A necessidade de Brincar de olhar para os jovens empreender
Sábado e Domingo, 18.08 e 19.08.2018, Carazinho
Diário da Manhã -
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Páginas 08 e 09 CARazinho, Sábado e domingo, 18.08.2018 e 19.08.2018
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37 ANOS - Nº 440 - R$ 2,00
Jovens na luta contra o vício Serviço assistencial desenvolvido pelo CAPSi apoia o tratamento de crianças e adolescentes com patologias que vão desde transtornos mentais e psicoses até a dependência de drogas. Páginas 4 e 5
Caso Azir: MP denuncia A confiabilidade do sistema duas pessoas Agressão sofrida por Antonio Azir Salles é enquadrada como tentativa de homicídio. Em entrevista, advogado comenta o episódio. Página 11
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ELEIÇÕES
Defensoria Pública de casa nova Serviço passa a atender o público na Rua Bento Gonçalves, nas proximidades do Fórum. Página 7
Utilização da urna eletrônica no processo eleitoral brasileiro completa 22 anos em 2018. Modelo é copiado por outros países. Página 3
RADAR
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Yacamin do que as estrelas vem preparando para a apresentação do “Recital do Bem Yacamim e Amigos”, que irá acontecer no dia 30 de agosto, às 19h, no Casa Show. “Isso faz parte da comemoração dos 11 anos do Yacamim e essa apresentação faz parte do nosso convite para que as pessoas compareçam no dia 30”, destacou Vera. O Recital vai contar com apresentações de música, dança e poesia das Estrelas e de parceiros do Yacamim.
Foto: Redação/DM
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As Estrelas do Programa Yacamim, alunos que participam das atividades no bairro Hípica e fazem parte do coral, realizaram na tarde desta sexta-feira (17) uma apresentação musical na Prefeitura no estilo flashmob – quando um grupo de pessoas se reúne de surpresa em um ambiente público e realiza uma performance atípica – entretendo a tarde dos servidores. Segundo a coordenadora do Yacamim, Vera Suckau, a apresentação foi uma prévia
As Estrelas apresentaram duas músicas na Prefeitura e aproveitaram para convidar a todos para o Recital do dia 30
Dia D de vacinação Ocorre neste sábado (18) o Dia D da Campanha de Vacinação contra poliomelite e sarampo. As unidades de saúde de Carazinho estarão abertas as 8h até às 17h, sem fechar ao meio-dia, para realizar a imunização. A exceção é unidade do bairro Sassi, que está em obras. Os moradores assistidos por essa ESF deverão dirigir-se à unidade do bairro Pádua. É um grande dia. Precisamos que os pais de crianças de 1 a 5 anos vão às unidades dos seus bairros, independente do horário, e façam parte dessa campanha. Os adultos até 49 anos que desejarem fazê-la também poderão, mas o nosso foco deste sábado são as crianças”, afirma Anelise Almeida, secretária municipal de Saúde.
Com 14 casos confirmados de sarampo no Rio Grande do Sul e uma situação suspeita no município (cujo paciente passa bem e aguarda resultado laboratorial), são esperadas mais de três mil crianças no Dia D. “Sabemos que o movimento tem sido fraco e tímido por causa dos dias frios e chuvosos. Mas agora, por ser durante o dia todo, esperamos um maior envolvimento. Passamos por uma situação complicada no país, com mais de 10 mil casos sendo investigados apenas em Manaus. Sabemos a facilidade que existe hoje na logística de viagens e por isso precisamos prevenir que mais pessoas cheguem infectadas. As salas de vacina estarão o esperando a população”, pontua Anelise.
Apae A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Carazinho promove um galeto com massa neste sábado (18). Os cartões são vendidos a R$ 30,00 e a retirada do galeto com
massa pode ser feita das 18h30min às 21h no ginásio João Marek. Os recursos arrecadados serão utilizados na manutenção dos serviços da instituição, que atende 240 pessoas.
A gerente da loja matriz Varejão Paulista, Salete Vieira, participou da programação da Rádio Diário. Ela falou sobre as promoções da loja para o final de semana. ANIVERSÁRIOS 18/08 Abrilino Antônio Zanetti Ademir Almeida Adriano Honaiser Alessandra Kochhann Américo Schaefer Lof Arnaldo José Costa Assunta Xavier Waskow Carlos Dutra Darci Moss Deizi Gizeli de Gasperi Diego Ely de Andrade Dionysio H. Reichert Dolores Schumann Elenice da Silva Ramos Eva Schonardie Hélio de Mello Hildegard L. Fenner Iran Luiz Klen Irene Sálvia João Jairo Vieira Jorge Luiz Cardoso Leunice Erlo de Oliveira Lili Auler Luis Roberto Ribas Luiza Mombelli Maria Irene de Oliveira Marlene Suss Mercide Francisco Pasquetti Nubia Araceli Schult
Fundador Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) Presidente-Emérito Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
Patrícia Michelin Rosária do Prado Wildner Sandra Reis Scharon Senger Séris da Silva Suyanne Kohlrausch Verena Schardong Vinícios M. Breda 19/08 Antônio Marcos Cardoso Cassiano Scheidemantel Daniel da Silva Dulce L. Hanh Emily Correa Drey Gelson José Wahl Geovana Mirella de Albuquerque Formigheri Gema Tafarel Cevelin Hermildo Dalazen Iolanda da Silva Drehmer Jaqueline O. Santos Jorge Emerson Juver Juliano Porto Larissa Leal da Silva Leanise Kampitts Leodi Remonti Lima Lucivani Erlo Fuks Maria Paludo Costa Marisa Jost Maurício Pimentel
Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto Editora Geral Nadja Hartmann
Olanir Antônio Puhl Renato Soldatelli Rogério Bennemann Sérgio Wortmann Tereza Cristina S. E. de Souza Vanderlei da Silva Júnior 20/08 Alise Gulart e Silva Ana Luiza Diogo Ana Reasilva Balestro Branca Lopes Becker Carla Deniz de Gasperi Carlos Vicente Piva César Rodolfo Seibt Erica Birkhan Ervino Drehmer Fabiane Simone Nascimento Francisco Linck Izaura Barcelos Rodrigues Leonardo André Fernandes Welter Leonardo Azambuja Luiz Henrique Moreira Mara de Ávila Maria Fernanda Frohlich Patrícia Scarpini Rocha Patrick A. Bruni Pedro S. Pires Rogério Rheinheimer Valdir J. Vendramin Filho
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POLÍTICA
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Modelo internacional para uns, motivo de suspeita para outros
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ELEIÇÕES
Daniel Rohrig politica@diariodamanha.com Aos 68 anos, Eliseu Prestes já perdeu a conta de quantas eleições trabalhou como voluntário no processo eleitoral. Antes mesmo de ser tudo eletrônico, o aposentado lembra bem como era o processo de escolha dos representantes. “Naquela época a gente precisava preencher o nome do candidato na cédula de papel. Dava para colocar o número também, se quisesse. O nome ou o número. Naquele tempo eu não atuava como presidente de mesa, mas sim, como uma espécie de mesário e secretário. Passei a ser presidente de mesa a partir do voto eletrônico”, conta. Com o fim do período da Ditadura Militar e o início da redemocratização do país, em 1985, as eleições diretas para todos os cargos foram reestabelecidas, bem como autorizado o voto dos analfabetos. No ano seguinte, a Justiça Eleitoral promoveu o recadastramento geral da população a fim de extinguir os títulos de eleitor falsificados. A primeira eleição com a utilização da urna eletrônica ocorreu em 1996, restrita apenas às capitais do país. Dois anos depois, já em 1998, a urna chegou em municípios com mais de 200 mil eleitores. A partir de então, todos os pleitos passaram a ter uma apuração mais ágil e os votos passaram a ser contados de forma informatizada. Mesmo sendo símbolo de agilidade e sem nenhum registro de fraude por parte da Justiça Eleitoral, ao longo de duas décadas, contestações sobre a confiabilidade desse sistema têm sido cada vez mais frequentes. No debate entre os presidenciáveis promovido pela TV Bandeirantes, na semana passada, o candidato pelo PSL, Jair Bolsonaro, lamentou a rejeição ao voto impresso e colocou em xeque a eficácia da urna eletrônica. Ele chegou a afirmar que a eleição poderia ser alvo de fraudes sem o sistema analógico de contagem das cédulas. Dúvidas que, segundo o promotor eleitoral, Mário Luiz Guadagnin, não possuem fundamento algum. Segundo ele, desde que foi implantada, a urna
foi aprimorada e modernizada, acompanhando os avanços da informática e da tecnologia da informação no país. “Considero que a urna eletrônica representa um inegável avanço em relação ao sistema anterior, de cédulas de papel e urnas de lona. Trata-se de um conjunto de mecanismos confiáveis e seguros”, afirma. “O sistema brasileiro tem servido de modelo para muitos países, que paulatinamente passam a migrar para o voto eletrônico, tendo o Brasil, inclusive, cooperado com diversos países como Argentina, Costa Rica e outros, transferindo conhecimento e até emprestando urnas desenvolvidas exclusivamente pelo TSE”, completa. O voto eletrônico não é exclusividade brasileira, embora o Brasil tenha sido um dos precursores no uso desse sistema de votação.
O que está sob suspeita?
Questionamentos a respeito da invasão do sistema das urnas eletrônicas por hackers são as principais alegações em relação a possíveis fraudes no resultado. Teorias assim surgem desde desde a introdução do voto eletrônico, conforme lembra Guadagnin, ao citar que todas as auditorias realizadas foram acompanhadas por membros do Ministério Público, da OAB e dos próprios partidos e candidatos, em que nenhuma fraude foi comprovada. “Considero que essa alegação atualmente não passa de uma ‘teoria da conspiração’. O sistema anterior – da cédula de papel e da urna de lona -, embora todos os cuidados que eram tomados pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público Eleitoral, era muito mais vulnerável a fraudes e a erros do que o atual”, afirma. O principal motivo para derrubar a teoria de invasão nas urnas se sustenta pelo fato de que os equipamentos não estão interligados à rede mundial de computadores, a internet. “Uma vez concluída a votação, o boletim da urna é impresso no próprio local da votação e levado até a Justiça Eleitoral. Os dados, então, são transmitidos por um canal próprio ao TRE e depois ao TSE em Brasília, que faz a totalização da
Arte: Henrique Peter/DM
A utilização da urna eletrônica no processo eleitoral brasileiro completa 22 anos em 2018. Ao passo que o sistema é adotado como modelo e referência para diversos países, método é contestado por alguns candidatos e eleitores
votação em todo o país”, exemplifica o promotor eleitoral. Para garantir a soberania do resultado, no dia da eleição, algumas urnas são escolhidas por sorteio e, uma vez substituídas, levadas ao TRE, onde são auditadas. Até hoje, nenhum problema foi detectado em todas as verificações executadas.
O retorno do voto impresso
Em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o uso do voto impresso nas urnas eletrônicas nas eleições de outubro. A impressão do voto foi criada em 2015, pela minirreforma eleitoral, com objetivo de garantir meios para embasar auditorias nas urnas eletrônicas. Mesmo com a garantia da Justiça Eleitoral de que o sistema de votação é seguro, questionamentos de alguns eleitores levaram o Congresso Nacional a criar o voto impresso. Apesar de ser chamado de voto impresso, o mecanismo serve somente para auditoria das urnas eletrônicas, e o eleitor não ficaria com o comprovante da votação. “Considero que o Supremo agiu bem ao barrar a mudança, que introduziria o voto impresso. Entendo que tal dispositivo é totalmente desnecessário e seria um retrocesso, representando risco ao sigilo do voto”, defende Guadagnin. O promotor eleitoral afirma que o eleitor poderá fazer, portanto, a sua escolha de modo tranquilo,
consciente e responsável. Segundo ele, a Justiça Eleitoral no Brasil é independente e possui técnicos extremamente capacitados, proporcionando que a urna eletrônica seja confiável e segura.
Curiosidades: o “voto formiguinha”
Eleitores mais experientes com certeza já ouviram falar do “voto formiguinha”, que consistia no seguinte sistema: um eleitor colocava na urna uma cédula falsa e levava a cédula verdadeira a um cabo eleitoral do candidato fraudador. Este, por sua vez, preenchia a cédula e entregava para o próximo eleitor que “vendera” seu voto; este, na hora de votar, colocava a cédula recebida do cabo eleitoral na urna e entregava a nova cédula em branco ao fraudador. E assim, sucessivamente, tal método contaminava toda a urna e muitas vezes toda a eleição, principalmente em cidades pequenas. “Como estou no Ministério Público há 28 anos, trabalhei em vários processos eleitorais da década de 90. Além das várias possibilidades de fraude na votação, a própria apuração era extremamente morosa e tensa. Em muitas cédulas as palavras eram quase indecifráveis (diante da caligrafia), o que ocasionava frequentes altercações entre os fiscais dos partidos”, conta o promotor
SAÚDE
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A luta contra o vício No município, a entidade é responsável por tratar todos os casos de saúde mental relacionados a crianças e adolescentes, como transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e a dependência química Fotos: DM/Anderson Favero
Anderson Favero redacao.carazinho@diariodamanha.com
Há dois anos, a vida do estudante carazinhense Rafael, de 17 anos, (nome fictício para preservar a fonte) sofreu uma grande reviravolta. Na ocasião, por curiosidade, ele provou pela primeira vez a maconha - uma das drogas ilícitas mais usadas no Brasil por ser barata e de fácil acesso. Desde então, o jovem que vive com o irmão e a avó viu seu rendimento escolar despencar. - Eu estava com um grupo de amigos e decidi fumar, a partir daí tudo mudou, além de ficar viciado e ter a necessidade de usar constantemente, tive algumas sequelas, principalmente em relação ao meu raciocínio, que passou a ser mais lento e me trouxe dificuldades na escola – avalia o estudante, matriculado no nono ano de uma escola da rede pública, que acumula algumas reprovações. Em 2016, época em que a família descobriu que Rafael usava a droga, de imediato, a mãe, que mora em outra cidade, foi em busca de tratamento. Medida que não deixou o rapaz à vontade. “Cheguei a me tratar naquela ocasião, mas depois voltei a usar. Hoje em dia, estou mais consciente sobre esse problema, quero me livrar da maconha, manter meu foco nos estudos e depois arrumar um emprego. Tenho tentando me manter distante dos meus amigos que fumam, pois acredito que esse é um passo importante nessa retomada”, diz Rafael, que voltou a se tratar há um
O adolescente Rafael, de 17 anos, tenta pela segunda vez o tratamento contra a dependência em maconha: “Quero abandonar esse vício, manter o foco nos estudos e depois arrumar um emprego”, diz mês. Na tarde de ontem, ele e Luciano, de 14 anos, (nome fictício para preservar a fonte), também dependente da maconha, participavam de uma sessão de terapia em grupo com o psicólogo Marcelo Saute, agente de saúde mental do município e um dos funcionários do CAPSi (Centro de Atenção Psi-
cossocial Infantil). Menos consciente sobre seu problema, Luciano faz uso da maconha há um ano. Sua chegada ao CAPSi, no entanto, foi mais dramática: - Eu estava fumando maconha com um grupo de amigos quando a polícia fez uma batida e deu o flagrante. A partir daí, minha família foi comunicada e, com uma ordem judicial, fui encaminhado para tratamento no CAPSi – conta o adolescente, que revela grande dificuldade para abandonar o vício - Se eu vejo na frente, já quero fumar – diz Luciano, que está na oitava série e atribui ao vício a reprovação escolar no último ano.
Tratamento no município
Localizado junto ao Posto de Saúde do bairro Vila Rica, o CAPSi é a entidade responsável por tratar esses casos no município. Assim, como Rafael e Luciano, outros 100 pacientes são atendidos semanalmente, entre atendimentos individuais e em grupo, orientações familiares e atendimento médico. Além dos casos de adolescentes usuários de drogas, o serviço também trata crianças e adolescentes que sofrem com transtornos mentais, psicoses e neuroses graves. - São situações em que a severidade e persistência do problema
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SAÚDE na, as principais sequelas envolvem questões sociais e familiares, mesmo que o adolescente não perceba ou negue quando questionado. - Os adolescentes que fazem uso de maconha, por exemplo, relatam que não veem problema algum no uso, porém, em sua grande maioria, estão fora da escola, com graves problemas na aprendizagem, diversas reprovações, dificuldades de concentração e falta de perspectivas para o futuro. O que leva ao afastamento das atividades escolares e gera um atraso na aprendizagem e, consequentemente, na chegada ao mercado de
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trabalho. Os conflitos familiares, por sua vez, adoecem todo o grupo familiar. Sem falar das situações em que o jovem se envolve em atos infracionais e delinquência infantojuvenil, fatos que permanecerão em seu histórico criminal na fase adulta – salienta a enfermeira. Os atendimentos do CAPSi voltados a problemática das drogas vão desde os tratamentos ambulatoriais, com a realização de consultas médica, psicológica e medicação, até aqueles casos em que o adolescente é internado para desintoxicação em clínicas especializadas no tratamento de dependentes químicos,
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fora do município. Contudo, os casos mais graves são aqueles em que o uso da droga acaba acelerando o aparecimento de patologias ligadas aos transtornos psíquicos, conforme explica Silvana: - Quando há uma predisposição, o uso de substâncias, mesmo que eventual, pode desencadear um quadro de transtorno psíquico mais grave, como a esquizofrenia, por exemplo. Esses casos são tratados pela equipe de acordo com a necessidade, alguns terão acompanhamento diário e outros semanal. Nesse processo, vemos a família como parte integrante do tratamento – relata.
Trabalho em rede Para a coordenadora do CAPSi, Silvana Kemmerich, além de problemas escolares, o uso de drogas na adolescência pode acelerar o surgimento de diversas patologias relacionadas a saúde mental, como por exemplo a esquizofrenia justificam a necessidade de cuidados de uma equipe multidisciplinar especializada – pontua a enfermeira Silvana Kemmerich, que coordena as atividades no CAPSi. Entre os serviços ofertados à comunidade, estão as avaliações psicológicas; atendimentos em grupo para crianças, adolescentes e familiares; atendimentos individuais quando necessário; visitas domiciliares e hospitalares; consultas de saúde mental clínica e psiquiátrica; atividades educativas com a comuni-
dade e com a rede de atendimento que consistem em capacitações, palestras e reuniões; internações hospitalares fora do município, especialmente em casos de dependência química; oficinas de informática; grupo de adolescentes dependentes químicos; e grupo de familiares.
Problemática das drogas
Em se tratando dos atendimentos voltados aos adolescentes que usam drogas – crack, maconha e cocaína – de acordo com Silva-
O encaminhamento dos pacientes ao CAPSi é feito através de uma rede de atendimento, composta pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras), pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Juizado da Infância e Juventude, Ministério Público (MP), serviços de Estratégia Saúde da Família (ESF’s), Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec), 39ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e também por busca espontânea. Todo esse trabalho é conduzido por uma equipe composta por três psicólogos, uma
assistente social, uma enfermeira, um médico psiquiatra, um médico clínico geral e dois agentes de saúde mental. As atividades se dão em um espaço com duas salas de atendimento, recepção, uma sala de grupo e uma sala de equipe. O CAPSi é mantido pela Secretaria Municipal de Saúde, sendo um serviço de saúde mental do Sistema Único de Saúde (SUS), referência no tratamento de crianças e adolescentes. Em Carazinho, o atendimento à comunidade ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h45min às 12h e das 13h15min às 17h.
Internação compulsória Nos últimos dez dias, o CAPSi tem viabilizado o encaminhamento de cinco adolescentes residentes em Carazinho para internações compulsórias em clínicas especializadas no tratamento a dependentes químicos. São situações em que a própria família, mediante ação judicial e prescrição médica, pede pela internação do adolescente.
- Nesses dias, estamos buscando leitos para quatro meninos e uma menina. Primeiramente, eles permanecerão internados em um hospital por 15 dias para desintoxicação e, depois, irão para uma clínica conveniada ao município, em Encantado -RS – explica a coordenadora do CAPSi, Silvana Kemmerich.
AGRO
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Sábado e Domingo, 18.08 e 19.08.2018, Carazinho Fotos: Divulgação
INFORME especial
Plantiagro/Stara lançam o
Imperador 3.0-pv Evento aconteceu na noite da quinta-feira (16)
Na noite da última quinta feira(16), a Plantiagro realizou o lançamento do imperador 3.0-pv. O evento contou com a participação dos produtores de toda a região, que foram recepcionados na empresa pelo proprietário Augustinho do Prado e seus funcionários. Inicialmente, houve uma palestra com o professor Telmo Amado, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que falou
sobre cobertura do solo e seus benefícios. O professor falou também sobre o imperador 3.0-pv e como ele se encaixa na implantação das culturas para adubação de cobertura antes da colheita da soja. A seguir, foi feita a apresentação da máquina pelo gerente comercial Jeferson Stiven e também por Rodrigo Tonelo, ambos da Stara, mostrando aos produtores na prática seu funcionamento e todos seus benefícios, principalmente
Imperador 3.0 Em abril deste ano a Stara apresentou o primeiro, e único no mundo, autopropelido 3 em 1, o Imperador 3.0, que conta com três funções essenciais para a agricultura: pulverização, distribuição e semeadura de sementes leves. Ao pensar em alta produtividade, deve-se pensar em cultura de cobertura eficiente. Portanto, para tornar a semeadura de cobertura mais eficaz, o Imperador 3.0 traz um sistema pneumático que proporciona a semeadura de mix de sementes leves em toda a extensão da barra. Isso garante a cobertura com melhor uniformidade, utilizando o mesmo rastro
da pulverização, reduzindo o tempo de operação, as perdas por amassamento e o consumo de combustível. O Imperador 3.0 também conta com um sistema de Sobe e Desce que permite que a máquina aumente o seu vão livre em 40 cm, ou seja, a altura passa de 1,43 metros para 1,83 metros com o sistema acionado. Dessa forma, o produtor pode realizar a aplicação fracionada e tardia de nitrogênio no milho e controle de pragas e doenças no pré e pós pendoamento da cultura, garantindo mais sanidade e aumentando a produtividade da lavoura. Os produtores que já possuem o autopropelido Imperador 3.0 podem acrescentar em suas máquinas o novo sistema.
falando sobre o pv, que significa ponte verde, ou seja, que o solo não fica nunca descoberto. Conforme os técnicos, este sistema funciona à vácuo e é regulado pelo Topper 5500.
Evento iniciou com uma palestra
Lançamento ocorreu na sede da Plantiagro em Carazinho, às margens da ERS 142
Equipe da Plantiagro de Carazinho
CIDADE
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Mudança para uma sede maior Isabella Westphalen isabella@diariodamanha.com
FOTO: DM/Arquivo
A ideia de mudar de sede veio ao encontro do desejo da Defensoria Pública de Carazinho de oferecer
A Defensora Pública Daniele Lima compõe o quadro de profissionais que atuam na Defensoria Pública e ressalta que a nova sede vem para 25x17cm fechado.pdf 16/08/2018 15:57:30 melhorar ainda mais1 os serviços da instituição
um espaço mais adequado aos seus assistidos, no qual, segundo a Defensora Pública Daniele Lima, eles possam receber um atendimento de excelência, em um local pensado e projetado para as atribuições da instituição. A partir da segunda-feira (20), os atendimentos passam a acontecer na nova sede, localizada na Rua Bento Gonçalves, número 110, próximo ao Fórum. O horário de funcionamento segue sendo de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h. De acordo com Daniele, a ideia do novo local incluiu também a questão da acessibilidade, buscando melhorar os atendimentos, tendo em vista que o prédio anterior não era completamente adequado aos serviços prestados pela Defensoria. - Essa nova sede é projetada para o atendimento dos mais diversos públicos, com espaço amplo, próximo ao Fórum. Então, vai facilitar o atendimento, não só do Defensor, mas também das atividades de apoio, nossos servidores e estagiários – explicou a Defensora Pública, que comemora a mudança de sede e acredita que esse é um sinal impor-
Foto: DM/Rodolfo Sgorla da Silva
Em busca de melhorar os atendimentos e oferecer um local mais adequado para seus assistidos, a Defensoria Pública de Carazinho está de mudança para uma nova sede
Atendimentos na nova sede, localizada na Rua Bento Gonçalves, começam nesta segunda-feira (20) tante de que o trabalho da Comarca de Carazinho vem sendo reconhecido. “Nós somos em quatro colegas na Defensoria e, justamente, acreditamos que isso vem para somar o nosso trabalho, demonstrar para a população que estamos dispostos a estar melhorando e incrementando os nossos serviços para melhor prestar o atendimento”, complementou
Daniele. Segundo a Defensora, portanto, a partir da segunda-feira (20) os atendimentos que já estavam agendados seguem previstos, mas agora com o serviço na nova sede. “Qualquer dúvida o nosso telefone é (54) 33311774. Nós estamos à disposição no que for necessário nesse período de adaptação”, destacou Daniele.
de 21 a 23 de agosto
centro de eventos fiergs - porto alegre
p o r ta l AGA S palestras magnas - teatro do sesi
Dia 21 (Terça-feira) - 10h30
Dia 22 (quarta-feira) - 9h
Dia 22 (quarta-feira) - 10h30
Dia 23 (quinta-feira) - 9h
Dia 23 (quinta-feira) - 10h30 Patrocínio palestras magnas:
Com Marcos Troyjo
Com Miguel Falabella
agas jovem - salão de convenções
Dia 21 (Terça-feira) - 15h
Com Rafael baltresca
agas mulher - salão de convenções
Dia 22 (quarta-feira) - 15h MIRIAN GOLDENBERG Patrocínio agas jovem:
Com Marcos Piangers
Patrocínio Master:
Patrocínio agas mulher:
Com drauzio varella
Com ricardo boechat
sorteio - centro de eventos fiergs
Sorteio entre os compradores da feira
dia 23 (quinta-feira) 20h
É antropóloga e professora do Departamento de Antropologia Cultural e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É Patrocínio: colunista do jornal Folha de São Paulo, desde 2010.
Com Autora Mirian Goldenberg de A Outra, Toda mulher é meio Leila Diniz, A arte de pesquisar, Os
novos desejos, Nu & Vestido, De perto ninguém é normal, Infiel: notas de uma antropóloga, O corpo como capital, Coroas: corpo, envelhecimento, casamento e infidelidade, Noites de Insônia: cartas de uma antropóloga a um jovem pesquisador, Por que homens e mulheres traem?, Intimidade, Corpo, envelhecimento e felicidade, Tudo o que você não queria saber sobre sexo, A bela velhice, Homem não chora. Mulher não ri, Sexo.
Patrocínio Global:
Mirian Goldenberg tem realizado e orientado dezenas de pesquisas nas áreas de gênero, corpo, moda, consumo, envelhecimento, casamento, infidelidade, sexualidade e novas conjugalidades na cultura brasileira.
Feira de negócios oficinas práticas visitas técnicas
promoção autorizada pela caixa econômica federal nº 6-0327/2018 confira o regulamento no site: www.agas.com.br
Copatrocínio:
seminário jurídico Apoio Institucional:
Realização/Organização:
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Brincar de empreender Fotos: Arquivo/DM
A geração Z está chegando com tudo! Malu Foletto da Costa, conta à Bella como é, aos 10 anos ganhar dinheiro se divertindo e fazendo novas amizades com seus slimes
Malu participou do primeiro Domingo na Gare, onde pode divulgar e vender os seus slimes Não importa a idade, 3, 5, 8, 11 anos, a imaginação das crianças voa muito além do que nós adultos podemos imaginar. Com brincadeiras que vão de pular corda até criar seu próprio negócio, a geração Z chega com tudo e impressiona cada dia mais. A microempreendedora Malu Foletto da Costa, aos 10 anos, já tem dois funcionários para o seu negócio de vendas de slimes, que diariamente ganha mais admirados e, melhor de tudo, compradores. Malu, como prefere ser chamada, conta que sempre gostou de fazer coisas manuais, e que smile não foi o primeiro da lista de itens vendidos por ela. “Já vendi pulseiras, tererês para cabelo, roupinhas para bonecas, e quando vi o slime em redes sociais, descobri que ele poderia ser o próximo”, diz. A menina que não é a única da sua turma de 4º ano no Colégio Sinodal Rui Barbosa a ter essa relação com o empreendedorismo, fala que o apoio dos colegas e amigos foi fundamental para que o seu negócio fosse além. “O que eu acho mais legal é que, como meus amigos também participam desta brincadeira, nós podemos trocar receitas, comprar um do outro, ajudar na divulgação”. Malu ainda fala do uso de redes sociais e dos trends, palavra usada pela mesma para definir o compartilhamento de produtos para avaliação de outras pessoas. “Como eu tenho instagram, eu e minhas colegas vivemos fazendo isso, o que é também um jeito de conseguir mais seguidores, novas amizades, compradores... Damos até notas uma para outra!”. Sem esquecer da importância dos pais na brincadeira, Malu fala do início de sua caminhada, onde precisou
“Minha mãe e meu pai nunca me disseram para desistir, eles viram o quanto eu estava feliz fazendo isso” de muita ajuda de Dêninson e Caren. “Quando comecei não tinha as receitas que tenho hoje. Elas faziam muita bagunça! Mas minha mãe e meu pai nunca me disseram para desistir, eles viram o quanto eu estava feliz fazendo isso, aprendendo a mexer com os materiais, lidar com as vendas, sempre me apoiando e me ajudando a crescer”. - É a criança mesmo que faz e isso é muito legal!, diz a menina, e enfatiza que mesmo sendo uma brincadeira, aprendeu muito. “O mais legal de ganhar seu dinheiro é poder brincar fazendo isso. Mas também levar a sério, porque a gente tem que gerenciar ele para poder comprar novos produtos e continuar nisso”. Malu participou do primeiro Domingo na Gare que aconteceu no dia 22 de julho, onde pode divulgar e vender mais dos seus slimes. “Fiquei conhecida no dia, saiu até matéria comigo no Diário da Manhã! Tento inovar com produtos diferentes e fazer com que meus clientes fiquem sempre satisfeitos, o que me faz muito feliz. Ganhei até produtos da Farmácia Glória para deixar meus slimes ainda mais cheirosos. Sonho em ter uma barraquinha, de qualquer coisa!”, conta Malu com um sorriso no rosto.
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Sábado ee Domingo, Domingo, 18.08 18.08ee19.08.2018, 19.08.2018 Carazinho Sábado
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“Sou professora da Universidade de Passo Fundo desde 1984, uma atividade extremamente significativa e apaixonante. Comecei minha vida docente de um modo um pouco diferente da maioria das pessoas, quando ainda estava no ensino superior, acadêmica de Desenho e Plástica. Fui convidada então a ser monitora nas disciplinas de História da Arte e Estética para os cursos de Artes Visuais, e hoje sou professora titular destas disciplinas na Faculdade de Artes e Comunicação. Dei aula no Colégio La Salle, e na rede estadual de ensino carazinhense durante 12 anos, e hoje atuo apenas na UPF onde fui coordenadora por mais de uma década da Ação Pedagógica do Museu de Artes Visuais Ruth Schneider que pertence à universidade, desenvolvi atividades de Pesquisa com o Projeto Memória Arquitetônica Regional da Área de Abrangência da Upf, durante 7 anos dedicada ao conhecimento e preservação do patrimônio histórico. Participo de um grupo de amigas há 25 anos, que entre outras atividades se dedica a fazer tricô, casaquinhos e blusas para doação. Acho que a cidadania é uma responsabilidade de todos e não uma opção. Ser em uma comunidade é participar da forma mais ampla possível, usufruindo de direitos e partilhando deveres e responsabilidades e isso não é para alguns, mas sim para todos, sempre!”, conta Margarida Pantaleão, mestre em Artes Visuais com ênfase em Historia Teoria e Crítica de Arte.
Todo dia a mesma noite Daniela Arbex
Daniela Arbex reafirma seu lugar como uma das jornalistas mais relevantes do país, veterana em reportagens de fôlego — premiada por duas vezes com o prêmio Jabuti — ao reconstituir de maneira sensível e inédita os eventos da madrugada de 27 de janeiro de 2013, quando a cidade de Santa Maria perdeu de uma só vez 242 vidas. Foram necessárias centenas de horas dos depoimentos de sobreviventes, familiares das vítimas, equipes de resgate e profissionais da área da saúde — ouvidos pela primeira vez neste livro —, para sentir e entender a verdadeira dimensão de uma tragédia sobre a qual já se pensava saber quase tudo. A autora construiu um memorial contra o esquecimento dessa noite tenebrosa, que nos transporta até o momento em que as pessoas se amontoaram nos banheiros da Kiss em busca de ar, ao ginásio onde pais foram buscar seus filhos mortos, aos hospitais onde se tentava desesperadamente salvar as vidas que se esvaíam. Foi também em busca dos que continuam vivos, dos dias seguintes, das consequências de descuidos banalizados por empresários, políticos e cidadãos.
Foto: Arquivo Pessoal
Margarida Pantaleão
RODA VIVA Arlete Rohde
AMAR É UM COMEÇO Sempre que orientamos um Encontro de Noivos, antigamente chamado “Curso de Noivos”, encontramos respostas assim para a nossa pergunta - porque vocês querem se casar ?: - Porque nos amamos! Encontrei numa crônica sobre Curso de Noivos, considerações que, com certeza, explicam bem o objetivo de uma preparação para o casamento: “Amar não resolve incompatibilidades, divergências, ambição profissional, traumas antigos. Amar é um começo.” Alguns noivos quando chegam para o Encontro já estão morando juntos. Sabem que conviver exige lealdade e cumplicidade. Também não é permitido esconder os pensamentos e as fraquezas. E o que é mais importante, aceitar o outro, como ele (ela) realmente é. Sendo uma exigência para casar na igreja, os casais, às vezes, encaram o encontro como uma obrigação chata, uma perda de tempo, algo desnecessário. Ao longo dos 50 anos que acompanhamos os Encontros de Noivos, temos nos deparado no início das reuniões, com jovens de semblante contraído, pouco à vontade, como se estivessem ali apenas por obrigação. Com o transcorrer da programação, já descontraídos, se tornam participativos, compartilhando vivências, repartindo experiências e, uma das finalidades, aceitando a presença de Deus em seu novo lar. Em setembro haverá Encontro de Noivos na Paróquia da Glória, aberto para casais inscritos de toda a cidade. Serão momentos especiais para rever conceitos, para exercitar a humildade de que não somos perfeitos, de que sempre é tempo de melhorar a relação, de elaborar novos sonhos para uma vida a dois. Não esqueçam a data: 26 e 27 de setembro, à noite, no João Marek.
Os 30 Anos do CLJ foram comemorados pelos integrantes do Curso de Liderança Juvenil da Paróquia da Glória, sábado que passou. Houve momentos de descontração, de troca de experiências, de muita amizade. Uma caminhada de trinta anos que mereceu uma festa compartilhada por CLJs daqui, de Passo Fundo e de outras locali-
dades. À tarde aconteceu a missa de encerramento na Igreja N.Sa. da Glória, abrilhantada por hinos cantados com entusiasmo pelos jovens, seus Tios e familiares. À noite, no Salão Paroquial, seguiu-se a confraternização participada por todos os membros do CLJ. Cumprimentamos o Curso de Liderança Juvenil aniversariante, reconhecendo o valor desta entidade que congrega jovens e oportuniza seu crescimento social e cristão.
Fotos: divulgação
Ela faz a diferença
Momentos de Encontro na festa dos 30 Anos do CLJ da Glória. A procissão das capelinhas de Nossa Senhora de Fátima acontece na manhã deste domingo, com concentração das zeladoras e fiéis em frente à Igreja Matriz da Glória. Sendo o dia da festa da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, haverá missa com celebração e liturgia especial em honra da padroeira Nossa Senhora da Glória, às 8h30 min. Todos são convidados a participar.
Viva bem o seu tempo
“O ser humano é orientado pelo correr do tempo. Porém, é complicado para os homens de hoje, orientarem-se no tempo; ele é pouco para tantas realizações que se almejam. No mundo atual é preciso fazer cada vez mais. Precisamos de tempo para trabalhar, estudar, cuidar da família, ter lazer. Parece que o tempo corre muito depressa e se esgota num piscar de olhos. É preciso não esquecer que o tempo não é só para ser ocupado; também, é para ser vivido, e bem vivido, com felicidade. E, viver bem o tempo é parar uns minutos e deixá-lo passar simplesmente, olhando o céu, o mar, as aves , as flores; é ter tempo de conversar com seu cônjuge, de escutar seus filhos, de abraçá-los, de correr com eles na praia ou na pracinha, dando um tempo para ser feliz. Quando nós não vivemos o tempo, de repente, tristemente, percebemos que o perdemos, que ele já passou.” (Uma reflexão para a Semana Nacional da Família que encerra neste domingo)
Noticiando
Hoje tem galeto com massa em benefício da APAE, no João Marek. Só para levar. A partir das 18h.
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CIDADE
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SEGURANÇA
Diário da Manhã -
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MP denuncia dois por tentativa de homicídio no caso Azir Caso completou dois meses nesta semana. Uma das denunciadas é ex-companheira do advogado Alessandro Tavares alessandro@diariodamanha.com
O promotor de Justiça Juliano Griza ofereceu na 1a Vara Criminal da Comarca de Carazinho denúncia por tentativa de homicídio com duas qualificadoras contra duas pessoas, um homem de 27 anos e uma mulher de 26. A vítima é o advogado Antônio Azir Pereira Salles, em caso ocorrido no mês de junho deste ano. Com a denúncia encaminhada, o Ministério Público (MP) requer o seu recebimento e a citação dos denunciados para que ofereçam respostas à acusação, seguindo-se após a admissão, com a audiência de instrução para oitiva
das pessoas arroladas, bem como o interrogatório dos denunciados e aos demais termos do processo.
O fato e a denúncia do MP
Na descrição da denúncia do MP, que é baseada no Inquérito Policial, cita-se que o fato delituoso ocorreu no 15 de junho às 20h30min no Distrito de São Bento. Na ocasião, segundo a denúncia, em comunhão de esforços, os denunciados, a ex-companheira de Azir e o homem denunciado, tentaram matar Antônio Azir Pereira Salles com golpes de arma branca e um capacete, somados a chutes e socos que lhe causaram lesões de natureza grave.
OFÍCIO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS Rua Venâncio Aires, 279 - Carazinho/RS - Fone: (54) 3329-5588 Sílvia Regina de Assumpção Carbonari, Oficial de Registro, faz saber que pretendem casar-se: JOSÉ CARLOS ALVES DA CRUZ e ÂNGELA MARIA DA SILVA CAMARGO.
Quem souber de algum impedimento, acuse- na forma da lei. Carazinho, 11 de agosto de 2018.
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CLASSIFICADOS Aluga-se Apartamento De 1 quarto, sala e cozinha. R$ 500,00, Localizado na Av Flores da Cunha saída para Não-Me-Toque, 1 quadra do Hiper Boa Vista. Garagem e condomínio gratuito. Local protegido com grade cerca elétrica e monitoramento com câmeras. Interessados tratar pelos Fones: 9-9600-1672/9-9648-5840
As lesões afastaram a vítima de suas atividades habituais por mais de 30 dias, sendo que o delito, segundo a denúncia, só não foi consumado por circunstâncias alheias às suas vontades. A denúncia do MP relata que na tarde do dia do fato a denunciada solicitou a filha que fosse à noite onde estava residindo em São Bento. Atendendo ao pedido da filha, Azir, com seu automóvel, e a menina foram até o local. Quando a criança de sete anos avistou o automóvel pertencente ao padrasto de sua mãe, na frente da casa, pediu para que o veículo fosse parado. Neste momento, a denunciada passou a chutar o automóvel de Azir e quando a ação parou, o advogado teria então descido para conversar, tendo ela iniciado com agressões físicas, por meio de chutes. Em seguida, os dois iniciaram uma discussão verbal, que também envolveu o padrasto da mulher de 26 anos. No meio da discussão, o segundo denunciado, o homem de 27 anos, se aproximou e de posse de uma arma branca passou a desferir golpes e socos. Azir teria sido segurado, mas não sabe exatamente por quem, e da qual a identificação não ficou suficiente apurada no inquérito. Em razão das agressões, com a vítima caída ao chão e esvaindo em sangue, os denunciados acreditando tê -lo matado saíram do local. O delito segundo a denúncia, não se consumou porque a vítima ao recobrar os sentidos, com o auxílio da filha, mesmo gravemente ferido, conseguiu entrar em seu veículo e ir até o HCC, onde teve que ser submetido inclusive a transfusão sanguínea. De acordo com a denúncia, o crime foi cometido mediante meio cruel, uma vez que os denunciados desferiram inúmeros socos, chutes e golpes com capacetes e faca em várias partes do corpo da vítima, especialmente na cabeça, mesmo quando este já estava caído ao chão, causando-lhe diversos ferimentos. Na denúncia, consta que o crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, pois Azir foi sur-
Foto: Arquivo/DM
“O que foi feito foi uma covardia”, diz Antônio Azir Pereira Salles preendido pelas agressões, e também havia levado a filha para buscar um presente na casa da mãe a pedido desta. Além disso, os denunciados estavam em maior número e na maior parte do tempo das agressões estava sendo segurado ou estava no chão.
Azir fala sobre o episódio
Em entrevista ao programa Plantão Diário, da Diário AM 780, Antônio Azir falou publicamente sobre o episódio pela primeira vez e revelou que atuará no caso como assistente de acusação. Ele também destacou que pretende trabalhar para que seja incluída na denúncia ainda a qualificadora de cilada/emboscada e que quer arrolar um terceiro indivíduo como réu no processo. “Nunca passei por uma situação assim e espero que ninguém passe. Foi um momento de terror. Tendo minha filha junto e acontecendo tudo aquilo comigo e eu não podia me desvencilhar das agressões”, contou Azir. Ele relata que além dos dois denunciados pelo MP e do homem ao qual pretende como assistente incluir na denúncia, mais dois homens e duas mulheres teriam participado das agressões. “Acredito na justiça, sou um operador do Direito. Vivemos no tempo justiça pelo pacto social, da justiça pública. Não podemos voltar à antiguidade em que era feita a justiça do dente
por dente, olho por olho. Não quero vingança. Quero justiça para reparar o que foi feito, foi uma tentativa de homicídio”, afirma. O advogado relata que a sua filha, que presenciou os fatos, vem recebendo acompanhamento psicológico. “É o mais estranho, deixar uma criança de 7 anos sozinha com o pai esvaído em sangue e desmaiado. Ela prestou depoimento na polícia, o depoimento sem dano, em que diz que eu que estava apagado. Abandonaram a criança ali no local junto com o pai que ela considerava morto. O que foi feito foi uma covardia”, cita Salles. De acordo com o advogado, a relação entre ele e a denunciada durou quase 10 anos e quando chegou ao fim, foi ele quem ficou com a guarda da criança. Quando questionado sobre quais teriam sido os motivos das agressões, Azir diz acreditar que tenha sido motivo fútil. “Jamais esperava isso, talvez fui ingênuo em ter ido. Achei que fosse um presente para minha filha... Creio eu, que o motivo foi fútil. Tenho que ser transparente e dizer que ela havia ingressado contra mim com uma ação de alimentos, em que pedia três salários mínimos, mas houve uma inversão, ela é que terá de pagar alimentos. Creio eu que talvez seja isso, mas não posso afirmar, porém, não vejo outro motivo”, finaliza Salles. As partes citadas na denúncia não foram localizadas pela reportagem do DM.
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Com mudanças no grupo, OMF viaja a Jaboticaba Vitória neste sábado (18) pode significar a classificação à próxima fase da Série Bronze Marcelo Fripp redacao.carazinho@diariodamanha.com
O OMF teve uma semana de muita conversa, concentração e de mudanças no grupo de jogadores. Acon-
teceram dispensa e contratação. Neste sábado (18), o time joga na cidade de Jaboticaba pela antepenúltima rodada da 1ª fase do Estadual da Série Bronze. Os treinos desta semana
apresentaram duas alterações no grupo de jogadores. O goleiro Diony foi dispensado. Enquanto isso, o ala John Lenon, que estava disputando a Série Prata pela AGE de Guaporé, foi apre-
sentado e já tem condições de jogo. “É mais um desafio na minha carreira e venho para dar felicidade ao torcedor de Carazinho”, disse o jogador, natural de Caxias do Sul e com currículo no futsal do interior do Rio Grande do Sul. Além de John Lenon, o time para o jogo em Jaboticaba deve ter ainda os goleiros Samuca, Bugre e Argentino; os fixos Giba e Gustavo; os alas Jarré, Ceko, Vereador, Luan, Alefer Bola e Lukinhas
Pedalada; e os pivôs Vini, Cascata e Alan Negão. O time que deve sair jogando terá Samuca, Jarré, Ceko, Lukinhas e Vini. O jogo é decisivo para os dois times. Para o Jaboticaba, uma vitória significa um oxigênio na difícil luta pela classificação. Para o OMF, o triunfo pode significar a vaga na próxima fase. A partida começa às 20h e terá transmissão ao vivo pela Rádio Diário AM 780 e pelo facebook.com/diarioam.
Após a conquista da segunda colocação na Copa Fundescar de Voleibol Infantojuvenil Feminino, realizada no final de julho no Colégio La Salle, as meninas dessa categoria do Colégio Rui Barbosa tiveram outro bom desempenho em Santa Rosa, no Campeonato ONASE Região Missões. A equipe conquistou mais uma vez o segundo lugar. Conforme o professor de Educação Física e treinador da equipe Luciano Bertani Albarello “a equipe, após uma semifinal impecável com três sets, que
duraram aproximadamente uma hora e meia, obteve um excelente resultado, pois o desgaste físico tornou-se visível no decorrer da partida final”, destacou. O professor ressaltou que a sua equipe é praticamente toda do primeiro ano nessa categoria e que muitas conquistas estão por vir com esse grupo.
Equipe disputou campeonato em Santa Rosa
Foto: Divulgação
Voleibol Feminino do Rui conquista vice-campeonato
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Dia a dia campeiro Cavaleiros do Planalto Médio e sua equipe compartilham como é a rotina no trajeto da Chama Crioula Édson Coltz redacao@diariodamanha.com.br
Rebecca Mistura rebecca@diariodamanha.com
Os Cavaleiros do Planalto Médio estão percorrendo o caminho da Chama Crioula em uma rotina de cavalgada pouco comum. Representando a 7ª Região Tradicionalista, o grupo passa por um trajeto de oito municípios até chegar a Passo Fundo, onde a Chama será distribuída às entidades coirmãs e também aos demais Municípios que compõe a Região, já se preparando para as comemorações dos Festejos Farroupilha de 2018. O coordenador da cavalgada, Luiz Irajá Ferraz, conta que todos os dias o grupo acorda por volta das 5h da manhã para tomar o café e encilhar os cavalos, partindo às 7h da manhã para o próximo destino. “Hoje nós estamos em Rondinha e por conta de um evento no CTG nós estamos no parque do município”, explica Luiz. “O lugar é espetacular, tem espaço para os animais, uma beleza”. Contando com 35 tradicionalistas, sendo 24 deles cavaleiros, o grupo cavalga até o horário do almoço, entre meio-dia e uma da tarde, quando param em algum Centro Tradicionalista nos municípios da rota, onde descansam durante a tarde. A estrutura também é muito bem pensada, com ônibus de apoio e caminhão para os animais. “A maioria dorme nos ônibus, tem ônibus aqui [no acampamento] com capacidade pra dormir 16 pessoas e o resto dorme pelos cantos mesmo, dorme no chão dentro do CTG, tem espaço pra todo mundo”, conta Luiz, bem humorado. “Na chegada aos municípios a gente desvencilha e trata os animais. No
caminho para Rondinha por exemplo andamos numa estrada com muita pedra solta, aí chegamos aqui e tivemos que ferrar o animal”, explica. O equipamento de ferragem e medicamentos necessários – para o caso de algum cavalo não passar bem – é todo levado pela equipe, que conta com três cuidadores e também dois batedores, um à
frente, que guia o grupo, e outro atrás, cuidando caso algum animal precise de auxílio. Luiz também conta que “pegaram” alguns dias muito frios na última semana, mas o pessoal está preparado para qualquer coisa. “O frio é melhor do que a chuva, mas mesmo assim não paramos, colocamos as capas e seguimos”.
PASSO FUNDO - CARAZINHO
E a alimentação? Para aproveitar toda essa aventura, uma das partes mais importantes é, sem dúvida, a cozinha. Liderada pelo chefe Valneri Francisco da Silva, os tradicionalistas desfrutam das refeições campeiras preparadas todos os dias. “São comidas variadas. De manhã um café bem reforçado pro pessoal sair pra cavalgada, daí terminamos de recolher as coisas e partimos pra outro lugar já com o pensamento na comida”, explica Valneri. “Hoje no almoço, por exemplo, a gente fez arroz, salada e batata ao molho com carne, outro dia tem feijão, massa, galeto... é variado, comida campeira. Hoje à noite vai ser o costelão”, diz o chefe sobre o jantar em Rondinha. Os suprimentos são todos transportados em um caminhão baú, e quando os cavaleiros chegam ao novo destino, os cozinheiros estão finalizando os preparativos para o almoço. A Chama deve chegar em Passo Fundo no dia 22 de agosto, mas até lá, os Cavaleiros ainda têm pela frente alguns quilômetros de percurso.
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ECONOMIA
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Passo Fundo Carazinho
Empreendedorismo por necessidade dificulta estabilidade dos negócios Estudo revela que micro e pequenas empresas influenciaram para atual recorde de inadimplência empresarial, e especialista aponta que a estrutura não se adaptou aos negócios criados em meio à crise Caetano Barreto caetano@diariodamanha.com
Os desafios de quem empreende do Brasil já são conhecidos, como a burocracia e a necessidade de incentivos. Distante do movimento de empreendedorismo que tem ocorrido nos últimos anos, estudos de organizações do comércio têm demonstrado que esses obstáculos ainda persistem, e se mantém inflexíveis à recente grande leva de novos empresários. Um desses levantamentos recentes revelou que cresce cada vez mais o nível de endividamento das micro e pequenas empresas no Brasil. De acordo com a pesquisa realizada pelo Serasa Expe-
rian, o número de micro e pequenas empresas (MPEs) com dívidas atrasadas no país atingiu em maio uma marca história, ao passar dos mais de 5 milhões de pessoas jurídicas de mesmo porte em situação de endividamento. Posteriormente, em junho, esse recorde subiu em 1%, chegando a 5,174 milhões de inadimplentes. Na comparação com junho de 2017 (4,727 milhões), esse aumento chega a 9,5%. A presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Passo Fundo (CDL-PF), Carina Sobiesiak, aponta que 2018 coincide com o fim de uma era que motivou o empreendedorismo por necessidade. “Com a instauração da crise, que começou em meados de
2014, muitas pessoas perderam os seus empregos e resolveram criar a sua própria empresa. Nem todos tinham condições financeiras, e estavam preparados em termos profissionais para fazer isso, mas, em meio a uma situação delicada de falta de renda na família, resolveram arriscar. E agora, empresas que estavam completando dois a quatro anos, começam então a sentir se o empreendimento deu certo ou não. E essas que não deram certo começam a fechar as portas a partir deste ano, quando fecha o ciclo”. Sobiesiak cita a crise no varejo brasileiro, que teve início em 2014, quando as vendas encolheram pela primeira vez em 11 anos (-1,7% em relação ao ano anterior, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE). Nos dois anos seguintes, o quadro se agravou, com o comércio apurando perdas reais de faturamento de 8,6% e 8,7% em 2015 e 2016, respectivamente. Assim, o setor acumulou retração de 20% nos volumes de venda naqueles três anos. O saldo entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos acompanhou, com alguma defasagem, a retração nas vendas, especialmente nos anos de 2015 e 2016 e no primeiro semestre do ano passado, quando o setor acumulou a perda de 226,7 mil pontos de venda em todo o País.
Negócios têm expectativa de vida curta Ainda em 2017, a publicação Demografia das Empresas do IBGE, que estudou o comportamento do mercado empresarial ao longo da década, revelou que a maioria das MPEs têm expectativa de vida de apenas cinco anos. “No ciclo das novas empresas, muitas sobrevivem ao primeiro ano, no segundo, cerca de 30 a 40% abandonam o mercado, e isso vai reduzindo gradativamente, então poucas realmente, nesse cenário em que estamos vivendo, conseguem se consolidar”, garante Sobiesiak. “Os resultados verdadeiros começam a partir do segundo ano de vida das empresas, quando pesam problemas financeiros, ou profissionais, quando esse empresário acredita estar em uma posição que não gostaria no mercado de trabalho, pois não é fácil começar um novo negócio hoje em dia, é algo muito arriscado”, detalha a presidente do CDL Passo Fundo.
Dificuldades são as mesmas Os economistas da Serasa Experian refletiram que o aumento no endividamento tem reflexos na “lenta retomada do crescimento da economia brasileira, a dificuldade na geração de caixa das pequenas empresas e o aumento do custo de matérias-primas”. Entre os setores com maiores dificuldades, as MPEs de serviços totalizam 46,5% do total das inadimplentes, seguidos pelo comércio (44,5%) e pela indústria (8,6%). Já um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), reduziu sua previsão de abertura de 20,7 mil pontos de venda no varejo brasileiro para a 5,2 mil lojas ao fim deste ano. Apesar de o resultado registrar o segundo semestre consecutivo de aumento e ser o maior saldo semestral desde a segunda metade de 2013 (+16,7 mil lojas), o tímido avanço expôs a perda de fôlego da economia e as incertezas quanto à materialização de investimentos por parte do setor. A entidade projeta ainda alta de 4,5% no volume de vendas do setor – a previsão anterior era de 4,7%. Sobiesiak lamenta que o merca-
do ainda não tenha se adaptado ao crescimento das MPEs. “Continuamos na mesma burocracia de anos atrás. Infelizmente, para alguém abrir o seu negócio, ainda é necessário passar por tantos setores, diversas situações, inúmeras documentações, e ainda tem a parte da inadimplência que não parece se resolver. Eu vejo aqui mesmo no meu negócio, que as pessoas estão muito endividadas, e isso reflete no mercado como um todo, passando das micro e pequenas empresas, alcança as médias. E as MPEs sofrem mais com isso, pois tem número menor de clientes, fluxo de caixa reduzido, cuidado extra na entrada e saída de dinheiro, e qualquer cliente que deixa de pagar já desestrutura o negócio”. Mesmo com um cenário difícil, a empresária acredita que é necessário correr riscos. “Nós temos vários associados da CDL que saíram do mercado formal, montaram o seu próprio negócio, muitas vezes em um ramo completamente diferente, e estão tentando se colocar no mercado novamente. Não é fácil, mas é muito importante, porque são eles que movimentam nosso mercado”.
Carazinho teve 300 baixas de MEI’s neste ano Alessandro Tavares
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Vice-Presidente
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Ilânia Pretto Martins Pinto
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Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
Em Carazinho, segundo o diretor de Indústria e Comércio da Secretaria de Desenvolvimento, Nasser Rajale, de 2017 para 2018 houve um aumento de cerca de 10% no atendimento de Microempreendedores Individuais (MEI’s). Rajale explica que as demandas em sua maioria se referem a formalização das empresas, alteração cadastral e emissão de notas fiscais. Tem sido em média 300 atendimentos por mês. Para a aber-
tura de MEI’s, o número conforme o diretor oscila entre 30 e 40 processos com o auxílio da Sala do Empreendedor. Conforme Rajale, é notório que de maio a agosto houve um incremento nos encaminhamentos de abertura de novos MEI’s, e segundo o diretor, nota-se que parte de tal crescimento está atribuída à queda nos empregos formais. Dentre os novos MEIs, a maior parte se refere a negócios de prestação de serviços na área de construção civil e de vendas de confecções e acessórios. O diretor revela, no entanto,
que no começo deste ano cerca de 300 MEI’s tiveram baixa na Receita Federal. “Para abrir um MEI é fácil e gratuito, porém, o empreendedor tem compromissos mensais com tributos e INSS e deve fazer anualmente a Declaração do Imposto de Renda. Creio que o que gera a baixa na maioria das vezes é a falta de informação. O pessoal lê sobre a facilidade, mas esquece dos compromissos e aí entram na inadimplência”, explica Rajale. Dados da Secretaria de Desenvolvimento indicam que a cidade tem hoje 2,8 mil registros de MEI’s ativos.
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ESPORTE
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Dupla Gre-Nal em campo
Tite faz primeira convocação
Grêmio treina no Rio de Janeiro e o Inter faz trabalho com portões fechados no Beira-Rio Foto Divulgação
Lutando pela ponta de cima da tabela do Campeonato Brasileiro, Grêmio e Internacional voltam a campo neste fim de semana. No sábado (18), às 19h, o Tricolor encara o Corinthians na Arena Itaquera, em São Paulo. Já o Colorado recebe o Paraná no Estádio Beira-Rio, às 11h de domingo (19). A preparação gremista ocorreu no Rio de Janeiro. Apesar de ter quase todos jogadores no treino, Renato Portaluppi não indicou o time que entrará em campo contra o Corinthians. O único desfalque é Paulo Victor, suspenso. A escalação será definida de acordo com a condição física de cada jogador. Durante a concentração, o atacante Everton e o zagueiro Kannemann foram informados sobre as
Everton e Pottker, atacantes de Grêmio e Inter, respectivamente convocações para a seleção brasileira e argentina, respectivamente. O Grêmio ocupa a 4a posição na classificação, com 33 pontos. Os treinos colorados tiveram na sexta-feira (17) uma atividade com portões fechados no Beria-Rio. O técnico Odair Hellmann optou pela privacidade para ajustar de-
talhes da equipe para o confronto que encerra o primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Para a partida contra o time paranaense, o zagueiro Víctor Cuesta é desfalque devido ao terceiro cartão amarelo. Emerson Santos e Klaus são as opções para o seu lugar. O Inter é o 3º na tabela, com 35 pontos.
Moutain Bike em Passo Fundo
Apesar dos erros, a eliminação foi inaceitável Uma sucessão de erros vitimou o Grêmio na Copa do Brasil. Muito além dos 90 minutos disputados no Maracanã. Aliás, o mais grave dos tropeços gremistas a influenciar na eliminação esteve a quilômetros do Rio de Janeiro. O fator preponderante para a queda foi o gol sofrido no jogo de ida em Porto Alegre a segundos do apito final da partida. Totalmente inaceitável tomar um gol assim, especialmente em mata-mata. Ao invés de ir para o segundo jogo com vantagem, o Grêmio entrou em campo tendo que atacar também. Em outro erro, desta vez individual, Cortez deu a brecha para o Flamengo abrir o placar. Ali a classificação se desenhava difícil para o Grêmio, pois precisava atacar, mas era proibido sofrer outro gol. Durante boa parte da partida, o Tricolor dominou o Flamengo, teve muita posse de bola, mas não chutou a gol. Aí entra outra falha, a de Renato, que errou na escalação nas
duas partidas. No primeiro jogo, Renato errou ao lançar Marcelo Oliveira, André e Cícero. Na segunda partida, insistiu na teimosia chamada André. Até mesmo quando substituiu-o, o treinador errou. Jael entrou em campo quando o time acusou cansaço e já não fazia a mesma pressão do começo do segundo tempo. Sangue novo em campo quando o resto do time já não esboçava força nas pernas para correr atrás do resultado. Não se trata de terra arrasada. O time ainda é bom, um dos melhores do país, mas não é igual ao começo da temporada ou ao ano passado. Além dos erros, outro fator chama a atenção. As jogadas gremistas já parecem conhecidas demais pelos adversários. Renato precisa reinventar o modelo de jogo. Já que André e Jael não são unanimidade, Luan, que também vem descontentando em sua função atual, poderia voltar a ser o falso 9, e Douglas, o maestro, voltaria ao meio campo. Não custa usar o Brasileirão para testar a alternativa.
Confira a lista Goleiros: Alisson (Liverpool/ Inglaterra), Hugo (Flamengo) e Neto (Valencia/ Espanha); Defensores: Alex Sandro (Juventus/ Itália), Dedé (Cruzeiro), Fabinho (Liverpool/ Inglaterra), Fagner (Corinthians), Felipe (Porto/ Portugal), Filipe Luís (Atlético de Madrid/ Espanha), Marquinhos (PSG/ França) e Thiago Silva (PSG/ França); Meias: Andreas Pereira (Manchester United/ Inglaterra), Arthur (Barcelona/ Espanha), Casemiro (Real Madrid/ Espanha), Fred (Manchester United/ Inglaterra), Lucas Paquetá (Flamengo), Philippe Coutinho (Barcelona/ Espanha) e Renato Augusto (Beijing/ China). Atacantes: Douglas Costa (Juventus/ Itália), Éverton (Grêmio), Firmino (Liverpool/ Inglaterra), Neymar (PSG/ França), Pedro (Fluminense) e Willian (Chelsea/ Inglaterra).
SC Gaúcho tem jogo adiado A segunda partida do Sport Clube Gaúcho pela Copa Wianey Carlet foi cancelada pela Federação Gaúcha de Futebol - FGF. O jogo aconteceria neste domingo (19), frente ao Três Passos – TAC, no CT Futebol com Vida, no município de Três Passos/ RS.
Após vistoria do Corpo de Bombeiros e Brigada Militar, o CT Futebol com Vida acabou não recebendo o atestado de liberação para sediar a partida. Uma nova vistoria deve acontecer na próxima semana e, uma nova data será marcada para o confronto.
Beira-Rio lotado O futebol é realmente imprevisível. Veja por exemplo o histórico recente do Internacional. O nosso colorado vinha bem, com anos gloriosos, recheados de títulos. O panorama manteve-se mais ou menos o mesmo de 2006 até 2015. Aí o clube entrou em desgraça quando Gefferson (lembram dele?) marcou um gol contra bizarro na semifinal da Libertadores. Como resultado, houve um desmanche da comissão técnica do Diego Aguirre (hoje líder do Brasileirão) e saída de jogadores. Aí, em 2016, o clube se arrastou. Era o segundo ano da gestão Píffero e o Inter acabou por ser rebaixado, naquela que foi a mais triste temporada em sua história em mais de cem anos. O ano passado também foi ruim, sem o obrigatório título da Série B. Então veio 2018 e uma certa desconfiança relativa ao trabalho do Odair Hellmann. Mas eu escrevi, quando começou o Brasileirão: o Inter tinha grupo para ser um dos oito
melhores do Brasileirão. Confesso, a campanha até aqui me surpreende. O 3o lugar vem de maneira sólida, com boas atuações e, quem diria, até mesmo uma perspectiva de título. Muitos colorados sonham, eu prefiro os pés no chão e me contentar com uma vaga de Libertadores. Aí posso estar causando estranheza aos meus amigos gremistas. Por muito tempo o Grêmio foi tratado como chacota, pois não tinha títulos, mas celebrava a tal vaga. Ocorre que o momento do Inter, agora, é diferente. É mais ou menos como ir do inferno (Série B) ao céu (Libertadores) em um ano. Realmente um feito e tanto. Por isso, amigos, os colorados estão felizes e confiantes. E por isso, também, o Beira-Rio vai estar lotado na manhã de domingo, na partida contra o Paraná. Não se trata de soberba ou algo semelhante. É pura e simplesmente o resgate da auto-estima.
KLEITON
RODOLFO
atender todas as necessidades dos atletas desde aos mais experientes quanto aos novatos na modalidade, tenho certeza que será uma etapa inesquecível” conta organizador da etapa Elyakin Canali. A Soul Cycles é uma empresa brasileira fundada em 2010, com muito trabalho e dedicação hoje é referência no ciclismo, alçando o patamar de excelência em tecnologia e inovação na montagem de bicicletas esportivas e de lazer do país.
fenderão a Amarelinha nos jogos contra Estados Unidos e El Salvador, em Nova Jersey e Washington, respectivamente.
VASCONCELLOS
SGORLA DA SILVA
No domingo (19), Passo Fundo será a capital da Moutain Bike no Rio Grande do Sul. O espaço Calafat recebe a terceira etapa da Copa Soul RS, que tem como principal objetivo o incentivo ao uso da bicicleta na prática esportiva, seja ela competindo ou à passeio. Nesta terceira etapa já estão inscritos nas diversas modalidade mais de 250 atletas. “Preparamos um dia especial para receber ciclistas, o planejamento da prova já tem seis meses para
O técnico Tite divulgou a lista dos 24 jogadores convocados para os amistosos da Seleção Brasileira na próxima data FIFA. Os atletas de-
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Saúde mental
A necessidade de olhar para os jovens Mal adquire a maioridade e já se depara com um desafio e tanto: reconhecer a profissão que pretende abraçar como carreira. A escolha pela opção de curso no vestibular, a pressão da família e, até mesmo, da sociedade são fatores que interferem em um momento bastante particular e significativo da vida do jovem. Em alguns casos, a incapacidade de gerenciar esses conflitos pode refletir no ambiente acadêmico. Segundo levantamento feito pela Andifes, 80% dos estudantes de graduação do País relataram que já tiveram problemas emocionais, como ansiedade, desânimo, insônia, sensação de desamparo, desespero, falta de esperança e sentimento de solidão.
Páginas 03, 04 e 05
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Carta da editora Olá, leitor! Por mais clichê que possa parecer, sempre tive a sensação de que não fui eu que escolhi o jornalismo, mas ele que me escolheu. Lá na 4ª série, a professora Cleusa – sim, ainda recordo o nome – solicitou que produzíssemos um livro intitulado “Minha Vida”. O último capítulo era sobre o que gostaríamos de ser no futuro. Não titubeei: jornalista. Sempre soube, também, que a carreira no magistério, especialmente na atuação em Língua Portuguesa e Literatura, faria meu coração bater mais forte. De fato. Sou cada dia mais apaixonada pelas duas profissões que abracei: a segunda, ainda em fase de formação. O que quero dizer com essa breve visita ao passado é que, para mim, a escolha profissional foi tranquila e extremamente gratificante. Mas isso não é regra. Para muitos adolescentes e jovens, decidir qual carreira seguir pode ser um pesadelo. A pressão social e da família, muitas vezes, contribui para agravar o quadro. O que garante que, aos 17 ou 18 anos, teremos plena convicção sobre o que queremos fazer para “o resto da vida”? Nem sempre é fácil. É um turbilhão de emoções, na verdade. E nem sempre o jovem consegue gerenciar sozinho esse conflito interno. Nos últimos anos, estudos comprovaram o crescimento nos índices de depressão, ansiedade, estresse e até mesmo ideação suicida entre acadêmicos. Não só as instituições de ensino superior, mas toda a sociedade precisa olhar com muito carinho e atenção para esses números. Não são só meras estatísticas: são sonhos frustrados, são sofrimentos silenciosos, são vidas em jogo. Felizmente, hoje em dia, os espaços acadêmicos oferecem um setor específico para dar suporte aos estudantes. Com o fortalecimento de uma rede de apoio, é possível contornar as adversidades e prevenir tentativas e suicídios. É, portanto, uma questão de saúde pública. O meio acadêmico não deveria ser um espaço de adoecimento, mas de construção de novas perspectivas. O comprometimento da saúde mental passa por causas multifatoriais, logo, não surge devido a um episódio isolado. Por isso, além do auxílio profissional, o suporte de professores, coordenadores, colegas, amigos e família é essencial para esse jovem. É tempo de julgar menos e compreender mais. A matéria completa você confere nas páginas 03, 04 e 05 desta edição. Boa leitura! Daniele Freitas
ENDEREÇOS l Passo Fundo v Ce ntro de Saúde (Posto Central) Rua Fagundes dos Reis, 270 (54) 3311-6494 v Hospital São Vicente de Paulo Rua Teixeira Soares, 808 Centro (54) 3316-4000 v Hospital da Cidade Rua Tiradentes, 295 Centro/Annes (54) 2103-3333 v Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes (54) 3313-4435 v Hospital Municipal Rua Alcides Moura, 100 Centro (54) 3316-4500 v Hospital de Olhos C.L. Dyógenes A. Martins Pinto Campus I - UPF - Bairro São José w(54) 3318-0200
Prontoclínica Tv. Dr. Arthur Leite, 58 Centro (54) 3313-5100 v Bombeiros -193
l Carazinho v Hospital de Caridade Rua General Câmara 70 (54) - 3329-9898 v Ambulatório Municipal Av. Pátria – próximo a Secreta ria Municipal de Saúde Hospital de Caridade de Carazinho Centro de Especialidades Médicas (CEM) Av. Pátria – próximo a Secretaria Municipal de Saúde e Hospital de Caridade de Carazinho (54) 3331-4510 v Bombeiros -193
Acontece
Cirurgião participa de evento promovido pela Academia Americana de Artroscopia
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cirurgião de quadril, Dr. Bruno D. Roos, integrante do corpo clínico do Hospital da Cidade (HC) de Passo Fundo participou como Instrutor Associado, entre os dias 13 a 15 de julho, do Curso “Brazil to Chicago”, realizado pela Academia Americana de Artroscopia (AANA), em Chicago/EUA. O Instrutor Associado é responsável pela orientação de técnicas artroscópicas nos laboratórios do curso, além de ministrar aulas sobre o tema aos participantes do evento. O Curso “Brazil to Chicago” contou com quarenta participantes e foi sediado na Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos (AAOS) tendo como Chairman o cirurgião MD Thomas Byrd (Nashville/EUA) e como Instrutores Master, os MDs Giancarlo Polesello, Henrique Cabrita e Liszt Palmeira.
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Como o exame FAN auxilia no diagnóstico de doenças autoimunes O exame FAN (sigla para fator antinuclear) pode ajudar a diagnosticar várias doenças autoimunes, pois detecta a presença de autoanticorpos que, nos casos das doenças autoimunes, atacam as próprias células e tecidos do organismo. “A pesquisa de anticorpos contra antígenos celulares em células HEp-2, também conhecida como fator antinúcleo (FAN HEp-2), é um exame que detecta autoanticorpos contra estruturas celulares do próprio organismo.” explica a responsável técnica pelo Laboratório de Análises Clínicas do Hospital da Cidade, Sinara Chioquetta. O exame é realizado através da coleta de uma amostra de sangue, que é enviada para análise laboratorial. Lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, psoríase, hipotireoidismo, síndrome de Guillain-Barré e Síndrome de Sjögren estão entre as doenças que podem ser identificadas através da realização do FAN.
“Em condições normais, o sistema imunológico responde à invasão do nosso organismo por germes produzindo um grande número de anticorpos para combatê-los. Quando uma pessoa tem uma doença autoimune, o organismo age de forma inapropriada e passa a produzir anticorpos contra as células, tecidos e proteínas do próprio corpo, como se esses fossem agentes agressores”, pontua Sinara. O resultado deste exame auxilia no diagnóstico médico e é avaliado pelo profissional considerando os sintomas clínicos “o FAN é utilizado como suporte para o diagnóstico de doenças autoimunes sistêmicas e órgão-específico e, ainda, como “triagem” em pacientes que apresentam suspeita clínica de uma doença autoimune, especialmente aquelas com manifestações reumatológicas, como dor articular”, finaliza.
Dia Nacional de Reanimação Cardiopulmonar Aproximadamente 90% das vítimas de parada cardíaca morrem antes de chegar ao hospital. É buscando mudar essa realidade que a Liga de Emergência e Trauma da Universidade de Passo Fundo (UPF) e da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) promove, no dia 18 de agosto, das 9h às 18h, no Parque da Gare, atividades de conscientização. As ações de capacitação e entrega de materiais informativos à comunidade marcam o Dia Nacional de Reanimação Cardiopulmonar. De acordo com o acadêmico do 8º nível do curso de Medicina da UPF, Eduardo Furtado Coronel, o evento é organizado de forma integrada pelos estudantes das duas universidades e visa informar sobre a reanimação cardiopulmonar. “O objetivo é trazer a informação ensinando a comunidade a identificar uma parada e o que fazer em uma situação dessas. Dessa forma, quanto mais pessoas tiverem acesso à
Editor
Édson Coltz RP:17.059
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informação, mais vidas podem ser salvas. Há estudos que comprovam que quanto mais cedo iniciar o manejo desse paciente, mais chances de vida ele tem”, afirmou. Os estudantes explicarão sobre o procedimento de reanimação cardiopulmonar, conhecido como RCP. “O dia nacional da reanimação é de grande importância em razão de a grande maioria dos eventos de parada cardiorrespiratória ocorrerem longe dos leitos dos hospitais, ou seja, em casa, ou em locais públicos. Assim, se a comunidade aprender mais sobre o procedimento, as chances de salvarmos mais vidas são maiores, levando em conta que cada minuto em que a pessoa permanece em parada, sem reanimação, representa a perda de 10% de chances de sobreviver”, destacou a acadêmica do 5º nível da UFFS, Fernanda Corralo.
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Saúde mental
“Viver não cabe no Lattes” Ao entrar no mestrado, Dandara se deparou com uma pressão sob humana e viu a saúde ser abalada pelo peso das cobranças. Recuperada, mas ainda no programa, ela busca uma ótica otimista e aconselha outros estudantes a priorizarem sua saúde mental Isadora Stentzler isadora@diariodamanha.com
Quando Dandara* responde qual imagem a definiria nos períodos de angústia causados pela universidade, ela fala em escafandro: um mergulhador com roupas largas feitas de borracha e latão para trabalhar no fundo do mar, tamanho sufoco passava. Da graduação, foi para uma pós-graduação e ao se deparar com o mestrado e o início das pesquisas se viu também buscando ajuda médica. Dandara não quer ser identificada porque ainda está matriculada no programa que lhe dará o título de mestre. E também porque cita no início das dores um professor do próprio programa. Seu primeiro diploma viera aos 21, o segundo, aos 23, e agora corre atrás do terceiro. Essa busca, embora sempre soubesse que fazia parte das suas ambições, lhe trouxera mais angústias que o comum frio na barriga diante da pressão da academia. Era exatamente como se fosse jogada ao fundo do mar com uma roupa pesada, mas sem o oxigênio. A sensação começou gradual no início do programa. Dandara diz que muito por parte do orientador, que precisou ser trocado. – [Ele] buscava a todo instante mudar o foco da minha pesquisa para o que ele pesquisava. Tive que trocar de orientador porque não me sentia à vontade com
alguém que me descredibilizava e que me fazia se sentir intelectualmente rebaixada. Comecei a ter dificuldades pra dormir nesse processo, me sentir angustiada quando precisava falar em público, tinha medo de ser ridicularizada – lembra-se.
Isso fez com que Dandara passasse a se sentir incapaz e insegura até mesmo diante de atividades simples. O pedido de troca de orientador foi uma consequência direta para tentar acalmar a mente, bem como ajuda psicológica e também meditação.
Crises
Mas reconhecer a necessidade de ajuda muitas vezes é um processo demorado e que só acontece quando sente-se perder a autonomia da vida para os sentimentos que o possuem. E Dandara passou a se ver assim. Como a academia é um ambiente comum ao estresse dos estudantes, que acabam sofrendo com prazos apertados e acumulo de matérias – o que piora quando se tem um trabalho externo e não há possibilidade de dedicação total à pesquisa –, por vezes pensam ser um sentimento “normal” e são desacreditados até por familiares quando lamentam sobre o fardo. Dandara, felizmente, contou com uma rede de apoio que percebeu suas angustias junto com ela. Mas se fazendo mais forte do que realmente era teve a saúde prejudicada em grandes doses. O estresse e a insegurança viraram lágrimas graúdas, ânsia de vomito, nervosismo e medo que lhe causava crises. - Acho que uma das piores – narra – foi um dia que estava no ônibus indo para universidade e comecei a ter uma crise. Não conseguia respirar e pedi pra descer no meio da estrada. Não tinha como voltar, mas só não queria chegar até a aula. Então fiquei no meio da estrada, chorando, até chegar um carro perguntando se eu estava perdida. E me ajudou voltar pra casa.
Falsa meritocracia
As crises duraram cerca de seis meses e hoje são analisadas por Dandara sem o peso dos dias em que as viveu. – Existe o fator meritocrático que faz você acreditar que não há espaço pra você, ou que você não merece evoluir dentro da academia – defende. Para a estudante, uma forma de fazer essa experiência se tornar mais fácil, e o diz como conselho, é estar seguro de si, colocando a saúde mental acima das conquistas. – Somos mais importantes que qualquer curso ou especialização. Precisamos nos colocar em primeiro lugar nesse processo, não há produção que pague nossa sanidade ou nossa felicidade – defende, concluindo com uma frase conhecida que diz “viver não cabe no Lattes”. *Nome fictício para preservar a identidade da fonte
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A necessidade de olhar para os jovens Atentas ao crescimento dos índices de depressão e de suicídio no meio acadêmico, instituições de ensino superior contam com setores específicos para oferecer auxílio aos estudantes Daniele Freitas saude@diariodamanha.com
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al adquire a maioridade e já se depara com um desafio e tanto: reconhecer a profissão que pretende abraçar como carreira. A escolha pela opção de curso no vestibular, a pressão da família e, até mesmo, da sociedade são fatores que interferem em um momento bastante particular e significativo da vida do jovem. Em alguns casos, a incapacidade de gerenciar esses conflitos pode refletir no ambiente acadêmico. Segundo levantamento feito em todas as regiões do País pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), oito em cada dez estudantes de graduação relataram que já tiveram problemas emocionais, como ansiedade, desânimo, insônia, sensação de desamparo, desespero, falta de esperança e sentimento de solidão. Além disso, os dados coletados indicaram que pelo menos 10% dos graduandos já tiveram dificuldades alimentares, sentiram medo ou pânico; mais de 6% relataram ter ideias de morte e cerca de 4% já tiveram pensamentos suicidas. Os números compõem um cenário que vai muito além da estatística e alertam para um problema desafiador para as universidades: a saúde mental dos estudantes. O despreparo para, ainda ao final do ensino médio, fazer escolhas sobre a carreira é um dos fatores apontados pela professora do curso de Psicologia da IMED, Naiana Dapieve Patias, como desencadeador para conflitos internos. A falta informação, de maturidade e também de apoio emocional para a to-
As instituições necessitam criar espaços que estejam voltados a proporcionar, nos seus diferentes níveis, discussões acerca da saúde mental de seus estudantes e os impactos desta para o processo de aprendizagem
mada de uma decisão tão importante também podem ser prejudiciais. “Geralmente, há pressão da sociedade e da família para que escolham uma profissão nesse momento da vida. No entanto, é esperado que os adolescentes e jovens escolham um curso e nele permaneçam. A frase do senso comum de que escolher uma profissão deve ser para toda a vida remete à uma escolha que deve ser acertada logo de início, o que deixa muitos adolescentes e jovens ansiosos ao iniciar um curso e perceber que aquela não é a escolha adequada. Além da indecisão, eles se deparam com um ambiente de maior exigência e com muitas responsabilidade que, até então, muitos não tinham. Eles precisam se adaptar ao novo ambiente, às novas regras e novas formas de aprender”,
explica. A prevalência de transtornos mentais na população adolescente e jovem varia de acordo com os instrumentos utilizados para rastreamento, participantes e idade cronológica considerada para o estudo. Contudo, na avaliação da psicóloga, as redes sociais estão servindo como suporte para que os alunos demonstrem o que já era anteriormente constatado por estudos da área: há, no Ensino Superior, um sofrimento psíquico que está associado ao ambiente de ensino. “Isto quer dizer que, aliado à outros fatores, o ambiente das instituições de ensino contribuem para o desenvolvimento de transtornos mentais. A pressão para provas, trabalhos, a não adaptação ao ambiente, entre outros fatores, podem produzir adoecimen-
to. Há casos de tentativas de suicídio e de suicídio em estudantes universitários que têm se destacado na mídia. Isso é preocupante”, alerta. Sabe-se que nem todos os graduandos desenvolverão transtornos mentais nesses períodos de vida. Há alguns, contudo, que têm predisposições e, conjuntamente com aspectos do ambiente de ensino, adoecerão. Nesse momento, contar com o apoio da família, o apoio informacional e emocional de algum(ns) docente(s) e de colegas pode auxiliar para que o estudante consiga superar as adversidades. Nem sempre a pessoa que está em sofrimento consegue perceber que há uma saída, pois ela não está em condições emocionais para isso. Novamente, o apoio emocional de quem está perto e o
auxílio na busca de um profissional são aspectos importantes. Conforme a psicóloga responsável pelo NAE/IMED, Graziela Ribeiro, o fortalecimento da rede de apoio desse aluno cumpre papel de grande relevância para a preservação e/ou recuperação da saúde mental. “Saber que temos com quem contar é muito importante e nos confere uma maior segurança para enfrentar as adversidades. Amigos e familiares têm papel fundamental também na observação de comportamentos, alteração de humor ou sintomas que o indivíduo possa apresentar. Uma vez identificadas essas mudanças, eles precisam estar atentos para oferecerem apoio ou ainda sugerir que a pessoa busque ajuda profissional a fim de amenizar o seu sofrimento”, orienta.
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Sinais de alerta O aluno que vinha acompanhando a turma e começa a ter menor rendimento acadêmico, não consegue entregar trabalhos em tempo, não frequenta as aulas, apresenta falta ou excesso de sono, tristeza ou ansiedade são alguns indícios que podem ser percebidos por professores, colegas e amigos. A professora Naiana Dapieve Patias ressalta que demonstrar ideação suicida também é um sinal significativo. “Esse é um caso mais grave, pois, muitas vezes, o aluno pensa
Foto: Divulgação IMED
que a única saída é a morte para acabar com o sofrimento. Neste caso, é importante ficar atento às postagens em redes sociais (Twitter, Instagram, Facebook) com assuntos que indicam vontade de ‘sumir’, falas como ‘vontade de morrer’, ‘um dia eu faço algo contra mim’, ‘eu não aguento mais’, ‘melhor se eu não estivesse vivo’ ou ‘preferia estar morto’, etc. É um mito pensar que quem quer se matar não diz nada. Muitas pessoas verbalizam como um pedido de ajuda”,
esclarece. Outra orientação pertinente é que as pessoas ao redor estejam dispostas a ouvir o acadêmico sem julgamentos. “Nunca ignorar uma fala ou postagem em rede social que transmita a ideia de sofrimento ou desejo de morte. Conversar com a pessoa de forma tranquila, considerando seu sofrimento como algo importante, mesmo que pareça ser banal para quem está escutando, e colocar-se à disposição para ouvi-lo(a) sempre que necessário”, complementa.
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Foto: Arquivo pessoal
Psicóloga do SAES/UPF, Ana Luiza Funghetti Professora do curso de Psicologia da IMED, Naiana Dapieve Patias
Foto: Divulgação IMED
Espaços de atenção e de auxílio De acordo com especialistas, uma das formas mais eficazes de prevenção é o rastreio e tratamento da depressão - um dos grandes fatores de risco. Além de acompanhamento médico e psicológico, no entanto, a cooperação e sensibilização da comunidade acadêmica são apontados como essenciais para o acolhimento dos alunos. Por isso, é imprescindível que as instituições de ensino superior (IES) estejam atentas, propiciem espaço de prevenção e que os professores sejam preparados para identificar e agir diante do risco. “O docente, enquanto atua em sala de aula, é capaz de perceber sinais e, por isso, tem um importante papel. Falar sobre saúde mental e prevenção ao suicídio, sem julgamento, é um primeiro passo para a prevenção. Os alunos precisam sentir que estão sendo ouvidos pelos docentes, pelos colegas e pela IES”, aponta a professora do curso de Psicologia da IMED, Naiana Dapieve Patias. O Núcleo de Apoio ao Estudante (NAE), como é chamado na IMED, existe há aproximadamente um ano e é um espaço de acolhimento, orientação e atendimentos aos alunos que buscam auxílio na sua caminhada acadêmica e profissional, oferecendo apoio psicopedagógico e de acessibilidade a alunos com necessidades específicas. Só no primeiro semestre de 2018, mais de 100 atendimentos foram realizados. De acordo com a psicóloga responsável pelo NAE/IMED, Graziela Ribeiro, a relevância do espaço se justifica, tam-
bém, pelo crescente aumento no número de ingressantes no ensino superior aliado aos elevados índices de evasão. “Estudos indicam, ainda, o crescente desenvolvimento de sinais de depressão, ansiedade e estresse em estudantes de ensino superior, além do desenvolvimento de transtornos mentais nessa população, sugerindo a necessidade de discutir e propor medidas de manejo desse sofrimento com o objetivo de proporcionar bem-estar e favorecendo a permanência deles no ambiente universitário. Desta forma, as instituições necessitam criar espaços que estejam voltados a proporcionar, nos seus diferentes níveis, discussões acerca da saúde mental de seus estudantes e os impactos desta para o processo de aprendizagem”, salienta. O motivo que leva os alunos a buscarem o setor são diversos, não havendo uma única causa. Conforme a psicóloga, as principais demandas apresentadas dizem respeito a dificuldades de adaptação às exigências acadêmicas para os ingressantes. “Muitas vezes, o aluno tem na faculdade ou no curso escolhido idealizações que, na prática, não se confirmam. Além disso, existe a preocupação com o desempenho e a inserção no mercado de trabalho, principalmente nos alunos concluintes. Também apresentamse questões de ordem pessoal e história pregressa do aluno, que, inevitavelmente, acabam impactando no processo de aprendizagem”, pontua. Nos últimos anos, o NAE identificou uma crescente de sintomas de estresse e depressão no âmbito acadêmico. “Em muitos casos, os sintomas são mais severos e necessitam de acompanhamento especializado. Se ficarmos atentos, veremos, ainda, serem noticiados seguidos casos de tentativas e/ou suicídio
de estudantes, e também um crescente número de páginas em redes sociais que procuram oferecer espaços aos estudantes para falarem sobre saúde mental - fator que tem levado muitas instituições a criarem espaços ou núcleos com intuito de auxiliar os jovens nessa trajetória”. Na Universidade de Passo Fundo (UPF), o Setor de Atenção ao Estudante (SAES) foi criado há aproximadamente dez anos, mas, nos últimos cinco, ganhou dimensões maiores devido aos investimentos feitos pela instituição e à própria realidade dos alunos. “O aluno que chega à universidade para estudar traz consigo a sua carga de vida. Talvez, antigamente, não houvesse esse olhar para a integralidade do desenvolvimento desse estudante. Esse setor foi criado justamente para atender a casos de jovens que, ao ingressar no ambiente acadêmico, se deparam com dificuldades de diferentes ordens”, explica a psicóloga Ana Luiza Funghetti, que atua no SAES/UPF. O espaço não atende somente pessoas com dificuldades de aprendizagem, mas trabalha conjuntamente com o professor, o coordenador e a família para criar toda uma rede, uma estratégia para que o aluno consiga superar essa dificuldade emocional e dê continuidade aos seus estudos. Atualmente, o SAES trabalha em três eixos: o atendimento psicológico, o psicopedagógico e a tecnologia assistiva (inclusão a alunos com deficiência). São mais de 20 profissionais de formação diferente que integram a equipe do setor, incluindo psicólogos, pedagogos e psiquiatras. “Percebemos, cada vez mais, o aumento do número de casos de extrema ansiedade, de depressão e de ideação suicida, e sempre ficamos muito atentos a isso.
Temos a questão da separação da família, de alunos que vêm muito jovens para uma vivência em uma cidade distante, onde eles viverão pressões e desafios da própria formação. Às vezes, o próprio encontro com essa nova aprendizagem mobiliza uma ansiedade que eles não imaginavam. Estamos aqui para escutar a demanda do aluno, o que ele está vivendo no momento”, reforça. Além do atendimento individual, o setor também oferece trabalhos de oficinas em grupo, como a Oficina de Comunicação, Expressão e Oratória, de Meditação, de Educação Financeira e de
Psicóloga responsável pelo NAE/IMED, Graziela Ribeiro auxílio na produção do projeto de pesquisa, além das aulas de apoio para alunos com dificuldade em alguma disciplina do curso. “Dados comprovam que mais de 70% dos estudantes que recebem esse auxílio têm êxito no semestre”, finaliza.
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Novo estudo
Vitamina D pode prevenir desenvolvimento de miomas Pesquisa revelou que mulheres com deficiência do nutriente têm mais riscos de ter miomas do que aquelas com níveis adequados
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ocê já deve ter ouvido falar que a vitamina D é essencial para a sua saúde, principalmente para prevenir a osteoporose. Deve saber também que a melhor maneira de ativar a síntese desse nutriente é tomando sol. Entretanto, a novidade é que estudos têm demonstrado que mulheres com miomas, em geral, apresentam deficiência da vitamina D. Seria então a vitamina D um fator de proteção contra os miomas? Segundo um estudo publicado no jornal científico Fertility and Sterility, a deficiência de vitamina D desempenha um papel significativo no desenvolvimento de miomas uterinos. Os pesquisadores apontaram que a vitamina D3 (um dos tipos do nutriente) reduz a proliferação de células do leiomioma in vitro e o crescimento dos tumores em modelos animais in vivo. No estudo, as mulheres com menores níveis da substância apresentaram casos mais graves de miomas. Já as mulheres com níveis suficientes de vitamina D eram menos propensas a desenvolverem os tumores. Como uma vitamina, conhecida por proteger seus ossos, pode proteger o útero contra os miomas? A explicação é que a vitamina D exerce ações diretas ou indiretas em mais de 200 genes envolvidos na regulação do ciclo celular. Ela participa de diversos processos no organismo, incluindo a regulação da proliferação e diferenciação celular, a angiogênese (crescimento de novos vasos sanguíneos a partir dos já existentes) e a apoptose (morte celular programada). Ou seja, todos esses processos participam do desenvolvimento de um tumor, que nada mais é do que o crescimento anormal e desordenado das células. Para corroborar a tese, um estudo publicado em março deste ano, no BMJ, feito com 33.736 pessoas, que foram acompanhadas durante 16 anos, mostrou que níveis adequados da vitamina D reduziram o risco de desenvolver um câncer em 20%.
Como saber se você tenho bons níveis da vitamina D? Segundo estudos internacionais, estima-se que aproximadamente 40% dos adultos apresentam a hipovitaminose D, cujo principal fator é a falta de exposição solar. “O Brasil está abaixo da linha do Equador, portanto, aqui a incidência dos raios solares é maior e temos mais dias ensolarados do que os países localizados no hemisfério norte. Mesmo assim, poucas pessoas têm o costume de tomar sol por conta os riscos do câncer de pele e do fotoenvelhecimento”, explica o ginecologista Dr. Edvaldo Cavalcante. Mas, o médico alerta: tomar sol é fundamental! “Infelizmente, os hábitos da sociedade moderna, como trabalhos em lugares fechados e menos tempo ao ar livre, podem levar à deficiência da vitamina. Portanto, a recomendação é tomar sol, de preferência com braços e pernas expostos, durante 20 minutos”. Como ou sem protetor? Este é um assunto controverso no meio médico. Alguns estudos dizem que o protetor atrapalha a absorção dos raios UVB pela pele. Mas, em maio deste ano, a Sociedade Brasileira de Dermatologia apresentou um estudo revelando que o uso do filtro solar não impacta na absorção do nutriente. Segundo a pesquisa, a pessoa pode usar o protetor solar e tomar sol até às 10h ou depois das 16h. Como identificar se tenho deficiência? “Para ver se os níveis da vitamina D estão bons, é possível fazer exames de sangue. Há suplementos que podem ser indicados, mas é preciso cuidado na administração, pois em altas quantidades, a substância pode ser prejudicial. Por isso, somente o médico pode fazer essa avaliação e prescrever a suplementação”, afirma o Dr. Edvaldo. Quanto à prevenção dos miomas, os estudos devem continuar para esclarecer melhor os mecanismos da vitamina D na formação dos tumores e para investigar se a substância pode ajudar também no tratamento dos miomas.
Qual a indicação para manter a saúde? Na prática, é assim: você coloca alimentos ricos em vitamina D no seu prato, mas para que ela seja absorvida e sintetizada pelo seu organismo, você precisa tomar sol.
Veja uma lista dos alimentos ricos em vitamina D: •Ostras •Salmão, arenque, atum ou sardinha •Ovos
Infelizmente, os hábitos da sociedade moderna, como trabalhos em lugares fechados e menos tempo ao ar livre, podem levar à deficiência da vitamina
•Fígado de boi ou de galinha •Laranja •Cogumelos (shitake) •Leite e derivados
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Sábado e domingo, 18 e 19 de agosto de 2018 Passo Fundo - Carazinho
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Contribuição
Evento que ocorreu na última semana, em Passo Fundo, vai beneficiar entidade referência em saúde da visão por meio de doação
A
comunidade passo-fundense foi peça fundamental para o sucesso da segunda edição do Bazar Solidário Mmartan, realizado entre os dias 9, 10 e 11 de agosto, na Sede Social do Clube Caixeiral Campestre, no Centro. A proposta do evento, segundo a organização, é entendida como forma de apoiar instituições idôneas que atendam pacientes com deficiências especiais, buscando, ao mesmo tempo, fortalecer o nome da marca na região. De acordo com uma das organizadoras do bazar, a empresária Marília Casali Perottoni, 35 anos, todos os produtos foram vendidos com descontos de até 50% e uma parte das vendas será revertida para a instituição. “Por ser da região, eu já conhecia o trabalho desenvolvido pelo Hospital de Olhos de Passo Fundo há muitos anos e foi um imenso prazer firmar essa parceria”, revela. Na segunda edição, a avaliação de Marília foi extremamente positiva, já que o bazar atingiu as expectativas de vendas e de público. “Apesar dos dias bastante frios, tivemos uma média de público muito boa, como já havíamos esperado. Passo Fundo é uma cidade muito acolhedora e solidária. As pessoas se sentem satisfeitas em comprar no bazar porque ao mesmo
Fotos: Bruna Focking/Ascom Clube Caixeiral Campestre
Bazar Solidário arrecada R$ 8 mil para Hospital de Olhos
tempo em que adquirem um produto de qualidade, estão praticando o bem e ajudando a promover saúde para outros”, comemora a empresária. O balanço final indicou uma doação no valor de R$ 8 mil para o Hospital de Olhos, valor que será revertido às obras de ampliação e modernização da estrutura da instituição, consolidada como referência em saúde da visão para 1,6 milhão de gaúchos de toda a macrorregião Norte do Rio Grande do Sul.
A franquia A Mmartan é uma empresa especializada em cama, mesa e banho que atua há 33 anos no mercado. A segunda edição do Bazar Solidário foi promovida pela franqueada Mmartan Iguatemi Caxias, de Caxias do Sul.
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Artigos
Indicações dos Implantes Dentários para o Paciente da Terceira Idade Escrita pela Dra. Adriana Matiotti, Especialista em Implantodontia Prótese Dentária.
O
s tratamentos odontológicos utilizando implantes dentários estão em evolução constante e atualmente são considerados a melhor opção para repor dentes perdidos. Ainda assim, existem muitas dúvidas por parte da população quanto à utilização dos implantes para pacientes da terceira idade. Os implantes dentários e próteses retidas por implantes são opções de tratamento viáveis para os pacientes idosos já que a maioria dos pacientes idosos vive de forma saudável e são ativos. É grande o número de pacientes geriátricos que experimentam dificuldades em obter uma adequada função mastigatória eficiente, estável e confortável com as próteses removíveis e dentaduras convencionais. A relação entre função mastigatória, digestão e nutrição funcional tem sido objeto de vários estudos e a conclusão desses estudos e que quando a mastigação é comprometida, o estado nutricional e a absorção de bons nutrientes de igual modo também estarão. Se a mastigação não é
eficiente, o idoso terá preferência para se alimentar de alimentos pastosos de menor valor nutritivo e mais calóricos, com a tendência de evitar alimentos fibrosos e mais nutritivos. Nos últimos anos os implantes assumiram grande importância entre a população geriátrica porque além de melhorar a estética e a função mastigatória, as próteses suportadas por implantes podem prevenir a perda da autoestima e combater o isolamento social causado pela ausência ou deficiente composição e aparência dos dentes. Os dentes em bom estado e próteses bem executadas permitem que o indivíduo desfrute do envelhecimento com boa qualidade de vida física, social e psicológica. Uma reabilitação protética suportada por implantes favorece melhoria na função mastigatória que pode ser medida na velocidade do deslocamento mandibular devido à maior estabilidade e retenção dos dentes artificiais. Os tratamentos e reabilitações odontológicas utilizando implantes dentários atingem patamares elevados de sucesso na clínica tanto para pacientes jovens quanto para os idosos e a idade não é considerada uma desvantagem que excluirá o paciente dos tratamentos extensos. Está indicado o tratamento odontológico com implantes para o paciente idoso quando: - A dentadura ou prótese removível fica instável -Quando o paciente não se adapta às próteses convencionais -Quando as próteses não oferecem eficiência mastigatória
- Quando o paciente não aceita usar uma prótese removível. - Sempre que houver perda ou falta de algum dente. As vantagens do tratamento odontológico com implantes seriam: - Excelente estética, - Próteses mais firmes, -Melhor mastigação e conforto -Sensação de ter os dentes naturais novamente Sempre que o idoso apresentar necessidade de tratamento odontológico será recomendado o rápido início em idosos ao invés de adiamento, contando com o seu estado de saúde geral e capacidade de colaborar e também com a capacidade manual para bem higienizar as próteses. O início mais precoce do tratamento prevenirá agravamento do problema existente. Alguns requisitos são necessários para que o tratamento odontológico utilizando-se implantes dentários seja indicado com segurança para o paciente idoso. Os pacientes da terceira idade necessitam ter boa saúde geral, e boa condição óssea para a instalação dos implantes. Muitas inovações nas técnicas cirúrgicas e aperfeiçoamento na fabricação dos modernos implantes permitem procedimentos mais simples, evitando a necessidade de enxertos ósseos e maior rapidez para a finalização do tratamento. O diabetes e doenças cardiovasculares não serão impeditivos para o tratamento e uma avaliação médica será complementar ao exame odontológico antes da instalação dos implantes. As cirurgias bem indicadas são muito seguras e os pacientes terão muitos benefícios após o tratamento ter sido realizado desde que o diagnóstico e os cuidados necessários sejam adequados, levando-se em consideração todas as peculiaridades competentes ao paciente idoso.
Nova opção de tratamento para o câncer de próstata não metastático aprovado nos EUA e no Brasil Escrito pelo Dr. Rodrigo Ughini Villarroel, Oncologista – Melanoma – Pele – Mama – Urológico (CRM: 21309). E-mail: contato@drvillarroel. com.br
A
agência regulatória norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou em 13 de julho de 2018 a utilização do agente anti-hormonal enzalutamida para tratamento dos pacientes com câncer de próstata não metastático resistentes a castração. No território nacional, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) também ampliou as indicações de tratamento com enzalutamida em 30 de julho de 2018, adicionando a mesma indicação de tratamento recentemente aprovada nos Estados Unidos. Tais aprovações referemse a uma nova indicação de tratamento para essa droga e baseiam-se nos resultados do estudo PROSPER, apresentado no início deste ano no congresso Gênito-urinário da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCOGU) e recentemente publicado no reconhecido periódico médico New England Journal of Medicine. Trata-se de um estudo que avaliou 1401 pacientes com câncer de próstata não metastático (sem envolvimento de outros ór-
gãos), mas que haviam falhado ao tratamento de bloqueio hormonal e que apresentavam critérios de alto risco para desenvolverem metástases. Esta era até o momento uma situação sem nenhum tratamento eficaz disponível, portanto, o estudo comparou o tratamento com enzalutamida ou placebo. Houve uma clara vantagem para os pacientes que receberam enzalutamida, com uma redução significativa de 71% no risco de metástases ou morte. Em relação aos dados de segurança, as taxas de eventos adversos mais frequentes foram fadiga, fogachos, hipertensão, vertigem e náuseas. A medicação enzalutamida já estava aprovada previamente no Brasil, mas apenas para pacientes com doença mais avançada, ou seja, que já apresentavam evidência de metástases.