Ano 19 Nº 221 Março 2018
EXPODIRETO COTRIJAL 2018
Encontro da inovação e da tecnologia | PÁGINAS 3 A 28
Faturamento da Cotrijal ultrapassa R$ 1,7 bilhão | PÁGINAS 30 A 36
02|Março / 2018
Expediente Jornal da Cotrijal Órgão de divulgação da Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial
Endereço: Rua Júlio Graeff, nº 01 - Cx. Postal 02 Não-Me-Toque/RS - CEP 99470-000 Fone: 54 3332-2500/ 54 3191-2500 E-mail: lmertins@cotrijal.com.br Internet: http://www.cotrijal.com.br Diretoria Executiva Presidente: Nei César Mânica Vice-presidente: Enio Schroeder Conselheiros de Administração Região Sede: Francisco Jorge Eckstein Jair Paulo Kuhns Leori Antônio Dessoy Luiz Roberto Gobbi Odair Sandro Nienow Roveni Lúcia Doneda (Representante dos Líderes de Núcleos) Região Um: Jonas Francisco Roesler José Valdir Kappaun (Representante dos Líderes de Núcleos) Mateus Tonezer Região Dois: Airton Emílio Scharlau Délcio Reno Beffart Ildo José Orth Juliano Manfroi Milton Antônio Marquetti (Representante dos Líderes de Núcleos) Valdecir Luiz Delazeri Valdino Morais Conselheiros Fiscais Titulares Leandro Burgel de Souza Celito Dal Pizzol Daniel Gustavo Scheffel Conselheiros Fiscais Suplentes João Henrique Maldaner Francisco Feiten Schreiner Edemir Rosso Produção: Unidade de Desenvolvimento Cooperativista Jornalista Responsável: Leila Mertins Gerente da Unidade de Desenvolvimento Cooperativista - Reg. prof. 4.985 Redação: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Ingra Costa e Silva, Liliana Fernanda Zimmermann Crivello, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Líbera Fotos: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Foto Choks, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Libera Editoração Eletrônica: Prisma Produções Gráficas (54) 3045-3489 Pré-Impressão e Impressão: Imperial Artes Gráficas Ltda. (54) 3313-5434 Comercialização: Agromídia - Desenv. de Negócios Publicitários Ltda. - São Paulo/SP - Fone: (11) 5092-3305 Guerreiro Agro Marketing - Maringá/PR Fone: (44) 9180-4450 - 3026-4457 Prisma Produções Gráficas - Passo Fundo/RS (54) 3045-3489 - 9233-3170 Periodicidade: Mensal
Opinião
NEI CÉSAR MÂNICA Presidente da Cotrijal
Mais tecnologia e inovação para o campo Na Cotrijal, o agronegócio segue firme, fértil, ousado. Mais uma vez a cooperativa mostrou que mesmo em ano difícil é possível superar metas. Em 2017, tivemos um crescimento de mais de 15% em relação ao ano anterior. O faturamento recorde de R$ 1,7 bilhão é resultado da confiança do associado que mostrou sua força durante as reuniões de apresentação dos números da cooperativa em fevereiro. O nosso olhar agora se volta para a excelente produção de grãos que está próxima de sair do campo. Pelo visual das lavouras, tudo indica que na soja teremos produtores colhendo média acima das 70,6 sacas/ ha, registrada na safra passada. Além da tendência de uma safra cheia, os preços também sinalizam uma recuperação. Um cenário positivo que beneficia a economia e alavanca negócios na Expodireto Cotrijal, de 5 a 9 de março, em Não-Me-Toque. O mundo está na Expodireto e nós, da Cotrijal, ficamos muito felizes em poder contribuir para o agronegócio dessa forma. Inspirados no produtor que busca se superar e fazer o melhor no campo, o destaque deste ano será a agricultura digital. A feira é um terreno fértil para que todos os visitantes possam se servir das inovações e novidades voltadas para o agronegócio. Afinal, são 525 expositores com esse foco. Além dos avanços da tecnologia na era digital, nas áreas de máquinas e equipamentos, produção vegetal
A Cotrijal está aí para dar suporte, ajudar o produtor a ser eficiente e ter os melhores resultados independentemente do clima. O mundo está na Expodireto e nós, da Cotrijal, ficamos muito felizes em poder contribuir para o agronegócio dessa forma. e pesquisa, a Expodireto é palco de discussões de temas relevantes para o setor. Neste ano, o foco está nos baixos preços recebidos pelos produtores na cadeia do leite, do arroz e do trigo, o que acaba desestimulando a produção. Vamos reforçar ainda, através de fóruns, a necessidade do agricultor retomar cuidados com a base do sistema de produção, o solo. A Cotrijal está aí para isso. Para dar suporte, ajudar o produtor a ser eficiente e ter os melhores resultados independentemente do clima. Um exemplo são as novas combinações de cultivo para a entressafra e o inverno. O nosso agricultor sabe que uma cobertura com qualidade resulta em sacas a mais na soja. É esse equilíbrio que vai garantir sustentabilidade ao nosso negócio e a longevidade das lavouras. Tudo isso o visitante vai poder conferir de perto na Expodireto Cotrijal 2018. Uma excelente feira a todos!
04|Março / 2018
Encontro da inovação e tecnologia A Expodireto Cotrijal 2018 reúne os avanços da tecnologia na era digital, nas áreas de máquinas e equipamentos, produção vegetal e pesquisa, e reforça a necessidade de o produtor retomar cuidados com a base do sistema de produção: o solo.
GIVAGO BORGHETTI/DETEC
A agropecuária brasileira avança rapidamente em produção e produtividade. E as tecnologias seguem no mesmo ritmo. O uso de sensores e softwares já é uma realidade em muitas propriedades, especialmente para a agricultura, e a tendência é de investimentos crescentes das empresas para popularizarem ainda mais o seu uso nos próximos anos. Por outro lado, há a preocupação de que o produtor volte seu olhar novamente para os conceitos básicos do Sistema de Plantio Direto, porque têm crescido os problemas com erosão, dificuldade de controle de plantas daninhas e aumento da incidência de fungos de solo. Na feira de 2018, os dois temas norteiam os debates e devem gerar impacto no campo. "Essa é uma das características fundamentais da feira: discutir e propor soluções para os problemas da agricultura. É importante que neste momento de transição para a agricultura digital tenhamos esse tipo de discussão", aponta o presidente da Cotrijal e da feira, Nei César Mânica. Otimista, ele prevê a maior feira de todas. "A safra está muito bem encaminha e os preços da soja subiram, o que deve alavancar os negócios", afirma.
Programe-se! A Cotrijal organizou para seus produtores uma agenda que oferece informação de qualidade, debates, lançamentos de produtos, espaço para aprendizagem e bons negócios durante a Expodireto Cotrijal 2018. O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, ressalta a importância de o produtor aproveitar bem os cinco dias da feira, visitar os estandes e áreas de interesse, mas reservar um tempo especial para os espaços organizados pela cooperativa. “A feira oferece muitas novidades e informações e a Cotrijal busca oferecer o que agrega no resultado da propriedade e no conhecimento do produtor”, afirma.
P rodução Vegetal/Sementes Cotrijal - lançamentos de variedades de soja e de mix de plantas de cobertura, resultados de ações voltadas a manejo e conservação do solo, semeadura precisa, importância da qualidade da semente e controle de percevejos. P rodução Animal/Lojas Cotrijal - informações sobre os programas da área de produção animal da cooperativa, mostra de novilhas e oportunidades de negócio (linha de medicamentos, vacinas e nutrição, Prazo Safra e também junto aos expositores Stihl, Tramontina, Bakof, Zebu e Pirelli).
S eminário Monitora Percevejos – 6/3, 10 às 12 horas, no Auditório da Produção. S eminário Monitora Manejo e Conservação do Solo – 8/3, 10 às 12 horas, no Auditório da Produção. E spaço da Natureza Cotrijal – palestras sobre utilização correta e segura dos defensivos agrícolas e oficinas sobre materiais recicláveis, com novas alternativas para a confecção de diversos objetivos, em parceria com o Senar/RS. Teatro sobre a importância da preservação do meio ambiente, diariamente, às 10h30, 13h30 e 14h30.
Março / 2018|05
CASA DA FAMÍLIA COTRIJAL
Oficinas para o corpo e para a mente A Casa da Família Cotrijal é um espaço no coração do parque para que o associado se sinta em casa durante a Expodireto Cotrijal e, neste ano, tem novidades. Durante os cinco dias de programação serão desenvolvidas oficinas com atividades voltadas ao quadro social, uma parceria entre Cotrijal e ULBRA. “Será mais um momento de interação e conhecimento neste espaço que é o ponto de encontro da grande família Cotrijal”, destaca o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder. A gerente de Desenvolvimento Cooperativista da Cotrijal, Leila Mertins explica que as atividade terão duração de, no máximo, 30 minutos, em dois horários: às 10h30 e às 14 horas. E na quarta-feira, 7/3, haverá uma oficina extra às 16 horas. “As atividades serão desenvolvidas em parceria com a Ulbra/Campus Carazinho e com os Supermercados Cotrijal”, informa. e olho no bem do plaD neta – No primeiro dia da Expodireto Cotrijal (5/3) serão passadas dicas práticas de como reaproveitar materiais usados no dia a dia e que, normalmente, vão para o lixo, como
garrafas pet, caixas de leite, vidros e pneus. Destinação adequada, separação correta para os resíduos secos e informações sobre o lixo orgânico também serão abordados.
S aúde e bem - estar – A terça-feira (6/3) será dia de falar sobre cuidados com a saúde, dicas para prevenção de doenças como pressão alta, elevação da taxa de triglicerídeos, colesterol, diabetes, câncer de colo de útero, de mama e de próstata, com espaço para troca de informações. Como complemento do assunto, na quarta-feira (7/3) será a vez de falar sobre educação nutricional, para uma alimentação e uma vida mais saudável. As oficinas deste dia, com a nutricionista dos Supmerercados Cotrijal, Raquel Jaeger, acontecem em três horários: 10h30, 14 horas e 16 horas. C uidados com a pele – No Dia Internacional da Mulher
(8/3, quinta-feira), o assunto é voltado para os cuidados com a pele: importância do uso do protetor solar, dicas de maquiagem, e escolha dos produtos certos para limpeza e hidratação.
Espaço de encontro entre os associados e de descanso para os dias da feira, a Casa da Família Cotrijal sediará oficinas em 2018
espaço – A Casa da Família Cotrijal O de 600 metros quadrados foi criado em 2009, contando com espaço fixo desde 2014, especialmente projetado para dar aos visitantes o conforto necessário para ter um momento de descanso, de troca de ideias e de busca de conhecimento. Todos são recebidos com chimarrão, água e um bom bate-papo, pelos conselheiros de Administração e Fiscais, líderes de núcleo e integrantes do Comitê de Mulheres da cooperativa, que se revezam no atendimento na casa.
Programação
5/3 - REAPROVEITAMENTO DE MATERIAIS 10h30 e 14h /3 - C 6 UIDADOS COM A SAÚDE 10h30 e 14h
/3 - E 7 DUCAÇÃO NUTRICIONAL 10h30, 14h e 16h
/3 - CUIDADOS COM A PELE 8 10h30 e 14h
06|Março / 2018
Água correndo livremente, arrastando o solo e abrindo valetas ou levando parte da lavoura ladeira abaixo. Um assunto que andava esquecido voltou a martelar a cabeça do produtor, a conservação de solo. Com o abandono de práticas conservacionistas, a incidência de chuvas fortes e semeadura em terrenos muito inclinados a erosão tem mostrado a sua força em boa parte das lavouras do Estado. Na área da Cotrijal também já acendeu um sinal de alerta. A adoção incompleta de técnicas do plantio direto é a principal causa dessa desagregação. Ferramenta poderosa no controle do processo erosivo, o plantio direto revolucionou a agricultura na década de 80. Mas o tempo foi passando e o agricultor deixou de lado algumas ações importantes, como a rotação de culturas, o uso de plantas de cobertura, a semeadura em contorno e o terraceamento onde for necessário. É justamente essa simplificação do sistema que tem levado embora sementes, adubos, defensivos e a capacidade de armazenar água na propriedade. “Sem isso, não há nada que contenha a água da chuva, que leva ladeira abaixo nutrientes importantes para agricultura”, aponta o engenheiro agrônomo da CCGL TEC, José Ruedell, que vê problemas de conservação de solo dentro do plantio direto no Rio Grande do Sul. “É preciso retomar as premissas básicas, os fundamentos que qualificaram o Plantio Direto”, pontua o pesquisador. Segundo ele, um solo bem servido de palha anula em até 95% o impacto da força da chuva que é a causa inicial da erosão. écnica - No mundo, a T agricultura ocupa 1,6 bilhão de hectares, sendo que apenas 12% utiliza o sistema do plantio direto. Atualmente os Estados Unidos, a Argentina e o Brasil respondem por mais de 50% do uso dessa técnica. A ideia de trocar o arado pela palhada surgiu nos Estados Unidos, na década de 60, e foi trazida para a América do Sul na década de 70. No sistema, há maior disponibilidade de água, nutrientes, maior equilíbrio da temperatura e mais matéria orgânica na terra.
Solo: por que cuidar?
Efeitos de enxurradas em lavoura da área da Cotrijal na safra 2016/17
Colher/semear/colher Para Ruedell, o segredo está em estabelecer uma rotação de culturas que “explore” continuamente o solo, nunca deixando a área de cultivo descoberta, e que traga rendimentos ao produtor. “Quanto mais palha, mais sucesso. Por isso, é importante o agricultor seguir a estratégia colher/semear/colher. E aí que estamos
RUEDELL: “Fundamentos
que qualificaram o plantio direto precisam ser retomados”. Pesquisador aborda tema no Fórum da Soja, na Expodireto
falhando. Afinal, no nosso Estado são cinco milhões de hectares no inverno parados ou subutilizados”, ressalta. A monocultura da soja também preocupa o especialista. “Somente nesta safra, no Estado, são 5,67 milhões de hectares com o grão e apenas 731 mil hectares de milho. Em muitos casos, os produtores não realizam a rotação com o milho, o que limita a proteção do solo e a melhoria de suas qualidades em geral. A soja é excelente em rentabilidade, mas relativamente deficiente em termos de conservação. Produz palha em pequena quantidade e tem muita concentração de nitrogênio, sendo facilmente degradada”, afirma. “Ainda mais que hoje se colhe mais cedo, deixando o solo exposto até a cultura do inverno”, acrescenta. Para quem está colhendo o milho, ele sugere logo após implantar nabo forrageiro e se houver necessidade calcariar. “O calcário colocado na superfície e a raiz do nabo apodrecendo forma canais que permitem levar o corretivo em profundidade, corrigindo o solo nessa condição. O sistema se completa dessa forma, com várias culturas alocadas no campo”, destaca. Ele
recomenda ainda o produtor fazer a sobressemeadura, por exemplo com capim sudão, sobre a soja que está maturando, para aumentar a produção de massa orgânica. As motivações, fundamentos técnicos, experiências e caminhos para qualificar o sistema são pontos abordados pelo pesquisador durante o 29º Fórum Nacional da Soja, na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, dia 6 de março. Na região da cooperativa, além do cultivo do trigo, cevada e canola, no inverno, parte das lavouras não tem uma cultura estabelecida ou ficam em pousio neste período. O milho, companheiro importante da soja e peça chave para o plantio direto, também tem encolhido área. No lugar do grão, cada vez mais sementes da oleaginosa. Sem a adição de palha que o solo requer e a baixa rotação de culturas, o agricultor corre o risco de ver parte da safra escorrer para fora da lavoura. Atenta a isso, a Cotrijal tem buscado novas alternativas de cobertura e percorrido propriedades e unidades para reforçar a importância do produtor seguir com as boas práticas de conservação do seu maior patrimônio, a terra.
Expodireto Cotrijal O manejo e conservação de solo, com o uso de plantas de cobertura como alternativa à rotação de culturas, também será amplamente discutido na Expodireto Cotrijal 2018, com destaque no estande da Área de Produção Vegetal da Cotrijal. O assunto irá nortear ainda discussões nos fóruns da Soja e dos Solos e Água e no espaço da Emater/RS-Ascar. E no Auditório da Produção, dia 8 de março, das 10 às 12 horas, acontece o Seminário Monitora Manejo e Conservação do Solo, com debate específico sobre o assunto, voltado aos produtores da Cotrijal.
Março / 2018|07
Plantio Direto no Estado
Reforço na cobertura e terraços
974 - P rimeira lavoura 1 oficialmente reconhecida do produtor José Carlos da Veiga Mello, em Santo Ângelo.
O susto ao ver parte das sementes de área de 85 hectares descerem coxilha abaixo, após chuva de mais de 180 mm, logo após o plantio, em novembro, fez Guilherme Setti, de Almirante Tamandaré do Sul, rever práticas para que o solo possa suportar melhor as condições adversas. Na propriedade, foram pelo menos quatro enxurradas em 2017 sendo duas delas nesta safra. Setti conta que o prejuízo só não vai ser maior porque agiu rápido e teve toda a orientação da cooperativa. “Agora o visual da lavoura está bonito. Foram tomadas algumas medidas principalmente de adubação que atenuaram o problema. Também tive todo apoio e suporte do Departamento Técnico da Cotrijal. Isso é muito importante”, enfatiza. A propriedade é assistida pelo engenheiro agrônomo Juliano Algeri. Sem plantar milho há uma década e há dois anos o trigo, pela desvalorização dos grãos, o produtor faz cobertura com aveia e semeadura em nível. Sem as 12 toneladas de material orgânico recomendada para um solo fértil, ele confessa que o desembolso tem sido maior. “Com menos palha no solo, tive que aumentar o aporte de insumos para reverter processo”, adianta. Nos 210 hectares com soja, a média tem fechado em 70 sacas/ha nas últimas safras. Ações - Para proteger a terra da “força bruta” da água, Setti já definiu ações para quando a soja sair da lavoura: fazer um levantamento do escoamento das águas da chuva, rever caminhos de lavoura e, se for o caso, colocar alguns terraços para diminuir a pressão pluviométrica na área. Também será dada uma atenção maior à cobertura do solo, com mix de plantas. “De nada adiante investir em tecnologia se não tiver solo que ampare e sustente isto. Não podemos perder o que o plantio direto nos trouxe de bom”, afirma.
1 982 - C riação dos primeiros Clubes Amigos da Terra - CATs, em Palmeira das Missões, Carazinho, Giruá, Erechim, Santo Augusto e São Luiz Gonzaga. 1985 - Implantação do “Ensaião”, ensaio comparativo do plantio direto e convencional em vários sistemas de rotação.
1 992 - Fundação, em Cruz Alta, da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha. Hoje com sede em Foz do Iguaçu (PR). 1994 - I V Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha em Cruz Alta, com a consolidação definitiva como Tecnologia Ambientalista para uma Agricultura Sustentável.
2 015 - 3 0 anos de pesquiCaminho aberto por enxurradas na lavoura do produtor Guilherme Setti, de Almirante Tamandaré do Sul, nessa safra
sas comparativas do plantio direto e convencional em Cruz Alta.
08|Março / 2018
MANEJO E CONSERVAÇÃO
Resultado visível na soja Na propriedade do produtor Vilmar Sartori, 69 anos, Linha Triunfo, em Colorado, o solo tem suportado bem as chuvas mais pesadas, mas a soja apresentou problemas com fungo e manchas na parte do talhão onde o milho não entra há duas safras, o que comprova a importância da cultura no sistema. “Onde tinha o cereal a soja está 100%. Ao lado, a disparidade das plantas é significativa”, compara Matheus Sartori, 29, que toca a propriedade ao lado do pai. Na safra 2017/18, são 190 hectares com soja e 35 hectares com milho. A expectativa é colher 170 sacos/ha no milho. Na soja, acima
de 75 sacas/ha. Nem a estiagem prolongada, em dezembro, bem na fase de enchimento de grãos do cereal, faz os Sartori recuar. São mais de 20 anos acreditando na cultura para o equilíbrio do sistema. “É visível o retorno que o milho traz na soja. De cinco a seis sacos a mais por hectare”, garante o jovem produtor. “O milho após soja é fundamental. Quebra o ciclo das doenças, adiciona maior aporte de palha, aumenta a capacidade de infiltração e reduz custos no inverno”, reforça o engenheiro agrônomo Leonardo José Pesente, que atende a propriedade.
MATHEUS SARTORI, de Colorado: problemas com fungo em área
sem milho há duas safras
I nfiltração - O gráfico mostra que onde o produtor fez rotação de culturas com o milho, a taxa de infiltração de água foi significativamente superior, até atingir a estabilidade, ou seja, infiltração básica (IB) de 149 mm/h. Na área, apenas com soja, ou seja, com ausência de rotação, a taxa de infiltração ficou bastante reduzida, devido à compactação do solo.
Com a Cotrijal, solo 100%
Werner e Erdino, de Coqueiros do Sul: solo bem estruturado e lavouras uniformes com a assistência da cooperativa
Adepto às boas práticas de conservação solo, o agricultor Werner Rehn, 74 anos, de Rio Atti Assu, em Coqueiros do Sul, vê, ano após ano, os resultados positivos em sua propriedade. Trabalhando com precisão e adubação com gesso, desde 2014, e plantas de cobertura, o resultado é de encher os olhos: lavouras parelhas e plantas sadias. “Não dá para se queixar. Aos poucos, a gente vai melhorando. Hoje o solo suporta melhor os veranicos e chuvas”, fala, satisfeito, o produtor, enquanto ‘vistoria’ lavouras de soja e milho. O agricultor é considerado um exemplo de conciliação entre práticas sustentáveis e
rentabilidade. Na soja, já são 10 sacas a mais por hectare. Nesta safra, são 47 hectares com milho e 415 hectares com soja. Mesmo plantando em solo arenoso, com apenas 30% de argila, a colheita tem tudo para ser farta. Na safra passada, em algumas áreas, a produção de soja ultrapassou as 90 sacas/ha. No milho, já alcançou as 190 sacas/ha. Quem cuida do plantio e da colheita é o genro Erdino Briscke, 37 anos, que é líder de núcleo da Cotrijal por Carazinho. Para manter o solo equilibrado, rico quimicamente e livre de erosões, Werner e Erdino não poupam esforços. Investem em cobertura
de inverno, adubação e rotação principalmente com milho. O cereal sempre fez parte do sistema de produção. No lugar da soja, a ideia é entrar com aveia consorciada com centeio e nabo forrageiro. Nas áreas mais frágeis, a cobertura será reforçada com azevém. Quem atende a propriedade é o engenheiro agrônomo Carlos Mertins. “É uma lavoura com potencial para produzir ainda mais. Inicialmente se trabalhou com cobertura e recuperação do pH do solo, com a correção de fósforo e potássio. Depois, com enxofre, e, nos últimos anos, com o uso do gesso agrícola”, explica.
Imagem evidencia a diferença no estande de plantas nos dois talhões da lavoura: um onde havia milho e outro, sem a cultura há duas safras
Resgate necessário de práticas Encontrar uma área cultivada com milho no Rio Grande do Sul está cada vez mais raro. São apenas 731 mil hectares com o grão, segundo a Emater/RS, o que representa a menor área semeada com milho na história do Estado e praticamente 50% do que já foi cultivado há 10 anos. Na região atendida pela Cotrijal, não é diferente. Por questões econômicas e climáticas, o produtor tem deixado a cultura de lado. “Hoje a área de milho no verão é muito reduzida. Isso explica a pouca palha nas lavouras. O ideal seria o produtor implantar um terço da área com o cereal. Precisamos entender que o equilíbrio do solo é que vai garantir sustentabilidade ao nosso negócio”, pontua o superintendente de Produção Agropecuária, Gelson Melo de Lima, descrevendo a realidade das lavouras. Para evitar que o trabalho de mais de três décadas do plantio direto escorra ladeira abaixo, a Cotrijal vem reforçando através do Programa Monitora a importância do produtor ficar atento a questão da adição de palha ao sistema, rotação de culturas e cuidados com o solo. “É claro que temos produtores com níveis muitos bons. Se não
fosse assim não teríamos a produtividade que temos hoje, mas é preciso olhar o sistema como um todo. Pensar a atividade em médio e longo prazo dentro de um sistema de produção e não só dentro do ano agrícola”, alerta. Para Lima, cobertura permanente, com o mínimo revolvimento, rotação de cultura, sucessão com mixes e manejo integrado é o caminho para uma agricultura eficiente e a longevidade das lavouras.
GELSON MELO DE LIMA: “É preciso
fazer cobertura com qualidade”
Março / 2018|09
Semeadura precisa As operações de cultivo sem qualidade, como a semeadura ‘morro acima, morro abaixo’ também têm facilitado a ocorrência dessa desagregação no solo, segundo Doneda. “Além de ser uma prática inadequada, que abre um caminho preferencial para a descida da água, faz uma distribuição desigual de fertilizantes em diferentes faixas da lavoura. Por isso, a semeadura e pulverização devem ser sempre em nível. Só
por esse fato, a proteção aumenta em 30%”, recomenda. Orientações quanto à semeadura precisa e regulagem de semeadoras estão sendo reforçadas junto aos produtores pelo Programa Monitora, através de palestra nas unidades. S imulação - Para ajudar o agricultor a planejar o plantio de cada talhão, a Cotrijal passa a trabalhar com software que vai permitir fazer a simulação de semeadura em nível. Operações devem ser sempre em nível
Ajuste fino na fertilidade Alto rendimento requer um ajuste fino nos níveis de fertilidade após a colheita. Para que o produtor possa corrigir o perfil de solo de forma precisa e correta, a Cotrijal conta com o Programa Ciclus - Agricultura de Informações. “O primeiro passo para altas produtividades é a amostragem de solo. Com base nesse ‘exame’, que precisa ser muito bem-feito, vamos saber onde intervir e quais os pontos que precisam ser melhorados”, destaca o coordenador do programa, Leonardo Kerber. A aplicação de corretivos e fertilizantes segue as recomendações do Departamento Técnico (Detec) da cooperativa.
P erfil do solo - Para o melhor aproveitamento dos nutrientes
e desenvolvimento das culturas é preciso fazer a correção do pH do solo e complementação com potássio, fósforo e enxofre. A Cotrijal é pioneira na amostragem georreferenciada de perfil de solo, de 20 a 40 cm, e correção com gesso agrícola. “O gesso constrói produtividade e garante maior resistência no caso de estresse hídrico”, destaca o coordenador técnico de Difusão, Alexandre Doneda. A cooperativa também foi uma das primeiras a fazer o uso do calcário para corrigir pH do solo dentro da Operação Tatu, no final da década de 60, programa que promoveu a calagem e correção da fertilidade dos solos, favorecendo o cultivo da soja.
Plantas de cobertura Para auxiliar o agricultor no processo de produção de palha, a Cotrijal possou a trabalhar, a partir desse ano, com mix de plantas de coberturas de solo. O Raíx combina sementes de plantas de cobertura, cada uma com uma função diferente, que além de auxiliarem na adição de palha no solo, melhoram a ciclagem de nutrientes no solo e aumentam o potencial de infiltração de água. “O mix de plantas de cobertura não substitui o milho. É uma alternativa para o produtor melhorar o manejo de inverno e evitar perdas de solo como a que aconteceu na safra passada”, pontua o gerente de Pro-
dução Vegetal, Juliano Recalcatti. Com as novas variedades de cobertura, a Cotrijal quer retomar pilares do plantio direto, como a palhada em abundância, prática que vem se perdendo a cada safra com a monocultura da soja e o binômio soja-trigo. pções - Na Cotrijal, são O duas as combinações de plantas de cobertura para o período de entressafra e outra para o período do inverno. O diferencial para quem adquirir o mix de plantas é a segurança na hora de semear. “Levam sementes certificadas, livres de fungos e invasoras”, garante Recalcatti.
Volume de palha
Enquanto os cereais de inverno produzem em torno de 4 toneladas/ha de palha/ano, a soja deixa no solo um residual de 3,5 a 4 toneladas de raízes e palhas. Já a cultura do milho tem a capacidade de adicionar sozinha em torno de 12 toneladas/ha de palha/ano. Uma conta que o produtor não pode deixar de fazer ao planejar lavouras.
10|Março / 2018
MANEJO E CONSERVAÇÃO
É preciso “alimentar” o sistema “Para produzir mais de 100 sacas/ha de soja e mais de 200 sacos/ha de milho é preciso avançar nos cuidados com o solo. Requer solo fértil e estruturado, com capacidade de infiltração e de armazenamento de água, além da ausência de camada compactada, doenças radiculares e nematoides”. A declaração é do engenheiro agrônomo e professor doutor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - campus de Frederico Westphalen, Antônio Luis Santi. Ele fala sobre o tema Altas produtividades: solo, plantas de cobertura e qualidade da lavoura no Fórum da Soja, durante a Expodireto Cotrijal. Para Santi, um manejo conservacionista vai além da preocupação com a erosão. “O produtor tem que aproveitar as ‘janelas’ entre as culturas para produzir palha, ‘alimentar’ o sistema”. Tem que olhar acima e abaixo do solo”, afirma. As práticas equivocadas e sem qualidade do plantio direto também preocupam o pes-
quisador. “Hoje temos lavouras que ficam de três a quatro meses sem nada de planta crescendo e se busca no verão seguinte uma lavoura de altos rendimentos. Qual é a saída? Para a soja seguir sendo a ‘rainha’ do campo precisa de outras culturas que protejam o solo. Não adianta fazer taxa variável de calcário e de fósforo ou usar drone para monitorar doenças e pragas se eu não tiver um solo bem estruturado, fisicamente saudável de modo que as raízes consigam penetrar em profundidade para retirar água e incorporar matéria orgânica”, frisa. O especialista complementa ainda: “Pesquisas comprovam que, em áreas onde na safra anterior havia milho, a soja rende 11% a mais do que soja sobre soja. Por que alguns produtores têm sucesso? Por que adicionam palha, estrutura, solo e nutrientes em profundidade. Quando o produtor trabalha com consórcio de plantas, o incremento é de 20% na soja já na safra seguinte”, adianta.
Como se constrói altas produtividades? Para Santi, só tem um jeito: palha e solo agronomicamente bem estruturado. “Não dá para esperar milagre. Quanto mais coberto o solo, mais água se acumula na lavoura e ameniza o estresse hídrico da planta em épocas de seca. Além disso, reduz as perdas de adubo e fertilizantes. Qual é o remédio para resolver pouca infiltração de água, compactação e falta de nutrientes? Plantas de cobertura, raiz, carbono”, ressalta. Além das estratégias convencionais, o pesquisador sugere o produtor trabalhar implementando as culturas de cobertura ainda durante o ciclo da cultura da soja, na maturação. “A sobressemeadura traz a vantagem da antecipação no estabelecimento da cobertura, um adiantamento de até três semanas. Culturas como o nabo forrageiro, a aveia preta e a ervilhaca têm se mostrado promissoras para as condições das lavouras gaúchas”, enfatiza.
ANTÔNIO LUIS SANTI, da UFSM:
“consórcio de plantas traz um incremento de 20% na soja”
Pioneiro no uso de gesso
Na Agropecuária Dona Júlia, em Carazinho, a colheita tem sido farta nos últimos anos. Na soja, a média de produtividade já alcançou as 80 sacas/ha. No milho, 200 sacos/ha. Com área de 200 hectares, 100% com precisão e plantio direto, a propriedade foi pioneira na correção com calcário e gesso agrícola. “Vale a pena. Em ano de seca, o gesso responde. A diferença chega a seis sacas/ha de uma parcela para a outra”, garante o produtor Renato
Ahlert, 33 anos. Trabalhando em parceria com o pai, Valdir, 67, ele tem uma meta definida em curto prazo: produzir 100 sacas/ha. Para alcançar este objetivo, os Ahlert seguem as orientações da Cotrijal. O resultado é um solo melhor para o cultivo. Basta tirar um pouco a palha da terra, para ver a diferença. “Nessa safra, não tivemos nenhum problema com doenças. As plantas cresceram perfeitas, sem manchas. A soja tem tudo para surpreender positivamente”,
fala Renato, empolgado. Ao todo, são 80 hectares corrigidos com gesso. A ideia é chegar a 100% da área. Trabalhando em solo argiloso, Renato entra com maquinário só o necessário na lavoura para não compactar as áreas. Em 80 hectares, onde faltou palha, a erosão levou parte da aveia recém semeada na terra. “É uma área onde não havia milho e a planta estava emergindo. A ideia é voltar com o milho nessa área para aumentar a proteção do solo”, adianta.
Experimento que deu certo Nos Ahlert, o trabalho de correção com calcário e gesso agrícola teve início na safra 2009/10, por iniciativa do agrônomo que atende a propriedade, Carlos Mertins, em parceria com o professor doutor da UFSM, Telmo Amado, com estudos em fertilidade de solos. No experimento, foram analisados os resultados da aplicação de 2,0 t/ha de calcário e de 2,6 t/ha e 5
t/ha de gesso, em camadas de até 60 cm de produtividade, na cultura do milho. Na época, os resultados foram positivos, com ganho de produtividade e neutralização do alumínio tóxico, em camadas mais profundas do solo e no desenvolvimento radicular em profundidade, mesmo em período de estresse hídrico. “Conseguimos neutralizar o alumínio em
profundidade. Em condição extrema de estresse hídrico a plantação de milho se desenvolveu muito bem. Um indicativo de que estávamos no caminho certo”, afirma Mertins. A surpresa maior foi na área onde o gesso foi aplicado em alta dose: acima de 205 sacos/ha de milho. A partir daí, com incremento significativo de produtividade na soja e no milho.
Milho (safra 2009/10) RENATO AHLERT, de Carazinho: correção
com calcário e gesso trouxe incremento de produtividade na soja e no milho e aumentou resistência à seca (veranicos)
Soja
Produtividade Milho
2016/17 - 78 sacas/ha
2016/17 - 200 sacos/ha
2015/16 - 80 sacas/ha
2015/16 - 195 sacos/ha
2014/15 - 75 sacas/ha
Profundidade das raízes onde foi feito tratamento com 2,0 t/ha de calcário e 2,6 t/ha de gesso
No tratamento com 2,0 t/ha de calcário e 5,0 t/ha de gesso, sistema radicular desceu mais ainda
12|Março / 2018
CAMPO DIGITAL
Tecnologia agrega produção e otimiza custos Foi-se o tempo em que campo e mundo digital eram considerados assuntos distintos. Cada vez mais presente no dia a dia do produtor, a tecnologia tem se tornado uma importante ferramenta na hora de tomar decisões sobre a produção. Através de aplicativos no smartphone, de sensores que acompanham as necessidades e a variabilidade da planta ou do solo, de drones ou imagens de satélite para mapeamento de colheitas, as lavouras contam hoje com um grande fluxo de informações sobre a produção. Um local fértil para conferir as novidades é a Expodireto Cotrijal. ele utilizou o GPS para marcar as linhas para depois fazer a aplicação de fósforo. “O Cirolini ia a pé com o GPS na mão para indicar os pontos e eu seguia fazendo a marcação com a grade e o trator. Em uma manhã inteira conseguíamos marcar só 20 hectares”, conta, rindo da situação. Depois disso, a evolução foi rápida. Já em 2007 ele fez a primeira coleta de solo através do Programa Ciclus, da Cotrijal, que estava dando seus primeiros passos e hoje é um dos pilares da cooperativa visando auxiliar os produtores a melhorar a fertilidade do solo. Em 2008, ele já tinha semeadora com piloto automático. Em 2009, adquiriu um pulverizador com piloto automático. Em
Os olhos brilhando do produtor Sérgio Kroessin, 53 anos, ao acessar os dados da sua propriedade através do tablet revelam a sua empolgação com as inúmeras possibilidades que as tecnologias representam. Aficionado por tecnologias desde a infância, ele se apropriou dos benefícios da era digital para ampliar a produção e otimizar os custos da propriedade em Santo Antônio do Planalto, que tem 750 hectares, entre áreas próprias e arrendadas, administrados em conjunto com o pai Sideno Kroessin, 81 anos. A primeira experiência com agricultura digital ele não esquece. Com o auxílio do engenheiro agrônomo Fernando Cirolini, que atende a propriedade, em 2007
Sérgio Kroessin, 53 anos, já consegue ter acesso a todas as informações da lavoura através de software instalado no tablet
2011 passou a fazer o mapeamento da colheita. Hoje, do plantio à colheita, todas as operações são monitoradas por sensores, que geram uma infinidade de dados que auxiliam na tomada de decisão. Alguns processos, como a
Embora esteja sempre atento a todas as novidades em termos de tecnologia digital que surgem – e na Expodireto Cotrijal ele dedica tempo especial para visitar o setor de máquinas e equipamentos – Kroessin é muito consciente em relação a aplicabilidade das ferramentas. “A tecnologia, para ser boa, tem que se pagar. E é importante ressaltar que cada propriedade vai ter uma realidade diferente, portanto, uma necessidade diferente. O que é bom para mim talvez não seja para outro produtor”, afirma. Para ter certeza de que a ferramenta que vai adquirir dará retorno, ele antes faz uma análise criteriosa. O produtor aponta alguns dos resultados alcançados nos últimos anos: ►►Redução de 20% no investimento em defensivos já no primeiro ano de uso do pulverizador com piloto automático e desligamento de sessões. O equipamento permite aplicar o produto no lugar correto, na dose e na quantidade certa. ►►Com a semeadura precisa, em taxa fixa e variável, tornou-se mais assertivo o cálculo da quantidade de sementes necessária para a área. O produtor conseguiu reduzir de 3% a 4% a quantidade total de sementes adquirida.
LEONARDO KERBER/PRODUÇÃO VEGETAL
Investimento que se paga
semeadura, ele consegue monitorar em tempo real, fazendo os ajustes necessários enquanto está semeando. “O computador faz a leitura de quantas sementes e quanto adubo está caindo e posso ajustar isso durante a semeadura, sem ter que
parar de semear. No plantio sem o uso de sensores, você precisa parar o equipamento para abrir o sulco e verificar quantas sementes e adubo há e muitas vezes só percebe as falhas quando as plantas nascem”, explica.
Climate FieldView: a novidade Novidade apresentada aos produtores da Cotrijal em dezembro de 2017, através de parceria com a Monsanto, a plataforma Climate FieldView já está sendo usada por Kroessin. A plataforma coleta e processa automaticamente dados de campo, possibilitando avaliar a performance de cada talhão, do plantio à colheita. “Era o que faltava para nos ajudar na tomada de decisão. Até agora, eu
tinha uma infinidade de dados, mas que precisava analisar separadamente. O Climate reúne todos esses dados no meu iPad”, explica. O engenheiro agrônomo Fernando Cirolini avalia que a ferramenta é muito importante porque cruza os dados, da semeadura à colheita, e possibilita traçar cenários e apontar pontos a serem melhorados.
Em 2007, Sérgio Kroessin e o agrônomo Fernando Cirolini marcando as linhas com a grade para depois aplicar fósforo na lavoura
►►A produtividade vem crescendo na soja: safra 2014/15 – 78 sacas/hectare; 2015/16 – 71 sacas/ hectare; 2016/17 – 79 sacas/hectare. E em áreas de alguns talhões foram registradas 120 sacas/hectare. A meta a ser batida agora é 100 sacas/ hectare de média geral. ão N
dá pra esquecer do básico – Kroessin é realista. A tecnologia é essencial mas de nada
adianta se o produtor esquecer do básico. Ele não abre mão de cuidar dos preceitos que regem o Sistema de Plantio Direto, que inclui o plantio de milho. Planta pelo menos 150 hectares de milho todo ano – na última safra colheu 198 sacos/ hectare. “Sei que para evoluir em produtividade na soja agora preciso voltar minha atenção na melhoria do sistema de rotação de culturas e da matéria orgânica do solo”, aponta.
Climate FieldView é uma das novas tecnologias digitais que a Cotrijal está incentivando aos produtores utilizarem. Plataforma foi apresentada em evento no final de 2017
Março / 2018|13
“É preciso saber interpretar as informações” O professor Christian Bredemeier, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, vê com entusiasmo a inserção da agricultura na era digital mas aponta a necessidade de interpretar corretamente
Bredemeier: tecnologia exige maior conhecimento agronômico
os dados gerados. “As ferramentas por si só não bastam. O nosso desafio é integrar todas as informações coletadas de forma que auxiliem a tomar a decisão mais precisa possível. Quanto mais informações o agricultor tiver disponível para tomada de decisões, maior sua necessidade do conhecimento agronômico”, aponta. Doutor em agricultura de precisão pela Universidade Técnica de Monique, na Alemanha, Bredemeier frisa que o uso da tecnologia para visualização e análise de dados é uma tendência para os próximos anos e destaca a preocupação da Cotrijal no uso destas ferramentas, investindo em capacitação do corpo técnico para enfrentar os desafios do uso dessas informações. “O trabalho da cooperativa é essencial no sentido de avaliar as tecnologias que estão no mercado e direcionar ao produtor aquilo que realmente traga resultado”, afirma.
Desafios futuros:
Números
Integrar informações geradas pelas ferramentas e delinear práticas de manejo.
R$ 1,7 trilhão, até 2019, serão gastos no mundo com transformação digital.
Identificar ferramentas úteis para o campo. Ter conhecimento agronômico ou acesso a quem tenha, para auxiliar na interpretação dos dados e gerar uma decisão segura.
33%, dentre 600 grandes produtores
do Brasil, já utilizam softwares de gestão e monitoramento da produção e gerenciamento de frotas nas fazendas.
70% dos produtores entrevistados adota essas tecnologias no Sudeste.
Evolução da agricultura Década de 1960
Desenvolvimento dos primeiros híbridos de milho. Início de uso de mecanização de maneira mais ampla. Emprego de fertilizantes e corretivos de acidez do solo.
Década de 1970
Implantação das primeiras lavouras com plantio direto. Maior difusão de uso de adubação química. Avanços significativos no melhoramento genético.
Década de 1980
Difusão do sistema plantio direto. Uso de controle químico de plantas invasoras.
Década de 1990
Híbridos triplos e simples de milho. Genótipos de soja adaptados a regiões de baixa latitude. Maquinário de maior eficiência e precisão. Início da difusão da agricultura de precisão no mundo (monitores de colheita, uso civil de sistemas de posicionamento por satélites, primeiras empresas de prestação de serviços em agricultura de precisão, barra de luz).
Década de 2000
Maquinário de alta eficiência e precisão. Maior difusão da agricultura de precisão no Brasil. Difusão de uso de sensores na agricultura. Desenvolvimento da indústria de máquinas mais precisas e implementos adaptados para aplicação de doses variadas de fertilizantes e corretivos, surgimento do piloto automático. Liberação das primeiras cultivares transgênicas para cultivo comercial no Brasil.
Década de 2010
Telemetria, levantamento e transmissão automática de dados. Aplicativos que podem ser acessados por smartphones ou tablets. Obtenção e manipulação de grande volume de informações (Big Data). Agricultura digital. Internet das Coisas.
14|Março / 2018
CAMPO DIGITAL
Cotrijal está inserida na era digital Ciclus: resultado comprovado
Kerber, com o drone utilizado para avaliação das lavouras
A preocupação da Cotrijal sempre foi levar ao produtor informações e tecnologias que o auxiliem na tomada de decisão e contribuam para o aumento do rendimento das culturas, o melhor uso dos insumos e a redução dos custos de produção. No contexto digital, esse continua sendo o foco. Uma das primeiras ações realizadas pela cooperativa foi a criação do Sistema de Alerta e Monitoramento de Doenças (Samdoc), na safra 2002/03. Com base nos dados gerados por três estações meteorológicas, localizadas em São José do Centro (interior de Não-Me-Toque, Pinheiro Marcado (interior de Carazinho) e Encruzilhada Müller (interior de Ernestina), e lançados em um software, que analisava temperatura, umidade do ar e precipitação de chuvas, se identificava se havia condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da ferrugem asiática da soja. O processo era moroso, em comparação ao que se tem hoje, porque havia a necessidade de deslocamento de um funcionário até as estações meteorológicas para coletar os dados. O resultado era enviado por e-mail ou celular aos profissionais do Departamento Técnico, via mensagem SMS, que repassavam a informação ao produtor, recorda o coordenador técnico de Validação,
Software usado no início da década de 2000 alertava para as condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da ferrugem asiática
Fernando Martins, que na época conduzia o projeto. De lá para cá, os parâmetros analisados não mudaram, mas a informação chega muito mais rápido ao produtor. As análises são feitas com base em imagens de satélite, com cobertura de 100% da área de ação da cooperativa e condições de avaliar cada talhão, e disponibilizadas através de e-mail e pelo celular, via whats app, a qualquer momento do dia.
Os resultados da propriedade da família Carmo, em Pontão, provam que um dos investimentos tecnológicos essenciais na busca pelo aumento da produtividade é a agricultura de precisão. Engenheiro agrônomo, aos 26 anos, Diones Vaseran Carmo Júnior não abre mão do serviço prestado pela Cotrijal. A tecnologia foi aplicada em a área de produção de grãos – 650 hectares. “Formamos uma parceria, que tem dado bons resultados. A Cotrijal evoluiu muito e com isso, a gente também evolui”, aponta o jovem. Júnior administra a proprieda-
de junto com o pai, Diones, que cuida mais das áreas de terra em Boa Vista do Cadeado. Sempre atento às novidades, ele revela que, todas as safras, parte da área em Pontão serve para experimentos junto com a Cotrijal. “As tecnologias precisam ser testadas em algum lugar e vejo na cooperativa esse interesse em validar o que é bom para o produtor”, ressalta. Nas últimas três safras, a média de produtividade de soja em Pontão foi de 75 sacas/hectare, com talhões chegando a 90 sacas/ hectare. No milho, a produtividade média é de 200 sacos/hectare.
TE CNOLOGIAS MÚLTIPLAS – A tecnologia digital está em todas as pontas da propriedade. Da semeadura à colheita, todos os processos são monitorados por sensores, dentre outras ferramentas, e geram informações. Na última Expodireto Cotrijal, a família investiu em vários equipamentos, como um autopropelido que congrega a função de pulverizador e distribuidor de fertilizantes. O investimento mais recente está na plataforma Climate FieldView. “Eu já usava um software que faz o cruzamento de dados, mas essa nova plataforma parece mais completa, por isso vamos testar em uma área de 50 hectares”, explica.
PORTAL DO PRODUTOR Uma das ferramentas lançadas pela Cotrijal em julho de 2017 vem sendo utilizada em larga escala por Júnior: o Portal do Produtor. “Através dele, consigo controlar no celular o estoque de insumos. Antes, eu tinha que ir na cooperativa pedir um extrato”, elogia. NÚMERO S DO CICLUS – Um dos números que comprova a efetividade do serviço prestado pela Cotrijal é a assertividade em mais de 95% da aplicação de corretivos e fertilizantes. “Não apenas aplicamos o produto como fazemos a avaliação, entregando ao produtor os resultados, o que garante a confiabilidade do serviço”, aponta Leonardo Kerber, coordenador do Programa.
Cooperativa filtra e massifica O superintendente de Produção Agropecuária, Gelson Melo de Lima, avalia que o papel principal da Cotrijal na era digital é filtrar o que realmente vai trazer resultado para o produtor e buscar soluções que beneficiem o maior grupo possível. “Queremos ser o suporte do agricultor também nessa área, onde ele pode encontrar a segurança que
necessita, principalmente em termos de informação, para tomar as melhores decisões”, pontua. No caso de equipamentos, um aspecto importante é que cooperativa atua na orientação ao produtor sobre como interpretar o grande volume de informações geradas, de forma que resultem em aumento de produtividade com custo compatível,
para melhor rentabilidade. “As novas ferramentas não são a solução para todos os problemas, mas ajudam muito, especialmente pela rapidez que oferecem, na busca por melhorias. E o ser humano torna-se ainda mais importante, porque precisa estar bem preparado não só para usar as ferramentas como para aproveitar a informação gerada”, ressalta.
Tecnologias de ponta a ponta na propriedade da família Carmo, em Pontão
Evolução do uso de tecnologias digitais para agricultura na Cotrijal
2001
2002
►►Instalação estação meteorológica na Expodireto Cotrijal
►►Instalação de estações meteorológicas em Pinheiro Marcado (Carazinho), São José do Centro (Não-MeToque) e Encruzilhada Müller (Ernestina)
2003 ►►Utilização de software para monitoramento da ferrugem asiática da soja (Samdoc)
2007 ►►Início das atividades do Ciclus
2009
2016
2018
►►Evolução nos softwares e GPS utilizados pelo Ciclus
►►Uso de drone para avaliar as lavouras ►►Uso de imagens de satélite para, por exemplo, avaliar condições propícias ao desenvolvimento da ferrugem
►►Parceria com a Monsanto para uso do Climate FieldView ►►Implantação do Agrocad – software para elaboração de linhas de semeadura em nível
Marรงo / 2018|15
16|Março / 2018
CAMPO DIGITAL
No leite, tecnologias facilitam tomada de decisão A sustentabilidade é o principal foco da Cotrijal na atividade leiteira. Todos os investimentos em tecnologias e qualificação do corpo técnico, hoje composto por 11 profissionais que trabalham no fomento, dois na clínica e um especificamente na reprodução, buscam auxiliar o produtor a garantir a continuidade do negócio e buscar melhores resultados. Uma das tecnologias que vêm fazendo a diferença nas propriedades é o software que monitora a reprodução dos rebanhos, utilizado desde 2015. Já são 5 mil vacas cadastradas, de mais de 60 produtores. O objetivo do programa, utilizado por toda equipe do Departamento Veterinário, mas com um profissional mais focado nessa área, é ter um raio-x das propriedades, visando melhorar o desempenho reprodutivo das propriedades. “Com o programa temos conseguido identificar as vacas com problemas e tomar as medidas necessárias para melhores resultados”, aponta o coordenador do Devet, Alan Issa Rahman. “Um dia de vaca vazia, por exemplo,
custa, em média, R$ 7,87”, pontua, ressaltando a importância do trabalho do Devet.
Tecnologia tem que
F erramentas indispensáveis - Mas não é só na área de reprodução que a cooperativa investe em tecnologias. Nos últimos anos várias ferramentas têm sido usadas na orientação ao produtor, visando uma tomada de decisão assertiva. Detre elas a análise bromatológica (identifica os nutrientes do alimento), o pHmetro (identifica que a vaca pode ter problemas de hipocalcemia), a penn state (mede o teor de fibras do alimento) e o kooster (mede a umidade do alimento). “São tecnologias que isoladamente o produtor dificilmente teria acesso, pelo custo elevado, e que auxiliam muito na atividade”, explica Rahman. Além disso, a Cotrijal mantém laboratório de testes de brucelose e tuberculose, em funcionamento há três meses. E junto com uma empresa parceira, proporciona ao produtor a realização de testes de BVD, neosporose e leucose. O gerente de Produção Animal da Cotrijal, Renne Granato, avalia
O professor Christian Bredemeier, da UFRGS, lembra que na atividade leiteira o uso da tecnologia digital segue a mesma premissa da produção de grãos: para ser viável, tem que se sustentar. “A evolução também nessa área é rápida. Temos no mercado inclusive robôs que fazem a ordenha, mas cada produtor tem que estar muito ciente da sua realidade”, destaca. Assim como faz no grão, explica o superintendente de Produção Agropecuária, Gelson Melo de Lima, a Cotrijal está atenta às novidades e estende ao seu produtor todas as tecnologias que, testadas, trazem resultado. “A tecnologia é fundamental, mas só ela não resolve. Precisamos continuar sendo eficientes nos processos básicos. A Cotrijal adotou o que entende que agrega valor e está atenta às novidades que estão surgindo”, alerta.
se sustentar
Orientação da Cotrijal facilita tomada de decisão pelo produtor
que um dos aspectos importantes da era digital é que todos os dados gerados por essas tecnologias geram um grande volume de informações, que podem ser compartilhadas e ajudar um maior número de produtores. “O fantástico dessa nova era é justamente essa rapidez com que se
pode transmitir a informação. Nós geramos informação e o propósito e disseminar aquilo que agrega resultado a todos os nossos produtores. Com o uso de tecnologia, conseguimos gerar abundância de recursos que outrora se encontravam escassos”, afirma.
C
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18|Março / 2018
FÓRUM NACIONAL DA SOJA
Agronegócio é um dos sustentáculos da economia nacional Uma das palestras mais aguardadas no Fórum Nacional da Soja é a que traz o panorama atual e futuro da economia e do agronegócio. Na 29ª edição do evento, dia 6 de março, o assunto será abordado pelo professor titular da Faculdade de Administração da USP, Marcos Fava Neves, que traça um cenário otimista para o futuro. O clima ajudou e a terra respondeu: com estimativa de produção de 240 milhões de toneladas e crescimento de mais de 30% em relação à safra do ano anterior, o ano de 2017 terminou com resultados recordes na agricultura. Só de soja, milho e arroz, as três principais culturas do país, as safras ultrapassaram 225 milhões de toneladas em 2017 (para se ter uma base de comparação, a produção total de grãos em 2016 foi de 186 milhões de toneladas). Assim, a ótima produtividade ajudou a impulsionar a participação da agricultura no PIB do país e a diminuir o impacto das quedas de outros setores. Com este cenário, o professor titular da Faculdade de Administração da USP, Campus de Ribeirão Preto, Marcos Fava Neves considera o agronegócio uma “máquina de geração de renda ao Brasil”. Palestrando sobre o tema “O futuro do agronegócio”, durante o 29º Fórum Nacional da Soja, o especialista em planejamento estratégico do agronegócio ressalta que nas duas últimas décadas, enquanto boa parte do Brasil teve
dificuldade na geração de renda, o setor mostrou ser uma “máquina azeitada de criação de recursos à sociedade”. Dentre os números que o levam a essa conclusão ele cita o superávit na balança comercial. “As exportações do agronegócio foram de US$ 96 bilhões, 13% acima de 2016, e retirando-se as importações de US$ 14,1 bilhões, o agro deixou um superávit 14,8% maior, de US$ 81,8 bilhões. Representou 44,1% de todas as exportações brasileiras. Ou seja: o setor exporta quase metade do Brasil, e sem o agro teríamos um déficit de US$ 15 bilhões na balança comercial”, aponta. xportações - N E os últimos 20 anos, segundo o especialista, as exportações acumuladas do agro brasileiro atingiram incríveis US$ 1,23 trilhão. “Ou, a valores de hoje, podemos estimar entre 5 a 10 trilhões de reais o montante que entrou pelos nossos portos e subiu até as fronteiras com os países andinos, movimentando a economia e permitindo distribuição de renda e inclusão”, destaca.
Campo eficiente Conforme o professor, esta máquina de geração de renda não se dá somente pelas exportações, pois parte importante da produção fica no mercado interno, também gerando renda com a transformação de sementes, fertilizantes, defensivos e trabalho em produtos finais. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o valor bruto da produção (VBP) agropecuária em 2017 deve fechar com quase R$ 540 bilhões, 1,87% maior do que o valor de 2016. As quase 240 milhões de toneladas de grãos produzidas, somados às carnes, às frutas, sucos, café, biocombustíveis, bioeletricidade, entre outros, contribuíram fortemente para o impressionante recuo da inflação no Brasil e consequentemente para a queda na taxa de juros, beneficiando a população e sendo um dos prin-
cipais responsáveis por trazer o crescimento de volta ao Brasil. Para o especialista, a geração de renda é fruto de um grande e mensurável conjunto de fatores. “Analisando dados das duas últimas décadas, o professor José Roberto Mendonça de Barros mostra que a produtividade do trabalho cresceu apenas 0,9% ao ano. O setor de serviços (73,2% do PIB) teve produtividade crescendo somente 0,3% ao ano. A indústria (21,2% do PIB) teve sua produtividade caindo 0,8% ao ano e a agricultura/pecuária (5,5% do PIB) teve crescimento de produtividade de 5,4% ao ano. Duas décadas crescendo mais de 5% ao ano, vencendo com produtividade os problemas que a máquina geradora de caixa enfrenta fora da porteira, que só cresceram no período, desperdiçando parte desta renda”, esclarece o professor.
Produção da agricultura em 2017 ►►240 milhões de toneladas - 30% a mais que em 2016 ►► 225 milhões de soja, milho e arroz – 21% a mais que em 2016
Superávit na Balança Comercial
Neves atribui ao agronegócio uma perspectiva de recuperação econômica
►► US$ 96 bilhões em exportações no agronegócio 13% a mais que em 2016 ►►US$ 14,1 bilhões em importações no agronegócio ►► US$ 81,8 bilhões de superávit – 14,8% maior que em 2016 ►►Setor representou 44,1% de todas as exportações brasileiras
Momento de transição e ajustes Para Neves, o setor agrícola nacional é de alta produtividade e o Brasil passa por um momento de transição e de ajustes para superar a crise econômica, e tem a agricultura e o agronegócio como os principais setores que indicam o rumo do país. No Brasil, o Relatório Focus do Banco Central estima o PIB em 2018 crescendo 2,70% e em 2019 outros 2,80%. A inflação fica em 3,95% em 2018 e 4,25% em 2019. A taxa de juros seria de 6,75% em dezembro de 2018 e em 8,00% em 2019. E o câmbio está estimado em R$/US$ 3,35 em dezembro de 2018 e R$/US$ 3,40 em dezembro de 2019. Este crescimento do PIB, segundo Fava Neves, após um período sombrio deve favorecer o agronegócio pela volta do consumo no mercado interno, puxando vendas de carnes e lácteos principalmente, e com isto os grãos para fazer as rações usadas nestas produções. Outros produtos também devem ter mercados crescentes, gerando oportunidades. No lado mundial são boas também as perspectivas,
com pelo menos dois anos de economia mais aquecida e consumidora. Espera-se com os recentes estímulos que os EUA cresçam 3%, contra a expectativa anterior de 2,3%. Também se acredita em estímulo fiscal e maior crescimento na Europa, onde o índice de confiança atingiu o maior valor em 17 anos e o desemprego já é o menor desde 2008. O Japão está crescendo mais, a China deve manter em 6,5% o crescimento, e da mesma forma que a Índia e outros países da Ásia seguem bem. “Isto tudo se traduz num crescimento mundial esperado de 4% em 2018, com impactos positivos ao agro e ao Brasil, pois se crescer a demanda mundial de alimentos, e a produção não responder a este crescimento, teremos alguma reação de preços das commodities em 2018, como a FAO já trouxe em 2017”, argumenta o especialista. Neves ressalta ainda que há bons momentos no curto prazo na economia brasileira e mundial e a máquina geradora de renda do agro terá boas oportunidades para continuar seu desempenho.
Cenário favorável no longo prazo Ao apontar as perspectivas para o futuro de longo prazo, Neves relata a capacidade produtora do país. “Somos produtores de comida, e o mundo segue crescendo e precisando deste produto. A ‘agro-máquina geradora de renda’ teve um desempenho notável em 2017, contribuindo muito com nossa sociedade e tem tudo para ir muito bem nos próximos anos, pelos cenários colocados. Importantes reformas foram aprovadas em 2017, que permitirão melhorar o desempenho desta máquina, destacando as de limitação do tamanho do Estado (gasto público), das terceirizações, trabalhista, entre outras”, destaca. Para um avanço maior na renda, na avaliação de Fava
Neves, o setor privado deve manter o foco na adoção dos pacotes tecnológicos e melhorar sempre a gestão. “Já o aparelho gestor público deve ter foco em reduzir cada vez mais seu peso e aprovar mais reformas que permitam reduzir os crescentes custos totais da produção, ligados à infraestrutura (projetos de concessões e privatizações), redução do problema previdenciário, agilidade e eficiência do judiciário, simplificação fiscal/ tributária, aumento do crédito, seguro, financiamento, facilitar os processos de expansão da atividade agrícola (licenças, outorgas, autorizações) e reduzir a assustadora criminalidade no campo, entre outros”, finaliza o especialista.
Estimativas do Banco Central para o Brasil PIB 2018 – 2,70% PIB 2019 – 2,80% INFLAÇÃO 2018 – 3,95% INFLAÇÃO 2019 – 4,25% TAXA DE JUROS EM 12/18 – 6,75% TAXA DE JUROS EM 12/18 – 8,00% CÂMBIO EM 12/18 – R$/US$ 3,35 CÂMBIO EM 12/19 – R$/US$ 3,40
Estimativas
crescimento economia mundial ESTADOS UNIDOS – 3% CHINA – 6,5% MUNDO – 4%
Março / 2018|19
Fórum do Milho debate futuro do grão
Rogério Kerber, do Fundesa
O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, um dos palestrantes do evento, explica que ao contrário do cultivo, que cai a cada ano, a demanda vem crescendo. Para atender a necessidade do mercado, ele sugere o aumento dos investimentos em armazenagem, visando a retenção do milho no Estado. Também aponta a necessidade de financiamentos para que a produção possa ser adquirida em uma janela curta de tempo. “O elo de
consumo não tem capital de juro suficiente para adquirir num período tão curto toda sua necessidade de consumo para formação de estoque anual”, explica, recomendando ainda a contratualização da produção entre agricultor e agroindústria transformadora. Para o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, as importações têm contribuído para o desestímulo do produtor e a retração do setor no Estado. O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de carne suína e de aves do Brasil. Com a baixa produção de milho, o cereal precisa ser importado de outros estados. Mas muitas vezes ainda há estoque no Estado, que não é adquirido pelas indústrias porque o milho do Centro-Oeste torna-se mais barato. “Os produtores gaúchos não conseguem competir com o baixo preço do milho safrinha que vem do Centro-Oeste, subsidiado pelo governo federal”, aponta. A única forma de reverter esse quadro, segundo ele, seria eliminar os leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) que são realizados todos os anos para o Centro-Oeste brasileiro. “Essa intervenção do governo federal no mercado do cereal acaba prejudicando a produção gaúcha”, afirma.
Intervenção do governo no mercado do cereal prejudica a produção gaúcha, que tem deficit de dois milhões de toneladas
De importador para exportador
TIAGO FRANCISCO-SISTEMA FARSUL
DIVULGAÇÃO
O deficit entre a produção e o consumo do milho no Rio Grande do Sul em 2016 foi superior a dois milhões de toneladas. Para 2018, a projeção do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa/RS) é de uma diferença ainda maior, visto que são apenas 12% de área com milho nesta safra de verão. Enquanto a área de cultivo de soja deve superar os 5,5 milhões hectares, a de milho deve ficar em 731 mil hectares – com produção de em torno de 5,2 milhões de toneladas -, de acordo com a Emater/RS. Os desafios do abastecimento, o futuro do cereal, a expansão do país no mercado global e o abastecimento doméstico são alguns dos pontos debatidos no 10º Fórum do Milho, no primeiro dia da Expodireto Cotrijal.
Antônio da Luz, da Farsul
Consultor Carlos Cogo
O consultor em Agronegócio Carlos Cogo aponta para um cenário de grandes perspectivas, com aumento da exportação e, por consequência, necessidade de aumento da produção. Cogo acredita que o Brasil deverá se tornar o maior exportador de milho do mundo. “Desde 2001 o cereal vem tendo uma exportação crescente”, adianta. Na safra 1999/2000, as importações superavam as vendas para o mercado externo. Em 2007, as vendas externas saltaram para 10,9 milhões de toneladas e em 2015 su-
peraram as 30 milhões de toneladas embarcadas. No fórum, o consultor fala sobre a expansão do Brasil no mercado global do cereal e o abastecimento doméstico. Produção no RS e Brasil - Responsável por 6% da produção nacional, o RS oscila entre a sexta e a sétima colocação entre os maiores produtores do cereal no país. O Brasil ocupa a segunda posição mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos.
20|Março / 2018
Programação Oficial Segunda-feira - 5 de março AUDITÓRIO CENTRAL 9h - ABERTURA OFICIAL
10º FÓRUM NACIONAL DO MILHO 14h - A BERTURA 14h10 - OS DESAFIOS DO ABASTECIMENTO Rogério Kerber - Presidente do FUNDESA RS 14h35 - O FUTURO DO MILHO Antônio da Luz - E conomista-Chefe do Sistema FARSUL 15h - MILHO E SEGURANÇA ALIMENTAR EM NÍVEL GLOBAL Alan Bojanic - Representante da FAO no Brasil 15h30 - MILHO: A EXPANSÃO DO BRASIL NO MERCADO GLOBAL E O ABASTECIMENTO DOMÉSTICO Carlos Cogo - Consultor de agronegócios 16h - ENCERRAMENTO Promoção: C otrijal, com apoio da Klein & Associados.
PRÊMIO SEMENTE DE OURO 2018 Homenageado: C ARLOS RIVACI SPEROTTO (in memoriam) - presidente da Farsul por mais de 15 anos, além de presidente do Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado (Sebrae/RS) e vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Promoção: P oder Legislativo de Não-Me-Toque, em parceria com a Prefeitura e Cotrijal.
AUDITÓRIO DA PRODUÇÃO EVENTO OAB 14h - BRASIL, LIBERTA-TE - O PAPEL DA OAB EM TEMPOS DE CRISE Ricardo Breier - presidente OAB RS 15h - OAB E SEU COMPROMISSO COM A DEMOCRACIA Claudio Lamachia - presidente nacional da OAB
Precisão. É professor Adjunto da UFSM/Campus de Frederico Westphalen/RS. 11h - 3ª palestra: O FUTURO DO AGRONEGÓCIO Marcos Fava Neves - professor titular da FEA/USP em Ribeirão Preto, engenheiro agrônomo, mestre e doutor em Administração, com pós-graduação em Agribusiness & Marketing de Alimentos na França. Debatedores: C aio Cézar Vianna - presidente da CCGL; e Paulo Cezar Pires - presidente da FecoAgro/RS 12h30 - ENCERRAMENTO/ALMOÇO Promoção: C otrijal e FecoAgro/RS. Patrocínio: C CGL.
3º FÓRUM ESTADUAL DE CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA 14h - ABERTURA Nei César Mânica - presidente da Cotrijal Clair Tomé Kuhn - presidente da Emater/RS-Ascar Tarcísio José Minetto - secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo Ernani Polo - secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação 14h15 - Palestra A MITIGAÇÃO DA COMPACTAÇÃO DO SOLO E DA EROSÃO HÍDRICA NO SISTEMA PLANTIO DIRETO Jorge Lemainski - Embrapa Trigo Alexandre Doneda - Cotrijal Jackson E. Fiorin - CCGL Tec/Unicruz 15h45 - DEBATE 16h30 - ENCERRAMENTO Promoção: C CGL Tec, Cotribá, Instituto Federal Farroupilha, Instituto Federal Rio Grande do Sul-campus Ibirubá, Emater/RS-Ascar, Embrapa, Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação, Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Unijuí e Unicruz. Apoio: S enar, Corsan, Sargs, DDPA, Famurs, Banco do Brasil, Banrisul, BRDE, Sicredi, Badesul, Crea-RS, UPF, UFSM, Coagrisol, UFRGS e Cotrijal.
AUDITÓRIO DA PRODUÇÃO SEMINÁRIO MONITORA PERCEVEJOS 10h - ABERTURA
Terça-feira - 6 de março AUDITÓRIO CENTRAL 29º FÓRUM NACIONAL DA SOJA 8h - CREDENCIAMENTO DOS PARTICIPANTES 9h - ABERTURA 9h15 - 1ª palestra: PLANTIO DIRETO: HISTÓRIA, MOTIVAÇÕES E FUNDAMENTOS TÉCNICOS José Ruedell - e ngenheiro Agrônomo pela UFSM e mestre pela UFV, é coordenador Técnico da Cooperativa Central Gaúcha Ltda – CCGL. 9h45 - 2 ª palestra: A BUSCA POR ALTAS PRODUTIVIDADES: O SOLO, AS PLANTAS DE COBERTURA E A QUALIDADE DA LAVOURA Antônio Luis Santi - engenheiro agrônomo, mestre em Agronomia - Produção Vegetal, Manejo de Grandes Culturas e doutor em Ciência do Solo - Agricultura de
10h05 - P ainel MANEJO DE PERCEVEJOS NA SOJA Dr. Mauro Tadeu Braga - MIP Controle de Pragas 10h50 - P ainel MANEJOS DE PERCEVEJOS NA SOJA Dr. Juliano Farias - I nstituto Phytus 11h30 - DEBATE 11h50 - ENCERRAMENTO Promoção: C otrijal.
PALESTRA A EVOLUÇÃO DA ENERGIA FOTOVOLTAICA 14h - ABERTURA 14h10 - A presentação Case USINA FOTOVOLTAICA UBS COTRIJAL E SUA AUTOSSUFICIÊNCIA - EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E O AGRONEGÓCIO 15h30 - ESPAÇO PARA PERGUNTAS
16h- ENCERRAMENTO Promoção: T ropical Energia e Cotrijal
Quarta-feira - 7 de março AUDITÓRIO CENTRAL 14º FÓRUM ESTADUAL DO LEITE 8h30 - ABERTURA 9h - Painel QUAIS OS DESAFIOS PARA INTENSIFICAR A PRODUÇÃO DE LEITE? Moderador: C CGL 9h - QUAIS OS DESAFIOS PARA GARANTIR BONS RESULTADOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS NO SISTEMA DE CONFINAMENTO (FREE STALL E COMPOST BARN)? Renato Palma Nogueira - z ootecnista e consultor Técnico em Bovinos de Leite, de São Paulo/SP. 9h45 - D epoimento do produtor da Cotrijal AUGUSTO HOFFSTAEDTER, de Victor Graeff/RS 10h - QUAIS OS DESAFIOS DE UM SISTEMA DE PRODUÇÃO A BASE PASTO, DE ALTA EFICIÊNCIA? Wagner Beskow - engenheiro agrônomo, PhD, pesquisador, consultor e sócio-diretor da Transpondo Consultoria, de Cruz Alta/RS 10h45 - D epoimento do produtor VALDIR JACOBY, de Selbach/RS 11h - Palestra QUAIS AS PERSPECTIVAS DO MERCADO DE LÁCTEOS PARA 2018? Marcelo Carvalho - e ngenheiro agrônomo, M.Sc, sóciofundador e CEO da AgriPoint, de Piracicaba/SP 11h50 - DEBATE ENTRE OS PAINELISTAS, PALESTRANTE E PARTICIPANTES. 12h30 - ENCERRAMENTO Promoção: C otrijal e CCGL Apoio: S yngenta, Sindilat e Senar/RS.
FÓRUM CULTURA DO TRIGO 13h30 - ABERTURA 13h35 - P alestra O CUSTO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA NO BRASIL COMPARADO A OUTROS PAÍSES, COM ÊNFASE NA CULTURA DO TRIGO Antonio da Luz - economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL). 14h10 - P alestra SUGESTÕES PARA A MELHORIA DA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO TRIGO NO RIO GRANDE DO SUL Luiz Carlos Pacheco - analista sênior da Consultoria Trigo & Farinhas 14h50 - P alestra DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA DE PRODUÇÃO PARA TRIGO EXPORTAÇÃO EM COOPERATIVAS DO RIO GRANDE DO SUL João Leonardo Fernandes Pires - pesquisador em Sistemas de Produção da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Trigo). 15h10 - DISCUSSÕES E ENCAMINHAMENTOS Promoção: C otrijal e Câmara Setorial do Trigo da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (SEAPI).
Março / 2018|21 4º ENCONTRO DE EMPRESÁRIAS RURAIS COTRIJAL/BAYER 16h - ABERTURA 16h15 - P alestra CASE DE SUCESSO NO EMPREENDEDORISMO FEMININO Marlene Kaiut - acadêmica de Administração, produtora rural campeã pelo Paraná do Prêmio Sebrae Mulher e vice-campeã nacional do Prêmio Sebrae Mulher. *CONVITES RESTRITOS. Promoção: C otrijal e Bayer.
AUDITÓRIO DA PRODUÇÃO PALESTRA NÃO SE PRODUZ SÓ COM NPK 14h - Tema: NÃO SE PRODUZ SÓ COM NPK: A IMPORTÂNCIA DOS DEMAIS NUTRIENTES NA CONSTRUÇÃO DA FERTILIDADE DOS SOLOS. Eduardo Silva e Silva - engenheiro agrônomo, M. Sc. e diretor técnico da SulGesso. Promoção: S ulGesso.
Quinta-feira - 8 de março AUDITÓRIO CENTRAL 11º FÓRUM FLORESTAL DO RS 9h - ABERTURA Coordenação técnica: Embrapa Florestas 9h30 - P ainel 1 - POTENCIAL DAS FLORESTAS E A AGRICULTURA DE BAIXO CARBONO Palestra: Agricultura de baixo carbono - conceitos, tecnologias e potencial da florestas na mitigação dos gases de efeito estufa Marcos Rachwal - Embrapa Florestas 10h30 - P ainel 2 - INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIAFLORESTA - ILPF Palestra: Componente florestal em ILP (ênfase em arborização de pastagens) Emiliano Santarosa - Embrapa Florestas 11h30 - ENCAMINHAMENTOS E ENCERRAMENTO Promoção: E mbrapa Florestas, Emater/RS-Ascar, Cotrijal, Sindimadeira, Sindimate/RS, Ageflor, CSEM/RS e Ibramate.
FÓRUM SOJA BRASIL T ECNOLOGIA, CUSTOS DE PRODUÇÃO E POLÍTICAS DE APOIO À CULTURA DA SOJA 14h - ABERTURA 14h15 - P alestra CONSELHO DE INFORMAÇÕES SOBRE BIOTECNOLOGIA (CIB) Adriana Brondani - d iretora-executiva do CIB 14h45 - P alestra MANEJO DE SOLO PARA ALTA RENTABILIDADE Dr. Henrique Debiasi - pesquisador da Embrapa Soja 15h15 - P alestra CUSTOS DE PRODUÇÃO X RENDA Mauro Osaki - p esquisador do Cepea/Esalq 15h45 - P alestra EFICIÊNCIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO AGRONEGÓCIO Ademiro Vian - professor da FGV/Agro 16h15 - DEBATE E ENCERRAMENTO Promoção: C anal Rural
AUDITÓRIO DA PRODUÇÃO SEMINÁRIO MONITORA MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO 10h - ABERTURA 10h05 - P ainel PLANTAS DE COBERTURA DE SOLO NO SISTEMA PLANTIO DIRETO Dr. Antonio Luis Santi - UFSM 10h50 - P ainel PLANTAS DE COBERTURA DE SOLO NO SISTEMA PLANTIO DIRETO Ivonar A. Fontaniva - Sematter Sementes
AUDITÓRIO DA PRODUÇÃO 9h - REUNIÃO FAMURS
EVENTOS ESPECIAIS DOMINGO - 4 DE MARÇO TROFÉU BRASIL EXPODIRETO 20h30 - BIER SITE CARAZINHO
11h25 - DEPOIMENTO DE PRODUTOR
Promoção: C otrijal, Sicredi, Mapfre, Icatu Seguros, Rede Pampa e Jornal O Sul.
11h30 - DEBATE
*CONVITES RESTRITOS.
11h50 - ENCERRAMENTO Promoção: C otrijal.
PALESTRA PROCESSO DE DESCARGA DE PRODUTOS EM UNIDADES DE ARMAZENAMENTO DE GRÃOS 14h às 16h - T ema: PROCESSO DE DESCARGA DE PRODUTOS EM UNIDADES DE ARMAZENAMENTO DE GRÃOS: EQUIPAMENTOS, QUALIDADE DOS PRODUTOS E SEGURANÇA DO TRABALHO Palestrantes: - Leonardo Nabaes Romano - professor e doutor em Engenharia Mecânica - Alexandre Aparecido Buenos - professor e doutor em Engenharia Mecânica - Paulo Carteri Coradi - professor e doutor em Engenharia Agrícola - José Carlos Lorenz Aita - professor e mestre em Engenharia de Produção e especialista em Segurança do Trabalho Promoção: G rupo de Pesquisa Projeto de Sistemas Técnicos (LPST), Departamento de Engenharia Mecânica (DEM), Programa de Pós-graduação em Engenharia Agrícola (PPGEA) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
SEXTA-FEIRA - 9 DE MARÇO AUDITÓRIO CENTRAL FÓRUM INTERNACIONAL JOVEM COOPERATIVISTA 9h - ABERTURA 9h30 - P alestra INOVAÇÃO: UMA ESPIADA NO FUTURO Marcos Piangers - especialista em novas tecnologias, criatividade e inovação, apresentador do Programa Pretinho Básico, escritor e colunista.
S EGUNDA-FEIRA - 5 DE MARÇO FÓRUM BANDEIRANTES DE IDEIAS Tema: DESAFIOS DO AGRO NA ERA TECNOLÓGICA 13h - CASA COTRIJAL Painelistas: s enadora Ana Amélia Lemos e apresentador Silmar Müller (Terra Viva) Mediadora: L izemara Prates * CONVITES RESTRITOS.
VI ENCONTRO DE LIDERANÇAS DO AGRONEGÓCIO 20h30 - RANCHO BIER - BIER SITE CARAZINHO Promoção: S indicato Rural de Carazinho, Farsul e Cotrijal. * CONVITES RESTRITOS.
QUARTA-FEIRA - 7 DE MARÇO CAFÉ DA MANHÃ PARA IMPRENSA E PATROCINADORES 8h - CASA DA FAMÍLIA COTRIJAL NO PARQUE DA EXPODIRETO COTRIJAL
QUINTA-FEIRA - 8 DE MARÇO CICLO DE PALESTRAS MULHERES QUE COOPERAM Tema: A FORÇA FEMININA QUE MOVE O COOPERATIVISMO 9h - CASA DO SISTEMA OCERGS-SESCOOP/RS NA EXPODIRETO 9h15 - P alestra A MULHER COMO PROTAGONISTA NO COOPERATIVISMO Ubiracy Barbosa Ávila - analista técnica do Sescoop/RS
10h45 - T alk Show TECNOLOGIA E STARTUPS NO AGRONEGÓCIO Sebrae/RS
9h45 - P alestra com ROVENI LÚCIA DONEDA - conselheira representante dos Líderes de Núcleo da Região Sede da Cotrijal
Promoção: C otrijal Grupo Diário da Manhã. Apoio: S escoop/RS
10h - Palestra MARKETING PESSOAL Michele Daandels - a dministradora de empresas com ênfase em Marketing e Gestão de Negócios
* CONVITES RESTRITOS.
10h45 - COFFEE BREAK.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE AGRICULTURA DO SENADO 14h - Tema: “INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE NA AGRICULTURA” Condução: s enadora Ana Amélia Lemos 17h -COLETIVA DE IMPRENSA
* CONVITES RESTRITOS.
FORMATURA APRENDIZ COOPERATIVO COTRIJAL 14h - CASA DO SISTEMA OCERGS-SESCOOP/RS NA EXPODIRETO
22|Março / 2018
Espaço para discutir as energias renováveis Em 2018, a grande vitrine do agronegócio também abre suas portas para debater os avanços da energia fotovoltaica e a possibilidade da sua aplicação no campo. As energias renováveis serão destaque no segundo dia de programação da 19ª Expodireto Cotrijal, com palestra do engenheiro agrônomo e associado da cooperativa, Udo Schmiedt, proprietário da empresa Tropical Energia.
O ponto de encontro é o auditório da produção, no dia 6 de março, terça-feira, durante a Expodireto Cotrijal, a partir das 14 horas, onde será apresentado o case “Usina Fotovoltaica UBS Cotrijal e sua autossuficiência”. A Unidade de Beneficiamento de Sementes da Cotrijal possui um pequeno sistema com 11 placas fotovoltaicas que alimenta o laboratório de análise de sementes e ajuda de forma decisiva na redução dos gastos com energia elétrica. “Existe um estudo visando uma possível expansão desse sistema”,
informa Udo Schmiedt. O produtor acredita que a Expodireto Cotrijal é um momento pertinente para debater o assunto, pelo alcance que a feira tem e, principalmente, por ser referência em inovação e tecnologia. “Hoje, as energias renováveis mais populares são a eólica e a de captação solar. Porém, é mais viável a aplicação de placas fotovoltaicas, já que os aerogeradores são importados e, recentemente, sofreram acréscimos nas taxas, tornando o custo de instalação muito alto”, explica.
Udo Schmiedt apresentará o case “Usina Fotovoltaica UBS Cotrijal e sua autossuficiência”, durante a Expodireto
Avanços das energias alternativas Schmiedt fundou a empresa Tropical em 2011, quando apresentou o projeto para a Cotrijal. “Foram muitos desafios. No começo tínhamos muitas dúvidas e poucas respostas. Por isso, fui fazer uma pesquisa e verificar como essa tecnologia estava funcionando em outros países. Visitei os Estados Unidos, Alemanha, França e Inglaterra. Assim, os primeiros passos foram dados”, lembra. Nestes quase sete anos no mercado, ele diz que viu a invasão de produtos de baixa qualidade, que compromete-
ram a eficiência das tecnologias. “Eles custam 1/3 do valor de um produto de qualidade, mas representam riscos para a rede elétrica e baixíssima durabilidade”, alerta, mencionando a importância de se investir em equipamentos testados e com eficiência garantida. “Existe uma diferença entre gasto e investimento. Um sistema de energia solar se autopaga em seis anos com uma durabilidade de até 25 anos. Isso representa quase 20 anos de energia gratuita”, aponta.
Eficiência energética e o agronegócio O desejo de envolver a Cotrijal no projeto de divulgação e implantação de energias alternativas no meio rural motivou Udo Schmiedt. “Considerando que a agricultura utiliza exaustivamente recursos naturais para produzir grãos, carne, leite e outros produtos agrícolas, gerando gás carbônico e resíduos químicos, nada mais justo que investir em energia renovável”, observa o produtor. Pulverizador elétrico, trator dirigido
por celular, colheitadeira automotriz elétrica e trator elétrico, são algumas das novidades que o engenheiro agrônomo diagnostica para o agronegócio nos próximos anos. Tecnologia que exige fontes alternativas de produção de energia. “Cada dia que passa, o campo está evoluindo e, com isto, vem a necessidade de se ter energia para alimentar o futuro desta geração e das próximas. Precisamos estar preparados para esta
tecnologia que vai chegar a nós”, alerta. Ele acrescenta que pessoas que possuem áreas que não estão sendo cultiváveis podem se tornar produtores de energia, tornando a propriedade e residência autossuficiente. “Quando começamos a falar de energia renovável, em 2011, a energia elétrica custava em torno de R$ 0,20 ao quilowatt, hoje já está perto de R$ 1. Precisamos pensar em maneiras mais viáveis”, conclui.
NO PARQUE HÁ 5 ANOS: As energias alternativas estão expostas no Parque da Expodireto Cotrijal desde a edição de 2013 da feira. O Espaço da Natureza Cotrijal conta com placas fotovoltaicas instaladas na Casa do Meio Ambiente e há também dois aerogeradores localizados próximo ao Recanto Temático – na foto, sistema denominado Turbina Eólica.
Programe-se O QUÊ? Palestra “A Evolução de Energia Fotovoltaica” QUANDO? 6 de março, terça-feira, 14 h (segundo dia de programação da Expodireto Cotrijal) ONDE? Auditório da Produção
24|Março / 2018
ESPAÇO DA FAMÍLIA RURAL
Foco na produção e renda com sustentabilidade Com o tema Extensão Rural: produção, renda e sustentabilidade, a Emater/RS-Ascar promete mais uma vez surpreender o público que visitar o Espaço da Família Rural durante a Expodireto Cotrijal 2018, de 5 a 9 de março, em Não-Me-Toque. De ponta a ponta da área de dois hectares, produtores vão se deparar com ideias para produzir, com renda e de forma sustentável. Ao todo, serão 17 parcelas temáticas, além de palestras e oficinas. “A Emater tem o protagonismo de mostrar para o agricultor familiar o que ele pode fazer para transformar a sua vida para melhor. Este ano, a intenção é trabalhar mais a produção sustentável e a gestão da
propriedade”, adiantou o presidente da instituição, Clair Kuhn. O Programa Estadual de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, lançado em 2016, e executado deste então pela Emater/RS-Ascar, também vai merecer atenção especial no espaço. “Temos várias experiências positivas na região. A intenção é apresentar alguns desses cases durante a feira”, afirmou Kuhn. Conforme o coordenador estadual do Programa, Célio Colle, em todo o Estado, a meta para os primeiros quatro anos do Programa é sensibilizar 40 mil famílias e executar 20 mil Planos de Gestão para as famílias assistidas.
Na área de dois hectares, produtor vai se deparar com alternativas sustentáveis para implantar na propriedade
Em 2017, Recanto Temático resgatou a história dos 100 anos da soja no Brasil
Efeito Estufa No Recanto Temático serão mais de 20 cenários, com o tema Efeito Estufa - Agricultura de baixo carbono, em parceria com a Cotri-
jal, Mapa e secretarias estaduais de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi).
Cozinha Didática
Cooperativismo
Com o tema Gorduras alimentares e sua relação com a saúde, a Emater/RS-Ascar quer chamar a atenção para o uso das gorduras na alimentação e seu efeito à saúde, bem como valorizar trabalho de agricultores familiares. Serão 13 oficinas com receitas de pão de mel, sorvete e picolé, manteiga cremosa, bolo mesclado e pipoca com azeite e especiarias. Em 2017, a equipe trabalhou receitas de massas frescas recheadas.
Unidades de Cooperativismo da Emater/RS-Ascar, com a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e cooperativas gaúchas, destacam neste espaço a intercooperação. Também serão apresentados os processos de produção e transformação da erva-mate e do porongo, com destaque para o trabalho de cooperativas assistidas pelas equipes das Unidades de Cooperativismo, além de maquete com geração de energia. No local haverá a distribuição de mudas de árvores.
Florestas Comerciais O espaço tem como foco o manejo florestal do eucalipto e do pinus, o sistema agroflorestal da erva-mate Cambona 4, frutíferas nativas, processamento e uso da madeira, formação de pastagem na Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, atividades de apicultura e meliponicultura, produção de mudas florestais, industrialização do porongo e o Programa Gaúcho para a Qualidade e a Valorização da Erva-mate.
Energia Fotovoltaica Energia limpa, gerada por meio de sistemas on-grid e off-grid. O objetivo é demonstrar a viabilidade técnica e econômica da energia fotovoltaica para as propriedades rurais, com informações sobre as leis que regulam a prática no Brasil.
Bovinocultura de Leite Qualidade das forrageiras, melhoramento genético, sala de ordenha e irrigação de pastagens serão os temas tratados pela parcela. Para agricultores interessados, a Emater/ RS-Ascar vai elaborar proposta de dieta para vaca leiteira, levando em consideração a realidade da propriedade, tendo como metodologia o programa da Emater/RS-Ascar
SisLeite. Além disso, o produtor será convidado a refletir: quanto custa produzir leite? O cálculo parte da análise bromatológica, feita em laboratório para quantificar minerais, energia, proteínas e fibra. O objetivo é conhecer o real potencial de cada forrageira e o custo de produção de cada litro de leite.
Março / 2018|25
Solos A parcela tem como foco a sucessão e rotação de culturas, tendo como base o sistema colher-semear. Além de otimizar o uso da terra, o sistema promove a cobertura do solo com plantas e resíduos, reciclagem de nutrientes, melhor estruturação e aumento na infiltração e armazenamento de água no solo, reduzindo as perdas por erosão.
Qualidade de Semeadura Velocidade nem sempre é sinônimo de rentabilidade. Neste espaço, a Emater/RS-Ascar mostra como a alta velocidade do trator pode impactar negativamente na qualidade da semeadura e da produção de grãos e o resultado da sobressemeadura na lavoura de soja, potencializada pela irrigação.
Meliponicultura e Apicultura Estimular práticas sustentáveis na agropecuária e preservar espécies nativas de insetos é a proposta deste espaço, que traz Abelhas Sem Ferrão (meliponicultura) e Apicultura. O objetivo é mostrar a importância
das abelhas na polinização das plantas de qualquer espécie – horta, pomar, lavoura, floresta. Também serão mostrados equipamentos para criar e produzir mel com Apis melífera, espécie exótica. Produtor Ernani Kronbauer, de Victor Graeff, fornece os peixes usados na parcela durante a Expodireto Cotrijal
Horticultura
Irrigação
Destaque para o cultivo em estufas, com fertirrigação de tomate, pepino e melão e para a horta onde são cultivados arroz, feijão, batata, mandioca, milho verde, abóboras, brócolis e cebola de verão.
Na parcela haverá demonstração de irrigação com sistema fixo por aspersão de tubulação, orientações quanto ao manejo, tipos de equipamentos, crédito rural vinculado à atividade e programas governamentais.
Piscicultura A equipe da parcela vai ensinar desde a construção do açude até o aproveitamento do pescado, além oficinas com receitas da iguaria e degustação. Outra tradição é a exposição de alevinos. O associado da Cotrijal, Ernani Krombauer, de São José da Glória, em Victor Graeff, vê na feira uma oportunidade para
mostrar o seu trabalho e levar conhecimento para os demais agricultores. “Participar da Expodireto é sempre uma motivação. É uma feira totalmente voltada para o produtor rural e suas demandas no campo”, comentou ele, que trabalha com a terminação de alevinos de diversas espécies.
26|Março / 2018
Agroindústrias A diversidade e qualidade dos produtos deverá levar novamente uma multidão até o Pavilhão da Agricultura Familiar. Este ano, são 182 estandes, sendo 123 de agroindústrias e 59 de artesanatos, plantas e flores, de 112 municípios do Estado. Em 2017, as vendas ultrapassaram R$ 1 milhão. Uma
Turismo Rural Agradáveis surpresas aguardam o visitante no espaço do Turismo Rural, este ano, em novo local, na entrada do Portão 2. No projeto paisagístico, que orienta como aproveitar a água da chuva, bem como dar um tratamento aos dejetos da casa, não faltam plantas condimentares espalhadas em pneus. Além de beleza e harmonia, tudo conduz à sustentabilidade e ao bem-estar.
mostra de que as agroindústrias familiares estão conquistando cada vez mais o gosto do consumidor. O espaço é organizado por meio de uma parceria entre a Cotrijal, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Emater/RS-Ascar, Fetag e Fetraf.
MIP – Tecnologia de Aplicação Neste espaço serão mostrados desde a correta utilização do “pano de batida” para identificação e quantificação de pragas na lavoura até a regulagem de pulverizadores e tecnologias de aplicação e saúde do agricultor, com estímulo ao uso de equipamentos de proteção individual.
Horto de Plantas Bioativas Suco calmante, óleo de massagem, escalda-pés, patê de manjerona com ervas finas e enfeite de cuia aromatizado estão entre as ações envolvendo as plantas
do Horto. A Gestão em Saúde Pública, com práticas alternativas e complementares no Sistema Único de Saúde (SUS), é outro dos destaques.
Secagem e armazenagem de grãos O destaque é o silo secador de grãos que possibilita manter o grão seco com ar natural, sem quebras e com baixo custo.
Em 2017, negócios ultrapassaram R$ 1 milhão
Crescimento ANO
EXPOSITORES
NEGÓCIOS
2008
87
R$ 150 mil
2009
102
R$ 262 mil
2010
122
R$ 320 mil
2011
135
R$ 422 mil
2012
146
R$ 440 mil
2013
150
R$ 650 mil
2014
144
R$ 813 mil
2015
172
R$ 854 mil
2016
220
R$ 956 mil
2017
182
R$ 1.045 milhões
28|Março / 2018
ATIVIDADE LEITEIRA :
Sinal verde para as pastagens de inverno É no inverno que o rebanho expressa o seu melhor potencial para a produção de leite. Segundo o Departamento Veterinário da Cotrijal, nos meses com temperaturas mais amenas, um rebanho bem alimentado pode representar um incremento significativo na hora da ordenha. É com foco nesses números que a cooperativa retoma a Campanha Forrageira de Inverno, que facilita a aquisição de insumos para a formação de uma caprichada pastagem. Através dessa campanha o produtor pode adquirir sementes e fertilizantes com uma condição especial de pagamento para associados da Cotrijal. André Dieter Borghardt, 39 anos, de Posse Gonçalves – Tio Hugo, está organizado para adquirir os insumos para a formação de pastagens neste inverno. Será o segundo ano consecutivo que o produtor realiza esses investimentos direcionados para a alimentação do rebanho, através da campanha desenvolvida pela
Cotrijal. “É uma forma facilitada de incentivar o produtor a formar uma boa área de pasto para o rebanho, o que vai nos garantir animais bem alimentados e consequentemente uma boa produção de leite”, destaca o produtor. Satisfeito com os resultados obtidos em 2017, o produtor considera importante a forma como a campanha é conduzida, principalmente com a divulgação dos resultados que cada material apresentou nos testes realizados no campo. “Estamos investindo em algo que sabemos que trará retorno, isso é o mais importante”, destaca Borghardt, que trabalha com 18 animais em ordenha, com produção média de 29 litros vaca/dia.
André Dieter Borghardt está confiante na recuperação dos preços
Pastagens de qualidade garantem aumento da produção de leite
A hora certa da semeadura Está na pauta das palestras de divulgação da campanha a importância de uma escolha assertiva dos materiais, momento da semeadura e adubação. Conforme o coordenador do Departamento Veterinário da Cotrijal, Alan Issa Rahman, as palestras têm o objetivo de reforçar alguns conceitos e apresentar dados que comprovam que o pasto é uma alimentação barata e eficiente, desde que esteja bem implantada. “Precisamos de um pasto que permita de seis a nove cortes, que garanta seis meses de alimentação farta. Para isso é recomendado um plantio escalonado entre os materiais, iniciando com as aveias em março e complementando com os azevéns em abril”, destaca o coordenador, responsável pelas palestras em todas as unidades da cooperativa.
Também estão em destaque nas palestras os resultados obtidos pelos materiais na Área Experimental da cooperativa, que vêm sendo testados nos últimos quatro anos. Em 2017, foram testados 14 materiais entre azevéns, aveias, centeios e trevos. Alguns materiais também tiveram acompanhamento em propriedades de associados da Cotrijal, o que permitiu uma maior percepção dos técnicos sobre a real situação dessas pastagens. “O produtor realizará um investimento com qualidade, priorizando apenas o que já foi testado e aprovado pelos nossos profissionais. Todos os exemplos tiveram bom aproveitamento nos testes, apenas direcionamos esse portfólio para aqueles materiais que trarão um melhor custo-benefício para os nossos produtores”, comentou Rahman.
A Campanha PERÍODO: de 19 de fevereiro a 29 de março. CONDIÇÕES: pagamento em 4 vezes (agosto, setembro, outubro, novembro). PÚBLICO: associados Cotrijal EXPODIRETO: a campanha tem divulgação especial na Casa da Produção Animal na feira. Lá também é possível acessar as condições da promoção e realizar negócios. MAIS INFORMAÇÕES: profissionais do DEVET.
Portfólio aprovado pela Cooperativa
PAR 61 - Aveia preta para pasteIA jo. Excelente material, que permite vários cortes por ter um ciclo muito longo. Permite colheita somente em final de novembro/começo de dezembro, portanto até meados de outubro permite pastejo. Dentre as aveias testadas nos últimos anos, sempre foi a mais produtiva, além de manter o teor proteico acima de 20%. Aveia mais rústica em relação a doenças e bem-adaptada à região. BAQUEANO - Azevém tetraploide, com bom potencial produtivo, que permite vários cortes. Destaca-se por sair com altas produções desde os primeiros
cortes e está entre os materiais que mais produz proteína. Permite pastejo até meados de novembro.
BAR HQ
Azevém tetraploide, muito semelhante ao Baqueano, porém produz um pouco menos nos primeiros cortes, mas tem o ciclo um pouco mais longo, permitindo pastejo até fins de novembro. KLM 138 - Azevém tetraploide, de alto potencial produtivo, que nos dois primeiros cortes produz um volume menor e depois se iguala em produção aos outros azevéns. Porém, tem a van-
tagem de permitir pastejo até fim de dezembro. Por ter o ciclo longo, este material é muito diferenciado e além de servir para pastejo pode ser utilizado para pré-secado. TREVO DA PÉRSIA LIGHTNING - Trevo que surpreendeu pela
alta produção e alto teor proteico. Material mais rústico em relação a fertilidade de solo, quando comparado a outros trevos. Nos três primeiros cortes produz um volume pequeno e a partir do quarto corte apresenta alta produção. Este trevo é anual, portanto não pereniza, o que permite sua utilização em áreas de tifton
(sobressemeadura).
TRIGO TBIO ENERGIA (SI LAGEM) - Trigo não aristado para
produção de silagem. Resistente ao acamamento, com boa sanidade e boa produção de volume e de grãos, além de ser um alimento muito palatável e apreciado pelas vacas.
A VEIA CORONA (SILAGEM)
- Aveia branca com alta produção de volume. Material altamente produtivo, que resiste a doenças quando comparado a outras aveias e de alta produção de grãos.
Marรงo / 2018|29
30|Março / 2018
ASSEMBLEIA GERAL
Faturamento da Cotrijal ultrapassa R$ 1,7 bilhão A Cotrijal mostrou mais uma vez a sua força. Mesmo em um ano de crise econômica e política no país, a cooperativa apresentou ao quadro social números positivos no balanço 2017, com crescimento de 15,6% no faturamento bruto - que chegou a R$ 1.736.549.321,00. Além do faturamento recorde, dentre outros números expressivos está a sobra líquida, que chegou a R$ 42.626.321,00. As sobras colocadas à disposição da assembleia somaram R$ 7.932.093,81 - por decisão da maioria, 70% do valor foi distribuído entre o quadro social e 30% capitalizado em nome dos associados. Os números foram levados para apreciação da Assembleia Geral Ordinária, no dia 26 de fevereiro, no auditório da Expodireto Cotrijal, que aprovou os resultados. Entre os dias 1º e 15 de fevereiro já haviam sido apresentados aos associados pelo presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, durante as reuniões nos 15 núcleos da cooperativa. O presidente salientou o bom desempenho da organização em todas as áreas de negócios. “Mesmo com a queda de preço das commodities e, em consequência disso, comercialização menor, a quebra de recorde em faturamento expressa o comprometimento dos associados, direção e time de colaboradores. São indicativos de que a Cotrijal está crescendo com segurança, atendendo as demandas dos produtores e comunidades”, avaliou.
Faturamento recorde foi aprovado por unanimidade durante assembleia geral, realizada no dia 26/02, no parque da Expodireto Cotrijal
Economia deve reagir Ao analisar a situação econômica do país, o presidente da Cotrijal disse esperar uma recuperação em 2018. Apesar da previsão de aumento da inflação de 4,30%, e do dólar na faixa de R$ 3,30, impactando diretamente o custo de produção, o ano deverá ser de crescimento. “O agronegócio tem segurado as pontas. E a Expodireto Cotrijal é um importante palco de discussões para fazer com que as nossas reivindicações sejam ouvidas”, afirmou.
Durante as reuniões o presidente ainda informou o volume de impostos pagos pela cooperativa, que vem crescendo ano a ano. Em 2016, foram R$ 54.708.398. E em 2017, R$ 63.272.261,00. o analisar a situação econômica do país, o presidente da Cotrijal disse esperar uma recuperação em 2018. Apesar da previsão de aumento da inflação de 4,30%, e do dólar, na faixa de R$ 3,30, impactando diretamente o custo de produção, o ano deverá ser de crescimento.
Foco em assistência Presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, salientou o bom desempenho da organização em todas as áreas de negócios
Nei César Mânica destacou que em 2017 foram realizadas 41.455 visitas pelos profissionais da área técnica da Cotrijal - um total de 1.808.664 km rodados. “É um investimento que a Cotrijal faz para que os produtores possam colher mais. Quando mais produtividade, mais renda e qualidade de vida”, pontuou. Um investimento que tem dado resultados. Na safra 2016/2017, produtores colheram média
de 70,6 sacas/ha na soja. “São quase 30 sacas a mais por hectare em comparação com a safra 2011/2012, quando alcançamos a média de 41,50 sacas/ha”, revelou. Para a safra 2017/18, o cenário também é de otimismo. “Tivemos alguns problemas em áreas isoladas, mas agora as chuvas estão dentro da normalidade e esperamos uma grande safra”, acrescentou o presidente.
Reuniões de núcleo: 2, 8 mil participantes Em torno de 2.800 pessoas assistiram a apresentação do resultado do balanço na rodada de reuniões de núcleo 2018 da Cotrijal. “Uma participação expressiva. Isso mostra o interesse do associado pela sua cooperativa”, avaliou Mânica. Os encontros aconteceram em Saldanha Marinho, Vista Alegre, Colorado, Santo Antônio do Planalto, Não-Me-Toque, Ernestina, Carazinho, Coqueiros do Sul, Almirante Tamandaré do Sul, Victor Graeff, Tio Hugo, Mato Castelhano, Passo Fundo, Lagoa dos Três Cantos e Nicolau Vergueiro. Para o vice-presidente da Cotrijal, Enio
Schroeder, a forte presença dos associados nos encontros é fruto do trabalho organizado e atuante da liderança e dos conselhos e da credibilidade da cooperativa. “Credibilidade e união. É assim que eu descrevo a relação dos associados da Cotrijal com a direção. Fortalecendo a ‘família Cotrijal’, fortalecemos o cooperativismo e o agronegócio, setor importante hoje para a economia”, afirmou. Schroeder lembrou ainda que o produtor é a razão de existir da Cotrijal, por isso, a direção trabalha para garantir a segurança do produtor e da cooperativa. “Juntos somos mais fortes”, concluiu.
Março / 2018|31
Cooperativismo: o valor que motiva a Cotrijal
Vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, destacou o papel do cooperativismo para o desenvolvimento econômico e humano
Em sua fala aos associados, o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, apresentou dados do cooperativismo no mundo, destacando a importância do sistema para a economia nacional, impulsionando pessoas e desenvolvendo comunidades. “O cooperativismo transforma realidades, contribuindo para o desenvolvimento econômico e humano. Mais de 1 bilhão de pessoas estão ligadas a alguma cooperativa no mundo, o que gera mais de 100 milhões de empregos. Só no Brasil são beneficiadas 51,6 milhões de pessoas”, indicou.
Ousadia para crescer A Cotrijal acompanhou a evolução do agronegócio nacional - tanto em produtividade, quanto faturamento -, refletindo a importância do cooperativismo neste cenário, expressou Enio Schroeder. “Crescemos de R$ 590 milhões de faturamento em 2008 para R$ 1,7 bilhão em 2017. Isso fala muito sobre a segurança que a Cotrijal representa ao associado. Assim, em toda área de ação da cooperativa, a Cotrijal gerou um valor adicionado de R$ 219.967.472,32, melhorando a realidade das comunidades por onde passa”, expôs. Ele ressaltou ainda o trabalho dife-
renciado da assistência, junto com o produtor, tem alavancado produtividades. Na soja, por exemplo, a média pulou de 45,3 sacas/ha na safra 2007/08 para 70,6 sacas/ha na safra 2016/17. “A Cotrijal aposta em conhecimento, inovação e tecnologia com planejamento de longo prazo e ações contínuas. Está junto com o seu quadro social durante os 365 dias do ano, através de um projeto que iniciou há 60 anos e que se consolida pela sua capacidade de surpreender, de se atualizar, com criatividade, ousadia e agilidade”, argumentou o vice-presidente da Cotrijal.
A força da cooperação - E le apontou ainda que quase me-
tade da produção agrícola nacional (48%) está ligada às cooperativas e que elas são responsáveis pelo transporte de 428 milhões de toneladas por ano. “70% do trigo nacional, 40% da produção de soja e 40% do leite, por exemplo, também vêm das cooperativas. Esses dados refletem a importância do setor, que em 2017 representou 23,5% do Produto Interno Bruto brasileiro - a maior participação em 13 anos -, ajudando a reduzir a inflação”, destacou o vice-presidente da Cotrijal. Schroeder disse também que
nas últimas duas décadas a produção de grãos aumentou 270% no Brasil, saindo de uma colheita de 58 milhões de toneladas em 1989/1990, registrando recorde de 238 milhões de toneladas de grãos na safra 2016/2017 e com estimativa de colher 225 milhões de toneladas nesta safra 2017/2018. “Um incremento puxado principalmente pelo aumento da produtividade, já que neste mesmo período, a área de cultivo de grãos no Brasil aumentou apenas 30%. Praticamente irrisório se comparado ao acréscimo na produção de grãos de 270%”, acrescentou.
32|Março / 2018
Processo democrático oveni Lúcia Doneda , R conselheira representante dos líderes de núcleo pela Região Sede, lembrou da importância deste momento, em que o associado tem a liberdade de escolher seus representantes nos Conselhos de Administração e Fiscal, além de definir o destino das sobras de balanço. “A cada ano o quadro social tem se mostrado mais participativo. Isso por conta da transparência que existe na Cotrijal, estimulando o produtor a ser mais cooperativista a cada dia”, afirmou. “Confiança é a grande chave para o sucesso de uma cooperativa e nisso o associado tem ajudado a Cotrijal a evoluir”, ressaltou Roveni.
O cooperativismo é o caminho “O quadro social é a razão de ser de uma cooperativa. Se os associados não participarem das reuniões, não discutirem os caminhos percorridos pela cooperativa e a destinação das sobras, então seríamos apenas uma empresa como qualquer outra. O diferencial da Cotrijal é que o associado é o seu dono”, enfatizou o conselheiro representante dos líderes de núcleo pela Região Um, J osé Valdir Kappaun , destacando que a cada ano cresce a participação durante as reuniões com os núcleos. Ele ressaltou ainda que com o atual cenário do agronegócio, o produtor que trabalha sozinho encontra dificuldades com relação a um cooperado.
Reeleito para mais um mandato Durante a reunião geral da liderança, o conselheiro representante dos líderes de núcleo pela Região Dois, Milton Antônio M arquetti , foi reeleito por unanimidade para mais três anos a
“É a cooperativa que dá segurança e suporte aos produtores. Desde assistência veterinária e agronômica, até a venda final do produto. As cooperativas são muito importantes no dia a dia do trabalho no campo”.
frente do cargo. Ele agradeceu a confiança da liderança e destacou a boa adesão do quadro social aos encontros, com a participação das famílias, com as crianças. “Esta rodada de reuniões com apresentação do balanço foi uma das melhores que participei. O lucro apresentado deixa o associado ainda mais confiante e feliz em fazer parte da Cotrijal”, apontou. Ele destacou ainda que as sobras à disposição da assembleia - R$ 7.932.093,81 - equivalem a aproximadamente 130 mil sacas de soja. “Não é qualquer cooperativa que consegue trabalhar com esses resultados mesmo em tempos difíceis para a economia”, arrematou Marquetti.
Quem assume cadeira no conselho? A assembleia marcou também a eleição de novos conselheiros de Administração e Fiscais. Para o Conselho de Administração foram eleitos, com mandato de três anos, Odair Sandro Nienow (Não-Me-Toque), Jair Paulo Kuhns (Igrejinha), Mateus Tonezer (Colorado) e Valdino Morais (Nicolau Vergueiro). Para o Conselho Fiscal, com mandato de um ano, foram eleitos: titulares - Leandro Burgel de Souza (Região Sede); Francisco Feiten Schreiner (Região Um); Daniel Gustavo Scheffel (Região Dois); suplentes - João Henrique Maldaner (Região Sede); Celito Dal Pizzol (Região Um) e Edemir Rosso (Região Dois).
Conselheiros de Administração e Fiscais eleitos durante Assembleia
LANÇAMENTO
MELHORADOR
MELHORADOR
34|Março / 2018
Confiantes no trabalho da cooperativa Saldanha Marinho “As reuniões são uma oportunidade para o quadro social ter conhecimento da situação em que a cooperativa se encontra e interagir com a direção. Tenho orgulho de ver a Cotrijal crescendo. Somos 100%. Na última safra de soja alcançamos média de 76 sacas/ hectare e nesse ano queremos chegar ao mesmo patamar. Mas tudo isso só é possível graças à assistência técnica” - G eferson V inicius I ora , de Saldanha Marinho.
Vista Alegre J osé Piccinini é associado da Unidade de Negócios da Cotrijal em Vista Alegre desde 1983 e faz questão de participar de todas as reuniões de núcleo e demais ações promovidas pela cooperativa. “Desde que me associei tenho o apoio incondicional da cooperativa e acho importante esse contato com a direção. É a nossa casa e tenho orgulho de fazer parte do quadro social”.
Colorado “Este foi um ano difícil para a economia nacional, com turbulências políticas. Ver a direção da Cotrijal apresentando um balanço com crescimento, mostra que a cooperativa segue forte, com gestão e transparência. Dá orgulho de fazer parte de uma cooperativa sólida que cresce a cada ano” - M ateus S ignori , de Linha Triunfo, Colorado.
“Um grande aprendizado. Da mesma forma que na propriedade não há mais espaço para amadorismo, no Conselho tive que me aperfeiçoar para fazer um bom trabalho. Esse é o segredo da Cotrijal, quadro social competente é sinônimo de cooperativa forte” - J oão C arlos F erla , de Colorado, que se despediu do Conselho de Administração em 2018. Na reunião, ele agradeceu aos associados pela sua indicação ao cargo por dois mandatos.
Santo Antônio do Planalto “Pelo ano que passamos, 130 mil sacas de soja é uma boa sobra. Estou confiante que 2018 será melhor ainda. A minha parte eu estou fazendo” - D emo Berté , 81 anos, de Rincão Doce, Santo Antônio do Planalto, que prestigiou reunião acompanhado da esposa Gelmina.
O associado E duardo Bervian classificou a reunião da
cooperativa em Lagoa dos Três Cantos como um dia de festa. Para ele, o fato da cooperativa ter encerrado 2017 mais uma vez com um balanço positivo deve ser comemorado. “Precisamos ter orgulho da nossa cooperativa e uma reunião como esta nos enche de esperanças para o futuro. Percebemos a Cotrijal cada vez mais forte, ao lado do seu associado e preparada para os desafios da agricultura”, destacou o produtor, que estava acompanhado da esposa Maria Julia.
Almirante Tamandaré do Sul Empolgado com os resultados, V aldeci M aurer , de Almirante Tamandaré do Sul, destacou a importância da parceria dos produtores da região com a Cotrijal. “É uma cooperativa forte, com uma situação financeira saudável e com o foco no progresso. Quem ganha com isso somos nós, os agricultores, que acreditamos nesse trabalho e seguimos no caminho certo”, comentou. Ele associa o bom momento da cooperativa com a produção que vem das lavouras. Maurer estava acompanhado da esposa Rosmeri.
Ex-líder da Cotrijal de Mato Castelhano, R udimar da Rosa comemorou os resultados da Cotrijal. “Estamos muito satisfeitos com a presença da cooperativa aqui na região. Antes da sua chegada, estávamos sem rumo, e agora com suporte técnico somos mais fortes”, destacou o produtor 100% Cotrijal, que planta soja, trigo e milho. “Ano passado a minha média foi de 71 sacas/ha de soja. Neste ano, espero superar esta marca”.
Victor Graeff “Os números mostram que a cooperativa está no caminho certo. A Cotrijal se diferencia pela atenção dada ao produtor, índices de produtividade e resultados ao associado”, opinou R enato Sebastião Müller , de Posse Serrito, Victor Graeff. Ele planta 45 hectares e declarou que a Cotrijal e seus profissionais são o grande responsável pelo crescimento de produtividade na propriedade. “Na safra passada, colhi 81 sacas/ha de soja. Em uma área de 17 hectares, com agricultura de precisão, fechei 90 sacas/ha”.
Não-Me-Toque Altemir Celso Rambo, 47 anos , de Costa do Colora-
do, interior de Não-Me-Toque, saiu satisfeito com os resultados apresentados pela direção na reunião de núcleo. “É um bom resultado. Acredito que se deve a boa gestão, profissionalismo dos agricultores e assistência técnica da Cotrijal”, afirmou. Ele estava acompanhado da esposa Janete, do filho Alex e da nora Ana.
Coqueiros do Sul “Vale a pena ter uma cooperativa como a Cotrijal por perto, com uma assistência técnica presente e que consegue direcionar o produtor para boas colheitas” -C lóvis Gilmar Fetter , associado da Cotrijal que participou da reunião em Igrejinha, na companhia da esposa Nelsi Lurdes.
Nicolau Vergueiro
Ernestina Lagoa dos Três Cantos
Mato Castelhano
“Nós, de Ernestina, sentíamos falta de uma cooperativa séria e transparente como a Cotrijal. Com a cooperativa, a gente se sente mais forte e seguro para produzir” - P aulo Ornei Baumgratz , de Ernestina, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município.
“A Cotrijal é essencial para o produtor, especialmente na assistência técnica e veterinária, e como associados devemos estar atentos a tudo que envolve a cooperativa e a nossa atividade” - I laci Schaulet Bergmann , de Nicolau Vergueiro. Ela estava acompanhada do marido Cleber e do filho Hugo, de 13 anos.
Carazinho “A cooperativa é empreendedora. Investe no que dá retorno e está sempre em busca de soluções para o quadro social. Ficamos felizes pelo incentivo que recebemos nos últimos anos” - produtor E rli Giacomelli , de Carazinho, que prestigiou reunião com a filha Mariana.
Tio Hugo erson Müller é engeG nheiro agrônomo, pesquisador e desde 1990 associado da Cotrijal em Tio Hugo. Ele se considera um entusiasta do cooperativismo. “Principalmente para o pequeno produtor, o associativismo é a melhor forma para ele se manter competitivo na atividade, pois através da cooperativa consegue comprar seus insumos, vender sua produção e receber assistência técnica qualificada. A apresentação dos resultados da Cotrijal em 2017 nos dá ainda mais segurança de trabalhar com a Cotrijal”, mencionou.
Passo Fundo Tão logo a Cotrijal abriu unidade em Passo Fundo, o produtor V ilson J acobs se associou. Com propriedade em Linha Fauth, interior de Coxilha, ele viu vantagem em trabalhar com a cooperativa e hoje está satisfeito. “Com os produtos e serviços da Cotrijal e também com a evolução e segurança que ela dá ao associado”, destacou.
36|Março / 2018
Líderes mirins: é de pequeno que se ensina a cooperar Com seu jeito meigo, Caroline Winter, 10 anos, conquistou a liderança pelo núcleo de Nicolau Vergueiro. Pela primeira vez líder mirim, ela estava feliz com a conquista. “Eu queria ser eleita porque vou aprender bastante”, disse ela, que foi uma das 241 crianças e adolescentes participantes das reuniões de núcleo deste ano. A eleição dos líderes mirins é um dos momentos importantes durante as atividades com crianças e adolescentes nas reuniões de núcleo. São eleitos um represetante por comunidade. Durante o
ano, os líderes eleitos participam, na Cotrijal, do Seminário dos Líderes Mirins, momento em que desenvolvem ainda mais o senso de cooperação. Além da eleição, atividades são cuidadosamente pensadas e desenvolvidas para despertar, desde cedo, o espírito de cooperação e o entendimento sobre o cooperativismo. Neste ano, a programação foi conduzida pelas professoras Solange Fries, Ardala de Lima e Fabiana Bernardi. As brincadeiras e aprendizados tiveram foco na união e liderança, estimulando a criatividade.
Caroline Winter (à esquerda) feliz por ter sido eleita líder mirim A criatividade e os fundamentos do cooperativismo foram trabalhados com as crianças e adolescentes
Confira a relação dos líderes mirins eleitos nas reuniões de núcleo 2018
REGIÃO SEDE: NÚCLEO DE NÃO-ME-TOQUE Não-Me-Toque: Luís Felipe Papke Bom Sucesso: Deisi Kuffel Arroio Bonito: Ana Júlia Kilpp Colônia Saudades: Lucas Nienow Colônia Vargas: Victor Markmann Linha Gramado: Gabriela Barboza Mantiqueira: Guilherme Nowack Posse São Miguel: João Antônio Guadagnin São João do Gramado: Michel dos Santos Vila Conceição: Ramon dos Santos Kaipers São Roque Flamengo: Maria Paula Gobbi
NÚCLEO DE LAGOA DOS TRÊS CANTOS Lagoa dos Três Cantos: Djeinifer Harbach Linha Ojeriza: Caio Fetter Núcleo de Carazinho: Sadi Wentz Núcleo de Igrejinha: Alana Inês Spregel Núcleo de Almirante Tamandaré do Sul: Yohanna Barichelo Denicoló REGIÃO UM: NÚCLEO DE SALDANHA MARINHO Saldanha Marinho: Lucas Roesler Pinheiro Marcado: Anna Karolina Vieira
NÚCLEO DE VISTA ALEGRE: Vista Alegre: Caetano Barzotto Zimas Santa Rita: Geovana Rita Balin Cachoeirinha: Aristides Piccinini Junior Arroio das Almas: Karine Cofferri NÚCLEO DE COLORADO: Colorado: Bárbara Luísa Klesener Araldi Paquinhas: Gustavo Novastzy Posse do Barreiro: Vitória Görgen Linha Garibaldi: Karen Alessandra Possamai Linha Coati: Diego Kappaum Passo do Padre: Paula Beatriz Kraemer
REGIÃO DOIS: NÚCLEO STO. ANTÔNIO DO PLANALTO Santo Antônio do Planalto: Camile Moraes Haeffner. Faxinal/Barro Preto: Matheus Julian GrahlWorm Rincão Doce: Ana Carolina Delazeri; São José da Glória: Thiago Kruger NÚCLEO DE ERNESTINA Gabriel Krueger NÚCLEO DE VICTOR GRAEFF Victor Graeff: Diogo Schmid Linha Glória: Taína Carolina Bohn
Linha Jacuí: Rafael Gustavo Schaeffer São José do Umbú: Laísa Gabriel Althaus Posse Cerrito: Gabriel Schreiner São Pedro do Cerrito: Bruno Schreiner NÚCLEO DE TIO HUGO Tio Hugo: Gabriel José Fath Posse Muller: Igor August Schmidt NÚCLEO DE MATO CASTELHANO Gabriel Manfroi NICOLAU VERGUEIRO Caroline Winter
Um panorama sobre a cooperativa, safra e mercados Durante a reunião da liderança, no dia 19 de fevereiro, os superintendentes da Cotrijal passaram informações pertinentes aos associados.
Atenção ao dólar O superintendente Comercial, Jairo Marcos Kohlrausch, mencionou a situação atual do mercado de commodities, fazendo um panorama do cenário internacional. “O dólar é o grande fator determinante para definir melhora ou queda nas nossas cotações, especialmente até acontecerem as eleições presidenciais no Brasil”, alertou. Ele apontou ainda perspectivas para as culturas de inverno. “Estamos otimistas quanto ao preço do trigo e o mesmo deve ocorrer com a cultura do milho. Há uma real possibilidade de termos melhoria para essas duas culturas. Além disso, existe um grande potencial nas variedades de sementes dos materiais novos que estão no mercado. É hora do produtor acompanhar essas novidades e fazer a sua seleção de forma segura”.
Lavoura bem encaminhada Já o superintendente de Produção Agropecuária, Gelson Melo de Lima, falou sobre o desenvolvimento das culturas de verão, principalmente, a soja. “Tivemos alguns problemas na energência das plantas, com condição climática muito favórável a doenças de solo causadas por fungos. A lição que fica é a importância da rotação de culturas, especialmente em áreas com histórico da ocorrência dessas doenças e com solo muito compactado, já que o clima é uma variável que a gente não controla”, destacou. Lima comentou ainda as pers-
pectivas para a safra de verão. “Não tenho dúvida de que teremos uma safra muito boa. Talvez a média geral não alcance a do ano passado, mas produtores isolados superarão a marca de produtividade da safra 2016/2017”.
Preparados para a safra Com a perspectiva de uma safra novamente com bons resultados, o superintendente de Operações, Laídes Porto Alegre, mencionou os preparativos da Cotrijal para a colheita, com atenção voltada à capacidade de armazenagem das unidades. “Temos volumes armazenados, por isso, a preocupação em criar estratégias para fazer a recepção da safra da melhor forma, atendendo aos associados e produtores com agilidade e segurança”, ressaltou. Ele explicou que em muitas unidades, no momento do recebimento, existe a necessidade de realizar expedições para armazenagem. Porto
Alegre lembra que o desafio é grande, pois além de crescer em área de atuação, a cooperativa evoluiu muito em produtividade, além de reduzir ano após ano o tempo de colheita. “Por isso, a Cotrijal está investindo constantemente em melhorias”.
Varejo: ano de bons negócios Valcir Zanchett, superintendente de Varejo, também fez um apanhado sobre a situação do mercado e relatou que 2018 deve ser um ano de recuperação econômica, inclusive com perspectiva de melhora para o setor varejista. “Os dois últimos anos foram foram os dois piores deste século para o varejo brasileiro, em função da crise economica e política, do desemprego e do endividamento da população. Mas 2018 já iniciou mostrando que será um ano de melhoria, recuperação e crescimento”, prevê. Acreditando neste cenário, a
Cotrijal está investindo no setor. Em fevereiro inaugurou a Loja na Unidade de Tapejara e para março está prevista a abertura da Loja em Esmeralda. “Sempre pensando no bem-estar do associado”, ressaltou.
Juros e financiamentos Por fim, o superintendente Administrativo-Financeiro, Marcelo Ivan Schwalbert passou informações pertinentes ao associado sobre juros e financiamentos. “A Selic, taxa básica de juros da economia no Brasil, despencou no último ano e isso deve implicar na diminuição dos juros de financiamentos, agrícolas ou não. Apesar da ótima notícia aos produtores, é importante frisar que no crédito agrícola o Banco Central vem criando alguns mecanismos para inibir o duplo custeio, definindo um limite por CPF de R$ 500 mil
para contratar crédito, seja em instituição financeira, empresa e/ou cooperativa”, alertou. Schwalbert falou ainda sobre o Funrural, para os produtores empregadores que não recolheram sua contribuição no período de 2010 a 2017.
38|Março / 2018
TAPEJARA
Nova unidade da Cotrijal agrada produtores e comunidade Localizada na avenida principal, a nova unidade da Cotrijal em Tapejara veio para marcar época. Um espaço nobre, amplo e moderno foi projetado especialmente para receber associados, clientes e a comunidade em geral. O ato de inauguração, no dia 23 de fevereiro, contou com a presença da direção, conselheiros, superintendentes, associados e convidados, que conheceram e aprovaram o novo endereço da cooperativa em Tapejara. Conforme o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, a nova unidade segue o cronograma de expansão de atividades na região, com a intenção de oferecer comodidade e qualidade no atendimento. “A Cotrijal veio para ficar em Tapejara e região. Essa unidade nos coloca na vitrine para bons negócios e também para interagir junto à comunidade”, comentou. A nova unidade da Cotrijal conta com gerência, acerto, departamento técnico e veterinário e loja, em uma área de 385 metros quadrados. “Teremos mais contato com o nosso produtor, que terá um atendimento personalizado, com um espaço de loja preparado especialmente para atender o campo e a cidade”, disse o gerente das Unidades de Negócios de Tapejara e Charrua, Gilmar Nestor Lindemann. Ele informou que somente os serviços de balança e recebimento permanecerão no endereço antigo: Paiol Novo, s/nº Vila 13 de Maio.
A direção da Cotrijal, conselheiros, superintendentes, associados e convidados prestigiaram a inauguração
Presenças
A vereadora e prefeita em exercício de Tapejara, Maeli Brunetto, fez referência à história da Cotrijal, que desde 2016 está presente no município. “Ficamos felizes por sermos escolhidos e de recebermos este investimento da cooperativa. Acredito que todos temos a ganhar com essa trajetória que está apenas começando”, destacou. VET É NOVIDADE DE Uma das novidades é o atendimento veterinário, com a presença de um profissional do Devet para levar informações e interagir com os produtores. Itacir Bernardelli está feliz com a presença da Cotrijal na região e vibrou com a notícia. “A Cotrijal mostra que está do nosso lado. Chegou forte na parte de grãos e agora vem atender a essa necessidade do pessoal do leite. Acredito que fará uma grande diferença para todos nós”, destacou o produtor.
O ato de inauguração contou com a presença do deputado estadual Gilmar Sossella (PDT); do presidente do Sindicato Rural, Moises Morro; do presidente do STR, Adagir Coronetti; do presidente do Sicredi Altos da Serra, Mário Antônio Maurina; do gerente do Banco do Brasil, Volmir Ribeiro; do presidente da ACISAT, Rafael Borilli; e do 1º Tenente da Brigada Militar de Tapejara, Rodinei Linhares. A Cotrijal também foi representada no evento pelo superintendente Administrativo-Financeiro, Marcelo Ivan Schwalbert; pelo superintendente de Varejo, Valcir Zanchett; pelo gerente de Lojas, Jair Heller; Conselheiros de Administração e fiscais e colaboradores.
Itacir e Ivanilde Bernardelli conferiram a linha de medicamentos veterinários
Loja para o campo e a cidade A 18ª Loja da Cotrijal, a primeira na nova área de ação da cooperativa, chega com um variado mix de produtos e com colaboradores preparados para bem atender produtores, associados e
Loja conta com variado mix de produtos
O produtor Paulo Cézar Zanchetta está empolgado com o trabalho da Cotrijal na região
demais clientes. O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, destacou todo o trabalho para que a loja estivesse pronta para receber os clientes. “Certamente nosso produtor e a comunidade de Tapejara aprovarão esse novo conceito de loja que a cooperativa está trazendo. Com grande variedade de produtos e com a qualidade que já é característica da nossa cooperativa”, comentou. O produtor Paulo Cézar Zanchetta diz que a nova estrutura chega para estreitar ainda mais o relacionamento dos produtores e da comunidade com a Cotrijal. Associado desde 2017, o produtor demonstrou satisfação com o empreendimento. “É um grande presente. Agora temos uma loja especializada, com tudo o que precisamos”.
Março / 2018|39
COTRIJAL LIGADA EM VOCÊ
Os 90 anos de Osvaldo
100 chances de ganhar “Todo mundo gosta de ganhar”, disse o produtor e associado da Cotrijal André Alberto Schenkel. Ele já garantiu seus primeiros cupons na Campanha Cotrijal Ligada em Você e sabe de suas chances de ganhar. “Serão dez sorteios de muita torcida e expectativa. Nós, como clientes e associados da cooperativa, temos que seguir aproveitando toda a gama de produtos e preços de qualidade dos Supermercados e Lojas e participar da campanha”, comenta o produtor, que não vê a hora para prestigiar o primeiro sorteio. “Até o final de março teremos tempo de colocar mais cupons nas urnas e assim aumentar as chaces de ganhar”, observa Schenkel. Ele ocupa o cargo de líder de núcleo da Cotrijal pela comunidade de Arroio Bonito, Não-Me-Toque. “Acredito que esta forma de campanha está agradando todo mundo, pois para participar é muito fácil”. A campanha Cotrijal Ligada em Você segue até o final do ano, com o sorteio de 100 televisores entre os clientes que adquirirem produtos em na rede de varejo da cooperativa. Serão 10 aparelhos Toshiba Smart TV Full HD, 43 polegadas, por mês. A participação na promoção vai de 1º de fevereiro a 27 de dezembro.
Como participar Para ter a chance de ganhar, basta fazer compras na rede de Lojas e Supermercados ou no Atacado Cotrijal. A cada R$ 50,00 o cliente recebe uma cautela. Para ração ensacada e a granel, cada R$ 200,00 valem uma cautela. Além de preencher corretamente a cautela com seus dados pessoais, o cliente deve responder a uma pergunta: Qual a melhor cooperativa para realizar suas compras e que ainda lhe permite ganhar prêmios?. Depois, é só depositar a cautela em uma das urnas das Unidades Cotrijal. Todos os sorteios vão acontecer no Supermercado Cotrijal Sede, em Não-Me-Toque, às 10h30. O primeiro está marcado para 31 de março e o último, dia 29 de dezembro. O regulamento está disponível em www. cotrijal.com.br e também no verso das cautelas.
André Alberto Schenkel está na torcida para os sorteios
Poucas pessoas chegam aos 90 anos com saúde, disposição e lucidez. Esse é o caso de Osvaldo Baumgratz, associado da Cotrijal que no dia 21 de fevereiro comemorou mais um aniversário. Com as terras arrendadas, há muito tempo seu Osvaldo mora na cidade de Não-Me-Toque, mas ainda faz questão de vistoriar a lavoura, em Linha Ojeriza, interior de Lagoa dos Três Cantos, sempre que possível. Seu hobbie principal é ir até a Unidade Cotrijal de Não-Me-Toque para tomar um café e conversar com os amigos produtores que lá encontra. E, embora ainda dirija, geralmente percorre o trecho de sua casa até a cooperativa a pé. Aliás, se tem algo do que o produtor se orgulha é de fazer parte do seleto grupo de associados da cooperativa que em 2018 completa 50 anos como sócio. Pela comemoração do aniversário, o produtor recebe a homenagem dos filhos, noras, genro, netos e bisnetos.
Datas dos sorteios: 1º sorteio - 31 de março 2º sorteio - 28 de abril 3º sorteio - 26 de maio 4º sorteio - 30 de junho 5º sorteio - 28 de julho 6º sorteio - 25 de agosto 7º sorteio - 29 de setembro 8º sorteio - 27 de outubro 9º sorteio - 24 de novembro 10º sorteio – 29 de dezembro
Osvaldo Baumgratz orgulha-se de ser um dos primeiros associados da Cotrijal
A dieta está para peixe! Algumas das delícias que serão apresentadas pela equipe da Piscicultura aos visitantes da feira. Na sala demonstrativa haverá oficinas e degustação
Frito, grelhado, assado, recheado, com molho, tipo sardinha, temperado com alecrim, manjericão, alho,... é opção que não acaba mais! Além de fazer superbem ao organismo, o peixe é versátil e uma fonte de renda importante para a agricultura familiar. Atenta a isso, a Emater/RS-Ascar tem como meta trabalhar toda a cadeia do alimento nesta edição da Expodireto. Com uma equipe especializada, a instituição quer demonstrar como extrair o máximo de qualidade dos peixes. Quem passar pela parcela de Piscicultura, no Espaço da Família Rural, receberá informações sobre o manejo dos açudes, criação de peixes e seus diversos cortes. Não vão faltar ainda demonstrações de abate, filetagem, preparo e armazenagem do peixe e oficinas com preparo de pratos e uso de temperos e degustação de receitas. (Confira algumas sugestões de receitas que têm como ingrediente principal o peixe nas páginas 2 e 3). Todas as espécies que serão uti-
lizadas no espaço são da Acquaviva Piscicultura, de propriedade de Ernani Kronbauer, associado da Cotrijal e produtor de alevinos. Oficinas – Nesta edição da feira, a Piscicultura escolheu duas receitas para demonstrar ao público que for até o espaço: Peixe tipo sardinha e Peixe assado. As oficinas serão realizadas conforme o interesse do público. Em anos anteriores, na sala demonstrativa, já foram preparados vários pratos a base dessa iguaria, como patê, salpicão, peixe grelhado aberto, recheado no forno, dentre outros.
Equipe da Piscicultura (da esq. para a dir.): Maurício Klauck (Campos Borges), coordenador da parcela; Salete Rejane da Rosa (Jacuizinho); Andréia Dal Molin (Espumoso); Reni Wohlmuth Alves dos Santos (Ibirubá); Graziela Corneli (Barros Cassal) e Jean Carlos Júnior Rosseto (Pontão). O extensionista Edisson Carlos Rodrigues Lopes (Ibirapuitã) também integra equipe.
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Para todos os gostos e paladares Salpicão de peixe Ingredientes 300 g de polpa de peixe 200 g de peixe defumado desfiado 5 pepinos em conserva 10 azeitonas picadas 1 cebola média picada (crua ou refogada) 1 colher (sopa) de pimentão picado 1 xícara (chá) de legumes (milho ervilha, cenoura cozida picada) 1 colher (sopa) de salsa picada 1 colher (sopa) de cebolinha picada 3 colheres (sopa) de vinagre e sal 500 g de maionese
Modo de preparo
POLPA - Podem ser utilizadas sobras de peixe cozido ou assado. Cozinhar o peixe, escorrer e esperar esfriar. Desfiar retirando as espinhas. Congelar em porções de 500 gramas. Pode ser congelada por até 60 dias, desde que não tenha sido adicionado sal durante o processo. SALPICÃO - Em um recipiente de vidro, colocar o peixe e os legumes e temperar com o vinagre. Misturar bem e adicionar a maionese e os outros temperos. DICA - Dá para rechear pastel, canapés, canudinhos, coxinhas, almôndegas, croquetes, pizzas, rocamboles, lasanhas e panquecas.
Peixe recheado no forno Ingredientes
Modo de preparo
1 peixe (3 quilos) eviscerado e sem o couro 1 tomate, 1 cebola e ¼ de pimentão picados 1 xícara (chá) de legumes cozidos e picados (vagem, chuchu, ervilha, cenoura, milho) Tempero verde a gosto 6 azeitonas picadas 1 xícara (chá) de pão dormido Sal e suco de limão a gosto 2 colheres (sopa) de óleo de soja
Temperar o peixe com sal e algumas gotas de limão, deixar descansar por uma hora. Refogar a cebola, o tomate e o pimentão. Acrescentar os legumes cozidos picados, o tempero verde e o pão dormido esfarelado. Retirar do fogo e aguardar amornar. Rechear, dobrar um lado do peixe sobre o outro, enrolar em papel-alumínio e colocar na forma. Assar por cerca de uma hora. No final, retirar o alumínio para dourar o peixe.
Bolinhos empanados de peixe Ingredientes
Filé de peixe ao molho de tomate Ingredientes 1 quilo de filé temperado com sal e limão l xícara (chá) de molho de tomate 1 caixinha creme de leite
Modo de preparo Leve ao forno o filé e deixe assá-lo. Misture o molho com o creme de leite, despeje por cima do filé, já assado. Leve novamente ao forno para aquecer bem. Se quiser pode espalhar queijo ralado ou batata palha por cima.
Peixe tipo sardinha Ingredientes 1 quilo de pedaços de peixe (partes pequenas e com espinhos menores) 200 ml de vinagre de vinho branco 100 ml de óleo de soja 1 copo de água Sal a gosto 2 tomates picados 1 cebola picada 1 folha de louro
Modo de preparo Salgar os pedaços de peixe. Picar e reservar os temperos. Numa panela de pressão, colocar no fundo metade do óleo e uma camada de temperos, outra de peixe, alternados, começando e terminando com os temperos. Cobrir com o restante do óleo. Acrescentar o vinagre, a água e a folha de louro. Cozinhar em fogo brando por 20 minutos na panela de pressão e por 1h30 se for em panela comum. Após o cozimento, deixar esfriar com a panela tampada. Levar para a geladeira e consumir no dia seguinte, de preferência.
2 filés de peixe 2 colheres (sopa) de cebola ralada 2 dentes de alho ralado Suco de ½ limão 1 colher (chá) de sal Pimenta-do-reino moída Amaranto em flocos Farinha de linhaça dourada Açafrão da terra a gosto
Modo d e preparo Triturar os peixes em um liquidificador. Temperar os filés com a cebola, o alho, o limão, o sal e a pimenta-do-reino. Em separado, misturar o amaranto e a linhaça com o açafrão. Montar bolinhas e modelar em formato de bifes ou hambúrguer. Forrar uma forma com papel-manteiga untado em óleo. Passar na mistura de amaranto com farinha de linhaça e açafrão e colocar na forma para assar até dourar.
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Opções leves e repletas de sabor Iscas de peixe
Utilizar pequenos pedaços de peixe, que podem ser as costelas obtidas cortando as espinhas grandes, depois da retirada dos filés. A carne de peixe deve estar sem tempero, mas deve ser envolvida em farinha de trigo. Fritar as iscas, em boa quantidade de gordura bem quente. Em seguida mergulhar as iscas em molho vinagrete e consumir.
Molho vinagrete Ingredientes 1 copo de vinagre de vinho branco (200ml) 1 copo de água 2 colheres (sopa) de sal Temperos bem picados a gosto (salsa, cebolinha, cebola, pimentão, alho)
Modo de preparo Misturar todos os ingredientes. Se desejar, pode aquecer o molho, para não esfriar as iscas. Obs.: Pode repor o sal, caso achar que as iscas estiverem pouco salgadas.
Linguiça de peixe Ingredientes
Modo de preparo
950 g de filé de peixe 1 litro de água ½ copo de suco de limão ou vinagre 200 g de peixe defumado desfiado 1 colher (sopa) de sal 1 colher (chá) de colorau ou urucum 2 colheres de açúcar 3 colheres (sopa) de amido de milho 1 dente de alho picado ¼ de xícara (chá) de água gelada (se necessário)
Picar o filé em cubos, colocar em mistura feita com água e o suco de limão ou vinagre por 15 minutos para retirar o cheiro. Escorrer e prensar a carne para retirar água. Misturar os ingredientes e mexer bem. Se a mistura ficar muito seca, acrescentar a água gelada. Embutir em tripas. Mergulhar as linguiças em água à temperatura de 80°C por 30 minutos. Retirar e colocar em água gelada. Guardar as linguiças em sacos plásticos na geladeira ou fazer a defumação. Consumir em 20 dias. DICA – Para temperar, use uma pitada de pimenta-do-reino preta moída.
Surpresa de peixe
Hambúrguer de peixe
Ingredientes
Ingredientes
4 xícaras (chá) de peixe cozido 1 xícara (chá) de farinha de rosca 4 xícaras (sopa) de manteiga derretida 2 colheres (sopa) de fermento químico em pó 1 colher (sopa) de cebolinha verde 1 colher (sopa) de salsa 1 pitada de pimenta-do-reino moída 1 colher (sopa) de suco de limão 1 colher (chá) de sal
500 g de polpa de peixe ½ xícara (chá) de farinha de trigo 1 colher (sopa) de azeite de oliva ou de dendê (opcional) 1 dente de olho 1 cebola média ralada 1 pitada de noz-moscada ½ colher (sopa) de sal 1 pitada de pimenta-do-reino moída 2 colheres (sopa) de salsa e cebolinha picada
Modo de preparo Misturar bem todos os ingredientes, amassar bem, formar e prensar os bifes. Assar em forno preaquecido. Dica: o hambúrguer pode ser congelado desde que a polpa de peixe utilizada seja fresca.
Modo de preparo
Patê de peixe Ingredientes 2 xícaras (chá) de água 2 quilos de filé de peixe ½ xícara (chá) de óleo de soja ½ xícara (chá) de vinagre branco de álcool ½ pimentão sem pele 1 tomate sem pele 1 cebola 1 folha de louro ½ xícara (chá) de salsa e cebolinha picadas 3 dentes de alho 2 colheres (sopa) de sal
Modo de preparo Cozinhar todos os ingredientes por 30 minutos. Deixar esfriar. Retirar os espinhos e amassar com o garfo até formar uma pasta. DICA: Podem ser utilizadas sobras de peixes grelhados ou assados, acrescentando-os na finalização do cozimento.
Misturar bem todos os ingredientes e colocar em uma forma de pão untada. Levar ao forno médio por mais ou menos 35 minutos. Polvilhar queijo ralado por cima. Servir em fatias.
Peixe defumado Ingredientes
10 litros de água gelada 1 quilo de sal 30 g de açúcar Dissolver o sal e o açúcar na água
Modo de preparo
SALGAR – Colocar o peixe submerso na salmoura. De 1 a 2 quilos, duas horas. Filés e postas, 30 minutos. Retirar, amarrar ou colocar em ganchos de aço inoxidável para escorrer por uma ou duas horas. Levar ao defumador. DEFUMAR - O peixe deve ficar pendurado a uma altura de 1,5 m. Na primeira fase, a temperatura deve ficar entre 100 e 120°C e permanece r por no mínimo duas horas. Na segunda fase, deve ficar exposto de duas a 16 horas a 30°C.
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Para ter uma saúde de ferro A sua fama todo mundo já conhece! Além de ofertar uma carne leve e saborosa, o peixe é um dos alimentos mais saudáveis. Entre os ganhos de incluir esta iguaria no cardápio, está o fortalecimento do sistema imunológico, redução de colesterol e prevenção de doenças cardiovasculares. Os benefícios não param por aí. Os peixes são fontes de proteína, minerais como sódio, potássio, magnésio, cálcio, ferro, fósforo, iodo, flúor, selênio, manganês e cobalto e vitaminas. Também contêm ômega 3, uma gordura considerada do bem, pois é importante para as atividades do cérebro e do coração. Os pesquisadores acreditam que os peixes gordos são mais benéficos para o coração, pois possuem maior concentração de ômega-3. Recomenda-se comer duas ou três porções de peixe por semana. Com isso, a redução de risco de doenças cardíacas fica em até 20%. Sem contar que a proteína da carne de peixe é de alta digestibilidade e de grande valor biológico, ou seja, é possível absorver até 45% do volume da carne de um peixe que se tenha ingerido. O recomendado é incluir essa carne nutritiva e saborosa em sua dieta, em forma de assados, grelhados ou ensopados para não comprometer a saúde.
Consuma peixe três vezes na semana. Eles são ricos em Ômega 3 e tem um baixo teor de gordura
Coma mais! Cem gramas da maioria dos pescados fornecem aproximadamente 20 g de proteína, cerca de um terço da dose diária recomendada. Experimente substituir gradualmente um ou mais tipos de proteínas que você normalmente consome (carne de vaca, frango ou porco) por peixe até atingir uma rotina de ingestão que chegue a, pelo menos, duas ou três vezes na semana.
Ômega 3
Seu corpo precisa de uma quantidade adequada de proteína para se manter energizado. O consumo de peixe pode funcionar como um reforço de energia instantâneo devido ao alto teor de proteína encontrada nela. Com a quantidade necessária do nutriente em seu corpo, você não só terá níveis de energia balanceados, mas a proteína rejuvenescerá as células danificadas. Nutrientes sugerem consumir salmão regularmente para manter os níveis de energia em seu corpo.
Quer saber por que os peixes podem deixar a vida mais feliz? Porque o ômega 3 é capaz de prevenir a depressão, diminuir o desconforto da TPM e melhorar o desempenho cerebral. Dietas pobres nesse ácido estão associadas ao mau humor!
É tudo de bom!
Rico em nutrientes Os peixes são boas fontes de todos os aminoácidos essenciais, que ajudam a formar as proteínas, necessárias para o crescimento e a manutenção do corpo humano. São também fontes importantes de:
Fornece energia instantânea
hh Tem poucas calorias hh Reduz o risco de doença cardíaca hh Melhora a saúde respiratória hh Reduz o risco de diabetes hh Trata a insônia hh Garante músculos fortes
iiFerro iiVitamina B12 iiCálcio iiGorduras boas iiÔmega 3
hh Oferece suplemento natural de vitamina D hh Reduz o risco de Alzheimer hh Ajuda a combater a depressão hh Protege a pele dos raios UV hh É rico em antioxidantes, que retardam o envelhecimento
Produção
Carpa prateada
Tanto na Cotrijal como na Emater são várias as famílias que investem na piscicultura. Hoje é possível criar quase todos os tipos de peixes de água doce em açudes, reservatórios ou tanques. Dentre as espécies estão carpas (húngaras, prateadas, capim e cabeça grande), tilápias, além dos peixes nativos do RS como jundiá, traíras, lambaris e piavas. Tem ainda quem invista em peixes como o dourado e o pacu. Interessados em iniciar uma criação devem procurar a unidade da Emater de seu município.
Carpa capim
Dourado
Tilápia Carpa cabeça grande
Traíra