Ano 19 Nº 223 Maio 2018
17º SEMINÁRIO DE LÍDERES DE NÚCLEO
Gestão eficiente exige olhar além da porteira | PÁGINAS 4 A 6
Uma safra de muitos desafios Para alguns, resultado recorde. Para outros, tempo de repensar o sistema | PÁGINAS 8 A 12
Participe do concurso que vai escolher o hino e a bandeira da Cotrijal | PÁGINA 3
RALLY DA SAFRA
Tempos de boa rentabilidade | PÁGINA 13
COTRIJAL LIGADA EM VOCÊ
Campanha sorteia mais dez televisores | PÁGINA 16
02|Maio / 2018
Expediente Jornal da Cotrijal Órgão de divulgação da Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial
Endereço: Rua Júlio Graeff, nº 01 - Cx. Postal 02 Não-Me-Toque/RS - CEP 99470-000 Fone: 54 3332-2500/ 54 3191-2500 E-mail: lmertins@cotrijal.com.br Internet: http://www.cotrijal.com.br Diretoria Executiva Presidente: Nei César Mânica Vice-presidente: Enio Schroeder Conselheiros de Administração Região Sede: Francisco Jorge Eckstein Jair Paulo Kuhns Leori Antônio Dessoy Luiz Roberto Gobbi Odair Sandro Nienow Roveni Lúcia Doneda (Representante dos Líderes de Núcleos) Região Um: Jonas Francisco Roesler José Valdir Kappaun (Representante dos Líderes de Núcleos) Mateus Tonezer Região Dois: Airton Emílio Scharlau Délcio Reno Beffart Ildo José Orth Juliano Manfroi Milton Antônio Marquetti (Representante dos Líderes de Núcleos) Valdecir Luiz Delazeri Valdino Morais Conselheiros Fiscais Titulares Leandro Burgel de Souza Francisco Feiten Schreiner Daniel Gustavo Scheffel Conselheiros Fiscais Suplentes João Henrique Maldaner Celito Dal Pizzol Edemir Rosso Produção: Unidade de Desenvolvimento Cooperativista Jornalista Responsável: Leila Mertins Gerente da Unidade de Desenvolvimento Cooperativista - Reg. prof. 4.985 Redação: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Líbera Fotos: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Foto Choks, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Libera Editoração Eletrônica: Prisma Produções Gráficas (54) 3045-3489 Pré-Impressão e Impressão: Imperial Artes Gráficas Ltda. (54) 3313-5434 Comercialização: Agromídia - Desenv. de Negócios Publicitários Ltda. - São Paulo/SP - Fone: (11) 5092-3305 Guerreiro Agro Marketing - Maringá/PR Fone: (44) 9180-4450 - 3026-4457 Prisma Produções Gráficas - Passo Fundo/RS (54) 3045-3489 - 9233-3170 Periodicidade: Mensal
Opinião
NEI CÉSAR MÂNICA Presidente da Cotrijal
Desafio é crescermos juntos Garantir a sustentabilidade de um negócio não é tarefa simples nos dias atuais. Exige foco, metas bem definidas e equipe alinhada a essas metas. Além disso, visão de mercado e gestão eficiente, dentre outros requisitos. A receita é comum para empresas, cooperativas, propriedades…
O compromisso com
Dentro da porteira, uma vez dominados os fatores que interferem na lucratividade do negócio é só seguir o caminho traçado. Fora da porteira, no entanto, muitas vezes não temos como interferir e é aí que entram com maior importância o conhecimento e a eficiência na gestão.
a safra. Esse é o jeito
A Cotrijal sempre se manteve sólida, graças a uma visão de futuro baseada no crescimento sustentável, com análise criteriosa de investimentos e pensando no melhor para o seu produtor. E tem investido sistematicamente, especialmente ao longo dos últimos anos, em conhecimento. Entendemos que o conhecimento é o caminho para a sustentabilidade, tanto do produtor quanto da cooperativa. Dias de campo, palestras, treinamentos, encontros técnicos, seminários, cursos, além da Expodireto Cotrijal. Muitos são os eventos que visam levar informações de qualidade para o campo, para qualificar a tomada de decisão do produtor, seja na hora de semear, de traçar a estratégia de controle fitossanitário, de colher, de vender a produção ou de comprar os insumos. Dentre esses eventos está o seminário de líderes de núcleo, que neste ano, em sua 17ª edição, tratou de um tema muito pertinente ao momento que vivemos: as tendências para o agronegócio mundial e seu impacto nos negócios. Dominar esse assunto é tão importante quanto dominar todos os fatores que levam ao aumento da produtividade. Especialmente
nossos mais de 7,3 mil associados é o ano todo, não apenas no momento de receber Cotrijal de trabalhar.
para os líderes, que têm o papel de difundir o conhecimento adquirido junto ao quadro social. Diante de um mercado centralizado, em que grandes grupos têm ocupado fatia cada vez maior dos negócios, e com as grandes economias mundiais buscando se proteger, o entendimento é de que nós, produtores, também precisamos permanecer unidos para nos mantermos competitivos e continuarmos crescendo. Se há 10 anos a Bolsa de Chicago era nosso maior parâmetro para definir o melhor momento de vender a soja, hoje há uma série de outros fatores, e que mudam rapidamente, que interferem no preço e que precisam ser analisados. Assim como também há muitos fatores que interferem no preço dos insumos. Vivemos um período de bons preços da soja e também boas oportunidades de compra de insumos. A Cotrijal, como sempre, está atenta a todos os fatores que interferem no mercado e busca os melhores negócios para seu produtor. O compromisso com nossos mais de 7,3 mil associados é o ano todo, não apenas no momento de receber a safra. Esse é o jeito Cotrijal de trabalhar.
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Para revelar e premiar talentos No time da Cotrijal sobra talento e criatividade. E para os associados e colaboradores que têm o dom das palavras ou musical, ainda dá tempo de participar. As inscrições para os concursos que vão escolher o Hino e Bandeira da cooperativa encerram este mês, no dia 30. Lançados, em fevereiro deste ano, os concursos visam estimular a criatividade entre os quadros social e de colaboradores, divulgando os valores da cooperativa e reconhecendo o talento dos participantes. A inscrição é gratuita e cada participante poderá enviar um trabalho para o hino e outro para a bandeira. O nome dos vencedores será conhecido no dia 7 de junho, Dia Internacional do Cooperativismo. Os ganhadores receberão certificado e premiação em dinheiro. Ao vencedor do concurso do Hino Cotrijal serão entregues R$ 3.000,00. Ao vencedor do concurso da Bandeira Cotrijal, o prêmio será de R$ 1.500,00. A ficha de inscrição, junto com o regulamento, está disponível no site www.cotrijal.com.br. A inscrição deve ser remetida, via sedex, pelo Correio, para a sede da Cotrijal, no endereço: Rua Júlio Graeff, 01, Centro, CEP 99470-000, Não-Me-Toque/RS, aos cuidados da Unidade de Desenvolvimento Cooperativista (Decoop).
Cotrijal: 60 anos de balanços positivos, recordes de produtividade, expansão de área e investimentos de ponta. Inscrevase e mostra todo o seu carinho a essa organização que orgulha produtores e impulsiona o agronegócio do país
Requisitos para criar a bandeira da Cotrijal
Sobre a Cotrijal Data de fundação: 14 de setembro de 1957
� Dentre as cores utilizadas, deverá, obrigatoriamente, a bandeira
ser desenvolvida observando o uso das cores vermelho, verde e amarelo, que estão presentes na logomarca da Cotrijal.
Associados: 7.307 Colaboradores: 1.700
� O participante deverá considerar os aspectos peculiares da enti-
S ede: Não-Me-Toque
dade, de forma que, ao serem traduzidos graficamente, resultem numa imagem objetiva, clara e capaz de ser reconhecida e identificada pela comunidade, como bandeira da Cotrijal.
M unicípios da área de ação: 32 – Região Norte do Rio Grande do Sul Unidades: 56
Critérios de avaliação
C apacidade de armazenagem : 889.080 mil tone-
))Criatividade (visão da bandeira);
ladas
))Originalidade (desvinculação de outras bandeiras existentes);
Valores: Confiança, Cooperação, Fazer bem-feito, Foco em resultado
))Comunicação (transmissão da ideia e universalidade); ))Aplicabilidade (seja em cores, em variadas dimensões e sobre diferentes fundos);
N egócio : agroindustrial e varejo
))Relação com os Valores da Cotrijal: Confiança, Cooperação, Fazer bem-feito, Foco em resultado.
Requisitos para criar o hino da Cotrijal
ropósito: gerar valor ao P
� As obras musicais devem retratar os Valores da Cotrijal, não ne-
ossui: Unidade de BenefiP ciamento de Sementes, Fábrica de Rações
� Não haverá restrições a estilos ou gêneros musicais, desde que
Varejo: 18 Lojas, oito Supermercados, Centro de Distribuição e Atacado
cessariamente citando-os na letra: Confiança, Cooperação, Fazer bem-feito, Foco em resultado. existentes na cultura do Rio Grande do Sul.
� Somente serão consideradas músicas com a letra na língua portuguesa.
� As composições deverão ter de dois a três minutos de duração. AIS INFORMAÇÕES: Consulte o site da Cotrijal ou busque o M setor de acerto da sua unidade.
cooperado de forma inovadora, segura e sustentável
E xpodireto C otrijal : realizada desde 2000, atrai mais de 250 mil visitantes todo ano, em cinco dias de feira, no mês de março, reunindo mais de 500 expositores, em 84 hectares
04|Maio / 2018
17º SEMINÁRIO DE LÍDERES DE NÚCLEO
Liderança debate tendências do Agro Tudo muda constantemente! No agronegócio não é diferente. Diante da instabilidade da economia e com o mercado de commodities cada vez mais criterioso, torna-se necessário que o produtor esteja sempre atento e bem informado sobre a dinâmica do setor agrícola. Para atualizar informações sobre Cenários e tendências do Agro no Brasil e no mundo, o 17º Seminário dos Líderes de Núcleo da Cotrijal reuniu líderes de núcleo, conselheiros, gerentes, superintendentes e a direção, de 23 a 25 de abril, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. Com um trabalho focado nas ações da cooperativa e com informações sobre as tendências mundiais de mercado, das fusões e incorporações, das commodities e os desafios que vêm pela frente o evento agradou participantes. Além de alinhar processos e fortalecer o grupo, o seminário trouxe informações que podem contribuir com os negócios dos associados. Falando na linguagem do produtor, o sócio-diretor da Markestrat, José Carlos de Lima Júnior, palestrante do evento, deu uma verdadeira aula de economia para o grupo de líderes, que na Cotrijal tem o papel de difundir o conhecimento adquirido junto ao quadro social. Na conversa com o grupo, o especialista reforçou a necessidade do produtor ficar atento às tendências do setor e impactos de cadeias produtivas como a soja e o milho para tomar a melhor decisão frente
Seminário reuniu a liderança, em abril, em Bento Gonçalves
a oscilações e ‘guerras’ de mercado, dentre outras questões. No primeiro dia, destaque para a apresentação dos superintendentes das três unidades de negócios e duas unidades de apoio que centralizam todo o trabalho da Cotrijal, atualizando os líderes sobre a gestão e as metas futuras de cada área.
Olhar além da lavoura Para o especialista em agronegócio, José Carlos de Lima Júnior, o produtor não pode focar apenas nos assuntos de dentro da porteira e deixar de lado fatores externos para os quais deve estar preparado. “Preocupar-se apenas com a produção já não é mais o suficiente, visto que o cenário atual exige que o produtor esteja atento a todos os fatores que envolvem o negócio. E aí que o líder pode fazer a diferença”, enfatizou. Na sua visão, o bom líder é aquele que tem discernimento no trato com os variados perfis e também nos negócios para defender o barco e não só a proa. “Acredita no negócio e deseja ver a empresa prosperar como um todo. A musculatura da Cotrijal passa por essa fidelidade e confiança do produtor e quadro social”, afirmou. Mercado - Diante de um mercado cada vez mais competitivo e centralizado, ele recomenda os produtores se unirem. “O mercado caminha cada vez mais para uma concentração, com empresas comprando empresas e cooperativas se unindo. Isso é musculatura. Do lado da indústria, empresa grande significa maior poder de barganha. E o produtor sozinho não vai conseguir participar desse cenário altamente competiti-
Grupo aprovou tema do seminário que debateu tendências do Agro
Gestão profissionalizada e visão de futuro José Carlos de Lima Júnior, da Markestrat, palestrante do evento
vo. Nesse sentido, a Cotrijal tem um grande mérito. Oferece tecnologia, assistência e a possibilidade de bons negócios. É isso que o produtor precisa olhar: o seu valor como produtor e o da cooperativa”, disse. Desafios - O que a Cotrijal quer ser daqui pra frente? “Para ter uma solução completa, precisa pensar como está estruturado o seu portfólio de negócios. Olhar para a rentabilidade de cada área e respeitar o grau de maturidade de cada região. E isso exige gestão profissionalizada, inteligência de mercado, fidelidade”, concluiu.
Presidente Nei César Mânica
A velocidade com que ocorrem as mudanças no agronegócio exige das cooperativas uma gestão muito profissionalizada para se manterem competitivas. Na visão do presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, é por manter esse foco que a cooperativa tem se destacado no cenário nacional e se mantido entre as mais sólidas do país. Mânica ressaltou que buscar o crescimento pautado em cima de segurança é a meta para o futuro. E isso só é possível com a fidelidade dos associados. “Um peixe sozinho é presa fácil para uma baleia, mas em um cardume tem muita força. Esse é o diferencial do cooperativismo e é dessa forma que vamos continuar trabalhando, juntos, buscando soluções e melhorias que revertam em melhor resultado para o produtor e a cooperativa”, afirmou.
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Conhecimento que ajuda a decidir Entender de mercado é primordial para quem está no agronegócio, seja agricultor ou gestor de cooperativa, na avaliação do vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder. Segundo ele, sem esse conhecimento é difícil ser eficiente na tomada de decisão. Por isso, a importância do tema abordado no seminário deste ano. “Nossos líderes precisam ter clareza dos rumos da cooperativa e de que forma ela vem trabalhando nesse mercado cada vez mais competitivo e centralizado, especialmente no caso dos produtos químicos, em grandes grupos”, destacou. Para Schroeder, está muito claro que os fatores que não estão na mão do produtor têm grande interferência no resultado da propriedade e o papel da cooperativa é levar essa informação até seu associado e apontar os melhores caminhos. “Defendemos e sempre
Fortalece parceria e metas “É sempre muito positivo. Este ano, trouxe informações importantes sobre as principais cadeias produtivas e tendências do Agro, além de reflexão sobre questões que envolvem metas e ações da cooperativa” - J osé Valdir Kappaun , conselheiro representante dos líderes de núcleo da Cotrijal (Região Um)
“O agricultor precisa ficar atento a essas movimentações de mercado e saber o que quer da cooperativa. Assim como o produtor, a Cotrijal também precisa de caixa, de músculo para crescer. Por isso, fundamental essa fidelidade e parceria em todos os momentos” - R oveni Lúcia Doneda , conselheira representante dos líderes de núcleo da Cotrijal (Região Sede)
“Trouxe um tema muito apropriado para o momento. Essa é a Cotrijal. Sempre inovando e com informações atualizadas para que o líder possa ficar atento às questões de mercado e do seu papel nas comunidades onde a cooperativa atua” Milton Antônio Marquetti , conselheiro representante dos líderes de núcleo da Cotrijal (Região Dois)
Vice Enio Schroeder
vamos defender o produtor que trabalha com sua cooperativa. Esse é nosso papel enquanto gestores. É o compromisso que assumimos e vamos cumprir, focando na solidez da cooperativa e no resultado do produtor”, ressaltou.
Engajados dentro e fora da porteira Em seu segundo mandato, o líder de núcleo por Passo do Padre, em Colorado, Adriano José Goettems , saiu satisfeito. “Os desafios estão aí e não são poucos. Hoje vai para frente na agricultura quem age com cautela e firma elo forte para reduzir custos e crescer em produtividade. E o evento sempre traz temas atuais, prepara o líder para lidar com as mais diferentes situações e realidades do produtor”. Há seis anos na liderança, ele participou de todas as edições.
“Estar sempre bem informado faz parte do pacote. O seminário nos possibilita isso. Deixa o líder mais tranquilo e seguro para fortalecer essa relação da cooperativa com o produtor” - Eldon Matias Lampert , líder de núcleo por Igrejinha, que participou da maioria das edições, inclusive nas primeiras.
“Plantar e colher a gente sabe, o mais difícil é negociar o grão. Essa é a primeira vez que participo do evento e achei o tema proposto muito válido. Gostei também das informações repassadas pelos superintendentes. Prepara a liderança para trocar idéias com outros produtores” - J osé G ilberto H aubert , líder de núcleo por Almirante Tamandaré do Sul.
“Gostei muito. Hoje o produtor busca confiança, estabilidade, crédito, assistência e informações atualizadas para ter rendimentos e fazer bons negócios. Quem dá esse suporte? só cooperativas como a Cotrijal. E o seminário motiva e dá as ferramentas para que a liderança possa trabalhar nesse sentido” - José Volnei Dal Maso , líder de núcleo por Passo Fundo, com lavouras em Pontão, que participou pela primeira vez no evento. Na safra 2016/17, ele colheu média de 75 sacas/ha na soja. Este ano, com a falta de chuva, ficou em 65 sacas/ha. “Quem não quer melhorar resultados? Para a gente que é líder e agricultor é fundamental ficar a par das tendências de mercado e ter uma visão mais ampla do que acontece no segmento do Agro mundial. São informações que contribuem para a boa gestão na propriedade” -E rler Schmidt , líder de núcleo por Posse Müller, Tio Hugo. “Saio com a melhor impressão possível. Todos os assuntos abordados foram de extrema importância. Como agricultor e líder procuro dar o exemplo e mostrar a importância de se ter uma Cotrijal por perto. É só olhar o visual das lavouras e a produtividade”, E zequiel Müller , líder de núcleo por Saldanha Marinho.
A líder de núcleo por Costa do Colorado, em Não-Me-Toque, J anete B arboza Rambo , também aprovou a escolha do tema debatido no evento. “Muito bom! Importante a gente ter esse conhecimento até para dialogar com outras associadas, produtores e com a família em casa”. O esposo, Altemir Rambo, já foi líder da Cotrijal.
Visita à cooperativa e viagem no tempo
Gerente do Decoop, Leila Mertins, que coordena evento
A programação incluiu ainda uma visita à Cooperativa Vinícola Garibaldi e passeio de trem a vapor repleto de alegria, entre os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa. Teve quem se emocionou ao conferir a apresentação teatral no Parque Temático Epopéia Italiana, que conta a saga dos primeiros imigrantes que chegaram a Bento Gonçalves. O Seminário dos Líderes de Núcleo é realizado anualmente pela Cotrijal e tem a coordenação da Unidade de Desenvolvimento Cooperativista (Decoop), área responsável por toda a comunicação com o quadro social, atualmente sob a gerência de Leila Maria de Lima Mertins.
Grupo no Passeio de Maria Fumaça, uma viagem ao passado
06|Maio / 2018
17º SEMINÁRIO DE LÍDERES DE NÚCLEO
A forma Cotrijal de trabalhar Na cooperativa, a busca por uma produção sustentável, recorde e rentável é constante. Em sua apresentação, o superintendente de Produção Agropecuária, Gelson Melo de Lima, destacou o efeito Cotrijal no campo e impacto que a área tem na organização. São quatro as áreas específicas, sob o seu comando, para auxiliar e dar suporte à cooperativa: Produção Vegetal, Produção Animal, de Produção Sementes (UBS) e Fábrica de Rações. “O que nos move é essa paixão do
produtor por produzir. A nossa relação com o associado é de confiança, vai além do comercial. Para isso, procuramos fazer um trabalho diferenciado, em termos de produtos e serviços, e que agregue valor ao nosso cooperado”, pontuou. Lima enumerou ainda os vários programas e serviços em andamento na Cotrijal para alavancar produção no grão e leite. “De ponta a ponta a atenção é a mesma. Independe do tamanho da propriedade. Esse é o jeito Cotrijal de trabalhar”, destacou.
Ele citou também o trabalho da área de Produção Vegetal envolvendo a “rainha” dos negócios: a soja. Hoje, na região da cooperativa, com média de 70,6 sacas/ ha (15 sacas a mais do que o restante do Estado). Um resultado, que segundo Lima, se deve a um produtor melhor preparado, caprichoso nas operações, da presença constante dos profissionais a campo, do trabalho na Área Experimental e do completo portfólio de produtos e serviços à disposição do associado.
Oportunidades e bons negócios O superintendente Comercial, Jairo Marcos Kohlrausch, falou das ações e metas da cooperativa até o ano de 2020 nas áreas de Comercial Grãos, Comercial Sementes e Comercial Insumos, do portfólio de produtos e da parceria com as maiores empresas, com pesquisa e desenvolvimento e do trabalho da cooperativa na Área Experimental. “Cada safra é diferente e tudo precisa estar dentro das contas do produtor. Nesse contexto de mudanças e mercado cada vez mais globalizado, ter informações seguras é chave para quem quer aproveitar os bons momentos para formalizar negócios”, pontuou. Kohlrausch frisou ainda que não faz parte do DNA da Cotrijal se aventurar no mercado. “Só negocia o que foi testado e validado na Área Experimental. Por isso, tem o respeito, confiança e satisfação de produtores, clientes, fornecedores e parceiros”, destacou. O superintendente também detalhou para o grupo as principais atividades como formação de preços dos principais produtos (soja, milho e trigo) e a importância do sistema de controle de estoques da Cotrijal. Para 2018, segundo Kohlrausch, a área Comercial prevê um crescimento na comer-
Jairo Marcos Kohlrausch, do Comercial
cialização de sementes de soja e de milho. Além da região da cooperativa, a Cotrijal atua com a entrega de sementes nos três estados do Sul, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Na parte de defensivos e insumos são 150 produtos diferentes, de 23 empresas parceiras.
Comodidade e mix completo Amplo mix de produtos, preocupação constante com a satisfação do produtor, preços e condições atraentes e comodidade. Com uma gestão profissional, colaborativa, inovadora e focada na excelência dos serviços, a área de Varejo da cooperativa vem atraindo a confiança e firmando laços duradouros com associados e clientes ano após ano. Sempre preocupado com a satisfação do produtor, o superintendente Valcir Zanchett, destacou a importância do Varejo estar o mais próximo possível do associado. “A nossa maior preocupação é com a satisfação do cliente, por isso estamos sempre inovando para oferecer o melhor serviço, atrair a confiança e fidelizar clientes”, destacou. Zanchett frisou ainda que os valores da cooperativa estão sempre muito presentes em todas as ações. “Confiança, cooperação, fazer bem feito e foco em resultados para gerar valor ao cooperado de forma inovadora, segura e sustentável”, explicou.
Valcir Zanchett, do Varejo
Na área de ação da Cotrijal, o Varejo conta com 18 lojas, oito supermercados e um atacado. São mais de 20 mil itens para atender às necessidades do agricultor e demais clientes.
Gelson Melo de Lima, da Produção Agropecuária
Suporte e segurança com foco em resultados Priorizar o que gera mais resultados para o associado e a cooperativa é o foco da área Administrativo-Financeira, que tem como gestor o superintendente Marcelo Ivan Schwalbert. Em sua apresentação, ele chamou a atenção para ações que geram valor para o cooperado, de forma inovadora, segura e sustentável. “O seguro agrícola que a Cotrijal dispõe é um bom exemplo disso. Agrega em torno de 16 sacas a mais de garantia por hectare para os produtores mais eficientes da região. O Portal do Produtor é outro produto bem aceito pelo produtor e que possibilita ao associado ter um atendimento personalizado, rápido e eficiente”, expôs. Com uma gestão moderna e ágil, ele salientou ainda que procura manter uma ligação afinada e assertiva com as demais áreas para promover soluções em tecnologia e inovação para o produtor e a cooperativa. “A nossa estratégia de negócio é a diferenciação, em todos os serviços que prestamos, não apenas em preço”, salientou. Ao final, ele salientou para que a Cotrijal sempre priorizou por fazer o que é certo, correto, e, portanto, toma todo o cuidado
Marcelo Ivan Schwalbert, do Administrativo-Financeiro
para estar dentro das normas e cumprir a legislação nas diversas áreas. Schwalbert responde pelas áreas de Controladoria, Financeira, Tecnologia de Informação (TI), Jurídica, Crédito e Cobrança, Qualidade e Departamento de Pessoal.
Agilidade e grão protegido Ao apresentar área, o superintendente de Operações, Laídes Porto Alegre, atualizou informações quanto à capacidade de armazenagem da cooperativa, hoje em 889.080 mil toneladas, e deu ênfase para o trabalho de qualidade que a Cotrijal vem realizando na parte de recebimento, padronização, armazenagem e expedição de grãos. Segundo Laídes, o operacional está sempre de olho em inovações que possam melhorar processos. Um exemplo disso é o sistema de secagem indireta, implantado recentemente na cooperativa, para eliminar contaminantes gerados pela lenha. Ele falou também do esforço da área na busca de alternativas para estocar nos silos e armazéns a produção de soja que chega do campo. “O baixo preço, na safra passada, fez muito produtor segurar o grão na cooperativa. Mais uma prova da segurança e do empenho da Cotrijal para que o associado comercialize o seu produto no momento mais favorável de mercado”, enfatizou. O superintendente citou ainda as ações envolvendo alinhamento de logística, com rotas planejadas para a indústria e os portos para otimizar demanda e reduzir custos com
Laídes Porto Alegre, do Operações
frete. Nesta safra, para agilizar ainda mais operações, a Cotrijal passou a atuar com ponto de apoio no Porto de Rio Grande. Ao concluir, expôs o trabalho que está sendo realizado na cooperativa, de certificação das unidades, para dar mais segurança nos processos relacionados à armazenagem de grãos.
08|Maio / 2018
Uma safra de muitos desafios Os desafios enfrentados pelos produtores nesta safra de soja não foram poucos. Excesso de chuva no período inicial, estiagem na metade e no final da safra, ataque de pragas e doenças, além da dificuldade de controle de plantas daninhas. Mas os problemas não afetaram todos os produtores da Cotrijal. Muitos colheram safra recorde. E a expectativa para a média geral da cooperativa é de bom resultado.
Carazinho
Coqueiros do Sul-Igrejinha
Com média de 83 sacas/ha, o produtor Celso Pinzon está muito satisfeito. Colheu, nos 45 hectares cultivados em São Bento, Carazinho, 10% a mais do que na safra anterior (média 2016/17 foi 75,2 sacas/ha). “Sigo à risca a orientação do Departamento Técnico, pois confio no trabalho. Tem dado muito certo”, comemora. Um dos motivos do bom resultado nesta safra foi ele ter plantado cedo suas áreas e também usado em parte da lavoura variedades precoces, conseguindo escapar da falta de chuva no final do ciclo. Outro ponto importante foi a correção do solo feita no ano anterior, utilizando o serviço de agricultura de precisão. “Já tinha feito há quatro anos, mas achamos bom repetir”, explica.
“Nunca tinha colhido tão bem”. A frase é do produtor e associado da Cotrijal Cláudio Vicente Diedrich . Em 52 hectares, localizados em Igrejinha (Coqueiros do Sul), ele fechou a colheita da soja com média de 68 sacas/ha, superando anos anteriores em sua propriedade. “Foi um ano excepcional, apenas no final tivemos medo da falta de chuva, mas a sorte estava do nosso lado e conseguimos fechar uma boa temporada”, afirma o produtor, que trabalhou com Sementes Cotrijal, caprichou nos manejos de controle de plantas daninhas, pragas e doenças.
“Não devemos alcançar a média do ano passado, de 70,6 sacas/hectare, mas diante das dificuldades enfrentadas, acreditamos que será uma boa safra”, avalia o superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, Gelson Melo de Lima. O Departamento Técnico da cooperativa atuou de forma incisiva na orientação do produtor, através de palestras e diretamente a campo, visando auxiliar na adoção das melhores estratégias de controle dos problemas. A assertividade nos manejos fez com que mesmo em casos severos, como os verificados em muitas áreas onde ocorreu o mofo branco, evitaram perdas mais significativas. O percevejo, por exemplo, graças ao trabalho feito através do Programa Monitora, teve controle efetivo nesta safra. “Orientação segura e certeira é o que buscamos oferecer ao nosso produtor”, ressalta Lima. “Agora, ao final da safra, vamos avaliar o que foi feito para traçarmos estratégias que nos possibilitem melhorar o resultado no próximo ano”.
ERECHIM
ESTAÇÃO
SERTÃO
ALMIRANTE TAMANDARÉ DO SUL
COQUEIROS DO SUL
COXILHA
PASSO FUNDO
CARAZINHO
STO. ANTÔNIO DO PLANALTO
SALDANHA MARINHO
ERNESTINA
NÃO-ME-TOQUE COLORADO
NICOLAU VERGUEIRO LAGOA DOS 3 CANTOS
Saldanha Marinho
VICTOR GRAEFF
TIO HUGO
Nos 319 hectares com soja da propriedade de I vo de Bona , o destaque foi para a falta de chuva e para os manejos para controle de pragas e doenças. Segundo produtor, o clima não deixou repetir os números da safra anterior, reduzindo a produção. “Nossa presença na lavoura foi constante. Seguimos todas as orientações e caprichamos no monitoramento das áreas. O resultado ficou dentro do esperado. Apesar da estiagem, acredito que colhemos bem”, comemora o produtor, que fechou com média de 77 sacas/ha.
Colorado-Vista Alegre “Por aqui chuva não faltou”, disse o produtor Ricardo Tomazoni , que cultiva soja no interior de Carazinho (São Bento) e também no interior de Colorado (Vista Alegre). “Nas primeiras áreas a média superou as 85 sacas/ha, o que mostrou um bom potencial produtivo na arrancada. Acredito que esse resultado positivo faz parte de todo um contexto, que vem desde da escolha da semente (100% Cotrijal), passa pela adubação das áreas, manejos preventivos de pragas e doenças. Tudo com o acompanhamento dos profissionais técnicos da cooperativa”, destaca o produtor. Ele fechou a safra com média de 78,6 sacas/ha em 70 hectares.
Colorado-Vista Alegre
Excelente. Foi assim que Lauro Júnior Bertoldi , de Vista Alegre (Colorado), classificou a safra de soja 2017/18. Com cinco tratamentos para o controle de pragas e doenças, o produtor repetiu o resultado da safra anterior e fechou com média de 81 sacas/ha. “Foi um trabalho em conjunto com o Departamento Técnico da Cotrijal, com ações preventivas e bons resultados de manejo. Apenas no final tivemos uma incidência de lagarta falsa medideira”, destaca o produtor. Ele cultiva 120 hectares com soja.
Tio Hugo-São José da Glória Com lavouras divididas entre São José da Glória (Victor Graeff) e Palmeira das Missões, C lair Marcílio Luersen revelou que os 20 dias sem chuva no período que antecedeu a colheita foram decisivos. “Tivemos uma safra menor. A diferença foi de duas sacas em comparação com o ano passado, mas o resultado de 77,2 sacas/ha nos deixou satisfeitos. Esse é um trabalho que vem de tempos. Junto com a Cotrijal construímos uma parceria que vem nos apresentando resultados positivos”, comemorou o agricultor, que contou com a presença do seu pai, Mário Luersen, nos trabalhos de colheita.
Maio / 2018|09 DETEC/DIEGO GIACOMINI
Sananduva-Três Pinheiros
Sertão
De olho no preço, o produtor J úlio César Fracasso , de Três Pinheiros, interior de Sananduva, explica que com a redução da produtividade em suas áreas, o alento é fazer uma boa comercialização. “Felizmente o preço está mais alto em comparação à safra anterior”, avalia. Com 200 hectares de soja, o associado acredita que a queda aconteceu principalmente pela falta de chuva entre os meses de fevereiro e março, quando sua lavoura ficou mais de 20 dias sem uma gota de água. “Priorizamos os manejos, monitoramento constante das áreas e ainda investimos em novas cultivares de soja e adubação. Fizemos a nossa parte e avalio de forma positiva a nossa produção”, destaca o produtor, que encerrou a colheita com uma média de 65 sacas/ha.
Umidade na floração e a presença do mofo branco foram os grandes desafios da safra na opinião de Gilmar José Cecconello . O associado da Cotrijal de Sertão fechou sua produção, nos 250 hectares plantados, em 74 sacas/ha, 14% menos do que foi colhido em 2016/17. Também contribuiu para a redução a estiagem de quase 15 dias entre fevereiro e março. “Levando em consideração a previsão inicial, a avaliação foi positiva. As projeções eram bem menores e conseguimos manter uma boa produção”, afirma Cecconello, que também destaca o trabalho do Departamento Técnico da Cotrijal e a parceria com a cooperativa.
DETEC/GILVANI CAGNINI
PINHAL DA SERRA CHARRUA
SANANDUVA
Esmeralda TAPEJARA
ESMERALDA IBIAÇÁ
VILA LÂNGARO
CAPÃO BONITO DO SUL
SANTA CECÍLIA DO SUL
LAGOA VERMELHA
ÁGUA SANTA CASEIROS MATO CASTELHANO
Na Fazenda Boa Vista, em Esmeralda, a produtividade média da soja, em área de 480 hectares, ficou em 65 sacas/ha. Um pouco acima da safra anterior que foi de 64 sacas/ha. Segundo o produtor Joel Guindani , 34 anos, o excesso de umidade, bem na floração dos grãos, favoreceu o surgimento do mofo branco e prejudicou aplicações na lavoura. Para evitar que o problema se repita na safra 2018/2019, Guindani já decidiu: vai optar por variedades mais precoces e aumentar espaçamento entre as plantas. Na região de Esmeralda, Pinhal da Serra e Muitos Capões, as perdas em produtividade variam de 15 a 20% em função do mofo branco e estiagem prolongada. DETEC/LEODÁRIO MONTEMEZZO JÚNIOR
CIRÍACO MUITOS CAPÕES
Muitos Capões
Não-Me-Toque
eandro Burgel de Souza está muito L satisfeito. Em 235 hectares, ele colheu a média de 79,3 sacas/ha - 4 sacas a mais do que a safra passada (2016/17). Com a produtividade maior e o preço do grão quase R$ 20,00 mais alto em relação a mesma época do ano passado, comemora o incremento de 32% na margem de lucro. “Com as orientações do Departamento Técnico da Cotrijal, seguimos com os investimentos em correção de solo, ajuste de cultivares e população de plantas, com o foco nos principais manejos para a manutenção do potencial produtivo das plantas”, destaca o produtor, que aumentou em 10% a adubação de suas áreas.
Caseiros Passo Fundo-Bela Vista O clima atípico desta safra também chamou a atenção do produtor F ábio B. Bevilaqua . Com propriedade em Passo Fundo, na localidade de Bela Vista, o produtor acompanhou de perto todos os manejos e entradas na lavoura desta safra e destaca que os desafios foram muitos, principalmente com a incidência de chuva logo após a semeadura e os períodos de seca entre fevereiro e março. “Chegamos a 73 sacas por hectare e acredito que conseguimos um bom resultado. Nosso objetivo é colher cada vez mais. Porém, as condições de clima nos determinaram essa diferença em relação a safra anterior”, destaca o produtor, que em 2016/17 colheu 77 sacas de soja por hectare.
Com 100% da área cultivada com Sementes Cotrijal, C leomar Luchese apresentou bons resultados em seus 500 hectares com soja. Com lavouras em Ibiraiaras, Lagoa Vermelha e Muitos Capões, o associado da Cotrijal avalia de forma positiva os trabalhos deste ano, porém pontua alguns desafios. “O nosso grande problema foi o mofo branco, que esteve presente em 60% da área. Nos demais manejos de controle de pragas e doenças o resultado foi satisfatório, mas colhemos menos que a safra anterior”, destaca, informando que a média foi de 64 sacas/ha, duas sacas a menos que no ano passado. “O trabalho em parceria com o Departamento Técnico da Cotrijal fez toda a diferença”.
Tudo indica que a safra 2017/2018 vai render bons frutos para o produtor I gor da Luz , 33 anos, de Muitos Capões. Mesmo tendo dificuldades para controlar o mofo branco, em parte da área, ele e o pai Zilmar devem fechar média superior ao ano passado nos 1,4 mil hectares com o grão, sendo 1,2 mil hectares em Muitos Capões e o restante em Sananduva. No ciclo anterior, foram 68 sacas/ha. Este ano, para controlar a doença, eles investiram em novas cultivares e fizeram aplicações certeiras. “Sem a assistência da Cotrijal, a gente estaria colhendo menos”, reconhece. No próximo ciclo, a intenção é investir em variedades mais precoces para elevar ainda mais produtividade.
10|Maio / 2018
Ladrões de produtividade Plantas invasoras, doenças e insetos já conhecidos dos produtores, como o cascudinho, geraram dor de cabeça nesta safra, exigindo controle eficiente, durante todo o ciclo da cultura. Nas áreas mais ao norte da região de atuação da Cotrijal, o mofo branco foi um dos maiores vilões. Em algumas lavouras reduziu a produtividade em até 80%. É um dos problemas que deve receber total atenção no próximo ano. O Departamento Técnico da Cotrijal alerta também para o risco de maior problema futuro com capim rabo-de-burro e capim amargoso, invasoras de difícil controle e que podem levar a perdas de até 80%. Confira os principais problemas verificados nesta safra e as soluções orientadas pelo Departamento Técnico.
P L A N TA S I N VA S O R A S
PRA
BUVA
LAGARTA FALSA MEDIDEIRA
)) Teve alta ocorrência, do plantio à colheita, principalmente pela negligência em alguns manejos, como a falta de rotação de culturas, baixa adição de palhada, ausência de manejo de inverno e baixo uso de herbicidas pré-emergentes. )) Pode levar a perdas de até 80%.
)) Ocorreu um surto no período reprodutivo das cultivares de s
CAPIM RABO-DE-BURRO
LAGARTA SPODOPTERA
)) Infestação vem aumentando na região de ação da Cotrijal, principalmente em áreas sem correção do pH do solo. )) Planta que era comum em beiras de estrada e áreas abandonadas, mas que está adentrando para a lavoura. )) Mais difícil de controlar do que a buva, porque é mais tolerante a herbicidas. )) Exige o dobro da dose de herbicida, além de aplicações sequenciais. )) Pode levar a perdas de até 80%.
)) Ocorreu um surto no final do período vegetativo e início do rep nas cultivares Intacta.
PERCEVEJOS
)) Praga preocupante, que passam desperc )) Graças ao trabalho c Programa Monitora, de percevejos foi ba )) No entanto, em área sendo grande proble
CAPIM AMARGOSO )) De ocorrência recente na região, já encontrada em algumas beiras de estradas e lavouras. )) Assim como o capim rabo-de-burro, é mais difícil de controlar do que a buva, porque é mais tolerante a herbicidas. )) Exige o dobro da dose de herbicida, além de aplicações sequenciais. )) Pode levar a perdas de até 80%.
CARRAPICHÃO )) Ocorre principalmente nas regiões mais ao norte da área de atuação da Cotrijal. )) Pode levar a perdas de até 80%. )) A presença de sementes dessa invasora junto as cargas de soja pode levar a problemas na comercialização do grão, devido a mesma ser prejudicial na industrialização, contaminando o óleo com toxinas. olução: S 1 º- Fazer a rotação de culturas, principalmente com milho.
2º- Adicionar grande quantidade de palha nas lavouras. 3º- Fazer um bom manejo de inverno. 4º- Realizar a limpeza de beiras de estrada e lavoura. 5º- Utilizar herbicidas pré e pós-emergentes adequados e rotacionar os princípios ativos.
SOLUÇÃO : manejo inte ALERTA : o s produtores para que não ocasionem d a próxima safra de verão.
TAMANDUÁ-DA-SOJA
)) Vem aumentando ocorrência na área de atuação da Cotrijal, co nesta safra, devido ao surgimento de vários fluxos durante o )) Em algumas áreas foram necessárias até nove aplicações de i
SOLUÇÃO : rotação da soja com milho. O milho quebra o ci Sem o milho, a área afetada com a praga nesta safra certamen na safra seguinte.
Maio / 2018|11
Escala fenológica da soja VE - Emergência VC - Cotilédone V2 - Segundo nó V4 - Quarto nó VN - Enésimo nó R1 - Início do florescimento R2 - Florescimento pleno R3 - Início da formação do legume R4 - Legume completamente desenvolvido R5 - Enchimento de grão R6 - Grão cheio ou completo R7 - Início da maturação R8 - Maturação plena
FOTOS: ALEXANDRE DONEDA E ALEXANDRE NOWICKI
GAS
soja RR.
produtivo, principalmente
com danos muitas vezes cebidos, podendo levar a perdas de até 12 sacas de soja/hectare. conjunto da assistência técnica com os produtores, através do , nas áreas em que foi adotado o manejo proposto a ocorrência aixa. as onde não foi adotado o manejo adequado, a praga continua ema.
DOENÇAS FUNGOS DE SOLO )) No momento da semeadura da soja, as condições ambientais foram favoráveis à ocorrência de fungos, principalmente devido ao excesso de umidade e a temperatura amena. )) O problema ocorreu em todo o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, ocasionando a morte de plantas e, em muitos casos, exigindo o replantio. )) Áreas com falta de rotação de culturas, principalmente com milho, também tiveram mais problemas. )) O excesso de profundidade de semeadura, acima de cinco centímetros, também contribuiu para que o problema se agravasse. )) Problema, com condições de ambiente favoráveis aos fungos, tende a ir se agravando em áreas de falta de rotação. SOLUÇÃO : a principal é a rotação da soja com milho, mas é importante
também evitar a semeadura em períodos de alta umidade e o excesso de profundidade de semeadura.
FERRUGEM )) A doença apareceu mais cedo nesta safra. Em novembro, já havia focos na região de atuação da Cotrijal, permanecendo latente na planta e se manifestando com maior intensidade no final de fevereiro. )) Os produtores que iniciaram o manejo da doença no período vegetativo e deram sequência às aplicações conforme recomendado pelo Departamento Técnico conseguiram reduzir a severidade da doença e garantir maior produtividade. )) Em média, cada produtor fez quatro aplicações. Os produtores que fizeram de cinco a seis aplicações, começando no período vegetativo, de maneira preventiva, tiveram incremento significativo de produtividade.
egrado durante todo o ano devem monitorar a praga também nas culturas de inverno, danos nessas culturas e a população se mantenha baixa para
om dificuldade de controle ciclo da soja. inseticida.
iclo da praga. nte vai ter problemas
MOFO BRANCO )) Doença extremamente agressiva, que causou perdas de até 80% em alguns locais. )) Ocorreu em maior intensidade nas regiões de maior altitude e temperatura mais amena, como Lagoa Vermelha, Esmeralda, Pinhal da Serra, Muitos Capões. )) No entanto, foram encontrados alguns focos em regiões de altitude menor e temperatura mais alta. SOLUÇÃO : envolve manejo, iniciando pela rotação de culturas, com milho, aumento na adição de palhada nas lavouras, utilização de semente certificada, espaçamento e densidade adequado de plantas, limpeza de maquinários ao sair de áreas com infestação antes de entrar em outras, além do manejo químico preventivo e curativo caso necessário.
12|Maio / 2018
Consenso: milho faz falta! A maioria dos problemas fitossanitários verificados na última safra poderiam ter sido amenizados – e alguns até eliminados – se o produtor tivesse plantado milho em pelo menos um terço da área. A afirmação é consenso entre os profissionais do Departamento Técnico da Cotrijal e também da pesquisa. A avaliação é de que a redução das áreas de milho está gerando, ano após ano, impacto econômico direto em muitas propriedades, porque demanda o aumento da necessidade do uso de químicos. Na última safra, em função do clima, pela ocorrência de fungos de solo, implicou inclusive na necessidade de replantio da soja em algumas áreas. “Não temos dúvida de que o milho faz falta no sistema de rotação. O produtor precisa rever seu planejamento para evitar dificuldades ainda maiores nos próximos anos”, alerta o superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, Gelson Melo de Lima. Além de auxiliar no manejo fitossanitário, quebrando o ciclo de doenças, pragas e plantas daninhas, o milho é a cultura mais importante em termos de adição de palhada ao solo. Sozinho, fornece pelo menos 12 toneladas de palha por hectare, atendendo praticamente toda a demanda do solo. “Os problemas de erosão enfrentados no Rio Grande do Sul devem-se a baixa adição de palhada e ausência de plantas na lavoura em períodos de entressafra”, aponta Lima.
Problemas com erosão têm crescido principalmente pela falta de rotação de culturas e adição de palhada ao solo
Plantas de coberturas: reforço para o sistema Uma alternativa oferecida pela Cotrijal a partir desta safra aos seus produtores, o mix de plantas de cobertura teve boa aceitação na área de abrangência da cooperativa. Neuri Rui Schneider, de Tapera, é um dos produtores que viu vantagem no mix e tão logo encerrou a colheita já iniciou o plantio das plantas de cobertura. “O objetivo é não deixar as áreas em pousio e consequentemente investir na formação de palhada, devolver nutrientes para a terra e cuidar melhor do solo”, explica. Em sua propriedade, são 70 hectares destinados para as plantas de coberturas. A primeira área, semeada em fevereiro após a colheita do milho, já apresenta bom volume de plantas. “Vamos preparar o solo para receber trigo, milho e soja. Com essa opção trazida pelos profissionais técnicos da Cotrijal acredito que vamos dar um passo importante no quesito manejo de plantas invasoras, pragas e até doenças”, destaca o produtor.
Área com mix de plantas de coberturas semeadas após a colheita do milho
Produtividade da safra de verão
Agrocad: nova ferramenta para auxiliar o produtor
Uma tese defendida pelo Departamento Técnico da Cotrijal acaba de ganhar reforço. A realização de todas as operações em nível, desde a semeadura até a colheita, é uma das estratégias consideradas importantes para diminuir os problemas de erosão, devido a compactação provocada pelos maquinários. Para auxiliar os produtores no planejamento de linhas de semeadura em nível, a cooperativa adquiriu um software, o Agrocad. A tecnologia permite tirar um modelo digital do terreno, com elevação e declividade, e a partir dessa informação consegue fazer o planejamento de
linhas de semeadura em nível. Permite também fazer a simulação da capacidade de infiltração de água pelo solo. “É uma ferramenta de apoio ao manejo e a conservação do solo”, esclarece Leonardo Kerber, coordenador do Programa Ciclus e que está responsável por implementar o uso da nova tecnologia. Os produtores que têm interesse em usar o novo serviço prestado pela cooperativa podem buscar mais informações junto ao seu assistente técnico. A única restrição é que no caso do modelo digital do terreno a ferramenta só funciona em equipamentos com piloto automático.
))100 HECTARES COM SOJA Produção safra 2017/18 – 70 sacas/ha Produção safra 2016/17 – 80 sacas/ha ))20 HECTARES COM MILHO Produção safra 2017/18 – 195 sacos/ha Produção safra 2016/17 – 123 sacos/ha
Semeadura pós-colheita da soja
Integração lavoura-pecuária Um alerta para as propriedades que trabalham com integração lavoura-pecuária, seja leite ou corte, é o cuidado com
a resteva da pastagem. O ideal é retirar os animais do piquete quando a pastagem estiver ainda com mais de 25 cm, para evitar a
compactação do solo. E também é importante deixar uma boa palhada para cobertura após a saída dos animais.
Software permite traçar com precisão as linhas de semeadura
Maio / 2018|13
RALLY DA SAFRA
Relação de troca é a melhor dos últimos quatro anos, afirma consultor Apesar do preço dos insumos ter aumentado, a relação de troca com grãos é a melhor dos últimos quatro anos. A constatação é do sócio e diretor da Agroconsult, André Pessôa, durante evento técnico do Rally da Safra 2018 no dia 26 de abril, no Parque da Expodireto Cotrijal, em NãoMe-Toque. O debate reuniu produtores e profissionais ligados ao agronegócio, de vários pontos da região de atuação da cooperativa. Pessôa fez um balanço dos números levantados pela equipe do Rally da Safra e também traçou um cenário para o mercado de soja e milho para os próximos meses. Informou que o bom preço atual da soja deve-se a quebra da safra argentina, a guerra comercial entre Estados Unidos e China e, principalmente, ao aumento da taxa de câmbio brasileira. “É um momento de boa rentabilidade para o produtor brasileiro, que deve aproveitar para vender parte da produção e até comprar os insumos, que podem ter preço maior daqui para frente, especialmente os fertilizantes”, orientou. O consultor não descartou a possibilidade de aumento no preço atual da soja, recomendando que o produtor fique atento ao mercado, principalmente à taxa de câmbio, para aproveitar os momentos de alta. “O cenário político brasileiro está muito instável e até se definir
André Pessôa destacou que momento é de aproveitar as boas oportunidades de comercialização
a eleição presidencial deve influenciar o mercado, mas lembrando que é importante o produtor traçar estratégia de fazer uma boa média de venda, porque conseguir o melhor preço sempre é impossível”, ponderou. Ele também pontuou que a expectativa é de bons preços para o milho no Brasil, em função do estoque mais baixo, da tendência de menor produtividade na safrinha e da exportação favorável. “Nossa estimativa é de preço do milho próximo a US$ 4 o bushel e da soja em US$ 10 o bushel no mercado internacional na próxima safra”, disse.
Números da safra
Sobre a safra de soja, a Agroconsult, organizadora do Rally da Safra, estima que deve chegar a 118,9 milhões de toneladas – contra 114,6 milhões de toneladas na safra
passada – com produtividade média de 56,5 sacas por hectare (56,3 sacas por hectare em 2016/17). A área plantada cresceu para 35,1 milhões de hectares (ante 33,9 milhões de hectares em 2016/17), conforme as estimativas do Rally da Safra 2018. “Apesar das dificuldades climáticas em muitas regiões, houve crescimento significativo, graças às tecnologias que o produtor vêm adotando”, afirmou André Pessôa. Segundo ele, somente 15% a 20% dos produtores de soja do país têm alcançando médias superiores a 70 sacas/hectare, porque entenderam quais são os fatores críticos e que nível de eficiência precisam ter em cada fator. “Na Cotrijal, a maior parte dos produtores já está nesse grupo e isso elogiável deve ser aproveitado, porque é fruto da parceria que vocês têm com a cooperativa”, destacou.
O Rally O Rally da Safra é o maior levantamento da safra de grãos do país. Nesta 15ª edição do Rally, 12 equipes estarão em campo, das quais nove avaliaram as lavouras de soja até o mês de março e as demais iniciam os trabalhos nas lavouras de safrinha em maio. O levantamento acontecerá em 500 municípios nos 13 principais estados produtores que correspondem a 95% da área de soja e 72% da área de milho: Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins. Serão percorridos aproximadamente 100 mil quilômetros. O evento de apresentação dos números do Rally da Safra em Não-
-Me-Toque foi o sétimo e último deste ano em relação a safra de soja. O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, agradeceu a oportunidade de a cooperativa sediar o encontro. “São 15 edições de Rally da Safra e em todas recebemos este evento de avaliação que muito contribui para o entendimento de como foi a safra em todo o país e nos dá um cenário para a próxima safra, tanto em termos de produção quanto de mercado, o que facilita a tomada de decisão pelo produtor”, afirmou. O trabalho das equipes e o roteiro completo da expedição podem ser acompanhados pelo site www.rallydasafra.com.br, com informações atualizadas diariamente no www.twitter.com/ RallydaSafra e www.facebook. com.br/RallydaSafra.
Oportunidade bem aproveitada
Fernando Dal Moro: bons resultados são fruto da parceria com a Cotrijal
O associado Gilson Gaiatto elogiou o evento por ampliar a visão de como funciona o mercado e dar um direcionamento sobre as tendências para os próximos meses. Ele planta 250 hectares, junto com os pais e um irmão, na divisa entre os municípios de Ipiranga do Sul e Estação e está satisfeito com o atendimento da Cotrijal. “Para nós, um dos grandes diferenciais é o trabalho sério na venda de insumos, com produtos de marcas variadas e com garantia de qualidade, 100% confiáveis”, afirmou.
Para Leonardo Dal Moro, que junto com o pai planta 30 hectares em São Sebastião da Vista Alegre, Marau, as oportunidades de aprendizado oferecidas pela Cotrijal têm feito grande diferença na gestão da propriedade. “A cada safra temos evoluído em produtividade, graças ao atendimento personalizado do início ao fim da colheita, e esse tipo de evento também nos ajuda a entender o mercado e construir uma boa margem de lucro”, apontou. “Para comercializar bem, precisamos ter exata noção do custo e isso tenho aprendido com a cooperativa”.
Gilson Gaiatto: evento amplia visão sobre mercado
14|Maio / 2018
Encontro técnico discute fertilidade do solo Na área da Cotrijal, o trabalho dentro e fora do campo não para. Entra e sai safra e o pensamento é um só: alcançar a melhor produtividade. Mesmo em plena colheita da soja, o 2º Encontro Técnico - Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas, no dia 10 de abril, em Passo Fundo, atraiu produtores e profissionais da área de Produção Vegetal. O evento focou em três aspectos da fertilidade do solo (química, física e biologia), além de questões relacionadas à nutrição de plantas de lavoura e recomendações de adubação e correção do solo. O coordenador técnico de Difusão da Cotrijal, Alexandre Doneda, um dos palestrantes, reforçou a importância da calagem eficiente para altas produtividades em Sistema Plantio Direto e da rotação com culturas como o
milho. “Quem segue recomendações tem alcançado ganhos significativos em produtividade. As plantas sofrem menos em caso de estresse hídrico”, ressaltou. A cooperativa é pioneira na amostragem georreferenciada de perfil de solo de 20 cm a 40 cm e correção com gesso agrícola. A intenção, conforme Doneda, é trabalhar, a partir desse ano, com amostragem estratificada (por camadas) na aplicação de gesso agrícola. Também participaram do evento o gerente de Produção Vegetal, Juliano Recalcatti; o coordenador técnico de Validação, Fernando Geraldo Martins; e o coordenador técnico de Difusão da Cotrijal, Alexandre Nowicki. A promoção foi da Revista Plantio Direto com o apoio da cooperativa.
LEITE
Pastagem de alto rendimento é tema de treinamento Identificar e entender os gargalos da produção leiteira na região, para agir de maneira eficaz na utilização e produção de pasto na alimentação do rebanho. Foi com essa premissa que o corpo técnico de médicos veterinários da Cotrijal iniciou no dia 28 de março um treinamento sobre o tema. A ação é coordenada pelo pesquisador e consultor da Transpondo, Wagner Berkow, Ph.D. em Manejo de Sistemas Pastoris pela Massey University (Nova Zelândia). “O trabalho é direcionado no auxílio dos técnicos na elaboração de projetos para elevar o consumo de matéria seca, de alto valor energético e proteico, e refletir isso em mais leite e renda para os produtores”, destacou o pesquisador, que acredita que um rebanho, com essa dieta alimentar (pasto e ração), possa chegar a uma produção de até 34 litros/dia. “Hoje temos várias opções de cultivares no mercado, porém o produtor deve saber converter esses resultados em leite e esse é o nosso desafio”, completou.
A palestra de Alexandre Doneda teve como foco a calagem eficiente para altas produtividades
Cotrijal e Sicredi reafirmam parceria no ‘A União Faz a Vida’
Parceria na realização do programa já completou 20 anos
O primeiro dia de treinamento também contou com a participação do superintendente de Produção Agropecuária, Gelson Melo de Lima; do gerente de Produção Animal, Renne Granato, e do coordenador da área, Alan Issa Rahman. AIS ETAPAS - O grupo M ainda realizará mais duas etapas
Treinamento reúne o corpo técnico de médicos veterinários da Cotrijal
deste treinamento, com a levantamento de informações e definição de ações para a implementação de melhorias na produção e utilização do pasto na área de ação da cooperativa. “Entendemos as necessidades do nosso produtor e por isso vamos buscar informações e as melhores soluções para mantê-lo competitivo na atividade”, destacou Renne Granato.
No dia 29 de março, estiveram reunidos na sede da Cotrijal em Não-Me-Toque representantes da direção da Cotrijal e da Sicredi Alto Jacuí para tratar do Programa A União Faz a Vida – realizado há 20 anos através de uma parceria entre as cooperativas e Secretarias de Educação dos municípios de abrangência. Participaram da reunião, o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica; o vice-presidente, Enio Schroeder; o superintendente Administrativo-Financeiro da Cotrijal, Marcelo Ivan Schwalbert; e a gerente de Desenvolvimento Cooperativista, Leila Mertins. Representando a cooperativa de crédito, estiveram o presidente da Sicredi Alto Jacuí, José Celeste De Negri; o vice-presidente, Gervásio Jorge Diel; o diretor executivo, Nélio Heller; e a assessora de Relacionamento, Ane Müller De La Canal. A reunião foi marcada pela prestação de contas das atividades do ano de 2017 e planejamento para o fortalecimento das atividades de 2018. “No
ano passado tivemos grandes avanços dentro do Programa: expandimos a atuação para o município de Almirante Tamandaré do Sul, fundamos uma cooperativa escolar em Não-Me-Toque e reestruturamos outra cooperativa escolar em Victor Graeff, além de realizar o apoio cultural com corais, bandas municipais e orquestra”, mencionou Ane, apontando que houve um crescimento de 100% no número de projetos, aumentando de 41 em 2016 para 82 em 2017. “Sinal de consolidação da metodologia que o Programa adota”, avaliou. Com o sinal verde para reafirmar o convênio, Enio Schroeder destacou a importância do programa A União Faz a Vida para o desenvolvimento das comunidades e do espírito de cooperação entre as novas gerações. “Já colhemos muitos frutos nestes 20 anos, com educação cooperativista para todos. Vamos continuar transformando a vida das pessoas que passam pelo Programa”, concluiu o vice-presidente da Cotrijal.
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16|Maio / 2018
COTRIJAL LIGADA EM VOCÊ
Segundo sorteio da campanha contempla clientes de sete cidades O segundo sorteio da campanha Cotrijal Ligada em Você, realizado na manhã de 28 de abril, em frente ao Supermercado Sede, em Não-Me-Toque, contemplou clientes de sete cidades. Foram sorteados dez televisores de 43 polegadas. A quantidade de cautelas já preenchidas pelos clientes da rede de Supermercados, Lojas e do Atacado Cotrijal impressionou o grande público que acompanhou o sorteio. Mais de 400 mil cautelas concorreram já neste segundo sorteio. Quem ainda não foi contemplado tem mais dez chances. Até o final do ano serão sorteados mais 80 televisores, dez por mês. “Para este segundo sorteio já percebemos um maior envolvimento. O maior número de cupons e a busca pela campanha nos mostra que estamos no caminho certo”, destacou o superintendente de Varejo da Cotrijal, Valcir Zanchett. O sorteio foi acompanhado também pelos gerentes de Lojas, Jair Heller, e de Supermercados, Ana Cristina Bocasanta, além dos conselheiros de Administração Roveni Lúcia Doneda e Odair Sandro Nienow.
Mais dez televisores foram sorteados no dia 28 de abril
Próximos sorteios
3º sorteio - 26 de maio 4º sorteio - 30 de junho 5º sorteio - 28 de julho 6º sorteio - 25 de agosto 7º sorteio - 29 de setembro 8º sorteio - 27 de outubro 9º sorteio - 24 de novembro 10º sorteio – 29 de dezembro
Os ganhadores Ademir Barzotto - Colorado Antônio A. Wendling - Selbach Cristina Utzig - Não-Me-Toque Dirce Maria Eckert - Coqueiros do Sul Jair Follmer - Victor Graeff Juarez Bandera - Saldanha Marinho Laura Vitória Graff - Não-Me-Toque Marizane Sanaella - Não-Me-Toque Tiago Ronaldi Giongo - Colorado Vagner Mello - Santo Antônio do Planalto
Como participar Para ter a chance de ganhar, basta fazer compras na rede de Lojas e Supermercados ou no Atacado Cotrijal. A cada R$ 50,00 o cliente recebe uma cautela. Para ração ensacada e a granel, cada R$ 200,00 valem uma cautela. Além de preencher corretamente a cautela com seus dados pessoais, o cliente deve responder a uma pergunta: Qual a melhor cooperativa para realizar suas compras e que ainda lhe permite ganhar prêmios?. Depois, é só depositar a cautela em uma das urnas das Unidades Cotrijal.
Os primeiros contemplados
Os contemplados de março já receberam seus prêmios
No dia 3 de abril foi feita a entrega simbólica das TVs para os ganhadores do primeiro sorteio da campanha Cotrijal Ligada em Você, realizado em 31 de março. Para o produtor José Carlos Fath, de São José da Glória, Victor Graeff, o presente veio em boa hora. Ele conta que no final de fevereiro chegou a pesquisar preços de TVs, mas resolveu esperar mais um pouco por acreditar que seria um dos ganhadores. Deu certo. Fath é cliente assíduo das lojas e supermercados das unidades de Tio Hugo, Santo Antônio e Victor Graeff. “Estou
muito feliz. Que eu lembre até hoje só tinha ganhado uma lata de tinta em rifa de festa de comunidade. Essa vai para a cozinha”, festejou. Confiante, aproveitou a vinda a Não-Me-Toque para depositar mais cautelas na urna. Quem também já está de TV nova em casa é o líder mirim da Cotrijal Thiago Krüger, 13 anos, de Victor Graeff. O rancho do mês da família é só nos supermercados da Cotrijal. “Bem legal. A minha era antiga, de tubo”, disse o adolescente que sonha no futuro ser agrônomo.
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18|Maio / 2018
Cotrijal presente na Expotamandaré As potencialidades do município de Almirante Tamandaré do Sul estiveram em evidência de 13 a 15 de abril, com a realização da Expotamandaré, 5ª Mostra da Terneira e 10º Gaitaço. As ações contaram com a participação de entidades e empresas do município e região, com lançamentos na área de implementos agrícolas, veículos, vestuário e gastronomia. Com estande, na área central da feira, a Cotrijal recepcionou associados, produtores e a comunidade em geral. Na abertura, teve
churrasco e apresentações musicais. A atividade foi prestigiada pela direção da cooperativa, representantes do Conselho de Administração, Líderes de Núcleo, associados e convidados. O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, considera esse contato com associados e produtores importante para medir o grau de satisfação, firmar novas parcerias e saber sobre o andamento das lavouras. Para o vice-presidente, Enio Schroeder, as feiras municipais reforçam as potencialidades e motivam investimentos.
6532 - AN Meia Pagina_Quality Total AgroBrasil_25,5x17,5.pdf 1 07/05/2018 14:33:18
Cooperativa marcou presença na tradicional feira
Cotrijal sedia simpósio de pós-colheita
Avanços em tecnologias e ações integradas têm contribuído para a qualidade e segurança na armazenagem de grãos. Para possibilitar maior reflexão e debates sobre esses avanços e também apresentar as novidades no setor, de 25 a 27 de junho, a Cotrijal realiza o VIII Simpósio Sul de Pós-Colheita de Grãos, no Parque da Expodireto Cotrijal. A programação prevê painéis e palestras focadas no tema “Inovação, Qualidade e Segurança na Pós-Colheita de Grãos”. Além de assuntos como secagem de grãos, legislação, armazenagem e qualidade de grãos e inovações no pós-colheita, o simpósio vai debater mercado, técnicas operacionais de recebimento e expedição de grãos e a qualidade do trabalho realizado nas unidades armazenadoras. A promoção é da Associação Brasileira de Pós-Colheita (Abrapos).
EXPOSIÇÃO – O evento vai reunir ainda expositores das indústrias de máquinas, equipamentos, produtos e serviços, demonstrando as inovações tecnológicas para o setor de pós-colheita.
A COTRIJAL – A Cotrijal também participa do simpósio apresentando a forma como gerencia os processos de armazenagem. Através de software desenvolvido exclusivamente para a cooperativa, é possível ter o controle de todo o processo, desde o recebimento até a expedição. A palestra será no dia 27 de junho, dentro do painel “Inovações na pós-colheita de grãos em unidades armazenadoras, das 8h às 10 h. INSCRIÇÕES – As inscrições devem ser feitas no site eventos.abrapos.org.br/ spgrs2018/, até o dia 20 de junho. Após esta data, no local do evento. O valor para sócios da Abrapos e estudantes é R$ 50,00. Não-sócios pagam R$ 100,00.
Maio / 2018|19
FÁBRICA DE RAÇÕES
Equipe gabaritada e em dia com a legislação A qualidade é questão prioritária na Fábrica de Rações da Cotrijal. De 9 a 13 de abril, sob a coordenação da Certifee Consultoria, foi formada a equipe de auditores internos de boas práticas de fabricação, com capacitação relacionada a Instrução Normativa 4, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os 10 auditores receberam informações sobre os requisitos fiscalizados pelo Mapa, como aspectos
relacionados a segurança do produto, qualidade da matéria-prima, controle de processos, rastreabilidade, recolhimento, dentre outros essenciais para a segurança de toda a cadeia produtiva. Já o treinamento de reciclagem envolveu 30 colaboradores da área operacional e teve como foco as boas práticas de fabricação. A IN 4 rege as fábricas de ração no Brasil. A inspeção e capacitação foi acompanhada pelo gerente da Fábrica de Rações, Marlon Petry.
Parte dos colaboradores que participaram do treinamento de reciclagem
Odontologia
A festa da família Luersen O 9º Encontro da Família Luersen, dia 21 de abril, reuniu mais de 200 pessoas, no Parque da Expodireto, em Não-Me-Toque. A confraternização envolveu descendentes de 19 cidades dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e de São Paulo. Teutônia foi a cidade com a maior delegação, em torno de 25 pessoas. Na Encontro atraiu descendentes de quatro estados do Brasil programação, além de culto, almoço farto, homenagens e show com a organização. da família, também agradou os convide talentos. “É sempre muito animado. O repertório do Coral 20 de Ou- dados. Os descendentes dos Luersen Teve até cover do Elvis Presley”, conta tubro, de São José da Glória, Victor têm novo encontro dia 2 de maio de Márcia Luersen, empresária envolvida Graeff, que reúne vários descendentes 2020, em Pinhalzinho, Santa Catarina.
Eloisa Tomazoni formou-se em Odontologia, no dia 9 de fevereiro, pela Faculdade Especializada na Área de Saúde do Rio Grande do Sul. Ela é filha de Audir Tomazoni e Lucia de Souza Correia Tomazoni (in memorian). Familiares e amigos parabenizam a jovem pela colação de grau e desejam sucesso.
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20|Maio / 2018
FAMÍLIA FATH
Uma história de simplicidade com foco nos negócios Um homem de jeito simples, que prioriza a família e as coisas boas da vida. Assim é José Carlos Fath, 53 anos, associado da Cotrijal desde 1986, que vê no cooperativismo um sistema justo e que está sempre ao lado de quem trabalha com dedicação. Quem chega na propriedade dos Fath, em São José da Glória, Victor Graeff, já percebe que ali mora uma família caprichosa e com muita vontade de prosperar. José Carlos e a esposa Neiva Beatriz Sosmeier Fath, 49 anos, e os dois filhos gêmeos, Gabriel José e Ariel Vítor (10 anos), vivem e gostam da vida no interior, projetam boas safras e um futuro promissor. “A maior conquista foi a chegada de nossos filhos. Desde que os dois nasceram dedicamos nosso tempo ao trabalho, para que um dia eles assumam as rédeas da propriedade”, comenta José Carlos. Com uma história de muito amor e comprometimento, o casal sempre buscou trabalhar em conjunto, nas mais diversas atividades. E foi assim que eles cresceram. “Começamos com 6 hectares de terra que ganhei de casamento dos meus avôs”, conta José.
De 1987 a 2005, ele trabalhou em sociedade com o sogro, mas sempre visando ter sua própria lavoura. “Este período de sociedade foi muito importante. Aos poucos fomos comprando nossas coisas e aumentando nossas condições de caminharmos com as próprias pernas”, avalia o produtor. Em 1990, José Carlos conseguiu comprar seu primeiro trator e ano após ano foi qualificando o parque de máquinas, aumentou o tamanho de suas áreas próprias e consequentemente as obrigações na sociedade. A participação da esposa, segundo ele, foi fundamental em todos esses anos. “Sempre disposta a ajudar e participando de tudo que diz respeito à atividade. Hoje ela está mais ligada com a casa e com os nossos filhos, mas segue marcando presença nas horas decisivas, como plantio, colheita e no dia a dia do leite”, destaca José.
A vontade de prosperar na atividade é que motiva a família
ÁREA TOTAL COM SOJA 54 hectares
Os irmãos Gabriel José e Ariel Vítor, 10 anos, já demonstram interesse pelas lavouras
Safra 2017/18 72,6 sacas/ha Safra 2016/17
73,77 sacas/ha Safra 2015/16 74,54 sacas/ha
“Eu também me criei na lavoura” Dona de uma alegria cativante, Neiva Beatriz merece um destaque especial nesta história. Sempre sorridente e com muita vontade de vencer, já diminuiu o ritmo nas lavouras, mas está muito presente na formação dos filhos e nos cuidados da casa. “Aprendi assim e quero passar esse entusiasmo pela vida para os meus filhos”, afirma. Ela vê nos gêmeos, Gabriel e Ariel, a sua inspiração para viver. “Foi uma gravidez muito planejada e desejada. Esperamos dez anos para tê-los, foram várias tentativas e nunca desistimos, pois acreditamos na felicidade que seria ter essas crianças em nosso meio”, conta a agricultora. Neiva está por dentro de tudo que acontece na propriedade, gosta de manter a organização e cobra do marido. “Nosso sistema de trabalhar é muito simples. É um passo de cada vez e sempre com muitos estudos e avaliações”, destaca. Esperançosa em ver os filhos seguirem na atividade, Neiva já começou a colocá-los na rotina. “Depois que os estudos estão concluídos eles nos ajudam. Um fica aqui comigo em casa e o outro vai com o pai para a lavoura. No dia seguinte invertemos as tarefas”,
explica a mãe coruja, ao revelar que no final do mês eles ganham uma bonificação nas mesadas. Admiradora do trabalho da Cotrijal junto às mulheres associadas, Neiva Beatriz é assídua frequentadora do Encontro de Mulheres Cotrijal, da Expodireto, dos dias de campo e palestras realizadas pela cooperativa. “Sempre trazemos algo de positivo para casa. Uma mensagem, um incentivo, informações, tudo colabora para o nosso crescimento como pessoa e como agricultora”, observa.
Safra 2014/15
64,7 sacas/ha
Cotrijal: parceira para todas as horas A produção de grãos e de leite são os dois negócios principais da propriedade. São 63 hectares entre áreas próprias e arrendadas, com 54 hectares direcionados para a soja neste verão (safra 2017/18). Com a conclusão da colheita, o
O comprometimento entre o casal José Carlos e Neiva Beatriz é o que faz a família prosperar
sentimento de gratidão tomou conta, principalmente com a confirmação de um bom resultado. “Tivemos um ano de muito trabalho e entradas na lavoura. Controlamos bem pragas e doenças e fomos brindados com chuvas na medida e na hora certa”, destaca José, contando que a média fechou em 72,6 sacas de soja por hectare. “Não existe receita de bolo, cada ano é diferente do outro. Porém, contamos com o trabalho personalizado da assistência técnica da Cotrijal, que merece elogios. São profissionais capacitados, que estão sempre conosco na lavoura, buscando o melhor”. Uma das dificuldades nesta safra foi o ataque de fungos de solo, que causaram a morte de muitas plantas de soja. “Com o acompanhamento da Cotrijal fomos rápidos e o acerto no manejo está se confirmado com a produtividade elevada”, comemora o produtor, que atenderá a recomendação técnica e investirá em um mix
de plantas de cobertura no período pós-colheita da soja, para prevenir o aparecimento de fungos no solo, além de outras doenças e pragas.
Bem pertinho da cooperativa
José não abre mão das facilidades de ser associado da Cotrijal. “Além de ser uma cooperativa sólida, ela nos apresenta condições de trabalhar com um portfólio de produtos de qualidade. Também contamos com profissionais técnicos preparados, o que faz total diferença nos manejos da lavoura e com a produção leiteira”, destaca o produtor. Ele também comemora o fato de não precisar andar muito para a entrega e retirada de produtos na cooperativa. “Nossas áreas estão a pouco mais de 5 km da unidade mais próxima, isso é comodidade e nos traz agilidade na hora da colheita”, afirma.
Doces com personalidade
N
a casa da produtora e descendente de holandeses Elisabeth Petronella Maria Sanders, 68 anos, em Não-Me-Toque, cada cantinho respira personalidade, tradição, capricho, bom gosto.
Um equilíbrio e organização que mexe com o imaginário e olfato de quem frequenta o local. A viagem cultural começa pelo jardim Paraíso na Terra, que abriga uma variedade inigualável de plantas e flores trazidas de diversas partes do mundo e réplica de moinho de vento, passa pela mesa e se mantém viva em cada objeto de decoração e ambiente. Além das delicadas porcelanas azul e branco, enfeites em formato de tamanco decoram móveis. Em alguns dos cômodos, a impressão é que se está em um outro tempo. É impossível não se emocionar. Um ambiente agradável, inspirador e onde dá vontade de passar horas. Praticamente todos os tapetes e telas que enfeitam a casa foram feitos
por ela. Somente para aprontar tela da Santa Ceia foram mais de 200 horas de bordado. Um trabalho meticuloso e que impressiona pela perfeição. Criativa ao extremo e com dom para a culinária, Beth é conhecida também pelas receitas recheadas de sabores e aromas trazidos do outro lado do oceano e que enfeitam mesas em dias de festa. A torta Vlaai preparada por ela é de arrancar suspiros. A sobremesa é fácil de preparar e faz sucesso. A preferida, segundo ela, leva recheio de creme de baunilha. “Não podemos ter preguiça. Nunca tive medo de trabalhar. A vida fica mais leve e colorida”, fala, com entusiasmo. Os quitutes têm freguesia certa no Natal Étnico, na praça, no comércio e em demais eventos da cidade.
Beth Sanders, de Não-Me-Toque, com a famosa torta Vlaai, receita típica da Holanda. A da foto, leva creme de baunilha e ameixa vermelha
Diversidade - Ela produz ainda
compotas, purês e conservas com os mais variados tipos de frutas e legumes, a maioria da horta e pomar da família, além de temperos diversos. Por ano, são mais de 1,5 mil vidros. Todo o material é armazenado no Kelder, porão que ela batizou com o nome de Delícias da Terra. Beth não para. Quando não está envolvida com os quitutes e com o jardim, está às voltas com lavoura, em São José da Glória, Victor Graeff, que toca com um dos filhos. Apesar da vida corrida, ainda sobra tempo para pescar, outro hobby da produtora.
2•
Dizem que tem o sabor da alma holandesa Torta Vlaai Ingredientes 2 xícaras (chá) de farinha de trigo 1/2 xícara (chá) de açúcar 1 colher (chá) de essência de baunilha 6 colheres (sopa) de manteiga 1 ovo 2 colheres (chá) de fermento em pó 4 colheres (sopa) de leite 1 colher (chá) de fermento biológico seco
Cobertura 1/4 de xícara (chá) de manteiga 1/2 xícara (chá) de açúcar 1 xícara (chá) de farinha de trigo
Recheio 500ml de leite 3 ovos 1/2 xícara de açúcar 1 1/2 colher (sopa) de farinha de trigo Essência de baunilha 3 colheres (sopa) de leite de condensado
Modo de preparo
MASSA - Misture o açúcar e a manteiga até ficar cremoso. Acrescente o ovo, o leite e a baunilha. Adicione a farinha e o fermento. Amasse até juntar os ingredientes e deixe descansar. COBERTURA - Amasse os ingredientes com as mãos, formando uma farofa. Reserve. RECHEIO - Peneire os ovos com o açúcar, a baunilha, a farinha de trigo e um pouco de leite. Coloque o
restante do leite e leve ao fogo, mexendo até ferver. Deixe ferver por 3 min. Tire do fogo e misture o leite condensado. Deixe esfriar. Em uma forma untada, forrada com papel-manteiga, derrame o creme, cobrindo toda a massa. Termine espalhando a farofa. Leve ao forno por 25 min. DICA: O creme do recheio pode ser com maçã, framboesa, amora, damasco, pêssego, abacaxi e morango.
Waffles de canela e baunilha
Panqueca Ingredientes Massa 1 litro de leite 300 g de farinha de trigo 40 g de açúcar 3 ovos 5 g de sal 10 g de baunilha (opcional)
Recheio 80 g de batata branqueada 50 g de bacon picado 100 g de queijo gouda
Ingredientes
Modo de preparo
200 ml de leite 50 g de manteiga 175 g de farinha 75 g de açúcar 1 1/2 (colher) sobremesa de canela 1 (colher) sobremesa de essência de baunilha 2 ovos Sal
Aqueça o leite, acrescente a manteiga e a baunilha. Mexa bem até a manteiga derreter. Reserva. Numa taça, peneira a farinha. Com a ajuda de uma colher abre um pequeno buraco no meio e coloca os ovos, o açúcar, a canela e o sal. Com movimentos circulares, começa por mexer a massa de farinha e ovos. Acrescente o restante do leite. Depois é só colocar porções sobre a máquina de waffles. DICA: Sirva com iogurte grego, polvilhado com canela ou com um pouco de natas frescas ou calda de chocolate.
Modo de preparo
MASSA - Leve todos os ingredientes ao liquidificador. Desligue assim que a massa estiver homogênea. Quando for fritar, ponha um pouco de manteiga no fundo da frigideira. Quando um lado estiver dourado, vire e doure o outro. RECHEIO - Rale a batata ainda crua. Para a batata ficar “branqueada” é preciso dar dois choques térmicos. Primeiro na água quente por 1 minuto e depois o mesmo tempo na água gelada. Em outra frigideira, puxe a batata no azeite e reserve. Assim que a panqueca estiver dourada, polvilhe as batatas em um dos lados, acrescente o bacon picado. Por último, acrescente o queijo. Quando ele estiver derretido. Desligue o fogo e sirva.
Além das tortas doces, Beth produz compotas, purês (como o de maçã) e conservas, e também temperos diversos. São mais de 1,5 mil vidros por ano. Iguarias são armazenadas no porão Delícias da Terra.
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Opções criativas para incrementar pratos Conserva de feijão-de-vagem Ingredientes 350 g de feijão-de-vagem 4 dentes de alho sem casca 1 colher (chá) de sal Vinagre de maçã Água Tomilho a gosto
Modo de preparo Leve o feijão-de-vagem ao fogo até ferver. Retire e passe na água fria ou gelada. Em um pote de vidro, coloque o alho e feijão-de-vagem. Encha a metade do vidro com o vinagre e complete a outra metade com água e o sal e raminhos de tomilho. Guarde na geladeira e após 3 dias já pode ser consumido. DICA: Versátil, o feijão-de-vagem é ideal tanto para pratos frios quanto para pratos quentes.
Geleia de Laranjinha Kinkan Ingredientes 200 g de laranjinha kinkan 1 xícara (chá) de suco de laranja pera 1 xícara (chá) de adoçante forno e fogão 1 colher (café) de suco de limão
Modo de preparo
Geleia de amora caseira Ingredientes 1 xícara (chá) de amoras 1/2 xícara (chá) de água 1/2 xícara (chá) de açúcar
Higienize bem. Corte em 4 e retire as sementes. Em uma panela, coloque o suco de laranja e as kinkans. Deixe ferver. Retire e bata no liquidificador. Junte o suco que está na panela e o adoçante. Leve tudo de volta para panela e em fogo baixo. Mexa até ficar em ponto de geleia. DICA: Combina com queijo, sorvete ou acompanhando carnes, já que o leve amargo da casca combina com carnes de porco e cordeiro.
Modo de preparo Retire os talinhos. Coloque as amoras com a água em uma panela e deixe ferver. Abaixe o fogo, acrescente o açúcar e deixe no fogo até engrossar. Deixe esfriar e coloque na geladeira. DICA: É ótima para comer com sorvete, ou para colocar como calda em cima de um bolo, ou ainda para besuntar uma carne de porco ou um frango assado.
Conserva de gengibre Ingredientes 3 colheres (sopa) de sal (rasas) 3 xícaras (chá) de água 2 xícaras (chá) de vinagre de arroz (ou branco) 1/2 kg de gengibre descascado 1 1/2 xícaras (chá) de açúcar
Modo de preparo Corte o gengibre em fatias finas. Coloque em uma panela com água e cozinhe. Escorra e deixe esfriar. Em uma outra panela coloque vinagre de arroz (ou vinagre branco comum), água, sal e açúcar. Leve ao fogo até ferver. Desligue e deixe esfriar. Misture o gengibre com o vinagre fervido e transfira para um recipiente limpo e seco. Tampe o recipiente e deixe em temperatura ambiente por 2 dias. Depois, conserve-o em geladeira, em vidro esterilizado, por até 6 meses. DICA: Pode ser adicionado a pratos doces e salgados e até mesmo em bebidas.
Picles de maxixe Ingredientes 1 bandeja de maxixe 300 g de açúcar 300 ml de vinagre 400 ml de água 200 g de sal Pimenta do reino branca e preta Sementes de coentro Pimenta calabresa 2 unidades de cravo Tomilho Alecrim
Modo de preparo Descasque o maxixe e corte em rodelas (reserve). Coloque na panela o açúcar, vinagre, a água, sal e leve ao fogo para aquecer. Coloque os demais ingredientes e deixe ferver. Adicione o maxixe e deixe cozinhar por 15 minutos. Deixe esfriar numa caixa e conserve na geladeira. DICA: Combina com carnes, abóbora, quiabo e temperos. O maxixe cru pode ser usado na forma de salada em substituição ao pepino.
4•
Amora: pequena, mas poderosa Não tem nada melhor! Ela pode até ser pequena, mas é extremamente poderosa. A amora está no grupo das chamadas “frutas vermelhas”, conhecidas por serem ricas principalmente em vitamina C e fibras, além de possuírem baixo teor calórico e de açúcares. Com coloração arroxeada e sabor que varia entre adocicado e levemente azedo, a amora vem ganhando espaço na alimentação de quem deseja emagrecer. Existem três tipos da fruta que são mais conhecidas e se diferenciam pela coloração: negra, vermelha e branca. Porém, todas são repletas de vitaminas e minerais em seus frutos, folhas e troncos. Na medicina chinesa, a fruta é usada como um remédio natural para limpar o sangue e também é conhecida como o elixir da juventude. E como se não bastassem todos esses benefícios, a amora ainda é uma aliada da beleza! A grande quantidade de antioxidantes combate os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce. Como é extremamente versátil e pode ser usada em diferentes receitas, consuma essa fruta deliciosa sempre que puder, seja em geleias, bolos, sucos ou tortas.
Esta frutinha delicada é também uma grande aliada da saúde
O chá
Possui cálcio, potássio, ferro, magnésio, proteína, zinco, fibras, levedura e antioxidantes (vitaminas C e E). Sabor muito agradável e fácil de tomar.
Doce e cheia de benefícios
Saiba Mais!
Fortalece o sistema imunológico
ruto: é rico em vitaminas e F minerais, fonte de ferro, vitamina C e cálcio. Contém ainda antocianinas, antioxidantes capazes de reverter os danos causados à célula pelos radicais livres.
Combate o envelhecimento precoce
Folhas: são utilizadas para fazer o chá de amora, que atualmente tem feito muito sucesso pelos diversos benefícios que pode oferecer à saúde. É na folha que está a maior concentração de magnésio, fósforo, potássio e cálcio, como também vitaminas antioxidantes, como Vitamina C e E.
Menopausa A amora branca possui nutrientes fundamentais para aliviar alguns sintomas da menopausa, como as ondas de calor, a insônia, o estresse, entre outros. Tomar o chá pode te ajudar a passar por essa fase.
Ajuda a emagrecer Melhora a circulação sanguínea Fortalece os ossos
Melhora a visão Previne a anemia e a diabetes Combate o câncer Melhora a saúde mental Ajuda no crescimento do cabelo
Shake Ingredientes
FARINHA - Os dois principais poderes da
farinha de amora são aumentar a saciedade – reduzindo a fome – e evitar o acúmulo de gordura eliminando-a mais rapidamente. Ela ainda tem forte ação antioxidante, contribuindo para eliminar as toxinas do organismo, além de melhorar o funcionamento do intestino e diminuir o colesterol. Você pode usá-la com iogurte, em vitaminas e sucos, ou ainda para fazer bolos e doces. O consumo recomendado é de até duas colheres de sopa por dia.
½ xícara (chá) de amoras (frescas ou congeladas) ½ xícara (chá) de iogurte desnatado ½ xícara (chá) de bebida vegetal de arroz 1 colher (sopa) de óleo de coco 2 colheres (sopa) de mel 5 cubos de gelo
Modo de preparo Bater todos os ingredientes no liquidificador e servir.