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(Sobre)Viver com o HIV
Sábado e domingo, 1º e 2.09.2018 , Passo Fundo
Na contramão do investimento em campanhas de conscientização sobre a importância de usar o preservativo nas relações sexuais, há o aumento no número de pacientes que vivem com HIV. Só em Passo Fundo, a média é de cem novos casos anuais. Mais do que encarar o tratamento contínuo, viver com o vírus significa enfrentar o preconceito gerado pelo desconhecimento.
+saúde
DIÁRIO DA MANHÃ - 1 60% da produção do RS passa pela BR-285 Última reportagem da série especial sobre a rodovia, que tem sua importância confirmada pelos números, mostra a escassez de trechos duplicados no estado, que somam apenas 3,52% da malha rodoviária. Lideranças locais atribuem a falta de iniciativa política para que obra seja executada.
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Sábado e domingo, 1º e 2.09.2018
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parece não ser visto
Com importância indiscutível à população - abastece 40% das torneiras da cidade - o Rio Passo Fundo cruza o município sem a atenção que merece, comumente usado como depósito de lixo ou de esgoto. Desde a década de 70, entidades ecológicas lutam por sua preservação e valorização, mas o crescimento urbano desordenado e a poluição são alguns dos fatores que impedem esse recurso hídrico de prosperar, e não somente ele, mas todo o ecossistema. Págs 8 e 9
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O rio passa, mas
RADAR
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Dia D de vacinação
Dom Rodolfo Luis Weber Arcebispo de Passo Fundo
Semana da Pátria
É notícia na Diário
Não perca a programação de fim de semana da Diário AM 570 e confira todas as informações da segurança pública e dos principais fatos. Ouça e acesse diariodamanha.com
CTG realiza concurso para novos Peões e Prendas O CTG Felipe Portinho realiza neste sábado (1º) o 32º Entrevero Cultura de Peões e 50ª Ciranda Cultural de Prendas, fase interna da entidade. Na oportunidade, serão conhecidos os novos peões e prendas da gestão 2018/2019 nas modalidades: Boneca de Galpão, Prenda Dente de Leite, Prenda Pré Mirim, Prenda Mirim, Prenda Juvenil, Prenda Adulta, Piazito, Piá e Peão. O concurso, que iniciará as 08h30min e seguirá até a noite, contempla prova escrita, prova oral e prova artística. Além disso, as prendas realizam a mostra folclórica e os peões realizam a prova campeira, de chimarrão e encilhar o cavalete. Após jantar e integração, será divulgado o resultado, com a entrega das faixas e crachás para a nova gestão. Os novos peões e prendas terão a responsabilidade de representar o CTG nos eventos internos, regionais e estaduais, a fim de preservar e levar adiante a cultura do Rio Grande do Sul, através da juventude tradicionalista. Além disso, as categorias mirim, juvenil e adulta participarão no ano de 2019, da fase regional do concurso, onde serão conhecidos as prendas e peões da 7ª Região Tradicionalista.
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DATAS COMEMORATIVAS
01/09 Início da Semana da Pátria Dia do Profissional de Educação Física 02/09 Dia do Repórter Fotográfico
Apoio à cultura Um dos mais tradicionais eventos culturais do Rio Grande do Sul, o Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo é realizado graças ao apoio que recebe, por exemplo, da Comercial Zaffari, que patrocinou o evento por mais um ano. Em sua 14ª edição, o Festival aconteceu de 17 a 25 de agosto de 2018, em Passo Fundo. A Comercial Zaffari além de receber os grupos diariamente para apresentações nos supermercados de Passo Fundo e também nas lojas com a bandeira Stok Center, preparou diversas atividades interativas que chamaram a atenção do público. Com um stand montado no Casarão da Cultura no parque da Gare, em torno de 10 mil balões personalizados foram entregues ao longo
FUNDADOR Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) PRESIDENTE-EMÉRITO Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
dos nove dias de evento. Bolas gigantes que passavam de mão em mão, faziam a alegria de quem chegava mais cedo para as apresentações. Além disso, um quiz de perguntas e respostas foi montado com informações sobre as lojas e a história da Comercial Zaffari. A atividades contaram ainda com a presença do mascote da Comercial Zaffari, o Gauchinho. “A Comercial Zaffari considera a iniciativa uma das mais importantes expressões culturais do país, por isso investe na viabilização do evento como patrocinadora master e também como parceira, incentivando e engajando-se de forma efetiva na programação do Festival Internacional de Folclore”, registrou a empresa, em nota. Foto divulgação
A Semana da Pátria é uma oportunidade para olhar para o passado. É necessário recordar, estudar e aprofundar a história para compreender o presente e para projetar o futuro. Os cidadãos brasileiros são fruto de uma multiplicidade de origens étnicas e culturais, de nativos e imigrantes. Isto gerou um país de múltiplas faces, com elementos positivos e também muitos conflitos, muitos deles ainda não resolvidos. Este processo de formação da pátria brasileira foi relativamente rápido e continua acontecendo com a chegada diária de imigrantes. A história de um país não se resume a alguns personagens e a alguns fatos coletados nos livros. É verdade que alguns acontecimentos são mais decisivos e envolvem pessoas que exerciam funções de liderança, mas não podem ser esquecidos os cidadãos anônimos e as comunidades locais ou municipais que contribuíram decisivamente. A valorização do local situa o cidadão dentro do país. Aquela parte faz parte do todo e o todo só existe por causa das partes. Valorizar o local é colocar os pés no chão. Qual é a situação da nossa pátria no presente? Por que o Brasil está assim? De quem é a responsabilidade? Vive-se neste contexto real. Fazer uma análise de conjuntura que seja verdadeira e objetiva é uma tarefa extremamente desafiadora. Cada cidadão tem seu ponto de vista a partir do qual olha, julga e projeta o país. Mas, permanecer no próprio ponto de vista e não se abrir a outros pontos de vista fixa a pessoa numa visão restrita da realidade. Temos que admitir que a situação do Brasil poderia e deveria ser muito melhor considerando a nossa história, os recursos culturais, naturais, econômicos, etc. Entre os maiores problemas existentes podem ser citados: a marginalização de uma multidão de brasileiros; a injusta desigualdade social; as diversas formas de violência; um deficiente sistema educacional; o limitado acesso à saúde; a manutenção legal de um pequeno grupo de privilegiados; a falta de reformas em estruturas que há muito tempo necessitam ser revistas. Uma leitura adequada da realidade presente permite projetar o melhor possível para o amanhã. A quantidade de problemas a serem enfrentados não tem solução fácil, imediata, como também os recursos existentes são limitados. O ensinamento social da Igreja tem alguns princípios para a construção da sociedade. O primeiro e fundamental princípio que agrega todos os outros é “a dignidade da pessoa humana”. A pessoa humana é o centro e a finalidade de toda estrutura estatal, da política e da economia. Nenhuma pessoa pode ser instrumentalizada e nem ser diminuída em sua dignidade. Da dignidade, unidade e igualdade de todas as pessoas derivam os outros princípios: bem comum, destinação universal dos bens, subsidiariedade, participação, solidariedade, caridade e os valores fundamentais da vida social: verdade, liberdade e justiça. Como existem diferentes leituras da realidade, assim também existem diferentes propostas de construção do país. Os princípios servem de norte para os planos a serem definidos, como também critério de avaliação da qualidade das propostas. Informações verdadeiras sobre o país, como valor fundamental da vida social, é um direito de todos os cidadãos, mesmo que não sejam agradáveis de serem admitidas, porém são o começo da construção do futuro. Foi decepcionante ler a manchete numa coluna de jornal: “Candidato que falar toda verdade não se elege”. Tomara que não seja verdade.
Com a baixa cobertura vacinal da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo, Passo Fundo promove mais um dia D neste sábado (1º), das 8h às 17h, nas 24 salas de vacinas do município. Até o momento, foram aplicadas 7.057 doses contra poliomielite e 7.063 doses contra o sarampo, o que representa 70,91% e 70,97% da meta, respectivamente. A meta é imunizar 95% da população-alvo. O objetivo é vacinar indiscriminadamente contra poliomielite e sarampo as crianças de 1 a 4 anos 11 meses e 29 dias de idade. É importante levar a carteira de vacinas e o cartão SUS (quando disponível). “O Brasil registra casos de sarampo em oito estados, sendo que o RS é o terceiro estado com maior número de casos, 23 casos até o momento. Em nosso Estado, o sarampo apresenta mais de uma cadeia de transmissão, tornando-se imprescindível que a população esteja protegida por meio da vacinação”, alertou a coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Raquel Schwaab Silva Carneiro.
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POLÍTICA
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DIÁRIO DA MANHÃ -
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Passo Fundo mantém índice do FPM IBGE divulgou populacional crescimento estimado de 1,49% no município, passando dos 200 mil habitantes. Dado é levado em conta para a destruição de recursos da União caetano@diariodamanha.com
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou esta semana a estimava populacional para os municípios brasileiros em 2018, apontando que a população brasileira passou de 207.706.355 para 208.494.900 milhões de habitantes, um aumento de 0,38% em comparação ao último levantamento. Saber a população residente de uma cidade é importante por refletir no recebimento de recursos da União, através do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Pela estimativa do IBGE, Passo Fundo alcançou os 201.767 habitantes esse ano, um crescimento de
1,49% em relação aos 197.700 moradores apontados em 2017. Desde a divulgação do último Censo Demográfico, realizado em 2010, este é o segundo maior índice de crescimento populacional registrado no município. O maior crescimento foi de 3,8%, mensurado em 2013. As estimativas da população são o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos municípios. A projeção é delineada pelos dados captados nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010). A divulgação oficial do crescimento populacional será levantada na nova edição do Censo, prevista para 2020.
População reduz em mais da metade dos municípios
Foto Rafael Lopes / DM
Caetano Barreto
Maior crescimento populacional foi de 3,8%, registrado em 2013
Em 2018, pouco mais da metade da população brasileira (57,0% ou 118,9 milhões de habitantes) vive em apenas 5,7% dos municípios (317), que são aqueles com mais de 100 mil habitantes. As estimativas do IBGE são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União para os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “O FPM é a distribuição de uma parcela de 23,5% da arrecadação Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que a União repassa aos municípios. Desse repasse, 10% são para as regiões metropolitanas, 86,4% são para os municípios do interior, e 3,6% ficam numa reserva do fundo. A distribuição é baseada na estimativa da população e
na renda per capita”, explica o secretário de Finanças de Passo Fundo, Dorlei Maffi. Comparado com o ano anterior, 2.933 municípios (52,7% do total), apresentaram redução populacional; enquanto 47,1%, tiveram crescimento; e apenas 0,2% permaneceram iguais. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta que 135 localidades foram impactadas com redução do coeficiente e 105 com aumento, acarretando mudanças na participação do FPM e, consequentemente, no repasse de verbas. No Rio Grande do Sul, apenas 13 municípios terão o coeficiente reduzido, incluindo Cruz Alta, Planalto e Giruá. Ao todo, 14 municípios terão participação maior no coeficiente, como Serafina Corrêa, Lajeado e Sarandi.
Passo Fundo não tem alteração no FPM Maffi relata que o município não terá modificação nos repasses. “Essa nova estimativa do IBGE para a distribuição de 2019 não vai alterar nada para Passo Fundo, pois a cidade já está no índice máximo que é de 4% destinados a municípios com população superior a 156 mil habitantes”. O secretário também indica que a verba aumentou. “Esse ano inclusive houve um acréscimo em relação ao ano passado, o governo federal gerou uma boa arrecadação, e
nos garantiu uma receita melhor que o primeiro trimestre”. Maffi aponta que o recurso é de grande importância na receita municipal. “O FPM é de livre utilização, é uma receita muito importante que é utilizada nas diversas necessidades e recursos que a prefeitura tem. É uma das suas vantagens, como ocorre com a distribuição do ICMS. O único vínculo desse repasse, é que 20% do FPM vai para o Fundo de Desenvolvimento da Educação (FUNDEB)”.
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POLÍTICA
Metade dos municípios onde ocorre a inversão está em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e em Goiás A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) identificou - baseada na estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada esta semana - que em 308 cidades do Brasil o número de eleitores é maior que o de habitantes. Metade dos municípios onde ocorre a inversão está em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e em Goiás e todos são de pequeno porte. Em todo o país estão aptos para votar 146,8 milhões de eleitores, o que corresponde a 70,4% da população brasileira, de 208,5 milhões. Os menores colégios eleitorais do país estão em cidades com menos ou pouco mais de mil habitantes. O município com menor número de eleitores é também o menor do país em habitantes: Serra da Saudade (MG), com 941 para 786
habitantes. De acordo com a pesquisa da CNM, a maior diferença entre o eleitorado e a população residente ocorre em Canaã dos Carajás (Pará). A cidade tem 3.805 eleitores a mais que habitantes. Em Severino Melo (RN), Cumaru (PE) e Maetinga (BA), a disparidade entre eleitores e residentes também é maior do que 3,2 mil. Em relação aos municípios que têm menos eleitores entre os habitantes, Balbinos (SP) é o primeira do ranking, com 5.532 habitantes e eleitorado de apenas 1.488. Em seguida, a proporção de eleitores em relação ao número de habitantes abaixo de 30% ocorre em cidades do interior do Pará: Água Azul do Norte, São Félix do Xingu e Ulianópolis. As capitais representam os maiores colégios eleitorais. Em números absolutos, São Paulo lidera a lista com 9 milhões de eleitores, o que representa cerca de 6% do total brasileiro. Em seguida, vêm o Rio de Janeiro, com 4,8 milhões de eleitores (3,3,e Brasília, com cerca de 2 milhões de eleitores (1,42%).
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Proposta de defesa do empresariado e do produtor Candidato a deputado federal pelo PSB, Saul Spinelli, respondeu a perguntas durante a rodada de entrevistas promovida pela Rádio AM 570 com nominata que concorre a cargos eletivos nestas eleições
ELEIÇÕES
O quarto candidato à Câmara dos Deputados a participar da sabatina promovida pelo Grupo Diário da Manhã foi Saul Spinelli, do PSB. Durante a entrevista, o postulante justificou sua candidatura ao cargo de deputado federal relembrando as mais de três décadas de vida comunitária na qual atuou ao lado de instituições políticas. “Nós precisamos, assim como todos, participar mais. Não só da vida política, mas também da vida escolar, comunitária, dos sindicatos, entidades de classe, porque a sociedade se move por meio das ações das pessoas. O meu espaço ocupado na política serviu sim, para um debate coletivo, a união de forças, na melhoria da vida das pessoas”, citou. Ao citar a ausência de representatividade passo-fundense no Legislativo Federal, o candidato ressaltou a importância da função de um deputado federal e se comprometeu, caso eleito, de tra-
Foto: Paula Steffenon/DM
Eleitores superam habitantes em mais de 300 cidades
DANIEL ROHRIG
Saul Spinelli, candidato a deputado federal pelo PSB tar de assuntos referentes ao empresariado e ao produtor local, com a regulamentação de mecanismos que facilitem a comercialização de produtos. “Uma pauta que será tratada com atenção é a questão de quem produz laticínios e derivados aqui na cidade e que está impedido que vender esses produtos em outras cidades, por conta de questões burocráticas e de regulamentação dentro de um sistema federal e estadual de controle. Outros municípios da região já têm essa questão solucionada, menos nós. Então vamos pressionar o governo do RS para faz essa vistoria e a respectiva adequação. O governo, se não pode ajudar que também não atrapalhe”, apontou. Spinelli também criticou o novo en-
tendimento do STF sobre as terceirizações e garantiu que quem onera a sociedade são os impostos e não os direitos do trabalhador. Diante das demandas regionais elencadas como prioritárias para a região – a duplicação da BR 285 e o reforço no efetivo da Brigada Militar e da Polícia Civil – Spinelli defendeu a unificação de lideranças para obter, a médio e longo prazo, a garantia das obras e do atendimento das necessidades indicadas. “Não é falta de dinheiro que impede a duplicação da rodovia, é falta de união das lideranças. Tem dinheiro para o presídio e ele não saiu do papel. Tem dinheiro para o aeroporto e ele ainda não saiu do papel. Por quê? Falta de articulação política. E quanto a segurança pública, além de mais efetivo, salários em dia, nós temos que equipar as polícias e investir em inteligência. Pautas em benefício da população devem ser debatidas por toda a bancada federal gaúcha, independente do posicionamento ideológico”, finalizou. O candidato pelo PSB defendeu a limitação do número de vezes que uma mesma pessoa possa se reeleger como deputado, sugerindo a permissão para até dois mandatos consecutivos.
CIDADE
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Fiscalização de estacionamento é questionada Caetano Barreto
caetano@diariodamanha.com
Quem circula em seu veículo no centro da cidade deve atentar a uma série de regulamentações e legislações, implementadas para melhorar a circulação de veículos e evitar que incômodos na hora de estacionar. Mesmo já alicerçada e aceita pelo comércio e moradores, a fiscalização do estacionamento na área central ainda é questionada em diversas formas, principalmente na atuação e repreensão a condutores que desrespeitam a legislação. Criado há exatamente oito anos, o estacionamento rotativo pago nas vias públicas de Passo Fundo é de responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento de Passo Fundo (Codepas), que fiscaliza atualmente mais de 1,4 mil vagas na área central do município.
Foto Caetano Barreto / DM
Entidades e empresas de carga e descarga cobram maior fiscalização. Coordenador do serviço alega que somente o efetivo maior não solucionaria o problema
Comércio pede atuação na Área Azul
Área Azul completa oito anos, e comerciantes pedem maior fiscalização
O assunto foi pauta de uma reunião organizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Passo Fundo (CDL), que solicitou mais eficiência na fiscalização. “Participamos diretamente do processo de implementação do estacionamento rotativo e acompanhamos as mudanças e modernizações que já ocorreram, porém, sabemos que a fiscalização ainda não é efetiva”, destacou a presidente da CDL, Carina Sobiesiak. O diretor presidente da Codepas, Tadeu Karczeski, entende o questionamento. “Estamos com deficiência de gente na fiscalização do estacionamento. Nós temos a autorização do Conselho da Administração para efetuar o contrato temporário, mas isso
acabou não ocorrendo pois a empresa contratada que ganhou a licitação estava com impedimentos no tribunal de contas. Agora nós estamos focados em seguir com o edital do concurso, e estamos com o prazo estipulado para as empresas se manifestarem”. O diretor da Codepas também estuda ampliar a Área Azul. “Em áreas da Avenida Presidente Vargas, e nas proximidades do Hospital da Cidade, muita gente reclama que não consegue chegar os consultórios, no hospital na hora marcada, pois tem gente que estaciona o carro e deixa o dia todo lá. Esses pedidos já foram anexados ao processo e já estão com a Secretaria de Segurança Pública para a Administração publicar o edital”.
“Cultura do condutor é de infringir” O problema de pouco efetivo na fiscalização e autuação também foi levantado pelas empresas de frete e mudanças. “Estamos encontrando muita dificuldade em estacionar nas vagas de carga e descarga, pois é comum ver veículos particulares que ocupam esses lugares praticamente o dia inteiro. Sempre acionamos a Guarda de Trânsito Municipal, e eles alegavam que estão em outras ocorrências e não podem nos atender. Quando questionamos a razão, eles sempre informam que tem uma defasagem de pessoal”, relata o proprietário de uma empresa de mudanças, Edmar Rosa Possebom.
O coordenador da Guarda Municipal de Trânsito, Ruberson Stieven, confirma que as irregularidades são um problema. “Em Passo Fundo, hoje, no ranking das infrações mais cometidas, em primeiro lugar estão as infrações de estacionamento, que incluem o estacionamento em vagas de carga e descarga, embarque e desembarque, em pontos de ônibus, em vagas para deficientes, parada em fila dupla, e a parte da área azul. É a mais notificada pela fiscalização, tanto pelos agentes de trânsito, como também pela Brigada Militar, que também faz autuações nesse sentido”. Stieven defende que um efetivo maior não resolve-
ria a situação. “Infelizmente, a cultura do nosso condutor é a de infringir a lei, todo mundo pensa no individual, quando a legislação é pensada no coletivo. Eu não tenho como manter um agente de trânsito em cada vaga exclusiva, em cada quadra, para fiscalizar”. O coordenador da Guarda também critica que muitos reclamantes também desrespeitam a lei. “Uma vaga carga e descarga, mesmo ocupada, não dá direito a quem esteja trabalhando fazendo usa entrega estacionar em fila dupla. Se a gente constata as duas irregularidades, os dois são notificados, até quem acionou a guarda, que acha ruim, mas a legislação é para todos”, conclui.
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CIDADE
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Inicia contagem regressiva para inauguração do Passo Fundo Shopping Serão mais de 170 operações, praça de alimentação com vista panorâmica para a cidade e complexo de cinemas com cinco salas A contagem regressiva para a abertura do Passo Fundo Shopping começou. Uma confraternização entre lojistas, comitê técnico e de obras marcou, no dia 30 de agosto, os 70 dias que faltam para a abertura ao público, no dia 8 de novembro. Uma placa de contagem regressiva foi instalada em frente ao empreendimento, construído na Av. Presidente Vargas. Antônio Roso, sócio investidor do Shopping, destacou que a nova data foi definida de forma estratégica com todos os envolvidos. “Em contato com as âncoras, lojistas e administradora decidimos que 8 de novembro é mais adequado, pois já teremos passado o período eleitoral e a motivação do consumidor também estará maior pela
proximidade ao final de ano”, avaliou. Luciana Aquino, Arquiteta responsável pelo apoio ao lojista, alerta que agora é momento de acelerar as obras. “Os lojistas precisam estar prontos antes da abertura para atender bem ao público, com equipe treinada e tudo funcionando no estabelecimento, estamos aqui para dar todo o apoio nesse sentido”, afirmou. O Passo Fundo Shopping terá mais de 170 operações, incluindo 9 lojas âncoras, 14 megalojas, 144 satélites, ampla praça de alimentação com vista panorâmica para a cidade, com 3 restaurantes, complexo de cinemas com 5 salas de última geração, alameda de serviços, academia, supermercado, mais de 1800 vagas de estacionamento, to-
talizando mais de 49 mil metros quadrados de área construída em uma área de 75 mil metros quadrados de terreno. Algumas marcas confirmadas são: Riachuelo; Renner; CineLaser; Kalunga; Casas Bahia; Lebes; Superlegal Brinquedos; Lojas Americanas; Vivara; Iplace; Comercial Zaffari; Camicado; Colcci/Dullius; O Boticário; B&B; Lez a Lez; Don Juan; Sniper, entre muitas outras que farão do Passo Fundo Shopping um lugar para se viver. O shopping disponibilizará ainda área externa para convivência e lazer das famílias, no espaço junto ao lago, com pista de caminhada, ciclovia e área de convivência junto ao lago. Tudo integrado a um complexo que será construindo em torno da área.
Lojistas de Passo Fundo expandem negócios Para quem está investindo em lojas no Passo Fundo Shopping, esse é um momento de muito trabalho e expectativa. “Temos uma grande expectativa em função de que estaremos a quase 40 dias do Natal, então vamos abrir e teremos em seguida decoração de Natal. Acredito que a chegada deste novo empreendimento vai mudar a história da cidade. A decisão de investir, embora seja um momento de crise, precisou ser ousada”, destacou Maria Brizola, da B&B Moda Mulher. Rafaela Zanatta terá sua primeira franquia em um shopping. “Temos a franquia do Boticário há 34 anos na cidade. Por isso, ficamos muito otimistas com a oportunidade de expandir a loja e acreditamos desde o início no projeto. Eu me encantei e me deu confiança no investimento. O bairro também favorece, já que não é no centro, mas também não é afastado, além de não termos loja aqui”, ressalta. Eliane dos Reis, proprietária do Giga’s Massas, estará na Praça de Alimentação e também expande seus negócios na cidade. “Já temos outras duas lojas e agora estamos investindo aqui. Desde o começo sempre acreditamos que o empreendimento seria uma ótima proposta. A região tem a necessidade de um shopping deste tamanho, então tenho certeza de que será um sucesso”, aponta com entusiasmo.
8 cidade
Sábado e domingo, 1º e 2.09.2018 , Passo Fundo PASSO FUNDO, SÁBADO E DOMINGO, 1º E 2 DE SETEMBRO DE 2018
O Rio Passo Fundo carece de sua atenção
Mesmo responsável por 40% do abastecimento hídrico do município, o patrimônio natural continua sofrendo com a desvalorização e o esquecimento
A falta de fiscalização facilita o depósito de lixo na correnteza
por ÉDSON COLTZ redacao@diariodamanha.com.br por REBECCA MISTURA rebecca@diariodamanha.com
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ocê já pensou no Rio Passo Fundo além do que o conhece? A bacia hidrográfica do Rio que dá nome ao município tem uma extensão de cerca de 200km e vai além de Passo Fundo, abrangendo outros vinte e nove municípios. Com a sua nascente na região de Povinho Velho, na divisa de Mato Castelhano, ele desagua na região hidrográfica do Rio Uruguai. Desde a década de 70, entidades ecológicas lutam pela preservação e valorização do Rio, mas infelizmente pouca coisa mudou em 50 anos. O crescimento urbano desordenado, a falta de políticas habitacionais e a poluição desenfreada são alguns dos fatores que impedem o Rio Passo Fundo de prosperar, e não somente ele, mas todo o ecossistema ao seu redor, inclusive a cidade, que depende dele para seu abastecimento. “A cidade cresceu muito e o rio continua ainda sendo um mero espectador de toda a demanda de poluição que ocorre em Passo Fundo e isso é de responsabilidade tanto das forças vivas da sociedade quanto da administração municipal”, informa Paulo Cornélio, diretor do Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (GESP). “A história de Passo Fundo está intrinsecamente relacionada ao Rio, o nome da cidade tem uma relação de intimidade com esse recurso hídrico, mas infelizmente a sociedade ainda não percebeu a sua importância”. Em um município que tem 40% do seu abastecimento hídrico garantido pelo Rio, o descaso é no míni-
mo preocupante. Na exposição do Projeto Rio Passo Fundo, inaugurada no dia 10 de agosto, uma de suas maiores obras é também a mais alarmante: inteiramente construída com elementos poluidores tirados das águas, as redes estendidas pelo pavilhão carregam desde garrafas plásticas até um aparelho de televisão. FALTA DE PLANEJAMENTO O único projeto de auxílio à preservação do Rio em curso no momento é o “Rio Passo Fundo: sociedade e cidadania”. Há cerca de dez anos, o trabalho realizado é de recuperação das matas de apoio do rio. Paulo conta que alguns avanços vêm sendo possíveis através da sensibilização de proprietários das áreas que cobrem o rio, o chamado “complexo do berço das águas”, uma área razoavelmente preservada, mas que não chega perto do ideal. “A falta de planejamento, a falta de um processo fiscalizatório mais eficiente, principalmente da administração municipal, que durante todo esse processo não tem trabalhado com determinação, com projetos contínuos, e o Rio continuará sofrendo enquanto não houver um projeto de toda a sociedade passo-fundense”, lamenta o diretor. Não é preciso esforço para enxergar o esquecimento do Rio em detrimento do avanço urbano: na Avenida Brasil, o trecho visível possui um grande cano de escoamento do esgoto e as sacolas plásticas na correnteza não são incomuns. Além disso, a crise habitacional do
município está diretamente ligada à poluição hídrica. “Ainda tem muitas ocupações em áreas de preservação permanente, lugares que são invadidos e poluídos sem saneamento básico, sendo necessária a realocação de famílias e isso envolve também uma questão de um programa habita-
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A cidade cresceu muito e o rio continua sendo um mero espectador de toda a demanda de poluição que ocorre em Passo Fundo e isso é de responsabilidade tanto das forças vivas da sociedade quanto da administração municipal
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Fotos Rebecca Mistura/ DM
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Paulo Cornélio
Diretor do GESP
cional mais aprofundado que o município também não tem”, acrescenta Paulo. Além disso, o diretor também diz que somente em torno de 28% da área do município é atendida pela captação esgoto da Compa-
nhia Riograndense de Saneamento (Corsan), uma área muito pequena abrangida pelo saneamento básico para uma área tão grande quanto a de Passo Fundo. ALÉM DA SITUAÇÃO HÍDRICA “Um problema grave é a questão da fauna dos peixes. Ha espécies muito importantes, muito raras, tanto aqui em Passo Fundo quanto outras regiões”, esclarece Paulo. “Há estudos levantados sobre isso e estudos sobre a fauna, a flora. Na região temos uma área chamada de Unidade Especial que é o parque municipal de Sagrisa, uma unidade de conservação ambiental que é uma área bem interessante, mas que também está em uma situação delicada”. O ambientalista explica que conforme o Rio começa a sair da região mais urbanizada, ele começa a recuperar a sua originalidade. A região de Nonoai tem uma cobertura florestal muito bonita. “Há áreas do rio que ainda estão consistentes e que precisam ser preservadas, mas há regiões que não tem mais cobertura florestal, principalmente pelo uso da agricultura de forma muito extensiva, sem respeitar suas margens, principalmente a barragem do rio Passo Fundo, que não tem uma cobertura ainda consistente”, finaliza. COMO AMENIZAR A SITUAÇÃO Primeiramente, o diretor delega a responsabilidade da preservação ao poder público municipal. “Já deveríamos ter um departamento de recursos hídricos dentro
cidade 99
DIÁRIOeDA MANHÃ Sábado domingo, 1º e 2.09.2018 , Passo Fundo
DIÁRIO DA MANHÃ -
ANO 82 - nº 426
da Secretaria do Meio Ambiente, com profissionais concursados para trabalhar a questão hídrica do nosso município, principalmente porque Passo Fundo abrange cinco bacias hidrográficas”, diz. “Essa riqueza hidrológica que temos já mereceria uma sensibilidade do poder público e esse órgão seria importante para a gestão dos recursos hídricos”. Em seguida, a questão fiscalizatória aparece. Não há policiamento das pessoas alocadas junto ao rio, que sem saneamento básico acabam poluindo o ambiente. Juntamente a esse fator, há a baixa fiscalização de quem deposita seu lixo na correnteza. Outro fator de grande importância é a demanda por uma educação ambiental consistente. “Um processo de educação patrimonial aos recursos hídricos de Passo Fundo, tratando não só da questão dos rios, mas também das suas áreas de maciços florestais, das nascentes, mostrando que o município ainda tem muita coisa a ser preservada”, finaliza Paulo. O Projeto Navegar também foi uma das ações desenvolvidas com o objetivo de auxiliar na montagem do Projeto Rio Passo Fundo. Os participantes da expedição visitaram o espaço conhecido como Povinho Velho, as nascentes do Rio, os territórios da Barragem da Fazenda da Brigada e do Parque da Efrica e a sede da Fazenda da Brigada. A atividade, realizada em maio de 2017, foi um experimento em busca de dados pouco conhecidos em relação ao Rio. “A visão de dentro do rio é uma visão diferente daquela que vê da margem então o que acontece é que, no Projeto, mostramos o Rio Passo Fundo através de imagens que refazem as interações com a comunidade”, explica Flavia Biondo da Silva, uma das coordenadoras do Projeto Passo Fundo. A Prefeitura também realiza trabalhos de manutenção do Rio de três formas: através de barreiras de contenção, da instalação de contêineres nos locais ocupados pelas populações ribeirinhas e limpeza das margens. O secretário do meio ambiente Rubens Astolfi informa que ao longo dos anos tem sido
possível perceber diminuição na poluição. “Do ano passado para esse nós diminuímos em 20% o número de resíduos, então isso é um indicativo de que a população tem colaborado”, afirma. “Também nos últimos anos a Prefeitura tem feito um trabalho de educação ambiental visitando toda a comunidade ribeirinha nas escolas, com o lançamento de uma cartilha, nós atingimos quase 10 mil pessoas com esse trabalho”. O secretário também explica que a retirada do lixo retido pelas barreiras de contenção é feita a cada quinze dias, os contêineres esvaziados semanalmente e o cuidado com as margens realizado duas vezes por ano. “Também fizemos o plantio das matas ciliares no entorno do Rio, onde ainda não é urbanizado, foram plantadas mais de dez mil árvores ao longo desses dois anos de trabalho e hoje o que nós continuamos fazendo é essa limpeza periódica e com os dados a gente vem percebendo que a quantidade de poluição vem diminuindo dentro do Rio”, finaliza. CONSCIENTIZAÇÃO NA ARTE Buscando a valorização do Rio Passo Fundo através do reconhecimento dos seus recursos, a Universidade de Passo Fundo (UPF), em parceria com a Caixa Econômica Federal, lançou no dia 10 de agosto a exposição Projeto Rio Passo Fundo: patrimônio paisagístico, natural, ambiental, históricocultural, econômico e político. Localizada no Portal das Linguagens, no Campus I da UPF, a mostra tenta levar a conscientização por meio de obras construídas a partir de recursos e ideias inspiradas no Rio, que é o único patrimônio histórico natural do município. Uma das obras, construída pela artista plástica Maria Lucina, traz uma maquete da bacia hidrográfica, que foi construída com elementos naturais encontrados no entorno do rio. “Aqui está o resultado de um trabalho de ano e meio, em que o projeto esteve em contato com a bacia hidrográfica do Rio Passo Fundo, então os três museus da UPF, o histórico, o de artes visuais e o
Rio on-line Mais uma ação desenvolvida pelo Projeto Rio Passo Fundo é a plataforma de dados on-line que traz informações sobre a Bacia Hidrográfica do Rio. Aspectos paisagísticos naturais, ambientais, históricos, culturais, econômicos e políticos estão entre os dados. A comunidade, além de acessar áudios, vídeos, notícias, imagens, trabalhos acadêmicos, dissertações, teses e livros sobre o Rio, podem também incluir novas informações. O endereço é www. upf.br/riopassofundo, no item Banco de Informações.
vem aí
museu zoobotânico, juntamente com o comitê da bacia hidrográfica, que foi um parceiro fundamental, nos dirigimos a alguns municípios abrangidos”, explica a técnica de museu da Universidade, Flávia Biondo da Silva. “através deles buscamos formas de mapeá-lo, bem como informações de como as pessoas se relacionam com ele e estamos, a partir desse projeto envolvendo tecnologias e acervos, mostrando essa relação da população com o Rio”. A exposição já recebeu duas mil pessoas e além da arte oferece também oficinas no Portal das Linguagens, como “As cores que vem do Rio”, desenvolvida com tintas naturais, confeccionadas com materiais recolhido junto às margens do Rio Passo Fundo, como terra, areia, flores e folhas. É possível visitar as exposições de terça a sexta-feira, entre 8h30 e 17h; e aos sábados e domingos, das 14h às 17h.
# UmNovoDiário
Um rio em números km de extensão
municipios de abangência
do fornecimento hídrico de Passo fundo
SEGURANÇA
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Jovem é roubado e agredido na saída da UPF Um jovem foi vítima de um assalto na noite de quinta-feira (30), nas proximidades da Universidade de Passo Fundo (UPF). De acordo com o boletim da ocorrência, um rapaz de 22 anos dirigiu-se a uma parada de ônibus localizada na Estrada do Trigo por volta das 22h, após a aula. Nesse momento, um GM/Celta de cor prata passou por ele, fez o retorno e estacionou perto da vítima, na parada de ônibus. Um dos ocupantes desceu
do Celta e foi em direção ao rapaz, com uma cerveja na mão. Na sequência, o bandido anunciou o assalto e exigiu o telefone celular da vítima, que entregou o aparelho ao homem. Após entregar o objeto, o criminoso deferiu um soco no rosto do rapaz, que teve o supercílio cortado com o golpe. O homem entrou no carro e fugiu. A vítima recebeu atendimento médico na UPF. O caso é investigado pela 2ª Delegacia da Polícia Civil de Passo Fundo.
GERAL Polícia 24h Duas pessoas morrem em acidente na BR 158 Um acidente de trânsito deixou duas pessoas mortas na BR 158, no município de Boa Vista das Missões, na tarde de sexta-feira (31). Segundo informações preliminares, três pessoas ficaram feridas. O fato envolveu um Ford/Focus com placas de Boa Vista das Missões e um GM/Celta, de Panambi. O Focus teria aquaplanado e, por isso, teria invadido a pista contrária. Com a colisão, as duas pessoas que estavam no Focus morreram. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Civil atenderam a ocorrência. Os feridos que estavam no Celta foram encaminhados ao Hospital de Caridade em Palmeira das Missões. Os nomes das vítimas não foram divulgados até o fechamento desta edição.
PC apreende 25 kg de maconha em Carazinho
A Polícia Civil de Carazinho realizou, na tarde de quinta-feira (30), a apreensão de cerca de 25 quilos de maconha. A ação ocorreu no Bairro Floresta, onde foram localizadas porções da droga pronta para venda, uma pequena porção de cocaína e dinheiro. Além disso, foi localizada uma grande quantidade do entorpecente enterrada sob a área de uma casa localizada nos fundos do terreno, que seria habitado por um adolescente de 17 anos. A droga estava em uma caixa grande de plástico, enterrada a aproximadamente um metro de profundidade. Os tabletes encontrados estavam todos identificados com a bandeira do Afeganistão.
VINICIUS COIMBRA
vinicius@diariodamanha.com
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Bandidos rendem família e roubam R$ 15 mil em joias na Vila Annes Os homens armados roubaram relógios, gargantilhas, brincos e pulseiras Criminosos roubaram uma casa na Vila Annes, em Passo Fundo, durante a noite de quinta-feira (30). Segundo o relato das vítimas à Polícia Civil, o caso aconteceu volta das 18h45, quando um casal de idosos, de 62 e 64 anos, chegava ao imóvel junto com o neto, de seis anos. Eles estavam em um Fiat Palio e abriram o portão para entrar no
pátio. Nesse momento, dois homens que portavam armas de fogo renderam as vítimas e anunciaram o assalto. Os bandidos ordenaram que as vítimas saíssem do carro e exigiram dinheiro e joias. O idoso foi amarrado no banheiro e deixado junto com a criança no local. A idosa foi levada pelos criminosos que ordenaram que ela
abrisse um cofre, o que foi feito. Os homens roubaram diversas joias, como relógios, gargantilhas, brincos e pulseiras. Depois de 15 minutos, a dupla fugiu do local com a bolsa de uma das vítimas e os objetos. De acordo com o boletim da ocorrência, o prejuízo foi de R$ 15 mil. O caso será investigado pela 2ª Delegacia da Polícia Civil.
Criminosos roubam caminhonete Bandidos roubaram um veículo durante a noite de quinta-feira (30), na Rua Coronel Pelegrini, na Vila Rodrigues, em Passo Fundo. Conforme o boletim da ocorrência, um casal, ambos com 20 anos de idade, estava no interior de uma GM/ Captiva, de cor cinza e placas JAG-0413 de Passo Fundo, estacionada no endereço.
Por volta das 21h30, o rapaz viu que um indivíduo havia batido no vidro do carro com o cabo de um revólver. O condutor abriu a porta da caminhonete, foi puxado pelo bandido, que desferiu um golpe com a arma nas costas da vítima. O outro bandido tirou a jovem da caminhonete. Os dois criminosos entraram
na Captiva e fugiram com o veículo em direção ao Bairro Cruzeiro. Informações sobre a localização da Captiva devem ser repassadas ao telefone 190 da Brigada Militar ou 197 da Polícia Civil. O caso é investigado pela Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Passo Fundo.
Suspeito de matar idoso na Praça Santa Terezinha está foragido A Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) realiza diligências para localizar um homem de 31 anos, suspeito de matar Elvander Nelci Zanotto, de 71 anos. O idoso morreu após ter sido espancado na tarde de sábado (25). Na quarta-feira (29), o suspeito foi localizado pelos policiais e levado à delegacia, onde
prestou depoimento. Ele negou a autoria do crime. No momento, as investigações apontam para a hipótese de que o crime tenha ocorrido porque o suspeito sentia ciúme da relação da vítima com a companheira dele. O indivíduo, que mora no Bairro Lucas Araújo, prestou depoimento e foi liberado no mesmo dia.
A partir disso, a delegada Daniela de Oliveira Minetto pediu a prisão preventiva do homem, que foi decretada pela justiça. Desse modo, o suspeito está foragido neste momento. Durante as diligências, testemunhas informaram que o homem é portador de doença mental. Isso será apurado após a captura do foragido.
DA SILVA
RODOLFO
A maiúscula vitória sobre o Estudiantes serviu para mostrar muitas coisas. A primeira delas é que o futebol, normalmente, tem a sua justiça. A longo prazo, é premiado aquele que melhor trata a bola em campo. Em um espaço curto de tempo, como numa fase de mata-mata, aquele que mais quiser e mais lutar para vencer é que tende a sair de campo triunfante. Foi isso que o Grêmio fez. O time de Renato foi melhor do que os argentinos no segundo tempo do jogo de ida e na primeira etapa da partida da volta. No segundo tempo da segunda partida a equipe foi suprema. Era ataque contra defesa com os argentinos encurralados em seu próprio campo. A esmagadora posse de bola e o número de troca de passes quase seis vezes maior provam isso. E aí mais uma das demonstrações do jogo de quarta-feira. O velho DNA copeiro, muito presente em temporadas anteriores devido ao período de vacas magras na qualidade futebolística, voltou à tona com toda a carga emocional que podia. O jogo, as circunstâncias da equipe e a tradição do adversário forçaram que a parti-
da fosse além da técnica. E o Grêmio sabe muito bem jogar assim. O acabamento de algumas jogadas não foi o melhor, mas sobrou vontade em campo. Bola aérea, chute de fora da área, do jeito que dava o Grêmio empilhou chances de marcar. Se foi ruim tomar aquele gol contra o Flamengo na Copa do Brasil nos últimos segundos do jogo, o torcedor provou do gosto contrário quando Alisson fez renascer a aura da imortalidade e incendiou a Arena diante do gol e da disputa de pênaltis que se avizinhava. Em 1983, num empate em 3 a 3, Estudiantes e Grêmio travaram a batalha de La Plata. 35 anos depois, todos os escalados por Renato deram sua contribuição para vencer o que dá para chamar de “a batalha da Arena”. Mas um nome se sobressaiu em todo o jogo. Kannemann personificou a vitória e o DNA copeiro do time. Talvez foi sua melhor partida pelo Grêmio. Em toda sua passagem pelo clube, mas especialmente na quarta-feira, Kannemann é a exaltação da principal virtude do jogador sul-americano, a raça. O Grêmio precisava disso e encontrou-a em seu zagueiro. Grêmio e Kannemann foram sinônimo um do outro na quarta-feira.
Confesso que estou muito curioso pelo jogo do próximo domingo, quando o Internacional vai até Belo Horizonte e enfrenta o Cruzeiro. Será o fechamento da 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, às 19h de domingo. Minha curiosidade, francamente, é puxada pelos donos da casa, que não fazem bom Brasileirão, mas seguem firmes e fortes nas Copas – do Brasil e Libertadores. Historicamente é um tormento para o Inter jogar no Mineirão. Lembro de temporadas em que o Colorado exibia grandes equipes, com campanhas sólidas, mas sempre havia muita dificuldade ao encarar o Cruzeiro em Minas Gerais. Só por este fator, embora talvez Mano Menezes escale uma Raposa com reservas, não espero barbada alguma. Ocorre que o Inter de 2018 vem se especializando em reverter dificuldades. Veja, por
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exemplo, o fato de ter vencido o sempre complicado Atlético-MG no Independência. O mesmo vale para o Vitória no Barradão. Pode parecer pouco, mas eu sempre recordo que o Inter é um clube em construção dentro do cenário nacional e que vem da diabólica Série B. Ou seja, são fatos relevantes. Sobre o Inter eu também guardo algumas curiosidades, sendo a maior de todas a possibilidade de aproveitamento do Leandro Damião. O camisa 9 está sem atuar há um mês, quando marcou gol sobre o Botafogo. Desde então, tratou de uma lesão lombar e foi substituído por Jonathan Alvez, um bom centroavante, mas inferior a Damião em seus melhores momentos. Só que Damião, pela parada, não creio estar em excelente forma. Mesmo assim, eu o escalaria como titular, se assim puder.
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KLEITON
Fechando a rodada
VASCONCELLOS
DNA copeiro
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Gaúcho tem pela frente o Inter Kleiton Vasconcellos
kleiton@diariodamanha.com
A sequência de dois jogos em casa já ficou para trás. Com vitórias sobre São Borja e Atlético, o Sport Clube Gaúcho soma 6 pontos na Chave A da Copa Wianey Carlet, ocupando agora a terceira colocação. Porém, o Alviverde volta a campo neste sábado (01), quando encara o Internacional no CT Morada dos Quero-queros, em Alvorada. O Colorado é o líder, com 9 pontos. Os bons resultados em casa serviram para elevar o moral dos jogadores, visto que o Gaúcho estreou na competição levando 3x0 do Ypiranga em Erechim. “A gente sabe da dificuldade. O Inter vem do título brasileiro de aspirantes. Vamos com intuito de ter um bom desempenho. Nosso objeti-
Foto Kleiton Vasconcellos/ DM
Em terceiro lugar na Chave A da Copinha, Alviverde encara o líder, Colorado, às 11h de sábado. Bola vai rolar no CT Morada dos Quero-queros, em Alvorada
Treino na sexta-feira encerrou a preparação do Gaúcho para o jogo deste sábado no tornozelo e não estará à vo é que a equipe crie cordisposição. Mesma situação po” diz o treinador Fabiado centroavante Fischer. no Borba. Ainda conforme Quem deve atuar é o voBorba, a tendência é de um lante Maylon, que também bom jogo no sábado devido sofreu uma torção na vitória ao excelente estado do grasobre o Atlético, ms treinou mado do CT. normalmente na manhã de Para montar o time titusexta-feira (31). lar, Fabiano Borba tem proPresença confirmada é blemas. O zagueiro Dudu Adílson. O experiente meia recupera-se de uma torção
recebeu homenagem especial na última quarta, ao completar 100 jogos com a camisa do Gaúcho. Igual ao treinador, Adílson também espera jogo difícil neste sábado. “É o jogo mais difícil da chave. A gente está preparado, cumprindo a tática que o professor pede. Nossa ideia é encarar o Inter de igual para igual e beliscar pontos” afirma. Quanto ao fato de completar mais de 100 jogos pelo Gaúcho, Adílson se considera feliz na Arena. “Estou feliz em fazer parte da história e po-
der ajudar. Me sinto bem, quero ajudar, me dedico e preparo visando com os companheiros obter algo muito grande, quem sabe o cenário nacional para o Gaúcho” finaliza o agora camisa 8.
Rodada e classificação
Inter x Gaúcho, Atlético x Elite, Soledade x São Borja e TAC x Ypiranga. O líder é o Inter com 9 pontos, seguido de Ypiranga com 7, Gaúcho com 6, TAC com 5, Soledade com 3, São Borja com 2, Elite com 2 e Atlético com 1 ponto.
GERAL POLÍCIA EDUCAÇÃO
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DM
PREVISÃO PARA HOJE PASSO FUNDO
14ºC Mínima
Sábado e Domingo, 1º e 2/08/2018
CARAZINHO
18ºC Máxima
LUAS Nascente: 6h50min Poente: 18h30min
Rodada deste sábado (01) do Campeonato Abílio Fuão de Futsal terá festival categorias 2007 e 2009. Os jogos iniciam às 8h no ginásio da Escola Menino Deus. Participam as equipes Instituto Menino Deus. Guaraci Barroso Marinho, Bom Conselho e Wolmar Salton.
Copa Bless de Futsal Rodada de sábado (01) vale pelas categorias Iniciação no Play Center do Clube Juvenil.
Confira: 08:45-2009-Esc. Clube Juvenil X Conceição 09:25-2009-Esc. Clube Juvenil X Menino Jesus 10:05-2007-Conceição X Notre Dame 10:40-2009-Caixeiral Campestre X Menino Jesus 11:20-2009-Notre Dame X Caixeiral Campestre
Mínima
Minguante 04/08
18ºC Máxima
Nova 11/08
15ºC Mínima
Crescente 18/08
19ºC Máxima
Cheia 26/08
O Produto Interno Bruto do país (PIB) – a soma de todas as riquezas produzidas – fechou o segundo trimestre do ano com crescimento de 0,2% em relação ao primeiro trimestre, na série com ajuste sazonal. Esse foi o sexto resultado positivo após oito variações negativas consecutivas nessa comparação. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,693 trilhão. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados indicam que a ligeira alta foi determinada pelo setor de serviços que teve desempenho positivo de 0,3%, enquanto a Indústria registrou queda de 0,6% e a agropecuária, estabilidade. Em relação ao segundo trimestre de 2017, o crescimento foi de 1% no segundo trimestre deste ano, o quinto resultado positivo consecutivo nessa comparação. A indústria e os serviços cresceram 1,2%, enquanto a Agropecuária variou -0,4%.
Jogão sábado no Capingui Em busca de recuperação dentro da Série Prata após dois resultados ruins, o total no resultado positivo. Passo Fundo Futsal/ “Temos uma grande expecFasurgs/ Valtra Ratativa, pois é um clássico. Vai zera volta a atuar em ser difícil, Lagoa vem embacasa neste sábado lado. Mas consideramos este (01). A partir das 19h, um jogo de seis pontos” disse o time passo-funo treinador Alexandre Boeidense recebe o Lagoa ra. Ainda segundo o técnico, Futsal no Ginásio “os treinos da semana foram Capingui. É o duelo muito bons e os jogadores do quarto colocado estão com muita vontade de Foco do Passo Fundo Futsal é na contra o vice-líder da vencer em casa”. Os ingresvitória, assegura Alexandre Boeira primeira fase. sos podem ser adquiridos na Com 31 pontos e com apenas três de desvan- bilheteria do Capingui durante a tarde de sábado, ao valor tagem em relação ao líder Abelc, o Passo Fundo de R$ 10. a Expectativa da direção é que as arquibancadas Futsal quer que o fator local faça a diferença sá- estejam lotadas, seguindo a tradição da equipe em 2018, bado e que as vitórias voltem. Por isso, o foco é quando a taxa de ocupação foi superior a 80%. Foto Divulgação
Campeonato Abílio Fuão de Futsal
15ºC
PORTO ALEGRE
PIB cresce 0,2% no segundo trimestre
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Terceirização irrestrita longe de ser consenso
PASSO FUNDO - CARAZINHO
Ministros do STF votaram pela legalidade constitucional da terceirização nas atividades-fim. Apesar da decisão, medida gera discórdia entre representações empresariais e de trabalhadores Anderson Favero Anderson@diariodamanha.com
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela constitucionalidade da terceirização da contratação de trabalhadores para a atividade-fim das empresas. O tema que foi discutido durante cinco sessões foi aprovado por 7 votos a 4. A Corte julgou duas ações que chegaram ao tribunal antes da sanção da Lei da Terceirização, em março de 2017. A lei liberou a terceirização para todas as atividades das empresas, enquanto anteriormente apenas as chamadas atividades-meio poderiam ser terceirizadas.
A presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, juntamente com os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Luiz Fux, votou favorável a terceirização, enquanto Edson Fachin, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello votaram contra. A notícia foi bem recebida pela Associação Comercial e Industrial (ACIC). Segundo o advogado Júlio Piva, que atua como diretor de assuntos jurídicos da entidade, tendo em vista o contexto em que se dão as relações de trabalho hoje em dia, se fazia necessá-
ria a aprovação da terceirização. “A ACIC é favorável à legalização da terceirização, pois entendemos que nós precisamos, de fato, fazer com que essa possibilidade seja estendida também para as atividades fins porque os sistemas mais modernos de trabalho e a realidade atual do mercado estão exigindo esse tipo de postura”, afirmou Piva. Para ele, a aprovação não implica precarizar as condições do trabalhador, uma vez que seus direitos serão assegurados pela empresa contratante, que deverá cumprir com todas as obrigações trabalhistas.
Já o Sindicato dos Metalúrgicos de Passo Fundo aponta que a decisão é “uma tragédia”, já começada com a reforma trabalhista. “É uma irresponsabilidade essa decisão, repudiamos ela. Esperávamos que o judiciário ficasse ao lado dos trabalhadores, para garantir que as pessoas continuassem tendo uma renda. Isso é uma escravidão a nós trabalhadores, com a indústria 4.0, já somos afetados com o uso maior da inteligência artificial do que a mão humana. Agora nossos salários cada vez estão mais baixos, em razão da alta rotatividade dos trabalhadores”, criticou o Presidente do Sin-
Diesel sobe 10% no RS A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou os novos preços de referência e de comercialização do óleo diesel, que estavam congelados há três meses. O reajuste deverá impactar o consumidor nas bombas. Ao divulgar a tabela com o reajuste, válida desde sexta-feira (31), a ANP ressaltou que “os novos valores refletem os aumentos dos preços internacionais do diesel e do câmbio no último mês”.
Ela deverá causar aumento nas bombas que, em alguns casos, chega implicar em reajuste de mais de 14%, como é o caso da Região Centro-Oeste, onde o preço do diesel vai passar de R$ 2,1055 para R$ R$ 2,4094. O segundo maior preço a ser praticado é o da Região Sudeste, onde o preço do produto passa de R$ 2,1055 para R$ 2,3277; Sul (de R$ 2,0462 para R$ 2,3143, alta de mais de 10%); e Nordeste onde a alta superou 12%, com
o preço do produto indo de R$ 2,0065 para R$ 2,2592. No Norte, também com alta superior a 12%, o preço do produto irá de R$ 1,981 para R$ 2,2281, o menor preço praticado no país. Como parte do acordo que pôs fim à greve dos caminhoneiros, que paralisou o país, o preço de comercialização do litro do diesel estava congelado em R$ 2,0316 por litro desde junho último.
dicato dos Metalúrgicos, Ailton Araújo.
Discussão antiga Aprovada junto com a reforma trabalhista em novembro de 2017, a Lei da Terceirização vinha sendo contestada sob o argumento de ser inconstitucional já que, antes da reforma, a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) vedava por completo a terceirização da atividade-fim, permitindo somente a contratação para as atividades-meio. Desde então, cerca de 4 mil processos aguardavam a decisão do STF para serem destravados. A medida, no entanto, vale até para processos trabalhistas abertos antes da Lei da Terceirização e da reforma trabalhista. Foto Arquivo DM
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Sábado e domingo, 1 e 2.09.2018
Passo Fundo Carazinho
ELEIÇÕES
Investimentos em infraestrutura viária são incertos Última reportagem da série especial sobre uma das principais rodovias federais do Norte do RS mostra a escassez de trechos semelhantes duplicados no estado. Lideranças locais atribuem a falta de iniciativa política para que obra, considerada prioritária para a comunidade regional, seja executada Daniel Rohrig politica@diariodamanha.com
Ao longo desta semana, a série de reportagens sobre a realidade da BR-285 expôs gargalos ainda maiores com relação a necessidade de duplicação do trecho de cerca de 50 km entre Passo Fundo e Carazinho. Além da retomada da mobilização do Comitê pró-duplicação, garantida pela Câmara de Vereadores e pela Universidade de Passo Fundo (UPF), prevista para o próximo ano, a necessidade da pauta ser prioridade dos próximos governantes é imprescindível para que a região consiga expandir seu crescimento e passar pelo crivo da adequação de seu modal rodoviário. A estagnação da obra, também representa na prática, vítimas fatais de acidentes graves ocasionados pela saturação do trânsito e do fluxo. A carência de investimentos em infraestrutura viária não é exclusividade da região Norte do RS. De acordo com o Departamento Autônomo de Estadas de Rodagem
(DAER), o estado conta com aproximadamente 17.000 km de rodovias federais e estaduais, além das malhas municipais. Deste total, apenas 579 km são duplicados – a maioria na região metropolitana de Porto Alegre – o que representa 3,52% da malha rodoviária gaúcha. No que diz respeito a frota de veículos automotores, há um contínuo e acentuado aumento do número de registros de veículos em circulação no Rio Grande do Sul, exigindo investimentos crescentes em infraestrutura e planejamento na área de mobilidade urbana, o que, na prática, não é observado. Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), o estado conta, atualmente com uma frota de aproximadamente 6,4 milhões de veículos automotores. Os dados são referentes a março de 2017, na última atualização feita pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. Em entrevista ao programa A Voz da Região, veiculado nas emissoras Rádio AM 570 e AM 780, a reitora da UPF, Bernadete Maria Dalmolin,
www.diariodamanha.com Presidente
Vice-Presidente
Janesca Maria Martins Pinto
Ilânia Pretto Martins Pinto
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Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
atribuiu a demora para a duplicação ao fato do trecho da rodovia que corta a região não ser prioridade política dos governos. “A gente poderia falar que faltam ainda muitas coisas para que essa obra saia do papel. Eu entendo que falta priorizá-la. Falta, realmente, nós destinarmos recursos para que ela seja prioridade. De fato, ela é uma demanda antiga, há muito tempo que se fala da duplicação da BR-285, nós tivemos muitas lideranças a nível municipal, estadual
e federal mobilizadas para este fim, mas infelizmente não conseguimos a sua efetivação. Eu acredito que falta colocar na agenda política dos nossos governantes esta prioridade”, lembrou. Pela lógica, a reitora entendeu que investir na duplicação é estimular a região economicamente, o que por si só, já justificaria a priorização da obra. “É uma questão de lógica, pois se tivermos estradas qualificadas, possibilidades de fluxo mais adequada, nós vamos ter uma
região mais próspera, teremos menos riscos e teremos, de fato, mais qualidade de vida para todos que circulam e precisam desta BR para ganhar o seu sustento ou que fazem o trajeto de acordo com sua necessidade, seja deslocamento, estudo, busca de serviços, transporte de valores e produtos. Os recursos são escassos, mas é preciso fazer o recurso que tem chegar até pautas que estimulem o desenvolvimento e a geração de novas riquezas”, completou a reitora.
60% da produção do RS passa pela BR-285 Além da ausência de duplicação, a presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento da região da Produção, Munira Awad, cita o descaso com a manutenção dos trechos de pista simples já existentes. Ela ressalta que segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), 60% das mercadorias que circula no estado passam pela rodovia. “Fica claro o porquê desse duplicação acontecer. Nós temos a questão dos acidentes, o ganho em escala de quem fará o transporte de cargas. Com a pavimentação da BR-153 e a duplicação da BR-285, vamos otimizar em larga escala a nosso potencial de desenvolvimento”, aponta.
Segundo Munira, além de não ter sido prioridade até então, a duplicação da BR-285 esbarra nos altos custos que uma obra de pavimentação acarretaria para os cofres da União. “A pavimentação da Transbrasiliana, que é um trecho de 68 km custaria, pela informação que a gente tem do DNIT, cerca de R$ 200 milhões. Se o alto custo está relacionado a matéria-prima ou mão de obra, isso eu não tenho como estimar, mas o que a gente entende como necessário é enxergar que tudo passa por este corredor, desde o agro que é o motor da região, até outros produtos essenciais”, pontua.
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Além de duplicar, manutenção dos trechos é essencial Alessandro Tavares alessandro@diariodamanha.com
O gerente da Bravo Logística em Carazinho, Anderson Boeira, cita que o baixo índice de rodovias duplicadas é fator que faz o setor de transporte perder produtividade. “Isso nos gera dificuldades pois a falta de manutenção das estradas faz com que aumente a manutenção da nossa frota. A falta de duplicação nos causa transtornos como por exemplo atrasos que poderiam ser evitados se as estradas tivessem condições de fluxo maior”, comenta o ge-
rente. Boeira destaca que na região há rodovias das quais é notório que a necessidade de duplicação é latente. O gerente destaca, no entanto, que tão grave quanto a falta de investimento em proporção adequada nas estradas é a falta de conscientização dos motoristas. O gerente lembra que há rodovias as quais poderiam encurtar percursos, mas que tem sido evitadas dadas as condições destas e a falta de manutenção, o que na sua percepção é pior do que a ausência de duplicação. “A gente procura evitar já no
rastreamento, no momento da saída os trechos dos quais se sabe que estão ruins pela falta de manutenção para evitarmos ainda mais gastos com a manutenção dos veículos”, diz o gerente. “Embora a questão do tabelamento do frete seja fator que esteja nos deixando preocupados, para o transporte as condições das estradas é o principal limitador, é o principal gargalo do setor”, frisa. Para o gerente da empresa Toniato em Carazinho, Guilherme Quadros, a falta de estradas com trechos duplicados ou com a terceira
pista gera riscos durante o transporte e o fato da impossibilidade de ultrapassagem com a alta presença de caminhões atrapalha também os usuários que estão de carro. “Para a nossa cadeia, a velocidade das viagens, muitas das quais demoram, fazem com que o setor perca produtividade. O produto poderia estar chegando mais cedo para o cliente e isso diminuiria uma série de custos”, comenta Quadros. O gerente da Toniato cita que mais grave até do que a falta de duplicação é falta de manutenção adequada das
estradas. “Há estradas que têm trechos tão ruins que se prefere fazer rotas diferentes mesmo fazendo uma quilometragem maior para pegarmos uma pavimentação mais favorável”, comenta Quadros. O gestor relata que pneus e suspensões dos caminhões são os principais fatores de custos de reposição, além da manutenção preventiva que é feita na frota. Quadros também conta que outro custo expressivo são as perdas com produtos que acabam avariados pelas condições de trepidação durante o transporte.
O que foi dito Relembre as falas das lideranças ouvidas ao longo da semana nas reportagens produzidas sobre a duplicação da BR-285 “A partir do momento em que se duplica a BR 285 até Carazinho, por exemplo, chegamos até a BR 386, considerada a Rodovia da Produção, por onde se consegue chegar até Santa Catarina e outras regiões, com menos tempo de trânsito para cargas e passageiros. Temos trechos críticos em Passo Fundo. Desde o trevo da AABB, na região do bairro Vera Cruz, até próximo ao viaduto no sentido Carazinho. E outro ponto é na região do trevo da UPF, no entrocamento com ERS 135, que na minha opinião, é o pior trecho e que já está estagnado há mais de uma década” André Oscar Rieth, especialista em logística “A nossa comissão pró-duplicação criou um comitê central dentro da Universidade para ir atrás. Quando descobrimos que tinha apenas estes dois fatos concretos, nós fomos atrás para dar prosseguimento ao processo de duplicação. Falta recursos para o projeto e para a obra. Nesses dois anos, avançou pouco no sentido da efetivação da obra, mas demos um grande passo no mapeamento desta situação. Os próximos anos serão decisivos. Temos que convocar a bancada gaúcha para pressionar o governo e termos essa obra executada”, presidente da Câmara de Vereadores de Passo Fundo, vereador Pedro Daneli (PPS)
“A duplicação da BR 285 é importante pelo escoamento que dá à produção e porque Carazinho tem uma dependência muito forte de Passo Fundo em áreas como Saúde e Educação, e Passo Fundo demanda muita mão de obra de Carazinho”, - presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Carazinho e Região (Sindicar), Moisés Santos “O fluxo da rodovia aumentou, e muito, após o término dos pedágios. Tínhamos na época um fluxo estimado de até 8 mil veículos por dia em períodos de movimento intenso. Há dois anos, quando fizemos uma contagem esse número já havia aumentado para 12 mil veículos. Isso significa que atualmente o movimento é ainda maior. É um corredor de cargas, um corredor do Mercosul, além de tudo, há o trânsito de pessoas que se deslocam entre Passo Fundo e Carazinho, e vice-versa, para trabalhar, estudar, em busca de algum serviço” - chefe do posto da PRF em Passo Fundo, Rodrigo Callegari
“A partir deste volume de veículos, especialmente se tiver muito caminhão, a via torna-se arriscada. São, basicamente, três fatores que requerem uma duplicação. O primeiro é pela redução drástica nos acidentes, e isso implica no número de mortes, pois o valor de uma vida é imensurável e, também, nos prejuízos que causa para as vítimas de uma forma geral. Em segundo lugar, uma via duplicada proporciona velocidades constantes mais ágeis. São esses três itens – tempo, consumo e vidas – que nós defendemos como principais argumentos para a duplicação” - vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Rio Grande do Sul (SETCERGS), Frank Woodhead “A rodovia enfrenta o problema da maioria das BR’s do país. Por ser de pista simples, já não comporta o aumento do fluxo de veículos. Isso preocupa muito a CNT. Infelizmente, vivemos em um cenário de crise econômica e a redução de investimentos em infraestrutura atingem obras que estão paradas no Brasil todo. As de duplicação, sobretudo, estão estagnadas e infelizmente não temos uma resposta para esse problema a curto e médio prazo”, coordenador de estatística e pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Jefferson Cristiano dos Santos Silva
“A duplicação poderia sim reduzir o tempo de deslocamento. Estimase que o tempo reduziria entre 20% a 30%. Mas, se não trabalhar as entradas da cidade, pensar os trevos de maneira diferente, é impossível conseguir uma redução eficiente desse tempo de deslocamento”, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Mobilidade Urbana (NEPMOUR) da IMED, Alcindo Neckel
Sem resposta Durante toda a semana de produção das reportagens especiais sobre a BR-285, o Diário da Manhã tentou contato, por inúmeras vezes, com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a respeito de investimentos em manutenção dos respectivos trechos da rodovia nos últimos anos (2014, 2015, 2016, 2017) e sobre o estágio atual do projeto de duplicação. Por telefone, a assessoria de imprensa informou que o órgão não emitiu posicionamento, e até o fechamento desta edição, não retornou os questionamentos encaminhados desde a última segunda-feira (27).
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Sábado e domingo, 1 e 2.09.2018
ESPORTE
Passo Fundo Carazinho
Dupla Gre-Nal: treinos e chuva
Foto Lucas Uebel/ Divulgação
Grêmio entra em campo sábado, às 16h, para receber o Botafogo. Já o Inter enfrenta o Cruzeiro às 19h de domingo. Jogos valem pelo Campeonato Brasileiro Kleiton Vasconcellos kleiton@diariodamanha.com
Já é tradição: fim de semana tem que ter Campeonato Brasileiro. Assim vai ser com
Grêmio
a Dupla Gre-Nal, que volta a campo pela competição. Sábado (01), o Grêmio recebe o Botafogo na Arena às 16h. O Internacional vai a Belo Horizonte enfrentar o Cruzeiro
Outro costume, pelo menos por parte do Grêmio, é a utilização de time misto no Brasileirão. Isto porque o Tricolor está classificado para as quartas de final da Copa Libertadores da América, onde vai ter pela frente o argentino Atlético Tucumán. Desta forma, a tendência é que o técnico Renato Portaluppi monte um time recheado de reservas para o sábado. Tal confirmação, contudo, não pôde ser observada no treino de sexta-feira. A última atividade pré-jogo foi realizada com portões fechados no CT Presidente Luiz Carvalho. Quando o acesso da imprensa foi liberado, já ocorria o rachão. À exceção do zagueiro Pedro Geromel e do lateral Léo Moura, todos os atletas estiveram à disposição do técnico Renato Portaluppi nesta manhã, o que aumenta o mistério para qual serão os onze ini-
às 19h de domingo (02). Os treinos de sexta-feira (310) foram marcados pela intensa chuva que caiu sobre Porto Alegre. Michel pode ocupar a vaga do vendido Jaílson no meio-campo do Grêmio
ciais do treinador na tarde deste sábado. Em caso da confirmação da ausência dos dois, o técnico Renato pode escalar Leonardo Gomes na lateral. Para a vaga de Geromel, o treinador tem as opções de Paulo Miranda e Bressan, que atuaram juntos na última partida válida pelo Brasileirão contra o Atlético-PR, em Curitiba. Após o treino, Jael falou com a imprensa e o assunto foi a saída de Jaílson, vendido ao Fenerbahçe, da Turquia. “Perdemos jogadores de qualidade nos últimos tempos. Perdemos o Pedro Rocha, mas tínhamos o Fernandinho, perdemos o Fernandinho e o Everton entrou em um novo patamar. Eu tenho certeza de que o Renato encontrará uma solução. Quem o Renato colocar será uma boa escolha e o grupo vai abraçar”, disse o centroavante.
Inter
Foto Ricardo Duarte/ Divulgação
De olho na liderança do Brasileirão, o Inter precisa da vitória sobre o Cruzeiro no domingo. Ocorre que o Colorado não bate a Raposa no Mineirão desde o distante ano de 1987. Para tentar quebrar tal escrita, o técnico Odair Hellmann aposta na força do setor ofensivo do time, que deve ter o retorno de William Pottker (antes suspenso) e até mesmo Leandro Damião (após longo tempo lesionado). Pra compensar, o zagueiro Rodrigo Moledo está fora por suspensão. Na sexta-feira, os jogadores fizeram exercício de ataque contra defesa, onde quatro atletas construíam jogadas contra quatro defensores em busca do gol. Depois o treinador do Inter realizou um treino de oito contra oito exercitando a transição defensiva do time. Para finalizar o dia, um treino de finalizações, calibrando a pontaria da equipe. Rodrigo Dourado, Patrick e Rossi foram preservados da atividade e fizeram trabalhos específicos na academia. Na coletiva pós-treino, Odair Hellmann teve a palavra. “O Cruzeiro é uma grande equipe, um dos melhores grupos do futebol brasileiro, com um excelente treinador. Nós estamos preparados para a sequência, estamos fortes como equipe e vamos para Belo Horizonte para fazer o jogo que estamos fazendo nas últimas partidas”, afirmou o técnico.
Leandro Damião está recuperado e deve reforçar o ataque do Inter
Campeonato Brasileiro – Classificação Posição
PTS
J
V
E
D
1ºSão Paulo
45
21
13
6
2
2ºInternacional
42
21
12
6
3
3ºFlamengo
41
21
12
5
4
4ºPalmeiras
37
21
10
7
4
5ºGrêmio
37
21
10
7
4
6ºAtlético-MG
34
21
10
4
7
7ºCruzeiro
30
21
8
6
7
8ºCorinthians
29
21
8
5
8
9ºAmérica-MG
26
21
7
5
9
10ºFluminense
26
21
7
5
9
11ºBahia
25
21
6
7
8
12ºBotafogo
25
21
6
7
8
13ºAtlético-PR
24
20
6
6
8
14ºSantos
24
20
6
6
8
15ºVasco
24
20
6
6
8
16ºVitória
22
21
6
4
11
17ºChapecoense
21
20
4
9
7
18ºSport
20
21
5
5
11
19ºCeará
17
21
3
8
10
20ºParaná
15
21
3
6
12
Campeonato Brasileiro - 22ª rodada Data
Hora
Jogo
Local
01/09
16h
Vitória x América-MG
Barradão
01/09
16h
Grêmio x Botafogo
Arena
01/09
19h
Vasco da Gama x Santos
São Januário
01/09
21h
Corinthians x Atlético-MG
Arena Itaquera
02/09
11h
Flamengo x Ceará
Maracanã
02/09
16h
São Paulo x Fluminense
Morumbi
02/09
16h
Sport x Paraná
Ilha do Retiro
02/09
16h
Atlético-PR x Bahia
Arena da Baixada
02/09
19h
Chapecoense x Palmeiras
Arena Condá
02/09
19h
Cruzeiro x Internacional
Mineirão
Sรกbado e domingo, 01 e 02.09.2018
Bella Revista
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Sábado e domingo, 01 e 02.09.2018
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Febre na década de 90, o versátil calçado ganhou novas modelagens e garante autenticidade ao look. Uma maneira bacana de usar os flat mules é de combiná-los com calças como pantacourts, jeans cropped ou jeans com a barra desfiada. Todos podem ser mixados com uma camisa para um look bem moderninho ou ainda com uma regata acetinada e uma jaquetinha bem estilosa para sair com as amigas ou um jantar com a família.
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Tendência para Primavera/Verão 2019 Ainda falta um pouco mais de um mês para acabar o inverno, mas a tendência da próxima estação já está dando as caras. O ouro rosé e as pedras de tonalidade rosa como, a Morganita, e as roxas como, a Tanzanita serão as protagonistas da Primavera/Verão 2019, assim como os maxi brincos, argolas e colares que chegam com tudo para arrasar! As pulseiras e o mix de anéis também irão brilhar, pois a estação mais quente do ano que deixa sempre muita pele à mostra dará lugar para muitas joias e acessórios.
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Sábado e domingo, 01 e 02.09.2018
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As Lojas Street Woman, Street Woman Concept e Street Man enlouqueceram e estão com descontos imperdíveis na linha casual, na linha masculina e moda festa, com vestidos de alto requinte, uma joia para vestir. Se dê ao luxo de estar sempre elegante!
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Acerte no look
Você sempre fica em dúvida sobre o que vestir quando o dia está instável e não sabe se vai ser chover, esfriar ou ficar muito quente? Vem comigo que conversei com uma consultora de moda e estilo pra nos ajudar Aline Prestes aline@diariodamanha.com
Sabe aqueles dias que parecem ter todas as estações em menos de 24 horas? Quando acontece isso eu fico sempre me perguntando o que vestir para acertar no look e não morrer de frio ou calor. Por isso, conversei com a consultora de moda e estilo, Karine Backes pra dar algumas dicas que podem nos ajudar na escolha da roupa perfeita. Ela explica que quando o clima não se decide, que manhã é frio, a tarde é um calorão e a noite a temperatura cai novamente, o ideal é montar looks em camadas. Mas, como assim, Ka? “Ao se vestir, pense nas peças como camadas que podem ser removidas ao longo do dia, ou acrescentadas quando necessárias”, explica a consultora de moda e estilo. O ideal é apostarmos na TERCEIRA PEÇA, essa peça não tem erro, valoriza nosso corpo e nos salva quando precisamos construir um looks em camadas. Por exemplo: cardigan, jaqueta e o queridinho: Blazer: Minha indicação de peça coringa, sem dúvida é o blazer! Com ele você pode montar um look despojado, inclusive usando tênis. Até mesmo um look bem formal, combinado com vestido, saia lápis ou calça flare.
Terceira peça
A consultora de moda e estilo comenta que a chamada terceira peça é algo que favorece todos os biotipos, pois define a silhueta e modela o corpo de acordo com cada perfil. Por exemplo: Ao usar um colete alongado, ou blazer, cria-se uma linha no corpo, alongando e valorizando a silhueta.
Se esquentar é só remover o blazer
Para dia mais frios, vale um casaco mais carregado, que pode sim ser usado sobre outra jaqueta e depois removido
Pode ser um maxi cardigan também
Colorimetria
Ka lembra também que o tom da cor influencia na definição do look ideal. “Todo mundo, alguma vez na vida, já ouviu aquela frase: ‘Nossa você fica tão bem com essa cor!’ E isso é verdade, existem cores que nos favorecem e outras que nos deixam ‘apagadas’”, aponta. Se você não faz ideia de quais as cores que lhe favorecem, existem profissionais especializados em colorimetria que fazem esse teste em você”, finaliza ela.
A jaqueta de couro também é uma excelente opção para essa estação, podendo ser removida e amarrada à cintura
Agora sim fica mais fácil definir o que vestir nesses dias! Se testarem os looks marquem a gente nas redes sociais pela #belladiariopf.
Outra sugestão para essa estação, é uma sobreposição de camisa e tricô. Ou camisa e moletom... Se esquentar é só tirar a parte de cima!
Karine Backes é consultura de moda em estilo
Lurdes De Conto
4 SOCIAL
Sábado e domingo, 01 e 02.09.2018
Sucesso marcou o Jantar dos Gourmet´s!!!
“Seja a mudança que você quer ver no mundo” Mahatma Gandhi
Lurdes De Conto Karmél Grill Express inaugura no Bella Città Shopping
Os casais Gourmet´s- 2018 com os casais da Diretoria do Clube Comercial O Jantar dos Gourmets 2018 do Clube Comercial reuniu associados no último sábado (25), no Salão Cristal da Sede Social. O ambiente foi decorado pela equipe de Maninha Decorações e contou com a animação de Aria Ambiência Sonora. Os pratos principais da noite foram Raviolli de Ricota com damasco e nozes ao molho de gorgonzola e Raviolli de Pato ao molho de três cogumelos, de Patrick e Gisele Kirines; Ossobuco de cordeiro com ragu de tomate e alecrim de Tadeu e Marinês Pereira; e Bacalhau em crosta de pão, de Silvano Bortoluzzi e Glaucia Damschi. Além das deliciosas guarnições especialmente criadas pela cheff Lisete Biazi. O buffet de sobremesas também foi muito elogiado e agradou os convidados. A Rainha do Clube Comercial, Amanda Benincá Silva, acompanhada por Léo Costa e o grupo Slag Crew da Petipá Espaço de Dança apresentou coreografia da música Footloose.
Fotos de Daltro Mattos.
A Rainha do Clube Comercial Amanda Benincá e seus familiares entre as presenças na festa
A Karmél – Grill Express inaugurou na última quarta-feira (29) no Bella Città Shopping. O restaurante, que oferece cortes de carnes nobres, é mais uma novidade no mix de alimentação para os clientes do Shopping, oferecendo também buffet de saladas e pratos quentes, sanduíches, burgers, pratos à la carte, petiscos e porções, além de bebidas como refrigerantes, sucos naturais, chope, destilados, vinhos e cervejas. “Uma gastronomia contemporânea, agilidade, qualidade, ou seja, um mix bem completo, onde o cliente pode saborear um churrasco com cortes nobres, pratos e lanches elaborados”, declarou o proprietário da Karmél, João de Paula. A loja que conta com cerca de 30 m² quadrados está localizada na Praça de Alimentação do 2º andar, ao lado do Sahib. Venha conhecer mais essa novidade do Bella Città Shopping para você!
O casal Carol Phhilipsen e Ludovic Tetard sempre elegantes entre amigos.
Entre as notadas presenças femininas na festa Juliana Gali, Janaina de Castro Mendes e Patrícia Machado
Segundo Café do Bem!!!!
Marlusa Verardi, Neli Formighieri, Bariba Brizola e Lourdes De Conto
Direção e voluntárias da Liga Feminina de Combate ao Câncer.
Tais Rizzoto, Lourdes De Conto, Danielle de Oliveira Batezini e Patricia Machado
A diretoria e voluntárias da Liga reuniram a comunidade local e regional para divulgação dos resultados do trabalho da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Passo Fundo no final de tarde do dia 28 de Agosto em sua sede. Oportunidade que contou com presenças de diversos segmentos da sociedade bem como amigos para momentos de informação, integração, regados a uma mesa farta. Parabéns aos envolvidos no acontecimento, tudo preparado com muito amor e dedicação.
MC Dia Feliz- 2018
Lurdes De Conto
SOCIAL 5
Sábado e domingo, 01 e 02.09.2018
Trote Solidário!!!! Trabalho Voluntário, Trote Solidário! Arrecadação de alimentos e materiais de limpeza nos Supermercados de Passo Fundo. Parceria Lions Clube e Faculdades de Medicina de Passo Fundo! O Lions Clube Passo Fundo Independência doou os itens arrecadados ao CAAC. Gratos pela contribuição de todos com o sentimento de dever cumprido!
Lourdes De Conto com o grupo da Petipá Espaço de Dança- seu coreógrafo Leo Costa a bailarina Amanda Benincá e demais integrantes No ultimo Sábado na praça de alimentação Lourdes De Conto com Clara nos do Bella Cittá Shopping aconteceu o Mc Dia Feliz co- bastidores do acontecimento bem ordenado pelo Instituto Ronald Mc Donald´s com rea- acompanhadas. lização da Liga Feminina de combate ao Câncer. Evento destinado a arrecadar fundos para os projetos de apoio as crianças portadoras de câncer. Momentos de muita cultura, congraçamento e integração, foram danças muito bem coreografadas, e arte de bom gosto.
Formatura!!!!
Direto da Serra Gaúcha!!! Conferindo e divando entre as celebridades presentes ao Festival de Cinema em Gramado RS, a nossa pequena notável Pietra Valentina com look da Anime by Marisol OneStore, posou para vários cliks. Nesta foto com o ator Osmar Prado.
O jovem Vitor Rossetto Daudt, filho de Edmar Vianei Daudt e de Maria Célia Rossetto, recebeu o diploma de formação acadêmica no curso de Engenharia de Produção da UFRGS. Brindando a conquista de tão importante título, recebe familiares e amigos no Salão Cristal do Clube Comercial no dia 01 de Setembro as 20h30min para celebrar o evento acadêmico. Desejamos ao formando muito sucesso na bela carreira profissional que escolheu seguir, um futuro brilhante.
Na foto Aldrian Ramires e Lorena Pierdoná Ramires, Astrid Lima, Ilânia Martins Pinto e voluntários da Liga
Expointer-2018!!!
A quarta-feira (29) foi de agenda cheia para os diretores da Acisa Passo Fundo que visitaram a 41°Expointer. Além do lançamento da Expoacisa 2018, na casa do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, os representantes da associação visitaram os associados que estão expondo na feira - MARINI, KUHN Brasil, Bandeirante, FertiSystem e Montagner. Os diretores também foram na casa da FEDERASUL e prestigiaram o 6° Prêmio Vencedores do Agronegócio e 2° Prêmio Elas no Agro RS.
74 Anos da ASJURI – POA!!!! A empresária Bariba Brizola prestigia os melhores eventos de nossa cidade bem como responde aos convites da Capital com muita elegância. Presença notada na comemoração dos 74 Anos da ASJURI (Associação de Juízes do RGS) realizado no dia 17 de Agosto, na requintada Casa NTX, em Porto Alegre, acontecimento brilhante com Baile de Aniversário e traje “Passeio Completo”. Na foto Geraldo Anastacio Jr., Bariba Brizola e Rafael Brizola Marques.
Direção e representantes da Acisa Passo Fundo marcaram presença na Expointer em Esteio.
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Sábado e domingo, 01 e 02.09.2018
Rafael Dadia Advogado - Sócio no escritório Borba & Dadia Advogados Associados – OAB/RS 70.684 bcdadv@bcdadv.com.br.
A DESINCOMPATIBILIZAÇÃO No dia sete de outubro, os eleitores irão às urnas para votação do primeiro turno das eleições para presidente da República, governadores, senadores, deputados estaduais e deputados federais. Mas não só de eleição tratamos em anos eleitorais, certo? Há a reeleição também. Em 1997, o senado aprovava a emenda constitucional que permitia a reeleição para presidente da República, governador e prefeito. Atente para o fato de que para esses citados cargos, a reeleição pode ocorrer apenas uma vez. Esses cargos são referentes ao poder executivo. Já para os que concorrem a vagas nas casas legislativas, a reeleição ocorre indefinidamente, caso de um deputado estadual, por exemplo. Sete anos antes, em maio de 1990, entrava em vigor a Lei Complementar nº 64. Trata de “casos de inelegibilidade, prazos de cessação, e determina outras providências.” Contada essa pequena introdução histórica, vamos ao que interessa. Essa LC/64 dispunha, no seu art. 1º, sobre a inelegibilidade de alguns cargos, o que veio a ser alterado com a emenda constitucional de 1997. A desincompatibilização apareceria no texto legal dessa Lei Complementar. Palavra de difícil pronúncia, nada mais é do que o afastamento de quem está no exercício de uma função pública para concorrer a um cargo público. Desincompatibilizar significa tornar algo compatível, ou seja, é um pressuposto para a obtenção da elegibilidade. Porque se o candidato não se afastar do cargo público que ocupa no momento da concorrência à nova eleição, ele está incompatível com um requisito estabelecido em lei, ficando proibido de concorrer à vaga. No caso de um parlamentar, vereador ou deputado, por exemplo, não há obrigatoriedade de afastamento de seu cargo para concorrer. Assim como há outros casos em que a desincompatibilização não é obrigatória. Mas se, na hipótese, o cargo ocupado pelo candidato é de presidente, governador ou prefeito, e ele deseja concorrer a um outro cargo, o afastamento deve ser definitivo, 6 meses antes da eleição. Agora, se esse mesmo candidato optar por concorrer à reeleição, não é preciso afastar-se das suas funções. Mirando outro exemplo: o cargo que o candidato ocupa é de vice-presidente, vice-governador ou vice-prefeito. Somente há necessidade de afastamento por 6 meses antes da eleição se ele houver substituído o titular do cargo no semestre antecedente à eleição. Obviamente que esses são apenas alguns exemplos. Há uma extensa tabela detalhada que trata da desincompatibilização no site do Superior Tribunal Eleitoral. Portanto, a desincompatibilização, que pode variar entre 3 e 6 meses antes da eleição, que pode acontecer com afastamento definitivo ou temporário e que deriva da Lei Complementar nº 64 e de outras definições de julgamentos do TSE (a cada eleição é publicada uma tabela atualizada dos prazos de desincompatibilização), é mais um instrumento a serviço da democracia, trazendo mais um elemento para que a eleição possa ocorrer de forma lídima e equitativa, para que nenhum dos envolvidos possa se valer de algum tipo de vantagem ou privilégio.
Sábado e domingo, 01 e 02.09.2018
Cabeceiras
Antigamente, era comum que as camas viessem com as cabeceiras. Hoje já não é mais assim. De um simples apoio para a cabeça, elas tornaram-se um toque de personalidade na decoração do quarto. É possível inovar na forma de aplicá-las, nos materiais e no design. As cabeceiras são fabricadas nos mais diversos materiais, como madeira, lambri, couro, além de outros tipos de tecidos, transferindo ao quarto um ar mais íntimo e fino. Nos quartos com decoração mais clássica e tradicional, geralmente de casal, as cabeceiras costumam ser estofadas com revestimento de couro ou grandes painéis de madeira. Já nos ambientes modernos todo tipo de inovação ganha espaço: desde espelhos até adesivos que cobrem a parede atrás da cama.
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Sábado e domingo, 01 e 02.09.2018
Veneza
É
impossível ficar indiferente a Veneza. As construções, os canais, as ruelas, as igrejas, os monumentos: cada passo revela uma história a ser descoberta, um novo mistério a ser revelado, um romance a ser vivido. Eleita inúmeras vezes a cidade mais bela do mundo, uma visita a Veneza é uma visita à história da humanidade. Seus diversos museus, construções e palácios mantêm intacta a história de centenas de anos, como se o tempo, marcado com precisão pelo relógio da torre da Praça San Marco, simplesmente não houvesse passado. Entre San Marco e Rialto, o labirinto de ruas estreitas convida o visitante a se perder e se maravilhar, a cada instante, com uma nova descoberta, um novo olhar, um novo pedaço desta cidade incomparável e inesquecível. Como toda cidade muito turística, Veneza tem alguns pontos de parada obrigatória, começando pela belíssima e imponente Piazza San Marco, o verdadeiro coração da cidade. Mas além da formidável basílica que dá nome à praça, estão no local o famoso campanário, o Palácio Ducale, o Museu Correr e o Museu Arqueológico. De uma área da praça, também é possível avistar mais duas grandes preciosidades da história da arte e da arquitetura do outro lado do Grande Canal: as basílicas de São Jorge Maior e de Nossa Senhora da Saúde. Outra atração imperdível de Veneza são as diversas pontes, começando pela mais famosa delas, a Rialto. Merecem a visita, ainda, o mercado Rialto, museus, palácios e as ilhas de Murano, Burano e Torcello. O maior barato de Veneza, contudo, é caminhar e perder-se entre campos e ruelas, descobrindo paisagens, preciosidades arquitetônicas e marcas do tempo, sentindo-se em outra era. Visite os cartões postais, mas não deixe de apreciar a beleza que se descortina e surpreende a cada esquina. Uma das poucas cidades do mundo onde ninguém se importa em se perder, pois cada caminho é uma descoberta!
Grupo Itália 21/10 á 07/11/18
Pacote inclui: - Transferência de carro de luxo privado no dia da chegada e partida; - Alojamento em 4 hotéis; - Ônibus de luxo com ar condicionado para todo o percurso; - Fones de ouvido para toda a turnê; - 3 jantares incluídos (dias 2, 3 e 4); - Guia de acompanhamento para todo o passeio; - Guias locais em Siena, Pisa, Milão, Veneza, Florença e Roma; - Entrada no Vaticano; - Ver com uma explicação de nosso dirigente de turismo em Montepulciano, Pienza, Montalcino, San Gimignano, La Spezia 5 Terre, Portofino, Rapallo, Como, Lugano, Bellinzona, Lago Garda, Verona, Pádua, Ferrara, Assis e Perugia; - Degustação de chocolate na Suíça; - Entrada para o Duomo de Milão com fones de ouvido incluídos; - Degustação de diferentes vinícolas em Montepulciano; - Transferência de barco entre La Spezia e as 5 Terras; - Transferência de barco entre Rapallo e Portofino; - Passeio de barco privado para o grupo no Lago Como; - Passeio de barco privado para o grupo no Lago de Garda; - Transferência de barco em Veneza para um tour privado; - Translado noturno para o bairro de Trastevere;. - Guias locais em Nápoles e Pompeia; - Almoço em Pompéia; - Visita guiada às escavações de Pompeia (entrada incluída); - Guias locais na Ilha de Capri; - Jantar no Hotel de Sorrento; - Visita de Capri com Gruta Azul (se a maré permitir); - Almoço em Capri; - Ferry Sorrento - Capri e Ferry Capri – Nápoles; - Seguro assistência.
Informações: Avenida Brasil, 25 Centro - Passo Fundo (54) 3045-3222 - mvianorte@gmail.com
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Editor Édson Coltz RP 17.059
Colaboração Aline P. de Oliveira
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Diagramação Alessandra Studzinski Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência,917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
Le Petit
A Escola de Educação Infantil Le Petit, traz a Passo Fundo um novo conceito em educação. Múltiplas propostas que prioriza o brincar em diferente tempo e espaço. Em um clima de confiança e afeto, os alunos adquirem segurança em suas próprias capacidades motoras, cognitiva, expressivas, afetiva e social. Criando espaços reais de participação, valorizando suas possibilidades.
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PASSO FUNDO - CARAZINHO
DIÁRIO DA MANHÃ -
Especial
(Sobre)Viver com o HIV Na contramão do investimento em campanhas de conscientização sobre a importância de usar o preservativo nas relações sexuais, a passagem das folhas do calendário denuncia o aumento no número de pacientes que vivem com o vírus. Só em Passo Fundo, a média é de cem novos casos anuais. Oferecido gratuitamente em todas as unidades de saúde, o teste rápido de HIV é a alternativa para o diagnóstico precoce e, consequentemente, um tratamento mais eficaz. Democrático, o vírus não escolhe classe social. E quem vê cara, não vê HIV.
Páginas 03, 04, 05 e 06
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Foto: Daniele Freitas/DM
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2 - DIÁRIO DA MANHÃ
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Carta da editora
Olá, leitor! Imagine que você está na casa de uma amiga ou amigo e o telefone toca. Do outro lado da linha, a voz pergunta por alguém que não mora naquela residência. Na discagem equivocada, surge um romance. História de filme, de novela, de romance estrangeiro candidato a best-seller. Só que, das juras de amor compartilhadas, cujo prazo de validade expirou precocemente, restaram apenas as vagas lembranças. No dia em que a companheira revelou que vivia com o HIV, o professor de matemática esmurrou a parede e, sem olhar para trás, informou que não possuía estrutura para lidar com isso. O “isso”, em questão, não era o vírus. Era a desinformação acerca dele. Era a validação de estigmas e discriminações. Essa foi só uma das histórias de preconceito que Silmara, personagem da página 03 desta edição, vivenciou na pele. Do outro lado do País, muito tempo depois, Leonardo, que também não faz questão de esconder o nome, descobriu o HIV numa quarta-feira primaveril. Amedrontou-se, como era de se esperar. Aos poucos, a informação acerca da soropositividade trouxe a expectativa de uma vida tranquila, apenas mantendo cuidados essenciais. E mais pessoas precisavam saber disso. A sociedade carecia de um novo olhar sobre o HIV, de uma reconstrução de conceitos. Foi aí que as confissões, até então anônimas na internet, ganharam rosto, identidade e voz. Agrupadas, tornaram-se livro. Um legado deixado por Léo a todos que se recusam a vestir a carapuça do preconceito. A história do educador físico, relatada na página 06, não só inspira, mas transforma. Falar sobre o HIV é cutucar uma ferida social exposta. Um simples tropeço na terminologia ou na escolha lexical e, pronto, do beija-flor fez-se o urubu. Transitar pelas vivências da Silmara e do Leonardo é escrever também sobre tantas outras vidas acompanhadas pelo HIV. Apresentar as estatísticas locais é fazer um alerta e, ao mesmo tempo, correr o risco de reforçar, involuntariamente, estereótipos. Há uma população mais vulnerável? Sim. Mas o HIV é democrático: pode atingir qualquer pessoa. Mais jovens, mais velhos, mais ricos, mais pobres, homens ou mulheres. A essência de meus rabiscos - que ainda temo não ser apreendida - é a de desestabilizar o leitor: provocar, impreterivelmente, uma reflexão sobre a maneira como nós, enquanto sociedade, temos enxergado os soropositivos. É preciso olhar para o outro. Mas, antes de tudo, é preciso olhar para dentro de si. Boa leitura! Daniele Freitas
ENDEREÇOS l Passo Fundo v Ce ntro de Saúde (Posto Central) Rua Fagundes dos Reis, 270 (54) 3311-6494 v Hospital São Vicente de Paulo Rua Teixeira Soares, 808 Centro (54) 3316-4000 v Hospital da Cidade Rua Tiradentes, 295 Centro/Annes (54) 2103-3333 v Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes (54) 3313-4435 v Hospital Municipal Rua Alcides Moura, 100 Centro (54) 3316-4500 v Hospital de Olhos C.L. Dyógenes A. Martins Pinto Campus I - UPF - Bairro São José w(54) 3318-0200
Prontoclínica Tv. Dr. Arthur Leite, 58 Centro (54) 3313-5100 v Bombeiros -193
l Carazinho v Hospital de Caridade Rua General Câmara 70 (54) - 3329-9898 v Ambulatório Municipal Av. Pátria – próximo a Secreta ria Municipal de Saúde Hospital de Caridade de Carazinho Centro de Especialidades Médicas (CEM) Av. Pátria – próximo a Secretaria Municipal de Saúde e Hospital de Caridade de Carazinho (54) 3331-4510 v Bombeiros -193
Acontece
Serviço de Hemoterapia recebe doação de calouros da Medicina
A
Foto: Assessoria de Comunicação HSVP/Caroline Silvestro
proximadamente 100 calouros e veteranos da Medicina estiveram no Serviço de Hemoterapia do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, no dia 24 de agosto, para realizar a doação de sangue e participar do Trote Solidário realizado pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), por meio do seu Núcleo Acadêmico. As ações incluem doação de sangue pelos alunos e arrecadação de alimentos não-perecíveis em diversos supermercados.
Inscrições para o III Prêmio Hospital da Cidade de Incentivo à Pesquisa Científica A comissão organizadora comunica que o prazo para inscrições no evento foi prorrogado até o dia 3 de setembro, às 17h30min. Devido a essa ampliação de prazo, a divulgação dos trabalhos aprovados, local e horários das apresentações foi transferida para o dia 10 de setembro. A apresentação dos trabalhos será realizada no dia 26 de setembro, conforme previsto no regulamento do concurso.
O Prêmio Hospital da Cidade de Incentivo à Pesquisa Científica tem o objetivo de proporcionar espaço e momento de divulgação do conhecimento científico produzido pela comunidade acadêmica regional, nas áreas de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Serviço Social. Inscrições e informações pelo site do HC (www.hcpf. com.br).
Pesquisa realizada no HC é premiada pelo Congresso Paranaense de Cardiologia Foto: Divulgação HC
O Programa de Residência Multiprofissional em Cardiologia desenvolvido pelo Hospital da Cidade em parceria com a Universidade de Passo Fundo e Prefeitura de Passo Fundo apresentou quatro trabalhos científicos no 45º Congresso Paranaense de Cardiologia, realizado no mês de julho, em Curitiba/PR. Três trabalhos foram apresentados na modalidade de pôster e um trabalho na modalidade oral. A pesquisa “Avaliação da ansiedade cardíaca em um Programa de Reabilitação Cardiovascular
Editor
Édson Coltz RP:17.059
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Jornalista
Daniele Freitas RP:18590
Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência,917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
Multiprofissional”, de autoria de Angélica Zanettini, Leonardo Calegari, Gabriela Stochero, Isabel Cristina Reinheimer, Bruna Sorensen, Juliana Nunes Ferreira e Luiz Carlos Pereira Bin, conquistou o primeiro lugar entre os trabalhos apresentados na modalidade oral. O Congresso Paranaense de Cardiologia discutiu estratégias para a prevenção da morte súbita por doenças cardiovasculares, valorizando a atuação multiprofissional integrada no atendimento ao paciente e na promoção de medidas de prevenção.
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Crônica
Uma história de (sobre)vivências Há quase 30 anos, a rotina de médicos, exames e remédios transformou a vida de Silmara Daniele Freitas
Fotos: Daniele Freitas/DM
saude@diariodamanha.com
Q
uarenta e quatro primaveras recém completas, das quais vinte e nove em companhia do vírus. O HIV chegou à vida de Silmara ainda na tenra adolescência, aos quinze anos. Na época, ela namorava um rapaz mais velho, com quem compartilhava, além da paixão febril do primeiro amor, as aulas de Russo. “Eu fiquei fascinada por ele”, lembra. Com o adoecimento do amado e o diagnóstico de HIV, a cearense também foi orientada a fazer o teste. “Fui tranquila. Quando somos jovens, achamos que nada nos atinge”, confessa. A aparente calmaria, contudo, dissipou-se assim que a constatação de soropositividade tumultuou o futuro idealizado com a inocência de quem mal ultrapassou a primeira década de vida. Silmara preparou-se para a morte. Nas suas projeções mais otimistas, ousou sonhar que atingiria a maioridade. A escassez de recursos para tratamento no final da década de 80 dizimava expectativas de vida. “Para mim, chegar aos 18 já era muito”, conta. A cada semana, o aroma das velas e flores fúnebres misturava-se às lágrimas de mais uma despedida precoce. Era mais um amigo que partia seis, oito meses, no máximo um ano depois de descobrir que possuía o vírus. Do grupo de jovens do qual fazia parte, cuja idade máxima não ultrapassava os 22 anos, só restou Silmara. “Não sei por que eu fiquei”. As lembranças sobre o período em que não havia medicação para tratar a doença são dolorosas. A unidade do hospital de Fortaleza que tratava os enfermos reconstruía um cenário de guerra. E foi justamente ali, entre mortos e feridos, que Silmara encontrou motivos para seguir lutando pela vida que julgava não ser longeva. Do decreto de uma morte anunciada pelo HIV que converteu-se em AIDS, brotou a inspiração para reescrever a própria história. “Pensei: nunca fiz nada para ninguém, vou passar pelo mundo em vão. Ninguém vai saber quem foi Silmara”. Como legado, decidiu, então, ser voluntária no hospital em Fortaleza, sua terra natal. Aprendeu a cuidar das pessoas, alimentá-las, trocar fraldas. Conheceu vidas dilaceradas pela AIDS, renegadas pelos familiares que até mesmo se recusavam a trazê-las de volta para casa após a alta. Dormiu em cadeiras próximas aos leitos, segurou as mãos dos pacientes durante o último suspiro. Ao olhar para a dor do outro, esqueceu-se da própria. Só assim para não enlouquecer.
a escola lestra sobre HIV em um pa a um r da fui z, ve ma “U ne. Me i, pedi para usar o telefo ne mi ter do an Qu a. lez rta ne fixo, de Fo fiz uma ligação do telefo ei e e a ari ret sec à até m levara sligu m o pessoal da ONG. De porque precisava falar co preciso dar a volta na sala e haera saído e agradeci. Para ir embora, ro, vi que eu mal havia vid lo pe , Ali . ela jan a i, não via um l no telefone. Pensei: vix oo álc o nd ssa pa am av est elas que eu dei”. adiantou nada a palestra A chegada de novos medicamentos, já na metade da década de 90, resgataram a esperança de sobrevivência. O sonho da maternidade, enfim, ressurgiu. Filha única, queria apagar a má relação que teve com a própria mãe. Na herdeira, projetava tanto amor que mal cabia em si. Mal acreditou quando Camila chegou aos seus braços. Mas nem mesmo todo o afeto foi capaz de protegê-la da infecção. Aos três meses e doze dias, Camila despediu-se do colo acolhedor da progenitora, vítima da AIDS e de uma pneumonia. O tratamento não surtiu o efeito esperado. Com a dor da perda, o relacionamento com o companheiro findou-se. Silmara deixou o sonho em segundo plano, mas não desistiu. Dois anos depois, já com medicamentos mais avançados e uma chance mínima de transmissão do vírus ao bebê, decidiu tentar novamente. Em 1997, pariu Vitória, perfeitamente
“Fui dar entrevista para uma rádio, certa vez, e o apresentador do programa falava coisas absurdas. Até que ele disse: olha, eu não tenho preconceito com as pessoas não, inclusive, a Silmara está usando o microfone que eu vou usar amanhã. Ao vivo. Fiquei olhando para ele, para ver se ele percebia a asneira que havia falado. A voluntária que estava comigo tomou as dores e disse a ele que o mínimo que se esperava quando alguém fosse abordar um assunto era que ele lesse um pouco, se informasse antes, para não passar uma vergonha daquelas”.
saudável. “O nome não foi à toa”, justifica. Em quase três décadas, Silmara experimentou inúmeras medicações, enfrentou vários problemas, sobreviveu a catorze internações. Teve meningite, tuberculose, cinco pneumonias. Viu a mãe ser demitida do emprego de cozinheira porque a patroa temia que a presença de Silmara na casa contagiasse as outras crianças. Teve um aperto de mão negado por um médico cearense. Sepultou amigos, contabilizou amores interrompidos pelo preconceito, deixou o Ceará para tentar uma vida nova no Sul do País. Chegou a Passo Fundo quatro anos atrás com uma bolsa, uma pequena mala e o desafio de reinventar-se. Assim que conseguiu emprego, trouxe a filha para a cidade. A passagem, comprada com três meses de antecedência, para economizar. A pequena quitinete alugada, que não tinha sequer uma colher para a “quentinha” do almoço, hoje está mobiliada. “Sou, acima de tudo, uma sobrevivente”, comemora. A rotina de cuidados é contínua. Sete comprimidos pela manhã, sete à noite. Catorze diários. Não fosse suficiente o sobressalto, Silmara adverte: “Mas tá pouco. Teve época que tomei até 32 por dia”. No coração e na alma, a cuidadora de idosos carrega a lembrança dos amigos que perdeu pelo caminho. “É como diz o poema: do lado esquerdo do peito, carrego os meus mortos. Ninguém morre enquanto é lembrado”, explica. Silmara recusou-se a morrer, negou o rótulo de “coitada”. Vivenciou períodos distintos de enfrentamento à doença, sentiu na pele os reflexos da intolerância. Superou tudo. E todos. Passou por tanta coisa e ainda não entende a sobrevida do preconceito em pleno ano de 2018. “Acho que um dos motivos de haver tanto estigma relacionado à AIDS é porque é uma doença ligada ao sexo. Aí existe muito tabu. Se você tem câncer e fala para os seus amigos, todo mundo vai ter pena, vai te apoiar. Agora, se disser que está com HIV, o discurso muda: é o de ‘quem procura acha’. Me dói ver as pessoas com AIDS andarem se escondendo como se fossem criminosas, como se a sua doença fosse uma vergonha”, lamenta. Mesmo com os percalços pelo caminho, Silmara não abandona o sorriso do rosto. É com essa leveza que ela transmite palavras de otimismo à frequentadores do Serviço de Atendimento Especializado (SAE), especialmente àqueles que há pouco tiveram o diagnóstico de HIV positivo. Ela abraça, acolhe, aconselha. Salva vidas, por assim dizer. E pensar que Silmara um dia achou que não deixaria um legado ou que ninguém saberia o seu nome. Saberão sim, Silmara. Saberão.
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Entrevista
“O HIV não tem cara e não tem classe” Só em Passo Fundo, são registrados, aproximadamente, cem novos casos do vírus por ano Foto: Daniele Freitas/DM
Daniele Freitas saude@diariodamanha.com
A
o ingressar no prédio localizado na rua Silva Jardim, região Central de Passo Fundo, o sorriso atencioso da recepcionista, acompanhado da saudação matinal, revela o ambiente de acolhimento que perpassa os três andares da estrutura que sedia o Serviço de Atendimento Especializado (SAE). A cada rol de escadas, cartazes coloridos povoam as paredes com orientações de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, dividindo espaço com os dispositores de preservativos masculinos e femininos - gratuitamente acessíveis à população. Entre as centenas de pessoas que passam pelo local mensalmente, há aquelas que encontram uma brecha na bolsa ou na carteira para armazenar o pequeno pacote quadrado e que descobrem um espaço na atribulada rotina para a necessidade de cuidar de si e cuidar do outro. Algumas, contudo, subestimam a perspicácia do vírus. Não levam a camisinha sem custo. Não a compram na farmácia. Pior: não a usam. A escolha consentida resulta em estatísticas que preocupam os especialistas da área da saúde: a maioria esmagadora dos casos de HIV notificados pelo SAE tem a mesma origem, a relação sexual sem proteção. Na contramão do investimento em campanhas de conscientização, a passagem das folhas do calendário denuncia o aumento no número de pacientes que vivem com HIV. No Brasil, a média é de 19 casos para cada 100 mil habitantes, conforme dados de 2017. Em solo gaúcho, o índice já sobe para 31 casos para a mesma proporção populacional. A realidade local, então, assusta ainda mais: em Passo Fundo, a média chega a 45 casos para cada 100 mil habitantes. A estatística ainda indica que há, aproximadamente, 100 novos casos de HIV
Em média, 100 pessoas procuram mensalmente o SAE para realizar o teste rápido por ano, isso só de pessoas residentes na cidade. “Às vezes, os serviços não conseguem suportar tantos dados novos. Não é um paciente que está de passagem, mas que ficará conosco o resto da vida, buscando medicamentos, fazendo consultas, realizando exames”, alerta a enfermeira do SAE, Seila de Abreu. Oferecido em todas as unidades de saúde, o teste rápido de HIV, assim como o de Sífilis e Hepatites B e C, é gratuito e sigiloso, basta apresentar um documento com foto e o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). No caso do SAE, especificamente, a testagem é oferecida de segunda à sexta-feira, entre 8h e 11h, por livre demanda. Em média, 100 pessoas procuram a unidade mensalmente para realizar o teste rápido. Em toda a cidade, o índice gira em torno de 600 pessoas. “Quando um teste rápido de um laboratório dá positivo, repetimos o teste rápido com outro laboratório. Se houver dois testes rápidos reagentes, de dois laboratórios diferentes, é considerado diagnóstico de HIV. Na hora da entrega do resultado, o profissional já faz um acolhimento diferenciado, explica, passa todas as orientações e já encaminha esse paciente para o psicó-
logo e para a consulta médica. Tudo é feito pelo SUS. Então, o paciente é encaminhado para fazer outros exames mais precisos, que são a carga viral e o CD4. Tendo o resultado, ele já inicia o tratamento, o que ocorre em, no máximo, um mês”, esclarece a enfermeira. Nesse contexto, faz-se necessária a diferenciação entre HIV, que é o vírus, e AIDS, que é a doença propriamente dita, já instalada, com alta carga viral e que compromete as defesas do organismo. Em outras palavras, não necessariamente quem tem o vírus HIV terá a AIDS. O desconhecimento acerca do assunto é um dos fatores que contribuem para a validação do estigma do soropositivo – que vive com o vírus. “Há um tempo, a AIDS mostrava as pessoas emagrecidas, que já estavam morrendo, porque a doença era muito grave. As pessoas morriam em decorrência do vírus porque não havia tratamento, não se tinha qualidade de vida. Hoje, isso mudou bastante. Houve uma grande evolução em relação à diagnóstico precoce do HIV, a um tratamento mais eficaz, que faz
com que as pessoas consigam negativar a carga viral e mantenham-se saudáveis. No entanto, para mudar essa mentalidade, esse estigma criado em cima do HIV, ainda vai levar um tempo”, argumenta Seila. Os relatos de preconceito vão desde filhos que são expulsos de casa até pessoas que ficam isoladas pelo afastamento dos amigos. “Ainda é uma doença muito sigilosa, que as pessoas não querem revelar seu diagnóstico. Imagina o sofrimento para essas pessoas, de não poderem falar que estão com uma doença. Há relatos de pessoas que tem seus talheres e pratos separados em casa. É um absurdo isso, em pleno século XXI! É algo que não pula de uma pessoa para outra, que não se pega com abraço, com aperto de mão, com beijo. E outra questão importante é que o HIV não atinge só a classe média baixa. São todas as classes sociais. Hoje, o HIV não tem cara. E quem vê cara, não vê HIV”, analisa. A evolução no tratamento permitiu que pacientes, com décadas de vírus, estejam trabalhando, com vida ativa, tendo filhos saudáveis. Por outro lado, a ausência de tratamento pode levar à morte. “É uma doença crônica, ou seja, que não tem cura. O tratamento faz com que o vírus seja suprimido, que não se multiplique nem diminua as defesas. Há como zerar a carga viral, para que ele se torne indetectável – que é o nosso desejo que todos os soropositivos consigam. Mesmo assim, a prevenção continua sendo fundamental”.
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Alcoolismo x sexo seguro O cenário de festas e consumo de bebidas alcóolicas tornou-se um fator de risco para a transmissão do HIV. Isso porque são comuns relatos de pessoas que buscam o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) após uma noite cujo enredo foi apagado da memória – situação recorrente entre jovens e adultos. De acordo com a enfermeira do SAE, Seila de Abreu, ouvir as histórias de pessoas que saíram, beberam e acordaram no dia seguinte sem lembrar o que fizeram ou com quem fizeram é uma prática quase rotineira. “Sem o uso de qualquer substância psicoativa, já é difícil parar e colocar o preservativo no momento da relação sexual. Agora, imagina uma pessoa que está bêbada ou drogada. Ela não terá essa sensibilidade de colocar o preservativo. Percebemos que as pessoas estão bebendo cada vez mais, o que é um gatilho para o sexo sem proteção. As exposições sexuais desprotegidas, em geral, têm relação com a bebida alcóolica”, adverte.
+ Saúde Entrevista Foto: Daniele Freitas/DM
Agilidade na busca pela prevenção De acordo com a enfermeira, independentemente de conhecer ou não o parceiro, toda relação sexual desprotegida é uma relação de risco. “Se houve uma exposição, seja pelo não uso ou pelo rompimento do preservativo, ou qualquer outra situação em que houve risco de contato com o vírus, quanto mais rápido essa pessoa buscar uma unidade do serviço de referência para iniciar a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV, melhor”, orienta. A PEP, como também é conhecida, é uma medida de prevenção à infecção pelo HIV que consiste no uso de medicação em até 72 horas após qualquer situação em que exista risco de contato com o vírus. Ela utiliza medicamentos antirretrovirais que agem evitando a sobrevivência e a multiplicação do HIV no organismo e, por isso, deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição ao vírus. O tratamento dura 28 dias. “No Hospital Municipal, esse serviço é oferecido 24 horas por dia. Antes de receber a medicação, é feito o teste rápido para descartar que a pessoa já tenha o HIV. Não tendo, inicia-se a medicação. É importante destacar que quanto mais o tempo passa, menor o efeito de proteção da profilaxia”, lembra. A PEP é uma medida preventiva de emergência e, por isso, não serve como substituta ao uso do preservativo. Além disso, a profilaxia funciona somente para o HIV, não protegendo contra outras infecções sexualmente transmissíveis, como a Sífilis e as Hepatites.
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Implementação de um novo serviço A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP HIV) é um novo método de prevenção à infecção pelo HIV, que consiste na tomada diária de um comprimido, impedindo que o vírus causador da AIDS infecte o organismo antes de a pessoa ter contato com ele. É um tratamento de uso contínuo, que evita a contaminação ou transmissão. A ideia é de que a PrEP esteja disponível na rede de saúde de Passo Fundo até o início de 2019. “A profilaxia pré-exposição, seria para os casais sorodiscordantes, em que um tem o vírus e o outro não. É uma medicação para esses casais que não usam o preservativo regularmente. Também para homens que têm relações com outros homens, profissionais do sexo e usuários de drogas, que são considerados a população mais vulnerável. É um serviço já disponibilizado na Capital e em algumas cidades maiores. Essa pessoa, com um risco maior de contágio, será paciente do SAE, passará por consultas com regularidade de três em três meses, fará os exames e terá que buscar a medicação todo mês. A PrEP vem agregar na prevenção combinada”, salienta Seila.
A enfermeira do Serviço de Atendimento Especializado (SAE), Seila de Abreu, esclarece outras dúvidas sobre o HIV
Enfermeira do SAE, Seila de Abreu O HIV manifesta sintomas? Quando a pessoa se contamina com o vírus, os sintomas se assemelham aos de uma gripe: uma febre baixa, dor no corpo, mal estar. Algo que passa despercebido. Passando a forma aguda, entra na forma crônica e aí pode levar anos para manifestar sintomas. Dependendo do paciente, pode levar 2, 5, 10 anos. Só que enquanto ele não faz o diagnóstico, o HIV está cada vez aumentando mais a carga viral e diminuindo as defesas. Essa pessoa está sujeita a pegar uma tuberculose com mais facilidade, uma meningite ou outras doenças infecciosas, até mesmo alguns tumores que são característicos do vírus. Não há, portanto, um sintoma clássico. O ideal é que as pessoas procurem fazer os testes rápidos com regularidade, pelo menos uma vez por ano. Por que ainda há essa dificuldade no uso do preservativo? Nós falamos em uso do preservativo como se isso fosse a coisa mais simples, mas não são todos os homens que têm essa habilidade. É algo chato, não tão fácil. Sem contar que não é a mesma coisa que ter uma relação sem preservativo, muda alguma coisa. Por isso, temos que falar que existem vários tipos de preservativos, uns mais lubrificados, outros menos. Com tamanhos diferentes, com cheiro, com gosto. Não podemos pensar só naquele preservativo com
cheiro horroroso do látex, fornecido gratuitamente. Nas farmácias, há vários outros tipos e o homem precisa treinar isso, para não deixar para colocar somente na hora da relação sexual, porque aí pode causar um bloqueio, uma perda da ereção. Esquecemos de falar, também, do preservativo feminino, que não está à venda nas farmácias, mas está disponível nas unidades de saúde. A mulher até pode colocar antes do ato sexual, pode se preparar antes. É outra forma de se prevenir, que independe dessa questão do homem não querer usar. Houve aumento no número de pessoas diagnosticadas com HIV em Passo Fundo? Sim. Estamos preocupados, principalmente, com a população masculina. Para se ter uma ideia, em 2017, dos casos diagnosticados, 70% eram homens – destes, 30% tinham relações sexuais com outros homens – e 30% mulheres. Neste ano, até agora, 80% dos casos de HIV foram em homens - sendo que 50% deles fizeram sexo com outros homens – e 20% mulheres. Acreditamos que esse aumento se justifica pelo fato de que as pessoas não estão se protegendo nessas relações. Outro aspecto importante é que a relação anal, não somente entre homens, mas a prática em si, aumenta significativamente as chances de transmissão do vírus. Por ser uma região mais vascularizada, não lubrificada e na qual ocorrem microfissuras e sangramentos devido à fricção, o risco é maior. Ali, não existem várias camadas de proteção, como no canal vaginal. Estamos falando especificamente do HIV, mas o sexo anal aumenta a possibilidade de transmissão de qualquer tipo de doença. As mulheres também devem ficar atentas. Como funciona a janela imunológica do vírus? Se houve uma exposição hoje, desprotegida, se você não conhece a sorologia daquela pessoa, você tem o risco de ter contraído o vírus. No caso do HIV, estipulamos uma janela imunológica de 30 dias. Temos casos de pessoas que tiveram essa exposição, vieram aqui após as 72 horas, ou seja, quando não era mais possível utilizar a PEP, fizeram o teste rápido e deu negativo. Pas-
sados os 30 dias, ao refazer o teste, o HIV foi diagnosticado. Então, se houver suspeita, o teste precisa ser refeito 30 dias depois. Quais os possíveis efeitos colaterais da medicação? No início, o paciente passa por várias consultas e exames até estabilizar e a carga viral ficar indetectável. Depois disso, ele só busca o SAE para retirar a medicação mensalmente e, já estabilizado, precisa fazer o controle de carga viral duas vezes no ano e passar por consulta médica de duas a três vezes no ano. Os efeitos colaterais diminuíram bastante com a evolução da medicação. Há 15 anos ou 20 anos,
falava-se em coquetel do HIV: o paciente usava vários tipos de medicamentos para o HIV, diversas vezes ao dia. Ele poderia apresentar diarreia, náusea, dor abdominal. Depois do período inicial, quando há a utilização desses medicamentos de profilaxia para prevenir outras doenças, eles ficam só com o medicamento do HIV. Alguns ainda têm problemas gastrointestinais, cefaleia, icterícia (amarelão), que é uma reação esperada do medicamento nos primeiros 15 dias a um mês. Depois, volta ao normal. Então, as reações dependem do medicamento que esse paciente vai usar, mas nem se compara aos efeitos registrados há décadas atrás.
6 - DIÁRIO DA MANHÃ
Relato
Sobre a necessidade de desconstruir estereótipos Foto: Arquivo pessoal
Autor do livro Confissões de um Soropositivo, Leonardo oferece, no compartilhamento de suas experiências, um ponto de apoio para outras pessoas que vivem com o HIV
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Daniele Freitas
saude@diariodamanha.com
L
eonardo vive com o HIV. E é assim, sem rodeios, que ele encara a soropositividade desde que o diagnóstico esbarrou na sua vida cinco anos atrás. Fala abertamente sobre o tema, esclarece dúvidas, já publicou até livro. Há dias difíceis, com certeza. Mas a inspiração para tocar outras existências também marcadas pelo contato com o vírus é o combustível para o enfrentamento das batalhas diárias. Ao assumir a sequência numérica do seu RG, Leonardo deixou de ser estatística. Sua singularidade cobrou um preço: os olhares tortos de munícipes conservadores do interior gaúcho, o afastamento de “amigos”, a reconfiguração das relações afetivas. O valor do gesto de compartilhar suas vivências, contudo, é imensurável. Empatia pura em trajes de coragem. Léo, como ele também se identifica na internet, só integra os índices ao revelar o meio pelo qual teve contato com o vírus: a relação sexual desprotegida. Com uma biografia marcada por relacionamentos estáveis, foi justamente em um deles que a confiança oriunda do prolongado período de convivência - algo comum para muitos casais – permitiu a dispensa do preservativo. Praticamente assintomático, o HIV só foi descoberto em um exame de sangue que era para ser rotineiro. A infecção da pele que não se curava acenou para a necessidade de realizar, além do hemograma, a testagem para o
vírus. A ligação do laboratório foi quase uma confirmação. “Informaram que o teste de HIV não havia chegado. Quando falaram aquilo, já me preparei”, recorda. As horas pareceram se arrastar durante uma semana. Além da demora para a entrega do exame confirmatório, enviado para fora do Estado, a greve dos Correios tornou a espera ainda mais penosa. Até que em 25 de setembro de 2013, o resultado desembarcou na vida do Leonardo. “Na hora, por mais que eu tivesse um pouco de informação, fiquei assustado. Achava que ia morrer logo”, confessa. A calma advinda do transcorrer dos ponteiros do relógio trouxe o alento: com mais informações, conversas com profissionais da área da saúde e grupos de apoio na internet, o HIV despiu-se do caráter de perecimento. “Em questão de dias, já estava bem mais tranquilo, lidando bem com a nova situação sorológica”, relembra ele. Na época, decidiu por convicção própria começar imediatamente o tratamento, ainda que o CD4 estivesse acima do índice indicado pelo Ministério da Saúde para início da medicamentação. Atualmente, a recomendação do órgão de saúde já é que para que todas as pessoas, assim que recebido o diagnóstico, sejam encaminhadas para o tratamento. “Eu sabia que, se começasse logo, zeraria minha carga viral, subiria o CD4 e isso dificultaria que eu fosse internado, além de melhorar a minha saúde e evitar a transmissão do vírus”, justifica Leonardo. Os primeiros noventa dias de tratamento foram os mais complicados, devido aos efeitos colaterais da
medicação. Progressivamente, com a adaptação, as reações diminuíram. A agitada rotina de educador físico, dividida em aulas de hidroginástica, bike indoor e personal fitness, é vivenciada quase que sem alterações. Os cuidados pela manutenção dos hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos, mantiveram-se. A mudança residiu no rompimento com o companheiro que acompanhou Leonardo por uma década: o cigarro. O consumo de bebida alcóolica, que já era eventual, restringiu-se. “Continuo fazendo acompanhamento na minha cidade, em Uruguaiana, e realizando os exames periodicamente. Fora isso, sigo trabalhando como sempre fiz”. Em todo esse processo, o apoio da família e do atual companheiro, com quem está há cerca de dois anos, somou-se ao carinho de tantos internautas que acompanham a página Diário de um Soropositivo, no Facebook. “Na verdade, o principal empecilho pra quem vive com o HIV é justamente o preconceito e o estigma. Eu sofri esse tipo de discriminação por falta de conhecimento e até por medo das pessoas”, destaca. Aos 36 anos, Leonardo já está familiarizado com as entrevistas. Esta foi a terceira que ele concedeu no mês. Militante, ativista social, sem medo de mostrar o rosto. Quem o vê falar com tanta propriedade sobre o vírus que carrega no organismo entende e reconhece o valor de sua contribuição virtual. Certa vez, conta, precisou substituir uma professora de hidroginástica em outra academia. Uma das alunas se recusou a fazer a aula por saber da soropositividade dele. Não adiantou explicar que o HIV não se transmite pela água. Tantas histórias, registradas em sua essência, despertaram o desejo de propagar a visibilidade positiva sobre o vírus. Por isso, não há problema em identificar suas confissões. “Recebo frequentemente mensagens de pessoas que acabaram de receber o diagnóstico e que me procuram para tirar dúvidas, receber orientações, uma palavra de empatia. Então, naquele momento, já faço um acolhimento online”, revela. No universo de teias tecidas pela universalização das redes, ele espera encontrar eco para respaldar o fim da estigmatização acerca do HIV. O caminho, sabe ele, não é fácil. Não mesmo. Entretanto, não há melhor remédio para combater as trevas do preconceito que a luz do conhecimento. O HIV não tem cura. A ignorância, às vezes, sim.
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Ortopedia
Artigo
Serviço oferecido no HSVP é referência no atendimento de osteoporose Diariamente, o Osteotrati monitora e acompanha casos de fratura em pacientes acima de 50 anos
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osteoporose é uma doença sistêmica do esqueleto, sendo a doença osteometabólica mais frequente. Ela se caracteriza pela presença de baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura (qualidade) óssea, o que aumenta a fragilidade do osso e o risco de fraturas. Em geral, a osteoporose é uma doença sem sintomas e, muitas vezes, é diagnosticada somente após sua consequência mais grave, que é a fratura. Outro fator é que a maioria das pessoas não sabe que possui a doença e acaba tendo fraturas frequentes sem investigação. Por isso, com o intuito de diagnosticar esses pacientes, mapeá-los, atuar na prevenção de fraturas e tratamento da doença, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, disponibiliza um serviço de referência para este tipo de atendimento. O Osteotrati, Tratamento Integrado de Osteoporose, é um serviço que, diariamente monitora e acompanha casos de fratura em pacientes acima de 50 anos. O ortopedista responsável pelo Osteotrati, Dr. Vinícius Canello Kuhn, explica que muitas pessoas têm fraturas, recebem o cuidado, melhoram e logo depois voltam a se machucar, pois não investigam a causa disso.
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“O impacto da osteoporose é grave, podendo ser maior que vários tipos de câncer e comparável ao da artrite reumatoide, asma e hipertensão. Portanto, a prevenção, diagnóstico e tratamento são primordiais”. A osteoporose é um problema grave de saúde pública, já que, conforme o especialista, uma em cada três mulheres tem fraturas depois dos 50 anos. Além disso, o aumento da expectativa de vida da população e o fato de que a idade avançada é um dos principais fatores de risco para osteoporose, é um sinal de alerta. Após a avaliação feita pelo especialista, o paciente passa a receber acompanhamento e é constantemente monitorado. Atualmente, mais de 350 pacientes são atendidos pelo Osteotrati, sendo que a maioria são mulheres. “Nosso foco é principalmente a prevenção de novas fraturas, já que isso traz diversos prejuízos para o paciente e o sistema de saúde. Nesse sentido, trabalhamos com a orientação de prevenção de quedas, ingesta adequada de alimentos que contenham cálcio, que são basicamente laticínios, a reposição da vitamina D e a medicação específica para osteoporose”, esclarece.
Lançado no Brasil um novo tratamento adjuvante para melanoma Dr. Rodrigo Ughini Villarroel Oncologista – Melanoma – Pele – Mama - Urológico CRM: 21309 Mande suas dúvidas para o e-mail contato@drvillarroel.com.br
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o dia 24 de agosto, com a presença dos convidados americanos Dr. Ryan Sulivan e Dr. Sanjiv Argawala, aconteceu em São Paulo um encontro científico de lançamento de um novo tratamento adjuvante para melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. O tratamento adjuvante recebe este nome por ser aplicado em pacientes que foram operados com retirada completa das lesões de melanoma, mas que em função do risco mais alto de a doença reaparecer (muitas vezes na forma de metástases, atingindo outros órgãos), recebem tratamento complementar para reduzir o risco de recidiva. O tratamento aprovado é por via oral e utiliza a combinação das medicações dabrafenibe e trametinibe, que atuam inibindo uma importante via de sinalização das células tumorais que está hiperativada nos pacientes que tem melanoma com uma mutação no gene BRAF. A indicação do uso destes inibidores é para os pa-
cientes com melanoma com estadiamento III, ou seja, que possuem linfonodos (‘ínguas’) comprometidas pelo tumor no momento do diagnóstico. Esta indicação de tratamento baseia-se no estudo conhecido como COMBI-AD que avaliou 870 pacientes com melanoma estádio III portadores de mutação do BRAF completamente ressecados para receberem tratamento por um ano com dabrafenibe + trametinibe ou placebo. Após seguimento destes pacientes por quase 3 anos, o estudo mostrou um benefício estatisticamente significativo com uma redução de 53% no risco de reaparecimento do melanoma. Esta nova indicação representa uma valiosa opção de tratamento para pacientes com melanoma positivo para mutação BRAF e em risco de recorrência de doença ou metástases.
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Artigos Quando a vida parece sem sentido Escrito por João Eglior Psicólogo (CRP 07/28427). Telefone: 996310855. Endereço: Av. Pátria, 426, sala 51 – Carazinho.
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urante a vida podemos experimentar períodos que parecem não estar fazendo nenhum sentido para nós. São tempos de obscuridade, de incompreensão, em que nos sentimos meio perdidos, talvez até vivendo com um olhar de indiferença para muitas coisas e sob a predominância de uma certa tristeza de fundo, como se estivéssemos bloqueados a seguir por um ou outro caminho, para tomar certas decisões e, enquanto isso, não percebemos os sinais de que o nosso tempo, sem cessar, vai passando. Esse quadro pode aparecer dentro de um casamento que está sendo consumido pela rotina e pelo desaparecimento dos sentimentos afetivos, que vão tornando o convívio para o casal mais como um fardo do que como uma relação amorosa de satisfação e gratificação; também, os líderes de uma organização podem apresentar sentimentos similares quando sob pressão, decorrente de suas decisões que foram ou terão que ser tomadas, se deparam com várias incertezas ou, até mesmo, em face das incumbências naturais da administração do negócio; e, por fim, um terceiro exemplo é aquele da pessoa que está se sentindo bastante desconfortável com o seu trabalho, por entender que não está sendo valorizada adequadamente ou por estar fazendo algo que nunca lhe trouxe
prazer, mas que está ali porque precisa manter a sua subsistência e ou de sua família. No entanto, é vital que façamos algo para abandonar essa condição de angústia, de falta afetiva, de solidão, de pressão, de incertezas, ou seja, de insatisfação com a vida que estamos vivendo, pois sabemos que, às vezes, os sentimentos não expressados por forma nenhuma, podem ser tanto descarregados no corpo, quanto adoecer a psiquê ou, simplesmente, pela infeliz possibilidade da constatação de que se viveu uma vida medíocre e nada mais há a fazer. Deste modo, nesse tempo em que podemos sentir como se estivéssemos em um estado de entorpecimento, quase como mortos em vida, deveríamos utilizar com mais tenacidade a nossa condição de seres humanos de expressão. Explico melhor: deveríamos nos expressar, falar, compartilhar as nossas dificuldades. Mas, a quem deveríamos confiar a nossa intimidade e as nossas dúvidas? Na minha opinião, àquela pessoa que consideramos, em quem acreditamos que possua uma escuta qualificada. Qualificada no sentido de ser capaz de “iluminar” nossos caminhos a ponto de que a névoa sobre eles se esvaneça e, a partir disso, consigamos ver a melhor escolha voltada a encontrar, novamente, a graça pela vida, o que tanto desejamos.
O que sabemos sobre nós? Como a psicologia contribui para essa descoberta? Escrito por Juliana Fisch Teixeira. Psicóloga Clínica, Especialista em Saúde Mental, Formação em Mindfulness para Crianças (CRP 07/23021). Contato pelo telefone (54) 992256752 ou e-mail julianafischt@ gmail.com.
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eu desejo pela psicologia nasceu em uma aula do Ensino Médio, onde a professora pediu para escolher animais e algumas características desses animais, e eu fiquei tão encantada com as respostas que ela deu por uma simples escolha, que eu pensava ter escolhido aleatoriamente, mas que disse muito sobre mim. Fiquei tão admirada, que naquele dia escolhi a minha profissão: a tão amada psicologia. Assim que entramos na faculdade, a primeira pergunta é: por que você escolheu a psicologia? A resposta foi: “sempre gostei muito de ouvir, ajudar e estar perto das pessoas”. Muitas questões vieram desde o início da faculdade, vou trabalhar em empresa, abrir consultório, atender adulto, criança, adolescente ou idoso, mas, independentemente do caminho, o desejo era exatamente o mesmo: ajudar as pessoas a terem uma vida com menos sofrimento, mais alegria, com autoconhecimento, saber exatamente o que passa em nossos pensamentos e que resultam nos nossos sentimentos e comportamentos. Não temos ideia de quanta coisa fica mal resolvida no nosso caminho e o quanto isso influencia nas atitudes que temos hoje. Quantas vezes você já se percebeu repetindo um comportamen-
to do qual não gosta? Ou, então, você acaba um relacionamento por estar insatisfeito e, quando encontra uma nova pessoa, pensa que agora será diferente, mas, após um tempo, você se vê na mesma situação? Muda de emprego, mas não se sente feliz? Quando não nos conhecemos tendemos a repetir pensamentos, sentimentos e comportamentos, parecendo estar sempre andando em círculos. Um dos objetivos da psicoterapia é auxiliar a pessoa a lidar com suas emoções, angústias, medos, ansiedades, com seus conflitos, os problemas de relacionamento, entre tantas outras dificuldades e inquietações que dificultam ou, até mesmo, impedem o desenvolvimento saudável da vida da pessoa que sofre por não saber lidar com elas. Mas a psicoterapia é também o caminho para o autoconhecimento, no qual você compreende as razões de repetir os mesmos comportamentos e sentimentos dessas questões que incomodam. É um cuidado que se tem com sua saúde emocional. Ter saúde não significa apenas não ter alguma doença instalada no corpo ou na mente. Ter saúde significa viver bem. “Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?” - S. Freud
E mais... Simpósio de Hemoterapia do HSVP traz atualizações para área Em comemoração ao centenário do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, o Serviço de Hemoterapia promoveu, nos dias 23 e 24 de agosto, o Simpósio de Hemoterapia. O evento reuniu profissionais da área e alunos de medicina no auditório da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), apoiadora do simpósio que contou com patrocínio da Abbott e da CEI. Atualização da hemoterapia, novas técnicas, o presente e o futuro de uma área complexa, que depende do gesto voluntário de doadores para manter seus estoques de sangue e salvar vidas: assuntos que estiveram em pauta no centro de conferências, nas palestras apresentadas por profissionais de diversas cidades e estados do País. O presidente do HSVP, José Miguel Rodrigues da Silva, o diretor do Serviço de Hemoterapia, Dr. Antônio Alexandre Clemente de Araújo, o diretor técnico médico do HSVP, Dr. Adroaldo Baseggio Mallmann, e a coordenadora da Hemorrede do Rio Grande do Sul, Dra. Helena Beatriz Silveira Cunha, participaram da solenidade de abertura.
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