A arte de jogar

A Arte de Jogar Pong.

Moacir Moura Jogar Ping é fácil. Consiste em lançar a bola de forma a dificultar sua rebatida e tirar o jogador da jogada, em vez de colaborar para que ambos possam desfrutar do lazer ou da competição de forma prazerosa. Quem age dessa maneira torna o jogo ou o trabalho pesado, difícil, desagradável e improdutivo.

Interrompido a todo o instante, a atividade esportiva fica sem atrativo algum aos olhos do público e desinteressante para os colegas. Além de praticar o anti-jogo, o típico lançador de Ping culpa o colega por deixar cair a bola e por demorar e repô-la à quadra. Individualismo.

Quando há pessoas na equipe que se preocupam com o seu lado, numa visão restrita às suas tarefas apenas, lançando a bola quadrada e sempre de forma desajeitada para seus colegas, as consequências desse trabalho de qualquer jeito acaba no colo do cliente, que em última análise, é quem paga a conta, gerando: Retrabalho Estresse na equipe Mania de apontar culpados Interrompe o crescimento das pessoas Provoca falhas na organização Há perda de agilidade Em vez de resultados, as pessoas

passam a gerenciar problemas.

O antídoto para acabar com essa pequena grande tragédia que corrói a eficácia das pessoas resume-se em duas palavras chave: InformAção e IntegrAção. Assim mesmo, com essa grafia, para simbolizar o dinamismo da ação integrada nos dois elementos fundamentais para o bom desempenho de qualquer trabalho.

E não se tratam de termos jogados ao vento. Ao contrário, tratam-se do mais amplo significado das palavras em toda a sua extensão. Não da informação isolada que atende a uma parte apenas, mas de onde ela partiu e qual é o grau de importância para efetiva realização do trabalho ou de um evento, por exemplo.

Integração visceral entre os membros da equipe, principalmente com aqueles colegas de onde partiu a demanda e de que ponto devemos começar, por exemplo, e quais as conseqüências que podem ocorrer com uma pequena falha de integração entre as pessoas e suas respectivas atividades.

Outra saída muito boa é aprender a extraordinária arte de Jogar Pong, lançar a bola redonda para o colega rebater e desenvolver a salutar prática de rebater também, não só lançar. Em relação ao trabalho, isso significa falar sim, mas ouvir o outro também para conhecer todas as implicações que estão envolvidas na execução das tarefas. Não dar prosseguimento ao projeto e nem repassar informações sem antes se inteirar de tudo, conversar e ouvir o colega que vendeu e acertou a demanda com o cliente.

Embora o cliente seja o rei, nem tudo o que ele quer pode ser executado na prática. Daí a importância da integração funcionar desde o início da operação, a partir do primeiro contado com o contratante do serviço ou do produto.

Uma falha na venda costuma se multiplicar. Informação e integração são largas rodovias de duas pistas e de mão dupla. Bobeou, dançou.

E o choque pode ser fatal. É preciso haver atenção nos dois sentidos, começo, meio e fim, até a chegada ou entrega final do produto ao cliente. Ampla visão de todas as implicações, mas em equipe.

Ping é uma atitude individual e egoísta, cujo jogador não se importa com o bem-estar do outro. Pong pressupõe a participação integral da equipe, lançamento e retorno, predominando sempre o fato de que o jogo é coletivo, onde a vitória ou até mesmo possíveis insucessos pertencem a todos.

Outro detalhe interessante. Os jogadores de Pong praticam o esporte se divertindo, cada um cumprindo o seu papel de forma alegre e contente. Contente por pertencer Ă equipe. Contente por ser gestor de resultado. Contente por S E R V I R O C L I E N T E.

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