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Quarta-feira, 11.07.2018, Carazinho

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RADAR

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Opinião A jornalista Nadja Hartmann estará em férias nos próximos 15 dias. Por conta disso, sua coluna de opinião, veiculada tradicionalmente na página

6 do jornal Diário da Manhã, não será publicada nesta e na próxima semana. Nadja volta a escrever sua coluna a partir do dia 25 deste mês. Foto: DM/Nathan Schultz

O fisioterapeuta João Ricardo Hartmann participou na manhã desta terça-feira (10) do programa Agenda de Notícias. O fisioterapeuta falou sobre fascite plantar, que é uma das causas mais comuns de dor no calcanhar.

1° Alvoroço Galponeiro A FN Produções e Eventos – Grupo Chimarrão realiza no próximo dia 21, um sábado, o 1° Alvoro Galponeiro da Música Nativista. O evento vai relembrar grandes sucessos da Seara da Canção e de outros festivais com a

participação de talentos de Carazinho e região no palco do CTG Rincão Serrano. Na sequência, baile com o Grupo Chimarrão. O 1° Alvoroço Galponeiro inicia às 20h30min e tem ingressos a R$ 20,00.

Fies O Ministério da Educação divulgou o edital do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre de 2018. As inscrições serão feitas exclusivamente pela internet, entre 16 e 22 de julho. O Novo Fies é um modelo de financiamento estudantil que divide o programa em diferentes modalidades, oferecendo condições a quem mais precisa e uma escala de financiamentos que varia conforme a renda familiar do candidato.

Na modalidade juro zero, destinada a quem comprovar renda mensal familiar per capita de até três salários mínimos, o financiamento mínimo é de 50% do curso, enquanto o limite máximo semestral é de R$ 42 mil. Para concorrer a uma vaga, o candidato deverá ter feito uma das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com média igual ou superior a 450 pontos, e obtido nota maior que zero na redação.

Cadastro Único Idosos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) têm até dezembro para se inscrever no Cadastro Único. O BPC assegura um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção. No total, 2,8 milhões de pessoas já registraram as informações na ferramenta do Governo do Brasil.

Para se inscrever, os dependentes do BPC devem procurar os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) ou a Secretaria de Assistência Social do município portando o Cadastro de Pessoa Física (CPF), registro geral (RG) e comprovante de residência. Caso tenham alguma dificuldade de deslocamento, a inscrição pode ser feita pelo responsável familiar, que deve levar os documentos de todas as pessoas que moram com o beneficiário.

Passe Livre Pessoas com deficiência ou com carência financeira comprovada podem solicitar o Passe Livre sem sair de casa. O site para requisição do benefício é adaptado para navegação acessível, facilitando assim a garantia do direito de utilizar o transporte coletivo interestadual de forma gratuita por rodovia, ferrovia e barco. Segundo o Ministério dos Transportes, são consideradas pessoas carentes aquelas que pertencem a uma família com renda mensal de

até um salário mínimo por pessoa. Já para comprovar a deficiência, é necessário apresentar um documento padrão do Sistema Único de Saúde (SUS), chamado Atestado/Relatório Médico Padrão do Passe Livre. Ele deve ser preenchido e assinado por um médico com especialização na área da deficiência e um outro profissional de saúde, como enfermeiro, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, entre outros.

Crimes contra a vida Durante o primeiro semestre de 2018, os crimes contra a vida mantiveram a tendência de queda no Rio Grande do Sul. O balanço dos dados estatísticos da criminalidade, apresentado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) nesta terça-feira (10), aponta redução de 35,6% nos índices de latrocínio e 25,7% nos homicídios, em comparação ao mesmo período no último ano.

Fundador Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) Presidente-Emérito Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)

Em Porto Alegre, as ocorrências de homicídio doloso diminuíram 19,8% e as de latrocínio 30%. A diminuição do número de vítimas fatais nos índices de homicídio doloso também se manteve, chegando a 25,7% no estado e 19,8% na capital (um total de 393 mortes a menos no RS e 56 vítimas a menos em Porto Alegre), em comparação com o mesmo período em 2017.

Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto Editora Geral Nadja Hartmann

ANIVERSÁRIO 11/07

Albino Gnadt Alci Sanini Amanda Barbosa Ana Luíza Saciloto Andréa Pagnussatt Cristian Felipe dos Santos Dilmar de Araújo Eduardo Feldmann Simonato Felipe Feldmann Simonato Horácio Guagliarielo Filho Ilmar Kasper Zerwes Jackson Toledo Jorge do Carmo José Renato da Silva Ballin Lauro Dreifke Leovandro Becker Luiz Fernando Sganzel Maria Candida Lopes Leff Maria Clair Duarte Marisa Lúcia Dorneles Mirelli Xavier Panazollo Murilo Pedroso Nelci Scheidemantel Pamela Barros Paulo Graeff Paulo Roberto Reichert Rafael Prates Sandra Guerra Sandra Seffrin Sandra Viebrantz Tereza Ávila da Silva Terezinha dos Santos da Silva Teresa Verginia Giaretta Victor Hugo Mello Vivaldino Zamboni

Diretora Comercial: Jussara Alberton Sirena Editor Interino: Rodolfo Sgorla da Silva (MTE 18546/RS)

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política

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Vereador sugere criação de comissão para acompanhar o concurso público Processo seletivo foi suspenso temporariamente. Na sessão ordinária desta semana os vereadores também aprovaram dois projetos

Foto: DM/Alessandro Tavares

Alessandro Tavares alessandro@diariodamanha.com

Uma semana após ter sido suspenso o concurso público e o processo seletivo da Prefeitura de Carazinho e do Previ, ao se pronunciar em Tribuna durante a sessão do Poder Legislativo o vereador Daniel Weber sugeriu ao presidente da Câmara que pense na possibilidade de criar uma Comissão Temporária. O objetivo seria acompanhar os encaminhamentos que estão sendo dados em relação ao concurso público e ao processo seletivo que foram suspensos, dado ao fato da empresa que realizou o certame ser alvo de investigação do Ministério Público Estadual sobre suspeita de irregularidades em seleções realizadas em algumas cidades em que foi responsável por processo seletivo. De acordo com o vereador progressista, dezenas de pessoas procuram os vereadores diariamente para saber como fica a questão a partir de então e se eventualmente aqueles que realizaram as provas serão ressarcidos dos investimentos que fizeram. De acordo com Weber, a Comissão teria a função de acompanhar os passos do Executivo e da Comissão que está à frente do concurso em relação ao impasse, de modo que os vereadores estejam munidos de informações que possam ser repassadas aos interessados que procuram a Câmara.

Empresa de mudança

O vereador Alaor Tomaz fez um alerta quanto à possibilidade de uma empresa instalada em Carazinho e que produz componentes usados na montagem de máquinas e implementos agrícolas estaria cogitando transferir-se para o município de Santo Antônio do Planalto, uma vez que a Prefeitura da cidade vizinha teria ofertado área para a empresa para se instalar. Essa empresa gera hoje cerca de 70 empregos e tem pretensões de expandir o quadro de colaboradores. Embora o vereador não tenha tornado público o nome da empresa, pediu para que o Município converse com a direção desta no intuito de convencê-la e incentivá -la a permanecer na cidade.

Efetivo da Brigada Militar

Por sua vez o líder de governo na Câmara, Luis Fernando Costa – Tenente Costa – reiterou sua insatis-

Na tribuna, o vereador Tenente Costa reclamou do fato de Carazinho não ter sido contemplado com transferências de policiais militares fação com o fato de que novamente Carazinho não teve transferências de policiais militares. Segundo o vereador, que é militar da reserva, ao que soube no mês passado novamente Passo Fundo teria sido contemplado com a lotação de cerca de 30 militares que atuavam em outras regiões do Estado e que diante da janela de transferências teriam sido lotados na área do CRPO Planalto. Deste total, segundo Costa, 30 ficaram atuando em Passo Fundo e 20 em Erechim, enquanto Carazinho não recebeu nenhum reforço no policiamento. Para o vereador, essas lotações provavelmente teriam sido feitas como uma espécie de prêmio de consolação a Passo Fundo pelo fato da cidade ter supostamente perdido o tempo hábil para acessar recursos destinado à construção de um presídio às margens da BR 285, em local distante cerca de 10 quilômetros de Carazinho.

Dois projetos aprovados

Durante a sessão desta semana, o Poder Legislativo de Carazinho aprovou dois projetos por unanimidade, ambos de autoria do Poder Executivo. Um dos projetos foi apreciado em Regime de Urgência e faz alteração na Lei que criou a Secretaria Municipal de Educação, de modo que a pasta passará a ter um CNPJ. A medida atende a orientação de portarias do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação para fins de movimentação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB.

Com isto o secretário da passa a ter a denominação de gestor. O outro projeto aprovado, com emendas e subemendas, se refere ao pagamento de despesas a convidados oficiais do município. Em síntese, o projeto cria uma legislação específica que autoriza o pagamento de despesas de passagens, translados, refeições e alojamento a hóspedes oficiais do município que venham participar de cursos, palestras, seminários, reuniões e outros eventos considerados de interesse público. Uma das emendas apresentados ao projeto é de autoria do vereador João Pedro Albuquerque de Azevedo e dispõe sobre a transparência das despesas dos hóspedes oficiais do Município. De modo que as especificações sobre tais despesas devem estar disponíveis para acesso ao público por meio do Portal de Transparência. A emenda foi aprovada por unanimidade. Outra emenda foi apresentada ao projeto, protocolada por João Pedro Albuquerque de Azevedo,

Daniel Weber e Ivomar de Andrade (Tomate), que estabelece limite de gastos com os hóspedes oficiais do município, a fim de se evitar eventuais despesas exacerbadas e injustificadas para esse fim. O limite deve ser o mesmo que é pago de diária aos servidores do município que estiverem em viagem. A emenda foi aprovada por 10 votos favoráveis e 2 contrários. Foram contrários os vereadores Anselmo Britzke e Erlei Vieira. O projeto também teve a inserção de uma subemenda, de autoria dos vereadores Fábio Zanetti, Gilson Haubert e Tenente Costa, justificando ser necessário especificar que os gastos com hóspedes oficiais serão atribuídos apenas ao Poder Executivo e não aos demais órgãos ou entidades da Administração Municipal, como constava no documento que tinha sido encaminhado originalmente ao legislativo. Além dos dois projetos aprovado por unanimidade, os vereadores apresentaram 53 requerimentos e 24 indicações.


POLÍTICA

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Abertura de comércio aos domingos pode ir à votação na segunda-feira Projeto do Executivo passa por análise do jurídico e deve chegar hoje à comissão de Justiça Isadora Stentzler isadroa@diariodamanha.com

O projeto que flexibiliza a Lei Orgânica no município permitindo a abertura do comércio nas rodovias aos domingos e feriados chegou segunda-feira (9) no setor jurídico da Câmara de Vereadores de Carazinho. A proposta pode passar hoje para a comissão de Justiça da Casa. O novo texto, que tem apoio da maioria dos vereadores, insere o inciso 15º no artigo 108, redefinindo o horário de funcionamento dos comércios instalados nas BR’s. O objetivo do texto é atrair grandes empresas para o município. Em março, um projeto de lei já havia sido votado na Casa, mas negado por 7 votos a 5. A fim de voltar à pauta e poder ter nova votação ainda em 2018, o presidente do Legislativo, Marcio Luiz Hoppen, o Guarapa (MDB), explica que as bancadas assinaram um novo texto e encaminharam solicitação ao Executivo para que ele reencaminhasse o projeto. Dessa vez, o texto altera a

Lei Orgânica do município e exclui o comércio central e os situados nas ERS’s, ponto de polêmica na votação de março. Ele tem apoio dos vereadores Tenente Costa (PP), Janete Ross de Oliveira (PSB), Guarapa, Gilson Antonio Haubert (MDB) e Daniel Weber (PP). Caso o jurídico da Casa não encontre problemas legais, ele deve seguir para a comissão de Justiça, de responsabilidade de Gilson, Tenente Costa e Fabio Luiz Zanetti (PSDB), indo para a comissão econômica, onde estão dois dos vereadores que se manifestaram contrários ao primeiro projeto, Ivomar Tomate Andrade, o Tomate (PTB), João Pedro Albuquerque de Azevedo (PSDB). Daniel Weber também integra a comissão, mas é favorável à proposta. O outro vereador contrário ao projeto, na época, foi Alaor Galdino Tomaz (PDT). Tomate, que também é presidente do Sindicato dos Comerciários de Carazinho e Região, disse que só iria se manifestar “na hora certa” em relação ao texto, reiteran-

Foto: Arquivo/DM

Alteração da Lei Orgânica permite que apenas empresas instaladas nas rodovias tenham comércio aberto em domingos e feriados do que “todo mundo já sabe o que pensa sobre o assunto”. Em nota, a Câmara de Dirigente Lojistas (CDL) de Carazinho se mostrou favorável ao projeto, apoiando a iniciativa. “O funcionamento do comércio aos domingos é um grande estímulo ao desenvolvimento, atendendo uma necessidade do município e região podendo contribuir para consolidar

Carazinho como um polo de compras regional, gerando mais empregos e renda para a população carazinhense”, diz trecho do documento. A entidade, bem como os vereadores que apoiam o texto, veem a aprovação da pauta como uma oportunidade para a instalação de grandes empresas, uma vez que sem a autorização via lei há impedi-

mento jurídico. Tenente Costa ainda frisa que já há tratativas com a Havan para que ela seja uma das contempladas com a mudança. De acordo com ele, caso o texto entre em votação na segunda-feira (16) e seja aprovado, uma comissão será formada para visitar a sede da empresa, em Brusque, e prosseguir com negociações.

MP move ações criminais e de improbidade contra prefeito de Não-Me-Toque Denúncias contra Armando Carlos Roos também são analisadas por uma Comissão Processante da Câmara de Vereadores A Procuradoria de Prefeitos apresentou perante a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça denúncia contra o prefeito de Não-Me-Toque, Armando Carlos Roos, pelos crimes de assédio sexual contra duas vítimas, importunação ofensiva contra uma terceira vítima, abuso de autoridade, além da contravenção penal de perturbação do sossego. A informação foi divulgada pelo Ministério Público (MPE-RS). Por sua vez, a Promotoria de Justiça de Não-Me-Toque ajuizou ação civil pública por atos de improbidade administrativa contra o prefeito em relação aos mesmos fatos. O promotor Leandro Tatsch Bonatto também en-

trou com pedido liminar de afastamento do prefeito.

Comissão Processante no Legislativo

As acusações de assédio sexual que recaem sobre Roos vieram à tona no começo de abril deste ano após circular em redes sociais um vídeo que mostra o prefeito de Não-Me-Toque em um dos supostos casos de assédio. Por conta disso, foi instaurada uma Comissão Processante (CP) no Legislativo de Não-Me-Toque, composta pelos Vereadores Carlos Alberto Bacher (presidente), Alberto Maurer (relator) e Charles Manolo de Morais

(Mmembro), a qual realizou mais uma etapa das oitivas das testemunhas no processo nº 257/2018, de denúncia por infração política-administrativa contra Roos. A Comissão foi instalada no dia 15 de maio e ouviu desde então as testemunhas de acusação, seguidas das testemunhas de defesa, arroladas no processo. Foram entregues à defesa as degravações das testemunhas de acusação. Encerrada essa etapa, a Comissão notificará Roos para nos próximos dias prestar o seu depoimento. Concluídas oitivas, iniciam as alegações finais. A defesa e a acusação terão cinco dias para as alegações finais. Após a apre-

sentação da defesa final, a Comissão Processante emitirá o parecer final, pela procedência ou improcedência da acusação, solicitando que a presidente da Câmara de Vereadores, Marina Fátima Trennepohl Crestani, convoque sessão para julgamento. A reportagem do Grupo Diário da Manhã entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Não-Me-Toque, que não se manifestou sobre o assunto.

Tramitação

Na sessão de julgamento, convocada especificamente para tal finalidade, deverá o processo ser lido integralmente. Poderão, cada vereador, pelo tempo de 15 minu-

tos manifestarem-se sobre o tema. Após a manifestação dos vereadores serão disponibilizadas duas horas para a apresentação das alegações dos denunciantes e até duas horas para a defesa oral do prefeito. Cada uma das infrações que foram trazidas com a denúncia e que foram devidamente processadas serão levadas à votação nominal. Será considerada como comprovada a infração se obtiver o voto de 2/3 do Legislativo, ou seja, seis vereadores. Conforme informação da Câmara de Vereadores de Não-Me-Toque, caso o prefeito seja cassado, quem assumirá a Prefeitura será o atual vice-prefeito, Pedro Paulo Falcão da Rosa.


CULTURA

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Ler mais para escrever mais Caracterizando a literatura como algo que faz parte de si mesma, como um membro fundamental, a jovem escritora Isadora Warken Flores encontra na leitura e na escrita um refúgio, porém, afirma nunca ter encontrado a história perfeita para contar

Incentivo

Em relação à Academia Carazinhense de Letras, Isadora considera uma boa iniciativa, porque acredita que muitas pessoas acabam deixando o sonho de escrever de lado por falta de apoio. “Tem gente que não entra no ramo da literatura por falta de incentivo e acaba perdendo grandes oportunidades”, salienta Isadora, que afirma ter o apoio e incentivo dentro de casa, da família. Uma menina articulada nas palavras e com uma

Fotos: Divulgação

Dona de uma personalidade forte e decidida, Isadora Warken Flores parece ter mais do que 15 anos de idade. A jovem estudante é escritora, coisa de alma mesmo e afirma ter com a literatura um envolvimento íntimo, aonde busca sempre saber mais. Ler mais para escrever mais. “É algo que faz parte de mim como meu braço, ou minha perna. É muito difícil me ver sem um livro embaixo do braço ou um caderno onde rabisco minhas ideias”, conta Isadora, que hoje tem três livros de sua autoria postados em uma plataforma online. Com 10 anos de idade foi que Isadora começou a escrever, após ter lido a série de livros “Percy Jackson”, que foi aonde se encantou pela história. “A partir disso comecei a escrever algumas coisas. Acho que o que me inspira a escrever é nada mais, nada menos, do que ler”, relata a estudante, que ressalta também que quanto mais lê histórias, dos mais variados tipos, mais sente vontade em despertar sentimentos nas pessoas. “Tenho vontade de fazer alguém sentir o que

eu senti, chorar, rir, brigar com personagens e universos da minha autoria”, complementa a jovem, que apesar de ter suas histórias publicadas, nunca chegou a finalizá-los de fato, algo que caracteriza como uma síndrome, de sempre achar que não está bom o suficiente. - Eu tenho umas três histórias no papel, que eu escrevo e quatro publicadas. A gama de histórias é alta, mas nunca achei a perfeita. Tenho sim vontade de publicar um livro, mas primeiro preciso finalizá -lo – diverte-se Isadora ao contar sobre como são suas histórias e também comenta que sabe das dificuldades de ser um escritor profissional no Brasil, e apesar de ter vontade de lançar um livro, pretende continuar escrevendo como um hobby e seguir outra profissão.

As três publicações de Isadora estão disponíveis na plataforma online chamada Wattpad

criatividade que lhe é peculiar, os três livros que Isadora tem publicados são: “Ouija – Tem alguém aí além de nós?”, “Livro de Receitas dos Monstros” e “A Herdeira das Águas”. Tive a oportunidade de ler uma parte do “Ouija” e, de fato, a maturidade da escrita de Isadora é admirável e surpreendente, certamente tem a ver com sua relação profunda com a literatura, que lhe permite explorar tantos universos e colocar isso para a leitura de terceiros.

Fotos: Divulgação

isabella@diariodamanha.com

Sensibilidade

Além de querer contar suas histórias, recentemente Isadora também achou uma nova maneira de usar sua sensibilidade para realizar uma ação de solidariedade. Está produzindo marca textos e comercializando para que a renda seja revertida para a Liga Feminina de Combate ao Câncer. “Se disponibilizar para ajudar o outro sempre será algo bom, é um ótimo meio para crescer e amadurecer. A felicidade de outra pessoa, vindo de algo que você fez, não tem preço”, diz a jovem.

A valorização da literatura nunca será algum ruim. Ler, escrever e imaginar sempre trará algo benéfico para quem está envolvido, afinal, é um estímulo à criatividade e, por vezes, uma fuga do mundo real Isadora Warken Flores

Mala literária Buscando incentivar a leitura na comunidade, a Biblioteca Municipal colocou em prática novamente o projeto da “Mala literária”, que tem o objetivo de disponibilizar livros nas empresas, proporcionando aos funcionários do comércio, que por vezes não têm tempo de frequentar a Biblioteca, a chance de ler bons livros. Segundo o coordenador da Biblioteca, Lucio Martins Pinto, é a partir do perfil da empresa e de seu quadro de funcionários que cada mala é montada e que, no ano passado, conseguiram atingir 18 estabelecimentos. “Esse ano temos duas malas disponíveis, então o projeto pode estar acontecendo em duas empresas ao mesmo tempo. Em cada uma são colocados cerca de 30 livros, de diversos gêneros”,

Lucio conta que o projeto da Mala literária começou em fevereiro e vai até dezembro. O objetivo é atingir cerca de 22 empresas neste ano afirmou o coordenador, que também salienta que tem livros infantis, para que os funcionários que tem filhos possam levar para casa e interagir com eles de uma nova maneira. O tema abordado no projeto este ano é “Quem aprende a amar os livros, tem a chave do conhecimento” e, de acordo com Pinto, trata-se

de uma iniciativa importante, pois a leitura permite soltar a imaginação. “Além de auxiliar as pessoas, dar mais facilidade para escrever, falar, enfim. Através do conhecimento podemos encontrar meios de diminuir as desigualdades e encontrar soluções sociais justas”, ressaltou o coordenador.

Foto: DM/Taina Binelo

Isabella Westphalen


OPINIÃO ECONOMIA

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Agricultores começam a planejar lavouras de verão No Rio Grande do Sul, a última safra de soja teve uma produtividade média de 50 sacas por hectare, abaixo da média da região norte, que ficou pouco acima das 60 sacas/ha Fotos: DM/Sereno Azevedo

Sereno Azevedo redacao.carazinho@diariodamanha.com

Produtores começam a se movimentar visando o plantio das culturas de verão, que na região tem as primeiras lavouras formadas com milho no final do mês de agosto e na sequência a soja, principal atividade agrícola, que tem sua semeadura iniciada geralmente a partir do final de outubro. No Rio Grande do Sul, a última safra de soja rendeu, nos 5,71 milhões de hectares plantados com a cultura, 17,1 milhões de toneladas. No estado, a média de produtividade da oleaginosa ficou na casa das 50 sacas por hectare, abaixo da média da região norte, que ficou pouco acima das 60 sacas/ha. Já o milho, que vem numa crescente redução de área plantada, teve uma produção na safra passada de 4,6 milhões de toneladas nos 721 mil hectares cultivados no RS. A média de produtividade no estado do cereal ficou pouco acima das 100 sacas/ha. Na região, produtores colheram áreas que variaram de 120 a 190 sacas por hectare. As áreas destinadas ao cultivo de verão já estão tomadas pela cobertura verde, sistema de preservação de solo contra erosão e de formação de camadas de palha.

Em busca de aumentar a produtividade

Com aplicação de tecnologia no solo, produtores buscam a cada ano aumento de produtividade. Quem vai seguir à risca os indicativos tecnológicos é o produtor Narceu Kunrath, que já está na fila à espera da chegada do calcário. Segundo ele, os apontamentos técnicos indicam a necessidade de investir este ano até quatro toneladas do corretivo na terra, se desejar aumentar seus índices de produtividade da soja, que na safra passada ficou pouco acima das 60 sacas por hectare. “Estou planejando

Soja é a principal cultura agrícola da região e investindo para produzir na safra 2018/2019 uma média geral de 70 sacas/ha. Na região, a grande maioria dos agricultores que estão seguindo os indicativos de aplicação tecnológica somam uma média de produtividade de 10% a 20% acima da minha. Este ano vou plantar conforme a orientação técnica”, salienta o agricultor, que tem área em Novo Barreiro. Para aumentar a produtividade, o agricultor aposta

Narceu Kunrath trabalha no sistema de rotação de culturas

na rotação de culturas, para cada 30 hectares de soja, planta outros 20 de milho.

Média de 70 sacas de soja por hectare

Quem está satisfeito com a média de produtividade é o pequeno produtor Sadi Luiz Boeni, que na safra 2017/2018 colheu uma média de 70 sacas por hectare. “Como tenho apenas 4,5 hectares de terra agricultável, invisto muito na tecnologia de plantio. Por não ter maquinários, contrato serviços de qualidade na hora do plantio e, depois, no momento da colheita, também. Sigo os conselhos técnicos e assim consigo bons resultados”, disse o agricultor. Ele já está encaminhando o projeto de plantio da safra 2018/2019. Para Boeni, é na média de produtividade que o pequeno precisa compensar, pois, caso contrário, praticamente não se tem ganho financeiro. “Este ano quero produzir de 75 a 80 sacas por hectare. Na terceirização com plantio vou gastar cerca

de R$ 350,00 e mais 10% do total da colheita para o dono da máquina. A partir daí, tiro o custo dos insumos e tenho o valor líquido. Se tudo transcorrer bem, vai sobrar a metade do que estou estimando produzir, cerca de 320 sacas de soja”, enfatiza o agricultor. De acordo com ele, a soja é o complemento da renda familiar, que tem no leite a principal fonte.

Sadi Boeni investe em tecnologia nos 4,5 hectares de soja que planta


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VARIEDADES

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SAÚDE

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Senado estuda mudança na lei de transplante de órgãos Intenção é possibilitar a doação de órgãos sem autorização de familiares, quando a pessoa tiver manifestado ainda em vida a vontade de ser doadora. A notícia pode eliminar as longas filas de espera pelo procedimento Foto: Arquivo Pessoal

Anderson Favero redacao.carazinho@diariodamanha.com

As questões que envolvem a doação de órgãos no Brasil ainda precisam ser melhor assimiladas pela população. Mesmo com as frequentes campanhas do governo federal que incentivam a doação, parece haver um abismo que separa as pessoas que precisam de um órgão daquelas que podem doar. Nesse contexto, entre as principais demandas do país, em se tratando de órgãos, de acordo com o Ministério da Saúde, estão as filas de espera por rim, com 26.507 brasileiros, por córneas, com 11.413 pessoas, e o transplante de fígado, com 1.904 pessoas na fila. Do outro lado, segundo a Sociedade Brasileira de Transplante de Órgãos, 47% das famílias que tem ente querido com morte cerebral se recusam a fazer a doação dos órgãos. Vale ressaltar que pela Lei dos Transplantes - Lei 9.434/1997 - mesmo que a pessoa tenha manifestado o desejo de ser doador em vida, é necessário que a família ou cônjuge autorize a retirada dos órgãos. É justamente aí que mora o problema. E para resolver esse impasse, tramita no Senado o Projeto de Lei 453/2017, do senador Lasier Martins, que altera a lei vigente e possibilita a doação de órgãos sem autorização de familiares quando a pessoa tiver manifestado ainda em vida a vontade de ser doadora, o que eliminaria essa barreira imposta pelos familiares. Com isso, só será exigida autorização do cônjuge ou parente próximo de uma pessoa falecida caso ela não tenha manifestado essa vontade, em vida, de forma ex-

ciosa, a hepatite do tipo C pode demorar alguns anos até se manifestar. É por isso que as pessoas só se percebem doentes quando ela já está em estágio avançado, comprometendo o funcionamento do fígado. O transplante do órgão acaba sendo a única alternativa. E foi nessa possibilidade que Jorge se agarrou. “Esse período foi longo até o telefone tocar e alguém do outro lado da linha me dizer que havia um fígado compatível com o meu organismo. Acredito que isso tem relação direta com a dificuldade dos familiares em aceitar a doação de órgãos de seus parentes com morte cerebral”, reforça o Jorge, que realizou o transplante no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) em uma cirurgia que demorou 7 horas.

Ativismo pela causa

“Do diagnóstico até o transplante, travei uma luta pela vida que durou dois anos. Foi uma época muito difícil pois a doença avançava e o transplante não acontecia”, Jorge Santos, transplantado e ativista da doação de órgãos pressa e legalmente válida. Dessa maneira, o que o projeto faz é transformar essa exigência da Lei dos Transplantes de obrigatória em condicional.

Nova esperança

A possibilidade da lei ser aprovada no Senado é bem recebida por pessoas como Jorge Santos, carazinhense aposentado que hoje reside em Passo Fundo e que recebeu transplante de fígado há 9 anos. Em sua memória, ele ainda

carrega tristes lembranças do período em que esteve na fila de espera pelo órgão. “Do diagnóstico até o transplante, travei uma luta pela vida que durou dois anos. Foi uma época muito difícil pois a doença avançava e o transplante não acontecia. Isso ocasionou um sofrimento muito grande, que também se estendeu aos meus familiares, pois foram dezenas de internações em Passo Fundo e Carazinho para poder me manter vivo”, relembra. A época muito difícil a qual

se refere iniciou em meados de 2007, quando Jorge realizava exames de rotina e descobriu que estava com Hepatite C, doença transmitida principalmente por sangue e que pode levar à morte. - O resultado positivo me abalou muito pois de imediato soube que a doença não tinha cura. Então, tratei de procurar especialistas que pudessem me ajudar a prolongar meus dias. As pessoas não podem imaginar o que é passar por isso - conta. Por ser uma doença silen-

Hoje, com boa qualidade de vida, Jorge se tornou ativista e incentiva a doação de órgãos em diversos espaços. Ligado a ONG’s que atuam em prol dessa causa e por conta de tudo o que vivenciou, ele recebe com entusiasmo o PLS 453/2017 que tramita no Senado. “De acordo com as estimativas, existem mais de 35 mil brasileiros na fila aguardando por um órgão, sendo que na metade dos óbitos ocorridos por morte encefálica a família nega a doação dos órgãos. Isso tem a ver com a falta de informação e falta de conscientização e o preconceito que existe sobre esta causa. É por tudo isso que estou imensamente feliz com a proposta do Senado e desejo que seja aprovada logo e vire lei. É um projeto nobre que vai salvar muitas vidas de crianças, jovens e adultos. Que siga em frente e seja logo aprovado”, comemora.


CIDADE

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Renovação na área médica em Carazinho

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Senac Carazinho promove curso de Assistente de Recursos Humanos

Anderson Favero redacao.carazinho@diairodamanha.com

Os frequentes avanços na área da medicina são indispensáveis para a melhora da qualidade de vida das pessoas. Nesse contexto, a aplicação de tecnologias avançadas aliadas a um olhar mais humanizado sobre o ato de clinicar são fatores que fazem toda a diferença na prevenção, no diagnóstico e no tratamento das doenças. Há pouco mais de um mês em Carazinho, o médico Luiz Gustavo Espanhol, especialista em Otorrinolaringologia, representa essa renovação na área médica. Natural de Carazinho, ele deixou sua terra natal ainda em 2006 quando ingressou no curso de medicina, em Pelotas. Em seguida, veio a residência médica em Porto Alegre, época em que se especializou na área de ouvidos, nariz e garganta – otorrinolaringologia. - Durante o início da graduação, tive algumas cadeiras sobre esse tema e lembro que isso me chamou atenção, entretanto, foi no período em que atuei como doutorando, nos anos finais da faculdade, que esse interesse aumentou, devido ao contato com os pacientes que buscavam atendimento nesta área - relembra. Após a faculdade, Luiz Gustavo se dedicou ao estudo para entrar na especialização e obteve vaga na especialidade de otorrinolaringologia pelo MEC onde realizou a especialização em 3 anos. Além disso, foi em busca de

Foto: DM/Anderson Favero

Após buscar especialização nos EUA, o otorrinolaringologista Luiz Gustavo Espanhol traz para o município as últimas novidades na prevenção e tratamento de doenças ligadas à sua especialidade

Luiz Gustavo Espanhol se formou em medicina em Pelotas e buscou especialização nos EUA novos conhecimentos e passou um período nos EUA, ocasião em que se estabeleceu na cidade de Albany, capital do estado de Nova York. Lá, ele estudou as últimas tendências na área da otorrinolaringologia, como as cirurgias por videoendonasal, para melhorar a respiração, e também para o tratamento de sangramentos do nariz, tumores nasais e de base do crânio. Técnica inovadora e que agora ele traz para Carazinho. “Esse tipo de cirurgia é mais precisa e tem cortes cirúrgicos menores, desta forma, conseguimos preservar mais a fisiologia da respiração. O hospital em que atuei, Albany Medical Center, em Nova York, é reconhecido justamente por ser referên-

cia nessa área. É um tipo de procedimento que vem sendo desenvolvido nos últimos anos e eu, enquanto profissional da saúde, estou alinhado com essa nova tendência em cirurgia”, diz o médico.

Ligação com a cidade

Com um vasto currículo, Gustavo poderia ter optado pelo exercício da profissão na capital, entretanto, devido a sua ligação com Carazinho e o desejo de dar sua contribuição à terra onde nasceu, ele optou por regressar ao município. “Nesse contexto, sempre ressalto que os profissionais que atuam nessa especialidade, em Carazinho, são bastante qualificados e competentes e tive a sorte de conhecer o trabalho de-

O profissional em recursos humanos é aquele que contrata, mas também é o responsável por supervisionar e incentivar os funcionários de uma organização a incorporarem os valores da empresa. Ciente da importância desse profissional, o Senac Carazinho está com matrículas abertas para o curso de Assistente de Recursos Humanos. Com início no dia 16 de julho, as aulas ocorrem às segundas, quartas e sextasfeiras, das 19h às 22h. O objetivo da capacitação é formar profissionais les quando ainda era estudante, desta forma, procurei me atualizar e capacitar para manter o bom nível do serviço que temos no município, além de trazer uma nova visão de medicina especializada e novas técnicas para a cidade. Tudo isso é interessante pois traz uma nova di-

que atendam aos processos de gestão de pessoas, sejam ágeis e capazes de dar respostas às mais diversas demandas organizacionais. Com 160 horas de duração, o curso tem como pré-requisitos idade mínima de 15 anos e Ensino Médio completo ou cursando. Matrículas podem ser feitas pelo site www.senacrs.com. br/carazinho ou presencialmente no Senac Carazinho, localizado na Avenida Flores da Cunha, 2821. Mais informações pelo telefone (54) 3329-5851. nâmica de trabalho o que só tem a acrescentar aos carazinhenses. “Foi em Carazinho que formei as bases da minha personalidade e é aqui onde tenho minha família e meus amigos. E esse recomeço tem sido positivo, pois estou sendo muito bem recebido por todos”, conta.


ESPORTE

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Quarta-feira, 11.07.2018, Carazinho

Campeonato de skate reúne apaixonados pelo esporte Valores arrecadados com inscrições foram revertidos em novo obstáculo para pista Isadora Stentzler isadora@diariodamanha.com

Carazinho sediou no domingo (8) um campeonato de skate em comemoração aos oito anos da marca carazinhense CZO Decks. Cerca de 50 pessoas acompanharam o evento na pista de skate do município, no bairro Sassi, que premiou três skatistas nas categorias de melhor manobra e músicos da batalha de rap.

Na categoria mirim, para competidores de até 14 anos, a vitória ficou para o carazinhense Igor Souto. No iniciante, Igor Angst, e no amador, Diego Cassio. Na batalha de rap, aonde os músicos se duelavam com rimas improvisadas, ficou em primeiro lugar Roger Camargo, seguido de Douglas Onofre. De acordo com o idealizador do evento, empresário Albano Custódio, o campeonato conseguiu unir a jovem

e a velha guarda do esporte no município, fortalecendo a categoria. “É importante para ter uma maior união dos skatistas e movimentar o nosso esporte fazendo com que todos possam evoluir juntos”, apontou sobre a necessidade de eventos deste porte. Parte dos valores usados na inscrição foi revertida em um obstáculo colocado na pista antes do campeonato. Segundo Custódio, isso demonstra

Definidos os finalistas do Bola 7 Máster do Aquático O Campeonato de Bola 7 Máster do Grêmio Aquático de Carazinho chegou à sua fase final. A disputa do terceiro lugar acontece no próximo sábado (14) a partir das 12h45min, seguida da grande final. No terceiro lugar se enfrentam Só Se For Agora x Dinamo FC. Na final, a disputa será en-

tre Os Bartira x Coqueiro Baixo FC. Os confrontos foram definidos após a semifinal, realizada no último dia 7, fase na qual Os Bartira venceram o Só Se For Agora por 4 a 1 e o Coqueiro Baixo derrotou o Dinamo FC por 5 a 2. Na final, em caso de empate no tempo normal, o jogo

vai para um prorrogação de dois tempos de cinco minutos. Permanecendo a igualdade, o campeão será conhecido na cobrança de pênaltis. Até o momento, o artilheiro da competição é Marcelo Sberse Oliveira, da equipe Coqueiro Baixo, com 12 gols marcados.

o quanto o esporte depende de inciativas próprias para se manter. “O que nos falta sempre foi a mesma história: uma pista adequada com uma boa

estrutura para os praticantes e as pessoas que frequentam o local, pois na praça não se tem nem banheiros, água e boa iluminação”, citou.


Quarta-feira, 11.07.2018, Carazinho

ESPORTE

Diรกrio da Manhรฃ -

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12 - Diário da Manhã DIÁRIO PASSO FUNDO redacao@diariodamanha.com - (54) 3316.4800 DIÁRIO CARAZINHO redacao.carazinho@diariodamanha.com - 54.3329.9666 DIÁRIO FM 98.7 MHz diariofm@diariodamanha.com - 54.3311.1309 DIÁRIO AM - 570 KHz diarioam570@diariodamanha.com - 54.3311.7756 DIÁRIO AM CARAZINHO - 780KHz diarioam780@diariodamanha.com 54.3331.2422

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DM Quarta-feira, 11.07.2018

CARAZINHO

PREVISÃO PARA HOJE Quarta-feira, 11.07.2018, Carazinho PASSO FUNDO

04ºC 13ºC

04ºC 13ºC Mínima

Mínima

Máxima

PORTO ALEGRE

06ºC Mínima

16ºC Máxima

Máxima

LUAS Minguante 06-07

Nova 12-07

Crescente 19-07

Cheia 27-07

Fotos: DM/Isabella Westphalen

Sonho que continua Apesar do hexa ter ficado pelo caminho nessa Copa do Mundo, a paixão pelo futebol é um sentimento que segue pulsando no coração dos apaixonados pelo futebol brasileiro. Principalmente aqueles que têm o sonho de jogar bola profissionalmente, como é o caso de alguns jovens carazinhenses que encontramos para essa reportagem Isabella Westphalen isabella@diariodamanha.com

Muito além da partida, futebol não são só 22 jogadores correndo atrás de uma bola em campo. Futebol desperta sonhos, pulsa nas veias de quem almeja um futuro nesse esporte. Mesmo que o hexa da Seleção Brasileira tenha se atrasado para chegar, no coração de quem persiste, o sonho e o amor pelo futebol continuam. O primeiro a me receber quando fui chegando no Pavilhão de Esportes da Igreja Bom Jesus, no Centro de Carazinho, foi o simpático Ruan Eduardo Silva de Almeida, de 12 anos, que calçava suas chuteiras para começar a jogar com os colegas de Yacamim. “Ah, mas quem não gosta de futebol, né?”, retrucou-me quando lhe questionei se gostava de jogar bola. “Eu não pensei muito ainda sobre meu sonho, mas eu gostaria de ser jogador sim, acho que tenho essa vontade”, já foi logo me contando sobre seus desejos de futuro. Além de gostar de jogar futebol, Ruan afirma valorizar também o fato de compartilhar esses momentos com seus amigos e, muito por isso, acredita ter a vontade de ser jogador profissional. “Acho que é melhor porque a gente 'tá' reunido, jogando junto. O esporte também é um incentivo para a gente continuar estudando e se eu for jogador tenho vontade de passar por muitos lugares e times”, complementou o pequeno jogador, que afirma que, mesmo que o hexa tenha ficado pelo caminho esse ano, o sonho continua.

Troca de experiências

O motivo pelo qual encontrei Ruan é que justamente buscando valorizar o futebol e as oportunidades que ele pode oferecer o ex-atleta Marcos Luciano Rocha (Bitão) e o jogador de futsal Antonio

Bagatini, ambos carazinhenses, foram encontrar 24 alunos do Yacamim na tarde de ontem (10) para falar de futebol, sonhos e persistência. “Passa um filme na cabeça a gente estar aqui, porque eu já passei por isso. Comecei a jogar mais ou menos na idade que eles estão agora, 12 anos”, disse Marcos, que ficou no esporte mais de 20 anos de sua vida. Sob os olhares atentos dos jovens, Marcos e Antônio puderam contar um pouco sobre suas trajetórias, sobre as dificuldades que enfrentaram e, também, ressaltaram a importância de acreditar no sonho que se tem. “Para nós, é gratificante conversar com eles, passar um pouco de experiência, que eles levem isso para a vida e busquem o melhor caminho para seguir, sempre”, ressaltou Bagatini, que, após jogar na Espanha, agora fechou contrato com um time da República Checa e segue crescendo no futsal. - Acho que o incentivo ao esporte tinha que ter mais apoio da comunidade, da Prefeitura, dos vereadores, para que seja um projeto valorizado, porque o esporte tira das ruas, das drogas e abre portas – refletiu o jogador. Ele acredita que, cada vez mais, é necessário olhar para a educação das crianças, lembrando que o esporte também é um meio de educar. “Esse é o pedido. Que olhem para as nossas crianças, que incentivem a educação, o esporte, porque só através disso vão seguir pelo melhor caminho”, complementou o jogador.

Goleiro

Curioso para ler o que eu escrevia no bloco de anotações, Henrique, 11 anos, foi se aproximando, até que confessou: “Eu quero ser goleiro” e abriu um sorriso, daqueles de quem acredita e gosta do que faz. “Eu gosto muito de jogar bola, gosto de estudar, ajudo minha mãe em casa também, vou para o colégio direitinho”, justifica o pequeno jogador, enquanto o tema do bate-papo é foco

Ruan, sempre com a bola no pé, ficou atento em todas as orientações durante a atividade esportiva

Henrique conta que jogar bola é uma de suas paixões e dedicação nos estudos, afinal, um bom jogador também tem que ir bem na escola. “É importante que eles saibam da importância de existirem regras, disciplina, tudo isso faz parte”, complementou a coordenadora, e coração do Yacamim, Vera Suckau.

Jogue como uma menina

A jovem Camila Meireles, 15 anos, uma das duas meninas que entraram

Pretendo investir no meu sonho e eu diria para as meninas que querem jogar: persistam. Não desistam porque eles falam que “ menina não pode”, enfrentem isso e joguem

Marcos e Antonio buscaram transmitir suas experiências no esporte, valorizando a importância da dedicação e foco

Camila Meireles, que também ataca de goleira

em quadra para jogar futebol com os meninos, afirma ter começado a jogar futebol quando era pequena e conta que sempre gostou do esporte. “Como uma mulher que joga futebol, posso dizer que a importância do incentivo a esse esporte também seja no sentido de que pare o preconceito, porque futebol é para quem quiser jogar”, enfatizou a jogadora, que afirma já ter sofrido com os olhares tortos do preconceito. Mesmo afirmando ter ficado triste nas vezes em que sentiu-se coagida pelo preconceito, Camila ressalta que não desiste de jogar, porque para ela o futebol é algo natural e irá seguir seu sonho de virar profissional. O professor de educação física, e que participa do Yacamim na parte dos esportes há oito anos, Juliano Braun, que também é um grande incentivador de seus alunos, valoriza essa troca de experiências entre os jogadores mais experientes e aqueles que estão começando. “Não é só sobre esporte, a gente trabalha também a parte da socialização, respeito, regras, disciplina, tudo isso através da atividade”, comentou Braun, que acredita que hoje o maior problema enfrentado pelos jovens atletas é a falta de incentivo, principalmente a falta de campeonatos estaduais, pois assim, quem não tem a oportunidade de ter um empresário, acaba não sendo visto, mas é otimista para o futuro de suas Estrelas.


Quarta-feira, 11.07.2018 www.diariodamanha.com

Adeus a Clélia Fontoura Martins Pinto

PASSO FUNDO - CARAZINHO

Grupo Diário da Manhã presta homenagens a uma das figuras primordiais e querida por todos. Filha do fundador, Túlio Fontoura, esposa do Presidente-Emérito, Dyógenes Martins Pinto e mãe da atual presidente, Janesca Maria Martins Pinto, Clélia faleceu na manhã dessa terça-feira (10) em Passo Fundo Fotos Arquivo/DM

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m quase uma hora de entrevista, Clélia Fontoura Martins Pinto não desfez seu sorriso em nenhum momento. As risadas sinceras reverberavam por toda a sala, enquanto a matriarca da família relembrava os tempos em que o jornal Diário da Manhã se consolidava como um dos mais importantes veículos de comunicação do interior do Estado. O contexto faz parte do clima de uma das últimas entrevistas concedidas por ela, em novembro do ano passado, para a construção do texto dos cadernos especiais de aniversário do Grupo. “Estamos produzindo o texto especial de 82 anos do Diário”, disse um dos jornalistas. “Eu estou quase lá”, completou Clélia, finalizando a frase com uma gostosa gargalhada. A idade, no entanto, é apenas um número diante do legado deixado por ela. Na manhã de ontem (10), familiares, amigos, colaboradores do Grupo Diário da Manhã, autoridades e toda a comunidade receberam com pesar a notícia do falecimento de Clélia Fontoura Martins Pinto, aos 81 anos de idade. Pouco depois da criação do jornal Diário da Manhã, nascia Clélia, em 17 de setembro de 1936, na pacata cidade de Passo Fundo. Filha única de Túlio Fontoura e Lucilla Lima Fontoura, dedicou boa parte de sua vida – 37 anos – à honrosa missão de ser educadora. Lecionou no EENAV e na Universidade de Passo Fundo, até se aposentar. Dentro da academia, é lembrada com carinho e admiração pelo exército de alunos que formou ao longo de todos esses anos. Em 1957, Clélia casou com Dyógenes A. Martins Pinto (in memoriam), e aos 22 anos a família começava a ser constituída com o nascimento do primeiro filho, Péricles Martins Pinto. Depois, vieram Vinícius Martins Pinto (in memoriam) e a filha caçula, Janesca Martins Pinto. Ao longo dos anos, a família cresceu ainda mais, com a chegada dos netos Túlio Pretto Martins Pinto e Guilherme Annoni Martins Pinto. Além da sala de aula, dona Clélia também lecionou aulas de piano em sua casa, onde reunia cerca de quarenta alunos. Sua relação com a arte não era restrita somente à música, já que amava realizar trabalhos artesanais como o bordado. Ao longo de três décadas, foi lapidando a técnica de bordar junto do tricô. Como cidadã, sempre esteve presente em ações sociais no município, trajetória na qual é consagrada por ser uma das

criadoras do Bazar da Solidariedade do Lions Clube, que reúne artesãos de toda região com o objetivo de destinar receitas arrecadadas para a manutenção do Hospital de Olhos Lions Dyógenes A. Martins Pinto, instituição na qual teve participação na fundação.

Em uma das ocasiões em que também foi entrevistada, em meados de 2016, Clélia afirmou que “faria tudo de novo” ao relembrar sua trajetória de vida. Pró-ativa, autêntica e de personalidade ímpar, a “mãe coruja” valorizava momentos simples ao lado

da família. Na ocasião, ao ponderar a respeito de seu próprio legado, nem sequer exitou na resposta. “Eu acho que eles [netos] vão levar de mim boas lembranças, por que eu adoro eles e quero muito que eles estudem, tenham caráter e que trabalhem. Eu sempre digo, não precisa ser doutor, tem que ter dignidade”, destaca. “Eu acho que a tua paz, tua consciência no dia a dia é muito importante. Eu acho que poder ajudar alguém é tão importante, é gratificante. Porque passar por essa vida e não deixar nada, não valeu a pena viver”. Frases carregadas de sabedoria e repercutidas, agora, pelo neto e Diretor Executivo do Grupo Diário da Manhã, Túlio Pretto Martins Pinto. “O que prevalece é a questão dos valores que ela passou para a gente. Honestidade e trabalho são os principais conceitos que norteiam a nossa família. O aprendizado que fica é desse trabalho duro dela e do meu avô, durante todo o tempo, mas principalmente, fica o legado dela ser uma pessoa pura, sem máscaras. Todo mundo que ela conquistava fala desse jeito único de ser e encarar a vida. O ensinamento que eu levo para mim é viver a nossa própria essência, assim como ela viveu”, ressalta. “A vó Clélia é daquele tipo de pessoa que nós nunca imaginamos que irá partir, por ter um modo ímpar de levar a vida. A família está de luto, mas com lembranças maravilhosas que ficarão para sempre”.

Dona Clélia rodeada dos familiares no Natal de 2016


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Passo Fundo Carazinho

Uma vida em prol da comunidade Em mais de oito décadas de vida, trajetória de Clélia Fontoura Martins Pinto sempre esteve baseada na atenção ao próximo e voltada ao trabalho social Por meio de depoimentos emocionados, a principal característica citada de Clélia Fontoura Martins Pinto foi o voluntariado e o prazer em servir a comunidade. Integrante do Lions Clube Independência e esposa de um dos principais líderes do movimento leonístico da região, Dyógenes Martins Pinto, sempre esteve lado a lado de campanhas e ações sociais. “É uma perda irreparável. A Dona Clélia era uma líder nata, tanto do Lions como pessoa, como amiga, sempre tinha alguma palavra de con-

forto, com o pensamento de ajudar ao próximo sem olhar a quem. Para o Hospital de Olhos também é uma perda muito grande. Estava sempre movida a ir em busca de promoções, de atividades para angariar fundos para o Hospital. No âmbito do Lions Clube, foi uma companheira inigualável, dedicada ao Lions Clube Independência, motivando a todos para a realização de promoções. Uma pessoa extremamente amiga, leal, que sempre estava disposta a ajudar. A Clélia sempre estava atenta a tudo

“É com bastante pesar que a gente recebe essa informação. Clélia, como esposa do nosso grande líder leonístico e social, Dyógenes Auildo Martins Pinto, foi um baluarte muito forte dentro do leonismo e me constrange muito saber da sua morte, considerando que em maio tivemos uma grande convenção dos distritos múltiplos do Lions, que reuniu Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. E ela estava lá. Inclusive hospedando uma grande amiga e companheira dela que veio de Balneário Camboriú porque foi feita uma homenagem ao seu esposo nesse evento em Passo Fundo. E ela esteve presente nos eventos. Clélia foi uma pessoa marcante dentro do leonismo, participando de todos os eventos, dentro do seu clube e fora. Uma pessoa com uma liderança muito forte e que soube viver momentos importantes, inclusive o seu querido esposo Dyógenes faleceu durante um evento de Lions no exterior, em uma convenção internacional, quando em um desfile se sentiu mal e teve falecimento naquela ocasião. Ela continuou firme e forte dentro do movimento e sempre muito disposta, otimista e motivadora. Realmente a família perde, o jornal

o que acontecia no Hospital de Olhos, saber como estava andando, como ele estava se desenvolvendo em suas atividades do dia a dia. O Dyógenes lançou a semente que frutificou e se transformou em um hospital referência. Do lado dele, estava a Clélia em todo o processo, desde a idealização até a inauguração e depois o funcionamento. Acompanhou tudo bem de perto. É impressionante como todo mundo se sentia confortável com a amizade dela. Estamos muito tristes com essa perda”. Foto: Arquivo DM

Presidente do Lions Clube Carazinho Glória e ex-governadora do Distrito L D-7, Maria de Lourdes Gobbi, a Luli Diário da Manhã perde, a rádio Diário perde, a nossa comunidade leonística perde. É uma liderança ímpar. E é com muito sentimento que o Lions Clube Carazinho, e nós, em particular, eu e meu esposo, recebemos essa notícia.”

Foto: Arquivo Pessoal

Ivan de Freitas, administrador Hospital de Olhos “Nós sentimos muito o falecimento da Dona Clélia, uma mulher dinâmica, sempre disposta a trabalhar pelo bem da comunidade. Eu conheci ela, assim como conheci o Dyógenes, há vários anos. Ela sempre esteve presente no movimento leonístico, participando de todos os tipos de campanhas, principalmente as ações que beneficiavam o Hospital de Olhos. Até os últimos dias dela, jamais se afastou da instituição. Clélia vai nos fazer falta, porque nós contávamos com ela a todo instante e a todo momento e ela estava sempre presente. O Lions Clube sempre pode contar com a presença da Clélia nas convenções, reuniões distritais do LD-7 e sua participação era sempre muito cativante. O Lions Clube Passo Fundo Centro completa sessenta anos e foi o clube que acolheu o Dyógenes e a Clélia logo no início com uma participação efetiva nos trabalhos comunitários. Um fato que não podemos deixar de lembrar toda vez que lembrados dela. Agora, na lembrança, fica o legado, fica a lembrança, fica o exemplo de vida dela. Para a gente ter uma ideia, ela sempre manteve um grupo de mulheres que se encontravam por diversas vezes. Era ela quem incentivada e mobilizava para que isso acontecesse. Eram pessoas envolvidas para o desenvolvimento de campanhas, cito aqui a do artesanato, que acontece de tempos em tempos para angariar fundos. É isso que ela deixará para nós, possui uma belíssima família que vai dar continuidade a este trabalho”. Foto: Divulgação

“É de fundamental importância a passagem dessa família no Lions porque seu Dyógenes foi um dos fundadores do Hospital de Olhos, em Passo Fundo, e até hoje o Lions mantém uma parceria lá para as nossas atividades. Executamos trabalhos de auxílio às pessoas necessitadas e, para nós, isso tem um grande valor. Todos os Lions de Carazinho e região ajudam o Hospital de olhos de Passo Fundo. Uma obra que é muito importante.” Presidente do Lions Clube Carazinho Centro, Vilmar Heuerter

www.diariodamanha.com Presidente

Vice-Presidente

Janesca Maria Martins Pinto

Ilânia Pretto Martins Pinto

@diariodamanhaRS www.facebook.com/redediariodamanha

Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800

“Na verdade eles são muito inspiradores, porque o companheiro Dyógenes Martins Pinto foi um dos idealizadores do Hospital de Olhos. Então, vemos como as comunidades são atendidas a partir da idealização deles. São pessoas muito dignas e inspiradoras. E ela com certeza fará muita falta para toda a família leonística. Pretendemos seguir sempre os passos deles.” Presidente do Lions Clube Carazinho Industrial, Catia Lermen

Adelvino Parizzi, vice-presidente do Hospital de Olhos


Quarta-feira, 11.07.2018

Passo Fundo Carazinho

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Trajetória reconhecida Ao longo de toda a terça-feira (10), diversas autoridades e lideranças manifestaram pesar pela perda de Clélia Fontoura Martins Pinto Desde as primeiras horas da manha dessa terça-feira (10), assim que as primeiras notícias da partida de Clélia foram chegando, a comunidade regional manifestou os sentimentos de pesar pela perda de Clélia. Os 81 anos de vida “É com muita tristeza que recebemos a notícia do falecimento da Clélia. A Clélia era prima-irmã da minha mãe, Jussara, então elas conviveram juntas por muito tempo minha mãe já é falecida. E a gente conviveu muito com a Clélia e com a família toda. O tio Túlio, a tia Luci. E a Clélia era uma pessoa maravilhosa. Além de uma mulher guerreira, era um coração de ouro. Uma pessoa realmente maravilhosa. Então a Clélia vai deixar muita saudade no nosso convívio. Ela era muito guerreia e ao mesmo tempo era uma mulher doce. Tratava a todos com cortesia. Ela sempre foi uma pessoa maravilhosa, uma pessoa emotiva, que buscava sempre fazer um trabalho voluntário pelo Lions. E isso é o que fica da Clélia.” - Josiara Soares, prima

“Passo Fundo sente a perda da Dona Clélia, uma pessoa muito querida, respeitada, de uma família que tem feito muito pela cidade ao longo da nossa história. Uma mulher que serviu de exemplo para muitas gerações. Dona Clélia era solidária, gentil, afável e muito dedicada à vida comunitária. Deixa um legado de compromisso com sua família e com Passo Fundo. A cidade lamenta profundamente esse momento”. - Luciano Azevedo, Prefeito de Passo Fundo

Foto: Divulgação

Luciano Azevedo

Foto: Arquivo/DM

Milton Schmitz “Recebemos com tristeza essa notícia do falecimento da Clélia Martins Pinto, mãe da nossa amiga Janesca. E por parte do Executivo municipal de Carazinho damos os nossos sentimentos. Desejamos que a família se fortaleça nesse momento de dor, a perda de um ente querido é um acontecimen-

to que a gente nunca está preparado para que aconteça. Mas precisamos colocar algumas coisas na mão de Deus porque Deus sabe o que faz. Quero dar os nossos sentimentos de parte do município de Carazinho, porque o Grupo Diário da Manhã faz parte da história de Carazinho. Tanto é que temos o popular trevo do avião, também chamado de Trevo Dyógenes Auildo Martins Pinto, que é uma homenagem à família que muito tem feito pelo desenvolvimento, não só de Carazinho, mas da região como um todo. Então nossos sentimentos à toda a família. E precisamos entregar a Deus para que as pessoas se fortaleçam nele para enfrentar esse momento de dor.” - Prefeito de Carazinho, Milton Schmitz

repercutem, agora, na memória de cada pessoa que conviveu com a eterna matriarca. Nas manifestações individuais, memórias, fatos e episódios que marcarão para sempre a história e o legado de Clélia.

“É com pesar que nós falamos com a comunidade de Passo Fundo, com o falecimento de dona Clélia, nossa amiga, amiga da cidade, amiga da região, a nossa matriarca da Rede Diário da Manhã, mãe de muitas pessoas que ela ajudou na cidade, individualmente e no coletivo através dos Lions, através do trabalho social que ela prestou na cidade de Passo Fundo por muitos anos. Uma mulher de uma sensibilidade muito grande, uma guerreira, uma líder de uma grande família, uma mulher de muito entusiasmo, com pulso firme e olhando sempre para frente, com esperança, com sonhos, projetos importantes para a vida familiar e para a vida comunitária. Juntamente com a família esse abraço a eles, à Janesca, ao Túlio, à Duda,

aos filhos e demais familiares, os nossos sentimentos em nome da cidade de Passo Fundo, em nome dos amigos, e que estamos juntos, principalmente nessa hora tão difícil para a família, e todos os sentimentos dos passofundenses com essa grande perda que foi o falecimento da Clélia Martins Pinto. Tenho certeza absoluta de que, onde ela está hoje, todos ganharam com a presença dela. Mas aqui na Terra, nesse mundo que nós estamos, ela nos deixa esse legado de solidariedade, de humanização que todo mundo precisa, que a sociedade precisa de mais pessoas como a Clélia em nosso meio. Nosso sentimento à família, em nome da cidade de Passo Fundo, nosso abraço fraterno nesse momento tão difícil de despedida de nossa querida e amada amiga. Lembro como se fosse hoje, ela nas atividades nas feiras

“A gente lamenta a perda da nossa grande amiga Clélia. Ela e toda família Fontoura tem uma história muito grande em Passo Fundo, que se desenvolveu tanto com uma participação muito grande da sua família e do Grupo Diário da Manhã. O jornal e a rádio Diário da Manhã fazem parte desse desenvolvimento de Passo Fundo. Cada pessoa que a gente perde da comunidade, que fizeram história, que ajudaram a cidade, de uma família bem sucedida, que tinha um objetivo na vida, a gente e toda comunidade perde, e nós, do poder legislativo, os vereadores, sentimos essa dor e essa falta que ela fará para nós futuramente. Ela deixa um legado muito importante para a sociedade, para a comunidade passofundense e da região, e hoje ela deixa sua filha, a Janesca, tocando essa grande empre-

Foto: Divulgação

Pedro Daneli sa que é o Grupo Diário da Manhã. A gente só tem a lamentar, e agradecer por tudo aquilo que ela fez por Passo Fundo, inclusive ela foi homenageada em 2007 pela câmara de vereadores, recebendo a medalha Gran Mérito Fagundes dos Reis, por mérito pelos serviços prestados à comunidade, dando sua vida à cidade e à sociedade passo-fundense, que está de luto com o acontecimento de hoje. A dona Clélia vai deixar, e já

Foto: Divulgação

João Pedro Nunes de artesanato, junto com os Lions Clubes, aquele sorriso dela, aquele olhar experiente de mãe, de mulher, que nos é sempre um porto seguro, pois ela sempre foi um porto seguro para sua família e para a cidade de Passo Fundo” - João Pedro Nunes, vice-prefeito de Passo Fundo deixou, esse legado para a cidade, e coisas muito importantes para a comunidade. Ela foi uma pessoa ativa na comunidade junto com seu esposo, que foi uma pessoa que também fez muito por Passo Fundo, não só no lado social, no desenvolvimento da cidade, como no lado político também, o Grupo Diário da Manhã esteve presente em todos acontecimentos importantes da cidade. Então ela, com toda sua família, deixa na história de Passo Fundo uma imagem positiva, de quem sempre se preocupou com o desenvolvimento da cidade e da região, prestação de serviço à comunidade, então isso tem que ser registrado. É uma perda que a gente sente. Com certeza deixou uma grande história para nós e para o Grupo Diário da Manhã”. - Pedro Daneli, presidente da Legislativo de Passo Fundo

O adeus O corpo de Clélia Fontoura Martins Pinto é velado na Capela Esmeralda, no Memorial da Paz, Bairro Vera Cruz. O enterro está previsto para ocorrer às 10 horas desta quarta-feira (11), no Cemitério da Vera Cruz.


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Passo Fundo Carazinho

“A gente recebe com muita tristeza a notícia do falecimento da dona Clélia e ficam aqui os nossos votos de pesar à família e ao Grupo Diário da Manhã, essa empresa que transmite com muita ética e moral Foto: Arquivo/DM as notícias para Carazinho e toda nossa região. Então é muito triste, realmente, a gente receber a notícia de falecimento da dona Clélia. Mas fica esse sentimento de missão cumprida da passagem dela no plano terrestre. E que Deus conforte sua família e ao Grupo Diário da Manhã.” - Presidente da Câmara de Vereadores de Carazinho, Marcio Luiz HoMarcio Hoppen ppen, Guarapa. “Desde São Paulo, onde me encontro no exercício das atividades profissionais, junto à ABPA, tomei conhecimento do falecimento, nesta terça-feira, da estimada senhora Clélia Fontoura Martins Pinto. Pelo infausto acontecimento, externo-lhes minhas sentidas condolências, rogando ao Pai Celeste que a todos conforte nesses difíceis momentos de perda e dor”. - Francisco Turra, Presidente Executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal - ABPA.

Foto: Divulgação

Franciso Turra

União pela música O amor de Clélia pela música também serviu de melodia para embalar amizades fortes e duradouras, como é o caso da amiga, Reny Dozza, de 84 anos. Ambas se conheceram em Carazinho, nos tempos de escola, onde os laços afetivos perduraram ao longo de toda a vida. “Depois de muitos anos, nós nos encontramos aqui em Passo Fundo no instituto de Belas Artes, onde ela era professora de Teoria Musical. Então são essas lembranças, dela bastante jovem, depois casada e com filhos assim como eu. Permanecemos sempre colegas e amigas. A gente

se encontrava pouco, mas quando nos víamos eram uma alegria muito grande. Era muito amiga, querida, alegre, inteligente e musical. As alunas tinham verdadeira loucura por ela, por aquele jeito único”, lembra. Como legado, Reny elenca o brilho nos olhos de Clélia pela arte e pela vida. “Inteligentíssima. Uma mãe maravilhosa, dona de um senso de humor maravilhoso, lembranças de ficarão para sempre em meu coração. Gostaria de prestar minhas condolências à toda a família em que a tristeza toma conta de nossos corações”, rememora.

Foto: Divulgação

“Queremos em nome da Universidade de Passo Fundo lamentar o passamento da senhora Clélia Martins Pinto, por tudo que ela representa na sociedade passo-fundense. A dona Clélia, além de ter participado em atividades aqui na universidade, teve também um papel muito importante nas atividades sociais na nossa cidade, participando dos clubes de serviço e das atividades

José Carlos Carles de Souza

Amigas de anos Celina Madalosso, Maria Augusta Tagliari, Evanil Angonese, Rovena Moura, Janesca Martins Pinto, Clélia Fontoura Martins Pinto, Nipe Machado, Claudia Moura, Vania Basegio, Ilania Martins Pinto, Odilia Grazziotin Nehls, Tiza Ródio, Cleci Falcão, Bariba Brizola e Telma Lima, se reúnem há mais de 15 anos para comemorar aniversários, festas de Natal e outros momentos festivos de suas vidas. Conforme relato de Ilânia, nora e mãe de Túlio um dos netos de Dona Clélia, ela era a que sempre organizava o grupo para o encontro “Com sua simplicidade e simpatia alegrava a todas nós”. Já Bariba ao falar sobre Dona Clélia se emociona, afirmando as marcas que deixa neste mundo, além da imensa saudade. “Falar, lembrar e amar imensamente Tia Clélia, é o mínimo. Pessoa maravilhosa, bondosa, sem-

culturais, participando ativamente junto com seu esposo, Dyógenes Pinto, com ações muito pertinente, era muito presente na comunidade, levando adiante as iniciativas comunitárias. Em nome da UPF, queremos prestar aos familiares os nossos sentimentos pelo passamento da senhora Clélia Martins Pinto”. - José Carlos Carles de Souza, reitor da Universidade de Passo Fundo.

Fotos: Arquivo Pessoal

Amigas há quinze anos se reuniam para comemorar momentos juntas

pre alegre e disponível. Posso dizer com o coração em lágrimas, uma lacuna muito grande na vida de todos nós. Os momentos que tive o privilégio de conviver com esta

pessoa incrível, estarão para sempre na minha memória, uma verdadeira mãe de coração. Um dia tenho certeza que vamos nos encontrar”, finaliza ela.

Mãe de coração Diretora Comercial do Grupo Diário da Manhã, Eliane De Bortoli conviveu por mais de 37 anos ao lado de Dona Clélia. “Minha história com a Dona Clélia começou em 1981, quando fui recebida em sua casa para cuidar do Vinícius. Quando cheguei ela abriu a porta, me olhou nos olhos e disse ‘Mas esta moça tem que trabalhar no jornal’”. E foi assim que os caminhos de Eliane se cruzaram com a família. Pouco tempo depois, começou a fazer parte da equipe Diário da Manhã. Eliane relata que Clélia e Dyógenes tinham uma forma carinhosa de olhar para as pessoas que vinham do interior para trabalhar na cidade. “Mesmo quando surgiram oportunidades de deixar o jornal, Dona Clélia me dizia ‘Mas minha guria, o teu lugar é aqui’”, conta. Dona Clélia, como lembra Eliane, era muito presente na vida das pessoas, no jornal e em cada coisa que ela fazia, cuidando de cada detalhe. “Lembro uma vez que ela fez uma viagem e trouxe diversos enfeites de Natal que temos até hoje. O jornal ficou lindo, parecia realmente o lugar que o menino Jesus ia nascer de tão bonito. Para mim ela foi um exemplo, a forma que tratava as pessoas, como se vestia, como trazia bom humor e como unia

Clélia acolheu Eliane desde sua chegada em Passo Fundo as pessoas”, relembra. Como um porto seguro, Eliane encontrou um novo lar em Clélia e sua família. E assim, deixou sua marca eternizada. “Eu fui apreendendo a gostar dela de uma forma como se fosse minha mãe daqui de Passo Fundo. E foi por esses 37 anos que pude conviver ao seu lado” finaliza.


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