PRODUTOS
ENTREVISTA
PANORAMA
iPad com Apple Pencil,
Marcelo Milani:
Pesquisa identifica
MacBook, iCloud e
como a tecnologia
padrões de uso do
outros recursos que
pode acelerar a curva
celular nas escolas
empoderam o aluno
de aprendizado
de todo o Brasil
#03
JANEIRO / 2019
Da Internet das Coisas à Realidade Aumentada Tecnologias disruptivas já são realidade na sala de aula – saiba como implementá-las com sucesso
Tendências
Inspiração
Institucional
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06 16 26 04
EDITORIAL
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PRODUTOS
De ponta a ponta: soluções educacionais da Apple formam ecossistema completo
Tecnologias com a assinatura Apple para elevar o aprendizado a um novo patamar
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APPS
Uma seleção de aplicativos da App Store que transformam o jeito de aprender
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AMBIENTE
Dicas e complementos para obter o máximo do ecossistema Apple na Educação
RADAR Subsídios on e offline para enriquecer as discussões no ambiente escolar
iPlace Educacional
MacBook Air | 13
Cases
Entrevista
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OPINIÃO
Transcendendo o passado: ensinar o futuro é tão importante quanto ensinar história
EXPEDIENTE Presidente Grupo Herval: José Agnelo Seger Vice-presidente: Germano Grings iPlace Educacional: Matheus Mundstock (Diretor) Felipe Dresch (Gerente Nacional) Graziano Silva (Coordenador de Negócios) Guilherme Camargo (Coordenador de Projetos) Roberta Anacleto (Gerente de Marketing) Flávia de Paula Pires (Coordenadora de Marketing) Thiago de Andrade Zeni (Analista de Marketing) Projeto editorial: Papa Branded Content Diretora executiva: Nathália Hartz Luvizon Diretor de conteúdo: Douglas Backes Jornalista responsável: Mariana Halmel Apoio editorial: Rafael Tourinho Raymundo Diretora de criação: Vanessa Fick Diretor de arte: Alex Santos Imagem de capa: ©iStock.com/yaruta Impressão: Gráfica Odisseia Tiragem: 5.000 exemplares Circulação: janeiro/2019
PANORAMA Celular na sala de aula: pesquisa mostra como ele é usado nas escolas brasileiras
iPlace é uma empresa do Grupo Herval Rodovia BR-116, km 223,5 | Dois Irmãos/RS | +55 51 3564 8300 | www.iplace-educacional.com.br Revista iPlace Educacional é uma publicação semestral distribuída gratuitamente. A reprodução de conteúdo é permitida mediante autorização por escrito. Artigos assinados expressam, exclusivamente, a opinião de seus autores. Todas as informações contidas na presente revista estão sujeitas a alteração sem prévio aviso. As únicas garantias para produtos e serviços da Apple ou de outros fabricantes mencionados são as estabelecidas nos termos oficiais que os acompanham. Não obstante os cuidados para prover conteúdo atualizado e de alta qualidade, a Papa Branded Content, a iPlace e seus parceiros não poderão ser responsabilizados por eventuais omissões ou imprecisões nesta publicação, dado seu caráter meramente informativo. Nomes ou símbolos de empresas contidos na revista, bem como de seus produtos e serviços, podem ser marcas registradas ou comerciais de seus respectivos detentores. Todas as imagens publicadas têm caráter estritamente ilustrativo.
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Cases | 44
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EDITORIAL
Apple na Educação
Soluções de ponta a ponta
“Mais do que levar o iPad para a sala de aula, é preciso que se tenha uma visão abrangente e integrada das tecnologias educacionais”
Quando se fala em tecnologia educacional, é fundamental estabelecer a correta dimensão desse conceito. Muito mais do que levar o iPad para a sala de aula ou utilizar determinado app na aula de Ciências, é preciso que se tenha uma visão abrangente e integrada. Uma solução de ponta a ponta – que comece no projeto pedagógico subjacente, passe pela implementação e culmine na real potencialização da aprendizagem. Trata-se de garantir um ecossistema completo, no qual tudo funcione perfeitamente em conjunto, como uma orquestra. Afinal, ninguém quer o aborrecimento de uma implantação complicada. Também não faz sentido investir de maneira desordenada, adquirindo pretensas “soluções” que não tenham sinergia e, consequentemente, não surtam efeito. O grande objetivo aqui não repousa sobre a tecnologia em si; ela é apenas um caminho para o verdadeiro objetivo: a potencialização do processo de ensino e aprendizagem, com benefícios mensuráveis tanto para os alunos quanto para os professores, para a escola e, finalmente, para toda a sociedade. É a partir desse entendimento que a iPlace Educacional estrutura sua linha de atuação. Apoiando-se na melhor e mais completa plataforma de tecnologia para Educação do mercado, nosso time oferece soluções de ponta a ponta – que começam com um diagnóstico, avançam para um projeto personalizado e materializamse na transformação digital que gera resultados. Ao longo das próximas páginas, você poderá conhecer um pouco mais as soluções integradas que só a iPlace Educacional e a plataforma Apple podem oferecer. Boa leitura!
Felipe Dresch
Gerente corporativo e educacional da iPlace iPlace Educacional
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INSTITUCIONAL
Inspiração para aprender e ensinar
iPlace Educacional: elevando soluções e experiências reais Com a melhor experiência Apple já consolidada em todo o Brasil, iPlace adota novo posicionamento de marca com foco em inspirar. Envolvendo eixos varejista, corporativo e educacional, objetivo é fazer a diferença em todos os momentos que marcam a vida das pessoas. Nesse contexto, a iPlace Educacional reforça sua missão de potencializar e facilitar processos, inspirando experiências reais que transformam a aprendizagem.
Seja como protagonista ou uma coadjuvante de luxo, a tecnologia pode sempre fazer a diferença nos meios em que está inserida. A partir de soluções criativas e inovadoras, afinal, ela oferece caminhos inovadores para facilitar o dia a dia das pessoas e a realização das mais diferentes atividades.
Cada vez mais presentes nas práticas pedagógicas, atividades que incentivam o pensamento computacional, por exemplo, têm o poder de instigar as crianças a pensar e a exercer seu protagonismo criativo. Assim, com os dispositivos e soluções Apple, o ensino torna-se muito mais ativo, interativo e disponível em qualquer lugar. Já com o trabalho da iPlace Educacional, professores e equipes diretivas são incentivados a cada vez mais contribuir em processos inovadores e autorais, bem como investir no compartilhamento de práticas pedagógicas que extrapolam os muros de suas comunidades escolares. >>
iPlace Educacional
Elaborando sobre esses pilares, a iPlace adotou recentemente um novo posicionamento de marca, traduzido no slogan “Inspire-se com iPlace”. A nova forma de se apresentar reforça também o conceito da iPlace Educacional, reconhecida como um player altamente especializado no segmento. Mais do que nunca, sua missão é assegurar um universo inspirador para a formação de estudantes e profissionais do futuro. E a materialização desse objetivo pode ser facilmente percebida nos incontáveis projetos já desenvolvidos em algumas
das melhores escolas do país. Com a evolução nos métodos de aprendizagem possibilitada pela plataforma Apple, formas de ensino e aprendizagem inimagináveis pouco tempo atrás viram realidade.
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Porque todas as conquistas merecem ser compartilhadas Seja por meio do portfólio digital, no próprio site da escola ou numa mensagem com fotos e vídeos enviada aos pais, cada conquista e novidade da vida estudantil têm valor e significado especial. E, com a velocidade destas transformações, a todo o instante é possível vivenciar descobertas e criar lembranças encantadoras de um período tão importante quanto o escolar. Nesse aspecto, o papel do professor torna-se cada vez mais importante. Afinal, com o grande volume de informações disponíveis, ele deve servir como um
guia na condução do aluno como autor de sua própria história e de sua própria aprendizagem. Quando há envolvimento, é possível investir horas numa atividade sem nem perceber o tempo passar. É assim que a tecnologia e a inovação são capazes de manter uma turma inteira focada e motivada a aprender cada vez mais, contando com apps, conteúdos interativos e dispositivos robustos que são perfeitos para acompanhar a incrível jornada do conhecimento. iPlace Educacional
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PRODUTOS
Everyone Can Code
Todos podem programar O ensino da programação já é uma realidade em dezenas de escolas brasileiras. As linguagens de computador ajudam os estudantes a resolver problemas e a exercitar o pensamento crítico. Trata-se de habilidades essenciais para as novas gerações, que enfrentarão um mundo cheio de oportunidades e desafios, sem respostas prontas. Porém, os educadores não precisam dominar códigos complexos para instigar o conhecimento nos pupilos. O Everyone Can Code, da Apple, proporciona ferramentas para tornar o aprendizado muito mais simples, dinâmico e divertido. Apps como o Swift Playgrounds, para iniciantes, usam comandos fáceis de entender. Assim, qualquer sala de aula se transforma num laboratório onde as possibilidades de criação são infinitas!
iPlace Educacional
Divulgação/Apple
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Criatividade na ponta do lápis O Everyone Can Code oferece um currículo completo, que abrange do jardim de infância à universidade. Crianças até o 5º ano do Ensino Fundamental, por exemplo, utilizam apps visuais para iPad, como codeSpark e Tynker.Assim, o conteúdo mantém caráter lúdico, aumentando o engajamento. Graças à tela Multi-Touch,os alunos arrastam, juntam e encaixam objetos com apenas um gesto. É o verdadeiro aprendizado hands on!O dispositivo também oferece recursos de realidade aumentada, mesclando imagens virtuais ao mundo real para tornar a experiência superinterativa. Além disso, o iPad (6ª geração) e o iPad Pro são compatíveis com o Apple Pencil (vendido separadamente), que garante precisão aos trabalhos escolares. Os estudantes podem fazer anotações e desenhar os próprios projetos com total liberdade criativa.
Divulgação/Apple
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Carrinho iPlace 2.0
Múltiplas recargas ao mesmo tempo
iPlace Educacional
A utilização de recursos tecnológicos em sala de aula demanda infraestrutura adequada. Embora o iPad tenha autonomia de bateria excelente, é necessário garantir que todos os dispositivos estejam carregados ao mesmo tempo. Para tanto, a escola pode contar com o Carrinho iPlace 2.0. Essa estação de recarga e transporte de periféricos possui duas réguas com 18 tomadas cada. Portátil e de fácil manuseio, pode ser instalada em qualquer lugar, funcionando em 110V ou 220V. O carrinho é também extremamente seguro, pois conta com sistemas de proteção elétrica e antiaquecimento. Essa solução inovadora de gestão energética permite que todos os iPads e MacBooks da turma estejam sempre prontos para o uso.
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MacBook Air: pronto para usar Os jogos e as atividades práticas são apenas uma parte do Everyone Can Code. Conforme a criança vai crescendo e se aprofundando nas linguagens de computação, mais preparada ela está para desenvolver os próprios apps. E o MacBook Air é a melhor opção para essa etapa do aprendizado. Com as melhores tecnologias embarcadas, seu processador garante desempenho e velocidade para realizar qualquer tarefa. Falando nisso, o armazenamento SSD é até 17 vezes mais rápido do que um disco rígido convencional de notebook. Ou seja: ninguém perde tempo com softwares travando, nem sistemas operacionais que demoram para iniciar.
Desempenho e mobilidade
Se não bastasse o desempenho incomparável, o MacBook Air tem uma bateria que dura 12 horas entre uma carga e outra. E ainda por cima é leve – bem leve! Com design unibody superfino de 1,7 cm, pesa apenas 1,35 kg. Dessa forma, os estudantes não precisam ficar presos a uma estação de trabalho. Eles podem circular pelo ambiente, reunir-se em grupos e trocar ideias sobre o andamento dos projetos, levando seu MacBook Air para onde quiserem.
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Lição de casa na nuvem Outra vantagem do ecossistema Apple é o armazenamento na nuvem. Com essa facilidade, o aluno pode acessar os próprios projetos de qualquer lugar, usando iPad, MacBook ou outro dispositivo. Isso permite, por exemplo, programar códigos durante a lição de casa, enquanto o tempo em sala de aula é usado para tirar dúvidas com o professor. O iCloud também torna mais fáceis os trabalhos em grupo. Para dar início a uma tarefa conjunta, basta enviar um link privado ao colega. Nada de cópias dos documentos nem de troca de e-mails cheios de anexos. Além disso, espaço não é problema, mesmo para quem tem muitos arquivos de texto, fotos e vídeos. Quando a instituição adquire o iCloud pela iPlace Educacional, o serviço oferece 200 GB para o estudante. Um upgrade e tanto! iPlace Educacional
Divulgação/Apple
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Relatórios com personalidade Nem só de experiências empíricas vive o aprendizado. Chega um momento em que é necessário sintetizar o conhecimento adquirido e compartilhálo – seja com o professor, seja com os companheiros de turma. Entram aí as potencialidades do iWork. No Pages, o aluno consegue criar documentos superatrativos, com fotos, filmes ou gráficos. Os relatórios não precisam mais se restringir a um texto sem graça. Já com o Numbers, é possível dar vida a tabelas e gráficos interativos, facilitando ainda mais a leitura. Sem falar do Keynote, com ferramentas que ajudam a criar slides incríveis. O estudante pode montar uma apresentação impactante não só para os colegas, mas também para os avaliadores numa eventual feira de ciências, por exemplo.
Colaboração com um toque pessoal
Com as ferramentas certas, não há limite para a criatividade de um estudante. É por isso que os apps do iWork para iPad também são compatíveis com o Apple Pencil. O usuário pode incluir anotações e ilustrações à mão livre, dando um toque pessoal ao projeto. No mais, a colaboração em tempo real permite que outros jovens trabalhem em conjunto, usando Mac, iPad, iPhone ou até mesmo um PC. Tudo fluido e sem engasgos, ao melhor estilo Apple.
Divulgação/Sanjay Sarma
INSPIRAÇÃO
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Sanjay Sarma
Inteligência Artificial e Internet das Coisas para crianças Sanjay Sarma é professor de Engenharia Mecânica do prestigiado Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde também ocupa a vice-presidência do Open Learning, departamento voltado a programas de ensino online. Cofundador do grupo de pesquisa Auto-ID Center, é um dos principais desenvolvedores dos padrões de tecnologia RFID utilizados atualmente no mundo inteiro. Já publicou mais de 100 artigos acadêmicos sobre computação, automação e áreas relacionadas. Além disso, participa de conselhos em diversas companhias de abrangência internacional. Nesta entrevista, ele fala sobre os impactos da tecnologia na Educação. Para começar, conte-nos um pouco sobre sua carreira. Como se interessou por tecnologia e engenharia? Eu sempre me interessei por coisas bastante mecânicas e queria me tornar um inventor. Assim que entrei no Instituto Indiano de Tecnologia, escolhi o curso de Engenharia Mecânica. Fui trabalhar numa companhia petrolífera logo depois de me formar e me apaixonei por solucionar problemas do mundo real. Desde então, meu mantra tem sido focar no problema e ser leal ao problema, em vez de simplesmente enxergar o mundo através das lentes da Engenharia Mecânica. É como pegar um tigre pela cauda. O tigre vai para onde quiser ir, e você precisa aguentar firme. Desse modo, se o problema requer que você entenda de computadores, você precisa ir atrás disso. Se você tem que aprender sobre eletrônicos, então é o que deve fazer. Eu adotei essa mentalidade ligada ao crescimento e tenho aproveitado o caminho tremendamente. >> iPlace Educacional
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A EDUCAÇÃO DO FUTURO SERÁ MISTA, FLUIDA E IMERSIVA
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Você teve um papel importante no desenvolvimento do RFID [identificação por radiofrequência, um método que localiza objetos por meio de sinais de rádio]. Poderia explicar-nos como o processo ocorreu? Qual era o objetivo do projeto e como a aplicação dessa tecnologia se modificou ao longo dos anos? Um colega meu, chamado David Brock, me inseriu no projeto. Ele queria verificar se a tecnologia RFID poderia ser usada para mostrar a robôs informações sobre os objetos que essas máquinas tinham que operar, em vez de elas usarem a visão. Eu percebi o outro lado da moeda: por que as etiquetas de RFID eram tão caras e como torná-las mais baratas? Ao longo dos anos, nós acabamos desenvolvendo os protocolos, a tecnologia subjacente, a teoria, a comunidade, os padrões, as regulamentações e a proposta de negócio. Agora seu foco de trabalho é a Internet das Coisas. Poderia contar-nos um pouco sobre seus projetos atuais? Foi outro cofundador do Auto-ID Center, Kevin Ashton, que cunhou o termo “Internet das Coisas”. Nossa pesquisa engloba muitas aplicações, de sensores baratos a cibersegurança, de arquitetura a autonomia. Estamos desenvolvendo fraldas inteligentes, veículos seguros, cidades inteligentes, equipamentos médicos, estradas inteligentes, prédios inteligentes, wearables e interfaces para o cérebro.
Nós seguimos modelos antigos que precisam ser ajustados com mais aprendizado hands on, que tenha um propósito
Por exemplo, quando uma fralda está molhada, não seria ótimo que o pai ou a mãe soubessem disso, em vez de esperar que o bebê chore ou que apareça uma assadura nele? Um sensor de umidade baseado em RFID pode enviar um sinal aos pais de que a fralda precisa ser trocada. No que diz respeito a segurança automotiva, alguns anos atrás foi mostrado que veículos conectados poderiam ser sequestrados por um hacker. O problema é mais sério com veículos autônomos. Uma placa de pare falsa, feita de papelão, pode enganar o carro e fazê-lo parar – ou, então, o automóvel pode interpretar mal um sinal vermelho, quando o sol está incidindo atrás do semáforo, e causar um acidente. A ideia é tornar os carros mais seguros em relação tanto a placas propositalmente falsas quanto a sinais involuntariamente ruins do mundo externo. Para isso, estamos desenvolvendo abordagens criptográficas para o setor automotivo. Na sua opinião, de que forma o sistema educacional irá mudar devido aos impactos da Internet das Coisas e da Inteligência Artificial? Basicamente, tudo está andando num ritmo tão acelerado que haverá pressão sobre o sistema educacional vigente, que está relativamente estagnado. Nós temos que movimentar o sistema educacional de jovens de todas as idades, e podemos fazê-lo conectando aquilo que os estudantes aprendem aos últimos acontecimentos do mundo real. Podemos relacionar Matemática à Blockchain, Química às mudanças climáticas, Computação a jogos, Biologia a CRISPR [técnica de edição genética], História aos eventos atuais... e assim por diante. E, sim, deveríamos ensinar sobre Inteligência Artificial e Internet das Coisas às crianças pequenas. As ferramentas existem. Falando especificamente do processo de aprendizagem, que desafios os educadores enfrentam para utilizar a tecnologia em sala de aula? Essas ferramentas facilitam ou atrapalham? A tecnologia desenhada para o aprendizado ajuda – sejam o software ou os laboratórios virtuais da edX, sejam os tutores automáticos ou os kits hands on como o Arduino. Porém, os computadores, se vistos fora de um contexto específico, têm sido considerados uma distração. Dessa forma, a chave é conhecer a real intenção para o uso daquela tecnologia. Deve-se saber qual ferramenta utilizar e por quê. >>
Ainda falando de tecnologia e educação, você poderia nos dar exemplos de iniciativas que tenham sido bem-sucedidas em unir esses dois elementos? Eu sou membro do conselho da edX, então sou suspeito para falar, mas considero esse serviço incrível. A Khan Academy também é fantástica. O Quizlet é outro grande exemplo de software. A educação online realmente democratiza a aprendizagem. Na era anterior, o processo acontecia em faculdades e não era acessível a uma vasta porção da humanidade. Hoje, com fontes online como a edX e a Khan Academy, a educação está largamente disponível a qualquer pessoa, independentemente do fato de ela poder ou não frequentar uma universidade. Na sua opinião, quais são as maiores dificuldades, ou os maiores desafios, que o sistema educacional enfrenta no mundo? Nós seguimos modelos antigos que precisam ser ajustados com mais aprendizado hands on, que tenha um propósito, que esteja relacionado a experiências práticas e que seja mais autêntico. Em vez disso, estamos presos a velhos paradigmas, aprisionados a suas regulamentações e suas regras (injustificadas). É preciso liderança para avançarmos. O ensino tradicional é baseado numa espécie de confiança cega de que a Matemática ou a Física serão úteis em algum momento da vida. Se sua mãe é uma contadora, e você está aprendendo matemática, talvez esteja tudo bem, pois você vê sua mãe aplicando o conhecimento. No entanto, se sua mãe é uma costureira, você estará menos disposto a deixar de lado suas dúvidas. No lugar disso, se você enfrenta um problema real que precisa ser solucionado com o uso da matemática, você estará mais propenso a entender por que ela é útil. Você conseguirá inseri-la num contexto.
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Básica [Ensino Fundamental e Médio], Educação Superior e Ensino no Ambiente de Trabalho. Nós baseamos nossas ideias nas ciências exatas, na ciência social, na tecnologia, na economia e em dados. Nós acreditamos que estejam ocorrendo transformações enormes na sociedade, demandando que repensemos nosso modelo educacional. O MITili explora essas mudanças, o J-WEL as compartilha e o ODL as entrega. Como vice-presidente do Open Learning, o programa de educação aberta do MIT, você poderia descrever projetos específicos dessa organização? Em acréscimo ao que foi mencionado anteriormente, estamos trabalhando numa série de novos projetos: educação para refugiados, realidade virtual, ensino de Inteligência Artificial, uso de IA e assim por diante. Este é um momento muito estimulante para ser VP do Open Learning e para estar ao lado de meus incríveis colegas! Para finalizar, em seu ponto de vista, qual é o futuro da educação? Será completamente repensada. Eu acredito que o futuro será misto, fluido e imersivo. As pessoas estudarão mais online, e as salas de aula serão “invertidas”. Haverá projetos que darão ao aprendizado mais propósito, e as interações entre alunos e professores serão mais ricas. Tecnologias como a Realidade Virtual vão auxiliar os estudantes, ajudando-os a imaginar aplicações para seu conhecimento, ou a visualizar os princípios básicos do assunto em questão com mais intensidade.
Por favor, conte-nos um pouco sobre os princípios e diferenciais do MIT em relação à educação.
iPlace Educacional
O MIT se empenha em três frentes, considerando seu papel na educação mundial. São elas o MIT Integrated Learning Initiative (MITili), que realiza pesquisas sobre a ciência e a economia do ensino, o Office of Digital Learning (ODL), que produz conteúdo digital, com foco no OpenCourseWare e na edX, e o Jameel World Education Lab (J-WEL), que é um consórcio de empresas, países, ONGs, escolas e universidades que trabalham em prol do futuro da educação em três estratos: Educação
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APPS
Multidisciplinar
WWF Free Rivers
Quando o assunto é Ciências Ambientais, o WWF Free Rivers é outro app que oferece experiências incríveis com Realidade Aumentada. Disponível gatuitamente na App Store, ele permite fazer uma imersão em cinco diferentes habitats baseados em lugares reais: as montanhas do Himalaia, as selvas tropicais, a savana africana, as pastagens da América do Sul e os deltas do sudeste asiático. Assim, os usuários podem observar os rios do mundo,conhecendo as ameaças e oportunidades de conservação.
Oxford Escolar
Compatível com iPhone, iPad e iPod touch.
Que tal explorar o potencial da realidade aumentada para ensinar e aprender Matemática? Com este app gratuito, é possível colocar objetos tridimensionais em qualquer superfície plana, bem como contorná-los e fazer capturas de tela em diferentes ângulos. Ou seja, com as atividades guiadas do GeoGebra AR, a Matemática pode ser trazida (e aplicada)ao mundo real.
Compatível com iPhone, iPad e iPod touch.
GeoGebra AR
Compatível com iPhone e iPad.
Seja qual for a matéria, há sempre um app para iOS que facilita o aprendizado
Saudado como um dos melhores dicionários de inglês, o célebre Oxford Escolar oferece ainda mais praticidade em sua versão digital para iOS. O app traz significados de palavras e expressões em português, além das pronúncias britânica e americana para ouvir. Com um toque também é possível inverter o sentido do dicionário para Português–Inglês. Ou seja, é uma ferramenta completa para o ensino da língua inglesa em sala de aula.
Compatível com iPhone, iPad e iPod touch.
Compatível com iPhone, iPad e iPod touch.
Compatível com iPhone e iPad.
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Froggipedia
Este app proporciona um aprendizado interativo, construtivo e envolvente sobre cada fase do ciclo de vida único de um sapo. Utilizando Realidade Aumentada, permite explorar detalhes anatômicos e, com o Apple Pencil, dissecar e observar a estrutura complexa de seus vários sistemas e órgãos. Tudo isso de maneira fidedigna – e sem machucar nenhum anfíbio.
G1 Enem
Em forma de jogo, este app gratuito de perguntas e respostas tem o propósito de ajudar a preparar os estudantes para a prova do Enem. São centenas de questões relacionadas aos temas do exame, enigmas com tempo determinado de resposta e vídeos exclusivos com dicas das matérias mais importantes. Com o G1 Enem, é possível desafiar os amigos e outros usuários ou jogar sozinho, acompanhando sua posição no ranking geral do app.
Lumosity Treinamento Cerebral
Valendo-se das melhores e mais recentes tecnologias embarcadas no iPhone e no iPad, este app aproveita ao máximo as capacidades dos dispositivos iOS para desafiar a memória e a atenção de seus usuários. Criado por um time de cientistas e designers, Lumosity é um programa de treinamento cerebral com mais de 25 jogos que desafiam cinco habilidades cognitivas essenciais.
APPS
Feras à solta
App brasileiro usa Realidade Aumentada para tornar o aprendizado mais divertido
Quando o assunto é desenvolvimento infantil, a relação das crianças com os animais costuma trazer resultados muito positivos. A partir da interação e do estabelecimento de vínculos com outros seres vivos, os pequenos passam a fortalecer sentimentos como afeto e empatia. Além disso, começam a aprender sobre o senso de responsabilidade e sobre a importância de respeitar e proteger a natureza. Neste contexto, entretanto, circos, zoológicos e demais atrações que mantêm animais em cativeiro passaram a ser discutidas pela sociedade como opções nem sempre saudáveis e seguras para ambas as partes. É aí que, mais uma vez, a tecnologia age como grande aliada no momento de brincar, explorar eaprender.
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Aprendendo com o 4Dmais A partir da Realidade Aumentada, a 4Dmais dá vida a diversos animais estampados em cartas de baralho. Além de vê-los em três dimensões, é possível ouvi-los e “segurar” cada um deles nas mãos. Com 21 cartas, o baralho Dinossauros mostra essas criaturas incríveis com movimentos realistas – e faz da aprendizagem uma experiência surpreendente. Já no baralho Reino Animal, são 23 cartas agrupadas de A-Z. Cada letra corresponde a um animal e, dessa maneira, o brinquedo também ajuda a praticar o alfabeto. Ou seja, os kits da 4Dmais podem ser utilizados em situações lúdicas, educacionais e até mesmo terapêuticas. Não à toa, a startup foi apontada como uma das mais inovadoras pela consultoria EY. O reconhecimento global garantiu ainda a participação da 4Dmais no evento Accelerating Program 2018, realizado na Holanda. O app, que pode ser baixado de forma gratuita na App Store, permite ainda fazer vídeos e tirar fotos e selfies para compartilhamento em redes sociais. Ao focar a câmera do iPhone ou iPad na carta, o nome do animal é reproduzido, assim como seu som característico e o de sua letra inicial. Assim, é possível desenvolver a capacidade de associação com a narração de letras e palavras. O modo zoom faz com que as imagens tridimensionais sejam ampliadas ou diminuídas diretamente na tela do seu dispositivo iOS, que pode ainda mostrar vários animais ao mesmo tempo. Ou seja, unindo os baralhos e o app da 4Dmais, pode-secriar um minizoo imersivo, livre de danos à natureza e com diversão garantida. Depois de instalado, o app não requer conexão à internet.
Experimente! Baixe o app 4Dmais na App Store e dê vida aos animais desta página!
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TENDÊNCIAS
Como a Internet das Coisas está mudando a Educação Já faz algum tempo que o termo “Internet das Coisas” vem ganhando popularidade. Inicialmente restrito a cientistas e pesquisadores, o conceito logo achou espaço em todos os setores ligados a tecnologia – e hoje já pipoca no dia a dia de todos nós. Aliás, mesmo quando o termo em si não soa familiar, a presença da Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) é inegável. Afinal, é por meio dela que as tais “coisas” – muito além dos óbvios computadores e telefones celulares – trocam dados entre si. Trata-se, portanto, de uma rede (ou, mais precisamente, de um conjunto de redes) capaz de transportar e dar utilidade aos dados colhidos por uma infinidade de sensores. Logo, as aplicações para isso são inúmeras. Pense, por exemplo, em semáforos inteligentes, que gerenciam o tráfego de acordo com a demanda. Carros autônomos, robôs cada vez mais úteis, geladeiras que montam a lista de compras para você. Tudo isso pode ser alcançado via Internet das Coisas. E, quando o assunto é Educação, muitas iniciativas baseadas nessa tecnologia já estão mudando a forma como os estudantes aprendem.
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Divulgação/Centro Educacional Upaon-Açu
EDUCAÇÃO DO FUTURO? PRESENTE!
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AMBIENTE
Plataforma Apple
Tecnologia para aulas personalizadas
A tecnologia transformou a vida de professores e estudantes. Para ilustrar esse fato com um exemplo simples, basta lembrar que, hoje, qualquer pessoa pode carregar uma biblioteca completa na mochila. O iPad pesa menos que um livro didático, mas dá acesso a milhares de títulos relevantes para a formação escolar. É possível pensar mais adiante e aproveitar todo o potencial pedagógico dos dispositivos eletrônicos. Serviços online permitem compartilhar conteúdo com a turma inteira e acompanhar o progresso de cada aluno. Com isso, as lições ficam mais dinâmicas, interativas e personalizadas. Porém, a experiência em sala de
aula só é bem-sucedida quando existe uma infraestrutura adequada. Softwares defasados e equipamentos incompatíveis entre si causam muitos transtornos. Além de gastar tempo para fazê-los funcionar – tempo, esse, que deveria ser aproveitado apenas nas atividades de ensino –, os educadores correm o risco de não apresentar aquele material interessante e instrutivo que prepararam. Ou seja, os recursos que serviriam para melhorar a aprendizagem acabam gerando novos problemas. É por isso que os aparelhos devem ser tão fáceis de implementar quanto de usar. Nesse aspecto, a Apple oferece uma plataforma de TI incomparável. >>
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Apple School Manager: o ponto de partida Tudo começa pelo Apple School Manager. Tratase de um portal online por meio do qual um administrador configura e gerencia os dispositivos do educandário. Todo o conteúdo didático fica organizado e disponível à comunidade escolar, e o acesso pode ser feito via contas individuais. Os IDs Apple gerenciados são especialmente criados para esse ambiente. Funciona assim: quando o colaborador responsável conecta o Apple School Manager aos dados da escola, pode gerar IDs Apple automaticamente para estudantes, professores e funcionários. Essa integração é possível com qualquer Sistema de Informações de Alunos (SIS), como SunGard, Infinite Campus ou PowerSchool.
O Apple School Manager também é uma solução para o gerenciamento de dispositivos móveis (MDM, do inglês Mobile Device Management). Assim, o administrador faz ajustes de configuração remotamente. Ele pode programar as atualizações de software para a noite, quando não há atividades escolares. Consegue, ainda, alterar o layout da tela inicial ou restringir o uso de alguns apps, conforme as regras da instituição de ensino. Na prática, cada estudante tem acesso apenas ao que interessa, mantendo-se focado nas tarefas da aula. As soluções MDM, em conjunto com o iOS 12 e o tvOS 12, possibilitam ligar qualquer iPad ou Apple TV ao Apple School Manager. Não importa se os dispositivos foram doados ou comprados. Basta usar o Apple Configurator 2 para cadastrá-los e garantir uma experiência digital inovadora.
iPlace Educacional
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O login pessoal permite utilizar, por exemplo, o iCloud Drive, serviço de nuvem para armazenamento de arquivos. Aliás, espaço não falta. São 200 GB por usuário para guardar fotos, vídeos e outros tipos de documentos. Imagine
quantas referências os jovens poderão coletar para utilizar em pesquisas e relatórios...
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Sem limites para a inovação Elementos audiovisuais incrementam bastante a explicação da matéria. Um vídeo mostrando o processo de divisão celular pode ser mais instrutivo que um texto sobre o assunto. Ainda no campo da anatomia, modelos 3D do corpo humano conseguem ser bem mais realistas e detalhados que as ilustrações de uma enciclopédia. Esses são apenas alguns exemplos de como explorar as potencialidades da Apple TV e do iPad em sala de aula. O melhor é que a escola não precisa adquirir centenas de equipamentos, um por aluno – pelo menos, não no início da implementação dessa tecnologia. Os mesmos dispositivos podem ser revezados entre as turmas. Ainda assim, os estudantes têm como retomar o trabalho do ponto em que pararam, sem risco de um colega deletar arquivos do outro por acidente.
iPad Compartilhado Eis como funciona o iPad compartilhado. Antes do início da aula, o professor designa um dispositivo para cada pupilo. O jovem acessa sua ID Apple individual com uma senha de quatro dígitos – e pronto: o material está todo ali. Os deveres de casa, os apps e os projetos em andamento ressurgem exatamente como estavam na última sessão. Quando chega a hora do recreio, é só efetuar logout, sem necessidade de transferir os dados para um pendrive ou HD externo. O backup é automático. Desse modo, os dispositivos de uso comum se transformam em ferramentas personalizadas de ensino e aprendizagem. E os educadores podem preparar aulas criativas sem se preocupar com limitações técnicas. Falando em limites – ou melhor, na ausência deles –, o Apple School Manager dá acesso a milhares de apps e livros. E adquiri-los é supersimples. Instituições de ensino >>
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ganham desconto em compras por volume, podendo, até mesmo, gerenciar as licenças sempre que necessário. Desse modo, o conteúdo não fica instalado num único iPad ou Mac, podendo ser liberado para uso em outros aparelhos.
Tamanha flexibilidade significa que os recursos pedagógicos tecnológicos vão aonde o professor quiser: a sala de aula, um laboratório ou mesmo uma saída de campo. Cada encontro com a turma vira uma experiência inédita!
Mantendo os alunos no foco Além de possibilitar lições interativas e cativantes, a plataforma Apple auxilia a escola a monitorar o rendimento dos alunos. Há ferramentas e aplicativos especialmente desenhados para essa função. Com o modo Automatic Assessment Configuration, tanto iPad quanto Mac podem ser usados para a aplicação das provas finais. Já o app Sala de Aula transforma o dispositivo num verdadeiro assistente de ensino. O educador pode observar a tela de todos os iPads da turma para conferir se os alunos estão focados na
atividade proposta. Caso seja necessário diminuir eventuais distrações, é possível desativar o áudio ou direcionar todo mundo para um site, livro ou app específico. No mais, o Sala de Aula facilita o compartilhamento de arquivos e a projeção de trabalhos na tela grande da Apple TV. Outro app indispensável para o gerenciamento das atividades é o Projeto Escolar. Com ele, o professor distribui as tarefas e as organiza por data de entrega. Lembretes automáticos reforçam aos estudantes quais exercícios devem ser feitos ou quando será o próximo exame do trimestre.
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Com o recurso de progresso do aluno, também fica mais simples monitorar o quanto cada jovem avançou nas lições. Se alguém apresenta mais dificuldade, em comparação ao restante do grupo, o educador pode oferecer materiais de reforço. Por sua vez, quem demonstre um desempenho acima
da média pode ser estimulado com um conteúdo mais desafiador. O professor consegue identificar os pontos fora da curva com precisão, de modo que conheça melhor as necessidades individuais e possa atendê-las com qualidade. Para completar, os pais têm acesso ao histórico dos filhos.
Segurança acima de tudo Apesar dos registros tão minuciosos da rotina escolar dos educandos, não é preciso se preocupar com o mau uso dessas informações. A Apple valoriza a privacidade de todos os clientes, principalmente das crianças. Por isso, os produtos comercializados a escolas mantêm os dados pessoais dos usuários em segurança. A empresa não vende nem compartilha esse tipo de conteúdo para fins de publicidade ou marketing. Inclusive, é signatária do Student Privacy Pledge,
um compromisso internacional, firmado por companhias de tecnologia, para salvaguardar a vida particular dos estudantes. Portanto, implementar a plataforma Apple em sua escola significa garantir que os eletrônicos sejam usados somente para fins pedagógicos. A configuração dos dispositivos é simples – eas aplicações, praticamente infinitas. Com as soluções da Maçã, a tecnologia pode transformar para melhor a vida de professores e estudantes.
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RADAR
Volta ao mundo em 13 escolas
Tendo o Brasil como ponto de partida, uma expedição por nove países em cinco continentes traz à luz diferentes experiências educacionais em 13 espaços de aprendizagem ao redor do mundo. Nascido de um sonho compartilhado pelo Coletivo Educ-ação, o projeto, seus achados e provocações são compartilhados no livro “Volta ao mundo em 13 escolas”, que pode ser baixado de graça na internet (use o QR code desta página). Em busca de histórias inspiradoras comNossa novos olhares para a jornada
educação contemporânea, André Gravatá, Camila Piza, Carla Mayumi e Eduardo Shimahara visitaram cada um dos espaços apresentados na obra, sendo quatro no Brasil, dois nos EUA e os demais na Argentina, Inglaterra, Espanha, Suécia, África do Sul, Índia e Indonésia. Conforme os autores, trata-se de iniciativas que estão ajudando a reinventar a educação e, gradativamente, colocando no centro das discussões valores como autonomia, cooperação e felicidade.
13 espaços de aprendizagem / 9 países / mais de 300 conversas Suécia
Estados Unidos North Star Um centro de aprendizagem autodirecionada para potencializar processos de desescolarização Quest to Learn Uma escola para crianças construírem e imergirem em jogos e sistemas on-line e off-line
Schumacher College Uma faculdade para aprender sustentabilidade por meio da experiência
Youth Initiative Program (YIP) Um curso para jovens encontrarem suas paixões e explorarem o tema do empreendedorismo social
Índia Riverside School Uma escola para crianças e jovens se tornarem a mudança que querem ver no mundo
Espanha Team Academy Um curso para aprender e desaprender empreendedorismo na prática, com clientes reais e projetos realizados mundo afora
Indonésia Green School Uma escola para entender a sustentabilidade com os cinco sentidos
Brasil Centro Popular de Cultura e Aprendizagem (CPCD) Uma organização de aprendizagem para comunidades descobrirem o seu poder Amorim Lima Uma escola pública para jovens e pais conquistarem autonomia Politeia Uma escola para crianças investigarem temas que as interessam e praticarem a democracia Centro Integrado de Educação para Jovens e Adultos (CIEJA) do Campo Limpo Uma escola para jovens e adultos reaprenderem a sonhar
Uma escola para jovens e adultos
Fotos: divulgação/Food For All
Inglaterra
África do Sul Sustainability Institute Um instituto e ecovila que busca a transdisciplinaridade na teoria e na prática
Argentina Escuelas Experimentales Uma rede de escolas públicas para crianças e jovens aprenderem a importância do ato de compartilhar, da arte e do silêncio
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Expedição educacional compartilhada em livro Pedagogia
Como levar inovação para a sala de aula Antes vista como um diferencial (ou, pelos mais acomodados, até como modismo), a inovação no ambiente educacional já virou necessidade básica. Afinal, com o avanço das tecnologias e as constantes mudanças na sociedade, o processo de aprendizagem precisa ser cada vez mais personalizado – e readequado – a fim de que cumpra seus objetivos. Cada vez mais rápida, a revolução tecnológica pode facilmente ultrapassar o desenvolvimento das estratégias educativas. O clássico regime de aulas expositivas agora dá lugar às metodologias ativas, que põem o aluno como protagonista da aprendizagem e desenvolvem competências de forma criativa e reflexiva para a resolução de problemas. Em “Sala de aula inovadora” (Editora Penso, 144 páginas), Fausto Camargo e Thuinie Daros mostram como renovar o espaço de aprendizagem. São descritas mais de 40 estratégias, destinadas tanto à educação básica quanto ao ensino superior, para colocar as mudanças em prática. Os autores organizam essas estratégias de modo simples e direto, permitindo sua aplicação imediata a partir de diversos métodos e recursos práticos destinados à inovação. iPlace Educacional
Divulgação/Happy
Para refletir sobre os códigos sociais Se você ainda não assistiu ao longa “Capitão Fantástico” (2016), fica a dica. No drama protagonizado por Viggo Mortensen (indicado ao Oscar pelo papel), o pai de família Ben devota-se a transformar seus seis filhos em adultos extraordinários. Isolada nas profundezas de uma floresta, a família Cash vive rotina bastante peculiar. Ben cita George Eliot, Dostoiévski e
Karl Marx para ensinar aos filhos valores que considera essenciais, paralelamente a técnicas de defesa pessoal, escalada e outras atividades físicas. Porém, após uma tragédia, o clã precisa deixar seu paraíso idealizado e começar uma viagem ao mundo exterior. Uma aventura que desafiará suas ideias sobre família e coletividade, forçando a relativizar todos os códigos.
Braille Bricks: encaixando diferenças Criados pela agência de comunicação brasileira Lew’Lara\TBWA, os Braille Bricks são blocos de montar voltados à alfabetização e inclusão de crianças com deficiência visual. O brinquedo pedagógico consiste em peças de Lego adaptadas para o ensino de braile – sistema de escrita tátil mundialmente utilizado por pessoas cegas ou de baixa visão. De um lado, os blocos de montar possuem pinos em relevo que correspondem a determinada letra do alfabeto em braile. Do outro, a mesma letra é pintada em alfabeto regular, facilitando assim a interação com crianças visuais – e, obviamente, o aprendizado mútuo. Diferente das tradicionais (e, por vezes, intimidadoras) máquinas de escrever em braile, os blocos garantem ludicidade ao aprendizado, derrubando barreiras. Após algumas idas e vindas, o projeto brasileiro finalmente ganhou a atenção da própria Lego, que poderá lançar o brinquedo oficialmente.
©iStock.com/Liderina
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“A TECNOLOGIA PREPARA PARA UM FUTURO QUE NÃO SE SABE QUAL É”
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ENTREVISTA
MARCELO MILANI
Tecnologia com propósito para acelerar a curva de aprendizado dos alunos A tecnologia faz parte do cenário social e, portanto, deve ser compreendida desde o contexto escolar. É com esse pensamento que Marcelo Milani atua como coordenador de tecnologias educacionais no Colégio Humboldt, em São Paulo. Com aulas em Português e Alemão, o educandário desenvolve projetos interdisciplinares nos quais os dispositivos eletrônicos são um meio para potencializar o aprendizado. Um dos melhores exemplos disso é o Poemas e Aquarelas, que envolve estudantes do sétimo ano e culmina na produção de um livro digital por meio do iBooksAuthor, da Apple. Nesta entrevista, Milani fala sobre como as iniciativas colaboram para desenvolver certas competências nos alunos. Trata-se de um conhecimento necessário para o futuro – ainda que não se saiba, exatamente, o que este futuro nos reserva.
Você é coordenador de tecnologias educacionais no Colégio Humboldt. Conte-nos um pouco sobre sua trajetória profissional. Eu sou um coordenador pedagógico. Minha formação é em Comunicação Social e em História, com especialização em Gestão Educacional. Estou há quase 20 anos dentro de escola e, há uns três, ocupei esse cargo de coordenador de tecnologias educacionais. Também fui consultor de algumas startups. Passei a acompanhar a implantação de várias soluções digitais em escolas. São todas ferramentas relativamente novas, pois as startups mais antigas do mundo digital têm cinco anos, enquanto a noção de trabalhar tecnologia em escola já existe há mais tempo. Já se fala de tecnologia educacional desde a década de 1960. É algo bem
anterior aos laboratórios de informática. A ideia de trazer fundamentos de robótica e de eletrônica não é nova. Isso já se discutia nos anos 1980 aqui no Brasil. Trabalhar programação dentro de escola também não é algo novo. Durante minha vida inteira, sempre utilizei a tecnologia como uma ferramenta de trabalho. Sempre trabalhei com foco em pedagogia de projetos, em metodologias ativas. Quando eu prestava consultoria para o Humboldt e estava expandindo minha rede de contato, eles acabaram me conhecendo e comentaram que tinham interesse em construir um núcleo de tecnologia educacional no colégio. Perguntaram-me se eu tinha interesse em assumir essa área. Iniciamos uma conversa e, no ano seguinte, comecei a trabalhar com eles. Entrei e fiz um mapeamento do que o colégio precisava. >>
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“Quando se fala de pedagogia ativa, é essencial que se pense numa pedagogia de projetos” Na sua opinião, qual é o papel da tecnologia na Educação? É uma pergunta difícil. Se você a fizer para dez pessoas, provavelmente cada uma terá uma percepção ligeiramente pessoal. Na minha opinião, o papel da tecnologia na escola é, em primeiro lugar, potencializar o desenvolvimento cognitivo e socioemocional. Uma boa tecnologia, hoje, é aquela que ajuda a desenvolver uma série de outras questões. Por exemplo, ensinar programação é importante porque ensina a enxergar o mundo de uma maneira diferente, a pensar de uma maneira diferente, a conviver com a matemática e as linguagens de uma maneira diferente. Abre-se um canal novo de percepção para o mundo. Essa abertura ao novo é muito importante e a tecnologia é um meio muito poderoso para ampliar essa percepção.
Quando falamos em tecnologia, também precisamos falar de inovação, o que é muito complicado. Geralmente,
Então não seria o caso de simplesmente ensinar a utilizar um software, mas, sim, de desenvolver um pensamento mais global... Exatamente, embora tenhamos percebido que ensinar as questões técnicas é importante. A escola tem a missão de tentar acelerar a curva de aprendizagem. Aquilo que uma criança supostamente aprenderia sozinha em dois anos, de repente ela pode aprender em seis meses. Isso traz uma vantagem significativa para o aluno. Temos que tomar cuidado para contextualizar isso no ambiente escolar, dentro da lógica que acreditamos ser necessária. Ensinar questões técnicas ajuda a eliminar ruídos iniciais. Se estou perdendo tempo para entender como se liga um dispositivo, e alguém aponta para o botão que liga, eu já ganhei alguns minutos. Você não precisa perder tempo para descobrir aquilo. É diferente do tempo que se demora explorando um software por completo, no qual você, por si só, pode ganhar mais do que se alguém indicar fórmulas prontas. Dizer para o aluno “aqui salva”, “aqui imprime” e “aqui muda a fonte” faz com ele ganhe em aprendizado. A função da escola é trazer um significado para tudo isso. Estamos trabalhando na construção de um currículo de mídias, no qual abordamos: Hardware, Software e Redes; Análise, Consciência e Decisão; Estéticas, Narrativas e Programação; Sociedade TecnológicoMidiática e Segurança. Temos percebido que esse último
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A tecnologia também prepara para um futuro que você não necessariamente sabe qual é. Se você trabalha as tecnologias de uma maneira consciente, você começa a entender como as corporações se constituem e como as ferramentas se organizam. Isso dá uma noção de como o mundo se forma e quais rumos as coisas podem tomar.
as grandes inovações – as que deixam marcas – vêm passando despercebidas. Você não tem segurança de que, daqui a cinco anos, determinada inovação vá se cristalizar a ponto de ter um espaço dentro do universo escolar. Todo mundo está de acordo que é impossível prescindir de uma pedagogia de projetos, quando se fala em pedagogia ativa.Com o ensino investigativo é a mesma coisa. Talvez outras metodologias mais inovadoras não tenham corpo para isso. Por outro lado, a inovação tem uma característica muito interessante. Algumas coisas caminham despercebidas até que você percebe que aquilo se fortaleceu. Ou seja, você direcionou o olhar para o lado errado. Talvez fosse só marketing – ou o momento não fosse adequado para aquilo. Certas soluções surgem um pouco antes do tempo. Trabalhar com tecnologia ao longo de 12 anos com um aluno o insere nessa lógica de prestar atenção àquilo que pode ter vindo para ficar, ouàquilo que é passageiro, e o ajuda a tomar decisões.
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aspecto é muito importante. Por exemplo, sabemos que é importante apresentar para a criança o que é um smartphone, mas, daqui a dois anos, talvez a noção de smartphone esteja tão solidificada que deixe de ser um ponto importante a se trabalhar com o aluno. O Zeitgeist já faz com que a criança traga esse background de casa. Isso faz com que mudemos o contexto: a questão, agora, é ensinar a usar o smartphone de uma maneira sustentável, tanto fisicamente quanto de uma maneira organizacional mais profunda. Numa sociedade em que a tecnologia avança tão rapidamente, qual seria o maior desafio dos educadores? Revisar o currículo todo ano, talvez? Eu não diria que rever o currículo todo ano, embora essa leitura seja importante, pois a inovação é um processo constante. Quando atingimos um patamar que julgávamos ser ideal, descobrimos que aquilo já ficou velho. Na minha opinião, o importante é perceber quais são os pilares que demoram mais para serem demolidos. Nós sabemos que o pensamento computacional se difere da programação propriamente dita. A linguagem de programação pode mudar, mas o pensamento computacional, a lógica por trás, continuará sendo relevante por muito tempo. Compreender o impacto que o mundo tem sobre a construção desse processo todo é algo importante também. As competências ético-sociais, críticoanalíticas e crítico-filosóficas são mais duráveis, pois são elas que permitem trafegar pelo mundo. Aquilo que
é técnico terá que ser revisto com relativa frequência. O botão que estava num lugar pode mudar para outro, mas a maneira como você reflete a respeito da tecnologia, os passivos sociais que ela gera, os potenciais financeiros, o modelo de mundo que ela constrói, a maneira como esses avanços podem impactar diretamente a construção do modelo de mundo, essas são habilidades mais estruturais. Um dos projetos de destaque do Humboldt se chama Poemas e Aquarelas. Os alunos produzem imagens e textos, em português e alemão, que são compilados num livro. Conte-nos um pouco mais sobre essa iniciativa. Todos os anos, os alunos do sétimo ano viajam a Paraty/ RJ. Eles fazem um estudo da região e, durante um momento dessa viagem, são convidados a produzir as aquarelas e escrever os poemas. Em 2017, nós construímos a primeira versão on-line do livro. Nós adquirimos quatro iMacs para a produção desse material aqui dentro do colégio. Este ano, inserimos uma novidade, que são as músicas digitais. A ideia é a seguinte: o professor de música tem um conjunto de aquarelas e poemas que constituem um capítulo do livro. O que encontramos em comum na atmosfera dessas obras que possa ser traduzido de forma musical? Ele trabalha com os estudantes essa questão. É interessante que esse projetoé totalmente organizado por alunos. Eles se reúnem em oficinas extraclasse, em grupos menores e rotativos – de forma que a maior >>
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parte de alunos possível possa passar por essa experiência – e, dessa maneira, produzem o iBook. Há professores orientadores para evitar que os alunos se percam nos prazos. Fazemos apenas algumas intervenções necessárias para que o projeto ande. Porém, tudo é produzido e coordenado pelos alunos. Como você avalia a contribuição dos dispositivos Apple para o projeto Poemas e Aquarelas? Sem a Apple, o projeto não seria como ele é hoje. Acredito que o viés tecnológico e digital teria se esvaziado. Quando nós pensamos em criar uma versão digital de um livro, logo imaginamos um PDF. Só que perdemos muito em oportunidade. Se compararmos as narrativas de um livro escrito, impresso, e as narrativas que podem estar num livro digital, a experiência muda completamente. Lembra-se de quando houve aquela onda de que todas as empresas precisavam fazer um CD-ROM multimídia? Aquilo construiu um momento da propaganda. O livro digital, hoje, traz essa possibilidade para a dimensão escolar, sendo trabalhada por alunos. No ano que vem, pretendemos trabalhar com mais intensidade o vídeo. Queremos que o vídeo seja integralmente produzido pelos alunos. Só que estamos dando um passo por vez. Em 2018, introduzimos a música. Nós acreditamos na variedade. Os trabalhos com o iMac também vêm nesse viés de diferenciação. Temos usado os equipamentos da Apple em diversas situações. Existem projetos nos quais
Como os educadores são preparados para utilizar a tecnologia em sala de aula? O colégio tem um centro de formação de professores. Temos um foco intenso em quatro aspectos: inclusão, tecnologia, metodologias ativas e habilidades socioemocionais. Este foi o ano do pilar socioemocional. Só que, para trabalhar isso, a tecnologia é uma ferramenta muito importante. Retomo o exemplo do Poemas e Aquarelas. Quando eu digo que os alunos são os atores do processo, a ponto de coordenarem uns aos outros, eu tenho que explorar a dimensão socioemocional de uma maneira muito diferente daquela com que a escola estava habituada. Eu devo garantir que os alunos tenham qualidade de trabalho eempatia, que não deixem ninguém para trás, que entendam que há um amigo de inclusão com uma necessidade especial que precisa ser atendida. Num dos momentos da formação, no ano passado, optamos por colocar professores e alunos na mesma oficina. Isso foi bacana porque deixamos todos >>
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“No Humboldt, temos um foco intenso em quatro aspectos: inclusão, tecnologia, metodologias ativas e habilidades socioemocionais”
os alunos editam vídeos que ficam praticamente profissionais. A gente sabe que isso se dá em face da solução da Apple. Eu trabalhei com propaganda durante muito tempo, e os dispositivos da Apple sempre foram superiores para isso. Nós sabemos que, com arte e música digital, a solução está na Apple. Procurar outras soluções seria reinventar a roda. À medida que tivermos mais condições de ampliar o foco de projetos como o Poemas e Aquarelas, você pode ter certeza que será com soluções da Apple.
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mais ou menos no mesmo nível. Para alguns professores, foi importante para mostrar que havia algo a aprender com a criança. Para os alunos, mostrávamos que seu papel era importante, pois eles dividiam responsabilidades com os professores. E a maioria dos nossos professores é bastante proativa, então não enfrentamos muita dificuldade com o uso da tecnologia em si, do ponto de vista técnico. O que a tecnologia não substitui? A tecnologia, na minha opinião, ainda não substitui o contato humano. A mediação ainda precisa de interfaces humanas em alguns momentos. Sozinhos, os alunos não se desenvolvem tão bem como quando têm o acompanhamento de uma pessoa. Seu filho pode se desenvolver sozinho, mas, se ele tiver alguém ajudando, ele vai se desenvolver ainda melhor. Isso é o que a gente observa. Mesmo um aluno muito bom, que tenha uma alta capacidade metacognitiva de refletir sobre o próprio aprendizado, terá um ganho muito maior se for tutelado. São questões como aatenção, o contato humano, saber que ele precisa se reportar a uma pessoa e que, em algum momento, ele precisa do contato com o outro. Ele não vai poder se esconder. Ele não vai poder simplesmente desligar o computador quando as coisas ficarem fora do controle. Ele terá que aprender a lidar com a situação.
Qualquer escola que exista hoje não pode se afastar da tecnologia como parte do cenário social. A tecnologia é um ator, é quase uma entidade que altera os rumos das decisões e das trilhas que as pessoas desenvolvem ao longo da vida. As fakenews, por exemplo, estão ligadas à tecnologia. Entender como se produz informação, como se produz um vídeo ou uma música e qual o impacto que essa produção tem na percepção do outro... Tudo isso é muito importante, de forma que qualquer escola deva, de fato, se apoiar nisso. Eu diria que são premissas indispensáveis. Alguma mensagem final para nossos leitores? Sempre que você trabalhar com tecnologia, deve ter em mente qual é o objetivo. O que você pretende desenvolver com o aluno? Que tipo de aluno você tem hoje e que habilidades você espera desenvolver nele ao final do projeto? Especialmente, como medir isso, ou seja, como avaliar o desenvolvimento de um projeto? Um uso de tecnologia pressupõe, muitas vezes, uma mudança de metodologia, e a mudança na metodologia pressupõe uma mudança no modelo de avaliação. É sempre importante pensar dentro desses pilares: a ferramenta, a metodologia e a avaliação que se faz em cima de determinado conteúdo ou de determinada competência que se deseje desenvolver com os alunos.
Tenho um amigo que diz: “a tecnologia não vai substituir o professor, mas o professor que usa a tecnologia vai substituir o que não usa”. O Humboldt é um colégio particular, de educação bilíngue e com características específicas. Você acha que projetos similares poderiam ser aplicados em outros contextos escolares?
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Tenho certeza absoluta disso. Muito do projeto de tecnologia do Humboldt, de fato, potencializa o ensino bilíngue, mas isso não significa que ele não potencializaria outros modelos de ensino. Claro que colhemos parte dos benefícios no projeto bilíngue. Quando os alunos do Ensino Fundamental geram um livro numa plataforma on-line, isso desenvolve suas habilidades linguísticas. Não houvesse o plano bilíngue, a atividade desenvolveria as habilidades de Língua Portuguesa, o que não seria menos importante. Então, não tenho a menor dúvida de que isso [o projeto de tecnologia] não é endêmico ao Humboldt ou a qualquer escola bilíngue.
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CASES
Avenues São Paulo
Tecnologia para ampliar possibilidades de aprendizagem e valorizar o aluno Com a proposta de criar um sistema de escolas globais a partir de métodos únicos, a Avenues World School é uma comunidade de aprendizagem altamente integrada, conectada e fundamentada por uma visão comum. Com um currículo compartilhado, é focada no desenvolvimento profissional coletivo e nos benefícios da tecnologia contemporânea. Sua primeira unidade foi inaugurada em Manhattan, Nova Iorque, em 2012. No Brasil, a capital paulista foi a escolhida para receber o segundo campus da instituição de ensino. Aberta no dia 20 de agosto de 2018, a Avenues São Paulo possui mais de 700 alunos e, desde os seus primeiros dias, atua com o apoio da iPlace Educacional.
Conforme Lia, os grandes diferenciais oferecidos pelas soluções da iPlace Educacional são a facilidade de uso e confiabilidade dos recursos. “O risco de exposição para professores e alunos é muito menor num parque tecnológico Apple, e a possibilidade de criação e colaboração com os recursos da marca é muito ampliada”, garante a diretora de tecnologia. Apesar de recém iniciado o trabalho, Lia destaca que o retorno até então está sendo muito positivo. “Os pais reconhecem o investimento feito em oferecer a melhor ferramenta disponível a seus filhos, embora se preocupem com a exposição à tecnologia digital. Já os alunos sentem-se valorizados por poder contar com a proposta 1:1”, avalia.
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Divulgação/Escola Crescimento
De acordo com a diretora de tecnologia da Avenues, Lia Karina Muschellack, é essencial que a tecnologia, quando voltada à educação, amplie de maneira significativa as possibilidades de aprendizagem. Por isso, ao começar seu trabalho na instituição de ensino, todos os
professores recebem um MacBook e um iPad. Por sua vez, os estudantes também são contemplados. Do Kindergarten ao 5º ano, cada aluno conta com um iPad, enquanto os do 6º ao 10º ano utilizam o MacBook. Além disso, todas as salas da Avenues são equipadas com um MacMini conectado ao projetor.
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Divulgação/Colégio Pueri Domus
Pueri Domus
Agilidade e repertório das ferramentas educacionais da Apple são diferencial Primeira escola brasileira a trabalhar com o International Baccalaureate – programa para alunos que desejam realizar o Ensino Superior fora do Brasil – o Pueri Domus soma 50 anos de atuação. Membro do Grupo SEB, o colégio possui quatro unidades (Itaim Bibi, Aclimação, Aldeia da Serra e Verbo Divino), atendendo da Educação Infantil ao Ensino Médio. Em 2016, a instituição passou a integrar o Apple Distinguished Program e, para 2019, está pleiteando a elevação do selo para Apple Distinguished School. “Conseguimos participar desse processo principalmente em função de trabalharmos com um iPad por aluno desde 2015”, destaca o coordenador de Tecnologia Educacional, Eduardo Pessonia Molina Cortez. Além dos equipamentos e aplicativos particulares do ecossistema Apple, neste ano o colégio incorporou ao seu currículo a disciplina de “Coding” (programação), ministrada em inglês. A partir de sua experiência com a proposta Everyone Can
Code (veja mais na página 10), em 2019 também incluirá o programa Everyone Can Create. “Os dispositivos Apple atendem às nossas demandas com perfeição, garantindo agilidade na utilização e um grande repertório de ferramentas” assegura Cortez. Segundo ele, assim é possível trabalhar com diferentes faixas etárias, gerando situações de ensino e aprendizagem capazes de abordar as diferentes perspectivas dentro da programação – lógica de programação, estrutura de código, diferentes linguagens de programação (possibilitadas pelo software Xcode) e desenvolvimento de aplicativos. Segundo Cortez, depois de escolher a melhor solução para as demandas da escola, é importante planejar de forma cuidadosa e observar o tempo necessário à incorporação da tecnologia educacional. “Nesse aspecto, inclusive, o processo de obtenção e renovação dos selos Apple nos ajudam a caminhar, direcionando-nos para esse potencial pleno de utilização dos dispositivos”, garante ele.
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Colégio Friburgo
iPad: transformando a experiência de ensino com uma abordagem integrada Fundado em 1958 na cidade de São Paulo, o Colégio Friburgo tem hoje mais de 700 alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio. Ao longo de sua história, fundiu-se com a Escola Planalto, incorporou o Instituto Educacional Jean Piaget, mantenedor da Escola de Educação Infantil Casinha Pequenina, e inaugurou a escola bilíngue Maple Bear. Para além da estrutura física diferenciada, a instituição de ensino baseia seus valores na responsabilidade e inclusão social, preservação do ambiente e formação integral dos estudantes.
meio de um contrato de sistema de ensino, obtendo um lote de 100 dispositivos. No entanto, eles acabaram tendo uso restrito até 2017. “Já no semestre passado, começamos nosso trabalho com a empresa Sejunta, e o primeiro passo foi a capacitação de nossa equipe pedagógica para iniciar o projeto que dará vida a esses equipamentos”, comemora Hélida. Durante a formação, a equipe está aprendendo a trabalhar o pensamento computacional dos estudantes e, assim, garantir o devido significado do uso das tecnologias.
Acompanhando as tendências de mercado, o colégio também está investindo em tecnologia e inovação. “É muito importante que os alunos aprendam a empregar as soluções tecnológicas de forma a agregar conhecimento e prazer nos estudos”, garante a diretora pedagógica do Ensino Fundamental I, Hélida Pereira do Rêgo Felgueiras. Com esse objetivo, o colégio passou a contar com a parceria da iPlace Educacional para capacitar seus professores e, assim, dar o melhor uso a ferramentas que já estavam disponíveis, porém ociosas, em sua estrutura.
A partir da especialização e da multiplicação do conhecimento entre os professores, o colégio já começa a empregar o iPad no programa Everyone Can Code. “Trabalhar com o pensamento computacional oferece ao aluno oportunidade de pensar o processo como um todo e constatar que, para cada ação, há uma reação. Também oportuniza que a criança crie estratégias, pense e reflita sobre o seu fazer – ou seja, trabalhe até mesmo com a metacognição”, explica Hélida. Dessa forma, além de dar uso a ferramentas preexistentes, o colégio pode agregar inovação e buscar melhores resultados no aprendizado.
Assim como ocorre em diversas instituições do país, o colégio tomou contato com o iPad por
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OPINIÃO
Ensinar o futuro é tão importante quanto ensinar a história Rosa Alegria
O futuro começou a ser explorado cientificamente a partir dos anos 50. Antes disso, pensar no futuro era entregar-se ao destino. Com a aceleração das mudanças, o pensamento prospectivo (leia-se o pensamento que prospecta as mudanças) passou a ser atividade estratégica na construção de novos modelos de sociedade, governos e organizações. Essa é a base da atividade dos futuristas que aplicam o Foresight (nomenclatura que nasceu nos EUA) ou a Prospectiva (nomenclatura que nasceu na Europa) em processos de mudança em governos, sociedades e empresas. Mas a Educação ainda tem se pautado no passado, com as aulas de História e exames que exigem dos alunos a memorização de infinitas datas. Será que, decorando datas e olhando apenas para o passado, esses jovens estarão preparados para o novo mundo? Aprendem a história, mas não aprendem a pensar no que virá, nem a imaginar que vida querem viver. São educados para acreditar que o futuro é prédeterminado – e que, dependendo de seu empenho, irão alcançar o que sonham. De acordo com o futurista Peter Bishop, essa é uma versão incompleta da realidade. Trata-se do futuro esperado. E os futuros inesperados? E as surpresas no meio do caminho? O futuro não é singular. Ele é múltiplo, cheio de alternativas. As incertezas são crescentes nessa era de transição, e não há como garantir resultados claros, tampouco definir certezas. A realidade é incerta – mas não está no currículo escolar, que ensina somente presumíveis certezas, sem levar em conta a necessidade de compreendermos as incertezas e anteciparmos as mudanças.
Pensando nesse déficit no imaginário escolar, Peter Bishop – que há quatro anos se aposentou como professor de Estudos do Futuro na Universidade de Houston – criou a plataforma TTF Teach the Future. Tratase de um apoio metodológico disponível a professores do ensino fundamental na aplicação do futurismo em todo o currículo escolar. Equipes técnicas organizadas em vários países do mundo, entre eles, Brasil, México, Holanda, Índia, Austrália, Taiwan e outros, oferecem cursos de capacitação que envolvem diretores, professores e alunos do Ensino Fundamental. Os desafios que aí estão – e a revolução 4.0, que já começou – requerem profissionais sintonizados com os novos tempos. É preciso que a Educação responda a esse déficit temporal e transcenda o passado. Através de vínculos sistematizados com o futuro é que cada uma das futuras lideranças que hoje estão nas escolas poderão se preparar para as mudanças emergentes. Necessitam aprender que o futuro não é apenas para ser previsto ou consumido nas produções do cinema. O futuro está aberto a partir do potencial humano em sua capacidade de imaginar e criar novas realidades. Não há território mais fértil para desvendar o novo do que a imaginação humana, a qual tem sido muito pouco explorada nas escolas tradicionais. Existem dois tipos de mudança: a que nos acontece e a que fazemos acontecer. Esse é o propósito de quem, como eu, trabalha para a plataforma TTF Teach the Future. Preparar as novas gerações a fazer a mudança acontecer. Rosa Alegria é futurista profissional, Mestre em Estudos do Futuro pela Universidade de Houston (EUA) e responsável pela plataforma TTF Teach The Future – Brasil.
PANORAMA
O CELULAR NA EDUCAÇÃO BÁSICA Se houve um tempo em que ele era proibido em sala de aula, alunos e professores já nem se lembram. Com as O CELULAR NA EDUCAÇÃO BÁSICA possibilidades adicionadas pela tecnologia e pela internet, o celular passou de simples aparelho de comunicação a um
importante instrumento É oem que mostra a pesquisa Educação realizada pelo Centro Se houve um tempo emde queaprendizagem. ele era proibido sala de aula, alunos eTIC professores já2017, nem se lembram. Com as de Estudos sobre adicionadas as Tecnologias datecnologia Informação e da internet, Comunicação (Cetic). O documento reuniu dados sobre a utilização possibilidades pela e pela o celular passou de simples aparelho de comunicação a umda internet e deinstrumento celulares em de aula em escolas particulares, em áreas rurais urbanaspelo de todo o Brasil. importante desala aprendizagem. É o que públicas mostra a epesquisa TIC Educação 2017,erealizada Centro de Os dados foram coletados em turmas de 5º e 9º eano ensino fundamental do 2º ano doreuniu ensino médio. Estudos sobre as Tecnologias da Informação dado Comunicação (Cetic). Oe documento dados sobre a utilização da internet e de celulares em sala de aula em escolas públicas e particulares, em áreas rurais e urbanas de todo o Brasil. Os dados foram coletados em turmas de 5º e 9º ano do ensino fundamental e do 2º ano do ensino médio.
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97% 97% 18% 18%
54% 54%
dos alunos brasileiros de escolas públicas e privadas das regiões urbanas acessam a internet pelo celular. de dos alunos brasileiros escolas públicas e privadas das regiões urbanas acessam a internet pelo celular. dos estudantes das escolas urbanas têm acesso à rede exclusivamente pelo smartphone. Nasdas escolas dos estudantes escolas públicas,têm esse índiceàérede de urbanas acesso 22%, enquanto nas exclusivamente pelo particulares, smartphone. de Nas2%. escolas públicas, esse índice é de 22%, enquanto nas particulares, 2%. dos alunos jáde utilizaram o celular para atividades escolares a pedido dos professores. dos alunos já utilizaram o celular para atividades escolares a pedido dos professores.
ENTRE OS PROFESSORES ENTRE OS utilizaram o celular para PROFESSORES 56% desenvolver atividades
56% 69% 69% 53%
com os alunos em 2017. utilizaram o celular para desenvolver é o índice nasatividades escolas com os alunos em 2017. particulares. é o índice nas escolas é o percentual relacionado aos particulares. docentes de escolas públicas.
53% NAS ESCOLAS RURAIS
é o percentual relacionado aos docentes de escolas públicas.
NAS ESCOLAS RURAIS atividades administrativas, seja para acessar 48% dos profissionais usam celulares em
48% 42% 42%
programas de gestão ou se comunicar com a Secretaria de Educação local. dos profissionais usam celulares em atividades administrativas, seja para acessar programas de gestão ou se dos aparelhos utilizados sãocomunicar pessoais ecom nãoa Secretaria Educação local. custeados de pelas escolas. dos aparelhos utilizados são pessoais e não custeados pelas escolas.
ENQUANTO ISSO, NOS LABORATÓRIOS... Outra questão demonstrada pela TIC Educação é o progressivo recuo
ENQUANTO ISSO, NOS LABORATÓRIOS... do acesso à internet nos laboratórios de informática, espaços que antes
serviam como entrada para apela inclusão digital naséescolas. De 76%, em Outra questão demonstrada TIC Educação o progressivo recuo 2015, o índice de usonos desses ambientes caiu para 65% em 2017. na do acesso à internet laboratórios de informática, espaços queJá antes sala de aula, o uso da internet avançoudigital de 43% 50% no serviam como entrada para a inclusão naspara escolas. Demesmo 76%, em período. Os dados mostram de novas práticas e 2015, o índice de uso dessesindícios ambientes caiu para 65%pedagógicas em 2017. Já na comprovam uma apropriação da cultura digital na sala de aula. Ou seja, sala de aula, o uso da internet avançou de 43% para 50% no mesmo aos poucos, o Brasilmostram está deixando educação expositiva e dando lugar período. Os dados indíciosa de novas práticas pedagógicas e à educação compartilhada. comprovam uma apropriação da cultura digital na sala de aula. Ou seja, aos poucos, o Brasil está deixando a educação expositiva e dando lugar à educação compartilhada.
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