Sexta- feira, 31.10.2014, Carazinho
CARAZINHO, SEXTA - FEIRA 31.10.2014
DIÁRIO DA MANHÃ
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www.diariodamanha.com 33 ANOS - Nº 518- R$ 2,00
Jornal Diário da Manhã de Carazinho: há 34 anos o porta-voz da região Uma história pautada nos acontecimentos de uma região que se enxerga nas páginas do Diário da Manhã. Há 34 anos, fazendo parte do dia a dia do leitor, o periódico transformou-se em uma tribuna da comunidade. Confira a edição especial que preparamos para comemorar junto com a comunidade regional o nosso aniversário.
Foto: Rádio Diário AM 780 / Marcelo Marcos
Uma morte e 25 feridos em acidente na ERS 142 Acidente no final da tarde de ontem (30), tirou a vida de Marciano Kaiser e deixou mais 25 pessoas feridas – duas em estado grave, que foram encaminhadas para Passo Fundo. O acidente envolveu um ônibus e um veículo de passeio. CONEXÃO
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DA REDAÇÃO
DIÁRIO DA MANHÃ
RADAR
Artigo
Educação Integral NAIR TERESA KOCHENBORGER No contexto brasileiro têm sido formuladas concepções e práticas de Educação Integral alicerçadas na ampliação da jornada escolar, desde o início do séc.XX, visando à necessidade de reestruturar a escola para responder aos desafios de seu tempo histórico. Um ditado africano diz que “É preciso toda uma aldeia para educar uma criança.” Pelos monumentos que estão nas praças, a cidade ensina quem são os personagens que mais valorizam; pelos produtos expostos nos grandes shoppings centers, nos outdoors e nas telas de televisão, a cidade ensina o que é mais adequado usar ou ter em casa. Pela distribuição desigual de serviços públicos, ensina quais bairros são mais importantes e mais valorizados, e assim por diante. Por isso, diz-se que a Educação Integral pressupõe que a cidade, como um todo, é uma grande sala de aula. Quando os educadores assumem que a escola faz parte de uma cidade educadora, o ambiente social se transforma em um espaço de aprendizagem. Os limites da sala de aula podem se expandir e toda a cidade torna-se uma escola com riquíssimas oportunidades de ensinar e de transformar o que é significativo para os que ali vivem. A Educação Integral visa responder aos desafios concretos da comunidade onde está inserida a escola. Assim, o desenvolvimento integral dos estudantes não é responsabilidade exclusiva das escolas, mas também de suas comunidades porque somente juntas podem ressignificar suas práticas e saberes. Portanto, a instituição escolar é desafiada a reconhecer os saberes da comunidade, além daqueles trabalhados nos seus currículos, e com eles promover uma constante e fértil transformação tanto nos conteúdos escolares quanto da vida social. Um marco legal voltado para implantação de ações direcionadas para educação em tempo integral e que compõe as metas do PDE, constitui-se no Programa Mais Educação que tem por objetivo fomentar a Educação Integral de crianças, adolescentes e jovens, por meio de atividades socioeducativas, no contraturno escolar, articuladas ao projeto de ensino desenvolvido pela escola. O Programa Mais Educação promove saberes diversos e colhe muitos frutos significativos, dos quais, talvez, os principais sejam a satisfação das crianças ao participarem das atividades e o olhar brilhante em busca de novas descobertas, de atenção, de reconhecimento e valorização. Busca esta que promove vínculos, aprendizagem, afeto e dignidade humana. Portanto, sendo a Educação Integral uma proposta em construção, muito ainda precisa ser debatido e aprimorado, principalmente a ampliação dos espaços das escolas e desenvolvimento das oficinas por profissionais qualificados. Mas, no geral, é uma proposta positiva e fascinante em que ocorre muitas e boas transformações nos estudantes. Por isso, acredito que esse será o verdadeiro e mais correto caminho da Educação no Brasil. (*) Professora
Mande seu artigo para avaliação para redacao.carazinho@diariodamanha.net. Não garantimos a publicação. O Grupo Diário da Manhã não se responsabiliza pelas opiniões expressas neste espaço e todo material enviado não será devolvido. Máximo de 35 linhas, fonte times tamanho 10.
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La Salle promove projeto “Soletrando” O projeto Soletrando tem o objetivo de treinar e fixar a escrita correta das palavras bem como a sua oralidade. Coordenado pelas professoras lassalistas, Solange Folchini e Adrivani Quadros, o projeto é dividido em duas categorias: Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio. Os alunos receberam uma lista de mais de 200 palavras para serem estudadas além de realizarem atividades de vocabulário para que entendessem o significado de tantas novas palavras. A
grande final do “Soletrando” aconteceu no dia 27 de outubro após as semifinais que já haviam ocorrido em sala de aula. Conheça os vencedores da quinta edição do projeto “Soletrando”. – Ensino Fundamental Anos Finais: 1º lugar: Kaio Satto de Almeida (turma 171); 2º lugar: Manoela Machado Moura (turma 181); 3º lugar: Arthur Francisco Won Mühlen (turma 161). – Ensino Médio: 1º lugar: Ana Paula da Luz (turma 231); 2º lugar: Diovana Fernanda Morates (turma 231); 3º lugar: Pedro Henrique Trentin (turma 231).
Fique por dentro da programação da emissora número um de Carazinho:
Período de Transferência e Reingresso segue até 10 de novembro na UPF Os interessados em ingressar em cursos de graduação na Universidade de Passo Fundo (UPF) por meio de Transferência e Reingresso devem se inscrever até 10 de novembro. Podem ingressar por esta modalidade estudantes de outras instituições, já graduados ou que não concluíram seus cursos superiores. A UPF oferece vários incentivos para transferência e reingresso em cursos em Passo Fundo e nos campi Carazinho, Casca, Lagoa Vermelha, Palmeira das Missões, Sarandi e Soledade. A inscrição deve ser feita no site da UPF, link Graduação – Formas de Ingresso.
FUNDADOR Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) PRESIDENTE-EMÉRITO Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto Diretor Executivo Rogel Mello
*7 às 8h: Agenda de Notícias, com Marcelo Marcos *8 às 11h: Show da Manhã, com Terres Júnior *11 às 12h30min: Diário Cidade, com Marcelo Marcos *12 h30min às 12h45min: Informativo da Cotrijal *12h45min às 13h: Esporte na Mesa, com Tiago Borges e Eduardo Fluzer (Missioneiro) *13 às 14h: Recadão Diário, com Daltro Kemmerich *14 às 16h: Tarde Legal, com Terres Júnior *16 às 18h: Alegria Geral, com Daltro Kemmerich *18 às 19h: Plantão Diário, com Alessandro Tavares
Ouça a rádio pelo site: WWW.diarioam780.com.br Twitter: @Diarioam780
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DATA COMEMORATIVAS 31 · Dia Mundial do Comissário de VOO 31 · Dia das Bruxas - Halloween 31 . Dia da Reforma Luterana
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Arte: DM/Bruna Toso
Foto: Arquivo Pessoal
“Esse clima gerado na campanha refletiu nos eleitores que acabaram se manifestando de maneira violenta e intolerante, acreditando que aqueles que apoiam o outro candidato é um inimigo”, diz a psicóloga, Caroline Johner
Em que momento a livre manifestação passa a ser preconceito e intolerância? Com a vitória estreita de Dilma Rousseff sobre o candidato Aécio Neves, brasileiros iniciaram um movimento em redes sociais repudiando o resultado das urnas. Por vezes, alguns eleitores chegaram a sugerir movimentos separatistas do sul ou um novo golpe militar. A psicóloga, Caroline Johner, avalia essa reação MAYARA DALLA LIBERA redacao.carazinho@diariodamanha.net O resultado das Eleições 2014 foi o mais acirrado da história da democracia brasileira. Dilma Rousseff, do PT, venceu o adversário Aécio Neves, do PSDB, por uma diferença de quase 3 milhões de votos válidos – número considerado baixo, levando em conta o número de 142.822.046 eleitores em todo território nacional. Ela obteve 51,64% da preferência, contra 48,36% do candidato tucano. Com os números apertados, independente do candidato que se elegesse, democraticamente com esses números, teria rejeição de quase metade da população brasileira. O que aconteceu a partir dos resultados é que causou estranheza e medo. Muitos cidadãos descontentes com a escolha da maioria, proferiram declarações ofensivas e, por vezes, preconceituosas, em redes sociais, o que “viralizou” e se tornou corriqueiro nas “time lines”. A psicóloga, Caroline Johner, avaliou esse movimento. “Não se trata de um comportamento novo ou incomum, visto que já foi observado inúmeras vezes
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manifestações agressivas desse tipo na internet, relacionadas a outros acontecimentos. Acredito que na eleição em questão, esse comportamento ocorreu por haver certa semelhança entre os dois principais candidatos, uma vez que em suma, eles defendiam propostas compatíveis, fazendo um discurso social-democrata. Para fomentar as discussões ocorridas nos debates políticos, os candidatos utilizaram a tática de atacar o concorrente de forma pessoal, pois assim atraíam mais os eleitores do que se debatessem tecnicamente as propostas”, explicou, complementando que “a similaridade entre os discursos dos oponentes precisava ser quebrada para poder existir uma rivalidade que fizesse com que as pessoas passassem a se identificar mais com um ou outro candidato. Esse clima gerado na campanha refletiu nos eleitores que acabaram se manifestando de maneira violenta e intolerante, acreditando que aqueles que apóiam o outro candidato é um inimigo”. Segundo ela, esse tipo de comportamento foi explicado por Freud, quando criou o termo “estrangeiro”, que nada mais é do que o desconheci-
do, o diferente de nós. “Fazemos dele uma lata de lixo para nossas próprias insuficiências, sendo que a tendência humana é exagerar as diferenças para sentir-se supostamente superior. Freud chamou a atenção para a relação complexa que o ser humano mantém com seu semelhante. Formam grupos, mas sempre deixam alguns de fora, para poder dirigir nossa agressividade contra eles, uma vez que esta, longe de ser mera reação de defesa do indivíduo em perigo, está no âmago do desejo humano, instrumento e causa de seu prazer”, fundamentou.
PEDIDOS DE MOVIMENTOS SEPARATISTAS E UM NOVO GOLPE MILITAR Mas a revolta ultrapassou a barreira digital. Manchetes no Brasil inteiro, em respeitados meios de comunicação, indicam que a população pede um impeachment e, até, que alguns sugerem um novo golpe militar ou segregação da região sul do país dos demais Estados. Com isso, questionamos a psicóloga, Caroline Johner, sobre a possibilidade de uma nova movimentação nas ruas – semelhante às de junho de 2013. “As manifestações de revolta
que ocorreram após o resultado final das eleições me parecem ainda como um resultado do clima criado pelos próprios candidatos, mas também como uma intolerância a frustrações, uma não aceitação da opinião do outro. Ora, democracia trata-se justamente de dar oportunidade para que o desejo da maioria seja respeitado. O que pensar da notícia divulgada essa semana de que houveram inúmeros pedidos de intervenção do Exército para reverter o resultado da eleição? Dar por certo que nosso próprio olhar é o correto e que os valores da própria comunidade são os valores reais, objetivos e naturais, é um modo muito difuso de olhar o mundo, uma postura egocêntrica, tipicamente infantil”, enfatizou a profissional, expondo que “se analisarmos essas atitudes intolerantes, vemos que essas pessoas têm o seguinte tipo de pensamento: “Eu sou
“Democracia trata-se justamente de dar oportunidade para que o desejo da maioria seja respeitado”, Caroline Johner o centro do mundo, e a realidade existe para me satisfazer. No mundo, só pode existir o que eu quero’. Qualquer outra opção é uma ofensa pessoal, que será imediatamente reprimida, depreciada, quando não destruída, porque não tem o direito de se manifestar. Esse pensamento também está por trás do racismo e da xenofobia expressada em vários posts nas redes sociais”.
Xenofobia? O preconceito gerado pela xenofobia é algo controverso. Geralmente se manifesta através de ações discriminatórias e ódio por indivíduos estrangeiros. Há intolerância e aversão por aqueles que vêm de outros países, estados ou diferentes culturas. Muitos dizem que as reações após as eleições, em que os eleitores de Aécio Neves acusam o nordeste de ter reelegido Dilma Rousseff, se trata, por vezes, de declarações xenofóbicas. “Infelizmente, exemplos ruins não nos faltam, basta lembrarmo-nos do nazismo. Vi pessoas postando que o Brasil deveria ser dividido, e até fazendo menção ao muro de Berlim. Acho que esse tipo de manifestação além de ser uma reação de frustração, também denota que, apesar de negado veementemente, o preconceito existe”, pontua a psicóloga. Caroline chama atenção também para outro fenômeno: o fenômeno das massas. “Tornou-se muito fácil replicar uma mensagem, basta clicar em compartilhar e a informação se espalha instantaneamente, e assim, muitas vezes o indivíduo não raciocina sobre o que aquele post está realmente dizendo e replica a idéia expressa nele, pois é algo que muitos dos seus “amigos” virtuais estão postando e curtindo. Diluído no meio da massa, o individuo tem seu comportamento habitual modificado, sendo que ocorre uma regressão em sua organização psíquica, decorrente da perda transitória de sua identidade. Com isso, ele fica privado dos parâmetros internos que estabelecem a forma como vê a si mesmo, aos outros e a realidade externa. Desta forma, ele se isenta da responsabilidade pessoal, delegando as decisões ao grupo, e também assim consegue se sentir pertencente àquele grupo”.
Novas vaias à presidente Durante a Copa do Mundo, brasileiros vaiaram Dilma Rousseff, nossa representante, diante de todo o planeta. “Certamente deve voltar a acontecer, ainda mais agora que a população está com opiniões divididas e os ânimos exaltados pelas eleições. Essa reação evidencia um mal-estar com os rumos da política atual, mesmo que vaias não levem a nada, a população parece que voltou a querer se manifestar, como em épocas passadas já o fez, diante da ditadura, por exemplo. Sempre existem motivos para algum desgosto com os governantes, como se diz popularmente, ninguém agrada a todos, os percentuais variam em um governo ou outro, mas nunca se chega a 100% de aprovação”, frisou, concluindo que “gostaria de dizer para as pessoas pensarem antes de atacar o outro, abandonando as atitudes primitivas e infantis, adotando um comportamento mais maduro, buscando o diálogo entre os diferentes pensamentos e lembrando-se que certas declarações podem não transformar o mundo, mas, sim, magoar e agredir aqueles que estão próximos”.
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Primeiros ganhadores do Fesca são premiados Primeira edição do Festival Estudantil da Canção premiou nesta quarta-feira (29) a categoria infanto-juvenil Foto: Divulgação
O Auditório do Colégio Notre Dame Aparecida foi o palco onde se apresentaram dez alunos nesta quarta-feira (29). Representando suas escolas, eles participaram da primeira edição do Festival Estudantil da Canção de Carazinho (Fesca) na categoria infanto-juvenil. O evento é uma promoção da Secretaria Municipal de Educação e Cultura e do Patronato Santo Antônio. “Tivemos hoje dez escolas representadas nesta categoria, que abrange alunos de 10 a 14 anos. Num segundo momento, teremos oito escolas participando da categoria juvenil, destinada a alunos de 15 a 17 anos. Foi uma noite bonita, com ambiente próprio. O nosso objetivo principal é de fomentar a música entre os estudantes e incentivar que eles tenham outras ocupações”, ressalta Eloísa
Premiados na categoria Infanto-Juvenil Dreyer, secretária de Educação e Cultura de Carazinho. A comissão julgadora foi
formada por Jeferson Oliveira, Delmar Horlle, Maria Elisa Saldanha, Marcus Micks
Ávila e Maurício Machado Silveira. O evento é destinado a alunos das redes municipal, estadual e particular. “Criamos esse momento que é praticamente uma confraternização entre estudantes, para que as escolas mostrem os seus talentos”, relata o prefeito Renato Süss. Eloísa explica que houve uma seleção nas escolas antes da fase municipal do evento. “Houve uma seleção nas escolas. Então, a premiação neste evento de hoje é uma consequência, pois todos já são vencedores. Tivemos vários gêneros musicais apresentados e letras com mensagens significativas”, destaca. No evento, a aluna Bruna da Luz Monteiro ficou em terceiro lugar. Ela interpretou “Conquistando o Impossível”, de Jamily, e representa a Escola Municipal de Ensino
Fundamental Patronato Santo Antônio. Na segunda colocação ficou Júlia Catharina Pedrolo Henicka, interpretando a música Sonho de um palhaço, de Antônio Marcos, representante do Colégio Sinodal Rui Barbosa. Em primeiro lugar ficou o aluno Fernando Gabriel Huning, interpretando a música Galopeira, representante da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Pasqualotto. “O meu pai é cantor e sempre cantava essa música. Eu acho ela uma canção bonita e escolhi ela para interpretar hoje”, ressalta o vencedor. No evento também foi escolhida a melhor torcida. Quem acabou ficando com o prêmio foi a Escola Estadual de Ensino Fundamental Princesa Isabel.
Lions Club Centro comemora 55 anos com casal governador Assembléia festiva também foi marcada pela entrega da Comenda Melvin Jones há quatro companheiros leões Fotos: DM Mara Steffens Nogueira
O Lions Club Carazinho Centro comemorou na noite de quarta-feira (29) 55 anos de fundação. A assembléia festiva ocorreu na Casa da Amizade e contou com a presença de companheiros leões associados da entidade, além de membros dos Lions Club Glória e Industrial. Também prestigiou a comemoração, o casal governador do Distrito LD-7, Paulo Roberto e Magali Maffessoni, do Lions Club de Constantina que ofereceu um troféu comemorativo pela passagem da data. Segundo o governador, que assumiu em julho, o distrito possui 2.200 associados leões e 850 companheiros léos, que são os jovens que participam de atividades para a formação de liderança.
“Agora lançamos uma inovação que é a criação do clube de leõezinhos, que são as crianças entre 3 e 12 anos. O primeiro foi criado em Constantina, minha terra. São José do Ouro já criou e agora Nonoai também está criando. A idéia é disseminar isso, passando para todos os clubes. Nosso objetivo é nos aproximar cada vez mais da família e transmitir valores às crianças desde cedo. Se conseguirmos trazer elas para dentro do clube e fazer com que imitem nossas ações de solidariedade é um grande legado que vamos deixar”, pontuou. Maffessoni, que é advogado e radialista, também comentou a iniciativa dos integrantes do Lions Club Carazinho Centro de contribuir com o Lions
Internacional e receber o comenda Melvin Jones. “Pouca gente sabe que nós pagamos para seremos leões. Este troféu representa um ato de doação, ato tão nobre como a mãe que amamenta seu filho. A doação que fizemos tem por objetivo ajudar a Fundação Internacional Lions a atender as pessoas que estão em área de risco, os jovens que precisam de formação e as pessoas que sofrem com catástrofes”, observou, destacando que o prêmio faz alusão ao fundador do clube de serviço. O presidente do Lions Club Carazinho Centro, Radaméz Francisco Amende, destacou a importância da presença do casal governador na comemoração dos 55 anos da entidade.
Lions Club Centro festejou 55 anos e ganhou troféu comemorativa da governadoria “Sempre é motivo de orgulho e satisfação recebê-los nesta data tão especial para nosso clube. Aproveitamos para demonstrar a eles que nossa entidade está cumprindo com todas as ações que nós nos propusemos”, argumentou destacando, também, a entrega dos Troféus Melvin Jones. O prêmio foi entregue a Alessandra Rech, Ramiro Rech, Má-
rio Secci e Ibraíma Flores da Cruz que contribuíram com U$ 1000 para o Lions Internacional. No caso de Ibraíma, os companheiros do Lions Club Centro fizeram a contribuição para que ela recebesse a comenda, como uma forma de reconhecer os serviços que ela já prestou na entidade, inclusive sendo presidente por três vezes.
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Farmácias reivindicam o estacionamento exclusivo, por tempo limitado Até o final deste ano a frota de veículos em Carazinho deve passar dos 38 mil. Comerciantes da região Norte e Sul da cidade reclamam da falta de vagas para o estacionamento e pedem a volta do estacionamento exclusivo, por tempo limitado em frente às farmácias. DMT irá analisar o pedido Alessandro Tavares alessandro@diariodamanha.net
Até o mês de setembro, o município de Carazinho tinha emplacado na cidade 37.384 veículos, porém, conforme o coordenador do Centro de Registro de Veículos Auto Motores em Carazinho (CRVA), Rafael Sperry, a tendência é de que até o final deste ano a frota de veículos emplacados na cidade chegue a 38.500. Se, por um lado o aumento da frota de veículos com menos de 20 anos representa o aumento da receita do município e do Estado através do IPVA e de negócios ao entorno dos serviços demandados pelo mercado automotivo, por outro lado representa uma série de problemas abarcados por questões estruturais no município, um deles é o estacionamento destes veículos. Na região central da cidade, o problema do estacionamento é resolvido em parte pelo estacionamento rotativo na área denominada azul, porém, nas regiões da Avenida Flores da Cunha localizadas mais ao Sul e ao Norte a falta de vagas para estacionamento é um problema que vem sendo enfrentado por comerciantes, em especial o segmento de farmácias, que pedem o estacionamento exclusivo, por tempo limitado, em frente a estabelecimentos do gênero. No Bairro Borghetti já faz cerca de dois anos que comerciantes pedem a ampliação do número de vagas no estacionamento. O proprietário da Farmácia Ecofarma, Vanter Pedroso de Moraes, é um dos comerciantes que tem o movimento de seu estabelecimento afetado pela falta de estacionamento nas proximidades. “Aqui no Bairro já faz dois anos que praticamente o comércio inteiro briga e pede providências porque não tem estacionamento. Temos estes trevos e a extensão de faixa amarela em frente a vários estabelecimentos. Não se faz uma pesquisa ou estudo do que realmente é necessário, quanto mais o tempo passa,
Foto: Divulgação
Vereador Orion Albuquerque entregou ontem (30) o pedido ao diretor do DMT mais carros entram em circulação”, comenta Moraes. Conforme o empresário, em média, os clientes da farmácia fazem suas compras em cerca de cinco minutos, mas, levam muito mais do que isso para acharem uma vaga de estacionamento nas imediações. “Acho que deveria ter uma Lei Municipal e rigorosidade no controle. Farmácia geralmente tem urgência ou clientes de idade avançada e isso deveria ter uma prioridade” comenta Moraes. Para o sócio-proprietário da rede de Farmácias Glória, Mauro Mazzutti, a criação de vagas de estacionamento nas zonas norte e sul da cidade e a delineação de vagas próximas às farmácias é importante não só para o cliente mas para o desenvolvimento do comércio nestas regiões. “O estacionamento é de suma importância não apenas para desenvolver o comércio de bairros como também para o usuário, pois grande parte do público é de pessoas com mais idade e o pessoal geral-
mente tem pressa , pois as vezes tem crianças com febre, ou que precisam fazer aplicação de medicamentos injetáveis ou a verificação de pressão arterial” comenta Mazutti. Conforme o farmacêutico, a maioria dos clientes de suas farmácias ficam nos estabelecimentos em torno de cinco minutos, porém no caso de compras de medicamentos sob receitas controladas o período aumenta para dez minutos. Por isso, segundo Mazzutti, em caso de se fazer a sinalização de trânsito indicando o estacionamento para farmácias, 15 minutos seriam mais do que suficientes. De acordo com Mazutti, com freqüência os clientes de sua rede de farmácias reclamam da falta de estacionamento. “A reclamação é bastante, principalmente do público de mais idade, muita gente relata que se desloca pro centro porque às vezes fica mais fácil de estacionar por causa do rotativo. Eu acredito que no caso da nossa empresa não chegou a reduzir
MAIS UMA VEZ VEREADOR PEDE A VOLTA DO ESTACIONAMENTO EXCLUSIVO, POR TEMPO LIMITADO Não é de hoje que a reivindicação da população e dos empresários do setor vem sendo intermediada pelo Poder Legislativo. O vereador Orion Albuquerque (PSDB) já fez várias solicitações ao Executivo pedindo a uma nova pintura ou sinalização que indique o estacionamento exclusivo por tempo limitado em frente às farmácias situadas em áreas onde não se tem o estacionamento rotativo na região norte e sul da cidade. “Já fiz varias reivindicações e as reiterei desde o ano passado. Agora com a entrada do Jonatas no DMT ele me sinalizou positivamente, o prefeito também já tinha sinalizado. Estou levando mais um ofício para entregar em mãos. Espero ser atendido, pois a pessoa que vai até a farmácia geralmente já está debilitada e ainda tem de estacionar longe para ir à farmácia comprar o medicamento” comenta Albuquerque. onforme o vereador, além das poucas vagas, muitos usuários de veículos estacionam seus carros por horas em frente às farmácias, dificultando, desta forma, o acesso das pessoas que necessitam comprar algum medicamento. O pleito de Albuquerque também inclui a Avenida Pátria.
DMT IRÁ AVALIAR O PLEITO DOS EMPRESÁRIOS E DO LEGISLATIVO O diretor do Departamento de Municipal de Trânsito, Jonatan Carpes, ressalta que irá analisar a legislação para verificar o amparo legal de se criar um estacionamento específico para clientes de farmácias. O diretor do setor comenta que uma possibilidade a ser avaliada é a criação de vagas para o estacionamento de idosos próximo aos estabelecimentos. Carpes também comenta que os integrantes do DMT estão em busca de algum mecanismo de controle para que haja uma maior rotatividade nas vagas de estacionamento para idosos. “Tem idoso que estaciona e deixa o carro o dia inteiro ali e pode acontecer de ele nem ir à farmácia. Estamos estudando uma alternativa para quem sabe limitar o tempo em, no máximo, duas horas nestas vagas”, comenta Carpes. Em relação à queixa dos comerciantes sobre baixo quantitativo de vagas no estacionamento na Avenida Flores da Cunha no Bairro Borghetti, o diretor do Departamento de Trânsito ressalta que o DMT analisa o que pode ser feito para aumentar o número de vagas no trecho. “Lá na Borghetti não tem estacionamento, é muita rótula, uma em cima da outra, estava pensando e nós vamos analisar para ver onde podemos criar vagas de estacionamento e quem sabe reduzirmos as faixas amarelas. Mas isso ocorrerá em longo prazo, temos de estudar e observar, não adianta fazer algo para criar mais transtorno em breve”, comenta Carpes.
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Empresários prevêem crescimento nas vendas de Dia dos Finados A data representa uma das melhores épocas para o comércio de flores Foto: DM/Gabriella Bellé
Gabriella Bellé gabriella@diariodamanha.net O Dia dos Finados homenageia aqueles que já partiram e, representa uma das datas mais importantes para o ramo de floricultura. Faltando apenas dois dias para a data, empresários do setor estão otimistas com o aumento nas vendas em 2014. De acordo com o proprietário da floricultura Gota D’Orvalho, Fabricio Metzdorf, foram adquiridos 10% a mais de produtos este ano e, a expectativa é de que tudo seja comercializado. “Temos muitos pedidos e reservas, sem falar que a demanda está grande. Nós imaginamos atingir o mesmo volume de vendas do ano passado, mas, sempre com a intenção de vender pelo menos 10% a mais”,
A procura por flores cresceu desde segunda-feira (27)
fala. Segundo ele, a procura está muito grande, também devido a qualidade das flores. “O produtor vai se superando a cada ano, tanto nas flores de vaso, quanto as de corte. Desde segunda-feira (27), o pessoal te procurado
com mais frequência a loja e, aqueles que ainda não levaram, deixamos reservados para o fim de semana. Nós vamos trabalhar com horário especial: no sábado (1), até 19h e, no domingo (2), até o meio dia”, afirma Metzdorf.
Natal Alegria terá início na semana que vem A divulgação do Natal no município e o início da Campanha da CDL iniciam nos dias 3 e 5 de novembro A Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) de Carazinho promove entre os dias 5 de novembro e 26 de dezembro a Campanha Natal Alegria 2014. A promoção tem a intenção de incrementar as vendas no principal período do ano para o varejo, chamando a atenção dos consumidores para que efetuem suas compras no comércio da cidade. Serão sorteados um veículo Onix 2015 e três televisores Philco 42”. De acordo com o secretário executivo da CDL, Vanderlei Conte, os cupons podem ser entregues até o dia 26 de dezembro, às 19h. “O sorteio será realizado no dia 27 de dezembro, na praça Albino Hillebrand. A cada R$50,00 em compras os clien-
tes terão direito a um cupom, limitados a 20 cupons por compra. Ainda estamos vendendo a campanha, mas, acreditamos que cerca de 450 mil cupons serão distribuídos”, fala. Já a secretária de Educação, Eloisa Dreyer, fala que a programação oficial, organizada pelo Município, só será divulgada oficialmente no dia 3. “Já existe uma equipe trabalhando na luminária de Natal, com enfeites em toda a av. Flores da Cunha e Pátria e, ficará muito bonito. O material utilizado é todo reaproveitado. Na segunda-feira (3), às 15h30min, o Natal de Carazinho será apresentado oficialmente na Secretaria de Educação”, afirma.
Segundo o proprietário, existem arranjos te todos os tamanhos e valores, e as flores mais procuradas são os crisântemos. “Há clientes que levam produtos de R$ 8, R$ 10, até alguns que chegam a R$ 200. Temos os vasos prontos, fazemos arran-
jos, montamos os cachepots para deixar na sepultura, além de outros arranjos com mensagens de saudades, enfim, é bastante variado. O que mais vendemos mesmo nesta época são os crisântemos, rosas brancas e cravos, tanto que estes últimos não temos mais”, observa.
Proprietário da floricultura Gota D’Orvalho, Fabricio Metzdorf
Seara e rodeio ocorrem em mesma data Administração Municipal e Clube do Laço de Carazinho firmam parceria para realização dos dois eventos no mês de janeiro de 2015 Uma reunião no final da tarde desta quinta-feira (30) definiu que a 19ª Seara da Canção ocorrerá junto com o Rodeio Cidade de Carazinho, promovido pelo Clube do Laço de Carazinho. O festival nativista ocorre entre os dias 14 e 17 de janeiro, e o rodeio será realizado entre dos dias 16 e 18 do mesmo mês. O encontro ocorreu no gabinete do prefeito Renato Süss. “Estamos afinando as cordas do violão Seara para conduzir trabalhos dentro de um planejamento. Vamos fazer essa festividade em conjunto, Seara e Rodeio, e isso vai elevar ainda mais esse momento. Teremos esse Rodeio da Federação, na abertura, e no fechamento deveremos ter outro rodeio dos CTG’s”, afirma Süss. “Estamos trabalhando junto com a Federação Gaúcha de Laço buscando recursos e para fazer um bom Rodeio”, explica Sandro Silva, presidente do Clube do Laço de Carazinho. Segundo Vitor Xavier, coordenador da Seara, além da data, os shows já divulgados para o festival e os integrantes da comissão julgadora estão mantidos. “O Rodeio junto
com a Seara vem a somar. Amanhã estou mandando ofício para confirmar o uso do Parque Vali Albrecht para a Seara”, ressalta Vitor. Os vereadores Gian Pedroso e Alaor Tomaz e a secretária de Educação, Eloísa Dreyer, também participaram da reunião. O site da 19ª Seara (www.searadacancao.com. br) já pode ser acessado. Conforme Xavier, também estão sendo buscados patrocínios para a Seara. “Acredito que sejam necessários cerca de R$ 165 mil para o festival. Estamos buscando patrocínios com empresas e com a Lei de Incentivo à Cultura. Estamos captando valores e a Seara está garantida”, assegura. O prefeito de Carazinho ainda relata outros eventos previstos para a Semana do Município de 2015. “Teremos a Noite da Etnia Alemã na Praça Albino Hillebrand, a Noite da Etnia Italiana, também na Praça e o Festival de Chope Gaúcho, no CTG Rincão Serrano. Também teremos muitas festividades no dia 24 de janeiro na Praça”, finaliza Süss.
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Halloween assustador. Mas não para o comércio Data movimenta lojas com fantasias e elementos de decoração, acrescentando quase 10% a mais nas vendas que em 2013 Gabriella Bellé gabriella@diariodamanha.net
Uma das datas mais importantes do calendário norte-americano, o Halloween – popularmente conhecido como Dia das Bruxas e comemorado hoje (31) – também é sinônimo de festa para o faturamento de empresários, comerciantes e prestadores de serviços brasileiros. Na loja Brinklandia, a data representa um crescimento nas vendas, tendo em vista que a loja comercializa fantasias, maquiagens artísticas e enfeites temáticos. “Esta é uma data que usamos para tentar impulsionar as vendas, já que é logo depois do dia das crianças, quando temos muita comercialização. Nós fornecemos fantasias, sangue falso, máscaras e muitos elementos para fazer a festa”, fala o gerente da loja, Gustavo Lehnen.
AFINAL, DE ONDE VEM ESSA TRADIÇÃO? Micheli Anhaya procurou fantasias para o filho de 10 anos
Ele fala que muita gente tem procurado esses elementos, devido ao grande número de eventos que são realizados. “Não somente nas escolas, bem como festas particulares tem ocorrido com mais frequência, assim, procuram muitas fantasias, principalmente de Pânico, terror, noivas, além de máscaras de todo tipo. Do ano passado para cá, percebemos um au-
mento de quase 10% devido ao pessoal de Carazinho estar realizando mais comemorações de Halloween”, afirma Lehnen. A babá, Micheli Anhaya procurou uma fantasia para o filho de 10 anos. “Ele vai a uma festa que uma coleguinha está organizando. É uma maneira também deles se divertirem fora da escola com uma atividade diferente”, comenta.
O Halloween surgiu a partir da crença do povo celta, que habitava as Ilhas Britânicas. Pelo fato do dia 1º de novembro ser cercado de valor sagrado e extremamente positivo, eles acreditavam que o mundo seria ameaçado na véspera do evento pela ação de terríveis demônios e fantasmas. Desta forma, o Halloween nasceu como uma preocupação simbólica onde a festa cercada por figuras estranhas e bizarras teria o objetivo de afastar influências dos maus espíritos que ameaçariam suas colheitas, sendo relacionado às bruxas também. Com o passar do tempo, o sentido religioso da data foi perdendo espaço, tornando-se motivo de celebração, com fantasias, brincadeiras e festas, inclusive no Brasil, Aqui, os maiores disseminadores desta cultura são as escolas de idiomas.
Na escola Yazigi, todo ano há uma comemoração com os alunos, onde são realizadas atividades similares as dos países de língua inglesa, para aproximá-los da cultura daqueles locais. “Como não ensinamos apenas o idioma, mas, sim, também a cultura. O Halloween é uma das datas mais famosas, devido aos filmes e seriados. Então, procuramos fazer uma festa à fantasia, comemorando esta data”, fala a diretora da escola, Adriana Leal Belmonte. Naqueles países, as crianças saem às ruas para pedir “doces ou travessuras”, mas, esta parte da festa ainda não conseguiu ser tão difundida no Brasil. “Seria muito legal se pudéssemos combinar com a vizinhança aqui da escola para que essa atividade ocorresse, mas, como não faz parte da nossa cultura, muitas pessoas não sabem o que é. Uma pena, pois, as crianças poderiam aproveitar ainda mais”, fala Adriana.
Sinalização é readequada Há duas semanas, o DM Carazinho noticiou um fato que vinha gerando confusão entre motoristas que trafegavam na BR 285. Próximo à Ulbra Carazinho foram reativadas duas lombadas eletrônicas, uma em cada sentido da rodovia. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) fixou a velocidade máxima no trecho em 40 km/h. A sinalização nos monitores das lombadas também indicava que o limite de velocidade
no local era de 40 km/h. Porém, mesmo com a colocação de novas placas, a antiga sinalização do local, que fixava a velocidade máxima em 60 km/h, não havia sido retirada. O DM Carazinho recebeu várias reclamações de quem utiliza a rodovia. Os condutores alertavam para o risco da sinalização confusa e o assunto foi capa da edição do dia 16 de outubro. O Dnit padronizou a sinalização no local e estabeleceu o limite de velocidade em 50 km/h.
Sinalização foi padronizada na BR 285
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OPINIÃO
DIÁRIO DA MANHÃ
Sexta- feira, 31.10.2014, Carazinho
Nadja Hartmann
... Política combina com sonhos, assim como combina com ética, honestidade e integridade Na edição que comemora os 34 anos do jornal Diário da Manhã de Carazinho, esta coluna presta uma homenagem ao jornalismo e à política, trazendo um pouco de tudo o que já foi dito sobre estas duas áreas que há séculos vivem uma relação de amor e ódio, mas sobretudo, de extrema dependência: os políticos não vivem sem o jornalismo e o jornalismo não vive sem os políticos. Isso vale para o mundo, para o país e para a nossa realidade local, onde há mais de dez anos escrevo esta coluna no jornal. Neste período, acompanhei três eleições municipais e três eleições gerais. Consequentemente, esta coluna escreveu sobre três gestões diferentes nas prefeituras da região e no governo do Estado, além de três legislaturas diferentes nas Câmaras de Vereadores. Vi políticos nascerem e desaparecerem, acompanhei vitórias e derrotas, perdas e conquistas, mas, sobretudo, tive o privilégio de testemunhar sonhos se transformando em realidade. Sim, política combina com sonhos, assim como combina com ética, honestidade e integridade. Como jornalistas, muitas vezes somos obrigados a chamar atenção para o erro, para as falhas e para os problemas. A crítica faz parte da missão do jornalista. O pensador George Orwel já dizia, que jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade... É verdade, mas não é só isso, e o leitor desta coluna é testemunha de que boas iniciativas sempre são destacadas. Tomara que tivéssemos mais para elogiar e menos para criticar. Como cidadã, sou idealista. Por isso, ao escrever nesta edição especial de aniversário do jornal, deixo registrado o meu desejo que um dia esta coluna possa trazer mais acertos do que erros e mais elogios do que críticas. Até que isso não
* Quem sabe, muitas vezes não diz. E quem diz muitas vezes não sabe. (Anônimo)
Chamo jornalismo a tudo o que será menos interessante amanhã do que hoje. (André Gide)
Foto: Divulgação
aconteça, fica aqui mais uma vez o meu agradecimento a eles, os políticos, por me servirem de fonte de informação, inspiração e, muitas vezes, transpiração. Mas, sobretudo, deixo registrado mais uma vez o meu agradecimento especial aos leitores pela confiança. E nesta coluna especial, extraordinariamente eu não vou falar deles ou neles -
Existem dias em que o jornalismo registra fatos que, no futuro serão contados nos livros - e serão guardados por gerações. Nesses dias, o que o jornalismo faz é escrever a história. (Fatima Bernardes)
Os políticos só temem o jornalismo. E por isso tentam sempre calá-los. Quando os atingem no seu íntimo. Oferece opinião aos deseducados. Na tal sociedade ou nos mercados. Agem como fossem do comunismo. Os políticos só temem o jornalismo. E por isso tentam sempre calá-los. É profissão de tempo antiguíssimo. Ajuda a sonhar os corações alados. Os políticos o vêem com dinamismo. O jornal fiscaliza os poderes válidos. Os políticos só temem o jornalismo. (Rondel)
dos políticos - ou da política...Mas vou falar de nós e em nós, jornalistas, trazendo frases que já foram ditas sobre nós ao longo dos anos, com todos pontos e contrapontos, erros e acertos...assim como deve ser o jornalismo...e a vida!
> Os olhares humanos deram lugar ao engessamento da informação. De lead por lead, o jornalismo está cheio. De lead por lead, o jornalismo faliu! (Bianca Garcia) > Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados. (Millôr Fernandes) > O Patrão do jornalista é o leitor. (Natalino Norberto) > Jornalismo é uma questão de ênfase? (Paulo Francis). > A liberdade de imprensa é irmã siamesa da democracia. Uma sem a outra não vive? (Rui Celso Reali Fragoso).
Sexta- feira, 31.10.2014, Carazinho
DIÁRIO DA MANHÃ
Carazinho: a Capital da Hospitalidade
GABRIELLA BELLÉ RODOLFO SGORLA DA SILVA
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Foto: DM/Bruna Toso
arazinho, a Capital da Hospitalidade. Nós, os repórteres desta matéria, podemos afirmar que sim, Carazinho é um lugar hospitaleiro. Nenhum de nós nasceu ou cresceu por aqui – nem perto daqui – mas, fomos recebidos de braços abertos, para fazer desta cidade mais que um lugar para viver. Fizemos um lar. Contar a história das pessoas que vivem neste município, emancipado no dia 23 de janeiro de 1931, hoje, com mais de 60 mil habitantes, foi um motivo de alegria. Ouvimos pessoas que nasceram aqui e outras que vieram para cá ainda crianças, mas, a história é sempre a mesma: Carazinho é um bom lugar para se viver.
Carazinho recebe todos de braços abertos
“Coisas positivas são feitas pelos cidadãos, não pela Prefeitura” O prefeito de Carazinho, Renato Süss, nos recebeu em seu gabinete muito a vontade: de bermuda e camisa para enfrentar os mais de 30°C que faziam lá fora. Carazinhense, nascido e criado no município há 71 anos, sua história também se mistura a da cidade. “Eu lembro que cheguei a sede da cidade com 3 ou 4 anos, na rodoviária, que era ali no calçadão. Me lembro ainda hoje quando minha mãe me pegou pela mão e me colocou para fora do ônibus. Na rodoviária tinham cachos de banana, batata doce nas caixas. Nós fomos morar na rua XV de novembro, onde mais tarde queimou a nossa casa. Eu conheci minha cidade assim, em 1947 ou 48”, fala. Ele afirma que depois disso começou a ver o crescimento gradativo da cidade. “Na época, havia muitas serrarias, inclusive próximo ao Colégio La Salle. Nesse período, os trens paravam na segunda
linha, ao lado dessas madeireiras e carregavam os vagões. Mais tarde, eu como aluno daquela escola, via e conviva com isso. Também convivi com muitas manadas de gado que passavam pela Avenida Flores da Cunha, quando nos mudamos aqui para o centro, em uma casa de madeira, e, nos fins de semana geralmente passavam muitas tropas de mulas, muito gado, que vinham da Rua das Tropas, agora Avenida Pátria. Depois, eles iam para São Paulo”, lembra Süss. Ele rememora que havia calçamento na Flores da Cunha apenas até a rua Marcilio Dias. “O ônibus fazia a volta ali e ia até a rua Eurico Araújo. Esses veículos tinham apenas uma porta, por onde entrava, já pagava a passagem pro motorista e era assim. Até que um dia anunciaram na Rádio Carazinho que no próximo domingo haveria inauguração do novo ônibus da cidade. Para nossa
surpresa, era um cara chata com duas portas, algo muito inusitado para nós. Hoje, veja como essa empresa cresceu. Essas são coisas positivas que ocorrem no começo de uma cidade e que são feitas pelos cidadãos, não pela Prefeitura”, conta. Ele revela que começou a trabalhar aos 14 anos. “Comecei a trabalhar como relojoeiro e, depois, aos 21 anos, quando voltei do quartel, trabalhei por um tempo no banco. Depois, trabalhei na ótica Carla por um tempo, para, então, abri o Renato Joalheiro, que está completando 37 anos”, fala. Renato aponta que fez parte de diversas entidades de classe. “Estive sempre buscando me envolver para a participar da história de nosso município, até que recebi o convite para me candidatar a prefeitura, não me elegendo. Depois, em 2012 tentei novamente, e aqui estou.
Apanhando bastante, pois, nós implantamos gestão forte e firme sem fazer concessões para aquilo que não pode ser e isso fez uma grande diferença a administração pública de nossa cidade”, reflete. Ele acredita que fez Carazinho desenvolver nos últimos anos foi a construção civil. “Isso deu um banho de progresso em nossa cidade, isso graça a empreendedores e aos programas do governo federal. É um setor muito relevante que trouxe muito desenvolvimento para a cidade, inclusive pela geração de empregos diretos e indiretos, enfim, todo esse círculo virtuoso ocorreu”, analisa. Por fim, Süss frisa que está muito feliz com o tamanho que Carazinho tem, mas falta em crescimento cultural. “Nossa cidade é um lugar bom de se viver, mas, se houvesse uma diferenciação na questão cultural, teríamos um local melhor, por exemplo, na questão do lixo. Se cada um separasse os detritos, todos ganhariam. Quando cada um fizer só um pouquinho da sua parte, essa seria a cidade ideal”, finaliza. Foto: DM/Gabriella Bellé e Rodolfo Sgorla da Silva
Prefeito de Carazinho, Renato Süss
Dicas de Segurança
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OPINIÃO
DIÁRIO DA MANHÃ
Sexta- feira, 31.10.2014, Carazinho
“O desenvolvimento efetivo depende de cada um de nós e de nós todos juntos” Foto: Arquivo DM
Todos, de uma maneira ou de outra, buscam o crescimento de Carazinho. Entretanto, alguns buscam isso com mais afinco, como Jocélio Cunha. Carazinhense, filho de carazinhenses, Jocélio sempre buscou através das entidades das quais fez e faz parte, uma cidade melhor para sua família. “Sou natural de Carazinho, filho de carazinhense e, tenho duas filhas, Maiara Cunha e Amanda Cunha”, conta. Sempre disponível para responder as demandas do Grupo diário da Manhã, tanto sobre as entidades, quanto sobre assuntos sobre a cidade, Jocélio fala que desde muito cedo, ainda durante a formação em Ciências Contábeis, iniciou a parti-
Presidente da ACIC, Jocélio Cunha
cipação como membro da diretoria da Associação dos universitários de Carazinho. E o que o motiva a sempre continuar lutando por Carazinho e seu
povo? “Sem dúvida alguma pelas parcerias existentes, pelas pessoas, pela equipe de trabalho, pelos amigos que fizemos nesta caminhada, pela imprensa muito ativa que temos aqui, pelas necessidades sociais e estruturais, pelas dificuldades impostas por nossos governantes ao meio empresarial, pelo desafio que urge de termos uma saúde que é referência em Carazinho. Enfim, por acreditar que podemos sim ter uma cidade e região diferente, moderna, com desenvolvimento acelerado, com emprego, distribuição de renda, com segurança, educação e qualidade de vida a todos. O grande desafio para mim é sempre poder conciliar em um único dia, vida profissional, pessoal e social”, revela. Jocélio frisa que Carazinho repre-
“Aqui nos estabelecemos, pois, o clima era semelhante ao da Europa” Dentre as diversas histórias que poderíamos encontrar por Carazinho, uma delas nos chamou a atenção. Uma senhorinha, muito tranqüila e conversadora estava sentada em frente a casa de repouso onde vive aproveitando a tarde de sol. Dona Lina Realli, aos seus quase 105 anos, nos aguardava para contar sua história de vida, desde quando vivia na Itália, na cidade de Mantova. Aos 14 anos, em 1924, Lina veio para o Brasil fugindo da Primeira Guerra Mundial. “Era muita morte, briga e tristeza nas divisas do país, do Estado, e mesmo dos lotes. Cada vizinho queria um palmo a mais de terra, e era uma conquista, uma briga diária se manter vivo lá. Então, viemos para o Brasil, eu meu papai, minha mamãe e meus dois irmãos, com promessa de uma vida melhor”, relembra. Ela conta que quando chegaram ao Brasil, moraram por um período no Rio de Janeiro. “Depois, fomos para São Paulo, onde ficamos 5 anos. Papai não tinha profissão. Trabalhava em qualquer coisa que aparecesse, mas, sempre fomos muito bem aceitos aqui no Brasil. Viemos para cá porque sempre foi um país muito calmo, muito sossegado. Um país grande e de muitas terras, de maneira que para nós que éramos ‘contadinos’, ou seja, trabalhávamos na terra, para nós seria um futuro aqui, pois, ninguém
“Fui a primeira brasileira lá”
“Eu nasci em Xavantina, em Santa Catarina. Vim para cá com 14 anos. Hoje tenho 50 anos”, conta Terezinha Izer, que foi atleta profissional e representou o município em todo o Brasil e até internacionalmente. Ela fala que começou a correr pelo incentivo do marido. “Ele sempre participava de competições de corrida e, me convidou para participar também. Aí, corri por muitos anos. No começo, participava de corridas curtas, de 3km, 5km, depois 10km, fiz meia maratona e, depois, fui para maratona de 42km. Fiz muitas maratonas. A São Silvestre disputei 6 ou 7 anos. Fiz o mundial de maratona, para as Olimpíadas de Seul. Participei de marato-
senta uma paixão para ele. “Aqui nasci, aqui formei minha família, aqui trabalho profissionalmente, aqui vivi os melhores anos de minha vida, aqui fiz grandes amigos e, muito embora viajo para vários lugares do Brasil, voltar para cá é sempre um grande prazer pessoal que afaga o coração. Sonho sim com uma cidade melhor, maior, com oportunidades para nossos filhos e, que também possa se destacar no âmbito estadual por possuir empresas fortes, pólo em educação, pólo jurídico, pólo logístico e referência em saúde e serviços”, almeja. Para ele, o que ainda falta para que a cidade seja maior é aproveitar mais seus potenciais. “Penso que Carazinho deve aproveitar melhor sua localização geográfica, seu potencial de empreendedores que
“Carazinho é minha vida”
procurava profissionais, só agricultores”, conta. A família produzia alimentos para consumo próprio e trabalhava onde aparecesse serviço, até que se mudou para Porto Alegre, onde, devido ao clima, o terreno era mais fértil. “Aqui nos estabelecemos, pois, o clima era semelhante ao da Europa. Era muita água que tinha aqui. Nós viemos vindo lá do Sudoeste, até chegarmos lá, onde um amigo do meu pai trazia sementes e mudas para se adaptarem aqui na terra brasileira”, fala. Dona Lina, com mais de 100 anos, ainda é muito lúcida, mas, não sabe bem quantos anos tem, nem quando e como veio para Carazinho. Mas de uma coisa ela lembra: nunca casou. Ela lembra que a cidade era pequena. “Lembro que na rua onde eu habitava era muito movimentada, porque as pessoas ficavam perto dos armazéns e das escolas. Nós conseguimos viver bem, não tenho do que reclamar”, concluiu.
O presidente da Câmara de Vereadores, Rudinei Brombilla, chegou a Carazinho aos 11 meses, vindo de Rodeio Bonito. “Carazinho me adotou. Estou com 38 anos, então, a 37 moro nesta bela cidade. Vim com minha mãe para cá, após a separação de meus pais. Como meus avós moravam aqui, viemos. Assim, passei toda minha infância aqui, estudando no ensino fundamental no Colégio Notre Dame Aparecida e o ensino médio na Escola Cônego João Batista Sorg”, conta. Ele fala que começou a trabalhar aos 9 anos e, ainda na infância se interessou por política. “Minha avó fazia lanches e tinha aquelas cestas de vime, então, comecei a vender no comércio. Assim, desde pequeno tenho esse contato com as pessoas. Depois, trabalhei dois verões em frente a Prefeitura, nas máquinas de sorvete italiano e, já aos 11 anos, admirava quando desciam as escadas o prefeito, os vereadores, os secretários da época, que eram as autoridades do município. Quem me chamava mais atenção era o Bastico [Sebastião Olegário Aeffner]”, revela. Rudi, como é chamado, lembra que entrou na política em 1996. “Não foi como candidato, mas, sim como militante”, recordou. O que representa Carazinho para ele? “Tudo. Carazinho é minha vida. Tudo que eu conquistei até hoje, devo a Carazinho, tanto no meu lado pessoal, quanto profissional
na em Rio de Janeiro, na Argentina, em diversos locais”, relembra. Terezinha revela que quase foi às Olimpíadas de Seul, em 1988, mas, devido a um problema no joelho, foi cortada. “Fui para o Mundial de Maratona das Olimpíadas. Fui a primeira brasileira lá. Quando teve as olimpíadas, eu deveria ter ido, mas, tive um problema no joelho e fiquei de fora. O pessoal do Rio de Janeiro não valorizava muito as pessoas do interior, que iam para a cidade grande. Eles preferiram levar outros atletas com menos experiência que eu”, diz. Os título que recebidos foram bons na época para Terezinha. “Me ajudaram bastante, mas, a falta de patrocínio não teve mais como me manter. Ninguém ajudava, ninguém reconheceu meu esforço, então, tive que deixar o atletismo de lado. Ganhei muitos campeonatos, corri por quase 20
anos. Estive sempre entre as primeiras colocadas, especialmente nas maratonas”, relata. A Corrida de São Silvestre, uma das mais disputadas do país, contou com diversas participações de Terezinha, mas, ela indica que os brasileiros eram prejudicados. “Em São Silvestre era muito prejudicada, pois, faziam barreiras para que nós não ultrapassássemos as estrangeiras. Na época que era a noite, tanto os homens quanto mulheres eram prejudicados. Se não fosse isso, poderia ter classificações ainda melhores. Na última vez que corri lá, quem ganhou foi Rosa Mota e eu corri no pé dela, mas, tinha gente nos barrando para não passarmos”, relata. Hoje, Terezinha trabalha como catadora de papel. “Não tenho vergonha de dizer que trabalho com a reciclagem, que estou reciclando e fazen-
Fotos: DM/Gabriella Bellé e Rodolfo Sgorla da Silva
A imigrante, Lina Realli
aqui estão. Precisamos de gestores públicos com atitude e que saibam ouvir as necessidades do seu povo e do meio produtivo, que estejam dispostos a trabalhar arduamente e dar o melhor de si para sua comunidade. Precisamos, também, ter cada vez mais representação política em nível estadual e federal, desenvolver projetos e investirmos fortemente em infraestrutura, em saúde, educação e segurança. Temos aqui grandes empreendedores carazinhenses que tem paixão por aquilo que fazem, precisamos apoiá-los e não criar cada vez mais dificuldades e empecilhos. O desenvolvimento efetivo depende de cada um de nós e de nós todos juntos, de forma a consolidar nossas potencialidades nas mais diversas áreas de atuação”, finaliza.
Presidente da Câmara de Vereadores, Rudinei Brombilla
e familiar. Esta foi a cidade que me adotou e tudo o que eu conquistei, foi Carazinho que me proporcionou isso”, revela. Para ele, o que falta para que Carazinho se desenvolva ainda mais é preciso de um mandatário dinâmico, jovem e que possa fazer as coisas acontecerem com mais agilidade. “Não é falar mau do Executivo. Não é isso. Mas, nós temos tudo aqui. Estamos em uma região do Planalto, temos dois entroncamentos rodoviários, temos as quatro estações bem definidas, temos um povo hospitaleiro, então, o que falta é ter um governante que realmente faça as coisas acontecerem. Eu vejo municípios vizinhos ao nosso onde o poder público facilita a vida das pessoas”, fala. Para finalizar, Rudi diz acreditar que Carazinho tem tudo para “explodir” no futuro.
Ex-atleta e recicladora, Terezinha Izer
do um bem para todos nós. Tem gente que tenta me humilhar, mas, não é por isso que vou parar com a atividade que ganho meu dinheiro e faço um bem para o município. Não é só comigo que existe esse preconceito, é com todos os catadores. Por outro lado, tem muita gente boa, onde nos respeitam”, comenta.
SextaSexta-feira, feira, 31.10.2014, 31.10.2014,Carazinho Carazinho
GABRIELLA BELLÉ RODOLFO SGORLA DA SILVA
GERAL
DIÁRIO DA MANHÃ
Victor Graeff: a terra da cuca com linguiça Fotos: DM/Gabriela Bellé e Rodolfo Sgorla da Silva
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ma bela praça, a mais bela de todo o Rio Grande do Sul, é o cartão-postal prévio que tínhamos de Victor Graeff antes de visitar o município. No final de uma manhã ensolarada e quente, saímos pelas rodovias e belas paisagens da região. As propriedades rurais às margens da estrada nos faziam antever o que encontraríamos na cidade victorense. E foi justamente a praça um dos primeiros locais pelos quais passamos na cidade. Procurávamos a Prefeitura, mas, é impossível não dar uma pequena desviada no olhar para os arbustos podados e decorados da Praça. De fato, muito bela. Em seguida chegamos na sede do Executivo Municipal, onde fomos recebidos pelo simpático prefeito Claudio Alflen. Era para ser uma entrevista. Porém, o que ocorreu mesmo foi uma conversa bem agradável entre repórteres e entrevistado. Com a mesma naturalidade, o diálogo entremeou desde a trajetória pessoal de Alflen até uma análise da economia e da sucessão rural em Victor Graeff. O município, quando ainda pertencia a Não-Me-Toque, chamava-se Cochinho. O nome era uma referência a um cocho, até hoje preservado, que servia de rota de passagem para tropeiros. Por conta do apoio recebido do deputado estadual Victor Graeff para emancipar-se, a localidade deixou o nome de Cochinho e adotou o nome do parlamentar, falecido durante o processo emancipacionista. Victor Graeff tornou-se município em 1965. Um ano mais velho do que o município do qual é prefeito, Alflen afirma ter lembranças da década de 1970, quando a cidade ainda estava em construção. “Me lembro como eram escolas, na época eu estudava numa Brizoleta, no interior. Por sinal, naquele período o interior de Victor Graeff tinha mais habitantes do que a cidade e a sede era menor do que atualmente. É um orgulho ter nascido aqui, acompanhei a
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Praça de Victor Graeff é considerada a mais bela do Rio Grande do Sul
produto”, relata Jorge Steffler, um dos proprietários. Segundo ele, o começo de tudo foi o Festival e a produção teve mais incentivo também com o selo do Susaf. As cucas também tiveram um aumento no volume de produção com o Festival da Cuca com Lingüiça. “Faço cucas desde a primeira edição do Festival. No primeiro ano do evento, tínhamos uma preocupação se conseguiríamos vender as cucas, afinal, só se comercializa a cuca feita no dia. E desde então não conseguimos fazer cuca em número suficiente, as vendas são sempre muito boas”, conta Teresinha Kayser, integrante da Associação de Cuqueiras de Victor Graeff e que em todas as edições da Cuca com Lingüiça comercializa seus produtos.
A BELA PRAÇA
Fabricação de lingüiças aumenta renda de produtores rurais
trajetória e conheci a história deste lugar”, relata o prefeito. Conforme Alflen, o município de 249 km² tem a grande parte de sua economia baseada no setor primário. “Neste setor, se destaca a produção de grãos, soja, milho e trigo, e a bacia leiteira. A produção de leite é que mantém o pequeno produtor no interior. Hoje, o produtor tem acesso no campo a várias tecnologias, como internet, telefone, celular, porém, acaba saindo da propriedade por uma sensação de insegurança”, revela. Para o presidente da Câmara de Vereadores de Victor Graeff, Lairton André Koeche, o setor rural precisa de investimentos como forma de incentivar a produção. “Como Claudio Alflen, prefeito de Victor Graeff município agrícola,
Antigo local de parada de tropeiros ainda é preservado em Victor Graeff
é necessário mais investimento na agropecuária, como a bacia leiteira por exemplo. Temos produtores capacitados e uma produtividade excelente. Nós precisamos alavancar o setor primário”, aponta.
INCENTIVO AO SETOR PRIMÁRIO
Paralelo a isso, o setor rural de Victor Graeff teve um incentivo recente com a criação do Festival da Cuca com Lingüiça. Obviamente, se a festa é da cuca e da lingüiça, é necessário que haja venda desses produtos. E a produção desses itens ocorre no próprio município, tendo um diferencial de qualidade. Localizado no 1° distrito de Victor Graeff, os Embutidos Steffler produzem as lingüiças consumidas no Festival. Eles também fazem vendas durante todo o ano. Além do diferencial do produto, a agroindústria também conta com outra vantagem no mercado, o selo do
Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf), obtido neste ano. “Começamos há 10 anos a produção do salame. Fazíamos em casa e fomos aprimorando e vimos que tínhamos chance de ir pra frente e trabalhar com isso. Fazíamos para consumo próprio e vendíamos o que sobrava. E hoje estamos aqui com uma agroindústria e as pessoas se interessaram pelo
Um dos segredos de Teresinha Kayser para produzir cucas é usar o forno de barro
Sem dúvida, uma das marcas de Victor Graeff é o Festival da Cuca com Lingüiça. O evento, que em uma edição chegou a render um giro financeiro de R$ 1 milhão na economia local, também tem seu caráter turístico, já na última edição 80 mil pessoas visitam o município. Outro diferencial turístico da cidade é a sua praça, que chamou a atenção destes repórteres. A atração é considerada a mais bela praça do Rio Grande do Sul. “Eu falei que daria para fazer bonecos e começou a pegar a ideia. Aí comecei plantando os ciprestes, o que levou entre seis e sete anos até tudo se ajeitar. O que eu fiz está tudo na Praça ainda. O trabalho começou na década de 1990”, relata Fredolino Schmidt, de 78 anos, idealizador dos desenhos da praça. Schmidt conta qual foi sua inspiração para ornamentar a Praça de Victor Graeff. “Quando eu era jovem, olhava filmes do Tarzan. Essa foi minha inspiração, a selva e os animais. Outra fonte de inspiração foram os livros. Daria para desenhar mais coisas ainda, só que não há mais espaço”, finaliza Schmidt.
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ALESSANDRO TAVARES MAYARA DALLA LIBERA
OPINIÃO
Colorado: campos verdes de nome vermelho Fotos: DM /Mayara Dalla Libera
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umprindo nosso roteiro de municípios a serem visitados, no início deste mês de outubro partimos rumo à Colorado. Ao nos deslocarmos pela VRS 319, paramos no caminho por duas vezes para verificar os pneus do veículo em que estávamos, pois a estrada está em condições precárias e que facilmente furam os pneus pela profundidade dos buracos. Já em Colorado, uma das construções que surpreende a quem chega ao centro é o prédio da Prefeitura, que, segundo os servidores, quando construída teria sido uma tentativa de cópia do Palácio da Alvorada. O prédio de dois andares foi construído em 1977. Já o Município com 52 anos foi emancipado em setembro de 1962. Na sede do Poder Executivo fomos recepcionados pelo Secretário de Administração Noimar Carlos de Oliveira, uma vez que o prefeito, Lírio Riva, havia viajado a Porto Alegre onde participaria de uma reunião da Famurs. Riva preside Associação dos Municípios do Alto Jacuí (AMAJA). Em uma conversa em tom informal, o Secretário de Administração Noimar Carlos de Oliveira quando perguntado sobre o principal entrave encontrado pelo município para crescer e se desenvolver, sem pestanejar nos respondeu que é a localização e a logística. Conforme Oliveira, a reforma da VRS 319 é um pleito constante do Executivo junto ao Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (DAER). O secretário nos informou que nos últimos seis anos, o próprio município providenciou cinco operações tapa buracos. Conforme Oliveira, há 40 anos Colorado pleiteia o asfaltamento da cerca 20
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Presidente do Legislativo coloradense, Delonei Pereira da Silva
quilômetros que ligam o município a Não-Me-Toque. Fomentar a instalação de indústrias é outro desafio de Colorado, o município tem quatro pequenas indústrias, a maior delas uma empresa do setor metal mecânico que produz máquinas. Se o parque industrial ainda é pouco expressivo na arrecadação municipal, a agricultura assume o posto de setor que mais colabora na arrecadação de impostos. A soja, milho, trigo e canola são as produções que mais geram impostos. Conforme o secretário, a produção leiteira e de suínos que já foram produtos de forte contribuição para com as receitas do município, a cerca de cinco anos vem caindo de participação no ICMS a ponto de segundo o secretário, hoje, serem pouco representativos na arrecadação. Segundo o secretário, a fertilidade das terras de Colorado são um dos diferenciais do município. Oliveira revela que dados de uma cooperativa e cerealistas indicam que as propriedades do município nas quatro culturas apresentam
Antenor da Rosa – O barbeiro tem de 88 anos e trabalha sem óculos
produtividade até15% superior se comparado aos municípios da região. A população total do município é de cerca de 3500 pessoas, destas segundo dados IBGE, a maior faixa populacional, 43% são de pessoas entre 40 e 60 anos de idade, seguida pelos idosos acima de 60 anos que correspondem a 17% da população total e dos jovens entre 20 e 39 anos que representam 14% da população. O distrito de Vista Alegre, o único do município, é uma localidade bem organizada, com várias construções novas e que conta com mercados, agência bancária, posto de combustível e que tem população de 870 pessoas. Segundo os moradores, há alguns anos se tentou inclusive um movimento emancipatório de Vista Alegre, mas que não evolui. Hoje com as mudanças na legislação para o processo de emancipação, se o sonho ainda existe, está bem mais difícil de ser realizado. No mesmo prédio da Prefeitura, porém na parte lateral, fica a Câmara de Vereadores de Colorado onde fomos recebidos pelo presidente da Casa, o vereador Delonei Pereira da Silva. Para o vereador, um dos desafios do município é ser atrativo de forma que mantenha os jovens morando na cidade. “Nosso problema é que o jovem que sai para estudar não volta. Temos de nos reunir, o poder público com as entidades e a comunidade para discutir o que queremos. Colorado é uma cidade boa de viver, mas a sua população está envelhecendo. Precisamos garantir renda e emprego para que os nossos jovens fiquem por aqui”, nos disse o legislador.
QUEM ME VÊ JAMAIS ME ESQUECE
A frase “Quem me vê jamais me esquece” está no espelho usado diariamente por Antenor da Rosa, de 88 anos de idade, também conhecido no município como “barbeiro”. Simpático e completamente lúcido, logo Antenor sem nenhuma desconfiança nos convidou para sentarmos na varanda de sua casa, onde nos contou sua história. Antenor chegou à Colorado sete meses após o município ter sido emancipado, Rosa que veio do interior do município de Encantado tinha vindo a Colorado na época para pagar a seu cunhado a parte que lhe pertencia de uma herança familiar. Segundo Antenor, na época a cidade tinha casas que eram pequenas e todas de madeira, a população o entanto era maior do que a
Igreja São João Batista é uma das construções mais bonitas e imponentes no município
atual, segundo o barbeiro, cerca de umas 7 mil pessoas. Percebendo que o local recém emancipado ainda não tinha um barbeiro, resolveu ficar e vendeu em Encantado a área de terra que a esposa tinha ganho de herança, com o dinheiro, Antenor comprou a casa em que mora até hoje. Rosa relembrou conosco, que comprou sua cadeira de barbeiro em Porto Alegre pagando por ela 500 contos de réis. Para adquirir o equipamento, pegou dinheiro emprestado em banco e de clientes que lhe pagaram aos serviços antecipadamente. Segundo Antenor, foram quatro anos pagando a tal cadeira. Perguntado se de fato não usava óculos, Rosa nos respondeu que não tinha porque, pois enxerga muito bem. Da casa do barbeiro, fomos até a imponente igreja de Colorado.
A IMPONÊNCIA DE UMA EDIFICAÇÃO CATÓLICA
Depois da Prefeitura, se tem uma edificação que chame a atenção de quem passa pela área central de Colorado é a Igreja São João Batista. Imponente com seus cerca de 8 metros de altura, a Igreja São João Batista foi restaurada em 2004. Na igreja fomos recepcionados pelo padre Osório Serão, que depois de10 anos fora, está retornando a cidade. Ao entrarmos na Igreja nos surpreendemos com o tamanho dos lustres feitos de madeira e vitrais. As pinturas internas foram feitas na época da construção da Paróquia pelo pintor italiano Angelo Fontaneli e revitalizadas há10 anos por uma equipe especializada em arte sacra da cidade de Guaporé. Ao apresentar a Igreja, padre Osório nos mostrou logo na porta de entrada uma representação do mal e do bem. A Paróquia São João
Batista é uma das poucas que tem uma pintura representando o diabo.Sim, um diabo, dois alias.Quem entra na Igreja olhando para o alto no lado esquerdo, percebe uma representação de um homem doente, desacompanhado da família e com muito dinheiro ao pé da cama, sendo tentado pela morte tendo o lençol em que esta coberto sendo puxado pelo diabo. Do lado direito, a mesma representação, porém com o doente rodeado da família e com o Anjo de Deus massacrando o diabo. Da Igreja fomos acompanhados pelo próprio padre Serão até o museu Boa Esperança que fica ao lado da igreja.
BOAS LEMBRANÇAS DA BOA ESPERANÇA
Boa Esperança é o nome do museu do município de Colorado, nome que alias foi também a primeira designação das terras que hoje se denominam Colorado. A casa de esquina onde fica o museu, segundo a zeladora do local Marieli Baggio, foi doada por uma das primeiras famílias que chegou no município, a família Michelini. O museu conta um pouco da história do município e da presença da igreja católica na localidade. A maior parte do acervo são de objetos que eram usados no cultivo das lavouras. No museu conhecemos uma máquina de fazer hóstia, algo semelhante a uma torradeira. O padre Osório que nos acompanhava contava-nos que atualmente a maior parte da demanda de hóstias das Igrejas da região são feitas no município de Giruá ou então adquiridas de empresa especializada do Estado de São Paulo, mas disse também, que alguns padres em comunidades pequenas e tradicionais ainda usam do equipamento exposto no museu.
VARIEDADES GERAL GERAL GERAL
Sexta- feira, 31.10.2014, Carazinho
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REDE SBT
Império
Boogie Oogie
Malhação
Chiquititas
Helena avisa a Maria Marta que José Alfredo vai para o Monte Roraima com Maria Ísis. Cora invade a joalheria Império para ir atrás de Cristina. José Pedro e os irmãos pensam em aceitar a proposta de Maria Marta. José Alfredo manda Josué terminar seu romance com Helena. Maurílio chega ao Monte Roraima. Leonardo vende seus pertences para pagar dívidas. Cláudio afirma a Beatriz que ganhará o processo contra Téo. Vicente se reúne com os funcionários do restaurante. Cora chega ao camelódromo afirmando que está rica e Reginaldo se interessa pela conversa.
Luisa conta a Vitória que Carlota está guardando diamantes na casa de Leonor. Diana bola um plano para descobrir a identidade da ex-namorada de Paulo, com a ajuda de Cristina. Dr. Curi vai à casa de Beatriz e Elísio com o resultado do teste de paternidade. Vitória vai à casa de Leonor atrás dos diamantes. Dr. Curi diz a Carlota que Sandra ainda não assinou o documento da herança e que ela e Rafael vão se casar. Carlota vai ao encontro de Sandra, que afirma que não abrirá mão da herança.
Gael e Duca enfrentam Luiz e Diego. Heideguer e Lobão repreendem Luiz e Diego. Duca se encontra com Nat novamente. Jade fica abalada com a hostilidade de Cobra. Duca afirma a Gael que descobrirá o que aconteceu com Alan, e o professor exige que o rapaz se afaste de Bianca. Lobão surpreende Nat quando ela tenta falar com Scorpio. Duca avisa a Gael que terminou o namoro com Bianca. Lincoln fica animado quando Jeff pede para entrar na academia de Gael.
Chico e Matilde, que finge ser Ernestina, saem para jantar no Café Boutique. Chico acorda cantarolando. Vivi pensa em um menino para aceitar se passar por namorado dela para fazer eventos. Mosca tem crise de riso e diz que não. Vivi pensa então em Duda, por ele ser bonito e popular. Duda também não aceita e revela estar interessado em outra menina. Todos no Café Boutique veem um comercial do concorrente anunciando a mesma receita de muffin saudável que a deles.
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br A queda Cantora de “What a do Muro Feeling”, do filme de Berlim, no cenário “Flashdance” político mundial Seu nome significa “lagarto terrível”
© Revistas COQUETEL
Hogwarts (Lit.) Tinta preta de (?) Cascudo, o local origem de trabalho de Bob Esponja (TV) chinesa
Notícia que pode destruir a reputação de alguém Correu pela Williams
Que lhe pertencem
Tipo de freio Opus (abrev.)
Perda da (?), sintoma da menopausa
Hábitat da rêmora Macacoaranha (pl.)
Dança de salão do século XIX
Conterrâneo de Alfred Nobel Manobrar Membro de grupo criminoso
Cavalo magro Rádio (símbolo) Escavadora de rio Feijão, em inglês
Paradisíaca ilha do golfo de Nápoles Objeto de estudo da Pneumática Conceito do IBM360, de 1964 (Inform.)
Pintor de “Cristo Amarelo” Brilho
Cereal do “porridge” inglês Expressão pouco comum em fotos para documento
Divisão interna de galerias de arte El. comp.: estudo
3/ril. 4/bean. 5/capri — rocim. 6/cuatás. 10/piracicaba.
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Solução M B R P
D I V I S O R D E A G U A S
OR R
I N O S R A C I E N E R N Q U I E U S O C IM A O P R AG A A N C G A U A S A L T I T V E I A I S
L O GO
O I B I R A P U E R A
E B S A UR O C A B A O E T L N O A S D B IL E A R M R A R I G I N I HC A E FA L A
BANCO
Repleta Satisfação da pessoa carente
(?) Reich: terminou em 1945 (Hist.)
Parabéns 31.10.2014
Localização do MAC, em São Paulo
XV de (?), time onde Doriva jogou Idolatro Signatário do contrato de aluguel
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Abrelino Erlo Alexandro Poletto dos Santos Araci Modkovsiti Bianca da Silva Gaertner Bertil Levi Hammarstrom Carla Junges Cláudia Pimentel Daina de Oliveira Elita Rosa Barbosa Enio Dill Erlo Erna Darci Graeff Iolanda Cecília da Silveira Jorge Alberto de Freitas Baltar Liana Maria Petry Maurício Maccari Marlene Bugs Olidio Antônio Paviani Paulo Sérgio Andrade Terezinha Prates Tatiane Krossin
ÁRIES Evite, neste dia, questões com vizinhos e a pressa. Os amigos leais o ajudarão em qualquer dificuldade e conseguirá realizar boa parte de seus anseios e desejos. Ótimo para o amor e o trabalho. TOURO Você pode fazer compras ou vendas lucrativas. Procure cuidar de sua saúde. Atividade brilhante na vida social, esportiva intelectual e administrativa. GÊMEOS Dia neutro a vida sentimental e amorosa. Haverá, também, muitas dificuldades que só serão solucionadas com bastante trabalho, otimismo e perseverança. Cuide da saúde, evite abusos e tome cuidado com os inimigos. CÂNCER Dia em que poderá fazer ou pedir empréstimos e assinar documentos, ações ou mesmo pedir aumento de vencimentos, que será muito bem sucedido. A saúde estará boa e chances de êxito amoroso e social. LEÃO Com otimismo e entusiasmo, você conseguirá ótimos resultados. Procure evitar os compromissos arriscados. Não trate nada com pessoas desconhecidas. VIRGEM Todas as suas possibilidades de êxito, estarão conjugadas hoje. Basta que dê mais atenção às pessoas próximas ou vizinhos para desenvolver com sucesso qualquer transação. Excelente período para contratar. Cuide da aparência. LIBRA Lucros em negócios relacionados com a terra e propriedades de um modo geral. Os transportes também estão favorecidas, bem como viagens por via aérea. As dificuldades serão solucionadas. ESCORPIÃO Muita atividade física e mental você empregará hoje. Mas no final sairá vencedor. Os meios de comunicações, e transportes estão favorecidos. Contudo, evite desavenças na vida familiar. SAGITÁRIO Boa influência para cuidar dos seus interesses pessoais e assuntos sentimentais. Pessoas próximas vão procurar favorecê-lo. Saúde, dinheiro, amor e loteria sob excelentes influxos. CAPRICÓRNIO Bom dia para solicitar a casa própria em um órgão competente do governo, se ainda não a tem. Sucesso nos transportes e em viagens, principalmente as aéreas. Harmonia familiar e êxito sentimental. AQUÁRIO Período em que deverá evitar questões e negócios com pessoas da família. Por outro lado, haverá progressos profissionais devido à influência de pessoas desconhecidas. Cuide de sua saúde. PEIXES Algumas perturbações passageiras na vida doméstica e depressão psíquica estão previstas para você neste dia. Aja com calma e autoconfiança, que tudo tende a dar certo. Melhora da saúde e das chances gerais. Visite seus amigos e parentes.
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Lions Clubes se entrelaçam com a história do DM Para casal que governou Distrito LD-7 entre julho de 2013 e junho de 2014, entidades sempre tiveram amplo apoio do veículo de comunicação Foto Divulgação
Os Lions Clubes de Carazinho – Centro, Glória, Industrial e Yacamin - se entrelaçam com a história do Jornal Diário da Manhã. As quatro entidades sempre tiveram amplo apoio na divulgação de seus eventos sociais e promoções beneficentes e culturais, tanto em sua organização como nos resultados e aplicabilidade dos recursos dentro de nossa comunidade. De julho de 2013 a junho de 2014, o Distrito LD-7, composto por 54 municípios e 76 Clubes de Lions, teve o comando da Governadoria instalado em Carazinho, através do casal governador Luiz Roberto e Maria de Lourdes Gobbi, que inicialmente trouxe para Carazinho mais de 450 pessoas para a instalação dos trabalhos. “Tivemos mais uma vez, a oportunidade de mostrar para outros municípios, a nossa cidade, com ampla cobertura do Jornal
Maria de Lourdes e Luis Roberto Gobbi Diário da Manhã”, menciona Luli. Ela lembra que, por iniciativa desta Governadoria do LD-7, ocorreu pela primeira vez durante a Expodireto Cotrijal 2014, a inclusão na programação oficial, do Jantar Internacional. No evento foram recepcionados em Carazinho as delegações estrangeiras
visitantes da feira, evento muito bem apresentado na Casa de Eventos Hipster. “Sucesso absoluto para os visitantes locais, regionais e estrangeiros, os quais solicitaram que se repita nas próximas edições. Foi muito importante também a parceria do Jornal Diário da Manhã”, coloca. Para Luli, ter o registro da história do município de Carazinho e da região, através do Jornal Diário da Manhã nos 34 anos, é de suma importância para a população. “Desejamos que nos anos que se sucederem se mantenha uma imprensa livre, resistente à eventuais pressões que poderão advir, garantindo assim a fidelização da notícia e a rapidez da informação, a base da democracia. Parabéns a todos, direção e funcionários do Diário da Manhã! Parabéns Carazinho por contar com o Diário da Manhã”, finaliza.
Sexta- feira, 31.10.2014, Carazinho
POLÍCIA
Sexta- feira, 31.10.2014, Carazinho
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PECAR terá novas celas Construção foi iniciada nesta quarta-feira (29) e a empresa responsável terá um prazo de 120 dias para executar a obra Fotos: DM/Rodolfo Sgorla da Silva
RODOLFO SGORLA DA SILVA
rodolfo@diariodamanha.net O Presídio Estadual de Carazinho (Pecar) contará com 49 novas vagas. O espaço será ofertado a partir da construção de mais celas, cujas obras iniciaram nesta quarta-feira (29). A empresa que venceu a licitação terá um prazo de 120 dias para concluir o trabalho.
Local onde funcionarão as novas celas Eberson Tapia de Oliveira, administrador do Pecar
Cerca de R$ 140 mil serão investidos. “Serão cerca de R$ 140 mil investidos, são
recursos vindos do Conselho da Comunidade e do Poder Judiciário. As obras começa-
ram ontem e estamos muito contentes. Essas novas celas proporcionarão mais 49 vagas, o que vai amenizar o nosso problema de lotação e melhorará as acomodações para os detentos”, ressalta Eberson Tapia de Oliveira, administrador do Pecar. As novas celas ficarão no espaço que antes era ocupado pelo semi-aberto. Porém, a estrutura será totalmente nova. Atualmente, o Pecar tem 166 detentos no regime fechado, sendo que sua capacidade seria para 80. No semi-aberto, ficam 71 detentos. A capacidade seria para 64. Nesta quarta-feira (29), quatro detentos fugiram do Pecar após um túnel ser escavado. Segundo Oliveira, os pontos danificados pelos detentos já foram reformados. Até o fechamento desta edição, nenhum detento havia sido recapturado.
Veículo clonado sofre acidente
Foto: Divulgação
Por volta das 4h20min desta quinta-feira (30), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) atendeu a um acidente de trânsito na BR 386, em Fontour Xavier. Um Hyundai Santa Fé saiu da pista e em seguida tombou. De acordo com informações da PRF, o motorista tinha fugido do local. O carro estava carregado com cigarros de origem paraguaia e tinha placas ISF-0602. Em vistoria minuciosa, os policiais constataram que o automóvel era clonado, ou seja, o carro envolvido no acidente tinha placas ISL-8782 e havia sido
Veículo também estava carregado de cigarros de origem paraguaia
roubado em Porto Alegre em 2013. Dentro do veículo havia cerca de 2.500 pacotes de ci-
garro e mais duas placas AUA3409, de mais um carro de iguais características ao acidentado. Também foi encontrado um
rádio comunicador escondido, possivelmente usado para comunicação entre os contrabandistas, segundo a PRF. Os
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E mais... Câmeras são furtadas de estabelecimento comercial Segundo informações repassadas à Polícia, pelo menos três câmeras de videomonitoramento localizadas no estacionamento de um supermercado no centro de Carazinho foram levadas. O fato ocorreu ainda na metade do mês de outubro. Após a verificação da gravação das imagens, foi flagrada a ação de um elemento cometendo o furto dos materiais.
Telefone é furtado no centro A vítima relatou à polícia que teve o seu telefone celular furtado de dentro do seu carro, que estava estacionado na Avenida Flores da Cunha. A vítima foi ao banco e deixou uma janela aberta do carro. Ao retornar, a vítima constatou que seu celular havia sido levado.
Ventos danificam ao menos duas casas em Carazinho Segundo informações do Corpo de Bombeiros, por volta das 5h desta quinta-feira (30), foram registrados dois chamados. Um deles na Rua Anita Garibaldi, bairro Medianeira, e o outro naRrua 10 de Novembro, bairro Santo Antônio. Ambas as residências tiveram destelhamento parcial por conta dos ventos. O caso que mais chamou atenção foi o do bairro Santo Antônio, onde parte do telhado foi arrancada e foi parar sobre as grades da frente da casa, destruindo a entrada da luz e da água.
cigarros foram encaminhados à Receita Federal de Passo Fundo e o veículo apresentado à Polícia Judiciária.
Finados terá Operação Viagem Segura Com o feriado de Finados, este final de semana terá a 35ª edição da Operação Viagem Segura. Os órgãos de trânsito iniciam as ações a partir da zero hora desta sexta-feira (31) e se encerram à meia noite do domingo (2). Um helicóptero de patrulhamento reforça as atividades. Os acidentes com vítimas fatais nos feriados em geral desde 2007 tem média diária de mortos de 6,5. Dentro deste contexto, o feriado de Finados está ligeiramente abaixo, com média
de 6,3 óbitos/dia. Nestes sete anos, constatou-se que as rodovias concentraram 65,4% das vítimas fatais, com destaque para as BR 386, 116 e 290. Juntas, essas três vias somam 32% dos óbitos. A Operação Viagem Segura tem como principais parceiros a Brigada Militar e o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Detran/RS e a Polícia Civil. Também colaboram órgãos de trânsito municipais, Cetran/RS e Famurs.
Orientações Os órgãos de fiscalização lembram a quem vai viajar que o excesso de velocidade e as ultrapassagens arriscadas estão entre as principais causas de acidentes fatais. Alertam ainda que, por força de lei federal, a partir de 1° de novembro, as multas por ultrapassagem indevida podem representar até dez vezes mais do que antes, ou seja, quase dois mil reais. “Contudo, isso é muito pouco diante do custo emocional da perda de um ente querido”, ressalta o diretor geral adjunto do Detran/RS, Denilson da Silva.
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Selic maior tende a moderar evolução do crédito O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse ontem (30) que a elevação para 11,25% da Selic, taxa básica de juros da economia, tende a moderar a evolução do crédito. “O mecanismo de transmissão da política monetária é esse. Uma elevação das taxas de juros tem impacto de moderação”, disse. Observou, no entanto, que há outros fatores que influenciam sobre a expansão de empréstimos, como nível de atividade, de confiança e sazonalidade. “Há uma série de outras influências”, declarou Maciel. Segundo o chefe do Departamento Econômico, o comportamento do crédito em setembro “seguiu a tendência do ano de crescimento moderado”. Ele avaliou ainda que a elevação mensal de 1,3% do saldo das operações “deveu-se ao maior dinamismo do crédito direcionado”. Fonte Agência Brasil
Abertas inscrições para a 2ª Copa Diário AM/Sesc de Futsal Competição começa no dia 10 de novembro e terá dezesseis times Fotos: Arquivo DM
Até o dia 5 de novembro as equipes interessadas em participar da 2ª Copa Diário AM/ Sesc de Futsal devem entregar a ficha de inscrição, que estão disponíveis no Sesc. Este ano, a competição envolverá dezesseis times, seis a mais que a primeira edição, realizada em 2013. Conforme o coordenador da Rádio Diário AM 780Khz, Marcelo Marcos, as primeiras equipes que entregarem a inscrição estarão automaticamente na competição. “Este ano o nível do certame deverá ser ainda maior em relação ao ano passado, porque desta vez, não há empecilho para a inscrição de atletas”, menciona, ressaltando que o congresso técnico será no dia
A 1ª Copa Diário AM Sesc foi vencida pela Kixiki Móveis 5 de novembro. As equipes deverão representar empresas da cidade, mas os atletas não precisam ter vín-
culo com elas. Ainda, segundo ele, as equipes serão divididas em grupos e a primei-
Cotrijal foi vice-campeã ra etapa deverá ter nove rodadas. A final está prevista para o dia 4 de dezembro.
2013 A 1ª Copa Diário AM Sesc foi vencida pela Kixiki Móveis. A equipe chegou a final eliminando Almirante Tamandaré do Sul de 7x2. Na decisão, enfrentou a Cotrijal - que na semifinal superou Coqueiros do Sul de 5x2 – com um placar surpreendente: 12x5. Coqueiros do Sul levou a melhor na disputa do terceiro lugar: fez
4x0 em Almirante Tamandaré. Na premiação, além de levar o troféu de quarto lugar, o time também ficou com o Troféu Disciplina. A Cotrijal, além do vice-campeonato, teve o goleador: Nuno. Guilo, da campeã Kixiki, ficou com o troféu de goleiro menos vazado.
Bocha em duplas tem nova rodada
Bola 9 segue neste sábado
Competição terá oito confrontos nesta sexta-feira
A segunda rodada do Campeonato de Bola 9 do Grêmio Aquático será neste sábado (1º), a partir das 13h15min, com quatro confrontos. Primeiro o MCFC enfrentará o Owerkil. Depois o Junto & Misturado mede forças com o Dínamo. Em seguida o Tinkilibra duela com o Camarões. Por fim, o Só Se For Agora joga contra o Viamel. Na rodada de abertura, sábado (25), o Trago Fino perdeu para Os Bartira de 3x2, o Chumbaço superou o Dínamo de 2x1, Viamel e Tinkilibra empataram em 1x1 e o Só Se For Agora venceu o Camarões de 4x1.
O Campeonato Municipal de Bocha modalidade duplas, organizado pela Liga Carazinho de Bocha, tem nova rodada nesta sexta-feira. Os confrontos são os seguintes: Acorep x Darcélio Bocha, Harmonia B x Grêmio Aquático, Marchetti x Móveis Casttini, Celso Pinturas x Pinturas Rosa, Brasil x Eletrocaf, Harmonia A x Glória B, Estofaria Gaúcha x Retivel e Glória A x Alfredo D’Amore B. Nas últimas duas rodadas, a Acorep venceu o Grêmio Aquático de
15x10, o Darcélio Bocha fez 15x7 no Harmonia B e a Marchetti aplicou 15x8 no Pinturas Rosa. A Móveis Casttini perdeu para o Celso Pinturas de 15x8, a Eletrocaf levou 15x6 no Harmonia A e o J.S Representações superou o Brasil de 15x13. A Retivel fez 15x7 no Alfredo D’Amore A e 15x13 no Glória A. O J.S Representações venceu o Glória B de 15x11 e sofreu derrota de 15x2 para a Eletrocaf. A Estofaria Gaúcha perdeu para o CTG Alfredo D’Amore de 15x9 e para a Glória A de 15x12.
Segunda rodada terá quatro jogos
Conexão
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PASSO FUNDO - CARAZINHO - ERECHIM
Uma morte e 25 feridos em acidente na ERS 142 Ocorrência envolveu um ônibus e um veículo de passeio na rodovia que liga Carazinho a Não-Me-Toque, no início da noite de ontem (30). Feridos foram encaminhados para diversos hospitais da região, inclusive à Passo Fundo gue, veio a tombar acertando o carro que vinha no sentido oposto. Além da guarnição da PRE de Tapera, responsável pelo trecho da rodovia, o acidente mobilizou policiais militares dos municípios de Carazinho e Não-Me-Toque, o Corpo de Bombeiros bem como servidores do Samu, das Secretarias de Saúde de Carazinho e Não-Me-Toque e Grupo de Socorristas Voluntários (GSV). Conforme o coordenador da equipe do Samu, Cleverson Mettzdorf, ao todo, as ambulâncias que participaram do resgate levaram para atendimento médico em Carazinho 15 pacientes. Outros 6 com lesões, aparentemente, menos graves foram levados para o Hospital Notre Dame Julia Biliart de Não Me Toque. Segundo Mettzdorf, populares que passavam pela rodovia também encaminharem alguns feridos para atendimento. “A cena que encontramos ao chegar lá era horrível algumas pessoas estavam presas dentro do ônibus. O nosso pessoal que estava de folga também veio rapidamente para nos dar apoio”, comentou Metzdorf.
Foto: Rádio Diário AM 780/Marcelo Marcos
Foto: Reprodução
Uma pessoa morreu e outras 25 ficaram feridas após um acidente de trânsito ocorrido por volta das 18h20min desta quinta-feira (30) na altura do KM 12, da ERS142 no município de Não-Me-Toque. A Colisão envolveu um veículo modelo Citroen C4 com placas do município de Tapera, conduzido por João Augusto Salvadori Jr. e um ônibus da empresa Hélios de Carazinho, que fazia a linha Espumoso - Carazinho. Os passageiros em sua maioria eram funcionários das empresas E.Orlando Ross e Stara, ambas de Não-Me-Toque. O passageiro do ônibus, Marciano Kaiser (34 anos), morador de Carazinho, e funcionário da empresa E.Orlando Ross ficou preso as ferragens e morreu no local do acidente. Até o fim da noite de ontem (30) as reais circunstancias do acidente ainda eram desconhecidas, porém, conforme o Sargento Reis, do Grupo Rodoviário de Tapera, informações preliminares indicam que a condutora do ônibus possivelmente tenha perdido o controle vindo a sair da pista e ao retornar para a faixa em movimento de zigue-za-
lou à reportagem do DM que a empresa estava acionando a seguradora e que prestará todo o apoio necessário e cabível às vitimas. Revelou ainda que a motorista do ônibus, que também ficou ferida, trabalha na empresa há mais de um ano fazendo a mesma linha. Até as 22h20 min o local do acidente não havia sido liberado. (Veja outras imagens no
www.diariodamanha.com)
Por volta das 19 horas, em frente a emergência do HCC, mais de 40 pessoas, a maioria familiares das vítimas do acidente buscavam informações sobre o estado dos feridos. Conforme os servidores do setor de emergência do Hospital, além da equipe de plantão mais profissionais foram acionados para auxiliar no atendimento aos feridos. A BM compareceu ao hospital para auxiliar na orientação, pois além dos familiares dos feridos também muitas pessoas que tem parentes trabalhando na cidade de NãoMe-Toque foram ao hospital saber da lista de feridos, uma vez que não tinham conseguido contato com seus
familiares. Ao todo, conforme lista repassada pela BM à reportagem do DM, receberam atendimento no HCC 19 pacientes. A passageira do ônibus, Patrícia Melo, teve um dos membros superior amputado e foi encaminhada para o Hospital São Vicente de Paulo em Passo Fundo. Até o fechamento desta edição, três pacientes que não tiveram seus nomes revelados haviam recebido alta, os demais pacientes que deram entrada no HCC continuavam recebendo atendimento e realizando exames de avaliação. Ainda na noite de ontem (30), um dos diretores da Empresa Hélios, Moises Santos, esteve no HCC e reve-
Feridos
Lista de pacientes encaminhados para o HCC e Hospital Notre Dame Julia Biliart em Não-Me-Toque repassada pela BM à reportagem do DM. Mateus dos Santos da Silva; Alexandre Weitzke; Rafael Napp Medino; Jonatas de Oliveira; Joceli da silva Almeida; Antonio Siqueira; Andrieli Bender; Mateus dos Santos Silva; Rodrigo Bender; Fernanda Melo; João Augusto Salvadori Jr.; Patricia Melo (transferida ao HSVP); Cristiane Wurzius; Ricardo Dill; Luana Gomes; Milton Mann; Eliandro Sturmann; Kelvin Renner; Juliano Scherer; Irma Bueno; Luis Duarte; Rogério Santos; Gilberto Ribeiro; Juliano Alberto Bandeira e Gabriel da Silva Oliveira.
região Diário da Manhã
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Sexta-feira 31.10.2014
Passo Fundo Erechim Carazinho
Novidade no RS, Lagoa Vermelha terá 1ª agroindústria comunitária
O empreendimento vai atender cerca de 30 famílias de produtores familiares redação diario da manhã conexao@diariodamanha.net
Destacando como novidade no Rio Grande do Sul, o prefeito de Lagoa Vermelha, Getúlio Cerioli, assinou nessa semana a autorização para abertura de licitação para que seja construído um pavilhão para abrigar a agroindústria comunitária no interior do município. O empreendimento vai atender cerca de 30 famílias de produtores familiares, que vão utilizar o local para processar e fazer compotas, conservas, produtos vegetais congelados, derivados do mel, melado, entre diversas outras possibilidades de agregação de valor à produção primária. Com isso, o Executivo Municipal pretende dobrar o atendimento aos agricultores familiares e aumentar o número de agroindústrias que fazem parte da comunidade lagoense. Segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, César Farias, essa iniciativa também visa melhorar a qualidade dos produtos cultivados. “As famílias estão produzindo basicamente de forma empírica, e assim, com a agroindústria comunitária, esses produtores terão auxílio e sugestões para que chegue até a mesa do consumidor, produtos com mais qualidade”, destaca.
O investimento inicial será na ordem de R$168 mil, sendo que R$118 mil são da Consulta Popular de 2012, e o município entrará com a contrapartida de R$50 mil. A área onde será construído o pavilhão da agroindústria, que tem 1.000 m² de superfície, foi
recebida pelo Executivo em doação feita pela moradora Ana Benta Pereira Pascoal, de Capão do Cedro. Para as famílias beneficiadas e que utilizarão o espaço, os custos serão apenas com energia elétrica e hidráulica, ainda a serem definidos os valores.
Benefício para os produtores Entre os objetivos do investimento está o de evitar o êxodo rural, incentivar a diversificação de culturas e das propriedades rurais, estimular a agricultura familiar, através da melhoria da renda dos agricultores, tendo em vista que Capão do Cedro é a localidade com a menor renda per capta do município. A escolha do local levou em conta, também, o potencial de matéria prima na região, o suprimento de água potável e de boa qualidade, o fornecimento suficiente de energia elétrica, a disponibilidade de mão de obra, incluindo pessoal técnico, a ausência de contaminantes de qualquer espécie nos arredores, e ainda a infraestrutura logística, como estradas em condições de uso e de fácil acesso. De acordo com o secretário, o espaço serve como incentivo para que as famílias prossigam com as atividades. “Estamos incentivando a
agroindústria, principalmente a parte de laticínios, embutidos e panifícios. O custo seria muito grande para cada família se fosse criado um meio de produção para cada área, além da questão ambiental. Assim, estaremos em um local somente, com as famílias, licenciando e oferecendo as condições necessárias para a produção”, salienta Farias. A licitação será aberta até o mês de dezembro, segundo o secretário. Após, com a empresa licitada, pretende-se que até a metade de 2015 a obra esteja concluída e os produtores atuando. “É um benefício para toda região. Certamente essa primeira agroindústria comunitária tem tudo para dar certo, pois é um projeto que está sendo bem orquestrado e irá agregar valor para os produtores da região”, conclui o secretário.
Trigo - Volume represado de outras safras reduz capacidade de armazenamento Com cerca de 300 mil toneladas de trigo da safra anterior ainda estocada no Estado, o avanço da colheita do cereal começa a gerar preocupação tanto para produtores quanto para armazenadores. “Por mais que a safra deste ano não atinja o potencial esperado, o estoque do ano passado represado diminui a capacidade dos armazenadores. É mais um problema que produtores, cooperativas e cerealistas precisarão solucionar”, destacou o presidente da comissão do Trigo da Farsul, Hamilton Jardim. As condições adversas que prejudicaram o plantio seguiram afetando negativamente a cultura ao longo de todo o ciclo, atrapalhando o manejo. Com isso, Jardim acredita que deva haver alguma dificuldade para separar o cereal de qualidade do de baixa qualidade em algumas regiões do estado.
Forte parceria do Sindicato Rural com o Senar O Sindicato Rural de Carazinho, ao longo do ano, realizou diversos cursos em parceria com o Senar. No mês de outubro o Senar foi apoiador da EXPOCARAZINHO e ofereceu oficinas de irrigação e do código ambiental durante a feira. Também foram proporcionados os cursos de Operação e manutenção de Motoserras, Aplicação Correta e segura de Agrotóxicos, Pulverizador Manual Costal e Pulverizador Motorizado à Escola estadual de Educação Profissional de Carazinho – Eeprocar.
Alunos da Eeprocar em aula prática Presidente
Vice-Presidente
Janesca Maria Martins Pinto
Diretor Executivo
Ilânia Pretto Martins Pinto
Rogel Mello
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Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência,917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
estado Diário da Manhã
Inicia o plantio da soja no RS Previsão é que, nesta safra, sejam cultivados 5,125 milhões de hectares Foto Arquivo dm
As primeiras lavouras de soja da safra 2014/2015 começaram a ser plantadas no Rio Grande do Sul, nas regiões Norte e Noroeste do Estado. Conforme informações divulgadas nesta quinta-feira (30) pela Emater/RS-Ascar, já foram semeados cerca de 70 mil hectares, o que representa pouco mais de 1% da área total prevista para esta safra, que é de 5,125 milhões de hectares. No ano passado, nesta mesma época do ano, o plantio já atingia 10%. O atraso na implantação das lavouras de soja se deve às condições desfavoráveis verificadas até meados deste mês, quando o excesso de umidade impossibilitou os trabalhos prévios à semeadura, como a dessecação de pastagens e de outras coberturas verdes. Com a melhora das condições, os produtores deverão acelerar o processo nas próximas semanas.
No ano passado, nesta mesma época do ano, o plantio já atingia 10%
Milho
As lavouras de milho apresentam excelente desenvolvimento, segundo a Emater, mesmo sem a ocorrência de chuvas no período. Com a diminuição da umidade do solo, alguns produtores se viram obrigados a parar a aplicação de herbicidas e de adubação nitrogenada em cobertura, sendo que áreas implantadas sob pivô já estão sendo irrigadas. Em áreas do Norte do Estado, próximas à fronteira com Santa Catarina, há relatos de deficiência hídrica, motivada pela pouca chuva ocorrida nos últimos 15 dias. Nestas áreas, em consequência das temperaturas altas ao final do dia, a cultura apresenta a ponta das folhas murchas pela perda de turgidez. Pequenos focos de diabrótica e lagarta do cartucho também são relatados. O plantio do milho evoluiu de forma satisfatória no Estado, atingindo 70% do previsto.
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E mais...
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PF faz operação para coibir fraudes no INSS A Polícia Federal no Rio Grande do Sul prendeu ontem (30) advogados, contadores e despachantes suspeitos de participar de uma organização criminosa que fraudava o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Ministério do Trabalho. Os agentes da Operação Mendax, que em latim significa mentira, cumpriram 38 mandados – seis de prisão preventiva, 20 de busca e apreensão e 12 de condução coercitiva. A operação foi desencadeada nas cidades gauchas de Santa Maria, São Martinho da Serra, Viamão, Cidreira, Osório e Porto Alegre. De acordo com a Polícia Federal, os suspeitos captavam pessoas e usavam os documentos delas para inserir dados falsos nos sistemas da Previdência Social, por meio do cadastro
Passo Fundo Erechim Carazinho
de empresas fictícias. Com isso, segundo as investigações, eram registrados vínculos empregatícios falsos em carteiras de trabalho e, posteriormente, inseridos no sistema da Previdência. Após a inclusão dos dados, os criminosos requisitavam benefícios como auxíliodoença e aposentadoria por tempo de contribuição. Ainda de acordo com a PF, foram alvo da operação residências de beneficiários falsos, escritórios contábeis e advocatícios, além de postos do INSS, pois havia a suspeita de participação de servidores no esquema. A operação, segundo a PF, teve a participação de 120 policiais federais, 22 servidores do INSS e o apoio do Ministério da Previdência e da Brigada Militar gaúcha.
esporte Diário da Manhã
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Passo Fundo Erechim Carazinho
Grêmio treina sob chuva FOTO LUCAS UEBEL/ DIVULGAÇÃO
Atividade ocorreu no Estádio Olímpico Na tarde de ontem (30), o grupo de atletas voltou a trabalhar no estádio Olímpico projetando o confronto de sábado diante do Vitória na Arena, válido pela 32ª rodada do Brasileirão. Com portões fechados à imprensa e torcida, o técnico Luiz Felipe Scolari segue na definição da equipe para a partida que pode recolocar o Grêmio entre os quatro primeiros colocados na competição.
Enquanto o treinamento era desenvolvido no gramado principal do Olímpico, os zagueiros Rhodolfo, Saimon e Lucas Costa realizavam os trabalhos de transição do departamento médico para retornar ao campo, no gramado suplementar. Quando os portões foram abertos, foi possível observar um trabalho de cruzamentos e conclusões a gol sendo executado em uma das goleiras, enquanto que na
E mais... AABB entrega prêmios nesta sexta O 4º Campeonato Esplendor Imóveis/ La Machine Peugeot de Futsal AABB 2014 irá realizar a entrega da premiação nesta sexta feira (31) nas dependências do restaurante do clube. Será servido jantar a partir das 20h30min. Na modalidade Masculino Livre, serão premiados Stop Dog/ Berardi Engenharia (campeão), Esplendore Imóveis (vice) e Qualy Print (terceiro), tendo como artilheiro Diego Bueno Ortiz (Esplendore) e goleiro menos vazado Lucas Confortin (Stop Dog/ Bernardi Engenharia). O Trofeu Disciplina vai para Tekembreck.Na modalidade feminina o título vai para Sociedade Esportiva Futebol Ernestina/ SEFE, ficando como vice o Impacto Montreal e em terceiro o Alpha Ótica Fischer. A goleadora do campeonato foi Cristiane Britto (Garra FC), a goleira menos vazada foi Elisiane (SEFE) e o Troféu Disciplina vai para Impacto Montreal.
REVOGAÇÃO DE LICITAÇÃO TOMADA DE PREÇOS Nº002/2014 A Câmara Municipal de Vereadores de Erechim-RS, em conformidade com a Lei Federal n.º 8.666/93 e suas alterações, no uso de suas atribuições legais torna público para conhecimento dos interessados que a licitação Tomada de Preços nº 002/2014, com objetivo a aquisição de um veículo novo, FOI REVOGADA por ato da Mesa Diretora. Erechim, 29 de outubro de 2014. Vereador SÉRGIO ALVES BENTO Presidente
goleira oposta, alguns atletas afinavam a pontaria em cobranças de falta. Até o dia da partida o técnico gremista definirá o time ideal para encarar os baianos, sabendo que não poderá contar com Zé Roberto, Riveros e Alán Ruiz, todos suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Nesta sexta-feira, véspera do confronto, os jogadores voltam a treinar no estádio Olímpico, às 16h.
Felipão estuda alternativas para substituir suspensos
Abel comanda coletivo do Inter Escalação titular é a mesma que venceu o Bahia O time colorado realizou mais um ensaio, na quintafeira (30), no Centro de Treinamentos do Parque Gigante. Este foi o terceiro treino dentro da preparação visando ao confronto de domingo (2/11), diante do Santos, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na atividade desta quintafeira, o técnico Abel Braga orientou a equipe em treinamento coletivo no gramado do CT. O time titular venceu pelo placar de 1 a 0, com belo gol de letra marcado por Nilmar. Também foi dada atenção especial às jogadas de bola parada, tanta em cobranças de falta como de escanteio. Para o desafio na Vila Belmiro, o Colorado não poderá contar com o meia Alex, com
FOTO ALEXANDRE LOPS/ DIVULGAÇÃO
Tendência é que Abel Braga repita o time titular do Inter contusão no tornozelo esquerdo. Assim, a equipe titular trabalhou com a seguinte formação: Alisson; Cláudio Winck, Ernando, Alan Costa e Fabrício; Willians, Charles Aránguiz, Jorge Henrique, D’Alessandro e Alan Patrick; Nilmar. Durante a atividade, o técnico ainda testou a en-
trada de Rafael Moura no lugar de Jorge Henrique. O grupo colorado tem mais dois treinamentos marcados antes de viajar para o Litoral Paulista: nesta sexta-feira, às 10h, e no sábado, às 9h. Logo após o último ensaio, a delegação embarca para São Paulo.
Portuguesa estuda demolir estádio Recém rebaixado para a Série C do Brasileirão, clube paulista pode dar fim ao Canindé A crise assolou a Portuguesa. O Clube paulista, que no ano passado disputou a Série A do Brasileirão, obteve o rebaixamento para a Série C. Como vem obtendo prejuízos, a direção estuda a possibilidade de demolir o Estádio do Canindé, tradicional em São Paulo. Para deixar o estado de “pré-falência”, como definiu Marco Antônio Teixeira Duarte, presidente do Conselho Deliberativo, o clube procura um parceiro interessado em arcar com os custos da reconstrução do estádio, transformando-o em um espaço lucrativo. “Estamos analisando esse projeto. Queremos criar um complexo maravilhoso, nos moldes da arena do Palmeiras, mas dez mil vezes melhor”, afirmou o dirigente. As dívidas da Portuguesa giram em torno dos R$ 100 milhões,
FOTO DIVULGAÇÃO
Estádio do Canindé pode ser destruído e a negociação poderia ser uma saída para a arrecadação de renda.
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DIÁRIO DA MANHÃ -
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Impresso ou digital, o porta-voz da região
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2 - DIÁRIO DA MANHÃ
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Jornal de Carazinho fundado em 1980 foi o segundo empreendimento do Grupo na região Norte do RS
HISTÓRIA
Grupo Diário da Manhã completa 80 anos em 2015
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undado em 1935 por Túlio Fontoura, o jornal Diário da Manhã de Passo Fundo, pioneiro do grupo, se expandiu se transformando em um importante complexo de comunicação por conta de sucessivos investimentos em equipamentos e qualificação profissional. Hoje, a Rede de Jornais e Rádios Diário da Manhã está presente em três grandes regiões do Estado. A região do Planalto Médio está inserida na área de cobertura de três veículos do grupo: o Jornal Diário da Manhã de Passo Fundo, a Diário AM-570 e a Diário FM. As regiões do Alto Jacuí e Produção contam com a cobertura do Jornal Diário da Manhã de Carazinho e da Rádio Diário AM780. No Alto Uruguai, a Rede está presente com o Jornal Diário da Manhã de Erechim. Além dos seis veículos sediados em Passo Fundo, Carazinho e Erechim, o grupo ainda conta com o jornal on-line no sitewww.diariodamanha.com. Os três jornais da Rede são impressos em um moderno Parque Gráfico próprio, localizado em Passo Fundo. Fundado em 1980, por Dyógenes Martins Pinto, o Diário da Manhã de Carazinho foi o primeiro jornal diário da região do Alto Jacuí. Com circulação regional, o jornal chega diariamente a dezenas de milhares de leitores. O primeiro exemplar circulou no dia 12 de outubro de 1980. Capa do jornal Diár io da Manhã nos di de ã nh Ma da o ári Di l as de hoje na Jor O primeiro exemplar do 80 19 de ro tub ou de 12 Carazinho circulou no dia
Jornal: séculos de história
O
alemão Johanes Gutenberg foi quem deu o empurrão inicial para o jornalismo impresso, com a sua criação no século XV da prensa de tipos móveis, quando passou a funcionar produzindo material gráfico religioso. Somente no início do século XVI, as primeiras folhas noticiosas apareceram na Europa, utilizando a prensa, agora, para produzir informação. Estas relacionavam-se a acontecimentos particulares e não tinham edições subsequentes. Só na segunda metade do século que elas começaram a ser periódicas e no século XVII surgiram os primeiros jornais e revistas. No Brasil teve seu primeiro jornal impresso no ano de 1808, atrasado por motivos de política e economia. Completando 202 anos, teve sua primeira edição da Gazeta do Rio de Janeiro, tendo somente uma publicação oficial da Corte, proibido anteriormente qualquer forma de publicação impressa aos brasileiros. Observando que o jornal na verdade era apenas uma forma de divulgação de avisos e notícias sem muita importância, a Corte então decidiu divulgar o que se passava na Europa para o povo.
FUNDADOR Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) PRESIDENTE-EMÉRITO Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto Diretor Executivo Rogel Mello
Primeiro jornal a circular no Brasil, em 1808
Caderno Especial Edição: Nadja Hartmann (DRT: 6416) Diagramação: Marcelo Lange Reportagens: Alessandro Tavares, Gabriela Bellé, Mayara Dalla Libera, Rodolfo Sgorla da Silva, Sérgio Cornélio, Mara Steffens Nogueira Supervisão Geral: Jussara Sirena www.facebook.com/diariodamanha
@jornal_dm
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LEITORES
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DIÁRIO DA MANHÃ -
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Lideranças de diferentes áreas avaliam as funções do jornal impresso, destacando o papel do DM como fomentador do desenvolvimento, através de um trabalho ético e de credibilidade
DM é o porta-voz das comunidades
o dia 21 de outubro foi realizado um happy hour no DM, que contou com a participação da gerente do SEST SENAT, Juliana Schmitz; o diretor da UPF Campus Carazinho, Hélio Büllau; o engenheiro civil, Carlos Alberto Maran; o presidente da Fundação Desportiva e Cultural de Carazinho (Fundescar), Gilberto Augusto Kamphorst; os jornalistas Sérgio Cornélio, Nadja Hartmann e a diretora do Grupo Diário da Manhã de Carazinho, Jussara Alberton Sirena. O debate teve como tema central o futuro do jornal impresso e sua relação com as novas tecnologias midiáticas. Os convidados também falaram do que mais gostam de ler nas edições e como vêem o Jornal Diário da Manhã, diante de todos os desafios tecnológicos e editorais, além de ser um canal, o portavoz das comunidades em suas reivindicações. Principalmente nos últimos três anos, Juliana Schmitz aumentou sua parcela de leitura do DM. “Eu confesso que não leio o jornal todo dia, por causa dos compromissos, mas quando não consigo pelo meio impresso, mais tarde, acompanho através do site. Mas o site não tem todo jornal. Ele traz
Leitores e jornalistas debatem o papel do Diário da Manhã e do jornalismo regional algumas colunas, reportagens principais”, revela. “O meio que mais acesso informações é através do telefone celular, acompanhando também as notícias, através do Facebook do DM e outras redes sociais, onde me sinto informada”, completa. A gerente do SEST SENAT considera o DM um jornal muito ético. “Ele me passa muita segurança, no sentido de que se precisar falar alguma verdade, isso será feito da me-
“
Se o Diário diz que determinado assunto é assim, eu tenho certeza que é dessa forma, pela sua credibilidade.
”
Juliana Schmitz
lhor forma possível. Também percebo inovações no jornal impresso, em sua apresentação e conteúdos. Bem cedo da manhã também acesso o site do Diário da Manhã, entre outros, mas não consigo criar a rotina de ler somente pelo meio físico”, explica. Juliana ressalta que o DM é um dos únicos meios de comunicação, que tem como fonte de informação fidedigna. “Se o Diário diz que determinado assunto é assim, eu tenho certeza que é dessa forma, pela sua credibilidade. Se outro jornal publica, eu não sei se realmente a informação é verdadeira ou apenas para atender a interesses de alguém. As colunas de opinião são muito importantes, para a comunidade ter acesso a informações e poder avaliar melhor determinados assuntos que muitas vezes não tem o devido conhecimento. São nessas pimentinhas a forma de a comunidade perceber que algo está acontecendo. Se não fosse por este meio, dificilmente ficariam sabendo de muitos assuntos. Essa é uma marca registrada do jornal”, elogia Juliana. “Isso estimula associações, sindicatos, entidades e lideranças a buscarem melhorias e a solução das questões”, conclui.
4 - DIÁRIO DA MANHÃ
LEITORES
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Essência local deve prevalecer
“A
minha relação com o jornal é a mesma com o rádio. Existem os mundos micro e macro. O único jeito de eu saber sobre Carazinho é através desses meios. O jornal físico eu leio diariamente, de manhã ou à noite. Se não ler jornal e não ouvir rádio local, você nada sabe. Você sabe do mundo, do país (macro), em outros meios, mas não sobre Carazinho e região”, afirma Carlos Alberto Maran. O engenheiro acredita, que pela sua importante função, não acaba o meio físico, mesmo com a expansão das mídias virtuais. “O rádio é eterno para o mundo micro; o
jornal no meio físico também é eterno, nesse formato de papel, apesar da utilização de outros meios, das redes sociais. Eu acesso bastante o Facebook, que também é necessário”, salienta. Maran gosta das variações de editorias, em dias alternados. “Eu amo ler classificados em jornal, mesmo que às vezes não vá comprar nada, mas para saber o que estão vendendo ou comprando, as pessoas ainda procuram muito esses serviços. Eu acho importante o jornal não perder sua essência local, não adianta espraiar muito”, indica. “Nós queremos saber principalmente das notícias de Carazinho e municípios do seu entorno. Quem viaja, se ausenta bastante da cidade, quer
Carlos Alberto Maran
“ ”
Se não ler jornal e não ouvir rádio local, você nada sabe
saber de notícias de sua terra e isso é possível através do jornal e do rádio. Eu gostava muito da coluna “Última Página”, achava ótima, estava viciado naquele formato”, complementa. Para Maran a existência do DM é fundamental para saber o que acontece na cidade. “A gente não tem como espraiar pela rede social, para que se aconteça alguma coisa, da mesma forma como é feita através do jornal. Sempre me interessa o micro, pois a questão do macro a gente procura na internet ou em outros meios. O jornal tem que manter o Conexão, ter páginas de Mundo, Estado e país, mas deve se apegar com mais intensidade nas questões locais, isso é o que mais me interessa em ler no jornal. No-
tícias regionais, mas bastante local. Eu não tenho com saber o que acontece no Beco da Cuiabá, se eu não ler no jornal ou escutar na rádio”, enfatiza. “A demolição do prédio que poderia ser a casa da cultura (no antigo frigorífico), se não tivesse o jornal local, não saberíamos”, exemplifica. O engenheiro também ressalta o trabalho de qualidade envolvendo a Expodireto. “Uma vez o DM publicou duas páginas sobre o Aquífero Guarani, me telefonaram de Porto Alegre, depois fiz palestra em Palmeira das Missões, em várias cidades, sobre esse assunto. Isso mostra que os assuntos repercutem quando bem trabalhadas no jornal. O Diário sempre cumpriu bem o seu papel”, elogia.
A credibilidade das fontes do jornal impresso O
diretor da UPF Campus Carazinho, Hélio Büllau tem uma relação mais esporádica com a mídia impressa, em função dos horários. “Ás vezes, cedo da manhã tenho que estar na estrada e aí como não há uma regularidade no horário, entra a importância do acesso eletrônico, que permite em qualquer local, a qualquer hora. Às vezes eu leio todas as páginas, pelo meio digital, através do notebook, acompanhando as notícias online. Esse tipo de consumidor hoje em dia é cada vez mais frequente, que não tem mais uma rotina fixa em sua jornada de trabalho”, avalia. Büllau recebe o jornal em casa, mas nem sempre consegue ler, pois normalmente sai
antes mesmo de ele chegar. Acompanha mais tarde, também através do smartphone, mas entende que nunca vai deixar de existir o jornal impresso, porém sua disponibilidade deverá estar em outras mídias também, como já ocorre. “Eu acesso os links do Facebook quase todos os dias, à noite, antes de dormir. Eu sou bastante digital, para mim esse acesso é muito fácil, mas ainda há uma geração que prefere o jornal no meio físico, no papel e há todo um ritual em torno disso”, pondera. O diretor da UPF frisa que em qualquer tipo de informação, a fonte é fundamental. “Infelizmente, estou percebendo uma vulgarização de algumas informações. As redes sociais
Hélio Büllau
“ ”
A construção da credibilidade é de longo tempo, não vem da noite para o dia
têm causado esse problema. As eleições foram um exemplo disso. Circularam muitas informações sem pé nem cabeça e tem gente que ainda compartilha. Está havendo uma perda de credibilidade das fontes, o que não ocorre no jornal impresso”, argumenta. “Quando a fonte é fidedigna, mesmo sendo digital, a gente confia, acredita. É o nome conquistado ao longo de uma história, a construção da credibilidade é de longo tempo, não vem da noite para o dia”, assegura. Na percepção de Büllau um jornal local tem que ter muita notícia da cidade, com ênfase nas editorias de educação, saúde, polícia, social, esportes, economia e política.
“O formato das notícias hoje deve ser menor, em pequenas notas, porque as pessoas não têm tanto tempo, mas elas valorizam as reportagens de peso. Se não for possível diariamente, pelo menos duas ou três vezes na semana, deve existir uma reportagem especial, com temas mais aprofundados, seja investigativa, resgate histórico, perspectivas, tipo trabalho de revista, isso dá substância e credibilidade a um jornal”, indica. “E precisa também um ingrediente que eu chamo de ‘pimentinha’, que são as colunas mais críticas, como a de Nadja Hartmann, que tem a provocação, o estímulo ao debate. O jornal cria uma base de leitores. As pessoas gostam de se ver no jornal, suas imagens, opiniões”, ressalta.
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LEITORES
DIÁRIO DA MANHÃ -
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DM dá credibilidade à informação
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ara o presidente da Fundescar, Gilberto Augusto Kamphorst, que já foi colaborador do DM, um dos setores mais acessados na história DM Carazinho, foi a coluna ‘Última Página’. “Na época em que atuei na redação, recebia telefonemas, pessoas passando informações para esse espaço que era quente. Hoje como leitor, eu sinto ausência desta coluna. Autoridades nos telefonavam, pessoas da comunidade e também anônimos. Alguns leitores procuravam primeiramente a coluna, do que a própria capa do jornal, para ver as manchetes”, recorda. Kamphorst é um leitor assíduo do jornal impresso. “Às 6h30min da manhã normalmente o jornal chega a minha casa. É um hábito que cultivo desde o início do DM. Eu acordo, levanto e logo me debruço nele. Durante o dia acompanho mais pelo Facebook do DM as notícias da cidade e região”, afirma. Kamphorst destaca ainda, que as pessoas gostam de ver suas entrevistas e fotos publicadas no jornal, que guardam inclusive como um documento ou por simples recordação. “A
“
É um hábito que cultivo desde o início do DM. Eu acordo, levanto e logo me debruço nele
mídia virtual a gente olha e passa. O meio físico não, este permanece. Também percebo que ao longo dos anos, o jornal vai sempre se qualificando, evoluindo em diversos aspectos e destaco o espaço local como importantíssimo.
”
Gilberto Augusto Kamphorst
Não adianta saber o que acontece no mundo, se não souber o que está acontecendo na cidade e o DM dá credibilidade à informação”, opina. O presidente da Fundescar entende, que se Carazinho não tivesse seu
jornal Diário, não saberia dimensionar o prejuízo que isso representaria para a comunidade, “pois o DM está imbuído em todos os segmentos e esferas, nas famílias. Isso proporcionaria um retrocesso até mesmo no desenvolvimento, pois o Jornal cumpre papel fundamental de incentivo em diversas áreas. Seria um prejuízo que jamais iríamos recuperar. O DM sempre investiu na cidade, acompanhou as evoluções tecnológicas, mantendo sua linha editorial ética e de credibilidade”, enaltece. Em relação ao trabalho feito anualmente na cobertura da Expodireto, Kamphorst classifica como fantásticos os cadernos que são lançados. “Quem é leitor e acompanha, percebe que a cada ano esses especiais crescem mais. Também me lembro da credibilidade das pesquisas eleitorais feitas pelo DM, que sempre deram certo”, enfatiza.
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LEITORES
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Leitores assíduos do Jornal Diário da Manhã, seja no impresso, ou na internet, destacam que acompanhar o veículo é essencial para estar a par do que acontece em Carazinho e região e destacam participação da empresa jornalística nos pleitos de interesse regional
Eles não dispensam a leitura
er para se informar, para diversificar o vocabulário, para adquiri conhecimento. Há quem prefira abrir o jornal durante o café da manhã. Outros preferem fazer isto logo que chegam ao trabalho. Há quem, na correria do dia a dia, lê na tela do computador, do celular, to tablet. Não importa a forma ou o momento, o fato é que ler é um bom hábito e quando se trata de um periódico que está bem próximo da realidade em que vivemos, nos deixa ainda mais a par do que acontece ao nosso redor. Uma das primeiras coisas que Cláudio Hoffmann faz no seu dia, é ler o Jornal Diário da Manhã. O empresário e presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, diz que o hábito é antigo. “Chego na imobiliária antes das 7h e o jornal já está aqui. Faço um chimarrão e então leio o jornal, para depois encaminhar os assuntos antes que os demais chegam para o trabalho. Chego cedo justamente para ficar a par do que está acon tecendo. Durante o dia, quando o tempo permite, acompanhado as notícias nas redes sociais e no site. Mas prefiro o
Empresário Claudio Hoffmann, presidente da CDL
impresso”, informa. Envolvido com várias entidades além da atividade profissional na imobiliária e na construtora que administra, como a CDL, a Etnia Alemã e o CTG Rincão Serrano, Hoffmann diz que o jornal é uma importante ferramenta de divulgação das atividades que são realizadas nestes locais. “Além disso, também temos que ficar sabendo do que acontece em todos os setores. Por isso é muito bom ler jornal. Ele nos informa das coisas boas e das não tão agradáveis, mas é seu papel”, pontua. Para ele, o jornal também tem a função de representar a comunidade nos pleitos de interesse coletivo. “Mostra os problemas, fala das conquistas, independente de quem está administrando a cidade. O pessoal quer saber das coisas, ter conhecimento e o jornal faz este papel”, opina. “O Jornal Diário da Manhã me representa por ser um canal de comunicação tradicional e mesmo com a popularização da internet continua sendo importante na nossa comunidade”, acrescenta.
O envolvimento do Jornal na comunidade
O
presidente do Sindicato Rural, Leomar Tombini, busca saber do que está acontecendo sempre que possível, uma vez que a correria do dia-a-dia é intensa, porém, a edição de fim de semana ele diz ter condições de ler com mais tempo e calma. Ele possui uma assinatura e os exemplares são entregues diariamente na empresa, onde os funcionários também têm acesso à informação. “Procuro mais pelos assuntos relacionados ao agronegócio que é minha área, mas acho importante estar sabendo do que acontece perto de nós, na nossa cidade e é um plus a mais que se tem com o Jornal Diário da Manhã, porque em outros veículos mais estaduais não se tem isso, de ver as coisas mais locais”, observa, destacando que todas as pessoas
deveriam acompanhar o jornal. “Pelo menos para acompanhar nosso município porque acho importante estar bem informado, saber dos assuntos que de alguma forma influenciam nossa vida”, justifica. Outro aspecto mencionado por Tombini é a inserção do Jornal na comunidade, participando ativamente de várias questões de interesse comum. “O Jornal Diário da Manhã me representa porque noticia tudo e as pessoas ficam a par de tudo. Além disso, sinto-me mais carazinhense quando vejo o jornal participando de eventos em várias áreas, como na ExpoCarazinho, por exemplo, quando o veículo promoveu um painel dentro do evento. Não é só noticiar, mas se envolver com as questões da cidade”, finaliza.
Leomar Tombini, presidente do Sindicato Rural
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LEITORES
DIÁRIO DA MANHÃ -
Um colecionador de reportagens
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comandante do Corpo de Bombeiros de Carazinho, Tenente Lisandro Ribeiro, costuma guardar as reportagens que envolvem a corporação. Um dos motivos é que ele precisa fazer um relatório para os superiores, mas ele também tem um arquivo pessoal com material semelhante. “Nós recebemos o jornal no quartel e quando tem reportagens que nos envolvem de alguma forma recortamos e enviamos ao escalão superior. É uma norma nossa. Nós fizemos um arquivo e, portanto, lemos o jornal diariamente para fazer esta coleta e para ficar por dentro de tudo que está acontecendo em Carazinho e região”, conta. O oficial observa que existe uma parceria boa entre o veículo de comunicação e a corporação. “O jornal sempre nos dá um respaldo, divulgando o trabalho que fizemos, as aquisições para o Corpo de Bombeiros, as melhorias que estamos fazendo, e sempre que somos chamados
para contribuir para uma reportagem estamos a disposição. Acho que o jornal é um elo dos Bombeiros com a comunidade”, pondera.
Liderança inquestionável
O
Jocélio Cunha, presidente da ACIC
Colunistas estão entre as preferências
O
Tenente Lisandro Ribeiro, comandante do Corpo de Bombeiros
contador e advogado Jocélio Cunha, presidente da Associação Comercial, acompanha tudo que ocorre através da página do Jornal no Facebook, mas não dispensa a leitura do impresso. “Ali a gente vai se inteirando das coisas à medida que elas ocorrem, mas a leitura do Diário da Manhã se dá no papel logo pela manhã, especialmente os assuntos que mais chamam atenção, uma vez que temos que absorver uma série de informações e por isso não temos muito tempo. Consigo fazer isso diariamente porque a informação é subsídio para a gente”, analisa. Para Cunha, o Jornal Diário da Manhã representa-o “uma vez que a linha editorial é interesse e pela tradição que o veículo tem na cidade até pela sua liderança inquestionável”.
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empresário Paulo Zanferrari, sócio proprietário dos Supermercados Economia, não deixa de ler o Jornal Diário da Manhã todos os dias. “Leio no papel, a maneira mais tradicional. Na internet acompanho quando não estou na cidade, quando estou viajando, mas quando estou na cidade, leio Paulo Zanferrari, sócio proprietário todos os dias, espedos Supermercados Economia cialmente os assuntos que mais me interessam. Também pre gosto de observar”, destaca. gosto dos textos dos colunistas, como Zanferrari menciona que o Jornal a Nadja Hartmann e o Alessandro TaDiário da Manhã o representa “por vares. Também tem o caderno Conerealizar um trabalho sério, que é feixão que traz assuntos mais regionais, to na nossa cidade, é uma empresa noticias de outras cidades, sem falar que gera empregos em Carazinho e nos anúncios imobiliários que semfortalece nosso município”.
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Mais que um Grupo de Comunicação, o Diário da Manhã se coloca como porta voz da comunidade onde está inserido, produzindo conteúdo com credibilidade e responsabilidade, nas mais diversas plataformas, chegando ao público leitor através do papel, portal, tablet, celular...
O JORNAL
N
O porta voz da região
ão é de hoje que há rumores do fim do jornalismo impresso. Ao passo que novas mídias e plataformas surgem, dizem que o saudosismo de quem pega o papel todas as manhãs vai ter fim. Diante dos repetidos discursos do ‘fim do jornal’, meios de comunicação de todo o mundo se reinventam, dia a dia, apostando na sua maior arma: a produção de conteúdo sério, com credibilidade e confiabilidade, em uma época de avalanche de informações. Afinal, o que significa pegar seu periódico hoje durante o café da manhã? O que ele representa para a sua comunidade? Você assina apenas um jornal? Ou você prefere ler através de portais de notícias ou aplicativos no seu smartphone ou tablet? A diretora do grupo Diário da Manhã, Jussara Alberton Sirena, destaca que a participação efetiva do Jornal Diário da Manhã em todos os grandes eventos regionais, tornou-o uma marca imprescindível para a região, onde a comunidade pode se ver. “O Jornal Diário da Manhã transpõe a sua missão que é de relatar, informar e fazer a cobertura de eventos. Assumimos também um papel de agente promotor de discussões e reflexões”, argumenta, enfatizando que eventos como o Fórum do Jovem Cooperativista, que acontece durante a Expodireto Cotrijal, promovido pelo Grupo Diário da Manhã e Cotrijal, o painel realizado durante a 3ª ExpoCarazinho, em parceria com o Sindicato Rural, que discutiu os modais de transporte do agronegócio, colocam a marca DM como protagonista da notícia. “Como produtor de informação e agente, nesses 34 anos, nos solidificamos como a cara da região. É importantíssimo nos colocarmos aptos para promover discussões, apontar caminhos e soluções”.
Conteúdo em plataformas digitais podem ser acessados pelos leitores em qualquer lugar
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DIÁRIO DA MANHÃ -
em todas as plataformas
“Um jornal não pode parar no tempo” A diretora do DM Carazinho Jussara expõe que o Jornal Diário da Manhã pode ser visto como um porta voz da região, onde o empresário, comerciante, dona de casa, estudante, idoso ou jovem, pode se ver e se sentir representado. “A produção de conteúdo em caráter local é fundamental. É a chance da população de Não-Me-Toque, Carazinho, Victor Graeff, Santo Antônio do Planalto, Tapera, entre outros, ver suas ações divulgadas e valorizadas. Não podemos abrir mão desse conceito, nos orgulhamos de ser um jornal que representa essa região e a informação local e regional sempre tem prioridade”, pontua. Mas um órgão de imprensa com o caráter local e regional não pode parar no tempo. A diretora menciona que “a cada tecnologia que surge no mercado, o Jornal Diário da Manhã vem investindo. Estamos nos atualizando, nos modernizando, se analisarmos a cara do jornal, que está de layout novo, e o conteúdo que está cada vez mais atual, é uma prova de que queremos estar sempre um passo à frente, para levar o que há de mais novo e moderno para nossos leitores”, indica.
Diretora do grupo Diário da Manhã, Jussara Alberton Sirena
“
Estamos nos atualizando, nos modernizando, se analisarmos a cara do jornal, que está de layout novo, e o conteúdo que está cada vez mais atual, é uma prova de que queremos estar sempre um passo à frente, para levar o que há de mais novo e moderno para nossos leitores
”
Ela conclui dizendo que o Jornal Diário da Manhã está atento ao que está acontecendo nas áreas de política, econômica, agronegócio, com uma participação efetiva na comunidade, como um grande Grupo de Comunicação atual e atento. “Nesse ano, tivemos um carinho especial com a política, por ser um ano eleitoral. Promovemos fóruns setoriais, convocando autoridades e lideranças regionais para debater quais são as deficiências e onde precisa ser investido, a partir daí, formulamos uma carta da região que será entregue ao governador eleito. Destaco também a cobertura do pleito, realizada com muita atenção e cuidado por uma equipe de alto gabarito, onde fizemos edições especiais, para levar a informação com credibilidade e atualizada”, enfatizou. Ela ressalta, ainda, a realização do Galpão Crioulo, durante a semana farroupilha, quando o Grupo foi premiado pela segunda vez. “Assumimos uma postura de crítica ao que está errada, mas de maneira construtiva. Não se quer destruir, ao contrário, quer se contribuir para que a região prospere cada vez mais”, concluiu.
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O JORNAL
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O DM ao alcance da sua mão
O
Jornal Diário da Manhã está se tornando mais do que um jornal impresso, transformando-se em uma empresa produtora de conteúdo jornalístico nas mais diferentes plataformas. O diretor executivo do Grupo Diário da Manhã, Rogel Mello, destaca essa iniciativa. “Tu pode ler o jornal no meio físico papel, no tablet, smartphone e no computador , além de acessar conteúdo no site do grupo o “diariodamanha.com” e no site das rádios, assim como nas redes sociais facebook, instagram e twitter, também geramos conteúdo em três anuários especiais ao longo do ano no segmento da Educação, Saúde e Agronegócio”, pontuou. Ele confirma que a comunicação digital é uma realidade e uma necessidade, visto que o Jornal precisa atingir diferentes públicos. “Precisamos comunicar e produzir conteúdo nas diferentes plataformas, seja internet ou no meio tradicional. O modelo de consumo da notícia, informação que antes era feito em poucas plataformas hoje se ampliou, existem outros meios e nós como imprensa – veículo de comunicação – precisamos buscar esse público e criar sintonia com o tradicional”, expôs.
O portal “diariodamanha.com” recebe mais de 111.605 visualizações de páginas por mês, sendo 5.200 acessos mensais da cidade de Carazinho. Somando as curtidas no Facebook de Passo Fundo e Carazinho, ultrapassa 40 mil pessoas que recebem informações diárias em seus perfis. O Grupo também possui Twitter e Instagram, sendo que o público alvo está na faixa etária de 25 e 34 anos.
Modelo de consumo da notícia: informação que antes era feita em poucas plataformas hoje se ampliou
Nesse ano de 2014, o portal “diariodamanha.com” passou por uma reformulação, quando, segundo o diretor executivo, foi levado em conta, principalmente, a facilidade de acesso e o regionalismo do conteúdo. “Acredito que o regionalismo dos conteúdos veiculados em redes sociais, portal e aplicativos fortalece o papel do grupo Diário da Manhã em sua área de atuação, aproximando o leitor da notícia. Estamos atingindo públicos que talvez não tenham contato com o meio jornal, assim socializamos a notícia, e muitas vezes criamos a necessidade do
Diretor executivo do Grupo Diário da Manhã, Rogel Mello
internauta buscar mais informação no tradicional”, citou. Mello salientou que existe uma preocupação com as diferentes características da informação no papel, na tela do computador, na tela do tablet ou tela do computador. “A forma de consumir é diferente. Mas acredito que o consumo no tablet e smartphone em alguns momentos são muito próximas assim como o tablet X computador ou note... o que precisamos saber é para qual público será en-
tregue”, completou. O diretor executivo conclui dizendo que o público do Jornal Diário da Manhã está se renovando, fidelizando as novas gerações, devido também às novas plataformas. “Não somente por conta dessas plataformas. Hoje, o Jornal Diário da Manhã tem uma tradição de mais de sete décadas de jornalismo e construiu uma credibilidade acompanhando vários momentos e transformações da história do século passado e desse século, e a maior credibilidade em notícia e informação na internet ainda é dos veículos tradicionais, pois a notícia sempre precisa da chancela de um veículo do meio tradicional”, finalizou.
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DIÁRIO DA MANHÃ -
Evento promovido pela ANJ busca um reposicionamento dos veículos para se adequar a novas demandas
O JORNAL
O futuro dos jornais em debate
A temática de que os jornais impressos irão acabar é tratada em reuniões especializadas do setor e dentro das universidades. O assunto também já pautou a Associação Nacional de Jornais (ANJ), que neste ano, no 10° Congresso Brasileiro de Jornais, buscou reverter o quadro. O fato é que os jornais tiveram uma diminuição em receita vinda de anúncios publicitários e número de leitores. Porém, a ANJ busca um reposicionamento e uma reação ao quadro de diminuição dos jornais impressos. Com a ideia “ruptura, inovação e avanço”, o 10° Congresso, realizado em agosto deste ano, firmou a iniciativa de uma nova postura dos veículos frente às demandas de leitores e da publicidade. Uma das ações implantadas pela entidade é um novo formato de avaliar o real alcance do noticiário. A ANJ defende substituir a contagem de exemplares por uma contabilização da audiência que una o impresso e o digital. Segundo a associação, isso possibilitaria a comparação do jornal com revista, TV e rádio. De acordo com a ANJ, os jornais também estão se unindo para buscar uma forma de facilitar a vida dos publicitários e busca um impulso para a venda de espaços comerciais em seus sites. Outra ideia lançada é o Marketplace de Jornais. O mecanismo entrará no ar apenas no início de 2015 e servirá como um banco de dados para as agências. Informações dos veículos como perfil do leitor, tiragem e praça de atuação estarão disponibilizadas para consulta.
Credibilidade
O Congresso realizado em agosto e os representantes dos veículos reforçam uma ideia que pode ser fundamental para a manutenção do meio impresso. A credibilidade vinda do papel se estende para as outras plataformas. Essa é umas conclusões de uma pesquisa citada durante o 10° Congresso. Ainda segundo o estudo, os jornais são fonte essencial de informações e eles se mantêm fortes para fortalecer marcas. Outro levantamento citado indica que o jornal se mantém crível para seu público. 53% dos entrevistados que lêem jornais confiam no que é publicado.
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Professor universitário aponta que a veiculação de conteúdos de interesse direto para o leitor pode ser uma alternativa viável para os jornais
OPINIÃO
A
“O jornal deve oferecer informação de valor”
teoria de que um meio de comunicação “engoliria” o outro acabou não se revelando verdadeira ao longo do século XX. O jornal sobreviveu ao surgimento do rádio e o rádio encontrou o seu espaço mesmo com a popularização da TV. Porém, a rapidez da informação veiculada na internet acaba se tornando um novo desafio a ser superado pela mídia impressa, em especial o jornal. Reinventar seu formato talvez seja uma das principais ideias que circula na cabeça de quem tem nas mãos a gestão de um jornal. Além disso, pesquisadores e profissionais da área não tem consenso se o impresso sobreviverá em um mundo marcado pela rapidez na informação e do leitor com pouco tempo disponível
para leitura ou se, de fato, será engolido por sites e redes sociais. Neste ano, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) lançou uma campanha ressaltando para anunciantes e leitores a credibilidade existente no meio impresso. Se por um lado existe o temor do fim do impresso, por outro, os veículos estão atentos a essa realidade e buscando formas de não sucumbir a ela. Para alguns estudiosos, a informação diferenciada, com profundidade pode ser uma saída para o meio impresso. “Esta é uma saída apontada por vários estudiosos. Mas seriam necessárias mais pesquisas para sabermos se realmente este é o caminho correto para o jornalismo impresso”, analisa o professor de Jornalismo Impresso José Antonio Meira
Professor da UFSM José Antonio Meira
“
Rapidez da informação veiculada na internet acaba se tornando um novo desafio a ser superado pela mídia impressa
”
da Rocha, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A informação disponível na internet é apontada como uma das causas na redução de leitores de jornais. “Penso que
os sites noticiosos online têm mais impacto na queda de leitura de jornais. As redes sociais, especificamente, acredito que não”, opina o professor universitário. Enquanto a grande mídia encara a queda de leitores, jornais locais têm se desenvolvido segundo Meira. “Sem dúvida, o jornalismo impresso regional e local têm crescido na América Latina. Isso contraria o movimento na Europa e América do Norte”, pontua. Para a sobrevivência do meio, o professor aponta que o conteúdo de valor para o leitor pode ser uma saída interessante. “O jornal deve oferecer serviços e informações de valor para o leitor, algo pelo qual ele pagaria de bom grado. Como seria isto, ninguém sabe, ainda. Poderia ser, por exemplo, traduzir e contextualizar, para o público, a enorme quantidade de dados de contas públicos que as prefeituras e Estados são obrigadas a colocar na rede. O leitor comum não tem tempo nem conhecimento para acessar os sites de contas públicas e verificar se seus impostos estão sendo bem aplicados. É um dos exemplos de serviços que os jornais podem explorar melhor”, finaliza Meira.
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OPINIÃO
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A frase é do professor universitário Luciano Miranda, do Departamento de Ciências da Comunicação – Cesnors, que conversou com o DM falando de temas como tendências para o jornal impresso e na forma de se levar a informação aos leitores. No mundo globalizado, Miranda também fala da importância da informação regionalizada
“ Torna-se muito mais difícil se conhecer o geral sem se conhecer profundamente o particular” um dado veículo, mas não perder de vista aquele tripé que mencionei.
os últimos anos, muito se especula em relação ao enfraquecimento ou até mesmo a extinção do jornal impresso, paralelo a esta corrente, é notório o esforço das empresas de comunicação na busca de ferramentas e formas de atrair e manter seus leitores. Nesta edição ouvimos o Professor da Universidade Federal de Santa Maria (Departamento de Ciências da Comunicação – Cesnors) Luciano Miranda, sobre a sua percepção em relação ao futuro do jornal impresso e as tendências na forma de se levar a noticia aos leitores.
DM:Em relação às tendências para o jornal impresso, como você percebe os rumores de que o jornal impresso esta fadado ao fim ou a perder espaço para outras mídias Miranda: Rumores são rumores. Mas eles se pautam sempre em algum indício na realidade. Essa resposta não pode ser absolutizada. Deve ser relativizada no tempo e no espaço. No caso do Brasil, país historicamente de poucos leitores e com declínio do número de exemplares de jornais impressos nos últimos anos, a tendência é que essa dinâmica de declínio se aprofunde, apesar de que o número de leitores, não obstante, comece aos poucos a crescer em razão de diferentes fatores. De toda sorte, esse leitor novo lerá os jornais mais em smartphones, tablets e outros dispositivos. Aliás, sobre a relativização espaço-temporal, o brasileiro médio é muito suscetível às novas tecnologias, o que facilita o empoderamento
Professor da UFSM Luciano Miranda
“ ”
As pessoas primeiramente se identificam com os fatos que acontecem em sua proximidade dessas em detrimento do suporte papel. DM: O que deve mudar e o que não deve faltar no jornalismo impresso? Miranda: Apuração, contextualização e profundidade. Pensando em termos de jornalismo de referência, é um equívoco o fato de algumas publicações impressas primarem pela superficialidade e a velocidade. Isso se encontra ao infinito na Internet e em impressos de jornalismo duvidoso. É preferível ter de alterar-se a periodicidade e o projeto editorial de
DM: No comparativo com as plataformas digitais: quais as ferramentas que publicação impressa pode usar para conseguir aprofundar os assuntos sem deixar o leitor entediado com o tamanho da redação. Miranda: Existe uma multitude de recursos, que vão se atualizando no dia-a-dia, mas posso destacar que as publicações impressas poderiam extrair benefícios ao incorporarem no suporte papel as virtudes do jornalismo de dados, da infografia e do jornalismo georreferenciado. Ademais, neste momento está sendo desenvolvido projeto de doutorado na UFRGS para editoração automática de conteúdos para jornais impressos do in-
terior brasileiro. DM: Qual sua percepção em relação ao impacto ou/ importância da informação regional trazidas nos jornais de interior, nas suas comunidades Miranda: Fundamental. Porque as pessoas primeiramente se identificam com os fatos que acontecem em sua proximidade. Torna-se muito mais difícil se conhecer o geral sem se conhecer profundamente o particular. Na literatura se diz que, tendo em conta sempre a qualidade da obra, isto é, não perdê-la de vista, “fale sobre seu rincão e será universal”. Pois bem, há que se aprofundar o jornalismo local com vistas ao resgate dessa perspectiva universalizante.
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Ler o jornal é um hábito cultural e, segundo professora universitária, o jornal impresso não perdeu sua credibilidade
OPINIÃO
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“Os suportes impressos ainda vão persistir”
ma das características do jornal impresso é apontada como uma porta de saída dos veículos para uma possível crise e para sua sobrevivência no contexto atual, a sua credibilidade. Para a professora Joseline Pippi, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), essa credibilidade não foi perdida pelos veículos. “Não creio que os jornais, a mídia impressa em geral, tenha perdido credibilidade. O que ocorre é que o impresso está buscando rearranjar seu ritmo produtivo em função da agilidade que as novas mídias propiciam, mas aí surge a adequação tecnológica e, quiçá, de linguagem, não necessariamente um problema de credibilidade. Os leitores que por hábito lêem o jornal impresso continuam o
fazendo, independente da existência de sua interface digital”, ressalta a professora, responsável por ministrar aulas de Jornalismo Impresso. Segundo ela, as redes sociais tem papel secundário para a apresentação das notícias. “As redes sociais surgem como espaço de troca de informações e de aproximação entre os indivíduos. Esse espaço pode ser usado para disseminar informações jornalísticas, mas esse uso é secundário: se você quiser ter acesso à informação completa (jornalisticamente falando), você será redirecionado para o site do jornal”, reforça. Ela salienta a importância o lado cultural que o jornal representa, tanto como hábito de leitura e da importância que tem para o jornalismo. “O jor-
Professora da Unipampa Joseline Pipp
“ ”
Não creio que os jornais, a mídia impressa em geral, tenha perdido credibilidade
nalismo está imbricado na significação do jornal a ponto de você ainda ouvir afirmações como ‘é verdade: está no jornal de hoje’. Isso pode mudar? Pode
e com certeza mudará, mas por se tratar de um traço cultural, as transformações são mais lentas e graduais. O jornal impresso e as revistas então passando agora pelo mesmo dilema que o livro passou - e ainda vem passando. Podem surgir os dispositivos tecnológicos mais avançados, gadgets menores e mais eficazes, mas os suportes impressos ainda vão persistir”, destaca. Para Joseline, o interior é um espaço valioso para a produção jornalística, já que as pessoas sempre querem saber o que ocorre na sua cidade, sendo que o local tem prioridade sobre o regional, nacional ou internacional. Ela indica um caminho para a sobrevivência do impresso. “Em primeiro lugar, apostar no jornalismo ético, sustentável e de qualidade, preocupado com o bem-informar de modo isento e plural e voltado para o interesse público. São esses elementos que caracterizam o verdadeiro jornalismo, aquele que anda meio em falta hoje em dia. Atendendo a
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A forma como se consome informações mudou e, para os jovens, o jornal impresso ainda é atrativo ou apenas o que é ofertado na internet é interessante? Fomos até o Colégio Sinodal Rui Barbosa conversar com cinco estudantes que nos falaram suas opiniões
Há idade para ler jornal? “O
velho está morrendo e o novo acaba de nascer. Nesse interregno, uma grande variedade de sintomas mórbidos aparece”. É o que fala a frase do filósofo italiano Antonio Gramsci e pode definir a situação da mídia impressa no Brasil e no mundo, devido a expansão da internet. Mas, será que os jovens deixarão que isso aconteça? A equipe do DM conversou com cinco estudantes para saber de que maneira eles lêem os jornais e o que, na opinião deles, seria importante para que o veículo impresso ainda seja atrativo para eles. A estudante do 2º ano do ensino médio, , conta que, embora os pais assinem jornais, ela prefere fazer a leitura online. “Isso é pela acessibilidade, é mais fácil”, fala. Já para o estudante da 8ª série do ensino fundamental, João Pedro Giaretta, é mais fácil acompanhar o jornal pelas redes sociais. “Esta é uma ferramenta que ajuda muito, quando, por exemplo,
curte a página do Diário da Manhã. Ali tem as principais notícias e atualizadas mais rapidamente”, comenta. A estudante do 2º ano do ensino médio, Andressa Knop Ferron, conta que tanto o pai, quanto o avô assinam jornais impressos. “Eu prefiro ler ele impresso, não o online. É mais fácil. Quando tem alguma coisa sobre vestibular ou reportagens que acho interessantes, tiro elas e separo para ler depois. É mais fácil de manter esse material”, afirma. Diferente da estudante do 2º ano do ensino médio, Ana Carolina Campos Borges, que prefere ler os portais na internet. João Pedro afirma que o jornal online, especialmente as redes sociais, tem acesso as principais notícias com agilidade. “Também acho que o jornal impresso é bom. Tem aquela coisa de manusear o jornal e, sempre traz algumas coisas diferentes, como nos fins de semana, que tem uma matéria mais completa. Acho bem importante para nós lermos jornais e ficarmos informados sobre o que está acontecendo”, reflete.
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A preferência pelo conteúdo on-line S
egundo a estudante do 2º ano do ensino médio, Bruna Cavallini, o que mais procuram quando lêem jornais são atualidades. “As principais notícias, o horóscopo e as colunas são coisas que realmente me atraem. Eu tenho acesso ao jornal físico, pois, como minha mãe trabalha com o comércio, nós temos sempre, entretanto, eu prefiro o online. Acho melhor ler no meu Ipad e tirar print da tela, depois guardo em uma galeria as coisas que gosto mais. Eu compro os jornais online por um valor menor que o impresso, sem falar em revistas, então, é mais acessível de diversas maneiras”, argumenta. Andressa conta que as áreas do jornal que mais interessam para ela são as relacionadas a entretenimento e eventos. “Gosto de ver os filmes em cartaz, se tem alguma peça de teatro, mas, também não deixo de lado outros temas, como a política e notícias do mundo, até mesmo algo de esporte”, comenta. Ana Carolina fala que a facilidade em ler na internet é a possibilidade de aprofundar os assuntos. “No jornal você tem só aquilo. Claro, sempre dá para pesquisar mais na internet, mas, se você já está lá, fica mais rápido e prático”, frisa. O que motiva João Pedro a ler jornais é adquirir conhecimento sobre as coisas que estão acontecendo. “Quando alguém está falando sobre um assunto, é importante ter conhecimento sobre ele, para poder conversar melhor. Também, por muitas vezes achar a matéria
“ “
Bruna Cavallini
Acho melhor ler no meu Ipad e tirar print da tela
”
Luiza Rufatto
Prefiro fazer a leitura online porque é mais fácil
”
diferente, em nível de curiosidade, com alguns dados, é legal para não ficarmos ‘alienados’ com o que está ocorrendo a nossa volta. Por exemplo, para saber o que está ocorrendo em Carazinho e na região, pegamos o Diário da Manhã que traz essas informações. O jornal sempre traz informações novas”, salienta.
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Como o jornal seria mais atrativo?
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erguntados sobre o que faria com que o jornal impresso fosse mais atrativo para os jovens, um elemento foi constante: imagens. “Falta cor. Se fosse mais colorido, seria mais atrativo. Ele tem aquela coisa escura, séria, não o colorido das revistas e da internet”, fala Bruna. João Pedro completa que se houvessem mais setores no jornal, voltados a temas de interesse dos jovens, eles seriam leitores mais assíduos. “Seria bom chegar no fim de semana e ter um caderno ou uma página sobre tecnologia, ou Enem e vestibular, por exemplo, em que sabemos que quando formos ler, vai estar em determinado dia da publicação”, diz. E eles acreditam que o jornal impresso está desaparecendo? “Sim. Acredito que o que torna o impresso menos atrativo, é a disposição dele. São muitos textos. Podia ser feito com mais imagens e com o texto em partes mais divididas, tornando a leitura mais dinâmica”, aponta Andressa. Por outro lado, Ana Carolina fala que as redes sociais e a internet devem ser complementares ao jornal impresso. “Esses dois meios não devem concorrer entre si, mas, sim, se unir”, acrescenta. Para Bruna, além disso, a falta de tempo das pessoas faz com que elas tenham menos tempo para ler o jornal. “É tudo uma correria. Você sempre tem algo para fazer. Diferente da revista, que podemos ler uma parte em um dia, uma parte em outro e continuar”, constata. “O jornal tinha de investir mais em imagens, gráficos, que tragam o básico da matéria, mas, que vai atrair para ler o texto. Acho que textos menores
Ana Carolina Campos Borges
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Esses dois meios não devem concorrer entre si, mas, sim, se unir
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João Pedro Giaretta
Quando alguém está falando sobre um assunto, é importante ter conhecimento sobre ele
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não significam perda de conteúdo, mas, inserir elementos gráficos faz com que a pessoa fique mais atraída pela matéria. É o mesmo que quando tem um título interessante: vai despertar o interesse por ela”, indica João Pedro. Ele ainda fala que a forma de interação com o jornal é uma questão de hábito. “Eu falo para o meu pai para ler online, porque eu gosto de ver uma publicação nas redes so-
ciais e acessar várias páginas de notícias. Ele não já não gosta, prefere ter o jornal impresso. O problema, é que parece que o impresso está voltado mais para as pessoas mais velhas, que já foram habituadas a este tipo de leitura. Nós não, já estamos inseridos nessas novas tecnologias, por isso é mais fácil acessar notícias e fazer outras coisas ao mesmo tempo, enquanto se está na internet. Agora, se o objetivo é atrair mais a nossa geração para o jornal, é preciso de mais imagens e atrativos que nos façam querer ler”, evidencia. Os textos muito extensos presentes no jornal impresso é outro ponto citado por Ana Carolina. “Seria muito melhor se ele fosse dividido em tópicos. A leitura ficaria muito mais dinâmica e fácil desta forma. A forma do texto é uma das coisas que vai nos atrair para o impresso”, sugere.
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Andressa Knop Ferron
Gosto de ver os filmes em cartaz, mas, também não deixo de lado outros temas
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O reitor da Universidade de Passo Fundo (UPF), fala sobre a importância do Jornal Diário da Manhã para a região e para a instituição
LEITURA
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“É um veículo importante, também, para as instituições de ensino, como a UPF”
ara o reitor da Universidade de Passo Fundo (UPF), José Carlos Carles de Souza, o Jornal Diário da Manhã de Carazinho cumpre um relevante papel de levar os acontecimentos mais importantes da comunidade aos integrantes da região. “Isso revela a importância deste veículo de comunicação, retratando a história do município e seus integrantes, mostrando o que eles tem de melhor, bem como as fragilidades a fim de que sejam do conhecimento de todos e que possa haver uma participação efetiva na solução das grandes questões que interessam a coletividade”, reflete. Quando se trata da universidade,
Souza ressalta a parceria entre a instituição e o Jornal. “O Diário da Manhã tem apresentado em suas edições sempre conteúdos importantes, que servem como matéria para utilização nas mais diversas atividades da Universidade. Não apenas como informação, como órgão de divulgação de acontecimentos, mas, também, como um repertório de informações de qualidade que são utilizados em alguns momentos dentro de sala de aula, reverberando tudo que é produzido em nossa região. Sem dúvidas, é um veículo importante, também, para as instituições de ensino, como a UPF”, comenta. Desta forma, o professor parabeniza o Jornal por esses 34 anos informando a co-
munidade regional. “Gostaria de cumprimentar o Grupo Diário da Manhã e, de modo especial, parabenizar o Jornal Diário da Manhã de Carazinho por estes 34 anos de presença constante na comunidade, sempre levando informações relevantes para todos”, deseja.
“ Reitor da Universidade de Passo Fundo (UPF), José Carlos Carles de Souza
“O jornal é algo tradicional” L er o jornal Diário da Manhã é uma rotina de todos os dias para Charles Morais. O nãome-toquense é assessor de imprensa da Prefeitura e tem por hábito a leitura das páginas do DM Carazinho. Ele relata como conheceu o veículo. “Minha madrinha tem uma loja e sempre foi assinante do Diário da Manhã. Lá eu sempre lia o jornal, em especial nos finais de semana. A leitura se tornou uma rotina diária a partir do momento em que comecei a trabalhar na prefeitura, já que é importante acompanharmos o que ocorre na região”, conta Morais.
Ele afirma que o jornal é algo tradicional e que tem a função de informar os acontecimentos da região. “É relevante o papel que faz o Diário da Manhã. Nós temos uma carência na divulgação dos acontecimentos, eles existem mas as pessoas não ficam sabendo. Por mais que se tenha internet e outros meios, o jornal é tradicional, é tradicional para o empresário, para a dona de casa. As pessoas querem estar informadas e o Diário da Manhã coloca a informação clara e objetiva, destacando os principais fatos da região. Outros meios divulgam só Porto Alegre e cidades maiores, e a gente
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Charles Morais, assessor de imprensa da Prefeitura de Não-Me-Toque ressalta a importância do jornal Diário da Manhã para informar a região
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O Diário da Manhã tem apresentado em suas edições sempre conteúdos importantes, que servem como matéria para utilização nas mais diversas atividades da Universidade.
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não sabe o que ocorre na região. É muito bom o trabalho do Diário da Manhã e vem para beneficiar a comunidade”, ressalta. O não-me-toquense considera de qualidade o conteúdo veiculado nas páginas do jornal Diário da Manhã. “O conteúdo do jornal está bom. Hoje, o meio jornalístico vive o desafio diário de se inovar. Muitas vezes, as pessoas não sabem a estrutura e as pessoas que estão por trás disso para gerar as notícias deixar os leitores informados”, finaliza Morais.
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Com as novas plataformas, não foi apenas a forma de consumir a informação que mudou e o habito de leitura, a produção de conteúdo também passou por transformações, para atender a demanda da rotina dinâmica dos leitores
Do papel ao tablet, a transição da informação A velocidade fulminante da tecnologia deslocou o eixo da profissão de Jornalismo. Hoje, qualquer cidadão pode derrubar uma capa de um grande jornal. Não é preciso ser jornalista ou conhecer alguém importante. Basta estar no lugar certo, na hora certa e ter uma noção de tecnologia. Um celular faz fotos e posta imediatamente na grande rede mundial de internet e mídias sociais. Uma vez na rede, o processo de “viralização” começa. Com isso, os profissionais da área precisaram se adaptar, habituar-se a produzir diferentes formatos de textos, para diferentes plataformas – papel, portal, tablets e smartphones –, cada um com sua especificidade para atingir o perfil do público leitor. Com um passado recente, menos de 25 anos, a mídia online vem sendo regida pelos avanços tecnológicos. A interatividade, como uma dessas características, tem sido o motivo de muitas pesquisas que procuram entender os mecanismos de interação que facilitam ao leitor formas de assimilar melhor uma informação e navegar por um mar de informação interconectada. Os tablets e smartphones, por exemplo, fornecem uma narrativa diferente. Diferente por ter uma linguagem nova que reúne características da mídia impressa com a mídia digital: conteúdo segmentado, personalizado, portátil, com recursos multimídia, interativos e hipertextuais. Esses equipamentos concentram possibilidades de mesclar os recursos de visualização de mídia impressa com o lado interativo da mídia online. O grande desafio do jornalismo on -line é a procura de uma “linguagem amiga” que imponha a webnotícia, uma notícia mais adaptada às exigências de um público que tem como objetivo a busca e pesquisa da notícia na rede, e que possuem características de objetividade e que exigem maior rigor. Já se sabe que o Jornalismo on-line ganha vantagens sobre o jornalismo convencional, por se permitir estar mais atraente, usando os recursos de gráficos, áudios, vídeos e elementos interativos. Assim, os textos no jornal on-line devem ser colocados de
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O leitor pode ler e acessar a informação em qualquer ordem que escolher, ativando a informação em fluxo
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forma não linear, e sim blocados, primeiro o leitor deve fazer uma leitura de varredura, se ele tiver interesse na notícia, ele clica no link e assim irá para a leitura mais minuciosa da notícia. O leitor pode ler e acessar a informação em qualquer ordem que escolher, ativando a informação em fluxo. Já o suporte impresso permite a publicação de grandes reportagens, textos mais extensos e material investigativo. Em linhas gerais, pode-se dizer que o impresso tem o papel de um promotor de debates e levanta discussões. Em seu livro, A Arte de Fazer um Jornal Diário, Ricardo Noblat, disse: “Um jornal é ou deveria ser um espelho da consciência crítica de uma comunidade em determinado espaço de tempo. Um espelho que reflita com nitidez a dimensão aproximada ou real dessa consciência. E que não tema jamais ampliá-la. Pois se não lhe faltarem talento e coragem, refletirá tão-somente uma consciência que de todo ainda não amanheceu. Mas que acabará por amanhecer”. De qualquer forma, um texto jornalístico deves sempre ser cativante e agradável. Deve ter vivacidade e ritmo. A sua leitura deve proporcionar prazer e gratificação.
Plataformas digitais do jornal Diário da Manhã
http://diariodamanha.com facebook.com/redediariodamanha
@diariodamanhars @diariodamanhacrz
O Diário da Manhã adapta seu texto para o papel até o computador, tablet e smartphones
Parabenizo o Jornal Diário da Manhã, de Carazinho, pelos seus 34 anos de atividades. Uma nação democrática garante, através da liberdade de expressão, que seu povo seja soberano e protagonista da sua história. E, nesse contexto, o Diário da Manhã cumpre sua missão com maestria, pois respeita, valoriza, registra e perpetua as conquistas de nossa gente.
Deputado Federal Ronaldo Nogueira Presidente do Diretório Municipal do PTB de Carazinho.
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De acordo com o levantamento, 53% dos entrevistados que usam jornal impresso afirmaram confiar sempre ou muitas vezes nas notícias veiculadas
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Brasileiro confia mais no jornal impresso, aponta pesquisa
Pesquisa ainda apontou que a média diária de leitura é de uma hora e cinco minutos
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e acordo com a “Pesquisa brasileira de mídia 2014 - Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira”, entre os entrevistados que afirmaram ler jornais impressos, a média diária de leitura é de uma hora e cinco minutos - em Goiás, chega a duas horas e doze. Em São Paulo, a média é de uma hora e um minuto. Segundo levantamento encomendado pelo governo federal, o índice de confiabilidade da informação é maior na publicação impressa quando comparada ao rádio, TV e internet Brasília. Os jornais impressos do Brasil apresentam as informações com maior nível de confiança, quando comparados a outros meios de comunicação, como TV, internet, rádio e revistas, aponta pesquisa encomendada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). De acordo com o levantamento, 53% dos entrevistados que usam jornal impresso afirmaram confiar sempre ou muitas vezes nas notícias veiculadas. A porcentagem cai para 50% quando o universo em questão são as notícias exibidas no rádio, 49% no caso da televisão e chega a 40% entre os leitores de revistas.
Contratado por meio de licitação, o Ibope ouviu 18.312 pessoas em 848 municípios entre os dias 12 de outubro e 6 de novembro de 2013, para coletar os dados que compõem a “Pesquisa brasileira de mídia 2014 - Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira”. De acordo com o governo, o objetivo é subsidiar a elaboração da política de comunicação do Executivo federal. O índice de confiança é baixo entre os entrevistados que usam a internet: apenas 28% dos usuários afirmaram confiar sempre ou muitas vezes nas informações veiculadas em sites. A confiança nas notícias veiculadas em redes sociais é de 24% e ainda menor entre os blogs, com 22%. O Ibope também questionou as pessoas sobre a confiança nas propagandas veiculadas em diferentes meios de comunicação. De novo, os jornais impressos lideraram os resultados: 47% dos entrevistados que usam esse meio afirmaram confiar sempre ou muitas vezes em anúncios de publicidade publicados nesse veículo, índice superior ao constatado entre os anúncios de TV (42%), rádio (42%), revistas (36%), sites (23%), redes sociais (22%) e blogs (19%).
Jornalismo impresso e digital alcança 73 milhões de brasileiros A Internet e as mídias digitais deram aos jornais um impulso nunca antes registrado na história da imprensa. Segundo dados da Associação Mundial de Jornais e Editores de Noticias (WAN-IFRA), organização com sedes em Frankfurt (Alemanha) e Paris (França) e que representa mais de 18.000 publicações, 15.000 sites on-line e cerca de 3.000 empresas em mais de 120 países, nunca se leu tanta notí-
cia nas plataformas impressa e digital. No mundo todo, registra um estudo da WAN-IFRA apresentando este ano no 10º Congresso Brasileiro de Jornais, cerca de 2,5 bilhões de pessoas leem jornais impressos e 800 milhões o fazem em plataformas digitais. No Brasil, são 73 milhões de leitores dos jornais impressos, 50 milhões deles lendo as notícias publicadas pelas empresas jornalísticas que também mantêm sites noticiosos.
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O jornal que vê a região e onde a região se vê
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Os bastidores de uma edição especial O
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A jornalista Gabriela Belé recebida na sala de visita de uma moradora de Não-Me-Toque
Mara Steffens registra o amor da filha do ex-prefeito João Domingos por Almirante Tamandaré do Sul
s municípios da região fazem parte do dia-a-dia dos jornalistas do Diário da Manhã. A região é retratada nas páginas do jornal desde a sua fundação. Porém, ao completar 34 anos, o jornal Diário da Manhã se propôs a lançar um outro olhar para os municípios. Um olhar particular de cada jornalista, que visitou os municípios com a proposta de trazer aos leitores um depoimento pessoal. O desafio foi enxergar cada município como se tivesse o visitando pela primeira vez, livre de certezas, de conhecimentos prévios ou de qualquer conceito pré-estabelecido. O desafio foi vencido e os jornalistas envolvidos saíram de mais esta edição ainda mais encantados pela região, e até surpresos com o que encontraram e ouviram.
Rodolfo Sgorla da Silva grava entrevista com morador para não perder nenhum detalhe
Alessandro Tavares tem o privilégio de fazer um ‘tour’ particular pelo Museu de Chapada
“ Conseguir en-
Mayara Dalla Libera encantada com as orquídeas que salvaram uma vida
xergar beleza no cotidiano é uma das maiores recompensas para qualquer jornalista e certamente será também para você, leitor, ao conferir as páginas a seguir”.
FUNDADOR Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) PRESIDENTE-EMÉRITO Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto Diretor Executivo Rogel Mello
Sérgio Cornélio conversa com uma empresária de Santo Antônio do Planalto
Caderno Especial Edição: Nadja Hartmann (DRT: 6416) Diagramação: Marcelo Lange Supervisão Geral: Jussara Sirena www.facebook.com/diariodamanha
@jornal_dm
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Tapera, a cidade cultura ALESSANDRO TAVARES MAYARA DALLA LIBERA
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o município de Lagoa dos Três Cantos, seguimos para Tapera, no mesmo dia de nuvens carregadas, tempo instável e temperatura amena. “Bem-vindo a Tapera. Terra de fé, trabalho e perseverança”, dizia a placa que nos recepcionava. Tapera é uma cidade com população total de 10.448 habitantes (segundo o IBGE) e área de 179,662 quilômetros quadrados. Vislumbramos, de imediato, a mudança de cenário por sairmos de um município com 1.648 pessoas: postos de gasolina que parecem se multiplicar pela avenida na entrada da cidade; controladores de velocidade; e o nosso desafio é encontrar um local para almoçar. “Eu não gosto desses pardais minha colega, sou meio desconfiado com isso. Só me falta a gente levar uma multa”, brincou Alessandro, enquanto vagávamos pelas ruas ainda desconhecidas. Admirávamos as casas imponentes de um município cuja economia tem crescido ano a ano através do setor primário e industrial. Por fim, sem êxito em avistarmos um restaurante, já que insistíamos em vagar pelas ruas sem pedir informação, decidimos almoçar em uma lanchonete e comer um xis – “coisa que só existe no Rio Grande do Sul”, garantiu o senhor que nos serviu. Seguimos para a Prefeitura,
Caravana da Leitura, transformada em biblioteca itinerante, leva livros para escolas, empresas, interior...
João Roque Simon, presidente da Câmara de Vereadores
nosso ponto de partida para desvendarmos o que Tapera tem à oferecer. Lá, aguardamos por João Roque Simon, presidente da Câmara de Vereadores. Legislativo esse, aliás, que fica dentro do prédio que abriga a Prefeitu-
ra e a porta do Legislativo fica quase em frente ao gabinete do prefeito. Quanta civilidade! Nos remetemos, mais uma vez à Carazinho, nossa cidade sede: “será que com tanta hostilidade entre os poderes carazinhenses, esse modelo “geográfico” funcionaria lá?”, a pergunta ficou no ar... “Somos em nove vereadores, na maioria situação”, falou o simpático senhor, com ar sábio e objetivo, que sem meias palavras começou a descrever o município que escolheu para viver: “Tapera sempre foi um município essencialmente agrícola, hoje já estamos mudando esse perfil. Temos bastante industrias e um movimento crescente pela procura e incentivo. Com
isso, o perfil do nosso município está mudando”. Imediatamente, o assunto Curtume Mombelli entrou na pauta. “Durante muitos anos, o município de Tapera foi associado à empresa Curtume Mombelli. Tapera, na verdade, nasceu no entorno do curtume”, garantiu ele, sem titubear. Simon pontuou também que após o fechamento do curtume que as autoridades iniciaram um plano de industrialização do município, fazendo chegar ao patamar que hoje está. “O que é ótimo, pois a expansão agrícola não vai mais acontecer. Em vista que não tem mais para onde crescer horizontalmente, devido aos limites do município. Pode crescer apenas verticalmente, ou seja, na produtividade, o que pode acontecer devido ao avanço da tecnologia”. Simon está em seu segundo mandato como vereador, o primeiro mandato “foi a muito tempo”, disse ele coçando a cabeça. “Depois fui vice-prefeito, de 2001 à 2004, agora é segunda vez que sou vereador”, concluiu.
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Uma cidade leitora Tapera é premiada pelo número de leitores. “De todo interior do Estado, a única biblioteca A biblioteca municipal conta com 23.229 obras premiada foi a nossa. O diferencial foi o número disponíveis para os 2.473 alunos, sendo 781 da de leitores, pois, além da biblioteca física na cirede municipal. São sete escolas municipais, dade, temos uma Kombi, a Caravana da Leitura, quatro estaduais e duas particulares. transformada em biblioteca itinerante, que leva Além disso, o município carrega o título de Cilivros para escolas, empresas, interior... A média dade Cultura. “Essa honraria nos foi dada atrade leitura de livros no ano de 2013 foi de 2,3 livros vés de uma iniciativa da escritora Lídia Mompor habitante, o mais alto do Estado”, pontuou, belli da Fonseca, mais ou menos há 40 anos, que ressaltando que a Feira do Livro é um sucesso abfez essa distinção pois, na época, Tapera tinha soluto, realizada anualmente. cursos técnicos e contabilidade e de magistério, Ireneu destaca como o “pulo do gato” dos úlfazendo com que toda região se deslocasse para timos anos para Tapera foi a industrialização do estudar no município, sendo referência em edumunicípio. “Em cima dessa autoestima melhocação”, explicou o prefeito Ireneu Orth. Ao lonrada, empresas foram criadas e as já existentes go dessas décadas, segundo o gestor, por vezes foram melhoradas. Hoje o nosso foco, que antigafoi deixado de lado o título, por exigir ações que mente em termos industriais era o curtume, pasjustifiquem. “Desde 2009, começamos investir sou a ser indústria metal mecânica, que emprega em cultura. Na área de educação e cultura tena faixa de 400 pessoas, indústria de concretos, Prefeito Ireneu Orth mos hoje 30 atividades extra curriculares, que em torno de 8 empresas no setor, totalizando envolvem as crianças dos educandários, tanto municipais, quanto estaduais”, também uma média de 400 empregos. Na atividade agrícola, além da atividade no complementou Orth. campo, Tapera já foi tradicional em empresas de sementes, muitas faliram e uma E essas ações renderam méritos estaduais: Gestor Público 2013; Artes Intese tornou muito grande. O setor comercial também está evoluindo muito. Mudou o gradas Prêmios; Prêmio Famurs Condica; a Biblioteca Pública; entre outros. perfil, saiu o couro entrou outras industrias”, expôs.
Orquídeas no tratamento de câncer Quase na divisa com Espumoso, na linha Teutônia, chegamos ao Orquidário São Sebastião. “Toque o sino e aguarde”, dizia a placa no portão da charmosíssima casa, totalmente ornada com flores e vegetação. Mesmo com a chuva fina que caia, obedecemos aos trâmites indicados. De pronto fomos recepcionados e o proprietário, Celso Alberto Basso, começou a contar a história do estabelecimento. Há 8 anos iniciou as atividades do orquidário por um motivo mais do que nobre. Mas antes um parênteses, o lugar é INCRÍVEL, sempre que imagino um lugar tranquilo para passar momentos tranquilos, a imagem bucólica de uma casa simpática, rodeada de flores, vem em minha mente. Agora sim, vamos ao motivo nobre: como disse, há pouco mais de 8 anos, a esposa de Celso, Cleusa, foi diagnosticada com câncer. Abalada com a notícia,
Cleusa entrou em um quadro depressivo, o que prejudicaria o tratamento – em vista que o otimismo e o estado de espírito são comprovadamente aliados de uma boa saúde. “Para alegrar a minha mulher, comecei a comprar muitas orquídeas”, contou Celso, explicando que “com a grande coleção e com a carência na região de orquidários, começamos a comercializar. As pessoas passavam na frente de casa e pediam para comprar, vimos um mercado promissor. Além disso, foi uma terapia para a Cleusa, sempre bom fazer o que gosta”. Mas antes de encerrar a reportagem, vocês querem saber o fim da história da Cleusa? “Tenho certeza que a autoestima que a orquídea trazia para o nosso lar, auxiliou e muito na cura dela”, seu Celso narra um final feliz para a história.
Celso Alberto Basso iniciou a compra de orquídeas para alegrar a mulher, que estava com câncer, depois, começou a construir o orquidário
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SÉRGIO AUGUSTO CORNÉLIO E MARA STEFFENS NOGUEIRA
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cessamos Coqueiros do Sul pelo distrito de Xadrez. Quando passamos pela localidade cujo vilarejo é asfaltado, encontra-
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Coqueiros do Sul: investimentos mos poucos moradores, confirmando o clima de pequena e tranquila cidade do interior. A primeira parada foi na Prefeitura. O prédio fica em frente a Praça Municipal 25 de Julho. Os coqueiros em frente fazem referência ao nome do município. O primeiro a nos receber foi o vice-prefeito Valoir Chapuis que logo destacou a bacia
leiteira como um dos principais diferenciais do município. “O que deve agregar ainda mais valor ao leite é a instalação de uma fábrica de laticínios de Sarandi, o que irá representar mais empregos no nosso município. A produção é de 1,5 milhão de litros de leite por mês”, colocou. A sucessão familiar é uma das dificuldades enfrentadas na zona rural, segundo ele. “Acho que é um problema enfrentado pela maioria dos municípios que têm a agricultura como base da economia. Tem um grupo de jovens que está estudando na EEEPROCAR e lá eles irão abrir os horizontes para este tema, o que será bem importante”, observou. Para o prefeito Rafael Kochemborger, com quem conversamos mais tarde, a qualidade de vida da população é cada vez mais visível, e esta melhora se dá desde a emancipação. “Considero extremamente importante poder dar mais qualidade de vida a população. Antes dependíamos de Carazinho para muitas coisas, não tínhamos acesso à coisas básicas como estradas, saúde, educação. Com a emancipação tivemos várias conquistas e por isso Coqueiros do Sul está se projetando para o pleno desenvolvimento”, comentou. Sobre o incremento da indústria, o prefeito comemora a instalação de uma empresa se laticícios em Coqueiros do Sul e destaca que o distrito industrial do município disponibiliza outras áreas para que novas empresas possam investir e levar oportunidade de trabalho. Encontramos o presidente do Legislativo, Ivanor Bosse,
Coqueiros enfeitam fachada da prefeitura
Produção leiteira em ascensão
Prefeito Rafael Kochemborger
em seu gabinete na Câmara de Vereadores. O parlamentar destacou que entre as áreas em que mais se percebe o desenvolvimento estão agricultura e saúde. “Temos o distrito industrial que está sendo construído agora e estamos aguardando a primeira empresa se instalar. O Legislativo apoiou muito a compra desta área para ser o distrito. A idéia é transformar nossa realidade quanto a geração de empregos para manter nossos jovens aqui, por mais que eles saem para estudar”, observou, lembrando que a pavimentação do acesso pela BR 386 também irá atrair investimentos.
A bacia leiteira é um dos setores que mostra plena ascensão, em Coqueiros do Sul. Conhecemos o produtor Rudimar Reinheimer, ainda na Prefeitura, o qual fez questão de nos levar até sua propriedade para mostrar o trabalho que está sendo feito, para qualificar cada vez mais e ampliar sua produção. “Estamos tentando desenvolver cada vez mais, através da inseminação artificial e outras técnicas para melhorar o gado. Hoje minha produção diária é de aproximadamente 250 litros, que são comercializados para Marau”, salientou.
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em emprego e infraestrutura Niegedacht, a sociedade que deu certo Ao sairmos da Prefeitura, fomos até a residência de Ilvo Petry, membro da diretoria e um dos fundadores da Sociedade de Cantores Niegedacht, um dos orgulhos da comunidade, principalmente dos moradores mais antigos. Ele nos contou que a entidade foi fundada em 1934 pelo povo de origem alemã, com o objetivo de cultivar suas tradições. “Como o pessoal já trazia de berço essa cultura do canto, começaram a criar a sociedade e fazer entretenimento entre eles, também para confraternizar”, esclareceu. O nome que significa “nunca pensei”, surgiu principalmente, pelo fato de que naquela época havia certa rivalidade entre católicos e evangélicos. “Mas a Sociedade absorveu os dois credos e deu certo”, ressaltou.
Ilvo Petry é um dos fundadores da Sociedade de Cantores Niegedacht
Prefeitura é quem mais gera empregos A jovem Jéssica Roos, natural de Coqueiros do Sul, coordena a Secretaria Municipal de Agricultura e considera muito agradável residir na cidade. “Aqui ainda é tranquilo, graças a Deus, pois não enfrentamos violência. Raramente ocorre registro, a saúde também aqui é muito boa. Há praça na sede, também no Distrito de Igrejinha, ninguém tem queixa, pois é muito bom de viver aqui mesmo”, argumentou. Jéssica ressaltou que o povo é acolhedor e todo mundo se dá bem. Em relação a eventos ela explicou que os jovens saem mais para fora, pois há poucas opções de entretenimento. “O que mobiliza a cidade é o Festival do Imigrante
Jéssica Roos coordena a Secretaria Municipal de Agricultura
““Aqui ainda é
tranquilo, graças a Deus, pois não enfrentamos violência”.
e o Festival do Município, que ocorrem duas vezes por ano, além de alguns eventos menores, como bailes e domingueiras. O pessoal vai mais a Carazinho, Passo Fundo e Sarandi. Aqui o povo gosta de se encontrar na praça central, tomar chimarrão depois do expediente e aos finais de semana”, destacou. Para Coqueiros crescer, Jéssica entende que deve haver mais opções de trabalho, principalmente a instalação de alguma indústria. “O setor que mais oferece vagas de emprego é a Prefeitura. O que mais faz falta aqui são vagas de trabalho, para o pessoal não ir embora. Assim, a cidade cresceria mais, com certeza”, opinou.
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Santo Antônio do Planalto: a “Aqui é muito bom. É um lugar aconchegante. Depois da emancipação vemos que estamos bastante adiantados em todos os setores”.
SÉRGIO AUGUSTO CORNÉLIO E MARA STEFFENS NOGUEIRA
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osso destino de uma manhã nublada foi Santo Antônio do Planalto. A cidade cortada pela BR 386 e com 2.055 habitantes é pacata apesar dos moradores ainda estarem abalados com o recente homicídio, talvez o único que tenha ocorrido no município. Logo na chegada, uma bonita imagem de Santo Antônio, que não tem a ver com a origem do nome do município, mas sim, com a fé dos moradores, impressiona os visitantes. Enquanto atravessávamos a Avenida Jorge Muller pela primeira vez, éramos alvo de olhares curiosos dos santo-antonienses. O presidente do Legislativo, Leonel Adler, nos recepcionou no seu estabelecimento comercial, uma agropecuá-
a agropecuária significa 48,9% da atividade produtiva de Santo Antônio do Planalto. O setor de serviços é 44,6% e a inImagem de Santo Antônio enfeita trevo de acesso ao município, no entroncamento com a BR 386 dústria, 6,5%. A maioria ria que oferece quase tudo para a comunique todos os moradores estão ansiosos da população, cerca de 1.200 pessoas vive dade que está fortemente ligada à vida no pela instalação da Carmetal, empresa na zona rural. As mulheres são maioria campo. “Aqui é muito bom. É um lugar oriunda de Carazinho e que deve gerar no perímetro urbano, cerca de 700, enaconchegante. Depois da emancipação dezenas de empregos em Santo Antônio quanto quase 400 moram no interior. vemos que estamos bastante adiantados do Planalto. Segundo o Instituto BrasiOs homens, aproximadamente 600, são em todos os setores”, colocou, relatando leiro de Geografia e Estatística –IBGE, maioria no interior do município.
Prosperidade depois da emancipação Fomos recepcionados pela prefeita Cristiane Alberton Franco, na prefeitura, no fim da manhã. Enquanto aguardávamos para conversar com a gestora, tomamos um café na recepção e trocamos palavras com alguns servidores públicos, que sabendo da nossa presença na sede do governo municipal fizeram questão de nos cumprimentar. Recentemente Cristiane adotou uma medida drástica para conter gastos no município. Tendo em vista a queda no re-
passe do Fundo de Participação dos Municípios – FPM ela decidiu demitir os secretários municipais e responder pessoalmente pelas Secretarias de Obras, Saúde, Educação e Agricultura, além de cumprir com os afazeres de gestora de Santo Antônio do Planalto. Ela destacou que em termos de desenvolvimento, ser um município pequeno tem suas vantagens. “Muitas coisas melhoraram aqui. Quando éramos apenas distrito era mais difícil você conseguir as coisas, espe-
Prefeita de Santo Antônio do Planalto, Cristiane Alberton Franco
cialmente aquelas relacionadas à infraestrutura”. Segundo Cristiane, muitas conquistas foram viáveis com a emancipação. A instalação da Carmetal em Santo Antônio do Planalto é aguardada com expectativa pela comunidade pelos empregos que deverá proporcionar. Na visão da prefeita, fazer com que os jovens permaneçam no município é um dos principais desafios. “Muita gente daqui vai trabalhar em outras cidades, como Não-MeToque, que possui oferta de emprego no setor metalmecânico.
Se pudermos oferecer empregos aqui, com salários equiparados com certeza nossos jovens irão preferir ficar aqui, porque estarão mais perto de casa. Sem falar o que pode gerar indiretamente pela presença da empresa aqui, como oficinas, lavagens, posto de combustível, supermercados, a movimentação imobiliária, tudo isso irá movimentar a cidade. Nossa expectativa é maior que da própria empresa”, argumentou, informando que o início da obra que deve abrigar a Carmetal deve ser em 2015.
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cidade do santo casamenteiro A relação com o santo casamenteiro Depois de falar com a empreendedora Claudiana, fomos conversar com Veleda de Paula, que juntamente com o esposo Luis de Paula, preside a comunidade católica. Nossa curiosidade era saber a relação do santo casamenteiro com a cidade e os milagres acontecem por lá. Ela disse que as pessoas ficam um pouco tímidas em falar sobre o assunto. Quando foi fundado, o Distrito de Santo Antônio recebeu este nome em homenagem a uma fazenda que existia nas proximidades do Rio Glória. “A relação com o santo casamenteiro se deve a uma senhora de Santa Catarina. Quando fundaram a igreja, ela se dispôs a doar a imagem do Santo Antônio, que foi aceita pela
comunidade, que também batizou a capela com o nome do padroeiro. Por ser casamenteiro, o pessoal atribuí aos milagres que ele fez, alguns viram a imagem para baixo; tiram a imagem de Jesus dos braços do santo, até que conseguem realizar seus sonhos. Tem gente que conseguiu se casar e atribui isso ao Santo Antônio”, comentou. Veleda lembrou que já houve um casamento coletivo de oito casais na cidade, há uns dez anos. “Todos são devotos e continuam casados. No terceiro domingo de junho sempre é realizada uma festa em homenagem ao santo padroeiro. Com certeza ele é o santo mais popular aqui no município”, assegurou.
Aposta no comércio local
Veleda de Paula, preside ao lado do marido, a Comunidade Católica
Associação Comercial busca parceria com Poder Público Encontramos Maurício Franco, presidente da Associação Comercial de Santo Antônio do Planalto, em sua empresa às margens da BR 386. Ele atua no setor de grãos produzindo razões e revela que a entidade busca parceria com o poder público. “Para nós é interessante fazer um trabalho conjunto com a administração municipal para tentar incentivar o fortalecimento do comércio e fazer com que as pessoas gastem mais nos estabelecimentos locais. Achamos interessante implementar alguns vales para serem gastos aqui
Presidente da Associação Comercial Maurício Franco
e não em outras cidades”, disse o empresário. “Ainda vemos que as pessoas saem daqui para procurar algumas coisas que temos aqui fora de Santo Antônio. Então precisamos nos unir para mostrar nossa potencialidade e atrair o consumidor para isso, fazendo com que a renda fique no nosso município”, completou. Segundo Franco, uma das idéias que devem ser implantadas em breve é um programa de incentivo para emissão de notas fiscais, oferecendo prêmio para quem compra na cidade.
A simpática Claudiana Vergutz, hoje microempresária, já trabalhou na administração municipal, sendo cargo de confiança. Mesmo seu partido não estando no governo, continua apostando no município. Ela abriu uma loja de roupas infantis e femininas, e pretende ampliá-la, futuramente. “Entre idas e vindas trabalhei quase dez anos na Prefeitura. Acredito nessa cidade, já morei em outros municípios, mas minha raiz é aqui. Tanto que eu e meu marido investimos aqui. Gostamos das pessoas, do povo, do olho no olho, de saber com quem você está falando. Em outros locais, isso não é tão natural quanto para nós”, enumerou. Mesmo perdendo um tio assassinado recentemente, Claudiana considera um fato isolado, ressaltando a tranquilidade e segurança de morar em Santo Antônio do Planalto. “As pessoas gostam de caminhar pela cidade de manhã, é muito tranquilo e prazeroso”, afirmou.
Claudiana Vergutz aposta no crescimento do comércio e de sua loja de roupas infantis e femininas
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uase ao lado da Prefeitura, reside o funcionário público aposentado, Ermínio Kemp. Enquanto aguardávamos sua chegada do tradicional passeio matinal de bicicleta, tivemos o prazer de conversar com sua esposa, que com muito orgulho nos mostrou o belo jardim de flores que cultiva em frente a sua casa e da horta que possui na lateral do terreno. “Gostamos muito da tranquilidade que não há em outros municípios. Às vezes acontece alguma coisa, mas aqui ainda há muita paz”, disse a dona-de-casa. Kemp, também bastante simpático, em sua chegada recepcionou-nos com um sorriso, ficando surpreso por ser entrevistado. Ele reiterou as palavras da companheira, destacando que a cidade é pequena, mas muito boa de viver. “Para nós, tudo é bom. Eu moro desde 1963 e nunca tive vontade de sair daqui. Lembro da época que ainda era distrito, hoje mudou praticamente tudo. Quando adquiri o terreno esse local era uma beira de estrada. Fiquei muito faceiro de construir minha casa, pois a gente era pobre. Meu sogro questionou porque eu estava construindo em cima de um barranco. Eu disse que aqui um dia seria município e ele deu uma baita gargalhada. Eu já previ antes, pois vi que era um povo humilde, bom, trabalhador, muito agradável”, recordou. Hoje aposentado Kemp joga cartas com os amigos, anda de bicicleta e gosta de todo mundo. “Sinceramente acho que não tenho nenhum inimigo. Vejo que a cidade está crescendo, com o tempo vai se desenvolver ainda mais. Há empresas chegando, os mandatários são bons, têm bastante vontade de que a cidade cresça e todo mundo só tem a ganhar com isso”, projetou.
Aposentado viu o distrito se transformar em município
Ermínio Kemp faz passeios matinais de bicicleta pelas ruas da cidade que viu crescer
Kemp ficou surpreso por ser entrevistado
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Chapada: a tranquilidade na terra de Fritz e Frida SÉRGIO AUGUSTO CORNÉLIO E MARA STEFFENS NOGUEIRA
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Visitantes são acolhidos com imagens dos personagens Fritz e Frida
uando fomos a Chapada, novamente o céu estava encoberto. Porém, falamos no trajeto, “hoje não irá chover” e deu certo nosso pensamento positivo. Logo na entrada da cidade nos deparamos com a imagem acolhedora de Fritz e Frida, mascotes da Chapadafest, evento símbolo do município, com aproximadamente 10 mil habitantes, formado em sua maioria pela etnia alemã. Fomos diretamente à Prefeitura que curiosamente divide o prédio com a Câmara de Vereadores. Apenas uma porta separa os dois poderes, que mantêm uma boa relação política. Fomos recebidos pelo simpático e falante prefeito Carlos Catto, que se orgulha de contar que o município conta hoje com duas creches públicas e uma particular; três escolas municipais e três estaduais; dispõem de quatro unidades básicas de saúde nos distritos e uma na cidade, que também abriga a farmácia básica, além de um hospital com 50 leitos; conta com Delegacia de Polícia, pelotão da Brigada Militar, unidade do SAMU; duas cooperativas (Cotrisal e Coagril), o comércio em expansão e novas empresas chegando. “A nossa principal atividade é a agrícola. Por muitos anos, praticamente 80% do
valor adicionado, aquilo que faz com que retorne ICMS, vem da produção agrícola. Agora está mudando essa matriz produtiva”, comemorou. O prefeito está empolgado com expansão da Friolac que está investindo cerca de R$ 12 milhões em sua nova indústria. Mas é no setor calçadista que o prefeito mostra maior entusiasmo com o crescimento, pois somente em três empresas, com os novos empregos que serão gerados, pelo menos 300 pessoas estarão na atividade. Há outras empresas ampliando suas instalações, como uma especializada em jeans; uma indústria de bombachas e até mesmo uma de etiquetas que são utilizadas em balanças eletrônicas de mercados e padarias, “onde temos a satisfação de um dos sócios ser o Carlos Magrão, da dupla com o Osvaldir, que está inclusive residindo aqui em Chapada. Nós temos quase tudo e não queremos que a cidade fique grande. É difícil algum prefeito dizer isso, mas eu não imagino minha cidade com 15, 20 mil habitantes. Temos cerca de 10 mil habitantes, nosso sonho de consumo é de chegar de 10.500 a no máximo 11 mil habitantes, para manter toda essa qualidade de vida que temos aqui”, concluiu.
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Associação Comercial qualifica jovens para o mercado de trabalho
Legislativo terá sede própria Na Câmara de Vereadores, aguardamos o presidente Paulo Jair Costa, que é odontólogo e se deslocou de seu consultório para nos atender. De início, ele reiterou o que o prefeito havia nos dito, de que Chapada está muito bem em termos de desenvolvimento sócio-econômico. O próprio Legislativo está pensando no futuro, com a construção de sua sede, com recursos próprios, cujo terreno foi adquirido em 2009. “Estamos fazendo uma economia de guerra para poder concluir a obra, que deverá ser entregue, no mais tardar, até março do ano que vem”, prevê o presidente.
“Economia de guerra para poder concluir a obra”.
Paulo Jair Costa, presidente da Câmara de Vereadores de Chapada
Depois de entrevistarmos o prefeito e o presidente da Câmara, caminhamos algumas quadras, passamos pela bela praça central, ponto de encontro da comunidade e fomos até a Associação Comercial e Industrial de Chapada (ACIC). Lá entrevistamos o vice-presidente, Milton Maurício Schreiber. Ele relatou que a entidade tem oferecido cursos de qualificação, em parceria com o Senac, pois em muitos ca-
“A cidade não é
grande, mas oferece muita tranquilidade”. Milton Maurício Schreiber, vice-presidente da ACIC
sos há vagas de emprego, mas falta mão-de-obra qualificada. Schreiber já residiu em Carazinho, mas também se rendeu à simpatia e paz de Chapada. “A cidade não é grande, mas oferece muita tranquilidade. A gente vê muita dificuldade em municípios maiores, criminalidade e aqui, felizmente, não temos. Esta é a parte boa de morar em uma cidade menor”, argumentou.
Projeção através da Chapada Fest Não poderíamos deixar Chapada sem descobrir como a festa mais tradicional do município – e que é responsável pela projeção estadual da cidade – teve início. Na prefeitura nos revelaram que o proprietário da Rações e Sementes Chapada poderia nos contar esta história. O empresário Ivo Urbano Richter foi uma das pessoas que idealizou a Chapadafest. Ele conta que a ideia surgiu quando começou a se perceber que as tradicionais festas de kerb estavam cada vez mais raras. Segundo ele, os moradores começaram a notar que as festas iam desaparecer no início dos anos 80. “Em 1984, Chapada realizou a 1ª exposição, que eu e minha esposa junto com mais pessoas tivemos o privilegio de coordenar. Depois da exposição, numa reunião de avaliação, nós tivemos a coragem de lançar a idéia de que se realizasse em Chapada uma festa que viesse resgatar as festas do Kerb como sendo um encontro festivo de todas as comunidades de Chapada, e não apenas de uma comunidade”, conta, acrescentando que o prefeito da época, Milton Kamphorst, se encantou com
Ivo Urbano Richter, ao lado da esposa durante uma das edições da Chapada Fest
a idéia. “Para tornar realidade esta festa Chapada não possuía um local adequado. Então, o prefeito lançou e iniciou a construção do Ginásio Municipal, erguendo desta forma um local amplo e adequado para realizarmos este sonho”, acrescenta ele que ajudou a coordenar pelo menos doze edições.
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O guardião da história de Chapada Assim que deixamos a prefeitura de Chapada naquela tarde ensolarada, avistamos o Museu Histórico e prevendo que lá encontraríamos belas histórias sobre o município decidimos visitar o local. Em frente a antiga casa que abriga o museu estava o responsável por guardar os objetos históricos de Chapada. César Scheuermann tomava chimarrão e conversava com alguns amigos. Bastante simpático, o servidor público convidou-nos para entrar e conhecer parte do acervo, já que muitos objetos estão guardados em outra sala pelo espaço restrito do prédio onde fica o museu. Ele revelou que a maior parte das antiguidades foi doada pelos moradores e a própria casa tem valor histórico. “Aqui foi a primeira prefeitura, e antes disso, foi a
subprefeitura. Também foi local de moradia, abrigou a biblioteca e foi até depósito para a merenda escolar. É uma das casas mais antigas do município, acredito que foi construída em torno de dez anos antes da emancipação, que ocorreu em 1959”, coloca. César não soube precisar exatamente quantas peças o acervo possui, mas garante que são entre 700 e 1000 peças. “Não há condições de todos os objetos ficarem aqui, por causa do espaço restrito, mas o que não está exposto está guardado em uma sala do ginásio de esportes”. Explicou, mostrando um motociclo importando da Alemanha e que foi produzido por volta de 1943. “A história de como ele chegou ao dono, um morador do interior do município, ninguém sabe precisar, mas
César é responsável por cuidar das antiguidades que contam a história de Chapada
ele deve ter comprado de alguém de Carazinho”, menciona. Outra peça curiosa do museu é uma placa de carroça de 1952, época em que este tipo de veículo, mais raro atualmente, precisava de placa e o condutor devia portar carteira de motorista. Um quadro com a comissão emancipacionista também está exposto. Dos membros, apenas um ainda vive, Sérgio Lângaro, que mora em Passo Fundo. Junto está a ata da primeira reunião que buscou a emancipação e uma foto do centro da cidade em 1928.
O sonho que se tornou realidade Procurando por empresários que apostam em Chapada, encontramos no térreo de uma residência de dois pavimentos em numa esquina da Rua Padre Anchieta, a Guebb Jeans. A fábrica, segundo vários moradores que conversamos, é uma das empresas mais prósperas da cidade e tem crescido a cada ano. Produz peças em jeans, de marca própria e, diante do fornecimento de matéria prima, fabrica também para conhecidas grifes. A Guebb Jeans nasceu do sonho em comum do casal Marli e Irinei Bervian. Há 20 anos eles apostaram na abertura da empresa e hoje vêem a organização bem estruturada e com um bom conceito no mercado
de vestuário. Fomos recepcionados por Marli, que antes de virar empresária era costureira e por isso já possuía experiência no ramo. Irineu, que estava viajando a trabalho no dia da visita, trabalhava em uma empresa de recebimento de grãos quando fundaram a Guebb Jeans, uma das empresas que tem se destacado em Chapada. Marli, responsável pela produção, conta que o momento atual é de expansão da empresa, o que poderá render mais do que os atuais 45 postos de trabalho. “A parte física da empresa crescerá e dependendo de como o mercado se comportará, mais pessoas poderão ser contratadas”, comenta Marli.
Guebb Jeans está expandindo negócios
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Tamandaré se orgulha SÉRGIO AUGUSTO CORNÉLIO E MARA STEFFENS NOGUEIRA
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Acesso ao município na BR 386 tem monumento representando os colonizadores
lmirante Tamandaré do Sul, município conhecido até no exterior, como a “Terra do Gaitaço” possui cerca de 2.100 habitantes. Até chegarmos lá, enfrentamos uma forte chuva ao longo da BR285 e em boa parte da VRS 801. Mesmo com mau tempo foi possível apreciar as belas lavouras no trajeto, que mostram a força da agricultura na região. Como o prefeito Ironi Sebben estava viajando fomos atendidos pelo seu vice, Valdemar José Jacomelli, que confirmou aquilo que já havíamos percebido no caminho: a principal potencialidade do município ainda é a agricultura. “Estamos incentivando o projeto do leite sustentável, para que possamos criar um modelo de agricultura que permita que o jovem permaneça na atividade, principalmente na agricultura familiar onde estão ficando apenas as pessoas de mais idade”, enfatizou.
Valdemar José Jacomelli, vice-prefeito de Almirante Tamandaré do Sul
Conforme Jacomelli, o município possui um posto de saúde em sua sede, além de Segredo, Linha Vitória e Vila Seca, um em cada localidade; quatro escolas, sendo duas de ensino fundamental; uma de educação infantil e uma estadual; um posto da Brigada
Militar; duas unidades de Cooperativas (Cotrijal e Cotrisal); pequenas lojas de roupas, calçados e empresas. “Algumas mini-fábricas se instalaram aqui, oportunizando vagas de emprego para que os jovens permaneçam em Tamandaré. Esse é nosso interesse, porque precisamos de população também, que as novas gerações dêem continuidade aos avanços que estão sendo feitos”, citou. Jacomelli fala com orgulho da Hidromineradora Valle Azul e a Indústria de Laticínios Deale, empreendimentos que estão crescendo, gerando empregos e renda, e que receberam incentivos da administração para se instalarem no município. O vice-prefeito destacou a importância das cooperativas, da unidade da E. Orlando Roos e a Fábrica de Embutidos Ninow, para o de desenvolvimento de Tamandaré. “O município pretende conseguir uma área para instalação
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de ser a Terra do Gaitaço de seu distrito industrial, trazer mais empresas e desenvolvimento”, revelou. Mas a grande marca da cidade, segundo o vice-prefeito é o Gaitaço. Através de projeto do deputado federal Giovani Cherini, Tamandaré recebeu o mérito da Câmara dos Deputados, sendo reconhecida como a Capital Nacional do Gaitaço e o nome do município já está com a marca registrada de “Terra do Gaitaço”. Com isso, o Municí-
pio espera explorar a marca para ampliar o evento, abrindo novas portas para investimentos na cidade. “O povo de Tamandaré tem orgulho do Gaitaço, estamos realizando o evento a cada dois anos, está crescendo, é uma marca muito forte”. Jacomelli gosta de morar em Tamandaré por causa de seu estilo de interior. “Eu me criei dessa forma, como a maioria aqui. É um lugar bom de se viver, tranquilo, os índices de criminalida-
de são mínimos. Não temos uma etnia predominante, há bastante alemães, italianos, e brasileiros sem descendência européia”, destacou ele, argumentando que o principal lazer são os bailes, festas, domingueiras, e o jogo de cartas em um dos principais bares. “Estamos trabalhando para trazer mais empresas, para sermos mais independentes e oferecermos à comunidade mais opções em todas as áreas”, salientou.
Área da saúde teve muitos avanços Quando saímos da Prefeitura, a chuva já havia parado. Fomos conversar com Luiz Henrique Meira da Silva, presidente da Associação dos Produtores da Agricultura Familiar. A entidade fundada em dezembro de 2009, funciona junto ao Banco Cresol e conta com mais de cem associados. Ele lembrou que em 1997 sofreu um acidente de trânsito, quando não tinha praticamente nenhum acesso à saúde na localidade. Ele teve que fazer tudo de ônibus, para obter atendimento médico. “Hoje há três ambulâncias para transportar pacientes e muitas coisas no próprio município. A área da saúde
melhorou cem por cento. Eu fiz cirurgia, uso uma prótese e na época tive que vir de Passo Fundo para cá em um carro. Foi uma das coisas mais difíceis da minha vida. Hoje estamos no céu, naquela época eu chegava chorar na estrada”, recordou. Silva entende que o Gaitaço teve muita influência no desenvolvimento do município. “Onde a gente vai, quando comenta que é de Tamandaré, o pessoal já diz ‘Terra do Gaitaço’. Isso abriu as portas da nossa cidade para todo o Brasil. Algumas empresas estão vindo para cá, outras deverão vir, tudo em função desse evento”, projetou.
Povo trabalhador é o maior patrimônio da cidade Na sequência conversamos com o vereador Gilmar Luiz Ely, presidente do Legislativo. Ele destacou como principais potencialidades, as áreas de indústria e comércio, as quais geram emprego e renda. “Muitos de nossos munícipes necessitavam se deslocar a outras cidades para trabalhar, porém, esta realidade vem mudando constantemente, em virtude dos avanços nos respectivos setores. Mas não podemos esquecer o maior potencial que nosso Município tem que é o seu povo trabalhador e que contribui para o crescimento da cidade”, elogiou. O parlamentar também se orgulha muito em residir em Tamandaré. Porém, para a cidade dar um salto em qualidade, segundo ele, é necessário continuar investindo em políticas públicas que fortaleçam a agricultura e o setor industrial.
Gilmar Luiz Ely, presidente do Poder Legislativo de Tamandaré
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Um gaiteiro talentoso A relação de Almirante Tamandaré do Sul com a música e com a gaita é muito grande, então visitamos alguém que representa esta paixão. Tivemos sorte de encontrar Homero Scherer em casa. O aposentado preparava-se para visitar um amigo e já estava dentro de seu corcel quando nos avistou. “Vamos entrar”, convidou ele abrindo a porta da residência em que vive com a esposa Eli, uma senhora igualmente simpática e que ficou bastante contente com nossa visita. O casal vivia na localidade de Igrejinha, mas escolheu a sede do município para, segundo Idoso de 81 anos é gaiteiro ele, “curtir o finzinho da vida”. mais velho de Almirante No início estava um pouco Tamandaré do Sul tímido, mas não demorou para ensaiar alguns acordes com sua gaita. Até o final da entrevista já estava tocando “Querência Amada”. Scherer, hoje com 81 anos, começou a tocar gaita aos 15 e disse que aprendeu praticamente sozinho. Não deixou de participar de nenhum Gaitaço, desde que a festa começou e garante que a cada ano, o evento fica ainda mais bonito. “Todo ano tem mais pessoas participantes e quanto mais gaiteiros, mais bonita a festa”, destacou ele. Ao falar da última festa, o idoso se orgulha de ter tido a oportunidade de tocar junto com Borghetinho, seu ídolo na música. “Ele toca muito bem e tocamos juntos, quase o Gaitaço todo”, conta, orgulhoso. Scherer diz que não gosta de tocar sozinho. Seguidamente se reúne com um vizinho para tocar. “Sozinho não tem muita graça. Até pela ela (a gaita) um pouquinho, mas logo largo”, pontuou.
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Empreendedorismo passado de geração em geração Tínhamos curiosidade de conhecer como são fabricados os Embutidos Ninov, na localidade de Rincão do Segredo. Nelson Henrique Schmidt representa a terceira geração da família que fabrica salames e hoje é o diretor administrativo da empresa fundada pelo avô materno. “Ele e minha avô trabalhava com agricultura e um dia decidiram deixar esta prática um pouco de lado e começaram com o abate de animais e com açougue. Em 1997 eles pararam e começaram a construção da fábrica de embutidos que está ai até hoje”, recorda. Schmidt destaca que a família não pensa em deixar Almirante Tamandaré do Sul. “A fabrica não sai daqui, porque nossa história com o município é profunda. Meu avô paterno foi da co-
Nelson Schmidt representa a terceira geração da família que fabrica salames
missão emancipacionista e meu outro avô foi o primeiro morador do então distrito. Além disso, é um lugar muito bom para morar, onde vive gente trabalhadora e que querem crescer. A fabrica poderá se expandir, ter filiais
em outros lugares, mas a matriz sempre será aqui”, argumenta. Sobre o segredo para que os embutidos tenham se tornado sucesso na região, Schmidt pondera que é o tempero. “Mas acima de tudo um bom produto deve seguir obrigatoriamente um padrão de qualidade, com uma carne de procedência gerando assim bons cortes para elaborar o produto final e uma estrutura industrial que segue os mais rígidos padrões de higiene são de fundamental importância”, concluiu. Hoje os Embutidos Ninov estão disponíveis em mercados e padarias de 22 municípios da região. Em alguns há representante comercial, em outros a disponibilidade é apenas nas unidades da Cotrijal.
Filhos de João Domingos mantém laços com Tamandaré Ao chegar na Madeireira Jacarezinho encontramos os irmãos Débora e Jordano, filhos do ex-prefeito João Domingos da Silva, ainda muito lembrado, e com carinho, pelos moradores. Quando souberam o motivo da visita, mostraram-se contentes por perceber que os feitos do pai ainda repercutem de forma positiva na região, já que o ex-prefeito, foi o idealizador do Gaitaço. Depois da morte do pai, Débora, Jordano e Joel tocam a madeireira fundada pelo pai. Segundo a filha mais velha, tocar o negócio foi uma das formas encontradas para manter a família ligada ao município de Almirante Tamandaré Sul. “Nossa relação com este
lugar é muito forte. Eu vim para cá com cinco anos, meus irmãos nasceram aqui. Também carregamos esta cidade no peito porque o pai foi prefeito”, colocou. Emocionada, Débora destacou que mesmo morando em Carazinho, a família mantém atividades em Almirante Tamandaré do Sul, para, entre outras coisas, manter os laços afetivos com a terra. “Seria mais prático ficarmos em Carazinho, mas temos um vínculo forte. Aqui nos conhecemos todos e todos nos conhecem. Os nossos funcionários, vários deles, estão conosco há mais de trinta anos. Este vínculo todo vem da época do pai e não podemos deixar isso se perder”, menciona.
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Saldanha Marinho: Um oásis as margens da BR 285
ALESSANDRO TAVARES MAYARA DALLA LIBERA
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o nos aproximarmos da sede do município constatamos que no aparelho de telefone celular a área de prefixo indicada muda de 54 para 55. Saldanha Marinho é a última, ou a primeira cidade da área 55. Ao estacionarmos o veículo do DM próximo a prefeitura, paramos em frente ao CTG Porteira Velha onde logo percebemos a movimentação de homens na cozinha mexendo com um panelão, na verdade um tacho. Entrando no Centro, fomos recepcionados por dois homens, Aércio Formentini e Julio Rouper, integrantes da patronagem do CTG e que faziam banha e torresmo para serem usados durante as programações das entidades. Do CTG cruzamos a rua indo em direção a prefeitura, pois havíamos marcado horário com o prefeito Volmar Telles do Amaral que nos aguardava acompanhado do presidente do Poder Legislativo Adair Damiani. Já na prefeitura durante a conversa ficamos sabendo que o presidente da Câmara Adair Damiani. e o prefeito Volmar Telles do Amaral são de partidos diferentes e que Damiani representava a oposição ao governo. Mesmo assim, nos disse que se reúne com o prefeito de duas a três vezes por semana para tratar de projetos. Segundo Damiani, mesmo a oposição sendo maioria dos nove vereadores do município, 98% dos projetos do Executivo tem sido aprovados. Ao entrar no Centro Administrativo comentávamos, eu e a colega de que provavelmente seria o mais arrojado
captação de recursos em diferentes áreas. É desse modo que o município tem renovado sua frota de veículos e maquinário da Secretaria de Obras e Agricultura. Alias, conforme o prefeito por questão de economia o município está momentaneamente sem secretários nas pastas de Agricultura e de Fazenda. Pedimos ao prefeito que nos contasse qual a marca do município, ou pelo o quê a cidade é, ou gostaria de ser lembrada. O prefeito olhou para o presidente do Legislativo e a secretaria de Educação que estavam na sala e voltando seu olhar a nós resPórtico de entrada no município tem escrito a frase “Oásis de amor e civismo” pondeu “acolhida”, lembrando o que dá uma idéia da receptividade de seus munícipes para com os visitantes lema da cidade. Conversamos eu prédio de prefeitura de toda a região, há inclusive a colega, mais tarde, que de fato que pelo havíamos constatado naquele um jardim interno. Na conversa com prefeito e o município nos contatos que tivemos de que a afirmação do prefeito era presidente do Legislativo, fomos informados que verdadeira. Quando perguntamos a Amaral como ele imaginava a cina cidade existem três escolas e uma escola pólo em dade de 26 anos nos próximos 26, o chefe do Executivo respondeu que construção. A rede tem matriculados pouco mais de espera poder planejar bem a organização do Município de forma que 300 alunos. Levando em conta que o município tem haja mudanças positivas em áreas como educação e saúde. Duas curiouma população de 2800 habitantes é possível afirsidades foram reveladas pelo prefeito, uma deles é do investimento que mar que mais de 10% da população esta em idade um produtor de leite fez modernizando a produção com a instalação escolar, sem contabilizar os universitários e jovens do sistema de confinamento Free Stall, outro o caso de produtor rural que buscam ensino técnico profissionalizante em esque faz vinho e que mantém sua produção em local refrigerado por um colas e universidades da região. O prefeito nos falaaparelho de ar condicionado 24 horas por dia. Saindo da prefeitura o va que a prefeitura conta com duas pessoas que tem presidente do Legislativo nos acompanhou em uma visita na Câmara dentre suas funções pesquisar e fazer projetos para de vereadores.
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26 anos servindo o povo na casa do povo Ao chegarmos à sede do Legislativo nos deparamos com um homem colocando os pavilhões nos mastros, tratava-se do Diretor de Expediente da Casa Valter Castelli , que aliás junto à contadora são os únicos servidores concursados do Poder. Castelli por sinal é funcionário público desde a emancipação de Saldanha Marinho e em uma conversa no plenário nos contava que participou da comissão emancipatória, na época era o mais jovem do grupo com 27 anos de idade. Perguntamos a ele, neste tempo, o que mais lhe surpreendeu positiva e negativamente. Respondeu- nos que positivamente, muita coisa aconteceu , a cidade cresceu, melhorou a oferta de serviços de saúde, educação, por outro lado, comentou que na primeira eleição municipal houve consenso quanto ao candidato, e depois nunca mais. Dizia-nos que como a cidade é pequena e quase todo mundo é parente ou se conhecem, em período eleitoral ha muita divergência e às vezes até as famílias ficam de birra entre si. Contava-nos que a Câmara, além de acesso a internet também oferta xerox de graça a toda comunidade. As sessões do Legislativo de Saldanha Marinho são transmitidas ao vivo com som e imagem todas as segundas. Conforme o vereador Damiani, volte e meia os debates são quentes. O presidente ainda nos acompanhou em uma visita ao hospital, tínhamos a pretensão de saber da administração da casa de saúde os desafios de se gerenciar um hospital em um município pequeno.
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Hospital quase sem pacientes Fomos até o hospital do municícusto de manter as atividades pio, pois tínhamos o conhecimento é de cerca de R$ 3.500 por dia, de que em casos de acidentes na BR dos quais o Estado contribui 285 em que vitimas ficam feridas apenas, segundo Dari Bauerde forma não tão grave são levados mann, com R$ 10 mil por até o hospital e também de que vez mês. Conforme Bauermann ou outra, pacientes da localidade sua maior meta é reativar o de Pinheiro Marcado distrito de bloco cirúrgico desativado há Carazinho também vem até aquela cerca de três anos e ofertar casa de saúde por ser mais próximo plantão médico 24 horas por do que o próprio HCC. Enquanto dia. O responsável comentava esperávamos chegou ao hospital, que o índice de internações um dos três policiais que atuam na é muito baixo, são em média cidade pedindo informação de um 8 pacientes por mês. Outros cidadão. Um violeiro do município 8 idosos são observados no Ter plantão médico 24 horas por dia é uma das metas que estava sumido desde a noite abrigo. Com a baixa demanda do diretor do hospital Dari Bauermann anterior. Em seguida fomos chade internações as funções de mados pelo diretor Dari Bauermann que nos recebeu em hospital acabam se configurando em consultas e atendimentos uma das salas e nos relatou seus dilemas de diretor. O pré- ambulatoriais. O custo para manter a unidade diante da demandio é antigo, tem mais de 60 anos. O gestor comentava que da é alto, porém não se pensa e fechar a unidade, pois é uma entre hospital e o abrigo de idosos são 30 funcionários e o referência para comunidade.
Cliente daqui comprando fora Do hospital fomos até uma das lojas agropecuárias do município para conversar com seu proprietário que também é presidente da Associação Comercial Industrial e de Prestação de Serviços de Saldanha Marinho. No caminho demos carona ao presidente da Câmara de vereadores que nos revela que uma de suas preocupações quanto o futuro da cidade é o abastecimento de água. Dizia-nos que os saldanhen-
ses pagam por metro de água R$ 0,50. Se por um lado o preço é pouco, por outro estimula o consumo e não gera um caixa o suficiente para a prefeitura que gerencia o sistema, a ponto de que seja possível a substituição da canalização ou de melhorias no futuro. Já no contato com o presidente da Associação Comercia Natal Pertili, nos dizia que Saldanha Marinho tem hoje cerca de 100 CNPJ e destes 34 fazem parte da associação. No município, uma parte expres-
siva dos estabelecimentos comerciais é do segmento de confecções. Natal nos dizia que o principal desafio da entidade é incentivar o consumo no comércio local uma vez que os empresários têm constatado que muitas pessoas tem ido a outras cidades, dentre elas Carazinho fazer compras. Segundo o presidente também é um desafio tornar o comércio saldanhense mais atrativo, e mais variado.
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Vacas com produtividade média-diária de 38 litros
Vinho - gelado Andando a cerca de três quilômetros adiante do centro de Saldanha Marinho chegamos à granja Santo Antônio, onde fomos recebidos na varanda por Neri Verdinazi. Na conversa o agricultor nos contava que sua principal atividade é a produção de grãos e de leite, porém como hobby, já há algum tempo vem produzindo vinho e comercializando o excedente com os conhecidos. A uva vem da cidade de Veranopolis. Todos os anos, Verdinazi adquire cerca de oito mil quilos de uva e as processa armazenando em barris de plástico. Verdinazi nos contou que até buscou informações para tornar sua pequena produção de vinho em uma agroindústria. Diante dos impostos que atividade paga percebeu que não seria um negócio vantajoso já que a produção esta longe de ser sua principal fonte de renda. Verdinazi nos dizia que para ficar pronto, o vinho leva ao menos um ano e que em cada litro de vinho tem lucro de cerca de R$1,25, nos dizia que cada quilo de uva rende cerca de 600 ml de vinho. Enquanto conversávamos chegou à propriedade o senhor Darci Miguel da Rosa morador da Praia do Pinhal, mas que por manter negócios na região com freqüência adquire
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Neri Verdinazi refrigera a produção de vinho usando um aparelho de ar condicionado
o vinho produzido por Verdinazi. Sobre o ar condicionado que mantém na sala em que estão os barris de vinho Verdinazi explicou-nos que o aparelho fica ligado 24 horas por dia para manter o ambiente em temperatura inferior a 18 graus, o que influência na maturação do vinho. Verdinazi até quis nos dar uma prova do vinho, mas por ter de dirigir e estarmos de trabalho tivemos de recusar, ficamos com a afirmação de Darci Miguel da Rosa de que o vinho estava bom. Saindo da granja Santo Antonio voltamos até o centro no escritório da Emater.
Ao chegarmos à propriedade da família Lewe fomos cordialmente recebidos pelo senhor Marcio Lewe que saiu da sala de ordenha para nos receber em seu escritório. Na leitaria, alem de Marcio e seus dois irmãos, sócios do negócio, trabalham também oito funcionários. As ordenhas são feitas três vezes por dia e as mais de 400 vacas são acompanhadas por quatro veterinários, cada um com uma função. Quando perguntamos a média de produção, logo ficamos sabendo por que os Lewe são os maiores produtores de leite do município. Cada vaca rende por dia uma média surpreendente de Propriedade da família Lewe é a maior produtora de leite do município 38 litros de leite. A produção é toda comerciali- até então trabalhava no sistema semi intensivo, zada com uma empresa de Passo Fundo. O pro- onde as vacas pastavam algumas horas por dia e dutor nos dizia que está no sistema intensivo de eram tratadas no cocho. No sistema atual a vaca produção desde dezembro do ano passado, pois praticamente não sai do local.
Propriedades se enquadram como médias e grandes No escritório da Emater de Saldanha Marinho conversamos com chefe da unidade Jussara Bueno Fripp. Jussara esta na cidade há dois anos e nos contava que este ano começou um trabalho com 26 produtores de leite que tem produção diária inferior a 100 litros de leite na intenção de melhorar as condições
de pastagens das propriedades e de genética de rebanho afim aumentar a produção. No município segundo Jussara tem 465 propriedades rurais, destas cerca de 100 com menos de quatro módulos, os demais se enquadram como médias e grandes propriedades. No município os tamanhos das áreas variam de 2 a 1500 hectares.
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Não-Me-Toque: muito mais GABRIELLA BELLÉ - RODOLFO SGORLA DA SILVA
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ouco mais de 20km separam Carazinho de Não-Me-Toque, mas, de tranqüilo este trajeto não teve nada: o número de buracos exigiu muita atenção para que não “caíssemos” em nenhum. Além disso, o fluxo de veículos na rodovia ERS-142 muito intenso, prolongou um pouco mais nosso trajeto do que o habitual. Ainda assim, a Capital da Agricultura de Precisão, com seus 16.894 moradores, de acordo com a última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), nos recebeu de braços abertos e boas conversas, como com o ex-professor da
Escola Solano, Ivo Michels e a imigrante holandesa, Cornelia Maria Josepha Souillje van Riel. De quebra, ficamos sabendo que existem duas versões para o nome da cidade “Não-Me-Toque”: a primeira, e mais aceita, diz que na época dos tropeiros, haviam muitos arbustos com espinho de Santo Antônio, então, diziam que era a região dos “não-metoques”. Inclusive, bem no centro da praça existe um desses arbustos. A outra versão conta que havia um proprietário de uma fazendo que dizia “não me toques dessas terras”, quando tentaram desapropriá-lo. Bom, a verdade é que de tão curio-
Arbusto de “não-me-toque” no centro da praça central
so era o nome que na década de 1970 houve um plebiscito para que a cidade passasse a se chamar “Campo Real”, o que não durou muito tempo. Ainda as-
sim, teve gente que nasceu em Não-MeToque, mas foi registrado como camporealense, como dois irmãos da prefeita, Teodora Souillje Lütkmeir.
“Eu vejo Não-Me-Toque em uma evolução” Nossa primeira parada foi na agência dos Correios de Não-Me-Toque. Foi fácil de encontrar: “chega na avenida, depois é só virar na esquina da farmácia”, bem como nos disseram. Lá, trabalha o presidente da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Serviços de Não-Me-Toque (Acint), Paulo Junior Gomes da Silva, que não nasceu não-metonquense, mas, tornou-se de coração. “Ele conta que está na Acint há apenas três anos e já o indicaram como presidente, cargo que o deixa muito orgulhoso,
especialmente por ver o potencial do município. “Eu vejo Não-Me-Toque em uma evolução. Um município diferente. Vejo as pessoas trabalhadoras, empreendedoras, com vontade de mudar, de melhorar”, reflete. Para finalizar nossa conversa, ele nos contou que gosta mesmo é de arregaçar as mangas e fazer mais por Não-Me-Toque. “Estamos fazendo um feijão com arroz bem temperadinho, dentro das minhas limitações, é claro. Cada um tem que tentar deixar a sua marca. É o que estou tentando fazer”, finaliza.
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que a Capital da Agricultura de Precisão Foi preciso apenas atravessar a rua para que chegássemos à Prefeitura de Não-MeToque. Alguns minutos de espera e, logo fomos recebidos pela prefeita Teodora Souillje Lütkmeir, sempre muito simpática. Em sua sala, conhecemos ainda mais sobre a longa carreira dentro da Prefeitura, onde começou a trabalhar aos 18 anos, no primeiro emprego, como professora e, agora, como prefeita. Sobre o município, Teodora afirma que houve uma grande evolução, especialmente na matriz econômica. “Por mais que a nossa ligação seja toda agrícola, a matriz tributária que há tempos atrás era quase que exclusivamente oriunda da produção primária, das lavouras, hoje é diferente. Cerca de 70% da matriz tributária vem das indústrias. Com isso, o município tem um ICMS maior que outros municípios. Isso não quer dizer que a cidade não enfrente problemas, porque, a redistribuição tributária é injusta no nosso Brasil”, afirma. Ela ressalta que NãoMe-Toque é uma cidade que tem um
Teodora Souillje Lütkmeir, prefeita de Não-Me-Toque
diferencial pelo seu potencial empreendedor, principalmente por seus habitantes. “É um município que tem o que avançar ainda mais. A gente percebe que quem mora aqui acredita no município. Então, os não-me-toquenses acreditar na cidade é o grande ‘plus’. Acreditando que as empresas podem expandir mais, as pessoas procuram se qualificar para tentar ficar no mercado local, o que há 10 ou 15 anos não ocorria. Nós percebemos que quando o poder público conclama a população para uma iniciativa, pela associação comercial, e todas as empresas, eles efetivamente participam. Quando se briga, se briga junto por alguns objetivos”, conta
Teodora. Falando mais sobre sua história pessoal, a prefeita conta que seus pais são holandeses, uma das etnias que vive no município e que, até hoje, ainda ouve muitas histórias da época em que chegaram ao Brasil. “Não-Me-Toque tem a colonização alemã, italiana e holandesa, sendo esta a última que veio em 1959, por causa dos freis franciscanos. Eu cresci ouvindo as histórias e continuo. É uma imigração recente. Eu tenho tios e primos ainda na Holanda. Tem ligações familiares, diferente de quem veio há 100, 150 anos atrás. Culturalmente, o que é atrativo em Não-MeToque? É a diversidade étnica e para isso a gente valoriza isso principalmente pelo Natal Étnico, que este ano vamos para a 14ª edição, e a Expodireto, que tem outro foco, mais industrial, tecnológico, da inovação, que é uma iniciativa aprovada, da Cotrijal, mas, que Não-Me-Toque e toda a região colhe frutos positivos até hoje”, finaliza, ligando para sua tia, Cornelia, para que ela nos contasse como foi a vinda deles para o Brasil.
“Eu sinto orgulho por ser não-me-toquense” Saímos da agencia dos Correios em direção à Câmara de Vereadores, onde tínhamos uma conversa marcada com o presidente da casa, Gilson do Santos, o Maninho. Decidimos fazer o caminho a pé, mesmo correndo o risco de tomar um banho de chuva na volta. O passeio valeu a pena, pois, pudemos conhecer um pouquinho mais de Não-MeToque, que talvez não prestássemos atenção indo de carro, como uma casa com o jardim repleto de cata-ventos. Com a chegada do vereador, fomos até o gabinete dele, onde ficamos conhecendo um pouco da história deste jovem político
que segue os passos do pai, João Batista, o Quita. Ele relembra que quando era mais novo e ia visitar a irmã em São Leopoldo, tinha certo receio em falar que era de NãoMe-Toque, porque, ou ninguém conhecia, ou davam risada. “Hoje eu sinto orgulho por ser não-me-toquense. Nós sentimos a diferença, para nós que vamos a Porto Alegre ou Brasília, falamos que somos do município e, o pessoal já conhece o que representa. Temos que ressaltar que isso é graças as nossas empresas e a Expodireto, que deu um ‘up’ em Não-Me-Toque. Então, hoje, morar aqui é um diferencial”.
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“Aqui é minha terra, eu considero a minha terra” Não-Me-Toque deve ser uma das cidades com a maior concentração de réplicas de moinhos de ventos do país. Basta andar algumas quadras e já vimos em diversas residências – além de outros elementos da imigração holandesa, como tamancos. Dentre essas casas, está a de Cornelia Maria Josepha Souillje van Riel e do marido Johanne van Riel. Ambos vieram da Holanda ainda no começo do período de imigração, na década de 1950. “Para falar sobre a imigração holandesa, eu tenho que retornar a 1952, ano em que meus pais e minha família chegaram em Não-Me-Toque. Na época, era um distrito de Carazinho. Era um povoado pequeno com, talvez, 3 mil habitantes e eu tinha 11 anos. Em Não-Me-Toque tinha o ginásio Francisco Solano, que era dirigido pelos padres franciscanos holandeses e eles se encarregaram de trazer algumas famílias holandesas”, relembra. Ela conta, ainda com um sotaque carregado em algumas letras, que o primeiro a vir foi o fundador da Jan. “O nome dele se lê “Ian”, mas, aqui no Brasil ficou com o som de “J” [risos] e a empresa ficou com o nome dele. Também veio um cunhado dele, mas esse voltou para a Holanda, isso em 1949. E em 1950/51, vieram as primeiras famílias vindas de Holambra, em São Paulo. Muitas famílias holandesas vieram para Holambra e, por vários motivos, não deu certo, por isso, vieram para Não-Me-Toque. E então, as pessoas começaram a se espalhar pelo Brasil: algumas para Santa Catariana, alguns para o Paraná e 70 famílias vieram para Não-Me-Toque”, fala. Com o sotaque ainda carregado em algumas letras, ela afirma que nunca pensou em voltar para a Holanda. “Nem
Cornelia Maria Josepha Souillje van Riel em frente ao seu “moinho de vento”
“Não-Me-Toque
é minha cidade, é onde criei raízes, tive meus filhos, onde meus filhos cresceram, estudaram, casaram. Aqui é minha terra.”. meu marido. Ele veio para o Brasil com 9 anos, em 1949, indo primeiro para Holambra. A primeira vez que voltei a Holanda foi em 1978, nós já voltamos mais vezes, a última vez acho que foi em 2008 e, no dia 2 de outubro deste ano fomos novamente. Meu marido tem duas irmãs vivas lá. Elas vieram par cá com os pais, casaram aqui e depois, já com família, voltaram para Holanda. Também foi um irmão que já faleceu. E tem primos que a gente conhece”, frisa.
“E o que significa Não-MeToque para a senhora?”, perguntamos. “Não-Me-Toque é minha cidade, é onde criei raízes, tive meus filhos, onde meus filhos cresceram, estudaram, casaram. Aqui é minha terra. Na Holanda a gente vai, se identifica com a língua. Onde a gente vai, falam holandes. Aqui, onde a gente vai e não quer que os outros entendam, falamos holandês, lá todos entendem [risos]. Aqui é minha terra, eu considero a minha terra. As vezes a gente tá tão entrosado aqui, quando pede local de nascimento, quase diz Não-Me-Toque, mas, em tempo diz que é estrangeiro e que nascemos lá. A gente já está há 62 anos aqui. Esse é meu lar”, finaliza. Antes de irmos para a última parada de nossa visita a NãoMe-Toque, Cornelia nos mostra uma de suas paixões: o orquidário. Há diversas espécies de plantas que são cuidadas com muito carinho por ela e pelo marido.
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Lagoa dos Três Cantos: o orgulho pelo melhor IDH da região ALESSANDRO TAVARES MAYARA DALLA LIBERA
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aímos de Carazinho rumo à Lagoa dos Três Cantos, cidade famosa pelo ar europeu, suas deliciosas cucas e seu ar bucólico de cidade interiorana, “onde não são necessárias grades nas casas” – frase essa muito ouvida por esses repórteres que vos falam, durante a visita – em um dia de clima instável e temperatura amena, em meados de setembro. A 38 quilômetros de Carazinho, o município com pouco mais de 1.500 habitantes, mais precisamente 1.648 pessoas. Ao entrar no prédio da Prefeitura, construída em típico estilo germânico, nos deparamos com uma placa que expõe a missão do Executivo Municipal e com a simpatia do povo trêscantense... uma simpática senhora entra no prédio e conta que foi tirar uma licença para o corte de um pinheiro, ouvimos a história dela com esmero, enquanto esperávamos para conversar com o prefeito. Ao sermos recebidos por Sérgio Lasch, chefe do poder executivo, passamos aos dados oficias, a burocracia administrativa, típica de qualquer ente municipal. Lagoa dos Três Cantos conta com três escolas – duas municipais, uma estadual e nenhuma instituição particular. Nem precisa, também pudera, o município protagoniza entre os melhores índi-
Os prédios públicos, como Prefeitura e Câmara de Vereadores, são construídos em estilo germânico
ces educacionais do país e o PRIMEIRO lugar no Estado. “São mais de 200 crianças em idade escolar, juntando as da rede estadual e municipal. Dessas 80 estão na ProInfância”, revelou, adiantando que existe uma liberação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
“Lagoa dos Três
Cantos, cidade famosa pelo ar europeu, suas deliciosas cucas e seu ar bucólico de cidade interiorana”.
para a construção de uma nova escola de ensino fundamental municipal. A economia é baseada na agricultura – englobando produção de leite, frango, suíno e grãos, como soja, milho e trigo. Para o setor industrial, existe planos para o futuro: “infelizmente, não
temos áreas para doar, mas na questão de infraestrutura estamos abertos para dar suporte”, confirmou o prefeito, descrevendo que ainda está na luta para viabilizar para o município o projeto Cidade Digital – que instalaria internet gratuita com fibra ótica em todo o município, além de contemplar a área urbana com câmeras de videomonitoramento. Enquanto dávamos andamento para a conversa, observamos que todas as divisórias do prédio sede do executivo municipal são de vidro, dando uma sensação de que a transparência religiosamente é seguida ali. Da sala do prefeito dá para ver a famosa Lagoa dos Três Cantos através de um vitral e uma sacadinha, ainda com aquele ar bucólico e – a gente sabe que já disse, mas adoramos repetir – europeu. Essa vista nos inspirou para o nosso primeiro personagem na cidade.
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A devoção de um homem pela praça Dessa mesma vidraça, vimos um homem idoso que com mãos calmas, mas certeiras, ia desenhando cada arbusto da famosa praça. Solitário no meio daquelas figuras, criadas por ele, seguia seu trabalho com obstinação e um sorriso de satisfação nos lábios, até que nós o interrompemos. “Eri Ivo Knopp”, disse que assim se chamava o simpático senhor, repetiu, até que entendêssemos: “Eri Ivo Knopp”, “Eri Ivo Knopp”, “Eri, mesmo moça”. Ele é o jardineiro “CONCURSADO”, se orgulha em dizer, da praça de Lagoa dos Três Cantos. Aos 64 anos, visivelmente judiado pelo tempo e pelo serviço braçal, há mais de 18 anos é ele quem mantém a praça impecavelmente linda. Com seu jeito manso, ele recorda que no começo era apenas uma lagoa, de formato inusitado, mas abandonada. “Agora é uma referência. Vem gente de tudo que é canto para visitar nossa praça”, disse orgulhoso. O ofício Eri aprendeu na cida-
de vizinha de Victor Graeff, se diz apaixonado pelo que faz e lamenta que ninguém tenha interesse de aprender para dar sequência ao seu trabalho. “Fim de semana isso aqui é cheio de gente. Os jovens vêm para namorar, tirar foto, se conhecer e até tomar uma cervejinha”, relata, reclamando da música alta que esse público coloca, perturbando o sossego da cidade calma, enquanto nos leva para ver os seus peixes. “Erra quem faz”, disse o sábio homem, jogando a ração para as enormes carpas que habitam a lagoa. “Vocês viram como são lindos os bichos?”, nesse momento ele não fala só dos peixes, mas dos patos que ficam nadando tranquilamente pelas redondezas. “Eu estudei só até a 8ª série, mas eu queria mesmo era ser engenheiro ou inspetor de investigação da polícia”, comentou Eri e nós olhamos com devoção para aquele homem que tinha seus sonhos escondidos, esperando que alguém o ouvisse, para revelar para o mundo e eternizar.
Eri Ivo Knopp, aos 64 anos, se orgulha em ser o responsável por manter a praça impecável
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“A culpa é das cucas” Em terra de cego, quem tem um olho é rei. Já dizia a expressão popular... e em terra de alemão, italiano é o que? Bem sucedido ao fazer cucas maravilhosas! Há 25 anos, antes mesmo de Lagoa dos Três Cantos virar município, a família Borghetti faz as melhores cucas que a região já viu. Há quase uma década, Lagoa dos Três Cantos ganhou espaço em rede nacional por ser uma das cidades com população mais obesa do país. “Achavam que a culpa das pessoas engordarem era das nossas cucas”, riu-se o patriarca da família, Ivaldo Ferravante Borghetti, que aos 74 anos já está passando o comando da panificadora Borghetti para filhos, genros e netos, os sucessores de tanta delícia. Hoje o neto Matheus trabalha com o avô, no negócio familiar que emprega mais 12 pessoas. No fim de semana, a produção chega a 600 cucas por dia, sendo que 90% do produto vai para a região – principalmente Não-Me-Toque e Tapera. “O segredo não dá para contar”, voltou a brincar seu Ivaldo. O fato é que as cucas são um sucesso, 13 sucessos na verdade, um para cada recheio inventado por essa acolhedora família. “A gente começa às 2h da madrugada para às 6h estar tudo pronto”, revela o neto Matheus. Para nós, o segredo já estava revelado: trabalho, carinho e bom humor. Afinal, quem cedo madruga, Deus ajuda. Ganhamos uma cuca de nata com coco, compramos mais duas (uma de doce de
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Tradição de excelência no IDH Não é a primeira vez que Lagoa dos Três Cantos protagoniza lugar de destaque na lista dos melhores Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Em 2014, o município ostenta o título de 71ª posição no Brasil, 5° lugar no Estado e 1° lugar em educação no Rio Grande do Sul – indiscutivelmente o melhor índice regional. “Dos 5.565 municípios no Brasil, estamos a frente de 5.495. No Estado, perdemos apenas para Porto Alegre, Carlos Barbosa, Ipiranga do Sul e Três Arroios”, comemora Sérgio Lasch.
Há 25 anos, antes mesmo de Lagoa dos Três Cantos virar município, a família Borghetti faz as melhores cucas que a região já viu
leite, outra de frutas). Ganhamos sorrisos, elogios e saímos felizes rumo ao hotel, cujo proprietário é alemão, com uma diferença, nascido na Alemanha e vindo da Europa por causa da esposa brasileira.
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A vida cortada GABRIELA BELLÉ RODOLFO SGORLA DA SILVA Ir ao mercado, visitar familiares e passear no centro da cidade são atividades que dependem de uma travessia arriscada para Lúcia Bruinsna Vollmer. Moradora de Tio Hugo, ela precisa diariamente atravessar as rodovias que cortam a cidade para se locomoAtravessar rodovias movimentadas é rotina para Lúcia Vollmer ver dentro do município. A rotina de Lúcia ilustra uma condição da cidade. Tio Hugo, passa atravessando as rodovias ao lonAntes território dividido por três municípios, Victor go do dia. Para nós, essa peculiaridade da cidade Graeff, Ernestina e Ibirapuitã, hoje, 18 anos após é a primeira imagem que se tem da localidade e a emancipar-se, a cidade de Tio Hugo segue dividida, mais marcante ao se pensar no município. desta vez pelas rodovias que cortam suas ruas, a BR Os carros indo e vindo, o barulho atrapalhando 386 e as ERS’s 153 e 223. “É uma rotina atravessar a entrevista e a conversa ia se desenrolando com essas estradas, é difícil, é complicado. O comércio, dona Lúcia entremeada por olhares para a rodoenfim, tudo fica tudo do outro lado dos trevos, então, via. Não é bom se descuidar do trânsito quando se estou sempre atravessando. Nas sextas-feiras, dia de está a um passo do asfalto e veículos grandes e pemais movimento, às vezes fico dez, quinze minutos quenos cruzam em velocidade. “Vivo atravessanesperando para poder passar”, relata Lúcia, que, jus- do de um lado para outro. Quando você vê está tamente numa sexta-feira demorou um pouco mais atrasado de tanto esperar os carros. Não é fácil”, para sua travessia, já que dois repórteres a aborda- afirma a moradora, de 48 anos. ram para uma conversa entre o asfalto e a grama de O coração do Mercosul, como é conhecido Tio um dos trevos. Hugo, de fato, chama atenção mesmo por suas arO assunto, sem dúvida, foi o cotidiano da morado- térias rodoviárias que se mesclam no centro da ra, que, assim como inúmeros outros habitantes de cidade E o coração do tio é bondoso.
Um retrato da cidade E se o coração do Tio Hugo é bondoso, não teria lugar melhor para que alguém contasse sua história e frisasse essa característica do que em uma das rodovias. Na BR 386, encontramos Jaqueline Treib Bergamann, natural de Venâncio Aires e uma das proprietárias de um restaurante na beira da estrada. Uma moradora de Tio Hugo por opção há sete anos. Se hoje quem vive em Tio Hugo gosta da cidade, quem mora na localidade desde antes da emancipação afirma que muitas dificuldades foram encontradas. “Vim para cá em 1968, não tinha trevo construído ainda. Não tinha nada. Só uma casa, e uma escola de madeira. A cidade demorou a crescer. Eu vi Tio Hugo crescer, as casas foram aumentando e as pessoas vindo morar aqui. Havia pouca condições, o acesso à água era complicado, para comprar produtos era preciso ir até Passo Fundo. Era muito difícil no começo”, conta Jandira Schuster, que reside em Tio Hugo até hoje e foi morar na cidade para
Jaqueline Bergmann
Jandira Schuster
trabalhar como professora. Casada há 44 anos, ela é mãe de dois filhos e avó de dois netos. Ela recorda que um salão pertencente aos seus sogros era
o ponto de encontro da localidade. “O salão era onde as pessoas se reuniam. Havia festas da escola e da comunidade no local. O grupo de mulheres se reunia e os homens jogavam bolão”, lembra Jandira. Se Jandira relata que o município demorou a crescer e muitas dificuldades eram encontradas, Marilene Marquetti, atual secretária de Educação, foi uma das pessoas que fizeram um trabalho de documentação escrita e filmada de todo o município. “Montamos um polígrafo contando a história da cidade. A população que vivia aqui era desassistida, não havia unidade de saúde, escola com ensino médio e o acesso a água e telefone também era um problema. Saímos com uma Kombi emprestada e filmamos todo o município, a forma como ele estava quando se emancipou. A Kombi não conseguia passar em muitos acessos a casas, havia residências de chão batido, sem energia elétrica, sem água, sem banheiro. 14 anos depois a situação mudou muito”, opina Marilene.
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por rodovias
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“Tivemos que sair do quilômetro zero” Verno Müller, prefeito de Tio Hugo, relata os esforços necessários para a construção da cidade. “O município tem apenas 13 anos de gestão própria. Neste período, tivemos que sair do quilômetro zero e partir para a construção de uma cidade. Exceto as rodovias, não tínhamos infraestrutura nenhuma, é evidente que neste período avançamos muito. Suprimos o município com 100% de fornecimento de água e energia elétrica e montamos uma estrutura administrativa alicerçada em uma tecnologia de ponta”, relata Müller. Como dificuldades, o prefeito cita a falta de recursos para se fazer investimentos e a demora para que projetos que dependem dos governos estadual e federal saíam do papel. Natural de Victor Graeff, Verno Müller não economiza palavras para falar de Tio Hugo. “Do ponto de vista pessoal, conheço outros lugares e afirmo que não tem lugar com clima melhor e tão bom de se viver como nossa região e Tio Hugo. Temos um local bonito, produtivo, um povo bacana. Para mim, é o melhor local do mundo para viver”, finaliza.
Verno Müller, prefeito de Tio Hugo
As ERS’s 223 e 153 e a BR 386 cortam a cidade de Tio Hugo
“A política está no sangue” A emancipação de Tio Hugo foi um fato vivenciado de perto por Vicente Muhl, atual presidente da Câmara de Vereadores de Tio Hugo e filho do primeiro prefeito da cidade, Gilmar Muhl. “Tenho 23 anos, nasci em Não-Me-Toque e desde 2001 moro aqui. Acompanhei a emancipação. Era criança, tinha dez anos e vi meu pai juntamente com outras pessoas articular a emancipação”, relata. Ele afirma ter orgulho da cidade. “É um orgulho porque vi de perto como tudo começou e hoje analiso o que Tio Hugo se tornou. Meu pai levou mesa, cadeira, folha de papel e canetas para começar o trabalho na prefeitura. Hoje, a cidade tem uma saúde excelente, por exemplo. Temos uma evolução constante.
Vicente Muhl, presidente da Câmara de Vereadores
O pai de Vicente faleceu em um acidente de trânsito. Ele cita o pai quando fala nos motivos que o levaram a ser vereador. “Dizem que a política está no sangue. Meu pai faleceu e eu quis continuar um trabalho dele”, aponta. Ele não descarta tentar ser prefeito um dia. “No momento não penso nisso, mas, quem sabe futuramente, vamos ver isso”, afirma.
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Cenários da região
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