Maio de 2019

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Ano 20 Nº 233 Maio 2019

SAFRA DE VERÃO

Produtividade boa na soja e recorde no milho

| PÁGINAS 4 A 8

COTRIJAL SEGUROS

Adesão cresce 23% em 2018

| PÁGINAS 12 E 13

LEITE 4.0

Novidade em tecnologia de monitoramento de rebanhos | PÁGINA 15

Mais de 1,3 mil imunizados contra a gripe | PÁGINA 19


02|Maio / 2019

Expediente Jornal da Cotrijal Órgão de divulgação da Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial

Endereço: Rua Júlio Graeff, nº 01 - Cx. Postal 02 Não-Me-Toque/RS - CEP 99470-000 Fone: 54 3332-2500/ 54 3191-2500 E-mail: mcassel@cotrijal.com.br Internet: http://www.cotrijal.com.br Diretoria Executiva Presidente: Nei César Manica Vice-presidente: Enio Schroeder Conselheiros de Administração Região Sede: Francisco Jorge Eckstein Jair Paulo Kuhns Leori Antônio Dessoy Luiz Roberto Gobbi Odair Sandro Nienow Roveni Lúcia Doneda (Representante dos Líderes de Núcleos) Região Um: Jonas Francisco Roesler José Valdir Kappaun (Representante dos Líderes de Núcleos) Mateus Tonezer Região Dois: Délcio Reno Beffart Fabiana Venzon Jackson Berticelli Cerini Juliano Manfroi Milton Antônio Marquetti (Representante dos Líderes de Núcleos) Valdecir Luiz Delazeri Valdino Morais Conselheiros Fiscais Titulares Leandro Bürgel de Souza Celito Dal Pizzol Ismar Schneider Conselheiros Fiscais Suplentes Inézia Toso Meira Ricardo César Tomazoni Alfredo Bürgel

Opinião

Jornalista Responsável: Mariliane Elisa Cassel - Reg. prof. 14.895 Redação: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Libera Fotos: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Foto Choks, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Libera Editoração Eletrônica: Prisma Produções Gráficas (54) 3045-3489 Pré-Impressão e Impressão: Imperial Artes Gráficas Ltda. (54) 3313-5434 Comercialização: Agromídia - Desenv. de Negócios Publicitários Ltda. - São Paulo/SP - Fone: (11) 5092-3305 Guerreiro Agro Marketing - Maringá/PR Fone: (44) 9180-4450 - 3026-4457 Prisma Produções Gráficas - Passo Fundo/RS (54) 3045-3489 - 9233-3170 Periodicidade: Mensal

Presidente da Cotrijal

Bom resultado se constrói em conjunto Confiança, cooperação, fazer bemfeito, foco em resultados. Os valores que norteiam todo o trabalho da Cotrijal mais uma vez fizeram a diferença para o bom resultado da safra de verão. Na soja, tivemos uma safra marcada por contrastes, com alguns produtores colhendo menos que o ano passado e outros avançando em produtividade. Frente aos desafios enfrentados, como o excesso de chuva em alguns períodos e

“Seja na assistência técnica, na área comercial, ou em outros setores, a busca é sempre pelo melhor para o produtor. Afinal, produtor forte é cooperativa forte”.

falta dela em outros, além de doenças e pragas, o balanço geral é muito positivo. Embora não tenhamos os números finalizados, a estimativa é de que a média na área de atuação da cooperativa fique muito próxima do ano passado, quando fechamos em 67,4 sacas/hectare. No milho, que foi muito beneficiado pelo clima, a previsão é de números recordes. Isso é importante porque deve estimular, na próxima safra, a ampliação da área plantada com a cultura, essencial para o sistema de produção. Quem fez a sua parte colhe os melhores

Produção: Unidade de Desenvolvimento Cooperativista

NEI CÉSAR MANICA

resultados. Nessa safra, tivemos situações em que o clima impactou de forma negativa na lavoura e mesmo assim os produtores conseguiram boas médias, porque as estratégias adotadas, em conjunto com a Cotrijal, desde antes da implantação da lavoura, fizeram a diferença. Outro ponto a ser comemorado é o crescimento da confiança do produtor no trabalho da Cotrijal. Somente nesse último ano, a adesão ao seguro agrícola teve um incremento de 23%. O modelo que temos hoje é o que melhor atende as necessidades do produtor, mas estamos sempre atentos e buscando melhorias.

Isso é muito positivo. Diante de tantas incertezas, entendemos que não dá mais para deixar de segurar a lavoura. É uma forma de diminuir os riscos e garantir pelo menos o retorno do investimento com a implantação das culturas. Nos chama a atenção também o grande volume de recebimento de grãos, tanto nos municípios onde a cooperativa atua há mais tempo como naqueles em que se iniciou trabalho recentemente. Toda essa evolução não é fruto do acaso. A seriedade, a segurança, a qualidade dos produtos e serviços são pontos dos quais não abrimos mão. Seja na assistência técnica, na área comercial, ou em outros setores, a busca é sempre pelo melhor para o produtor. Afinal, produtor forte é cooperativa forte. Agora é hora do produtor avaliar sua safra com a assistência técnica e já fazer o planejamento do próximo ciclo, sem esquecer do inverno, pois área em pousio só resulta em dificuldades para o verão. A Cotrijal mais uma vez se coloca à disposição para traçar as melhores estratégias. Estamos juntos para buscar produtividades ainda mais elevadas e oportunidades de bons negócios.



04|Maio / 2019

SAFRA DE VERÃO

Produtividade boa na soja e recorde no milho

O superintendente de Produção Agropecuária, Gelson Melo de Lima, ressalta que as dificuldades enfrentadas com a soja devem ser alvo de reflexão para que nos próximos anos não se repitam. Embora o clima tenha grande interferência no resultado, é preciso considerar as escolhas feitas, da semeadura à colheita, e de que forma elas impactaram na produtividade e qualidade dos grãos. Um dos aspectos que chama a atenção é a necessidade de rotação de culturas. Em áreas onde havia milho na safra anterior, o resultado da soja foi melhor e os produtores tiveram menos problemas com mofo branco e outros fungos, inclusive os de solo. A média histórica é de 6 sacas de soja a mais em áreas onde havia milho. “Os fatores que interferem no resultado são muitos e pensar o sistema de produção como um todo, projetando o longo prazo, é essencial se quisermos avançar em produtividade, com custo compatível”, alerta. Milho – Com clima favorável – chuvas dentro das necessidades das plantas e temperaturas amenas -, aliado à tecnologia e orientação do Departamento Técnico da

LEODARIO MONTEMEZZO JUNIOR/DETEC

Em uma safra de muitos desafios, mais uma vez o trabalho conjunto entre assistência técnica e produtor faz a diferença na região de atuação da Cotrijal. Até o final de maio deve estar concluído o levantamento dos números de produtividade na soja e no milho, mas as estimativas iniciais são muito otimistas. Na soja, o resultado deve ficar muito próximo do alcançado no ciclo anterior, quando a média fechou em 67,4 sacas/hectare. No milho, a expectativa é de recorde. Cotrijal, a cultura neste ano expressou todo seu potencial produtivo. Alguns produtores ultrapassaram média de 230 sacos/hectare. E a lucratividade, em muitos casos, foi maior que a da soja.

Lima: rotação de culturas é necessidade para bom resultado

Plantas invasoras Merecem destaque as gramíneas de difícil controle como capim rabo de burro, capim amargoso e capim pé de galinha. A buva continua roubando produtividades e ocorreu bastante esse ano. Outra planta bastante conhecida que está voltando às lavouras e já com tolerância ao glifosato em alguns casos é o leiteiro. O manejo de invasoras precisa ser feito o ano todo e novamente a falta de rotação de culturas com o milho é impactante. A não utilização dos herbicidas específicos para a cultura do milho faz com que ocorra uma pressão muito grande naqueles utilizados na soja o que causa a tolerância/resistência. Em todos os casos, segundo Alexandre, o cuidado com o manejo e, principalmente, a adequada rotação de culturas, é o que vai fazer a diferença nas próximas safras. “Produtor que tem bom sistema de rotação, fez boa adubação e seguiu orientação do Detec conseguiu excelente safra. Em muitos casos produtividades superiores ao ano passado”, relata Doneda.

Soja: panorama geral

Prejudicaram a emergência, levando à necessidade de ressemeadura em muitas áreas. Ocorreram principalmente devido a temperaturas abaixo do ideal e excesso de chuvas no período da semeadura. O problema pode voltar a ocorrer com esse tipo de clima em áreas onde não há rotação de culturas e o solo está compactado.

ofo branco M

Embora tenha havido um controle bem mais eficiente nesta safra em relação à anterior, a reduzida área de milho e a falta de adoção de outras estratégias de controle ainda impactaram na produtividade em lavouras com histórico de problemas com o fungo.

Ocorrência de Pythium levou a morte de plantas após a emergência

ALEXANDRE DONEDA/DETEC

F ungos de solo que

Em uma mesma planta, os três principais problemas de raiz desta safra

Três fungos que se encontram no solo roubaram muita produtividade de soja, principalmente em áreas compactadas e sem rotação de culturas. Fusarium, Macrophomina e Phytophthora foram responsáveis por perdas principalmente no peso de grãos. Em alguns casos foi possível encontrar os três patógenos na mesma planta. Caso a cultura do milho não voltar a fazer parte de um sistema de rotação de culturas, essas três doenças continuarão a roubar muita produtividade.

RAFAEL SOARES/EMBRAPA

Escleródio do mofo branco

ragas P

ALEXANDRE DONEDA/DETEC

atacam a planta adulta

Em função da umidade, ferrugem foi difícil de controlar OLIVAN DA SILVA/DETEC

a raiz

A presença da doença foi constatada em novembro - mais cedo e com maior intensidade do que na safra anterior. Houve casos de produtores que perderam produtividade devido ao manejo deficitário, na quantidade e principalmente no aumento do intervalo entre as aplicações. Quem seguiu a orientação do Departamento Técnico não teve dificuldades.

ALEXANDRE DONEDA/DETEC

F ungos de solo que atacam

F errugem asiática

Cultivo do milho ajuda no controle do tamanduá

A falta de rotação de culturas também vem impactando sobre a ocorrência de pragas. O tamanduá da soja é um exemplo claro disso. Como a cultura do milho não é hospedeira do mesmo, uma safra já basta para eliminar a presença dessa praga. Por outro lado, a monocultura de soja favorece o seu desenvolvimento e, inclusive, a sua melhor adaptação ao ambiente. Já teve áreas com até nove aplicações para esse inseto no período vegetativo da soja, o que impacta muito no custo de produção.

ALEXANDRE DONEDA/DETEC

O coordenador técnico de Difusão, Alexandre Doneda, relata que enquanto alguns produtores colheram 50 sacas/hectare, outros bateram recorde de 100 sacas/hectare. Dentre os fatores que influenciaram de forma negativa, além do clima, ele destaca:

Leiteiro volta a causar preocupação


Maio / 2019|05

TAPERA/LAGOA DOS TRÊS CANTOS

Com a Cotrijal, vitória nos detalhes “Nessa safra não foi fácil produzir. É nessa hora que a gente vê o quanto é importante ter uma Cotrijal sempre ao lado”, afirma o associado Alexandre Picinin, de Tapera, que fechou média de 76 sacas/ha nos 400 hectares com soja. Com 100% de mão de obra familiar, os Picinin são destaque em capricho e dedicação. Na lavoura, o produtor tem a parceria do avô Élio, do pai Gilberto e do tio Gilnei. Uma das dificuldades nesta safra foi a presença do tamanduá da soja e também do mofo branco, doença que vem avançando na região. Para facilitar o controle, o produtor já tem a estratégia definida. No próximo ciclo da cultura vai aumentar a área com milho para 80 hectares. “Não dá pra brincar com o mofo, vamos seguir todas as orientações da Cotrijal para evitar danos”, pontua Alexandre.

Soja Safra 2018/2019 Área: 4 00 hectares Semeadura: 20 de outubro a 5 de dezembro Cultivares: Brasmax Lança, Brasmax Ativa, Nidera 5909, Monsoy 5947, Don Mario 53i54

C ras ampeã de Produtividade: B max Lança - 70 sacas/ha Produtividade média da propriedade: 76 sacas/ha

Os Picinin acreditam que uma boa safra é uma sequência de bons trabalhos e parcerias

O que foi decisivo

Desafios e alertas

Avaliação técnica

►►Solo:o de fósforo na linha e cloreto de potássio a lanço, na pré-semeadura) ►►Sementes: 100% da área com Sementes Cotrijal ►►Controle de plantas daninhas ►►Aplicações sequenciais de fungicidas: 5 aplicações com intervalos iguais ou menores de 15 dias ►►Acompanhamento técnico Cotrijal

►►Fungos (Pythium e Phytophthora): ocasionaram a morte de plantas logo após a semeadura ►►Clima: baixa temperatura na fase inicial de desenvolvimento da planta

Conforme o engenheiro agrônomo Givago Borghetti, nesta safra, o produtor utilizou cultivares com melhor genética e fez adubação equilibrada. “O ponto negativo foi mesmo o clima. O frio e a umidade ocasionaram a perda de plantas e foi preciso replantar algumas áreas. A intenção é ampliar investimentos no milho”, explica.

COLORADO

Ano bom e aprendizado “Se o ano corre bem o retorno vem. Na soja, fechamos em 78 sacas/ha”, festeja o produtor Deumir Nodari, de Vista Alegre, interior de Colorado, que apesar da boa média, teve duas surpresas neste ano. “A presença do mofo branco em algumas áreas e danos com o raspador, o que nos deixa em alerta”, observa. O mofo branco foi notado em 70 dos 340 hectares. Para evitar novas perdas já está nos planos de Deumir o incremento na área de milho no ciclo seguinte. “Estamos refletindo também sobre como melhor organizar nosso sistema de produção visando uma maior proteção do solo e melhorar a formação de palhada e o aproveitamento das áreas no inverno”, justifica.

Soja safra 2018/2019 Área: 340 hectares

S emeadura: 20 de outubro a 17 de novembro Cultivares: Brasmax Ativa, Brasmax Raio, Brasmax Alvo, Don Mario 53i54, Brasmax Lança e Brasmax Zeus

C ampeãs

de produtividade :

Ativa e Zeus - 84 sacas/ha

P rodutividade média priedade: 7 8 sacas/ha

O que foi decisivo ►►Diversificação nas épocas de semeadura, conforme características das cultivares ►►Rotação de culturas (54 hectares de milho) ►►Manejo antecipado de fungicida – 5 aplicações (intervalo de 15 dias) ►►Clima favorável – bom registro de chuva na região ►►Acompanhamento técnico Cotrijal

da proDeumir Nodari e o engenheiro agrônomo Ediomar Chagas

Desafios e alertas ►►Ferrugem asiática ►►Mofo branco ►►Raspador

Avaliação técnica “A conservação de solo e a fertilidade, com rotação de culturas, são destaques da propriedade. Os manejos para o controle de invasoras, pragas e principalmente doenças são levados ao pé da letra. Nesta safra, onde muitos produtores perderam produtividade por doenças de final de ciclo e ferrugem asiática, os Nodari superaram os desafios com manejos bem-feitos, seguindo as recomendações técnicas da Cotrijal”, comenta o engenheiro agrônomo Ediomar Chagas.


06|Maio / 2019

SAFRA DE VERÃO

“Estamos satisfeitos, principalmente porque mesmo com o ano chuvoso conseguimos controlar de forma eficiente a ferrugem. Outro ponto positivo foi a recuperação das plantas, depois dos episódios de muita chuva e frio após a semeadura, que nos preocupou muito”, avalia Tiago Comin, de Ipiranga do Sul. O mofo branco deve receber mais atenção do produtor na próxima safra. “Vamos buscar alternativas de manejos e refletir sobre a importância de uma rotação com milho em nossa propriedade”, destaca.

MAURÍCIO JUNG/DETEC

80 sacas/ha em Ipiranga do Sul

O que foi decisivo

Soja safra 2018/2019 Área: 48 hectares

S emeadura: 30 de outubro a 9 de novembro

C ultivares: Brasmax Ativa, Brasmax Lança Campeã de produtividade: Ativa - 85 sacas/ha P rodutividade média da propriedade: 80 sacas/ha

►►Manejo pré-semeadura: controle de plantas daninhas ►►Monitoramento constante das áreas: auxilia no controle de pragas e doenças ►►Rotação com plantas de coberturas e para produção de grãos no inverno: aveia, nabo, trigo e cevada ►►Manejo antecipado de fungicida – 5 aplicações (intervalo de 15 dias)

A parceria com a Cotrijal é apontada como diferencial pela família Comin

Avaliação técnica

Desafios e alertas ►►Ferrugem asiática: presente apenas na fase final da cultura (controle eficaz) ►►Mofo branco: requer maior atenção nas próximas safras.

Engenheiros agrônomos, Tiago e o irmão Marcos estiveram atentos aos manejos para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas, realizados de forma antecipada e respeitando os intervalos de aplicação. “Eles estão sempre em

busca de novas tecnologias e abertos a troca de ideias. Investiram em rotação de culturas, usando consórcio de plantas de cobertura em parte da área e cevada no restante”, ressalta o engenheiro agrônomo Maurício Jung.

VICTOR GRAEFF

Duas sacas a mais que a safra anterior “O clima, os manejos, tudo correu bem e nos levou a uma safra de duas sacas a mais do que o ano passado”, comemora o produtor Élsio Frühauf, de Victor Graeff. “O início nos assustou um pouco, principalmente com a morte de plantas, devido ao ataque de fungos de solo, o que ocasionou uma lavoura desuniforme. É claro que isso comprometeu a nossa produção, mesmo assim ficamos satisfeitos com o resultado final”, diz. “Não podemos reclamar do clima, pois tivemos boas chuvas. Mas a safra mostrou que a rotação de culturas no inverno e no verão fazem mesmo a diferença. Para o próximo ciclo já projetamos 20% da área com milho e um investimento maior em plantas de coberturas”, destaca Frühauf, que trabalha junto com o pai Eloi.

Soja safra 2018/2019 Área: 160 hectares

S emeadura: 23 de outubro a 4 de

dezembro

Cultivares: Brasmax Ativa, Brasmax Lança, Dom Mario 5958

C ampeã de produtividade: Brasmax Ativa – 76 sacas/ha

Produtividade média da propriedade: 68 sacas/ha

Associados da Cotrijal, produtores reforçam a importância da assistência técnica

O que foi decisivo ►►Rotação com plantas de coberturas no inverno (aveia e 50 hectares com trigo) ►►Sementes Cotrijal - 100% da área ►►Manejo antecipado de plantas daninhas ►►Análise e correção do solo (Programa Ciclus) ►►Aplicação de defensivos agrícolas (inseticidas e fungicidas) – intervalo conforme recomendação técnica

Desafios e alertas ►►Fungos de solo (Pythium e Phytophthora) ►►Ferrugem asiática (final do ciclo)

Avaliação técnica A fertilidade do solo das áreas dos Frühauf é destaque. Para essa safra os manejos realizados seguiram o planejamento, mesmo com a presença de fungos de solo na fase inicial da cultura. “Acredito que a distribuição das áreas e as precipitações regulares deste verão auxiliaram para uma produção satisfatória”, analisa o técnico agrícola Gunter Barth.


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08|Maio / 2019 JOÃO CARLOS LISBOA

CASEIROS

Mofo branco exige total atenção “Mais uma vez o mofo branco e a ferrugem asiática estiveram presentes, causando danos e perdas de produtividade. Mesmo assim, conseguimos um bom manejo para o controle, principalmente da ferrugem”, avalia o produtor João Carlos Lisboa, de Caseiros. Para evitar surpresas ao final da colheita, Lisboa vai incluir o milho no sistema nas áreas com maior incidência do mofo branco. Além de fazer o tratamento biológico com Trichoderma.

Soja safra 2018/2019 Área: 110 hectares

S emeadura: 2 a 28 de novembro Cultivares: Brasmax Avita, Brasmax Raio, Brasmax Alvo, Nidera 5909, Dom Mario 5958

C ampeã de produtividade : Brasmax Raio - 72 sacas/ha Produtividade média da propriedade: 65 sacas/ha

João Carlos Lisboa concluiu a sua colheita no dia 30 de abril

O que foi decisivo

Desafios e alertas

Avaliação técnica

►►Manejo pré-semeadura: controle de plantas daninhas ►►Cobertura de solo: aveia ►►Rotação com culturas de inverno: trigo (20 hectares) ►►Manejo antecipado de fungicida – 4 e 5 aplicações (intervalo de 14 dias) ►►Manejo químico para controle do mofo branco - duas aplicações, com dez dias de intervalo

►►Ferrugem asiática: presente no final do ciclo – controle realizado com sucesso ►►Mofo branco: presente em 20% da área de soja, impedindo uma maior produtividade

“A condução da lavoura do associado João Carlos Lisboa segue um critério baseado na utilização de tecnologia para produzir com rentabilidade. Ele investe nas Sementes Cotrijal e acredita que essa escolha é uma boa base para um resultado positivo. Como melhorias, já há projetos para iniciar uma avaliação da fertilidade do solo da propriedade, através do Programa Ciclus, o que deve acontecer ainda neste ano. Outra ação será o incremento na área de milho e uma atenção especial para os manejos para o controle do mofo branco”, comenta o engenheiro agrônomo Diego Carlos Caus.

CAPÃO BONITO DO SUL/LAGOA VERMELHA

O ano em que o milho surpreendeu Na propriedade de Alaor Scariot, em Capão Bonito do Sul, as médias alcançadas no milho foram satisfatórias. Dos 160 sacos/ha na safra 2017/18, passou para mais de 200 neste ano. Mas, para ele, a produtividade não é o grande benefício do milho. O diferencial é o ganho em fertilidade de solo. “Nessa safra, eu presenciei isso nos resultados: em áreas onde tinha milho plantado no ano passado, chegamos a 83 sacas/ha de soja. E nas áreas onde não foi feita rotação, a produtividade ficou em 65 sacas/ha. Usando a mesma tecnologia, mesma variedade e plantando na mesma época”, relata. O produtor também lembra a importância do milho para quebrar o ciclo de doenças. Ele pretende ampliar a área na próxima safra. “Eu sempre plantava 30% de milho, mas vou passar a fazer 50% da área. Porque só a rotação é capaz de superar o problema que temos com o mofo na nossa região”, aponta.

Milho safra 2018/2019 rea: 100 hectares Á S emeadura: 20 a 30 de setembro Produtividade total da área: 200 sacas/ha

Soja safra 2018/2019 rea plantada: 170 hectares Á É poca de semeadura : 25 a 30 de outubro, em áreas de pastagens e cobertura com aveia; 25 de novembro a 5 de dezembro, na resteva de trigo C ultivares: Brasmax Ativa, Nidera 5909 C ampeã de produtividade: Brasmax Ativa - 83 sacas/ha em uma área de 27 ha Produtividade média da propriedade: 73 sacas/ha

Na propriedade de Alaor Scariot, em áreas em que foi feito rotação de cultura com o milho no ano passado, a soja rendeu 15 sacas/hectare a mais do que o restante da lavoura. Por isso, ele pretende ampliar a área de milho para a próxima safra de verão

O que foi decisivo

Avaliação técnica

►►Solo: aplicação de calcário seguindo a análise de necessidade de cada área e aplicação de gesso nas áreas onde foi implantada a cultura do milho ►►Solo: aplicação de calcário seguindo a análise de necessidade de cada área; também foi aplicado calcário com equipamento de subsolagem (em profundidade de 10 a 20 cm) para correção do perfil do solo; e aplicação de gesso nas áreas onde foi implantada a cultura do milho ►►Sementes: 100% da área com Sementes Cotrijal ►►Aplicações sequenciais de fungicidas: 4 aplicações com intervalos iguais ou menores de 15 dias ►►Acompanhamento técnico Cotrijal

Quanto ao bom ano do milho, com produtividade recorde, o engenheiro agrônomo de Lagoa Vermelha, André Vinício Scharlau, explica a matemática: “O produtor usou híbrido com bom potencial, combinando manejo e o clima adequados. Tudo isso possibilitou uma boa safra”.

Papel no sistema de produção

Scharlau chama atenção que os produtores que vêm investindo na rotação de culturas têm saído na frente no quesito de sanidade da lavoura e notado grande incremento de produção, como é o caso de Alaor Scariot, que registrou até 15 sacas a mais por hectare na soja na safra pós rotação com milho. “Podridões radiculares e o mofo branco ameaçaram principalmente a safra de verão 2017/18 na região, diminuindo a produtividade de soja. Por isso, são pontos que vêm recebendo atenção dos produtores com estratégias de manejo focadas. Já se entende que não é apenas usando químicos que vamos vencer esse problema histórico”, aponta o técnico.



10|Maio / 2019

Safra de soja brasileira será melhor do que o esperado A atual safra brasileira de soja deverá ser melhor do que se imaginava. Pela projeção da 16ª edição do Rally da Safra – expedição anual organizada pela Agroconsult que avalia as condições da safra no país, o Brasil deverá colher 118 milhões de toneladas, bem acima das 113 milhões de toneladas estimadas inicialmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os números das áreas avaliadas pelos técnicos foram apresentados na etapa regional do Rally da Safra, dia 25 de abril, em Não-Me-Toque, para produtores e profissionais do setor. Na avaliação de André Pessôa, sócio e diretor da Agroconsult, os bons resultados alcançados pelo Rio Grande do Sul e por Santa Catarina foram decisivos para equilibrar as perdas causadas pelo clima irregular em regiões importantes como Paraná, Mato Grosso

do Sul, Bahia e Goiás. “Foi uma safra de extremos. Teve produtor que sentiu mais, em especial de lavouras mais precoces. A nossa projeção é que o país colha 118 milhões de toneladas de soja, 3,3% menos que o ciclo anterior. Já a safra no Rio Grande do Sul deverá fechar em 20 milhões de toneladas, a maior que o Estado já colheu. Um resultado que ajuda a compensar em parte o aumento dos custos e a queda dos preços”, adiantou. Na região gaúcha das Missões, mesmo com a replantio da soja por causa do excesso de chuvas, o produtor colheu mais do que no ano passado. Já a metade Sul do Estado, que frustrou na safra anterior, com produtividades na faixa das 30 sacas/ha, colhe 45 sacas/ha. Com isso, a produtividade sustentada pela Agroconsult para o Rio Grande do Sul é de 57,6 sacas/ha, a melhor da história. Na safra 2017/2018, fechou em 54,5 sacas/ha.

Clima irregular marcou safra 2018/2019 de soja nas regiões produtivas avaliadas

Comercialização e preços

Facilita o planejamento

A comercialização lenta do grão no Rio Grande do Sul, um cenário diferente do registrado no restante do país, preocupa o consultor. Até meados de março, enquanto o Brasil já havia negociado 60% da safra, no Estado, a comercialização girava em torno de 25%. “Preocupa principalmente porque a demanda chinesa de soja para ração, nosso principal cliente, está caindo, em função da peste suína, e isso reflete nos preços. Eu não apostaria em nada maravilhoso em preços de soja neste ano”, pontuou. Em relação à safra 2019/2020, o consultor recomenda aos produtores ficarem atentos aos custos de produção, o uso de tecnologia para produzir mais e a questão da comercialização. “Em tempos de incertezas, é melhor ser conservador na hora da vender a produção, não arriscar muito, não ficar esperando

O presidente da Cotrijal, Nei César Manica, agradeceu a oportunidade da cooperativa sediar mais uma vez o encontro. “O trabalho do Rally da Safra é importante porque levanta informações que facilitam o trabalho do produtor tanto na hora de comercializar produção como planejar a safra futura”, afirmou. Para o vice-presidente Enio Schroeder, os dados de safra e tendências de mercado apresentados na palestra qualificam o produtor para a tomada de decisão. “Traz uma série de informações para que o produtor defina melhor a sua estratégia de comercialização. Esse é o trabalho da Cotrijal. Orientar e apresentar opções seguras ao produtor o ano todo”, ressaltou.

André Pessoa, da Agroconsult: Brasil deverá colher 113 milhões de toneladas de soja

sempre o melhor preço. Nesta próxima safra a orientação é estar de olho aos momentos que o mercado vai oferecer para travar os custos de produção, a exemplo do que aconteceu na Cotrijal em 2018”, disse. Milho - Até junho, equipes da

expedição passarão pelos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná para avaliar lavouras de milho. Para o cereal, a Agroconsult estima uma safra total próxima dos 100 milhões de toneladas por conta da safrinha que deverá ser de mais de 70 milhões de toneladas.

Parceria lucrativa, avaliam produtores

Eduardo Gazolla, de Lagoa Vermelha

“Importante para que o produtor possa se planejar melhor”, opinou Eduardo Gazolla, 52 anos, de Lagoa Vermelha. Na soja, mesmo com o replantio em parte da lavoura, ele fechou média de 65 sacas/ha em 200 hectares. Nesta safra, ele aproveitou campanha da Cotrijal e comprometeu menor volume de grãos na hora de compor lavoura. Precavido, já garantiu 40% dos insumos para o ciclo seguinte. “A Cotrijal pensa sempre na frente. Quando surge uma oportunidade, tem que aproveitar”, disse..

“Muito bom! É o segundo ano que participo”, disse o produtor Odair Roque Verdi, 47 anos, de Sertão, que colheu 76 sacas/ha em 400 hectares de soja e 220 sacos/ ha em 100 hectares de milho. Ele está sempre de olho nas boas oportunidades oferecidas pela Cotrijal para fazer bons negócios e colher mais. O trabalho tem a parceria do pai Artêmio e do irmão Cleber. “Estamos no aguardo de novas oportunidades para a safra 2019/2020”, adiantou.

O que pode

interferir no mercado )) Guerra comercial entre China e Estados Unidos. Desde o início do embate, os EUA vêm pressionando alguns países – incluindo o Brasil – a reduzir seus laços com a China. A China é a principal compradora do Brasil, sendo responsável por 26,8% (US$ 64,205 bilhões) de todas as exportações de 2018. )) A febre suína africana é outro fator agravante. Doença já exterminou mais de 2,5% do rebanho, o que impacta na demanda por soja para ração. As importações de soja em grãos da China estão desacelerando, primeira redução das importações e do esmagamento em 15 anos. )) Recuperação da produção Argentina. Fonte: Agroconsult

Rentabilidade soja (safra 2018/2019)

Planalto RS – 25 sacas/ha Oeste PR – 0,3 sacas/ha Norte PR – 7 sacas/ha * Considera depreciação * Não considera arrendamento e custos administrativos Odair Roque Verdi, de Sertão

Fonte: Agroconsult (valores aproximados em sacas de 60 kg)



12|Maio / 2019

COTRIJAL SEGUROS

Adesão cresce 23% em 2018 Incluir o seguro no planejamento da lavoura já é estratégia consolidada entre muitos produtores da Cotrijal para evitar riscos com o clima. Na safra 2018/19, quem aderiu aos planos oferecidos pela cooperativa colheu bons resultados. Nas áreas onde houve necessidade de ressemeadura, o valor pago pelo seguro não só cobriu os custos diretos (sementes e fertilizantes) como também parte dos indiretos (diesel). Só em soja, foram mais de 40 mil hectares segurados neste último ciclo. José Luiz Weber, de Carazinho, foi um dos produtores que enfrentou dificuldades no início da safra e precisou ressemear a soja em 21 hectares, área que havia implantado em final de outubro. “A sorte que eu tinha feito o seguro agrícola”, comenta. A agilidade da seguradora no atendimento possibilitou ressemear a área antes do dia 15 de novembro. “Me surpreendi com a velocidade do serviço e com o atendimento. Graças a essa rapidez, a média geral da minha lavoura foi superior ao ano anterior, superando as 70 sacas/hectare”, relata Weber, que é atendido pela engenheira agrônoma da Cotrijal, Aline Rambo. O valor cobriu o custo do replantio e ainda possibilitou que o produtor caprichasse mais nos fertilizantes. Foi a primeira vez que ele fez seguro pela Cotrijal e garante que não vai mudar a estratégia. “É um bom investimento. Dá mais tranquilidade, já que mesmo acionado o seguro uma vez, a lavoura segue coberta com a assistência”, acrescenta.

Somente na cultura da soja, foram mais de 40 mil hectares segurados neste último ciclo

Ferramenta para reduzir os riscos

José Luiz Weber, de Carazinho, foi um dos produtores que precisou ressemear a soja e contou com o seguro para custear despesa inesperada. Na foto, com Tiago Mendes, responsável pelo seguro da Cotrijal

Marcelo André Van Riel, de Não-Me-Toque, há seis anos não abre mão de fazer o seguro agrícola. Na safra de verão 2018/19, 100% da sua área de soja e milho estava coberta pela garantia através da Cotrijal e ele precisou acionar duas vezes o seguro para ressemear em torno de 50 hectares de soja, implantados no dia 28 de outubro e comprometidos pela chuva forte. “O seguro é fundamental para diminuir os riscos e, em caso de algum problema climático, cobrir pelo menos o investimento com a implantação da lavoura. Hoje seria

O associado Marcelo André Van Riel, de Não-Me-Toque, não abre mão de contratar seguro para 100% da área de verão

muito difícil não contar com esta ferramenta. E, neste contexto, é fundamental ter a Cotrijal olhando o lado do produtor e brigando por condições cada vez melhores”,

aponta. “Já evoluímos muito e tenho certeza que é só o começo. Em breve esperamos ter mais garantia para cobrir os custos totais da propriedade”, acrescenta.

Em busca de mais segurança para o produtor O superintendente Administrativo-Financeiro da Cotrijal, Marcelo Ivan Schwalbert, está satisfeito com a adesão dos produtores às modalidades de seguro oferecidas pela cooperativa e estima crescimento para os próximos anos. Ele explica que o objetivo sempre foi buscar um serviço com uma garantia superior aos outros seguros oferecidos pelo mercado, inclusive o Proagro. Em 2018, através da Cotrijal foram 47.837,14 hectares segurados, sendo 5.701,86 hectares de culturas de inverno (trigo, cevada, cevada qualidade e canola) e 42.135,28

hectares de verão (soja e milho). O total de propostas chegou a 1.060. No caso da soja, Schwalbert relata que os bons históricos de produtividade da Cotrijal estão fazendo com que as indenizações sejam maiores. “A garantia pode chegar a 50 sacas/ hectare, dependendo do nível tecnológico e das produtividades históricas da propriedade. Isso ultrapassa o custo e garante um pouco de renda”, enfatiza. Outra questão que tem tornado o seguro mais acessível é a subvenção federal (veja na tabela). A agilidade no encaminhamento das propostas pela Cotrijal permitiu que em 2018,

incluindo tanto as culturas de inverno quanto as de verão, os produtores conseguissem R$ 4.123.662,00 em subvenção. Em média, isso significou redução de 45% no valor pago pelo seguro. O superintendente ressalta que o seguro

é sinônimo de segurança para o produtor. “Considerando que o investimento médio para assegurar a lavoura de soja é de 1,7 sacas/hectare, vemos o seguro agrícola como essencial para garantir a saúde financeira da propriedade em caso de impacto climático”, afirma.

Área segurada pela Cotrijal

Subvenção Federal

2016

32.146 ha

R$ 2.399.287,63

2017

38.776 ha

R$ 3.140.222,00

2018

47.837 ha

R$ 4.123.662,00


Maio / 2019|13

Mais de R$ 400 mil em indenização para a safra de inverno O risco nas culturas de inverno é ainda maior para a região onde a Cotrijal trabalha. Na safra 2018, por exemplo, houve sinistro em 892 hectares, sendo R$ 405.507,55 em indenização. Diante desse risco, a Cotrijal vem exigindo que as seguradoras evoluam no seguro das culturas

de trigo, cevada e canola, aponta Marcelo Ivan Schwalbert. “Ao contrário da soja, que tem entregado produtividade cada vez maior, as culturas de inverno têm histórico de frustração e a garantia também se torna menor. Por isso, estamos buscando alternativas para dar mais segurança ao produtor”, expõe.

Planejamento é essencial para bom resultado A implantação das culturas de inverno, frente aos riscos que se enfrenta em função do clima, precisa ser muito bem planejada. Escolher a área mais adequada, a cultivar que melhor se adapta a cada realidade, cuidar dos manejos, tanto no caso do trigo quanto da cevada, são alguns dos detalhes que podem fazer a diferença no resultado. Além disso, não dá para abrir mão do seguro agrícola. Na avaliação do superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, Gelson Melo de Lima, o sucesso da lavoura de inverno começa muito antes de a semente estar no solo. “É preciso traçar uma estratégia que reduza os riscos e aumente as chances de lucro, diante de um clima que sabemos que nem sempre é o ideal no nosso Estado”, avalia. Além de trabalhar fortemente

junto aos produtores, através do Departamento Técnico, visando auxiliar na definição da melhor estratégia para uma boa safra, a Cotrijal vem desenvolvendo nos últimos anos um projeto de segregação do trigo, com o objetivo de dar liquidez à produção. Nesta safra, serão segregadas seis cultivares: rigo pão – TBIO Toruk, TBIO T Sinuelo, TBIO Audaz e LG Oro rigo branqueador – ORS T Madrepérola rigo doméstico – ORS VinT tecinco O gerente Comercial Grãos, Luís Cláudio Gomes, lembra que a segregação facilita o acesso ao mercado, por proporcionar maior homogeneidade do produto. Ele explica que o projeto começa pela identificação das necessidades das indústrias. “A avaliação junto aos

moinhos é anual, através de testes em amostras. Uma vez definidas as cultivares que mais interessam à indústria, avalia-se o desempenho no campo, ocorrem os testes em áreas experimentais e colocamos à disposição dos produtores as sementes, alinhado aos locais de recebimento”, comenta. Para obter mais informações sobre o projeto de segregação os produtores devem procurar o seu assistente técnico. Cevada – Sempre atenta às necessidades dos seus associados, neste ano a Cotrijal conseguiu junto à Ambev melhorias na política de preços, o que deve estimular o crescimento da área plantada. A modalidade de seguro agrícola oferecido pela cooperativa aos produtores também contribui para diminuir os riscos com a cultura.

Schwalbert: Cotrijal trabalha para dar mais segurança ao produtor

Qualidade na cevada segurada os custos e ainda sobrou a resteva. Me saí bem, em vista de tudo que aconteceu”, conta. Este ano, 100% da área de cevada - 32 hectares - já está segurada contra perdas advindas de geada e granizo e também relacionados à qualidade do grão. Desta vez, ele optou pela garantia máxima, que deve indenizar todo o custo de insumos, despesas e até um pequeno lucro. O produtor é atendido pelo engenheiro agrônomo, Everton de Oliveira. Marcon também destaca a agilidade e simplicidade com que teve seu pedido atendido. “Acredito que isso acontece pelo seguro ser contratado através da Cotrijal e termos este apoio forte. Recomendo a todos os produtores que olhem com carinho para o seguro agrícola. Hoje, com o custo que temos nas nossas lavouras, não tem como deixar desprotegido”, conclui.

CAROLINE RUFATO

Uma das soluções encontradas pela cooperativa no caso da cevada é o seguro qualidade. A modalidade iniciou no ano passado e o grande diferencial é que não garante só indenização em caso de perda de produtividade, mas leva em consideração a qualidade da cultura – fator determinante no preço. “Não adianta colhermos 80 sacos de cevada por hectare e ser toda forrageira, podendo nem cobrir o custo de produção”, aponta o superintendente da Cotrijal, que revela buscar um método semelhante que garanta qualidade também para o trigo. O associado Mário Marcon, de Capão Bonito do Sul, contratou o seguro qualidade cevada no inverno passado e garante que foi a sua salvação. “A lavoura estava excelente, mas quando ficou pronta para colher deu uma semana de chuva e perdi tudo em questão de qualidade. Graças ao seguro consegui cobrir

Mário Marcon, de Capão Bonito do Sul, contratou o seguro qualidade cevada no inverno passado e já garantiu para esta safra também

Recomendação é que o produtor procure seu assistente técnico para traçar a melhor estratégia

Cuidados a campo Dentre os cuidados na escolha da área para as culturas de inverno está a análise do tipo de solo e do histórico. A definição da cultivar também deve se dar levando em consideração as suas características, adaptabilidade à região e o que o produtor espera. “Temos materiais excelentes no mercado, mas cada um tem as suas características. Adaptabilidade, potencial produtivo, resistência a doenças, dentre outras informações, são importantes avaliar na hora da escolha”, aponta Alexandre Doneda, coordenador técnico de Difusão da Cotrijal. Definida a área e as cultivares a serem utilizadas, tanto no trigo quanto na cevada, é importante o produtor estar atento às questões técnicas. Alexandre Doneda destaca algumas: )) Semear com a área limpa, livre de plantas invasoras - evitar, para as culturas de inverno, áreas com problemas de azevém, pela dificuldade de controle. )) Escolher formulação de fertilizante com boa quantidade de nitrogênio, para facilitar o desenvolvimento inicial da cultura. )) Utilizar nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre de

acordo com a expectativa de rendimento. )) Regular adequadamente a semeadora, de acordo com a população de plantas indicadas para cada cultivar e região e fertilizante para adubação adequada, de acordo com o preconizado. )) Evitar semear em dias de muita umidade, observando a profundidade – 2 a 3 centímetros no máximo. )) Monitorar pragas na fase inicial. )) No desenvolvimento inicial, estar atento a doenças, principalmente oídio e, em caso de muita chuva, manchas foliares. )) Fazer a primeira aplicação de nitrogênio no perfilhamento.

C oberturas – Doneda ressalta ainda a importância de o produtor ter nas áreas onde foram semeadas culturas de cobertura os mesmos cuidados em relação ao trigo e a cevada, principalmente no manejo de plantas invasoras. “É preciso semear no limpo e também fazer o controle, caso necessário, durante o desenvolvimento das culturas para evitar problemas no verão”, alerta.


14|Maio / 2019

Ronaldo Mezzomo, de Capão Bonito do Sul: certeza do melhor trabalho com a Cotrijal. Produtor com o engenheiro agrônomo André Vinício Scharlau

EVANDRO MARQUES/DETEC

Com a saída das culturas de verão do campo é momento do produtor olhar com mais atenção para o solo e fazer a devida correção de nutrientes. Um trabalho ágil, preciso e seguro e que na região da Cotrijal tem garantido um incremento de 10 a 15% na produtividade. Produtor de soja e milho em área de quase mil hectares, Ronaldo Mezzomo, de Capão Bonito do Sul, é um dos agricultores que vem investindo para ter informações precisas sobre as condições físicas e químicas do solo para ajustar os níveis de fertilidade na quantidade, hora e local certos. Ano passado, com a ajuda do Ciclus, programa de Agricultura de Informação, Mezzomo corrigiu o pH do solo em 100% da área. Na semeadura de inverno, está nos planos fazer a correção com fósforo e, posteriormente, com cloreto de potássio onde houver necessidade. “Me sinto seguro para fazer esse trabalho com a Cotrijal. É um investimento que vale a pena”, analisa o associado. “Permite um uso mais certeiro dos fertilizantes e dos corretivos, sem aumentar os custos da produção. É só o produtor se programar”, pontua Leonardo Kerber, coordenador do programa Ciclus.

JUANA CARRERA/DETEC

Tempo bom para colher dados no campo

Mais de 90 sacas/ha Na soja, quem começou trabalho há mais tempo, colhe em média até 13 sacas a mais. Para os Posser, de Muitos Capões, o investimento tem se mostrado ainda mais promissor. Em área de 28 hectares, com o melhor plano de manejo para cada pedaço da lavoura e ajuste preciso, a soja rendeu 90,3 sacas/ha no último ciclo. Há duas safras, a produtividade na mesma área beirava as 70 sacas/ha.

“A lavoura fica mais uniforme. Já estamos programados para manejar mais 40 hectares com precisão. A ideia é mapear e corrigir 100% da área”, assinala o produtor Jean, 27 anos. Nos mais de 500 hectares, a produção de soja, milho e trigo tem a parceria do pai Roberto Carlos e do irmão Nicolas. Quem atende produtores é o assistente técnico Léo Alves.

Trabalho diferenciado Na Cotrijal, o Ciclus é um grande aliado do sistema produtivo. Quem adere ao trabalho tem uma interpretação mais detalhada dos resultados. O rigor e capricho na distribuição de corretivos e fertilizantes, com o uso de tecnologia de ponta, garante ainda uma aplicação uniforme com assertividade superior a 95%. “É um investimento para quem quer produzir mais e que se mostra a médio e longo prazo. Além de permitir uma aplicação

mais precisa dos insumos, tende a reduzir o consumo de combustível”, pontua Kerber. Parceira do produtor em todas as horas, a cooperativa dispõe também de várias estratégias para facilitar esse tipo de intervenção nas lavouras. “O produtor pode optar por fazer a amostragem em um ano e a correção em outro ou o trabalho completo e de forma escalonada”, sugere o coordenador do programa.

LEONARDO KERBER/CICLUS

Os Posser, de Muitos Capões: incremento de mais de 20 sacas/ha de soja em área corrigida com precisão

Mais informações Interessados em realizar trabalho na lavoura, através do programa de Agricultura de Informação, devem procurar pelo Departamento Técnico da unidade de atendimento.


Maio / 2019|15

LEITE 4.0

Cotrijal avança em tecnologia de monitoramento de rebanhos Na era do agronegócio 4.0, em que a tecnologia está a serviço das propriedades para garantir maior eficiência, a Cotrijal facilita aos produtores de leite o acesso ao sistema de monitoramento dos rebanhos – um grande aliado para evoluir em reprodução, saúde e nutrição. Sistema foi apresentado aos produtores durante reunião na Associação dos Funcionários, em Não-Me-Toque

Com a coleta individual de dados, o objetivo é garantir o bem-estar animal e a lucratividade. O equipamento fica preso ao animal através de um colar ou brinco, avaliando e gerando informações importantes. São gerados de hora em hora relatórios de cio, de vacas com cio irregular, de suspeita de aborto, de vacas em anestro, de saúde geral do animal, alertas de dificuldades, além de apontar os animais que precisam ser examinados pelo veterinário. “Todas estas informações chegam ao produtor através de um aplicativo no celular ou computador, de maneira simples, didática e fácil de visualizar, para

que ele possa tomar a atitude correta no momento certo. O monitoramento animal vem para facilitar a vida do produtor rural, vendo o cio quando ninguém está olhando, observando se o animal está ficando doente, o quanto está comendo e se está em estresse calórico, por exemplo”, revelou Jerônimo Silveira Ribeiro, médico veterinário da empresa Allflex. O funcionamento do SenseHub (sistema de monitoramento dos rebanhos) foi demonstrado em encontro no dia 17 de abril, na Associação dos Funcionários, em Não-Me-Toque, reunindo produtores e técnicos do Departamento Veterinário da Cotrijal.

Rebanhos monitorados, resultado multiplicado “Queremos oportunizar aos produtores o acesso a uma tecnologia que tem dado resultados muito positivos na reprodução, que é um dos principais problemas das propriedades. Com a gestão de comportamento, poderemos melhorar a taxa de serviço e evoluir em concepção e taxa de prenhez. Isso é sinônimo de mais leite e mais lucro”, apontou Renne Granato, gerente de Produção Animal da Cotrijal.

Suporte para aquisição

Valdomiro Soares Caraça, de Passo Fundo, é atendido pela veterinária da Cotrijal Analise Bernardelli

Alguns produtores já demonstraram interesse em instalar o sistema em suas propriedades. A implantação contará com o apoio da Cotrijal. Mais informações devem ser obtidas junto ao assistente veterinário. Valdomiro Soares Caraça, de Passo Fundo, foi um dos produtores que assinalou a sua intenção. “A tecnologia está disponível para a gente melhorar nossas propriedades e trabalhar com mais eficiência. O SenseHub, especifica mente, já apresenta resultados positivos e

acredito que na minha realidade vou evoluir muito na detecção de cio e melhorar a reprodução do rebanho”, apontou o produtor. Atualmente, ele trabalha com 50 animais em sistema de confinamento compost barn e mais 80 em semiconfinamento, sistema a pasto. E tem alcançado médias de produtividade entre 25 e 32 litros de leite/vaca/dia. “Sozinhos ficaria muito difícil adquirir esse sistema de monitoramento. O apoio da Cotrijal é fundamental”, acrescentou.

Renne Granato, gerente de Produção Animal da Cotrijal

O papel fundamental do produtor Há um componente primordial para alcançar o sucesso com uma solução de monitoramento eletrônico: garantir a tomada de ação nas vacas a partir do que apontam os relatórios diários e isto depende diretamente do produtor.

“Os relatórios por si não inseminam e nem tratam vacas doentes. Quem deve fazer isso é a equipe responsável pela propriedade. Certifique-se de ter responsáveis por usar os relatórios, incluindo finais de semana, feriados e férias. É frustrante ter

uma vaca morta porque ela não foi atendida quando apareceu pela primeira vez um alerta no relatório de saúde; ou uma vaca que não foi inseminada quando a detecção de cio a indicava no relatório de vacas para inseminar”, acrescentou Granato.

Resultados otimistas Mais de cinco milhões de vacas utilizam o equipamento em mais de 50 países, com resultados bastante satisfatórios no Brasil: as taxas de serviços ultrapassam os 65%; e a taxa de prenhez está acima de 20%. Além disso, com a aplicação do sistema, o produtor obtém maior segurança, redução de custos com hormônios e medicamentos, das perdas por morte, menos deslocamento do abomaso e os problemas de saúde identificados com facilidade.


16|Maio / 2019

Missão técnica leva dirigentes de cooperativas à Índia Sempre atenta aos movimentos do mercado e tendências globais, a direção da Cotrijal viajou 15 mil quilômetros para conhecer o potencial e oportunidade de negócios da Índia. O país asiático, que figura em sétimo lugar em extensão e segundo em população no mundo, vem ganhando força na economia mundial. Com um crescimento do PIB acima de 7%, a Índia oferece ambiente único para startups e setores como o de carnes, em especial, do frango brasileiro, e de leguminosas. Atualmente abriga 26 startups, avaliadas em mais US$ 1 bilhão, que em 2018 arrecadaram US$ 9,6 bilhões. Ao lado de dirigentes das principais cooperativas do país, o presidente Nei César Manica e o vice Enio Schroeder percorreram grandes metrópoles como Mumbai e Nova Délhi. A missão técnica em solo indiano fez parte da jornada do Cooper Up Transforma, iniciativa

da UPL, empresa indiana parceira da Cotrijal. Esta foi a segunda vez que Manica esteve na Índia. Para o dirigente, um país de muitos contrastes e de economia emergente e que merece ser visto pelas boas oportunidades. “É um país que caminha para ser uma das maiores economia do mundo e que não podemos deixar de olhar. Com o aumento populacional, a Índia precisará de parceiros como o Brasil para atender essa demanda por alimentos. Hoje tem como referência a prestação de serviços, sobretudo tecnologia da informação e gestão de processos”, ressaltou. Com um dos maiores mercados consumidores do mundo – 1,4 bilhão de habitantes – estima-se que, em três anos, a população indiana supere a da China em tamanho. A previsão é que até 2040 se torne a segunda maior economia do mundo, atrás apenas da China, com os EUA em terceiro lugar.

Oportunidades e desafios Em Mumbai, maior metrópole e área portuária mais importante da Índia, o grupo participou de aulas e palestras em uma das mais renomadas escolas de negócios, o S. P. Jain Institute Of Management and Research (SPJIMR). Inaugurado pela “Dama de Ferro” Margareth Thatcher - mulher mais poderosa do mundo na época - o SPJIMR se diferencia por trazer para a sala de aula o aprendizado prático e dinâmico vivido nas grandes cooperações. Ao todo, foram três dias de muito aprendizado e informações referentes a abertura econômica, ao crescimento populacional, a profissionalização dos indianos, os investimentos externos e a tecnologia. Na cidade que chama atenção pela grande disparidade e diversidade social e econômica, a comitiva participou de reunião com representantes da The Solvent Extractors Association of India, associação que transformou a produção de óleos vegetais no país. Os dirigentes conheceram ainda case de empresa fabricante de automóveis e equipamentos agrícolas presente em mais de

100 países, inclusive no Brasil, e de companhia de tecnologia da informação com atuação mundial. Em outra parada, em Nova Délhi, o grupo reuniu-se com representantes da embaixada brasileira, diplomatas e especialistas em agricultura. No encontro, conheceu um pouco mais sobre as relações comerciais entre Brasil e Índia, o trabalho da Cooperativa de Fertilizantes dos Agricultores Indianos (IFFCO) - uma das maiores do setor no mundo - e demandas no setor alimentício indiano e startups. A IFFCO começou seus trabalhos em 1967 e hoje é a maior cooperativa do mundo em faturamento sobre o PIB per capita, com cerca de 35 mil cooperativas afiliadas e atingindo mais de 50 milhões de agricultores indianos. “Na Índia, mais de 70% da população tem vínculo direto com o meio rural, sendo 80% de pequenos produtores. Boa parte com menos de um hectare. No caso da soja, a produtividade é de uma tonelada por hectare. A maior produção vem do arroz, trigo e lentilha”, observou o presidente da Cotrijal.

Em Nova Délhi, gestores das maiores cooperativas brasileiras se reuniram com representantes da embaixada do Brasil

Diversidade Enquanto Mumbai representa o poder econômico da Índia, Nova Délhi é o centro do poder político, de onde partem as decisões que regem a nação. Na viagem de trem rápido pela cidade de Agro, alguns detalhes chamaram a atenção dos dirigentes como a paisagem indiana, com um pouco da agricultura e da vida que se desenvolve em torno da rodovia. Já no Taj Mahal, o grupo aprendeu sobre o monumento e sua história. A viagem foi marcada pela diversidade com relação à agricultura, pessoas e cultura. “É fundamental ter essa visão de mundo para ver o que é possível inovar no nosso negócio. Além de aulas com especialistas renomados, tivemos contato com grandes lideranças. Uma interação sempre muito enriquecedora e que deverá render boas parcerias”, destacou o vice-presidente Enio Schroeder, que visitou o país

pela primeira vez. Para Schroeder, entender sobre o que acontece na Índia pode ajudar muito os empreendedores brasileiros. “A nova geração é mais consumista, isso favorece o Brasil. Com o incentivo do governo e o ajuste necessário na cadeia produtiva, será possível acessar novos mercados em especial de carnes, leguminosas e óleo de soja”, destacou. articularidades - CoP nhecida por seus bulevares e ruas arborizadas, Nova Délhi é a capital da Índia e comumente confundida com a sua irmã maior - Délhi. Enquanto Délhi é a segunda cidade mais populosa - possui 11 milhões de habitantes -, Nova Délhi tem pouco mais de 2% (250 mil habilitantes), mas consegue ser o centro de poder e atenção e uma das cidades mais influentes do planeta.

►►Sétimo país mais extenso do planeta e com seis vezes mais a população do Brasil. ►►70% da população é rural. Agricultura cresce 2% ao ano. ►►Já importa óleo de soja. ►►96% da população tem conta em banco. ►►1 bilhão de pessoas possui um documento único, com chip, que resolve tudo. ►►70% da população possui menos de 35 anos e tem fome de consumo. Jovens falam inglês e são cultos tecnicamente. ►►Assim como o Brasil, busca maior protagonismo no G-20 Comercial. ►►- Em malha ferroviária, só perde para EUA, China, Rússia e Canadá. ►►Apesar dos belos palácios, 50% da população não possui saneamento básico e água tratada. ►►O tuk tuk é o “Uber” da Índia. Transporte pode ser encontrado em outros destinos pelo mundo, inclusive no Brasil, em Belo Horizonte. ►►País possui 22 línguas e com 1.650 dialetos diferentes.

Maiores desafios

Serviços A exemplo do Brasil, o setor de serviços é bem dinâmico no país asiático. Representa 53% do PIB e emprega pouco mais de um quarto da população ativa, com destaque para o apoio à atividade agrícola. De 2000 a 2017, o valor exportado em serviços pela Índia aumentou 853%. No mesmo período, exportações brasileiras de serviços cresceram, em dólares, em 313%. As companhias indianas também têm voltado a sua atenção para o Brasil. Há previsões que até 2025, seja o terceiro principal parceiro comercial. Hoje é o décimo.

Curiosidades

Comitiva brasileira em frente ao Taj Mahal, na cidade de Agra

I nfraestrutura esequilíbrio social D gricultura - Hábito de A consumo vem mudando, com redução do número de vegetarianos. População do campo migrando do campo para a cidade – 150 milhões de agricultores. 140 milhões de hectares plantados, sendo que 12% dos produtores tem de 2 a 5 hectares.


Maio / 2019|17

ESCOLA NO CAMPO

Estratégias alinhadas para a 18ª edição Pontapé inicial dado para o 18º ano do Projeto Escola no Campo na área de atuação da Cotrijal. Na manhã de 24 de abril, estiveram reunidos na sede da cooperativa, em Não-Me-Toque, representantes das Secretarias de Educação dos 14 municípios integrantes do projeto com os organizadores para tratar do ano de trabalho com os 1.260 alunos. “Percebemos grandes resultados na consciência dos alunos que passam pelo projeto quando o assunto é educação ambiental. Eles estão recebendo informações de qualidade, agregando ao conteúdo da grade curricular tradicional”, apontou Enio Schroeder, vice-presidente da Cotrijal. “Este é um dos projetos mais antigos da Syngenta, o que comprova o seu êxito em transmitir conhecimento sobre a sustentabilidade, preparando cidadãos mais responsáveis em relação ao seu papel na sociedade”, apontou Gustavo Trindade, representante técnico de vendas da empresa. Também estiveram presentes à reunião a coordenadora de Meio Ambiente da cooperativa, Deisi Sebastiani Nicolao; a coordenadora do Decoop, Mariliane Cassel; e a assistente administrativa, Juliana Kern Stein. O Projeto Escola no Campo é uma parceria entre Cotrijal, Syngenta, Secretarias de Educação e Fundação Abrinq.

Primeira reunião de 2019 reuniu envolvidos para alinhar atividades do Escola no Campo

Didática para

Parceria de longa data Mara Regina Goetz de Quadros, da Secretaria de Educação de Não-Me-Toque, participou do Escola no Campo todos os anos desde o seu início, como educadora ou na coordenação. “É um trabalho muito bem fundamentado visando o bem-estar das famílias tanto da área rural quanto da cidade. Já colhemos bons frutos, pois a educação é contagiante e transforma o ambiente onde vivemos. Desejamos vida longa ao projeto”, indicou.

presente e futuro melhores

Mara Regina Goetz de Quadros (à dir.) participa das atividades todos os anos desde o início do Programa

As ações do Escola no Campo são voltadas para alunos de 5º e 6º anos de escolas públicas e têm como objetivo contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades através da qualidade na educação, integrando iniciativas de saúde, meio ambiente, segurança alimentar e agricultura. Os municípios participantes são: Almirante Tamandaré do Sul, Carazinho, Colorado, Coqueiros do Sul, Coxilha, Ernestina, Lagoa dos Três Cantos, Mato Castelhano, Não-Me-Toque, Nicolau Vergueiro, Saldanha Marinho, Santo Antônio do Planalto, Tio Hugo e Victor Graeff.

Capacitação para um conselho fiscal cada vez mais forte Em busca de um Conselho Fiscal cada vez mais atuante e capacitado, a Cotrijal promoveu curso no dia 25 de abril, na sede, em Não-Me-Toque. O treinamento teve duração de oito horas e foi ministrado pelo consultor Joacir Tadeu Barcellos da Silveira. “O objetivo é proporcionar ferramentas aos conselheiros para que façam o melhor trabalho, já que a Cotrijal, como uma instituição de grande porte, com diferentes segmentos de negócios, possui uma complexidade imensa. Este empenho em aperfeiçoar e desenvolver o conselho é para que ele possa verificar se os processos do dia a dia são sólidos, evitando riscos para a cooperativa”, apontou o monitor do curso, que aplica os conteúdos anualmente. A capacitação contou com a presença de todos os membros do Conselho Fiscal (titulares e suplentes): Leandro Bürgel de Souza, Celito Dal Pizzol, Ismar Schneider, Inézia Toso Meira, Ricardo César Tomazoni e Alfredo Bürgel.

Conselheiros fiscais participaram de treinamento na sede da Cotrijal, que teve duração de oito horas

A missão de ser membro do conselho Esta é a primeira vez que Inézia integra o conselho. Por isso, achou fundamental receber as informações para guiar sua atuação no cargo. “Com o curso fica

mais claro o nosso papel dentro da cooperativa. A partir destes primeiros ensinamentos, com a prática adquirida na atividade, vamos nos tornando cada vez

melhores”, opinou. O presidente da Cotrijal, Nei César Manica, e o vice, Enio Schroeder, parabenizaram o grupo pelo empenho e destacaram

que é uma grande oportunidade de aprendizado. “Queremos conselhos fortes e atuantes ao nosso lado, à frente da Cotrijal”, concluíram.


18|Maio / 2019

Marca Cotrijal ganha força na região de Marau

Encontro técnico, em abril, atraiu em torno de 70 produtores

O trabalho sério e personalizado da Cotrijal tem contribuído para mudar cenários em propriedades rurais da região de Marau. Filho de produtores e com ligação forte com a cooperativa, o jovem Leonardo Dal Moro, 29 anos, viu a produti-

vidade de soja praticamente dobrar nos últimos 15 anos. Para crescer na agricultura, Leonardo e o pai Moacir não abrem mão da assistência de profissionais da cooperativa e insumos de qualidade. Hoje a família colhe acima das 70 sacas nos 80

hectares com a oleaginosa. “Estamos muito contentes. A Cotrijal é 100% tanto na hora de planejar lavoura como negociar safra”, ressalta o produtor, que planeja construir família e permanecer no campo. Os Dal Moro

produzem milho, trigo e aveia em São Sebastião da Vista Alegre, Tope e Gramadinho, interior de Marau. Para evitar surpresas, eles incluem o seguro agrícola no planejamento das lavouras de verão e inverno.

Encontro técnico reúne 70 produtores

Leonardo Dal Moro: confiança no trabalho da Cotrijal

Com aumento da confiança e interesse pelos serviços e produtos da cooperativa, a Unidade de Negócios de Nicolau Vergueiro reuniu profissionais do Departamento Técnico (Detec), Departamento Veterinário (Devet), Varejo e Seguros Cotrijal para detalhar o jeito Cotrijal de trabalhar. O encontro técnico, no dia 30 de abril, na localidade de São Francisco, interior de Marau, atraiu 70 produtores. Além da produção de grãos, a região de Marau se destaca na

atividade leiteira. Com base nisso, o coordenador do Departamento Veterinário da Cotrijal, Alan Issa Rahman, levou informações sobre a qualidade da ração produzida pela Cotrijal; o trabalho de assistência ao produtor de leite na parte de genética, nutrição e clínica veterinária; sobre as campanhas de forrageiras de inverno e verão; o trabalho da Área Experimental, que testa todos os materiais antes de serem ofertados aos produtores; dentre outras ações.

Melhor nutrição, mais leite Trabalhando mais fortemente com a cooperativa há quase um ano, a produtora rural Marineuza Sozo, 50 anos, de São Francisco, interior de Marau, já percebe no tambo o resultado dessa parceria. Além da assistência veterinária, a família vem investindo na nutrição e genética do rebanho para produzir mais. “Incluímos a Ração Cotrijal na dieta das vacas há pouco tempo e já notamos um aumento na produção”, disse. Hoje o plantel está em 20 vacas e a produção em 22 litros/vaca/dia. No leite, Marineuza é quem está à frente

da ordenha, criação de bezerros e organização do tambo. Ela ainda auxilia o esposo Celso no trato do rebanho. Na soja, a produtividade nos 100 hectares está próxima de 70 sacas/ha. Os insumos e demais produtos que entram na lavoura têm a marca Cotrijal. Para ter margens mais folgadas, Celso e os irmãos Ivanor e Volmir estão sempre atentos aos pacotes e campanhas disponibilizadas pela cooperativa. “A maior vantagem para nós é a segurança para negociar”, ressaltou Celso. Os Sozo, de São Francisco: produção de leite vem aumentando

Produtores de leite recebem retorno da

CCGL

Os produtores que entregam leite na CCGL, através da Cotrijal, receberam em abril o retorno. Cada produtor teve direito a R$ 0,02 por litro de leite entregue ininterruptamente à CCGL, durante o ano de 2018, com um total de R$ 278.000,00. Somente aos produtores da Cotrijal, foram distribuídos R$140.000,00. O valor é parte dos 20% das sobras do exercício destinadas diretamente aos produtores, conforme prevê o estatuto da CCGL. Além dos produtores, os municípios de origem do leite também recebem o retorno do ICMS incidente sobre a comercialização do produto. Para o gerente de Produção Animal da Cotrijal, Renne Granato, esse retorno é um incremento na renda das famílias produtoras e deve ser visto como uma recompensa para o produtor, principalmente pelo trabalho e empenho. “Esse é um resultado que vem do esforço do produtor e agora cabe a ele fazer o melhor investimento, com qualidade e sempre com o pensamento na sua produção. Nosso compromisso é manter um trabalho sério e direcionado para que o nosso produtor siga neste caminho de sucesso”.


Maio / 2019|19

Colaboradores e associados imunizados contra a gripe Acesso para todos O coordenador de Manutenção da Cotrijal, E derson André Galvagni , faz periodicamente a vacina contra a gripe. “Nos últimos anos tenho feito na Cotrijal, sem sair do trabalho. Isso é muito bom, pois não precisamos nos deslocar e o preço compensa bastante”, mencionou.

André Alberto Schenkel, associado de NãoMe-Toque, com o filho Guilherme

FERNANDO CIROLINI

A preocupação com a saúde e bem-estar dos associados, colaboradores e dependentes, levou a Cotrijal promover a Campanha de Vacinação contra a Gripe. Foram mais de 1.300 doses aplicadas entre os dias 10 e 11 de abril, em 22 pontos da área de atuação da cooperativa. O associado André Alberto Schenkel aproveitou a oportunidade e esteve na Unidade de Negócios de Não-Me-Toque com o filho Guilherme (9 anos) para a imunização. “A família toda faz a vacina, todos os anos. A prevenção é muito importante e a Cotrijal facilita o acesso”, contou.

Em Santo Antônio do Planalto, Evandro Danielli, a esposa Andréia e o filho Gustavo Arthur fizeram a vacina

A ação foi promovida pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), através de parceria com a Imunijuí - Clínica de Vacinas. O presidente da Cipa Sede, Tiago Mendes, avaliou positivamente a iniciativa. “A vacinação vem contribuindo para reduzir internações e complicações pelo vírus da gripe, até casos mais severos. A cada ano notamos a conscientização e associados e colaboradores satisfeitos com a facilidade e custo/ benefício”, apontou. Em Santo Antônio do Planalto, Evandro Danielli esteve na Unidade com a esposa Andréia e com o filho Gustavo Arthur (10 anos) para fazer a vacina pelo terceiro ano consecutivo. “O valor investido vale a pena, pois se ficarmos doentes o transtorno é muito maior. Agradeço a Cotrijal por se preocupar com a saúde dos associados”, enfatizou.

“É uma forma da Cotrijal oportunizar a todos a prevenção. Assim podemos trabalhar saudáveis o ano todo”, expôs G abriela K irst , do Departamento Jurídico da cooperativa.

da

I sadora S antos S ilva , que atua no

setor de pacote do Supermercado Sede, também não abre mão da prevenção e esteve na manhã de 10 de abril na sede da cooperativa para fazer a imunização. “Estamos sempre em contato com o público, é bom para mim e para quem convive comigo”, apontou.

Terapia Ocupacional

DIA DA MULHER

Programação para elevar a autoestima Uma noite especialmente pensada para as mulheres do quadro de colaboradores da Cotrijal. O encontro AFC Mulher aconteceu no dia 17 de abril, no restaurante do Parque da Expodireto Cotrijal, reunindo cerca de 150 funcionárias de diferentes setores e locais. Com o tema central “Mulher, você é única”, o grupo foi recepcionado para coquetel, assistiu desfile protagonizado pelas mulheres da Cotrijal

e participou de palestra com Mara Lauxen – estrategista em personal branding e carreira, personal stylist. O encontro está em sua oitava edição, acontece anualmente e é alusivo ao Dia Internacional da Mulher. “É um momento de descontração e aprendizado para quebrar um pouco da rotina do trabalho”, destacou Nilce Nickhorn Erig, segunda vice-presidente da Associação dos Funcionários da Cotrijal.

AFC Mulher é realizado anualmente para as colaboradoras da Cotrijal

Escolher se amar e se sentir bonita

“Vivemos em tempos em que nós mulheres estamos constantemente insatisfeitas com o nosso cabelo, corpo, relacionamentos, dia a dia. Reflexo dos estereótipos de beleza e felicidade que nos são impostos”, apontou a palestrante. Por isso, Mara falou da importância de que cada uma reconheça a sua beleza, desenvolvendo a autoestima. “A partir do momento em que exercitamos a autoaceitação, a qualidade de vida e saúde emocional são consequências”, enfatizou.

Etiane Primon formou-se em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de Santa Maria, no dia 9 de fevereiro. A tão sonhada graduação é motivo de orgulho e alegria para a jovem, familiares e amigos. “Temos muito orgulho pela pessoa e profissional excelente que você se tornou. Parabéns pela escolha de uma profissão tão linda. Temos certeza que poderá ajudar e melhorar a vida de muitas pessoas. Sabemos que não foi um percurso fácil, e que teve que abdicar de muitas coisas para realizar seu sonho. Estaremos sempre do seu lado, torcendo por você. Parabéns!”, desejam os pais, Pedro e Izolce, e irmãos, Aline e Patric.


20|Maio / 2019

FAMÍLIA FOLLE

“Parcerias nos mantêm na atividade” Cheios de histórias, Moacir (57 anos) e Eunice Folle (52) ilustram bem o quanto é desafiadora a vida do agricultor. Com muitos momentos de superação e conquistas, em 31 anos de união o casal conseguiu se manter firme no propósito de buscar o melhor para a família. Já na chegada à propriedade, em Sertão, se percebe que o capricho e a união fazem a diferença na família. Da casa à lavoura, tudo tem o cuidado de quem sabe que o esforço vale a pena quando se busca o melhor resultado. “Gostamos do que fazemos e isso nos motiva e até nos faz manter algumas manias. O capricho é uma delas”, revela Moacir. A visão sobre a importância do trabalho conjunto é o diferencial da propriedade. Seguindo os ensinamentos dos pais, o casal mantém parceria com cinco irmãos de Moacir e um tio para garantir a rentabilidade. “Otimizar o maquinário e a mão de obra faz muita diferença em uma pequena propriedade”, afirma o agricultor. “Desta forma conseguimos manter um parque de máquinas atualizado e sempre em condições para os trabalhos de campo”. Os custos de manutenção e as prestações de aquisição de novos implementos são divididos e há um planejamento para a utilização do maquinário em conjunto. “Após cada atividade, entregamos o equipamento limpo, abastecido e em condições de uso”, explica.

Moacir e Eunice querem aproveitar um pouco a vida e ver os filhos prosperarem

Soja deve ganhar espaço

iel companheira - Falante e motivado F com as histórias da vida, o agricultor conta como conheceu a sua companheira ‘de todas as horas’. “Foi em um encontro na comunidade de Vista Alegre, interior de Estação. E de lá pra cá, nossa parceria está cada vez mais forte”, afirma. A união já dura 31 anos, com dois filhos, Lucas (30 anos) e Daniel (26).

Ao lado da Cotrijal Sempre foi um desejo de Moacir contar com uma parceria forte para os negócios. Em 2015, esse sonho foi realizado. Com a chegada da Cotrijal na região, ele e seus familiares logo buscaram informações e fecharam negócios. “Já nos primeiros contatos percebi que teríamos muito a ganhar e a crescer trabalhando em conjunto”, conta o agricultor. “Hoje temos assistência técnica personalizada, com visitas frequentes, e a unidade é bem próxima da nossa propriedade”. Associado e feliz com a parceria, Moacir vê na Cotrijal uma referência em termos de qualidade de atendimento ao agricultor, o que só o motiva a seguir na atividade. “Um ponto forte está nas sobras de balanço, algo exclusivo para quem é associado e trabalha o ano inteiro com a cooperativa”, reconhece. Eunice também admira o trabalho realizado pela Cotrijal. Para ela, a cooperativa tem papel fundamental para que as famílias sigam no interior e na agricultura. “Hoje não é fácil acompanhar todas as mudanças. A Cotrijal veio para trazer conhecimento e nos ajudar a produzir com qualidade”, afirma.

Eunice, além de auxiliar na lavoura e ordenha das vacas, cuida da casa

A propriedade conta com 70 hectares, destinados para a produção de soja, milho para silagem e pastagens. A produtividade máxima na soja foi alcançada na safra 2016/17: 75 sacas/hectare. No ciclo 2018/19, a média ficou em 72 sacas/hectare. A ideia é investir cada vez mais na soja, que ganhará mais espaço com a pausa na atividade leiteira. Hoje são 20 vacas holandesas em lactação, que representam renda anual de R$ 150 mil. “Nosso plano é diminuir a carga de trabalho, cuidar mais da nossa família”, explica Eunice, a responsável pelo leite na propriedade. Para a sucessão dos negócios o casal já tem planos. Atualmente os dois filhos moram fora. Mas tudo está sendo preparado para que o caçula possa retomar às atividades. “Daniel já manifestou interesse em tocar os negócios e estamos otimistas em relação a isso”, destaca Eunice.

Moacir acredita no trabalho que a Cotrijal vem realizando na região

Safras no Brasil Central “As oportunidades aparecem para os trabalhadores”. Foi com esse pensamento que Moacir embarcou em 1999 para a maior aventura da sua vida: trabalhar na colheita da soja em Goiás. “Foi um primo que me indicou e eu topei. Eram quatro salários de pagamento e compensava a longa viagem de ônibus até chegar na fazenda. Fiz apenas uma safra em Goiás, depois fui trabalhar na colheita em Mato Grosso do Sul. Lá foram 10 safras”, conta o agricultor. “Eu tinha o conhecimento das nossas lavouras. Mas quando cheguei por lá era tudo diferente, máquinas maiores, com mais tecnologia. Um grande aprendizado. Com o tempo peguei o jeito e consegui fazer grandes amigos e grandes histórias”, relembra. Mas o desafio não foi apenas para Moacir, pois em Sertão as atividades da lavoura continuavam. E tudo com o olhar de Eunice. “Tinha os meninos, que me ajudavam um pouco com a lavoura. Mas era tudo comigo quando ele estava fora”, conta a agricultora. Moacir semeava a soja e conduzia os primeiros manejos e na sequência já viajava para o Mato Grosso. “Eu cuidava da lavoura, das vacas, dos filhos e da casa, um verdadeiro desafio. Valeu a pena, pois conseguimos educar nossos filhos, ampliar nosso patrimônio e tudo isso com muito amor e saúde”, comemora Eunice.


Porções de felicidade A chave para obter uma melhor qualidade de vida e melhorar a sensação de bem-estar e felicidade está na alimentação de verdade. A falta de alguns alimentos nas refeições pode ocasionar problemas de saúde na área emocional e neurológica como a depressão, desânimo, falta de energia e disposição. Consumir alimentos ricos em ferro é importante para evitar a depressão, fadiga, apatia e mudanças de humor repentinas. Cobre, manganês, zinco, selênio, magnésio e potássio fazem um bem danado para a saúde mental. Onde encontrá-los? Nas sementes de abóbora, gergelim e girassol, nas castanhas, amêndoas e nozes, no aipo, na manga, no melão e na banana. O ômega-3 também é essencial para manter a saúde do cérebro e o bem-estar. Você pode encontrar uma alta concentração de ômega-3 em sementes de chia, salmão, arenque, no espinafre e no brócolis. Chocolate! Sim, ele mesmo. Apenas

se certifique de que ele tenha alto teor de cacau (70%), que é rico no aminoácido tirosina, precursor da dopamina, que promove a sensação de prazer e motivação. Nutrientes - Para montar um cardápio saudável para o dia a dia, pesquise sobre os nutrientes essenciais: carboidrato, proteína, gordura, vitaminas, cálcio, ferro e magnésio. Procure sempre variar e combinar esses nutrientes de maneira diferente e balanceada. O Ratatouille por exemplo mistura vários vegetais, deixando o prato colorido e saboroso. A receita de origem francesa é ideal para quem não come carnes, lactose e glúten.

Ratatouille Ingredientes

1 berinjela 1 abobrinha 1 pimentão amarelo 3 tomates do tipo italiano 1 cebola pequena 2 dentes de alho 1 lata de polpa de tomate Tomilho fresco Sal a gosto Azeite a gosto

Modo de preparo

Refogue a cebola e o alho no azeite, misture o molho, deixe ferver e reserve. Corte todos os vegetais em fatias finas. Pegue uma assadeira que possa ir ao forno e forre o fundo com o molho. Junte as fatias de berinjela, abobrinha, tomate e pimentão e disponha na forma, seguindo sempre a mesma ordem. Quando a assadeira estiver cheia, regue mais ou menos três colheres de sopa de azeite por cima e jogue um pouco de sal. Cubra com um pedaço de papel-manteiga e leve ao forno preaquecido em temperatura média por cerca de 30 minutos. O Ratatouille pode ser servido como prato único ou acompanhamento, frio ou quente.


2•

Saborosos e elevam o astral Risoto com sálvia

Ingredientes

1 colher (sopa) de manteiga 1 xícara (chá) de arroz arbóreo 3 dentes de alho picados 1 cebola picada Sal Caldo de manjericão (ferver 3 ou mais xícaras de água e folhas de manjericão) 1 xícara (chá) de tomate-cereja 1 limão Pimenta biquinho a gosto 3 colheres (sopa) de semente de girassol Cebolinha a gosto Folhas de manjericão para decorar 2 colheres (sopa) de óleo de girassol com sálvia

Modo de preparo

Em uma panela de ferro, barro ou para risoto, acrescente a manteiga e o arroz arbóreo. Mexa e acrescente o caldo de manjericão. Quando o arroz estiver “al dente” acrescente o tomate-cereja. Quando estiver no ponto, desligue do fogo e acrescente o limão espremido e a semente de girassol e regue com o óleo de girassol com sálvia. Decore com folhas de manjericão, pimenta biquinho e uma rodela do limão. Sirva imediatamente.

Lasanha de legumes Ingredientes

Canapé crocante Ingredientes

1 pão para torta fria 1 embalagem de cream cheese 450 g de mussarela em fatias 450 g de tomate seco picadinho 2 claras de ovo 1 xícara (chá) de farinha de rosca ¼ de xícara (chá) de azeite

1 pacote de massa para lasanha 2 abobrinhas cortadas em cubos pequenos 2 berinjelas cortadas em cubos pequenos 1 bandeja de tomate-cereja 2 cenouras levemente cozidas e cortadas em cubos pequenos 1/2 cebola picada 2 dentes de alho picados 1 brócolis picado 1 litro de leite 1/2 pacote de manteiga 3/4 de xícara (chá) de farinha de trigo Noz-moscada Azeite de oliva Sal e pimenta-do-reino Tempero verde Queijo ralado

Modo de preparo

Abra as tiras de pão com um rolo de massas para deixá-las finas. Sobre as tiras, espalhe o cream cheese, a mussarela e o tomate seco. Enrole formando rocamboles. Embale com filme plástico e leve à geladeira por uma hora. Para formar os canapés, corte as fatias. Passe em clara de ovo e empane na farinha de rosca. Disponha em assadeira, regue com azeite e asse em forno preaquecido. Decore com manjericão e tomatinho. Sirva quente.

Vitamina C Tire o juicer do armário e prepare uma limonada ou uma laranjada geladinha! Assim como a acerola, o pimentão vermelho e o mamão papaia, essas duas frutas contêm vitamina C, uma superaliada no combate ao estresse e na proteção de nossas defesas.

Empada de palmito Ingredientes Massa

2 xícaras (chá) de farinha de trigo 1 colher (chá) de sal 20 g de margarina forno e fogão

Recheio

1 dente de alho picado 150 g de palmito em conserva picado 1/4 xícara (chá) de azeitonas picadas 5 colheres (sopa) de cream cheese 200 g de margarina 1 cebola picada Sal e pimenta-do-reino a gosto 1 gema ligeiramente batida, para pincelar

Modo de preparo

MOLHO – Em uma panela, derreta a manteiga e acrescente a farinha de trigo. Junte essa mistura ao leite, mexendo sem parar. Corrija o sal e adicione raspas de noz-moscada. LEGUMES - Em uma panela, refogue a cebola e o alho no azeite de oliva. Acrescente os legumes e refogue. Tempere com sal, pimenta e tempero verde. MONTAGEM - Em um refratário, adicione o molho, os legumes e, por cima, a massa. Repita sequência até chegar à borda. Finalize com molho e queijo ralado. Leve ao forno até dourar.

Modo de preparo

MASSA - Junte todos os ingredientes em uma vasilha e misture com os dedos até formar uma massa lisa. Se necessário, adicione mais farinha de trigo. Faça uma bola, enrole em filme plástico e leve à geladeira por 30 minutos. RECHEIO - Derreta a margarina em uma panela e refogue a cebola e o alho. Junte o palmito, as azeitonas e refogue. Desligue o fogo, junte o cream cheese e tempere com sal e pimenta-do-reino. MONTAGEM - Com a massa, forre o fundo de forminhas para empa-

das. Recheie e tampe com um círculo de massa. Pressione bem as bordas para não vazar. Depois pincele com a gema e asse no forno preaquecido até dourar.


•3

Para inspirar e adoçar o paladar

Bolo de figo e especiarias

Bolo de amêndoas e limão

Ingredientes

6 figos 1 xícara (chá) de açúcar mascavo 2 colheres (sopa) de manteiga 2 xícaras (chá) de farinha de trigo 3 ovos 1 colher (sobremesa) de fermento em pó 1/2 colher (chá) de canela em pó 1/2 colher (café) de cardamomo em pó 1/2 colher (café) de cravo em pó

Ingredientes

6 ovos 200 g de açúcar refinado 200 g de amêndoas processadas 1 limão siciliano ¼ de colher (chá) de canela em pó Açúcar de confeiteiro

Modo de preparo

Modo de preparo

Bata as gemas com o açúcar. Acrescente a farinha de amêndoas ou as amêndoas processadas, as raspas de limão, o suco de 1/2 limão siciliano e a canela e misture. Bata as claras em ponto de neve e acrescente à mistura. Leve a massa para assar. Desenforme e decore com o açúcar de confeiteiro.

Bata as claras em neve e reserve. Descasque e amasse os figos e reserve. Bata o açúcar com as gemas e a manteiga. Acrescente os demais ingredientes, exceto o fermento e as claras, bata rapidamente. Incorpore o fermento peneirando e, em seguida, as claras em neve. Asse em forno preaquecido até dourar.

Torta de caqui Ingredientes Massa

3 colheres (sopa) de açúcar 1 xícara (chá) de amido de milho 1 xícara (chá) de farinha de trigo ¼ de colher (café) de sal 2/3 xícara (chá) de castanha de caju torrada e moída 2 colheres (sopa) de aveia em flocos 1 colher (sopa) de leite em pó 100 g de manteiga gelada 1 ovo

Modo de preparo

MASSA - Peneire o açúcar, o amido de milho, a farinha de trigo e o sal. Adicione a castanha, a aveia e o leite em pó. Coloque a mistura no processador e vá juntando a manteiga, até formar uma farofa. Sempre batendo, junte o ovo até dar ponto. Coloque em assadeira de fundo falso untada levemente com óleo, cobrindo bem as laterais da forma, fure a massa com garfo e leve ao forno preaquecido até dourar. Reserve.

Recheio

500ml de leite 1 lata de leite condensado 1 colher (sopa) de amido de milho 3 colheres (sopa) de pó para preparo de creme de confeiteiro 1 colher (sopa) gelatina em pó sem sabor 3 colheres (sopa) de água

Geleia

½ xícara (chá) de açúcar 50ml de água 1 xícara (chá) de polpa de caqui 30ml de vinho branco doce RECHEIO - Em uma panela, misture o leite, o leite condensado, o amido de milho e o pó para preparo de creme de confeiteiro e leve ao fogo até engrossar, mexendo sempre. Retire do fogo e misture a gelatina hidratada e dissolvida na água. Aguarde esfriar e aplique na montagem. GELEIA - Ferva a água e o açúcar, retire do fogo, misture a polpa de caqui e o vinho, mexa bem e aplique na montagem. Decore com fatias de caqui e cubra com a geleia.

Clafoutis de amora

Ingredientes Massa

150 g de manteiga 1/2 xícara (chá) de açúcar 3 gemas 2 xícaras (chá) de farinha de trigo

Recheio

2 ovos 10 colheres (sopa) de açúcar refinado 160 g de nata 4 colheres (chá) de amido de milho 30ml de leite Amoras

Modo de preparo

MASSA - Bata a manteiga com o açúcar. Em seguida, misture as gemas uma a uma. Incorpore a farinha até obter uma massa homogênea. Reserve na geladeira por 2 horas. Abra a massa em forma de fundo removível pelo fundo e pelas laterais. Leve ao forno preaquecido por 170 graus por cerca de 8 minutos. RECHEIO - Bata os ovos com o açúcar. Misture o leite com o amido de milho até desmanchar e acrescente ao creme feito com os ovos batidos. Adicione a nata e bata mais um pouco. Despeje a mistura sobre a base da sobremesa que está na forma. Disponha as amoras e leve ao forno até dourar.


4•

A saúde depende do seu cérebro Levantar da cama e praticar atividades simples do dia a dia pode não ser tão fácil para cerca de 121 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, a depressão - doença da modernidade - afeta mais de 11 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em tempos de relações cada vez mais líquidas, diferenciar tristeza e depressão e não subestimar o diagnóstico pode auxiliar o paciente a superar a enfermidade. “Democrática”, a depressão não escolhe classe social, idade ou raça. Qualquer um pode estar sujeito a desenvolver a doença, uma vez que sua origem não está associada apenas a fatores externos. Em um episódio depressivo a pessoa pode se sentir sem energia, com o humor afetado, sem interesse e sem vontade de fazer tarefas comuns do dia a dia, além dos sintomas físicos como dores de cabeça e dores de estômago. Geralmente, também vem acompanhada de uma tristeza profunda. Quando a pessoa permanece triste e desanimada por mais de 15 dias, é necessário que se procurem as causas para o transtorno. A dieta faz muita diferença na batalha contra o transtorno que abala o humor e a disposição, entretanto, é importante lembrar que esta não substitui o tratamento da doença, com a intervenção de remédios e terapia.

Depressão: O que entra e sai do prato é determinante quando se fala em bemestar. Rir também é um bom remédio

T ratamento – Além de acompanhamento com o médico nos tempos pré-determinados, procure outras formas de ajuda. É fundamental falar com um amigo, familiar e psicólogo. E também desenvolver a espiritualidade, dando, assim, um significado mais especial à vida.

Turbine o humor Um bom remédio natural para depressão que pode auxiliar o tratamento clínico da doença é o consumo da banana, aveia e do leite, pois são alimentos muito ricos em triptofano, uma substância que aumenta a produção de serotonina, um hormônio responsável por melhorar o humor e promover relaxamento. Consumir frutas vermelhas como amora, iogurte desnatado, laranja e maçã, nozes, ovos, cacau em pó e mel também pode ser um auxílio para aliviar os sintomas da depressão e ansiedade.

Importante saber hh Filhos de pais depressivos ou com parentes próximos com quadros de depressão correm maior risco de apresentar depressão. hh A depressão que se inicia na infância, geralmente, é mais grave. Por isso, a criança deve ser tratada o mais rápido possível. hh A criança com depressão vê alegria apenas nas outras pessoas e sofre com sentimento de inferioridade, timidez, sentimento de menos-valia e se conforma com esse referencial. Ou seja, será uma pessoa infeliz. hh Criança que cresce com depressão, quando adolescente, estará mais propensa ao uso de drogas, pois buscará um meio de se sentir feliz, ainda que pelo viés químico. Ela entrará em um “mundo de prazer” para fugir do seu desprazer.

Terapias alternativas ACUPUNTURA - Alivia sintomas associados a doença, como dor, ansiedade e insônia. ATIVIDADE FÍSICA - Ajuda a liberar hormônio como serotonina e endorfina, essenciais no tratamento da depressão, além de melhorar o bem-estar.

Alimentos x emoções

Banana: c ontra a ansiedade Mel: p ura alegria bacate: a migo do sono A Salmão: l evanta o astral Lentilha: a fasta o medo ozes: m N antém você concentrada Chá verde: e spanta o estresse Brócolis: d eixa a mente esperta Clorela: c ontrola a preocupação Óleo de linhaça: d ribla o apetite voraz Gérmen de trigo: a caba com a irritação ofu: e T spanta o desânimo

Vitamina de banana Ingredientes

1 copo de iogurte natural 1 banana madura 1 punhado de nozes 1 colher (sobremesa) de mel

Modo de preparo

Bata o iogurte, a banana e, por último, as nozes picadas e o mel. Tome a vitamina no café da manhã.

Sinais e sintomas

Cansaço extremo Fraqueza Irritabilidade Angústia Ansiedade exacerbada Baixa autoestima Insônia (ou sono de má qualidade) Falta de interesse por atividades que antes davam prazer Pensamentos pessimistas Comportamentos compulsivos Dificuldade para se concentrar Problemas ou disfunções sexuais Sensação de impotência ou incapacidade para os afazeres do dia a dia

Fatores de risco

Histórico familiar Estresse crônico Ansiedade crônica Disfunções hormonais Excesso de peso Sedentarismo e dieta desregrada Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas) Uso excessivo de internet e redes sociais Traumas físicos ou psicológicos Problemas cardíacos Separação conjugal Enxaqueca crônica


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