapêutica) Esteticista e Cosmetóloga - Limpeza de Pele Sergio Mattos - Peeling - Hairstyle Adriana Roma - Micropigmentação - Designer de unha - Depilação Esmaltação - Tratamento Capilar - Corte
Agende seu horário!
(54) 98158.0738 - (54) 99128.7102 Av. Sete de Setembro, 480 Centro
Direção: Daiane Henrich Coordenadora Educação Infantil: Simone Costa Coordenadora Ensino Fundamental: Evania Calza
As matrículas estão abertas!
A nova sede está localizada na Rua Albino Lazzaretti, nº 55, no bairro São Cristóvão.
(54) 3632-4090
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Sábado e domingo, 30.06. e 01.07.2018
A piloto Valentina Rocha Gil, comemora seus nove anos de idade
Massagem com bambu
Valentina nasceu no dia trinta de junho, apaixonada pelo
mundo do kart , a garotinha iniciou sua vida no kartismo em Setembro de 2017, faz parte da equipe ES Racing.
modela o corpo e relaxa Conhecida como “massagem das sensações”, a bambuterapia trabalha os músculos do corpo e da face e ajuda a equilibrar a energia do corpo. A técnica de massagem usa bambus de vários tamanhos e não utiliza nenhum tipo de produto ou cosmético.
Benefícios
Apoiadores da Piloto Valentina: - Estética Car Leiria - Alster Burst Burger - Machado Casa de Carnes - Vital Pet Veterinária *CCAA
Os bambus aplicados de forma correta em sentido, pressão, direção, velocidade e manobras proporcionam vários benefícios como o alívio de tensões musculares, ativação da circulação e desintoxicação com o estímulo da renovação celular. Os movimentos com o bambu estimulam glândulas para promover a redução de gordura localizada. Por isso, além de relaxar e tonificar, a massagem ajuda a modelar os tecidos do corpo, inclusive combater a celulite. A técnica ainda pode ser usada para reduzir marcas de expressão e fortalecer os músculos do rosto. Uma sessão de bambuterapia, dura em média uma hora e vinte minutos. É aconselhável fazer no máximo duas vezes por semana.
Jô Massagens
Massoterapeuta
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Matizadores Blond PROFESSIONAL HAIR Buscando estar de acordo com as tendências do mercado, para produtos de alta Performance a Senselles Profissional Hair apresenta a linha de matizadores BLOND, composto pelo corante azul violeta. A linha BLOND Senselles é um dos matizadores mais completos e concentrados do mercado. Preocupados com o bem-estar e a satisfação de nossos clientes, desenvolvemos fórmulas que além de limpar e diminuir os reflexos amarelados dos cabelos loiros, mechados ou grisalhos, O Matizador BLOND Senselles Profissional Hair é altamente hidratante não deixando assim os cabelos ressecados. A quantidade e o tempo de aplicação, devem ser administrados pelo profissional cabeleireiro. Seu uso é gradual e progressivo podendo tornar-se duradouro com a devida manutenção. Para isso indicamos o uso do shampoo de uso diário BLOND e a máscara de tratamento matizador. O uso doméstico deve ser orientado pelo cabeleireiro, conforme o trabalho realizado no cabelo.
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Sábado e domingo, 30.06. e 01.07.2018
ANNE SCHER
Sílvia Helena Arizio
Escritora Instagran: annescher_escritora e-mail: annescherer_escritora@gmail.com
sharizio@yahho.com.br
“Sem lenço e sem documento” uma luta, um movimento ruptura do irreverente e libertário. “VAMOS CONCILIAR?”, uma escolha para a pacificação do conflito.
As estações, mesmo que sazonais, temporárias em seu prazo de acontecer e se repetindo sempre, a cada novo ano, podem deixar marcas. O Outono é, para muitos, a estação preferida. As cores do céu, o clima ameno, as árvores se desfolhando, se mostrando na intimidade de sua nudez - e como há beleza nas árvores desnudas. Ficam ali, expostas, em plena fase de renovar-se e se preparar à espera de novas folhas, flores e frutos. São tantas daquelas folhas de cores únicas espalhadas por todos os lugares, inquietas pelo vento que as faz dançar, tão leves, mostrando que mesmo sem aparente vida ainda se movem e tão somente estão a cumprir uma missão, concluindo um ciclo. Na verdade, essa suposta morte não existe. E a vida, é como as folhas das árvores no Outono: um sopro na hora certa e sob o olhar atento de Deus, faz desprenderem-se das árvores e seguirem o ciclo. De uma estação a outra, vai-se vivendo, vai-se desfolhando, renovando flores e frutos. Houve, porém, um Outono único, que deixou marcas e tal como essa estação que tantos amam, desfolhou. Dentro daquele ser que esperava novas estações, pairou por um tempo, só o frio que deveria vir apenas no inverno... Foi a estação das folhas que se desprenderam da árvore, outrora inteira, deixando-a nua. Difícil se sentir despido. Porque antes, havia calor e floresceu aquela árvore e de sua flor havia um fruto por nascer. Mas ele não frutificou por completo, caiu antes de amadurecer; apenas apontou na árvore, num curto lapso de tempo, como o das estações que passam pela vida das pessoas. Mas, como dito, não morrem os frutos, assim como não morre a vida em cada estação. Apenas se transmuta, de sonho frustrado a um novo sonho por ser cultivado; de fruto antes caído, haverá novo fruto a ser colhido. Por que haverá o tempo – o tempo certo – em que o calor do verão vai aquecer novamente os sonhos novos que virão como novas flores, e delas renascerão novos frutos. A vida é um eterno experimentar e transpor estações. Embelezados pela Primavera, aquecidos pelo Verão, desnudos pelo Outono e renovados pelo Inverno... assim seguimos.
Rodrigo Borba Advogado - Sócio no escritório Borba & Dadia Advogados Associados
RECUPERAÇÃO JUDICIAL PARA OS EMPRESÁRIOS RURAIS É muito comum ser questionamento pelos empresários rurais a respeito do processo de recuperação judicial, sua eficácia, e os seus requisitos. Num primeiro momento temos que saber quem são as pessoas que se enquadram na Lei nº 11.101/2005, e quais são suas exceções: Art. 1º Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. Art. 2º Esta Lei não se aplica a: I – empresa pública e sociedade de economia mista; II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. Como podemos perceber, qualquer forma empresarial, individual ou constituída em sociedade, a princípio, pode se beneficiar da recuperação judicial, desde que atendidos aos demais requisitos legais, inclusive as empresas e os produtores rurais, desde que sigam o que bem preceitua o Art. 966 do Código Cívil. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. No nosso entender, basta o empresário seja ele rural ou não, comprovar a sua atividade econômica regular durante um período não inferior ao de 2 dois anos, para poder cumprir os requisitos da lei, e assim ingressar com o pedido de recuperação judicial.
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Editor
Colaboração Aline P. de Oliveira
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“Meus escritos não me limitam, me ampliam. São meu EU liberto. Escrevo o que penso, sinto, vivo. Tudo que escrevo, mesmo criado, é autobiográfico, é a expressão de mim, em palavras”. – Anne Scher
ESTAÇÃO DE FOLHAS AO VENTO
Inicia-se a coluna, com uma reflexão da letra de Caetano Veloso dos anos 60, onde refiro-me somente a primeira estrofe: “sem lenço e sem documento”, ou seja, a importância do pensamento liberto de qualquer preconceito, movimento que quebrou barreiras. Desafio de se permitir um olhar pacífico, acreditando que o ser humano é capaz de resolver seus conflitos sem precisar delegar ou terceirizar a outro. A obra “Vamos Conciliar?” destaca a busca de como ponderar a forma de lidar com nossos conflitos, pois pouco se aprendeu e pouco se sabe como fazer. Acontece que, muitas vezes, não conseguimos resolver o conflito e, então delegamos para outrem, como na família aos pais, na escola à professora ou ao diretor. Desacredita-se nas possiblidades de resolver o conflito e, quando desafiado não há atenção na capacidade de resolver, sem exercitar a terceirização ou mesmo judicialização. O convívio com conflito é um aprendizado. Deve ser curado, com o tempo necessário para cada um que surgir, a fim de que não se torne uma doença crônica e desajustada, onde viver com ele passa a ser um mal. Portanto, deverá ser tratado nos consultórios terapêuticos, na expectativa de ser escutado, além do que com a parceria de medicamentos para dormir ou inibir o pensamento. Não há necessidade de viver o conflito como que seu resultado tenha que ter um vencedor e um vencido, pois diferentemente de uma luta, o conflito é uma forma de aprendizado, que pode ser conciliado de forma pacífica, onde o sucesso se dará quando as partes podem dialogar e resolvê-lo – de forma harmônica e voluntária. O grande desafio é a capacidade de tolerância do indivíduo, bem como, a missão da escolha de como lidar com o conflito e essa traz consigo desafios. A partir de então, passa-se o papel de desincumbir como protagonista do conflito e qual a forma mais adequada. Importante também é observar que depende de cada uma das partes compreender a dimensão do resgate no cerne do conflito, utilizando o meio mais adequado para a sua solução pacífica. Entende-se que para alguns conflitos, a resolução demanda a figura de um facilitador, ou seja, que pode ser qualquer humano apto; mas aqui lembro do profissional do direito, advogado, aquele que tem grande relevância, pois tem a missão de lidar com o conflito e restabelecer o diálogo entre as partes, descortinando as particularidades do caso e respeitando a individualidade dos envolvidos, com a premissa de compreensão e planejamento. Nesse sentido, será um aprendizado para o profissional, pois assimilará a prevenção para muitos outros. Diante da realidade abordada, convido à leitura da obra “Vamos Conciliar? – Elementos para o aprimoramento da desafiadora tarefa de intermedir a pacificação do conflito,” da Juíza da 1ª Vara Cível de Blumenau, Dra. Quitéria Tamanini Vieira Péres, que oportuniza compartilhar seus conhecimentos práticos, como proposta para reflexões de um olhar mais humanizado na resolução de conflitos, por meio de mediação e conciliação como modelo pacífico das disputas humanas, das quais demonstra seu olhar exatamente no intuito de ampliar e difundir a conscientização sobre a importância de cada indivíduo em sociedade na consolidação de métodos adequados de conciliação.
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Transexualidade
Uma vida dividida entre o preconceito e a aceitação Desde que se entende por gente, Rafael se reconhece no masculino. A inconformidade com a aparência física e o nome de batismo só ganhou uma definição muitos anos depois. Assistindo a um documentário na televisão, ele percebeu que não era louco e que não estava sozinho. Sua sensação de não pertencimento tinha nome: transexualidade. Na última semana, depois de realizar a mastectomia e recebendo tratamento hormonal, Rafael e outros tantos transexuais brasileiros viram a Organização Mundial da Saúde constatar o que eles e a psiquiatria já sabiam há muito tempo: não é uma doença. Páginas 03, 04 e 05
Foto: Divulgação/DS
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Carta da editora
Olá, leitor! Era terça-feira da semana passada. O aviso sonoro do celular indicava uma nova notificação de mensagem. “Acha que renderia pauta para o Saúde?”. A pergunta do colega Daniel Rohrig trazia, em anexo, o link de uma postagem, informando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia publicado, no dia anterior, a CID11, retirando as identidades trans e travestis da sua lista de transtornos mentais. Não havia o que pensar. “Vamos fazer”, respondi imediatamente. A mudança vem tarde, eu sei, mas não deixa de representar um avanço ou, ao menos, uma fagulha de esperança de que, enfim, a percepção seja disseminada pela sociedade. O desejo de que tantos sonhos frustrados pela ignorância humana não se tornem estatísticas de criminalidade, mas histórias inspiradoras, como a que eu vou contar na edição deste final de semana. Logo na primeira resposta do Rafael durante a entrevista, tive certeza de que aquela seria uma das matérias que me perturbaria – no bom sentido. Eu soube, de cara, que seria um texto exigente, que mereceria atenção redobrada e vocabulário triplicado. Transexual, ele aceitou compartilhar as suas vivências e frustrações. A rotina exaustiva de buscar um médico que aceitasse operá-lo (ele realizou mastectomia em 2017), a espera para conseguir trocar o nome e o gênero, as situações constrangedoras pelas quais passou. Mas, de tudo que o Rafael me contou – e que você vai descobrir nas páginas 03, 04 e 05 – nada me tocou tanto quanto a simplicidade dos seus desejos. A felicidade mora em gestos simples, como ir à farmácia ou qualquer outro lugar sem enfrentar olhares tortos de reprovação: uma realidade triste, mas que ainda faz parte da vida de muitos transexuais no Brasil. Além do próprio conflito interno, ou seja, das demandas pessoais que já são extremamente complexas, é preciso driblar a ignorância a cada esquina. É preciso encontrar, no amparo dos familiares e amigos, a força e a coragem para não desistir dos sonhos. É necessário fazer sacrifícios, como vender espetinhos na saída das festas para conseguir juntar dinheiro para uma consulta. E assim, em meio a tantos contratempos, reconstruir-se e redescobrir novos caminhos para a própria história. Reinventar-se, enfim. E saber que, mesmo penosa, a caminhada valeu a pena. Boa leitura! Daniele Freitas
ENDEREÇOS l Passo Fundo v Ce ntro de Saúde (Posto Central) Rua Fagundes dos Reis, 270 (54) 3311-6494 v Hospital São Vicente de Paulo Rua Teixeira Soares, 808 Centro (54) 3316-4000 v Hospital da Cidade Rua Tiradentes, 295 Centro/Annes (54) 2103-3333 v Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes (54) 3313-4435 v Hospital Municipal Rua Alcides Moura, 100 Centro (54) 3316-4500 v Hospital de Olhos C.L. Dyógenes A. Martins Pinto Campus I - UPF - Bairro São José w(54) 3318-0200
Prontoclínica Tv. Dr. Arthur Leite, 58 Centro (54) 3313-5100 v Bombeiros -193
l Carazinho v Hospital de Caridade Rua General Câmara 70 (54) - 3329-9898 v Ambulatório Municipal Av. Pátria – próximo a Secreta ria Municipal de Saúde Hospital de Caridade de Carazinho Centro de Especialidades Médicas (CEM) Av. Pátria – próximo a Secretaria Municipal de Saúde e Hospital de Caridade de Carazinho (54) 3331-4510 v Bombeiros -193
Acontece
Hospital da Cidade promove Jornada Científica sobre aleitamento materno
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aleitamento materno exclusivo é considerado fundamental para o crescimento saudável dos recém-nascidos. Visando incentivar a discussão sobre os contextos que envolvem o aleitamento materno no Brasil, o Serviço Materno Infantil do Hospital da Cidade (HC), com apoio do Curso de Enfermagem da Universidade de Passo Fundo (UPF), promove a Jornada Científica Aleitamento Materno. O evento será realizado nos dias 26 e 27 de julho no Auditório Biomédico do Campus II da UPF. Além de promover a difu-
Foto: Natieli Batistela| Assessoria de Imprensa HC
são de novos conhecimentos sobre o assunto, a Jornada Científica também celebrará a Semana Mundial do Aleitamento Materno 2018. O evento reunirá conferencistas de renome nacional e internacional, entre eles a doutora em Enfermagem pela USP, Antonieta Keiko Kakuda Shimo(SP), os docentes
da UFRGS, Dra. Elsa Regina Justo Giugliani e Dr. Roberto Mário Silveira Issler, além da fonoaudióloga e consultora de amamentação, Raíssa Guastalla(PR). Podem participar da programação do evento profissionais e acadêmicos das áreas de Enfermagem, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição e Psicologia interessados no tema. A programação completa e orientações sobre as inscrições podem ser acessadas no site do Hospital da Cidade (www.hcpf.com.br). O contato também pode ser realizado pelo e-mail eventos@hcpf.com.br ou telefone (54) 2103 3399.
Assembleia do HSVP elege nova diretoria O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo comemorou 100 anos de fundação no dia 24 de junho de 2018. Na assembleia geral ordinária, foi eleita, por aclamação, a nova diretoria para o triênio 2018 a 2021. A diretoria escolhida por unanimidade é composta pelo presidente José Miguel Rodrigues da Silva, vice-presidente Claudio Chiaradia, primeiro secretário Luiz Carlos Teixeira de Farias,
segundo secretário Maria Helena Doneda, primeiro tesoureiro Nabor Machado da Silveira, segundo tesoureiro, João Lorandi. O Conselho Fiscal está constituído pelos titulares Dilo Canofre dos Santos, Gilberto Zanin de Souza e Carlos Alberto dos Santos Vargas e suplentes Ivan Luis Mariani, Lucia Colle e Roberto Vanzetto. Na assembleia, os sócios Vicentinos escolheram e empossaram o novo diretor mé-
Foto: Assessoria de Comunicação HSVP/Caroline Silvestro
dico e técnico do HSVP, o neurocirurgião Dr. Adroaldo Bassegio Mallmann, para o triênio 2018 a 2021. Mallmann substitui o pediatra Dr. Rudah Jorge, que esteve à frente da Direção Médica da instituição por 49 anos.
HSVP abre inscrições para Curso Técnico de Enfermagem Estão abertas as inscrições para o Curso Técnico de Enfermagem da Escola de Educação Profissional São Vicente do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo. O curso é oferecido nos turnos manhã, tarde e noite, com 40 vagas em cada turma. As inscrições seguem até 10 de julho de 2018, na secretaria da Escola de Educação Profissional São Vicente, Rua Paissandú, 1314, Centro. O curso de Técnico em Enfermagem tem duração de 22 meses, com 1.700 horas, sendo 1.200h de aulas teórico-práticas e 500h de Estágio Supervisio-
nado. O Estágio Supervisionado desenvolve-se no HSVP, Unidades Básicas de Saúde - CAIS e em outras instituições conveniadas. Funcionários do hospital tem desconto de 30% na mensalidade e para alunos matriculados no Diurno (Manhã ou Tarde) é oferecido um desconto de 15% na mensalidade. Ainda, a Escola oferecerá aos alunos aprovados, matriculados e frequentando o Curso Técnico de Enfermagem, a oportunidade de concorrer a Bolsa de Estudos de 100% ou 50%. Para realizar a inscrição os candidatos devem ir até na Escola e apresentar carteira de identidade,
Editor
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Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência,917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
CPF, Histórico Escolar original do Ensino Médio e ou atestado comprobatório que certifique a matrícula no 3º ano do Ensino Médio, uma foto 3x4 recente e o pagamento da taxa de inscrição. Os alunos devem ter idade mínima de 17 anos. O processo seletivo contempla a prova de Língua Portuguesa, Biologia, Matemática e atualidades, que será realizada no dia 14 de julho de 2018, às 08h30 min, e uma entrevista a ser agendada. O resultado será divulgado no site www.hsvp.com.br. Mais informações pelo telefone (54) 33164025.
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Transexualidade
Uma vida dividida entre o preconceito e a aceitação Mudança anunciada na última semana pela OMS, que retira a transexualidade da lista de doenças mentais, pode representar um avanço no combate à discriminação
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iariamente, eles entram para as estatísticas. Suas histórias, repletas de sonhos e alicerçadas no simples desejo de exercer plenamente sua identidade, são interrompidas covardemente pela ignorância de uma sociedade que, ainda, não sabe respeitar a diferença. Só em 2017, quase 180 tiveram seus sonhos brutalmente ceifados pelo preconceito. A intolerância, no Brasil, também mata. Não à toa, o País lidera o ranking mundial de assassinato de transexuais. Os dados não mascaram a realidade, pelo contrário: escancaram uma ferida social exposta que teima em não cicatrizar. Para quem sente, na pele, o preconceito nosso de cada dia, cada pequena mudança é um grande passo – não só para o homem, mas para toda a humanidade. Um desses passos foi dado no dia 18 de junho de 2018, data em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a transexualidade de sua lista de doenças mentais. Após 28 anos, a OMS lançou uma nova edição da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados com a Saúde (CID). A transexualidade ainda está incluída no catálogo, agora como “incongruência de gênero” - uma condição relativa à saúde sexual, que também passou a ganhar um capítulo próprio na classificação. Nela, a incongruência de gênero é apresentada como uma situação “caracterizada por uma incongruência acentuada e persistente entre o sexo experenciado de um indivíduo e o sexo atribuído”. Ou seja, a dificuldade de se reconhecer como pertencente àquele corpo, o desejo de viver e ser aceito enquanto pessoa do sexo oposto, o sonho de ter sua identidade respeitada. Não uma doença mental. Não uma doença. Não mais. A transexualidade, contudo, não caminha sozinha. A carga pelo desconforto persistente pode se manifestar pela disforia, que é definida pela Associação de Psiquiatria Americana (APA) como uma forte identificação com o sexo oposto. A incompatibilidade entre a identidade e a aparência física pode, de acordo com a APA, acarretar em um prejuízo no funcionamento social ou ocupacional
Foto: Divulgação
ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Mais que isso: fomenta a validação de estereótipos. E, em muitos casos, a sensação de não pertencimento é motivada não apenas pela própria pessoa, mas pelo olhar torto que atravessa as idas ao supermercado ou à farmácia. O Rafael* sabe bem disso. Na vida dele, assim como da maioria dos transexuais,
desviar dos apontamentos alheios foi uma das tarefas mais árduas no caminho de quem só queria passar despercebido em meio à multidão. “Eu quero ser apenas normal, igual a qualquer outra pessoa. Eu digo que não sofro preconceito porque tento não dar bola, mas sempre tem”, conta. O nome de batismo que constava na certidão e o cor-
po que passou a ganhar novas formas na adolescência não refletiam a formação identitária que consolidou novas raízes com o passar do tempo. O conflito interno, alimentado pela falta de conhecimento acerca da transexualidade, sempre fez parte da vida do Rafael. “Desde que me conheço por gente eu sou assim. Sempre me vi e me entendi como um guri, por mais que teimassem em me chamar no feminino. Obviamente, eu também tentei ser ‘normal’, tentei me moldar no padrão dos outros, mas nem de longe eu conseguia ser uma menina”, lembra. A troca das folhas do calendário só fez aumentar a sensação de estranhamento. A falta de uma definição incomodava, especialmente quando as pessoas questionavam sobre o motivo de Rafael se tratar sempre no masculino. Explicação? Ele não tinha. “Só em 2011 que eu vi algo sobre transexualidade pela primeira vez, em um documentário no Discovery Channel. Lembro que, naquele momento, fiquei eufórico. Foi a primeira vez que soube que eu não era um completo louco (risos), que
4 - DIÁRIO DA MANHÃ existiam outros e que havia uma definição para o que eu sou”, recorda. Desconhecido até mesmo pelos corretores de programas de computador, não é de se espantar que o termo ainda transite por um cenário nebuloso. Mesmo sete anos depois do primeiro contato entre o Rafael e o conceito, a transexualidade é tratada com a desconfiança típica da aproximação a uma novidade e esbarra, injustamente, no preconceito gestado pelo déficit informativo. O amparo encontrado no seio familiar assegurou o respaldo para que Rafael desse continuidade ao processo de mudanças, do qual tentou ser dissuadido inúmeras vezes. “Antes, todos os médicos tentaram me fazer mudar de
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ideia. Nem tudo é fácil. Fiquei anos indo de médico em médico para ouvir ‘não’, para ouvir que eu era louco, que era para eu desistir. Porém, o acompanhamento que tenho agora é diferente. Na verdade, o problema não é a transexualidade, mas a disforia: é olhar para um corpo e sentir que não é o teu, é querer se mutilar para não ter algo. Minha maior disforia foi com o peito feminino. Por isso, a mastectomia representou uma mudança muito importante para mim, assim como a hormonização”, revela. Encontrar um profissional que aceitasse realizar a cirurgia de retirada das mamas foi só mais um dos capítulos de superação da biografia do passo-fundense. A peregrinação, contudo, começou bem
Obviamente, eu também tentei ser ‘normal’, tentei me moldar no padrão dos outros, mas nem de longe eu conseguia ser uma menina.
antes do procedimento. “Em 2012, li uma reportagem sobre a carteira de nome social. Acho que fui um dos primeiros a fazer isso na cidade. Dali em diante, passei meus dias procurando algum médico que me ajudasse a começar o tratamento hormonal, porém só em 2015 encontrei alguém que me atendesse. Tive que entrar na justiça também para fazer o tratamento hormonal, com um hormônio que não agredisse muito o organismo, e fiquei um ano esperando para conseguir”. A espera não foi menos longa para a alteração do nome. A rotina de papeis e, algumas vezes, de constrangimentos foram páginas passadas, mas que permanecem vivas como lembranças na memória. “Peguei laudo de psicólogo,
de psiquiatra, e entrei na justiça para trocar o nome e o gênero. Foi um ano de espera. Incomodei muito vários órgãos públicos para tentar mudar o meu nome antes desse período. Consegui, por exemplo, fazer a carteira do CREA com o nome social e os certificados do colégio também. Depois de conseguir a mudança efetivamente, precisei alterar a carteira de trabalho e passei por uma situação ridícula. Mas, mesmo assim, eu não vejo como preconceito, mas como falta de informação. Eu tento levar assim, pelo menos. Quando vejo que alguém está sendo muito idiota comigo, só penso que essa pessoa é ignorante, que um dia vai aprender e não vai agir assim com outra pessoa”, comenta.
O esforço para ser “normal” As expectativas para o futuro são ambições naturais a qualquer jovem. Viajar pelo mundo ou adquirir a casa própria, por exemplo, são itens comuns na lista de metas a serem alcançadas. Para o Rafael, além desses planos, havia um objetivo bem especial a ser cumprido: o de não enfrentar os julgamentos pela aparência. O primeiro passo para isso foi iniciar o tratamento com hormônios masculinos. O segundo, realizar a mastectomia. A ida de consultório em consultório, a necessidade de lidar com a frustração da resposta negativa e a falta de recursos financeiros acompanharam o Rafael durante esse percurso. “Eu trabalhava como estagiário em uma empresa e não tinha plano de saúde. Fui a Porto Alegre para tentar o atendimento em um hospital da Capital. Eu não tinha dinheiro na época, então, para conseguir pagar a passagem e a consulta, fui vender espetinho na saída de uma festa”, relata. Já ciente do preço do procedimento cirúrgico, Rafael percebeu que o sonho teria que ficar para mais tarde. Passado algum tempo, a boa notícia: foi contratado. Amparado por um plano de saúde, assim que conseguiu reunir algumas economias, ele iniciou a busca por um médico em Passo Fundo que aceitasse operá-lo. Conseguiu. “Ele acei-
tou me operar pelo plano. Aí, precisei levar toda a papelada para ver se o plano autorizava realização da mastectomia. Lembro que levei uma pasta junto, com tudo que eu consegui achar sobre transexualidade, porque muita gente não sabe o que é, não entende. Deu certo. Cerca de um mês depois eu já estava operado”. Futuramente, o plano é realizar, também, a histerectomia – procedimento de retirada do útero. Cada pequeno progresso exigiu muita resiliência. Nos momentos de dificuldade, o suporte das pessoas próximas revelou-se de extrema importância para a sequência dos tratamentos. A compreensão, o apoio e o incentivo formaram a tríade capaz de assegurar a coragem nos momentos de fraqueza, que não foram poucos. “Eu e minha companheira estamos juntos há três anos e só tenho coisas boas pra falar dela. Na nossa primeira conversa, eu nem me hormonizava ainda e ela me perguntou o que eu era. Eu respondi que era feliz e na hora ela entendeu quem eu era”, destaca Rafael. A namorada não mediu esforços para que ele fosse respeitado em todos os espaços. “No início, eu não conseguia me impor. Ela comprou briga com todo mundo, até que ficou natural eu ser assim para todos que já me conheciam. Eu ia em algum lugar, na farmácia, por exemplo, e me chamavam de ‘moça’ depois que eu falava algo, porque
a minha voz era mais fina. Lembro de sair chorando de lá e ela do meu lado, inconformada com a situação. Ela esteve comigo nas consultas, na primeira aplicação, na troca de nome e na cirurgia. Ela sempre me viu como realmente sou, como sou agora. Acho que se eu não tivesse o apoio dela eu não estaria onde estou. Se hoje sou totalmente aceito foi mais de perseverança dela do que minha”, reforça. Mesmo vivenciado um momento diferente, de aceitação e de naturalidade, Rafael sabe que o percurso até aqui não foi nada fácil. “Nada caiu do céu pra mim. Por mais que pareça que eu tenho muita sorte, eu corro muito atrás”, afirma. Quanto ao futuro e o que ele reserva, o pedido continua sendo incrivelmente simples. “Eu só espero que eu continue vivendo normalmente, porque é muito ruim tu ser notado. Antes, quando eu me apresentava como Rafael, sentia que alguém olhava pra mim e pensava: ‘não, tu não é o Rafael, tu é uma guria, tua voz é fina, estou vendo um volume no teu peito, tu não tem barba’. Hoje, eu chego em um lugar e não preciso explicar nada. A pessoa me vê e entende que eu sou um homem. Isso pra mim é felicidade”, conclui. *Nome utilizado para preservar a identidade da fonte.
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“Jamais temos que transformar a pessoa naquilo que ela não é”
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apesar de a nova classificação divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ser recente, a percepção de que a transexualidade não é doença já existe há muito tempo. A afirmação é do psiquiatra e diretor do Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes (HPBM), Dr. Rogério Riffel. Por esse motivo, a mudança, efetivamente, não alterará a prática médica. “O que muda é a estigmatização. Chamar de doença uma conduta humana, uma situação que depende de afeto, de sentimento, de identificação, isso é muito perigoso, porque faz com que as pessoas sejam segregadas. Então, considero que foi um grande avanço na questão da discriminação, porque a sociedade não pode apontar as pessoas diferentes como doentes ou como um problema. Não é assim que funciona. Tem que haver um respeito mais amplo em relação às individualidades. No entanto, dentro da atuação psiquiátrica, a mudança da codificação, a meu ver, não altera muito. Já não víamos isso como doença há muito tempo. A pessoa só está vivendo a vida dela. Não existe crime nisso”, defende. O acompanhamento psiquiátrico visa sempre a organização do pensamento das pessoas, ou seja, a harmonia entre a conduta e o pensamento. No caso da transexualidade, o especialista explica que o tratamento nunca visa trazer a pessoa da sua identidade afetiva para a heterossexualidade. “Isso jamais. Jamais temos que transformar a pessoa naquilo que ela não é. Isso é algo que se desenvolve muito precocemente. As identidades sexuais e afetivas já se desenvolvem
na infância, ou seja, a pessoa já tem uma estrutura que vai se delineando, se organizando com o tempo. Tudo isso: as identidades, os sentimentos e as relações são definidas bem cedo. Então, não existe nada de doença nisso”, reforça. A atuação psiquiátrica se faz ainda mais necessária quando existe o sofrimento gerado pela não aceitação de si e pelos impactos negativos na vida profissional e afetiva. “Essas situações, que chamamos de egodistônicas, são aquelas em que existe um sofrimento muito grande do mundo interno da pessoa e é justamente nessas situações que vamos intervir do ponto de vista médico para que ela consiga se reorganizar, se adaptar, se sentir bem como ela realmente é, ter a sua autoestima preservada do ponto de vista de enfrentamento da sociedade, na busca pelo seu espaço profissional e pela felicidade afetiva. Esse é o nosso objetivo”, salienta Riffel. As avaliações que precedem qualquer procedimento cirúrgico – caso da mastectomia realizada pelo Rafael – são bastante complexas e abrangem outras disciplinas além da psiquiatria e da psicologia. Há outras áreas da medicina que também atuam para verificar Foto: Natieli Batistela/HC
Psiquiatra e diretor do HPBM, Dr. Rogério Riffel
se, clinicamente, existe a viabilidade daquilo que está sendo proposto. Esse processo avaliativo tem como objetivo alcançar o entendimento de que aquela mudança física está em sintonia com o mundo interno do transexual, para evitar uma ação impulsiva e prevenir o sofrimento posterior. “Como são mudanças vitalícias, a pessoa tem que estar bem certa dessa condição. O suporte é todo feito nesse sentido: estabelecer o que está gerando o sofrimento e o que pode receber alguma intervenção terapêutica. As avaliações acontecem justamente para que não haja a precipitação e as possíveis consequências negativas daquele procedimento. A finalidade de uma intervenção cirúrgica, nesses casos, sempre é conduzir a pessoa a uma conformidade com a imagem que ela tem de si e a imagem corporal, ou seja, para que diminua o sofrimento com a dissonância entre a imagem interna e externa da pessoa e para que ela consiga se realizar e ser feliz plenamente. O acompanhamento psiquiátrico tem como finalidade isso: definir realmente se é aquela condição que prepondera e que justifica uma intervenção”, confirma o psiquiatra. A aceitação social, contudo, ainda é uma barreira difícil de ser transposta. Talvez, a mudança na conceituação do órgão mundial de saúde seja o começo de uma transformação histórica. Enquanto o preconceito ainda toma conta dos espaços públicos e ganha força na proliferação do senso comum, tudo o que é diferente ou que destoa do perfil socialmente idealizado torna-se alvo da ignorância. “A nossa
sociedade evoluiu em muitas coisas, como a tecnologia, mas algumas questões que estão enraizadas continuam com o pensamento lá de 1950. O diferente sempre sofre. Seja a psicofobia, que é esse rechaço que as pessoas têm em relação ao doente psiquiátrico, seja com as pessoas que têm uma expressão afetiva diferente daquela que é tida como padrão social. A sociedade, ainda que se desenvolva, tem essa questão do preconceito muito presente. Mesmo nessa etapa da nossa existência, já em 2018, as pessoas ainda cultivam o preconceito com cor, sexo, religião, classe social....”, lamenta. Se há uma renovação da esperança com o entendimento, ainda que tardio, de que a transexualidade não é doença, ela reside nos pequenos avanços já conquistados pela população LGBT – outrora somente punida, castigada e marginalizada. Não que a realidade tenha mudado por completo, visto
os dados alarmantes apresentados no início desta reportagem, mas, a exemplo do Rafael, há perspectivas mais positivas sobre o futuro. Há, ao menos, mais possibilidades. “O que se percebe é que, há não muito tempo, as pessoas tinham uma questão de estigma muito mais forte. Por exemplo, a criança, quando começava a ter alguma expressão diferente dos coleguinhas, a manifestar sinais da sua identidade sexual, era segredada. Essas pessoas eram obrigadas, muitas vezes, a abandonar a escola, os estudos, viviam do subemprego, acabavam aderindo à prostituição e se submetiam a uma vida marginal, fora da sociedade. Hoje, me parece que, apesar de todas as dificuldades, houve certo ganho no sentido que as pessoas transexuais, mesmo sofrendo preconceito, conseguem se impor, entrar no mercado de trabalho e mostrar sua capacidade”, finaliza o Dr. Rogério Riffel.
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Odontologia
Chegou o dia de levar seu filho ao dentista. E agora? Pais devem usar pasta de dente que contenham 1000 ppm de flúor desde a erupção do primeiro dente
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hegará o dia em que será necessário levar as crianças ao dentista e é importante que esse momento seja o mais tranquilo possível. Mas, aí, vem a angústia que toma conta não apenas dos pequenos pacientes, mas também dos pais, que geralmente acabam passando o medo que possuem para os filhos, mesmo sem perceberem. A boa notícia é que existem profissionais especializados no atendimento odontológico para crianças. A odontopediatra e professora do curso de Odontologia da IMED, Juliana Camargo, explica que os procedimentos odontológicos dessa especialidade são desenvolvidos para que as crianças não sintam dor. “O profissional odontopediátrico é preparado para aplicar, inclusive, anestesia indolor e fazer com a criança sinta-se à vontade durante o atendimento”, comenta a professora. A ludicidade, o colorido e os brinquedos são elementos que fazem com que as crianças percebam que o consultório foi preparado para esperá-las. “As crianças são espertas e muito curiosas! Têm muita expec-
Fotos: Daniel Santos/IMED
Atendimento odontológico na gestação A professora Juliana explica que não existe idade mínima para consultar com dentista. Inclusive, os cuidados devem iniciar durante a gestação. “Sugerimos que a criança venha para o atendimento ainda na barriga da mãe. É importante que a gestante receba orientações sobre alimentação, tanto para ela quanto para o bebê. Instruções sobre higienização, hábitos, tais como o uso de chupeta e mamadeira pelo recém-nascido. Também é necessário que as mamães saibam da importância da amamentação no desenvolvimento dos dentes e da face”, enfatiza. Aos seis meses de vida, quando começa a nascer os primeiros dentes da criança, também é um dos momentos que se deve buscar atendimento odontopediátrico. “Nessa fase é necessário começar a utilização de escova, fio dental e pasta com flúor”, orienta.
Dentes de leite Os dentes de leite merecem tanto cuidado quanto os permanentes. Por volta dos seis anos de idade, os dentes de leite começam a cair para dar lugar à dentição permanente. “A escovação deve ser realizada com pasta que contenha acima de 1000 ppm de flúor, na quantidade do tamanho de um grão de arroz cru, duas vezes ao dia desde a erupção do primeiro dente e uso de fio dental”, afirma a odontopediatra.
Avanços no tratamento odontopediátrico tativa e por isso precisam se identificar com o espaço”, explica. A cárie está entre os principais problemas que acometem os pequenos e é causada especialmente pelo consumo de doces e a falta de higienização correta dos dentes. A odontopediatra explica que as guloseimas só devem
ser inseridas na dieta das crianças a partir do segundo ano de vida. “Fizemos uma pesquisa no curso de Odontologia da IMED que avaliou as crianças que chegavam com cavidades de cáries e foi constatado que o consumo de açúcar nesses casos começou antes delas completarem um ano”, aponta.
Dentre os avanços na área da odontopediatria, de acordo com a professora Juliana Camargo, destaca-se a remoção seletiva de cárie, tornando o procedimento menos invasivo, e o uso de selantes oclusais. “Quando as cáries são iniciais conseguimos selar para evitar um acometimento maior”, enfatiza. Para a professora, o principal avanço deve ocorrer através da educação das mães para promover a prevenção e saúde bucal dos filhos. “É importante ter todos os cuidados com os dentes das crianças, pois mesmo que ainda não sejam os permanentes, são importantes para fala, mastigação, desenvolvimento da oclusão e estética”, comenta.
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Gestação
Exames que toda grávida deve fazer O
período da gestação, tão especial na vida de uma família, é também marcado por dúvidas e pela preocupação constante em garantir a saúde da mãe e do bebê. Para isso, o acompanhamento pré-natal é fundamental. No entanto, muitas mamães têm dúvidas sobre o cronograma de exames exigidos em cada período gestacional. A ginecologista e obstetra, Dra. Silvia Herrera, indicou quais são os principais testes que devem ser realizados durante as diferentes fases da gravidez. Foto: Divulgação
No primeiro trimestre gestacional Exames genéticos e moleculares A partir da 8ª semana:
- Sexagem Fetal: Permite descobrir o sexo do bebê bem antes do nascimento para os papais se prepararem para receber um menino ou uma menina.
A partir da 10ª semana:
- NIPT (DNA Fetal no Sangue Materno): Esse teste surge como a forma mais sensível de rastreamento de síndromes cromossômicas. É um exame de sangue que não traz risco para o feto e pode detectar 99% dos casos de Síndrome de Down.
Rotina ultrassonográfica
Entre a 7ª e a 10ª semanas:
- Avaliação Obstétrica Inicial Transvaginal: Analisa a gravidez em relação à localização - se realmente está dentro do útero -, o número de fetos e placentas - assim que a gestante irá descobrir quantos bebês virão - e o tamanho do embrião - melhor forma de averiguar a idade dele. Nesse exame que a mãe verá pela primeira vez o coraçãozinho do feto.
Entre a 11ª e a 14ª semanas (ideal na 12ª semana):
- Morfológico do Primeiro Trimestre: O objetivo é rastrear sín-
dromes genéticas com taxas de detecção de 90% dos casos de Síndrome de Down, além de outras malformações. Nessa fase a mamãe já poderá ver algumas partes do corpinho como mãos, pés e boca. - Avaliação do Colo Uterino Via Transvaginal: A prevenção do trabalho de parto prematuro continua sendo um desafio constante da Medicina Fetal e esse exame avalia os riscos de parto prematuro pela medida do colo uterino.
Perfil bioquímico Entre a 10ª e a 14ª semanas (ideal na 10ª semana): - Fração Livre BHCG e PAPP-A: Quando realizado junto com o morfológico aumenta a taxa de detecção de Síndrome de Down para 96%.
Rastreamento para pré-eclâmpsia Entre a 10ª e a 14ª semanas (ideal na 10ª semana):
- PAPP-A e PLGF: A pré-eclâmpsia é uma das principais responsáveis por morte materna, prematuridade e baixo peso ao nascer. O primeiro trimestre é a única oportunidade de tratamento preventivo para não desenvolver essa doença. Por isso, na ocasião do morfológico do primeiro trimestre é associado o doppler de artérias uterinas, a medida da pressão arterial materna e os marcadores bioquímicos sanguíneos (PAPP-A e PLGF).
Procedimento invasivo Entre a 11ª e a 14ª semanas:
- Biópsia de Vilo Corial: É um procedimento ambulatorial por meio de agulha guiada por ultrassom e retira-se fragmentos placentários para avaliação da composição genética do bebê. Indicado em caso de alto risco para síndromes genéticas ou malformações estruturais.
Durante o segundo trimestre gestacional Procedimento invasivo A partir da 16ª semana:
Amniocentese: Trata-se da coleta de líquido amniótico por meio de agulha guiada por ultrassom para avaliação do cariótipo ou infecções fetais. Também é utilizado para confirmação diagnóstica no caso de NIPT alterado.
Ultrassonografia Entre a 18ª e a 24ª semanas (ideal na 22ª semana):
- Morfológico do Segundo Trimestre: Detecta as deficiências estruturais e marcadores de cromossomopatias no feto, sendo possível diagnosticar 85% das malformações fetais. A avaliação é extremamente minuciosa e serve para avaliar detalhes da formação do cérebro, coração, tórax, órgãos abdominais, membros, genitália, coluna, pés e mãos. Doppler Colorido das Artérias Uterinas: O doppler das artérias uterinas faz o rastreio das pacientes de maior risco para desenvolvimento de pré-eclâmpsia ou de fetos muito pequenos no decorrer da gestação. Avaliação do Colo Uterino Via Transvaginal: Melhor época para rastreamento de risco do parto prematuro, por meio da medida via vaginal do colo uterino. Se diagnosticado um colo curto, formas de prevenção precisam ser imediatamente implantadas.
A partir da 20ª semana:
- Ecocardiograma Fetal: Tem como objetivo o diagnóstico precoce de malformação cardíaca que pode ser essencial para um adequado planejamento do parto e acompanhamento da equipe de cardiologia pediátrica.
Entre o segundo e o terceiro trimestre Ultrassonografia Entre a 26ª e a 30ª semanas:
- Obstétrico 3D/4D: Nesse exame são geradas imagens do feto em três ou quatro dimensões e em tempo real. É a maneira mais real da gestante conhecer o rostinho do bebê.
Durante o terceiro trimestre Ultrassonografia e avaliação de vitalidade A partir da 28ª semana:
- Perfil Biofísico Fetal: Exame para avaliar a vitalidade do feto. Refle-
te seu estado de bem-estar durante o teste. - Cardiotocografia: A cardiotocografia (CTG) é um método de avaliação do bem-estar fetal. Consiste no registro gráfico da frequência cardíaca do bebê e das contrações uterinas.
Rotina laboratorial Entre a 35ª e a 37ª semanas:
- Swab Perianal e Vaginal para Pesquisa de Estreptococo B: A bactéria estreptococos do grupo B é um organismo comum que habita o trato gastrointestinal e a flora vaginal de até 30% das gestantes. A bactéria costuma ser inofensiva em grande parte dos casos. Ela só é agressiva para recém-nascidos no momento do parto (principalmente para os prematuros), por isso, é importante a realização do exame.
Qualquer fase da gravidez Ultrassonografia Obstétrica: O objetivo é avaliar a evolução do feto. Esse exame detecta as alterações no desenvolvimento, como macrossomia fetal e restrição de crescimento, além de modificações no líquido amniótico. Doppler Colorido: É um recurso utilizado para avaliar o risco da pré-eclâmpsia maternal e a vitalidade crônica do bebê.
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Artigo A Hipnose nos tratamentos da psicologia clínica
Como superar o fracasso e recomeçar? Foto: Nei Marcon
João Eglior Psicólogo CRP 07/28427 Telefone: 996310855 Av. Pátria, 426, sala 51, Carazinho, RS
O
uso da hipnose tem sido cada vez mais aplicado em diversas áreas do conhecimento em nosso País. Os conselhos federais de odontologia, medicina, fisioterapia já regulamentaram esse instrumento como recurso auxiliar para utilização em seus procedimentos. No caso da psicologia, a aprovação veio através da resolução nº 013/2000. Além disso, o Ministério da Saúde incluiu a hipnose como terapia oferecida pelo SUS. Tudo isso vem confirmar a importância da hipnose na área da saúde, corroborando a afirmação de Freud em um dos seus últimos escritos: “Até agora não se encontrou um substituto para a hipnose”. No campo da psicologia o emprego da hipnose pode ser associado aos conhecimentos dos seus variados ramos, como os da psicanálise e da psicologia cognitivocomportamental, servindo como uma ferramenta nas questões emocionais como a ansiedade, frustrações no trabalho ou nas relações pessoais, nas decepções amorosas, na baixo autoestima e na depressão. O psicólogo que tem formação também em hipnose pode, por exemplo, conduzir o paciente em uma regressão de idade, que vai favorecer o acesso na consciência de lembranças do passado e produzir uma descarga de energia emocional ligada a um evento traumático e, sem o afeto, a situação traumática estaria desabilitada a produzir os sintomas, isto é, deixando o evento traumático de ser patogênico. Além disso, é possível servir-se da hipnose no tratamento da obesidade com a instalação do balão intragástrico imaginário, que é uma técnica de redução do estômago. Isso vai produzir saciedade mais
rapidamente, a pessoa come menos quantidade de alimentos, mas de forma saudável. Também, a hipnose pode sugestionar o paciente a motivar-se para um início de uma atividade física ou para mantê-la ou, através da técnica da Ponte ao Futuro, ver-se no futuro como ele desejaria estar, o que, da mesma forma, representa um elemento motivacional para atingir suas metas. É importante referir, já que é uma dúvida bastante frequente, que durante a hipnose o paciente fica o tempo todo consciente e, ao final da intervenção, lembra-se de tudo o que aconteceu durante o transe hipnótico. Além do que já foi mencionado, há uma série de dificuldades em que a hipnose por ser utilizada, por exemplo: nos diversos medos: de falar em público, de andar de avião, de insetos; os medos das crianças: do escuro, de ficar sozinha, de sair de casa; problemas escolares: déficit de atenção, hiperatividade; em casos de bruxismo, mudez, gagueira, roer as unhas, tiques, etc. Conclui-se então, que na atualidade a aplicação da hipnose em vários campos da saúde tem proporcionado melhora na qualidade de vida das pessoas, assim como, a sua adoção em um tratamento pode possibilitar os resultados esperados em um menor período de tempo.
Escrito por Lucas Fonseca, palestrante motivacional formado em administração de empresas com especialização em coaching.
O
termo fracasso, por si só, já causa arrepio em muita gente. Fracassar é algo que gera temor, vergonha, tristeza e até revolta. Contudo, antes de se recolher sob esse rótulo, é preciso analisar friamente a situação em que julgamos ser fracassada. Muitas vezes, uma perda, de qualquer ordem, pode ser interpretada como um livramento. Assim como um prejuízo pode significar um belo aprendizado, daqueles que a gente vai carregar como lição para a vida toda. O fato é que nós não podemos mudar o passado, mas podemos dar um novo sentido a ele. Aliás, é bem mais inteligente fazer isso do que ficar se remoendo, punindo ou lastimando sobre algo que já foi. Todos os dias quando acordamos, ganhamos um “presente”, que é estar vivo. Se formos capazes de acreditar em nós mesmos, investir em nossos sonhos, certamente o universo tenderá a conspirar a nosso favor. Não é simples ou fácil, mas é poderoso. Eu mesmo sou um bom exemplo de que é possível dar a volta por cima, ressignificar o nosso passado e escrever um novo futuro. Nasci numa pequena cidade no interior do Espírito Santo. Só conheci energia elétrica quando tinha 14 anos. Fui alfabetizado numa escola rural e só retomei os meus estudos, em supletivo, aos 16 anos de idade. Eu poderia me sentir um fracassado, uma vítima do mundo, da sociedade. Mas não, rompi com o ciclo do “coitadismo”, arregacei as mangas e fiz o melhor que pude com o que a vida que tinha. Iniciei meus estudos e, até a universidade, que parecia um sonho tão distante para alguém com a minha história, eu consegui concretizar. Infelizmente, a nossa cultura prega a felicidade contínua. Como se a dor devesse ser evitada a qualquer custo. Mas, costumo dizer que todos nós temos a nossa cobertinha da amargura. Precisamos nos recolher embaixo dela, permitindo-nos sentir a dor, experimentá-la, em vez de
simplesmente fingir que ela não existe. É preciso ser honesto com os seus próprios sentimentos. E entender que, por pior que seja, tudo vai passar. E passa mesmo. Vivemos num mundo regido pela lei da impermanência. Nada é para sempre. Tudo está sempre em transformação. Um dos exercícios que sugiro em meus treinamentos é o “ponte para o futuro”. Nele, proponho que as pessoas busquem tomar contato com situações prazerosas, vislumbradas num futuro próximo. Esse bem estar proporcionado pelas emoções positivas dão força para superar um momento de dor ou fracasso. As pessoas passam a entender que não vítimas do mundo, apenas estão passando por um momento difícil que, assim como os bons, também vai passar. Outro ponto interessante em relação a esse tema é que, algumas vezes, o fracasso é consequência das nossas próprias atitudes ou escolhas. Um casamento falido, um emprego ruim. No entanto, em outras situações, o fracasso é advindo de uma situação externa, algo que eu não tenho controle. A morte de uma pessoa querida, um acidente, um prejuízo material. Existe uma teoria muito interessante, chamada 90x10. Ela demonstra que apenas 10% do meu tempo é gasto com situações específicas. Ou outros 90% é como lidamos com elas. Ou seja, temos o poder de escolher se vamos lidar com tranquilidade ou resistência. Nesse sentido, é muito importante exercer a auto-responsabilidade. Eu sou o autor da minha história, mesmo quando lido com situações que não dependem exclusivamente de mim. É preciso criar estratégias para enfrentar as adversidades. Escolher a forma como vou reagir. Assumir o protagonismo da sua própria vida é o único caminho para a superação verdadeira. Fracassado é quem desiste. Quem luta será sempre um vencedor.
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