Folha da Engenharia - Edição 108

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Dia Mundial da à gua, comemorado em 22 de março, teve um significado especial neste ano: a Unesco (Organização das Naçþes Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) elegeu 2013 como o Ano Internacional da Cooperação pela à gua. O objetivo Ê conscientizar as populaçþes sobre o significado do precioso líquido para a vida e a sustentabilidade da Terra. Trata-se de um propósito relevante, pois estudos da ONU reiteram um diagnóstico preocupante: mais de um bilhão de indivíduos (o equivalente a 18% da população mundial) não contam com a quantidade mínima aceitåvel de ågua potåvel, carência que se estenderå a dois terços da humanidade (5,5 bilhþes de pessoas) jå em 2025, caso não se encontrem soluçþes eficazes. Hå, ainda, o risco de que, em 2050, apenas um quarto disponha de quantidade diåria suficiente para satisfazer suas necessidades båsicas. A escassez tambÊm tem forte impacto negativo na årea da saúde: 1,7 bilhão de pessoas não têm acesso a sistemas de saneamento båsico e 2,2 milhþes morrem a cada ano em todo o mundo por consumir ågua contaminada e contrair doenças como diarreia e malåria. A ågua ocupa 70% da superfície do Planeta. PorÊm, a maior parte (97%) Ê salgada. Apenas 3% do total são constituídos por ågua doce, o suficiente, segundo a ONU, para atender de modo pleno às necessidades da humanidade, se não houvesse tanto desperdício e poluição. Do total de ågua doce, 0,01% estå em rios, disponível para uso. O restante encontra-se em geleiras, icebergs e subsolos muito profundos. Apesar dos volumes escassos, são as reservas de rios, lagos e lençóis subterrâneos as que utilizamos para produzir alimentos e colheitas, as que mantêm a biodiversidade e os ciclos de nutrientes e atividades humanas. Nesse contexto, o Brasil tem posição privilegiada, pois detÊm a maior reserva de ågua doce, com cerca de 13% do total disponível no planeta. Entretanto, mais de 80% concentram-se em estados pouco povoados da Amazônia e na bacia do rio Tocantins, enquanto regiþes do Nordeste sofrem com as secas e a escassez de sistemas de irrigação, segundo relatórios da Agência Nacional de à guas. Não bastassem esses desequilíbrios regionais, determinados pela natureza, hå o problema da poluição por resíduos urbanos e industriais, principalmente nas grandes cidades, causado pelo ser humano como subproduto da ausência de planejamento urbano adequado. Quase todos os municípios brasileiros (99,4%) contam com rede de abastecimento, mas uma em cada cinco casas não têm ågua encanada, como revela estudo do IBGE. Tal deficiência tambÊm decorre do planejamento precårio. AlÊm disso, as cem maiores cidades brasileiras desperdiçam anualmente cerca de 2,5 trilhþes de litros de ågua, perdidos em encanamentos velhos, vazamentos, ligaçþes clandestinas e demais problemas na rede de distribuição. O volume que jogamos fora seria suficiente para abastecer durante um ano inteiro todos os 41 milhþes de habitantes do estado de São Paulo, esclarece o Instituto Trata Brasil.

Foto: Ilustrativa

O ANO DA Ă GUA

*Luiz Augusto Pereira de Almeida ĂŠ diretor da Fiabci/Brasil e diretor de marketing da Sobloco Construtora S.A.

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A ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural) Ê a entidade de classe que reúne e representa o setor no País, defendendo seus interesses perante a categoria, os poderes constituídos e a sociedade. Sociedade civil sem fins lucrativos fundada em 17 de outubro de 1994, conta com associados da årea de projetos estruturais de diversos Estados. LEIA NA Pà GINA .......................................................................................

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