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Conexão

PASSO FUNDO - CARAZINHO - ERECHIM

Quarta-feira, 24-09-2014 - www.diariodamanha.com

Afirmação foi feita pelo candidato ao Governo do RS, Roberto Robaina (PSOL) que defende uma nova relação fiscal do Estado com as grandes empresas Édson Coltz conexao@diariodamanha.net

Carlos Roberto de Souza Robaina, até por ser um dos fundadores do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) – criado por ex-petistas descontentes com o rumo do PT após ascensão ao Palácio do Planalto –, se coloca como um dos candidatos ao Governo do Rio Grande do Sul mais críticos a atual gestão. Enfatizando que “não faço política por carreira, para ter cargos eletivos, e sim por considerar uma necessidade que as pessoas participem da vida pública”, o porto-alegrense apresentou as suas visões e propostas políticas durante entrevista ao Grupo Diário da Manhã. Disputando o cargo de governador pela segunda vez – já havia concorrido em 2006 -, justifica essa nova tentativa “para mostrar que existem caminhos diferentes, dos caminhos que a política tradicional insiste em dizer que é o único possível. E esse caminho que a política tradicional tem nos apontado não tem levado para uma situação melhor, pois faz com que recursos públicos sejam destinados a grandes grupos empresariais”, afirmou Robaina.

“O recurso público já é limitado e temos que saber usá-lo” FOTO DIVULGAÇÃO

Metas

“deixar de renunciar recursos” O próximo gestor estadual terá de encarar um caixa com poucos recursos para investimentos em demandas sociais cobradas pela população, devido ao comprometimento da receita com o pagamento da dívida do RS com a União, de cerca de R$ 50 bilhões. O anúncio do Governo Federal e Estadual de que a renegociação da dívida, com novos indexadores de correção, saia ainda este ano é vista com descrença por Robaina. “Se fosse um acordo que realmente tivesse disposição do governo de ser realizado, teria sido votado antes das eleições, para que Tarso, inclusive, fosse ajudado a se reeleger”, criticou o candidato que é enfático ao dizer que, mesmo com a renegociação, o problema não estará resolvido. “Se o acordo fosse de fato votado, o que não acredito, só teria impacto a partir de 2017, mas seria tão pequeno que estamos falando de uma dívida que vai até, ao menos, 2075, num valor total a ser pago de R$ 800 bilhões, vinte vezes mais do que é hoje. Para termos uma noção, tudo o que se gasta por ano em educação não chega a R$ 8 bilhões”. Ele aponta como alternativa a suspensão do pagamento da pendência por crer que o valor nominal já foi pago. “O Rio Grande do Sul drena 13% de sua receita para o pagamento de uma dívida, já quitada, e o que é mais grave, esse dinheiro vai para a União que não devolve em estradas, saúde e educação, e sim, entrega esses recursos para às 5 mil famílias mais ricas do Brasil”, expôs. Ainda, diz que é preciso “deixar de renunciar recursos”. “No RS, a média de renuncia fiscal anual, ou seja dos impostos que não são cobrados das mega empresas, é de R$ 11 bilhões que quase chega a quatro vezes de tudo o que se investe em saúde, contando funcionários, construção de hospitais. E outro mecanismo perverso é o crédito público para grandes empresas. O Estado dá pequenos créditos para pequenas empresas, o valor total, nos últimos três anos de governo foi de R$ 300 milhões [à mais de 70 mil pequenos empreendimentos, segundo afirma] e para uma única grande empresa foi de R$ 1,1 bilhão. Não se trata de ser contra a propriedade, e sim de não aceitar que os grandes grupos empresariais se apropriem do Estado. O recurso público já é limitado e temos que saber usá-lo”, detalhou a ideia do partido.

Candidato ao Governo do RS, Roberto Robaina (PSOL)

Ao apontar as prioridades de seu governo, caso eleito, voltou a citar problemas atuais: “Temos hoje 200 mil gaúchos que não conseguem um atendimento de média complexidade, que levam mais de dois para um atendimento. Precisamos que os recursos públicos sejam destinados ao povo, para saúde, educação, melhoria do salário dos professores”, finalizou Roberto Robaina.

Ampliação do modal de transporte Para atender a demanda por infraestrutura, principalmente para transporte da produção gaúcha, ele considera a malha viária “um terror” e considera como ideal a viabilização de novos modais, incluindo, a longo prazo, hidrovias. “Os caminhões são responsáveis por 60% do escoamento da produção no Brasil e, por óbvio, que contribuem para danificar as estradas. Precisamos apostar em um plano de construção de hidrovias no RS, Estado que aproveita menos de 4% do modal hidroviário. E estrategica-

mente temos que avançar na questão ferroviária, são mudanças de longo fôlego mas que mostram haver espaço para a construção no país, no combate ao desemprego por serem grandes obras”, associa. Sobre a criação da EGR, caracterizou a empresa como “um paliativo, até achamos que houve um avanço com o fim dos pedágios privados”. “Mas, não adianta criar uma empresa se não existem recursos públicos pesados para realmente melhorar as estradas”, assinalou.


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As propostas de Bortoluzzi

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Candidato a deputado estadual, Rafael Bortoluzzi (PP) foi entrevistado pela Diário AM 570 Édson Coltz

FOTO PAULA STEFFENON

conexao@diariodamanha.net

“Me candidatei por acreditar que é através da política que podemos melhorar e mudar significativamente a vida das pessoas”, afirmou o candidato a Assembleia Legislativa, Rafael Bortoluzzi (PP), durante entrevista à Rádio Diário AM 570. A emissora tem realizado entrevistas com os candidatos à deputado federal e estadual, domiciliados em Passo Fundo. Ele disse que, se eleito, focará seu trabalho na busca por uma atualização da legislação gaúcha. “Temos uma grande dificuldade na condução de vários projetos por conta da existência de leis ineficazes, que já são inconstitucionais pelas mudanças na Constituição. E temos que fazer um

Candidato a Assembleia Legislativa, Rafael Bortoluzzi (PP) trabalho nesse ponto”, apontou, por acreditar que assim o trabalho do Legislativo será agilizado. “Não vai gerar frutos imediatos, mas, tenho certeza, que com o passar do tempo sentiremos o significado dessas mudanças”, rea-

Roberto Robaina (PSOL)

9h10 - Entrevista ao vivo a uma rádio de Frederico Westphalen. 13h30 - Debate entre os candidatos ao Governo do Estado em ráfio de Porto Alegre.

Vieira da Cunha (PDT)

8h10 - Entrevista a uma rádio de Porto Alegre. 9h30 - Caminhada em Viamão. 13h - Debate entre os candidatos ao governo em rádio na capital. 18h - Visita à Creche Prisma. 20h - Reunião jantar com o núcleo do PDT do Banrisul.

Tarso Genro (PT)

9h - Concede entrevista para rádio do interior 13h – Participa de debate promovido por uma rádio de Porto Alegre. Ijuí 17h15 – Carreata da UPPRS 17h45 – Coletiva de imprensa.Local: Rua Ernesto Alves, nº 362 18h – Comício da UPPRS. Local: Praça da República Santa Rosa 20h – Comício da UPPRS. Local: Em frente ao Ginásio Pedro Deon Bairro Cruzeiro

José Ivo Sartori (PMDB)

Porto Alegre Manhã – Gravação de rádio e TV para o horário eleitoral gratuito. 13 h – Debate entre candidatos ao Governo do Estado, em rádio. Parobé: 17h30 – Carreata com candidatos da coligação O Novo Caminho para o Rio Grande em direção a Taquara, por estradas vicinais. Taquara: 18h45 – Carreata com candidatos da coligação até a Praça Central, em frente à Prefeitura.

Ana Amélia Lemos (PP)

13h05 – Debate em rádio de Porto Alegre.

16h30 – Visita a Associação dos Comissários de Polícia do RS. 18h30 – Inauguração da “Casa da Ana Amélia em Guaiba. A agenda dos outros candidatos não foi enviada a nossa equipe.

firmou o candidato. Para possibilitar o crescimento regional, Rafael Bortoluzzi acredita que é preciso investir em infraestrutura. “O Estado do Rio Grande do Sul, nos últimos anos, parou nesse aspecto. Precisamos chamar os prefeitos, dividir o Estado em regiões e focar em investimentos necessários para o desenvolvimento regional. É um Estado rico, mas precisa dessa ajuda. Se não investirmos nesse setor o RS pode parar, pois não temos mais condições de transportar a nossa produção”, alertou. Bortoluzzi comentou sobre as alterações em debate no sistema político nacional. Para ele, por mais que caiba ao Congresso Nacional o tema, é importante que “ocorra pressão da base”, desde os municípios, para pressionar os parlamentares a fazerem as alterações devidas. “Primeiramente temos que alterar a legislação sobre a reeleição. Penso que a

Carreira

Natural de Passo Fundo, Rafael Bortoluzzi nasceu em 1981. Formado em Direito, é filiado ao Partido Progressista, desde 2001. Foi tesoureiro e presidente da juventude progressista. Em 2005 começou a trabalhar na Câmara de Vereadores ocupando o cargo de assessor legislativo, em 2005 passou a exercer o cargo de diretor legislativo e em 2007 passou a procurador adjunto. Em 2008 concorreu e foi eleito vereador pelo PP e em 2012 disputou o pleito como candidato a vice-prefeito de Osvaldo Gomes.

Título de eleitor: segunda via até esta quinta-feira FOTO DIVULGAÇÃO

Os eleitores que perderam o título de eleitor e precisam pedir a segunda via devem procurar o cartório eleitoral mais próximo até esta quintafeira (25), último dia para a emissão do documento antes das eleições gerais do próximo dia 5 de outubro. De acordo com o Código Eleitoral, a Justiça só pode emitir a segunda via do título de eleitor até 10 dias antes do pleito. Nas eleições deste ano, mais de 142 milhões de eleitores brasileiros vão escolher os novos presi-

Vice-Presidente

Janesca Maria Martins Pinto

Diretor Executivo

Ilânia Pretto Martins Pinto

Rogel Mello

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ras indígenas na região, que geram graves conflitos com agricultores. “Tanto o Governo Federal quanto Estadual e seus órgãos estão incentivando esses conflitos. Precisamos de alguém que traga paz aos indígenas e agricultores. Os indíos precisam sim de atenção, de atendimento, mas não é tirando terra de agricultor que daremos atenção à eles. Defendo a propriedade privada”, disse ao complementar que “para resolver o problema do indígena não podemos criar outro problema social”, opinou.

E mais...

Presidente @jornal_dm

reeleição para o Legislativo traz muitos vícios para as casas Legislativas. Se prefeito, governador, presidente da república podem se reeleger apenas uma vez, por que que vereadores, deputados e senadores podem permanecer de forma perpétua nos cargos?” questionou ele, ao justificar seu posicionamento sobre o assunto. Ainda, diz que defende o financiamento público das campanhas, para, inclusive, reduzir os custos. O candidato também se posicionou sobre os processos de demarcação de ter-

Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência,917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800

dente e vice da República e também os novos governadores, senadores, deputados federais, deputados estaduais ou deputados distritais. Os interessados em solicitar a reimpressão do título devem comparecer a qualquer cartório eleitoral, mesmo que não seja na cidade onde mora, e apresentar um documen-

to oficial com foto. A nova via do título mantém as mesmas informações da via original e é impressa na mesma hora para o eleitor. No entanto, só pode pedir a reimpressão o eleitor que já tinha o título ou o solicitou até 5 de maio deste ano, data em que foi fechado o cadastro eleitoral para estas eleições.


REGIão

Mantida prisão de Maurício Dal Agnol Justiça também decretou a indisponibilidade total dos bens do advogado, bem como o bloqueio dos valores existentes em contas bancárias

O advogado Maurício Dal Agnol seguirá preso. A decisão é da Desembargadora Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak, da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que negou, na tarde dessa quarta-feira

(23), a liminar com pedido de liberdade (Habeas Corpus) da defesa do acusado. O argumento dos advogados de Dal Agnol é de que todos os atos praticados pelos magistrados que atuaram no processo criminal da Juíza de Direito da 3ª Vara Criminal da Comarca de Passo Fundo e o seu Substituto - estariam maculados por nulidade, diante da ausência de imparcialidade. Alegam que ambos os magistrados seriam interessados no

julgamento da causa. Assim, a defesa de Dal Agnol pleiteou a revogação da prisão preventiva dele e postularam que fosse reconhecida a situação de impedimento e suspeição dos magistrados titular e substituto da 3ª Vara Criminal de Passo Fundo, com a consequente declaração de nulidade de todos os atos judiciais maculados desde a fase pré-processual até o presente momento, bem como das provas deles decorrentes. Ao analisar o caso, porém, a De-

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sembargadora Vanderlei considerou no que diz com o decreto prisional, o fato de haver decisão concessiva de liminar em Habeas Corpus não impede a decretação de prisão preventiva quando fatos novos sobrevierem a justificar sua necessidade. “No caso concreto, foi apresentada pelos impetrantes, posteriormente, a cópia da decisão e constatado que a prisão foi decretada em dois outros dois processos diversos, cujas denúncias são posteriores”.

Bloqueio de bens de Dal Agnol pode garantir pagamento de indenizações Cristian Puhl

FOTO DM

cristian@diariodamanha.net

As reviravoltas judiciais no caso do advogado suspenso pela OAB/RS, Maurício Dal Agnol, trouxeram uma perspectiva positiva para os advogados que atuam na defesa dos mais de 30 mil usuários que teriam sido lesados pela ação do empresário. Conforme divulgado pelo jornal Diário da Manhã no início deste mês, advogados que possuem o maior número de clientes com processos movidos contra Dal Agnol procuraram o Ministério Público de Passo Fundo para relatar o descrédito e a desconfiança em relação ao pagamento das indenizações, pois, até aquele momento, a Justiça não havia decretado o bloqueio e a indisponibilidade dos bens do acusado, possibilitando que a defesa dele tivesse procedido a retirada de mais de R$ 60 milhões de suas contas. Na ocasião, estes advogados explicaram ao DM Passo Fundo que, através de um dispositivo jurídico que interrompeu a tramitação processual contra Dal Agnol, ele teria movimentado mais de R$ 60 milhões de suas contas, o que inviabilizaria o pagamento das indenizações às vítimas das revisões de ação de cobrança de uma operadora de telefonia. Agora, com a prisão do empresário, a negação do pedido de Habeas Corpus e o bloqueio e indisponibilidade de bens decretada pela Justiça, a expectativa destes profissionais é de que os processos indenizatórios movidos comecem a ter sequência no judiciário. Segundo uma das advogadas que atuam nas ações, o encaminhamento jurídico dado aos processos de Dal Agnol garantem a existência de bens até que estes pedidos indenizatórios sejam julgados. Até a semana passada, pelo menos 269 processos, totalizando um valor aproximado de R$ 70 milhões, haviam ingressado na justiça gaúcha. Como a maioria dos bens bloqueados do empresário referem-se a imóveis, as vítimas terão que aguardar o procedimento de venda dos bens para efetuar o pagamento, o que pode levar vários anos, já que ele pode recorrer das decisões.

Coletiva de imprensa em Passo Fundo

“Resposta à sociedade” Édson Coltz conexao@diariodamanha.net

Deflagrada em fevereiro deste ano pela Polícia Federal e Ministério Público, a Operação Carmelina culminou na segunda-feira com o cumprimento de uma mandado de prisão preventiva ao principal investigado na ação, Maurício Dal Agnol. Com ele, a polícia encontrou um Visto Americano, além de mais de R$ 200 mil em dinheiro e cheques o que aumentou as suspeitas sobre a possibilidade do advogado evadir do país. Sendo assim, ele foi encaminhado ao Presídio Regional de Passo Fundo, onde permanece. Os detalhes da ação que resultou na prisão foram revelados na manhã de ontem (23), em coletiva de imprensa na sede do Ministério Público, em Passo Fundo. Participaram da

coletiva, os promotores de justiça do MP, Júlio Ballardin, Paulo Cirne, Marcelo Pires e Álvaro Poglia, além dos Delegados da PF, Mário Vieira e Mauro Vinícios Soares de Moraes. De acordo com o promotor Álvaro Póglia, foi percebida “uma grande movimentação financeira”. “Havia uma grande possibilidade de que ele podia fugir de Passo Fundo. Situação essa que não é novidade para ele que já passou três meses em lugar incerto. Com o capital financeiro arrecadado e todas as possibilidades de fuga passamos a tomar medidas concretas não só no processo originário, que a ele foi concedida a ordem de Habeas Corpus do Tribunal de Justiça,pela 6ª Câmara Federal, mas renovando através de novas ações penais o pedido de prisão preventiva, e aí por

outros motivos que não somente aqueles do processo originário. Seja pela ordem pública, ou para assegurar a aplicação da Lei Penal, se condenado o agente, e o perigo de fuga era iminente”, contou Póglia. Para o delegado Mauro Vinícios de Moraes, “A prova de que não é só pobre que vai para o presídio está bem confirmada e agora continuaremos o trabalho, pois ainda há muito a ser feito, mas a primeira resposta à sociedade foi dada”, considerou, apoiado por Mário Vieira: “Para todos aqueles que não acreditam na justiça, pensem que neste momento ele está no presídio, no lugar onde tem que ficar um marginal do tamanho de Maurício”, complementou o delegado. segue na pg 4


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Maurício Dal Agnol foi detido preventivamente na noite de segunda-feira

Prazo para apresentar relação de ações contra a Brasil Telecom A 18ª Câmara Cível do TJRS deu prazo de 30 dias para que o advogado Maurício Dal Agnol apresente informações referentes a todos os processos judiciais relacionados com ações de subscrição acionária em face da Brasil Telecom. A liminar foi concedida em ação ajuizada pelo Ministério Público. A multa diária, em caso de descumprimento é de R$ 50 mil. O advogado recorreu ao TJRS de decisão proferida na Comarca de Passo Fundo. Alegou que não poderia ser considerado culpado pois ainda tramita o devido processo legal. Afirmou também que o Ministério Público não tinha legitimidade para atuar no processo, pois o exercício da profissão do advogado é regulado pelo Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil. E postulou ainda aumento do prazo para apresentação dos documentos e redução da multa diária, excessiva. Por maioria, os magistrados da 18ª Câmara Cível deram parcial provimento ao recurso. O Desembargador Nelson José Gonzaga, relator do processo, referiu haver plausibilidade “no caso concreto, (...) considerado a quantidade de provas reunidas em investigação criminal e que foram juntadas ao feito, além das notícias jornalísticas, revelando o prejuízo sofrido pelas inúmeras pessoas que contrataram o escritório de advocacia Dal Agnol, para ajuizamento de ações contra a Brasil Telecom”. Sobre a tutela do Ministério Público, afirmou que a instituição “atuou na defesa de interesses individuais homogêneos”. Citou o parecer da Procuradora, ressaltando que apesar de não se tratar, em essência, de Direito do Consumidor, trata-se da hipótese de violação a um número expressivo de direitos individuais. Tendo, portanto, o Ministério Público legitimidade para propor a demanda. O Desembargador manifestou ainda o risco de dano, fundado na proteção aos interesses individuais homogêneos daqueles prejudicados pelos requeridos. “Isso porque milhares de pessoas contrataram os serviços dos demandados, mostrando-se essencial a verificação dos prejudicados, e a reunião da documentação pertinente, sob pena de se inviabilizar eventual reparação civil a esses prejudicados”, referiu. Fonte:TJRS


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Divulgada nova pesquisa de intenções de voto à Presidência Segundo Ibope, Dilma tem 38%; Marina, 29%; e Aécio,19%

A mais recente pesquisa Ibope, divulgada ontem (23), mostrou ligeiro avanço da candidata Dilma Rousseff (PT) na disputa pela Presidência da República. De acordo com a pesquisa, Dilma Rousseff tem 38% das intenções de voto. Na pesquisa passada, no dia 16 de setembro, eram 36%. A candidata do PSB, Marina Silva, passou de 30% para 29%.

Na simulação de um segundo turno, as duas presidenciáveis permanecem em empate técnico. A pesquisa foi encomendada pela Rede Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo. A diferença no segundo turno, em relação à pesquisa anterior, é que as duas candidatas contam com 41% das intenções de voto. Na pesquisa anterior, Marina tinha 43%

contra 40% da candidata petista, ainda considerado um empate, em virtude da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Aécio Neves (PSDB), que tinha crescido quatro pontos na última pesquisa, continuou com 19%. Em uma projeção de segundo turno com o candidato tucano, Dilma teria 46% contra 35%. A diferença au-

mentou em relação à última pesquisa, quando sete pontos separavam os dois candidatos. Enquanto Dilma tinha 44%, Aécio alcançava 37%. O candidato pelo PSC, Pastor Everaldo, teve 1% das intenções de voto, assim como na última pesquisa. Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV), Zé Maria (PSTU), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB),

Mauro Iasi (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO) têm juntos 2%. Votos nulos ou brancos somam 7% e os indecisos são 5%. O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 296 municípios do país entre os dias 20 e 22 de setembro. O nível de confiança é 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR00755/2014.

Saiba como são feitas as pesquisas de intenção de voto Divulgadas durante períodos eleitorais em todo o mundo, as pesquisas de intenção de voto costumam incendiar campanhas e influenciar eleitores. Feitas por institutos de pesquisas de opinião pública (como Ibope, Datafolha e Vox Populi) a pedido de veículos de comunicação ou entidades representativas (como as confederações nacionais da Indústria e de Transportes), as pequisas no Brasil precisam ser registradas na Justiça Eleitoral para serem divulgadas. Mas como são feitas as pesquisas de intenção de voto nas eleições presidenciais no país? Geralmente, envolvem entrevistas a algumas centenas de pessoas. O número varia de acordo com o instituto e

com o cliente que encomendou o trabalho. A pesquisa Vox Populi divulgada no dia 15 de setembro, por exemplo, ouviu 2 mil eleitores. Já a Ibope encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo, divulgada no dia seguinte, envolveu 3 mil eleitores. A Datafolha de 11 de setembro, por sua vez, entrevistou 10,5 mil pessoas. Os números podem parecer pequenos, diante do universo eleitoral brasileiro de quase 143 milhões de pessoas, mas os institutos de pesquisa garantem que são suficientes para representar os eleitores do país e retratar, considerando-se as margens de erros e os intervalos de confiança, as intenções de voto dos brasileiros.

O segredo, explicam os institutos, está na escolha dessa amostra, que não tem nada de aleatória. Trata-se de um trabalho estatístico que busca dividir o eleitorado de acordo com critérios como sexo, idade, escolaridade, ocupação e espaço geográfico. O pressuposto é que eleitores com características semelhantes tendem a ter a mesma preferência política. “Se a sua amostra é bem calculada e os indivíduos são capazes de constituir uma miniatura do conjunto da sociedade, a tendência é que o comportamento desses indivíduos se reproduza para o conjunto. Existe uma analogia que se faz que é o exame de sangue. Você não precisa tirar todo o sangue do indivíduo para saber quais as características. Você tira só alguns mililitros”, explica o diretor do Vox Populi, João Francisco Meira. O Vox Populi, por exemplo, divide sua amostra em cinco estratos: idade, sexo, escolaridade, renda e ocupação. Já o Ibope divide em apenas quatro: idade, sexo, escolaridade e ramo de atividade. A partir de informações da Justiça Eleitoral e de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como o Censo e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), é possível conhecer o perfil do eleitor em cada cidade e estado. Então, de acordo com o tamanho da população, do número de homens e mulheres, das principais ocupações e

do grau de escolaridade daquele local, o instituto divide a amostra geograficamente. Por exemplo, se um determinado local for predominantemente agrícola, a amostra daquela região terá mais empregados da agricultura do que da indústria ou de serviços. Se no local, o perfil da população é de escolaridade mais baixa, a amostra terá mais entrevistados nessa faixa de escolaridade. E assim sucessivamente. Dependendo do número de eleitores, um local pode ter uma amostra mais estratificada do que outro. Tanto o Ibope quanto o Vox Populi ouvem eleitores nas capitais e no interior. Cidades grandes, como São Paulo, podem até ser divididas em zonas. Estados menores têm peso menos relevante. Na pesquisa presidencial do Ibope, por exemplo, os estados do Amapá, de Roraima e de Rondônia se revezam em cada pesquisa. Já o Vox Populi faz a pesquisa em 25 unidades da Federação - Roraima e Amapá não entram porque têm menos de 1% do eleitorado, portanto um percentual inferior à margem de erro da pesquisa, que é 2 pontos percentuais. Definida a amostra, o próximo passo é preparar o questionário e abordar os entrevistados. As pesquisas são feitas nos domicílios ou na própria rua, desde que a pessoa more na zona previamente estabelecida para o trabalho. “Nas eleições,

temos que ter o cuidado de fazer a pergunta de forma totalmente isenta. A pessoa começa fazendo a pergunta [para que seja respondida] de forma espontânea. Daí a gente apresenta um disco [uma figura em forma de círculo] com os nomes dos candidatos, de modo que não prioriza nenhum dos candidatos. O entrevistador entrega para a pessoa, que lê os nomes e diz em quem vai votar. O entrevistador não faz nenhuma leitura dos nomes”, explica o diretor de Opinião Pública, Política e Comunicação do Ibope, Hélio Gastaldi. A pesquisa, em geral, é feita em dois ou três dias. Segundo Gastaldi, o difícil é encontrar pessoas que se enquadrem nos estratos pré-determinados. “O trabalho do investigador é muito difícil. É um trabalho duro. Ele tem que ter muita disposição. Os questionários são de rápida aplicação. O entrevistador demora muito mais tempo procurando as pessoas, batendo nos domicílios ou abordando as pessoas”, disse. Como qualquer trabalho estatístico, as pesquisas de intenção de voto estão sujeitas a margens de erro. Nas pesquisas de intenção de voto para presidente, em geral, a margem de erro é 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Isso significa que se um candidato tem 35% das intenções de voto na pesquisa, ele tem, na prática, algo entre 33% e 37%.

Fonte: Agência Brasil


estado

Famurs pedirá socorro ao governo para enfrentar crise nos municípios Auxílio emergencial e antecipação de cota do ICMS estão entre os pleitos da entidade, que ainda recomenda redução de despesas aos prefeitos

A crise de 2014 chegou mais cedo nos municípios gaúchos, afirma a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). A tradicional redução da jornada de trabalho (turno único) a partir de outubro começou em agosto neste ano em 25 prefeituras. Segundo pesquisa da Famurs, nove em cada dez cidades já tomaram alguma medida de contenção de despesas, como adoção de turno único, corte de Cargos de Confiança (CCs) e Funções Gratificadas (FGs), redução de diárias, horas extras, cursos, viagens, verbas de publicidade, entre

outras medidas. “A situação é grave. Estamos com água no pescoço e precisamos de socorro”, confessa o presidente da Famurs, Seger Menegaz. Para enfrentar a redução nos orçamentos das prefeituras, a Famurs pedirá um auxílio emergencial ao governo do Estado de, no mínimo, R$ 250 milhões a ser pago em dezembro para compensar a perda obtida até o momento com a arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Menegaz explica que o imposto manteve-se praticamente inalterado este ano, com alta nominal de apenas 0,37%. Com a inflação (IGPDI de 5,4 até agosto), o prejuízo dos municípios, que ficam com 25% da arrecadação do ICMS, ficará ao redor de R$ 250 milhões até o final do ano. Para manter os serviços à população e cumprir

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Causas da crise

Famurs vai emitir sugestões aos prefeitos para equilibrar as contas

com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Famurs ainda vai solicitar ao Banrisul a antecipação da primeira cota de janeiro de 2015 do ICMS para 30 de dezembro de 2014. As decisões foram tomadas em reunião da diretoria nesta terça-feira (23/09) na sede da Federação, em Porto Alegre. As reivindicações serão entregues ao governo estadual nos próximos dias. A Famurs ainda vai emitir quatro sugestões aos prefeitos para equilibrar as contas. Primeiro, que os municípios não assumam despesas que não são de sua estrita responsabilidade. Segundo, que os municípios não concedam subvenções para serviços de outros entes federados. Terceiro, que os prefeitos busquem apoio das Câmaras de Vereadores para ações em conjunto para superação da crise. E, quarto e último, que continuem e ampliem a redução de despesas administrativas.

Segundo a Famurs, o aumento das responsabilidades das prefeituras só agrava uma situação já delicada. O repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) acumulou queda de 39% entre junho e julho. Somente no primeiro semestre, foram R$ 208 milhões que os municípios deixaram de arrecadar. O montante corresponde à diferença entre a receita estimada pelo governo federal e o valor transferido às prefeituras gaúchas entre janeiro e junho deste ano. Entre outros motivos que contribuiu para a perda de FPM, está a isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Componente do FPM, o tributo foi desonerado para a compra de veículos. Essa medida terá impacto de R$ 108 milhões para prefeituras gaúchas até o final do ano.


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Inter pronto para receber o Criciúma Em terceiro na tabela, Colorado almeja vitória hoje no Beira-Rio

O Internacional volta a campo hoje (24), às 19h30, pelo Campeonato Brasileiro. Em partida válida pela 24ª rodada da competição, o Internacional encara o Criciúma, dentro do Estádio Beira-Rio. Será o primeiro dos dois jogos que o time terá em sequência dentro de casa. O Inter vem de uma sequência de três jogos invicto. Depois de vencer o Botafogo, em casa, por 2 a 0, o time fez quatro pontos em dois jogos longe dos seus domínios: empatou com o Sport, na Arena Pernambuco e venceu o Atlético-PR, na Arena da Baixada. Agora, a equipe tem dois compromissos

dentro do Gigante (Criciúma e Coritiba) que podem ser decisivos para uma alavancada no campeonato, iniciando pelo duelo diante do Tigre, nesta quarta. “A gente tem que fazer nosso papel e buscar os três pontos. Por isso, aproveito para convocar o torcedor, quem puder ir para nos apoiar, é um jogo muito importante”, convidou o zagueiro Ernando. No domingo, o Colorado recebe o Coritiba, às 18h30. No momento, o time treinado por Abel Braga é o terceiro colocado na tabela de classificação, com 41 pontos, a um do vice-líder São Paulo e a oito do líder Cruzeiro. Já o Criciúma, que vem de em-

FOTO ALEXANDRE LOPS/ DIVULGAÇÃO

Ernando (E) convocou a torcida para apoiar o time nesta quarta pate com o Botafogo no Heriberto Hulse, é o penúltimo, com 23 pontos somados.

De olho no G-4

Grêmio quer manter boa fase e pontuar hoje diante do Fluminense, no Maracanã Invicto no segundo turno com quatro jogos, duas vitórias e dois empates, o Grêmio tentará contra o Fluminense manter a boa sequência no Campeonato Brasileiro. E, com o intuito de manter a boa sequência e até mesmo ingressar já o G-4, a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari quer vencer o tricolor carioca a partir das 22h de hoje (24), no Maracanã. Para isso, a equipe realizou treinamento fechado na manhã de ontem (23), no Estádio Olímpico. No início da tarde, a delegação viajou ao Rio de Janeiro, onde hoje entrará em campo no Maracanã. “Quando atuamos fora de casa contra grandes times tivemos uma boa postura, com marcação forte e rapidez nos contra ataques”. declarou Ramiro, em entrevista coletiva. Ramiro, aliás, é uma das boas notícias para Felipão, uma vez que volta a estar disponível.

FOTO LUCAS UEBEL/ DIVULGAÇÃO

Dudu foi o aturo do gol da vitória sobre a Chapecoense Em contrapartida, são dois os problemas para a montagem do time titular: os suspensos Geromel e Matheus Biteco. O Grêmio, hoje, deve entrar em campo com Marcelo Grohe; Pará, Werley, Rhodolfo e Zé Roberto; Ramiro, Walace, Riveros e Luan; Dudu e Barcos.

Vitória no Mundial Feminino de Vôlei Brasileiras bateram as búlgaras na abertura da competição A seleção brasileira feminina de vôlei estreou com vitória no Campeonato Mundial. Ontem (23), o Brasil venceu a Bulgária por 3 sets a 0 (25/19, 25/22 e 25/16), no Palatrieste, em Trieste, na Itália. Brasileiras e búlgaras estão no grupo B que ainda tem Canadá, Camarões, Turquia e Sérvia. O time verde e amarelo luta por um titulo inédito. Pelo grupo das brasileiras, o Canadá venceu Camarões por 3 sets a 1 e a Sérvia superou a Turquia pelo mesmo placar. A equipe verde e amarela que disputa o Mundial é formada pelas levantadoras Dani Lins e Fabíola, as opostos Sheilla e Tandara, as centrais Thaísa, Fabiana, Carol e Adenízia, as ponteiras Jaqueline, Natália, Fernanda Garay e Gabi e as líberos Léia e Camila

FOTO CBV/ DIVULGAÇÃO

Time feminino volta hoje à quadra Brait. As jogadoras voltam a quadra hoje (24), a partir do meio-dia, quando encaram Camarões.

A preparação colorada visando ao confronto com os catarinenses foi finalizada

na manhã desta terça-feira, em treinamento fechado no Estádio Beira-Rio. Para o duelo, o técnico Abel Braga não poderá contar com o centroavante Wellington Paulista, que sente dores musculares na coxa esquerda e realiza trabalhos especiais. Jorge Henrique segue em recuperação da lesão e também não estará disponível para o jogo. Mesmo caso dos laterais Cláudio Winck e Wellington Silva. Por outro lado, o zagueiro Ernando, que sofreu choque durante o confronto com o Atlético -PR, participou normalmente dos trabalhos e está liberado para atuar diante dos catarinenses.


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