Ano 20 Nº 239 Novembro 2019
A safra da tecnologia | PÁGINAS 4 A 6
Lagarta-docartucho: monitoramento é essencial
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CAPÃO BONITO DO SUL
Loja e estrutura de atendimento no padrão Cotrijal | PÁGINA 16
Expodireto Cotrijal terá lançamento em Brasília | PÁGINA 2
24º ENCONTRO DE MULHERES
Cooperativismo envolvente e inspirador | PÁGINAS 12 A 14
02|Novembro / 2019
Expediente Jornal da Cotrijal Órgão de divulgação da Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial
Endereço: Rua Júlio Graeff, nº 01 - Cx. Postal 02 Não-Me-Toque/RS - CEP 99470-000 Fone: 54 3332-2500/ 54 3191-2500 E-mail: mcassel@cotrijal.com.br Internet: http://www.cotrijal.com.br Diretoria Executiva Presidente: Nei César Manica Vice-presidente: Enio Schroeder Conselheiros de Administração Região Sede: Francisco Jorge Eckstein Jair Paulo Kuhns Leori Antônio Dessoy Luiz Roberto Gobbi Odair Sandro Nienow Roveni Lúcia Doneda (Representante dos Líderes de Núcleos) Região Um: Jonas Francisco Roesler José Valdir Kappaun (Representante dos Líderes de Núcleos) Mateus Tonezer Região Dois: Délcio Reno Beffart Fabiana Venzon Jackson Berticelli Cerini Juliano Manfroi Milton Antônio Marquetti (Representante dos Líderes de Núcleos) Valdecir Luiz Delazeri Valdino Morais Conselheiros Fiscais Titulares Leandro Bürgel de Souza Celito Dal Pizzol Ismar Schneider Conselheiros Fiscais Suplentes Inézia Toso Meira Ricardo César Tomazoni Alfredo Bürgel Produção: Unidade de Marketing Gerente responsável: Benísio Rodrigues Jornalista Responsável: Mariliane Elisa Cassel - Reg. prof. 14.895 Redação: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Libera Fotos: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Foto Choks, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Libera Editoração Eletrônica: Prisma Produções Gráficas (54) 3045-3489 Pré-Impressão e Impressão: Imperial Artes Gráficas Ltda. (54) 3313-5434 Comercialização: Agromídia - Desenv. de Negócios Publicitários Ltda. - São Paulo/SP - Fone: (11) 5092-3305 Guerreiro Agro Marketing - Maringá/PR Fone: (44) 9180-4450 - 3026-4457 Prisma Produções Gráficas - Passo Fundo/RS (54) 3045-3489 - 9233-3170 Periodicidade: Mensal
Opinião
NEI CÉSAR MANICA Presidente da Cotrijal
Safra promissora se constrói em conjunto A cada ano, os desafios se agigantam quando o assunto é obter bons resultados na produção de grãos. Somente com a ajuda de muitas mãos conseguimos superá-los e construir safras promissoras. Produtor, cooperativa, fornecedores de insumos, pesquisa... É esse conjunto que vai fazer a diferença no final. Enquanto organização que tem como principal foco ajudar o produtor a alcançar o melhor resultado, a cooperativa está presente em todos os momentos. Brigamos por preço, avançamos em novos mercados e inovamos em tecnologias que vão refletir no campo e na renda. É para isso que dirigimos toda nossa força, especialmente nesse período importante que estamos vivendo, de finalização da colheita da safra de inverno e implantação da soja. Olhando de forma mais detalhada os números da safra de soja passada, vemos que a estratégia adotada tem sido eficiente. Do total de propriedades assistidas pela cooperativa, 32% produziram mais de 70 sacas/hectare. Outras 33% produziram entre 65 a 70 sacas/ hectare. Considerando as dificuldades iniciais enfrentadas e também durante a safra, esses resultados expressam a força desse trabalho conjunto. Entendemos que isso só se consegue quando há comprometimento. De todos os envolvidos. É essa força conjunta que nos faz diferenciados. Ranking divulgado, no final de outubro, pelo Jornal Valor Econômico apresentou a cooperativa como a quarta colocada na categoria de 1.501 a 3.000 funcionários em gestão de pessoas. Uma satisfação que reflete no trabalho diário junto ao produtor e tem impacto direto no crescimento dos resultados. Motivos não nos faltam para acreditar que juntos vamos vencer as dificuldades enfrentadas em alguns locais na safra de inverno, por conta do excesso de chuva, e também construir uma
“Motivos não nos faltam para acreditar que juntos vamos construir uma safra de grandes resultados”
safra de verão de grandes resultados. Com o produtor confiando na cooperativa, fazendo bem-feito, investindo em tecnologias e atento às boas oportunidades de negócios, estamos certos de que podemos ultrapassar os números dos anos anteriores.
Expodireto: lançamento em Brasília Para reforçar a participação internacional na 21ª edição da Expodireto Cotrijal, realizaremos em Brasília, dia 4 de dezembro, evento especial de lançamento para as Embaixadas e autoridades. Em 2020, a feira será realizada de 2 a 6 de março, e a expectativa é atrair maior número de empresas e produtores interessados em fazer negócios. Anualmente, comitivas de mais de 70 países vêm conferir as novidades apresentadas pelos expositores e encaminhar negociações. Estivemos reunidos com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, no início de novembro, para alinhar a programação e convidar a presidência da República. Ele elogiou a iniciativa e confirmou a presença do governo federal. Esse evento, temos certeza, vai reforçar não apenas a importância da feira, mas também dar maior visibilidade à Cotrijal e ao que o nosso produtor tem feito no campo para garantir alimento de qualidade na mesa do consumidor todos os dias!
04|Novembro / 2019
SOJA 2019/20
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A safra da tecnologia
ecnologias que já transformam a rotina na lavoura, como a semeadura com taxa variável, o FieldView, inoculantes longa vida, dentre outros exemplos que facilitam a vida no campo, chegam com força nesta safra. Já está a caminho da terra a safra mais tecnológica de todos os tempos. O mundo digital nunca esteve tão presente, e ao lado do produtor, nas mais diversas tomadas de decisões, com a utilização de múltiplas plataformas digitais, conectadas em apresentar soluções para uma agricultura cada vez mais rentável. Com as expectativas renovadas, produtores de toda a área de ação da Cotrijal já estão preparados para os desafios da safra de soja 2019/20. Atentos ao clima e aos mais diversos aspectos da produção, eles entendem que a agricultura está se adaptando aos novos tempos. Mas, embora as novas tecnologias sejam importantes, não substituem a necessidade de observar com atenção os demais fatores que envolvem a produção. Olhar o sistema produtivo como um todo continua sendo essencial, segundo o superintendente de Produção Agropecuária, Gelson Melo de Lima. Pesquisas comprovam que apesar de o clima ser responsável por 50% do sucesso da lavoura, os outros fatores também têm grande impacto: genética – 13%, solo – 23%, manejo – 14%. “As novas tecnologias vêm como grandes aliadas para sermos mais assertivos nesses fatores, que estão relacionados entre si”, observa Lima. “A Cotrijal é uma cooperativa de produtores, que está conectada com as mais diversas áreas do agronegócio. Para esta safra, vemos um produtor mais consciente e querendo aproveitar os melhores momentos para garantir bons manejos e bons negócios, o que pode ser facilitado com a utilização de certas tecnologias”.
SEMEADURA COM TAXA VARIÁVEL
De ponta a ponta, lavoura mais uniforme Soja já está no campo
A ferramenta permite um manejo preciso na variabilidade das lavouras, identificando as necessidade populacionais de cada talhão Na região Norte do Estado não faltam produtores que aliam conhecimento e tecnologia para colher mais por hectare e gerir seus negócios. Um bom exemplo está na propriedade do associado da Cotrijal, Diones Vaseran Carmo Júnior, que, safra após safra, aprimora ferramentas e manejos para ter uma produção rentável e uniforme. “A semeadura com taxa variável já apresentou bons resultados no milho, o que nos faz acreditar que uma boa resposta possa acontecer na soja”, comenta. O equipamento foi adquirido em 2012 e já foi utilizado em safras anteriores no milho e também de forma experimental em pequenas áreas de soja, com o objetivo de levantamento de dados para pesquisa. “O milho é uma cultura que responde fácil a esse manejo. Já a soja ainda necessita de um melhor acompanhamento. Para isso, contamos com a Cotrijal. Acredito que com informações detalhadas de solo e de taxa de plantas será possível crescer em produtividade”, comenta.
Júnior e o engenheiro agrônomo Ricardo de Quadros no processo de semeadura da soja
Sobre a tecnologia O coordenador do Programa Ciclus, Leonardo Kerber, explica que a prática está ganhando adeptos no milho e na soja, com o propósito de apresentar menor variação de produtividade. “Já temos exemplos que mostram que a taxa variável consegue minimizar a variabilidade da produção dentro de um talhão, ou seja, o produtor consegue uma produção mais homogênea”, aponta.
Na prática
►► Passo 1 - Identificar e fazer estudos de mapas de produtividades e ima-
gens de satélite
►► Passo 2 - Mapear e definir as zonas de manejo ►► Passo 3 - Distribuir as sementes ou fertilizantes conforme as zonas de manejo ►► Passo 4 - Exportar a recomendação para o controlador
Na propriedade da família Carmo, a semeadura da soja iniciou na metade de outubro e deve ser concluída até o final deste mês. Nesta safra, são 560 hectares em Pontão e 480 hectares em Boa Vista do Cadeado. Conforme o engenheiro agrônomo da Cotrijal, Ricardo de Quadros, o processo de semeadura é realizado de forma escalonada, obedecendo as recomendações de época de plantio de cada cultivar. Ao todo, o produtor utilizará nesta safra quatro cultivares. “A ideia é otimizar os manejos e aproveitar as oportunidades para fechar a safra com uma produção igual ou maior que a registrada no ciclo anterior. Acredito que estamos bem servidos de tecnologia e assistência técnica para que a safra possa ser concluída com sucesso”, destaca Carmo Júnior. rodutividades (soja) P 2017/18: 78 sacas/ha 2018/19: 70 sacas/ha
Novembro / 2019|05
INOCULANTE LONGA VIDA
Ganhos em produtividade e comodidade A tecnologia é responsável por expandir a janela entre a inoculação e o plantio por até 60 dias Já testado na Área Experimental da Cotrijal e com dados consistentes de pesquisa, o inoculante longa vida chega ao campo nesta safra na área de ação da cooperativa, em todas as sementes destinadas aos produtores multiplicadores. A nova tecnologia traz mais comodidade e proporciona tratamento uniforme das sementes. Carlos Balduíno Gehring está otimista com a novidade. Além da facilidade de não precisar fazer de forma manual a inoculação, ele espera incremento de produtividade. “Como multiplicador, sei que a Cotrijal usa o que há de melhor no
tratamento industrial de sementes e tenho expectativa de colher duas a três sacas a mais por hectare”, destaca. Ele acredita que o produtor produzindo mais, a cooperativa também tem bom resultado e pode seguir em busca de soluções para avanço ainda maior em produtividade.
Ajuste fino com os multiplicadores
ompromisso com a exC celência - A família Gehring,
que tem áreas de terra em Victor Graeff, Ernestina e Carazinho, produz sementes para a Cotrijal desde a década de 70. Nesta safra, serão 72 hectares, com manejos diferenciados e dentro dos padrões exigidos pela cooperativa. Tudo para entregar excelência em cada lote. “Entra ano e sai ano e a responsabilidade é a mesma: entregar uma semente de qualidade para a Cotrijal”, garante.
Carlos e o irmão Rogério elogiam postura da cooperativa em buscar novas tecnologias. Na foto, com Fernando Martins e Claudia Rother
Sobre a tecnologia Estreante no aporte de tecnologias presentes nas Sementes Cotrijal, o inoculante longa vida promete trazer bons resultados na soja já nesta safra de verão. O coordenador técnico de Validação da Cotrijal, Fernando Geraldo Martins, explica que a tecnologia é responsável por aumentar a
viabilidade das células bacterianas após ser aplicada na semente, expandindo a janela entre a inoculação e o plantio por até 60 dias. “Sua aplicação no TSI possui como objetivo principal facilitar a vida do produtor rural, aumentando a comodidade de receber
uma semente sem a necessidade de uma nova aplicação de inoculante na propriedade, mantendo a qualidade da semente, dos produtos aplicados na indústria e, consequentemente, os ganhos econômicos”, afirma. A tecnologia está presente em todas as áreas multiplicadoras de sementes da cooperativa.
Carlos Gehring foi um dos multiplicadores de sementes que participou de encontro, em outubro, em Não-Me-Toque, promovido pela área de Produção de Sementes, para alinhar recomendações técnicas referentes à safra 2019/2020. O encontro integra a agenda anual com os multiplicadores de sementes e é considerado estratégico para o bom andamento dos processos e melhor resultado ao final da safra. Temas como o posicionamento das cultivares e os cuidados com o momento da semeadura da soja, especialmente temperatura e umidade do solo, fizeram parte da programação. Outros manejos também estiveram em pauta, com destaque para o controle de lagartas e percevejos. “O plantio determina o potencial produtivo da lavoura. É o começo da construção da qualidade da semente de soja que será colhida ao final da safra 2019/20”, frisou a gerente de Produção de Sementes da Cotrijal, Claudia Mói Soares Rother.
P rodutividades (soja) 2016/17: 73 sacas/ha 2017/18: 73 sacas/ha 2018/19: 75 sacas/ha Total da área: 357 hectares
CLIMATE FIELDVIEW
Informações em tempo real para decisão mais assertiva Ferramenta coleta e processa automaticamente dados de campo de forma simples e integrada, gerando mapas e relatórios em tempo real
Otimismo para a safra
A Cotrijal quer que seu produtor esteja cada vez mais conectado com suas lavouras. Uma das tecnologias que pode ser acessada através da cooperativa é o FieldView, que possibilita o acompanhamento do desenvolvimento das culturas com o auxílio de imagens via satélite. “Pelo celular consigo entender o que está acontecendo na minha lavoura”, comemora Marcos Wachholz, que mora em Porto Alegre e possui terras em Não-Me-Toque. “No meu caso, essa tecnologia é essencial, principalmente para uma rápida tomada de decisão. Como não fico todo o tempo na lavoura, o acesso ao aplicativo mostra com exatidão o estágio de cada cultura e as necessidades de manejo”, comenta o produtor, que já utiliza a ferramenta há duas safras. Ele foi um dos pioneiros e elogia o trabalho da cooperativa. “É muito importante esse foco nas novas tecnologias e no atendimento do produtor”, destaca.
Morando em Porto Alegre, Marcos Wachholz utiliza a tecnologia para acompanhar o desenvolvimento das lavouras em Não-Me-Toque. Na foto, com o engenheiro agrônomo Robinson Barboza
Sobre a tecnologia Climate FieldView™ coleta e processa automaticamente dados de campo de forma simples e integrada, gerando mapas e relatórios em tempo real – tudo acessível por celular, tablet ou computador. A tecnologia integra informações de solo, plantio,
monitoramento, pulverização e colheita em um só lugar e permite que o produtor gerencie suas operações com mais eficiência e maximize seu potencial de produtividade. Para Leonardo Kerber, coordenador do programa Ciclus da Cotrijal, a ferramenta
auxilia o produtor na tomada de decisões, com informações e imagens reais das lavouras. “É possível identificar áreas com produções menores e direcionar ações diferenciadas para que a produtividade possa ser mais homogênea”, explica.
Wachholz está otimista em relação à safra. Ele acredita que não há receitas mágicas para o bom resultado e vê nos recursos tecnológicos uma forma do produtor estar mais próximo do melhor manejo. “Estou na agricultura há quase cinco anos e sempre busquei essas ferramentas mais ligadas com a tecnologia, porém entendo que o agricultor não pode esquecer as boas práticas para uma agricultura sustentável. Como é o caso da rotação com milho e a incorporação de plantas de cobertura no inverno”, destaca o produtor, que destina 24% da área para a cultura do milho em sua propriedade. rodutividades P oja S 2017/18: 80 sacas/ha 2018/19: 76 sacas/ha ilho M 2017/18: 200 sacos/ha 2018/19: 240 sacos/ha
06|Novembro / 2019
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
Para melhor rendimento e eficiência É o emprego de conhecimentos científicos para a correta colocação do produto no alvo, em quantidade necessária, de forma econômica e sem danos para a natureza
Não adianta comprar a melhor semente do mercado ou comprar o produto mais caro se o produtor não tomar alguns cuidados no momento da aplicação. Na Cotrijal, as condições que envolvem a tecnologia de aplicação são levadas a sério por sojicultores como Rudimar Guerreiro da Costa. “Buscamos o melhor ajuste para atingir o alvo e proteger
as plantas”, comenta Costa, com 450 hectares em Muitos Capões. Questões como a regulagem dos bicos, velocidade de aplicação, deriva e as condições climáticas não saem da cabeça do produtor, que reconhece a necessidade do acompanhamento técnico para que as práticas possam acontecer de forma assertiva. “Quando o
assunto é aplicação, contamos com a Cotrijal para ter essa eficiência. Tudo para que as lavouras sigam produtivas e saudáveis”, observa. Nesta safra, são 360 hectares com soja e 86 hectares com milho. No ciclo anterior, a produção na soja ficou em 70 sacas/ha.
Sobre a tecnologia Com atendimento personalizado, a Cotrijal apresenta uma série de informações para que a tecnologia de aplicação siga fazendo a diferença nas lavouras. Conforme a coordenadora da área na cooperativa, Mariah Dupont Mattei, o sucesso depende do ajuste fino. “Pulverização é fazer um líquido virar gota e aplicação é colocar essa gota no alvo. Assim estamos colaborando para a proteção do potencial produtivo dos nossos cultivos e a redução dos casos de resistência de doenças, pragas e plantas daninhas”, explica. Dentre os fatores que interferem no sucesso, ela cita: ►►calibração da máquina ►►manutenções preventivas e corretivas ►►aferição das pontas de pulverização ►►realizar a aplicação preferencialmente com as condições meteorológicas adequadas (temperatura abaixo de 30 graus, velocidade do vento entre 3 e 10 km/h e com umidade relativa do ar acima de 55%).
Rudimar está atento a todos os detalhes da produção, da semeadura à colheita, e com a ajuda da Cotrijal consegue melhores resultados nas aplicações de defensivos
BOAS PRÁTICAS
Resultado se constrói com boas práticas Práticas como a rotação de culturas, manejo preventivo de plantas daninhas, pragas e doenças ainda fazem a diferença no sistema de produção Em tempos de Agricultura 4.0, fazer bem-feito o básico da lavoura continua sendo essencial para avançar em resultados. Em Lagoa dos Três Cantos, o associado Lainir Frühauf é daqueles que observa isso ao pé da letra. Planeja antecipadamente tudo o que vai fazer e organiza suas áreas para que cada cultura possa cumprir seu papel no sistema. “Uma cultura complementa a outra e sempre colabora com algum manejo”, explica o produtor. “Veja o exemplo do trigo, que além de deixar uma boa palhada para a soja, nos garante um bom controle de plantas daninhas”, destaca, informando que na safra 2018 colheu 40 sacos/ha, devido ao clima desfavorável, mas, mesmo assim, manteve a área de trigo em 2019. Ele também investe na rotação de culturas com o milho. Na safra 2018/19, o cereal atingiu a melhor marca: 235 sacos/ha. “A produtividade é importante, mas não podemos olhar somente para ela. Tivemos grande ganho de
palhada, o solo ficou protegido e, além disso, o milho ajuda a nos livrarmos de pragas que atacam a soja, como o tamanduá”, justifica. Atento a todos os detalhes, ele destaca que as boas práticas são garantia de melhor resultado. “O produtor tem que fazer a sua parte, identificar os gargalos da produção e deixar tudo preparado para que a planta possa ter uma boa resposta. Isso deve acontecer da semeadura até a colheita. O fazer bem-feito sempre será o nosso grande diferencial, mesmo em anos de clima não tão favorável”, conclui Frühauf. O Departamento Técnico da Cotrijal defende que é necessário olhar o sistema de produção como um todo. O coordenador técnico de Difusão, Alexandre Doneda, lembra que um trabalho rotacionado, com manejos caprichados, além de nutrir o sistema, otimiza uso de maquinários e mão de obra. “Trigo e cevada são importantes para melhorar a biologia do solo e preparar o sistema para o verão”, afirma. “E o milho é essencial dentro do sistema produtivo”. rodutividades safra 2018/19 P Trigo: 64 sacos/ha em 21 hectares Soja: 76 sacas/ha em 21 hectares Milho: 235 sacos/ha em 7 hectares
“As boas práticas na agricultura são a base para um trabalho bem-feito e com resultados”, diz Lainir Frühauf
Á rea plantada inverno: Trigo: 21 ha Aveia para cobertura: 7 ha
Área plantada verão: Soja: 21 ha Milho: 7 ha
08|Novembro / 2019
DICAS DO PROGRAMA SENTINELA
A adaptação dos insetos às mudanças do seu ambiente natural são comuns e neste ano os produtores de milho do Rio Grande do Sul sofreram com o ataque da lagarta-do-cartucho na fase inicial. Praga que pode se alimentar de várias culturas, a lagarta teve sua proliferação facilitada pelas temperaturas mais elevadas
Juliano Farias: a melhor estratégia para o controle eficiente é o monitoramento constante das áreas e estar próximo do Departamento Técnico da Cotrijal para adotar a medida mais assertiva, no momento certo e da forma correta
durante o inverno. A preocupação agora é com a soja. Segundo o entomologista Juliano Farias, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), embora na soja o controle seja mais fácil do que no milho, o momento da entrada com produtos químicos faz toda diferença no sucesso da aplicação. “Lagarta grande é muito mais difícil de controlar. O ideal é usar o inseticida com ela ainda pequena na pós-emergência da soja. Nas áreas onde ainda não foi feita a semeadura e a praga está presente, é essencial o controle antecipado”, observa. Farias também chama a atenção que a lagarta muitas vezes está protegida embaixo da palhada. “Ela sobe só quando encontra alimento”, explica.
A lerta – O professor e pesquisador avalia que falhas de controle, como a aplicação tardia, quando a lagarta já está muito grande, têm contribuído para aumentar os problemas de resistência. No caso do milho, alguns híbridos com tecnologia Bt já estão suscetíveis à lagarta. “É uma praga típica de gramíneas, mas que está se adaptando ao cenário da soja, e se não atacarmos de maneira correta pode vir a se tornar um problema maior”, alerta.
Biologia da lagarta
Praga já está presente nas áreas de soja
O caminho da lagarta
Monitoramento é chave para o sucesso
Alexandre Doneda/Detec
Divulgação
OVIPOSIÇÃO NAS FOLHAS: 50 a 300 ovos – 2000 por fêmea
Márcio Forcelini/Detec
Lagarta-do-cartucho: como acabar com ela
OVOS: em 2 a 4 camadas, sendo o período de incubação de 3 dias
No início da safra de milho 2019/20, produtores de todas as regiões do Rio Grande do Sul enfrentaram dificuldades para controlar a lagarta. Áreas mais afetadas tiveram sérios problemas de tombamento das plantas.
Alexandre Nowicki/Detec
LARVAS: de 12 a 30 dias (canibal)
Com o aumento dos problemas de resistência ao milho Bt, na safra de verão 2018/19, a lagarta-do-cartucho fez estragos nas lavouras com a cultura e atacou também a soja.
PUPA: no solo – 8 a 25 dias
CICLO TOTAL (OVO-ADULTO): em torno de 22 a 63 dias
Fonte: Promip/ Dr. Márcio Tavares
Temperaturas amenas e condições de alimento favoreceram a proliferação durante o inverno. Problemas maiores foram registrados em áreas de aveia e trigo (foto à esquerda), mas a praga apareceu também na cevada (foto à direita).
O pesquisador Juliano Farias alerta que além da lagarta-do-cartucho, o produtor precisa estar atento a outras pragas da soja, como trips, demais lagartas e também ao percevejo. Trips aparece mais em tempos de períodos secos e já foi verificado em algumas regiões nesta safra. A lagarta Helicoverpa armigera está causando preocupações na região Central do Brasil e o percevejo tem sido, nos últimos anos, a praga que mais causa estragos em termos de produtividade e qualidade do grão. Ele lembra que o manejo precoce do percevejo é fundamental para evitar perdas. “A melhor estratégia para o controle eficiente é o monitoramento constante das áreas e estar próximo do Departamento Técnico da Cotrijal para adotar a medida mais assertiva, no momento certo e da forma correta. Não adianta o produto ser eficiente se o processo não é feito da forma correta”, pontua Farias.
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UPL-0022-19K-AF_ANUN_GENERICO UNIZEB_LY01_25,5x34,5.pdf
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25/09/19
13:51
10|Novembro / 2019
CULTURAS DE INVERNO
Fundamentais para o sistema de produção
O
inverno gaúcho foi marcado por um clima seco e frio que beneficiou o desenvolvimento das culturas, trazendo otimismo para os produtores de trigo e cevada da região de abrangência da Cotrijal. As chuvas no final do ciclo, porém, assustaram, gerando resultados desiguais – por regiões, época de plantio e cultivares – e dúvidas, principalmente com relação a qualidade dos produtos nessa fase final de colheita. Gelson Melo de Lima, superintendente de Produção Agropecuária da cooperativa, lembra que mesmo que a expectativa de rendimentos altos com qualidade não tenha se concretizado, a importância das culturas de inverno no sistema de produção, precisa ser considerada. “Nas áreas que ficaram em pousio ou com pouca cobertura de solo, vimos altas infestações de invasoras.
Trigo com bons resultados
André Ademar Krüger, que possui áreas em Mantiqueira e São João do Gramado, no interior de Não-Me-Toque, encerrou a colheita das culturas de inverno no início de novembro. Nos 20 hectares de trigo, a produtividade média chegou a 65 sacos/ hectare, 90% dele com PH 78. Nos 10 hectares de cevada, a produtividade foi de 66 sacos/hectare – com 30% da produção destinada para cervejaria. Os 14 hectares restantes ele cobriu com aveia. Krüger esperava colher mais, mas está satisfeito com os resultados. Mesmo com os episódios intensos de chuva, nos períodos de tempo seco ele conseguiu colher. “A chuva não atrapalhou na quantidade, senti que perdemos um pouco em qualidade. Dadas as circunstâncias climáticas com as características do nosso inverno, podemos avaliar como uma boa safra”, avaliou. “A gente sempre busca ter lucratividade no inverno, mas a grande vantagem é manter o manejo que vai facilitar o controle plantas daninhas, pragas e doenças para o verão”, acrescentou. Entre os benefícios das culturas de inverno para o sistema de produção, ele enumera a proteção gerada pela palhada no solo. “Mesmo com períodos de chuva intensa, não tivemos problema com erosão, corria água limpa na lavoura”, revela o produtor, que é atendido pelo engenheiro agrônomo da Cotrijal Luiz Carlos Rohr.
Quanto o produtor vai gastar para fazer este controle? Já onde estavam implantadas as culturas de inverno, o custo de manejo é muito menor”, ponderou, lembrando também que o adubo utilizado nas áreas de inverno beneficia a soja. “Lavoura de inverno bem instalada resulta em boa cobertura, boa adubação, redução do custo fixo, boa palhada para plantar a soja, residual de fertilizante. Mesmo que o produtor não tenha colhido como queria, são inegáveis os benefícios que as culturas de inverno deixam”, avaliou o superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal.
André Ademar Krüger investe no trigo e na cevada pensando na importância para o sistema de produção. Na foto, com engenheiro agrônomo da Cotrijal Luiz Carlos Rohr
Cevada com qualidade na região de Estação
Rafael Joni Baruffi: cevada garante excelente palhada para plantar verão. Na foto, com o engenheiro agrônomo da Cotrijal, Ricardo Cansi
Em Ipiranga do Sul, a área de 65 hectares de cevada de Rafael Joni Baruffi, superou as expectativas. A média geral de produtividade ficou em 71 sacos/hectare, com excelente qualidade. “Do total colhido, 95% da produção atingiu o nível de cervejeira. Apenas uma carga deu forragem, em função de uma chuva forte antes da colheita. Há muitos anos que não conseguíamos formar uma lavoura neste padrão, unindo produtividade e qualidade”, conta o tradicional produtor de cevada, que investe na cultura há 20 anos. A propriedade tem 110 hectares e Baruffi também investiu em 45 hectares de trigo. Ele planta trigo
e cevada anualmente, rotacionando as áreas. “Eu vejo muitas vantagens em investir nas culturas de inverno. Se eu fosse fazer cobertura na área, entre cobertura e manejo, investiria entre R$ 300,00 e R$ 350,00 por hectare – um custo que seria tirado da soja. Assim, a cevada se paga, me dá algum lucro e garante excelente palhada para plantar verão. Ou seja, uma cultura complementa a outra”, reforçou. Ligado à Unidade de Negócios da Cotrijal de Estação, Baruffi valoriza muito a parceria e as informações recebidas do quadro técnico da cooperativa. Ele é atendido pelo engenheiro agrônomo Ricardo Cansi
Seguro para reduzir riscos
Ilmo e Eduvirges Schneider, de Lagoa dos Três Cantos, sabem da importância das culturas de inverno, mas também avaliam os riscos. E neste ano foram salvos pelo seguro com cobertura por qualidade que contrataram através da Cotrijal. Nos 29 hectares de cevada, a média de produtividade ficou em 55 sacos/ hectare, com qualidade forrageira. A modalidade de seguro viabilizada este ano pela cooperativa garante não só indenização na cobertura multirisco, em caso de perda de produtividade, mas também leva em consideração a qualidade da cultura – fator determinante no preço –, segurando a lavoura em caso de granizo e geada, com cobertura extensiva para excesso de chuvas.
“A cevada é uma cultura que dá bom retorno, mas de alto risco. Não dá pra plantar sem seguro. Estamos muito satisfeitos com o atendimento. Ágil, fácil, eficiente. Assim que constatamos que teríamos prejuízos, acionamos e fomos prontamente atendidos”, relatou Eduvirges. A família iniciou a colheita da cevada no dia 23 de outubro. Ligados à Unidade de Negócios da Cotrijal de Lagoa dos Três Cantos, atendidos pelo engenheiro agrônomo Marcelo Kok Kohlrausch, estão sempre buscando os melhores manejos e atendendo as recomendações técnicas com capricho. A propriedade conta com uma área total de 100 hectares, onde também foram implantados trigo e aveia.
Ilmo e Eduvirges Schneider com os genros Jaime, Ademir e Alexandre, durante a colheita da cevada. Na foto, com o gerente da Unidade da Cotrijal de Lagoa dos Três Cantos, Ricardo Haubert
12|Novembro / 2019
24º ENCONTRO DE MULHERES COTRIJAL
Cooperativismo envolvente e inspirador
Multidão de mulheres contagiadas pela alegria de Márcio Mancio
E
m Não-Me-Toque, Norte do Estado, uma multidão de agricultoras se reúne todos os anos para renovar a autoestima e continuar fazendo a diferença nas propriedades.
Em sua 24ª edição, o Encontro de Mulheres Cotrijal é um marco na região, reunindo produtoras de mais de 30 municípios. O encontro, dia 9 de outubro, no parque da Expodireto, trouxe conhecimento, descontração e inspirou as 1,5 mil participantes. Pela manhã, depois de um início eletrizante com o instrutor e professor de zumba, Anderson da Silva Lopes, foi a vez do professor e doutor em Filosofia Iltomar Siviero subir ao palco e enfocar a importância da prevenção para alcançar longevidade saudável.
Siviero trouxe dados de pesquisas que comprovam que a mulher vive mais do que o homem, tanto no Brasil quanto em nível mundial, justamente porque cuida melhor da sua saúde. Apesar dos dados positivos, há espaço para melhorar a qualidade de vida, na avaliação do professor. “Equilíbrio é a palavra-chave para quem quer viver bem. Precisamos pensar no longo prazo, investindo na saúde física, emocional e espiritual. O evento é um momento muito significativo. Continuem lançando sementes de valores para que todos possam viver de forma
mais digna e feliz”, afirmou o palestrante, que é coordenador do Curso de Extensão em Envelhecimento Humano, Espiritualidade e Cuidado, do Instituto de Filosofia Berthier, de Passo Fundo. Ele ressaltou ainda: “Eventos como esse jogam para longe as preocupações, a solidão e o cansaço. O bem-querer e a motivação também dão mais sentido, sabor e vigor à vida. Tudo isso têm reflexo positivo na saúde, beleza e humor. Portanto, escolham viver e não apenas assistir a vida pela janela. Cuidem bem dessa casa que é o corpo de vocês!”.
Iltomar Siviero: equilíbrio é chave para viver bem
Protagonismo feminino Irreverente e com boa dose de humor, Márcio Mancio conquistou a atenção das mulheres à tarde, evidenciando o protagonismo feminino. Empresário e especialista nas áreas de liderança, motivação e vendas, ele propôs
uma série de reflexões sobre o cotidiano e comportamentos. “Ser protagonista da própria vida é uma escolha. Basta acreditar e aceitar o desafio de fazer diferente e buscar excelência em nossas atividades. Aproveitem as
oportunidades que a Cotrijal dá para vocês e façam as melhores escolhas”, comentou.
A guerridas e parceiras Na Cotrijal, são várias as ações para inserir a mulher no agronegócio e
Longevidade impulsionar interesse pelo cooperativismo. Além de dias de campo e palestras com foco nas agricultoras, a cooperativa conta com um Comitê de Mulheres. Quem percorre regiões atendidas pela cooperativa vê a diferença.
Em 2050, o Brasil será um país velho, quando a população terá 63 milhões de idosos. Se em 1980 eram 10 idosos para cada 100 jovens, em 2050, serão 172 idosos para cada 100 jovens. Isto porque as pessoas estão vivendo mais. Expectativa de vida - Na década de 1950, era de 43,3 anos. Em 2007, passou para 72,5 anos e, em 2017, subiu para 75,8 anos.
Anderson Lopes colocou todo mundo para dançar
Repertório do Cesta Básica também agradou
Fonte: IBGE
Novembro / 2019|13
Sintonia e atitude para avançar
Nei César Manica: seguir motivando a mulher rural
O presidente da Cotrijal, Nei César Manica, destacou que o evento oportuniza a reflexão e aprofunda temas atuais, além de motivar. “É um momento especial e exclusivo para a mulher. Um dia de conhecimento, diversão e integração, para valorizar nossas associadas, fortalecer o nome da Cotrijal e também qualificar o trabalho nas propriedades rurais”, afirmou. Presente em todos os 24 encontros, o vice-presidente Enio Schroeder destacou a evolução da programação, que em 2019 apresentou temas que estimularam as mulheres a refletirem sobre suas escolhas, priorizando a qualidade de vida e a cooperação. “A mulher avançou. Do papel de coadjuvante, passou a ser protagonista, na gestão da propriedade e também na cooperativa. Nosso maior desafio
é continuar fazendo a diferença no meio rural e na sociedade”, disse. “É importante para fortalecer esse envolvimento da mulher no Agro”, enfatizou a agricultora de Mantiqueira, interior de Não-Me-Toque, e conselheira representante dos líderes de Núcleo pela Região Sede, Roveni Lúcia Doneda. Exemplo de liderança e de produtora que cresceu junto com a cooperativa, ela deixou um recado: “Cuidem-se, amem-se, que a família e a Cotrijal precisam de vocês!”. Com raízes fortes na agricultura e no cooperativismo, a produtora e atual secretaria de Obras do município de Não-Me-Toque, Genisse Zagonel Schiochet, representou o prefeito no evento e enalteceu o trabalho da cooperativa com o público feminino. “Faz a diferença para a mulher rural”, elogiou.
Positividade e foco no Agro da Cotrijal lpídia De Marchi , de Xadrez, Coqueiros do Sul, 75 E anos, chegou cedo e feliz da vida. Acompanhada de grupo de amigas, também produtoras, interagiu e não economizou em sorrisos e aplausos. “Com dois filhos, quatro netas, um esposo maravilhoso e bem de saúde, só tenho que festejar. O evento é ótimo. Eu adoro!”, comentou com sorriso largo. O bom humor sempre foi (e continua sendo) uma constante na vida da agricultura. Talvez por isso tenha superado um câncer de mama. Foi com esse espírito de quem não se curva diante das adversidades que festejou a vida com centenas de produtoras e associadas da cooperativa. Quem entrou no clima voltou para casa como Elpídia, com as energias renovadas.
A agricultora Roseli L ourdes Petry, 58, de Victor Graeff, não perde o evento por nada. Esse ano, para que a filha pudesse ir a compromisso, levou o neto V itor Eduardo , aficionado por máquinas e pela Expodireto. “Ele achou que ia passear como na feira. Expliquei que era para as titias e vovós aprenderem mais. Acho que o encontro ganhou mais um fã”, disse, orgulhosa. De uma família que sempre trabalhou a terra, conhece cada canto da propriedade e tem orgulho de ser do meio. Não para. Ajuda o marido e faz parte da diretoria de várias entidades onde mora. De sindicato a grupo de canto. “Onde tem oportunidade, estou lá. Ainda ajudo a cuidar do neto. Faz bem para a saúde e a alma”, garantiu.
Aos 84 anos, Ely Becker Roehrig , de Não-Me-Toque, esqueceu das dores no joelho e coluna, desmarcou carteado, segurou firme na bengala e entrou no clima. “Saio feliz. Estava ótimo!”, falou ela, que participa do encontro desde os anos 90 quando era preciso levar lanche para ser compartilhado com participantes. “Um evento de excelência, tanto em participação como os temas das palestras e organização. Cresceu como a Cotrijal”, elogiou a filha e associada M arlei Elisa Roehrig Wagner , 53, de volta a Não-Me-Toque desde o início do ano após residir longo período na região Centro-Oeste do país.
14|Novembro / 2019
24º ENCONTRO DE MULHERES COTRIJAL
Com pique, astral e energia renovadas Maria Lúcia Piacentini , de Colorado,
Teve também quem madrugou para não perder nenhum detalhe da programação. Foi o caso da produtora A ndressa Fagundes de Oliveira , 36, de Três Pinheiros, Sananduva, (de branco) que antes das 7 horas já estava na estrada. “Muito interessante! Quando me convidaram, aceitei na hora. Vale a pena! Faz a diferença para nós mulheres”, afirmou. De aniversário, festejou data no evento. Ela planeja inclusive voltar a Não-Me-Toque, em março, com grupo de mulheres da região, para conferir novidades.
estava radiante por poder participar das atividades. “Tudo muito bom. Volto para casa ainda mais otimista”, comentou, feliz da vida.
“Uma experiência única! A gente troca ideias, descontrai”, elogiou a produtora S andra Aparecida Duarte da Rosa , 39, de Coxilha. Ela estava acompanhada da filha A na Cecília , 8, da sogra Elvira Scapini , 66. Esse ano, convenceu a vizinha M arlene Souza , 51, de Colônia Miranda, a participar. “É contagiante!”, disse encantada.
“Deu para rir bastante. Estamos saindo com outro astral”, completou G ladis Terezinha Diefenthaeler , de Não-Me-Toque (à esq.), que foi ao evento no mesmo ônibus que as amigas orena Lourdes Doralina Strauss , 78, e L Schuster , 66 (à dir.). “Que coisa mais boa! A gente nem vê as horas passarem”, completou a associada.
Para D enise Ferrari , de Colorado, a oportunidade de participar do evento é um privilégio, porque incentiva a presença feminina no cooperativismo. “Imperdível. É leve, moderno, divertido e de conhecimento”, afirmou a produtora, que estava acompanhada da filha D uana , 17, que é fã do evento.
“Adorei! Deu até para rever os parentes aqui de Não-MeToque. Pretendo inclusive acompanhar mais o marido em atividades da Cotrijal”, comentou C larisse de Oliveira , de Lagoa Vermelha, que, este ano, prestigiou evento pela primeira vez com cunhadas e amigas.
A associada M árcia Krüger veio com a
“É maravilhoso! Participo há 10 edições e a cada ano é uma motivação diferente”, comentou a associada da Cotrijal de Mato Castelhano, M aria
caravana de Tio Hugo. Assídua frequentadora do evento, ela gostou dos temas das palestras. “São informações que ajudam no nosso dia a dia”, disse.
de Lourdes Santini Xavier . As
ações da Cotrijal, com foco na mulher rural e sua família, motivam a produtora.
“Nos últimos anos sempre estive na plateia”, disse a associada da Cotrijal de Santo Antônio do Planalto, M ariane Müller . “É um dia que vale a pena. A Cotrijal pensa em cada detalhe para tornar o evento inesquecível”, destacou. Motivada com as palestras, Mariane já tem planos para voltar no próximo ano.“A mulher tem que estar aberta e participar dos eventos da cooperativa. Tudo muda para melhor”, concluiu. osecler de Abreu (ao centro), 48, R de Ibiaçá, marcou presença pela primeira vez. “Muito bom! A gente interage, aprende mais, faz amizades. Quero voltar mais vezes”, festejou. Com papel de destaque na propriedade, ela se desdobra ao lado do marido Antônio Vilmar e tem planos: “Aumentar rebanho leiteiro e investir em genética”, projetou. De Ibiaçá veio também a produtora Lenir Ramos Bregalda . Ela tira leite, produz queijos e tem participação ativa no negócio familiar. “Já tinha recebido o convite da Cotrijal, mas só este ano conseguir vir. Gostei bastante!”, agradeceu.
16|Novembro / 2019
CAPÃO BONITO DO SUL
P
Loja e estrutura de atendimento no padrão Cotrijal
ara oferecer maior comodidade e qualidade no atendimento aos produtores, associados e clientes, a Cotrijal inaugurou, dia 30 de outubro, as novas instalações da Unidade de Negócios de Capão Bonito do Sul. O espaço de 200 metros quadrados conta com gerência, acerto, departamento técnico e loja. O ato inaugural foi prestigiado pela direção da cooperativa, conselheiros, superintendentes, associados e convidados. O associado de Capão Bonito do Sul, Júlio César Candeia, ficou animado com o empreendimento. A propriedade fica a 10 quilômetros da Unidade e a loja, além do conforto das novas instalações de atendimento, trarão muitas facilidades para o seu negócio. “Antes eu precisava me deslocar até Lagoa Vermelha. Agora tenho preço e qualidade perto de casa com a Cotrijal”, enfatizou.
Assim que as portas abriram, não perdeu tempo. Aproveitou para conferir opções de máquinas de lavar roupas do encarte promocional de inauguração. “A gente só tem a agradecer a cooperativa por ter se instalado aqui na região. É uma marca forte em assistência técnica e mix de produtos para o campo e veterinários”, acrescentou Candeia, que trabalha com grãos e leite.
Inauguração foi prestigiada pela direção da cooperativa, conselheiros, superintendentes, associados e convidados
Presenças
Espaço amplo e moderno “A Cotrijal trabalha para entregar qualidade, segurança e comodidade a cooperados e clientes. E o empreendimento reforça ainda mais o nosso desejo de fortalecer essa parceria, iniciada em 2016, com produtores e clientes da região”, destacou Nei César Manica, presidente da Cotrijal. O gerente da Unidade de Negócios, Diogo Weber, lembrou que antes o espaço de Acerto e área técnica funcionavam junto da Balança. “Nos últimos dois anos, a Cotrijal teve crescimento muito grande no município, dobrando o recebimento
de grãos e quase triplicando o faturamento com insumos. O investimento é uma forma de retribuir a confiança que produtores e a comunidade têm na cooperativa”, ressaltou. O prefeito Felipe Júnior Rieth classificou o momento como uma tarde histórica. “Capão Bonito do Sul agradece a Cotrijal por apostar e investir no município. Vida longa à cooperativa e a esta parceria, pois temos certeza que os negócios só vão crescer”, destacou. A Unidade de Capão Bonito do Sul possui capacidade para armazenar até 340 mil sacos.
Júlio César Candeia ficou animado com o espaço de atendimento e com a facilidade de ter a loja perto de casa
Também prestigiaram o ato de inauguração o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder; o superintendente de Varejo, Valcir Zanchett; o superintendente Administrativo-Financeiro, Marcelo Ivan Schwalbert; o coordenador Administrativo da Unidade de Capão Bonito do Sul, Cristiano Welter; conselheiros de Administração e Fiscal e colaboradores da cooperativa. Entre as autoridades locais, o vice-prefeito, Nelson Catapã; presidente da Câmara de Vereadores, Valcir Fich Arruda; presidente do Sindicato Rural, César Antônio Magrim; presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, João César Subtil Godinho; representante do Sicredi, Lícia Fortuna; representante da Emater, Mauro Sérgio Santos.
20ª loja da rede
O espaço de 200 metros quadrados conta com gerência, acerto, departamento técnico e loja
HORÁRIO DE ATENDIMENTO SEGUNDA À SEXTA 7h45 às 12h e 13h30 às 18h Telefone: (54) 3191-2549 Endereço: Rua Benjamin Bolsonelo, 615, Centro – Capão Bonito do Sul/RS
A Loja Cotrijal de Capão Bonito do Sul conta com mais de 3 mil itens – entre produtos da linha de rações da cooperativa, nutrição e saúde animal, materiais de construção, ferragens, produtos agrícolas e eletrodomésticos – e equipe preparada para bem atender os clientes. Leandro Belan destacou a importância do investimento para a região. “A Cotrijal chegou com força em Capão Bonito do Sul e a população agradece. A gente estava precisando muito de uma loja como essa. Não tem nada parecido por aqui. Estou muito feliz”, disse. Esta é a 20ª loja da rede Cotrijal. Além das lojas, o Varejo da Cotrijal conta com um atacado e nove supermercados. Recentemente, foi inaugurado moderno supermercado em Lagoa Vermelha, com 12 mil itens de padaria, hortifruti, açougue,
Leandro Belan: oportuniza ampliar negócios com a cooperativa
higiene, limpeza, linha pet, bebidas e alimentos em geral. Além das lojas, o Varejo da Cotrijal conta com um atacado e nove supermercados. Recentemente, foi
inaugurado moderno supermercado em Lagoa Vermelha, com 12 mil itens de padaria, hortifruti, açougue, higiene, limpeza, linha pet, bebidas e alimentos em geral.
Novembro / 2019|17
A
50 anos de cooperativismo forte em Colorado
data de 25 de outubro de 1969 foi histórica para produtores e a comunidade de Colorado e região, que ganhou uma unidade modelo, com equipamentos de ponta para a época.
Era o início de uma nova jornada ao lado do produtor, além da Sede, mas com o mesmo entusiasmo, garra e profissionalismo dos pioneiros. O associado José Elido Zanolla lembra muito bem de cada detalhe deste momento especial que marcou a todos. Filho de produtores, Zanolla tinha 24 anos na época e, por ser funcionário público, ficou responsável pelas bandeiras e por auxiliar o prefeito Luiz Grandeaux na construção do seu discurso. “Tudo era festa”, recorda, referindo-se ao desfile de tratores, a colheita de trigo e a presença do então
Momento histórico teve a presença do então ministro da Agricultura, desfile de tratores e colheita de trigo. Uma multidão acompanhou festejos
ministro da Agricultura, Ivo Arzua Pereira. “Deu início a uma nova visão sobre a agricultura, melhor orientada, com acesso a produtos e informações através da cooperativa. Foi assim que os produtores da região cresceram, evoluíram
em tecnologia, produtividade e qualidade de vida”, aponta o produtor, com forte participação dentro da Cotrijal. “O cooperativismo está no meu sangue. Tenho orgulho de fazer parte desta história e do quadro social da cooperativa”, conclui.
Data para celebrar conquistas Em meio século a unidade de Negócios da Cotrijal de Colorado criou muitos vínculos e laços. Quem faz parte dessa história se sente em casa. O aniversário dos 50 anos, no dia 25 de outubro deste ano, reuniu associados, produtores e convidados. Data foi lembrada com bolo, parabéns, homenagens e boas lembranças. “São muitos os motivos para festejar. Tivemos momentos difíceis e de frustração, mas que foram superados graças a solidez da cooperativa e confiança do produtor”, agradeceu Walter Walker, gerente da Unidade de Negócios de Colorado.
O associado José Elido Zanolla participou da inauguração da unidade, na década de 60, e lembra com detalhes do momento especial
A comemoração na unidade foi prestigiada também pelo conselheiro representante dos Líderes de Núcleo da Região Um, José Valdir Kappaun; o conselheiro de Administração, Mateus Tonezer; o conselheiro Fiscal, Celito Dal Pizzol, e colaboradores.
Engrenagem de peso
MOM ENTO DE ALEGRIA - O presi-
dente da Cotrijal, Nei César Manica, destaca que a comunidade de Colorado sempre foi muito receptiva à cooperativa. “Terra de gente trabalhadora, que busca evoluir. Por isso que temos estado atentos às necessidades dos produtores e investido em melhorias”, afirma.
Conselheiros participaram da festividade. Foram 15 quilos de bolo servidos ao longo do dia
O aniversário de 50 anos da unidade, em outubro deste ano, foi lembrado por associados, produtores e colaboradores
A Cotrijal foi fundada em 14 de setembro de 1957, em Não-Me-Toque, e a instalação da unidade em Colorado, em 1969, facilitou a vida dos associados que já eram atendidos pela cooperativa. Foi a primeira unidade a receber estrutura de silos, em vez de armazéns, para garantir a qualidade do produto estocado. Hoje a Cotrijal está presente em 32 municípios, com 56 unidades. Em Colorado, a estrutura é composta pelos setores de Atendimento ao Produtor, Departamento Técnico e Veterinário, Lojas e Supermercados.
18|Novembro / 2019
Sucessão bem-feita requer planejamento A sucessão rural é desafio em muitas propriedades, mas com adequado planejamento será bem-sucedida. A afirmação é do consultor Flávio Cazarolli, palestrante do terceiro módulo do Projeto Mulheres Cooperativistas em Ação. O evento, na noite desta quinta-feira, 7, reuniu cerca de 150 mulheres, na Associação dos Funcionários da Stara, em Não-Me-Toque. Para Cazarolli, quanto mais cedo começar a ser organizado o processo de sucessão melhor, já que são necessários de 10 a 15 anos para se formar um sucessor. Ele
alertou também para a importância de se estabelecer regras, o que reduz conflitos. “A maioria das discussões ocorrem por falta de regras bem definidas”, afirmou. A produtora Neusa Maria Mattei e a filha Greice, de Mato Castelhano, gostaram dos apontamentos feitos pelo palestrante. A propriedade, de 200 hectares, em Butiazinho, está em processo de sucessão e elas apontam que o diálogo e o respeito à hierarquia têm ajudado no processo. “O pai e eu aliamos nosso conhecimento para o negócio dar certo”, explica Greice.
Flávio Cazarolli foi o palestrante do terceiro módulo do Projeto Mulheres Cooperativistas em Ação
Qualidade de vida
A produtora Neusa Maria Mattei e a filha Greice, de Mato Castelhano, aprovaram a escolha do tema
Comum nas mulheres, a vertigem muitas vezes não recebe a devida atenção. A falta de identificação da origem desse problema pode
levar a doenças mais sérias. Para alertar sobre o assunto, a fisioterapeuta neurofuncional Nedi Mello dos Santos Magangnin explicou
que há formas simples de se obter o diagnóstico e, no caso das doenças do labirinto, curá-las, em sua maioria, com manobras ou exercícios personalizados. Conforme Nedi, 80% das pessoas afetadas por doenças do labirinto são mulheres. “A identificação correta do problema é o primeiro passo para encaminhar a cura. A medicina avançou muito nos últimos anos e hoje há tratamentos específicos para cada caso”, afirmou.
O PROJETO – O Projeto Mulheres Cooperativistas em Ação é uma realização da Cotrijal, com parceria do Sescoop/RS e apoio da Revista Momento. O quarto e último módulo de palestras está previsto para o dia 9 de dezembro. O palestrante Eduardo Tevah falará sobre o protagonismo da mulher.
A fisioterapeuta Nedi Mello dos Santos Magangnin falou sobre prevenção de doenças
O evento, dia 7 de novembro, reuniu cerca de 150 mulheres
PRAZO SAFRA LOJAS
Compre agora e pague em maio de 2020 Associados de todas as unidades onde a Cotrijal têm Lojas já estão aproveitando Prazo Safra. A campanha é exclusiva para os produtores da cooperativa e possibilita a realização de compras para pagamento com a safra, a taxa diferenciada de juros. Todas as linhas agrícola, de construção, ferragens, lar/eletro e pneus podem ser acessadas através do Prazo Safra. O pagamento pode ser feito até o dia 29 de maio de 2020.
São 20 lojas espalhadas em toda a área de abrangência da cooperativa, para facilitar o acesso, sendo a mais recente a inaugurada em outubro em Capão Bonito do Sul. O gerente da rede de Lojas, Jair Heller, destaca que a campanha tem ótima aceitação entre os associados, pela possibilidade de poder fazer o pagamento em períodos em que a soja está com melhor preço. “Dentre os itens mais buscados está o material de construção”, informa.
Mais informações Período da campanha: 01/10/2019 a 29/05/2020 Vencimento: 29/05/2020
Não-Me-Toque Colorado Victor Graeff Tio Hugo Vista Alegre Lagoa dos Três Cantos Almirante Tamandaré do Sul
Linhas de produtos Agrícola Construção Lar/eletro
Ferragens Pneus
Rede de Lojas Cotrijal Santo Antônio do Planalto Carazinho Igrejinha Xadrez Saldanha Marinho Nicolau Vergueiro Ernestina
Passo Fundo Mato Castelhano Coxilha Tapejara Esmeralda Capão Bonito do Sul
Novembro / 2019|19
Associada da Cotrijal recebe prêmio nacional por gestão inovadora A produtora associada da Cotrijal Luciane Rheinheimer, de Carazinho, foi uma das nove mulheres homenageadas no 2º Prêmio Mulheres do Agro, realizado durante o 4º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio. A honraria foi entregue no último dia da programação, no dia 9 de outubro, no Transamerica Expo Center em São Paulo. “Estou realmente emocionada e orgulhosa em receber este reconhecimento. É resultado de 23 anos de dedicação e amor ao agronegócio, de um trabalho sério em busca por inovação e tecnologia. Mas é claro que só é possível graças a uma equipe comprometida e dedicada que faz acontecer e da minha família, que me inspiram e me motivam”,
ressaltou Luciane. Realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Bayer e Elanco, a premiação reconhece a excelência da gestão feminina nas propriedade rurais, que se destacaram por ações inovadoras, comprometidas com a sustentabilidade na parte econômica, social dentro e fora da porteira e ambiental, boas práticas agropecuárias, utilização de tecnologias no campo, entre outros quesitos. “Eu voltei inspirada com tantos exemplos e modelos que estão dando certo e prosperando em todo Brasil. Com certeza volto com novas práticas para melhorar e aprimorar a nossa propriedade e transmitir para os colegas produtores”, destacou a produtora.
Luciane Rheinheimer foi uma das nove mulheres homenageadas no 2º Prêmio Mulheres do Agro
Demais ganhadoras
Participação recorde Segundo a organização do prêmio, comparando com a primeira edição, em 2018, o número de inscrições cresceu 300% neste ano. Luciane relata que passou por várias etapas de seleção, com relatos sobre as atividades e realidade da propriedade – levando em conta dados sobre a história, gestão, georreferenciamento, Cadastro Ambiental Rural, Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), entre outros. “Eu vejo que é um processo extremamente sério e comprometido, principalmente pelo
nível de conhecimento das pessoas que tive o prazer de conviver esses dias. Os jurados são todos especialistas na área e analisaram cada caso sem saber de quem se tratava cada propriedade”, mencionou.
ategoria grande propriedade C 1º lugar - Carla Sanches Rossato, de Sertanópolis (PR) 2º lugar - Beatriz Vilela Pacheco, de Boa Esperança (MG) 3º lugar - Téia Fava, de Bara do Garças (MT)
O congresso – O congresso reuniu quase duas mil participantes para debater o tema “Agir – Ação Global: Integração de Redes”, que norteou a programação dos dois dias do encontro.
C ategoria média propriedade 1º lugar - Vivian de Freitas Machado Oliveira, de Araguaína (TO) 2º lugar - Luciane Rheinheimer, de Carazinho
Victor Graeff: STR comemora 50 anos com almoço festivo
Presidente da Cotrijal, Nei César Manica, parabenizou sindicato pela sua trajetória ao lado do produtor rural
Um dia para reverenciar e comemorar as cinco décadas de história do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Victor Graeff. A comemoração, no dia 4 de novembro, reuniu centena de associados no Pavilhão Católico da comunidade. O presidente da Cotrijal, Nei César Manica e o vice, Enio Schroeder, participaram do evento, acompanhados do gerente da unidade de Negócios, José Fernando Kayser. “São 50 anos de um trabalho
forte ao lado de parceiros como a Cotrijal e de conquistas que mudaram a vida das famílias do meio rural”, destacou Manica. Em meio às homenagens, o presidente do STR de Victor Graeff, Volnei Jurandir Schreiner, destacou o trabalho da entidade. “Com boas parcerias e a participação de associados estamos construindo um legado que além de gerar o desenvolvimento, traz segurança aos produtores”, enfatizou.
(RS) 3º lugar - Marinez Ana Bortolanza Croda, de Matelândia (RS) Categoria pequena propriedade 1º lugar - Ivanda Maria Winter Heck, de Missal (PR) 2º lugar - Lidiane dos Santos da Silva, de Viamão (RS) 3º lugar - Gabriela Gruisen Breg, de Holambra (SP)
Cooperativa marca presença na Expovig A 12ª Expovig, de 18 a 20 de outubro, movimentou a indústria, comércio, serviços e gastronomia do município de Victor Graeff. A Cotrijal marcou presença com estande recheado de boas oportunidades para produtores da região. O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, prestigiou a solenidade de abertura e reconheceu a importância da mostra para a cooperativa e a região. “Uma ótima oportunidade para estreitar o relacionamento e reforçar nossa parceria com a comunidade”, afirmou.
Para o gerente da unidade de Negócios da Cotrijal de Victor Graeff, José Fernando Kayser, além da troca de informações, mostra de produtos e serviços, a feira aproxima produtores da cooperativa”, destacou. Em 2019, a feira reuniu 109 expositores, sendo 75 estandes internos para o comércio e pavilhão da agricultura familiar e 34 espaços externos, divididos em indústria, comércio e praça de alimentação. A Cotrijal é uma das apoiadoras do evento que é organizado pela Associação Comercial e Industrial de Victor Graeff (Acivig).
Também marcaram presença no evento, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva; a coordenadora da Regional Sindical do Alto Jacuí, Marlene Weber Klassmann; o deputado Estadual, Elton Weber; o prefeito Cláudio Afonso Alflen; o presidente da Câmara de Vereadores, Márcio Pinto da Silva; entre outras lideranças e autoridades. A Cotrijal participou com estande na mostra
20|Novembro / 2019
FAMÍLIA KLEIN
Amor e capricho que geram resultados
E
m Santo Antônio do Triunfo, Ibirubá, a Família Klein é prova de que parcerias sólidas, união, adequado planejamento e capricho levam a bom resultado. Produtores de grãos, leite e suínos, associados da Unidade da Cotrijal de Colorado, eles se alegram em ver os princípios cooperativistas e o amor pelo campo sendo preservados através das gerações. Eduarda tem apenas 15 anos, mas já sonha em ser veterinária, desejo fruto do amor no trato com os animais. O irmão Ezequiel, com 10 anos, também ama os afazeres da propriedade e já planeja o seu futuro no campo. Não é raro encontrar os dois acarinhando a vaca número 132, a mais amada pelas crianças, que foi criada com todos os mimos da dupla desde bezerrinha.
O amor e o orgulho pelo agronegócio têm sido a grande lição transmitida pelos pais Evandro e Marlise Klein e pelos avós Afonso e Cecília. Todos moram na propriedade e dividem a sociedade dos negócios. Afonso e Cecília administram a parte de grãos. Evandro e Marlise cuidam da produção leiteira. Já a responsabilidade pela suinocultura é dividida.
Excelência no campo
São em torno de 60 hectares dedicados para a produção de grãos – soja, trigo e cevada. A confiança na Cotrijal, o capricho no manejo, o olhar sempre atento e próximo do patriarca Afonso têm rendido bons frutos. Na última safra, a média geral da soja ultrapassou as 70 sacas/ha. As recomendações técnicas do engenheiro agrônomo da Cotrijal, Ezequiel Castioni, são seguidas à
risca pelo produtor, que não mede esforços para que tudo seja bem-feito. Toda a estratégia da safra é planejada com antecedência com o técnico. “Temos vínculo forte com a Cotrijal. Fechamos nossos negócios na cooperativa e entendemos a importância de trabalhar nesta parceria que tem nos ajudado alcançar bons resultados”, aponta Afonso.
Sucessão bem conduzida: Evandro repassa para os filhos valores como cooperação
Os irmãos Eduarda e Ezequiel têm paixão pelo Agro e animais. Na foto, com a vaca 132, o xodó da dupla
De cinco para 60 animais em lactação
Afonso e Cecília se mudaram para a propriedade em 1973. Em 1999, Evandro e Marlise casaram e permaneceram na atividade. Mas foi em 2007 que o casal assumiu a parte do leite – com cinco vacas em lactação, uma em pré-parto e três novilhas. “Foi assim que começamos. Depois compramos algumas terneiras e fomos investindo no plantel. Hoje estamos com 60 animais em lactação. Desde então, sempre tentando investir na qualidade dos animais para ter produtividade e rentabilidade”, relata Evandro. Junto com os números do rebanho, a produtividade também foi evoluindo. Com relação ao ano passado, a média aumentou três litros, chegando a 33 litros/vaca/dia. Ao todo, são 27 hectares dedicados para a produção leiteira, através de pastagem com complemento de silagem e ração Cotrijal. “Quando se tem capricho e cuidado, o resultado vem”, revela o casal, sobre a sua filosofia de trabalho. Muito desta evolução, Evandro
Afonso administra as lavouras e Evandro, a parte do leite. Já a responsabilidade pela suinocultura é dividida
atribui aos manejos bem-feitos e ao apoio da Cotrijal para a melhoria dos processos. O veterinário da Cotrijal, Luan Doneda, presta assistência para a família. “A assistência técnica auxilia na tomada de decisões quanto a reprodução, alimentação e nutrição dos animais. São os detalhes que fazem
a diferença, pois para conseguir boas médias, precisamos ter vacas parindo. O equilíbrio, junto com trabalho e dedicação, gera resultados”, acrescenta. O leite é entregue para a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL). O sistema se fortalece e nós produtores crescemos juntos”, destaca.
Ração de qualidade O uso da ração produzida pela Cotrijal é mais uma das ‘heranças’ de pai para filho. “Quando o pai ainda tirava leite, ele usava a ração da Cotrijal. E eu dei sequência e fui ampliando os negócios”, conta Evandro. “Em apenas um momento, eu usei por dois meses uma ração mais barata, mas imediatamente notei queda na produtividade de leite e voltei a usar a ração da CoFamília trabalha com sistema a pasto e complemento de silagem. A produtividade média é de 33 litros/vaca/dia
trijal. Não troco! Lá se vão 12 anos de parceria”, acrescenta. Diversificação e sustentabilidade – São dois pavilhões na propriedade destinados para a criação de cerca de 700 suínos. “A atividade torna a propriedade mais sustentável, pois o esterco suíno é aproveitado para adubar as pastagens, que vão me render no leite”, argumenta Evandro.
Para os mais gulosos! V
ai ser difícil tirar apenas uma fatia desta tarte. Esse doce de verão, muito comum nos caderninhos de receitas das vovós, sacia qualquer desejo por açúcar! A dica é sempre escolher uma fruta da época, pois elas acabam tendo mais sabor, realçando assim sua sobremesa. As receitas de tartes com natas, por exemplo, caem bem em qualquer ocasião. São ótimas sobremesas, mas também ficam muito bem numa toalha de piquenique ou numa mesa de lanche, acompanhadas por um chá. Versáteis, saborosíssimas e fresquinhas, essas receitas de torta de frutas têm tudo para te conquistar: desde a praticidade do preparo – algumas são feitas com massa de bolacha e outras nem precisam ir ao forno – até o sabor, que une o frescor das frutas com a cremosidade do recheio. Escolha seu sabor favorito e surpreenda o paladar de todos!
Tarte de natas e frutas Ingredientes
1 rolo de massa folhada estendida 400 g de nata 1 lata de leite condensado 4 folhas de gelatina Fruta fresca a gosto
Modo de preparo
Forre forma com a massa folhada e leve ao fogo. Retire e deixe esfriar. Desenforme e coloque num prato. Demolhe a gelatina em água fria, escorra e derreta em banho-maria. Coloque o leite condensado numa tigela, junte a gelatina e mexa. Bata a nata em chantili, envolva com o preparado de leite condensado e despeje dentro da massa folhada cozida. Corte a fruta a gosto. Disponha sobre o recheio da tarte e leve à geladeira por 1 hora.
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Repletos de ingredientes saborosos Salada de pepino
Abobrinha recheada com ricota e nozes
Ingredientes
6 pepinos (japonês) 1 cacho de uva itália 1 copo de iogurte natural 200 g de maionese 1 lata de creme de leite 1 maço de hortelã 1 maço de cheiro verde 1 maçã (azedinha) 1 limão Tempero a gosto (sal e pimenta-do-reino)
Ingredientes
2 abobrinhas 2 xícaras (chá) de ricota esfarelada ½ cebola 1 dente de alho ¼ de xícara (chá) de nozes Azeite a gosto Sal e pimenta-do-reino moída na hora Queijo parmesão ralado a gosto Folhas de hortelã a gosto
Modo de preparo
Corte o pepino bem miudinho (sem sementes), salpique sal e deixe ‘chorar’ por 1 hora. Corte a uva ao meio tire a semente, pique a maçã e misture ao iogurte, maionese, creme de leite e ao cheiro verde picado miudinho. Acrescente o pepino escorrido e tempere a gosto (limão, sal, pimenta-do-reino). Deixe gelar e sirva com folhas em geral, como acompanhamento de peixes e carnes.
Modo de preparo
Corte as abobrinhas ao meio no sentido do comprimento. Retire o miolo e pique. Corte a cebola, o alho e as nozes. Leve uma panela ao fogo médio. Quando aquecer, regue com azeite, junte a cebola e refogue. Acrescente o alho e refogue. Junte o miolo da abobrinha, tempere com sal e pimenta e refogue até ficar bem macio. Transfira para uma tigela, junte a ricota e misture bem. Tempere com noz-moscada e ajuste o sal. Misture as nozes picadas. Coloque as abobrinhas numa assadeira. Tempere com sal e pimenta-do-reino. Distribua o recheio e regue com azeite. Polvilhe com queijo parmesão ralado e leve ao forno até dourar. Sirva salpicado com folhas de salsinha frescas.
Batata crocante com macarrão Ingredientes
8 batatas 3 ovos batidos Sal a gosto 8 ninhos de macarrão cabelo de anjo 4 colheres (sopa) de farinha de rosca
Modo de preparo
Descasque e cozinhe as batatas em água com sal até ficarem bem macias. Corte ao meio. Passe no ovo com o sal e empane na mistura de macarrão cabelo de anjo quebrado com farinha de rosca. Frite em óleo quente até dourar. Coloque sobre papel toalha para retirar o excesso de óleo.
Salada de quinoa, castanha e iogurte Ingredientes
1 1/2 xícara (chá) de quinoa vermelha 1 xícara (chá) de castanha do Pará 1 1/2 xícara (chá) de uvas sem semente 1/2 xícara (chá) de iogurte natural 1 colher (sopa) de mostarda 3 colheres (sopa) de azeite
Modo de preparo
Cozinhe a quinoa até que esteja al dente. Escorra e espere esfriar. Misture ao iogurte, as uvas fatiadas ao meio e a castanha do Pará picada. Confira o sal, sirva imediatamente ou reserve na geladeira.
Salada de melancia e queijo Ingredientes
700 g de melancia gelada (sem a casca) 280 g de queijo (frescal ou um outro queijo, misturado com um pouco de ricota e sal) 1/2 cebola roxa pequena Manjericão Azeite de oliva
Modo de preparo
Retire a casca, corte a melancia em pedaços e retire as sementes. Quebre o queijo com as mãos. Fatie a cebola em anéis bem fininhos. Lave o manjericão, solte as folhinhas do talo, mas deixe-as inteiras. Numa tigela, misture todos os ingredientes e regue com azeite de oliva. Sirva imediatamente, para que a salada não perca o frescor.
Na fruteira, com a Cotrijal
No setor de Hortifruti dos supermercados Sede e Centro da Cotrijal, em Não-Me-Toque, o cliente se depara com opções variadas de frutas, legumes, verduras e hortaliças para dar up grade nas refeições e receitas. De abacaxi e physalis a cacau in natura e salsão. Vizinho do supermercado Sede, Seno Hunoff, 73 anos, leva de tudo um pouco e aproveita as promoções. “É bem diversificado”, opinou, diante de bancada com melancia e demais frutas.
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Doce suavidade
Pudim de tapioca com mirtilo Ingredientes
3 ovos 2/3 de xícara (chá) de tapioca em flocos 2 xícaras (chá) de leite vegetal ou desnatado 200 ml de leite de coco light 1 xícara (chá) de leite em pó desnatado 1 e ½ xícara (chá) de açúcar demerara 1 xícara (chá) de açúcar demerara 1 e ½ xícara (chá) de coco fresco 1 caixa de mirtilo
Modo de preparo
Deixe a tapioca de molho no leite por 2 horas. Bata no liquidificador os outros ingredientes e metade da tapioca hidratada. Leve em banho-maria por 45 minutos ou até firmar. Tire da forma e leve a gelar.
Torta creme de papaia Ingredientes
2 pacotes de biscoito de maisena 5 colheres (sopa) cheias de manteiga 3 envelopes de gelatina em pó sem sabor 6 colheres (sopa) de água 2 mamões papaia maduros sem casca e sem sementes 6 bolas de sorvete de creme 5 colheres (sopa) de açúcar Licor de cassis a gosto
Modo de preparo
Bolo de mandioca com calda de jabuticaba Ingredientes Bolo
1 1/2 xícara (chá) de mandioca crua, descascada e ralada 1 xícara (chá) de farinha de aveia (+ um pouco para polvilhar) 1/2 xícara (chá) de açúcar demerara 1/2 xícara (chá) de água 1/4 xícara (chá) de óleo vegetal (+ um pouco para untar) 2 colheres (chá) de fermento químico em pó
Calda
1 xícara (chá) de jabuticaba 1 xícara (chá) de água 2 colheres (sopa) de açúcar demerara 2 colheres (chá) de fécula de batata
Modo de preparo
BOLO - Unte uma forma com óleo e polvilhe farinha de aveia. Reserve. No liquidificador, coloque a mandioca ralada, a água e o óleo. Bata até obter um creme liso. Adicione o açúcar demerara. Bata novamente até ficar homogêneo. Transfira o creme para um recipiente e adicione a farinha de aveia e o fermento químico. Misture bem até obter uma massa lisa. Transfira para a forma untada e nivele o topo. Leve ao forno até dourar. Retire, espere amornar e desenforme. CALDA - Coloque as frutas numa panela com a água. Leve ao fogo médio e cozinhe até as jabuticabas estourarem. Desligue. Coe a mistura com uma peneira. Descarte as cascas e sementes. Transfira o suco para uma panela e adicione o açúcar demerara e a fécula de batata. Misture bem. Leve ao fogo médio e mexa sem parar até engrossar. Espere amornar para cobrir o bolo.
Triture os biscoitos no liquidificador, transfira para uma tigela e misture com a manteiga. Com essa massa, forre o fundo e as laterais de uma forma de fundo removível e reserve. Hidrate a gelatina na água e dissolva. No liquidificador, bata os mamões, a gelatina, o sorvete e o açúcar até misturar bem. Despeje sobre a massa e leve ao congelador por 2 horas. Retire e desenforme. Sirva coberto com licor de cassis.
Gelado de melão Ingredientes
1 colher (sopa) rasa de gelatina em pó incolor 1/4 de xícara (chá) de água fria 1 clara 100 g de iogurte natural desnatado 300 g de melão picado 1/2 colher (chá) de suco de limão 1/4 de xícara (chá) de adoçante em pó 6 bolinhas de melão e folhinhas de hortelã para decorar
Modo de preparo
Hidrate a gelatina na água e leve ao banho-maria para dissolver. Deixe esfriar. Aqueça a clara em banho-maria, mexendo sempre, até amornar bem e bata na batedeira até obter picos firmes. Reserve. No liquidificador, bata o iogurte com o melão, o suco de limão e o adoçante. Acrescente a gelatina e misture. Incorpore a clara em neve. Distribua em taças e leve para gelar por 3 horas. Sirva decorados com bolinhas de melão e folhinhas de hortelã.
Dica de nutricionista
Manter um estilo de vida saudável demanda alguns cuidados. Afinal, não se trata apenas de prestar atenção na alimentação, mas também de zelar pelo corpo, fazer planejamentos e se organizar para comer melhor no dia a dia. “Os sucos, por exemplo, ajudam na hidratação e na saúde da pele, mas é preciso variar nas frutas e ingredientes”, recomenda a nutricionista da Cotrijal, Raquel Jaeger Fenner.
Sucos: varie nas frutas e nos ingredientes
Câncer de próstata
DIVULGAÇÃO
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“Diagnóstico precoce é vital”, reforça especialista A cada dia, 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e aproximadamente 3 milhões vivem com a doença, sendo essa a segunda maior causa de morte por câncer em homens no Brasil. A estimativa é de que, por ano, 69 mil novos casos sejam diagnosticados.
Frente a essa realidade, a Cotrijal se soma a campanha Novembro Azul, que alerta a ala masculina para a necessidade do acompanhamento médico e exames periódicos para diagnosticar e tratar doenças como o câncer de próstata. O tumor, sexto tipo mais comum no mundo, é uma alteração celular resultante da proliferação anormal de células, não controlada pelo organismo, o que provoca um aumento exagerado da próstata. Para esclarecer dúvidas sobre o tema e conscientizar para a importância de levar uma vida com saúde, o Jornal da Cotrijal conversou com o médico urologista, dr. Luiz Carlos Colle Thomé, de Carazinho, no Norte do Estado. Confira, abaixo, partes da entrevista.
JC - Os homens vão menos ao médico? DR. THOMÉ - Historicamente, homens vão menos ao médico do que as mulheres. E quando vão preferem ir acompanhados. Por isso, é fundamental esse apoio por parte da parceira. Outro ponto a ressaltar é que exame preventivo não evita câncer. O objetivo das consultas e exames, seja pelo SUS ou particular, é para descobrir cedo o problema, quando ainda há chance de cura. E as campanhas vêm para alertar nesse sentido. Todos deveriam ouvir o que o governo e as secretarias de Saúde têm a dizer. Não dá para achar que é só com os outros que acontece.
JC – Quais fatores contribuem para desencadear a doença? DR. THOMÉ – Em 2018, foram diagnosticados 68.220 casos de câncer de próstata no Brasil. Em 2017, morreram 15.391 pessoas em decorrência da doença. Além do fator racial e do fator idade (o risco aumenta com o avançar dos anos), tem ainda o fator genético. No caso das raças, a amarela é a menos acometida pelo câncer de próstata, seguida da branca e a raça negra, que é a de maior incidência.
Fatores de risco Idade A idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos. No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos.
Hereditariedade Homens cujo pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, fazem parte do grupo de risco.
Cor de pele Homens negros têm mais casos deste tipo de câncer.
Obesidade Homens com sobrepeso ou obesos, além daqueles que fazem abuso de álcool e tabaco, têm mais chances de ter a doença. Fonte: Ministério da Saúde
O câncer de próstata tem ainda uma relação direta com alimentação rica em gordura. Hábito bastante comum entre os americanos e gaúchos. Excesso de bebidas alcoólicas, tabagismo, obesidade e sedentarismo também contribuem para desencadear a doença.
JC – Quais os principais sintomas? DR. THOMÉ – Quando o tumor maligno já apresenta tamanho intermediário ou grande, podem ocorrer: aumento da vontade de urinar, principalmente à noite; sangue na urina ou no volume ejaculado e dificuldade em esvaziar completamente a bexiga; e dor ao urinar. Esses sintomas comuns tanto na hiperplasia prostática benigna (aumento do tamanho da próstata) quanto no câncer. Muitas vezes, nas fases bem iniciais da doença, não existe nenhum tipo de sintoma. Por isso, é fundamental a visita anual ao urologista.
JC – Quais os exames de rotina mais indicados e qual o momento certo de fazê-los? DR. THOMÉ – Em linhas gerais, o diagnóstico precoce é a verificação da doença antes da repercussão dos sintomas. É recomendado que todos os homens, acima dos 50 anos, façam os exames de rotina para avaliação do risco de câncer da próstata. Quem tem um histórico do tumor na família, por sua vez, precisa começar a fazer esse check-up antes, a partir dos 45 anos, e voltar ao consultório uma vez por ano para continuar o acompanhamento. Os principais métodos de diagnóstico são o Antígeno Prostático Específico (PSA), com coleta de sangue, e o toque retal, exame bastante simples que permite localizar a próstata com muita facilidade e assim avaliar a consistência e tamanho dessa glândula. Em suma, eu diria que o principal exame é o PSA,
Novembro Azul na Cotrijal
Médico urologista, dr. Luiz Carlos Colle Thomé, recomenda que todos os homens, acima dos 50 anos, façam os exames de rotina
que altera à medida que o paciente avança em idade. O problema é quando esse aumento sai fora da curva. Por isso, é importante esse acompanhamento médico anual. Em segundo lugar, vem o toque retal. E para diagnóstico, a biópsia.
JC- Câncer de próstata tem cura? DR. THOMÉ - Sim, desde que o diagnóstico seja precoce. Quanto antes for diagnosticado, maiores são as chances de cura. Cada caso tem um tipo de tratamento, assim como cada estágio da doença e o nível de agressividade de cada tumor. Atualmente os tratamentos mais indicados são cirurgia, radioterapia, terapia hormonal e quimioterapia. No futuro, com o avanço e uso da medicina genética, também chamada de medicina de precisão, poderemos ter medicamentos que vão mudar o DNA doente. Quando? Ainda não sabemos.
JC – O que o senhor diria para os nossos cooperados e produtores que protelam idas periódicas ao médico? DR. THOMÉ – Muitos dos pacientes que me procuram estão ligados à atividade agrícola. Eu sempre brinco: demorou por quê? O senhor tem trator? Faz revisão? ‘Ah eu faço, imagina queimar o motor do trator’. Na próstata é a mesma coisa. Tem que seguir os protocolos como se fosse a máquina que vocês usam na lavoura. Não dá para deixar quebrar. O prejuízo é muito maior. Sem contar que se a doença for diagnosticada ainda no início, a chance de cura é de 90%.
Neste mês de novembro, a Cipa Sede da Cotrijal de Não-Me-Toque, em parceria com laboratório do município, vai disponibilizar a realização de exames de PSA para colaboradores, previamente agendados. Estão previstas ainda palestras com foco no bem-estar e saúde física e mental do homem, dia 22, no Restaurante Eventu’s, com a nutricionista da Cotrijal, Raquel Jaeger Fenner, e o psicólogo Bernardo Bender. Atividades semelhantes acontecem também nas demais unidades da Cotrijal.