Estou na conferência vicentina há um ano e meio e, desde o início, senti-me atraído por esta família de caridade que, dos movimentos da “casa”, é o que mais desenvolve a essência do Cristão: a caridade. Considero esta experiência marcante. Deveria ser uma pertença obrigatória a todos os seminaristas que por cá passam! De início, não sabia como se fazia um atendimento: “com tantos papéis e informações”, dizia eu. Mas, à medida que fui explorando o atendimento, e entendendo com os meus colegas mais velhos o “como se faz”, fui aprendendo que o atendimento não é só preencher papelada, mas sim acolher e ouvir as pessoas. Desde o acolher, entender os seus problemas, viver os seus sentimentos e o tentar ser ajuda, vendo neles a pessoa de Cristo, faz parte da vida de um confrade deste seminário. Este movimento também necessita de encontro entre confrades. Por outras palavras, temos reuniões para que possamos partilhar e falar em grupo certas iniciativas e problemas que se têm de resolver. Porém, não podemos esquecer que os nossos trabalhos não se encerram no atendimento e reuniões dos Vicentinos. Vamos visitar os idosos à Santa Casa da Misericórdia. É das experiências que tenho mais gostado. Saber que posso alegrar o domingo de alguém com a minha presença. Cada sorriso partilhado entre mim e os idosos, relembra o acolhimento que o papa Francisco tanto pede para a Barca de Cristo, já que muitas vezes são estes cristãos, as periferias da Igreja e da família. Este é o compromisso para a minha vida: ajudar quem mais precisa ao jeito de Cristo. Que Deus ilumine sempre os nossos corações e que nos dê coragem para ajudar os que mais necessitam. António Santos - 1.º Ano
“A fantasia da caridade”
Conferência Cantai anjos em harmonia, Vossos hinos e louvores. Dai a conhecer o Filho de Maria, Nascido entre os pastores. Brilha ditosa estrela, No teu luzir mais profundo. Desce e brilha sobre Aquele, Que vem dar a Luz ao mundo. Vibrai no seu seio doce infante, Revelai o vosso véu. Vinde reis em busca incessante Trazer presentes ao Menino do Céu. Ouvi geração vindoura O choro da salvação. Que a sua manjedoira Seja o calor do nosso coração. Aurélio Sousa - 2.º Ano
Vicentina de São Tomás de Aquino do Seminário Episcopal de Angra
vêm da necessidade de respeitar a dignidade humana, tão atropelada nos seus mais diversos aspectos em todo o orbe. Sabemos da dificuldade crescente em analisar cada situação específica, sem incorrer em julgamentos e subjectivismos que atentam contra a honorabilidade de cada um. O outro é um como eu. Que nunca nos falte esta audácia que permite o nascimento do Divino Infante nos lugares mais inóspitos e inesperados. Hoje, como ont em, podemos estar à Sua espera no templo, entre linho fino e berços d’ouro. Para nosso espanto, ei-lo no rosto do homem que sofre. Façamos aí a nossa manjedoura adornada pelas boas obras e finamente estofada com o ouro do nosso amor fraterno. Sejam fraternos, próximos e misericordiosos. Então, será Natal! Festas felizes!
Estamos a perpassar os umbrais do Ano Santo da Misericórdia. Não faltarão as oportunas e necessárias reflexões sobre este conceito fundamental que nos há-de estar sempre na boca e no coração quando queremos levar o extremoso carinho do Bom Jesus aos irmãos que são mais castigados pelas agruras da vida. A este respeito, permitam-me que invoque a “fantasia da caridade”, termo que emergiu sabiamente da pena de São João Paulo II na Carta Apostólica “Novum millennio ineunte”. Que o bem tem de continuar a ser feito, é um facto. Contudo, nos novos contextos que se nos vão apresentando, é preciso ter a ousadia de “fantasiar” a caridade, revestindo-a das formas mais adaptadas a cada homem e cada tempo. As conferências vicentinas detêm, neste ponto, Jacob Vasconcelos um papel fundamental. São Pre si dente da Confe rênci a emergentes os desafios que nos