Folha da Engenharia nº 103

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BR 381 - PARECE QUE A PROMESSA VAI SAIR DO PAPEL

O ministro dos transportes, Paulo Sérgio Passos, anunciou que as obras de duplicação da BR-381 – entre Belo Horizonte e João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais – vão começar no início de 2013. O edital foi publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (31) e vai contemplar um trecho de cerca de 100 quilômetros. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), essa primeira fase da obra vai ser licitada no dia 17 de dezembro. Ainda segundo o departamento, o prazo estimado entre o processo de escolha da empresa e o início dos trabalhos é de cerca de 45 dias. Com isso, a previsão é de que os as intervenções na rodovia comecem em fevereiro. O projeto completo de duplicação da BR-381 contempla 330 quilômetros

e vai até Governador Valadares, no Leste do estado. Porém, nesta primeira etapa, as obras foram divididas em seis lotes e preveem a construção de túneis e estradas. O Dnit informou que a rodovia recebe, em média, 40 mil veículos por dia, e há trechos como a área urbana de Ipatinga, no Vale do Aço, em que o movimento chega a 80 mil veículos. Construída, há quase 60 anos, a estrada de pista simples liga Belo horizonte ao Leste de Minas. Segundo o ministro dos transportes o edital de licitação para outros lotes devem ser publicados em novembro. A previsão de custo para a duplicação até Governador Valadares é de R$ 3,8 bilhões e será realizada pelo governo federal. Veja os lotes desta primeira etapa: Continua na página 8

ARCELORMITTAL O Presidente da Arcelor Mittal Brasil, o engenheiro Benjamim Baptista Filho (foto), que acaba de tomar posse na presidência da Associação Latino-Americana do Aço (Alacero), em congresso da entidade no Chile, não escondeu sua preocupação com o desempenho do mercado do aço em 2013. O setor terá de enfrentar crises econômicas na Europa e nos EUA e avaliar a situação do mercado consumidor na China.


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VERDADES HISTÓRICAS DE BH ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

Mãos a obra

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Agora as novas administrações com seus respectivos prefeitos têm o compromisso de cumprir as suas promessas de campanha. A Folha da Engenharia acredita que Minas Gerais será contemplada com verbas para realizar vários projetos de ampliação, de duplicação e conclusão de inúmeras obras iniciadas em governos anteriores. Sabemos que as dificuldades e os desafios são gigantescos, vejam bem alguns exemplos de grandes centros como: Paris, há 130 anos atrás tinha uma população de 33 mil habitantes. Hoje são mais de 6 milhões de pessoas. São Paulo, em 1890 tinha cerca de 65 mil habitantes. Hoje esse número saltou para mais de 11 milhões de habitantes. Os novos governantes com suas verbas já comprometidas com vários projetos iniciados, terão o desafio de continuar cumprindo com os 5 ítens básicos da constituição brasileira a saber: Moradia, Saneamento Básico, Saúde, Segurança Pública, Educação e Transporte. A comparação que fizemos com os grandes centros no século passado serve para dar uma ideia do enorme desafio que os governantes terão que enfrentar pois, a explosão demográfica foi assustadora nas últimas décadas e com o tamanho da população que vive hoje nas grandes cidades, veremos problemas proporcionais a serem sanados. Que Deus ilumine todos os prefeitos eleitos para que eles possam realizar uma boa gestão e cumprir suas promessas. PPGC

s primeiros prefeitos a governar com a participação popular foram o arquiteto Dirceu Carneiro Coutinho, prefeito de Lages (1977 a 1982), em Santa Catarina (PMDB - SC), e o José Roberto Magalhães Teixeira, prefeito de Campinas (1983 a 1988e 1993 a 1996) (PSDB-SP), pioneiro na implementação do orçamento participativo no Brasil. Posteriormente veio o prefeito de Belo Horizonte (1989 a 1990), João Pimenta da Veiga Filho (PSDB - MG), que criou o PROPAR (PROGRAMA PARTICIPATIVO DE OBRAS PRIORITÁRIAS) e criou mais sete regionais, além do Barreiro e Venda Nova, que já existiam. Pimenta ia às regionais e realizava reuniões iniciais com as lideranças para discutir as obras prioritárias para a região, com o presidente da SUDECAP, arquiteto Marcus Decat França, secretários municipais, diretores da URBEL e outros assessores. Levava as reivindicações populares para SUDECAP (Superintendência de Desenvolvimento da Capital), para orçar cada obra sugerida pela comunidade, e voltava um mês depois para apresentar objetivamente os custos de cada obra. E, dentro da prescrição de verbas para cada Regional, ele apresentava às lideranças comunitárias tais obras dentro do orçamento previsto. Então se voltava objetivamente o orçamento real dentro da programação financeira de cada Regional. Pimenta confessou-me que foi o prefeito de Campinas José Roberto que o inspirou a realizar este orçamento participativo em BH. RESTAURANTE POPULAR EM BH

O primeiro restaurante popular construído em BH para os trabalhadores mineiros foi o realizado pelo Governador Juscelino Kubitschek, localizado debaixo do CINE BRASIL, na Praça Sete, inaugurado em 1º de Maio de 1952 (Dia do Trabalhador), cuja evidencia fotográfica (anexo) foi fornecida por Serafim Jardim (Diretor da Casa JK e Diamantina). Muitos anos depois veio o restaurante popular, construído pelo prefeito Sérgio Ferrara (PMDBMG), situado atrás da Estação Rodoviária e que não foi inaugurado por causa de um incêndio na caldeira, vindo a ser inaugurado posteriormente. Segundo Edmur Fonseca existiu também o restaurante popular na

antiga FEIRA DE AMOSTRA obra do Engº Israel Pinheiro, Secretário de Agricultura no Governo Benedito Valadares. Além disto, tivemos também o restaurante popular debaixo do viaduto Santa Tereza.

Carlos Laender, conjuntamente com o arquiteto Cláudio Magalhães, participaram da preservação efetiva da Serra do Curral, participando na elaboração da legislação que considera a Serra do Curral um patrimônio natural.

PARQUES MUNICPAIS DE BH

O PARQUE DAS MANGABEIRAS: Foi construído pela BELOTUR, presidido pelo George Norman retorna na administração do Prefeito Maurício Campos 80/82, com a participação do Presidente do IAB/MG, José Carlos Laender Castro em 1980/81, que teve o projeto teleférico, elaborado por Roberto Burle Marx, que até hoje não foi implantado, que seria uma nova atração turística para de Belo Horizonte. PARQUE LAGOA DO NADO:

Foi implantado na gestão do prefeito Júlio Laender (1982/83) na antiga fazenda de Américo Renê Giannete onde ia ser implantado um conjunto habitacional Popular financiado pela Caixa Econômica Estadual (CEE). O arquiteto José Carlos Laender Castro assessor do presidente da CEE não permitiu a construção do conjunto habitacional e quando foi assessor especial do prefeito Júlio Laender aprovou o PARQUE LAGOA DO NADO, implantado pelo prefeito Júlio Laender. PARQUE GUILHERME LAGE

Era uma área de viveiros de mudas do Departamento de Parques e Jardins, da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), e o prefeito Júlio Laender o transformou em PARQUE na região nordeste, sendo assessor especial do prefeito o arquiteto José Carlos Laender. PARQUES DAS BORBOLETAS

Foi um movimento da população do bairro Sion, 1980/81, e o arquiteto José Carlos Laender como presidente da IAB/MG, teve participação na sua defesa e implantação. PARQUE DA SERRA DO CURRAL

Na gestão do prefeito Júlio Laender, sendo assessor especial, o arquiteto José

TELEFERICO DO PARQUE DAS MANGABEIRAS

No projeto do paisagista Roberto Burle Marx para o Parque das Mangabeiras estava incluído o teleférico em duas etapas. Inicialmente a Estação do teleférico ficaria na praça Cidade do Porto, no final da rua Trifana na serra, até a praça principal do parque e de lá até o topo da Serra do Curral, onde teria lanchonete, restaurante, área de camping, etc.com visão para cidades em volta da Serra do Curral, constituindo uma das principais atrações turísticas de BH.

Foto: PPGC

EDITORIAL:

Arq. José Carlos Laender Castro Presidente D.A.E.A UFMG.(61/62); Presidente IAB-MG (80/81); Presidente URBEL (90/91) EXPEDIENTE: Editor: Petrônio Perdigão Godoy Castro Revisora: Vanessa Jaques Libanio Colaboradores: Jornalista José Godoy Castro, Dênis Kleber Gomide Leite, José Carlos Laender e Oscar Ferreira, Henrique Campos Vivácqua e Revista Arquitetura e Engenharia. Fotos: Folha da Engenharia, Pedro Moura, anunciantes e agências. Redação e Administração: Rua Penafiel, 360 - Anchieta CEP: 30310-420 - Belo Horizonte/MG Telefax: (31) 3221 1553 - Cel.: (31) 8400 8100 E-mail: folhadaengenharia@ig.com.br CPNJ: 09.353.211/0001-82 Diagramação e Editoração: Jota Peg Comunicação Total E-mail: jotapegcomunica@gmail.com Impressão: Fumarc Tiragem: 5000 exemplares

A Folha da Engenharia não se responsabiliza pelo material publicitário e/ou conteúdo dos artigos veiculados nesta edição. Os artigos e matérias publicados não refletem necessariamente a opinião dos editores.


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FUNDAÇÃO ARCELORMITTAL BRASIL RECEBE HOMENAGEM Honra ao Mérito da Câmara Municipal. Durante a solenidade, além de renovar o compromisso de desenvolver novas ações para a população, Leonardo destacou a integração entre ArcelorMittal e Monlevade. "As necessidades da comunidade local sempre foram consideradas pela empresa ao definir as estratégias de seu

investimento social", disse. A Fundação ArcelorMittal Brasil já desenvolveu 13 programas na região, contemplando o aperfeiçoamento da gestão escolar, a inclusão de alunos com deficiência, a formação musical e o diagnóstico e tratamento de problemas visuais e auditivos em alunos da rede municipal, entre outras ações.

Foto: ArcelorMittal

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trabalho que é desenvolvido há 13 anos pela Fundação Arcelor Mittal Brasil no município de João Monlevade (MG) acaba de ser coroado com uma homenagem dos vereadores da cidade. No último dia 17, Leonardo Gloor, Diretor Superintendente da Fundação, recebeu, em nome da empresa, o título de

ESQUELETO OU ESSÊNCIA? CONSIDERAÇÕES SOBRE A CONTRIBUIÇÃO ESTRUTURAL NA ARQUITETURA BRASILEIRA (PARTES 2 E 3) arquitetura em sua maior parte anônima que apresenta pouca coerência construtiva, explora apenas a dimensão funcional das estruturas, há pouco cuidado com o detalhe e peca em sua adequação climática, grandes qualidades da moderna arquitetura brasileira. As relações entre arquitetura e engenharia, em princípio muito íntimas, na verdade estão continuamente a se atar e desatar. O arquiteto antigo não conheceu a separação entre seu trabalho criador e o responsável pela avaliação de suas estruturas. Não havia distinção entre arquitetura e técnica construtiva.A cisão que origina as duas áreas ocorre na Revolução Industrial. Em função da necessidade de edificações com grandes vãos, o ferro fundido passa a ser utilizado pelos engenheiros, que percebem a importância do domínio tecnológico dos novos materiais. Concorre para isso, também a invenção e o desenvolvimento do concreto armado, sendo a princípio desprezado pelos arquitetos. No início do século XX, por influência da Bauhaus, e posteriormente Le Corbusier, os arquitetos se aproximam novamente do mundo da tecnologia dos materiais e das novas estruturas. (PARTE III) De forma geral, a formação de arquitetos e engenheiros no Brasil não acompanhou os conceitos oriundos da

Bauhaus criando nos primeiros o hábito de pensar que a parte estrutural de um projeto é de responsabilidade somente do engenheiro, e nestes, o de acreditar que as estruturas resolvidas amparadas somente na lógica científica resultam nas melhores soluções estéticas. A importância da compreenção dos processos da construção é tanta que se poderia afirmar que não há ou, pelo menos, não deveria haver - concepção sem consciência construtiva. Sendo assim, é evidente a importância da concepção estrutural como parte do processo do trabalho da criação arquitetônica e a necessidade de desmistificar e sistematizar o entendimento dos sistemas estruturais pelos arquitetos e cursos de arquitetura. Compete ao arquiteto conhecimento especializado da engenharia das estruturas, noções básicas de análise numérica e ciência dos materiais. O cálculo existe para comprovar e corrigir o que se intuiu. Assumir a liberdade formal mantendo a associação íntima entre estrutura e concepção arquitetônica parece ser o raciocínio mais coerente. A estrutura, para o arquiteto, não deve desempenhar o papel de humilde esqueleto. Ela é vista como a parte mais digna da obra por ser sua essência. Se a estrutura em uma edificação faz parte do todo a ser construído sendo, portanto, um dos elementos geradores do espaço, faz sentido que ela seja trabalhada também como elemento formal. Ou seja, limitar o ensino dos sistemas estruturais

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oi inaugurada recetemente o Studio Fitness Trilha Delas. O novo conceito é uma academia voltada para atender as mulheres de todas as idades. O acompanhamento é feito pela professora Adriana Vasconcelos, formada em Educação Física. O treinamento pode contar com as seguintes modalidades: • Ginástica Localizada

apenas à abordagem funcional limita a sua compreensão e o seu desenvolvimento. É premente a necessidade de se fomentar uma abordagem interdisciplinar no ensino de sistemas estruturais. O ensino de projeto de arquitetura deve ser praticado de modo solidário ao ensino dos sistemas estruturais por meio de um trabalho conjunto das disciplinas de projeto arquitetônico e sistemas estruturais com o intuito de fomentar as dimensões funcional e formal na prática de projeto.

Foto: PPGC

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febre industrializante dos anos 1950/60, que cegava os brasileiros de orgulho, não se mostrou contínua e sustentável. A efervecência experimental daqueles anos diminui de intensidade com as mudanças no panorama nacional desencadeadas a partir de 1964. As conquistas caíram na rotina e a produção arquitetônica da década de 70 assumiu certo maneirismo com o apogeu do concreto aparente. Em momentos de relativa prosperidade, como foi o do 'milagre econômico', há uma tendência geral para o anti-racionalismo em forma de ornamentação e exageros. Esse período apresenta ainda fatores desfavoráveis à continidade saudável da produção da arquitetura brasileira, como o encerramento das mais importantes publicações técnicas periódicas nacionais e o quase desaparecimento da oferta de concursos públicos de anteprojetos, forma de seleção excelente em que a relativa liberdade de amarras acaba por fomentar pouco a pouco o avanço da técnica. Passados tantos anos, podemos ver que a liberdade de criação cedeu mesmo lugar à uniformidade formal, pelo menos na atual produção de edifícios verticais nas grandes cidades. Pode haver alguma exceção em raros projetos-exceção que se obrigam uma expressão simbólica. Havia toda uma preocupação com que o trabalho não fosse camuflado, valorizando assim o produto artesanal. O que se produz, uma

TEXTO: ÁLVARO DRUMMOND. CONTINUA NAS PRÓXIMAS EDIÇÕES

Arquiteto Álvaro Drummond

• Plataforma Vibratória • Treinamento Funcional Personalizado • Treinamento Aeróbico De acordo com a professora Adriana, cada aluna paga uma só mensalidade e pode utilizar toda a infra estrutura do Studio e assim, conseguir alcançar seus objetivos individuais, tais como emagrecimento, fortalecimento muscular, mais saúde, dentre outros.


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aber o que o cliente quer tem sido uma tarefa praticada pelas construtoras e outras empresas para, além de ter um feedback sobre seus serviços, levantar novidades e sugestões para os projetos que serão desenvolvidos. Nos últimos cinco anos a Conartes Engenharia, que atua no mercado de alto luxo na Grande BH e São Paulo resolveu investir neste tipo de trabalho e dar maior atenção a essas questões, pois sabe que o sucesso de qualquer empresa depende de sua habilidade em ouvir o cliente e de se antecipar e adaptar às últimas tendências e tecnologias construtivas. Segundo o gerente de Comunicação da Conartes, Thiago Xavier Gonçalves, a ouvidoria da empresa, representada pela gerência de comunicação, transforma as solicitações e sugestões em relatórios para uma análise crítica de procedência X satisfação do cliente X viabilidade técnica / financeira para a possível implementação. As equipes estratégicas envolvidas são responsáveis pela análise das manifestações avaliando o assunto sob diversas óticas (do cliente, da viabilidade técnica / financeira, de superação de expectativas, das tendências e diferenciais ao cliente). Três momentos distintos:

O primeiro é realizado dias após a assinatura do contrato. Como a maioria das vendas é realizada ainda na planta, o cliente nesse momento não teve a oportunidade de conhecer o produto. Esse contato é realizado através de um email de pós-vendas, parabenizando-o pela compra, sendo disponibilizado nesse e-mail o contato direto da equipe de atendimento. “Ainda no email, é perguntado o motivo pelo qual ele resolveu comprar um Conartes em vez de outro da concorrência, quais diferenciais ele destacou e o que fez escolher entre tantas opções, a nossa empresa. Além disso, perguntas sobre como foi o atendimento do departamento comercial no ato da venda são aprofundadas”, explica Xavier. O segundo momento é realizado na entrega das chaves. Nesta oportunidade, o cliente já conheceu o produto finalizado e já poderá ter algumas observações. A entrega das chaves é realizada pessoalmente pelo gerente de comunicação que, além de passar algumas informações básicas para o início da moradia do cliente, é realizada uma breve pesquisa avaliando diversos assuntos, tais como foi o atendimento na imobiliária, no financeiro, no setor de orçamentos/modificações e, por último e com mais ênfase, qual foi a qualidade percebida do cliente no produto e sugestões de melhorias. Tudo é registrado, tabulado e apresentado em uma reunião da

qualidade para toda diretoria e presidência da empresa, cliente por cliente, sendo tudo discutido e avaliado na mesma oportunidade. O terceiro momento se dá através do acompanhamento dos registros de solicitações de assistência técnica e manifestações gerais dos clientes, que acontecem na experiência de moradia ou usabilidade do produto entregue. São realizadas análises de procedência dessas manifestações para evoluirmos constantemente nossos produtos e atendimento. Além disso, por diversas vezes, empresas terceirizadas de pesquisa independentes são contratadas. Nesse trabalho alguns clientes da Conartes e também de empreendimentos da concorrência, são convidadas a se reunir e discutir sobre as construtoras, percepção do produto, concorrência e tendências. Tudo isso sem informar que a pesquisa foi encomendada pela Conartes – para poder dar maior imparcialidade e uma melhor visão de mercado e tendências do setor. Essas reuniões sempre nos trazem novidades de aperfeiçoamento do produto. O que o cliente quer: De acordo com Xavier, algumas solicitações dos clientes são atendidas através do setor de modificações de obra. Sugestões e solicitações mais generalistas são analisadas caso a caso. “A Conartes trabalha com um público classe A, que aprecia a personalização e customização de seu apartamento. Nossos projetos são compatibilizados de forma a possibilitar alterações, visando satisfazer a exclusividade que o cliente quer fazer em seu apartamento, tornando-o único e adaptando-se à realidade de cada família. Como 95% das vendas são realizadas ainda na planta, a viabilidade de modificação no imóvel é amplamente possível de ser realizada”, observa o gerente. Para atender as demandas a Conartes avalia a procedência da manifestação, se a solicitação é uma tendência, se os diferenciais são competitivos, se poderiam satisfazer à maioria dos clientes, além da avaliação técnica/financeira. “Temos o cliente como parceiro e queremos tê-lo como cliente mais vezes, em um relacionamento duradouro. Muitas vezes ele nos ajuda a identificar melhorias que nem mesmo nós conseguimos perceber. Saber exatamente que os clientes querem receber, suas dificuldades e necessidades, é determinante para as boas relações e produtividade assertiva da empresa. É preciso entender de forma mais profunda suas atitudes, crenças e valores, pois eles estão cada vez mais exigentes, bem informados e agressivos em suas necessidades”, afirma Thiago Xavier.

Foto: Ilustrativa

CONSTRUTORAS OUVEM CLIENTES PARA DEFINIR SOBRE SEUS PROJETOS

Por outro lado, quando os clientes percebem que suas sugestões estão sendo atendidas – ou até mesmo, quando não são atendidas, mas que recebem um retorno sempre justificando o motivo do não atendimento – é extremamente positivo. “Eles percebem que somos uma empresa que escuta o cliente e que está sempre ‘antenada’ no que há de mais moderno no

mercado imobiliário. E isso traduz confiança de marca e a certeza de estar adquirindo um produto de ponta, concebido através das últimas tecnologias construtivas. Sabemos que cliente que se comunica dessa forma com a empresa, se preocupa, têm afinidade com a marca e possui grande possibilidade de se tornar cliente mais uma vez”, finaliza.


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m setembro de 1975, sob a visionária gestão do Presidente, DR. Silviano Cançado de Azevedo, a Companhia de Distritos Industriais - CDI-MG uniu-se à Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste - Sudene para realizar o "3º. Encontro de Distritos Industriais", em Belo Horizonte. Como Chefe de Gabinete da Presidência da CDI-MG e consoante as diretrizes do Dr. Silviano que mobilizou, previamente, Companhias de Desenvolvimento Industrial de outros Estados naquela oportunidade apresentei um trabalho intitulado "a ação da Associação Nacional de Entidades de Desenvolvimento Industrial - ANEDI como entidade catalizadora de experiências, intercâmbio técnico, postulações e coordenadora da atuação das Cdis". Foram, então, oficialmente lançadas as bases para a integração dos órgãos estaduais de apoio à industrialização no brasil em uma entidade, agora chamada de ANEDI, com o objetivo de implementar, de forma coordenada, as suas respectivas aspirações e metas para a promoção articulada do desenvolvimento da economia nacional, fundamentado na construção consciente do crescimento médio regional. Deste esforço consolidador participaram a Companhia de Desenvolvimento Industrial de Pernambuco - DIPER, a Companhia de Urbanização de Curitiba - URBS, a Companhia de Distritos Industriais do Maranhão CDI-MA, a Superintendência dos Projetos de Polarização Industrial - SUPPIN, a Companhia de Desenvolvimento do Acre, a companhia de Desenvolvimento Comercial e Industrial do Rio Grande do Sul CEDIC, a Superintendência da Zona

Franca de Manaus - SUFRAMA, a Companhia de Desenvolvimento de Alagoas - CODEAL, o Conselho de Desenvolvimento de Sergipe CODESE, a Companhia de Distritos Industriais do Piauí - CODIPI, a Companhia de Distritos Industriais de Goiás - GOIASINDUSTRIAL, a Fundação Centro de Desenvolvimento Industrial da Bahia - CEDIN, a Companhia de Distrito Industrial Sul Catarinense - DODISC, a Companhia de Industrialização do Estado da Paraíba - CIMEP, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais do Rio Grande do Norte, o Banco de Desenvolvimento do Ceará BANDECE, o Centro de Assistência Comercial do Mato Grosso - CEAGMT, o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social do Pará e, claro, a Companhia de Distritos Industriais de Minas Gerais, a nossa CDI-MG. A capacidade germinativa da ANEDI foi surpreendente, embora sua concretização tenha levado um certo tempo, dado aos objetivos sistêmicos do projeto, sendo necessária uma grande dose de persistência por parte, especialmente, do Dr. Silviano Cançado, seu mentor convicto e eleito seu presidente. Aconteceram outros eventos de porte, sempre conectados pelo olhar de integração da anedi, com a intenção de um trabalho de equipe em todo o território nacional. por exemplo, em 1977, em Salvador, foi realizado o primeiro encontro chamado de "nacional" de distritos industriais, que teve o apoio da SUDENE e do governo do Estado da Bahia. Sem trégua, o Dr. Silviano continuou na batalha para tornar realidade o pensamento estratégico subjacente à anedi. foi em 1978, em Belo Horizonte, que a CDI-MG - e eu fui o coordenador geral do evento, também

por designação do Dr. Silviano - que a ANEDI organizou novo encontro de âmbito nacional, com a participação ativa do ministério da indústria e do comércio e com o apoio irrestrito do então governador de minas gerais, o Dr. Ozanan Coelho. Os chamados "pontos de ação da ANEDI" se consolidaram e podem ser assim resumidos, conforme textos da época: a função precípua da ANEDI é a de engrenar-se como entidade de apoio à política governamental, no sentido de promover, a partir das experiências ao nível estadual, o desenvolvimento harmonioso e equilibrado do país...tem como quadro de referências resultante da catalização de resultados obtidos ao nível regional:bloquear áreas vocacionadas para a atividade industrial...tendo como justificativa para os respectivos decretos desapropriatórios razões de interesse social e de utilidade pública; um mesmo estado deve ter, apenas, uma cdi, ainda que existam vários distritos e áreas industriais; o intercâmbio de experiências e de informações técnicas, com a cessão temporária de especialistas às entidades congêneres para a rápida evolução das cdis.; as cdis. devem englobar duas responsabilidades técnicas, quais sejam, a do devido preparo de áreas adequadas à implantação industrial e a execução da promoção industrial do seu estado; as cdis. devem aspirar a condição de empresas que apresentem rentabilidade, ainda que discreta; as cdis. devem ter uma organização flexível, extremamente funcional e bem estruturada, com eficientes instrumentos de controle; a preocupação em minimizar a poluição deve ser permanente; entre outros. Creio ser muito relevante comentar que o modelo de ação preconizado pela anedi para as cdis. Evoluiu substantivamente, em especial

se considerarmos que seus efeitos capilarizaram, no caso mineiro, e também nos demais estados, pelos municípios, aliás um de seus focos mais expressivos, levando-se em conta a importância da desconcentração industrial e da interiorização do desenvolvimento; e tendo sido definidos pólos para a implantação de empreendimentos industriais, consoante as vocações regionais. Sem descuidar das áreas metropolitanas, mas atuando fortemente como poderoso instrumento redistributivo de bem-estar entre regiões e segmentos da população de cada estado, a ANEDI, através da inteligência e visão prospectiva de seu presidente, também presidente da CDI-MG, dr. Silviano, gerou pontes de diálogos que até hoje podem ser, em expressiva medida, responsáveis pelo crescimento industrial do país e de Minas Gerais. Eu tenho um grande orgulho de ter participado desta história. *Dênis Kleber Gomide Leite, advogado e administrador de empresas foi chefe de gabinete, superintende administrativo, diretor comercial, financeiro e administrativo da Companhia de Distritos Industriais de Minas Gerais - CDI-MG. Foto: PPGC

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CINQUENTENÁRIO DO BDMG

Dênis Kleber Gomide Leite, advogado e administrador de empresas foi chefe de gabinete, superintende administrativo, diretor comercial, financeiro e administrativo da Companhia de Distritos Industriais de Minas Gerais - CDI-MG

Av. Nossa Senhora do Carmo, 221 - Lj. 104 Carmo Sion CEP: 30.310-000 (31) 9178-5260 / (33) 8808-5697 Belo Horizonte - MG


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CONTINUAÇÃO DA CAPA: BR 381 - PARECE QUE A PROMESSA VAI SAIR DO PAPEL

- Duplicação do trecho entre o entroncamento com a MG-320 (para Jaguaraçu) e o Ribeirão Prainha, com extensão de 28,6 quilômetros. - Duplicação do trecho entre o Ribeirão Prainha e o Acesso Sul de Nova Era, com extensão de 18,8 quilômetros. - Duplicação do trecho entre o entroncamento de João Monlevade e Rio Una, com extensão de 33 quilômetros. - Duplicação do trecho entre o entroncamento com a MG-435 (Caeté) e o entroncamento com a MG-020, com extensão de 18 quilômetros. - Construção de túneis, nos dois sentidos da rodovia, em Rio Piracicaba, com extensão de 825 metros. - Construção de túneis em Antônio Dias e Prainha, com extensão de 1.280 metros.

SÃO DOMINGOS DO PRATA: MEDALHAS Foto: Arquivo Prefeitura SDP

Foram agraciados com a medalha Dr. José Mateus de Vasconcelos (foto) nesse ano de 2012, edição nº 8, os seguintes ilustres cidadãos pratianos: Frei Thiago Santiago, Evandro Rolla Braga homenageados in memorian. O Dr. Mateus eternizou-se no coração do povo pratiano, que sempre se sentiu amado e protegido por este apóstolo do bem e da paz, motivo pelo qual o governo municipal através da lei 341 de 2 de agosto de 2005, instituiu a medalha que leva seu nome como uma justa homenagem pelo meritório trabalho realizado em toda sua brilhante trajetória. Sobre ele podemos citar:

LAÇAMENTO DE LIVRO A Fiat promoveu o coquetel de lançamento do livro Adolfo Neves Neves Martins da Costa (foto) - Um Construtor do Desenvolvimento. Homenagem ao primeiro presidente da Fiat do Brasil , que ocupou o cargo nos primeiros anos de instalação do empreendimento em Betim-MG.

Foto: Arquivo Folha da Engenharia

NOTAS

Médico e político pratianom nascido em 1905. Foi pai de 8 filhos. O Dr. José Mateus foi capaz de conciliar o exercício da medicina com sua atuação política, fazendo de ambas um apostolado em favor do bem comum. Sentia-se feliz fazendo os outros felizes.

CONSTRUTORAS NÃO PODEM COBRAR TAXA DE SERVIÇOS DE ASSESSORIA TÉCNICO IMOBILIÁRIA (SATI) Poucos desconhecem, mas a taxa de cobrança de Serviços de Assessoria Técnico Imobiliária (SATI) ou ATI (Assessoria Técnico-Imobiliária), geralmente corresponde a

0,88% do valor do imóvel que será adquirido. Trata-se de uma assistência realizada por advogados indicados pelas imobiliárias. Adriano Dias, especialista em direito do consumidor, empresarial e contratual, do escritório Adriano Dias Advocacia e Consultoria Jurídica, explica que essa assistência ocorre de forma obrigatória no ato da venda, o que caracteriza venda casada. “Vale lembrar que oferecer o serviço não é ilegal, caso seja dada a possibilidade de não adquiri-lo. Porém, a forma com que o mercado está praticando é ilegal, porque as empresas de vendas e incorporação exigem que estes serviços sejam adquiridos, muitas vezes de empresas do seu próprio grupo econômico”, alerta Adriano. Essa assessoria compreende em esclarecer aos compradores dúvidas sobre o contrato, análise sobre a compatibilidade da situação econômica com o imóvel pretendido, acompanhamento da assinatura e ajuda com os trâmites para obter a escritura. “É um contrassenso, porque a assistência já está prevista em lei, e o serviço não acontece. Além disto, o cliente já está pagando por algo que o corretor tem a obrigação de oferecer”, destaca Adriano. Adriano Dias é Bacharel em Ciências Jurídicas pela Universidade Metropolitana de Santos – SP. Pós-Graduado em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. É especializado em Impostos Indiretos pela Associação Paulista de Estudos Tributários – APET (10/2010). Presidente Coordenador da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da OAB/SP Subsecção de Cubatão-SP, coordenador da Câmara Jurídica do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Cubatão-SP.


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