Ano 20 Nº 235 Julho 2019
COOPERATIVISMO
Uma relação além do negócio
| PÁGINAS 4 A 6
CULTURAS DE INVERNO
Boas perspectivas para trigo e cevada
SEMENTE CERTIFICADA
Confiança: custo ou benefício? | PÁGINA 8
| PÁGINAS 10 E 11
PROGRAMA SENTINELA
Orientações para o sucesso dos manejos de inverno | PÁGINA 12
Um passeio pela história da cooperação com Odacir Klein | PÁGINA 15
02|Julho / 2019
Expediente Jornal da Cotrijal Órgão de divulgação da Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial
Endereço: Rua Júlio Graeff, nº 01 - Cx. Postal 02 Não-Me-Toque/RS - CEP 99470-000 Fone: 54 3332-2500/ 54 3191-2500 E-mail: mcassel@cotrijal.com.br Internet: http://www.cotrijal.com.br Diretoria Executiva Presidente: Nei César Manica Vice-presidente: Enio Schroeder Conselheiros de Administração Região Sede: Francisco Jorge Eckstein Jair Paulo Kuhns Leori Antônio Dessoy Luiz Roberto Gobbi Odair Sandro Nienow Roveni Lúcia Doneda (Representante dos Líderes de Núcleos) Região Um: Jonas Francisco Roesler José Valdir Kappaun (Representante dos Líderes de Núcleos) Mateus Tonezer Região Dois: Délcio Reno Beffart Fabiana Venzon Jackson Berticelli Cerini Juliano Manfroi Milton Antônio Marquetti (Representante dos Líderes de Núcleos) Valdecir Luiz Delazeri Valdino Morais Conselheiros Fiscais Titulares Leandro Bürgel de Souza Celito Dal Pizzol Ismar Schneider Conselheiros Fiscais Suplentes Inézia Toso Meira Ricardo César Tomazoni Alfredo Bürgel
Produção: Unidade de Desenvolvimento Cooperativista Jornalista Responsável: Mariliane Elisa Cassel - Reg. prof. 14.895 Redação: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Libera Fotos: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Foto Choks, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Libera Editoração Eletrônica: Prisma Produções Gráficas (54) 3045-3489 Pré-Impressão e Impressão: Imperial Artes Gráficas Ltda. (54) 3313-5434 Comercialização: Agromídia - Desenv. de Negócios Publicitários Ltda. - São Paulo/SP - Fone: (11) 5092-3305 Guerreiro Agro Marketing - Maringá/PR Fone: (44) 9180-4450 - 3026-4457 Prisma Produções Gráficas - Passo Fundo/RS (54) 3045-3489 - 9233-3170 Periodicidade: Mensal
Opinião
NEI CÉSAR MANICA Presidente da Cotrijal
Com força e união, todos ganham O cooperativismo está vivendo um dos seus melhores momentos, fruto da confiança e da capacidade de ter resiliência às crises. A crise, de certo modo, tem sido um combustível importante para a união das pessoas. Isso não é um fator que está acontecendo só no Brasil. Está acontecendo no mundo todo. A humanidade está buscando ferramentas de economia mais colaborativa, de participação mais intensa nas decisões. Um movimento que fortalece e impulsiona o trabalho das cooperativas no munto todo. Nós, aqui no Rio Grande do Sul, não podemos nos queixar. Só para se ter uma ideia, em 2018, as cooperativas gaúchas apresentaram um crescimento de 12,13% em relação ao ano anterior e registraram um faturamento de R$ 48,2 bilhões. Já nas cooperativas agropecuárias, o faturamento foi de R$ 31,7 bilhões, 19,22% maior do que em 2017. É o que revela a Expressão do Cooperativismo Gaúcho 2019, estudo que divulga os números oficiais do cooperativismo no Estado. Como produtor rural e dirigente de uma das maiores cooperativas agropecuárias do país é uma honra poder comemorar o sucesso deste sistema que une as pessoas em um mesmo ideal. Não tenho dúvidas de que é o melhor sistema do mundo. Só a Cotrijal, cresceu 38% no último ano, alcançando os R$2,338 bilhões. Uma confiança que deixa o campo cada vez mais forte. E que nos inspira e dá cada vez mais orgulho. Está no DNA da Cotrijal ouvir o produtor, entender os seus anseios e buscar soluções. Recentemente estive em Brasília, onde pude acompanhar a divulgação do Plano Safra 2019/2020, que trouxe um aporte robusto para o custeio da próxima safra de verão. Outra boa notícia foi o anúncio de R$ 1 bilhão para o seguro agrícola. Há anos a cooperativa vem trabalhando para que o produtor tenha com o seguro uma garantia de rentabilidade. Tão bom quanto ver essa união de forças em prol do setor é fazer parte da história. Na Cotrijal, somos mais de 7,5 mil associados e mais de 1,7 mil colaboradores em plena
“É dessa forma que queremos seguir. Unidos, participativos, inspirando e espalhando confiança entre os cooperados e suas famílias para fazer uma agronegócio ainda mais pujante e mais competitivo.”
sintonia com a cooperação. Nesse time, sobram conquistas a favor do agronegócio brasileiro. De propriedades mais sustentáveis a patamares de produtividade nunca vistos antes na nossa região e no Estado. Um grupo diferenciado e que faz a Cotrijal ser conhecida e reconhecida dentro e fora do país. Tudo isso é resultado de um trabalho sério, seguro, profissional, atuante, do jeito do produtor. A Cotrijal inova, investe em tecnologia, mas valoriza, assim como o agricultor, o olho no olho, o aperto de mão. Talvez por isso, passe tanta confiança. Onde chega leva tranquilidade, felicidade, gera emprego, movimenta a economia, muda cenários. Nesses 61 anos, criou vínculos que vão além do negócio. Já é parte da família dos associados. Uma forma diferente de se relacionar e que tem conquistado cada vez mais adeptos nas 56 unidades e 32 municípios onde a cooperativa atua. É dessa forma que queremos seguir. Unidos, participativos, inspirando e espalhando confiança entre os cooperados e suas famílias para fazer uma agronegócio ainda mais pujante e mais competitivo. Um cooperativismo sem fronteiras e que orgulhe a todos, incluindo, as novas gerações, que são o futuro no campo.
04|Julho / 2019
COOPERATIVISMO
Uma relação além do negócio Mais que um modelo de negócios, a Cotrijal inspira e une pessoas. Busca, sem deixar de lado a base cooperativista, aliar desenvolvimento econômico e social, produtividade e sustentabilidade. É prática, segura, do jeito do produtor. É com esse estilo próprio e simples de se relacionar que vem ganhando a todo o momento novos adeptos, inclusive, na região onde passou a trabalhar em 2016. Hoje são mais de 7,5 mil associados em sintonia com a cooperação. Associados que, inclusive, têm em casa a extensão da cooperativa. “Você só chama para dentro da sua casa as pessoas com quem têm uma relação muito próxima e de confiança isso é comum entre associados e colaboradores”, pontua o presidente, Nei César Manica. Na Cotrijal, em 61 anos, são muitos os vínculos que se criaram, fruto dessa parceria com o cooperado. Histórias de casórios, convites para apadrinhar filho, parceria no futebol e em outros esportes e hobbies nas comunidades do interior são contadas em todas as unidades. “Esse é o verdadeiro cooperativismo. Que une as pessoas, em uma relação sadia, de afeto, de cooperação”, destaca o vice-presidente, Enio Schroeder. Com uma trajetória para se orgulhar, o produtor Osvaldo Baumgratz, de Não-Me-Toque, é um exemplo de cooperativista nato. Sócio desde 1968, ele tem no relacionamento com a Cotrijal uma das suas prioridades de vida. “Eu vi a Cotrijal crescer, evoluir junto com a agricultura. Hoje eu olho com satisfação esta história que eu ajudei a escrever”, afirma com orgulho. Aos 91 anos, cumpre um ritual. Todos os dias, faça chuva ou sol, ele anda quase dois quilômetros de casa até a Unidade da cooperativa para rever os amigos, verificar o preço dos grãos e tomar um chimarrão ou cafezinho. A vitalidade e disposição do associado é admirada por colaboradores e produtores que se reúnem diariamente na sala de convivência, que fica junto à Unidade. No ponto de encontro, o grupo troca ideia sobre a atividade agrícola, mas também cria vínculos de amizade, de apoio e diversão.
Sala de convivência, na Unidade de Não-Me-Toque, possibilita a troca de ideias, reforça laços de amizades e reúne cooperativistas natos como Osvaldo Baumgratz, 91, (à dir.) e Arlindo Weber, 84, (ao centro)
Trabalhar muito e cooperar sempre A receita de longevidade, Osvaldo tem na ponta da língua: não ter medo de trabalhar e cooperar. Aos 14 anos, já plantava mandioca com junta de bois. “No primeiro ano, meu pai foi junto para me ensinar, depois fui sozinho e me virava”, recorda. Seguindo os passos do pai, escreveu sua história. Construiu um legado de cooperação, amizade e persistência junto com a cooperativa e que vai além do negócio. Hoje faz questão de manter horta no capricho, onde cultiva mandioca, alface, tomate, temperos,
DIA DO COOPERATIVISMO
chás e até algumas frutas, como mamão. Tudo plantado na fase certa da lua, como aprendeu com os antigos. “Tem outro gosto quando é produzido pelas nossas mãos”, garante. Líder nato - O associado Arlindo Weber, 84 anos, que por mais de 20 anos exerceu a função de líder de núcleo, também faz parte desse time de veteranos extremamente fiel aos ideais da cooperação e que frequenta seguidamente a unidade de Não-Me-Toque. “Somos uma família. A cooperativa facilita muito o trabalho do produtor”, reconhece.
A reportagem teve por finalidade evidenciar o sentimento de associados, produtores e colaboradores que acreditam na parceria e força da marca Cotrijal. Uma forma de marcar a data do Dia Internacional do Cooperativismo, celebrada no dia 6 de julho, que neste ano tem como tema Cooperativas por um trabalho digno.
A Cotrijal hoje
Em 61 anos, a Cotrijal construiu uma engrenagem sólida e confiável. São 56 unidades, distribuídas em 32 municípios, e mais de 1,7 mil colaboradores para atender os mais de 7,5 mil associados. Desse grupo, 295 colaboradores têm entre 11 e 25 anos de empresa e 54 deles mais de 26 anos de casa. O que mostra o quanto a cooperativa faz bem para quem veste a camisa ou acredita nesse jeito de fazer negócio para prosperar no campo e na profissão.
Confiança no time
Produtores Marivaldo e Fábio com o coordenador Gleison: amizade e bons negócios
Em Muitos Capões, não faltam produtores que “batem” o ponto na unidade da Cotrijal. Marivaldo Maurina, 42, é um deles. “Tem uma equipe que a gente pode confiar. Não é por acaso que está crescendo aqui na região”, fala o agricultor com lavouras em Muitos Capões e Esmeralda. Para tocar os mil hectares de planta ele conta com a Cotrijal e a parceria dos irmãos Rosimar e Rogério. “É um grupo que veste a camisa, o chapéu e se deixar o crachá”, brinca o coordenador administrativo Gleison Joel Ostrowski, 44, com quase 19 anos de Cotrijal, sendo três na nova casa e no cargo, referindo-se ao associado. Nesse grupo de associados, com
vínculo forte de amizade com o time da unidade, estão ainda Zilmar da Luz, 64, que planta em Muitos Capões e Sananduva com a ajuda do filho Igor, e os irmãos Sagiorato (Airton, 43, André, 40, e Anestor, 51) com 700 hectares de lavouras em Muitos Capões e Sananduva. “Quando vi quadro de 15 anos de empresa em cima da mesa do coordenador administrativo pensei: Esse dá para confiar! Sabe dizer sim e não. Uma qualidade que admiro e que me faz querer seguir nessa parceria com a cooperativa”, elogia Airton. Em Muitos Capões, a unidade está sob a gerência de Ronei Raber, que responde ainda pela Cotrijal de Esmeralda e Pinhal da Serra.
Julho / 2019|05
Sintonia dentro e fora da quadra No Vôlei das Terças, time misto que envolve colaboradores, associados e familiares ligados à Cotrijal de Mato Castelhano, sobra entrosamento. Uma relação de confiança e amizade que ultrapassa a porteira de propriedades e entra em quadra. Para esse grupo, que não tem uniforme e nem técnico, não importa o resultado, mas a amizade e a diversão. Assim como na produção de grãos, grupo entra em campo inverno e verão. “A gente corre, sua, descontrai e com pessoas que a gente gosta”, destaca o engenheiro agrônomo, Ângelo Rigon Machado. Para a neta de produtor e associada, Bianca Xavier Salvático, 22, de Tijuco Preto, o maior prêmio é a integração. Uma atividade sadia que atrai ainda a mãe da jovem e o tio. Quando o serviço aperta no campo, tem quem vá direto da lavoura para o ginásio de esportes do município, onde ocorrem os jogos. O produtor e conselheiro de Administração, Juliano Manfrói, 42, entra em quadra junto com a família e apoia a iniciativa. “É um passatempo divertido. Meus filhos adoram”, afirma. A brincadeira já rendeu, inclusive, viagens para a cidade de Gentil para disputar jogos com time da Cabriúva.
Amizade pura e simples
Time de Vôlei de Mato Castelhano: afinidade com esporte e integração
Para José Carlos Durigon, 69, de Tapera, mais conhecido por “Kiko”, a Cotrijal é sinal de tranquilidade, segurança. Com 800 hectares de planta em São Juvenal, interior de Cruz Alta e Lagoa dos Três Cantos, boa parte dos negócios são encaminhados por telefone. “É um time de palavra. A gente tem certeza de que está trabalhando com gente do bem. Sou sempre bem atendido”, garante o produtor, que é ligado à Cotrijal de Lagoa dos Três Cantos. Além de grãos, ele trabalha com gado de corte. Otimista por natureza, perseverante e com vocação para agricultura, Durigon é do tipo que valoriza as boas parcerias. Isso vale tanto para os negócios como no trato com pessoas. Na unidade, a amizade com o operador de balança José Renato Drunn, 32, vem de longa data. Os dois se conheceram há mais de 10 anos, em sociedade hípica de Tapera e, desde então, dividem bons momentos em família e com amigos. “Um grande amigo e que inspira a todos. Meu filho é fã dele”, orgulha-se Drunn, na cooperativa desde 2014.
Durigon e o balanceiro Drunn: almoços em família e cavalgadas em hípica
Parceria desde sempre
Vizinhos desde a infância, em Linha Jacuí, interior de Victor Graeff, Carlos Balduíno Gehring e Gilnei Wentz, sempre estiveram juntos. Nas brincadeiras, nos estudos, nos jogos de futebol e, agora, na Cotrijal. Produtor e sócio da cooperativa Carlos Balduíno vai seguido à unidade. Ele diz ter orgulho de ver o melhor amigo vestindo a camisa da Cotrijal. “É uma amizade que só ganha força com o passar do tempo. Quando me falam ou pedem referência do Gilnei, na mesma hora eu digo: é uma pessoa correta, batalhadora e dedicada. Não é por acaso que faz parte da equipe da cooperativa”, comenta. Gilnei, que atua como coordenador operacional da unidade, também tem boas recordações dessa amizade. Em especial, quando os dois fizeram parte da diretoria da Sociedade Aliança de Linha Jacuí. “Ganhamos até um título pelo time do Ipiranga na época”, lembra. Hoje promovem ações à frente da diretoria da Paróquia Alto Jacuí.
Carlos Balduíno Gehring e Gilnei Wentz são amigos desde a infância
Admiração é recíproca
Nem quando o associado Gustavo Gotz, 40, e o auxiliar admi-
nistrativo da unidade de Negócios da Cotrijal de Nicolau Vergueiro,
Gustavo (à dir) e o produtor Wellington jogam no mesmo time, o Coringa
Wellington Medeiros, 19, jogavam em times rivais, a amizade ficou estremecida. O jovem conquistou a confiança do produtor quanto trabalhou de diarista na propriedade. Hoje, nas horas de folga, entram em quadra pelo Coringa Futebol Clube, tradicional time da cidade. Além de acertar na lavoura, o produtor é o goleiro do time e fala com orgulho do amigo. “É um guri bom. Tem futuro. Toda a semana nos encontramos na cooperativa e em quadra”, conta Gotz. Medeiros também só tem elogios para o amigo. “Me dá dicas no trabalho, nos jogos e na vida. É um grande amigo!”, orgulha-se o jovem, que fez questão de convidar o agricultor para ser padrinho de formatura no colégio. “Para mim, ele é uma inspiração”, conclui.
06|Julho / 2019
Cooperativas gaúchas faturam R$ 48,2 bi em 2018 No RS, as 437 cooperativas faturaram R$ 48,2 bilhões em 2018, o que representa um aumento de 12,13% com relação ao ano anterior. Os números que confirmam a posição de destaque do setor no Estado foram anunciados no dia 3 de julho, às vésperas do Dia Internacional do Cooperativismo, celebrado em 6 de julho, pela Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs), no Tá na Mesa da Federasul, em Porto Alegre (RS). O presidente da Cotrijal, Nei César Manica, acompanhou encontro. Para Vergilio Perius, presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, resultado coroa uma sequência de anos com resultados positivos. “Nos últimos quatro anos, nossas cooperativas registraram crescimento no faturamento na ordem de 54,63%, uma média de 11,60% ao ano, que
justifica a força do movimento cooperativo gaúcho e o esforço de 2,9 milhões de associados”, destacou. Segmento economicamente mais forte do cooperativismo gaúcho, as cooperativas agropecuárias tiveram um faturamento de R$ 31,7 bilhões em 2018, representando um aumento de 19,22% em relação ao ano anterior. Manica reconheceu a importância do cooperativismo e pontuou o bom momento das cooperativas agropecuárias. “Só a Cotrijal cresceu 38% no último ano. Isso é muito importante. São números que mostram a força das cooperativas e o aumento da confiança do produtor”, destacou. Um resultado, que segundo o presidente, é fruto do profissionalismo do agricultor, que confia cada vez mais no trabalho de cooperativas como a Cotrijal para superar resultados a cada safra.
Presidente Nei César Manica prestigiou Tá na Mesa da Federasul. Na foto, com o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, a presidente da Federasul, Simone Leite, e o deputado estadual, Ernani Polo
Crescimento compartilhado - A eficiência econômica das cooperativas do RS também se evidencia
através do crescimento de 18,49% nas sobras apuradas, atingindo o valor de R$ 2,1 bilhões.
COOPERATIVISMO FORTE Economia Cooperativa
Global Fonte: World Co-operative Monitor Report 2018
NO BRASIL
Faturamento das 300 maiores cooperativas do mundo:
5 cooperativas brasileiras estão na lista das
2,1 trilhões de US$
300 maiores do mundo
NO RIO GRANDE DO SUL
AGROPECUÁRIO (o mais expressivo)
6,8 mil cooperativas
437 cooperativas
128 cooperativas
14,2 milhões de associados
2,9 milhões de associados
350,2 mil associados
398 mil empregos
63,8 mil empregados
36,6 mil empregados
78% das cooperativas estão concentradas nos ramos Agropecuário, Crédito, Transporte e Saúde
POPULAÇÃO GAÚCHA
A COTRIJAL
envolvida no cooperativismo
2,9 milhões de associados
51,2%
Em 2019 são 2,9 milhões de associados distribuídos em 437 cooperativas no RS.
é a participação da população gaúcha envolvida no Cooperativismo* *Considerando que a família de cada associado se constitui, em média, de duas pessoas.
Fonte: Ocergs, data-base maio/2019
RENDA GERADA AO ESTADO impostos e contribuições
R$ 1,7 bilhão
Fonte: Sistema Auto Gestão-Ocergs-Sescoop/RS
PORTE DAS COOPERATIVAS (Faturamento) Até 10 milhões
35%
De 10 a 100 milhões
28%
100 a 500 milhões
18%
Acima de 500 milhões
19%
Fonte: Sistema OCB-2017
Fonte: Ocergs/2018
Em 2018, a Cotrijal surpreendeu o mercado com faturamento 38% maior em relação ao ano anterior, chegando a R$ 2,338 bilhões. Com esse resultado, a cooperativa segue despontando como uma das mais importantes do país. A meta é faturar R$ 2,705 bilhões até 2020.
08|Julho / 2019
SEMENTE CERTIFICADA
Confiança: custo ou benefício? “Custo gera uma conta. Benefício, outra completamente diferente”. A avaliação é do pesquisador Paulo Dejalma Zimmer, em entrevista ao programa de rádio da Cotrijal, alertando sobre a necessidade de o produtor analisar a importância do uso de semente certificada para buscar melhor resultado na safra de soja. Dejalma ressalta que a principal característica da semente certificada em relação a salva é a confiança. “Se eu confio na semente, vou usar a população adequada e consequentemente ter maior facilidade em todos os manejos durante o desenvolvimento da cultura, além do benefício de garantia do potencial genético que ela carrega”, pondera. Percorrendo regiões produtoras em todo o Brasil, o pesquisador diz que vê que os benefícios da semente certificada não são aproveitados de forma adequada pelos produtores. Erros em relação à população de plantas são comuns e levam a perdas de produtividade que poderiam ser evitadas. “A semente pode ser de ótima qualidade, mas se eu não usá-la de forma correta, nas condições corretas de umidade e temperatura, se não tiver um sistema de produção adequado e plantadeira bem regulada, não confiar nessa semente e usar população maior do que o recomendado, posso estragar completamente
a lavoura”, afirma. O pesquisador pontua que cerca de 90% das lavouras de soja que já visitou no país apresentavam problemas de população de plantas, principalmente excesso, fruto da falta de confiança do produtor na qualidade da semente. Com plantas demais na lavoura, a dificuldade de controlar doenças, por exemplo, é maior, porque os fungicidas não chegam de forma adequada nas folhas mais baixas. “Errar na população de plantas hoje é prejudicar a genética, os produtos químicos, inclusive o adubo e o ambiente, porque o produtor acaba perdendo oportunidade de colher mais”, enfatiza Dejalma.
E VOLUÇÃO - No passado, era necessário usar muito mais sementes por metro, porque a soja devia fechar logo em função de não se ter bons herbicidas para controlar as plantas daninhas. A chegada dos transgênicos mudou a forma de gerenciar a lavoura porque trouxe
Investir em semente certificada traz segurança ao produtor e garantia de continuidade da pesquisa
ferramentas que facilitam esse controle. E com o crescimento dos problemas de doenças nas folhas mais baixas, a necessidade de ter linhas mais abertas, tornou-se maior. “A lavoura de soja do futuro vai ter que ser manejada como a de milho: população certa, planta em cada lugar, protegida, só com semente de altíssima qualidade”, conclui Dejalma.
Dejalma: “Lavoura de soja do futuro vai ter que ser manejada como a de milho: população certa, planta em cada lugar, protegida, só com semente de altíssima qualidade”
Pirataria gera prejuízo para o produtor
Maria de Fátima: “nutrir a pesquisa é vital para o futuro do produtor de soja”
Levantamento feito em 2018 pela Associação Brasileira dos Produtores de Sementes (Abrasem) aponta que o prejuízo à economia nacional com a comercialização ilegal de sementes não certificadas se aproxima de R$ 2,5 bilhões por ano. O número abrange principalmente a soja, mas também outras culturas importantes, como milho, trigo e feijão. A estimativa da entidade é que cerca de 30% de todas as sementes lançadas ao solo, a cada ano, sejam ilegais, prejudicando toda a cadeia produtiva, principalmente o programa de controle de doenças e plantas daninhas e ameaçando a sequência da pesquisa.
A doutora em sementes Maria de Fátima Zorato alerta para o risco de o Brasil ter os mesmos problemas que hoje vive a Argentina. As grandes empresas abandonaram o país vizinho porque não se sentem seguras para investir em pesquisa. “O governo não tem recursos para oferecer esse mesmo avanço em pesquisa que hoje as multinacionais nos oferecem. Se queremos avançar em produtividade e fazer frente aos desafios de cada safra, precisamos remunerar a pesquisa comprando sementes certificadas”, afirma. “Quem paga esse preço não são as empresas, mas o produtor, que fica sem acesso a toda evolução
tecnológica que é possível através da semente. Qual é a empresa que vai querer desenvolver genética específica para solos e condições ambientais diferentes como as que temos no Brasil se não tiver retorno financeiro?”, sentencia o pesquisador Paulo Dejalma Zimmer. Maria de Fátima apela para o senso crítico: “cobramos tantas mudanças dos políticos, exigindo que sejam corretos, mas e nós, estamos fazendo a nossa parte quando estamos usando sementes ilegais? Nós somos a mudança e precisamos pensar no que queremos para o futuro. Pesquisa não se sustenta sem investimento”, frisa.
S É OÁSIS - Os três estados R do Sul, especialmente o Rio Grande do Sul, são oásis para a produção de sementes de soja, segundo Maria de Fátima. Têm menos problemas climáticos e maior disponibilidade de água. “Às vezes o próprio produtor de sementes não explora isso”, reconhece. “O produtor do Mato Grosso, por exemplo, é um herói, porque produz volume e entrega qualidade mesmo diante das dificuldades que enfrenta. A gente cresce pela dificuldade. Quando é tudo muito normal, não se busca o novo. Esse é um dos motivos que leva produtor a salvar a semente”.
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10|Julho / 2019
CULTURAS DE INVERNO
Semeadura no capricho e boas perspectivas nas melhores condições de manejo para alcançar altas produtividades. “Estamos ao lado do nosso associado em todas as etapas, desde a escolha da sementes até a colheita. Uma relação de comprometimento com o resultado e principalmente com a busca de uma melhor renda no inverno para o produtor”, pontua. Ele lembra ainda que a Cotrijal oferece um programa de segregação dos materiais de trigo desde o ano passado. “O que nos auxilia na hora de movimentar grãos e também para os negócios com os moinhos”, explica.
Projeções
Conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e IBGE, o espaço destinado para o trigo fica entre a estabilidade e o leve recuo, diferentemente do que havia apontado levantamento de intenção de plantio feito pela Emater em 246 municípios do Estado no mês de abril. A área pesquisada representa 89% da total e indica aumento de 4,12%, somando 739,4 mil hectares. Para a Conab, os dados divul-
Na região de Lagoa Vermelha e Esmeralda a semeadura segue até o final de Julho
gados ainda são baseados no ano passado, por questão de metodologia utilizada, estimando 681,7 mil hectares para o cereal. A produção divulgada é de 1,88 milhão de toneladas. Para o IBGE, a área soma 705,7 mil hectares, pouco abaixo dos 710,16 mil hectares registrados em
2018. A produção é estimada em 2,06 milhões de toneladas, alta de 17,3% na comparação com o mesmo período. A cevada também apresenta, neste primeiro momento, intenção de aumento de área de 1,44%, passando para 42.414 ha no Rio Grande do Sul. A produtividade esperada
PASSO FUNDO
Trigo na resteva de nabo Depois de um inverno sem trigo, o associado da Cotrijal Edemir Rosso, de Passo Fundo, retornou com a cultura nesta safra. São 22 hectares com o cereal e a expectativa é das melhores, principalmente pelo trabalho de preparação da área, escolha da cultivar e cuidados na semeadura. “Na área que receberá o trigo, investimos em uma boa cobertura com nabo, o que contribui para a descompactação do solo, aporte de nutrientes e manejo de plantas daninhas”, garante Rosso.
Outro ponto que foi decisivo para a implantação do cereal, segundo o produtor, é a possibilidade de entrega e comercialização do produto na unidade de Passo Fundo, seguindo os padrões do programa de Segregação da Cotrijal. “Esse foi um dos motivos do retorno com o trigo. Além do preço melhor, ficou mais fácil entregar produto”, afirma. Com a semeadura concluída na última semana de junho, os próximos manejos como a aplicação de nitrogênio já estão no calen-
para esta safra é de 2.073 kg/ha, o que se refletirá na diminuição de produção de -5,82% para esta nova safra, que está em implantação nas principais regiões produtoras do Estado, e deverá atingir 87.929 toneladas, contra as 93.362 toneladas na safra passada. (dados Emater/ RS – Ascar).
LEONARDO ROSSO (DETEC)
Formação de palhada, proteção do solo, reposição de nutrientes, adubação, controle de plantas daninhas, otimização do maquinário e rotação de culturas. Estes são alguns dos pontos positivos que as culturas de inverno podem trazer para uma propriedade rural. Segundo estudos do Departamento Técnico da Cotrijal, trigo e cevada se mantém no cenário das principais propriedades da área de ação da cooperativa, totalizando mais de 60 mil hectares entre as culturas. “É fundamental tratar o inverno como parte do sistema de produção e não como um eterno problema. Hoje não se avalia todos os benefícios proporcionados pelo trigo e cevada. O produtor esquece de mensurar que aquela produtividade de soja, semeada em resteva de trigo/cevada, chegou a determinado patamar devido a toda a adubação e controles realizados no inverno”, lembra o superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, Gelson Melo de Lima. Lima reforça o trabalho da cooperativa, que leva conhecimento e tecnologia para que o produtor possa desenvolver a sua lavoura,
dário. “O produtor tem que fazer a sua parte e deixar a lavoura sempre em condições para uma boa produtividade”, destaca.
D ados - A propriedade fica no interior de Passo Fundo. São 140 hectares de área total, com 22 hectares destinados para o trigo, com o restante para aveia e triticale. Seguindo o programa de segregação da Cotrijal, a cultivar de trigo foi a Tbio Audaz (melhorador, de ciclo precoce).
Edemir Rosso acredita que uma boa cobertura tem papel fundamental na proteção do solo
CLEBER DORR (DETEC)
TIO HUGO
De olho no sistema
Gerson Müller e o engenheiro agrônomo Márcio Forcelini no monitoramento do trigo em Tio Hugo
Atento a todos os quesitos da lavoura, o engenheiro agrônomo e associado da Cotrijal, Gerson Müller, de Tio Hugo, já concluiu os trabalhos de semeadura do trigo em sua área e vê na cultura uma forma positiva de atividade para o inverno. Defensor de um solo protegido, o associado investe no trigo com fins comerciais e também visando um melhor manejo de plantas daninhas, maior adubação química e formação de palhada. “Eu acredito no potencial da cultura. Hoje temos cultivares com alta qualidade de panificação, que também nos permite
investir em uma adubação que nos dará resultados também na soja”, explica. São 34 hectares com trigo e o produtor está otimista com o potencial da cultura. “Já tivemos um clima seco na época de semeadura, o que poderá se repetir na primavera. Caso isso se confirme, vamos colher mais trigo e de boa qualidade”, acredita o produtor. Márcio Forcelini, engenheiro agrônomo da Cotrijal que atende à propriedade, destaca que a semeadura foi praticada nas melhores condições de umidade do solo. “O produtor conseguiu uma boa janela
para a semeadura, o que já dá para perceber na emergência das plantas. Agora o foco está no monitoramento de invasoras e manejos iniciais”, destaca o agrônomo.
Inverno Müller
LOCALIZAÇÃO DA ÁREA: Tio Hugo TOTAL: 65 ha ÁREA COM TRIGO: 34 ha CULTIVARES: Tbio Toruk (trigo pão/ melhorador – ciclo médio); bio Audaz (melhorador - ciclo precoce) OUTRAS CULTURAS: aveia
Julho / 2019|11
COLORADO
Inverno como diferencial
Bom start no trigo padrão produtivo e já revela que fará o que for necessário para obter um bom resultado. “Escolhemos a cultivar de acordo com as recomendações técnicas, preparamos bem a área, principalmente com uma
LEONARDO PESENTE (DETEC)
Otimista com os trabalhos de inverno em sua propriedade, o associado da Cotrijal, Cristiano Guareschi, de Colorado, encerrou a semeadura do trigo no dia 14 de junho. Com a planta bem estabelecida, o produtor acredita em um bom
adubação ideal para a cultura. O trigo vai muito além deste inverno, pois vamos sentir os efeitos de um bom controle e manejos lá na soja”, destaca o produtor, que destina. 57 hectares para o cereal. O engenheiro agrônomo da unidade de Negócios da Cotrijal de Colorado, Leonardo Pesente, adianta que a área de trigo apresenta uma boa emergência em toda a região e a tendência é ficar ainda melhor com o aumento das chuvas e manejos de controle de plantas daninhas e nitrogênio. “As altas temperaturas e a pouca chuva registrada em junho dificultaram a evolução das plantas, mas acreditamos que tudo deve se normalizar com o decorrer do inverno”, destaca o agrônomo.
Em Vista Alegre, interior de Colorado, o produtor e associado da Cotrijal, Vanderlei Pereira da Silva, destinou neste inverno 95 hectares para o trigo. Ele acredita que é possível colher mais de 60 sacas por hectare, com PH acima dos 78. “Buscamos manter um bom investimento na lavoura, com adubação de qualidade, manejo sequencial de plantas daninhas e constante monitoramento. Assim queremos fazer no inverno um diferencial de nossa propriedade”, ressalta o produtor.
Inverno Guareschi
LOCALIZAÇÃO DA ÁREA: Colorado TOTAL: 180 ha ÁREA COM TRIGO: 57 ha CULTIVARES: Tbio Seleto (trigo pão – ciclo precoce)
A semeadura no limpo é prioridade para Cristiano Guareschi
LAGOA VERMELHA
VICTOR GRAEFF
Plantio a todo o vapor
Tradição com o trigo
Tradicional produtor de trigo da região, o associado da Cotrijal, Rudi Wallauer, de Linha Jacuí (Victor Graeff), concluiu a semeadura de sua área no dia 12 de junho. Para ele, o trigo faz parte do sistema de produção e é a cultura que melhor se adapta ao sistema de produção no inverno, além de agregar renda à propriedade. “Quando o clima colabora e os manejos são realizados de forma correta o trigo nos deixa um bom retorno”, destaca o produtor. Motivado pela necessidade de cuidar do solo, Rudi vê no trigo um forte aliado para o controle de plantas daninhas e reposição de nutrientes. “Preparamos essa área da melhor forma, com duas dessecações e aplicação de calcário. Agora já estamos atentos para os primeiros manejos”. São 40 hectares com trigo. Cultivares (ORS Vintecinco – ciclo médio e Tbio Sinuelo – trigo pão). Os 30 hectares restantes foram cultivados com plantas de cobertura de solo.
Para Rudi Wallauer, a escolha da semente é decisiva para uma boa lavoura
NÃO-ME-TOQUE
Expectativa de boa safra
“Vamos repetir o planejamento de 2018 e torcer para que sobre um pouco”, afirma o produtor de Não-Me-Toque, Mirton Nelson Kogler, que destinou 70 hectares da área para o trigo. Para Kogler, o cereal colabora na formação de palhada, adubação, controle de plantas
daninhas e, quando o clima ajuda, ainda gera renda. Otimista para esta safra de inverno, o produtor espera colher acima das 75 sacas/ha no trigo. “Em 2018, conseguimos manter um bom potencial até a colheita, com três aplicações de fungicidas e controles de plantas daninhas. Nesta safra, vamos repetir o planejamento”. O engenheiro agrônomo da Cotrijal, Luiz Rohr, explica que no trigo o trabalho de preparação das áreas seguiu as recomendações técnicas, com dessecação para o controle de plantas daninhas e adubação. “As plantas emergiram bem. Agora vamos aguardar o melhor momento para a aplicação de Nitrogênio”, adianta.
Inverno Kogler
Mirton espera colher acima de 75 sacas/ha no trigo
LOCALIZAÇÃO DA ÁREA: Arroio Bonito, interior de Não-Me-Toque TOTAL: 80 ha ÁREA COM TRIGO: 70 ha CULTIVARES: Tbio Toruk (trigo pão/melhorador – ciclo médio)
As áreas que receberão trigo e cevada, na propriedade da família Bonotto, em Lagoa Vermelha, já estão preparadas para a semeadura. A expectativa é de finalizar o plantio ainda neste mês de julho e contar com uma “ajudinha” do clima para o melhor desenvolvimento das culturas. “As plantas de inverno sempre nos trazem algo de positivo”, destaca Ângelo Bo- Ângelo Bonotto quer repetir a boa lavoura de cevada de 2018 notto. São 30 hectares atenção do produtor, que espera com cevada e 85 hectares para o que o inverno não venha com trigo, com manejos já planejados muita chuva, principalmente de forma antecipada com o auxína época de colheita. “Além de lio do Departamento Técnico da produtividade, precisamos de Cotrijal. “A cevada deixa uma boa qualidade na cevada e também no resteva para a soja e a antecipação trigo. São fatores determinantes do preço de comercialização nos para a comercialização, por isso dá uma maior garantia”, afirma. que a nossa parte tem que estar Alguns pontos chamam a em dia”, pontua.
Inverno Bonotto
LOCALIZAÇÃO DA ÁREA: Lagoa Vermelha TOTAL: 376 ha ÁREA COM TRIGO: 85 ha CULTIVAR: ORS Madre Pérola (trigo pão/melhorador) CEVADA: 30 hectares Cultivar: BRS Cauê
12|Julho / 2019
DICAS DO PROGRAMA SENTINELA
O azevém compete com as culturas de inverno e rouba produtividade. Apesar de ser uma cultura importante para pastagem e cobertura de solo, em áreas de trigo e cevada o azevém é uma invasora de difícil controle. O alerta é do Departamento Técnico da Cotrijal, que orienta aos produtores monitorar constantemente as áreas e buscar informações sobre o melhor controle com o seu
profissional técnico. “O manejo do azevém é altamente dependente do estágio de desenvolvimento da invasora e cultura comercial, além das condições climáticas e escolha do herbicida adequado”, explica o coordenador técnico de Difusão da Cotrijal, Alexandre Doneda. O cuidado anual pode diminuir a incidência do azevém nas áreas de trigo e cevada. Doneda reforça a necessidade de um
manejo sequencial desde a dessecação para a implantação das culturas de verão, com atenção especial para as áreas que receberão as culturas de inverno. “O azevém está presente em boa parte das áreas da nossa região. Ele rouba muita produtividade, pois compete por água, luz e nutrientes com as demais plantas. Converse com seu técnico e salte na frente dessa invasora”, orienta.
ALEXANDRE DONEDA/DETEC
É hora de eliminar o azevém
Defensivo: cuidado na aplicação! Além da escolha do herbicida adequado, o Departamento Técnico da Cotrijal alerta para alguns cuidados na hora da aplicação, que pode influenciar no resultado do manejo do azevém: )) Não realizar a aplicação em condições de solo seco; )) Somente realizar o manejo com a presença do sol; )) Evitar a aplicação quando temperatura do ar estiver abaixo de 12 graus.
uva – A buva também B requer atenção durante o inverno para que não se torne problema no verão. Caso o produtor verifique alta incidência, recomenda-se buscar orientação do Departamento Técnico para o manejo adequado.
Geada mata soja guaxa, mas não elimina mofo branco EDIOMAR CHAGAS/DETEC
A geada verificada no primeiro final de semana de julho resolveu em parte as preocupações dos produtores. A soja guaxa presente na maioria das lavouras foi praticamente toda eliminada, e com ela, a ferrugem asiática e o oídio. Mas os escleródios de mofo branco permaneceram no solo. O Departamento Técnico da Cotrijal alerta para a possibilidade de problemas com a doença na próxima safra nas áreas que permaneceram com soja guaxa por longo período. “O frio não elimina o escleródio do mofo branco, que fica na palha até encontrar condições de clima para desenvolvimento. O ideal teria sido o produtor eliminar essa soja logo após a colheita”, explica Alexandre Doneda.
Surto de lagartas exige atenção O ataque de lagartas spodopteras na cevada e no trigo também requer atenção dos produtores. O surto de lagartas tem como principal motivo as elevadas temperaturas verificadas no início da safra e também a falta de chuva. Mesmo com a queda da temperatura e ocorrência de geadas em muitas lavouras a praga ainda está presente. O Departamento Técnico analisa caso a caso e recomenda aos produtores buscarem orientação para evitar perdas tanto no trigo quanto na cevada.
TIAGO LUDWIG/DETEC
Longo período de permanência da soja guaxa nas lavouras favoreceu desenvolvimento do fungo durante o inverno
Em meio à cevada e ao trigo, azevém compete por água, luz e nutrientes, prejudicando o desenvolvimento dessas culturas
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Geada não eliminou as lagartas das lavouras
/SentinelaCotrijal @sentinelacotrijal
MANEJO DA FERRUGEM
Rio Grande do Sul adotará o vazio sanitário para soja O governo vai estabelecer um período de vazio sanitário para o Rio Grande do Sul através de uma instrução normativa. A medida não deve entrar em vigor na safra 2019/2020, mas já começou a ser discutida. Em reunião na Câmara Setorial da Soja, produtores, pesquisadores e representantes
do Ministério da Agricultura e do sistema financeiro discutiram a criação do calendário de semeadura, com janela ideal de plantio, data limite para colheita e período de vazio sanitário. “Avançamos bastante. Além de conseguir fechar uma minuta de proposta da instrução
normativa, vamos agendar reuniões com a Secretaria da Agricultura de Santa Catarina para tentar harmonizar os calendários”, afirma Paulo Lipp, coordenador das câmaras setoriais da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul. No Brasil, estima-se que os prejuízos
com essa doença cheguem a U$ 2,8 bilhões por safra. Essa instrução já está em vigor em quase todos os estados produtores de soja do país, inclusive no Paraná e em Santa Catarina. Uma nova reunião está agendada para 29 de agosto, durante a Expointer, em Esteio (RS). Fonte: Canal Rural
14|Julho / 2019
PLANO SAFRA 2019/2020
Presidente da Cotrijal destaca aporte ‘robusto’ para o Seguro Agrícola O Plano Safra 2019/2020 contará com R$ 225,6 bilhões para financiamentos de grandes, médios e pequenos produtores, conforme anúncio realizado no dia 18 de junho, em cerimônia realizada em Brasília (DF), que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e da ministra do Ministério da Agricultura, Tereza Cristina. Para o anúncio, o governo reservou R$ 225,59 bilhões para o plano agrícola e pecuário e mais do que dobrou a subvenção federal para o seguro agrícola, que alcança a cifra inédita de R$ 1 bilhão. Também liberou mais verbas para o crédito dos pequenos produtores. E os médios produtores serão beneficiados com aumento de 32% nas verbas de custeio e investimento, as taxas compatíveis com o
seu negócio. Também pela primeira vez, os pequenos agricultores vão poder usar recursos do Plano Safra para construir ou reformar suas casas. Outra boa novidade é que o agronegócio passa a ter mais opções de financiamentos em bancos. Para o presidente da Cotrijal, Nei César Manica, que prestigiou o evento, a unificação dos ministérios apresentou uma política para todos os produtores brasileiros, que mostra a força do setor. “O anúncio ficou dentro da expectativa e seguiu a realidade da economia brasileira. O governo entendeu que o produtor necessita de um seguro agrícola robusto, com garantia de custeio da produção, com renda. O que para esse ano conseguimos um bom avanço neste sentido”, destacou.
Nei César Manica com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o senador da República Luís Carlos Heinze
MAPA
R$ 1 bi para o Seguro
Garantias e tranquilidade Para aqueles produtores que já trabalham com os Seguros Cotrijal, o histórico de produção das últimas safras pode influenciar nas garantias. É o que explica o superintendente, que revela que algumas propriedades chegarão a 52 sacas/ha de garantia. “Nossas negociações com as seguradoras partem da redução do custo e o aumento dessa segurança (sacas/ ha). Quando começamos o trabalho com seguros (4 anos), a garantia
não passava de 42 sacos/ha. A cooperativa tem construído uma história no seguro, ou seja, aquele produtor que está sendo produtivo, está construindo uma história de segurança, o que corresponde a uma elevação nos níveis de garantia”, explica Schwalbert. Hoje a maioria das propriedades que investem nos Seguros Cotrijal conseguem uma garantia entre 40 a 46 sacas/ha. A oferta de mercado gira entre 27 a 29 sacas/ha.
Mais recursos Com esse valor, cerca de 150,5 mil produtores rurais poderão ter a safra segurada. Devem ser contratadas 212,1 mil apólices, com a cobertura de 15,6 milhões de hectares e valor segurado de R$ 42 bilhões Algo muito comemorado entre os produtores de uma forma geral foi o anúncio de R$ 1 bilhão para subvencionar a contratação de apólices do seguro em todo o país. Esse é o maior montante que o programa receberá desde sua criação em 2004. O que vem ao encontro de uma antiga luta da Cotrijal e de seus associados, que trabalham para que haja uma maior segurança para quem trabalha na lavoura. “A cooperativa incentiva a adoção de um seguro para que o produtor possa ter tranquilidade, segurança em seus investimentos”, explica o superintendente Administrativo-Financeiro, Marcelo Ivan Schwalbert. Schwalbert destaca que a subvenção federal é o que faz a diferença para o produtor, que pode representar uma economia de até 35% no custo para aqueles produtores que contratarem o seguro de forma antecipada. “Já é uma política dos associados da Cotrijal buscarem o seguro logo no início das ações
Na Cotrijal, é de praxe o associado buscar o seguro logo no início das ações de verão
de verão, o que facilita, pois o benefício é distribuído por ordem chegada. Porém, com esse aporte de R$ 1bilhão facilitará nessa questão”, pontua.
Serão R$ 169,33 bilhões para custeio, comercialização e industrialização e R$ 53,41 bilhões para investimentos. O montante é semelhante ao do ano passado, quando as cifras para a agricultura empresarial e a familiar eram separadas. Depois de 20 anos, essa foi a primeira vez em que as regras foram apresentadas de forma conjunta. Durante o anúncio do Plano Safra 19/20, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, falou sobre os recursos que estarão disponíveis para os produtores rurais e as novas formas de financiamento para o setor agropecuário brasileiro. De acordo com a ministra, um valor recorde de quase R$ 5 bilhões serão destinados a produtores rurais que se enqua-
dram no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com taxas entre 3% e 4,6% ao ano. Para médios produtores e pequenos que não se enquadram no Programa, a taxa será de 6% ao ano, enquanto que grandes produtores terão taxas de 8% ao ano. Dentre as novas ferramentas de crédito, a ministra anunciou R$ 55 bilhões para as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), a emissão da Cédula do Produto Rural (CPR) com correção pela variação cambial e a possibilidade de emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) no exterior (com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Julho / 2019|15
Um passeio pela história da cooperação com Odacir Klein Tratando as cooperativas como opção, a integridade como meta e a conformidade como prática, o ex-secretário da Agricultura do RS, Odacir Klein palestrou para a direção, superintendentes, gerentes, conselheiros, líderes de núcleo e integrantes do Comitê de Mulheres da Cotrijal, na manhã do dia 25 de junho. Com o tema Governança Corporativa, o evento aconteceu no auditório central do Parque da Expodireto Cotrijal e teve a parceria do
Instituto de Pesquisa Gianelli Martins e apoio do Sistema Ocergs-Sescoop/RS. Nei César Manica, presidente da Cotrijal, apontou que dentro da visão estratégica, a organização busca a disseminação da informação e o resgate de alguns conceitos fundamentais, como é o caso do cooperativismo. “Lembrando a história e a importância da cooperação, estaremos prontos para vencer os desafios do dia a dia, sempre buscando ser
melhores”, expôs. O vice-presidente da cooperativa, Enio Schroeder, classificou a palestra como uma “aula” sobre cooperativismo e destacou o papel que Odacir Klein representa para o agronegócio brasileiro, para a Cotrijal e para a Expodireto. “Ficamos honrados em recebê-lo para esta conversa e ver que a Cotrijal está inserida como case de sustentabilidade entre as cooperativas”, acrescentou.
Odacir Klein inseriu a Cotrijal como case de sustentabilidade entre as cooperativas
Ex-secretário de Agricultura do RS palestrou para gestores e associados da Cotrijal
Cotrijal: exemplo de opção cooperativa “O objetivo desta conversa foi demonstrar a importância da cooperação, do esforço conjunto, da interação e da organização, trazendo um histórico das cooperativas tritícolas, comparando o que é a Cotrijal hoje e o que representa para o associado”, enfatizou o ex-secretário, que primou pela interação e troca de ideias com o público. Odacir Klein lembrou que as cooperativas
O palestrante também inspirou os associados da Cotrijal com as suas colocações. “Desde que eu me conheço como agricultor, eu sou
surgiram através do incentivo governamental para estimular o plantio do trigo, e não a cooperação. “As que aderiram ao projeto do governo, em função apenas do viés econômico, acabaram não prosperando. Já a Cotrijal é um exemplo de opção cooperativa, com espírito de cooperação e prática de integridade”, destacou. Com uma longa caminhada dentro do
cooperativismo, ele aconselha que cooperação é fundamental nos dias atuais e deve ser exercida com ética por todos os envolvidos. “Uma cooperativa é o resultado da visão de que cada um tem a sua atividade privada, se somando aos outros que também exercem a sua atividade privada, buscando em conjunto o bem-estar social, resultados econômicos e soluções para todos”, acrescentou.
obre o palestrante – OdaS cir Klein nasceu em Getúlio Vargas (RS), onde foi vereador e prefeito. Também foi deputado federal por quatro mandatos, diretor do Banco do Brasil, presidente do Banrisul, Ministro dos Transportes, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho, presidente da União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene, coordenador do Fórum Nacional do Milho, diretor-presidente do BRDE, Secretário de Estado da Agricultura (em três oportunidades), presidente da Fecotrigo/RS, autor de ‘Uma Cartilha de Cooperativismo’ e consultor Jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB.
Inspiração para o quadro social
cooperativista, vindo de uma família com raízes na cooperação. Mas Odacir Klein trouxe um contexto com a trajetória do cooperativismo, o que
Associado Francisco Eckstein considerou a palestra encorajadora
nos encoraja ainda mais a seguir em frente”, comentou Francisco Eckstein, associado e conselheiro da Cotrijal. Para Eckstein, a interação entre a direção, conselhos, quadro social e gestores da cooperativa é valiosa porque possibilita alinhar projetos e ações. “São muitos os desafios enfrentados todos os dias pelas cooperativas. Por isso, precisamos de ações como esta que fortalecem o setor como um todo. O cooperativismo é sempre a resposta”, complementou. Jurema Nodari, representante de Vista Alegre no Comitê de Mulheres da Cotrijal, também ficou inspirada e não perdeu nenhum detalhe da palestra. Fez questão de anotar cada detalhe com esmero. “Entendendo de
Produtora Jurema Nodari fez questão de anotar cada detalhe
onde viemos, conseguimos nos programar e pensar nas ações futuras. A grande lição é nunca parar de buscar conhecimento
e transmitir para as pessoas do nosso convívio. Liderança qualificada é sinônimo de cooperativa próspera”, concluiu.
16|Julho / 2019
Um grupo de mulheres de Coqueiros do Sul viveu dias de alegria, integração e conhecimento. Elas participaram de viagem organizada pela Unidade de Negócios da Cotrijal de Igrejinha para Piratuba (SC). A programação, de 26 a 28 de junho, envolveu em torno de 40 produtoras rurais. Esse é o sexto ano que a unidade organiza a atividade. “É um tempo que tiramos para nós, as nossas férias, em que podemos sair da rotina da propriedade, descansar um pouco do leite e da lavoura”, revelou a associada Marilei Leni Kafer, de Pontão, que participou de todas as edições. Este ano, ela foi acompanhada da nora, Luana Müller Kafer. Para Marilei, o encontro é uma oportunidade de aprendizado, de fazer novas amizades e fortalecer relacionamentos com pessoas com interesses comuns. “É muito mais que diversão. Agradeço a Cotrijal”, completou. A produtora Vivian Nothen, de Coqueiros do Sul, também aprovou a experiência. “A Cotrijal sempre vê a frente, entendendo que as vacas não tiram férias, disponibiliza para as mulheres uma viagem de descanso da melhor qualidade. Como produtoras de leite, temos a mesma rotina de domingo a domingo, então, esperamos o ano todo por este momento maravilhoso”, apontou.
JULIANA STEIN/DECOOP
Encontro para animar a alma e a vida
Ação da Cotrijal de Igrejinha em Piratuba (SC), em junho, envolveu em torno de 40 produtoras rurais
“Uma das partes mais marcante sempre é a palestra. Me emocionei muito neste ano, aprendemos a valorizar quem está do nosso lado e a nos valorizar. A grande lição é que mesmo as atividades mais simples exigem dedicação e vontade”, acrescentou Vivian.
Leandro Pires, em conjunto com a coordenadora administrativa da unidade, Patrícia Erlo, conduziu a palestra sobre o tema Gratidão
Valorização da mulher rural
Segundo o gerente da unidade de Negócios da Cotrijal de Igrejinha, Leandro Pires, o encontro é um momento para estreitar o relacionamento da Cotrijal com as produtoras e valorizá-las. “É uma atividade que já faz parte do calendário da unidade e que organizamos com alegria, pela integração que proporciona”, destacou. Pires, em conjunto com a coordenadora administrativa da unidade, Patrícia Erlo, conduziu palestra sobre o tema Gratidão, na noite de 27 de junho. “Foi um momento de refletirmos sobre a importância de sermos gratos e para reforçar o trabalho da cooperativa junto às produtoras”, explicou Patrícia. A programação teve também espaço para aproveitar as águas termais do hotel e visitação à cidade. A conselheira representante dos Líderes de Núcleo pela Região Sede, Roveni Lúcia Doneda, acompanhou o grupo.
Marilei Leni Kafer e Vivian Nothen aprovaram a atividade
Aula prática sobre beneficiamento de sementes na Cotrijal
Um grupo de mais de 20 alunos do curso de Agronomia da Universidade de Passo Fundo (UPF) esteve em Não-Me-Toque, em junho, para ver de perto o trabalho na Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS) da Cotrijal. Os estudantes da disciplina de Tecnologia e Produção de Sementes conheceram a estrutura e os processos da produção de sementes da cooperativa – o Laboratório de Análise de Sementes, as etapas do tratamento industrial, beneficiamen-
to, armazenagem e beneficiamento. Para o acadêmico Klisman Bison, de Serafina Corrêa, ver o passo a passo do processo, como funciona de forma prática, facilita muito o aprendizado. “A semente é um dos insumos mais importantes da lavoura, pois carrega o potencial produtivo da cultivar. Por isso, precisamos ampliar nosso conhecimento sobre o assunto”, enfatizou. A professora Nádia Canali Langaro adiantou que os alunos já tinham conhecimento teórico sobre
legislação e análise de sementes, o que facilitou o aprendizado. “Uma visita muito produtiva. Oportunizou ver o há de melhor no mercado em termos de tecnologia e tratamento de sementes”, afirmou. A gerente da Unidade de Produção de Sementes, Claudia Mói Soares Rother, recepcionou o grupo e ressaltou que a UBS está sempre aberta a esse tipo de ação. “É uma maneira produtiva dos estudantes aliar o que é estudado em sala de aula à prática”, destacou.
Alunos do curso de Agronomia da UPF durante visita na UBS
Julho / 2019|17
Um avião recheado de boas histórias
Se depender da criatividade e parceria de associado e de colaboradores ligados à Unidade de Negócios da Cotrijal de Victor Graeff, a gurizada da EMEF Leonel de Moura Brizola tem tudo para voar na imaginação. A estante em formato de avião, presente da unidade, e recheada com livros de doações é um verdadeiro convite para a criançada viajar sem sair do colégio. A entrega oficial do presente personalizado foi início de julho, na biblioteca da escola. A ação está vinculada ao Programa A União Faz a Vida do Sicredi que tem como principal parceiro a Cotrijal. Apaixonado por livros de aventura, o filho de produtor e aluno do 6º ano Gustavo Abel Berwig, 11 anos, de Posse Cerrito, ficou empolgado com a surpresa. “Bem bacana! Assim dá gosto de ler”, festejou. “A gente tá muito feliz”, completou o colega Igor Gabriel Savadintzky dos Santos, 12, sedento por conhecimento e por novas histórias. Na unidade, a ideia foi abraçada pelos colaboradores Valtur Lavall, Gilnei Wentz, Luiza Gehring Gauer e Carlos Ervino Vieira, juntamente, com o produtor rural Bráulio André Müller. Com o projeto no papel, criatividade e reaproveitando materiais, em apenas dois dias o avião tomou forma. “O maior presente é ver a alegria deles”, comentou Müller. “Os alunos estão encantados.
Alunos da EMEF Leonel de Moura Brizola com a estante em formato de avião, presente da Cotrijal de Victor Graeff
Eles não imaginavam que iam ganhar um avião para colocar o material”, agradeceu a professora de Língua Portuguesa, Larissa Koch, que coordena projeto do Programa A União Faz a Vida de incentivo à leitura na escola. Segundo a professora, além da ampliação do acervo, projeto
Gustavo e Igor: surpresa empolgou estudantes
tem como foco transformar a biblioteca da escola em um espaço mais aconchegante. A campanha de arrecadação de livros vai até o final deste mês de julho. A EMEF Leonel de Moura Brizola atende 114 alunos do 1º ao 9º anos e tem como diretora a professora Tatiane Worst. “Uma iniciativa que mostra o quanto a Cotrijal faz a diferença nas comunidades onde está presente”, destacou o gerente da unidade, José Fernando Kayser.
Execução do projeto envolveu colaboradores e associado da unidade. Na foto, com a professora Larissa que coordena programa na escola
a r co da L e i t u r a B - Em 2018, colaboradores da unidade de Negócios da Cotrijal de Santo Antônio do Planalto presentearam alunos da Escola Municipal de Ensino Infantil Professora Marisa Margarida e da EMEF São Paulo com o Barco da Leitura. A ação também teve o intuito de incentivar leitura entre os alunos.
ESCOLA NO CAMPO
Uma aula diferente, mas muito produtiva
Uma turma de 27 alunos do 5º ano da EMEF Antônio Parreiras, de Tio Hugo, vivenciou uma aula diferente, mas muito produtiva, em maio, dentro do projeto Escola no Campo. Essa é a segunda vez que os pequenos, com idades entre 10 e 12 anos, têm a oportunidade de tirar dúvidas com conselheiras tutelares do município sobre direitos e deveres das crianças
e adolescentes. A conversa, recheada de perguntas e descontração, foi acompanhada pela professora do 5º ano, Evanice Maria Vicari, que trabalha o projeto dentro da escola. Na visita, as conselheiras Maria Inês Gabriel, Maristela de Oliveira e Laura Kerber também repassaram orientações sobre temas mais sérios como abu-
so sexual infantil e o uso de drogas e álcool. A escola atende mais de 200 alunos, do 1º ao 9° anos, sendo boa parte ligada ao campo. “Uma experiência muito positiva e que deverá ser levada para as demais turmas”, avaliou a diretora Sílvia Dalla Nora.
P rojeto – O Escola no Campo é uma
parceria entre Cotrijal, Syngenta, Secretarias de Educação e Fundação Abrinq. Em 2018, envolveu 1.471 alunos de 55 escolas de 14 municípios da região de atuação da cooperativa. Além de promover a integração sustentável das comunidades, trabalha em sala de aula assuntos como o meio ambiente, segurança alimentar e agricultura.
18|Julho / 2019
O compartilhamento de informações entre as cooperativas agropecuárias gaúchas foi o foco da 1ª Jornada Rede Técnica Cooperativa realizada entre os dias 5 e 7 de junho, em Gramado. Além de palestras, painéis e debates, o evento reuniu profissionais das mais diversas áreas, com o objetivo de gerar discussões capazes de movimentar o setor cooperativo. “Esse é um movimento inédito e inovador. Possibilita compartilhar realidades e dá ao associado, o nosso principal cliente, a oportunidade de crescer junto com a cooperativa”, afirmou o presidente da Cotrijal, Nei César Manica. A cooperativa marcou presença no evento com um grupo de 60 pessoas, entre produtores, técnicos, gerentes e superintendentes. Para o produtor rural Altemir Ceolin, de Passo Fundo, a Rede Técnica Cooperativa é um modelo que valoriza a integração entre as cooperativas e levará mais conhecimento para o produtor. “Vimos aqui vários temas como o plantio direto, a biotecnologia, integração lavoura-pecuária, exemplos que seguem evoluindo e que necessitam de acompanhamento muito próximo dos profissionais das nossas coope-
CAROLINA JARDINE
Modelo de integração gaúcho como inspiração para o país
Presidentes das cooperativas que prestigiaram a 1ª Jornada Rede Técnica Cooperativa, início de junho, em Gramado
rativas”, destacou. O associado Everton Roessler, de Saldanha Marinho, que também acompanhou evento, saiu satisfeito com a qualidade das informações compartilhadas no encontro. “Vem muita coisa nova para a agricultura. Algumas, inclusive, revolucionárias. Cabe ao produtor buscar, através da sua cooperativa, todo esse conhecimento para que possa seguir competitivo na atividade”.
OCB quer ampliar projeto O modelo de integração proposto no Rio Grande do Sul pela Rede Técnica Cooperativa (RTC) servirá de inspiração para ações nacionais do setor cooperativista. A garantia é do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, que participou da abertura do evento. Ao lado de lideranças do movimento nacional e falando para uma plateia de 650 técnicos e dirigentes do setor cooperativista, ele acredita que esse movimento, que inicia no Estado, vai revolucionar o campo de pesquisa do corpo técnico das cooperativas. “A ideia é fantástica. E, como já é de praxe, o Rio Grande do Sul es-
parrama sementes boas para o resto do Brasil”, pontuou. Segundo Freitas, o grande salto da agropecuária brasileira se deu graças ao trabalho individual de pesquisadores, técnicos, produtores e curiosos. “O agronegócio é o sustentáculo da economia brasileira. Mas dá para fazer mais”, salientou, reforçando a ideia da criação de uma rede única como o que está sendo proposto no RS. A 1ª Jornada da Rede Técnica Cooperativa teve o apoio da CCGL, Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (FecoAgro) e Sistema Ocergs-Sescoop/ RS e patrocínio dos terminais Termasa/Tergrasa (com informações da Jardine Comunicação).
A tecnologia digital como aliada para monitorar grãos
GUILHERME ALMEIDA ALAMINI/PROCER/DIVULGAÇÃO
A chamada quarta Revolução Industrial, ou Indústria 4.0, vem transformando a realidade de segmentos da economia, inclusive, do pós-colheita de grãos. Um movimento que mexe também com os fornecedores da cadeia do agronegócio. Na Cotrijal, não é mais novidade o uso de sistemas que permitem fazer uma leitura precisa, e em tempo real, das condições da massa de grãos. Implantado, em 2016, na unidade de Negócios da Cotrijal de
Igrejinha, em Coqueiros do Sul, o sistema de Termometria Digital permite monitorar, por meio de softwares, a temperatura da massa de grãos, fator essencial para a boa armazenagem. Além de sensores digitais, instalados no interior dos silos, o sistema é composto por estação meteorológica e exautores de aeração comandados pelo software. A tecnologia da Procer, empresa catarinense parceira da Cotrijal,
Equipe da Armazenagem de Grãos que participou de treinamento, na empresa fabricante da tecnologia, em Criciúma (SC)
também já está sendo implantada na unidade de Negócios de Linha Jacuí, em Victor Graeff. A expectativa é que os novos silos já operem com novo sistema, a partir de novembro, quando começa a entrar a safra de trigo. Nas demais unidades, a cooperativa utiliza tecnologia com sensor Termopar, que também permite medir a temperatura dos grãos. Na cooperativa, há nove anos, Elcio Schubert, é o responsável pela operacionalização da tecnologia em Igrejinha. “Além da economia de energia, preserva a qualidade do grão”, destacou. Schubert foi um dos colaboradores, ligados ao setor de Armazenagem de Grãos, que participou de treinamento, dia 10 de junho, na matriz da Procer, em Criciúma (SC), para atualizar informações sobre ferramenta de gestão inteligente de armazenagem. “Foi apenas um dia, mas bem aproveitado. Deu para tirar dúvidas e interagir com profissionais da empresa”, garantiu o coordenador operacional nas unidades de Victor Graeff e Linha Jacuí, Gilnei Wentz, que vai atuar com software.
Software pode ser operado por aplicativo de celular ou computador
apacitação - O C treinamento envolveu ainda o gerente de Armazenagem de Grãos, Tadeu Garibotti; o analista de armazenagem, Rodrigo Nicolao, e o técnico de armazenagem grãos, Régis André Schmitt. “Temos um grande compromisso com a qualidade dos grãos armazenados e o evento serviu para ampliar
conhecimento sobre o funcionamento do software de termometria e aeração”, ressaltou o gerente. Nova capacitação, em agosto, vai atualizar informações quanto à conservação e grãos armazenados para coordenadores operacionais e colaboradores das unidades, que atuam com termometria e aeração.
Julho / 2019|19
Cotrijal sedia 1° Seminário RedeAgro voltado ao varejo
Essa foi a primeira edição do seminário que reuniu associados da RedeAgro
Dirigentes e colaboradores de 24 cooperativas gaúchas associadas à RedeAgro estiveram no Auditório da Produção, no parque da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, no dia 21 de junho, para falar do fortalecimento do Sistema Cooperativo de Varejo. Dentro da programação, além das reuniões de trabalho e alinhamento, foram realizadas duas palestras: Cooperar para Inovar e Crescer, com Janer Costa e Técnicas de Compras, com Gustavo Fauth. O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS), Paulo Pires, esteve presente e destacou a importância de debater os desafios e a intercooperação entre as cooperativas.
“O objetivo é termos mais sinergia nas nossas ações, sempre respeitando a singularidade de cada cooperativa, trazendo crescimento e vantagens para o grande grupo. O sistema cooperativo tem no seu DNA a formação de rede, com isso, ganhamos em competitividade e, tendo barganha, conseguimos transferir este benefício para os associados e clientes”, apontou Pires. O gestor da RedeAgro, Arthur Ribeiro Sobrinho, mencionou que o evento pioneiro é uma oportunidade para troca de ideias e interação, para que todos cresçam juntos. Ele agradeceu ainda o apoio da Cotrijal e lembrou que foi uma das cooperativas pioneiras dentro da Central de Compras.
A RedeAgro Fundada em 2013, a RedeAgro conta com a participação de 24 cooperativas gaúchas. Focada em segmentação de supermercados, as cooperativas associadas se unem para fazer compras em conjunto. E o crescimento tem sido sólido: em 2013, intermediou R$ 5,3 milhões em compras. Já em 2018, foram R$ 101 milhões. A meta para 2019 é chegar a R$ 148 milhões. Para o superintendente de Varejo da Cotrijal, Valcir Zanchett, os números
apontam que a rede está crescendo, ficando mais forte e sustentável, e que o grupo está no caminho certo. “É uma honra para a Cotrijal sediar um encontro tão importante como este”, enfatizou. Presenças – A abertura do evento foi prestigiada pelo presidente da Cotrijal, Nei César Manica; o vice Enio Schroeder, e pelo vice-presidente da RedeAgro, Elio Pacheco, que representou o presidente Gelson Manica no ato.
Clientes das Lojas Cotrijal na Copa América Selmar Derlan, de Victor Graeff, e Rafael Leite Farias, representando o sogro João Carlos dos Santos, de Passo Fundo, foram assistir a um dos jogos das quartas de final da Copa América com tudo pago. Eles foram os vencedores da campanha promovida pela Cotrijal e Ourofino. A partida aconteceu no dia 27 de junho, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, na disputa entre Brasil e Paraguai. A vitória nos pênaltis da seleção brasileira emocionou os associados da Cotrijal. “A turma da Cotrijal é pé quente. Levamos sorte para o Brasil ganhar o jogo e seguir na competição. Foi muito emo-
Ganhadores da promoção da Cotrijal com a Ourofino assistiram ao jogo do Brasil contra o Paraguai, em Porto Alegre
cionante!”, comentou Selmar Derlan, que nunca tinha assistido a um jogo do Brasil antes. Ele é gremista, mas nunca tinha entrado na Arena – casa do time tricolor. “Fiquei impressionado com a quantidade de gente”, completou.
Campanha
A cada R$ 200,00 em compras de produtos Ourofino, os clientes ganhavam um cupom para participar. A campanha iniciou em 1º de março e encerrou no dia 19 de junho, com a realização do sorteio na Loja Cotrijal de Não-Me-Toque.
A ação atraiu a atenção de vários associados e clientes e foi acompanhada pelo gerente das Lojas, Jair Heller; o coordenador Comercial da Linha de Saúde e Nutrição Animal, Marco Aurélio de Oliveira; a coordenadora Facilitadora, Mirta Werner; a representante comercial da Ourofino, Ana Paula Toniolo; e pelos associados que auxiliaram na validação, Arno José Friderichs e Aroni José Benz. “Ficamos felizes em poder prestigiar quem sempre acredita e valoriza a cooperativa. Agradecemos a todos os associados e clientes que participaram da campanha”, enfatizou Oliveira.
Sorteio foi realizado no dia 19 de junho, na Loja Cotrijal de Não-Me-Toque
20|Julho / 2019
FAVARETTO
Unindo vocação e forças para prosperar no campo É com a Cotrijal que a família Favaretto, de Água Santa, conta na hora de fechar negócios e para tornar a propriedade mais forte e próspera a cada dia. Unindo vocação e forças para tocar a ‘lida’ no campo, o casal Rodrigo e Silvia já instituiu a cooperação como filosofia de vida para embasar a criação da pequena Alice. Desde criança, em Água Santa, Rodrigo sabia que a sua missão era dar continuidade ao trabalho iniciado pelos pais, Santo Anísio e Justina. Mais tarde, quando os irmãos saíram de casa para estudar e trabalhar, ficou a cargo dele a sucessão da propriedade. Tarefa que recebeu com gosto. Filha e neta de agricultores, Silvia também traz de berço a paixão pelo campo. Natural de Linha Quatro, Tapejara, ela mudou-se para Água Santa, depois que passou no concurso da Prefeitura, como escriturária, mas nunca perdeu suas raízes agrícolas. Foi nesse período que o casal se conheceu. A união já soma 11 anos, compartilhando os mesmos objetivos e o orgulho de produzir alimentos. Trabalhando duro, o casal já conseguiu, inclusive, adquirir mais áreas e ampliar frota de maquinário. Hoje são 70 hectares, nos municípios de Água Santa e Tapejara, destinados à produção soja, milho, trigo e cevada e plantas de cobertura. Os pais de Rodrigo moram próximos e têm a oportunidade de brincar com a neta Alice, hoje com 11 meses. A irmã também retornou e reside na propriedade. “Estamos dando continuidade à história que começou a ser escrita há mais de 50 anos pelos nossos pais. Esperamos que a nossa filha tenha este mesmo espírito”, afirma Rodrigo.
Rodrigo e Silvia começaram a trabalhar com a Cotrijal assim que a cooperativa chegou a Água Santa. Na foto, com a filha Alice (11 meses)
Escolha acertada Silvia sempre fez questão de se envolver diretamente nas tarefas da propriedade. Tirava férias no período de safra para ajudar o marido, encaixava os horários para não deixá-lo desassistido nem no plantio, nem na colheita. Mas chegou o momento em que o excesso de tarefas pesou e ela decidiu se dedicar exclusivamente à propriedade e à família. “Não penso em voltar a trabalhar fora. Gosto é da agricultura. De estar em cima de uma máquina, de um trator, além da atenção que a gente dá para a casa”, fala, esbanjando entusiasmo.
O futuro da propriedade Quando a pequena Alice chegou, realizando o sonho do casal, depois de 10 anos de tratamento em busca da gravidez, uniu ainda mais a família. Ela é a terceira geração dentro da escala de sucessão e vem dando sinais de que esta paixão já existe. “Assim que acorda, ela já quer ir para o pátio ver os animais, máquinas e plantações”, conta, orgulhosa, a produtora.
O casal compartilha o gosto pela agricultura
Confiança na cooperativa Rodrigo trabalha com a Cotrijal desde que a cooperativa se instalou em Água Santa, em 2016. “Antes mesmo de iniciar atividade no município, a gente já escutava que era muito bom fazer negócios com a cooperativa. Por isso, não pensei duas vezes e passei a negociar de imediato”, fala o produtor. Atendido pelo engenheiro agrônomo Ederson Chiste, o casal vê a assistência técnica da
cooperativa como um grande diferencial. “Faz a diferença, traz produtividade. Os técnicos não estão preocupados em vender produtos, mas em levar soluções para cada caso”, elogiam Rodrigo e Sílvia.
R esultados – Com a ajuda da Cotrijal, já na primeira safra de soja, em 2017/18, eles atingiram média de 82 sacas/hectare. Nesta
safra de verão, devido a problemas com mofo branco, a média geral caiu, e ficou próxima das 70 sacas/ha. “Na agricultura é assim, mas com a cooperativa a gente sabe que pode crescer. Com o suporte da Cotrijal, tudo se encaminha. Por isso, já planejamos o próximo ciclo”, adianta Rodrigo. Satisfeitos com os resultados até agora, os Favaretto sonham seguir com a parceria.
“Sempre somos bem atendidos. Para a Cotrijal, não importa o tamanho da área e do produtor. Por isso, é forte e avança. Valores de cooperação que aplicamos na nossa vida”, ressalta Rodrigo. “A gente se sente parte desta grande família. Uma parceria que deverá seguir com as futuras gerações” conclui a produtora, referindo-se a pequena Alice.
Sabor sofisticado Chocolate é uma delícia. Vinho também. Ambos aquecem o corpo e a alma e são ingredientes perfeitos para compor uma receita, em especial, no inverno. Inclua no cardápio, mas sem exagerar no consumo. Se a opção for pelo chocolate amargo, melhor ainda. O bom chocolate é o que vem com pelo menos 70% de cacau (pó, não manteiga de cacau). Bem diferente do branco, que não possui pasta de cacau (apenas a manteiga) e não tem, portanto, os antioxidantes importantíssimos na prevenção ao câncer. Já o vinho é uma das melhores bebidas alcoólicas, tanto pelo sabor quanto pela versatilidade! Além de trazer benefícios para o corpo e a saúde e ser o acompanhamento perfeito dos mais variados pratos, o vinho tinto, por exemplo, também pode ser utilizado no preparo de diferentes pratos, desde carnes, aperitivos, massas e risotos, até sobremesas saborosas, como bolos, frutas e pavês. Se você também é fã dessas duas iguarias, não deixe de conferir receitas, que contam com um sabor único e são perfeitas para quem curte inovar na cozinha. Escolha a sua versão preferida e experimente!
Torta de chocolate com caramelo Ingredientes Base
3/4 de xícara de avelã 250 g de biscoito de chocolate 6 colheres (sopa) de manteiga sem sal
Recheio
1 e 1/4 de xícara de creme de leite fresco ou nata 1 colher (chá) de flor de sal 2 xícaras de açúcar cristal
Ganache
350 g de chocolate amargo picado (70% cacau) 1 e 1/2 xícara de creme de leite fresco ou nata
Modo de preparo
BASE - Toste as avelãs e retire a casca. Num processador, misture as avelãs, os biscoitos de chocolate e a manteiga derretida. Depois, coloque mistura numa forma redonda de fundo removível. Leve ao forno por 12 minutos a 180˚C. Retire do forno e deixe esfriar. CARAMELO - Em uma panelinha, leve o creme de leite fresco ou a nata para ferver junto com a flor de sal. Ponha o açúcar em outra panela. Espere derreter, acrescente o creme de leite e mexa sem parar até formar um caramelo. Em seguida, derrame sobre a torta e espere esfriar. GANACHE - Coloque o chocolate picado no processador e reserve. Enquanto isso, leve o creme de leite fresco ou a nata para ferver e após jogue sobre o chocolate. Processe até ficar homogêneo. MONTAGEM - Quando o caramelo estiver bem firme, coloque a ganache por cima e leve à geladeira por pelo menos 30 minutos. Na hora de servir, salpique um pouco de flor de sal por cima.
2•
Tire o vinho da taça e inclua no cardápio Paleta de cordeiro com batatas Ingredientes
1 paleta de cordeiro 1 xícara (chá) de vinho branco 2 ramos de alecrim 1 ramo de hortelã 3 dentes de alho Sal e pimenta a gosto Azeite de oliva Suco de 1 limão 3 cebolas cortadas 1 quilo de batatas
Modo de preparo
Em uma tigela, deixe o cordeiro marinando em uma mistura com uma cebola cortada em rodelas, o alho, um ramo de alecrim, um ramo de hortelã, o suco de limão, o vinho branco e sal e pimenta. Deixe na geladeira por cerca de 24 horas coberto com plástico filme. Leve o cordeiro ao forno em uma assadeira coberto com papel-alumínio até que esteja cozido. Uma hora antes de terminar o tempo, retire o papel para que a carne possa dourar. Enquanto isso, cozinhe levemente as batatas cortadas em cubos e misture-as com azeite sal e alecrim. Antes de retirar cordeiro do forno, disponha na assadeira as batatas e as cebolas restantes também cortadas e regadas com azeite. Assim que estiverem douradas, e a carne, assada, retire do forno e monte em uma travessa para servir.
Lentilha ao vinho tinto Ingredientes
Penne ao molho de carne e vinho tinto Ingredientes
500 g de massa curta integral, cozida al dente
Molho
3 colheres (sopa) de azeite 1/2 kg de músculo traseiro cortado em cubos 1 colher (sopa) de bacon cortado em cubinhos(opcional) 1 colher (sopa) de alho amassado 1 xícara (chá) de cebola cortada em cubinhos 50 ml de vinho tinto seco 1 folha de louro 3 galhos de tomilho limão fresco 1 sachê de caldo de carne em pó Talos de salsinha bem picados 1 pedaço de cenoura 3 fatias de linguiça calabresa curada 1 colher (sopa) de azeitona preta picada a gosto (opcional) Sal, pimenta, noz-moscada e temperos a gosto Água o suficiente para cobrir a carne na panela 1 lata de tomates pelados, cortados em cubos ½ xícara (chá) de salsinha picada
Modo de preparo
Em uma panela de pressão doure a carne no azeite. Acrescente o bacon, o alho, a cebola e refogue. Junte o vinho e deixe ferver em fogo alto até que evapore todo o vinho. Junte a folha de louro, o tomilho, o caldo de carne, os talos de salsinha, o pedaço de cenoura, as fatias de calabresa, as azeitonas. Cubra com água, retifique os temperos e cozinhe na pressão até que a carne esteja macia. Junte os tomates pelados e deixe apurar o molho. Sirva com a massa bem quente com queijo a gosto.
500 g de lentilha 1 cebola grande picada 3 dentes de alho 1 pimenta dedo-de-moça picada, sem as sementes 2 folhas de louro 2 galhos de alecrim 1 garrafa de vinho tinto seco Caldo de legumes caseiro (pode ser substituído por água quente) Sal a gosto Pimenta-do-reino a gosto Azeite de oliva
Modo de preparo
Doure o alho no azeite de oliva e, quando ele estiver amarelo-claro, junte a cebola e as folhas de louro. Quando a cebola estiver transparente, junte a pimenta dedo-de-moça e a lentilha já lavada. Refogue a lentilha e, em seguida, coloque o vinho tinto e o alecrim. Adicione um pouco de sal e pimenta-do-reino nessa etapa. Deixe o vinho evaporar, mexendo de vez em quando. Acrescente o caldo de legumes (ou a água quente), aos poucos, até que a lentilha esteja cozida, porém, al dente. Ajuste o sal e desligue o fogo.
Risoto de quatro queijos ao vinho branco Ingredientes
2 xícaras (chá) de arroz arbóreo 1/4 de xícara (chá) de azeite 1/2 xícara (chá) de cebola ralada 3 dentes de alho 1/2 xícara (chá) de vinho branco seco 1 litro de caldo de carne quente 1/2 xícara (chá) de queijo prato picado 1/2 xícara (chá) de queijo gorgonzola picado 1/2 xícara (chá) de mussarela picada 1/2 xícara (chá) de queijo ralado Sal e pimenta-do-reino a gosto
Modo de preparo
Aqueça o azeite e doure a cebola e o alho. Junte o arroz e refogue até começar a grudar na panela. Tempere com o sal, adicione o vinho branco selecionado e, sem parar de mexer, acrescente o caldo de carne em conchas. Mexa até praticamente todo o líquido ser absorvido, para adicionar mais caldo. O arroz deve ficar macio, porém firme, e com aspecto de empapado. Junte os queijos em pedaços e mexa até derreterem. Polvilhe com a pimenta e sirva.
Em perfeita harmonia!
ntepastos - Aposte em um Merlot suave A que harmoniza bem com vários pratos. olho pesto - O molho pesto deve ser vaM lorizado com um vinho tão fresco quanto ele. Carnes vermelhas - Vinho tinto combina muito bem com carnes vermelhas e risotos com sabores mais fortes. eixes - O ideal é apostar nos brancos florais P que não roubem a cena. Afinal, quanto mais delicado é o sabor do prato, mais suave deve ser o vinho escolhido. obremesa - Q S uem disse que vinho e sobremesa não combinam? Para o tiramissú, por exemplo, um acompanhante perfeito seria um espumante floral e adocicado.
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Resultado impecável e agrada o paladar Quadradinhos de bolo de cenoura com brigadeiro
Ingredientes Bolo
160 g de cenoura sem casca 100 ml de óleo 2 ovos 100 g de açúcar 240 g de farinha de trigo 1 colher (chá) de fermento químico em pó 1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
Brigadeiro
1 lata de leite condensado 1 colher (sopa) de manteiga 2 colheres (sopa) de cacau em pó 1 pitada de sal 4 colheres (sopa) de creme de leite para finalizar
Mousse de chocolate ao gengibre Ingredientes
1/4 de xícara (chá) de açúcar 2 colheres (sopa) de água 1/4 de xícara (chá) de creme de leite fresco em temperatura ambiente 2 gemas peneiradas 150 g de chocolate meio amargo picado 1 colher (sopa) de gengibre ralado 1 xícara (chá) de creme de leite fresco gelado 1 colher (sopa) de cacau em pó para polvilhar
Modo de preparo
Leve o açúcar com a água ao fogo baixo até caramelizar. Retire do fogo, acrescente o creme de leite em temperatura ambiente, misture e leve de volta ao fogo baixo até derreter. Fora do fogo, junte as gemas, misture e leve de volta ao fogo baixo, mexendo sempre, até engrossar, sem deixar ferver. Retire do fogo, acrescente o chocolate e mexa até homogeneizar. Agregue o gengibre e reserve até esfriar. Bata o creme de leite gelado em ponto de chantili e incorpore à mistura. Distribua em taças, leve à geladeira. Ao servir, polvilhe com o cacau.
Bolo de banana com chocolate amargo Ingredientes
3 bananas picadas + 3 bananas cortadas ao meio e no sentido do comprimento 1 1/3 xícara de açúcar 2 ovos 1/2 xícara de manteiga derretida 1 xícara de farinha de trigo 1 xícara de aveia em flocos finos 1/2 xícara de chocolate meio amargo picado 1 pitada de sal 1 colher (sopa) de fermento químico 2 xícaras de ganache de chocolate 1/4 xícara de açúcar de confeiteiro
Ganache
250 g chocolate meio amargo picado 250 ml de creme de leite fresco
Modo de preparo
BOLO - Em um recipiente, amassar as bananas com o açúcar, juntar os ovos e a manteiga e misturar. Acrescentar a farinha de trigo, a aveia, o chocolate e o sal e
Empada de chocolate Ingredientes Massa
2 pacotes de biscoito de maisena sabor chocolate 200 g de manteiga sem sal 2 ovos
Recheio
1 barra de chocolate meio amargo 2 latas de creme de leite sem soro
misturar. Adicionar o fermento, misturar e dispor em uma assadeira de bolo untada e enfarinhada. Levar ao forno preaquecido a 180 graus por, aproximadamente, 45 minutos. GANACHE – Pique o chocolate. Esquente o creme de leite em uma panela. Despejar o creme de leite por cima do chocolate e misturar bem até derreter. Deixe esfriar e utilize como recheio ou cobertura. MONTAGEM- Depois de frio, cortar ao meio, rechear com a banana e o ganache, cobrir com a outra metade e servir polvilhado com o açúcar de confeiteiro.
Modo de preparo
MASSA - Triture o biscoito até virar farelo. Misture com a manteiga e um ovo até formar uma massa homogênea. Forre as formas de tamanho médio com a massa e leve ao forno médio (180 graus) por aproximadamente 30 minutos. RECHEIO - Rale o chocolate e misture ao creme de leite. Coloque em banho-maria, para dissolver e depois rechear a empada com o chocolate.
Para banhar os quadradinhos
500 g de chocolate meio amargo Melado para adoçar 1 colher (chá) de essência de baunilha
Modo de preparo
BOLO – Bata a cenoura cortada em rodelas no copo do liquidificar, os ovos e o óleo. Adicione o açúcar e bata. Coloque a farinha de trigo peneirada com pitada de sal em uma tigela, adicione a mistura de cenoura e misture. Adicione o fermento e o bicarbonato de sódio. Coloque a massa em uma forma pequena, untada e enfarinhada e asse. Espere esfriar e desenforme. BRIGADEIRO - Coloque o leite condensado, o cacau em pó, a manteiga e sal em uma panela, misture e leve para cozinhar em fogo baixo, mexendo sempre, até cozinhar e desprender do fundo da panela. Adicione o creme de leite, misture e desligue o fogo. Coloque em uma tigela e cubra com plástico filme. Espere esfriar antes de usar. MONTAGEM - Corte o bolo em quadradinhos e ao meio para rechear. Espalhe uma camada do brigadeiro e feche com a outra parte. Para banhá-los, derreta o chocolate em banho-maria, adicione o melado e a essência de baunilha, misture bem e espalhe com a ajuda de uma colher. Coloque em uma folha de papel-manteiga, decore com confeitos de chocolate. Leve à geladeira até endurecer.
4•
Corpo humano
Mau funcionamento da glândula pode trazer diversos prejuízos para a saúde
A tireoide e os seus hormônios:
aprenda a cuidar dela! Ter nódulos na tireoide é sempre grave? Quais os sintomas de um problema? O Instituto da Tireoide estima que 15% da população acima dos 45 anos sofra com alguma alteração na tireoide, o que reforça a importância de cuidar dessa glândula, responsável por produzir os hormônios T3 (tiiodotironina) e T4 (tiroxina) que regulam funções de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. As mulheres, em geral, são as que mais sofrem com doenças que atingem a tireoide. Os tipos de disfunções mais comuns são o hipertireoidismo, quando a tireoide libera hormônios T3 e T4 em excesso, e o hipotireoidismo, em quantidade insuficiente. Enquanto que o hipertireoidismo pode causar
Nódulos Um dos problemas mais frequentes são os nódulos, que não apresentam sintomas. Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. O que não significa que sejam malignos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), apenas 5% dos nódulos são cancerosos. Dói? - Em geral não causa dor, a não ser que haja compressão de estruturas próximas devido ao tamanho da lesão.
Procure ajuda médica! O reconhecimento deste nódulo precocemente pode salvar a vida da pessoa e a palpação da tireoide é fundamental para isso. Uma vez identificado o nódulo, não hesite: procure imediatamente a ajuda de um especialista na área. O médico endocrinologista solicitará uma série de exames complementares para confirmar a presença ou não do câncer.
sintomas como agitação, nervosismo, dificuldade de concentração, e emagrecimento, o hipotireoidismo causa sintomas como cansaço, perda de memória, facilidade para engordar, pele seca e fria, ciclo menstrual irregular e queda de cabelo. Tanto no hipo como no hipertireoidismo, pode ocorrer um aumento no volume da tireoide, que chama-se bócio, e que pode ser detectado, através do autoexame. Os exames mais indicados são o de sangue, ultrassom e, em casos mais específicos, recomenda-se uma biópsia da tireoide. Quando não tratada, a doença afeta o desempenho físico e mental, além de elevar os níveis de colesterol no sangue.
Tratamento Na maioria dos casos, os problemas de tireoide podem ser tratados com medicamentos para regularizar a produção hormonal. O procedimento cirúrgico é indicado somente quando é necessário remover a tireoide ou os nódulos.
SINTOMAS
Hipotireoidismo
;;Processos mentais mais lentos ou depressão ;;Frequência cardíaca reduzida ;;Aumento da sensibilidade ao frio ;;Formigamento ou dormência nas mãos ;;Desenvolvimento de bócio ;;Prisão de ventre ;;Alteração dos ciclos menstruais e fertilidade ;;Pele e cabelo secos ;;Unhas quebradiças
Hipertireoidismo ;;Perda de peso ;;Aumento do apetite ;;Aumento da frequência cardíaca, palpitações cardíacas, aumento da pressão arterial, nervosismo e transpiração excessiva ;;Evacuações mais frequentes, às vezes com diarreia ;;Fraqueza muscular, mãos trêmulas ;;Desenvolvimento de bócio (aumento do volume do pescoço - “papo”) ;;Alteração dos ciclos menstruais e fertilidade.
Recomendações
;;Não se assuste com a ideia de epidemia de problemas na tireoide. Avanço nas técnicas de diagnóstico explica o aumento do número de casos. ;;A ingestão regular do iodo contido no sal de cozinha evita a formação de bócio. ;;A dosagem do TSH deve ser medida depois dos 40 anos com regularidade. ;;Hormônios tireoidianos não devem ser tomados nos regimes para emagrecer (produzem maior queima dos músculos do que de gordura). ;;Procure adotar uma dieta alimentar equilibrada. É engano imaginar que o hipotireoidismo seja fator responsável pelo ganho de peso, porque as pessoas costumam ter menos fome quando estão com menor produção dos hormônios tireoidianos. ;;Atividade física regular é indicada nos casos de hipotireoidismo, mas contraindicada para pacientes com hipertireoidismo. ;;Fumar é desaconselhável nos dois casos. ;;Não minimize o mau funcionamento da tireoide. Discuta com o médico a melhor forma de tratamento para seu caso e siga suas orientações.
Alimentação
oloque no prato - S al iodado ou marinho; Peixes C de água salgada, mariscos e algas; Castanhas; Sementes (linhaça dourada e sementes de abóbora e de girassol); Laranja.
Melhor
evitar! S oja, Brócolis, couve-flor, couve-
-manteiga, repolho.
Fonte: Com informações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e do site drauziovarella.uol.com.br.