Setembro de 2017

Ano 18 Nº 215 Setembro 2017

Uma história, muitos atores

| PÁGINaS 4 a 13

Comemorações 60 Anos ¾¾Concurso de fotografia já tem vencedor ¾¾Campanha de doação de brinquedos e livros beneficia crianças

¾¾Café da manhã reúne colaboradores e associados ¾¾Cotrijal vai ter hino oficial

Produtores reconhecem qualidade das Sementes Cotrijal | PÁGINas 16 e 17

Reprodução: programa gera ganho econômico para produtores | PÁGINas 20 e 21

Cotrijal conquista Troféu Ouro no Prêmio Ser Humano Brasil | PÁGINa 22

02|Setembro / 2017

Expediente Jornal da Cotrijal Órgão de divulgação da Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial

Endereço: Rua Júlio Graeff, nº 01 - Cx. Postal 02 Não-Me-Toque/RS - CEP 99470-000 Fone: (PABX) 54 3332-2500 FAX: 54 3332-2525 E-mail: jornal@cotrijal.com.br Internet: http://www.cotrijal.com.br Diretoria Executiva Presidente: Nei César Mânica Vice-presidente: Enio Schroeder Conselheiros de Administração Região Sede:

Divo Telmo Roos Leori Antônio Dessoy Odair Sandro Nienow Luiz Roberto Gobbi Francisco Jorge Eckstein Roveni Lúcia Doneda (Representante dos Líderes de Núcleos) Região Um: João Carlos Ferla Jonas Francisco Roesler José Valdir Kappaun (Representante dos Líderes de Núcleos) Região Dois: Airton Emílio Scharlau Ildo José Orth Juliano Manfroi Milton Antônio Marquetti (Representante dos Líderes de Núcleos) Valdecir Luiz Delazeri Valdino Morais

Délcio Reno Beffart

Conselheiros Fiscais Titulares Luiz Carlos Schuster

Ari José Guaranhi Daniel Gustavo Scheffel

Conselheiros Fiscais Suplentes

Jair Paulo Kuhns Francisco Feiten Schreiner João Caetano da Rosa Netto

Produção: Unidade de Desenvolvimento Cooperativista Jornalista Responsável: Leila Mertins Gerente da Unidade de Desenvolvimento Cooperativista - Reg. prof. 4.985 Redação: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Líbera Fotos: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Foto Choks, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Libera Editoração Eletrônica: Prisma Produções Gráficas (54) 3045-3489 Fotolito e Impressão: Imperial Artes Gráficas Ltda. (54) 3313-5434 Comercialização: Agromídia - Desenv. de Negócios Publicitários Ltda. - São Paulo/SP - Fone: (11) 5092-3305 Guerreiro Agro Marketing - Maringá/PR Fone: (44) 9180-4450 - 3026-4457 Prisma Produções Gráficas - Passo Fundo/RS (54) 3045-3489 - 9233-3170 Periodicidade: Mensal

Opinião

NEI CÉSAR MÂNICA Presidente da Cotrijal

Um legado de confiança e superação Visionária e arrojada, a Cotrijal nunca parou no tempo. A boa semente da cooperação, do compromisso com o agronegócio lançada em 1957 por 11 produtores se multiplicou e rendeu safras fartas. Com os pés no chão, a confiança e a fidelidade do associado, a cooperativa foi galgando seu espaço e ultrapassou fronteiras.

Hoje está presente em 32 municípios, com 56 unidades, 6.639 associados e 1624 colaboradores, com Conselho de Administração e Fiscal forte e liderança preparada.

“O nosso convite é

Não foram poucas as adversidades nessas seis décadas: planos econômicos, falta de chuva, excesso de chuva, crédito escasso, falta de política agrícola, câmbio. Eficiente, não se dobrou. Evoluiu em tecnologia, inovação e oportunidades de negócios para atender as necessidades do produtor. Cresceu tanto em estrutura como em negócios, estando hoje focada nas áreas de Produção Vegetal, Produção Animal, Lojas, Supermercados, Fábrica de Ração e Transportes Cotrijal.

venham os próximos 60!”

O sonho inicial do trigo logo abriu espaço para outras culturas como a soja, o milho, a cevada e a canola. Aliás, o nosso produtor é mestre na arte de produzir grãos. Tem batido recorde após recorde na produção de soja.

Apesar da idade, somos uma cooperativa jovem, moderna, que valoriza o produtor, a mulher, o jovem. Que investe nos recursos humanos, que faz bons negócios, que trabalha com portfólio variado e a melhor assistência técnica para que o nosso agricultor possa crescer na atividade.

A cooperativa sempre se desafiou, foi além. Para ficar ainda mais próxima do agricultor, alçou “voo” seguro para nova região e tem se firmado como a melhor parceira para produtores do Norte do Estado.

Isso só se consegue com um trabalho sério e comprometido e com uma liderança e conselheiros atuantes que dão suporte em todas as decisões.

para que você produtor continue ao nosso lado, acreditando na agricultura, fundamental hoje para o país e para o mundo!

Toda a ‘Família Cotrijal’ está de parabéns! Que

Para nós, gestores, é gratificante ver que a Cotrijal é conhecida e reconhecida em todos os recantos do Rio Grande do Sul, Brasil e exterior. Saber que o produtor, o mercado, parceiros, instituições e investidores confiam no nosso trabalho. Uma prova disso é a Expodireto Cotrijal, considerada hoje uma das maiores vitrines do Agro do país.

Ao festejar os 60 anos, o nosso sentimento é de gratidão a todos que ajudaram a construir essa história. Para marcar data, lançamos uma série de ações ao longo do ano para envolver não só o produtor, mas também as comunidades onde a cooperativa está inserida. Concurso de Fotografia, campanha para arrecadar brinquedos e livros infantis, concurso do Hino Oficial da Cotrijal e a publicação de uma revista alusiva à data fazem parte da programação que se estende até dezembro. Nas unidades, o dia 14 de setembro será comemorado com um café da manhã, envolvendo colaboradores e associados.

Nesse momento tão especial para a Cotrijal, o nosso convite é para que você produtor continue ao nosso lado, acreditando na agricultura, fundamental hoje para o país e para o mundo! Toda a “Família Cotrijal” está de parabéns!

04|Setembro / 2017

“Cooperar é semear o futuro” Foi cooperando que a Cotrijal tornou-se a maior cooperativa agrícola do Estado. Presente em 32 municípios gaúchos, com 56 unidades, há 60 anos a cooperativa tem mudado a vida das pessoas, associados, colaboradores e comunidade onde ela chega. Para comemorar esta data especial, quem ganha o presente – mais uma vez – são as pessoas.

A Cotrijal iniciou o ano de comemorações das suas seis décadas de história com o ‘pé direito’. Já aconteceu a campanha do agasalho, o dia C de Cooperar e o concurso de fotografia (veja o resultado na página 6). Todas as ações foram projetadas de forma a envolver o quadro de associados e de colaboradores, além da população em geral.

Agora, inicia no mês de setembro, a Campanha “Cooperar é semear o futuro”.

Com cunho educativo e social, o objetivo é arrecadar brinquedos e livros de literatura infantil em bom estado de conservação, que serão entregues a instituições que trabalham com crianças carentes. Entre os dias 4 de setembro a 4 de outubro, quem quiser colaborar

pode comparecer em uma das unidades da Cotrijal e fazer a sua doação. Cada Unidade de Negócios da Cotrijal terá autonomia para escolher a instituição para fazer a doação dos donativos recolhidos.

Nei César Mânica, presidente da Cotrijal, aponta que a cooperativa revela cada vez mais a sua preocupação com os produtores e o desenvolvimento das comunidades onde está inserida, levando educação, formação e informação. “Ao longo deste ano de comemorações do aniversário, a Cotrijal reafirma sua preocupação com qualidade de vida das pessoas e com as famílias”, pontua.

O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, destaca a ampla adesão da ‘família

Cotrijal’ nos projetos de comemoração dos 60 anos e reforça a importância de mais esta ação.

“Um gesto simples pode mudar uma vida.

Um livro que seu filho já leu, um brinquedo que está em desuso, fazem muita diferença na vida de algumas crianças. Empatia, pensar no próximo, isso é cooperar”, ressalta.

A gerente de Desenvolvimento Cooperativista da Cotrijal, Leila Mertins, menciona que ações como estas despertam o verdadeiro espírito cooperativista. “Com a campanha de arrecadação de livros infantis e brinquedos conseguimos mobilizar a comunidade, colaboradores e associados promovendo educação, conhecimento e solidariedade, às vésperas do mês das crianças”, aponta.

Concurso vai escolher Hino Cotrijal Os associados e colaboradores da Cotrijal terão a oportunidade de deixar a sua marca na história da cooperativa e, de quebra, revelar todo seu talento, criatividade e conhecimento sobre a instituição.

Acontece, ainda neste ano, o concurso para escolher o Hino Cotrijal.

Através de comissão qualificada,

será escolhida a composição (letra) para representar oficialmente a Cotrijal.

O presidente da Cotrijal enfatiza que o Hino irá transmitir os feitos e glórias da história da cooperativa, exaltando as raízes cooperativistas e promovendo o senso cívico entre colaboradores e cooperados.

“Queremos revelar e estimular os talentos que temos dentro da família Cotrijal e que podem abrilhantar ainda mais o nosso ano de comemorações ao criar a letra para o hino oficial, que vai falar em nome dos colaboradores e quadro social por muito tempo”, enfatiza Enio Schroeder.

Ações já concretizadas O quê

Quando

Resultado

Campanha do agasalho

10 de abril a 19 de maio

A campanha, realizada pelas Unidades de Negócios da Cotrijal, arrecadou cerca de 9 mil peças, destinadas a entidades assistenciais

Campanha “ Vai um abraço aí?”, dentro das comemorações do Dia Internacional do Co­ operativismo e do Dia C de Cooperar

1º de julho

A campanha estimulou associados, colabo­ radores e clientes a distribuirem abraços, gerando um clima de afeto e união. Ações específicas ocorreram no Supermercado Sede, em Não-Me-Toque, e em Passo Fundo.

1º Concurso Cultural de Fotografia “Seu Click Faz Cooperar”

10 de abril a 30 de agosto

96 fotos foram inscritas no concurso, que teve por objetivo mostrar o dia a dia do produtor no campo. Destas, 12 foram escolhidas por votação popular para comporem o calendá­ rio 2018 da Cotrijal e participar de exposição itinerante na cooperativa. A mais votada também receberá premiação em dinheiro.

Ações em andamento O quê

Quando

Objetivos

Campanha de arreca­ dação de brinquedos e livros infantis

4 de setem­ bro a 4 de ou­ tubro

Levar alegria e conhecimento para crianças carentes, assistidas por entidades assisten­ ciais, em todos os municípios da área de ação da cooperativa

Café da manhã coletivo

14 de setem­ bro

Comemorar e confraternizar com associados, colaboradores e dirigentes. Ação prevista em todas as unidades da Cotrijal

Concurso Hino Cotrijal

Outubro

Transmitir, promover e expressar feitos e glórias da Cotrijal, estimular o senso cívico e a autoestima e estimular o talento dos asso­ ciados e colaboradores

Revista Cotrijal

Novembro

Resgatar a história dos 60 anos da Cotrijal

Patrocinadores

O vencedor, além de ter seu nome estampado no Hino oficial da Cotrijal, receberá certificado de Honra ao Mérito e um prêmio em dinheiro. O edital com todos os detalhes do regulamento será divulgado nas próximas semanas no site da Cotrijal (www.cotrijal. com.br).

As ações comemorativas aos 60 anos da Cotrijal contam com o patrocínio das seguintes empresas: Cota Diamante – Bayer, Monsanto (Intacta) e Yara; Cota Ouro – FMC; Cota Prata – Monsanto (Agroceres, Dekalb, Monsoy e Roundup); Cota Bronze – DuPont e Syngenta.

Revista resgata história Um grande marco nas comemorações é a publicação de uma revista comemorativa aos 60 anos. A edição vai trazer os principais fatos que marcaram essas seis décadas e também mostrar como a organização conseguiu vencer os desafios e se tornar uma das maiores do ramo agropecuário no Rio Grande do Sul e com resultados expressivos, tanto em termos de faturamento quanto em produtividade alcançada por seus associados.

A edição, única, começa a ser distribuída ao quadro social em novembro e vai trazer ainda depoimentos de lideranças do agronegócio e do sistema cooperativo e de associados, colaboradores, ex-dirigentes. Além do perfil da cooperativa, números, experiências com viagens, importância das parcerias, enfim, tudo o que contribuiu para construir a história da organização, mostrando como ela está hoje.

06|Setembro / 2017

Cotrijal reconhece as melhores imagens de campo A associada Keti Kissmann foi a vencedora do concurso, com a foto do campo coberto pela geada

As 12 imagens vencedoras do 1º Concurso Cultural de Fotografia “Seu Click Faz Cooperar” foram divulgadas no dia 29 de agosto. O concurso é uma das atividades comemorativas aos 60 anos da Cotrijal e oportunizou a todo o quadro social participar, retratando o dia a dia no campo.

Ao todo, foram 96 fotos inscritas no site da Cotrijal, entre 10 de abril e 13 de agosto. A escolha das vencedoras foi através de voto popular, direto no site. A foto que recebeu maior número de votos mostra um cenário típico da região durante o inverno: uma manhã em que a geada tomou conta do campo.

A autora é a associada Keti Kissmann, de Linha Gramado, Não-Me-Toque. Ela receberá o prêmio de R$ 1.000,00 em dinheiro. A premiação será entregue no dia do aniversário de 60 anos da Cotrijal, em 14 de setembro. A foto de Keti e as demais imagens vencedoras serão reproduzidas no calendário 2018 da Cotrijal – Edição Especial.

“Fiz uma foto pensando no concurso.

Com a geada forte do dia 18 de julho, acordei mais cedo que o habitual e registrei a imagem. Estou feliz com o resultado, mas mais satisfeita com o incentivo que a Cotrijal está dando aos produtores, para que olhem com carinho para suas propriedades, notando a beleza das áreas rurais”, destaca Keti Kissmann.

O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, destaca a qualidade das fotografias produzidas pelos associados e a interação do público que votou para escolher a imagem vencedora. “Alcançamos o nosso objetivo, priorizando o associado, estreitando laços, valorizando o cotidiano do produtor, mostrando diferentes visões e iniciativas”, enfatiza.

A gerente de Desenvolvimento Cooperativista, Leila Mertins, elogia a participação e o entusiasmo de todos os inscritos.

“O material produzido pelo nosso quadro social é riquíssimo, genuíno, pois é o registro do amor e a percepção que cada um tem pelo seu ofício e pelo ambiente onde vive”, conclui.

Foto de José Romeo Kraemer (Não-Me-Toque)

Conheça as fotos

vencedoras (por ordem alfabética)

Foto de Deonísio Teobaldo Roehrig (Não-Me-Toque)

Foto de Elias Abel Barboza (Não-Me-Toque)

Foto de Carlos Roberto Santini (Mato Castelhano)

Foto de Ivan Roberto Görgen (Colorado)

Foto de Fernando Luiz Signori (Colorado)

Foto de Nilve Vera Maldaner (Lagoa dos Três Cantos)

Foto de João Castro da Silva Lemos (Saldanha Marinho)

Foto de Nilseo Rheinheimer (Coqueiros do Sul)

Foto de Jaime Francisco Junges (Lagoa dos Três Cantos)

Foto de Tiago de Bona (Saldanha Marinho)

08|Setembro / 2017

Um Agro com foco, pujante Na Cotrijal, a busca por melhores resultados é incessante. O produtor tem feito a sua parte e a cooperativa também. Em 2016, enquanto a economia andou de lado, a Cotrijal teve um faturamento de R$1.501.339.138,00, sendo 11,08 % superior em comparação ao ano anterior. Na parte de grãos, a produção tem lotado armazéns. Na soja, a média final no último ciclo foi recorde: 70,6 sacas/hectare. A fórmula desse sucesso? Capricho e superação. Na cooperativa são mais de seis mil sócios que se desafiam a fazer melhor a cada safra.

Nesse time está Almir José Görgen, 56 anos, de Posse São Miguel, interior de Não-Me-Toque. “Miri” é daqueles produtores que inspira. Tudo o que faz tem paixão. A voz embarga e o olho brilha ao falar das lavouras e da parceria de mais de três décadas com a Cotrijal. Ele sempre acreditou na agricultura, que podia realizar sonhos, ir além. E foi. “Aqui, na nossa comunidade, havia umas 100 famílias. Hoje, não chega a 20.

Felizmente, eu escolhi ficar. Com o apoio da Cotrijal, tem dado muito certo”, afirma.

Para o filho do ‘seu Sarci’, sobra entusiasmo, dedicação, vontade de aprender e de se superar. Na última safra de verão ele bateu o próprio recorde. Colheu o que parecia impossível: 90 sacas/ha de soja em parcela de pouco mais de oito hectares. Em 200 hectares, atingiu a casa das 86 sacas/hectares e a média final da lavoura fechou em 76 sacas/ha.

“Antes, a gente colhia 22 sacas/ha de soja e ficava faceiro. Hoje chegamos a 86 sacas por hectare, mas dá para avançar. A meta agora é atingir essa marca como média. Pode até parecer difícil, mas não é impossível”, projeta.

Ele atribui o bom desempenho das lavouras ao uso mais cuidadoso de boas práticas agronômicas, como capricho na escolha de sementes e velocidade adequada de plantio. Desenvolto, está sempre atento às novas tecnologias, aos detalhes e confia na recomendação técnica da cooperativa. “Levo até metro para a lavoura. Se a planta nasce bem, é uniforme, vai pra frente. Depois é só administrar”, adianta. O trabalho é feito em sociedade com o pai e o irmão Airton Mário Görgen.

Almir com a esposa Juliana

Bons exemplos na Cotrijal

Além da colheita recorde, o líder de núcleo da Cotrijal por Posse São Miguel orgulha-se de mais dois feitos: da casa que construiu para a família e por poder pagar uma faculdade para a filha. Metas que ele estabeleceu em evento da liderança da Cotrijal, em 2013, em Santa Maria. Almir já foi também do Conselho Fiscal por dois mandatos.

Para ele, a Cotrijal facilita a vida no campo, faz com que o produtor tenha orgulho do seu trabalho.

“Impulsiona, abre caminhos e dá as ferramentas certas para que possamos produzir com qualidade e realizar sonhos”, reconhece.

#C otrijal N a H istória

Inauguração da unidade de Victor Graeff, em 17 de março de 1973, poucos meses depois de ter sido arrasada por um temporal.

Produtores como Almir José Görgen, de Posse São Miguel, fazem a Cotrijal se destacar em produtividade

Valores em destaque A matéria com Almir José Görgen encerra a série que destacou como a Cotrijal trabalha os seus valores e como eles são vistos pelos associados: confiança, cooperação, fazer bem feito e foco nos resultados. É também uma forma de comemorar, valorizando o quadro social, os 60 anos da cooperativa.

Confira as quatro matérias na versão digital do Jornal da Cotrijal (www.cotrijal.com.br/jornaldigital). E também no site da Cotrijal você encontra informações sobre as demais ações que a Cotrijal vai desenvolver neste ano, em comemoração ao seu aniversário.

Até os anos 70, uma das principais ações da assistência técnica era fazer demarcação de terraços e curvas de nível nas propriedades.

O Grito do Campo (02.10.1984), no Beira Rio, reunindo mais de 40 mil pessoas em defesa dos interesses da agricultura, que atravessava uma grave crise devido a falta de renda. Foi o maior evento de agricultores já ocorrido no país. Só da região da Cotrijal saíram mais de 60 ônibus.

10|Setembro / 2017

Uma história, muitos atores A Cotrijal chega aos 60 anos carregando a marca de uma organização sólida, em constante crescimento, que em momento algum apresentou balanço negativo aos associados, mesmo em tempos de crise econômica ou de quebra de safra. Essa evolução é fruto da visão e do comprometimento de milhares de pessoas: agricultores, colaboradores, clientes, parceiros…

E a história de muitas dessas pessoas se funde à da cooperativa, tamanho envolvimento com a organização. O sentimento expressado por muitos associados e colaboradores é de que a Cotrijal faz parte da família. É a segunda casa.

Neste mês em que a cooperativa comemora os 60 anos, o Jornal da Cotrijal resgata os principais fatos que marcaram essas seis

décadas através das lembranças e da vivência de seis associados que acompanharam essa evolução, cada um representando a década em que se associou.

Através do relato de Arlindo Alcido Weber, Arlindo Quinto Guareschi, Walter Reinoldo Barth, Sérgio Ohse, Leandro Bürgel de Souza e Cristina Cofferri Barboza, é possível perceber a importância da Cotrijal para o associado e também que confiança e segurança são duas das grandes marcas da cooperativa, que sempre esteve ao lado do produtor.

Já o presidente, Nei César Mânica, e o vice, Enio Schroeder, que também acompanharam boa parte da história da Cotrijal, avaliam como está a cooperativa hoje e falam da visão de futuro da organização.

Vida longa para a cooperativa

Cooperativismo que dá certo

Uma cooperativa ainda mais eficiente, para levar rentabilidade e qualidade de vida aos seus associados. Essa é a visão do presidente Nei César Mânica para o futuro da Cotrijal.

Ele acompanhou de perto 45 dos 60 anos da cooperativa. Começou como contínuo no setor de repasse, em 1972, e com o seu dinamismo e visão de futuro foi conquistando novos espaços. Em 1989, assumiu a diretoria administrativa e financeira da Cotrijal, sendo eleito presidente da organização em 1995 e inaugurando um ciclo de inovação na gestão, investimento em tecnologia, melhoria da armazenagem e infraestrutura e expansão na área de atuação.

“Nossa missão é dar sequência ao trabalho bem feito das primeiras diretorias e cuidar para que a cooperativa se mantenha sólida, mas sempre em evolução”, destaca o presidente. “Estamos com um bom tamanho de área e vamos agora trabalhar para ampliar a participação dos produtores da região nova e agregar valor à produção”.

Muito mais do que momentos específicos nessas seis décadas, ele considera marcante a confiança que os associados têm na Cotrijal. “Em 60 anos, enfrentamos muitos desafios, como planos econômicos, quebras drásticas na safra, falta de crédito, mas sempre conseguimos avançar, garantindo a solidez da cooperativa e também ajudando nosso produtor. Isso, no entanto, só foi possível porque os associados mantiveram-se unidos com a cooperativa”, conclui.

Presidente, Nei César Mânica, e vice, Enio Schroeder: momento é de homenagem a todos os que fazem parte da história da cooperativa

O vice-presidente, Enio Schroeder, reconhece que todas as pessoas que já passaram pela Cotrijal – diretores, colaboradores, associados, conselheiros e líderes de núcleo – foram fundamentais para que a cooperativa chegasse aos 60 anos sendo referência dentro do sistema cooperativista, não só no Rio Grande do Sul, mas no Brasil e também já se destacando em nível internacional, graças à Expodireto. “Se hoje temos uma cooperativa forte é porque muitos lutaram para que ela chegasse até aqui, deram o seu melhor”, afirma.

Schroeder sempre esteve muito próximo do associado. Ingressou na cooperativa em 1975, atuando na área técnica por 14 anos.

Depois assumiu a gerência do Departamento de Comunicação e Educação, hoje Unidade de Desenvolvimento Cooperativista (Decoop). Em dezembro de 2013, se desligou da cooperativa para concorrer ao cargo de vice-presidente, sendo eleito em 2014.

Sob sua liderança, em 1989 foi iniciada uma ampla reestruturação dos núcleos e nos anos seguintes se concretizaram trabalhos específicos envolvendo mulheres, jovens e líderes. “Quadro social organizado é sinônimo de cooperativa forte”, pontua.

Para ele, a Cotrijal tem uma história de sucesso porque não para no tempo. Avança em tecnologia, inovação e está sempre atenta a todas as novidades que possam agregar valor para a cooperativa e o seu associado. “Estamos aqui para trazer soluções para nosso associado, para que ele tenha cada vez mais orgulho de dizer que é dono da Cotrijal”, conclui.

PRIMEIRA DÉCADA - 1957/1967

“Aprendi mais na Cotrijal do que na escola”

Arlindo Weber, de Não-Me-Toque, acreditou desde o início no trabalho da cooperativa

Aos 82 anos, a fala é mansa, mas o passo é firme, seguro. Não foi por aca so que o produ­ tor Arlindo Weber, de Não-Me-Toque, foi um dos primeiros a acreditar na Cotrijal, em 1962, época onde tudo era mais difícil.

Defensor ferrenho da cooperativa, ele sempre soube onde queria chegar. O associa­ do representa o esforço e as conquistas desta primeira leva de produtores que selou parceria duradoura com a Cotrijal para seguir com su­ cesso na agricultura. “No início tudo era meio a rumo. A semente era salva em casa, não se usava adubo e a palha era um problema. Co­ lher 30 sacas por hectare de trigo era sinal de fartura. Eu aprendi mais na Cotrijal do que na escola. Só na liderança, foram 21 anos”, afirma.

Quando Weber entrou como sócio, o trigo era colhido a “muque”, trilhado nas rebocadas, ensacado à noite e entregue no dia seguinte na cooperativa, e logo mandado embora. “A

fila para entrega na cooperativa ia para baixo do ‘Augustin’. Enlonava o caminhão e ia pra casa. Voltava só no outro dia”, conta. Outro acontecimento eram as assembleias, em ar­ mazéns, e regadas a chopp e cachorro-quente em comemoração aos bons resultados. “Ficava lotado. Vinha gente de longe. Os bancos eram feitos de tábuas e sacos de trigo”, lembra.

Entre as décadas de 50 e 60, o que valia era o trigo, mas muitos produtores ganharam dinheiro com a suinocultura. A primeira área própria do produtor, de 12 hectares, em Linha São Paulo, foi adquirida com a venda de “um ou dois chiqueirões de porco”. Para incrementar a renda, a esposa Venina plantava alho e cebola nas curvas de nível. Os temperos eram negociados em Não-Me-Toque. “Me emociona fazer parte dessa história. A cooperativa facilitou os negócios, ajudou muito o produtor”, conclui.

OUTROS FATOS MARCANTES 14/09/1957 Um grupo de 11 agricultores funda a Cooperativa Tritícola de Não-Me­ -Toque. Antenor Graeff é eleito presidente e incentiva o cultivo do trigo.

2/10/1961 Registra-se a primeira ex­ portação de 12 mil sacos de soja para a Espanha.

16/12/1961 Theobaldo Roos é eleito presidente.

19/01/1963 Inaugurada a indústria de óleos vegetais, moinho de trigo e milho.

21/12/1963 Irmfried Schmiedt é eleito presidente 24/09/1966 Cooperativa passa a se chamar Cooperativa Tritícola Mista do Alto Jacuí Ltda.

1967 Os armazéns da Cotrijal recebem entre 50 a 70 automotrizes, importadas da Dinamarca pelo Ministério da Agricultura, para entrega a agricultores que encaminharam requerimento através da cooperativa.

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12|Setembro / 2017

SEGUNDA DÉCADA - 1968/1977

Expansão: tudo começou por Colorado

Guareschi acompanhou de perto a inauguração da unidade de Colorado

Aos 79 anos, Arlindo Quinto Gua­ reschi lembra com detalhes como foi a chegada da Cotrijal em Colorado, onde, em 1969, a cooperativa ins­ talou sua primeira filial. Na época, ele era o presidente da Cooperativa Agrícola Mista de Colorado, que atendia os produtores com comér­ cio de sementes e ração e que tinha uma grande dificuldade: carecia de recursos para investir em estrutura de armazenagem.

Depois de três meses de tratativas, decidiu-se que seria melhor unir forças à Cotrijal, que já tinha estrutura de recebimento e armazenagem de trigo.

“Alguns eram contra, mas a maioria foi favorável à incorporação da coope­ rativa de Colorado pela Cotrijal. Foi o melhor negócio que fizemos”, comenta Guareschi.

A Cotrijal inaugurou a unidade com três silos e um secador que na época era o melhor da região, con­

seguido através de doação vinda dos Estados Unidos e trazido para Colorado graças ao esforço do então presidente Irmfried Schmiedt. “Veio trigo de tudo que era lado”, recorda o produtor. A inauguração foi inesquecível, com grande festa, marcando a abertura oficial da colheita do trigo no Brasil, com a presença de Ivo Arzua, que era ministro da Agricultura.

Arlindo Guareschi é associado desde 1968, por três mandatos foi conselheiro de Administração e um por um mandato, conselheiro Fiscal.

Hoje ainda acompanha os assun­ tos que envolvem a cooperativa e está satisfeito com os rumos da organização, que se mantém séria e buscando o melhor para seu quadro social. Além de Colorado, na segunda década a Cotrijal inaugurou unidades em Victor Graeff, Tio Hugo e Vista Alegre. Hoje tem 56 unidades, em 32 municípios.

OUTROS FATOS MARCANTES 27/10/1968 A Cooperativa Agrícola Mista de Colorado é incorporada à Cooperativa Tritícola Mista Alto Jacuí Ltda.

1972 Presidente Irmfried Schmiedt viaja para a Europa com objetivo de visitar indústrias que se dedicam à refinaria de óleos comestíveis e mercado de soja.

13/03/1973 Inauguração da unidade de Victor Graeff.

1973 Presidente Irmfried Schmiedt e Adelar da Cunha, gerente de Colorado, viajam aos Estados Unidos, com o objetivo de verificar as lavouras americanas e assistir à colheita naquele país.

09/01/1974 Inauguração da unidade de Tio Hugo.

16/07/1976 Inauguração da unidade de Vista Alegre­ -Colorado 1976 Cooperativa começa a informatizar suas atividades, através do arrendamento de um computador Burroughs, de uma empresa do Rio de Janeiro.

20/11/1976 Criado o Departamento de Comunicação com a missão de cuidar da doutrinação cooperativista, da inserção dos novos sócios no sistema e para servir de meio de comunicação e divulgação da Cotrijal.

TERCEIRA DÉCADA - 1978/1987

Quadro social: combustível que move a Cotrijal Pouco depois de 1970, a Cotrijal já tinha em torno de 2.700 associados e um dos grandes desafios era buscar uma par ticipação efetiva deles na vida da cooperativa. Por isso, criou-se o Departamento de Comunicação e Educação, que ficou responsável por cuidar da doutrinação cooperativista, principalmente dos candidatos a no­ vos sócios, e divulgar a importância da cooperativa entre o quadro social.

Nascia, assim, um consistente trabalho de organização do quadro social que em 2005 foi premiado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) como o melhor do Brasil.

Nas primeiras reuniões de núcleo, mui­ tas vezes aconteciam discussões exausti­ vas, porque havia dificuldade do produtor entender a forma da cooperativa trabalhar.

“Lembro que num ano os associados questionaram o desconto de impureza.

Para resolver a questão, decidiu-se que quem tivesse dúvida sobre o desconto deveria entregar a produção na unidade

de Tio Hugo, onde os funcionários foram orientados a fazer a classificação na hora.

Foi um tempo e os produtores viram que não havia qualquer irregularidade e tudo voltou ao normal”, conta Walter Reinoldo Barth, 68 anos, eleito conselheiro Repre­ sentante dos Líderes de Núcleo em 1987 e depois novamente no cargo entre 1994 e 1999.

Desde a criação do Conselho Central de Representantes, em 1983, os asso­ ciados tiveram mais participação nas decisões. Os conselheiros podem parti­ cipar das reuniões mensais do Conselho de Administração, com direito a voz e voto. “Esse trabalho com a liderança e a criação do conselho central representou um grande avanço, especialmente a partir de 1989, quando ganhou ainda mais força com uma reestruturação dos núcleos, porque os líderes passaram a ajudar a levar as informações da coope­ rativa para o quadro social e vice-versa”, avalia Barth, que tem propriedade em Victor Graeff.

OUTROS FATOS MARCANTES

Barth ainda guarda a primeira carteira de sócio, desde 1973

Hoje, o quadro social está organizado em três regiões, com 15 núcleos: Sede - 5 núcleos; Um - 3 núcleos; e Dois - 7 núcleos.

E no total são 73 líderes.

12/1978 A Cotrijal anuncia sua adesão à Cooperativa Central Gaúcha de Laticínios-CCGL. 02/1980 Importadas da Argentina 58 novilhas da raça holandesa para repasse ao quadro social.

02/1980 Autorizada a construção do posto de resfriamento e conservação de leite e da fábrica de rações.

06/1980 Cotrijal participa da criação da Central de Coope­ rativas Agro-Industrial do Rio Grande do Sul-Centralsul.

08/1982 Cotrijal participa da criação da Cooperativa de Crédito Rural Alto Jacuí Ltda-Credijal, e Cooperativa de Crédito Rural de Colorado-Credicol.

1983 Criado o Conselho Central de Representantes dos Líderes de Núcleo da Cotrijal.

02/10/1984 A Cotrijal participa do movimento das cooperativas gaúchas “O grito do campo”, liderado pela Fecotrigo, e realizado no estádio Gigante da Beira Rio, em Porto Alegre. Da região, 60 ônibus com produtores foram à capital.

1984 Inauguração da unidade de Lagoa dos Três Cantos.

05/12/85 Elói Berres é eleito presidente.

1987 A Cotrijal já estava atuando em 15 municípios, com seis unidades.

QUARTA DÉCADA - 1988/1997

Novos rumos em tempo de desafios

Ohse: em defesa da Cotrijal desde 1990

O final da década de 1980 foi marcado por muitos desafios para o cooperativismo gaúcho, devido a difícil situação política e econômica do país. Por conta da quebra da Centralsul - central de cooperativas do Estado -, muitas cooperativas também enfrentaram dificuldades financeiras e algumas acabaram não conseguindo se manter, como o caso da Coopasso (Passo Fundo) e Coopera (Carazinho), na época duas grandes potências.

A Cotrijal conseguiu sair praticamente ilesa desse período de crise, porque se desligou da Centralsul e teve visão para redirecionar suas ações conforme as tendências econômicas e de mercado. A cooperativa também fortaleceu sua presença política como organização defensora do cooperativismo agropecuário.

Sérgio Ohse, 71 anos, lembra bem desse perí­ odo. Na década de 1980, era sócio e presidente de núcleo de Almirante Tamandaré do Sul na Coopera.

E quando a cooperativa de Carazinho começou a dar sinais de dificuldade, foi um dos integrantes do

grupo defensor da ida da Cotrijal para Almirante Tamandaré do Sul. “Queríamos que a estrutura no nosso município, que era da Coopera, continuasse sendo do sistema cooperativo”, lembra.

Foi o que aconteceu. A Cotrijal adquiriu a unida­ de, que passou a funcionar em 15 de maio de 1990.

Foi o início de um novo ciclo de expansão, que ter­ minou com a incorporação ao patrimônio da Cotrijal de todas as unidades que eram da antiga Coopera.

Essa década também foi marcada por grandes mudanças na gestão da Cotrijal, principalmente a partir da eleição de Nei César Mânica como presi­ dente, em 1995.

Com histórico de três anos no Conselho de Administração e cinco mandatos na liderança, Sérgio Ohse vê que a forma como a cooperativa foi conduzida ao longo da sua história levou ao cres­ cimento hoje verificado. “A cooperativa sempre foi empreendedora, desde o início, e isso tem gerado bons resultados, para a organização e também para os seus associados”, pontua.

OUTROS FATOS MARCANTES 17/03/1989 Irmfried Schmiedt volta à presidên­ cia da Cotrijal.

1989 É introduzido o sistema troca-troca na cooperativa.

1991 Cotrijal importa 100 novilhas do Uruguai para repasse aos produtores interessados.

27/09/1993 Uma reforma estatutária cria três regiões administrativas na Cotrijal: Sede, Região 1 e Região 2.

30/08/1994 Cotrijal aprova seu Plano Estratégi­ co, onde define Missão, Visão, Valores e Estratégias.

1995 Implantado o Centro Experimental e Tecnológico para realização de experimentos e validação de pesquisa, promoção e organização de feiras, congressos e convenções, junto à RS 142, km 24, onde hoje é o Parque da Expodireto Cotrijal.

25/08/1995 Nei César Mânica é eleito presiden­ te.

12/1995 Realizado o 1º Encontro de Mulhe­ res da Cotrijal.

1997 Cotrijal encerra essa década com 10 unidades.

Setembro / 2017|13

QUINTA DÉCADA - 1998/2007

Ousadia, safra de negócios e tecnologia de ponta A Cotrijal sempre se desafiou a ir além.

Para garantir a excelência dos serviços e ficar ainda mais próxima do quadro so­ cial, a cooperativa volta a viver um novo “boom” de implantações de unidades de recebimento de cereais em 1999. Incansá­ vel, dá início, em 2000, com a Expodireto, a um trabalho ainda mais consistente na difusão de inovações tecnológicas, bons negócios e informação para produtores.

Exemplo de organização e modernidade, a feira de Não-Me-Toque avançou e, em 2007, ganhou status de referência internacional em agronegócio.

A Expodireto tornou-se grandiosa tam­ bém em termos de negócios e público. Em 2017, movimentou mais de R$ 2,1 bilhões e atraiu 240,6 mil visitantes. A maior procura por negócios foi registrada na feira de 2014.

Ao todo, foram R$ 3,2 bilhões.

Vitrine de produtos inéditos no mercado brasileiro ou novidades para potencializar os rendimentos da produção agrícola, a feira

fascina e atrai o interesse de produtores como Leandro Bürgel de Souza, 42 anos, de Colônia Saudades, Não-Me-Toque. “Reúne o que tem de melhor no mundo para a agricultura”, afirma o agricultor, que foi seduzido pelas inovações da feira. As últimas aquisições fo­ ram há três anos: um trator, um pulverizador e um GPS para otimizar o trabalho no campo, reduzir gastos com mão de obra e perdas na lavoura. Bürgel é quem administra granja da família de 235 hectares. Nos últimos cinco anos a média de produtividade não baixou de 70 sacas por hectare.

Da reforma da Previdência Rural a temas técnicos, em setores que vão dos grãos ao leite. A Expodireto Cotrijal também é reco­ nhecida como palco de debates de questões importantes para o agricultor e pecuarista.

Em 2003, um tratoraço pela liberação da comercialização da safra de soja transgê­ nica culminou com a aprovação da Lei de Biossegurança, revolucionou a agricultura nacional.

OUTROS FATOS MARCANTES

Leandro Bürgel de Souza, de Não-Me-Toque, com o trator adquirido na Expodireto Cotrijal

SEXTA DÉCADA - 2008/2017

Novos desafios, novas conquistas

Cristina Barboza: Cotrijal é nossa, temos que dar valor

O orgulho de fazer parte da história da Cotrijal é visível no rosto de Cristina Cofferri Barboza, 38 anos. Ela se associou em 2015, para participar da Copa Cotrijal, e é uma das jovens representantes dessa última década que marca a ampliação dos trabalhos com o quadro social. Um exemplo é a criação, em 2015, do Comitê de Mulheres Cotrijal, do qual Cristina faz parte, sendo uma das representantes do município de Não-Me-Toque.

Mulher moderna, que está por dentro de tudo na propriedade e também participa ativamente da vida da cooperativa, Cristina ressalta dentre os pontos fortes da Cotrijal a assistência técnica.

“Temos tudo o que precisamos na cooperativa, e a assistência técnica é a chave para bons resultados na

lavoura”, elogia. Na última safra de verão, a média de produtividade na área de ação da cooperativa fechou recorde de 70,6 sacas/ hectare.

Dentre os grandes marcos dessa última década estão o início das atividades da nova Fábrica de Rações, em 2010, a inauguração da nova Unidade de Beneficiamento de Sementes, em fevereiro de 2016, e a aquisição de 14 unidades de recebimento e armazenagem de grãos no Norte do Rio Grande do Sul, que eram da BSBIOS. “Durante a Expodireto, muitas vezes já ouvi produtores de outras regiões dizerem o quan­ to gostariam de ter essa estrutura que nós temos à disposição e aí sinto ainda mais orgulho ser sócia da Cotrijal. É nosso, temos que dar valor”, ressalta.

12/1999 É criado o Jornal da Cotrijal.

03/2000 É realizada a 1ª Expodireto, em Não­ -Me-Toque.

19 e 20/12/2002 É realizado a 1º Seminário de Líderes de Núcleo.

2005 Cotrijal ingressa no Projeto Aqua­ rius de Agricultura de Precisão.

18/12/2006 Cooperativa passa a ter nova razão social: Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Indus­ trial.

2007 Tem início o Projeto Líderes Mirins.

Em 14/09/2007 Cotrijal comemora seus 50 anos com festa e distribuição de livro aos associa­ dos com a história da cooperativa. E no final do ano, também comemora com os colaboradores o aniversário.

Novo “boom” de expansão De 1998 a 2007, 16 novas unidades foram incorporadas ao patrimônio da cooperativa.

OUTROS FATOS MARCANTES 09/10/2008 Inaugurada a indústria de produção de leite da CCGL, em Cruz Alta, da qual a Cotrijal é associada.

2008 Implantado o Programa Aprendiz Cooperativo, que já formou mais de 500 jovens.

2009 Cotrijal cria o Projeto Participação em Família.

09/2010 Inaugurada a nova Fábrica de Rações.

2013 Realizada a 1ª Copa Cotrijal.

2014 Expodireto Cotrijal registra recorde de faturamento: R$ 3,2 bilhões.

08/2014 Cotrijal instala unidade em Esmeralda e Pinhal da Serra.

2015 Implantado mais um Campo de Recria de Novilhas.

09/2015 Lançado o Programa Aprendiz Cooperativo do Campo.

10/2015 Instalado o Comitê de Mulheres Cotrijal.

23/02/2016 Inaugurada a nova Unidade de Beneficiamento de Sementes.

07/2016 Cotrijal adquire 14 unidades da BSBIOS, no Norte do Rio Grande do Sul, ampliando sua área de atuação para 32 municípios, com 56 unidades.

2016 Show de Prêmios Cotrijal sorteia R$ 500 mil em prêmios.

06/2017 Cotrijal lança Portal do Produtor.

A Cotrijal hoje Sede administrativa: N ão-Me-Toque Área de atuação: 3 2 municípios do Norte do Rio Grande do Sul

U nidades de recebimento de grãos: 5 6 Associados: 6 .639

C olaboradores: 1 .624 Capacidade de armazenagem: 886 mil toneladas (14,7 milhões de sacos)

F aturamento em 2016: R$ 1.501.339.138,00

ão-Me-Toque, Colorado, Unidades: N Victor Graeff, Tio Hugo, Vista Alegre (Colorado), Lagoa dos Três Cantos, Almirante Tamandaré do Sul, Carazinho Terminal (Carazinho), Santo Antônio do Planalto, Carazinho Centro (Carazinho), Carazinho Glória (Carazinho), Pinheiro Marcado (Carazinho), Xadrez (Coqueiros do Sul), Igrejinha (Coqueiros do Sul), Linha Jacuí (Victor Graeff), São José da Glória (Victor Graeff), Molha Pelego (Carazinho), Saldanha Marinho, Nicolau Vergueiro, Distrito Industrial (Colorado), São José do Centro (Não-Me-Toque), Arroio Bonito (Não-MeToque), Encruzilhada Müller (Ernestina),

Passo Fundo, Mato Castelhano, Ernestina, Bom Sucesso (Não-Me-Toque), Três Passos (Marau), São Bento (Carazinho), Bela Vista (Passo Fundo), Mato Castelhano 2, Valinhos (Passo Fundo), Esmeralda, Coxilha, Esmeralda Anexo, Esmeralda 1, Pinhal da Serra, Estação, Esquina Bom Jesus (Saldanha Marinho), Clemente Argolo (Lagoa Vermelha), Cruzaltinha (Ciríaco), Valinhos 2 (Passo Fundo), Lagoa Vermelha, Muitos Capões, Esmeralda Centro, Capão Bonito do Sul, Três Pinheiros (Sananduva), Tapejara, Charrua, Capo-Erê (Erechim), Sertão, Vila Lângaro, Engenho Grande (Água Santa), Água Santa, Rio Telha (Ibiaçá) e Caseiros

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16|Setembro / 2017

UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE SEMENTES

Produtores confirmam a qualidade das Sementes Cotrijal Durante o mês de agosto, mais associados da cooperativa puderam conferir de perto a tecnologia e atenção entregues em cada lote de sementes que saem da Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS) da Cotrijal.

Encerrado o roteiro de visitas de produtores da região nova, no Norte do Estado, à Unidade de Beneficiamento de Sementes, em Não-Me-Toque, agora é a vez de quem já integra o quadro social há algum tempo, mas ainda não conhecia a nova estrutura, inaugurada em fevereiro de 2016.

No mês de agosto, dezenas de produtores das Unidades de Negócios de Colorado, Não-Me-Toque, Santo Antônio do Planalto, Victor Graeff, Tio Hugo, Ernestina e Igrejinha (Coqueiros do Sul) conheceram todas as etapas do beneficiamento de sementes, desde o recebimento, laboratório de análises, tratamento industrial e armazenagem.

O superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, Gelson Melo de Lima, enfatiza que os associados são os donos deste grande investimento realiza-

do pela Cotrijal, por isso, é importante que conheçam a UBS. "É fundamental que os produtores vejam o cuidado que temos no tratamento do insumo mais importante da produção, que é a semente.

Para potencializar rendimento em uma lavoura, é preciso ter distribuição e emergência uniforme de plantas. A base disso é uma semente de alta qualidade", destacou.

A Semente Cotrijal possui alto vigor e germinação, o que garante até 15 sacas a mais de produtividade por hectare. "A Cotrijal investe fortemente em processos e tecnologia de ponta para garantir a qualidade da semente, com a preocupação que o produtor construa excelentes lavouras. Hoje a semente é o diferencial para se alcançar altos índices de produtividade", menciona a gerente de Produção de Sementes da Cotrijal, Cláudia Moi Soares Rother.

60 produtores da Unidade de Negócios de Igrejinha estiveram na UBS

Grupo de 25 produtores da Unidade de Negócios de Colorado

A Unidade de Não-Me-Toque esteve representada por 25 pessoas

35 associados da Cotrijal de Victor Graeff realizaram a visita

40 produtores de Santo Antônio do Planalto acompanharam as etapas pelas quais a semente passa

As Unidades de Tio Hugo e Ernestina reuniram 50 pessoas

Setembro / 2017|17

100 % Sementes Cotrijal Anderson Leandro Kafer visitou pela primeira vez a UBS com o grupo da Unidade de Negócios de Igrejinha, no dia 30 de agosto, e ficou satisfeito com o que viu. “É bom entendermos todos os processos a que a semente é submetida antes de chegar na nossa lavoura.

Na nossa propriedade usamos 100% semente Cotrijal e os resultados têm surpreendido a cada ano, aumentando gradativamente a produtividade”, elogia.

Flávio Rizzardi, de Córrego Branco, Colorado, também aposta no insumo que tem a

marca de qualidade Cotrijal. “A tecnologia e a infraestrutura de ponta impressionam. Eu só uso semente com tratamento industrial, pela qualidade garantida. Na safra 2017/2018, mais uma vez, vou usar 100% sementes Cotrijal”, garante. Ele esteve em Não-Me-Toque para a visita, no dia 9 de agosto, ao lado de mais 25 produtores da Unidade de Negócios de Colorado.

O associado Gildo Frederico Grevenhagen, de Santo Antônio do Planalto, também cultiva 100% de sua área com sementes

Qualidade que começa no campo

O produtor Maurício Backes e a esposa Ieda estiveram entre o grupo de associados da Cotrijal de Victor Graeff que visitou a Unidade de Beneficiamento de Sementes no dia 22 de agosto.

Produtores de sementes há 30 anos, eles destacam que a qualidade da semente inicia no campo, mas a tecnologia empregada no tratamento é fundamental para garantir um produto final nos padrões oferecidos pela Cotrijal. “Na UBS da cooperativa encontramos tecnologia de primeiro mundo, por isso, não abro mão de empregar na minha lavoura Sementes Cotrijal”, aponta. Para ele, a semente é o insumo mais importante da lavoura.

Anderson Leandro Kafer, produtor de Igrejinha

Flávio Rizzardi, produtor de Colorado

Gildo Frederico Grevenhagen, produtor de Santo Antônio do Planalto

Cotrijal. Ele se mostrou satisfeito com o que viu e já confirmou a sua vontade em continuar investindo nas sementes da cooperativa. “Realmente é tudo feito para que possamos tirar o melhor resultado de nossas lavouras. É muita tecnologia, tudo do que há de melhor em uma semente, por isso temos que acreditar e seguir nesse rumo”, disse durante o roteiro pela UBS no dia 11 de agosto, ao lado de mais 40 produtores de Santo Antônio do Planalto.

Maurício Backes e a esposa Ieda, produtores de Victor Graeff

Confiança e tradição

Pedro Müller, produtor de Tio Hugo

Associado da Cotrijal desde agosto de 1982, Délcio José Guadagnin, de Não-Me-Toque, surpreendeu-se com a grandiosidade da estrutura. Ele visitou a UBS no dia 10 de agosto, junto com o grupo de 25 associados da Unidade de Não-Me-Toque. “Nunca tinha visto nada parecido. A UBS é realmente de primeiro mundo, está do porte que o produtor merece. Este foi um investimento necessário.

Sentimos a melhoria na qualidade da semente produzida pela Cotrijal”, enfatizou, mencionando que se sente seguro ao comprar a semente. “São muitas coletas para análise no

laboratório, desde o recebimento até o final do tratamento. Isso nos dá a certeza que o que vai para o campo são só sementes confirmadas com qualidade”.

No dia 21 de agosto foi a vez das Unidades de Tio Hugo e Ernestina participarem do roteiro. Para o associado Pedro Müller, a visita foi motivadora. “Percebi o quanto a cooperativa se preocupa em nos entregar uma semente com alto vigor e germinação e uniformidade de grãos, o que vai resultar em uma lavoura de qualidade”, disse o produtor, que cultiva áreas no interior de Tio Hugo.

Délcio José Guadagnin, produtor de Não-Me-Toque

SOJA

Produtores conhecem programa para altos rendimentos A Cotrijal, em parceria com a Yara Fertilizantes, está promovendo, desde agosto, uma série de

encontros nas unidades da cooperativa para apresentar o SuperSoja, programa nutricional desenvolvido

Produtores de Tio Hugo durante palestra na unidade

especialmente para produtores que buscam superar seus limites de produtividade. O SuperSoja ofere-

ce uma nutrição completa para a lavoura de soja.

Conforme o consultor técnico comercial da empresa de fertilizantes, Juan Oliveira, o SuperSoja contempla formulações específicas do YaraMila, adequadas às necessidades nutricionais para uma soja de alta produtividade. “O SuperSoja possui todos os nutrientes necessários e em doses adequadas, garantindo alta eficiência nutricional para a cultura”, destacou o consultor. A analista técnica comercial da Yara Fertilizantes, Giovana Branda Pauletti, também participa das reuniões.

A Yara Fertilizantes é uma das parceiras fortes da Cotrijal. Da soma de novas tecnologias e do conhecimento agronômico surgiu o YaraMila Exclusivo, fertilizante

usado na adubação de base e que foi desenvolvido para atender as demandas e exigências da área de Produção Vegetal da cooperativa.

O fertilizante está sendo testado e validado na cooperativa. “É uma parceria que possibilita fazer um acompanhamento diferenciado na lavoura de acordo com a necessidade de cada produtor”, ressaltou o superintendente de Produção Agropecuária da cooperativa, Gelson Melo de Lima.

“Além de portfólio variado, a Cotrijal trabalha com produtos específicos que garantam uma maior produtividade e rentabilidade ao produtor. É o caso do YaraMila Exclusivo”, pontuou o gerente Comercial Insumos da cooperativa, Wilson Porto Alegre.

18|Setembro / 2017

Momento decisivo para as culturas de inverno É tempo de ajuste fino para os últimos meses de culturas de inverno no campo.

Segundo o Departamento Técnico da Cotrijal, apesar de um início conturbado em função do clima, trigo, cevada e canola vêm apresentando uma boa resposta no campo.

“Manejos definidos e olhos bem atentos”. É desta forma que o coordenador técnico de Difusão da Cotrijal, Alexandre Doneda, espera que os produtores da região conduzam seu trabalho até o final ciclo de cada cultura.

“Não há um manejo padrão para todas as áreas, converse com seu assistente técnico e de forma conjunta elabore a melhor estratégia para o controle de pragas e doenças que podem atacar as lavouras neste momento”, alerta Doneda, que ressalta a necessidade de um monitoramento constante.

A boa uniformidade que as lavouras de trigo, cevada e canola vêm apresentando no campo necessita de proteção. O aparecimento de pragas e doenças pode comprometer as plantas neste final de ciclo, com a possibilidade de perdas de qualidade e de rendimentos. “Pulgões, percevejos e lagartas devem ser monitorados, principalmente nas lavouras de trigo e cevada. Já quando o assunto é doenças, destacamos a ferrugem, machas foliares e oídio, problemas que merecem

Produtor animado

atenção dos profissionais técnicos da cooperativa e produtores”, destaca Doneda, que lembra os danos já causados por doenças em safras passadas e ressalta a necessidade de total atenção para o período.

Segundo dados do Departamento Técnico da Cotrijal, a maioria das lavouras de trigo e cevada está em estádio de emborrachamento e espigamento. A canola apresenta sinais de formação de síliqua em boa parte das áreas.

Nas áreas localizadas ao norte do RS, próximas a Esmeralda, Muitos Capões e Lagoa Vermelha, o plantio ocorre mais tarde mas as lavouras também estão em boas condições de desenvolvimento, já apresentando sinais de emborrachamento e elongação. “Temos que fazer o tema de casa. Garantir a nossa parte e esperar que o clima também colabore. Temos condições de realizar bons manejos e combater de forma eficaz essas pragas e doenças que estão aparecendo em nossas lavouras”, destaca o coordenador.

Em Coqueiros do Sul, o produtor Delmar Schiel investiu 15 hectares no trigo e está com boas expectativas.

Ele destaca as dificuldades do início dos trabalhos, principalmente para a implantação da cultura. “O clima nos ‘judiou’ no começo, com muita chuva e depois duas geadas fortes, mas a resposta foi animadora.

A lavoura está com um aspecto bem positivo e dá pra projetar uma produtividade acima dos 55 sacos por hectare”, destaca o produtor.

Juliano Worst, de Tio Hugo, acredita na parceria com o Departamento Técnico da Cotrijal e muito monitoramento para suas lavouras de trigo e cevada. “Já concluímos os primeiros manejos com fungicidas e como tivemos problemas na implantação do trigo e da cevada, agora é o momento de caprichar ao máximo”, destaca o produtor, que destinou 90 hectares para o trigo e 70 para a cevada.

A uniformidade das lavouras de trigo e cevada tem animado os produtores

lima ainda indefinido C - Depois de duas fortes ondas de frio

entre os meses de julho e agosto, setembro deve registrar temperaturas elevadas na primeira quinzena e frio entre os dias 19 e 20. Segundo

o meteorologista Celso Oliveira, da Somar, simulações mostram que a temperatura mínima pode chegar aos 3º C por volta desses dias. E as chuvas do mês devem ficar dentro da média.

Dia de campo mostra evolução no desenvolvimento de variedades Produtores ligados à Unidade de Negócios da Cotrijal de Santo Antônio do Planalto puderam acompanhar, no dia 25 de agosto, como está o desenvolvimento de nove cultivares de trigo, três de cevada, duas de aveia, consórcio de aveia com nabo forrageiro e aveia com

ervilhaca, além de três variedades de azevém.

O dia de campo foi conduzido pelo Departamento Técnico e teve por objetivo oportunizar aos produtores acompanhar o estágio inicial das culturas, com avaliações de herbicidas e fungicidas. Em outubro, os

Dia de campo reuniu 35 produtores

O técnico agrícola da Cotrijal Gunter Barth e o produtor Márcio Grahl acompanhando o início da semeadura

produtores voltam ao campo para ver o resultado das ações.

Otilo Drebes acompanhou cada uma das estações e ficou satisfeito com o que viu. “A Cotrijal está de parabéns ao nos trazer essas informações. E organizando essas atividades separadamente em cada

unidade, temos mais espaço para esclarecer dúvidas e aprender”, mencionou o produtor. Neste ano, ele optou por plantar apenas trigo.

Com mais de 60 anos de experiência na agricultura, o produtor Sideno Kroessin também participou do dia de campo e elogiou a inicia-

Otilo Drebes e o neto conferindo as estações

Com projeções positivas para o cereal, produtores de boa parte da área de ação da cooperativa já iniciaram o plantio e projetam uma boa safra. O Departamento Técnico da Cotrijal estima que os trabalhos de plantio

tiva. “Temos muitas novidades no mercado e a cada safra precisamos de mais conhecimento, por isso, a assistência técnica da cooperativa faz diferença no resultado”, enfatizou. Na safra de inverno 2017, ele e o filho Sérgio investiram em trigo e aveia para cobertura de solo.

Sideno Kroessin, com a gerente Aline Luersen, satisfeito com o trabalho da Cotrijal

Start para o milho

devem se estender até o final de setembro, já que as ações de pré-plantio foram concluídas com sucesso.

“O produtor que investe no milho sabe do bem que está fazendo para o seu sistema de produção. Principalmente na

adição de matéria orgânica no solo, fator determinante para o combate a erosão”, explica Alexandre Doneda.

O produtor Márcio Grahl iniciou a semeadura do milho no final de agosto. São 84 hectares destinados para o

cereal e apesar da redução de 20% da área em relação a safra passada (2015/16), ele está animado. “Há uma perspectiva positiva de preço para o milho, além de ser uma cultura essencial para a rotação”, disse o produtor.

20|Setembro / 2017

PROGRAMA DE REPRODUÇÃO COTRIJAL

Mais prenhez é sinônimo de mais leite O ganho econômico com a melhora nos parâmetros reprodutivos geralmente não é avaliado dentro da propriedade, mas os impactos não são pequenos. Um dia de vaca vazia, por exemplo, custa, em média, R$ 7,87. Já o aumento de 1% na Taxa de Prenhez pode render R$ 50,40 a mais por vaca ao ano. Outros dados impactantes: o valor médio de uma prenhez é de R$ 875,7, enquanto um aborto custa R$ 1.732,50.

Cientes destes números e sabendo que quanto mais eficientes os rebanhos forem nos indicadores de reprodução maior será o incremento na produção leiteira, a Unidade de Negócios Produção Animal da Cotrijal criou o Programa de Reprodução Leite Real. O objetivo é melhorar o desempenho reprodutivo das propriedades, garantindo mais rentabilidade e sustentabilidade ao produtor associado.

Em agosto, a ação completou um ano de atividades, inicialmente beneficiando 13 propriedades. O gerente de Produção Animal da Cotrijal, Renne Granato, aponta

que o programa busca encontrar as vacas vazias e as problemas. “Identificando as vacas vazias, ganhamos tempo para reinseminá-las. Mais prenhez significa mais leite para as propriedades”, menciona.

Granato comemora a evolução neste primeiro ano de atividades, em que os produtores estão alcançando números cada vez mais próximos às metas estipuladas pela Cotrijal.

“Temos o histórico detalhado de cada propriedade e, com o uso de software, conseguimos escriturar o rebanho e fazer projeções para o futuro desses animais, minimizando oportunidades perdidas de prenhez”, explica.

Com o programa, a Cotrijal visa melhorar o desempenho reprodutivo dos rebanhos, incrementando a produção de leite

Números do grupo e metas do programa Índices atingidos pelo grupo entre janeiro e junho 2017

Meta do Programa de Reprodução da Cotrijal

Taxa de Serviço (%)

45,2

60

Taxa de Concepção (%)

40,9

35

Taxa de Prenhez (%)

19,7

21

IEP-intervalo entre partos (meses)

14,1

13

DEL-dias em lactação (dias)

234

180

DAB-dias em aberto (dias)

166

115

Construção de soluções Entre os diferenciais do programa de reprodução da Cotrijal está o aumento da frequência de visitas realizadas pela veterinária Lucélia Castagna Hoffstaedter, responsável técnica da ação.

Inicialmente, ela realizou a coleta e escrituração zootécnica para montar as metas de cada propriedade. Em seguida, fez um diagnóstico completo de cada rebanho, identificando o problema de maior impacto e, a partir do problema, elaborou um plano de ação enxuto, com

previsão de resultados.

“Periodicamente fazemos visitas na propriedade para realizar o manejo reprodutivo, coletar as informações para alimentar o software e gerar os indicadores. É estudando estes indicadores que verificamos quando e onde há necessidades de interferir”, explica Lucélia.

A veterinária conta ainda com o apoio do coordenador técnico do Departamento Veterinário da Cotrijal, Alan Issa Rahman, no monitoramento nutricional das propriedades.

Resultados dependem da ação do produtor

“Perdemos muito dinheiro negligenciando a reprodução”, produtores Neida e Adélio Lammers, de Lagoa dos Três Cantos

Para Lucélia Castagna, os problemas produtivos e reprodutivos são o resultado de decisiões ou de manejo inadequados nas propriedades. “Muitos dos produtores sequer têm os números da reprodução registrados. Por isso, o desafio é descobrir o que fazer, como fazer, quando e de quem é a responsabilidade. E isto tem que estar no controle do produtor, pois quem faz dar certo é quem vive o dia a dia da propriedade, não o veterinário em visitas esporádicas”, enfatiza.

Lucélia pontua ainda que muito do sucesso do programa depende do engajamento dos produtores. “Tudo é executado junto com o produtor, para que ele tenha entendimento do que está sendo feito, sabendo quais

são os pontos em que não pode falhar na reprodução do rebanho. São ações simples, facilmente aplicáveis no dia a dia”, acrescenta.

O produtor Adélio Lammers, de Lagoa dos Três Cantos, faz parte do grupo que ingressou no programa neste primeiro ano de atividades.

Ele está satisfeito com os resultados já alcançados, principalmente com a diminuição do intervalo entre partos. “Na rotina acabamos deixando passar detalhes importantes e com a assistência da Cotrijal notamos que podemos nos aperfeiçoar com relação a taxa de concepção e a média de dias em lactação (DEL) do rebanho, por exemplo”, expõe o produtor.

Outra mudança positiva, segun-

do ele, foi a evolução quanto a taxa de serviço – número de vacas inseminadas em um período de 21 dias.

“Já chegamos a deixar uma vaca por até 90 dias sem serviço. Entendemos agora que precisamos trabalhar mais cedo com estes animais, pois otimizando a taxa de serviço, diminuimos o DEL e aumentamos a produção”, aponta.

Produtor de leite há 30 anos, Adélio Lammers hoje trabalha com o sistema semiconfinado para as 34 vacas em lactação, que entregam uma média de 27 litros/dia por animal. “Depois desse programa, tenho certeza que vou aumentar minha renda com a atividade leiteira.

Perdemos muito dinheiro negligenciando a reprodução”, finaliza.

Setembro / 2017|21

“Vaca parindo é vaca que dá leite” O produtor Augusto Hoffstaedter, de Victor Graeff, é um case de sucesso dentro do Programa de Reprodução, com índices que já superam as metas da Cotrijal.

Para ele, o segredo é a dedicação nas recomendações da assistência técnica veterinária. “Desde que ingressamos no programa reprodução, a visita na propriedade é feita a cada 14 dias, sem falta. Esta atenção a periodicidade fez com que saíssemos de uma taxa de prenhez de 8,8% para chegar a 25,1%”, comemora.

O resultado mais importante, segundo Augusto, é que o manejo reprodutivo monitorado agregou mais leite para a propriedade. “Vaca parindo é vaca que dá leite. E para dar mais leite, ela precisa estar prenhe de novo. Por isso, a preocupação para inseminar o mais rápido possível. Atendendo a esta meta, estamos conseguindo mais produção por vaca/dia”, conta.

Atualmente, a propriedade trabalha com o sistema de confinamento compost barn, com 253 animais, sendo 120 em lactação, com média de produção de 36 litros de leite por vaca/dia.

“Eu não gostava de números. Hoje faço questão de alimentar o software e conferir semanalmente os índices alcançados. É isso que faz a nossa propriedade se manter e crescer”, afirma.

Buscando evitar falhas na identificação de cio, foi implantada a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), reduzindo o intervalo entre partos de 15 meses para 12,8. “A redução do Parâmetro

Desde que ingressou no programa, Augusto Hoffstaedter atingiu índices de reprodução excelentes. A taxa de prenhez, por exemplo, passou de 8,8% a 25,1%

intervalo entre partos significa diminuir o período ocioso de uma vaca, ou seja, fazer com que ela produza um terneiro por ano e permaneça seca somente o período mínimo necessário entre duas lactações”, aponta Augusto Hoffstaedter.

Agosto de 2015

Agosto de 2016

Julho 2017

33

44,8

67,4

Taxa de Concepção (%)

25,4

29,7

37,3

Taxa de Prenhez (%)

8,8

13,3

25,1

DEL médio (dias)

290

238

168

Taxa de Serviço (%)

O que tudo isto implica em valores?

A veterinária Lucélia Castagna Hoffstaedter lembra que com 1% de aumento anual na Taxa de Prenhez o produtor tem ganho de R$ 50,40 por animal ao ano. Na propriedade de Augusto Hoffstaedter, o acréscimo, em 12 meses, foi de 11%, gerando ganho de R$ 552,64 vaca/ ano. Multiplicando esse valor por 100 vacas, o resultado sobe para R$ 55.264,00 anualmente.

Quando o quesito é produção de leite, os números são ainda mais impactantes. Em um ano, o produtor conseguiu reduzir, em média, 66 dias de intervalo entre partos de cada animal (passando de 450 para 384 dias).

“Multiplicando esses 66 dias por 100 vacas, e considerando que cada vaca produz 7.200 litros de leite por ano, temos 129.600 litros a mais durante o ano. E em valores, consideran­ do o preço do litro em R$ 1,50, o faturamento será ampliado em mais R$ 194.400,00”, aponta Lucélia.

ARA PARTICIPAR - Com o sucesso do programa P de reprodução no primeiro ano de funcionamento, a ideia é estender os seus benefícios para outras propriedades. Os produtores que tiverem interesse em se inscrever devem procurar o médico veterinário da sua Unidade de Negócios.

22|Setembro / 2017

Cotrijal conquista Troféu Ouro no Prêmio Ser Humano Brasil A Cotrijal conquistou o Troféu Ouro no Prêmio Ser Humano Brasil, na categoria Gestão de Pessoas Administração, pela ABRH - Associação Brasileira de Recursos Humanos. A premiação foi entregue no dia 15 de agosto, em solenidade em São Paulo, durante o 43º Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas (CONARH 2017).

A partir deste ano, concorreram ao prêmio nacional um case de cada estado por categoria. Os cases foram indicados pelas 22 seccionais ABRH com prêmios auditados e premiados no seu estado. O case Cotrijal de Gestão de Pessoas, auditado pela ABRH-RS através de dois avaliadores in loco em 2016, foi indicado a concorrer ao prêmio nacional pela ABRH Brasil como melhor case do Rio Grande do Sul na categoria Administração. Em 2016, o case havia recebido o Prêmio Top Ser Humano RS. A Cotrijal foi representada na solenidade de entrega da premiação pela gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional, Iara Silveira da Cruz.

Para o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, a conquista em nível nacional mostra que a cooperativa está no caminho certo na forma de conduzir a gestão de pessoas. “É motivo de grande orgulho para toda a família Cotrijal”, destacou.

Crédito foto: Hugo Silva - Uehara Fotografia

A Cotrijal foi representada pela gerente de DHO, Iara Silveira da Cruz, que recebeu o prêmio do presidente da ABRH-RS, Orion Kubaski

PRÊMIO - Em 2017, o prêmio teve cinco O categorias: Gestão de Pessoas - Acadêmica, Gestão de Pessoas - Administração, Gestão de Pessoas – Desenvolvimento, Gestão de Pessoas - Jovem e Gestão de Pessoas - Sustentabilidade. Na categoria Gestão de Pessoas – Administração, além da Cotrijal, que recebeu o Troféu Ouro, foram premiadas: Troféu Prata - CAGEPA (Companhia de Água e Esgoto da Paraíba); Troféu Bronze – Klabin, do Paraná.

Portal do Produtor é premiado como case de sucesso

A Cotrijal, através da área de Tecnologia de Informação, recebeu, no dia 3 de agosto, premiação que classificou o Portal do Produtor como destaque no Rio Grande do Sul. O reconhecimento aconteceu durante a 13ª edição do 4CIO RS, em Porto Alegre, que reuniu os líderes de TI de grandes empresas gaúchas.

Dentre os vários cases inscritos para concorrer à premiação, cinco foram selecionados para serem apresentados durante o evento. O case da Cotrijal concorreu, entre os finalistas, com outros quatro projetos de grandes empresas, como o Grupo SLC, e órgãos públicos, como a Secretaria de Saúde do RS. A cooperativa foi representada no evento pelo gerente de TI, Luiz Felipe Moraes Lopes, que apresentou o Portal do Produtor. “Essa premiação mostra que estamos no caminho certo, proporcionando mais tecnologia e alternativas modernas para que o nosso produtor

Luiz Felipe Moraes Lopes (à esq.) recebendo a premiação em nome da Cotrijal

possa ter praticidade, atendimento personalizado com economia de tempo”, comentou, avaliando que o portal já conta com uma boa adesão do quadro social.

O evento - Em sua 13ª edição, o 4CIO RS apresentou o tema “Up2Date”, trazendo o formato diferenciado para um dia repleto de

atualização profissional e network.

O evento convidou os principais líderes de TI do Rio Grande do Sul e oportunizou rica troca de experiências. Além do Case de Sucesso do Portal IT4CIO, que teve a Cotrijal e o Grupo SLC escolhidos como cases de sucesso, o evento premia anualmente a Empresa Destaque e o CIO Destaque.

O Portal do Produtor Em funcionamento desde junho de 2017, o Portal do Produtor Cotrijal é um canal de relacionamento com o associado que possibilita o acesso on-line a todas as informações relativas a movimentação de produtos e negócios do associado com a cooperativa. Através do portal, o associado pode visualizar todo o seu histórico de negociações desde o ano de 1998.

O portal proporciona que o produtor acompanhe em tempo real as informações das suas entregas de grãos, compra e retirada de insumos e informações financeiras atualizadas, permitindo assim que ele gerencie a sua propriedade e seu relacionamento com a

cooperativa através da tecnologia. É possível acessar o Portal do Produtor a partir de qualquer dispositivo com acesso à internet, sendo este desktop ou mobile.

Alimentado por informações advindas do sistema de gestão da Cotrijal, além de serviços externos, o portal é totalmente responsivo, com aplicação web J2EE construída sob o Spring Framework, com Hibernate, JPA, HTML5 e CSS 3.0, rodando no Weblogic 12c.

Para a realização deste projeto, foram necessárias contribuições de 10 profissionais da Cotrijal nas áreas de TI e negócios e do parceiro de implementação (Compasso).

Destaque entre as 500 maiores do Brasil A Cotrijal se mantém entre as 500 maiores empresas do Brasil.

A constatação é da Revista Exame, que divulgou nesta semana o ranking Melhores & Maiores: as 1000 maiores empresas do Brasil em 2016. A publicação especial ranqueia os destaques de vários segmentos da economia, segundo seus resultados financeiros, referentes a 2016.

Hoje presente em 32 municípios do Norte do Rio Grande do Sul e com 56 unidades, a cooperativa fechou 2016 com faturamento recorde de R$ 1,5 bilhão, o que lhe proporcionou avançar no ranking da Revista Exame da 446ª posição, em 2015, para a 425ª posição em 2016.

A cooperativa também figura entre as 400 maiores empresas do agronegócio brasileiro, na posição 101. A edição especial destacou ainda as 100 maiores empresas da Região Sul, apurando que a Cotrijal está em 62º lugar, subindo 3 posições, em relação aos dados de 2015.

O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, mostra-se feliz com o resultado e destaca que a publicação reflete o trabalho sério realizado ano após ano.

“Fizemos grandes investimentos nos últimos dois anos, com a inauguração da nova Unidade de Beneficiamento de Sementes e a aquisição das 14 unidades da BSBIOS, e mesmo assim avançamos. Graças à confiança do quadro social, e também dos produtores da região nova, e à

gestão séria e comprometida com resultados”, avalia.

RANKING Vendas Ocupa a 425ª posição, entre as 500 maiores empresas do país Agronegócio Ocupa a 101ª posição, entre as 400 maiores empresas do país Região Sul Ocupa a 62ª posição, entre as 100 maiores empresas da Região Sul ublicação - Criado há P mais de 40 anos pela Editora Abril, o anuário tornou-se o mais amplo e confiável retrato do ambiente empresarial brasileiro. O levantamento se fundamenta no balanço das empresas, relativo ao exercício anterior, além de dados oficiais.

Homenagem da Gadolando A Cotrijal foi homenageada pela Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) na noite desta quinta-feira (31), durante a Expointer 2017. A cooperativa está entre as cinco do estado que se destacaram na quantidade de registros de animais feitos pelos produtores.

A entrega do certificado à Cotrijal ocorreu na Casa da Gadolando, no Parque Assis Brasil, em Esteio.

A cooperativa foi representada por parte da equipe do Departamento Veterinário: Vilson Weber, Lucélia Castagna Hoffstaedter, Luan Doneda e Bianca Ribeiro de Souza.

A premiação existe desde 2012 e normalmente ocorre durante a Expoleite, no mês de maio. Este é o primeiro ano que a entrega ocorreu na Expointer.

R egistro - O registro é um documento oficial, que identifica o animal, sua procedência e assegura a evolução genética dos rebanhos.

Vilson Weber, representando a Cotrijal, recebendo a homenagem

Através do registro o produtor tem oportunidade de conhecer a genealogia do animal (pais, avós e bisavós), num acompanhamento contínuo de sua criação. Além da genealogia do animal, o produtor encontra dados de conformação (tipo), produção de leite e os destaques. Além disso, o produtor que registra seus animais agrega valor econômico e genético ao seu rebanho.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

24|Setembro / 2017

Produtores de Igrejinha participam de encontro técnico Evidenciar o trabalho da Cotrijal na parte de sementes, fertilidade de solos e de combate a pragas e doenças que afetam a cultura da soja, como o percevejo. Esse foi o foco do 2º Encontro Técnico Cotrijal, evento que reuniu 45 produtores de Igrejinha, de 10 a 11 de agosto, em Piratuba (SC).

O produtor Jorge Luiz Dirings, 47 anos, com propriedade em Rio Atti-Assú, interior de Coqueiros do Sul, foi um dos que acompanhou palestras ministradas pelo

Para altos rendimentos Qual é o produtor que não quer colher bem? Mas para uma cultivar responder, é preciso observar a fertilidade do solo e fazer a adubação necessária. Na propriedade do produtor Eldon Matias Lampert , de Igrejinha, o ajuste fino na fertilidade do solo, em parte dos 54 hectares, trouxe um incremento de até 30% no rendimento final da lavoura. “É um investimento que vale a pena. A ideia é fazer a correção com precisão em 100% da área”, disse ele. Lampert aproveitou o encontro para atualizar informações sobre os temas apresentados.

Na safra de verão ele fechou média de 72 sacas/ha.

Grupo em frente ao Hotel Tiroleza, em Piratuba (SC)

Dirings, de Coqueiros do Sul: semente de qualidade e capricho no plantio

coordenador técnico de Difusão da Cotrijal, Alexandre Nowicki, e pelos engenheiros agrônomos Tiago Luiz Schulz e Rafael Azevedo, da unidade de Negócios da Cotrijal de Igrejinha.

Para colher mais e ter melhores resultados, Dirings não abre mão de uma semente certificada e segue as recomendações da área técnica da cooperativa. Na safra de soja 2016/2017, em 180 hectares, entre terras próprias e arrendadas, ele fechou média de 74 sacas/ha. Em algumas áreas,

chegou a colher acima de 80 sacas/ha.

A intenção, conforme o gerente da Unidade de Negócios de Igrejinha, Leandro Pires, era reforçar as ações da cooperativa para que o produtor possa ter safras cada vez mais produtivas e rentáveis. “Para colher bem, é preciso plantar bem e fazer os manejos adequados. E a Semente Cotrijal é a certeza de uma colheita farta”, destacou.

A programação do encontro incluiu também momentos de integração e atividades culturais.

No grupo de produtores que viajou para Pirabuba (SC) estava ainda Dimorvan Scarpin da Rocha , de Serra do Pontão, Coqueiros do Sul. “Achei os assuntos abordados no evento de extrema importância. Sem um diagnóstico preciso do solo e o uso de uma semente certificada não tem como fazer uma boa lavoura. Acredito que teremos resultados ainda melhores nas próximas safras na nossa região”, afirmou. Na safra 2016/2017, em 40 hectares de soja, ele colheu média de 72 sacas/ha.

Argentinos elogiam trabalho da Cotrijal Um grupo de mais de 30 produtores rurais da Província de Entre Ríos, na Argentina, ligados à Cooperativa Agrícola La Ganadera General Ramirez, visitou, na manhã de 9 de agosto, a sede da Cotrijal, em Não-Me-Toque.

A delegação, composta por dirigentes, técnicos e associados, foi recebida na Sala do Conselho pelo superintendente de Produção Agropecuária, Gelson Melo de Lima, e pela gerente de Desenvolvimento Cooperativista, Leila Mertins. O

grupo recebeu informações sobre os processos de gestão da cooperativa, números e projetos de fidelização do quadro social. “É sempre importante essa troca de experiências. A nossa produção é muito parecida e todos queremos o melhor para nossas organizações e consequentemente para os nossos associados”, comentou Lima.

O grupo assistiu ainda a apresentação do vídeo promocional da Expodireto Cotrijal, e também o material institucional da cooperativa.

Grupo de produtores foi recebido na sede e recebeu informações sobre os processos de gestão da cooperativa, números e projetos de fidelização do quadro social

Visita a uma propriedade

Na propriedade da família Souza, argentinos viram resultados da parceria entre a Cotrijal e seus produtores

Na visita que fez à propriedade da família Souza, em Colônia Saudades, interior de Não-Me-Toque, o grupo pôde esclarecer dúvidas sobre o sistema de produção e relacionamento com a cooperativa. Eles foram recepcionados pelos associados João Ilair e Leandro Souza, pai e filho, que dirigem todos os trabalhos de produção de grãos.

Os associados da Cotrijal manifestaram satisfação com a visita dos produtores argentinos, falaram sobre a condução dos negócios na propriedade e a sucessão já realizada. “Nossa principal atividade e a produção de soja. Trabalhamos em família e esse sistema vem dando bons frutos. É sempre bom receber outros agricultores e contar um pou-

co da nossa história e conquistas”, disse João Ilair.

O engenheiro agrônomo Robinson Barboza, que atende a propriedade, falou da forma como são conduzidas as culturas, do plantio à colheita, em especial da soja, que nas últimas cinco safras teve resultado superior a 70 sacas por hectare.

26|Setembro / 2017

Cotrijal apoia mobilização regional em defesa de produtores Produtores Rurais de 12 municípios da região, com apoio da Cotrijal, Sindicatos, empresas e Poderes Públicos Executivo e Legislativo, além de outras cooperativas e entidades, promoveram audiência pública no dia 23 de agosto, no Parque Vali Albrecht, em Carazinho. A mobilização foi denominada "Te Mexe Produtor, Muda Brasil".

Insatisfeito com os rumos tomados na economia e política nacionais, especialmente com a dificuldade de renda nas propriedades, o grupo solicitou reforma tributária; redução de juros para crédito rural de custeio e investimentos, dentro de patamares mundiais; redução do preço de combustíveis, já que o aumento ocasionou elevação de custo de produção, aumento de valores de fretes, diminuindo o valor final recebido pelos agropecuaristas; mudança na concorrência predatória de produtos importados, como trigo

e leite; e legislação mais rígida para punir atos de corrupção.

Nei César Mânica, presidente da Cotrijal, pronunciou-se em nome das cooperativas da região. Ele mencionou que o ato foi apenas o início de um grande movimento.

"Cada vez mais vamos reivindicar soluções que sejam adequadas para que o produtor tenha condições para continuar produzindo. Este dia foi um marco, que com certeza trará resultados em curto prazo", apontou.

O presidente informou ainda que um documento com as reivindicações dos produtores foi encaminhado para os ministérios da Fazenda e da Agricultura e para Banco Central, dentre outros órgãos nacionais.

O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, destacou o poder de mobilização dos produtores.

"Está na hora de nos unirmos para lutar, mostrar para o governo que é preciso mudar de rota. Estamos trabalhando com mais tributos e o

Produtores engajados O produtor Evandro João Fiorese fez questão de acompanhar de perto toda a mobilização. Para ele, com quase 40 anos de atividade no campo, este é um dos piores momentos econômicos e políticos que o Brasil está enfrentando. "Precisamos puxar a frente para acordar o país. Estamos trabalhando para dar conta dos impostos e pagar a conta de tanta corrupção. Precisamos mudar isso", desabafou.

Associado da Cotrijal de Almirante Tamandaré do Sul, José Nésio Dias de Meira, indicou que um dos motivos que o levou para a audiência foi o aumento do preço dos combustíveis e questões sobre o Funrural. "É importante que a Cotrijal esteja conosco neste momento.

Dá ainda mais força para a nossa mobilização", concluiu.

-

Nei César Mânica, presidente da Cotrijal, pronunciouse em nome das cooperativas da região

custo de produção vem subindo, tornando insustentável manter-se no campo", enfatizou.

A Cotrijal esteve representada pela sua direção, gerentes de Unidades de Negócios, engenheiros

agrônomos, colaboradores e quadro social.

O gerente da Unidade de Negócios Carazinho Glória, Luiz Di Domênico, lembrou que o movimento iniciou pelas mãos dos produtores e, mais tarde, ganhou força também com as entidades. "A Cotrijal sempre está ao lado do produtor, atendendo suas demandas. E desta vez não poderia ser diferente. Vamos defender e apoiar as reivindicações dos nossos associados", afirmou.

Representação regional - Estiveram presentes produtores e autoridades de Almirante Tamandaré do Sul, Carazinho, Chapada, Coqueiros do Sul, Ernestina, Não-Me-Toque, Palmeira das Missões, Saldanha Marinho, Santa Bárbara do Sul, Santo Antônio do Planalto, Sarandi e Vitor Graeff.

As reivindicações

Centenas de produtores estiveram reunidos no Parque Vali Albrecht, em Carazinho

►Reforma ► tributária ►Redução ► de juros para crédito rural de custeio e investimentos ►Redução ► do preço de combustíveis ►Mudança ► na concorrência predatória de produtos importados, como trigo e leite ►Legislação ► mais rígida

Sindicatos reforçam parceria Em reunião anual com a direção da Cotrijal, os presidentes dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais da região destacaram que o trabalho conjunto em defesa dos interesses do produtor rural tem gerado bons

frutos. O encontro foi realizado no dia 4 de agosto, em Não-Me-Toque, e tratou de assuntos comuns entre as entidades, como a boa produtividade da última safra de soja na região e os desafios para o próximo período.

Tradicional encontro debateu temas de interesse das entidades

“É importante ouvir a demanda que vem através dos sindicatos. É uma parceria forte e que se renova a cada ano, com o objetivo de promover um trabalho consistente em benefício do nosso produtor”, disse

o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, que estava acompanhado do vice-presidente, Enio Schroeder.

Mânica ainda agradeceu o empenho dos sindicatos em orientar os produtores a fazerem e manterem atualizada a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP). Como a Cotrijal tem a DAP Jurídica, os associados pronafianos conseguem benefícios na venda da produção de soja.

O presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Victor Graeff, Volnei Jurandir Schreiner, destacou que as entidades têm buscado cooperar para que a Cotrijal mantenha a DAP Jurídica. “Esse trabalho é essencial para a cooperativa, porque garante benefícios diretos ao produtor”, comentou.

Durante a reunião os sindicatos ainda receberam da Cotrijal um auxílio financeiro para a realização de suas atividades. A contribuição é feita anualmente.

Presenças Os Sindicatos foram representados por: Maiquel Roberto Junges (Não-Me-Toque); Ademir Rizzardi (Colorado); Volnei Jurandir Schreiner (Victor Graeff); Vilson Hübner (Tapera); Elio Bernardi (Carazinho); Irdon Claudir Kussler (Coqueiros do Sul); Nelson Pértile (Saldanha Marinho); Airton Ferreira dos Santos (Passo Fundo); e Paulo Baumgratz (Ernestina).

Setembro / 2017|27

Alunos de Ernestina visitam Horto de Plantas Bioativas na Expodireto Com uma proposta pedagógica para resgatar conhecimentos sobre plantas medicinais, alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Osvaldo Cruz, de Ernestina, visitaram o Horto de Plantas Bioativas, no parque da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, na tarde do dia 16 de agosto. O espaço, que é mantido pela Emater/RS-Ascar, possui cerca de 250 espécies de plantas.

O grupo de 25 estudantes, com idade entre 5 e 10 anos, foi recepcionado pelo coordenador da Emater/RS-Ascar na Expodireto, Celso Siebert, e pela extensionista

da entidade em Ernestina, Rosane Turra Treviso.

A diretora da escola, Sueli Penz, contou que um projeto nos mesmos moldes do Horto de Plantas Bioativas está sendo executado no educandário. "Os alunos têm muitas ervas medicinais em casa e também temos na escola e muitas vezes não sabemos qual a função de cada uma. Ficamos extremamente satisfeitos e surpresos com a variedade de plantas no espaço. Nossa visita foi muito produtiva, pois saímos com muito conhecimento", apontou.

Os estudantes irão implantar o projeto de plantas medicinais em Ernestina

Entre as ações do projeto escolar, voltado para estudantes da educação infantil até o quarto ano, está prevista a organização de um livro, catalogando as espécies e sua aplicabilidade para melhoria da qualidade de vida e auxílio na cura de doenças.

Celso Siebert mencionou que o espaço da Emater dentro do parque da Expodireto recebe muitas visitas, mas esta é a primeira vez que alunos dessa idade conhecem o Horto e se mostram tão interessados em aprender. "Estamos satisfeitos em saber que eles vão voltar e replicar este

O grupo de 25 estudantes, com idade entre 5 e 10 anos, é da Escola Osvaldo Cruz

trabalho no município de Ernestina.

Estamos plantando uma semente para que a natureza seja usada com sabedoria, diminuindo a necessidade de consumo de medicamentos tradicionais", disse.

Diogezus Eduardo Urselino Pasetti Schwank, com apenas 8 anos, adorou conhecer e provar a flor comestível da Capuchinha. Além disso, impressionou-se com a diversidade, cores, aromas e sabores do Horto.

"Com certeza, a partir de agora, vou querer tomar muito mais chá em casa. Vou pedir sempre", concluiu.

89 anos Um exemplo como pai e avô. Assim Emilio Schmidt é visto pelos filhos Sirlei, Marta, Reni e Ademir, que homena­ geiam o pai pela passagem dos 89 anos, comemorados no dia 11 de junho. Casado com Selma Schmidt, que no dia 10 de junho completou 84 anos, ele também recebe as felicitações dos seis netos.

Demonstrando seu carinho pela vida de dedicação à família, os filhos ressaltam, dentro outras qualidades, os valores aprendidos com o pai: “Com o teu exemplo, transmitiste-nos valores que hoje podemos presentear aos nossos filhos – o respeito ao próximo, a importância de cumprir com a palavra prometida e de poder apoiar com tranquilidade a cabeça sobre o travesseiro, a neces­ sidade do esforço para obter o que desejamos, a busca incessante da verdade e da justiça, e, sobretudo, a pre­ sença do amor na família.

Foste, e és, amigo, papai e um grande avô!”

Pessoas com deficiência recebem oportunidade A Cotrijal iniciou em agosto o Programa Aprendiz Cooperativo PCD (pessoa com deficiência). O programa é inédito na cooperativa e possui o mesmo formato do que já vem sendo realizado. As aulas iniciaram no dia 7 de agosto e contam com 10 aprendizes.

Duas ações marcaram a aula inaugural nesta turma: a entrega

oficial dos crachás feita pelos professores do curso e uma dinâmica que trabalhou os valores da Cotrijal, com base no Código de Cultura.

“A dinâmica mostrou que quanto maior o número de pessoas trabalhando juntas, melhor é o resultado, e é isso o que a Cotrijal faz”, disse a jovem Emanuele Carolina dos Santos, 19 anos, que faz parte da

turma de aprendizes PCDs. Participaram da aula inaugural: Daiane Bettim (analista de RH da Cotrijal), Paula Lazzari Quadros (psicóloga do CRAS de Não-Me-Toque), e parte do quadro de professores da Coeducars, que ministram as aulas teóricas: Sueli Dossa, João Carlos Metz, Valdir Drum, Claudet Schneider e Leila Valer.

Dez alunos iniciaram o Programa Aprendiz Cooperativo PCD na cooperativa

Curso Assistente Administrativo

Mais 44 jovens vão ser preparados para o mercado de trabalho

Também no dia 7 de agosto, mais uma turma do curso de Assistente Administrativo para Cooperativas, do Programa Aprendiz Cooperativo, iniciou atividades.

São 44 jovens, a maioria com 14 e 15 anos, que durante 17 meses vão participar de 1.000 horas de aulas teóricas e práticas.

No primeiro dia, o grupo participou do programa de integração, conduzido pela analista de RH, Daiane Bettim, que também coordena as ações do Programa na cooperativa.

Neste momento de integração foi realizada a entrega de crachás e do

Código de Cultura da Cotrijal. A turma também recebeu orientações quanto ao funcionamento da Escola Solano, sede das aulas teóricas, que acontecem no turno inverso ao escolar.

Aulas teóricas seguem até o mês de outubro. A partir de novembro, além da atividade teórica, o grupo inicia as aulas práticas nos diferentes setores da Cotrijal em Não-Me-Toque.

O Aprendiz Cooperativo é desenvolvido desde 2008 e tem por objetivo preparar os adolescentes e jovens para o mercado de trabalho.

28|Setembro / 2017

FAMÍLIA RURAL

Os Paviani têm sucessão garantida em Tapejara O assunto sucessão nas propriedades rurais está cada vez mais em evidência. Há debates, eventos e rodas de discussões sobre esse tema, que também está presente na maioria dos lares rurais, motivando pais e mães a se dedicarem para que os filhos sigam na atividade.

Um exemplo positivo vem de Tapejara, no lar da família Paviani.

Lá a sucessão já está bem definida, pois o jovem Giovani, 31 anos, logo que demonstrou interesse pelo trabalho na propriedade, recebeu total apoio e incentivos. Filho de Arlindo, 62 anos, e Nair Paviani, 52, o produtor soube aproveitar os momentos em que auxiliava seus pais na lavoura e também o curso de Técnico Agrícola, concluído em 2004. “Sempre admirei o trabalho com a terra e desde pequeno acompanho a lavoura”, comenta o jovem.

Hoje responsável pela maior parte das ações da propriedade, Giovani orgulha-se e fala com emoção de tudo que seus pais construíram e que agora é de sua responsabilidade.

“Eu os admiro por confiarem nas minhas opiniões. Ter eles por perto e participando das atividades também é importante, pois a experiência de quem já passou por muitos desafios conta bastante”, revela Giovani. Ele casado com Cristiane Refatti, com quem tem uma filha de 6 meses, Ana Carolina.

Ver o filho na frente dos negócios é gratificante para Arlindo e Nair, que sempre trabalharam na agricultura. “Viemos de famílias de agricultores. Junto com meus pais aprendi desde cedo a trabalhar e dar valor para a terra.

Hoje formamos uma propriedade relativamente pequena, mas que

é o resultado de muito trabalho e parcerias”, disse Nair, que colabora com os serviços da casa e atividade leiteira. “É uma vitória para todos ver que Giovani está trazendo um resultado positivo para nossas lavouras.

Ele demonstra interesse e sempre está em busca de informações para colher cada vez mais”, comenta Arlindo, que não quer saber de ficar longe das lavouras e auxilia nos trabalhos de planta e colheita. “O pesado eu deixo pra juventude, mas ajudo no que posso”.

As duas filhas do casal, Greici (27) e Priscila (23), não residem mais na propriedade. Mas quando podem, auxiliam a família.

A união familiar é o ponto forte dos Paviani

Desafio é produzir mais Investir em tecnologia e manter a rentabilidade da lavoura.

Essa é uma das metas do jovem Giovani para os próximos anos.

E para isso, ele vai manter o foco no negócio e parcerias fortes. “O nosso histórico de produção vem em uma crescente, o que nos remete a uma responsabilidade de fazer a nossa parte. Cada detalhe é determinante na nossa profissão, por isso é importante manter o que vem dando certo e ampliar as parcerias, como é o caso da Cotrijal, que sempre mostrou que Giovani e a pequena Ana Carolina (6 meses)

Alento para os agricultores A família começou a trabalhar com a Cotrijal em 2016 e em menos de um ano já tem o sentimento de que a parceria será duradoura e muito positiva. Giovani revela que a presença da cooperativa em Tapejara e região veio como um alento para os agricultores, que agora conseguem fazer bons negócios, tanto na venda da produção quanto na compra de insumos. “A Cotrijal chegou com seu vasto portfólio de serviços e apresentando opções multibandeiras para nossas lavouras, ou seja, com opções de defensivos agrícolas de diversas marcas”, elogia.

O produtor também destaca a importância do trabalho da assistência técnica da cooperativa, que vem fazendo a diferença nas lavouras da nova área de ação. “O atendimento é personalizado e com a total atenção para o nosso negócio. O acompanhamento é desde a escolha das sementes

até a entrega dos produtos. Também é essencial o apoio do setor comercial da cooperativa, com informações atualizadas das condições do mercado da soja e ótimas opções de negócios futuros”, observa.

Um investimento garantido para a próxima safra da família Paviani está na Sementes Cotrijal. A decisão veio após a visita de Giovani e Arlindo na Unidade de Beneficiamento de Sementes da cooperativa, em Não-Me-Toque, em junho, que os motivou a querer a tecnologia das Sementes Cotrijal em 100% de sua lavoura. “A cooperativa abriu as portas da UBS para os produtores e vimos de perto todo aquele empreendimento. Investir em uma semente com alto vigor e padrão germinativo vai nos permitir uma grande arrancada na próxima safra de verão”, destaca o agricultor, que fechou a safra 2016/17 com 76,4 sacas em 30 hectares.

está ao nosso lado”, diz o jovem associado.

Outro desafio está na produção leiteira, que deve receber investimentos. O leite sempre fez parte das atividades da família, porém, na avaliação de Giovani, o baixo investimento em genética tem influenciado na produção do rebanho. “Nosso plano é seguir na atividade, mas os investimentos serão necessários para tornar a produção de leite mais competitiva e principalmente melhorar os nossos resultados”.

Soja na proprieda de

Safra 2016/17 – média/ha – 7 6,4 sacas Safra 2015/16 – média/ha – 65 sacas Safra 2014/15 – média/ha - 7 0 sacas Safra 2013/ 14 – média/ha - 6 2 sacas

Giovani e Arlindo sempre estão juntos na lavoura

De patrão!

O entrevero é uma mistura de carnes de churrasco e legumes feitos na chapa ou no disco de arado e agrada sempre

É

só chegar setembro que pratos típicos da culinária campeira, como cola gaita (espinhaço de ovelha e aipim), feijoada campeira, entrevero gaúcho (mistura de carnes bovina, de frango, linguiça mista, linguiça calabresa, bacon, pinhão e temperos), espinhaço abagualado (espinhaço de ovelha, banha de porco, farinha de mandioca, vinho tinto), arroz de galpão (arroz, charque, linguiça, toucinho), ganham mais espaço na mesa de gaúchos de todas as querências.

Não há churrasco igual ao feito no Rio Grande do Sul – pelo menos segundo os gaúchos. Para eles, a farinha de mandioca é a melhor companhia para a carne. Já arroz carreteiro com charque pode ir à mesa como o prato central da refeição ou o parceiro do churrasco.

Entre as sobremesas, a mais popular é o sagu, que combina o sabor do doce aos aromas do vinho tinto e costuma ser acompanhado de um creme de baunilha. O arroz-doce, feito à base de leite, ovos e temperado com canela também está entre os doces preferidos.

Embora não exclusiva do cardápio gaúcho, a tradicional ambrosia é outro sucesso, que recebe um tempero local de raspas de limão ou de laranja. Escolha o prato de sua preferência e bom apetite!

Entrevero Ingredientes 100 gramas de bacon em cubinhos 3 dentes de alho 1/2 kg de alcatra em cubinhos 1/2 kg de linguiça calabresa em cubos 1/2 kg de pinhão cozido e cortado ao meio 1 copo americano de vinho branco 2 cebolas picadas 1 pimentão verde em cubos pequenos 3 tomates sem sementes, em cubos pequenos 2 talos de salsão fatiados ½ litro de água ½ xícara (chá) de manjericão picado 1 xícara (chá) de cheiro verde Sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo Em uma panela, frite o bacon em um fio de óleo, doure o alho e reserve. Aos poucos, vá refogando as carnes, adicione o vinho e deixe evaporar. Junte as cebolas, o pimentão, a cenoura e o salsão. Refogue bem. Acrescente os tomates, cebolinha e a manjericão. Finalize o cozimento pingando água. Adicione a linguiça e o pinhão. Coloque sal e pimenta-do-reino a gosto. Adicione a salsa picada.

2•

Um cardápio louco de especial Paleta de cordeiro Ingredientes 1 paleta de cordeiro Suco de 1 limão Sal e pimenta a gosto

Modo de preparo Tempere a paleta com sal e pimenta a gosto em uma assadeira. Acrescente o suco de 1 limão. Leve ao forno por aproximadamente 1 hora. Sirva acompanhada de arroz ou batatas.

Pastel gaúcho Ingredientes 500 g de costela desfiada 500 g de queijo provolone ralado 2 cebolas Catupiry

Modo de preparo Cozinhe e desfie a costela. Junte a cebola e o provolone. Com os ingredientes já misturados, deposite sobre a massa metade do recheio colocando uma camada de catupiry e o restante do recheio por cima. Feche o pastel unindo as bordas e passando a carretilha para fechar. Frite em óleo quente.

Galinhada gaúcha Ingredientes 1 kg de sobrecoxa de frango 1 pitada de pimenta-do-reino 3 dentes de alho amassados 1/2 xícara (chá) de vinho branco 3 tabletes de caldo de galinha caipira 3 colheres (sopa) de azeite 1 cebola picada 1/2 pimentão vermelho picado 1/2 pimentão verde picado 1/2 pimentão amarelo picado 2 tomates sem cascas e picados 4 colheres (sopa) de azeitona verde picada 2 xícaras (chá) de arroz 3 cebolinhas verdes picadas

Modo de preparo

Strogonoff de pinhão Ingredientes 1 xícara (chá) de pinhão cozido sem casca 1 bandeja de cogumelo fresco 1 xícara (chá) de molho de tomate 1 cebola 4 colheres (sopa) de creme de leite de soja ou de leite de aveia concentrado caseiro Cebolinha a gosto Sal Noz-moscada, pimenta moída a gosto

Modo de preparo Refogue a cebola no azeite de oliva, adicione o pinhão e os cogumelos fatiados. Em seguida adicione a noz-moscada moída, a pimenta e a cebolinha. Sirva com arroz integral e o molho de tomate e o sal. O creme de soja é só para dar a cor de strogonoff. Adicione a noz-moscada moída, a pimenta e a cebolinha. Sirva com arroz integral e salada de folhas.

Em um recipiente, tempere o frango com pimenta-do-reino, alho, vinho branco e o tablete de caldo esfarelado. Deixe marinar. Em seguida, retire o frango e reserve o caldo. Em uma panela, aqueça o azeite e refogue o frango até dourar. Acrescente a cebola, os pimentões, os tomates, as azeitonas e a marinada. Tampe a panela e deixe cozinhar até que o frango esteja macio. Acrescente o arroz com o frango e a água. Coloque a cebolinha e deixe cozinhar.

Dica - Se desejar, polvilhe queijo parmesão ralado antes de servir.

Roupa velha Ingredientes ½ kg de charque ou outra carne 2 colheres (sopa) de óleo 1 cebola picada ½ xícara (chá) de farinha de mandioca Tempero verde Manjerona 2 dentes de alho Sal e pimenta a gosto

Modo de preparo Corte o charque (deve-se tirar bem o sal) ou a carne em pedaços, coloque óleo em uma panela média e acrescente todos os temperos picados. Refogue-os até que desmanchem. Retire do fogo, coloque a panela em cima de um lugar firme e com o socador de feijão, ou no pilão, acrescente a farinha de mandioca e bata com a mão de pilão até desfiar toda a carne. Depois de fria, conserve em lugar fresco.

Serve de aperitivo, com café ou chimarrão, ou para a guarnição de pratos variados.

•3

Tchê! Fica bom uma barbaridade!

Trufas com erva-mate Ingredientes 1 xícara (chá) de leite condensado 1 colher (sopa) de erva-mate processada e peneirada 1 colher (sopa) rasa de manteiga 400 g de chocolate para cobertura

Modo de preparo Em uma panela, misture o leite condensado, a erva-mate e a manteiga. Leve ao fogo, mexendo sempre.

Retire do fogo e deixe esfriar. Modele as bolinhas e banhe no chocolate separado para cobertura, derretido em banho-maria ou no micro-ondas. Coloque as trufas sobre um papel-alumínio para secar.

Chico balanceado Ingredientes Creme 3 gemas 1 lata de leite condensado 1 lata de leite 1 colher (sopa) de amido de milho Extrato de baunilha 150 g de açúcar (para o caramelo) 5 bananas maduras cortadas em rodelas

Cobertura 3 claras 5 colheres (sopa) de açúcar

Rocambole de doce de leite Ingredientes Massa 3 colheres (sopa) de manteiga/margarina 3 ovos 1 xícara (chá) de farinha de trigo 1 xícara (chá) de açúcar 1 colher (sopa) de fermento em pó Doce de leite

Modo de preparo Bata no liquidificador os ovos, o açúcar e a manteiga e, em seguida, a farinha e o fermento. Coloque a massa batida em forma untada com manteiga e leve ao forno preaquecido por 5 a 8 minutos. Tire a massa do forno e coloque sobre um pano molhado. Espalhe o doce de leite sobre a massa. Enrole e polvilhe açúcar e canela.

Modo de preparo

Pavê de amendoim

Em uma panela coloque o açúcar e derreta até obter um caramelo. Despeje o caramelo em um refratário.

Depois que estiver frio, coloque rodelas de banana e o caramelo cobrindo todo o fundo do refratário. Em uma panela coloque as gemas, o leite condensado, o leite e o amido de milho. Misture bem todos os ingredientes e cozinhe até engrossar. Assim que o creme estiver espesso adicione o extrato de baunilha, desligue o fogo e reserve. Bata as claras até que elas estejam bem firmes, adicione uma colher de açúcar por vez e continue batendo. Despeje o creme amarelo sobre as bananas e cubra com as claras em neve. Leve para o forno para dourar as claras em neve. Leve a sobremesa para a geladeira e depois é só servir.

Ingredientes 2 latas de leite condensado 300 ml de leite 2 gemas ½ xícara (chá) de pasta de amendoim 1 caixinha de creme de leite 100 g de biscoito maria 1 xícara (chá) de amendoim torrado em pedaços 6 unidades de paçoca

Modo de preparo

Pudim gaúcho Ingredientes 200 g de coco ralado 1 lata de abacaxi em calda picado 300 g de açúcar 5 ovos inteiros

Modo de preparo Faça uma gemada com os ovos e açúcar. Adicione o coco e o abacaxi. Unte a forma de pudim com margarina e polvilhe com açúcar. Asse em banho-maria. Desenforme frio, e enfeite com coco.

Em uma panela, adicione o leite condensado e o leite e peneire duas gemas. Junte a pasta de amendoim, leve ao fogo baixo e cozinhe até obter um creme espesso. Misture o creme de leite e deixe esfriar. Processe o amendoim e reserve. Alterne camadas de creme, amendoim em pedaços e biscoito. Finalize com uma camada de creme e decore com as paçocas esfareladas. Leve à geladeira por 2 horas e serva.

4•

Te aprochega vivente que o mate já está cevado!

O hábito é antigo, mas a ideia de incrementar o mate é recente. Inspirada no Instituto Escola do Chimarrão do Rio Grande do Sul, uma das atrações anualmente na Expodireto Cotrijal, a analista de Sementes, Camila Lange, 26 anos, de Não-Me-Toque, passou a decorar o chimarrão que prepara geralmente nos finais da tarde, após o trabalho.

Chocolate, granulados coloridos, coco ralado, goma e mistura para chimarrão nos sabores de canela e laranja são alguns dos ingredientes usados pela analista para incrementar e dar sabor especial ao amargo. “Vi o trabalho da Escola do Chimarrão, na Expodireto, e achei interessante. Para mim o chimarrão tem sabor de amizade, família, união. Por isso resolvi dar o meu toque”, explica.

Além de trazer benefícios para a pele, o chimarrão contém quase todas as vitaminas necessárias ao organismo: B1, B2, B6, C, E e D, além de sais minerais como ferro, fósforo, potássio

e manganês. A bebida do coração dos gaúchos faz muito bem ao coração. O efeito estimulante, já bem conhecido pela sabedoria popular, também tem seus efeitos quando o assunto é a saúde deste órgão.

De acordo com especialistas, o consumo de 100 gramas do chá, duas vezes por dia, já é o suficiente para a redução nos índices de colesterol e triglicerídios. Ou seja, inclua esta maravilha do Sul no seu cardápio e garanta uma pele vistosa e a sua saúde em dia! ábito - Conhecida de Norte H a Sul do país, a erva-mate é saboreada de diferentes maneiras de acordo com clima e cultura local. No Sudeste, a preferência é pelo mate gelado. No Sul, a erva-mate tem o sabor amargo, sendo apreciada com água quente e na cuia, o famoso chimarrão. Nas praias do Brasil, o hábito é de beber um mate com suco geladinho.

Na casa da analista de Sementes da Cotrijal, Camila Lange, o chimarrão ganha mais cor e sabor

O mate e suas combinações

Pode-se acrescentar à água de preparo do chimarrão vários tipos de erva, para acentuar o sabor ou para fins medicinais, tais como boldo, camomila, capim-limão, carqueja, guaco e hortelã. As mesclas nunca devem ser colocadas junto com a erva-mate, porque podem impregnar a cuia com diferentes sabores.

- Mate doce: Prepara-se o chimarrão de modo tradicional, acres-

centando uma colher de açúcar a cada cuia. Pode-se substituir o açúcar por mel, açúcar mascavo ou folha de stevia.

- Mate com leite: Prepara-se o chimarrão do modo convencional.

Em lugar de água, coloca-se leite fervido, com açúcar e canela.

- Mate doce argentino: N uma panela, queime uma colher de açúcar junto com a erva-mate, despeje água quente e aguarde um pouco, após peneirar a infusão, sirva-a em xícaras.

- Xeque-mate: Os ingredientes são cálice de rum, conhaque ou uísque, algumas gotas de limão e chá de mate quente ou frio. Bata a mistura no liquidificador.

Lembretes

)O ) dono da casa faz o primeiro mate. Isso significa um gesto de amizade, boas-vindas e receptividade. )Acabou ) o chimarrão? Passa pra frente. Mas não antes de encher a cuia de novo. Quanto mais o chimarrão roda, mais ele fica melhor. )Chimarrão ) se passa com a mão direita. Entregar a cuia para o amigo com a mão esquerda significa falta de educação. )Faça ) roncar a bomba. Não passe o chimarrão antes da bomba roncar.

Cuidados

,,Depois de tomar o chimarrão, nunca deixe de um dia para o outro a bomba dentro da cuia. ,,Não use a bomba para limpar a cuia. Prefira uma colher para raspar toda a erva usada e jogá-la fora. ,,Após ser utilizada, lave a bomba em água corrente, de cabeça para baixo, para que toda a água escorra e ela fique bem limpinha por dentro.

Benefícios

&&Elimina a fadiga e o cansaço &&Auxilia no combate ao colesterol ruim (LDL), graças a sua ação antioxidante &&Diurético &&Auxilia na regeneração celular &&Estimula atividade física &&Fonte de vitaminas - A, B1, B2, C e E &&É rico em sais minerais como cálcio, ferro, fósforo, potássio e manganês &&Benéfico para o coração

É melhor evitar!

A bebida deve ser evitada por hipertensos e por pessoas que são sensíveis a algum dos componentes da erva-mate. Quem tem muita insônia também deve evitar o consumo no período da noite. Atenção redobrada para quem tem anemia!

Sem exageros!

Para quem não vive sem, é preciso seguir alguns conselhos para evitar ter de largar de mão o companheiro de todos os dias. A dica é não tomar a bebida quente demais, muito menos em excesso. A temperatura ideal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é 70°C, ou seja, nada de água fervendo! Água fervendo queima a erva e modifica o gosto. E isso vale para todas as outras bebidas que são tomadas quentes, como chás ou café. Ou seja, é importante ter prudência e mudar hábitos, ainda que se trate de uma tradição.