iPlace Educacional #01

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PRODUTOS

ENTREVISTA

TENDÊNCIA

Plataforma Apple Education oferece recursos de ponta e usabilidade simples

Antônio Ferro: “Não quero me adaptar à realidade; eu quero transformá-la”

Como o Big Data pode melhorar desempenho e enriquecer experiência nas escolas

#01

AGOSTO / 2017

Desenhando o futuro da sala de aula Do Brasil à Finlândia, como a tecnologia está reformatando os modelos educacionais




Soluções Especiais

Tendências

Inspiração

Institucional

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EDITORIAL

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PRODUTOS

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APPS

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Parceria 100%: o compromisso da iPlace Educacional com a transformação do setor

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Tecnologias com a assinatura Apple para elevar o aprendizado a um novo patamar

AMBIENTE

Dicas e complementos para obter o máximo do ecossistema Apple na Educação

RADAR Subsídios on e offline para enriquecer as discussões no ambiente escolar

iPad | 12

iPlace Educacional

Divulgação/Apple

Uma seleção de aplicativos da App Store que transformam o jeito de aprender


Cases

Entrevista

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OPINIÃO

Wagner Sanchez: O ensino analógico não funciona para a geração digital

EXPEDIENTE Presidente Grupo Herval: José Agnelo Seger Vice-presidente: Germano Grings iPlace Educacional: Matheus Mundstock (diretor) Felipe Dresch (gerente nacional) Graziano Silva (coordenador de projetos) Roberta Anacleto (gerente de Marketing) Flávia de Paula Pires (coordenadora de Marketing) Amália Schnorr Soares (analista de Marketing) Projeto editorial: Papa Branded Content Diretora executiva: Nathália Hartz Luvizon Diretor de conteúdo: Douglas Backes Jornalista responsável: Mariana Halmel Repórteres: Bárbara Viacava e Mariana Halmel Diretora de criação: Vanessa Fick Imagem de capa: ©iStock.com/Zinkevych Impressão: Gráfica Noschang Tiragem: 5.000 exemplares Circulação: agosto/2017

PANORAMA

iPlace é uma empresa do Grupo Herval Rodovia BR-116, km 223,5 | Dois Irmãos/RS | +55 51 3564 8300 | www.iplace-educacional.com.br

A escola do século XXI – habilidades que todo estudante precisa desenvolver agora

Revista iPlace Educacional é uma publicação semestral distribuída gratuitamente. A reprodução de conteúdo é permitida mediante autorização por escrito. Artigos assinados expressam, exclusivamente, a opinião de seus autores. Todas as informações contidas na presente revista estão sujeitas a alteração sem prévio aviso. As únicas garantias para produtos e serviços da Apple ou de outros fabricantes mencionados são as estabelecidas nos termos oficiais que os acompanham. Não obstante os cuidados para prover conteúdo atualizado e de alta qualidade, a Papa Branded Content, a iPlace e seus parceiros não poderão ser responsabilizados por eventuais omissões ou imprecisões nesta publicação, dado seu caráter meramente informativo. Nomes ou símbolos de empresas contidos na revista, bem como de seus produtos e serviços, podem ser marcas registradas ou comerciais de seus respectivos detentores. Todas as imagens publicadas têm caráter estritamente ilustrativo. Divulgação/Colégio Arbos

Cases | 42


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EDITORIAL

iPlace Educacional

Parceria 100% É com grande satisfação que lavro a carta editorial desta edição número 1. Não por vaidade, é claro, mas pela alegria de vislumbrar, na revista que você tem em mãos, um novo ponto de apoio aos nossos estimados parceiros educadores. Na iPlace Educacional, entendemos que nossa missão vai além da tarefa de levar as melhores tecnologias às salas de aula do País. Nosso grande compromisso é com a transformação – para melhor – do sistema educacional brasileiro. E isso certamente passa pelas soluções e equipamentos que temos implantado em instituições de ensino desde 2012, mas, igualmente, pelos projetos pedagógicos subjacentes, pela capacitação das equipes de apoio e pela valorização do setor como um todo. Nós somos e queremos ser cada vez mais parceiros das escolas, entregando sempre o nosso melhor.

“Mais que levar tecnologia às escolas do País, nossa missão é contribuir na transformação do sistema educacional brasileiro”

Com a chegada da Revista iPlace Educacional, podemos oferecer ainda mais suporte aos abnegados profissionais da área. Mais do que trazer informações e novidades no âmbito das soluções tecnológicas para Educação, buscamos compartilhar conteúdo relevante para gestores escolares, coordenadores pedagógicos, professores e demais agentes de ensino. Nesta edição de estreia, por exemplo, temos uma entrevista exclusiva com a coordenadora de Educação de Helsinque a respeito da exemplar estrutura de ensino finlandesa. Também conversamos com o consultor Antônio Ferro, Apple Distinguished Educator certificado, sobre o uso da tecnologia como catalisadora do processo de aprendizagem. Apresentamos ainda cases de sucesso da plataforma Apple Education e uma gama de outros assuntos relevantes para construir a Educação que todos queremos no País. Por meio de inovadoras plataformas e dispositivos tecnológicos ou com os insights oferecidos nesta revista, o certo é que a Educação pode sempre contar conosco. Nossa parceria é 100%!

Diretor da iPlace

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Matheus Mundstock



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INSTITUCIONAL

Apple Authorised Education Reseller

iPlace Educacional: estrutura robusta e consultoria especializada em Apple

Com atuação nas principais capitais do Brasil, a rede iPlace conta com uma divisão voltada especificamente ao setor de Educação, reunindo um time altamente capacitado para entregar soluções completas. Mapear necessidades, selecionar equipamentos, negociar facilidades de aquisição e treinar as áreas de apoio são exemplos do que a iPlace Educacional pode fazer por sua instituição de ensino.

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Graças à fácil integração de todos os produtos e serviços Apple, é possível criar um ambiente de ensino totalmente seguro, colaborativo e inclusivo. Em outras palavras, uma estrutura robusta para acompanhar tudo que o ritmo escolar exige no dia a dia.

Partindo da compreensão de que cada instituição possui necessidades, valores e objetivos próprios, a iPlace Educacional mantém o foco na individualidade de cada projeto, assegurando a escolha dos equipamentos mais adequados, com o conteúdo certo e as configurações ideais. É assim que a empresa entrega soluções perfeitas para cada instituição de ensino, levando ao ambiente escolar sempre o melhor da tecnologia e da experiência Apple. Além da plataforma educacional mais inovadora da atualidade, preços e condições especiais, as escolas recebem o melhor suporte especializado, contando com a maior rede de assistência técnica Apple do Brasil.

©iStock.com/Choreograph

Parte integrante da maior Apple Premium Reseller da América Latina, a iPlace Educacional contribui desde 2012 com o processo de transformação do ensino no Brasil. Especializada em projetos educacionais, propõe uma solução completa para a implementação da tecnologia em instituições de ensino de todo o País, levando em conta as necessidades e particularidades inerentes a cada ambiente educacional.


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EDUCAR PARA EVOLUIR Inovação e atualização constantes A iPlace Educacional entende que implementar a tecnologia em sala de aula vai muito além do simples uso dos equipamentos como repositórios de conteúdo ou em substituição àquilo de que se dispunha até então. Para atingir resultados efetivos, as inovações tecnológicas têm de se tornar aliadas do ensino – e, principalmente, do professor, que precisa lidar de maneira autônoma com esses novos elementos. Por isso, a marca oferece não apenas um treinamento técnico sobre como usar os dispositivos, mas também um olhar pedagógico para atingir objetivos e resultados traçados. Para além das soluções Apple, também são disponibilizadas infraestrutura, softwares complementares, ferramentas de gerenciamento automatizado, treinamento

e acompanhamento pedagógico contínuo, visando à melhor execução dos projetos concebidos para cada instituição. Com inúmeros cases de sucesso, a iPlace Educacional comprova, junto a seus clientes, que o uso da tecnologia de forma inovadora tem o poder de transformar a relação com o conhecimento, tornando-o mais atrativo, global e intuitivo. Uma sala de aula dotada de recursos como Apple TV, iMac e iPad, por exemplo, abre novos horizontes para a realização de atividades diferenciadas e inspiradoras, com a possibilidade de explorar conteúdos personalizados por alunos e professores. Isso tudo leva ao ambiente educacional um novo olhar para a produção digital, além de instrumentalizar o estudante para os desafios do mercado de trabalho que o aguardam logo adiante.


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PRODUTOS

Educação 2.0

Maçã na sala de aula Ficou no passado aquele tempo em que, principalmente em recônditas escolas rurais, o aluno adentrava a sala de aula com sua pilha de livros e uma maçã para o lanche. Hoje, a fome é de conhecimento para além das fronteiras analógicas. A era da superinformação modifica, naturalmente, o perfil dos estudantes e o próprio modelo educacional. A maçã que se destaca agora é outra, esculpida em MacBooks, iPads e demais dispositivos capazes de elevar o nível da sala de aula, facilitando a vida de educandos e educadores. O ecossistema Apple, com soluções 360 graus para o segmento, traz equipamentos de qualidade e potencial incomparáveis, além de aplicativos de ponta para obter a melhor experiência no ambiente escolar. Nas próximas páginas, conheça melhor alguns desses sucessos!

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iMac

Divulgação/Apple

Intuitivo, superveloz e poderoso, o sistema operacional da Apple convida a descobrir e aperfeiçoar habilidades criativas no ambiente educacional. E com as configurações robustas de um iMac, alunos e professores podem migrar facilmente do conteúdo estático para o digital, explorando e-books, vídeos, áudios e apps. Altamente personalizáveis, os computadores iMac destacam-se pelo grande poder de processamento e memória, podendo trabalhar com conteúdos 3D em realidade virtual, edição de vídeos 360° e outras tarefas exigentes. Sem falar nas telas grandes (21,5” ou 27”) de alta resolução, que entregam gráficos incríveis.


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Interatividade

Infinitas maneiras de aprender Imagine ter na ponta dos dedos mais de 170 mil apps para Educação, livros interativos, palestras e vídeos de especialistas sobre o assunto que você está trabalhando em sala de aula. Com o iPad, a experiência do aprendizado vai além. Bastam alguns cliques para descobrir aplicativos incríveis na App Store, capturando o interesse dos alunos com atividades mais ricas e interativas. E ainda tem o iBooks – uma biblioteca virtual com obras que vão da literatura clássica a livros didáticos com objetos em 3D, vídeos, fotos e testes virtuais. Se cada um tem uma maneira de aprender, o iPad é a ferramenta ideal, com amplas possibilidades de personalização conforme o nível e estilo dos alunos.

Sem fronteiras

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Com uma biblioteca gigantesca de aplicativos educacionais, o iPad é muito mais versátil no processo de aprendizagem: conecte-o a um microscópio para gravar, editar e salvar vídeos ou animações estilo time-lapse; tire fotos e grave efeitos sonoros para personalizar fichas de anotações; vá girando o iPad para passear em 360 graus por paisagens históricas. Além disso, o iPad tem um software criado exclusivamente para educadores, que permite conduzir a aula e colaborar com os alunos de formas inovadoras. No Modo de App Único, torna-se o dispositivo ideal para provas e avaliações. E também há aplicativos para monitorar o progresso dos alunos e ajustar o enfoque das aulas de acordo com seus desempenhos nos testes.


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iPad

Divulgação/Apple

Para aprender, navegar e criar com total fluidez, o iPad é imbatível. Para começo de conversa, o espaço para sistema, apps e arquivos é vasto, com opções de até 128 GB de armazenamento. Sua tela Retina de 9,7 polegadas tem resolução e tamanho ideais para dar vida às atividades escolares. Tudo isso com desempenho sem igual, esbanjando capacidade para rodar apps avançados e exibir gráficos complexos. A câmera de 8 MP entrega fotos detalhadas e vídeos em alta definição, enquanto o sensor Touch ID reconhece as impressões digitais do dono para desbloquear o dispositivo, mantendo suas informações protegidas.

Em qualquer lugar

Com bateria para até 10 horas de atividade e pesando menos de 500g, o iPad foi projetado para ir a todo lugar: além da conectividade wi-fi, o dispositivo tem versões compatíveis com redes 4G para navegar em alta velocidade mesmo em trânsito. E com os apps gratuitos da Apple para criação de conteúdo, é fácil transformar as tarefas em experiências interativas. Explore gráficos 3D e apresentações em vídeo com o Keynote, crie relatórios multimídia com o Numbers e descubra alguns dos mais de 170 mil apps compatíveis!


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Desempenho nota 10

Sem limites para a criatividade Um Mac é a ferramenta ideal para criar materiais envolventes. Isso porque seu sistema operacional, o MacOS Sierra, foi projetado junto ao hardware, garantindo que tudo funcione à perfeição. Apps de produtividade para Educação também já vêm instalados – como o Pages, para criar trabalhos com visuais impressionantes, e o Keynote, que prende a atenção da turma nas suas apresentações. Leve e com qualidade indiscutível, o MacBook é perfeito para trabalhos escolares ou acadêmicos – sejam eles em texto, apresentações multimídia ou vídeos. Configurações poderosas e o célebre design Apple trabalham em conjunto para entregar performance e portabilidade em igual medida. Com recursos de ponta e um amplo universo de aplicativos educacionais, os alunos podem criar, analisar dados e apresentar trabalhos de maneiras incríveis!

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Queridinho da indústria criativa, o MacBook Pro é um computador fininho com tela de 13,3 polegadas e desempenho profissional. Oferecendo muita memória, processador veloz e espaço de sobra para seus arquivos, ele roda apps educacionais de última geração com absoluta fluidez. Uma poderosa placa de vídeo embarcada revela ainda a vocação do MacBook Pro para vídeos e aplicações 3D – e a duração da bateria é mais um item de destaque, com até 10 horas de navegação wireless ou reprodução de vídeos do iTunes.


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MacBook Air

Divulgação/Apple

Superfino e com autonomia suficiente para até 12 horas longe da tomada, o MacBook Air encarna o verdadeiro “estado da arte” no campo da tecnologia. Equipado com processador Intel de quinta geração e grande capacidade de memória, ele ajuda a realizar tarefas exigentes sempre em alto nível. Aulas e conteúdos multimídia podem ser criados confortavelmente na tela de 13,3 polegadas que se integra perfeitamente ao design do MacBook Air. O formato compacto, aliás, não impede a presença de teclado completo, assegurando uma experiência natural de digitação. Alguma dúvida de que este é um computador perfeito para o ambiente educacional?


©iStock.com/gpointstudio

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INSPIRAÇÃO

IGUALDADE NÃO QUER DIZER TODOS RECEBEREM O MESMO Marjo Kyllonen

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Finlândia

A escola do futuro Marjo Kyllonen é a chefe da Unidade de Serviços de Desenvolvimento de Helsinque, capital da Finlândia. Coordena o setor de Educação da cidade. Com PhD na área, a especialista vem conduzindo uma renovação curricular nos educandários, com foco no conceito de Escola do Futuro. Nesta entrevista exclusiva à revista iPlace Educacional, Marjo explica por que a Finlândia é referência mundial no tema e compartilha sua visão da escola ideal. A Finlândia é referência em Educação para o resto do mundo. Na sua opinião, quais são os motivos para isso? Penso que nosso modelo seja bastante único. Primeiro, porque é baseado profundamente em igualdade e equidade. Mais de 40 anos atrás, tivemos uma reforma grande. A ideia era construir um modelo totalmente compreensivo, sem divisões. A educação tornou-se gratuita para todos, e todas as crianças do bairro passaram a frequentar a mesma escola. Isso nos forçou a repensar práticas de sala de aula, pois, antes da reforma, o sistema permitia aos professores concentrar os estudantes – os que tinham melhores condições socioeconômicas ou habilidades, e cujos pais apoiavam mais a escola, e os que eram aprendizes mais fracos. A mudança que colocou muitos aprendizes diferentes na mesma classe forçou os educadores a repensar suas práticas, a lidar com esse tipo de diversidade. >>


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Como isso foi possível? Houve muitos experimentos à época. Alguns falharam, outros foram exitosos. Levou alguns anos. Eles tiveram de repensar as ferramentas, a educação dos professores e a própria estrutura. Nos anos 1970, até os professores primários tiveram de frequentar a universidade; todos fizeram mestrado. Hoje temos um sistema educacional bem compreensivo e inclusivo, que dá apoio ao aprendizado individual e se baseia na igualdade e na equidade – na ideia de que não devemos perder o potencial de nossos jovens. É benéfico para o indivíduo, mas também para a sociedade, pois, não importa de onde o jovem venha, ele pode continuar a desenvolver seus talentos. Também se trata da educação dos professores, o treinamento elevado a um nível superior. Os resultados internacionais mostram que conseguimos mitigar a lacuna entre os aprendizes mais fracos e os melhores. Essa foi uma reforma muito profunda e, claro, desde que passamos a desenvolver nossas práticas educacionais, a educação é muito valorizada por aqui. Oferecemos o melhor do melhor, especialmente na educação primária. Algo muito forte no sistema educacional finlandês é que ele é baseado na confiança. Não avaliamos nem ranqueamos nossas escolas. Nosso sistema é bastante descentralizado. Chegamos à conclusão de que as decisões devem ser tomadas onde a ação acontece. Assim, os professores e os diretores podem alocar os recursos e encontrar as melhores abordagens pedagógicas de acordo com as necessidades dos estudantes de cada turma. Enfim, há muitos aspectos. Eu ficaria muito rica se conhecesse o segredo completo para o nosso sucesso, mas esses são os principais fatores que tornaram nosso sistema tão único. E praticamente não temos escolas particulares. A educação é pública e totalmente gratuita.

Então o desafio seria garantir igualdade para os alunos, mas, ao mesmo tempo, trabalhar com suas individualidades? Exato. É algo que discutimos constantemente: igualdade, oportunidades iguais para atingir seu potencial, suas aspirações, qualquer que seja seu objetivo pessoal. Igualdade não significa todos receberem o mesmo. Estamos muito concentrados em como individualizar/personalizar o aprendizado e como apoiar os estudantes de modo que também sejam capazes de trabalhar em equipe. Entendemos que os melhores resultados vêm da diversidade. Quando temos diferentes estudantes, com habilidades e vivências distintas, eles aprendem a trabalhar juntos, a construir em conjunto, e estão sempre aprendendo uns com os outros. É benéfico para todos, tanto para os mais espertos quanto para os que têm mais dificuldade. Esse conceito foi construído ao longo dos anos e é algo que queremos enfatizar ainda mais no futuro.

©iStock.com/Jukkisjupi

E quanto ao novo sistema educacional finlandês, que teve início em agosto de 2016?

Escolas públicas finlandesas são referência em qualidade

Na verdade, estamos preparando o sistema há alguns anos e implementando oficialmente o novo currículo agora. Tem sido um processo. É muito cedo para apontar resultados gerais, mas o retorno que tenho percebido, inclusive conversando com diretores e professores, é que estamos no caminho certo. Talvez ainda precisemos de mais ferramentas práticas para treinar nossos professores. Precisamos treiná-los para que, de fato, consigam implantar os novos


Divulgação/Marjo Killönen

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princípios de nosso currículo. Porém, no geral, confio bastante em nossos professores e estou muito orgulhosa de como eles estão comprometidos a fazer o melhor para as crianças. Certamente, nessas mudanças, sempre há aqueles que embarcam no último trem ou insistem em permanecer na estação. Mas tivemos os precursores, que tornaram o caminho mais fácil, e agora os próximos também estão aderindo a esse novo modo de ensinar e pensar. É muito animador visitar as escolas e ver que os professores mudaram suas práticas. E como eles mudaram essas práticas? Trata-se de uma abordagem interdisciplinar, certo? Sim. Em Helsinque, por exemplo, o mínimo é que toda criança em idade escolar participe, no ano, de duas sessões interdisciplinares, ou transdisciplinares, que chamamos de aprendizagem baseada em fenômenos. Quando encontro estudantes e professores, eles falam sobre essa nova abordagem e sobre quais as ferramentas práticas para isso. Não se trata apenas da transdisciplinaridade. Essa abordagem também está transformando as aulas mais tradicionais, pois nosso currículo agora traz a ideia de que, antes, preocupávamonos com o que se aprendia, com o conteúdo, e agora nossa ênfase é em como aprender. É o processo de aprendizado. Até mesmo os objetivos e os conteúdos das diferentes disciplinas são elaborados nesse processo de saber quais são as habilidades e as competências que nossas crianças devem adquirir. >>

Marjo Kyllonen, PhD


©iStock.com/Ojimorena

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Educação priorizada, povo feliz: Finlândia é um dos países com melhor qualidade de vida

Estamos enfatizando a colaboração e o fazer coletivo. Então os professores precisam planejar mais em conjunto e colaborar mais, inclusive em sala de aula. Já podemos perceber essa mudança em nossas escolas. Também não se veem mais tantas salas de aula tradicionais. Estamos abordando esse novo jeito de aprender por diferentes vias. É uma mudança bastante holística. Os alunos também estão mais motivados com um papel ativo no próprio processo de aprendizagem. Acho que estamos no caminho certo. Como são as salas de aula finlandesas? E mais: com crianças “conectadas” cada vez mais cedo, como utilizar a tecnologia a favor do aprendizado?

Você prega que a educação esteja “conectada ao mundo real”. Do que se trata? Quero dizer que, durante o aprendizado, os estudantes devem entender de que forma o que eles aprendem na escola está conectado à vida real e como eles podem utilizar as habilidades que adquirem na escola em sua própria vida. A aprendizagem deve fazer sentido! Aprender apenas para a escola não tem nexo. É muito motivador quando você compreende que aquilo que faz na escola está relacionado à sua própria vida. É claro, nossa tarefa, como educadores, é formar os novos cidadãos. Eu não vejo sentido em isolar nossas crianças de seu ambiente. Acho

iPlace Educacional

Uma das ferramentas práticas para implantar o novo currículo é nosso programa de digitalização, que começamos um pouco antes. No programa, temos objetivos muito claros e práticos: como equipar as escolas, qual a proporção de computadores em relação aos alunos etc. Mas os equipamentos não são o principal. É a abordagem pedagógica. Nós enfatizamos pedagogias que incluam naturalmente novas tecnologias e soluções digitais. É algo integrado ao processo de aprendizagem; é uma

ferramenta para nossos aprendizes. Mas é claro que os equipamentos são necessários. Temos o objetivo de alcançar essa digitalização até 2019. Nós também temos objetivos em relação aos professores, às suas competências em novas tecnologias e digitalização. Trata-se de utilizar a nova tecnologia de maneira pedagógica. Nós elaboramos três níveis de descrições e, até ano que vem, todos deverão estar pelo menos no nível 1. Então, definiremos quantos professores deverão estar nos níveis 2 e 3. Eles serão os especialistas, os que treinarão os demais colegas. Traçamos um roteiro para integrar a tecnologia ao aprendizado.


que o mais importante é perceber a conexão. Para o professor, a questão é como introduzir o problema ou tema estudado no contexto da vida cotidiana, para que os alunos percebam que precisam daquilo. É o que pretendemos com o aprendizado baseado em fenômenos. O aprendizado é sempre autêntico e contextual – são fenômenos da realidade, coisas que as crianças veem ao seu redor e pelas quais se interessam. Na sua opinião, qual seria o sistema de educação ideal? É uma pergunta bem difícil! O sistema educacional ideal, para mim, permite a todos oportunidades iguais de educação. É um sistema que promova a coesão social e o bem-estar de toda a nação. É um sistema educacional corajoso o bastante para deixar para trás algo que foi bom no passado, mas que não nos dirige mais ao futuro. Se quisermos ser bemsucedidos no futuro, tanto como indivíduos quanto como nação, precisamos ser corajosos o bastante para perguntarmo-nos para que a escola serve, o que vale a pena aprender e por quê. Devemos ser corajosos não apenas para perguntar isso, mas para implantar a nova proposta. Se nos apegarmos aos métodos tradicionais, com certeza não prepararemos nossas crianças para o futuro nem construiremos um futuro exitoso e sustentável para nossa nação.

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“Estudar apenas para a escola não faz sentido; os alunos precisam entender de que forma o conteúdo se conecta ao mundo real e como utilizar em sua própria vida as habilidades que adquirem”


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APPS

Material didático na tela

Que tal estudar células e bactérias ou até mesmo sistemas corporais completos a partir de imagens e animações em 3D e vistas em 360°? Este app vai revolucionar as aulas de ciências, biologia, anatomia...

Keynote

App nativo Apple, compatível com iPad, iPhone e iPod Touch.

3D 4 Medical

Compatível com iPad.

Eleve o nível na sala de aula com estes aplicativos especialmente selecionados

Sala de Aula

Compatível com iPad.

Trabalhe em colaboração e escolha entre mais de 30 temas para montar apresentações em slides. Reúna textos, gráficos, fotos e vídeos com mais de 30 transições e efeitos sofisticados. Com o modo Ensaio, treine suas falas de onde estiver e veja, na mesma tela, o slide atual e o próximo, suas notas e o tempo decorrido.

iPlace Educacional

Transforme seu iPad num assistente de ensino. Este app permite que professores orientem, monitorem e verifiquem o progresso dos alunos durante a aula. Com ele, é possível abrir ao mesmo tempo um único app nos dispositivos de todos os alunos ou um aplicativo diferente para cada grupo.


App nativo Apple, compatível com iPad, iPhone e iPod Touch.

App nativo Apple, compatível com iPad, iPhone e iPod Touch.

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Pages

Crie textos, planilhas, apresentações e diversos documentos de forma individual ou em colaboração. Com o trabalho pronto, envie uma cópia para comentários e revisão ou imprima via conexão sem fio com o AirPrint.

iTunes U

Compatível com iPhone, iPad e iPod Touch.

Aprenda e ensine com a maior coleção de conteúdo educacional gratuito do mundo. Para professores, uma ferramenta de planejamento de aulas, avaliação de atividades e conexão com os alunos. Para estudantes, uma nova forma de acessar suas tarefas, enviar trabalhos e interagir com os professores, mesmo sem estar na escola.

Duolingo

Aprenda mais de 20 idiomas com este app divertido, disputando posições no ranking com seus amigos. Pratique habilidades de fala, escrita, leitura e escuta por meio de jogos e exercícios feitos em qualquer lugar.


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TENDÊNCIAS

Big Data: como ele pode melhorar o desempenho em sala de aula Engana-se quem ainda pensa que a tecnologia prejudica cada vez mais os alunos, os estudos e as notas em sala de aula. Ao contrário: a Educação vem descobrindo, a cada dia, maneiras de potencializar resultados com o uso dos novos sistemas e de toda essa superconectividade, contribuindo para o desenvolvimento dos estudantes na classe e para a eficácia dos estudos. Primeiro, as escolas começaram a aderir aos serviços de nuvem, facilitando muito a troca de arquivos entre o corpo docente, entre os próprios estudantes e, claro, entre alunos e professores. Agora, o desafio é coletar dados e transformá-los em insights poderosos. Colher e registrar informações de estudantes e professores tornou-se simples. Mas o que fazer com todos esses dados? Como interpretá-los?

Um cenário para a Educação Big Data é o termo que designa um grande conjunto de dados armazenado. Empresas como o Facebook, Instagram e WhatsApp, por exemplo, coletam de seus usuários todo tipo de dado: muito além de nome e e-mail, essas empresas registram cliques, likes, comentários e compartilhamentos, montando um perfil bastante rico e sofisticado de cada pessoa. Filtrando e cruzando tais informações de modo automatizado, essas plataformas conseguem oferecer experiências altamente individualizadas, “sabendo” exatamente o que exibir a cada usuário.

Imagine, agora, o Big Data aplicado à sala de aula. Tudo que o aluno faz gera um dado, que fica armazenado. As faltas que tem, as notas que obteve em determinada matéria, as questões da prova que errou... isso só para começar! Assim, torna-se possível enxergar cada estudante para além de seu boletim, identificando o que ele precisa para alcançar um desempenho melhor – por exemplo, que o professor aborde de forma diferente determinado tema; ou até mesmo os períodos do dia e do ano em que o aprendiz compreende melhor o conteúdo.

iPlace Educacional


©iStock.com/palau83

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Como entender os dados gerados Após a coleta desse vasto manancial de informações, é preciso compreender o que elas significam juntas. Se um professor aplica uma prova na qual todos os alunos erram a primeira questão, por exemplo, o que isso pode indicar? Que o professor precisa mudar a forma de abordar tal assunto, a fim de que os estudantes o compreendam melhor?! Que a própria questão não ficou clara?! Mesmo o mais singelo dos insights trazidos pelo Big Data pode contribuir para a melhoria da qualidade no processo de aprendizagem. Para que o Big Data sejam compreendidos de forma adequada, o ideal é contar com um analista – um cientista de dados, muitas vezes oriundo do campo da Estatística – realize sua leitura. Entendendo o que essas informações significam e o que precisa ser

mudado, a Educação se transforma. É por isso que se diz, hoje em dia, que estatístico é a profissão do futuro. É preciso saber como processar os dados, como integrá-los e consolidá-los, como gerar um relatório para cada aluno, um relatório para cada turma, e tantos outros detalhes. Não basta ter os dados se não conseguir transformá-los em informação útil e prática. Unindo-se a “profissão do futuro” com o poder do Big Data, é possível obter uma educação melhor a cada dia, com a tecnologia ajudando professores e alunos. Assim, evoluem juntos o desempenho dos estudantes, a forma como o professor transmite o conteúdo e, por consequência, todo o modelo educacional que conhecemos hoje em dia. Bemvindos ao futuro!


©iStock.com/DGLimages

ENSINE DO JEITO QUE VOCÊ SEMPRE SONHOU


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AMBIENTE

Tecnologia na sala de aula

Apple: inovação e performance na Educação Obcecada por desempenho como seu fundador Steve Jobs, a Apple está revolucionando também a Educação. Com um portfólio completo para o ambiente escolar, abrangendo desde a infraestrutura de hardware e software até o treinamento e o acompanhamento pedagógico, a marca oferece tecnologia de ponta para inovar na construção de cidadãos cada vez mais preparados para o futuro. Aulas mais dinâmicas, interessantes e eficientes são uma realidade quando um projeto pedagógico bem-estruturado encontra as tecnologias mais adequadas. Por meio de parceiros como a iPlace Educacional espalhados pelos quatro cantos do mundo, a Apple entrega projetos personalizados para cada instituição de ensino, incorporando produtos de última geração – como MacBooks, iMacs e iPads – no dia a dia dos alunos, que assim obtêm

uma experiência escolar ágil, conectada e segura com extrema simplicidade de operação. No portal Apple School Manager é possível gerenciar pessoas, dispositivos e conteúdos de forma simples e poderosa, com ações em massa e amplo controle sobre contas de alunos e salas de aula. O sistema permite a criação de contas para acesso aos conteúdos de maneira fácil e 100% em linha com as necessidades e diretrizes de privacidade da escola. Oferecendo preços especiais para instituições de ensino e corpo discente, a Apple entrega equipamentos com configurações e conteúdos específicos para cada projeto. Os dispositivos da escola podem ser utilizados de forma compartilhada. Nesse caso, os estudantes ganham logins e senhas individuais para acessar seus arquivos e

ambientes com total segurança. Tarefas, aplicativos e documentos permanecem exatamente da forma como o aluno os deixou em seu último acesso. Os professores, por sua vez, ganham agilidade e praticidade para gerenciar suas aulas. Entre outras possibilidades do ambiente Apple, é possível que o educador verifique em quais aplicativos seus alunos estão trabalhando, inclusive com opções de compartilhamento de tela. Trocar documentos com as turmas também é fácil, e exibir trabalhos dos estudantes numa TV, monitor ou projetor é tarefa mais do que simples com o auxílio da Apple TV. O professor pode ainda criar aulas sobre assuntos diferentes, dividir a classe em grupos e organizar todo o conteúdo em áreas temáticas, convidando os alunos para se juntar aos respectivos grupos. >>


Vetores base: Freepik

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Mosyle Manager

Facilidade para gerenciar dispositivos móveis em sala de aula Com a “invasão” da tecnologia no ambiente escolar, gerenciadores de dispositivos móveis (ou MDM, do inglês Mobile Device Management) tornaram-se aliados de primeira hora para o professor. Com um sistema desse tipo, é possível administrar os equipamentos dos alunos em sala de aula, garantindo seu uso exclusivamente para fins pedagógicos. Entre os MDMs atualmente disponíveis no mercado, o Mosyle Manager desponta como o melhor e mais acessível, sendo utilizado num número superior a 2.200 instituições em mais de 60 países. Essa solução previne que o professor tenha de despender tempo em ações de gerenciamento de dispositivos, automatizando a

função. Intuitivas, as ferramentas oferecidas pelo Mosyle simplificam também a adoção de Macs e iPads na escola, auxiliando o time de TI da instituição e eliminando a complexidade desnecessária nessa etapa. O resultado é uma enorme economia para o educandário – tanto de tempo quanto de energia. O Mosyle auxilia em todo o processo de implementação de um dispositivo na sala de aula, possibilitando que contas sejam configuradas em minutos. Com isso, as tecnologias hoje disponíveis e já presentes nas escolas são rapidamente assimiladas, convertendo-se em verdadeiros instrumentos pedagógicos. A solução foi projetada para

iPlace Educacional


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Com o Mosyle Manager, tecnologia passa de distração a instrumento pedagógico

integração com recursos educacionais da Apple (iOS, MacOS, Classroom App, Shared iPad) e programas de implantação como o Apple School Manager. Além disso, esse MDM conta com ferramentas exclusivas para proteger e configurar os dispositivos no ambiente escolar. Integrado ao aplicativo

ScreenGuide, o Mosyle Manager ajuda a escola e os pais a trabalhar em parceria, definindo políticas personalizadas de dias e horários para tarefas de casa, a fim de que os pais também possam gerenciar os dispositivos de seus filhos conforme a necessidade. Trata-se, por fim, de uma nova forma para minimizar distrações, fazendo com que o aluno permaneça focado na

atividade em curso, melhorando seu processo de aprendizagem. Com o suporte das tecnologias Apple, os alunos aprendem o conteúdo e se interessam pela forma como estão aprendendo, ao utilizar uma metodologia mais dinâmica, interagir com professores e colegas e compartilhar conhecimento física e também virtualmente.


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RADAR

Provocações

Lançado em 2014, o filme “Quando sinto que já sei” (Despertar Filmes) tem direção tríplice de Antonio Lovato, Raul Perez e Anderson Lima. Apresentando formas alternativas de educar, foi resultado de um projeto de mais de três anos.

Divulgação/Despertar Filmes

Retratando diferentes maneiras de educar, as filmagens passam por 10 espaços diferentes. Por meio deles, a obra mostra que é possível educar sem necessariamente estar numa sala de aula fechada, com períodos de 50 minutos, provas, mesas

enfileiradas, sinal sonoro para indicar o intervalo e conhecimento dividido em diferentes “caixas”. O filme revela inovadores que buscam oferecer os recursos necessários para que a criança se desenvolva, pensando no aluno como um indivíduo com autonomia e liberdade, que não precisa provar-se melhor que alguém. O título nasceu espontaneamente nas gravações, com alunos dizendo “Quando sinto que já sei, compartilho o conhecimento”. No YouTube, é possível assistir ao filme na íntegra.

Divulgação/Objetiva

Quando sinto que já sei

Mindset

As duas vertentes da atitude mental Do inglês, a palavra mindset pode ser traduzida como “atitude mental” – e este é um dos campos de estudo da professora de Psicologia da Universidade Stanford, Carol S. Dweck. Após conduzir uma extensa pesquisa com crianças, jovens e adultos ao longo de décadas, ela publicou o livro “Mindset: a nova psicologia do sucesso”. Na obra, a autora apresenta duas vertentes fundamentais da atitude mental – a fixa e a progressiva.

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Quem tem a primeira costuma acreditar que o talento e as capacidades das pessoas não se alteram ao longo da vida, não podem ser desenvolvidos. A crença nisso faz com que o indivíduo se torne estagnado e desmotivado. Do outro lado, quem tem atitude mental progressiva acredita que o talento e a capacidade podem, sim, ser desenvolvidos com tempo e persistência. Conforme indicam os estudos da autora, as pessoas que acreditam nisso estão no caminho da oportunidade e do sucesso. Além da forma como o indivíduo cresce profissionalmente, o livro procura demonstrar que a mentalidade pode impactar a vida e o desenvolvimento de alguém como pessoa, criança, pai/mãe, bem como seu grau de felicidade.


Divulgação/Minimalism

©iStock.com/RossHelen

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Memória fotográfica (ao pé da letra)

Minimalism: sobre as coisas importantes da vida “Minimalism”, longa dirigido por Matt D’Avella e produzido com a dupla Joshua F. Millburn e Ryan Nicodemus (criadores do site The Minimalists), conta experiências de vida minimalistas. A obra propõe uma reflexão sobre viver e experimentar em vez de comprar e possuir. Tudo

através de conversas com pessoas de diversas áreas que vivem da forma mais simples possível, rejeitando o estilo de vida que se baseia no consumo compulsivo e a compra de produtos que muitas vezes não são necessários. Disponível na Netflix.

Se você adora clicar cada detalhe durante suas viagens e passeios, saiba que a ciência está do seu lado. Embora muitas pessoas sejam avessas a esse comportamento, alegando que assim perdem a experiência em si, estudos mostram que os registros fotográficos deixam as recordações do passeio mais fortes. “Claro, é só olhar as fotos depois”, alguém argumentará. Conforme a pesquisa, isso nem será necessário. Analisando o comportamento de 294 voluntários divididos em dois grupos (um com máquinas fotográficas; o outro, de mãos vazias), os cientistas descobriram que os interessados em fotografar permaneciam mais atentos e, depois, se lembravam de mais detalhes da situação. Pode até ser uma “muleta cognitiva”, mas funciona. No seu próximo passeio, portanto, fotografe tudo! Nem que seja apenas para lembrar-se mais claramente dos momentos vividos.


Foto: ©iStock.com/ChristinLola; arte: Vanessa Fick; frase: Antoine de Saint-Exupéry

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SOLUÇÕES ESPECIAIS

Tecnologia inclusiva para ampliar

conexoes

Um case maranhense Não é somente no mundo virtual que a tecnologia tem contribuído para estabelecer e ampliar conexões. No mundo real, computadores, notebooks e tablets estão mostrando cada vez mais valor como ferramentas inclusivas de excelência. Especificamente na área da educação, diversas são as ferramentas disponíveis para auxiliar o aprendizado dos alunos, tenham eles algum tipo de deficiência ou não. Da escola especial à inclusão social efetiva, muitos sistemas e aplicações têm desempenhado um importante papel na hora de equiparar o discurso à prática. É o que destaca a fundadora e diretora geral da EduCare Educação Infantil, escola situada em São Luís/MA: “A tecnologia nos ajuda imensamente a colocar a criança num ambiente de inclusão real, trabalhando com os seus iguais – dentro de suas especificidades – e atingindo o objetivo geral de cada atividade”, avalia Camila Aranha. Neste contexto, a diretora destaca o que considera a verdadeira missão da Educação Infantil, que deixa de lado o assistencialismo para atuar de forma concreta na construção do conhecimento. “A criança já tem que ser cidadã, e a tecnologia nos ajuda muito nessa questão, trazendo uma conexão legal com um mundo que ela ainda não pode vislumbrar”, ressalta. Para Camila, a tecnologia deve ser apresentada de forma a ampliar os horizontes das crianças, no sentido de conhecimento, do poder aprender de várias formas. >>


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EduCare

Socialização na tela do iPad Camila Aranha fundou a EduCare em 2009, logo após uma experiência de três anos na área de Educação Infantil em Dublin, na Irlanda. A escola utiliza tecnologia voltada ao ensino, dentro de uma proposta pedagógica que une conceitos do construtivismo e do sociointeracionismo.

Camila destaca a importância do registro pedagógico e do nível de trabalho que a Apple Education possibilita, especialmente na promoção da acessibilidade. “Nos permite utilizar a capacidade intelectual aplicada em ferramentas como iTunes, Numbers, Pages, Garage Band... totalmente a par do que a acessibilidade nos provê, expandindo formas de trabalhar o conteúdo”, comenta. Os relatórios semestrais enviados aos pais também são interativos, com direito a vídeos que demonstram a construção do conhecimento pelos filhos.

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Inicialmente, a escola utilizava iPads Mini no sistema um para um. No entanto, a fim de potencializar o aprendizado dos pequenos, mudou sua forma de trabalhar com a tecnologia. “Antes trazíamos um ‘momentinho da informática, mas tudo mudou

com a implementação do projeto Apple Education, em 2016; até a minha visão”, confessa. Segundo a diretora, agora são usados iPads maiores, e os trabalhos são cumpridos em grupos, com foco no sentido da socialização e conexão que as crianças precisam nessa fase de zero a 6 anos de idade. “Elas já têm essa interação desde o berçário, e vemos que suas ligações sinápticas conseguem ter muito mais opções de conexão para o desenvolvimento quando mostramos a tecnologia educacional desde tão cedo”, observa.


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Apps desenvolvem habilidades e potencializam comunicação Atualmente com 75 alunos, a EduCare conta com 12 crianças que apresentam algum tipo de dificuldade de aprendizagem ou condição especial, como dislexia, daltonismo, autismo e síndromes de Asperger e Edwards. “Nestes oito anos de EduCare, temos um histórico de seis crianças que saíram da condição de dificuldade de aprendizagem”, aponta Camila Aranha, apontando a tecnologia como uma importante ferramenta auxiliar no processo.

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Segundo a diretora, várias soluções e aplicativos Apple são empregados para oferecer aos alunos uma interatividade “nada

burocrática”, que permite conhecer gostos e preferências, traçando um perfil das crianças. “Mesmo que não tenhamos a fala, encontramos possibilidades de respostas com o toque, com tarefas de seguir comandos, trabalhando cores, sons, oferecendo formas diferenciadas de figura e fundo”, exemplifica Camila. A diretora valoriza também a facilidade de uso das telas touch da Apple, que são fluidas e não exigem muita pressão por parte dos pequenos. “É impressionante a retenção de informação das crianças”, admira-se, relatando a percepção diferenciada de alunos com daltonismo quando entram

em contato com uma tela de iPad de fundo mais escuro e vívidas letras coloridas. Outro caso que a diretora cita com muito carinho é o da evolução motora de uma criança com síndrome de Edwards no que se refere ao uso do movimento das mãos. “Utilizando a tecnologia, vemos um futuro mais abrangente até mesmo para ela se comunicar, em casa, com as irmãs”, comemora Camila Aranha. Para ela, sem uma plataforma como a da Apple para traçar o perfil dos alunos, as possibilidades de identificar a melhor forma de ajudar cada um seriam muito menores.

Divulgação/Educare

Camila Aranha: diretora avalia plataforma Apple como decisiva para evolução das crianças


Divulgação/Antônio Ferro

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ESTAMOS FORMANDO

PARA QUÊ?

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ALUNOS


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ENTREVISTA

ANTÔNIO FERRO

Transformando a realidade da Educação “Não quero me adaptar à realidade. Quero transformá-la”. Com esta vontade, somada à paixão pelo desenvolvimento da tecnologia educacional, o consultor Antônio Ferro, 40 anos, passou a integrar o programa Apple Distinguished Educators. O ADE reconhece professores de todo o mundo que notoriamente utilizam as tecnologias Apple de maneira inovadora em sala de aula. Certificado em 2015, Ferro é o único professor das regiões Norte e Nordeste do Brasil a receber a distinção. A seguir, confira a entrevista exclusiva que concedeu à iPlace Educacional.

Conte-nos um pouco de sua trajetória – da formação acadêmica à atuação profissional. Minha primeira escolha era Engenharia da Computação. Fiz vestibular na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas/ SP), mas, por questões familiares, não pude cursar. Em São Luís/MA, entrei na Universidade Federal para fazer Física, pela qual também nutria interesse. No curso, me identifiquei muito com a área de pesquisa e, ainda durante a graduação, comecei a lecionar na rede pública municipal e também na rede privada, atuando em escolas como Crescimento – onde permaneci por 13 anos – e Centro de Educação Internacional COC. Durante toda minha trajetória na escola Crescimento, sempre trabalhei com projetos extraclasse. Acompanhei e tive alunos premiados em diversas olimpíadas de Física e de Astronomia. Quando a escola começou o processo de implementação de iPads, me interessei muito pela área de tecnologia educacional e fiz questão de participar. Fui me aprofundando na área e me apaixonei. Comecei a desenvolver projetos dentro da sala de aula e tive a primeira experiência

com a Apple em 2013, me certificando como APD (Apple Professional Developer) e, em 2015, como ADE (Apple Distinguished Educator). Em seguida, abri com minha esposa a empresa Z26 (uma referência ao número atômico do Ferro). Atualmente, acompanhamos mais de 15 escolas – sete da rede pública – na área da tecnologia educacional, ajudando a desenvolver projetos e atuando na formação de professores. Também trabalhamos com robótica e laboratórios de ensino. De onde veio o interesse em participar da implantação do iPad na escola Crescimento? Para mim, dizer que você não sabe alguma coisa já é motivação para ir atrás disso. Nesses casos, costumo citar a parábola do paraquedista: ninguém o vê morrer no primeiro pulo. Todo mundo tem direito de ficar nervoso, mas com prudência, para não travar. Sempre pensei fora da caixinha. Como professor de Física, fazia projetos de foguete, de pontes de macarrão... sempre buscando encontrar novas soluções para o aprendizado do aluno. Nesse sentido, o iPad veio a calhar. >>


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No contexto de experiências inovadoras na Educação, como você utilizou a tecnologia para inspirar a busca pelo conhecimento e, em especial, o gosto pela Física?

“NÃO QUERO ME ADAPTAR À REALIDADE. EU QUERO TRANSFORMÁLA”

Gosto de gerar situações que tirem alunos e professores da zona de conforto, que os façam pensar em problemas simples do cotidiano e estimulem a reflexão. Um exemplo foi o projeto das pontes de macarrão, como parte do estudo de estática, que apresentei para a certificação no ADE. Com ele, os alunos precisavam aprender a elaborar perguntas e buscar respostas para resolver um problema. Depois de saber o que é uma treliça e entender os conceitos da estática, faziam a simulação de uma ponte no iPad, usando o aplicativo Force Effect Autodesk, que calcula o esforço em estruturas. Em seguida, tinham de construir, apresentar para os pais – fazíamos discussões interessantes – e partíamos para a competição de peso, até as pontes quebrarem. Uma delas conseguiu aguentar 80 quilos, pesando apenas 900 gramas. Outro projeto interessante foi desenvolvido com o professor de Geografia para o estudo de vetores e orientação. Levamos os alunos para uma área mais afastada da cidade e entregamos uma bússola e uma série de coordenadas para acharem o caminho para casa. No meio disso, precisavam resolver problemas de Física e Geografia, achar outras coordenadas e traçar um mapa da região. Apresentei esse projeto no Japão e algumas escolas da Inglaterra o replicaram. Para você, qual a importância da linha construtivista de ensino? Apesar de só ter tido um contato mais formal com esta teoria na escola Crescimento, eu já era nativamente construtivista, pois nunca fui de aceitar as coisas prontas. Como físico, gostava de ver a demonstração das fórmulas, construir uma ideia a partir de uma premissa. E este é o método científico: achar formas de resolver os problemas. Diria que a geração de hoje já nasce construtivista, e aquela educação instrumentalizadora não funciona mais. Treinar o aluno para o vestibular, treinar para fazer o Enem, isso não atrai mais, pois para isso ele pode olhar uma videoaula na internet. O aprendizado personalizado é um ponto-chave agora. A escola e o professor têm outro papel, e os problemas que enfrentam hoje têm a ver com entender essa nova atribuição. iPlace Educacional


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Como você vê a Educação e a tecnologia no Brasil e de que forma acredita que uma possa auxiliar a outra? São duas coisas bem difíceis. Na Educação, o momento é de transformação. Há muita discussão sobre a Educação Básica, que precisa evoluir muito, enquanto o Ensino Superior ainda está muito fechado, pouco criativo. Já a tecnologia não é uma opção das escolas. Os alunos já decidiram usar, e os professores precisam aceitar isso, caminhar para uma boa utilização, pois é o que o mundo do trabalho exige. Acho que o lugar em que se deve ensinar o aluno a produzir com a tecnologia é na Educação Básica. As escolas que conseguirem ensinar isso muito bem serão as melhores escolas. E como vamos ampliar isso? Compartilhando a prática. Muitos professores querem fazer artigos científicos, enquanto a coisa é mais simples. Hoje você pode criar um canal no Youtube para falar o que está pensando, o que está fazendo... Este é o ponto, temos que ensinar as pessoas no Brasil a compartilharem mais suas ideias, a serem mais autoras. Toda pessoa que dá uma aula é autora do milagre da aprendizagem. No Brasil, vemos os mesmos livros, dos mesmos autores, de quando eu fiz o Ensino Médio. Não houve renovação desse processo autoral. As pessoas não se sentem como autoras, mas não se dão conta de que todo mundo quer ser o autor do próximo vídeo de sucesso na internet. E é isso que eu gosto da proposta da Apple, esta proposta autoral, do “conte sua história, compartilhe sua experiência”. Na sua opinião, por onde deve começar a integração da tecnologia com a sala de aula? A integração deve ocorrer o mais cedo possível. Hoje, no terceiro ano do Ensino Médio não temos um aluno tecnológico. Temos um estudante acostumado com o método tradicional do giz, da lousa e da caneta. O dispositivo que ele usa, em termos de equipamento, é o mouse. Mas, se formos pensar numa criança de sete anos, ela é da geração touch screen. Ela vivencia esse tipo de interação tanto, que se assusta com o que não é touch. No meio disso, ainda temos aquele estudante de 14 anos, que faz parte de uma geração transitória, usa o mouse e usa o touch. Ou seja, são públicos com características >>


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bem marcantes que vemos hoje e que precisam ser atendidos nas escolas. A diferença é que os três estudantes vão encarar um mercado de trabalho que vai exigir deles habilidades que as escolas não exercitam. Por isso, os países com melhores índices de educação, como Finlândia e Inglaterra, todos pararam para analisar seus modelos e se fazer a grande pergunta: estamos formando alunos para quê? O que significa para você e como foi obter o reconhecimento como único professor do Nordeste brasileiro certificado pela Apple nos programas Apple Distinguished Educators (ADE) e Apple Professional Developer (APD)?

Na sua opinião, é possível aplicar a tecnologia para a transformação da aprendizagem em diferentes realidades de ensino? Sim, tanto na rede pública quanto na privada. Acho que o grande empecilho de se aplicá-la em diferentes realidades é a falta de vontade. Costumo

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Bom, como foi isso: a escola Crescimento tinha o projeto e, na época, o CEO da Mosyle viu o que eu estava fazendo em sala de aula e pediu o material para levar ao pessoal da Apple. Assim, me convidaram para participar do APL – Apple Professional Learning. Me aproximei do pessoal, fomos trocando ideias sobre projetos, sobre como inovar na sala de aula,

e o ADE veio naturalmente. Para mim é muito importante, muito bacana poder integrar uma comunidade mundial de professores certificados, participar de eventos e atividades com muita troca de experiência, muitas ideias para se usar em sala de aula. Atualmente, usamos o Mosyle Expert em várias formações para professores, com a ideia de que mais gente faça bom uso da tecnologia. Ajudamos a implantar o Mosyle em várias escolas de diferentes cidades do Nordeste, é um supersucesso. Fazemos oficinas, acompanhamos os professores e incentivamos a realização da documentação pedagógica para que, depois, eles possam analisar suas práticas.


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dizer que não quero me adaptar à realidade. Eu quero transformá-la. Trazer algo novo é transformar, e podemos aplicar isso em qualquer lugar. Grandes modelos educacionais não adaptaram nada; transformaram! Isso vai da visão do professor e da equipe de gestão da escola. Claro que existem fatores como hierarquia, cultura... Mas é preciso ter uma visão inovadora e de responsabilidade. Não significa que tudo para trás está errado ou que é preciso inovar em tudo. Temos que dar passos seguros e precisos, ensinar com base em indicadores e resultados. Os dispositivos são ferramentas. Como aprendemos com Richard Feynman (físico norte-americano), “se você sabe o que vai ensinar e por que vai ensinar, o como é senso comum”. Assim, a tecnologia é o senso comum. Dê uma dica para inspirar professores e profissionais da educação: Pense o que você fará em sala de aula e se isso irá atingir a todos. Repense. Converse com os alunos para saber aonde querem chegar. Sobre esse assunto, recomendo o documentário brasileiro “Nunca me sonharam”, que fala sobre o aluno e a escola desconectada.

“TEMOS QUE ENSINAR AS PESSOAS A SEREM MAIS AUTORAS”


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CASES

Colégio Arbos

Conhecimento construído em 360°

Para o diretor pedagógico e mantenedor da rede Arbos, Paulo André Cia, a tecnologia deve ser usada para revolucionar a metodologia e a didática. “Utilizamos basicamente todas as soluções e equipamentos disponíveis do ecossistema Apple”, ressalta. Segundo Cia, esse aparato tecnológico

permitiu a aplicação do conceito de sala 360°, um dos diferenciais da rede. “O formato preconiza trocas entre os alunos e também o trabalho individual, conferindo ao professor um papel de mediador”, explica. Para o diretor pedagógico, o grande benefício da plataforma Apple – sistema operacional e equipamentos – é oferecer uma solução robusta e adequada a muitos e diferentes dispositivos que precisam estar atualizados para distribuir conteúdos, sem riscos consideráveis de vírus ou outras ameaças. “Também usamos uma gama enorme de aplicativos para cada disciplina, área de conhecimento e faixa etária”, finaliza Cia.

Divulgação/Colégio Arbos

Entre os pioneiros na implantação do método “um para um” – em que cada aluno possui seu próprio iPad – o Colégio Arbos, de São Paulo/ SP, é referência em inovação tecnológica na Educação. Não à toa, está entre as instituições de ensino brasileiras laureadas com o reconhecimento Apple Distinguished School.

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Colégio Dante Alighieri

Tradição centenária e inovação lado a lado

Nesse contexto, desde 2014 o colégio utiliza iPads e Macbooks em sala de aula. Conforme a coordenadora

geral de tecnologia, Valdenice Minatel Melo de Cerqueira, toda tecnologia que possibilite solucionar problemas de maneira crítica, inovadora e colaborativa será sempre uma boa opção. No entanto, ela considera primordial que a solução escolhida considere a complexidade da educação para integrar de maneira coerente e consistente os processos de ensinoaprendizagem. “Transformando e sendo transformada pelo fazer pedagógico, sem ‘roubar a cena’

do protagonismo de alunos e professores”, pontua. Valdenice destaca que a percepção dos pais e alunos frente ao sistema Apple na Educação é positiva. “Com a tecnologia atualmente embarcada no colégio, é possível não somente ampliar o repertório tecnológico dos alunos e professores, mas, sobretudo, propor maneiras diferentes de abordar e solucionar problemas a partir do conteúdo estudado”, ressalta.

Divulgação/Dante Alighieri

Somando mais de 100 anos, a história do Colégio Dante Alighieri relaciona-se diretamente à origem da colônia italiana de São Paulo/SP. Ao mesmo tempo em que acumula tradição e bagagem cultural, a instituição de ensino investe numa proposta pedagógica inovadora e atual, incentivando o aluno a atuar na produção do conhecimento.


©iStock.com/solarseven

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OPINIÃO

Ensino analógico versus geração digital Wagner Sanchez

Já estamos formando, no Ensino Médio, as primeiras gerações que nasceram com a Internet. Esses jovens se desenvolveram com um modelo mental diferente. Suas sinapses acontecem de forma distinta em relação às gerações analógicas. Pensando nesses aspectos, nossa sala de aula não deveria ser uma experiência analógica, onde tudo é desligado, desplugado, do mundo. O nosso modelo pedagógico não evoluiu como o nosso cotidiano, nem como o nosso ambiente de trabalho. No século XVIII, o ambiente de trabalho era baseado em pequenos grupos, trabalhos manuais, conteúdos finitos e específicos. Poderíamos chamar esse modelo de Workplace 1.0. A educação seguia os mesmos moldes, ou seja, estávamos na Education 1.0. Depois veio a Revolução Industrial e alcançamos o Workplace 2.0, com ferramentas mecânicas, linhas de produção, grandes grupos, uniformidade de comportamento e tarefas repetitivas. Presenciamos a mudança na educação nos mesmos moldes, iniciando o processo da Education 2.0. Atualmente, temos um ambiente corporativo – Workplace 3.0 – onde se verifica o prazer no aprendizado, alta relevância no significado das tarefas e aprendizado baseado em projetos. Mas a nossa escola ainda está na versão 2.0. Temos um modelo educacional analógico para uma geração digital e, assim, não conseguimos colher bons resultados. Precisamos entender que as nossas aulas carecem de um novo DNA. Precisam ser planejadas com as características que as novas gerações estão esperando: prazer, sentido no aprendizado, competição, enredo, aventura... Enfim, a transmissão do conhecimento precisa estar na “VIBE” da nova geração (Vibração, Importância, Beleza e Entretenimento). Pegando uma carona nessa nova “vibe” do aprendizado,

temos os aplicativos para dispositivo móveis, que estão, a cada dia, mais presentes nas mochilas escolares virtuais. Por serem focados, simples de se usar, ágeis e muito conectados às novas gerações, contribuem para resolver algumas dúvidas de forma direta e rápida, evitando muitas vezes pesquisas intermináveis para se encontrar as soluções. Além do conteúdo específico que os apps apresentam, eles são muito usados na organização do dia a dia dos estudantes. O aplicativo pode acordá-lo para ir à escola, avisar os livros que deve levar, sinalizar que não se esqueça do trabalho feito na véspera, entre outras coisas. Mas não se espantem se ouvirem falar que a era dos apps está terminando. Se dez anos atrás a gente não havia sequer ouvido falar em aplicativos móveis, talvez daqui a dez anos eles já nem existam mais. Ao que tudo indica, a tendência é que nossa interação com as máquinas se torne ainda mais natural num futuro próximo, onde teremos um só ambiente para resolver tudo que precisamos, sem a necessidade de baixar diversos aplicativos. Por isso tudo, acredito que os métodos de transmissão de conhecimento presentes em nossas escolas precisam ser modificados rapidamente para uma versão digital, onde as gerações touchscreen consigam navegar tranquilamente. Só assim conseguiremos estabelecer um protocolo de comunicação eficiente com os jovens para atingir o sucesso no aprendizado.

Wagner Sanchez é diretor acadêmico da Faculdade FIAP (São Paulo/ SP). Doutor e mestre em Engenharia Biomédica, mestre em Sistemas de Informação (PUC-Campinas), especialista em Engenharia de Software, bacharel em Análise de Sistemas, psicopedagogo e especialista em Educação (PUC/SP), atuando há mais de dez anos como consultor nas áreas de Tecnologia e Gestão. Coautor do livro “Administração de Organizações Complexas”, da Qualitymark Editora, tem diversos artigos publicados na mídia especializada nas áreas de Educação, Gestão e TI.


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PANORAMA

A ESCOLA DO SÉCULO XXI

Um relatório apresentado no Fórum Econômico Mundial indica as competências que os estudantes de hoje precisam desenvolver para triunfar no século XXI. Ao lado de habilidades mais tradicionais, a pesquisa aponta competências priorizadas pela chamada Aprendizagem Socioemocional – como colaborar, comunicar-se e resolver problemas. Analisando dados oriundos de mais de 200 estudos, os pesquisadores perceberam que alunos instruídos pelo método socioemocional tiveram desempenho médio 11% superior aos demais.

LETRAMENTOS FUNDAMENTAIS

Alfabetização

Escola

QUALIDADES DA COMPETÊNCIAS PERSONALIDADE

Pensamento crítico e resolução de problemas

Curiosidade

C

M

Y

Noções aritméticas

CM

Iniciativa

MY

CY

Criatividade

CMY

K

Conhecimento de ciências

Persistência

Comunicação Afinidade com tecnologia de informação e comunicação

Adaptabilidade

Colaboração Liderança

Conhecimento de Finanças

Para lidar com desafios complexos

Para lidar com tarefas cotidianas

Consciência sociocultural

Para lidar com mudanças no ambiente

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Noções de cultura e civismo


Para investir no futuro é preciso sempre ter muita energia.

A eGreen tem soluções práticas para que a educação dos alunos nunca seja interrompida por falta de energia. Baterias externas, carregadores residenciais e veiculares garantem a força que você precisa.

Importado e destribuido por:



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