Revista R - Ed. 02

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ANO 1 | EDIÇÃO 2

VITAL

A CIÊNCIA POR TRÁS DE UM SORRISO EMBARQUE

UM PEDAÇO DO CÉU NOS ALPES SUÍÇOS TRIGÊMEOS

MÃE CRIA BLOG PARA DIVIDIR EXPERIÊNCIAS

LONGEVIDADE

Expedição desvenda os segredos da vida longa

BEM-ESTAR · CINEMA · MÚSICA · LITERATURA · OBJETOS DE DESEJO




CONTEÚDO

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EM BUSCA DA LONGEVIDADE Nick Buettner explica as “zonas azuis”

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ANIMAÇÃO NO CENTRO CLÍNICO Ação especial celebrou os 10 anos do polo

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A CIÊNCIA DO SORRISO O que ele diz sobre você

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SALMÃO FÁCIL E SABOROSO Receita saudável e simples de fazer

OS TRIGÊMEOS DA MICHELE Ela queria mais um filho. Vieram três

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OBJETOS DE DESEJO Produtos para vários estilos de vida

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PARAÍSO NOS ALPES SUÍÇOS Os encantos da região do Jungfrau

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MUDAR PARA REVIGORAR Unidade visual dá o tom no apê


“A vida, se bem preenchida, torna-se longa.” (Leonardo Da Vinci)

ABERTURA O elo perdido da longevidade

PRESCRIÇÃO Pílulas de cultura para fortalecer a mente

VITAL Saúde, equilíbrio e boa informação

CIÊNCIA Para quem quer saber mais

CÉREBRO Entre neurônios e pensamentos

PAUSA O cotidiano sob a óptica de Roseli Santos

CRESCER Conteúdo para pais e mães

GUIA DO CENTRO CLÍNICO Profissionais, serviços e conveniências

SENSORIAL Arte para sentir

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EXPEDIENTE: Projeto editorial: Papa Branded Content Diretor de conteúdo: Douglas Backes Diretora executiva: Nathália H. Luvizon Jornalista responsável: Alvaro Bourscheidt Diretora de arte: Anelise van der Laan Diretor de criação: Rui Rehling Impressão: Gráfica Editora Pallotti Tiragem: 4.000 exemplares Circulação: setembro/2014 Foto da capa: ©iStock.com/HPH Image Library CENTRO CLÍNICO REGINA Síndico: Paulo R. Luvizon Vice-síndica: Fátima H. Maldaner Sertório Coordenação administrativa: Gisele de Abreu Conselho consultivo: Anderson Kieling, Inês Solange Mosmann, Juarez Dieter, Luciano Strelow, Ir. Ivoni Francisca Ferreira dos Passos e Ir. Simone Müller (Associação Congregação de Santa Catarina) Fale conosco: RevistaR@papa.ppg.br Curta a página: facebook.com/LeiaRevistaR Revista R é uma publicação trimestral da Papa Branded Content, em parceria com o Centro Clínico Regina. Distribuição gratuita. A reprodução de conteúdo poderá ser permitida mediante autorização por escrito. Artigos assinados expressam, exclusivamente, a opinião de seus autores. Todas as informações contidas na presente revista estão sujeitas a alteração sem prévio aviso. As únicas garantias para produtos e serviços mencionados são as estabelecidas nos termos oficiais que os acompanham. Não obstante os cuidados para prover conteúdo atualizado e de alta qualidade, a Papa Branded Content, o Centro Clínico Regina e seus parceiros não poderão ser responsabilizados por eventuais omissões ou imprecisões nesta publicação, dado seu caráter meramente informativo. Nomes ou símbolos de empresas contidos na revista, bem como de seus produtos e serviços, podem ser marcas registradas ou comerciais de seus respectivos detentores. Todas as imagens publicadas têm caráter estritamente ilustrativo.

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EDITORIAL ABERTURA

©iStock.com-Jerry Downs Photography

O ELO PERDIDO DA LONGEVIDADE Por PAULO R. LUVIZON*

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iver mais - e, principalmente, melhor - costuma ser um dos desejos de qualquer mortal. Com o avanço da medicina e o aprimoramento de inúmeras condições favoráveis ao seu desenvolvimento, incluindo mais segurança e conveniências mil, o ser humano conseguiu alongar significativamente sua expectativa de vida. O problema é que muitas dessas novidades evolutivas, desde a forma como organizamos a sociedade até o estilo de vida pós-moderno, começaram a jogar contra a longevidade. O estresse crônico, a sensação de angústia que tantas vezes leva à depressão... são incontáveis as mazelas do nosso tempo. Mas, na contramão desta evolução esquisita, em que o tempo parece escorrer entre nossos dedos (quando se vê, já são seis da tarde e, logo em seguida, acabou-se o mês!), algumas comunidades – sem contato entre si e espalhadas em diferentes partes do globo – atingem números espetaculares no que diz respeito à longevidade. São as chamadas “zonas azuis”, alvo de estudo dos irmãos Dan e Nick Buettner, que viajam o planeta em busca das regiões com maior expectativa de vida. Nick, o entrevistado da Revista R nesta segunda edição, é uma espécie de Indiana Jones da vida longa, um explorador com espírito aventureiro e sempre sedento por resolver os enigmas da longevidade. Ao lado do irmão, ele conseguiu identificar nove pontos em comum entre os diferentes grupos descobertos ao redor do mundo. Agora, a dupla quer adaptar essas lições às comunidades urbanas, proporcionando uma vida mais feliz e prolongada para quem vive nas cidades. O elo perdido da longevidade, enfim, pode estar sendo recuperado... Boa leitura para você! E vida longa para todos nós. * Síndico do Centro Clínico Regina

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PRESCRIÇÃO

Para alguns, trata-se de um grande desafio. Para outros, algo bem mais leve. A verdade é que estamos constantemente em busca da melhor versão de nós mesmos. Mas como podemos ter a vida plena, criativa e dinâmica que desejamos? No livro “As cinco virtudes essenciais”, Bob Deutsch apresenta suas descobertas em trinta anos de pesquisa sobre o tema. Para o autor, que assina a obra em parceria com Lou Aronica, todos temos cinco recursos inatos – curiosidade, abertura, sentidos, paradoxo e história pessoal – que, quando utilizados da maneira ideal, podem levar a extraordinários níveis de realização. São virtudes fundamentais na busca pela felicidade e que podem fornecer pistas importantes sobre a verdadeira essência de cada um. Recheado de histórias fascinantes, o livro é narrado com graça, compaixão e uma profunda compreensão do que significa ser humano.

AS CINCO VIRTUDES ESSENCIAIS

Divulgação/Cia das Letras

Bob Deutsch e Lou Aronica

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Companhia das Letras, 232 páginas

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GÊNIO SEM ESTILO ESSA CARA NÃO ME É ESTRANHA E OUTROS POEMAS Millôr Fernandes Companhia das Letras, 192 páginas

Millôr Fernandes sempre fez questão de se definir, não sem ironia, como um “escritor sem estilo”. Durante mais de seis décadas de produção intensa, transitou pelos mais diferentes tipos de linguagem, do cartum à dramaturgia, e, ao se dedicar à poesia, manteve a abordagem iconoclasta, sem se preocupar com a busca por unidade temática nem se prender a formas fixas. Os textos reunidos em “Essa cara não me é estranha e outros poemas” são exercícios livres de criatividade, que – com um olhar atento, inteligente e bem-humorado – se debruçam sobre os mais variados assuntos: literatura, tecnologia, convenções sociais, política, pequenos dramas cotidianos, filosofia, cultura e até gatos. Com uma linguagem poética leve e sedutora, Millôr faz em versos aquilo que o notabilizou na imprensa, nas artes visuais e no teatro: expressar através do humor seu pensamento original e surpreendente – ou expressar um pensamento original e surpreendente como quem faz humor.

Divulgação/Cia das Letras

QUEM É VOCÊ?


ÁLBUM DE ESTREIA

Divulgação/Felipe Gaieski

Os fãs já podem garantir uma cópia autografada do primeiro CD da banda porto-alegrense Melody, que tem lançamento previsto para o comecinho de 2015. Com o sucesso na web (só no Youtube, são mais de 15 mil seguidores), as carismáticas vocalistas Taísi, Maitê e Alina, o guitarrista Guiza Ribeiro, o baixista Bilo e o baterista Cacá Lazzari decidiram apostar no financiamento coletivo para viabilizar seu álbum de estreia. Para contribuir, basta acessar o site kickante.com.br e procurar a campanha #EuToNoCDdaMelody. Doações a partir de R$ 20,00 valem recompensas que vão desde um exemplar autografado do CD até shows particulares.

Veja a Melody interpretando “Lady Marmalade” com a Orquestra Filarmônica da Pucrs

Antes de ganhar projeção nacional no programa Superstar, da Rede Globo, a Melody conquistou prêmios locais, tocou em três edições do Planeta Atlântida e abriu shows de bandas como Skank e Jota Quest, além de emplacar singles no rádio e o videoclipe “Welcome to the party” nos canais MTV e Multishow. As influências do grupo formado em 2010 transitam do pop ao hip hop, passando por dance e black music. http://bandamelody.com.br

AVENTURA ÉPICA

Assista ao trailer

Divulgação/Imagem Filmes

Com título um tanto ambíguo na versão em português, “O físico” conta a história do jovem Rob Cole (Tom Payne), que deixa para trás a Inglaterra do século XI e embarca numa aventura pela exótica Pérsia para se tornar aprendiz do lendário médico, cientista e filósofo Ibn Sina. Em busca de respostas, ele descobre o poder do amor e de antigas tradições da era de ouro do mundo árabe, vendo-se obrigado a se passar por judeu para burlar o veto a estudantes cristãos na escola de Medicina de Avicenna. Inteiramente produzido em inglês, o filme alemão com direção de Philipp Stölzl conta uma história de busca por conhecimento num mundo de superstições e preconceito.

O FÍSICO Estreia em 25 de setembro no Brasil

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VITAL

LONGEVIDADE

A CIÊNCIA DO SORRISO Pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, descobriram que é difícil manter a carranca diante de alguém sorrindo. Segundo eles, sorrir seria evolutivamente contagioso, suprimindo o controle que normalmente temos da musculatura facial. A ciência do sorriso, aliás, é cheia de curiosidades, como as que você confere nesta matéria.

Analisando figurinhas de baseball antigas, pesquisadores da Wayne State University conseguiram relacionar a extensão do sorriso dos jogadores com sua longevidade. Os que não sorriam nas fotos viveram em média 72,9 anos, cerca de oito a menos que os donos de sorrisos largos.

SUCESSÔMETRO Num estudo de 30 anos, pesquisadores da Universidade da Califórnia examinaram sorrisos nas fotos de um anuário da instituição, prevendo com alto índice de acerto quão gratificantes e duradouros seriam os casamentos das pessoas, quão bem pontuariam em testes padronizados de bem-estar e o quão inspiradoras elas seriam para os outros.

CRIANÇAS NO COMANDO Aproximadamente um terço da população mundial sorri mais de vinte vezes por dia, enquanto cerca de 14% sorriem menos de cinco. Quem mais sorri são as crianças, chegando a fazê-lo quatrocentas vezes (!) num único dia.

©iStock.com/Gosphotodesign

COR E SABOR

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Ingrediente corriqueiro nas mais diversas receitas, o tomate é um conhecido inimigo das doenças degenerativas, principalmente devido ao antioxidante licopeno, que favorece as funções imunológica e hepática. De acordo com o nutricionista Bryce Wylde, autor do livro “Antioxidant Prescription” (sem edição em português), os tomates também estão na lista dos alimentos super-heróis por outra boa razão: a prevenção do câncer, sobretudo de próstata. Pesquisas recentes mostraram que a incidência desse mal é significativamente mais baixa em homens que consomem o equivalente

a uma lata de extrato de tomate por dia. E o licopeno ainda auxilia na prevenção dos cânceres de pulmão, cólon e mama. Segundo Wylde, o aquecimento dos tomates libera mais antioxidantes desejáveis, tornando o molho uma excelente opção, até porque o cozimento reduz o nível de acidez desses frutos. O nutricionista ressalva apenas que pessoas com sensibilidade a vegetais da família das solanáceas precisam ter cuidado com o tomate (além de batata, pimentão, pimenta caiena e berinjela, entre outros), pois esses alimentos podem contribuir para a artrite e outras doenças inflamatórias.


JULGANDO PELA CAPA Além dos inúmeros benefícios para a saúde, o sorriso também ajuda na aparência. Um recente estudo de percepção realizado na Penn State University descobriu que, quando sorrimos, não apenas somos considerados mais simpáticos, como também mais competentes.

DE FORA PARA DENTRO Confirmando afirmações de Charles Darwin, uma pesquisa alemã com imagens da atividade cerebral demonstrou que o feedback da expressão facial modifica o processamento de conteúdo emocional, fazendo com que a pessoa, efetivamente, se sinta melhor quando sorri.

ALEGRIA SEM CALORIAS

©iStock.com/VALUA STUDIO

Pesquisadores britânicos descobriram que um único sorriso pode gerar o mesmo nível de estimulação cerebral que duas mil barras de chocolate. E, em vez de engordar, sorrir reduz os níveis de cortisol e adrenalina (hormônios do stress) e aumenta as taxas de endorfina, com impactos positivos no humor.

©iStock.com/Chaya Wanvaisart

ACEITA UM CAFEZINHO? Você certamente já sabe que o café é capaz de melhorar seus níveis de energia, o humor e outros aspectos da função cerebral. Mas já se perguntou qual a quantidade diária ideal dessa bebida? Segundo estudos, os bebedores moderados de café (considerados aqueles que bebem de duas a quatro xícaras diárias) estão aproximadamente 20% menos propensos

a doenças cardíacas do que as pessoas que bebem outras quantidades. Além disso, os cientistas descobriram que o singelo cafezinho de todo dia ajuda na queima de gordura corporal e na prevenção de doenças como cirrose, diabetes tipo II, Mal de Parkinson, Alzheimer, demência, depressão e até cânceres de pele, fígado e endométrio. E aí? Aceita um cafezinho?

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VITAL

ALIMENTE O SEU SORRISO Por CAMILA MARTINS*

A ©iStock.com/yelet

alimentação é uma preocupação recorrente na vida das pessoas, seja porque buscam um estilo de vida mais saudável, seja porque querem emagrecer ou, ainda, por decorrência de algum problema de saúde.

em vitaminas e ácido fólico, que já são recomendados pela Organização Mundial de Saúde para uma alimentação balanceada e também contribuem para a limpeza dos dentes. Mas não há necessidade de se privar de coisas que você gosta de comer. O importante é incluir em suas refeições alimentos com nutrientes essenciais para a saúde bucal. O cálcio é um ingrediente nobre na prevenção da cárie, e uma grande fonte dele são o leite e seus derivados, como iogurte e queijo. Outras opções são hortaliças verdes (como brócolis e couve chinesa), peixe, amêndoa, castanha-do-pará e feijão. Já os grãos integrais – ricos em vitamina B, que auxilia na saúde das gengivas – possuem fibras e magnésio, importante para os ossos e dentes. Alguns alimentos desse tipo são o farelo de trigo, o arroz integral e as massas integrais.

O corre-corre da vida moderna, associado a uma alimentação deficiente ou inadequada, pode levar ao surgimento de várias doenças. Com o avanço da ciência na área da nutrição, percebe-se que o simples ato de comer transformou-se numa ferramenta poderosa para a promoção e manutenção da saúde em geral. A nutrição adequada, portanto, é capaz de diminuir o estresse, a ansiedade e a irritabilidade, regular o peso, o humor e, também, interferir no nosso sorriso. A melhor maneira de afastar as doenças bucais é através da escovação e do uso do fio dental todos os dias, mas uma dieta rica em nutrientes com vitamina C, D e cálcio ajuda a deixar os dentes mais brancos e as gengivas mais saudáveis. Frutas cruas, legumes e verduras de modo geral são alimentos fibrosos, ricos

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Frutas como damasco, figo, uva passa, maçã e banana, além de leguminosas e verduras, também são fontes de fibra. A ingestão de alimentos desse tipo aumenta o fluxo salivar, o que provoca um aumento na produção de defesas minerais, combatendo a cárie. Outra dica legal é a ingestão de frutas como abacaxi e maçã. Quando consumidos frescos, eles têm ação adstringente, auxiliando na limpeza dos dentes. Frutas cítricas como laranja e tangerina, por sua vez, contêm fibras que auxiliam na digestão. O melão e a melancia possuem muita água, hidratando o organismo e melhorando o hálito. Temos de pensar na saúde como um todo e nos alimentar bem para manter esse equilíbrio, nunca nos esquecendo de que a saúde bucal também começa no prato! *Cirurgiã Dentista – CRO 17218


MINILAPAROSCOPIA: CIRURGIA COM CORTES AINDA MENORES Por JOÃO COUTO NETO*

Evitar incisões e cicatrizes grandes e conseguir uma rápida recuperação são os objetivos das pessoas ao procurar a videocirurgia, e a minilaparoscopia (MiniLap) é a evolução desta proposta. Os cortes são ainda menores, passando de 10 e 5 mm para 2 e 3 mm, resultando em cicatrizes quase invisíveis, sem falar na menor agressão à parede abdominal, o que possibilita uma recuperação mais rápida e menos dolorosa. Estamos vivendo o vento das mudanças. Várias técnicas estão ansiosas para ocupar o destaque na cirurgia. A MiniLap é uma delas. Também conhecida como “cirurgia com agulhas” pelas características de seus instrumentos, a minilaparoscopia é uma técnica minimamente invasiva que combina excelentes resultados estéticos com baixo risco cirúrgico. Na videocirurgia, temos um campo visual limitado pelo ângulo da óptica (câmera). Quanto menos espaço nossos instrumentais ocuparem, portanto, melhor será o campo de visão. Os instrumentais da MiniLap combinam com o conceito da amplificação da imagem produzida pelas ópticas. O aumento

de até 12 vezes proporcionado por nossas câmeras de vídeo encontram nas pinças da MiniLap uma parceria perfeita. Ao contrário do que ocorre com outros novos métodos, com a MiniLap aumenta-se a destreza, a delicadeza e a exatidão. “Precisão cirúrgica “ é a deferência que mais desejamos... Por que abrir mão dela? Novos conceitos são fundamentais para o desenvolvimento da cirurgia. A MiniLap é a evolução natural da videocirurgia, associada ou não a outras tecnologias, mas deve ser realizada por profissionais devidamente treinados e habilitados nesta nova técnica. Reportando-nos à frase de Da Vinci que abre este texto, poderíamos nos atrever a afirmar que, por sua simplicidade, a MiniLap é hoje a mais sofisticada evolução da cirurgia laparoscópica. Temos pela frente mais uma mudança de paradigmas!

©iStock.com/AntonioGuillem

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simplicidade é o ultimo grau da sofisticação.” (Da Vinci)

*Cirurgião membro do Colégio Brasileiro dos Cirurgiões, com treinamento em minilaparoscopia IRCAD (Strassbourg/ Taiwan/Barretos) – CRM 25387

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VITAL

CÂNCER DE MAMA: MEDIDAS COMPORTAMENTAIS DE PREVENÇÃO Por GABRIELA SANTOS*

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er uma vida plena com saúde é o objetivo de todas as pessoas em todas as idades. As doenças em geral acontecem em qualquer momento da vida, dentre elas, o câncer de mama. É claro que existem doenças que são mais frequentes em determinadas idades. Sabemos, estatisticamente, que o câncer de mama é menos frequente antes dos 35 anos, e acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. A grande questão é quando iniciar os exames de rotina para prevenção ou detecção precoce das doenças da mama. Além disso, as mulheres querem saber se existem e quais são outras medidas podem ser tomadas para diminuir o risco.

©iStock.com/b-d-s

Dentre os assuntos mais questionados estão os hábitos de vida e os fatores ambientais relativos à prevenção. A primeira recomendação é o autoexame das mamas, que deve começar o mais cedo possível, entre 20 e 25 anos de idade. Mas deve ficar claro que o autoexame como medida isolada não é recomendado.

Não há ‘pílula mágica’ para prevenção, mas as chances de cura chegam a 95% quando o tumor é diagnosticado em estágio inicial

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recomendações da Sociedade Brasileira de Mastologia. Ainda não existe consenso sobre a idade de interromper o rastreamento mamográfico e o que nos parece coerente é oferecê-lo enquanto a saúde global da paciente permitir que ela possa ser tratada caso seja diagnosticado um câncer de mama. Para mulheres de grupos populacionais considerados de risco elevado para câncer de mama, como aquelas com história familiar deste em parentes de primeiro grau, recomenda-se o exame clínico da mama e a mamografia, anualmente, a partir de 35 anos. Existe um consenso de que as mulheres que tiveram mãe ou uma irmã com câncer de mama antes da menopausa têm indicação de fazer a primeira mamografia dez anos antes da idade do diagnóstico no familiar afetado. A ecografia é usada para complementação da mamografia, em casos indicados, ou para investigar anormalidades clinicamente detectadas em mulheres com menos de 30 anos. A ecografia não deve ser usada como único método de imagem para detecção do câncer de mama.

O exame das mamas pela própria mulher deve fazer parte de um conjunto de ações de educação para a saúde. Além disso, visa ao conhecimento do próprio corpo. Ele deve ser realizado mensalmente, na semana seguinte à menstruação, e as mulheres que já não menstruam devem escolher um mesmo dia para realizar o teste todo mês. O autoexame não deve substituir o exame periódico realizado por um profissional capacitado.

Infelizmente, não existe uma “pílula mágica” que previna o câncer de mama. O que podemos lembrar são algumas medidas dietéticas e comportamentais, como uma alimentação balanceada, evitando alimentos gordurosos, evitando ingestão de álcool em excesso, evitando obesidade, restringindo o consumo de carne vermelha, preferindo aves e peixes, além da prática de exercícios físicos e de não fumar.

A Sociedade Brasileira de Mastologia e as principais sociedades médicas norteamericanas recomendam o rastreamento mamográfico anual a partir dos 40 anos. Por outro lado, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) e a Organização Mundial de Saúde recomendam que se inicie após os 50 anos. Na prática clínica, seguimos as

Sem dúvida nenhuma, queremos chamar a atenção e alertar para as medidas de detecção precoce, visto que, atualmente, podemos chegar a taxas de até 95% de cura se os tumores forem diagnosticados em estágio inicial. *Médica mastologista na Clínica de Mastologia – CRM 24627


PLÁSTICA REPARADORA: UM ALÍVIO PARA RECOMEÇAR Por RICARDO VARISCO*

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idosos, tendo como gênese confirmada a ação das radiações solares e problemas genéticos. Após a retirada do tumor, o cirurgião plástico tem a missão de reparar o defeito. Temos alcançado melhoras importantes nas cirurgias plásticas reparadoras com uso de retalhos e transplantes de pele. Nossos pacientes, após mutilações diversas, retornam a uma vida social normal, recobrando a autoestima.

Inúmeros avanços na medicina molecular têm sido alcançados com o intuito de regenerar membros. Células-tronco, por exemplo, já estão sendo utilizadas, mas ainda temos um longo caminho a percorrer nesta direção. Um caminho de evolução que a cirurgia plástica reparadora também precisou trilhar até se tornar o que é hoje: um apoio para retomar a vida e, acima de tudo, ser feliz.

Trago aqui o câncer de pele como grande causa de cirurgias plásticas reparadoras. Ele atinge tanto jovens como adultos e

A cirurgia plástica reparadora, às vezes esquecida por muitos, carrega consigo um valor inestimável para nossa sociedade.

*Cirurgião plástico especializado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – CRM 22812

©iStock.com/monkeybusinessimages

reparação de segmentos corporais doentes ou defeituosos foi o marco inicial da nossa atual e reconhecida cirurgia plástica. Reconstruir unidades anatômicas diversas, tanto faciais quanto corporais, por motivos traumáticos, tumorais, congênitos e outros, traz grande conforto e alívio para milhares de pacientes de nossa especialidade.

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VITAL

AMORA E CIMICÍFUGA: ALÍVIO PARA OS FOGACHOS E SUORES DA MENOPAUSA Por ANA PAULA SCHERER DIETER1 e TIAGO SCHERER DIETER2

ogachos e suores são os sintomas mais comuns da menopausa e afetam 75% das mulheres. Para amenizar tais incômodos, os fitoterápicos amora e cimicífuga são muito empregados.

©iStock.com/fsms

A amora, planta reguladora dos hormônios, alivia sintomas da menopausa como ressecamento da vagina, irritação, ansiedade, nervosismo, memória fraca, dores musculares e das articulações, calores e suores frios, dor de cabeça, diminuição da libido, dificuldades para dormir, depressão e problemas urinários. É também uma planta anticancerígena e, por seu alto teor de potássio, atua no combate à osteoporose e como tônico muscular nas práticas desportivas. Além disso, é depurativa do sangue, antisséptica, vermífuga, digestiva, calmante, diurética, laxativa,

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refrescante, adstringente e muito útil nos problemas de tireoide. A amora possui, por fim, poderosas propriedades antioxidantes por sua combinação de vitaminas C e E, contribuindo assim para rejuvenescimento e beleza da pele. Consulte seu médico, converse com um farmacêutico e entenda mais sobre Lipomoist Hydra e Amora & Cimicífuga.

Farmacêutica na Ana Derme Farmácia de Manipulação 1

Gerente administrativo na Ana Derme Farmácia de Manipulação

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©iStock.com/kentoh

A cimicífuga é utilizada em complicações de menstruação, TPM e sintomas da menopausa desde os tempos dos nativos indígenas americanos. Também é indicada para reumatismo, diarreia e dor de garganta, pois tem propriedades sedativas e anti-inflamatórias.


©iStock.com/ojoslaw

CIÊNCIA

DETECÇÃO DE STREPTOCOCCUS BETA-HEMOLÍTICO EM GESTANTES

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Por CAMILA M. WILHELM1, BEATRIZ S. HASENACK2 e JUSSARA A. CASTELAN³

ma das principais causas de infecção neonatal na primeira semana de vida é o Streptococcus betahemolítico do grupo B (SGB), também chamado de Streptococcus agalactiae. Em neonatos, essa bactéria pode causar doenças graves como pneumonia, sepse e meningite. Das crianças que sobrevivem à meningite, 15 a 30% apresentam sequelas neurológicas, incluindo cegueira, surdez e retardo mental. Entre os fatores de risco para a infecção neonatal, a partir de mães colonizadas por essa bactéria, estão parto prematuro, ruptura prolongada de membranas e febre intraparto. Os SGB colonizam o trato gastrointestinal inferior e o trato geniturinário, sendo encontrados em 10 a 30% de mulheres assintomáticas. Desde 2002, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) recomenda fortemente a pesquisa deste agente em gestantes durante a 35ª e 37ª semana de gestação, bem como a realização de tratamento profilático nas portadoras em até 4 horas antes do parto com a aplicação intravenosa de, geralmente, penicilina G. Essa medida leva a níveis protetores de antibiótico na circulação sanguínea do recém-nascido no momento do parto. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) faz a mesma recomendação aos médicos obstetras brasileiros. O método para a detecção de SGB mais recomendado é chamado de pesquisa de Streptococcus beta-hemolítico do grupo B ou S. agalactiae, realizado a partir de swab vaginal e anorretal. Esse swab é inoculado num meio de cultura enriquecido e específico para a detecção dessa bactéria. A fim de aumentar a sensibilidade da pesquisa, pode-se também pesquisar o DNA do

SGB por técnicas de biologia molecular, como reação em cadeia da polimerase (PCR). A seguir, algumas informações importantes sobre o exame: • Por que solicitar o exame: para detectar colonização retal e/ou vaginal por SGB da gestante como forma de prevenir infecção grave no recém-nascido. • Quem deve fazer o exame: todas as gestantes com 35 a 37 semanas de gestação. • Como o médico deve solicitar o exame: pesquisa de Streptococcus agalactiae ou Streptococcus do grupo B (SGB) em swab vaginal e anorretal. • Quem deve coletar as amostras: o médico ou o profissional capacitado do laboratório. • Em quanto tempo será liberado o resultado: 48 a 72 horas. Referências CDC. Prevention of perinatal Group B Streptococcal disease, Revised Guidelines from CDC, 2010. Morbidity and Mortality Weekly Report, Nov. 2010, v. 59, n. RR-10, p. 1-25. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Projeto Diretrizes. Assistência pré-natal. AMB/CFM; 2006. p 8-9. Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/5_volume/02-AssistPre.pdf. 1

Biomédica – Setor de Microbiologia do Laboratório Exame

Bioquímicas com Mestrado e Especialização em Análises Clínicas – Setor de Microbiologia do Laboratório Exame

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WISHLIST

REVOLUÇÃO NA LAVANDERIA

Divulgação/P&G/Whirlpool

Fruto de parceria entre as gigantes P&G e Whirpool, a Swash é uma novidade com potencial para revolucionar a forma como cuidamos das roupas. Em apenas dez minutos, o aparelho é capaz de neutralizar odores, eliminar amassados e restaurar a forma perdida pelas peças após o uso. Uma leve névoa de vapor relaxa as fibras do tecido, e um avançado processo térmico de secagem evita seu encolhimento. Esse ciclo delicado de limpeza revitaliza desde calças jeans e outros itens de uso diário até trajes de festa, estendendo a vida útil das roupas ao aposentar excessivas sessões de lavagem, secagem e passagem a ferro. O equipamento – que possui um cabide ajustável para diferentes tamanhos de roupas – é silencioso, elegante e bastante compacto, favorecendo o uso em dormitórios e closets. Por enquanto, a Swash só é comercializada nos EUA, ao preço de US$ 499.99.

RECEITA ORIENTAL

Divulgação/Brinox

Utensílio básico da cozinha oriental, a panela wok vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Além de prática, sua maior superfície de contato possibilita uma cocção mais rápida dos alimentos, preservando melhor os nutrientes. A wok é ideal no preparo de pratos únicos, como yakissoba, e também se destaca nos refogados. Este modelo de 3,4 litros da Brinox (28 cm x 8 cm) é fabricado em alumínio com revestimento interno cerâmico, tampas de vidro temperado com saída para o vapor e alças de baquelite com revestimento soft-touch. O preço varia bastante de loja para loja, mas a média é de aproximadamente R$ 150,00.

Líder mundial no segmento, a Polar Bottle é uma garrafinha criada com o intuito de substituir na vida dos consumidores as embalagens de água descartáveis, que são um peso para o meio ambiente. Além do material durável e que conserva a bebida fresca por mais tempo (até três horas, dependendo das condições de uso), o squeeze de 710 ml tem reposição gratuita da tampa em caso de dano ou extravio. A fabricante afirma que essa política privilegia o uso prolongado do produto, preservando os recursos naturais. No Brasil, a Polar Bottle pode ser encontrada por aproximadamente R$ 75,00.

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Product Architects

SQUEEZE ECOLÓGICO


Divulgação/Withings

SONO DE QUALIDADE

Conhecida pelos sucos em caixinha sem aditivos químicos, a empresa carioca Do Bem decidiu expandir seu portfólio de opções saudáveis, lançando a Do Bem Máquina – uma pulseira inteligente de silicone que monitora movimentos e padrões de sono do usuário, medindo parâmetros como calorias queimadas, passos dados, distâncias percorridas e qualidade do sono. Com bateria que dura cerca de uma semana antes de exigir recarga, a fitband conecta-se sem fios a smartphones Apple (iPhone 4S ou superior) para exibir as informações coletadas, ajudando o usuário a atingir suas metas. A Do Bem Máquina é vendida a R$ 299,00.

LUXO MASCULINO O Link Calibre S, desenvolvido pela suíça Tag Heuer, é um daqueles acessórios que fazem a diferença no visual masculino. Para além das aparências, porém, trata-se de uma peça de qualidade indiscutível, com precisão de um centésimo de segundo, resistência à água a até 100 metros de profundidade, calendário perpétuo até 2099 e mostrador de safira polida à prova de riscos com tratamento antirreflexos. A precisão e a qualidade do relógio baseiam-se num sistema eletromecânico com cinco motores bidirecionais independentes, 28 rubis e cristal de quartzo com frequência de 32.768 Hz. À venda por US$ 2,660.00 nos EUA.

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Divulgação/Tag Heuer

Divulgação/Do Bem

SAÚDE NO PULSO

O despertador Aura, da fabricante norte-americana Withings, foi idealizado para monitorar e aprimorar a qualidade do sono. Sua tecnologia utiliza um sensor sob o colchão, um sistema de luz e som ao lado da cama e um aplicativo para iPhone. Com ótima sensibilidade, o aparelho registra os ciclos de sono do usuário, levando em conta padrões de movimento, respiração e frequência cardíaca. Além de oferecer uma análise por meio do aplicativo proprietário, com informações para melhorar a qualidade do sono, o Aura usa estratégias cientificamente provadas para auxiliar na hora de dormir e acordar: além da ambientação adequada com luz e som, ele pode despertar o usuário ligeiramente antes do horário predeterminado, ao identificar uma fase de sono leve – ideal para abrir os olhos com mais disposição. Vendido a US$ 299.95 nos EUA, o produto é distribuído na América do Sul pela Viastara.


Jungfrau Region/Jost von Allmen

EMBARQUE

Um pedaço do céu nos Alpes Suíços Declarada Patrimônio Mundial pela Unesco, a região do Jungfrau, no cantão de Berna, é provavelmente o mais próximo que se pode chegar da noção de paraíso. O nome do lugar faz referência à montanha de 4.158 metros situada em Grindelwald – um dos tantos vilarejos com cenários arrebatadores a compor esse fascinante pedaço da Suíça

No inverno, a paisagem interiorana recoberta de branco lembra mais uma pintura do que, propriamente, um lugar de verdade, e atividades como o esqui dominam a região do monte Jungfrau. No verão, a natureza recobra todo o viço, e as extensas áreas verdes aos pés dos morros contrastam com seus picos nevados. Pode fazer 30 graus centígrados no vale enfeitado de borboletas, riachos e quedas d’água, mas continua gelado no alto das montanhas – e também no interior de algumas delas, como a Schwarze Mönch, onde os visitantes podem se maravilhar com o espetáculo das cachoeiras glaciais Trümmelbach. Grindelwald, Wengen, Mürren e Lauterbrunnen são os quatro destinos mais conhecidos na região, mas Isenfluh, Stechelberg e Gimmelwald também são ótimos para experimentar a paz e a tranquilidade de autênticos vilarejos rurais. As montanhas Eiger (3970m), Mönch (4099m) e Jungfrau (4158m) dominam o cenário, e a infraestrutura do local oferece seis teleféricos para explorar em detalhes o Patrimônio Mundial reconhecido pela Unesco.

Jungfrau Region

Jungfrau Region/Stefan Hunziker

Há atrações o ano inteiro. Nos meses de calor, os aventureiros podem se esbaldar

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Jungfrau Region/Jungfrau Railways

Jungfrau Region/Schilthorn Cableway Ltd

EDITORIAL

ESTAÇÃO DE TREM NAS ALTURAS E O TERRAÇO DE JAMES BOND Não é apenas a natureza exuberante que encanta os turistas nos Alpes Suíços. Na região encontra-se também a estação de trem de Jungfraujoch – simplesmente a mais alta da Europa, a impressionantes 3.454 metros acima do nível do mar. Ela está conectada ao Top of Europe, uma edificação com vários restaurantes panorâmicos.

Para chegar ao autodenominado “topo da Europa”, visitantes hospedados em Grindelwald ou Lauterbrunnen podem se deslocar até a estação ferroviária do passo Kleine Scheidegg, embarcando então num trem de cremalheira (ideal para terrenos íngremes). A subida até a Jungfraujoch atravessa as montanhas Eiger e Mönch, com duas paradas no caminho que oferecem vistas sensacionais. Outro ponto imperdível na região é o cume da montanha Schilthorn, acessível via teleférico desde a estação de Stechelberg. As paisagens no entorno, que abarcam mais de duzentos picos (incluindo os dos famosos montes Eiger, Mönch e Jungfrau), já valem a visita, mas o local abriga ainda um grande atrativo para cinéfilos: o terraço panorâmico do Piz Gloria, restaurante que serviu de locação no filme “007 a serviço de Sua Majestade”. O estabelecimento onde pisou James Bond gira em torno no próprio eixo, completando uma volta a cada meia hora. Com incontáveis opções de lazer e cenários que beiram a fantasia, a região do Jungfrau é um refúgio perfeito para quem deseja se conectar com a natureza e dar um bom descanso à cabeça. A seguir, saiba mais sobre os principais destinos do circuito. +

Foto: MRohana/iStock

em 500 km de trilhas para hiking, 160 km de rotas para ciclismo e uma dúzia de paredões naturais para escalada, além de áreas ideais para rafting, canoagem, bungee-jumping e paragliding. Na temporada mais fria, a região vira um paraíso para esportes de inverno, oferecendo 213 km de pistas de esqui e 90 de trenó, 110 km de trilhas para winter hiking e 30 para esqui cross-country, além de muitas outras possibilidades. As opções de hospedagem abrangem desde hotéis 3, 4 e 5 estrelas até campings, passando por charmosas pousadas nas montanhas.

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Jungfrau Region/Jungfrau Region Jost von Allmen

Jungfrau Region/Jungfrau Region, Mattias Nutt

EDITORIAL EMBARQUE

PARAÍSO ESPORTIVO Grindelwald, ao pé do monte Eiger, é ponto de encontro para montanhistas e turistas de todas as partes do mundo. Vibrante e multifacetado, o vilarejo é fantástico para férias mais ativas. Quem se hospeda por lá tem fácil acesso a lugares como a Jungfraujoch – Top of Europe, o Kleine Sheidegg e a montanha Männlichen. Grindenwald também recebe eventos esportivos como o Eiger Bike Challenge e o Campeonato Mundial de Snowbike. O centrinho da localidade está sendo revitalizado, com conclusão prevista para 2015.

Douglas Backes/Revista R

Palco para competições oficiais de esqui downhill e slalom desde 1930, Wengen é outro vilarejo arrebatador. Situado num planalto na base do Jungfrau, o lugar oferece vistas deslumbrantes das montanhas e não admite carros, sendo um dos poucos refúgios de férias na Europa a oferecer esse tipo

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Refugiar-se nas montanhas, porém, pode ganhar ainda mais charme com uma imersão na cultura alpina. Neste caso, um destino incrível é Mürren, ao pé do monte Schilthorn (aquele do Piz Gloria), num ensolarado planalto acima do vale Lauterbrunnen. Lá também não há circulação de veículos, e a aconchegante característica de aldeia segue preservada. Grandes competições de esqui e triatlo ocorrem duas vezes ao ano, fazendo jus aos cem anos de tradição que garantiram ao lugar o epíteto de “berço dos esportes de neve”.

Jungfrau Region/ Jungfrau Region Mattias Nutt

Jungfrau Region/Jungfrau Region Bruno Petroni

de experiência. É grande a procura pelas excursões ao Top of Europe, mas a vocação do lugar é mesmo para os esportes de inverno. Por lá, os praticantes do downhill encontram uma das mais longas descidas do planeta, atingindo velocidades alucinantes. Wengen também é caminho da Maratona de Jungfrau, realizada em setembro.

CONTO DE FADAS

e sua posição geográfica convida a passeios em toda a região do Jungfrau.

Entre Mürren e Stechelberg, a 1.363 metros de altitude, encontra-se Gimmelwald, um lugar de vastas pastagens e chalés decorados com flores. A sensação é de adentrar um conto de fadas, e o surrealismo já começa antes de se colocar os pés na cidadezinha: o caminho até lá, cumprido a bordo de um teleférico que parte de Stechelberg, passando por precipícios e cachoeiras, é uma experiência única e que será lembrada para o resto da vida!

Para quem gosta de uma aventura fora do circuito turístico, Isenfluh é a pedida. A lendária cidadela nas montanhas oferece cenários mágicos, que podem ser bem explorados a pé. No verão, há também passeios de scooter e, no inverno, descidas de tobogã. O teleférico da localidade tem estilo retrô e leva oito pessoas “ou uma vaca” (acredite!) por vez.

Outro local de indescritível beleza é Lauterbrunnen, que ganhou o apelido de “vale das 72 cachoeiras” em referência às quedas d’água provenientes dos íngremes penhascos à sua volta. A mais famosa é a Staubbach, que inspirou até um poema de Goethe. O lifestyle do lugar é bastante autêntico (para se ter uma ideia, o tradicional artesanato em renda ainda é praticado por grande parte das moradoras)

O último vilarejo no vale Lauterbrunnen é Stechelberg, onde ficam as cachoeiras glaciais Trümmelbach – uma atração única no mundo. São dez quedas no interior da montanha, acessíveis no verão por túneis iluminados e passarelas que permitem chegar suficientemente perto para sentir os respingos no rosto. A Trümmelbach drena as geleiras dos montes Eiger, Mönch e Jungfrau, despejando até 20 mil litros d’água por segundo. É um daqueles espetáculos que entra fácil para o Top 10 da sua vida... R

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CÉREBRO

VOCÊ SABE O QUE É ESCLEROSE MÚLTIPLA? Por ROBERTO GALLO*

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ão se confunda! O termo “esclerosado” é frequentemente usado para designar pessoas que perdem a memória ou apresentam confusão mental quando vão envelhecendo, mas a Esclerose Múltipla não tem nenhuma relação com as limitações advindas do envelhecimento. Trata-se de uma doença inflamatória crônica do Sistema Nervoso Central, resultante de resposta desordenada do sistema imunológico que leva à destruição da mielina (substância gordurosa que recobre os neurônios). Existe uma predisposição genética à doença, bem como fatores externos ou ambientais ligados a uma provável e maior incidência da doença: infecções por determinados vírus, baixa exposição ao sol, entre outras ainda não comprovadas. Há maior prevalência entre a população norte-europeia. Geralmente, a doença aparece entre os 30 a 40 anos de idade. É mais comum no sexo feminino e entre brancos, podendo começar com alguns sintomas neurológicos mais frequentes que incluem perda de força, principalmente nas pernas; alteração da sensibilidade, com amortecimento ou anestesia em determinada região; dor em queimação; sensação de coceira que não melhora; tremores importantes; dificuldade para falar; visão dupla ou perda de visão em um ou ambos os olhos; vertigem ou tonturas com tendência a queda; espasmos corporais; cansaço intenso; disfunção da bexiga, do intestino ou sexual; e dificuldade para caminhar.

A doença normalmente surge de início com um “surto” – isto é, quando existe alteração neurológica como as citadas acima por mais de 24 horas. Há quatro formas de Esclerose Múltipla – a remitente recorrente (mais comum), a primariamente progressiva (sua forma mais severa, com evolução galopante), a secundariamente progressiva e a progressiva recorrente. O diagnóstico não é tão simples, devendo ser feito por neurologista com formação nesse tipo de doença e podendo levar algum tempo para ser comprovado, pois os sintomas se assemelham, em alguns casos, com outros tipos de doenças do Sistema Nervoso. Além do minucioso exame clínico neurológico, são importantes para a elucidação definitiva a neuroimagem (como ressonância magnética do encéfalo e medula, imprescindível para visualização das lesões inflamatórias e

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desmielinizantes da substância branca) e a avaliação do líquor e potencial evocado.

TRATAMENTO O tratamento da Esclerose Múltipla dá-se com medicações chamadas de imunomoduladores, imunossupressores e monoclonais. Exige-se muita disciplina e força de vontade dos pacientes, pois são medicações de uso contínuo e frequente, por via oral, injetadas no músculo ou subcutâneas que podem apresentar efeitos colaterais e são de alto valor, mesmo que obrigatoriamente dispensados pelo Estado. Estes são conhecidos como Interferons (B1a ou B1b) e Acetato de Glatirâmer. Também disponíveis o Fingolimode e a Teriflunomida, ambos por via oral, e o Natalizumabe, por via endovenosa – todos com resultados bastante promissores. Diferente é o tratamento do que chamamos de surto, em que as medicações imunossupressoras, com efeito mais rápido, precisam ser oferecidas para não haver uma piora clínica estabelecida, e a base disso são os corticóides, sendo a Metilprednisolona endovenosa o de escolha. Fisioterapia, psicoterapia, revisão periódica com seu neurologista, cuidados com eventuais sintomas isolados e atenção da família e dos amigos também são partes fundamentais e complementares do tratamento. Ainda não existem cura nem prevenção para a doença, mas as pesquisas não param. Alguns cuidados na rotina do paciente são importantes, como manter uma dieta equilibrada, ter um bom estado emocional, praticar alguma atividade física e não ter vícios, além de sempre tirar todas as dúvidas com o médico que vai acompanhar e tratar da doença, pois ele provavelmente seguirá o paciente por um longo tempo. *Neurologista – CRM 26405


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EDITORIAL

NOVOS TRATAMENTOS PARA A DEPRESSÃO Por JOÃO STEFFEN TROIS* Novas evidências, baseadas em estudos científicos recentes sobre as causas da depressão, apresentam outros tratamentos além dos medicamentos antidepressivos já utilizados. A depressão foi compreendida por mais de cinquenta anos como uma deficiência de substâncias químicas que transmitem sinais entre as células do cérebro (neurotransmissores). Os medicamentos antidepressivos utilizados até agora servem para corrigir esta deficiência. Entretanto, apenas menos da metade dos pacientes tratados apresentam uma melhora completa do quadro clínico de depressão. Essa falta de resposta motivou pesquisadores a buscar novas teorias para o entendimento desse estado patológico. Estas abordagens apontam para diferenças de tamanho de certas regiões do cérebro, o efeito do estresse sobre o nascimento e a morte de células do cérebro, as alterações das vias de feedback do cérebro e o papel das reações inflamatórias provocadas pelo estresse. A integração das novas teorias da depressão permite uma compreensão mais ampla de sua fisiopatologia e das moléculas que servem de indicadores da sua existência (biomarcadores).

hipocampo (área do cérebro que participa nas emoções, aprendizagem e formação de memórias) começam a se atrofiar. Tais alterações são evidenciadas por diferenças na densidade dos neurônios em estudos de imagens cerebrais. O estresse provoca reações psicológicas e, consequentemente, transtornos neuropsiquiátricos. Estudos de imagens da função do cérebro mostram que a depressão não é uma doença única ou simples, possuindo muitas causas diferentes e necessitando seus próprios tratamentos. Algumas depressões se manifestam por aumento na atividade do cérebro, enquanto outras pela diminuição da atividade.

A doença pode ter muitas causas diferentes, sendo a principal o estresse crônico

A principal causa de depressão é o estresse crônico. Quando há exposição crônica ao estresse, as células do

Os tratamentos oferecidos atualmente e os que estarão disponíveis em breve compreendem psicoterapia cognitivocomportamental de longo prazo para controle do estresse; antidepressivos; antagonistas do hormônio liberador de corticotropina; dexametasona; suprarrenalectomia parcial; redução da inflamação e anti-inflamatórios; ketamina e outros antagonistas do aminoácido NMDA; benzodiazepinas; anestésicos; neuromodulação (eletroconvulsoterapia; estimulação cerebral profunda; estimulação magnética transcraniana); e fator neurotrófico derivado do cérebro. *Psiquiatra – CRM 13912

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Divulgação/Fábio Winter

CENTRO CLÍNICO REGINA

LANÇAMENTO DA REVISTA R MARCOU 10º ANIVERSÁRIO DO CENTRO CLÍNICO

APROVEITE O BOULEVARD! Aberto ao público em geral no térreo do Centro Clínico Regina, o Boulevard é um espaço extremamente agradável com cafeteria, farmácias, agência bancária, academia personalizada, operadoras de planos de saúde, clínica de vacinas, óptica e até loja de colchões sob medida. Venha aproveitar este mix de conveniências no coração da Av. Dr. Maurício Cardoso!

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Os dez anos do Centro Clínico Regina, completados em 27 de maio passado, foram muito bem comemorados na data. Com ações concentradas no Boulevard (piso térreo do prédio), o aniversário foi especialmente assinalado com o lançamento da Revista R, distribuída na ocasião aos usuários que circularam por lá. Confira alguns registros da ação.


Alegria no Boulevard: ator com pernas-de-pau distribuiu balões, revistas e sorrisos

Clientes do Império Café, que também funciona no Boulevard, conheceram a Revista R

Personagem importante na criação do Centro Clínico, há dez anos, médico Antônio de Oliveira Lopes (à direita) recebeu do síndico Paulo Luvizon a primeira edição da Revista R

Gisele de Abreu (responsável pela coordenação administrativa do Centro Clínico Regina) entregou revista à cirurgiã dentista Camila Martins

Gianna Zaffari Frey com Paulo Luvizon

Luiz Fernando Cechella Junior ao lado de Paulo Luvizon

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BATE-PAPO

O PERSEGUIDOR DA LONGEVIDADE Desvendar os segredos da longevidade é parte do trabalho de Nick Buettner – que, ao lado do irmão Dan, conseguiu identificar traços comuns em diferentes partes do mundo onde as pessoas vivem mais e melhor. Após expedicionar pelas regiões que acabaram batizadas de “zonas azuis”, a dupla norte-americana decidiu levar seus aprendizados para as cidades. Além de dois livros e um site sobre o assunto (bluezones.com), o projeto ganhou vida através de um trabalho que propõe intervenções permanentes na rotina de comunidades urbanas. Neste bate-papo com a Revista R, Nick dá dicas de ouro para quem deseja uma vida mais saudável, feliz e, consequentemente, prolongada. Aproveite!

Qual o objetivo da pesquisa Blue Zones e o que são as tais “zonas azuis”? Estudos mostram que os hábitos – e não os genes – determinam aproximadamente 75% da nossa expectativa de vida. Apenas 6% do tempo que viveremos têm relação com a longevidade dos nossos pais. Sendo este o dado real, o que Dan (Buettner, irmão de Nick), eu, e nossa equipe queríamos era encontrar os lugares do mundo onde as pessoas são mais longevas e viajar para lá com demógrafos e cientistas para descobrir que fatores permitem uma prevalência de centenários significativamente mais alta do que no resto do mundo. Em média, os habitantes dessas que chamamos “zonas azuis” têm vidas mais longas e mais saudáveis, com muito menos doenças letais do que na América do Norte.

Arquivo pessoal/Nick Buettner

Como e quando vocês iniciaram suas expedições pelo mundo? Dan e eu, com a companhia também do meu irmão Steve, pedalamos em seis dos sete continentes (os países de língua inglesa normalmente adotam um modelo que considera a Austrália como

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Que regiões do planeta são consideradas zonas azuis? A região de Barbagia, no interior da Sardenha

(Itália), Okinawa (Japão), a comunidade dos Adventistas do Sétimo Dia em Loma Linda, na Califórnia (EUA), a Península de Nicoya (Costa Rica) e Icária (Grécia). Que diferenças no estilo de vida, na alimentação ou em outras esferas você considera relevantes para que as pessoas sejam mais longevas nessas áreas? Nós identificamos nove pontos em comum nessas áreas e os chamamos de “Power 9” (saiba mais no site bit.do/power9). As dicas são as seguintes: 1) Mova-se naturalmente. Encontre maneiras de se manter em movimento durante todo o dia, como caminhar, cuidar do jardim, entre outros, evitando dispositivos que economizem trabalho. 2) Encontre um propósito. E persiga-o com paixão. 3) Desacelere. Trabalhe menos, descanse, tire férias, faça as coisas mais devagar. 4) A regra dos 80%. Pare de comer quando sentir que está 80% satisfeito. 5) Prefira vegetais. Coma menos carne e alimentos processados. 6) Beba vinho regularmente. Consuma de forma consistente, mas com moderação. 7) Pertença. Junte-se a um grupo e crie redes sociais saudáveis. 8) Alimente sua alma. Engajese em atividades espirituais. 9) Ame sua tribo. Dê à sua família alta prioridade.

As pessoas costumam se perguntar o que comer para ficar mais saudáveis. Você pode comparar os nossos hábitos alimentares com aqueles presenciados nas zonas azuis? A primeira coisa que vem à mente quando surge esta pergunta é a disponibilidade de frutas e vegetais frescos. Um dos pontos em comum que vimos nas zonas azuis era que as pessoas tinham dietas ricas em frutas e vegetais frescos – e os alimentos processados eram muito limitados. Elas viviam em comunidades com alta disponibilidade de alimentos frescos e saudáveis, como goya (momordica ou “melãozinho”) feijão, batata doce, frutos de todos os tipos, chás e vinhos com dez vezes mais antioxidantes. Nos EUA, frutas e vegetais frescos são mais difíceis de encontrar e, por vezes, não são tão acessíveis. Nós também vivemos numa cultura de fast-food, repleta de alimentos processados. Outra diferença é a carne. As pessoas também comem carne nas zonas azuis, geralmente de porco, mas em porções muito menores do que encontramos nos EUA e não com tanta frequência: o tamanho aproxima-se ao de um baralho de cartas e, em geral, nessas regiões só se come carne umas cinco vezes por mês. O que mais podemos aprender com a dieta das zonas azuis? A alimentação nessas regiões é baseada em plantas, com muitos grãos (fava, feijão

preto, soja) e frutas secas. As pessoas comem carne, mas normalmente como um alimento de comemoração, só uma ou duas vezes por semana, em pequenas porções. Estranhamente, eles também não comem muito peixe. Ninguém nas zonas azuis “faz dieta”. As pessoas comem bem e de forma saudável, satisfazendo-se com as muitas texturas e sabores de seu jardim ou de um fornecedor local. O povo de Okinawa pratica especialmente a lei de comer até que estejam 80% satisfeitos. Lá, as refeições são com a família e sem TV ou computador, propiciando que comam mais devagar e ingiram menos calorias. As pessoas nas zonas azuis normalmente têm sua maior refeição no começo do dia e um pequeno jantar. Você acredita que possamos reproduzir esse estilo de alimentação nas nossas cidades? Travamos uma batalha inglória. Estamos evolutivamente condicionados a desejar calorias. Em todo lugar somos assediados por calorias baratas, vazias. Aqui na América do Norte, você não pode alugar um filme ou ir a uma farmácia sem passar por um brete de salgadinhos, doces e comidas industrializadas. Algumas maneiras de fazer frente a isso são cultivar um jardim para garantir acesso a uma alimentação saudável; otimizar sua cozinha, usando pratos menores e guardando +

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©iStock/Masekesam

um continente à parte, somando-se a América do Norte, América do Sul, Ásia, Europa, África e Antártida). Não há melhor maneira de ver o mundo do que no selim de uma bicicleta, mas a verdadeira diversão para mim começou em 1995, quando nós três iniciamos o chamado “MayaQuest”. Era uma expedição em que aproveitava o poder da Internet para tentar resolver um dos maiores mistérios do mundo: por que a antiga civilização Maia entrou em colapso? A maneira que fizemos para descobrir foi viajar para aquela região com fotógrafos da National Geographic, equipe de filmagem e cientistas. Toda segunda-feira íamos às escolas pedir para todo mundo nos dizer aonde deveríamos ir atrás de pistas. Nós viajávamos para onde quer que eles elegessem. Entrevistamos especialistas e fizemos relatórios, fotos e vídeos que eram postados num site. Os professores utilizavam esse conteúdo para ensinar de tudo – ciências, matemática, inglês, geografia e muito mais. Que eu saiba, foi a primeira vez que as crianças realmente puderam fazer descobertas e aprender ao longo do processo. Eu já fiz 18 expedições ao redor do mundo como MayaQuest, incluindo a primeira (e outras duas) expedições da Blue Zone.


BATE-PAPO

as comidas industrializadas fora do seu caminho. Na verdade, qualquer comida que venha numa embalagem plástica é, provavelmente, ruim para você. A publicidade quer nos fazer crer que o caminho para a saúde é comestível. É o foco errado! Você pode ter uma dieta perfeita e se estressar o dia todo, viver isolado num apartamento urbano ou viver preso ao sofá, e a alimentação não vai resolver nada. Seguir uma dieta, socializar com as pessoas certas, ter um propósito e uma rotina de desaceleração estão inextricavelmente interligados. De acordo com seus estudos, ter um propósito é uma das razões para se viver mais. Que tipo de propósito vocês identificaram entre os habitantes das zonas azuis? Em cada uma das comunidades que visitamos, percebemos que as pessoas estão realmente imbuídas de um forte senso de propósito – “ikigui” ou “plano de vida”, dependendo de onde você é. O objetivo é individual, mas ser capaz de articular esse seu senso de propósito pode premiálo com até oito anos de vida extra. Pessoas que eu conheci têm encontrado o seu propósito fazendo trabalho voluntário, prosseguindo como provedores de suas famílias mais tarde na vida, mantendo responsabilidades, ensinando as gerações mais jovens e a família, que é uma grande fonte de amor e de propósito.

dinheiro. Mas elas têm rituais diários para reverter a inflamação crônica que potencializa todas as doenças relacionadas à idade. Todo dia, eles devotam 20 minutos para se desplugar. Os adventistas rezam, o povo de Okinawa venera seus ancestrais. Tirar uma soneca regularmente pode reduzir em mais de 30% o risco de doenças do coração. Fale-nos sobre o desafio de recriar as zonas azuis nas cidades. Jamais ouvi falar de alguém numa zona azul que começaria a fazer dieta ou exercícios a fim de viver até os cem anos. Para eles, a longevidade aconteceu. Ela faz parte do ambiente. Por causa disso, o que nós queremos com o projeto Blue Zones é alterar o ambiente nas cidades para, igualmente, mudar a saúde. Pegar as lições das zonas azuis e implantá-las em comunidades aqui na América, mudando o ambiente a fim de eliminar decisões insalubres. Basicamente, o que propomos é uma abordagem de sistemas em que os cidadãos, escolas, empregadores, restaurantes, mercados e líderes comunitários colaboram em políticas capazes de mover a comunidade na direção da saúde e do bem-estar. Realizamos intervenções de longo prazo, comprovadas por evidências, que otimizam os ambientes nas comunidades, empurrando as pessoas para escolhas mais saudáveis no dia a dia. Devido ao sucesso do nosso trabalho em Albert Lea (no estado do Minessota), já expandimos o projeto para cidades na Califórnia, no Iowa, no Texas e no Havaí.

Nas zonas azuis, as pessoas têm rituais diários para se desacelerar

Podemos confiar numa vida simples como chave para a longevidade? Ter dinheiro e coisas demais é algo que deveríamos evitar para combater o estresse? Em minha opinião, a vida se resume ao equilíbrio. Como você equilibra as coisas que são importantes para viver com qualidade e as imposições da vida – como fazer dinheiro suficiente para pagar as contas e sobreviver? As pessoas nas zonas azuis possuem as mesmas preocupações que você e eu. Elas se preocupam com seus filhos, com a sua saúde, com o seu

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Como o ambiente contribui para a saúde de uma população? Ambientes são especialmente importantes à saúde e ao bem-estar – e eles são absolutamente únicos nas zonas azuis, onde as pessoas levam vidas “recompensadoramente inconvenientes”: elas caminham até as lojas e as casas


Você cita a fé e o pertencimento a um grupo como fatores determinantes para a longevidade. Fale sobre isso. A fé é o único elemento que a maioria das zonas azuis centenárias tem em comum. As pessoas que frequentam serviços religiosos possuem uma possibilidade cerca de um terço menor de morrer num dado período qualquer do que aqueles que não o fazem. Mesmo entre os não fiéis, aqueles com crenças espirituais têm menos depressão, melhor imunidade e taxas mais baixas de doenças cardíacas. Não importa qual a fé ou prática espiritual que você segue. Pessoas com qualquer crença dessa natureza tendem a ter redes sociais maiores, mais apoio social e um maior sentido de propósito. É importante ter tempo todos os dias para reduzir a marcha. O estresse contínuo provoca uma inflamação crônica que leva ao envelhecimento precoce. Depois do tabagismo, o estresse é provavelmente a coisa mais prejudicial que existe para o seu corpo. Não dê desculpas para aceitar o estresse em sua vida. Faça algo para melhorar, a fim de que você

possa ser mais saudável, mais feliz e ter mais tempo para aqueles que você ama. Eu também acho que a tendência ao isolamento é um erro. Desça qualquer rua da América do Norte às nove horas da noite e você verá o brilho esverdeado da televisão ou do computador na janela. Nós nos tornamos uma sociedade cada vez mais isolada. Há quinze anos, o americano médio tinha três bons amigos. Agora são menos de dois. Sabemos que o isolamento tira bons anos da sua vida. Nosso trabalho nas zonas azuis mostra que se reconectar com sua comunidade religiosa e construir amizades com as pessoas certas, proativamente, pode fazer uma grande diferença. Você mudou sua vida depois de pesquisar as zonas azuis? Preciso contar uma história de como minha vida mudou depois da primeira expedição Blue Zones. Quando voltei para casa eu jurei que comeria de forma mais saudável e passaria mais tempo com minha família. Então, a cada verão, meu pai e eu montamos um grande jardim onde plantamos tomate, pimentão verde, berinjela, milho, feijão verde, beterraba, cenoura, cebola, alho e outras ervas, só para citar alguns alimentos. Eu fico ansioso para que chegue essa época. Não só é incrível o alívio de tensões, como meu pai tem me ensinado receitas criativas para tornar o sabor da comida melhor. É um grande desafio para mim às vezes, mas é importante. Quem gosta de comer alimentos que não são saborosos? Qual o seu maior sonho? Meu sonho é não apenas encontrar mais zonas azuis ao redor do mundo, mas seguir ajudando outros a encontrar suas próprias Blue Zones. Diante da epidemia de saúde que presenciamos na América agora, não há nada mais importante para nós e para as futuras gerações do que encontrar um jeito de fazer uma mudança realmente sustentável. Como pessoa, quando ouço histórias como a de Lynn Stansberry (bit.do/Lynn), tenho certeza de que esse é realmente um grande e gratificante propósito para ter. R

©iStock.com/JanakaMaharageDharmasena

de seus amigos; vivem em residências com oportunidades para se movimentar livremente; jardinam seus próprios quintais; amassam a própria massa de pão; e, no caso de Okinawa, levantam-se e tornam a descer até o chão várias dezenas de vezes por dia. Nas zonas azuis, as pessoas vivem em famílias fortes, que as mantêm motivadas para apoiar os entes queridos. Centenários seguem vivendo perto de seus filhos e sentemse amados. Em vez de meros receptores de cuidados, eles contribuem. Cuidam de jardins, colhem legumes, cozinham e limpam. Isto tem um efeito poderoso duas vezes: filhos e netos dessas famílias se beneficiam da sabedoria dos avós e cuidam dos centenários enquanto estes sentem a motivação para permanecer ativos, para sair da cama toda manhã e viver por um propósito. Todas essas pessoas vivem em cidades onde é fácil ir a pé para a casa de seus amigos, a uma loja ou à igreja. Então nos damos conta de que eles praticam cerca de 105 minutos de atividade física todos os dias – sem ser membros de uma academia!

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GASTRONOMIA

Ingredientes

Modo de preparo:

1 kg de filé ou postas de salmão

Forre um refratário com papel alumínio e disponha a peça de salmão com a pele voltada para baixo. Tempere com sal, pimenta do reino e alecrim a gosto. Acrescente as alcaparras, espalhando-as por toda a extensão do peixe, e finalize com o suco do limão. Leve ao forno préaquecido a 200 graus por 35 minutos. Antes de servir, despeje o óleo de oliva sobre o alimento.

Um vidro de alcaparras Duas colheres (sopa) de óleo de oliva

Embora seja um dos peixes mais calóricos que existem, o salmão é rico em vitaminas (especialmente D e as do complexo B), ferro, fósforo e selênio – além de constituir importante fonte de ômega 3, que ajuda a reduzir o colesterol ruim no organismo e melhorar a função plaquetária. Para completar, é um alimento extremamente saboroso! Nesta edição, trazemos uma receita de salmão com alcaparras para ser preparada no forno. Delicie-se!

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Suco de um limão Sal, pimenta do reino e alecrim a gosto

Acompanhamento Arroz de brócolis e batatas cozidas no vapor formam uma excelente parceria com o salmão.

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FÁCIL & SABOROSO

©iStock.com/ivanmateev

salmão


PAUSA

E SE... Por ROSELI SANTOS*

E

se o avião cair? E se o sol derreter? E se o leite envenenar? E se a água faltar? E se o coração parar de bater? E se a vida deixar de viver? Para onde vai o pensamento quando tudo escurecer? Haja fé para sobreviver, coragem para levantar, seguir sem saber, confiar e sair só por hoje, mais um dia, antes que anoiteça.

o avião pode derreter, o sol pode falhar, e o coração, faltar.

E se não houver amanhã? E se o hoje terminar? E se ele se matar? E se a dor vencer? Para onde vão os sentimentos quando tudo adormecer? E para onde vão os que não acreditam no além, em vidas passadas ou reencarnação? Para onde vão os que não sabem para onde ir? E se o medo assombrar? E se a vida falhar? E se o amor acabar?

E mesmo em trevas, em lágrimas e dor, a vida nos abraça todos os dias. E será assim até o final, mesmo negando a esperança, lutando contra tudo e contra todos. Nascemos e pronto. Não há mais caminho de volta.

Somos um sopro no mundo, um farelo de universo, uma vida sempre em construção. Por isso há que se prestar atenção mais à jornada do que ao seu fim, mais ao hoje do que ao ontem e ao amanhã. Por isso, ainda respiramos, ainda amamos e acordamos luz, embora nem sempre o dia esteja ensolarado.

Vivemos a interrogação eterna A trajetória é a do condicional, do experiência e a vida; nem que poderia ter sido, do própria antes, nem depois. agora, com tudo que poderá ser, cegos oOque se apresenta, diante do presente dias de sol, noites escuras, chuva e que aqui está tempestade, céu azul e

Nascemos e pronto. Não há mais como voltar, desistir antes de saber. Nascemos e já trilhamos o caminho em direção ao fim, sem chance de escolha, a não ser abreviando a vida, morrendo jovens ou sentados à beira da estrada, olhando o cortejo passar.

Vivemos a interrogação eterna do condicional, do que poderia ter sido, do que poderá ser, cegos diante do presente que aqui está. Único e possível, só nos resta o hoje, porque amanhã

flores. E cá estamos nós, temendo a partida, mas embarcando para a viagem, que pode ser longa ou curta demais, tranquila ou turbulenta, solitária ou não. Pode ocorrer de não chegarmos ao outro lado da rua, de morrermos no meio da noite. É provável envelhecermos, é possível que não. E se o leite faltar? E se o sol cair? E se o coração falhar? E se o avião bater? Bem... ao menos tentamos voar.

©iStock.com/RTsubin

*Jornalista

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CRESCER

CASA

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Na expectativa de dar à filha um irmãozinho e “fechar a conta”, a professora de inglês Michele Kaiser acabou surpreendida pela gravidez trigemelar que trouxe à luz os ruivinhos Marcelo, Matheus e Murilo. Tornar-se mãe de quatro crianças – o dobro do plano original – mudou a vida da gaúcha residente em Caxias do Sul e motivou até a criação de um blog para compartilhar experiências com outras mamães. Confira o relato exclusivo da própria Michele para a Revista R!


Divulgação/Antonio Valiente

A Descoberta Tenho 31 anos e sou casada com o Maurício há oito. Nesse período, contabilizamos quatro filhos, uma média de um a cada dois anos. Porém, nossa história não é bem assim.

olhamos, meu marido e eu, e o que saiu da minha boca foi: “mas, doutora, eu já tenho uma filha”. Ela disfarçou bem a cara de “e-eu-com-isso”.

Me considero muito tradicional. Namorei sete anos antes de casar, e só noivei com a data do casamento marcada. Como casei aos 23, quis esperar cinco anos até ter o primeiro filho. Seriam dois. Um menino e uma menina, não necessariamente nessa ordem.

Saí de lá arrasada, com o laudo na mão, e toda a organização da minha vida de ponta-cabeça. A médica nos disse que, muitas vezes, o organismo reabsorve um dos embriões no início da gestação por diversos motivos. Então, como não havíamos podido ainda ouvir os corações, deveríamos fazer nova ecografia em 10 dias.

Pois o meu perfil metódico e ansioso, muitas vezes creditado bobamente ao meu signo zodiacal, foi completamente desmentido quando descobri minha segunda gravidez, que era planejada, como tudo na minha vida. No dia 8 de março de 2013, após sentir um cheiro horrível na frente do meu prédio que só eu sentia, veio a suspeita de que estaria, então, grávida pela segunda vez. Já conhecia os sintomas, já tivera Mônica, um ano e sete meses antes. Ótimo, o irmãozinho deveria estar a caminho! Fiz exame de sangue e tive a confirmação naquele mesmo dia. Por orientação da obstetra, marquei ecografia e consegui para dali a duas semanas. Eu já estava deitada na maca quando meu marido, que havia me dito que não poderia comparecer, apareceu para acompanhar o exame. Só assim ele poderia acreditar no que estava por vir. A médica ecografista iniciou o exame com poucas palavras e, em seguida, anunciou o que eu não estava sendo capaz de compreender na tela daquele computador, talvez por bobeira ou por total incredulidade: “é, são dois sacos gestacionais”. Nos

No dia 2 de abril, já recuperada do choque, fiz ecografia em outro laboratório. Expliquei ao médico nossa situação, já preocupada com o bom desenvolvimento dos meus gêmeos. O médico iniciou o exame e nos disse: “bom, no primeiro saco gestacional está tudo bem, há um embrião e a vesícula vitelina. Só que no segundo saco há dois embriões – são trigêmeos!” Como é que é? O que você disse? “Plurivitelinos, dois idênticos e um diferente – bivitelinos e univitelinos na mesma gestação. E três corações batendo dentro da normalidade”. Dá pra imaginar algo assim? Saí daquela sala em choque e completamente apavorada. E agora? Terei quatro filhos com diferença de dois anos. Como isso foi acontecer comigo? Sem nenhum tratamento de fertilização? E então começou nossa preparação para receber mais três membros na família. Meus pais mudaram-se de Taquara para Caxias em agosto do ano passado. Alugaram um apartamento no condomínio onde moro. A ajuda deles e minha gratidão são imensuráveis. +

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O BLOG

Arquivo pessoal/Michele Kaiser

Trigêmeos? Tantas preocupações... Como vou poder dar atenção à Mônica? Será que algum dia poderei voltar a trabalhar? Como vou ter dinheiro para sustentar tantos filhos? Serei capaz de levar essa gestação até quantas semanas? Como poderão sobreviver em UTI se forem muito prematuros? Como vou cuidar e amamentar três? Foi aí que recorri à internet. Na rede, encontrei alguns blogs falando sobre trigêmeos e algumas situações vividas pelas mães. Mas muito pouco havia sobre prematuridade, preparação e detalhes importantes que interessavam a mim e poderiam interessar outras mães de múltiplos. Me questionei se poderia fazer e manter um site e reunir nele informações sobre isso tudo. Minhas irmãs me deram a maior força. Mas foi só quando fui obrigada a parar de trabalhar, nas 25 semanas, que me vi com tempo livre e decidi transformá-lo em algo útil, que poderia, também, me trazer alguma diversão. E foi assim, no dia 14 de agosto de 2013, que criei o blog. Nele, comecei contando nossa história e, em seguida, fui postando minhas preocupações e coisas que achei que poderiam ajudar outras mães. Quando os bebês nasceram, cerca de dois meses após a criação do blog (http://ostrigemeosdamichele.wordpress.com), comecei a postar nossas peripécias diárias, e muitos amigos, parentes e conhecidos passaram a usar o blog para saber como estávamos nos virando e matar a curiosidade sobre os bebês.

Encontrei muito pouco na internet sobre prematuridade e outros detalhes importantes para mães de múltiplos, então decidi criar o blog

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Nesse um ano de blog e quase um ano de vida dos trigêmeos, já dividi minha experiência, já pedi para outras mães me contarem as delas, já ajudei e tirei dúvidas enviadas a mim, já escrevi a minha opinião sobre tipos de parto, sobre amamentação, sobre o amor que construímos pelos filhos. Tem sido uma ferramenta excelente para mim, que me traz momentos prazerosos e muita interação com outras mães.

NOSSA ROTINA A rotina começou muito difícil, porque saí de uma gestação de repouso absoluto para um corre-corre que se resumia a hospital–casa–hospital. Os meninos ficaram sete dias na UTI neonatal e oito numa salinha de cuidados especiais para ganho de peso. Foram 15 dias visitando-os, com muitas preocupações, e retirando leite no lactário do hospital. Conversando com médicos e enfermeiras sobre o desenvolvimento deles. Cada grama que ganhavam era uma vitória! O caso deles não era muito grave, nasceram com cerca de dois quilos e 34 semanas de gestação. Apenas um mês antes de serem considerados “a termo”. Eram os maiores na UTI, que atendia, naquele momento, outras quatro crianças. Dessas, duas haviam nascido com menos de um quilo. Me sentia vitoriosa por ter conseguido levar a gestação tão adiante, pois, desde


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Quando finalmente tiveram alta, passei muitos dias cansativos cuidando deles em casa, me adaptando à nova vida com quatro crianças. Os dois primeiros meses foram exaustivos porque precisava cuidar durante o dia, com a ajuda dos meus pais, e também durante a noite. Uma vez por semana chamava técnicas em enfermagem que haviam cuidado deles no hospital para passar a noite aqui e eu poder dormir. Quando eles tinham dois meses, contratei a babá da Mônica para passar todas as noites, com exceção de sábado. Descobri que não existe, no mundo, prazer maior do que dormir sete horas ininterruptas. Amamentei sempre que pude, mas nunca exclusivamente porque não havia suficiente. Eles desde recémnascidos mamaram complemento intercalado com o leite materno. Aos seis meses, quando começaram a comer as comidinhas, parei de amamentar. Quando passaram a se alimentar de comidas como frutas, sopas e papinhas,

tornou-se mais fácil estabelecer uma rotina, e eles começaram a dormir mais horas de noite e fazer sonos mais longos durante as tardes, facilitando muito nossa vida.

“É muito importante para as mães ter algumas horas do dia fora da ‘bolha’ em que vivem com as crianças menores de um ano” Voltei a trabalhar quando eles tinham cinco meses, com total incentivo de minha mãe. Como consigo fazer meus horários e trabalho dando aula numa sala alugada aqui no meu condomínio mesmo, foi fácil voltar. É muito importante para as mães ter algumas horas do dia para sair da “bolha” em que vivem com as crianças menores de um

ano. Os assuntos em casa só têm a ver com os filhos, e faz muito bem pra saúde mental sair pra trabalhar, conversar com outras pessoas sobre assuntos diferentes. Hoje minha maior preocupação é com o bom desenvolvimento deles e da Mônica. Tento dar toda a atenção à minha filha mais velha para que não se sinta menos importante na casa, mas me sinto culpada quando não consigo atender os chamados dela. Acho que culpa é um sentimento muito comum entre as mães, que muito frequentemente se perguntam se estão fazendo um bom trabalho na criação de seus filhos. Não vejo a hora de chegar em casa do trabalho e ser derrubada no chão com abraços e beijos e um “oi, mamãe!” coletivo. Meus filhos são quatro, mas são muito tranquilos. Escuto com muita frequência de quem fica sabendo da nossa história a frase: “se um dá trabalho, imagina quatro!”. Como me considero uma pessoa muito otimista, rebato esse pensamento com: “se uma filha já me dava tanta alegria, imagina quatro!” R

Arquivo pessoal/Michele Kaiser

o princípio, essa era a minha maior preocupação.

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RESERVA OVARIANA: SAIBA MAIS SOBRE A SUA Por MARCOS HÖHER*

O que muitas pessoas não sabem é que esta mudança aumenta o risco de homens e mulheres se depararem com alguma dificuldade para engravidar. Vários fatores contribuem para isto: maior tempo de exposição à poluição ambiental, ganho de peso com o passar da idade, uso de drogas lícitas ou ilícitas e, no caso específico dos homens, uso de cuecas justas e longas jornadas sentados. A contracepção eficaz também tornou possível ter mais parceiros(as), algo que acaba por aumentar a chance de contato com algum microorganismo potencialmente nocivo à fertilidade. A postergação da maternidade faz, ainda, com que as mulheres ingressem numa faixa etária em que algumas doenças malignas e, até mesmo benignas, podem afetar o potencial reprodutivo. O surgimento da endometriose e dos miomas uterinos são bons exemplos. Vários são os fatores que podem prejudicar a capacidade reprodutiva do ser humano. Entretanto, nenhum é tão ameaçador à fertilidade feminina quanto o inevitável transcorrer da idade. A maioria das pessoas desconhece importantes fatos a respeito da fisiologia ovariana e, por isso, optam por realizar um planejamento de vida equivocado. Conheça alguns dados científicos a

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respeito do “envelhecimento ovariano” fisiológico: a. A quantidade de óvulos varia enormemente de pessoa para pessoa. Enquanto algumas mulheres nascem com um estoque de 2,5 milhões, outras apresentam pouco mais de 30 mil. b. Aos 30 anos, uma mulher com “boa reserva ovariana” tem, em média, apenas 10% da quantidade de óvulos que tinha ao nascer. Aos 35, apenas 5%. c. A cada mês são perdidos, de forma imperceptível, cerca de 1.000 óvulos, mesmo não havendo ovulações devido ao uso da pílula. d. A análise de exames de mulheres saudáveis (sem infertilidade, vícios ou doenças) e com ciclos menstruais regulares revelou que 26% tinham o estoque de óvulos menor do que o esperado. Atualmente é possível obter algumas orientações sobre o estoque estimado de óvulos de que cada mulher ainda dispõe. Pode ser identificado se o mesmo está dentro, acima ou abaixo do esperado para a idade. A avaliação da reserva ovariana permite o aconselhamento individualizado (baseado em informações obtidas após uma entrevista médica), a dosagem de um hormônio específico para este fim e a realização de ecografia dos ovários para contagem dos folículos (pequenas estruturas onde se encontram os óvulos) por profissional habilitado. Trata-se de uma ferramenta que pode colaborar para um melhor planejamento de vida da mulher que trabalha, estuda e ainda deseja ter filhos. *Especialista em Medicina Reprodutiva no Centro de Reprodução Humana Nilo Frantz – CRM 18876

©iStock.com/michaeljung

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ma das maiores revoluções comportamentais nos últimos séculos ocorreu a partir da década de 60, com a introdução das pílulas anticoncepcionais pela indústria farmacêutica. O eficaz controle da natalidade levou a uma acentuada diminuição do número de filhos por casal e à postergação da idade em que se engravida pela primeira vez.


©iStock.com/Antagonist74

O QUE É, AFINAL DE CONTAS, O PARTO HUMANIZADO? Por GUÍSELLA DE LATORRE*

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oticiado pela mídia, criticado por muitos, idealizado e desejado por tantos outros, o parto humanizado tornou-se uma realidade no cenário obstétrico brasileiro. Mas o que é, afinal de contas, um parto humanizado? Muito longe de ter um bebê sem segurança ou sem a assistência de um profissional capacitado, o desejo das mulheres que optam por um atendimento humanizado está em se tornarem as protagonistas do seu parto. Com o passar dos anos, o parto – que era um evento familiar e essencialmente feminino –, foi se descaracterizando. As mulheres ganharam segurança em muitos aspectos, mas acabaram perdendo o papel central no nascimento de seus filhos. Sem abrir mão da tecnologia, quando ela se faz necessária, e da segurança que ela nos proporciona, os profissionais humanizados oferecem às mulheres o direito de decidir sobre como e onde dar à luz. As equipes são compostas por profissionais habilitados e contam com todo o equipamento necessário para o momento do nascimento, que pode ocorrer na água, na banqueta de cócoras, na cama ou mesa de parto e até no chão, caso a mulher assim decida. Durante o trabalho de parto, a gestante pode permanecer acompanhada, movimentar-se, comer e beber o que desejar. São oferecidos diversos métodos não farmacológicos para o alívio

da dor e, no caso de não serem suficientes, a gestante conta com a possibilidade de realizar uma analgesia de parto feita com medicações de forma segura para mãe e bebê. A mulher pode decidir a respeito da depilação e das roupas que vai usar no momento do nascimento e tem total liberdade para expressar seus sentimentos. O parto ocorre num local tranquilo, com respeito à família que está nascendo naquele momento. O bebê vai direto para o colo da mãe, recebendo os primeiros cuidados. O cordão umbilical é cortado, após o término da pulsação, por quem a gestante indicar no momento. Em caso de cesariana, a mãe e o bebê também recebem toda a ajuda para que este momento ocorra da forma mais tranquila possível. O campo cirúrgico é rebaixado para que a mãe veja seu bebê nascendo, e ele vem para seu colo logo que o cordão é cortado. Após o nascimento, tanto nos casos de parto normal quanto nas situações de cesariana, mãe e bebê devem ter tempo para se conhecer, e a amamentação precisa ser estimulada desde a primeira hora de vida. A proposta de um parto humanizado está em deixar que a mulher decida sobre o nascimento de seu bebê, com todo respeito e segurança que esse momento merece. *Ginecologista e obstetra na clínica Obstare – CRM 26342

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CASA EDITORIAL

Estilo próprio REFLETIDO NO LAR Com filhos já crescidos e casados, os proprietários deste apartamento decidiram que era hora de renovar o espaço, priorizando a praticidade, o aconchego e a integração. Para dar conta do pedido, que também incluiu a preferência por tons neutros na maior parte da casa, os profissionais escolhidos buscaram cores e elementos que conferissem unidade visual e harmonia. Promover mudanças no lar de tempos em tempos, adequando os espaços a cada fase da vida, é algo que revigora até os próprios moradores. Afinal, quem não se anima com novidades, ainda mais quando são pensadas sob medida para o seu estilo? Foi exatamente assim no caso deste apartamento.

Fotos: Divulgação/Fischer & K

A fim de garantir a uniformidade entre os ambientes, materiais como laca em tom acamurçado, madeira, vidros e espelhos foram selecionados, pontuando os diferentes espaços para criar links visuais. “É uma ideia que sempre defendemos”, explicam as arquitetas Bárbara Fischer Röhnelt e Karen Arnold, que trabalharam no projeto ao lado da decoradora Jeane Fischer Röhnelt. Confira o resultado nas fotos e inspire-se para promover suas próprias mudanças também! Já no hall de entrada, a presença da madeira e o espelho, em harmonia com o tapete persa e a iluminação indireta, evidenciam o estilo da decoração. Para receber a família com conforto, um espaço único reúne churrasqueira, estar/TV, jantar e cozinha (fotos no topo desta página e no quadrante superior direito da página ao lado).

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Madeira no piso e nos armários; espelho no criado mudo; acamurçados na laca, estofados e cortina: tons e materiais eleitos para dar unidade visual à residência também pontuam os dormitórios do casal (foto) e de hóspedes, que ainda receberam papel de parede texturizado a fim de garantir o clima de aconchego.

No corredor, fotos da família personalizam o acesso à parte íntima do apartamento.


GUIA DO CENTRO CLÍNICO

GUIA DO Centro Clínico

Foto: Ita Kirsch/Divulgação

Cerca de 180 especialistas nas mais diferentes áreas. Exames e diagnósticos de última geração. E um mix de conveniências para facilitar a sua vida. Neste guia, você encontra tudo que o Centro Clínico Regina tem a oferecer!

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ESPECIALISTAS

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CENTRO INTEGRADO

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BOULEVARD

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MAPA DO CENTRO CLÍNICO

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GUIA DO CENTRO CLÍNICO ACUPUNTURA

CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA

Vera Garcia Rosa Sant’ Ana Acupuntura neurofuncional | Sala 501 | Fone (51) 3066.3970 ou (51) 8197.1060

Marcelo Brandão da Silva Cardiologia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601

ALERGOLOGIA (ALERGIAS)

Stelamaris Luchese Cardiologia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601

Maria de Lourdes Jäger Alergologia, homeopatia e pediatria | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635

CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

ANGIOLOGIA

Fábio Zell Cirurgia de cabeça e pescoço | Sala 706 | Fone (51) 3066.1621

Geovani Luiz Fernandes Angiologia e cirurgia vascular | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839

José Henrique Müller Cirurgia de cabeça e pescoço, otorrinolaringologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542

Luciano Alberto Strelow Angiologia e cirurgia vascular | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022

Marclei Brites Luzardo Cirurgia de cabeça e pescoço | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022

Luiz Fernando Cechella Junior Angiologia e cirurgia vascular | Sala 608 | Fone (51) 3066.6922

CIRURGIA DENTÁRIA

CARDIOLOGIA

Camila Martins Cirurgia dentária | Sala 202 | Fone (51) 3580.1000

Eduardo La Falce Cardiologia e medicina interna | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601

Claudia Ramazini Cirurgia bucomaxilofacial | Sala 601 | Fone (51) 3239.0604

Luiz Fernando Benini Cardiologia | Sala 201 | Fone (51) 3594.1777 Manoel Meine Cardiologia | Sala 409 | Fone (51) 3594.5304

Mário Leandro Carlet Odontologia, implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial | Sala 306 | Fone (51) 3582.4505

Fabrício Bervian Cirurgia plástica, estética e reparadora | Sala 706 | Fone (51) 3066.1621 João Paulo Bedin Cirurgia cosmética e estética | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635 Marcelo Gomes Cirurgia plástica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Marcelo K. Schmidt Cirurgia plástica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Renato Zanoveli Cirurgia plástica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Ricardo Varisco Cirurgia plástica | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606 Rodrigo Dreher Cirurgia plástica | Sala 705 | Fone (51) 3066.3033 Veimar Roberto Zortéa Cirurgia plástica e medicina estética | Sala 510 | Fone (51) 3594.4100

CIRURGIA GERAL Carlos Frota Dillenburg Cirurgia geral | Sala 504 | Fone (51) 3594.6922 Edivaldo Cordova Cirurgia geral e videocirurgia | Sala 303 | Fone (51) 3595.1170

Michele Steiner Odontologia, implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224

Fernando Schuler Cirurgia geral e videocirurgia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718

Renata Quintian Duarte Cardiologia | Sala 302 | Fone (51) 3066.4040

CIRURGIA PLÁSTICA

Ricardo Beuren Cardiologia | Sala 206 | Fone (51) 3594.4004

André Rosenhaim Monte Cirurgia plástica | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718

Guilherme Couto Cirurgia geral e coloproctologia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718

Oscar Ludwig Neto Cardiologia | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022

Isidoro Elpídio da Silva Schirmer Cirurgia geral | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601

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GUIA DO CENTRO CLÍNICO João Batista Couto Neto Aparelho digestivo e cirurgia geral. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197

Paulo Ricardo S. Kraemer Cirurgia torácica e fibrobroncoscopia | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461

Gabriela Zugno Reis Fisioterapia | Sala 609 | Fone (51) 9319.1600

Julio Cesar Barra Cirurgia geral e videocirurgia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718

Vivian Cristófoli Cirurgia torácica e fibrobroncoscopia | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461

FONOAUDIOLOGIA

Luis Carlos Galleano de Melo Cirurgia geral e videocirurgia | Sala 206 | Fone (51) 3594.4004

CLÍNICA GERAL

Tiago Luís Dedavid e Silva Cirurgia geral e coloproctologia | Sala 505 | Fone (51) 3594.5072 Valdir Natalício da Silva Cirurgia geral e coloproctologia | Sala 505 | Fone (51) 3594.5072

Julio Cesar A. Ibarra Clínica geral | Sala 605 | Fone (51) 3595.2126

Fernanda Sarquiz Bortolaci Fonoaudiologia | Sala 307 | Fone (51) 3527.3273 ou (51) 3527.3873

Luciano M. Furlanetto Clínica geral e terapia intensiva | Sala 504 | Fone (51) 3594.6922

Tatiana Lehnen de Almeida. Fonoaudiologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542

CLÍNICA MÉDICA

GASTROENTEROLOGIA

José Luiz Kraemer Clínica médica | Sala 502 | Fone (51) 3595.4866 Minéia Alves Clínica médica | Sala 703 | Fone (51) 3582.3726

DERMATOLOGIA Fátima Helena M. Sertorio Dermatologia | Sala 610 | Fone (51) 3593.3633 Luciana Rosa Grando Dermatologia | Sala 205 | Fone (51) 3398.9421 Luciane Allgaier Dermatologia | Sala 701 | Fone (51) 3035.7808 ou (51) 3035.7818 Simone Fleck Silveira Dermatologia | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635

DIABETES Amaury Leopoldino de Freitas Diabetes | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022

ENDOCRINOLOGIA Aline Damé D’avila Endocrinologia | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Eduardo Copstein Endocrinologia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606

CIRURGIA PEDIÁTRICA Mariana Seidl Orlandini Cirurgia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Sabrina Picolli da Silva Cirurgia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601

CIRURGIA TORÁCICA Leandro Pretto Orlandini Cirurgia torácica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601

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Ana Paula Lehnen Schuster Fonoaudiologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542

Laura Martins Endocrinologia. 1º subsolo | Sala 15 | Fone (51) 3035.6923

ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA Michele Hertz Endocrinologia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601

FISIOTERAPIA Daniela Rosa Fisioterapia dermatofuncional | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839

Alexandro de Lucena Theil. Gastroenterologia | Sala 701 | Fone (51) 3035.7808 ou (51) 3035.7818 Cristiano André da Silva Gastroenterologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525 Gilmara Coelho Meine Gastroenterologia | Sala 409 | Fone (51) 3594.5304 João Batista Pinheiro Gastroenterologia e hepatologia | Sala 303 | Fone (51) 3595.1170 Luciane da Silva Pereira Gastroenterologia | Sala 302 | Fone (51) 3066.4040

GERIATRIA Eliane Gomes Andara Beuren Geriatria e clínica geral | Sala 206 | Fone (51) 3594.4004 Jocinei Santos de Arruda Clínica geral, geriatria e medicina de família | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635 Paulo Roberto Luchesi Soares Clínica geral e geriatria | Sala 201 | Fone (51) 3594.5357

GINECOLOGIA Amadeu Simoni Röhnelt Filho Ginecologia e obstetrícia | Sala 303 | Fone (51) 3593.1444 Carolina Schuck Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Caticilene Botelho Ginecologia e obstetrícia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525 ou 9980.0597


Cecy de Conto Capp Kopper Ginecologia e obstetrícia | Sala 205 | Fone (51) 3581.2670

Ursula Jaeger Ginecologia e obstetrícia | Sala 604 | Fone (51) 3581.1119

Cláudia Salvadori Zaca Hematologia. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197

Fabiano Candal de Vasconcellos Ginecologia e obstetrícia | Sala 207 | Fone (51) 3593.7506 ou (51) 3581.2563

Walter Guilherme Geist Ginecologia e obstetrícia | Sala 509 | Fone (51) 3593.9891

INFECTOLOGIA

Guísella de Latorre Ginecologia, obstetrícia e colposcopia. | Sala 207 | Fone (51) 3593.7506 ou (51) 3581.2563

Marcelo Bitelo da Silva Infectologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525

MASTOLOGIA Bianca Seitenfus Mastologia | Sala 704 | Fone (51) 3066.4066

José Alexandre Sfair Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718

Gabriela Santos Mastologia | Sala 704 | Fone (51) 3066.4066

Liane Hopf de Barros Ginecologia e obstetrícia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606

Leônidas Machado Mastologia | Sala 704 | Fone (51) 3066.4066

Luciana Andréia Vitale Ginecologia e obstetrícia | Sala 204 | Fone (51) 3035.1040

MEDICINA ESTÉTICA Clínica Zaffy Medicina preventiva e estética | Sala 705 | Fone (51) 3066.3033

Luiz Roberto Bastian da Cunha Ginecologia e obstetrícia | Sala 509 | Fone (51) 3593.9891

Gianna Zaffari Frey Medicina estética e medicina preventiva | Sala 705 | Fone (51) 3066.3033

Marcos Medeiros Souza Ginecologia e obstetrícia | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635

MEDICINA INTERNA

Marilene S. de Corvelo Ginecologia e obstetrícia | Sala 604 | Fone (51) 3581.1119

Jose Fernando Pires Medicina interna e terapia intensiva | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839

Michela Fauth Marczyk Ginecologia, obstetrícia e mastologia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606

NEONATOLOGIA

Patrícia Steinmetz Franco Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718

Kátia Segala Zilles Neonatologia e pediatria | Sala 204 | Fone (51) 3035.1040

Roberta S. Holme Ginecologia e obstetrícia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606

HEMATOLOGIA

Simone Menegussi Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718

Natalício Kern Filho Hematologia e clínica geral | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022

NEUROCIRURGIA Alcides Brandalise Júnior Neurocirurgia e neurologia | Sala 305 | Fone (51) 3527.3458

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GUIA DO CENTRO CLÍNICO Daniela Carla Lunelli Neurocirurgia | Sala 602 | Fone (51) 3066.6699

Diógenes Franco Oftalmologia | Sala 703 | Fone (51) 3582.3726 Graciano Quadros Fochesatto Oftalmologia, retina e vítreo | Sala 706 | Fone (51) 3066.1621

Felipe M. L. Cecchini Neurocirurgia | Sala 602 | Fone (51) 3066.6699

João Arthur Trein Junior Oftalmologia | Sala 208 | Fone (51) 3524.2000

Fernando Schmidt Cirurgia da coluna vertebral e neurocirurgia | Sala 310 | Fone (51) 3593.4746

ONCOLOGIA Andrey Manfro Oncologia e quimioterapia | Sala 503 | Fone (51) 3593.3291

Ivan Hack Neurocirurgia e neurologia | Sala 305 | Fone (51) 3593.6502

Antônio Fabiano Ferreira Filho Oncologia clínica e quimioterapia. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197

Ricardo Gurgel Rebouças Neurocirurgia | Sala 602 | Fone (51) 3066.6699

Daniela Lessa da Silva Oncologia clínica e quimioterapia. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197

NEUROLOGIA Pedro Celso Cecchini Neurologia | Sala 602 | Fone (51) 3066.6699

Ricardo Vitiello Oncologia e quimioterapia | Sala 503 | Fone (51) 3593.3291

Roberto Jardim Gallo Neurologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525

ORTODONTIA Celeste B. Juchem Ortodontia | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224

NEUROPEDIATRIA

Márcia Fernandes Ortodontia | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224

Michele Sampedro Neuropediatria | Sala 209 | Fone (51) 3781.1739 ou (51) 9909.0401

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

NUTRIÇÃO

ODONTOLOGIA

Alice Müller Nutrição | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839

Fabiana C. Noal Granzotto Odontologia e estomatologia | Sala 707 | Fone (51) 3239.0812

Daiane Beza Nutrição | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525 Claudia Denicol Winter Nutrição | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839

Isabel C. Silvano Odontologia e odontologia protética | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224

Juliana Flores Nutrição | Sala 302 | Fone (51) 3066.4040

Luciane Garcia P. Nascimento Odontologia | Sala 405 | Fone (51) 4112.1399

Liliana B. C. Gross Nutricionista funcional | Sala 705 | Fone (51) 3066.3033

Matheus Machado dos Santos Odontologia | Sala 405 | Fone (51) 4112.1399

Lisiane do Amaral Claudy Nutrição | Sala 707 | Fone (51) 3239.0812

Matheus Piardi Claudy Odontologia e estomatologia | Sala 707 | Fone (51) 3239.0812

Márcia Illana Kopschina Nutrição e nutrição oncológica de adultos e crianças | Sala 201 | Fone (51) 3065.1229 Maria Salete C. Ceccon Nutrição | Sala 504 | Fone (51) 3594.6922 Mônica Werkmeister Schneider Ortomolecular, nutrição clínica e fitoterapia | Sala 405 | Fone (51) 3594.2563

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REVISTA R

Simone Hoffmann Odontologia | Sala 306 | Fone (51) 3582.4505

OFTALMOLOGIA Carlos Henrique Muniz Oftalmologia | Sala 208 | Fone (51) 3524.2000

Airton Marcos de Araújo Ortopedia e traumatologia | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Jorge Luiz Siebel Traumatologia e ortopedia | Sala 605 | Fone (51) 3595.2126

OTORRINOLARINGOLOGIA Camila Janke Lopes Otorrinolaringologia | Sala 506 | Fone (51) 3593.4925 Carlos Alberto Lehnen Otorrinolaringologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542 Carlos Alberto Lehnen Junior Otorrinolaringologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542 Eduardo Homrich Granzotto Otorrinolaringologia | Sala 707 | Fone (51) 3239.0812 Flavio La Porta da Silva Otorrinolaringologia | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 José Luiz Kieling Morsch Cirurgia da face, fonoaudiologia, medicina estética e otorrinolaringologia | Sala 507 | Fone (51) 3593.3524


Maria Beatriz P. Sudbrack Otorrinolaringologia | Sala 606 | Fone (51) 3594.8657

Daniela Drehmer Weck Pneumologia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601

Simone Mattiello Reprodução humana | Sala 402 | Fone (51) 3595.0011

Gustavo Menezes Lannes Pneumologia pediátrica | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461

REUMATOLOGIA

PSICOLOGIA

Rodrigo Bortoli Reumatologia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606

Arlete Kautzmann Rohde Psicologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525 Cátia Schmitt Psicologia | Sala 407 | Fone (51) 9978.8899 Fernanda Jaeger Psicologia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606 Helen Brenner Psicologia. 1º subsolo | Sala 15 | Fone (51) 3035.6923

PEDIATRIA Ceres Schmitz Cechella Pediatria e tratamento intensivo pediátrico | Sala 608 | Fone (51) 3066.6922 Ellen Marcia G. Manfro Pediatria | Sala 406 | Fone (51) 3594.6010 Ieda L. A. Miranda Pediatria | Sala 406 | Fone (51) 3594.6010 Maria Emilia L. B. Geist Pediatria | Sala 406 | Fone (51) 3594.6010 Pierre Silva Prunes Pediatria | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601

PILATES

Ivana Elia Schneider Panosso Psicologia | Sala 205 | Fone (51) 9976.5717 Soraya Mª P. Koch Hack Psicologia | Sala 304 | Fone (51) 3593.9285

UROLOGIA

Cleide Teresinha Piccoli Bruschi Clínica psicossomática | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635

André Kruse Urologia | Sala 303 | Fone (51) 3581.2288

PSIQUIATRIA Ângela Fleck Wirth Psicanálise e psiquiatria | Sala 309 | Fone (51) 3595.2272 João Steffen Trois Psiquiatria | Sala 504 | Fone (51) 3594.6922

Rosane Hack Pilates | Sala 501 | Fone (51) 3066.3970

PNEUMOLOGIA

Luciano Baroni Guterres Psiquiatria | Sala 407 | Fone (51) 8437.3071

Margit Stoffel Pneumologia | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461 Maria Madalena Klein Pneumologia | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461 Rodrigo T. Sertorio Pneumologia | Sala 610 | Fone (51) 3593.3633 Siegrid Janke Pneumologia | Sala 506 | Fone (51) 3593.4925

nh@nilofrantz.com.br nilofrantz.com.br

PSICOSSOMÁTICA

Lívia Nora Brandalise Psiquiatria | Sala 305 e 301 | Fone (51) 3593.6502 ou (51) 9928.7737

Jamila Bellicanta Fochesatto Clínica geral, pneumologia e espirometria | Sala 706 | Fone (51) 3066.1621

Sala 402 (51) 3595.0011

Antônio de Oliveira Lopes Urologia | Sala 506 | Fone (51) 3593.4925 Ary de Quadros Marques Filho Urologia | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839 João Pedro Bueno Telles Urologia | Sala 205 | Fone (51) 3398.9421 Lucas Lampert Urologia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Marlon Fiorentini Urologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525

REPRODUÇÃO HUMANA Carolina Pereira Reprodução humana | Sala 402 | Fone (51) 3595.0011 Clínica Nilo Frantz Reprodução humana | Sala 402 | Fone (51) 3595.0011 Marcelo Ferreira Reprodução humana | Sala 402 | Fone (51) 3595.0011

PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA

Marcos Höher Reprodução humana | Sala 402 | Fone (51) 3595.0011

Cinthia Scherer Vieira Pneumologia pediátrica | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718

Nora Lena Schneider Ginecologia, obstetrícia, reprodução humana e videocirurgia | Sala 205 | Fone (51) 3593.5641

REVISTA R

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GUIA DO CENTRO CLÍNICO

CENTRO INTEGRADO Cardiologia Avaliações Cardiológicas Computadorizadas 1º subsolo | Sala 18 | Fone (51) 3553.8930

Fleming Laboratório de análises clínicas. 2º subsolo | Sala 006 | Fone (51) 3065.2488

Oncosinos Clínica de oncologia. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197

Cecor – Centro de Ecodopplercardiografia Ecocardiograma bidimensional com doppler a cores (adulto e pediátrico), ecocardiograma transesofágico. 1º subsolo | Sala 16 | Fone (51) 3594.8668

Histolab Laboratório de patologia. 2º subsolo | Sala 005 | Fone (51) 3593.9469

Serviço de Atendimento ao Obeso (SAO) 1º subsolo | Sala 15 | Fone (51) 3553.8857

Diagnóstico Digital Ecografia, mamografia e densitometria óssea. 1º subsolo | Sala 13 | Fone (51) 3553.8888 Diagnósticos Regina Ecografia, densitometria óssea, raio-x, ressonância magnética, tomografia computadorizada. 1º subsolo | sala 01 | 2º subsolo | salas 001, 002 e 003 | Fone (51) 3553.8888 Exame Laboratório de análises clínicas. 2º subsolo | Sala 009 | Fone (51) 3594.6350

Litosinos Avaliação urodinâmica, litotrisia extracorpórea e litotripsia ortopédica. 2º subsolo | Sala 008 | Fone (51) 3593.8345

Unimed Vale do Sinos 1º subsolo | Sala 11 | Fone (51) 3525.0923

Medicina Nuclear Novo Hamburgo PET-CT (tomografia computadorizada por emissão de pósitrons). 1º subsolo | Sala 14 | Fone (51) 3581.4013 Neurocentro Eletroencefalografia digital com 32 canais. 1º subsolo | Sala 17 | Fone (51) 3527.3150 Ocular Center Diagnóstico em Oftalmologia. 1º subsolo | Sala 19 | Fone (51) 3035.3200

BOULEVARD Ana Derme Farmácia de manipulação. Térreo (Boulevard) | Sala 104 | Fone (51) 3527.4747 Atelier da Saúde Academia personalizada. Térreo (Boulevard) | Sala 113 | Fone (51) 3595.1991 Bradesco Posto de atendimento bancário. Térreo (Boulevard) | Sala 106 | Fone (51) 3524.0674 Caixa Econômica Federal Caixa eletrônico. Térreo (Boulevad) |Sala 105-B | Clínica Hamburguesa de Anestesiologia Térreo (Boulevard) | Sala 110 | Fone (51) 3035.2821

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REVISTA R

Colchão Inteligente Colchões sob medida. Térreo (Boulevard) | Sala 109 | Fone (51) 3279.7144

Qualitá Laboratório de análises clínicas. Térreo (Boulevard) | Sala 101 | Fone (51) 3035.4151

Comunicare Aparelhos auditivos | Sala 111 | Em breve

SOMEHR – Soc. Médica Hospitalar Regina Prestadora de serviços médicos. Térreo (Boulevard) | Sala 112 | Fone (51) 3553.8882

Império Café Cafeteria. Térreo (Boulevard) | Sala 105 | Fone (51) 3581.4864 Óptica Bella Vista Térreo (Boulevard) | Sala 107 | Fone (51) 3035.1269 Panvel Farmácia. Térreo (Boulevard) | Sala 102 | Fone (51) 3581.1277

Unicred Cooperativa de crédito. Térreo (Boulevard) | Sala 114 | Fone (51) 3524.8976 Vaccino Clínica de vacinas. Térreo (Boulevard) | Sala 103 | Fone (51) 3066.0601


Mapa do CENTRO CLÍNICO

CLÍNICAS

• 6 andares de consultórios (pisos 2 - 7)

BOULEVARD/PORTARIA

A ENTRADIO CARDOSO AURÍC M . R D . AV

• Conveniências • Acesso Av. Dr. Maurício Cardoso

ACESSO ELA DE GINA PASSHAORSPITAL RE AO

SUBSOLO 1

• Diagnósticos • Acesso ao Hospital Regina

SUBSOLO 2 • Laboratórios SAÍDA R. SANTOS PEDROSO

GARAGEM 1 • Estacionamento Star Park

GARAGEM 2 • Estacionamento Star Park

ELEVADORES ACESSO A TODO O PRÉDIO

ESCADA

ELEVADORES ACESSO A BOULEVARD, S1, S2, G1, G2

ESCADA ACESSO A BOULEVARD, S1, S2, G1, G2

ACESSO A TODO O PRÉDIO

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SENSORIAL

A CABO DIEGO GRANDO

Passa o cabo pela fresta pelo vidro, seca a testa Passa o cabo pelo furo rodapé, parede, muro Passa o cabo e passa mais acima de cem canais (futebol em alemão notícia do mundo inteiro cotação e previsão do tempo e do dinheiro) pela mão do instalador que nem sabe onde pôr as mãos quando algum cliente sem saber que ele não mente faz pergunta de dar nó: de todos esses, existe algum que você assiste?

©iStock.com/Kreatiw

“Não sei” ele diz, e só

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REVISTA R


Nós cuidamos da sua segurança para que você possa cuidar do que é mais importante: a sua família.


A gente se sente melhor quando está perto. Centro Clínico Regina, um polo de serviços que aproxima pessoas.

Av. Dr. Mauricio Cardoso, 833 | Novo Hamburgo www.centroclinicoregina.com.br | 3594 4900


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