Passo Fundo

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Nesta Edicção

Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018 , Passo Fundo

DA MANHÃ - 1 Município é o 2º noDIÁRIO RS em alteração de gênero no cartório

Um hospital da cidade Instituição médico-hospitalar passo-fundense mais antiga, o HC completa em julho os 104 anos de uma trajetória de consolidação e referência em serviços na área. Saude

Desde a abertura da possibilidade, em maio, foram 21 pessoas que mudaram de nome e sexo no registro de nascimento.

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SÁBADO E DOMINGO, 28 E 29.07.2018

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82 ANOS - Nº402 - R$ 2,00

Entre os 2 milhões de jovens que estarão aptos a votar em outubro, muitos estão diretamente envolvidos em movimentos ligados à política e, em meio a pluralidade de ideias e posições, projetam diferentes formas de melhorar o país. Na iminência das eleições de 2018, o Grupo Diário da Manhã ouviu algumas dessas lideranças sobre o pleito que se aproxima e a percepção acerca da atuação da juventude nos diversos setores da sociedade.

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RADAR

2 - DIÁRIO DA MANHÃ

Membro da Academia Passo-Fundense de Letras

Arcebispo de Passo Fundo

É muito conhecida a passagem do Evangelho da multiplicação dos cinco pães e dois peixes (João cap. 06). Quando lida de forma rápida e superficial, percebe-se só o sinal da multiplicação. Porém, existem muitos ensinamentos importantes para sociedade. O pão é símbolo do alimento que mata a fome, seja ela física, interior, emocional, de paz, de unidade, etc. O ser humano tem, por primeira necessidade, matar a fome cada dia e isto é possível porque existe a colaboração entre as pessoas e um sistema de ajuda mútua. Diante da multidão faminta Jesus provoca o discípulo Filipe. Como resolver o problema da fome? O texto bíblico afirma que a pergunta era “para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer” (Jo 6,6). Resolver o problema da fome e das outras necessidades humanas é responsabilidade de quem? Ao envolver os discípulos mostra que eles são corresponsáveis. A solução não pode ficar restrito a algumas pessoas, ou instituições, ou governos. Na verdade, cada um é responsável por todos e todos por cada um. Filipe diz que não tem dinheiro para comprar comida. Deu a entender que tendo dinheiro se resolve o problema da fome da humanidade. Outro discípulo, de nome André, vai em busca de alguém que tivesse comida e encontra um menino com cinco pães e dois peixes. Ele vai ao encontro das pessoas famintas e procura entre elas alguma saída. Vale o famoso adágio: “Ninguém é tão pobre que nada possa dar e ninguém é tão rico que não precise receber”. Foi a colaboração e o envolvimento dos necessitados que abriu o caminho a solução da fome. O menino deu início à partilha e à multiplicação. Na hora de partilhar as pessoas foram organizadas para que recebessem o alimento de modo digno e planejado. Uma nação com planejamento consegue incluir e repartir, e sem planejamento, somente os primeiros vão se fartar. É provocativa a seguinte ordem: “recolhei os pedaços que sobraram”. O que é desperdiçado fará falta para alguém. Estudos revelam a quantidade de alimentos que vão para o lixo. Infelizmente, desperdícios acontecem em todos os ambientes. O alimento jogado fora não me pertence, mas é de quem passa necessidade. Jesus Cristo envolveu os discípulos, a multidão faminta, ensinou a repartir e a não desperdiçar é reconhecido, somente por alguns, como “aquele que deve vir ao mundo”. Outros não aprenderam esta lição e preferiram ver em Jesus um mágico, alguém que substitui a responsabilidade, por isso Ele foge deles.

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Sueli Gehlen Frosi

Dom Rodolfo Luis Weber Pôr à prova

Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018 , Passo Fundo

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Mais de Paris

Deslocamo-nos em um ônibus cujo trajeto perfaz vários pontos turísticos de Paris, com o intuito de ter um mapa geral da cidade, que de tão enorme e diversa, necessita que se tenha uma visão total mais ou menos lógica. Como tenho tempo por aqui, a estratégia me agrada. Desembarcamos onde nos pareceu ser perto da Basílica Sacre Coeur. Só que nos pareceu perto, ou, para as dimensões de Paris, era perto mesmo. Caminhamos como nunca, minha Flavia e eu. O local é acidentado e provido de escadas e ladeiras quentes como bafejadas por lavas de vulcão, tal a canícula daquele ia. Enfim chegamos ao lugar, que de tão alto permitiu uma visão quase da cidade toda. De tudo que vi até agora o único prédio muito alto fica bem pertinho de onde a família da Flavia mora (Quartier Pasteur Montparnasse). Pois localizei-me dentre o mar de edificações de sete andares, que compõe o panorama parisiense. Pois, finalmente, adentramos à Basílica Du Sacre Coeur de Montmartre, uma construção católico-romana iniciada em 1815 e acabada em 1914. O templo estava quase às escuras e dentro dele milhares de turistas, não de fiéis, o que caracteriza as igrejas pelo mundo. Não conheço outras igrejas de Paris, mas essa provocou em mim algo que não esperava. Uma certa opressão tomou corpo em mim ao observar as figuras sacras que cobrem as paredes e os vitrais, por óbvio. A ostentação própria da época e da instituição me conduziram ao fato de que a Igreja era o Estado e hoje, mesmo em estados laicos, continua exercendo sua influência sobre as instituições. Assim como no Brasil, o estado laico sofre duras restrições. Aqui como lá, há pais que não querem escolas onde se trabalha gênero; querem escolas sem partido; aqui como lá, pensa-se que não há necessidade de educar para a prática do respeito ao outro, mas que basta doutrinar para que valores sejam introjetados sem crítica. Fiquei triste ao verificar, no primeiro mundo, o que eu acreditava ser prática terceiromundista. Peço-lhes desculpas por não enaltecer a beleza e as características do lugar. Isso é algo que não sei fazer, por ser fraca em história e em arquitetura. Mas estou proposta a contar sobre sensações e sentimentos, que é o que faço quando escrevo. O que senti ali é diferente de quando conheci a Torre Eiffel. Essa é um ícone cultural, inicialmente muito criticada por intelectuais, mas tornou-se útil para a radio difusão na segunda guerra mundial e para o turismo, que vê a torre como destino obrigatório em visita a Paris. Ela diz claramente a que veio e oferece o que turistas procuram. Todavia, para mim, funciona como a pirâmide no Louvre, que ainda não visitei. Ambas me causam uma certa estranheza, por parecerem algo fora do lugar. Ser á que sou tão insensível a ponto de não saber apreciar o que move o mundo turístico? Ou o quê? Mas o entorno, gente, é a coisa mais linda do mundo. Ver as fontes, os jardins, a imensa planície toda verde de árvores luxuosamente recortadas para parecerem jardins suspensos, crianças brincando em inúmeros espaços destinados a elas, pessoas expondo-se ao sol, cada uma do seu jeito, deitadas na grama, andando de patinetes, de bicicletas e a pé, muito. Como se caminha em Paris! Acho que por isso são magros, todos. Encontrei uma criança gordinha nas andanças por parquinhos, só uma. Também não vi crianças comendo bobagens, bebendo sucos doces, mas muitos comendo pão e bebendo água, muita água. E assim vou compilando experiências, observando, aprendendo e tentando transmitir o que nos faz iguais, o que nos diferencia, o que podemos copiar, o que se pode jogar fora de tão obsoleto. Estou encantada em poder fazer tudo isso sem a correria que o turismo nos impõe tradicionalmente. Os mais de dois meses que passamos na China deu-nos isso que vivo agora. Poder planejar com vagar o que fazer e o que ver, traz a tranquilidade para conhecer de verdade o que move a humanidade.

FUNDADOR Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) PRESIDENTE-EMÉRITO Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)

Au revoir!

É notícia na Diário Não perca a programação de fim de semana da Diário AM 570 e confira todas as informações da segurança pública e dos principais fatos. Ouça e acesse diariodamanha.com

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DATAS COMEMORATIVAS

28/07 Dia do Agricultor Dia da Identificação

Aulas da rede estadual retornam segunda-feira Este será o último fim de semana do recesso de inverno para os 900 mil estudantes das escolas estaduais. As aulas recomeçam nesta segunda-feira (30), nas 2.539 instituições de ensino do estado. O retorno dos mais de 64 mil professores e 21 mil funcionários que compõe a rede de ensino acontece no mesmo dia. As escolas, cuja integralização do ano letivo de 2017 avançou em 2018, devido à greve dos professores, já elaboraram calendários escolares diferenciados, que foram aprovados pelo Conselho Escolar e homologados pela respectiva Coordenadoria Regional de Educação e pela Secretaria da Educação (Seduc). Para aquelas escolas que o período do ano letivo anterior transcorreu normalmente, a previsão de encerramento do calendário 2018 é o dia 21 de dezembro. Na rede municipal, o retorno das aulas está previsto para o dia 1º de agosto.

Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto Editora Geral Nadja Hartmann

Diretora Comercial: Eliane Maria De Bortoli Editor: Édson Coltz - RP 17.059

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POLÍTICA

Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018 , Passo Fundo

DANIEL ROHRIG

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DIÁRIO DA MANHÃ -

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O retrato de uma juventude politizada Foto: Arquivo Pessoal

Na iminência das eleições 2018, Grupo Diário da Manhã ouviu lideranças jovens de movimentos ligados à política sobre o pleito que se aproxima e a percepção acerca da atuação da juventude nos diversos setores da sociedade

A

s estatísticas os contabilizam por meio de números, afinal, o Brasil concentra atualmente uma população estimada de 3,8 milhões de jovens entre 16 e 17 anos. Conforme o TSE, apenas 2 milhões estarão aptos a votar em outubro. Por trás destes dados, existem percepções, ideais, sonhos e militância. No discurso da juventude, o rótulo de não terem credibilidade perante a sociedade no âmbito das decisões e discussões de ideias prevalece. Na prática, muitos se dizem engajados e participam, efetivamente, de grupos com visões por vezes opostas, mas que em comum compartilham visões diferentes do Brasil que eles querem para o futuro. Às vésperas do início de mais um processo eleitoral, conheça o que pensa a juventude passo-fundense sobre o momento vivido pelas instituições políticas brasileiras.

Eduardo, que veste boné e camisa vermelha na foto, lidera um grupo de jovens que compõe a base da UJS em Passo Fundo

Esquerda acredita em nova organização política pós-eleições Os olhos de Eduardo Almeida, com 18 anos completos nesta semana, atentaram para a militância socialista durante o movimento de ocupação das escolas pelos alunos secundaristas, em todo o país, em 2016. Na época, com 15 anos apenas, resolveu escolher um lado e optou por defender uma educação de qualidade e melhores condições de ensino, segundo ele. O adolescente conta que sua formação política iniciou a partir dali e, hoje, se orgul ha em presidir o Grêmio Estudantil da Escola Estadual Adelino Pereira Simões, e também por estar à frente da presidência da União da Juventude Socialista (UJS) de Passo Fundo. O grupo é composto por cerca de 35 pessoas, do mesmo perfil de Eduardo, que não se encaixam no estereótipo de que jovem e política refletem em uma combinação heterogênea. O jovem se considera de esquerda, com o argumento de que o Estado deve ser direta-

mente responsabilizado pela desigualdade social impregnada no país. “Me considero de esquerda pois sou jovem, negro, venho de uma família sem grande poder aquisitivo. Então, ser de esquerda significa não concordar que o poder público se omita diante de pessoas que possuem muito e outras que não tem nem o que comer. A gente que é de esquerda não acha certo que uma criança nasça na periferia e tenha contato com armas e o mundo do crime, enquanto uma criança que nasce em condomínio de luxo tenha acesso às melhores escolas. Nós lutamos por um mundo de igualdade para todos e acreditamos que o Estado deve ser responsável para isso acontecer”, acredita. Questionado sobre sua percepção a respeito do atual momento vivido pelas instituições políticas brasileiras, Eduardo concorda que o desgaste provém da omissão, mas se diz crente na existência de bons

representantes. “A gente pode perceber que a política sofreu um grande desgaste nacionalmente. Por uma série de fatores, os brasileiros deixaram de acreditar que existem sim, pessoas boas na política, assim como em outros lugares. A política deve estar a serviço da população e não a serviço de grandes empresários, como a gente observa. Quando ela se omite, ela perde a credibilidade. Os partidos precisam clarear suas pautas, ideias e bandeiras e a eleição deste ano é o momento certo para isso”. O estudante do terceiro ano do ensino médio, que votará pela primeira vez para escolher o (a) presidente da república, vê turbulências na corrida eleitoral. “Eu acredito que vamos ter uma eleição muito difícil. Temos vários candidatos, e por ser um contexto assim, quem não tem voz na política enfrenta dificuldade em escolher. Então, vai ser preciso dialogar, pesquisar, quem melhor nos represente”.

Independente de quem vencer as eleições, o novo chefe de Estado brasileiro terá de resolver problemas complexos como o desgaste das instituições, a retomada do crescimento econômico, problemas relacionados à segurança pública, saúde e educação. Estes dois últimos itens devem receber atenção especial, conforme Eduardo. “O novo presidente do país vai precisar olhar para o povo urgentemente. Sem perder tempo com picuinhas e discursos de ódio. O investimento em questões fundamentais como educação e segurança devem nortear as ações do novo presidente. A tecnologia deve ser vista como oportunidade do país crescer, e, automaticamente, melhorar a qualidade de vida da população. O maior desafio mesmo, creio eu, vai ser a responsabilidade de trazer a nova organização política do país. Tirar o Brasil do mapa da fome e nos levar para o patamar de país de primeiro mundo”, en-

tende. Ainda no âmbito da reforma política, tão preconizada nas redes sociais e nos debates ideológicos, o estudante visualiza uma configuração com maior representatividade das minorias ao citar a integração de mais jovens e mulheres nas esferas de poder. “A reforma política deve contemplar a representatividade do povo nos espaços de poder, sobretudo das mulheres e jovens. E é justamente quem menos elege. Geralmente, quem vence uma eleição é quem tem mais poder aquisitivo. Agora, com o financiamento público de campanha, ao meu ver, a corrida eleitoral ficará mais equilibrada por conta dos valores pré-determinados. Os partidos menores conseguem competir de forma mais igual com os partidos grandes”, argumenta. Eduardo pretende seguir o movimento no futuro, já na faculdade, ao citar o desejo em cursar jornalismo no próximo ano.


POLÍTICA

4 - DIÁRIO DA MANHÃ

Os primeiros sinais de organização do Movimento Brasil Livre (MBL), em Passo Fundo, surgiram em meados de outubro do ano passado. As três letras ficaram conhecidas em todo o país em decorrência dos volumosos protestos a nível nacional contra a corrupção e, sobretudo, em favor do impeachment da ex-presidente, Dilma Rousseff (PT). A sigla não se configura como um partido político, mas mesmo assim, apresenta propostas que dizem respeito a políticas públicas, como por exemplo, a redução do Estado e o intervencionismo na economia, estímulo ao livre mercado e a iniciativa privada. Um dos precursores da difusão do MBL na cidade, Ricardo Schons Boller, engenheiro civil de 29 anos, define o movimento como de centro-direita, liberal no tocante a assuntos econômicos e conservador nos costumes. “Me considero de direita por acreditar que os principais valores de uma nação são a liberdade e a ordem, especialmente a liberdade política e econômica e a ordem social e moral. O conservador acredita que há uma ordem moral duradoura e transcendente, que, no caso do conservadorismo ocidental, é baseada na doutrina cristã e tem na religião e na família a sua base. O conservadorismo valoriza a diversidade típica do individualismo e rejeita a igualdade como um objetivo da política. O conservador entende que a igualdade político-jurídica é suficiente para garantir a igualdade necessária entre as pessoas”, define Ricardo acerca de sua ideologia, ao apontar que qualquer desigualdade material ou de resultado é consequência inevitável das diferenças naturais entre os indivíduos. O atual momento vivido pelas instituições políticas brasileiras é entendido por ele como grande jogo de interesses, em que o foco é a manutenção constante de poder. “Costumamos dizer que os políticos criam dificuldades para vender facilidades. Essas facilidades são entregues aos ‘amigos do rei’ pelos operadores que atuam em várias esferas do Estado. Quando falamos em instituições políticas queremos dizer leis, regras, políticas públicas e até mesmo normas informais que influenciam de al-

Foto: Arquivo Pessoal

Centro-direita e o fomento de novas vertentes políticas

Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018 , Passo Fundo

Semelhanças e distinções Dez anos separam Eduardo, estudante e militante socialista, de Ricardo, engenheiro civil e integrante do MBL. Apesar da nítida diferença de percepção e opiniões acerca da política, apresentada por ambos, a juventude é um dos principais aspectos em comum entre os dois. A partir de três temas que pautaram as rodas de conversa e as redes sociais nos últimos anos, confira o entendimento de cada um a respeito das pautas.

Operação Lava-jato “A UJS acredita que os corruptos, essencialmente os políticos, devem ser punidos de forma exemplar. Mas também, de forma imparcial e justa. Nenhum juiz está acima da lei e não devem ser tendenciosos. Que a lei prevaleça, no fim das contas”

Eduardo Almeida “Não creio que qualquer pessoa tenha o direito de ser contra investigações. Acredito que todos nós concordamos que houve roubo e desvios de dinheiro público, portanto, que seja investigado de todas as formas possíveis, afinal, quem não deve não teme. Uma vez apurados os culpados, que a lei seja cumprida para todos eles independente da sigla”.

Ricardo Schons Boller

Política e redes sociais

Ricardo Schons Boller (ao fundo) faz parte do MBL, em Passo Fundo, desde o ano passado

guma maneira o comportamento dos indivíduos. Devido ao fato do nosso sistema político ser estruturado para favorecer as trocas de favores, e não para atender a população, podemos facilmente concluir que nossas instituições políticas atuam meramente para manterem no poder aqueles que lá estão”, argumenta. Ricardo considera que a associação entre jovens e o desinteresse pela política é compreensível, visto os constantes escândalos nas diferentes esferas de poder da república. “Se o jovem tiver interesse, ele deve buscar o conhecimento político por conta própria, pois já está mais do que comprovado que a escola e a universidade não são lugares de de-

bate, e sim de consenso. Nada do que está acontecendo em nosso país hoje é surpresa, em alguns minutos de pesquisa é possível encontrarmos gente alertando para o buraco que estávamos caminhando há 20, 30 anos, porém, eram ignorados. Hoje, com o barco já afundado, temos uma grande oportunidade de dar ouvidos a quem nos alertou anteriormente”, frisa. O engenheiro civil aponta para a perda de credibilidade dos grandes partidos políticos junto ao eleitorado, tanto por fracasso de seus ideais políticos como por incompetência e corrupção. Em relação ao novo presidente da República, Ricardo entende que o futuro chefe de Estado terá de fomentar a economia por meio de parcerias de comércio internacionais, assim como a geração de emprego e renda. “Deve haver o total respeito e aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal em todos os âmbitos da federação. Também, a simplificação do sistema tributário para que toda população entenda o que e quanto está pagando. Na educação, a implementação do sistema de vouchers para ensino básico, fundamental, médio e superior, com valor igual para todos os alunos de cada nível. Na segurança pública, a integração dos sistemas de inteligência das Policias e Exército, assim como a privatização de presídios”, especifica.

“Com as mídias sociais, o papel político do cidadão ficou mais fácil de ser cumprido. Hoje podemos acompanhar nossos políticos diariamente em suas redes sociais, e saberemos como estão votando, se estão ou não nos representando de fato, o que ao longo do tempo irá expelir da política parasitas que nada agregam ao debate” .

Ricardo Schons Boller “As redes sociais se tornaram uma ferramenta muito importante e que permitem o fácil acesso aos candidatos. Para as candidaturas com menos dinheiro, por exemplo, as redes sociais são de fundamental importância para a difusão de ideias. Neste caso, é preciso tomar cuidado com as fakes news, que nesta eleição, devem estar em alta. Por isso, é importante checar a informação sempre antes de compartilhar” .

Eduardo Almeida

Reforma Política “Reforma estrutural completa no sistema, começando pelo número de políticos e seus ‘penduricalhos’. É consenso geral que nossos políticos desempenham um péssimo papel administrativo, mas, além disso, temos hoje por volta de 71 mil políticos em atividade no Brasil, e mais de 715 mil assessores não concursados somando câmaras municipais, estaduais, federal e senado” .

Ricardo Schons Boller “Deve contemplar a representatividade do povo nos espaços de poder, sobretudo das mulheres e jovens. E é justamente quem menos elege. Geralmente, quem vence uma eleição é quem tem mais poder aquisitivo. Agora, com o financiamento público de campanha, ao meu ver, a corrida eleitoral ficará mais equilibrada, pois os partidos menores conseguem competir de forma mais igual com os partidos grandes” .

Eduardo Almeida


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CIDADE

DIÁRIO DA MANHÃ -

Passo Fundo é o segundo no Estado que mais altera gênero em cartório Matheus Moraes

matheus@diariodamanha.com

Passo Fundo é a segunda cidade do Rio Grande do Sul que mais alterou nome e sexo de pessoas no registro de nascimento de transgêneros e transexuais, de acordo com levantamento da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio Grande do Sul (Arpen/RS). Com o intuito de reconhecer os transgêneros, independentemente de cirurgia de transgenitalização ou da realização de tratamentos hormonais, desde 15 de maio é possível realizar a substituição no Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais da cidade. Até a última quarta-feira (25), foram 21 pessoas que realizaram a mudança. A medida é possível desde a publicação do Provimento nº 21/2018, da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que padronizou os procedimentos nas serventias extrajudiciais do Estado, dando efetividade à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), emitida em março deste ano. No fim de junho, no entanto, o provimento nº 73, pela Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) padronizou o ato no resto do Brasil. Até então, em razão da ausência de normativa sobre os procedimentos a serem adotados, cabia a cada titular de cartório realizar ou não o ato, bem como indicar os documentos a serem solicitados ao cidadão. Em Passo Fundo, foram 11 alterações do sexo feminino para o masculino e 10 do sexo masculino ao feminino. O Rio Grande do Sul foi o segundo Esta-

Fernanda Gehlen Braga Roman

“Nós não tínhamos ideia da procura, que seria tão grande. Foi uma decisão inédita do STF. Não sabíamos que tantas pessoas teriam esse interesse”.

do brasileiro a normatizar a atuação dos cartórios diante da decisão do STF e a permitir a alteração independentemente de autorização judicial. O período de trâmite no Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais de Passo Fundo para a alteração varia de acordo com a

apresentação de todos os documentos exigidos pelo CNJ. A partir disso, eles são analisados. No dia posterior, o interessado ou interessada pode retirar a certidão retificada. A oficial designada do Registro Civil de Passo Fundo, Fernanda Gehlen Braga Roman, revela que o Cartório ficou surpreso com tamanha procura no município pela mudança. De acordo com ela, se tinha uma expectativa maior por uma busca pelo casamento homoafetivo, que foi regulamentado há mais tempo. “Nós não tínhamos ideia da procura, que seria tão grande. Foi uma decisão inédita do STF. Não sabíamos que tantas pessoas teriam esse interesse. Embora já tenhamos feito 21 alterações, continuamos sendo procurados. Com certeza terão mais”, afirma.

Exigências para fazer a mudança

Para realizar a alteração de nome e sexo, o (a) interessado (a) deve ser maior de 18 anos, se dirigir a qualquer um dos Cartórios de Registro Civil do Estado e preencher pessoalmente o requerimento de alteração, apresentando RG, CPF, título de eleitor, certidões de casamento e de nascimento dos filhos (caso houver) e comprovante de residência. Os transgêneros relativamente capazes – entre 16 e 17 anos de idade completos -, poderão efetuar o procedimento também, desde que estejam assistidos pelos pais, casos não forem emancipados. Também devem ser apresentadas certidões dos distribuidores cíveis e criminais da Justiça Estadual e Federal e da Justiça do Trabalho. Além disso, também são necessárias certidões dos cartórios de protesto para atestar que não há pendência financeira do requerente. Feita a alteração na certidão de nascimento, o cidadão deverá providenciar a mudança do nome e gênero nos demais documentos junto aos respectivos órgãos emissores. Uma nova alteração do nome e/ou sexo somente será possível via judicial.

Arpen/RS

A Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio Grande do Sul (Arpen/RS) é a entidade representativa dos 409 Cartórios de Registro Civil do Estado, presentes em todos os municípios do Rio Grande do Sul, realizando os principais atos da vida de uma pessoa: nascimento, casamento e óbito. A sede da Arpen/RS está localizada em Porto Alegre.

Foto: Arquivo / DM

Desde a abertura da possibilidade, em maio, foram 21 pessoas que mudaram de nome e sexo no registro de nascimento. Cartório de Registro Civil esperava maior procura pelo casamento homoafetivo, o que não ocorreu

Desde 15 de maio é possível realizar a substituição de nome e sexo no Cartório de Registro Civil

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6 - DIÁRIO DA MANHÃ

Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018 , Passo Fundo


Bella Revista

Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018 , Passo Fundo

Projeto Brasil Sem Frestas

Lurdes De Conto

7 SOCIAL

Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018

O próximo mês promete ser repleto de novidades e eventos no Bella Città Shopping Center. No dia 5 de agosto acontece mais um sorteio da promoção “20 anos, novas histórias”. Na data, os destinos sorteados são para João Pessoa, na Paraíba e Vitória, no Espírito Santo. Após o sorteio tem “Happy Hour especial de 20 anos” com o cantor Eliezer Aires Machado. A partir do dia 17 o Bella Città se torna palco da XIV edição do Festival Internacional de Folclore. A programação que segue até o dia 25 de agosto inclui apresentações artísticas, além de oficinas de dança e conversação. Dia 25 também acontece mais uma edição do Mc Dia Feliz 2018, conhecido internacionalmente por financiar projetos pela cura do câncer infantojuvenil. Na data, diversas apresentações artísticas vão movimentar a Praça de Alimentação do 2º andar do Shopping. Os tíquetes de big Mac já estão sendo vendidos antecipadamente por R$ 16,50 na Liga Feminina de Combate ao Câncer e no CACC. Todo mundo está convidado para curtir e aproveitar esse mês muito especial!

Brechó Solidário!!!

A caminho do Altar!!!!

O casal Vanessa Secco e Diego Machado, realizaram chá de revelação para brindar a chegada do filho Vitor Hugo em clima de muita expectativa com a espera desse presente de Deus. Que seja muito abençoado e venha com muita saúde para felicidade dos papais e familiares. Os jovens Victoria Alberton e Bruno Nascimento, entre juras de amor eterno, o SIM foi sonoro em seus corações, trocaram alianças de noivado em clima super romântico no Terraço Itália em São Paulo. O pedido do noivo foi como manda o figurino com braçadas de rosas vermelhas. Parabéns sejam felizes para sempre.

Com a palavra...

REITOR DA Universidade de Passo Fundo José Carlos Carles de Souza

Vivemos situações que realmente nos despertam a olhar o “Outro” com um olhar de carinho, se os tempos estão difíceis por outro lado temos gente arregaçando as mangas e indo a luta em prol dos menos privilegiados. Um bom exemplo disso é o brechó solidário que foi SÓ AMOR! Paula Scorsato entregou o valor arrecadado para a Bruna Breitenbach do Programa Egrégora! em apoio as casas de acolhimento de Passo Fundo! Agradeço do fundo do meu coração para todos que compareceram e ajudaram esta causa! No Estúdio de Danças Jorge Rios.

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Bebê a Bordo!!!!

Lurdes De Conto Agosto especial no Bella Città

BRASIL SEM FRESTAS agora com DIÁRIO DA MANHÃ placas pré fabricados para revestimento do teto e paredes com chapas de embalagens Tetra Pak, adaptada para o verão e para o inverno. Este é um projeto que vem diminuindo o frio em moradias onde chuva e vento entram pelas frestas. A equipe de voluntárias que tem entre elas a nossa querida Maria Luisa Camozzato, foram alvo de comentários pela relevância do Projeto através da rede Globo com o Programa Estrelas Solidárias da apresentadora Angélica.Parabéns a todos os envolvidos pois esta gente faz sucesso sem fazer barulho... É um Orgulho para todos nós.

Na foto um momento lindo em que a reitora eleita Bernardete Dalmolin entrega uma obra de arte ao Reitor que deixa o cargo em agradecimento a jornada trilhada juntos em prol da Instituição.

Brechó Closet 501!!!!

No sábado ultimo, as jovens que se lançaram com propriedade no mundo da Moda “politicamente corretas” Ana Carolina Portillo e Gutta Galbinski trouxeram o mais novo brechó de Porto Alegre, o Closet 501 para Passo Fundo. Esta “second hand store” é uma proposta para inovar no ramo dos brechós, trazendo muita roupa de qualidade, com muita informação de moda. Alem de muitas roupas maravilhosas o evento contou com musica ao vivo, food truck e cerveja artesanal. A localização foi na Rua Fagundes dos Reis- 1299. Comentários apontaram para muita roupa legal e lindas e cheias de estilos, muitos vestidos maravilhosos de festa desfilaram as araras ...

“Encerrei no dia 20/07, a minha segunda gestão como Reitor da Universidade de Passo Fundo. Foram oito anos de intenso e produtivo trabalho, permeado por muitas conquistas institucionais. Agradeço, de modo especial, a cada colaborador e a comunidade universitária que bem compreendeu os propósitos das duas gestões que liderei, juntamente com os meus colegas vice-reitores. Todos vocês brilharam tanto quanto a UPF. Deixo o cargo de Reitor, honrado pela oportunidade, gratificado pelos resultados e muito feliz e com a agradável sensação do dever cumprido. Continuarei comprometido com a nossa Universidade, pois Somos todos UPF. Fraterno abraço a todos”.


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Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018

8 - DIÁRIO DA MANHÃ

Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018 , Passo Fundo

O Mundo em nossa Escola Rodrigo Borba Advogado - Sócio no escritório Borba & Dadia Advogados Associados – OAB/RS 5.448

RECOLHER OU NÃO A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL?

Mais uma etapa do projeto O Mundo em nossa Escola finalizada. Além de desenvolver competências pedagógicas na área social, intelectual, política e cultural, enriquecemos as aulas através de pesquisa em diversas fontes. Os alunos do 4º e do 5º ano, simularam os resultados das partidas de futebol da Copa de Mundo em forma de bolão. A disputa foi acirrada até os últimos jogos . A aluna Juliana Vidal ficou em primeiro lugar, a aluna Maria Eduarda Biavati Nunes em segundo lugar e em terceiro o aluno José Mario Ribeiro Vieiro.

As matrículas estão abertas!

A nova sede está localizada na Rua Albino Lazzaretti, nº 55, no bairro São Cristóvão.

(54) 3632-4090

Por 6 votos a 3, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5794, que é constitucional a lei 13.467/17 que alterou os artigos 545, 578, 579, 582, 583, 587 e 602 da CLT, que tratava da contribuição sindical, mantendo o texto original. Em recente decisão o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região tinha entendido pelo recolhimento dos valores e a inconstitucionalidade da nova lei, em resumo, o Desembargador reconheceu a necessidade de uma lei complementar e não uma lei ordinária para alterar os referidos artigos. Vejamos o que diz o voto no processo 00210.58.96.2018.504.0000: O Sindicato impetrante pretende a manutenção da obrigatoriedade do desconto e repasse da contribuição sindical, com o reconhecimento da inconstitucionalidade das alterações promovidas pela Lei 13.467/2017. Sustenta que a contribuição sindical é essencial para assegurar o exercício de suas atividades assistenciais, sendo sua principal fonte de custeio. Discorre sobre a inconstitucionalidade das alterações legislativas promovidas, sustentando que a contribuição sindical é um tributo e, portanto, não poderia ser alterada por lei ordinária. Afirma que o Superior Tribunal de Justiça consolidou o entendimento de que as contribuições sindicais possuem natureza parafiscal, cabendo à Lei Complementar dispor sobre a matéria. Postula a concessão da medida liminar, pois presentes o periculum in mora e o fumus boni iuris. Analiso. Com o advento da Lei nº 13.467/2017, que introduziu a Reforma Trabalhista, foram alterados os dispositivos que tratam da contribuição sindical (artigos 545, 578, 579, 582, 583, 587 e 602 da CLT), passando-se a exigir autorização prévia e expressa dos integrantes da categoria para seu recolhimento, com claro intuito de tornar facultativa dita contribuição. No entanto, dada a natureza tributária da contribuição sindical, conforme dispõem os artigos 149 da Constituição e 3º do Código Tributário Nacional, eventual alteração quanto ao seu regramento deve observar o disposto no artigo 146, II e III da Constituição, que exige a edição de lei complementar para regular as limitações ao poder de tributar e para dispor sobre normas gerais em matéria tributária. A retirada do caráter compulsório de uma obrigação tributária, transformando-a em faculdade do sujeito passivo, implica em descaracterização da natureza de uma contribuição social, cujas características exigem abordagem da legislação complementar, e não mera lei ordinária, (...). DEFIRO A LIMINAR para determinar que a litisconsorte realize o desconto e repasse à entidade sindical, de um dia de trabalho de todos os trabalhadores, a contar do mês de março/2018, bem como dos trabalhadores admitidos após o mês de março, nos termos do art. 602 da CLT. Comunique-se, de imediato, a 1ª Vara do Trabalho de (...) decisão. Oficie-se à autoridade apontada como coatora para que preste informações, na forma e no prazo da lei (artigo 7º, I, da Lei 12.016/2009). Intime-se o impetrante, por seu procurador, da decisão. (...) Entretanto, com a recente decisão do STF, o Tribunal da 4ª Região, mudou seu entendimento, e por maioria seguiu a Corte Superior. Colaciona-se o novo julgado: (...) O Sindicato impetrante pretende a manutenção da obrigatoriedade do desconto e repasse da contribuição sindical, com o reconhecimento da inconstitucionalidade das alterações promovidas pela Lei 13.467/2017. Sustenta que a contribuição sindical é essencial para assegurar o exercício de suas atividades assistenciais, sendo sua principal fonte de custeio. Discorre sobre a inconstitucionalidade das alterações legislativas promovidas, sustentando que a contribuição sindical é um tributo e, portanto, não poderia ser alterada por lei ordinária. Afirma que o Superior Tribunal de Justiça consolidou o entendimento de que as contribuições sindicais possuem natureza parafiscal, cabendo à Lei Complementar dispor sobre a matéria. Sustentando presentes o periculum in mora e o fumus boni iuris, requer a concessão de liminar para “proceder o desconto do valor equivalente a um dia de salário, tendo por base a folha de março de 2018, ou devido a data efetiva da citação no mês subsequente, mesmo que não tenha havido autorização individual, mediante guia de depósito, bem como que recolha em Guia de Recolhimento de Contribuição Sindical, no prazo dos arts. 582 e 583da CLT, sob as penas do artigo 600 da CLT; Alternativamente que seja depositado em juízo o valor até decisão final”, com o deferimento da segurança ao final. A litisconsorte interpõe agravo regimental alegando que a Lei nº 13.467/2017 alterou os dispositivos que tratam da contribuição sindical (artigos 545, 578, 579, 582, 583, 587 e 602 da CLT), passando-se a exigir autorização prévia e expressa dos integrantes da categoria para seu recolhimento, retirando, assim, a obrigação da empresa em recolher ou repassar tal tributo.(...). No entanto, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em 29/06/2018, por 6 votos a 3, declarar a constitucionalidade da Lei da Reforma Trabalhista no ponto em que extinguiu a obrigatoriedade da contribuição sindical, conforme julgamento na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5794, em outras 18 ADIs ajuizadas contra a nova regra e na Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 55, que buscava o reconhecimento da validade da mudança na legislação, todas elas decididas de forma conjunta. Portanto, a partir dessa decisão, a contribuição sindical passou a ser facultativa, o que exige prova de autorização por parte dos trabalhadores para o correspondente desconto. No caso dos autos, inexistindo prova de que houve autorização dos empregados empregados da litisconsorte por meio de assembleia junto à categoria representada pelo Sindicato impetrante, apenas algumas autorizações individuais, reconsidero a decisão monocrática proferida. Em conclusão, dou provimento ao agravo regimental interposto pela litisconsorte, revogando a liminar antes deferida, e denego a segurança. (...) Contudo, após a decisão do STF sobre o tema, declarando o texto da reforma constitucionalidade, as empresas já podem, através da autorização prévia e expressa dos seus empregados, efetuarem o desconto.


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Santiago

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Quem passa alguns dias na capital chilena se impressiona com esse pequeno tesouro na América do Sul. Menos explorada e conhecida do que deveria, Santiago é um misto da história vivida com a modernidade de um país de primeiro mundo. Nós nos surpreendemos com a limpeza e a organização da capital. Os chilenos são muitíssimo educados e prestativos. Bem-humorados, sabem explorar muito bem o que de melhor o país tem a oferecer. As belezas do país são imensas, a capital Santiago fica numa região central. Quente no verão e fria no inverno, a facilidade de Santiago é estar estrategicamente a poucas horas das praias e, ao mesmo tempo, das estações de esqui. Quem quer conhecer o essencial não pode deixar de visitar o centro, onde está a Plaza de Armas, que sempre tem artistas de rua e apresentações culturais. Na frente dessa praça, está a Catedral Metropolitana de Santiago, a obra cristã mais importante na cidade e o Museu Histórico Nacional, que tem entrada gratuita. Depois de conhecer a praça, ande pelo Paseo Ahumada e vá até o Palácio de La Moneda, a sede da presidência chilena. Com mais de seis milhões de habitantes e todas as facilidades de uma cidade grande, o lugar se destaca pela gastronomia variada, rica em frutos do mar, opções para compras, cultivo de uvas, construções históricas e metrô de excelente qualidade. Os Andes, sempre ao fundo, tornam ainda mais mágicos os momentos vividos por lá. Não se esqueça de tomar bastante suco de framboesa e... bom passeio!

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Massagem com pedras quentes A massagem com pedras quentes consiste em aplicar a termoterapia. Nela, as pedras são veículos para que as temperaturas quente e fria sejam aplicadas alternadamente ou ao mesmo tempo no corpo, promovendo a saúde. A variação térmica aumenta os fluxos de sangue, linfa (sistema linfático) e outros fluidos de uma forma mais intensa do que aquela usando uma só temperatura por vez. Pedras quentes é uma variação da massagem terapêutica clássica. Pedras achatadas e lisas são aquecidas a uma temperatura agradável ao corpo e colocadas sobre pontos específicos do corpo. Outra vantagem da massagem com pedras quentes é permitir que o terapeuta atue de maneira mais profunda, porém, com pressão menor. A massagem com pedras quentes pode ser um complemento de tratamento para os seguintes problemas: dores nas costas, má circulação, osteoartrite e dor nas articulações, estresse, ansiedade e tensão muscular, insônia e depressão.

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Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018 , Passo Fundo

SEGURANÇA

Brigada Militar realiza prisão e apreensão de foragidos Um dos abordados é um adolescente de 16 anos Uma guarnição da Brigada Militar efetuou a recaptura de um foragido da Justiça no bairro Bom Jesus. A viatura realizava patrulhamento de rotina na localidade, na noite de quinta-feira (26), quando avistou o suspeito aproximadamente às 22h30min na Rua Franciso Maciel. Durante a identificação do homem de 57 anos, morador do bairro Roselândia, os po-

liciais militares constataram que ele respondia a um mandado de prisão cível. Ele foi então levado à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento para a lavratura do registro, e então foi entregue à casa prisional. Horas depois, por volta das 4h, outra viatura também em patrulhamento de rotina, avistou um jovem que circulava pelo bairro Petrópolis, na

Rua Morom. Suspeitando do indivíduo, os policiais militares realizaram a abordagem. O suspeito, um adolescente de 16 anos, respondia a um mandado de apreensão, expedido pelo Juizado da Infância e Juventude. A guarnição informou a avó do indivíduo do fato, e então o adolescente foi levado à DPPA para registro da ocorrência.

Homem morre após acidente com motocicleta Faleceu no Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo um homem de 29 anos, vítima de um traumatismo craniano, após um acidente de trânsito. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento por seu irmão, que informou também que ele estava internado no hospital há

oito dias, data em que a vítima se envolveu em um acidente quando conduzia sua motocicleta nas proximidades de sua casa, no município de Cerro Grande, a cerca de 150 km de Passo Fundo. Na delegacia, o irmão da vítima relatou que o acidente teria ocorrido no dia 19 de julho, e que

não teria realizado o registro da ocorrência no dia em que aconteceu. Ele também contou que a vítima estava conduzindo a sua motocicleta sem capacete e, quando retornava para casa, teria perdido o controle e caído no chão, há aproximadamente 600 metros de seu destino. A morte foi registrada na sexta-feira (27).

Dupla é presa com cocaína A guarnição de serviço da Brigada Militar do 3º Esquadrão de Marau com apoio da guarnição de Gentil realizou abordagens a vários indivíduos nas proximidades da rótula sul de Marau, na avenida Barão do Rio Branco. Após buscas a guarnição localizou na entrada de uma revenda de veículo uma meia com 10 buchas de cocaína, pesando 10,7 gramas. Através das câmeras de monitoramento do projeto Olho Vivo foi possível identificar os indivíduos que jogaram a meia na revenda ao avistar a aproximação da Brigada Militar. Diante do fato foi dado voz de prisão, os suspeitos, um

Foto Divulgação / Vang.fm

Câmeras de monitoramento de Marau flagraram quando os suspeitos tentaram descartar a droga

Acusados foram recolhidos ao presídio de Passo Fundo de 27 anos e outro de 26, foram encaminhados ao Hospital Cristo Redentor para exames de lesões e posteriormente encaminhados com a droga apreendida à Delegacia de Polícia Civil de Marau

para registro. Após os procedimentos legais, foi lavrado o auto de prisão em flagrante e recolhidos ao Presídio Regional de Passo Fundo. A prisão ocorreu na noite de quinta-feira (26).

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Ação policial prende homens ligados à facção Prisões foram efetuadas pela Polícia Civil e Brigada Militar na região Dois homens integrantes da facção “Os bala na cara” foram presos pela Polícia Civil e Brigada Militar em ação desencadeada em duas cidades da região Norte e Vale do Taquari. Um homem de 23 anos foi localizado em sua residência, em Arvorezinha, sendo que outro foi detido na cidade de Encantado e, segundo as investigações era o líder do grupo na região de Arvorezinha. Os dois indivíduos presos tinham mandado de prisão expedido em razão da participação em crimes de

homicídio, organização criminosa e tráfico de entorpecentes. Após os procedimentos legais, ambos foram encaminhados para o Presídio Estadual de Guaporé onde permanecem a disposição da justiça. A ação, quinta-feira (26), foi coordenada pelo Delegado de Polícia Regional, Jader Ribeiro Duarte, e pelo Capitão da Brigada Militar, Ricardo Machado da Silva. Também contou com o apoio do Delegado de Polícia, Márcio Marodin, e de policiais de toda a região policial de Soledade, Brigada Militar de Arvorezinha, Encantado e de municípios da região.


GERAL POLÍCIA EDUCAÇÃO

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Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018 , Passo Fundo

www.diariodamanha.com DIÁRIO PASSO FUNDO redacao@diariodamanha.com - (54) 3316.4800 DIÁRIO CARAZINHO redacao.carazinho@diariodamanha.com - 54.3329.9666 DIÁRIO FM - 98.7MHz diariofm@diariodamanha.com - 54.3311.1309 DIÁRIO AM - 570KHz diarioam570@diariodamanha.com - 54.3311.7756 DIÁRIO AM CARAZINHO - 780KHz diarioam780@diariodamanha.com - 54.3331.2422

DM

Sábado e Domingo, 28 e 29/06/2018

PREVISÃO PARA HOJE PASSO FUNDO

13ºC Mínima

CARAZINHO

22ºC Máxima

LUAS Nascente: 6h50min Poente: 18h30min

14ºC

Mínima

Minguante 06/07

PORTO ALEGRE

22ºC Máxima

Nova 12/07

13ºC Mínima

Crescente 19/07

21ºC Máxima

Cheia 27/07

Bloqueios de ruas na São Cristóvão Devido a serviços da RGE, a Secretaria de Segurança Pública, através da Guarda Municipal de Trânsito, informa que neste domingo (29), das 7h às 15h, haverá bloqueios em algumas ruas do bairro São Cristóvão. Será realizada a troca de postes e cabos de média tensão.Haverá falta de energia no trecho e nas proximidades da obra. Para a realização da obra será preciso interromper o fluxo de veículos na avenida Presidente Vargas, entre as ruas Da Brigada e R. Camilo Ribeiro.

EC Passo Fundo: dúvida na dívida Enquanto tem o departamento de futebol fechado e não conta com uma diretoria composta, Tricolor amarga dividendos superiores a R$ 1 milhão. Motivos aquecem polêmica no Estádio Vermelhão da Serra kleiton@diariocamanha.com

Hoje fechado e sem receber jogos profissionais, o Estádio Vermelhão da Serra, é palco de uma polêmica. Fora das atividades desde que o time foi desclassificado da Divisão de Acesso, em maio, o Esporte Clube Passo Fundo vive um momento de incertezas. A primeira é relativa à direção, pois o Tricolor está há mais de um mês sem presidente. A segunda dúvida vem da dívida acumulada, que alcançaria a cifra de R$ 1,2 milhão. A dívida, aliás, vem sendo motivo de debates seguidos nas reuniões semanais do Conselho Deliberativo do clube – hoje dirigido pelo presidente, Luiz Valério, desde que a gestão de Evandro Zambonatto foi encerrada, em meio ao mês de junho. Apontada inicialmente em alguns milhares de reais, teria crescido e chegaria, agora, a R$ 1,2 milhão. Conforme o conselheiro Moisés Alves, tal questão foi determinante para que uma chapa não assumisse o clube na última quinta-feira (26). “Nós temos uma chapa com-

posta por pessoas que amam e querem o bem do Passo Fundo. Ocorre que existem incertezas com relação aos acertos financeiros feitos pela gestão passada. Por isso, postergamos qualquer ação” disse. No momento, uma comissão de ex-dirigentes foi montada para angariar fundos e quitar os valores mais urgentes. Nas contas de Alves, a dívida atual é espantosa. Na 1a Divisão de 2017, cada clube recebeu da federação R$ 1,2 milhão. Também, conforme o conselheiro, o Passo Fundo estava no Profut e contava com aportes de patrocinadores e também da renda em jogos. No total, o valor arrecadado seria de quase R$ 2 milhões apenas no ano passado. Vice-presidente de futebol entre 2011 e 2014, Alves lamenta a situação do clube. “Eu até já estava fazendo um planejamento para disputar a Copinha. Mas a situação é caótica, com jogadores que saíram sem acertos financeiros, os funcionários não recebem há três meses. Ao ver esse cenário, iniciamos um trabalho de buscas por recursos. No primeiro momento, a ideia é quitar as dívidas com joga-

Fotos Kleiton Vasconcellos/ DM

Kleiton Venhofen Vasconcellos

Planos

Além da questão financeira, Moisés Alves projeta que a chapa também deva, em alguns meses, voltar as atenções para o futebol. “Temos muitos contatos no mundo da bola e, se tivermos as dívidas quitadas, poderemos montar um grande time para a Divisão de Acesso 2019. Nossa meta é começar a traçar o departamento de futebol no mês de novembro” encerra.

Gestão anterior

Moisés Alves aponta o novo projeto do Vermelhão, que seria um aporte financeiro ao clube dores e funcionários de 2018, o que chegaria a R$ 150 mil. Ainda segundo o conselheiro, a dívida total de R$ 1,2 milhão soma também encargos trabalhistas, gastos com fornecedores e contas variadas. “Não temos maiores explicações sobre onde foi parar o dinheiro. Para mim, é claro que faltou gestão” completa. Como a dívida vem crescendo, o novo planejamento incluiria desenvolver projetos de reforma no Estádio Vermelhão da Serra, com aporte financeiro a partir de venda ou permuta do grandioso terreno localizado em frente a Avenida Presidente Vargas.

Evandro Zambonatto diz que a dívida veio de outras gestões e tentou mudar o quadro do Tricolor

Procurado pela reportagem, o ex-presidente Evandro Zambonatto fez uma manifestação inicial. “Eu não tenho me pronunciado, mas tenho contraponto. Estou preparando um documento que aponta dívidas anteriores à minha gestão. Vamos jogar limpo, com prestação de contas e balanço financeiro dos dois anos” disse. Preliminarmente, Zambonatto afirmou que a dívida de R$ 1 milhão é composta por Refis ainda do 14 de Julho. “Tínhamos um orçamento de renda de R$ 200 mil, mas só entraram R$ 36 mil. A arrecadação com patrocínio foi pequena e nosso plano de sócios teve a adesão de 52 pessoas. Outro ponto: o custo mensal era de R$ 150 mil em quatro meses e não arrecadamos metade disso. Tudo o que foi recebido da federação foi aplicado na folha salarial. Não tive incremento de receita e ainda paguei dívidas trabalhistas. Outras contas paguei do meu bolso. É a situação normal de qualquer clube de futebol, tentei mudar, mas não consegui” finalizou o ex-presidente.


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Protocolo de atendimento para casos graves de gripe é mantido

PASSO FUNDO - CARAZINHO

Anderson Favero

redacao.carazinho@diariodamanha.com

Matheus Moraes

matheus@diariodamanha.com

É nesta época do ano que os casos de gripe se sobressaem em número de registros, sobretudo, na região Sul do Brasil, mas os protocolos de saúde adotados pelas instituições médicas para o atendimento de pacientes acometidos pelo vírus, que pode ser fatal, são mantidos e atualizados ao longo de todo o ano. No Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, por exemplo, os procedimentos são padronizados e seguem orientações de organismos federais, como o Mistério da Saúde, orientando, entre outras questões, medidas preventivas como o isolamento. Em Carazinho, o Hospital de Caridade reiterou que o setor de emergência, onde os pacientes dão entrada, está preparado para receber todo tipo de suspeita de gripe durante os doze meses do ano. Esse atendimento é ressaltado pela gerente assistencial do HCC, Aline Vanessa de Ávila. “Na emergência do hospital, primeiramente, fazemos a classificação de risco e, quando há a suspeita de que se trata de uma gripe H1N1, por exemplo, realizamos alguns exames e posteriormente encaminhamos à Secretaria de Saúde do município que, por sua vez, conduz o exame para um laboratório especializado em Porto Alegre”, explica. A partir daí, segundo Aline, o exame pode demorar mais de uma semana até retornar ao município. Nesse período, o Hospital já inicia o tratamento com medicação antiviral. Nas situações em que a suspeita é confirmada, é acionada a Comissão de Controle de Infecções Hospitalar (CCIH), que estabelece outros parâmetros para atendimento: “A CCIH irá organizar um protocolo de atendimento com base nas especificidades do caso. Primeiramente, o paciente será levado a uma área isolada e os funcionários do hospital que necessitarem ter contato com ele, médicos, enfermeiros, funcionários da copa e da limpeza, tomarão algumas precauções, como por exemplo o uso de equipamentos de proteção individual (EPI’s), além da vacinação contra a gripe, que está sempre em dia entre os profissionais ligados à saúde”, comenta. A farmacêutica do Serviço de Controle e Infecção do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, Lidiane Pagnussat, explica que o protocolo de atendimento da instituição é atualizado anualmente e existe desde 2012. As atualizações são baseadas em normas

Foto: Matheus Moraes / DM

Hospitais da região mantêm comissões de Controle de Infecções e seguem orientações padronizadas pelo Ministério da Saúde para conduzir o tratamento de pacientes com suspeitas de H1N1 e H3N2

Quatro mil doses já estão à disposição em Passo Fundo

Utilização de álcool gel é uma das principais orientações de cuidados contra a gripe A do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado. “O paciente que precisa de internação hospitalar e tem alguma suspeita, não só confirmação, o protocolo descreve desde o tratamento. Orienta as medidas preventivas, que deve ficar num leito de isolamen-

to com precaução padrão. Os pacientes também tem que evitar circulação. Eles ficam num quarto restrito, sem ter acesso a outros locais, apenas em necessidade urgente. Se o quadro é muito grave, geralmente não fica muito tempo internado”, declara.

Passo Fundo já conta com mais quatro mil doses da vacina contra a gripe nos cinco CAIS da cidade (Boqueirão, Hípica, Petrópolis, São Cristóvão e Vila Luíza) desde a última sexta-feira (27). O novo lote foi repassado por outra coordenadoria, visto que o lote da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) já havia se esgotado e não havia previsão de novas doses. No entanto, por ter sobrado unidades em outra região, elas foram encaminhadas para Passo Fundo. Na última semana, o lote inicial havia se esgotado na segunda-feira. “Não tínhamos mais para receber, agora temos essas doses extras. Estão nos cinco cais, é importante ressaltar a questão da importância da vacina, além da higiene básica para poder cuidar, porque também pode prevenir a doença”, completa Marisa. Ao todo, foram 800 doses encaminhadas para cada CAIS.

Entenda

Dois óbitos e novo caso confirmado de H1N1 em Passo Fundo Em Passo Fundo já foram registrados dois óbitos por H1N1 no mês de julho. Além disso, outro caso de H1N1 foi confirmado na cidade, na quarta-feira (25), sendo uma criança de seis anos que estava internada em uma unidade hospitalar. Os dois casos fatais foram de um homem de 69 anos e uma mulher de 77 anos, que não estavam vacinados. A coordenadora da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Passo Fundo, Marisa Zanatta, afirma que apesar dos dois casos, a situação não é alarmante no município, embora exista a preocupação de todo ano, principalmente no inverno. “É preocupante, mas está dentro do esperado. Esses casos de óbitos foram de pessoas que deveriam ter se vacinado. A chance de ter

complicações, por estarem num grupo de risco, sem vacina, é grande”, afirma. Ela lembra que os dados do ano passado seguem superiores aos desse ano em nível estadual. Na semana 29, em 2017, foram 411 casos, além de 44 óbitos até esse período. Neste ano, foram registrados 302 casos confirmados 32 óbitos no Rio Grande do Sul. “É um pouco menos que o ano passado. Claro em Passo Fundo não teve óbito no ano passado, mas é difícil não ter algum. Caso de morte acontece todo ano, não apenas nesse período. A gripe é uma doença que pode levar a óbito”, relata. Até o último levantamento do boletim da Secretaria de Saúde do Estado, Passo Fundo registrou 19 casos da gripe, incluindo diferentes subtipos, neste ano.

Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. Já os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais. O vírus influenza A é responsável pelas grandes pandemias e recebe o nome de gripe suína, entre eles encontramos os subtipos H1N1 e H3N2, que atualmente circulam em humanos. O H1N1 foi identificado na Califórnia em 2009, já o H3N2 em Hong Kong no ano de 2014. O vírus Influenza B é o vírus responsável pela gripe comum.

Orientações De modo geral, Aline reforça a importância da população manter os cuidados básicos com a higiene pessoal, sobretudo nesse período do ano em que os casos mais severos de gripe tendem a se manifestar com mais frequência. “A indicação é para que as pessoas sempre lavem as mãos e, quando estiverem em ambientes com a presença de muita gente, deixem as janelas abertas para haver maior circulação de ar. Ressalto, ainda, que quando surgirem sintomas como febre mais alta, dor de gargan-

ta e tosses intensas se dirijam às unidades de saúde dos bairros e à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Ao hospital, cabe o atendimento de casos de gripes mais graves”, cita. Além da vacinação contra a gripe, a coordenadora de Passo Fundo relata a importância de outras medidas para prevenir a influenza. De acordo com Marisa, é importante manter as mãos limpas e realizar a lavagem após passar por locais públicos, utilizar álcool gel, não ficar em ambientes com

muitas aglomerações, procurar ventilação de ambientes fechados. Outra questão importante abordada por ela é quanto aos cuidados no momento do espirro ou da tosse, para lavar imediatamente as mãos ou utilizar papel descartável. “São cuidados básicos que todos nós podemos fazer e muitas vezes não fazemos porque estamos só com a vacina, o que já acham que é garantido. Diminui em 50% a chance, mas é preciso ter cuidados”, finaliza Marisa Zanatta.


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REGIÃO

Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018

Passo Fundo Carazinho

Superando obstáculos Édson Coltz

redacao@diariodamanha.com.br

Rebecca Mistura

rebecca@diariodamanha.com

O equilíbrio da vida pessoal e profissional é uma busca constante para quem procura o sucesso. Assim, é preciso encontrar um meio de alcançar esse objetivo através do entendimento da capacidade emocional, caminho defendido pela prática do coaching. O método foca no aprimoramento de habilidades para que seja possível evoluir em uma ou diversas áreas da vida, eliminando obstáculos criados pela própria insegurança. Mirando esse desenvolvimento pessoal, a Godois Coaching, empresa especializada em inteligência emocional, vai desenvolver em Passo Fundo, entre os dias 04 e 05 de agosto, o Seminário de Inteligência

Foto: Jaqueline Anhaya Fotografia

Por meio da inteligência emocional, a Godois Coaching possibilita equilibrar as diferentes esferas da vida

Os benefícios do treinamento “A inteligência emocional é capaz de conduzir os participantes a eliminarem os obstáculos emocionais que os impedem de alcançar objetivos”, é o que afirma o coach Geovane Godois sobre a prática. Na vida pessoal, a busca é pelo auto controle e equilíbrio emocional, a reprogramação de crenças limitantes que impedem o crescimento, a restauração de relacionamentos e o fortalecimento da autoestima. Lidando com os bloqueios que a insegurança impõe na mente, o coaching ajuda a transformar os espaços da vida cotidiana. O estímulo à inteligência emocional também impacta a vida profissional, por meio da realização A Godois Coaching já impactou mais de cinco mil pessoas em todo o país através de palestras abertas de metas e objetivos, o fortalecie cursos de coaching de alta performance. Na foto, o coach Geovane Godois e um dos eventos mento da capacidade de liderança, melhora da flexibilidade e otimismo, tudo isso agregado ao desenEmocional. O treinamento em uma imersão para mevolvimento daqueles que têm foco na área empresarial, fortalecendo visa beneficiar esferas da lhorar a produtividade, as a capacidade de gestão, mirando na solução e não nos problemas. vida que vão do profissiorelações e o diálogo. A GoO treinamento também procura a melhora da relação conjugal, tranal ao conjugal. O evento dois Coaching já impactou balhando a empatia, o perdão ao outro e quebra de ciclos viciosos acontecerá no espaço Temmais de cinco mil pessoas dentro do relacionamento. peroni, das 8h30 às 18h, e em todo o país através de

pretende atingir o maior número de pessoas possível

www.diariodamanha.com Presidente

Vice-Presidente

Janesca Maria Martins Pinto

Ilânia Pretto Martins Pinto

@diariodamanhaRS www.facebook.com/redediariodamanha

Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800

palestras abertas e cursos de coaching de alta performance, como os ministradas por Geovane Godois, e trabalhando com mentores como Roberto Shinyashiki, Paulo Vieira, Geronimo Theml e José Polozi. O evento tem vagas limitadas, e um percentual do valor da inscrição é revertido para contribuições de fins sociais.

O que o método ensina? - Reprogramação emocional - Eliminação de crenças limitantes - Restabelecimento do autocontrole emocional - Foco nas metas e objetivos Na página facebook.com/redediariodamanha você pode conferir um vídeo do coach, Geovane Godois. Para saber mais sobre o seminário, o contato pode ser feito através do telefone (54) 99939-8090 ou do e-mail godoiscoaching@gmail.com


REGIÃO

Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018

Passo Fundo Carazinho

Cresce a procura pelo crédito consignado Praticidade e juros baixos fazem empréstimo descontado em folha crescer 16% em comparação ao 2017, mas especialista lembra que é preciso atentar a detalhes antes de assinar qualquer contrato Caetano Barreto caetano@diariodamanha.com

Seja pela facilidade ou pela promessa de juros baixos, o crédito consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), segundo dados do Banco Central, subiu R$ 4 bilhões nos primeiros cinco meses deste ano, chegando à marca de R$ 30,2 bilhões. Giana de Vargas Mores, do Programa de Pós-Graduação em Administração da IMED, indica que esse tipo de financiamento tem se tornado muito visado justamente pelo quadro econômico atual: “O aumento da procura pelo crédito consignado pode estar relacionado com o desemprego e a diminuição da renda familiar, que são reflexos da crise econômica”. Esse volume cresceu 16% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando injetou R$ 26,06 bilhões nas contas dos brasileiros. Em junho, o saldo das operações com crédito consignado atingiu R$ 321,4 bilhões, com taxas de 25,4% ao ano, ou 1,90% ao mês. Os financiamentos imobiliários para pessoas físicas, modalidade de crédito mais procurada nas instituições financeiras, totalizaram R$ 573,3 bilhões em maio, com taxas de 8% ao ano (0,64% ao mês). Os juros desse tipo de financiamento vão de 0,2% a 2,01% ao mês. “O crédito consignado acaba apresentando taxas um pouco menores do que outros tipos de crédito, e muitas vezes

também tem prazos maiores para o pagamento. E isso é possível pois o crédito consignado, mensalmente, retira o valor da parcela do benefício, o que acaba gerando um menor risco para as instituições financeiras”, explica Mores. Porém, como toda modalidade de empréstimo, o crédito pessoal consignado privado para pessoa física

também pode pesar no bolso do consumidor mais desatento: a relação de operadoras de crédito realizada pelo Banco Central aponta para o fato de que essas tarifas podem passar dos 28,9% ao ano, sendo que os custos mais altos são cobrados por financeiras ligadas à venda de bens automóveis, seguradoras e bancos digitais.

Precauções podem ajudar a evitar inconvenientes Mores defende que o crédito é uma oportunidade para realizações. “São vários os motivos que podem fazer com que alguém contrate um empréstimo desse tipo, pode ser para financiar uma casa ou um veículo, para atender a uma emergência ou um procedimento médico, como uma cirurgia, uma reforma na casa, uma viagem dos sonhos, pagar a faculdade, quitar outras dívidas, mas para isso é necessário que cada pessoa faça esse procedimento com segurança, e aí vem uma série de cuidados que devem ser tomados ao pensar antes de contratar”. Entre os cuidados, a professora de administração da IMED lembra que somente bancos oferecem esse crédito consignado, ou instituições financeiras cadastradas no Banco Central, que é o órgão que regula as taxas. “Antes de solicitar o crédito, é interessante fazer simulações, e muitos bancos permitem fazer essa simulação pela internet, até para poder comparar a taxa de juros e os prazos”. As operadoras também são alvo de críticas: no ranking das reclamações mais frequentes registradas pelo Banco Central, duas denúncias relativas a crédito consignado estão sempre presentes, sendo que em 7º lugar consta a restrição à realização de portabilidade de operações de crédito consignado relativas a pessoas naturais, e em 13º a concessão de crédito consignado sem a formalização do título adequado. “É interessante pesquisar o histórico do banco ou da instituição financeira na internet, por exemplo, observar se o banco possui reclamações, e um site muito usado para procurar essas informações é o Reclame Aqui. É bom pesquisar também a idoneidade da instituição financeira, porque ao fazer uma simulação, você tem que informar algumas questões pessoais, então recomendo verificar se há uma segurança no envio dessas informações, e também da utilização dos dados”, salienta Mores. Giana recomenda atenção aos detalhes: “Outro ponto muito importante é ler o contrato. Não podemos assinar nada sem ler todo material com cautela, com atenção, e verificar os valores contratados, as taxas de juros, e outras taxas que são aplicáveis. Ver também os prazos de pagamento, o valor e a data de vencimento dessas parcelas, e ver também a questão da conta indicada para o crédito”. A professora da IMED também alerta que não pode haver cobrança de valores antecipados, tanto para simular quanto para liberar um crédito consignado. O crédito consignado é um empréstimo em que a prestação é descontada diretamente na folha de pagamento ou de benefício previdenciário do contratante, e depende de autorização prévia e expressa do cliente, e da existência de convênio entre a fonte pagadora e a instituição financeira que oferece a operação. A Lei 13.172, de 2015, estabeleceu que o limite máximo das operações de crédito é de 35%, dos quais 5% exclusivamente para despesas e saques com cartão de crédito. Estados e Municípios podem fixar limites de descontos e retenções diferentes para seus servidores públicos. Mores lembra que o planejamento é importante para não se endividar: “Para evitar um descontrole financeiro, as pessoas devem contratar apenas o valor que realmente precisam porque, ao contratar esse crédito, um percentual da renda do cliente vai ficar comprometido com o pagamento das parcelas, então é preciso estar ciente que esse valor não estará disponível em seu orçamento pessoal mensal”.

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ESPORTE

Sábado e domingo, 28 e 29.07.2018

Passo Fundo Carazinho

Troca na presidência do SC Gaúcho

Clássico do futsal em Marau AMF e Passo Fundo Futsal medem forças a partir das 20h, na abertura do returno da Série Prata Foto Kleiton Vasconcellos/ DM

Augusto Ghion Júnior é o novo presidente do SC Gaúcho A sexta-feira (27) foi movimentada na cúpula do Sport Clube Gaúcho. O Alviverde, que vive clima de reestruturação para a disputa da Copa Wianey Carlet, teve mudança na presidência. Em nota oficial, Luciano Azevedo relatou impossibilidade e dúvida jurídica em exercer o cargo simultaneamente ao de prefeito municipal. Assim, o cargo de presidente passa a ser ocupado por Augusto Ghion Júnior, e a vice-presidência, que antes pertencia a ele, será preenchida pelo empresário Jerônimo de Paiva Fragomeni. O empresário Erasmo Carlos Battistella segue como vice-presidente. A direção é interina e vale até as eleições para o Sport Clube Gaúcho, que devem acontecer nos próximos dias, com data ainda a ser confirmada.

O Ginásio Municipal Jatyr Francisco Foresti, em Marau, será palco de um dos confrontos mais esperados da Série Prata 2018. Neste sábado (28), a Associação Marauense de Futsal – AMF recebe o Passo Fundo Futsal em clássico regional. O jogo, com início às 20 horas, é válido pela abertura do returno da fase classificatória da competição. A rodada marca o reencontro de duas grandes equipes que já fizerem jogos memoráveis no passado e agora buscam a afirmação em uma nova era. “É um jogo que vale os mesmos três pontos que os outros. Não encaramos como decisão, muito menos revanche pelo jogo do primeiro turno. Nosso objetivo é manter a liderança, manter a invencibilidade, de preferência com vitória. Sabemos que será um jogo muito difícil” disse o técnico do Passo Fundo Futsal/ Fasurgs/ Valtra Razera, Alexandre Boeira. O treinador passo-fundense terá praticamente todos os atletas à disposição para a partida. O único desfalque

Dupla Gre-Nal joga domingo da semana que vem, frente ao Flamengo, pela Copa do Brasil. Por isso, o técnico Renato Portaluppi tomou a decisão de contar com os reservas em Santa Catarina, poupando os titulares para os jogos mata-mata com os cariocas. A viagem para Chapecó será no sábado, em voo fretado. Uma provável escalação tem Paulo Victor; Leonardo (Madson), Paulo Miranda, Bressan e Marcelo Oliveira (Juninho Capixaba); Jailson, Renato optou por escalar um Grê- Thaciano, Marinho, Douglas e mio reserva no próximo domingo Thonny; Jael.

Foto Lucas Uebel/ Divulgação

Com resultados opostos na rodada de quinta-feira – vitória do Grêmio sobre o São Paulo por 2x1 e derrota do Internacional para o América-MG pelo mesmo placar – a Dupla Gre-Nal volta a campo no domingo (29). O Inter recebe o Botafogo às 16h e os gremistas encaram a Chapecoense às 19h em Chapecó. As partidas valem pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. No Inter, os jogadores que não iniciaram a partida contra o América-MG realizaram trabalhos físicos na academia na manhã de sexta-feira (27), em Belo Horizonte. O grupo colorado volta a treinar em Porto Alegre na manhã deste sábado (28), véspera do confronto com o Botafogo. Quinto colocado, com 26 pontos, o Inter irá em busca da oitava vitória no campeonato. Mas, para tanto, não terá D’Alessandro, suspenso pela expulsão no Independência. Em contrapartida, Rodrigo Dourado volta a estar disponível. Já no Grêmio as atenções não estão no jogo contra a Chapecoense e sim na partida

Campeonato Brasileiro - 16ª rodada

Foto Alessandra Formagini/ Divulgação

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Equipe abriram a fase classificatória e voltam a medir forças neste sábado é Maurício Schleder que se estava suspenso. Já entre as recupera de lesão e deve re- ausências, a única falta é do tornar ao time apenas na se- ala Esquerda, lesionado. O gunda fase. Conforme o ala confronto marca também a Dani Ottoni, “o time precisa busca pela ponta da tabela, já manter a vibração e colocar que atualmente a AMF é terem prática o que foi treina- ceira colocada com 24 pondo durante a semana. Ser lí- tos e vem de derrota por 4x1, der não é a recompensa. Nós contra a ADCH, fora de casa. queremos continuar jogando Já o Passo Fundo Futsal é líbem e vencendo os jogos em der com 27 pontos, e vem de casa e fora também”. rodada de folga. No primeiro Pelo lado marauense, a turno, a AMF venceu o Passo equipe deve contar com o Fundo Futsal por 4x2 no Giretorno do pivô Nattan, que násio Capingui.

Campeonato Brasileiro – Classificação Posição

PTS

J

V

E

D

1º Flamengo - RJ

31

15

9

4

2

2º São Paulo - SP

29

15

8

5

2

3º Atlético - MG

26

15

8

2

5

4º Grêmio - RS

26

15

7

5

3

5º Internacional - RS

26

15

7

5

3

6º Cruzeiro - MG

24

15

7

3

5

7º Palmeiras - SP

23

15

6

5

4

8º Corinthians - SP

22

15

6

4

5

9º Fluminense - RJ

21

15

6

3

6

10º Botafogo - RJ

20

15

5

5

5

11º Vasco da Gama - RJ

19

13

5

4

4

Data

Hora

Jogo

Estádio

12º Sport - PE

19

15

5

4

6

28/07

16h

Ceará x Fluminense

Presidente Vargas

29/07

11h

Vasco x Corinthians

Mané Garrincha

13º Vitória - BA

18

15

5

3

7

29/07

11h

Palmeiras x Paraná

Allianz Parque

14º América - MG

17

15

5

2

8

29/07

16h

Flamengo x Sport

Maracanã

15º Santos - SP

16

14

4

4

6

29/07

16h

Cruzeiro x São Paulo

Mineirão

16º Bahia - BA

16

14

4

4

6

29/07

16h

Internacional x Botafogo

Beira-Rio

17º Chapecoense - SC

16

15

3

7

5

29/07

16h

Atlético-PR x Vitória

Arena da Baixada

18º Paraná - PR

13

15

3

4

8

29/07

19h

Santos x América-MG

Vila Belmiro

29/07

20h

Chapecoense x Grêmio

Arena Condá

19º Atlético - PR

10

14

2

4

8

30/07

21h

Bahia x Atlético-MG

Arena Fonte Nova

20º Ceará - CE

8

14

1

5

8


Violência Obstétrica

A dor além do parto O sonho da vida de Maria estava prestes a se tornar realidade naquela manhã de calor. Achava-se uma mulher forte e por isso considerava o parto normal única regra para trazer ao mundo a filha que carregava no ventre. Os últimos nove meses haviam sido tranquilos e dos casos de enjoos que acometem as grávidas só ouvira falar. Mas no dia em que acreditava que viveria o sonho, teve um pesadelo. Todas as dores que não sentira na gestação vieram em questões de horas. Não pela criança ao ventre, mas pela violência sofrida. Páginas 04 e 05

PASSO FUNDO - CARAZINHO DIÁRIO DA MANHÃ - 1

Foto: Divulgação

Sábado e domingo, 28 e 29 de julho de 2018 - www.diariodamanha.com

Sábado e domingo, 28 e 29 de julho de 2018 Passo Fundo - Carazinho


2 - DIÁRIO DA MANHÃ

Sábado e domingo, 28 e 29 de julho de 2018 Passo Fundo - Carazinho

Carta da editora

Olá, leitor!

Boa leitura! Daniele Freitas

ENDEREÇOS l Passo Fundo v Ce ntro de Saúde (Posto Central) Rua Fagundes dos Reis, 270 (54) 3311-6494 v Hospital São Vicente de Paulo Rua Teixeira Soares, 808 Centro (54) 3316-4000 v Hospital da Cidade Rua Tiradentes, 295 Centro/Annes (54) 2103-3333 v Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes (54) 3313-4435 v Hospital Municipal Rua Alcides Moura, 100 Centro (54) 3316-4500 v Hospital de Olhos C.L. Dyógenes A. Martins Pinto Campus I - UPF - Bairro São José w(54) 3318-0200

Prontoclínica Tv. Dr. Arthur Leite, 58 Centro (54) 3313-5100 v Bombeiros -193

l Carazinho v Hospital de Caridade Rua General Câmara 70 (54) - 3329-9898 v Ambulatório Municipal Av. Pátria – próximo a Secreta ria Municipal de Saúde Hospital de Caridade de Carazinho Centro de Especialidades Médicas (CEM) Av. Pátria – próximo a Secretaria Municipal de Saúde e Hospital de Caridade de Carazinho (54) 3331-4510 v Bombeiros -193

Bazar Solidário reverte parte da renda ao Hospital de Olhos O calendário de eventos beneficentes em prol do Hospital de Olhos Dyógenes Martins Pinto segue a todo o vapor no mês de agosto. Na primeira quinzena, entre os dias 9, 10 e 11, ocorre o Bazar Solidário Mmartan, com ofertas que incluem produtos de cama, mesa e banho. Os descontos podem chegar a 50% e parte da renda arrecadada será revertida a Fundação Hospitalar Oftalmológica Universitária Lions, mantenedora da instituição hospitalar referência em saúde da visão. Durante os três dias, o

bazar funciona das 10 horas às 19 horas, na Sede Social do Clube Caixeiral Campestre, localizada no centro de Passo Fundo, na Rua Bento Gonçalves, número 323. Em sua segunda edição, o Bazar Solidário Mmartan pretende repetir o sucesso do ano passado, em que a partir da comercialização de produtos, R$ 10.700,00 foram revertidos aos Hospital de Olhos. A Mmartan é uma franquia de lojas, com sede em Caxias do Sul, na Serra, e que frequentemente participa de eventos beneficentes.

Prefeitura de Soledade firma convênio de cofinanciamento para atendimentos no HPBM A situação financeira enfrentada pelo Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes (HPBM) e as alternativas para a solução do déficit de valores acumulado nos últimos anos mobilizaram os municípios da região a contribuir na busca de possibilidades para a manutenção do atendimento realizado pela instituição, única na região Norte do Estado a realizar atendimento especializado e multiprofissional em psiquiatria. No dia 20 de julho, a Prefeitura de Soledade firmou um convênio de cofinanciamento com o HPBM para atendimento dos pacientes encaminhados pelo município. O ato de assinatura foi realizado pelo prefeito de Soledade, Paulo Cattaneo, e pelo membro da Junta

Administrativa HC/HPBM, Dionísio Balvedi, e acompanhado pelos assessores jurídicos da instituição Leo Rebeschini Viapiana e Thayane Bohrer, além do secretário de Saúde de Soledade, Diego Vidaletti, e do Procurador Geral do Município, Giovani Spinelli de Almeida. Com vigência de doze meses e podendo ser renovado por iguais e sucessivos períodos, o convênio de cofinanciamento prevê a complementação dos valores relacionados às diárias de internações psiquiátricas dos pacientes encaminhados pelo município de Soledade. O prefeito Paulo Cattaneo salientou que o convênio tem por objetivo melhorar cada vez mais o atendimento à saúde mental das pessoas que necessitam deste serviço. Foto: Assessoria de Imprensa/Prefeitura de Soledade

A pauta especial sugerida pela colega Isadora Stentzler toca em um assunto bastante delicado: a violência obstétrica. Entre os relatos transportados com a sensibilidade que lhe é peculiar, a jornalista do Grupo Diário da Manhã escancara a realidade experenciada diariamente por inúmeras parturientes. O momento que deveria ser de luz e muito amor transforma-se em uma dolorosa recordação do primeiro encontro com o filho. A dor, a humilhação, o trauma arrancam, até hoje, lágrimas de quem viu o sonho de ser mãe converter-se em um pesadelo. Para quem não sabe, a violência obstétrica, conforme definição do Ministério da Saúde, é aquela que acontece no momento da gestação, parto, nascimento e/ou pós-parto, inclusive no atendimento ao abortamento. Pode ser física, psicológica, verbal, simbólica e/ou sexual, além de negligência, discriminação e/ou condutas excessivas ou desnecessárias ou desaconselhadas, muitas vezes prejudiciais e sem embasamento em evidências científicas. Essas práticas submetem mulheres a normas e rotinas rígidas e muitas vezes desnecessárias, que não respeitam os seus corpos e os seus ritmos naturais e as impedem de exercer seu protagonismo. Isso inclui ameaças, gritos, chacotas, omissão de informações, não receber alívio da dor e não permitir o acompanhante que a gestante escolher. Nas páginas 04 e 05 desta edição, você irá conferir a história da Maria e, a partir dela, identificar outras tantas histórias que também foram marcadas pela violência e que exigiram o acompanhamento contínuo nas sessões de terapia. Se resta um fio de esperança, ele reside no fato de que, hoje, diferentemente de décadas passadas, as vítimas podem e devem encaminhar a denúncia ao Ministério Público: uma medida que não apaga os traumas passados, mas que – assim esperamos – pode auxiliar a evitar novos episódios de violência obstétrica.

Acontece

Senac Passo Fundo oferece cursos na área da saúde Segundo dados do Datafolha, 93% dos brasileiros estão insatisfeitos com os serviços de saúde pública e privada. Pesquisas como essa apontam para a necessidade de profissionais qualificados e preparados para atender as demandas da área. Para reverter esse quadro, o Senac Passo Fundo oferece diversos cursos nesse segmento. O curso Técnico em Enfermagem habilita o profissional para auxiliar em ações educativas para a saúde comunitária e a segurança no trabalho, ações de biossegurança e de organização do processo do trabalho de enfermagem, ações em saúde coletiva e saúde mental, bem como para aplicar técnicas de enfermagem e prestar primeiros socorros a vítimas de acidente ou

mal súbito. As aulas iniciam no dia 6 de agosto e acontecem de segunda a sexta-feira, das 19h às 22h. A qualificação de Cuidador de Idoso desenvolve conhecimentos relacionados à saúde de pessoas idosas, ao processo de envelhecimento normal e situações que permeiam o envelhecer. Estará preparado para identificar as necessidades e expectativas dos clientes, prestando uma assistência que irá contribuir com a qualidade de vida desses indivíduos. As aulas iniciam no dia 11 de setembro e acontecem nas terças e quintas-feiras, das 19h às 22h. urgência e emergência. As aulas iniciam no dia 20 de agosto e acontecem nas segundas e quintas-feiras, das 19h às 22h.

Editor

Édson Coltz RP:17.059

www.diariodamanha.com

Jornalista

Daniele Freitas RP:18590

Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência,917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800

Por fim, a Especialização Profissional Técnica em Enfermagem do Trabalho, aliada às exigências legais, visa à adequação do Técnico de Enfermagem ao mundo do trabalho, cada vez mais exigente, priorizando os valores estéticos, políticos e éticos, de modo a ampliar o horizonte de atuação dos participantes e favorecer o diálogo e a interação com os demais profissionais da área da Saúde Ocupacional. As aulas iniciam no dia 6 de novembro e acontecem nas terças e quartas-feiras, das 19h às 22h. As matrículas podem ser feitas pelo site www.senacrs.com.br/ passofundo ou presencialmente, no Senac Passo Fundo, localizado na Av. Sete de Setembro, 1045.

Diagramação Marcelo Lange @diariodamanhars facebook.com/redediariodamanha


DIÁRIO DA MANHÃ -

Sábado e domingo, 28 e 29 de julho de 2018 Passo Fundo - Carazinho

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Prevenção

Frio requer cuidados redobrados com a saúde da visão

O

s gaúchos são submetidos, por vezes, a experimentar as quatro estações do ano em apenas um mês ao longo do inverno, tamanha a influência do clima subtropical na região. Contexto que abre precedentes para as doenças que afetam a visão na estação mais fria do ano. A oftalmologista que atua no Hospital de Olhos Dyógenes Martins Pinto, Thaíse Federizzi, atenta que ao contrário do que muita gente pensa, o inverno também traz riscos a visão. “Devido ao clima seco, aumento da poluição, baixa umidade do ar e a maior concentração de pessoas em ambientes fechados as doenças oculares se manifestam e intensificam, entre elas as alergias, conjuntivites e a síndrome do olho seco”, entende. A especialista preparou uma série de dicas e recomendações para cuidar da saúde da sua visão sem deixar de aproveitar o clima ameno característico do Rio Grande do Sul.

Foto: Divulgação/Agência Brasil

Na estação mais fria do ano, alergias, síndromes e doenças podem se agravar devido às baixas temperaturas. Saiba como prevenir e tratar alguns problemas decorrentes do inverno

Siga as recomendações e previna-se contra os principais problemas oculares de inverno: - Use óculos escuros com proteção ultravioleta. A incidência de radiação UVA e UVB no inverno também danificam os olhos, mesmo em dias nublados; - Lave os cobertores, roupas ou mantas que ficaram por algum tempo em desuso; - Evite o acúmulo de poeira em casa, como em: cortina, carpete, tapete, bicho de pelúcia, documentos antigos, livros etc; - Mantenha o ambiente arejado; - Lave com frequência as mãos; - Não compartilhe toalhas de rosto, esponjas, rímel, delineadores ou qualquer outro produto de beleza;

Alergias oculares Por conta do frio, aqueles cobertores ou agasalhos que passaram muito tempo guardados em ambientes fechados voltam a circular, carregando consigo ácaros e a chance de manifestações respiratórias e oculares surgirem. As reações alérgicas que acometem os olhos ou as estruturas próximas a ele, como as pálpebras, se manifestam como olhos vermelhos, coceira, lacrimejamento, ardência, foto-

fobia e irritação. Embora qualquer pessoa possa desenvolver uma alergia ocular, o número maior de incidência ocorre em portadores de rinite alérgica, asma ou alergias de pele. O tratamento da alergia ocular é simples, basta afastar a substância que produziu a reação alérgica e buscar um oftalmologista, afinal, coçar os olhos também é um perigo à estrutura ocular.

Conjuntivite ça se dá principalmente através do contato com pessoas infectadas, devido a isso atribui-se a importância de sempre lavar as mãos, principalmente antes de encostar nos olhos. O tratamento depende do agente etiológico, podendo ser realizado através de colírios lubrificantes, antibióticos ou antialérgicos.

com olho vermelho, lacrimejamento, secreção ocular, edema palpebral, coceira e em alguns casos alteração da visão. Dependendo do agente estimulante, pode ser classificada em conjuntivite viral, bacteriana e alérgica, sendo o agente viral mais comum em casos de surtos. A transmissão da doen-

Síndrome do Olho Seco É uma alteração da qualidade e quantidade de lágrima que, no inverno, dobra por causa da baixa umidade do ar, aumento da poluição e frequente climatização dos ambientes. Entre os sintomas mais comum, estão ardor, irritação, sensação de areia nos olhos, dificuldades para ficar em lugares com ar-condicionado ou em frente ao computador, olhos embaçados ao final do dia, coceira, vermelhidão, lacrimejo excessivo e sensibilidade à luz. O tratamento instituído pelo oftalmologista cursa a base de lubrificantes oculares.

Foto: Divulgação

A aglomeração de pessoas em ambientes fechados dissemina facilmente as doenças contagiosas, entre elas a conjuntivite. Trata-se de uma inflamação na conjuntiva, membrana fina e transparente que reveste a parte da frente dos olhos e o interior das pálpebras. Cursa basicamente

Thaíse Federizzi

- Não coce os olhos; - Use colírios lubrificantes, prescritos sempre pelo seu oftalmologista


4 - DIÁRIO DA MANHÃ

Sábado e domingo, 28 e 29 de julho de 2018 Passo Fundo - Carazinho

Denúncia

“Na hora de abrir as Do sonho ao pesadelo, relatos de violência obstétrica Isadora Stentzler isadora@diariodamanha.com

gue nas lembranças. O líquido começou a vazar ainda na madrugada. A princípio, Maria sonho da vida de hesitou, tomou um banho e acreMaria estava presJá saía muito sangue de mim, ditou que não fosse a bolsa. Às 3h, tes a se tornar reamais um banho precisou ser tomaque jorrava no meu pé. E eu lidade naquela mado e às 5h decidiu enfática: “Vou gritava de dor, mas a enfernhã de calor. Achava-se uma para o hospital”. meira dizia: ‘Pare, Maria! mulher forte e por isso consideMaria não queria ir sem ter rava o parto normal única regra Daqui uns dois anos tu tá aqui certeza, mas diante da quanpara trazer ao mundo a filha de novo. Engraçado que na tidade de líquido que expelia que carregava no ventre. Os úlsentia que chegara a hora hora de abrir as pernas não timos nove meses haviam sido foi ruim’. E davam risada. Na chave, mas foi surpreentranquilos e dos casos de enjoos dida por ter apenas um hora eu não parei pra analque acometem as grávidas só dedo de dilatação. Ainda isar tudo isso. Tem mãe que ouvira falar. Mas no dia em que era preciso esperar. Nos acreditava que viveria o sonho, chega e faz. Mas eu não tinha seus planos, a criança teve um pesadelo. Todas as donasceria de parto nordilatação. Eu queria parto res que não sentira na gestação mal. As dores seriam as normal, mas não aguentava. vieram em questões de horas. comuns do parto, e em Não pela criança ao ventre. Mas poucas horas estaria pela violência obstétrica. com a filha nos braços. Ela não se chama Maria. Foi Porém como uma hisassim batizada pela reportatória em que seu corpo e gem, porque disse ainda ter medo do hospital o tratamento lhe quitaram a autonomia, onde dera a luz. Um trauma que ainda trabalha precisou esperar. com idas à terapia, mas que se vai quando vê No leito de hospital, separada apenas por ou mostra uma fotografia da filha que gerou. um biombo de outra mulher que tivera a inEla conta sua história por telefone. Chora. Emfelicidade de perder a criança no parto, conbarga a voz. E diz que se é para ajudar outros, ta, chorava, até gritava. Recebera na veia um na intenção de alertar sobre o que é a violência soro para que lhe fosse facilitada a dilatação, e obstétrica e o mal que ela pode causar, prosseisso lhe causara dores quase insuportáveis. “Aí mandaram eu me calar porque estava ‘atrapalhando o procedimento’. Sabe, eu achava que eu era o problema!”, recorda-se do que ouviu e do que sentiu. O relato de Maria vai além. “Já saía muito sangue de mim, que jorrava no meu pé. E eu gritava de dor, mas a enfermeira dizia: ‘Pare, Maria! Daqui uns dois anos tu ta aqui de novo. Engraçado que na hora de abrir as pernas não foi ruim’ E davam risada. Na hora eu não parei pra analisar tudo isso. Tem mãe que chega e faz. Mas eu não tinha dilatação. Eu queria

O

parto normal, mas não aguentava.” O que ela sentia era que o corpo forçava-se a fazer algo que não conseguia. Um movimento contrário à sua capacidade, induzido por meio do soro e amortecido pelas vozes que a mandavam calar-se, a respirar mais, pois se não fizesse isso “o filho iria morrer”.


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pernas não foi ruim” revelam os impactos sofridos por mães na hora do parto

Tive que lutar “O que vivia ali parecia uma prova de resistência. Um Big Brother, onde quem resistir, ganha a vida, e quem não resistir, fica lá. E eu nunca fui tão regrada na minha vida, como recebendo aquelas ordens. Tive que lutar para ter minha filha”, relembra. Seu pai, conta, também interviu ao não aguentar mais ouvir os berros da filha que tinha seu momento mágico indo por água abaixo. Ao ele se aproximar, Maria diz que uma enfermeira a abraçou forte. Mas não em acalento. Para a mãe, era um abraço de quem queria que ela morresse, por não se calar. “E ela também falou ao meu pai: Eu tive dois e não morri. E minhas forças se acabavam com isso”. Maria disse que perdeu a noção do tempo em que as coisas aconteciam, e por isso lembrar horários se torna

um desafio. Nos seus cálculos, chegara ao hospital 9h, quando recebera o soro, e por volta das 18h30, ainda estava deitada na mesma maca, dolorida, sendo xingada, e sem a criança nascer. Uma médica, diz, lhe fez exames de toque, sem avisar que o faria, o que lhe causava dor e desconforto. Em um deles foi constatado nove dedos de dilatação, com mais um, a filha de Maria poderia nascer. Mas, segundo Maria diz, a médica falou que havia um pouco de “coroa” na região interna, e o tirou. O procedimento era para agilizar o processo. Só que o que Maria viu, foi seu sangue nas mãos da médica e uma dilatação quase completa diminuir gradualmente enquanto o colo do útero inchava por um edema. “Minha filha nunca iria sair por ali. Por volta das 19h, eu acho, me levaram de cadeira de rodas até a sala

Violência Obstétrica

Fotos: Divulgação

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), constitui-se violência obstétrica qualquer abuso (físico ou emocional), maltrato, negligência e desrespeito durante o parto, tornando-se uma violação aos direitos humanos fundamentais das mulheres, como descrevem as normas e princípios de direitos humanos adotados internacionalmente. No Brasil, além do alto índice de partos tipo cesariana, cresce a visibilidade sobre relatos de mulheres, como Maria, que dão conta de situações se desconforto, inconformidade ou mesmo de agressão durante o atendimento em instituições de saúde. De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (Abenfo) do Rio Grande do Sul, Vrginia Leismann Moretto, que também é professora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e integrante da Câmara Técnica Saúde da Mulher do Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS), é urgente a necessidade de se trabalhar o assunto para informar às mulheres sobre os impactos da violência e para ter

DENUNCIE

de cirurgia. Teria que ser cesárea. Tinha sangue por todo o meu corpo e eu sentia muita dor. Quando cheguei lá disseram que a sala estava vaga desde às 17h! A própria médica chamou a atenção da equipe de enfermagem pedindo o porquê não me levaram antes. E ali, quando pensei que enfim ficaria tudo bem, me sentia mais invadida. Perguntavam se doía e riam de mim. Quando foram me dar a injeção eu disse ter medo de ficar paralítica, e ouvi de volta: ‘Com esse pensamento não vou fazer! Vai na dura sorte!’. Eu sentia que estava indo”. O indo era a sensação de não sair da cama de cirurgia viva. Mas os últimos resquícios de força, a criança nasceu. E Maria sobreviveu. Deixando para trás uma história de violência obstétrica que até hoje é tratada em terapia.

equipes capazes de atender as pacientes sem que haja a agressão. Ela ressalta os severos impactos que uma violência obstétrica pode ter na ordem física e também psicológica da mulher. A recomendação, de acordo com a especialista, é a denúncia. “Mesmo que a violência tenha acontecido anos atrás, é importante que a mulher, a partir do momento que se deu conta que sofreu uma violência obstétrica, denuncie ao Ministério Público, ou busque o 180 que atende a violência contra a mulher. Hoje a gente carece um pouco de dados sobre o assunto, então essas denúncias ajudam a contabilizarmos e ver a real situação do nosso estado”, explica. No Rio Grande do Sul, o Coren-RS tem atuado em campanhas sobre o parto humanizado para sensibilizar a categoria da importância de respeitar a mulher no contexto do parto. Como a enfermagem é uma categoria majoritariamente feminina, a entidade sente que ela pode fazer a diferença neste atendimento. A última atividade nesse sentido foi realizada no mês de março, com uma campanha chamada “Parto com respeito - você pode fazer a diferença na vida de outra mulher”. A entidade também diz estar aberta na defesa do parto humanizado e oferece o canal de ouvidoria para denúncias de abusos.

Mulheres que sentem ter sido vítimas de violência obstétrica podem denunciar exigindo cópia do prontuário junto à instituição que foi atendida. Esta documentação pertence à paciente e é um direito. Procure a Defensoria Pública – independente de usar serviço público ou privado. Ligue para 180 (violência contra a mulher) ou 136 (Disque Saúde).


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Aniversário

HC: um hospital da cidade No dia 20 de julho, a instituição hospitalar completou 104 anos de atuação em Passo Fundo

U

ma história repleta de outras tantas que ajudaram a construir, desde os primeiros pedaços de tijolos assentados por mãos solidárias ao propósito de proteger e cuidar a vida, uma trajetória de consolidação e referência em serviços na área da saúde. No auge de seus 104 anos, recém-completados no dia 20 de julho, o Hospital da Cidade (HC) tem muito a comemorar. Do antigo Hospital da Caridade, cuja primeira enfermaria destinou-se a tratar os doentes acometidos pela gripe espanhola, restaram alguns pedaços de madeira na estrutura e o desejo pulsante de buscar o crescimento contínuo – este, atemporal. O nome, não escolhido à toa, reflete um propósito norteador que conduziu as ações da instituição década após década: ser, enfim, um hospital da cidade. Até 1914, adoecer representava, além do desconforto ocasionado pelos sintomas, uma longa jornada na busca por atendimento médico. Sem hospital no município, a solução para os enfermos era enfrentar centenas de quilômetros até Caxias do Sul ou Porto Alegre. O contexto de fundação da mais antiga instituição médico-hospitalar passo-fundense segue vivo pelas recordações das tantas histórias ouvidas pelo atual membro da junta administrativa do HC, Paulo Ferrenci. “Não havia outro hospital mais perto. Imagina ter que percorrer toda essa distância, naquele tempo, em carroças, a cavalo ou a pé. Não havia condições. Era necessário criar uma casa de saúde em Passo Fundo. Por isso, toda a sociedade, inclusive da região, reuniu-se e decidiu criar essa instituição”, conta. No início do século passado, o grupo formado por mais de cem cidadãos de diversos

1920

segmentos, de artesãos a industriais, reunia-se regularmente no cinema da época. Dos encontros, a discussão sobre a nova instituição, aliada à necessidade emergente no município, materializaram-se no espaço criado para atender todas as pessoas que necessitavam de tratamento à sua saúde. A heterogeneidade de crenças originou uma instituição laica. No entanto, mesmo em um ambiente sem religião específica, há espaço para demonstrações de fé e espiritualidade. “Outra doença grave da época, além da gripe espanhola, foi a lepra. Por isso, foi criada outra enfermaria separada

Todos que por aqui passaram sempre planejaram algo melhor para o hospital.

para tratar esses pacientes. Os familiares não queriam contaminar todo mundo e botavam os doentes na rua, que eram arrecadados e levados para a enfermaria. Um detalhe importante é que os dirigentes do então Hospital de Caridade não conseguiam pessoas habilitadas, porque era difícil de encontrar, que se dispusessem a atender esses pacientes devido ao risco de contágio. Os próprios dirigentes é que faziam as funções de enfermeiro, cozinheiro e faxineiro. A curiosidade é que nenhum deles ou de seus familiares foram contaminados por essas doenças. Quem é religioso pode en-


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tender que o Ser superior de cada um os protegeu nessa missão”, relata. A antiga entrada principal – onde, atualmente, localiza-se o prédio da Oncologia – foi construída com blocos de tijolos de diferentes tamanhos. Aos sábados, os empresários da cidade liberavam os seus funcionários para auxiliarem na obra. “O Sr. João de Césaro era o pedreiro e os funcionários dele e de outros empresários eram os ajudantes, ou seja, faziam argamassa, misturavam cimento com areia, tudo para montar os tijolos e construir a primeira parte do hospital.

Para se ter ideia, do madeirame utilizado entre 1914 e 1920 para a construção dos prédios, alguns só foram removidos recentemente, há cerca de dez anos”, lembra Paulo Ferrenci. Entre as páginas de sua história, o HC também carrega o pioneirismo da criação da primeira escola de parteiras e enfermeiras do interior do Rio Grande do Sul em 1939. A primeira turma formou-se no ano seguinte. Pouco depois, ao final dos anos 50, os dirigentes decidiram alterar o nome da instituição para Hospital da Cidade, que perdura até os dias de hoje.

2018

Auxílio revertido em saúde

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Da contribuição de cada associado, contabilizada ainda em contos de réis, até as doações da comunidade nas caixinhas de coleta distribuídos nos armazéns e nas vendas: tudo está registrado nos livros da época. O Hospital da Cidade não esteve imune às crises, mas superou-as. Nos momentos difíceis, a necessidade de reinvenção e de transformação. Uma delas, bastante significativa, foi a criação da Residência Médica, em 1998, o que fez o HC ser reconhecido como um hospital-escola. Hoje, ele atua como um cenário de prática para os cursos da área da saúde da Universidade de Passo Fundo, Universidade Federal da Fronteira Sul e Faculdade IMED. “Por isso, estamos procurando ampliar nosso espaço físico, qualificar nossos profissionais”, aponta Ferrenci. Entre os projetos em andamento, estão a ampliação do número de leitos e das salas cirúrgicas, além da inauguração do Centro Logístico, marcada para o dia 02 de agosto. Mesmo com tantos avanços, a contribuição da comunidade continua sendo bem-vinda. “Hoje, quem quiser contribuir com o Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes, que também faz parte do complexo do HC, pode destinar o troco à instituição quando for realizar compras nas Farmácias São João”, reforça. Segundo o membro da junta administrativa do HC, o mais recente projeto, de reforma e ampliação da Emergência, também precisa do engajamento da comunidade. “Estamos em uma campanha junto aos cidadãos que se dispuserem a colaborar conosco. Eles podem entrar em contato com a administração para fazer uma doação significativa para o levantamento dessa nova Emergência”, explica. Enquanto as obras continuam – desta vez, sem necessitar dos pedaços de tijolos e da mão-de-obra improvisada aos finais de semana -, a administração segue trabalhando pela continuidade da excelência em procedimentos de alta complexidade em diversas especialidades. O compromisso com o investimento em tecnologia e com a qualificação dos serviços também não é apegado às páginas amareladas do calendário: perpetua-se ao longo das décadas. “Todos que por aqui passaram sempre planejaram algo melhor para o hospital. O Hospital da Cidade não é meu, não é do administrador, não é dos dirigentes, não é dos médicos, não é dos conselheiros: o Hospital da Cidade é da cidade. Pertence a Passo Fundo, a toda a população”, finaliza Paulo Ferrenci.


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Artigos

O valor do tempo e da experiência nos relacionamentos Quem entra num relacionamento achando que consegue prever os acontecimentos, os próprios sentimentos e os do outro, muito provavelmente se depara com surpresas e decepções. O que mais conta nas relações são as experiências que a gente vive.

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ia de regra, entrar em um relacionamento é dar um tiro no escuro. O tempo e a experiência vão, aos poucos, nos mostrando o que vale ou não a pena, já que é impossível prever com precisão o desenrolar de uma história a dois”, complementa ela. Segundo Camilla, até algum um tempo atrás, o pensamento coletivo era de que o “certo” era ter um único grande amor, um relacionamento para a vida toda: “consequência disso é que muitos casais permaneciam juntos, mesmo com relações problemáticas, por pura imposição social. Os tempos mudaram, mas o valor da experiência continua sendo uma tônica especial para o aprendizado no amor. Sem querer dizer o que é “certo” ou “errado”, pois tais conceitos não passam de julgamentos, é importante lembrar que a gente realmente não nasce sabendo se relacionar. Quando crianças, somos naturalmente egoístas e muitas pessoas seguem carregando essa característica na fase adulta. Isso sem contar com os demais elementos da personalidade de cada um: possessividade, ciúme, controle e por aí vai. Relacionamentos são muito valiosos, pois nos ajudam a nos conhecer melhor e a transcender aspectos nossos indesejáveis, que num caminho solitário, acabam ficando ocultos. É é aí que entram as experiências. Algumas trarão felicidade, outras nem tanto. Mas todas, sem dúvida, trazem muitos aprendizados. É claro que o amor é um elemento essencial no início de um relacionamento, mas, mais que amor, te-

mos que ter uma boa dose coragem. O amor vai sendo construído aos poucos. Entretanto, sem coragem fica muito difícil se abrir, se envolver, conhecer o outro e acolher o novo. E mesmo quando há amor, ou uma paixão avassaladora que ajuda nos primeiros tempos, é a experiência que se tem convivendo que mostra se aquele relacionamento é ou não bom, construtivo e engrandecedor para o casal. Paixões vêm e vão. O amor fica. Ou, ao menos, deveria ficar. Ele é construído a partir do respeito, da reciprocidade, do equilíbrio, da aceitação das diferenças... E tudo isso leva tempo. Quem entra num relacionamento achando que terá controle sobre tudo já começa do jeito mais doloroso. O segredo para evitar o sofrimento desnecessário é acolher o que vem, mesmo que sejam decepções e frustrações. O medo de se machucar talvez seja o maior vilão que nos impeça de nos relacionarmos, pois nos priva de aprender e crescer. Estar com alguém é uma verdadeira escola. Sim, talvez aquela pessoa não seja para você. Mas só o tempo e a experiência dirão. E se não for, tudo bem. Os aprendizados serão para toda a vida. A experiência nos traz sabedoria para escolher caminhos futuros. Portanto, em vez de tentar prever, experimente. Corra o risco de ser feliz, de crescer, de aprender. Deixe o tempo e a experiência se encarregarem. Descubra aos poucos se é amor. Precisamos caminhar sem cobranças, sem expectativas exageradas e, especialmente, sem afobação.

Escrito por Camilla Couto, Orientadora Emocional para Mulheres com foco em relacionamentos, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. No blog amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez mais.

É possível avisar seu corpo de que ele pode se curar Quem acha que precisa só do que é externo para ter saúde está muito enganado. Temos as ferramentas de que necessitamos dentro de nós e podemos “avisar” o corpo de que ele pode se curar sozinho

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eu corpo tem todas as ferramentas de que precisa para estar saudável, você só precisa avisá-lo de que ele pode se curar. Cada vez mais, métodos mais naturais e que acionam o poder do próprio corpo, como é o caso da Microfisioterapia, estão sendo utilizados para encontrar saúde. Os medicamentos têm a sua importância para conter os estragos, mas descobrir a causa de um problema ou doença é estimular o processo de auto reparação do corpo e aumentar as chances de sucesso e não de uma recidiva. O que a Microfisioterapia faz é encontrar as causas para comportamentos, dores e doenças crônicas que estão no próprio corpo. Nós guardamos memórias celulares de traumas, emoções fortes e acontecimentos que nos causaram algum tipo de reação e que, muitas vezes, não estão mais na memória mental, inclusive como uma forma de garantir que o sofrimento não seja contínuo. Imagine lembrar de algo que nos fez sofrer ininterruptamente. Nesses casos, o esquecimento pode ser extremamente saudável. Mas acontece que a mente esquece, o corpo não. E se memórias metabólicas seguem sem que haja uma consciência disso, as reações a fatos e emoções passados podem persistir. Alergias, enxaquecas, insônia, pânico, tiques: estão todos aí para lembrar que algo não foi 100% processado pela mente e pelo corpo. Mas é preciso se medicar por isso? Muitas vezes, não! Mas precisamos, sim, avisar o corpo de que ele tem a capacidade de curar a si mesmo, eliminando essas memórias celulares e permitindo que a energia flua novamente naquele local. Existem duas formas de fazer isso; uma delas, mental: se você tem consciência de que algo lhe incomoda e começa um processo positivo para combater o sofrimento, metade do caminho já está percorrido. A mente precisa ser controlada para que não fique emitindo pedidos de socorro constantes, causando as dores e as reações indesejadas. A outra forma de avisar o corpo é por meio da Microfisioterapia, que encontra, por meio de toques sutis, em locais mapeados do corpo, memórias celulares de traumas e vivências que são a causa de dores e doenças. A partir daí, os mesmos toque sutis “avisam” o corpo de que aquela memória pode ser eliminada, e por ele mesmo! É o organismo que trata de extinguir o que lhe causava dor e sofrimento. Ele só precisa entender que tem essa capacidade e que está livre para agir em nosso favor.

Escrito por Fresia Sá Bastos, fisioterapeuta. Formada pela Faculdades Integradas Pítagoras de Montes Claros, possui curso de aperfeiçoamento em Terapia Manual e especialização em Microfisoterapia – França.


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