ANO 1 | EDIÇÃO 4
CONSUMO CONSCIENTE Jovem adepta da filosofia “zero resíduo” fala sobre estilo de vida e sustentabilidade CONFIRA TAMBÉM: MÚSICA • LITERATURA • SAÚDE • BEM-ESTAR
O ESSENCIAL É surpreender
alta CITTÀ residencial
MOSMANN INCORPORAÇÕES - CENTRAL DE VENDAs av. dr. maurÍcio cardoso, 1776 | novo hamburgo | rs - fone: 3066.7989
CONTEÚDO
30
RESÍDUO ZERO A nova-iorquina que vive sem gerar lixo
25
PRIMEIRO MUNDO Tratamentos e exames de ponta no Vale do Sinos
10
O MUNDO EM LIQUIDAÇÃO Como o consumo sem limites afeta o planeta
34
CHEESECAKE DE MIRTILO O famoso “blueberry” é saudável e delicioso
OBJETOS DE DESEJO Produtos para vários estilos de vida
18
DESIGN LIMPO Minimalismo dá o tom em apê de jovem solteira
4
REVISTA R
20
40
GIGANTES DE GELO Embarque rumo aos glaciares argentinos
38
A GÊNESE DA LIDERANÇA Permita que seu filho se torne um líder
“Nós acreditamos ser os consumidores, mas somos os consumidos.” (Bryant McGill)
EXPEDIENTE: ABERTURA Chega de viver no automático
PRESCRIÇÃO Pílulas de cultura para fortalecer a mente
VITAL Saúde, equilíbrio e boa informação
PAUSA O cotidiano sob a óptica de Roseli Santos
CIÊNCIA Para quem quer saber mais
CRESCER Conteúdo para pais e mães
GUIA DO CENTRO CLÍNICO Profissionais, serviços e conveniências
SENSORIAL Arte para sentir
06 08 10 36 37 38 42 50
Projeto editorial: Papa Branded Content Diretor de conteúdo: Douglas Backes Diretora executiva: Nathália H. Luvizon Jornalista responsável: Alvaro Bourscheidt Diretora de arte: Anelise van der Laan Diretor de criação: Rui Rehling Impressão: Gráfica Editora Pallotti Tiragem: 4.000 exemplares Circulação: março/2015 Foto da capa: Harvepino/iStock.com CENTRO CLÍNICO REGINA Síndico: Paulo R. Luvizon Vice-síndica: Fátima H. Maldaner Sertório Coordenação administrativa: Gisele de Abreu Conselho consultivo: Anderson Kieling, Inês Solange Mosmann, Juarez Dieter, Luciano Strelow, Ir. Ivoni Francisca Ferreira dos Passos e Ir. Simone Müller (Associação Congregação de Santa Catarina) Fale conosco: RevistaR@papa.ppg.br Curta a página: facebook.com/LeiaRevistaR Revista R é uma publicação trimestral da Papa Branded Content, em parceria com o Centro Clínico Regina. Distribuição gratuita. A reprodução de conteúdo poderá ser permitida mediante autorização por escrito. Artigos assinados expressam, exclusivamente, a opinião de seus autores. Todas as informações contidas na presente revista estão sujeitas a alteração sem prévio aviso. As únicas garantias para produtos e serviços mencionados são as estabelecidas nos termos oficiais que os acompanham. Não obstante os cuidados para prover conteúdo atualizado e de alta qualidade, a Papa Branded Content, o Centro Clínico Regina e seus parceiros não poderão ser responsabilizados por eventuais omissões ou imprecisões nesta publicação, dado seu caráter meramente informativo. Nomes ou símbolos de empresas contidos na revista, bem como de seus produtos e serviços, podem ser marcas registradas ou comerciais de seus respectivos detentores. Todas as imagens publicadas têm caráter estritamente ilustrativo.
REVISTA R
5
ABERTURA
CHEGA DE VIVER NO AUTOMÁTICO Por PAULO R. LUVIZON*
À
s vezes nem nos damos conta, mas boa parte das escolhas que acreditamos fazer no dia a dia não são escolhas de verdade. Somos compelidos a “pensar rápido”, embotando nossa capacidade de racionalizar decisões. Agimos instintivamente, copiamos modelos prontos, entregamo-nos a impulsos autoindulgentes. Vivemos no automático. Nos dias atuais, em que o mundo parece nos atropelar com tanta informação, com tantas opções e inacreditável velocidade, vemo-nos obrigados a tomar decisões em tempo recorde. Evoluímos para isso, afinal. Talvez estejamos até nos tornando menos humanos – e mais máquinas, capazes de responder a qualquer questão, imediatamente. A sociedade nos cobra opiniões e certezas sobre tudo – ninguém mais tem o privilégio da dúvida; já não se pode “perder tempo” com análises mais aprofundadas. Estamos contra ou a favor. Somos A ou B. Preferimos isto ou aquilo, lá ou aqui. O socrático “só sei que nada sei” foi enterrado. Sabemos tudo – ou imaginamos saber – e temos de provar isso a todo instante.
©iStock.com/HandmadePictures
No ímpeto de tomar decisões aceleradamente, acaba sendo mais fácil repetir padrões – e assim nos tornamos seguidores. De tendências; de pessoas; de nossas vontades; e de marcas. Usamos e compramos o que quer que supra nossas lacunas afetivas ou que o establishment determine. Se está na moda, achamos bonito. Queremos. Teremos. Mas as modas passam, e o ciclo de decisões automáticas nunca se encerra. Nossa desculpa é que, assim, “movimentamos a economia” – mas, lá no fundo, sabemos que o correto seria questionar este sistema a fim de modificá-lo. Só que é difícil, pois não cremos ter o tempo requerido. Então precisamos mudar! Reassumir o comando. Descobrir quem realmente somos e do que efetivamente precisamos... Antes que nossas decisões impensadas aniquilem o planeta. Que tal olhar para nossos hábitos de consumo e adotar uma postura mais consciente? Vamos pensar juntos – eis a proposta desta quarta edição da Revista R. Boa leitura! * Síndico do Centro Clínico Regina
6
REVISTA R
Divulgação/Gabriel Not
PRESCRIÇÃO
Assista ao show de Jéf na final do Breakout Brasil
Foi com simplicidade, sensibilidade e carisma que o gaúcho Jéf, natural de Três Coroas, venceu no ano passado o reality show “Breakout Brasil”, do canal Sony, e assegurou um contrato com a gravadora do grupo. Unindo a leveza de seu folk a composições próprias cheias de amor e admiração pela vida, o artista terá seu álbum produzido por um dos jurados no programa – o músico Lucas Silveira, da banda Fresno. As gravações, inteiramente realizadas em São Paulo, já foram concluídas, e a chegada do trabalho ao mercado está prevista para os próximos meses. Antes de assinar com a Sony, Jéf já havia lançado o disco independente “Leve”, que pode ser ouvido e baixado gratuitamente em seu site oficial (www.ojef.com.br). No novo álbum, composto por dez faixas, cinco serão regravações do projeto anterior, com direito a novos arranjos. Enquanto “Leve” e “Pra colar” vêm praticamente sem alterações, “Tão pra lá” ganha uma levada mais rock, e “Com você” ressurge com ares mais modernos. Já a canção “Quando você voltar” aparece em roupagem completamente nova.
Eles talvez sejam o mais próximo a que já se conseguiu chegar do lendário grupo britânico Queen desde a morte do verdadeiro Freddie Mercury. Os argentinos da banda-tributo God Save The Queen – formada por Pablo Padin (vocal), Francisco Calgaro (guitarra), Ezeguiel Tibaldo (baixo) e Matias Albornoz (bateria) – dedicam-se desde 1998 a recriar nos palcos as performances do quarteto famoso por clássicos como Bohemian Rhapsody, Radio Gaga, We Will Rock You e We Are The Champions. Girando no circuito internacional desde então, a banda consolidou-se como o melhor e mais consagrado tributo ao Queen do planeta, com shows envolventes e arranjos fiéis aos originais executados ao vivo, sem nenhum recurso de playback. Em turnê mundial com o espetáculo “The show must go on”, o grupo passa por Novo Hamburgo neste mês de maio, apresentando-se no palco do Teatro Feevale. Oportunidade ideal para deixar-se levar pelos covers impecáveis e pela detalhada caracterização da banda.
THE SHOW MUST GO ON God Save The Queen no Teatro Feevale 15 de maio de 2015, às 21h
8
REVISTA R
Divulgação/Javier Fernandes
HOMENAGEM AO QUEEN NO PALCO
Estrela do programa “Bela Cozinha”, do canal GNT, a apresentadora Bela Gil é uma adepta de uma alimentação mais leve e natural, sem se prender a uma determinada corrente em particular, muito menos abrir mão do sabor. Contrariando o mito de que comida saudável é sem graça, a filha do músico Gilberto Gil mostra que é possível comer de forma equilibrada, privilegiando ingredientes naturais, sem prejuízo ao paladar. O livro “Bela cozinha – as receitas” traz o passo a passo de 50 pratos deliciosos (alguns já apresentados no programa de TV da nutricionista formada em Nova Iorque/EUA, e outros selecionados especialmente para esta edição). As receitas são divididas em categorias como “petiscos”, “dia a dia” ou “molhos e sobremesas” – e todas vêm acompanhadas por um comentário sobre as propriedades dos ingredientes. Mais do que compendiar receitas, porém, a obra convida a uma reflexão sobre nossos hábitos alimentares e oferece dicas de pequenas mudanças que podem fazer uma grande diferença.
BELA COZINHA: AS RECEITAS Bela Gil
Divulgação/Globo
Globo Estilo, 176 páginas
TUDO QUE (NÃO) APRENDEMOS SOBRE A ARTE DE VIVER Roman Krznaric Zahar, 560 páginas
Encontrar respostas para viver melhor tornou-se o grande desafio do nosso tempo, mas as fontes de consulta raramente fogem aos campos da religião, da psicologia e da autoajuda. Há, porém, uma fértil área a que poucos recorrem para equacionar seus dilemas cotidianos: a própria história da humanidade. Para o historiador da cultura Roman Krznaric, a sabedoria ancestral pode ser adaptada às necessidades contemporâneas. Em “Sobre a arte de viver: lições da história para uma vida melhor”, o autor analisa essas lições, explorando doze temas universais: amor, família, empatia, trabalho, dinheiro, tempo, sentidos, viagens, natureza, crença, criatividade e morte. Krznaric resgata saberes fundamentais diante de desafios como o declínio do diálogo nas famílias, a insatisfação no trabalho ou a excessiva individualização do amor. Com a Grã-Bretanha da Revolução Industrial, por exemplo, há muito que aprender sobre a satisfação no trabalho; ou com os antigos peregrinos japoneses, sobre a arte de viajar. No livro destacam-se personagens de todas as épocas e partes do mundo – de Gandhi a Goethe, de Galileu a George Orwell. Com linguagem acessível, essa obra de “história aplicada” joga luz sobre as decisões que tomamos no dia a dia.
REVISTA R
Divulgação/Zahar
MESA SAUDÁVEL E CHEIA DE GRAÇA
9
©iStock.com/arekmalang
VITAL
O MUNDO EM LIQUIDAÇÃO Grande parte de nossas decisões de compra não tem relação com reais necessidades, mas com influências diversas – e assim estamos destruindo o planeta. A boa notícia é que, com informações adequadas e atitudes simples, nós podemos virar este jogo É comum que as pessoas se declarem preocupadas com a questão ambiental e com a finitude dos recursos naturais da Terra, mas a verdade é que poucas se reconhecem como parte do problema – e, entre estas, um grupo ainda menor é capaz de mudar seus hábitos para virar parte da solução. Geralmente, essa incoerência entre o desejo de preservação do planeta e as atitudes cotidianas não ocorre por uma grave falha de caráter – e, isto sim, pela ausência de uma compreensão mais abrangente do assunto. Esta percepção
10
REVISTA R
limitada, por sua vez, é absolutamente natural, já que somos constantemente bombardeados com mensagens publicitárias que incitam ao consumismo, ao mesmo tempo em que as consequências do nosso comportamento são mantidas bem longe dos nossos olhos. O lixo que produzimos, por exemplo, é constantemente transportado para destinos que a maioria de nós desconhece (e, embora gostemos de imaginar que tudo se recicle, a verdade é que
somente uma pequena parte dos nossos resíduos domésticos tem essa sorte). Assim, acabamos por não formar uma ideia real de quanto lixo produzimos como indivíduos ao longo de um mês, um ano ou até mesmo uma vida inteira. Eis o choque de realidade: em média, uma pessoa gera quase dois quilos de resíduos por dia, segundo a agência de proteção ambiental dos Estados Unidos. Por lá, cerca de 55% dos 220 milhões de toneladas de lixo gerado anualmente acabam em aterros sanitários – nada menos que a segunda maior fonte de emissões de metano no país entre todas que decorrem da atividade humana. Mas o lixo, pelo menos, ainda passa pelo nosso campo de percepção no dia a dia, mesmo que a logística do descarte impeça a consciência exata do problema. O fato é que há diversas outras questões a que deveríamos estar mais atentos – como o processo produtivo de tudo que consumimos e seu respectivo transporte.
O QUE OS OLHOS NÃO VEEM Com um pouco de boa vontade (e fontes confiáveis de informação, como o Instituto Akatu, uma ONG que prega o chamado Consumo Consciente), é possível avaliar o impacto ambiental das coisas que consumimos habitualmente e descobrir quais empresas estão mais comprometidas com a sustentabilidade. Desse ponto de vista, uma dica geral e bastante simples é dar prioridade a bens e alimentos produzidos localmente, pois longas viagens significam maior queima de combustíveis e, consequentemente, mais danos ao ambiente. Questões como o excesso de embalagens de determinados produtos também costumam passar despercebidas, mas a realidade é que cada invólucro desnecessário representa, potencialmente, um enorme prejuízo aos recursos naturais. Isso porque a maioria dos materiais ditos “recicláveis” acaba não sendo, efetivamente, reciclada – e os motivos para isso são vários, inclusive o alto custo e as dificuldades técnicas para, por exemplo, separar as camadas de diferentes materiais que formam as caixinhas dos produtos “longa vida”. Há inúmeras estratégias que podem ser adotadas para uma atitude de consumo mais consciente (no box à parte, confira os 12 princípios catalogados pelo Instituto Akatu), porém a grande questão parece ser uma só: os motivos pelos quais compramos. Há diversas coisas essenciais, é claro, mas basta fazer uma análise um pouco mais atenta para perceber que a maioria de tudo que compramos é composta de supérfluos. A verdade é que nossas decisões de compra são influenciadas por diversos fatores – desde o próprio humor (pois o consumismo, muitas vezes, é um paliativo para levantar a autoestima) até a publicidade, que atua para nos convencer de que “precisamos” de coisas certamente dispensáveis. Quando conseguimos resistir à tentação do consumismo e tomamos decisões mais racionais, a economia obtida é apenas um pequeno benefício, se comparada ao enorme impacto que esse tipo de escolha terá para o planeta ao longo do tempo. “Sair do automático” vale muito a pena! E pode ser o nosso legado para as próximas gerações. R
OS 12 PRINCÍPIOS DO CONSUMO CONSCIENTE 1. Planeje suas compras Não seja impulsivo nas compras. A impulsividade é inimiga do consumo consciente. Decida antecipadamente e, com isso, compre menos e melhor. 2. Avalie os impactos de seu consumo Leve em consideração o meio ambiente e a sociedade em suas escolhas de consumo. 3. Consuma apenas o necessário Reflita sobre suas reais necessidades e procure viver com menos. 4. Reutilize produtos e embalagens Não compre outra vez o que você pode consertar, transformar e reutilizar. 5. Separe seu lixo Recicle e contribua para a economia de recursos naturais, a redução da degradação ambiental e a geração de empregos. 6. Use crédito conscientemente Pense bem se o que você vai comprar a crédito não pode esperar e esteja certo de que poderá pagar as prestações. 7. Conheça e valorize as práticas de responsabilidade social das empresas Em suas escolhas de consumo, não olhe apenas preço e qualidade do produto. Valorize as empresas em função de sua responsabilidade para com os funcionários, a sociedade e o meio ambiente. 8. Não compre produtos piratas ou contrabandeados Compre sempre do comércio legalizado e, dessa forma, contribua para gerar empregos estáveis e para combater o crime organizado e a violência. 9. Contribua para a melhoria de produtos e serviços Adote uma postura ativa. Envie às empresas sugestões e críticas construtivas sobre seus produtos e serviços. 10. Divulgue o consumo consciente Seja um militante da causa: sensibilize outros consumidores e dissemine informações, valores e práticas do consumo consciente. Monte grupos para mobilizar seus familiares, amigos e pessoas mais próximas. 11. Cobre dos políticos Exija de partidos, candidatos e governantes propostas e ações que viabilizem e aprofundem a prática de consumo consciente. 12. Reflita sobre seus valores Avalie constantemente os princípios que guiam suas escolhas e seus hábitos de consumo. Fonte: Instituto Akatu | www.akatu.org.br
REVISTA R
11
©iStock.com/Eraxion
VITAL
AZIA RECORRENTE? PODE SER A DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO Por JOÃO COUTO NETO*
T
ambém denominada “pirose”, a azia é um sintoma típico do refluxo gastroesofágico. Trata-se de um problema relativamente comum e que em geral incomoda muito, obrigando os pacientes a procurar um médico em busca de solução. Embora a azia seja o sintoma mais frequente, outros também podem ocorrer – como regurgitação, dores no tórax e ao deglutir; salivação excessiva e náuseas; e, com menos frequência, pigarro e tosse crônica, podendo até simular asma. O médico deverá ser procurado sempre que os sintomas forem observados de maneira recorrente. O que acontece é que o contato prolongado do suco gástrico ácido com a mucosa do esôfago provoca a inflamação desse órgão, ou seja, a esofagite – que, em casos persistentes, pode desencadear no local a formação de úlcera, alterações celulares e mesmo câncer de esôfago. A chamada “hérnia de hiato”, que se caracteriza por um enfraquecimento do diafragma e consequente alargamento de seu orifício (pelo qual uma parte do estômago desliza em direção ao esôfago) é também uma das causas do refluxo.
1) Evite fumar. O cigarro invariavelmente diminui a proteção das mucosas do estômago. 2) Evite deitar-se ou fazer esforço com o estômago cheio. 3) Se estiver acima do seu IMC ideal, perca peso. 4) Evite roupas muito justas. O sobrepeso e o uso de vestuário apertado podem comprimir seu estômago, facilitando o refluxo. 5) Evite alimentos que prejudicam a digestão e facilitam o refluxo, como frituras, alimentos gordurosos, chocolates, condimentos fortes, excesso de alho, cebola e café. 6) Evite encher demais o estômago, pois a digestão se torna mais demorada, propiciando a ocorrência de refluxo. 7) Eleve a cabeceira da cama, principalmente se você costuma ter azia durante a noite. Utilize um calço de 10 cm a 15 cm. Não recorra a travesseiros: é a cama que deve permanecer elevada.
O diagnóstico é realizado através da análise dos sintomas e de exames complementares. O mais realizado é a endoscopia, podendo-se lançar mão, em alguns casos, de avaliações mais elaboradas, como pHmetria e manometria esofágica.
A cirurgia videolaparoscópica é uma alternativa para alguns pacientes, sendo de fácil execução e ótimos resultados. A operação consiste em fechamento do defeito no músculo diafragma (hiato) e a confecção de um novo mecanismo antirrefluxo com o estômago. A intervenção é rápida (menos de uma hora) e o paciente fica internado por apenas 24 horas, retornando ao trabalho de cinco a sete dias depois.
O tratamento passa por modificações no estilo de vida, medicamentos e, em determinadas situações, cirurgia. No âmbito da mudança de hábitos, podemos citar as seguintes recomendações:
Se você reconhece algum sintoma do refluxo gastroesofágico, procure seu médico! Ele saberá avaliar seu caso de forma individualizada para orientar quanto à melhor forma de tratamento.
*Cirurgião membro do Colégio Brasileiro dos Cirurgiões, com treinamento em minilaparoscopia IRCAD (Strassbourg/Taiwan/Barretos) e membro da Sociedade Brasileira de Hérnia – CRM 25387
12
REVISTA R
©iStock.com/shironosov
CIRURGIA PLÁSTICA CADA VEZ MAIS SEGURA Por RICARDO VARISCO*
A
segurança dos pacientes candidatos a cirurgias plásticas eletivas – isto é, programadas – nunca esteve tão proeminente como nos dias de hoje. A triagem de doenças concomitantes, entre as quais diabetes, hipertensão arterial e alergias a determinados medicamentos, assim como a suspensão de drogas anticoagulantes, a suspensão do hábito de fumar, a perda de peso para candidatos obesos e outras precauções, tornaram as cirurgias plásticas mais seguras. Tais práticas diminuíram os índices de intercorrências e vêm dando cada vez mais resultados favoráveis e credibilidade aos nossos procedimentos. O uso correto de equipamentos e medicações na profilaxia do tromboembolismo mudou nossa antiga realidade.
Um verdadeiro ‘check-up’ é realizado antes de cada procedimento, minimizando riscos e garantindo maior sucesso
Cuidados antes e depois da cirurgia são muito importantes. Um verdadeiro “check-up” deve ser realizado de acordo com cada caso em particular, minimizando riscos e garantindo maior sucesso no procedimento – embora seja inexorável que, mesmo com todas essas medidas, ainda haja alguns riscos, e total garantia não possa ser dada. Não estamos falando, porém, de mais uma tendência. Estamos falando de algo que passou a ser regra: cirurgia plástica com segurança. *Cirurgião plástico especializado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – CRM 22812
REVISTA R
13
©iStock.com/AtnoYdur
VITAL
CIRURGIA ONCOPLÁSTICA DE MAMA: RESULTADOS EFICAZES E ESTÉTICOS Por LEÔNIDAS MACHADO*
A
cirurgia mamária evoluiu muito nos últimos anos devido ao manejo multidisciplinar no tratamento do câncer de mama. Não é mais possível que haja dissociação entre a estética e a oncologia nesse tipo de procedimento. Trata-se de uma nova fase para a mastologia e para a cirurgia plástica e reconstrutora. O cirurgião da mama deve conhecer em profundidade os conceitos em cirurgia plástica e os princípios oncológicos, pois os diversos tratamentos quimioterápicos, radioterápicos e hormonioterápicos podem influenciar nas abordagens cirúrgicas. Uma boa reconstrução mamária depende da identificação da técnica mais adequada à estética da paciente e aos seus riscos oncológicos e clínicos. Entretanto, a maioria das cirurgias mamárias ainda não segue os princípios oncoplásticos em sua totalidade. As primeiras tentativas de reconstrução mamária foram propostas em 1932, tentando dividir a mama oposta para reconstruir a mama retirada. A grande evolução da reconstrução mamária ocorreu nos anos 1980, após estudos clínicos controlados que compararam a cirurgia conservadora com a mastectomia radical, observando que não havia nenhuma diferença na sobrevida dos pacientes entre os dois grupos. A partir de então, começou-se a dar mais importância a uma cirurgia oncoplástica menos mutilante, permitindo a evolução das técnicas de oncoplástia mamária.
14
REVISTA R
O objetivo principal da cirurgia oncoplástica é melhorar a qualidade de vida das pacientes com tratamentos mais eficazes do ponto de vista estético-funcional, sem comprometer o resultado oncológico. A reconstrução mamária pode ser imediata ou tardia ao procedimento cirúrgico, dependendo de cada caso. Pode, ainda, empregar próteses de silicone ou expansores; ou material autólogo (TRAM ou grande dorsal). A determinação da técnica e do tipo de reconstrução mais adequada a cada caso deve levar em conta o tamanho e a localização do tumor, a proximidade com a pele e com o complexo aréolo-papilar, a perspectiva de tratamento complementar e as condições clínicas da paciente. É fundamental oferecer consultas explicativas de todos os passos cirúrgicos, recuperação, possíveis complicações, limitações, cicatrizes e outros, pois, muitas vezes, a expectativa das pacientes e de seus familiares é bem diferente da realidade do tratamento proposto. É importante dar as opções para cada caso e esclarecer todas as dúvidas. O cirurgião deve conhecer e estar apto a realizar todas as técnicas disponíveis e diagnosticar e tratar as indesejadas, mas existentes, complicações. Certamente a cirurgia oncoplástica veio para contribuir muito no tratamento do câncer de mama, pois proporciona um resultado estético satisfatório aliado ao resultado oncológico, auxiliando assim na autoestima e na recuperação psicológica das pacientes. *Médico mastologista na Clínica de Mastologia – CRM 25740
ALINHAMENTO DENTÁRIO E ESTÉTICA FACIAL Por CAMILA MARTINS*
A
estética do sorriso é o resultado da soma de vários aspectos positivos harmoniosamente distribuídos, por isso observamos nos consultórios a grande procura pela correção do desalinhamento dentário. Exibir um belo sorriso e ter os dentes alinhados é um sonho para muitas pessoas e, graças aos avanços da tecnologia odontológica, hoje qualquer um pode deixar o sorriso ainda mais bonito com uso dos aparelhos ortodônticos. Além de toda a importância estética que um sorriso bonito tem para a imagem pessoal, dentes alinhados promovem uma boa mastigação, melhoram a comunicação, podem auxiliar na prevenção das cáries (e de doenças que atingem a gengiva, os ligamentos e a estrutura óssea dos dentes) e também possibilitam uma higienização mais fácil e completa. A origem dos dentes tortos e dos problemas de mordida pode estar relacionada a fatores hereditários – apinhamento dentário, diastemas (espaços entre os dentes) e má oclusão. Já os fatores relacionados aos hábitos deletérios – como chupar dedo ou bico – podem também acarretar problemas nas arcadas. A Ortodontia é um ramo da Odontologia que se dedica à correção da oclusão dentária, tendo alcançado tamanho desenvolvimento técnico nos últimos anos que permite ao especialista obter excelentes resultados, tanto estéticos quanto funcionais. Quanto mais cedo acontece a visita ao dentista, mais acertada será a decisão, pois muitos dos problemas ortodônticos têm origem na falta de atenção que recebem os dentes de leite. Já para os adultos que não se encontram satisfeitos com a aparência de seu sorriso, ainda há tempo, pois com a gama de opções que a Ortodontia oferece, não existem mais limites de idade para iniciar o tratamento. Por fim, vale lembrar que a prevenção é a melhor alternativa para manter o sorriso alinhado e saudável!
©iStock.com/Sazonoff
*Cirurgiã Dentista – CRM 17218
Dentes alinhados melhoram a mastigação, a comunicação, a higiene e a saúde bucal
REVISTA R
15
VITAL
CIÊNCIA NUCLEAR A SERVIÇO DE MELHORES DIAGNÓSTICOS Por BELMONTE JUAREZ MARRONI*
E
specialidade médica que emprega métodos seguros e de baixa invasividade para obter informações que outros exames diagnósticos não conseguiriam, a Medicina Nuclear oferece hoje uma gama de novos procedimentos. Incorporando tecnologias, radiofármacos e métodos de análise avançados, esta ciência tem proporcionado relevante impacto clínico e terapêutico. Em termos de impacto por nova tecnologia, podemos citar o PET-CT oncológico (que, através da glicose marcada com átomo de flúor, permite realizar diagnóstico e estadiamento de muitos tumores, orientando os médicos oncologistas quanto à mais eficiente terapia a ser adotada), o PET-CT cerebral (que avalia o metabolismo da célula neuronal, permitindo a análise da substância cinzenta para caracterizar disfunção de memória, aspectos de comportamento e do diagnóstico diferencial das demências) e o PET-CT cardiológico (que avalia o metabolismo cardíaco em casos de grandes zonas infartadas, com a finalidade de diagnosticar o chamado “miocárdio viável”). No que diz respeito ao impacto por novos radiofármacos, têm se destacado o Octreoscan (molécula que permite diagnosticar tumores de origem neuroendócrina por afinidade de receptores de somatostatina na membrana tumoral), a cintilografia de perfusão cerebral (que avalia a perfusão regional neuronal do cérebro, de modo a permitir que se estime a atividade neuronal, sendo muito útil nos
Da mesma forma, o impacto de novos métodos de análise na Medicina Nuclear pode ser facilmente observado. É o caso, por exemplo, da pesquisa do linfonodo sentinela para tumores da mama e melanoma (determinando o linfonodo que estaria no caminho da disseminação tumoral), de maneira a evitar cirurgias extensas e desnecessárias. Igualmente, podemos citar a avaliação da linfocintilografia de membros inferiores – para definição de possível disfunção linfática – e a detecção intraoperatória de massa tumoral, em que se usa o Gama Probe (aparelho portátil composto de sonda de detecção e sistema de registro digital da radiação gama) na busca intraoperatória de nódulos ou tecidos suspeitos. No caso de mamas densas ou com microcalcificações suspeitas, o emprego de agulhamento tradicional pode ser substituído pela estereotaxia com radiotraçador. Por fim, lembramos que os métodos consagrados – como cintilografia de perfusão miocárdica, cintilografia de tireóide, cintilografia óssea e renal – permanecem dando sua contribuição para o estado da arte em medicina diagnóstica.
*Médico na Medicina Nuclear Novo Hamburgo – CRM 9304
©iStock.com/g3r1
16
casos de perda cortical – como nas demências, acidentes vasculares cerebrais e distúrbios do comportamento) e também o Trodat (material que transporta a dopamina nas sinapses do sistema dopaminérgico, possibilitando analisar o striatum na sua integridade funcional, com papel importante no diagnóstico diferencial do tremor essencial, do parkinsonismo de distintas etiologias e da Doença de Parkinson).
REVISTA R
©iStock.com/Sage78
CLAMÍDIA – UMA DST SILENCIOSA Por VLADEMIR CANTARELLI*
A
infecção por Chlamydia trachomatis é a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum em todo o mundo. Atinge indistintamente homens e mulheres e é transmitida por relação sexual desprotegida. A infecção inicial se localizada nas células que recobrem as mucosas do epitélio uretral ou cervical (entrada do útero), mas pode também infectar a mucosa anal e da orofaringe. A grande dificuldade na erradicação das infecções por clamídia se deve ao fato de a maioria das infecções não apresentarem sintomas, portanto não são diagnosticadas e tradadas. Cerca de metade dos homens e 75% das mulheres não apresentam sintoma algum. Quando ocorrem sintomas (1-3 semanas após o contato), estes estão associados à ardência e corrimento uretral, principalmente no homem. Na mulher, além dos sintomas uretrais, também pode haver secreção vaginal anormal e menstruação irregular. A infeção por clamídia, mesmo sem apresentar sintomas, pode levar, em médio e longo prazo, a consequências negativas para a saúde de homens e mulheres, incluindo infertilidade em ambos os sexos. Outras consequências são: doença inflamatória pélvica (DIP), obstrução tubária e gestação ectópica. Em mulheres grávidas, a infeção por clamídia pode provocar nascimento prematuro ou mesmo aborto. Crianças que nascem de mães infectadas podem apresentar conjuntivites ou pneumonia pela bactéria. Diagnosticar os pacientes com clamídia é essencial para a prevenção das consequências mais graves que acompanham esta infecção. Atualmente existem testes baseados na detecção do material genético desta bactéria diretamente nas secreções
genitais (uretral, endocervical) ou mesmo em urina. Estes testes apresentam alta sensibilidade e podem detectar a presença da bactéria mesmo em pequeno número, como acontece nos casos assintomáticos. Os testes ditos sorológicos, realizados no sangue do paciente, não são os mais indicados para o diagnóstico de infecções agudas por C. trachomatis – e, sim, para a investigação em caso de infertilidade ou doença sistêmica como salpingite, endometrite, doença inflamatória pélvica (DIP), etc. Isto porque nas infecções agudas não há produção de resposta em nível sérico. Nestes casos, resultados negativos em amostras de sangue não significam, necessariamente, ausência de uma infecção localizada recente. Além disto, um teste sorológico positivo pode significar apenas uma infecção passada, que pode inclusive já ter sido curada. Dada a importância de diagnosticar precisamente as infecções por clamídia, recomendamos a utilização de testes moleculares baseados na reação em cadeia da PCR para o diagnóstico preciso das infecções urogenitais causadas por este microrganismo. A infecção por clamídia pode ser tratada com antibióticos específicos. Por ser uma DST, é importante, nos casos positivos, que o parceiro também receba tratamento, mesmo sem apresentar sintomas. Não há vacinas contra clamídia, e a forma mais eficaz de prevenção é o sexo seguro com uso de preservativos.
*Diretor científico do Laboratório Qualitá e PhD em Microbiologia Médica e Bacteriologia pela Universidade de Osaka/Japão
REVISTA R
17
WISHLIST
DA TELA PARA O PAPEL Colocar no papel as imagens capturadas com a câmera do seu smartphone é uma tarefa para o Prynt – um “case” de celular capaz de imprimir instantaneamente as fotos que você tira. Com versões em desenvolvimento para os modelos mais recentes do iPhone (Apple) e do Galaxy (Samsung), o produto captou mais de 1,5 milhão de dólares através da plataforma de financiamento coletivo Kickstarter, arregimentando milhares de apoiadores. A fabricante promete entregar em outubro deste ano o primeiro lote do Prynt, atualmente em pré-venda por US$ 129 no site pryntcases.com. Outra funcionalidade interessante do gadget é a gravação de pequenos vídeos durante a captura de cada foto, que passa então a funcionar como uma espécie de “QR code”. Ou seja: usando o aplicativo incluído, basta enquadrar a imagem estática com a câmera do celular para vê-la ganhar vida na tela do aparelho!
Bebidas servidas em copos não costumam manter sua temperatura ideal por muito tempo, prejudicando experiências como a de tomar um bom café até o fim. Pensando nisso, dois estudantes norte-americanos decidiram buscar uma solução na tecnologia termodinâmica. A partir de materiais que mudam de estado físico para regular a temperatura, eles criaram a Javaskinz – uma capa de neoprene com duas opções de enchimento: uma para bebidas quentes, outra para geladas. Escolhido o kit, é só vestir o copo com a Javaskinz para conservar longamente a temperatura ideal. O módulo para bebidas quentes “derrete” sua estrutura interna com o calor da bebida e passa a transferi-lo de volta, praticamente dobrando o tempo de conservação (em testes, até 55min). Já o “pack” frio deve ficar alguns minutos no freezer antes de ser acoplado à manga de neoprene para manter o drink geladinho até uma hora além do usual. A partir de US$ 9.95 em javaskinz.com.
Divulgação/Javaskinz
Divulgação/Prynt
TEMPERATURA IDEAL
Se você é do tipo que adora ouvir uma boa música enquanto toma banho, este amplificador viva-voz para chuveiro é sua companhia ideal. À venda nas lojas Imaginarium por R$ 199,90, o produto resiste a respingos e conta com uma ventosa para fixação na parede. Capaz de se comunicar sem fios com smartphones dotados de conectividade bluetooth, o amplificador oferece também um recurso de viva-voz para atendimento de ligações telefônicas. Disponível para compra online no endereço bit.do/ampli.
18
REVISTA R
Divulgação/Imaginarium
MÚSICA E PAPO NO CHUVEIRO
Divulgação/Nanda Home
Divulgação/Hammacher
CHEGA DE SONECA
Num mundo dominado pelas “selfies”, não é surpresa que a fabricante desta torradeira tenha tido a ideia de dar a cada cliente a possibilidade de imprimir o próprio rosto em suas fatias de pão matinais. Com preço girando em torno de 70 dólares, o equipamento é vendido online (bit.do/ selfietoaster) e entregue com um par de lâminas padrão. Em seguida, já de posse do seu voucher de personalização, o comprador acessa o hotsite do produto e envia uma foto em alta resolução para ser transformada em lâminas exclusivas. Uma excelente maneira de deixar a sua marca no café da manhã, não?
Divulgação/Ô Amazon Air Water
CAFÉ DA MANHÃ COM A SUA CARA
De nada adianta programar um despertador para a hora certa se, ao acordar, a primeira coisa que você faz é esticar o braço na direção dele e apertar o botão “soneca” a fim de ganhar mais uns minutinhos. Com os despertadores Clocky e Tocky (bit.do/alarms), a história é outra: para tirar o dono da cama, eles saem, literalmente, andando pelo quarto. Tanto o Clocky, que tem rodinhas no melhor estilo “off-road” para encarar qualquer tipo de piso, quanto o Tocky (foto), que rola fácil graças ao formato de bolinha, possuem resistência de sobra para pular do criado-mudo e até mesmo se jogar escada abaixo se o caminho estiver livre para isso. O primeiro, com jeitão de robô, emite sons altos que lembram o R2-D2 de Star Wars, enquanto o outro pode tocar músicas em formato MP3 ou mensagens gravadas por você.
ÁGUA EXTRAÍDA DO AR “Ô Amazon Air Water” é a marca desta água extraída do próprio ar da Floresta Amazônica, com previsão de lançamento no final do ano. A novidade (que deve estrear no mercado europeu e numa maison exclusiva em São Paulo) é fruto da visão de quatro empresários brasileiros. A “água de ar” será produzida com uma tecnologia que captura e purifica a umidade atmosférica – uma das características mais pronunciadas da região amazônica. Sustentável, o projeto aposta em garrafas de vidro fechadas com uma biotampa de amido de milho, que, segundo os autores da iniciativa, se decompõe em cerca de 150 dias sem danos ao meio ambiente. Além disso, o produto tem PH equilibrado, e seu processo produtivo não gera resíduos. A empresa pretende também explorar energia solar e investir 25% dos lucros em projetos de conservação da Amazônia.
REVISTA R
19
EMBARQUE
GIGANTES DE NEVE E SEUS INFINITOS tons de azul
Dotado de um moderno aeroporto, estradas bem-sinalizadas e confortável hotelaria, o charmoso povoado de El Calafate, na província argentina de Santa Cruz, é o clássico ponto de encontro para aqueles que exploram a região patagônica. O clima frio, com média anual de sete graus centígrados, contrasta com a acolhida calorosa da cidadela esplendorosamente encravada às margens do Lago Argentino – mais ou menos no meio do caminho entre Buenos Aires e Ushuaia (esta, por sua vez, a cidade mais austral do mundo e que também vale muito a visita). Não por acaso, pacotes de viagem para a Patagônia Argentina geralmente incluem tanto El Calafate quanto Ushuaia entre seus destinos. Embora acanhada, com aproximadamente 20 mil habitantes e estradas quase sempre desertas, Calafate decidiu que não seria uma mera “base estratégica” para visitantes interessados no passeio ao Parque Nacional Los Glaciares. Em franco desenvolvimento turístico, o vilarejo oferece ótima
Provendo majestoso espetáculo na região mais austral do planeta, as geleiras da Patagônia Argentina são uma experiência mais do que cativante. Diante de glaciares como o imenso Perito Moreno (que, de súbito, desprende sobre as águas vastos pedaços de si), é impossível não se maravilhar com a grandiosidade da natureza. Para aventurarse por lá, El Calafate é o ponto de partida sua boa infraestrutura.
20
REVISTA R
©iStock.com/elnavegante
ideal – tanto pela proximidade quanto por
©iStock.com/PatrickPoendl ©iStock.com/Javarman3
Criado em 1937 e declarado patrimônio da humanidade em 1981, o Parque Nacional Los Glaciares ocupa uma área de 7.240 km², reunindo as maiores geleiras do mundo fora da Antártida. O conjunto é delimitado a oeste pela fronteira da Argentina com o Chile (entre os paralelos 49º15’ e 50º50’), compreendendo mais de 350 glaciares, com destaque para Perito Moreno, Spegazzini, Upsala e Onelli. Condores, pumas, cervos andinos, nandus-de-darwin e touros selvagens são alguns dos animais que podem ser avistados no parque. Para que se possa entender ao certo a imponência e o encanto dos glaciares, só mesmo estando de frente para um deles – em especial o mais famoso, Perito Moreno. Trata-se de um monstro com mais de 250 quilômetros quadrados de área (25% maior que a capital argentina, Buenos Aires). Um monumento natural em branco e incontáveis matizes de azul, tido como uma das mais importantes +
©iStock.com/jlazouphoto
Não há, porém, como dissociar El Calafate daquele que é o maior destino turístico da Patagônia Argentina. Entre os viajantes, o nome não se restringe à cidadela situada a oitenta quilômetros das geleiras; tornou-se uma alcunha comum à região inteira. Basta perguntar a um visitante típico quais suas impressões de Calafate: a resposta, invariavelmente, fará referência aos imensos blocos de gelo do Parque Nacional Los Glaciares. Afinal, não dá para dividir uma experiência que, em última instância, só pode ser definida como única.
PARQUE NACIONAL LOS GLACIARES
©iStock.com/grayleen
variedade de hotéis e pousadas, restaurantes (que servem desde comidas típicas até especialidades da culinária internacional), casas de chá e um bom circuito de compras com boutiques e casas de artesanato. A fauna local também captura o olhar, apresentando animais como o zorrino patagônico (espécie de raposa com uma faixa branca no dorso), o huemul (cervo sul-andino) e diversas aves típicas das regiões frias da América Latina, como o pato das torrentes.
REVISTA R
21
©iStock.com/Faabi
EMBARQUE
reservas de água doce do mundo. No local, um grande conjunto de passarelas permite admirar sua beleza de muitos ângulos – e também é possível caminhar sobre a geleira em expedições guiadas, com garras de aço (“grampones”) acopladas aos calçados. Outra forma bastante popular de observação do Perito Moreno são excursões com os chamados “gomones”, botes que navegam o pequeno lago formado em frente ao glaciar.
©iStock.com/ValterCunha
©iStock.com/elxeneize
Intrigando cientistas, a vasta massa de gelo mantém-se praticamente estável em tamanho, a despeito das constantes rupturas que apresenta como show privativo aos que se aventuram por lá. Presenciar o fenômeno, aliás, é uma oportunidade memorável; algo distinto de praticamente qualquer outra experiência de viagem. O som produzido pelo desprendimento de um enorme naco
22
REVISTA R
além do passeio ao Perito Moreno. Entre
Os destemidos não podem ir embora sem antes experimentar também um “trekking” sobre o glaciar. Com o acompanhamento de guias especializados e com os “grampones” devidamente acoplados, é possível andar sobre o gelo acumulado ao longo de milhões de anos. A paisagem na superfície do Perito Moreno é bastante irregular, repleta de elevações, fendas e até córregos provenientes do degelo.
Instalado a poucos quilômetros do centro,
elas, uma que merece especial atenção é o Glaciarium – Museo del Hielo Patagónico. num prédio cuja arquitetura alude aos glaciares, o museu usa a tecnologia para contar, sobretudo por meio de animações 3D, filmes e fotografias, a história da formação e da evolução do planeta. Tratase de um banho de cultura indispensável para quem pretende visitar os glaciares, ampliando sua compreensão para além da dimensão estética. E, como ninguém é de ferro, no subsolo do Glaciarium existe um bar feito inteiramente (sim, das paredes
MUSEU DO GELO PATAGÔNICO
aos copos!) de gelo glacial. O ingresso dá
Naturalmente, quem se hospeda em El Calafate encontra diversas atrações
para encarar a baixa temperatura - e
direito a vinte minutos no local - incluindo o empréstimo de vestimentas especiais várias bebidas para degustar.
©iStock.com/javarman3
©iStock.com/elnavegante
de gelo irrompe como uma explosão, prenunciando sua queda sobre as águas. Uma visão colossal!
CENTRO CLÍNICO REGINA
CENTRO INTEGRADO: DIAGNÓSTICOS E TRATAMENTOS DE PRIMEIRO MUNDO COMPLEXO INSTALADO NO SUBSOLO DO CENTRO CLÍNICO OFERECE ATENDIMENTO HUMANIZADO E RECURSOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO
N
©iStock.com/shironosov
ão são apenas os consultórios médicos distribuídos em seis andares, o mix estratégico de conveniências no térreo, nem os dois níveis de estacionamento à disposição dos usuários. O Centro Clínico Regina (CCR) é um polo realmente inteligente de saúde porque oferece também um completo leque de serviços para diagnóstico e tratamento de doenças. De um exame de sangue ou raio-x a uma tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET-CT), os recursos humanos e tecnológicos disponíveis no Centro Integrado (1º e 2º subsolos do CCR) permitem análises precisas e resultados rápidos, potencializados pela vizinhança com os consultórios. Não há motivos para correr entre múltiplos endereços a fim de obter exames solicitados pelo médico: no Centro Clínico Regina, tudo está sempre à mão. Nas próximas duas páginas, conheça melhor os serviços que funcionam no Centro Integrado (os números das salas e os telefones de contato podem ser conferidos na página 48). +
REVISTA R
25
CENTRO CLÍNICO REGINA
CARDIOLOGIA AVALIAÇÕES CARDIOLÓGICAS COMPUTADORIZADAS O que faz: Exames na área da cardiologia não invasiva e checkup cardiológico. Detalhes: Conta com equipamentos de alto padrão tecnológico, oferecendo ergometria computadorizada, eletrocardiografia, monitorização de eventos (loop event recording), monitorização ambulatorial de pressão arterial (Mapa) e monitorização da atividade elétrica cardíaca (Holter).
CECOR – CENTRO DE ECODOPPLERCARDIOGRAFIA O que faz: Ecocardiograma bidimensional com doppler em cores (adulto e pediátrico) e ecocardiograma transesofágico. Detalhes: O ecocardiograma bidimensional é um exame indolor que não apresenta contra indicações. Dura cerca de 30 minutos, mais 15 minutos para confecção do laudo, que é fornecido na hora. Já o ecocardiograma transeofágico exige jejum e leva aproximadamente uma hora, incluindo endoscopia do esôfago com anestesia tópica e sedação.
DIAGNÓSTICO DIGITAL O que faz: Ecografia, mamografia e densitometria óssea. Detalhes: Dispõe de ecografias pediátrica, vascular, pélvica, transvaginal (com doppler em cores); biópsias hepática, renal, de próstata e tumoral; drenagem de coleções; mamografia, ecografia mamária; ressonância magnética mamária; punção e biópsia mamárias; marcação pré-operativa; densitometria óssea para diagnóstico de osteopenia e osteoporose.
DIAGNÓSTICOS REGINA O que faz: Ecografia obstétrica 4D e geral, densitometria óssea, raio-x e mamografia digitais, ressonância magnética 1.5 Tesla, tomografia computadorizada 128 canais e PET-CT. Detalhes: Oferece amplo horário de atendimento para determinados exames – em alguns casos, até a meia-noite. Desde 2011 conta com equipamento de PET-CT único no Vale do Sinos, realizando precisos diagnósticos por imagem, inclusive de linfomas e tumores pulmonares. Esse tipo de exame não requer internação.
HISTOLAB O que faz: Análises laboratoriais de anatomia patológica, citopatologia e imuno-histoquímica. Detalhes: Através de exames macroscópicos para peças cirúrgicas e microscópicos para células e tecidos, o Histolab
26
REVISTA R
prima pela precisão de seus resultados. Neste sentido destacase o método imuno-histoquímico, que visa à identificação de características moleculares para diagnosticar doenças inflamatórias, infecciosas e neoplasias.
LABORATÓRIO EXAME O que faz: Exames de ácido úrico, bilirrubinas, cálcio, colesterol, creatinina, estradiol, fator reumatóide, ferritina, ferro, fosfatase alcalina, fósforo, gama - 6T, glicose, hemoglobina glicosilada, hemograma, hepatite A/B/C, HIV, IGE, magnésio, plaquetas, potássio, progesterona, prolactina, protrombina HJP, Sódio, PSA, T3/T4/T3L/T4L/TSH, T60/T6P, gravidez, testosterona, tipagem sanguínea, toxoplasmose, triglicerídeos, ureia e VHS, entre outros. Detalhes: Possui unidades em quatro cidades e também realiza coletas domiciliares ou empresariais mediante agendamento. Resultados podem ser consultados via internet.
LABORATÓRIO FLEMING O que faz: Análises clínicas e toxicológicas de 450 tipos, além de exames de paternidade por DNA e biologia molecular. Detalhes: Oitenta por cento dos exames são processados internamente, e o restante, através de grandes laboratórios de apoio no Brasil e no exterior. Resultados podem ser consultados via internet. Em parceria com os laboratórios GENE e Hermes Pardini, realiza ampla gama de exames de genética e biologia molecular.
LITOSINOS O que faz: Avaliação urodinâmica, litotripsia ortopédica e litotrisia extracorpórea. Detalhes: Realiza exame da bexiga (avaliação urodinâmica) para diagnosticar disfunções urinárias; tratamentos a laser para cálculos renais, ureter e bexiga (litotripsia extracorpórea); tratamentos a laser para esporão de calcâneo, epocondilite, pseudoartrose, bursite e fascite plantar (litotripsia ortopédica); e consultas urológicas.
MEDICINA NUCLEAR NOVO HAMBURGO O que faz: Exames cintilográficos, PET-CT e tratamento com iodo-131. Detalhes: Aliada ao Hospital Regina, a empresa realiza tomografias computadorizadas por emissão de pósitrons (PET-CT) com equipamento Siemens Biograph 16, oferecendo diagnóstico, estadiamento e avaliação do tratamento de cânceres. A Medicina Nuclear Novo Hamburgo também realiza cintilografias cerebrais, miocárdicas e ósseas, além de tratamentos com iodo-131 para hipertireoidismo, bócio e câncer de tireoide.
NEUROCENTRO O que faz: Eletroencefalografia digital com 32 canais. Detalhes: Realiza EEG (eletroencefalograma) para avaliação neurológica.
OCULAR CENTER O que faz: Diagnóstico em oftalmologia. Detalhes: Com exames e equipamentos de ponta, oferece PAM (Potential Acuity Meter), ceratoscopia computadorizada – topografia corneana, paquimetria ultrassônica, microscopia especular, ecografia ocular, campimetria computadorizada, biometria ultrassônica, papilografia, retinografia fluorescente – angiografia fluoresceínica, OCT (tomografia de coerência óptica), YAG laser e laser de argônio.
ONCOSINOS O que faz: Procedimentos para tratamento do câncer. Detalhes: Prima pelo atendimento humanizado e pela estrutura física que privilegia o conforto do paciente, possuindo também ampla rede de convênios. Oferece consultas com especialistas das áreas de oncologia clínica e cirurgia. Realiza procedimentos de quimioterapia, hormonoterapia, terapias-alvo e medicina molecular, além de cuidados paliativos para reduzir desconfortos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares.
UNIMED VALE DO SINOS O que faz: Autorização de requisições para clientes Unimed. ©iStock.com/Minerva Studio
Detalhes: Graças à proximidade com os consultórios médicos e demais serviços de saúde do CCR, o posto de autorizações da Unimed-VS disponível no Centro Integrado permite autorizar exames, consultas, procedimentos, terapias e internações com máxima agilidade. R
REVISTA R
27
A gente se sente melhor quando está perto. Centro Clínico Regina, um polo de serviços que aproxima pessoas.
Av. Dr. Mauricio Cardoso, 833 | Novo Hamburgo www.centroclinicoregina.com.br | 3594 4900
BATE-PAPO
O LUXO DELA É LIXO ZERO Quem vê a jovem Lauren Singer pelas ruas do Brooklyn, onde reside, talvez julgue se tratar somente de mais uma típica garota nova-iorquina, com visual descolado e aquele ar independente de quem vive seus vinte e poucos anos no ritmo da “Big Apple”. Essas impressões não estão equivocadas, mas são insuficientes para definir a autora do blog “Trash is for tossers” (trashisfortossers.com) e empreendedora responsável pela The Simply Co., que desenvolve produtos sustentáveis para o lar. Explorando os limites do chamado “consumo consciente”, Lauren está há quase dois anos e meio sem descartar nada que possa parar num aterro sanitário. Com conhecimento de causa e uma boa dose de atitude, ela abdicou de produtos descartáveis, apostou no reaproveitamento e encontrou alternativas ecologicamente corretas para todas as demandas do dia a dia. Nesses 16 meses de “lixo zero”, os poucos itens para os quais não encontrou destino sustentável ainda cabem num pequeno pote de vidro – onde permanecerão até que soluções ambientalmente amigáveis sejam oportunizadas. Nesta entrevista à Revista R, Lauren destaca os inúmeros benefícios descobertos em sua opção de vida.
Arquivo pessoal/Lauren Singer
O que significa viver com “lixo zero”? Significa que eu não mando nada para aterros sanitários, mas eu reciclo e faço compostagem. Tem sido assim há mais de dois anos. Não compro nada que venha embalado, mesmo que eu tenha de fabricar meus próprios produtos em alguns casos, pois me preocupo muito com o meio ambiente. Como você decidiu adotar esse estilo de vida? Tudo começou quando
30
REVISTA R
eu estava na New York University. Eu era acadêmica de Estudos Ambientais e tinha uma colega que todo dia levava uma sacola plástica com seu lanche num recipiente plástico, e garfo e faca de plástico, e uma bebida em garrafinha descartável... era tudo de plástico! E ao final da aula, ia tudo para o lixo. Eu via isso e ficava indignada, pois estávamos numa classe de Estudos Ambientais, e uma aluna produzia todo esse lixo! Isso não fazia sentido. Depois de uma dessas aulas,
preparando o jantar em casa, eu abri a geladeira e percebi que absolutamente tudo que eu tinha lá dentro vinha em embalagens plásticas. Então eu pensei “nossa, sou tão hipócrita! Fico indignada com essa colega que descarta tanto plástico, mas eu tenho tanto plástico quanto ela aqui, senão até mais, e vai tudo fora”. Naquele momento, decidi não usar mais plástico – não apenas reduzindo o que eu vinha usando, mas também encontrando alternativas para coisas que costumeiramente são comercializadas em recipientes desse tipo, como creme dental. Para me livrar dessas embalagens, eu tinha de aprender a fazer os produtos eu mesma, e nessa busca encontrei um blog chamado “Zero Waste Home”, iniciado por Bea Johnson, uma mãe de dois filhos que vive uma vida totalmente “resíduo zero” na Califórnia. Eu tinha 21 anos e logo pensei que, se uma família de quatro pessoas conseguia viver assim, eu poderia também. E abracei a ideia. As pessoas ao seu redor acabam se engajando nesse propósito? Eu acho que as pessoas estão, sim, sendo inspiradas. Eu recebo fotos, e-mails e comentários nas redes sociais o tempo todo, dizendo coisas como “você me inspirou muito a reduzir o volume de resíduos que produzo”... As pessoas estão realmente assumindo o controle e percebendo que
têm a opção e a oportunidade, como indivíduos, de promover mudanças ambientais positivas. Isto é, você não precisa fazer nada, exceto mudar a si mesmo, para fazer a diferença. E eu acredito que isso seja algo muito poderoso. Quem não está familiarizado com o assunto costuma pensar que uma mudança como essa pode tornar a vida mais complicada, mas você diz exatamente o oposto, não é mesmo? Minha rotina é exatamente a mesma que eu já tinha antes de optar pelo lixo zero. A mudança é apenas que agora eu uso outros produtos e faço compras de forma diferente. Então, quando eu levanto pela manhã e escovo meus dentes, em vez de fazê-lo com o creme dental comprado numa loja, uso uma pasta de dentes que eu mesma fiz. Depois do café da manhã, em vez de jogar fora os restos de comida, eu os composto. E agora eu como alimentos comprados em feiras de produtores, em vez de comidas embaladas que vêm do supermercado. São apenas pequenas coisinhas diferentes, mas eu estou economizando dinheiro e certamente me alimentando de forma mais saudável. Eu fiquei mais “minimalista” e meus níveis de estresse caíram drasticamente. Mas como você faz para reciclar ou reutilizar praticamente tudo
no seu dia a dia? Na verdade, tento não usar qualquer coisa que eu tenha de reciclar. Evito embalagens e, se eu tiver de comprar algo que é reciclável, vou me certificar de que possa mesmo reciclar. Por exemplo, eu compro o óleo de coco embalado, porque é algo difícil de encontrar a granel, então cuido para comprar em vidro, em vez de plástico. E me certifico de que essa embalagem seja 100% reciclável. Em outras palavras, eu não acho que a reciclagem seja uma solução; ela é uma boa opção que temos, mas prefiro evitar totalmente as embalagens e comprar só coisas que não tenham plástico. Você é a prova de que lixo zero – ou quase zero – é um projeto viável, mas muitas pessoas pensam que isso demandaria escolhas e mudanças muito grandes. Que dica você dá para quem deseja um impacto ambiental menor, mas não encontra a iniciativa ou a determinação necessária para isso? Por onde começar? Se você não tiver a determinação para isso, nunca vai funcionar. A mudança começa com o desejo de mudar, então não há como realizar sem querer. Para mim, a única razão para fazer isso foi que eu realmente queria mudar, ser melhor, causar um impacto menor e estar alinhada com meus valores, que são
cuidar do planeta e deixá-lo num melhor estado do que aquele em que o encontrei. Esses são os meus objetivos. Então, para as pessoas que não têm a determinação para essas mudanças, eu diria que nem vale a pena começar... mas para as pessoas que têm iniciativa, eu digo que o primeiro passo é olhar pra si mesmas e aceitar que podem mudar, fazer diferente e promover coisas boas para o planeta. Do ponto de vista prático do que fazer para reduzir seu impacto, a primeira coisa é olhar para sua lata de lixo e ver quais resíduos estão lá, porque você só pode combater um problema depois que o conhece direito. Quando eu olhei o meu lixo, encontrei muita embalagem de comida, pois eu a comprava em supermercados, e também +
“Não acho que a reciclagem seja uma solução. É uma opção que temos, mas prefiro evitar totalmente as embalagens”
REVISTA R
31
BATE-PAPO
havia embalagens de cosméticos e de desodorantes, tubos de pasta de dentes, essas coisas, além de restos de comida, como cascas de maçã e por aí vai. Então, para eliminar tudo isso, eu aprendi a comprar as coisas em volume ou sem embalagem; a fazer meus próprios produtos; e a compostar. Ou seja: identificando esses problemas e mudando apenas três coisas simples, eu eliminei praticamente todo meu lixo. Então este é o primeiro passo: olhe para o seu lixo, veja o que tem lá e pense no que pode fazer para reduzi-lo.
Arquivo pessoal/Lauren Singer
E quais seriam os estágios seguintes para essa política de zero resíduo? Bom, a segunda coisa que eu sempre sugiro é fazer pequenas mudanças para diminuir a quantidade de resíduos que você produz: em vez de usar as sacolinhas plásticas ou de papel do supermercado, leve sua própria sacola reutilizável; em vez de comprar garrafinhas de água mineral, use um filtro ou uma garrafa reutilizável; em vez de usar canudos de plástico, use um feito de aço inoxidável, que pode ser lavado e reutilizado indefinidamente. São mudanças bem pequenas, mas que fazem diferença. Por fim, o terceiro estágio seria aprender a fazer seus próprios produtos.
32
REVISTA R
Fazer os próprios produtos não é complicado? Não, não é difícil. Na verdade, sai mais barato e você economiza tempo, pois é mais rápido do que ir até uma loja e comprá-los. Eu adoro fazer meus próprios produtos porque assim tenho controle sobre os ingredientes que estão sendo colocados ali. É algo com o que você precisa se comprometer, é claro; é um estilo de vida. Mas um argumento muito comum para não se abraçar um estilo de vida mais “verde” é justamente o econômico, pois comida orgânica e produtos biodegradáveis quase sempre custam mais caro. O que você pensa disso? Eu acho importante não propagar esta conversa de que viver de forma sustentável é mais caro. Os produtos convencionais são artificialmente mais baratos porque os ingredientes utilizados e as embalagens utilizadas são feitas de materiais que são subsidiados: um monte de “junk food” é feito de milho, soja... produtos que são subsidiados pelo governo. Eles são muito baratos, mas definitivamente não são bons para nós, e ainda vêm empacotados em plástico, que também é subsidiado pelo governo. Então eles são artificialmente mais baratos, enquanto os produtos naturais, em grande parte, vêm em embalagens
Arquivo pessoal/Lauren Singer
de vidro, que é mais caro do que plástico e mais pesado para ser transportado – automaticamente, o preço vai ser mais alto. E como eles não são feitos com produtos subsidiados, mas com ingredientes naturais e orgânicos, não é que custem mais caro... É que os produtos convencionais são artificialmente mais baratos. O grande problema com os preços é que as coisas ruins para o planeta – como o impacto ambiental, o consumo de energia e os resíduos – não são devidamente calculadas na composição. Se você olhar apenas o preço final, o hambúrguer do McDonald’s pode ser mais barato que um feito por você mesmo com carne orgânica, mas o custo real ambiental é muito maior no produto de fast-food. E como se encaixam nesse contexto os produtos que você mesma faz? Os produtos DIY (do it yourself, ou faça você mesmo) também são mais em conta pelo impacto que têm no meio ambiente. Em feiras do produtor você pode comprar muito mais barato do que no supermercado e então produzir suas coisas com ingredientes naturais. Eventualmente, um desses insumos pode ser mais caro, mas não muito, e se você pensar no impacto e na qualidade do item, ele é muito mais barato. Eu não sinto
nenhuma falta de produtos industrializados. Na verdade, tenho uma pele muito melhor agora que uso produtos mais simples e em menor quantidade, assim como sabonete orgânico natural. E como eu não compro nenhum produto pronto, também economizo dinheiro. Para mim, só há benefícios.
“Eu ignoro as tendências e fico com as coisas de que gosto. Se meu telefone e minhas roupas estão boas, não vou trocá-los” Muitas indústrias são alimentadas pela chamada “obsolescência programada”, que ocorre quando um produto é desenvolvido com a intenção de que seja substituído pelos consumidores dentro de um determinado prazo – seja porque deixa de funcionar ou porque as tendências se movem para outra direção.
Isso se aplica à tecnologia, à moda e a muitos outros setores. Como você lida com esse tipo de coisa? Bem, eu acompanho as tendências; eu sei quando um novo iPhone está sendo lançado e tal, mas não vou trocar meu celular ou meu guarda-roupa por coisas que estão na moda, pois eu sei que toda “tendência” vai deixar de sê-la logo adiante. Eu prefiro ignorar as tendências e ficar com as coisas de que gosto. Se meu telefone ainda funciona, não vou trocar. Se minhas roupas ainda estão boas, não vou trocar também. E é algo difícil de fazer, porque é muito fácil se encantar com as novidades... Mas eu acho que, apenas ignorando as tendências e fazendo um monte de coisas, meu impacto ambiental é menor, eu economizo dinheiro por não comprar novas tecnologias o tempo todo e ainda me sinto melhor porque não estou constantemente preocupada em me afirmar, tendo que “ter as melhores coisas”. Você cria um círculo vicioso se tenta acompanhar as tendências, e isso não é necessário. Todas as minhas roupas vêm de brechós e, quando não quero mais alguma delas, vendo de volta para eles – e se não estiver mais usável, eu encaminho para serviços de reciclagem têxtil, que transformam tecido em outras coisas, como material de
isolamento térmico para casas. Você acaba de iniciar um negócio próprio. Conte-nos sobre isso. Minha empresa chamase “The Simply Co.”, e meu objetivo é desenvolver produtos de limpeza orgânicos e veganos. O primeiro produto é um detergente de roupas composto por apenas três ingredientes. Muitas pessoas afirmam que gostariam de usar produtos sustentáveis como os meus, mas que não têm tempo para fazê-los. Percebi que esse era um desejo de muita gente, então decidi criar esta empresa para fazer, manualmente, esses produtos. Eu acredito que as pessoas mereçam produtos seguros para seus lares, seus corpos e o meio ambiente, e eu não encontrei algo assim no mercado atual. Mais adiante vou lançar outros produtos, mas o meu grande objetivo com esta empresa é questionar o estado das coisas. Minhas três perguntas são as seguintes: Por que colocar tantos produtos químicos em tudo? Quando isso se tornou aceitável? E isso é realmente necessário? Ou seja, por que nós aceitamos tantos ingredientes tóxicos em nossos produtos, como isso aconteceu e quem deixou isso acontecer? E eu quero mostrar às pessoas, através da minha empresa, que você não precisa de produtos químicos tóxicos para limpar. R
REVISTA R
33
GASTRONOMIA
cheesecake ©iStock.com/pitcha28
DE MIRTILO
COLECIONE QUALIDADE DE VIDA! Receba a Revista R em casa! Acesse papa.ppg.br/revista-r e assine grátis! Oportunidade válida para Vale do Sinos, Vale do Paranhana e Região das Hortênsias.
Ingredientes 220g de creme de leite fresco
Massa 160g de biscoito de maisena 80g de manteiga amolecida
120g de açúcar de confeiteiro 3 ovos 1 colher (chá) de essência de baunilha
80g de açúcar Pitada de sal para realçar o sabor
Raspas de limão Calda
Recheio
150g de mirtilos previamente cozidos (2-3 min) com duas colheres de açúcar
600g de cream cheese
Modo de preparo No processador ou liquidificador, triture os biscoitos com a manteiga, o açúcar e o sal até obter uma farofa. Forre uma fôrma (se possível, de aro removível) com a mistura e deixe por uma hora na geladeira. Para o recheio, amacie bem o cream cheese numa batedeira. Acrescente o creme de leite e, aos poucos, o açúcar, em baixa velocidade. Junte os ovos, a essência de baunilha e as raspas de limão, batendo até homogeneizar. Despeje o creme de cheesecake na fôrma forrada com a massa e leve para assar, idealmente, por 1h30min em forno a 100 graus. A seguir, leve à geladeira para resfriamento. Na hora de servir, regue com a calda de blueberries. Se desejar, decore com mais mirtilos. Rende cerca de 10 porções.
Alimentos funcionais que complementam sua vida.
Atua nos períodos de TPM e Menopausa
Acerelera a queima de gordura
Regula os níveis de colesterol e triglicerídeos
Conheça mais sobre a linha Zèle: www.zelealimentos.com.br - ` Curta nossa fanpage: /zelealimentosfuncionais
©iStock.com/haveseen
Popular na Europa e nos EUA, o mirtilo (ou blueberry) é uma fruta de coloração azulada que vem recebendo crescente atenção no Brasil, onde inclusive já se cultiva a espécie, sobretudo em regiões de maior altitude e menor temperatura – como a Serra Gaúcha. Classificado como superalimento, o mirtilo possui forte ação antioxidante e alto valor nutricional (vitaminas A, C e E; potássio, cobre, ferro e zinco). A frutinha também tem propriedades anti-inflamatórias e de proteção celular, além de estimular mecanismos que eliminam substâncias cancerígenas. A saúde cardiovascular é igualmente favorecida pela ingestão regular do blueberry – que tem ainda baixo índice glicêmico e pouco mais de 30 kcal a cada 100 gramas consumidos. Para completar, o mirtilo é uma delícia – e fica ainda melhor em receitas como a deste cheesecake!
PAUSA
VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? Por ROSELI SANTOS*
A
ndo intrigada e apavorada com a quantidade de e-mails que recebo, diariamente, me oferecendo de tudo o que vocês puderem imaginar. Do nada, surgem pacotes turísticos para lugares paradisíacos, sites vendendo cosméticos, roupas, livros, sapatos, tudo e muito mais, sem que eu sequer suponha como me descobriram sem consentimento. “O globo é uma bola só”, diz a letra de uma canção do The Darma Lóvers, me lembrando dessa interligação de tudo e de todos, aleatoriamente ou não, nesse universo virtual, online 24 horas por dia, onde não há mais como ficar anônimo.
Não basta comprar o que é preciso. É preciso comprar. Não basta ter. É preciso querer mais. Não basta ir para algum lugar. É preciso viajar para todos os destinos do mundo. E assim, sucessiva e infinitamente, numa onda inconsciente que nos desperta vontades e gera aquela conhecida inveja da grama do vizinho, que sempre parece mais verde do que a nossa. Há uma histeria coletiva no ar. E lá vão todos em rebanho, iguais, para a mesma direção; inquestionáveis em suas escolhas, prédeterminadas sabe-se lá por quem; para as mesmas cidades, os mesmos restaurantes, as mesmas lojas, comprar as mesmas coisas, com as mesmas pessoas, com a mesma unanimidade.
Há uma histeria coletiva no ar. Vão todos aos mesmos restaurantes, às mesmas lojas, comprar as mesmas coisas, com a mesma unanimidade
Alguém nos observa e analisa em qualquer estabelecimento ou rede social e, quando menos se espera, já estamos na lista de prováveis consumidores de determinado produto ou serviço. É um bombardeio desleal diante da excessiva oferta, muito maior do que a procura, que acaba criando necessidades que nunca tivemos e nos leva a comprar coisas que jamais desejamos.
©iStock.com/kzenon
Movidos pelo turbilhão, é preciso ter cuidado com as armadilhas consumistas. Eu mesma já caí neste sistema perverso sem me dar conta, levando para casa mercadorias que nunca usei e acabei doando para outros, posteriormente. Puro impulso motivado por algum gatilho subliminar. Ganância entranhada no dia a dia do ser humano. *Jornalista
36
REVISTA R
Ainda bem que alguns se desgarram do rebanho, saem dos trilhos, abandonam a manada e se reinventam. Há vida além das centenas de panfletos com ofertas que lotam a sua caixa de correio, seja em casa ou pela internet, oferecendo sempre uma novidade fresquinha que você justamente não estava precisando, mas que, se bobear, compra e joga no lixo no dia seguinte. Saudade do tempo em que não tínhamos muitas alternativas para consumo e nem tantas necessidades. O jeans era de uma marca só, os biscoitos também, os aparelhos eletrônicos duravam para sempre e as novidades eram saboreadas vagarosamente, como as balas a granel compradas no único armazém da esquina da rua da nossa infância, que infelizmente não volta mais.
CIÊNCIA
IMPORTÂNCIA DO JEJUM E CONTROLE ALIMENTAR PARA DOSAGENS DE TRIGLICERÍDEOS
A
Por DAIANE LAUX CONTE1, JULIANA FAGGION LUCATELLI2 e MARA SARQUIZ3
hipertrigliceridemia é um importante fator de risco de doenças cardiovasculares (1,2). Assim, estudos nessa área se tornam de extrema relevância. O que vem sendo observado é que as dislipidemias são influenciadas por ampla gama de fatores, que inclui principalmente hábitos de vida e alimentares. (3) Segundo Costa e Borém (2003), a dieta é considerada como principal parâmetro de prevenção contra doenças crônico-degenerativas não transmissíveis (4). As dosagens de triglicerídeos sofrem variações biológicas (idade e gênero; variações diurnas e sazonais; dieta, consumo de álcool, cigarro, café, exercício físico, dislipidemias primárias – genéticas, dislipidemias secundárias – doenças crônicas, uso de drogas) e pré-analíticas (postura, obstrução venosa, material coletado) (5). A de maior amplitude parece ser referente aos hábitos alimentares, uma vez que a ingesta de alimentos com gordura saturada aumenta o valor calórico diário recomendado (6,7), sendo responsável inclusive por dosagens lipêmicas distintas diurnas e sazonais (8-11). A variabilidade biológica, bem como pré-analítica, pode representar até 15% das dosagens basais. Esses índices parecem pouco afetar os resultados daqueles que apresentam parâmetros dentro da faixa de normalidade, mas são significantes para os demais. Variações muito grandes na dosagem do colesterol e triglicerídeos podem muitas vezes prejudicar a conduta clínica. Com todo este conhecimento, o objetivo foi verificar a importância de um controle alimentar de 48 horas somado a um jejum de 12 horas antes das dosagens bioquímicas de triglicerídeos. Iniciamos o trabalho avaliando os resultados de triglicerídeos dos pacientes que realizaram seus exames no período de dezembro de 2014 no Laboratório Exame. Uma nova coleta foi solicitada a todos os pacientes com valores superiores a 200mg/dL, sugerindo um controle alimentar por 48 horas e as 12 horas de jejum. As dosagens das duas coletas foram realizadas com a mesma metodologia, seguindo os padrões pré-analíticos recomendados. Dos 53 pacientes que retornaram para realizar a nova coleta, 32 (60%) apresentaram valores significativamente (p=0,0073) mais baixos; 12 (23%) confirmaram os resultados da primeira coleta (considerando um desvio padrão inferior a 16% como variação) e 9 (12%) obtiveram valores superiores aos da primeira coleta, mas sem variação significativa (p=0,4392). Sendo assim, nosso estudo confirma o que foi observado no estudo de Schiavo et al. (2003) (12), onde o jejum de 12 horas deve ser acompanhado de um controle alimentar nas 48 horas anteriores à coleta para avaliar o real valor dos triglicerídeos.
Esses cuidados são importantes na obtenção de resultados laboratoriais confiáveis dos níveis basais de triglicerídeos de cada indivíduo. Desta forma, tais dosagens acabam auxiliando a conduta clínica, já que modificações na dieta são muito eficazes no controle de hipertrigliceridemias. Referências 1 - Austin, MA; Hokanson, JE e Edwards, KL. Hypertriglyceridemia as a cardiovascular risk factor. Am J Cardiol., 81(4A): 7B-12B, 1998. 2 - Nakaya, N. Hypertriglyceridemia as a cause of atherosclerosis. Nippon Rinsho., 60(5): 860-7, 2002. 3 - Fabiana M. de Andrade, Andréa C. Bulhões, Sharbel W. Maluf, Jaqueline B. Schuch, Francine Voigt, Juliana F. Lucatelli, Alessandra C. Barros, Mara H. Hutz. The Influence of Nutrigenetics on the Lipid Profile: Interaction Between Genes and Dietary Habits. Biochem Genet (2010) 48:342–355. 4 - Costa NMB, Borém A (2003) Biotecnologia e Nutrição: saiba como o DNA pode enriquecer os alimentos. Ed Nobel, São Paulo-SP 5 - Recommendations for Improving Cholesterol Measurement. A report from the laboratory Standardization Panel of the National Cholesterol Education Program. NIH Publication N°90-2964. Fevereiro, 1990. 6 - Conner, WE; Conner, SL. Dietary treatment of hyperlipidemia. In Hyperlipidemia, Diagnosis and Therapy. Rifkind, BM; Levy, RI (eds) New York: Grune and Stratton, 1977; 281-326. 7 - Grundy, SM; Barrett-Connor, E; Rudel, LL; Miettinen T; Spector, AA. Workshop on the impact of dietary cholesterol on plasma lipoproteins and atherogenesis. Arteriosclerosis 1988; 8:95-101. 8 - Costongs, GMPJ; Janson, PCW; Bas, BM; Hermans, J; Van Wersch, JWJ; Brombacher, PJ. Short-term and longterm intraindividual variations and critical differences of clinical chemical laboratory parameters. J Clin Chem Clin Biochem 1985; 23:7-16 9 - Rotterdam, EP; Katan, MB; Kunuiman, J.T. Importance of time interval between repeated measurements of total or high density lipoprotein cholesterol when estimating and individual´s baseline concentrations. Clin Chem 1987; 33:1913-15. 10 - Terpstra, J, Hessel, LW, Seepers, J, van Gent, CM. The influence of meal frequency on diurnal lipid, glucose, and cortisol levels in normal subjects. Eur J Clin Invest 1978; 8 :61-66. 11 - Warnick, GR; Albers, JJ. Physiological and analytical variation in cholesterol and triglycerides. Lipids 1976; 11:203-208. 12 - Marli Schiavo, Adroaldo Lunardelli, Jarbas Rodrigues de Oliveira. Influência da dieta na concentração sérica de triglicerídeos. J. Bras. Patol. Med. Lab. Vol. 39, n°4 Rio de Janeiro, 2003. 1,2 Biomédicas do Laboratório Exame 3 Bioquímica do Laboratório Exame
REVISTA R
37
DEIXE SEU FILHO VIRAR
um líder Em artigo disponibilizado no portal da prestigiada revista de negócios e economia Forbes (e lido por quase sete milhões de pessoas em pouco mais de dois meses), a coach de carreira e liderança Kathy Caprino comenta sete comportamentos parentais bastante frequentes que podem jogar contra a formação empreendedora das crianças. A autora, que trabalhou como 1. Não deixar que as crianças se arrisquem. A superproteção parece uma tendência social, mas embute efeitos adversos. Segundo pesquisas, crianças que não brincam fora de casa (e não têm a oportunidade de experimentar um belo joelho ralado) são mais propensas a fobias na fase adulta. Caindo, aprendem que isso é normal, assim como adolescentes amadurecem com suas desilusões amorosas. 2. Ajudá-los imediatamente. Gerações recentes de pais mais têm sido pródigas em correr ao socorro dos filhos, resolvendo toda sorte de problema por eles. O problema é que isso tira das crianças a oportunidade de navegar dificuldades e encontrar soluções. Alivia na hora, mas tolhe o potencial de liderança e conduz a adultos despreparados para lidar com a complexidade do mundo real. 3. Elogiar demais. Em vez de fortalecer a autoestima dos filhos, elogios sem motivo e “vistas grossas” para o mau comportamento são duas atitudes com sérios efeitos
38
REVISTA R
©iStock.com/carebott
Especialista aponta sete atitudes dos pais que costumam atrapalhar o desenvolvimento da independência nos filhos
terapeuta familiar antes de se tornar coach profissional, elaborou sua lista com base no trabalho de Tim Elmore, especialista em liderança e fundador da Growing Leaders – uma organização que busca orientar jovens para fazer deles os líderes do futuro. Confira as sete atitudes que prejudicam o senso de independência e o potencial de liderança de seus filhos:
colaterais. De acordo com estudos, ao perceber que só o pai e a mãe dizem que ela é fora de série, a criança começa a duvidar dessa avaliação, podendo aprender a trapacear, exagerar e mentir para driblar a realidade.
semelhantes às deles e quais as lições aprendidas. E lembre-se: os pais não são a única influência dos filhos, então têm de ser a melhor.
4. Deixar que a culpa atrapalhe a boa liderança.
Crianças inteligentes, talentosas ou influentes entre seus pares não estão, por conta disso, prontas para o mundo. A maturidade é um processo à parte, e não há uma “idade mágica do juízo”, nem um guia definitivo sobre quando uma criança deve ganhar liberdades específicas. Uma boa regra geral é observar outras da mesma idade. Se elas estiverem fazendo mais por si, aí sim, talvez você esteja atrasando a independência do seu filho.
Toda criança supera a decepção de ouvir um “não” dos pais. O que ela nem sempre supera é o impacto negativo de ser mimada. O melhor, portanto, é deixar que os pequenos lutem pelo que valorizam e necessitam. Eles têm de aprender que o sucesso só vem com boas atitudes. Recompensá-las materialmente também é uma armadilha, pois um relacionamento baseado nisso não promoverá a motivação intrínseca nem o amor incondicional. 5. Esconder erros do próprio passado. Adolescentes saudáveis querem alçar voos por si mesmos, e isso é bom, mas os pais podem ajudá-los a fazer as melhores escolhas. Compartilhar alguns erros seus de quando tinha a idade deles é positivo – mas evite “lições negativas” relacionadas a álcool ou drogas, por exemplo. Conte como se sentiu frente a experiências
6. Confundir inteligência, talento e influência com maturidade.
7. Não praticar o que pregamos. Exemplos e atitudes ensinam melhor do que palavras, portanto é fundamental que exista coerência entre as lições verbais e não verbais dadas aos filhos. Um bom começo é falar sempre a verdade e tomar cuidado com cada pequena decisão ética. Se você não pegar atalhos, seus filhos entenderão que isso não é admissível para eles também. Se você for altruísta e socialmente engajado, seus filhos provavelmente farão o mesmo.
FERTILIDADE PRESERVADA E ESTILO DE VIDA – ELES PODEM ANDAR JUNTOS? Por CAROLINA PEREIRA*
O cigarro contém inúmeros produtos tóxicos e cancerígenos – a nicotina, a mais conhecida; benzeno, monóxido de carbono, níquel, cianeto... Esses produtos conseguem chegar até o ovário da mulher, prejudicando a qualidade dos óvulos e aumentando sua perda. Pesquisas mostram que, comparando mulheres fumantes com não fumantes, as primeiras tem menores chances de gestação, naturalmente ou com tratamento de reprodução assistida como a fertilização in vitro (FIV). Da mesma forma, as fumantes podem demorar até um ano a mais, em relação às não fumantes, para engravidar. Importantíssimo: isso vale tanto para as tabagistas ativas quanto para as passivas (aquelas que convivem diariamente com fumantes). A obesidade (quando o Índice de Massa Corporal está acima de 25 kg/m2) é um grande problema de saúde pública. Sabe-se que o óvulo, ainda no ovário, tem sua qualidade prejudicada pela gordura excessiva. Isso influenciará de forma negativa as taxas de gestação das mulheres com peso acima do recomendado. Se for necessário FIV, a chance de ocorrer gestação e nascimento também será menor nas mulheres com sobrepeso e obesidade, quando comparadas a mulheres com peso recomendado.
O exercício físico, quando realizado de forma moderada, traz inúmeros benefícios – na perda de peso, que já vimos ser muito importante, na manutenção da glicemia adequada (quantidade de açúcar no sangue) e nos valores de outros hormônios no sangue, como os hormônios da tireoide. No entanto, atividade física não deve significar exaustão: pesquisas já mostraram que mulheres atletas ou com prática de exercícios intensos podem ter dificuldade para engravidar. O consumo de bebidas alcóolicas não está proibido, mas deve ser leve. Isso significa, no máximo, três unidades de bebida por semana – um cálice de vinho, um copo de cerveja ou uma dose de destilado. Além disso, poderemos ter diminuição da fertilidade, tanto feminina quanto masculina, e maior número de abortamentos. Estudos mostram que filhos homens de mulheres usuárias de bebida alcóolica durante a gestação apresentavam menor quantidade de espermatozoides. Quanto à dieta, pesquisas mostram que alimentação com muita gordura trans aumenta os distúrbios da ovulação, diminuindo as chances de gestação natural. Já sabemos também da importância da vitamina D na preservação da fertilidade, assim como da vitamina A para o momento da implantação do embrião no útero. Em resumo: não fumar, manter o peso, ingerir bebidas alcóolicas em pequena quantidade, realizar atividade física de forma moderada e ter uma dieta saudável são comportamentos que auxiliam as mulheres a preservar sua fertilidade. Basta começar!
©iStock.com/micheljung
uando confrontadas com uma diminuição na reserva ovariana, as pacientes costumam perguntar o que pode causar essa perda. Além da própria idade da mulher ser responsável pela diminuição natural na quantidade de óvulos, sabe-se que o estilo de vida pode influenciar, negativamente, na preservação da fertilidade, tanto na mulher quanto no homem. Alguns dos “vilões” mais comuns para a fertilidade feminina são fumo, obesidade, sedentarismo, bebidas alcóolicas e dieta.
*Médica ginecologista no Centro de Reprodução Humana Nilo Frantz – CRM 32965
REVISTA R
39
Fotos: Fábio Winter e Lu Freitas
CASA
Design limpo Cores e texturas neutras, formas simples e linhas retas dominam a cena, valorizando detalhes como as cadeiras de design e as luminárias.
Funcionalidade e leveza dão as cartas neste apartamento pensado para uma jovem solteira em Novo Hamburgo. A escolha de linhas retas, formas limpas e tons predominantemente neutros reflete um estilo contemporâneo, valorizado por estratégicos pontos de cor e peças de design.
N
a fase mais pulsante da vida, quando a agenda mal comporta todos os compromissos que precisam ser conciliados, o item número um do checklist para um novo lar é, sem dúvida, a praticidade. Acossada pelo ritmo dos acontecimentos, a razão inclina-se logo para um estilo que seja fácil de manter. Do outro lado desta equação, porém, o coração também impõe suas exigências: espaço para receber amigos e família, conforto e, claro, beleza. Equilibrar todos esses desejos típicos de qualquer jovem foi o desafio da dupla Jaqueline Fischer Zapelini, arquiteta, e Denise Slobodzinski, que projetou o mobiliário executado pela Idélli Ambientes.
40
REVISTA R
Compondo com padrões claros e acabamentos de laca, os revestimentos que lembram madeira aquecem o visual do apê e unificam as texturas eleitas para o projeto.
Eletrodomésticos com acabamento de inox contribuem para o apelo contemporâneo da cozinha
Da sacada com churrasqueira, contígua ao estar, é possível enxergar o espaço gourmet na extremidade oposta do imóvel, evidenciando a proposta de integração dos ambientes
Dormitório ganhou ainda mais leveza graças ao papel de parede delicado
REVISTA R
41
GUIA DO CENTRO CLÍNICO
GUIA DO Centro Clínico
Foto: Ita Kirsch/Divulgação
Cerca de 180 especialistas nas mais diferentes áreas. Exames e diagnósticos de última geração. E um mix de conveniências para facilitar a sua vida. Neste guia, você encontra tudo que o Centro Clínico Regina tem a oferecer!
42
REVISTA R
ESPECIALISTAS
pág. 43
CENTRO INTEGRADO
pág. 48
BOULEVARD
pág. 48
MAPA DO CENTRO CLÍNICO
pág. 49
GUIA DO CENTRO CLÍNICO ACUPUNTURA
CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA
CIRURGIA PLÁSTICA
Vera Garcia Rosa Sant’ Ana Acupuntura neurofuncional | Sala 501 | Fone (51) 3066.3970 ou (51) 8197.1060
Marcelo Brandão da Silva Cardiologia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
André Rosenhaim Monte Cirurgia plástica | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718
ALERGOLOGIA (ALERGIAS)
Stelamaris Luchese Cardiologia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
Fabrício Bervian Cirurgia plástica, estética e reparadora | Sala 706 | Fone (51) 3066.1621
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO
João Paulo Bedin Cirurgia cosmética e estética | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635
Maria de Lourdes Jäger Alergologia, homeopatia e pediatria | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635
ANGIOLOGIA Geovani Luiz Fernandes Angiologia e cirurgia vascular | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839
Fábio Zell Cirurgia de cabeça e pescoço | Sala 706 | Fone (51) 3066.1621
Marcelo Gomes Cirurgia plástica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
José Henrique Müller Cirurgia de cabeça e pescoço, otorrinolaringologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542
Marcelo K. Schmidt Cirurgia plástica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
Marclei Brites Luzardo Cirurgia de cabeça e pescoço | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022
Renato Zanoveli Cirurgia plástica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
Luiz Fernando Cechella Junior Angiologia e cirurgia vascular | Sala 608 | Fone (51) 3066.6922
CIRURGIA DENTÁRIA
Ricardo Varisco Cirurgia plástica | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606
CARDIOLOGIA
Camila Martins Cirurgia dentária | Sala 202 | Fone (51) 3580.1000
Luciano Alberto Strelow Angiologia e cirurgia vascular | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022
Eduardo La Falce Cardiologia e medicina interna | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Luiz Fernando Benini Cardiologia | Sala 201 | Fone (51) 3594.1777 Manoel Meine Cardiologia | Sala 409 | Fone (51) 3594.5304 Oscar Ludwig Neto Cardiologia | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022 Renata Quintian Duarte Cardiologia | Sala 302 | Fone (51) 3066.4040 Ricardo Beuren Cardiologia | Sala 206 | Fone (51) 3594.4004
Claudia Ramazini Cirurgia bucomaxilofacial | Sala 601 | Fone (51) 3239.0604 Mário Leandro Carlet Odontologia, implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial | Sala 306 | Fone (51) 3582.4505 Michele Steiner Odontologia, implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224 Tainá Negri Fritzen Cirurgia bucomaxilofacil | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224
Rodrigo Dreher Cirurgia plástica | Sala 705 | Fone (51) 3066.3033 Veimar Roberto Zortéa Cirurgia plástica e medicina estética | Sala 510 | Fone (51) 3594.4100
CIRURGIA GERAL Edivaldo Cordova Cirurgia geral e videocirurgia | Sala 303 | Fone (51) 3595.1170 Fernando Schuler Cirurgia geral e videocirurgia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Guilherme Couto Cirurgia geral e coloproctologia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718
REVISTA R
43
GUIA DO CENTRO CLÍNICO Isidoro Elpídio da Silva Schirmer Cirurgia geral | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 João Batista Couto Neto Aparelho digestivo e cirurgia geral. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197 Julio Cesar Barra Cirurgia geral e videocirurgia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Luis Carlos Galleano de Melo Cirurgia geral e videocirurgia | Sala 206 | Fone (51) 3594.4004 Tiago Luís Dedavid e Silva Cirurgia geral e coloproctologia | Sala 505 | Fone (51) 3594.5072 Valdir Natalício da Silva Cirurgia geral e coloproctologia | Sala 505 | Fone (51) 3594.5072
CLÍNICA MÉDICA José Luiz Kraemer Clínica médica | Sala 502 | Fone (51) 3595.4866
Cuidado Profissional Home Angels Cuidadores de pessoas | Sala 401 | Fone (51) 3091.8181 ou (51) 9200.2622
DERMATOLOGIA Fátima Helena M. Sertorio Dermatologia | Sala 610 | Fone (51) 3593.3633 Juliano Cunha da Costa Dermatologia clínica e estética | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635 Luciana Rosa Grando Dermatologia | Sala 205 | Fone (51) 3398.9421 Luciane Allgaier Dermatologia | Sala 701 | Fone (51) 3035.7808 ou (51) 3035.7818
DIABETES Amaury Leopoldino de Freitas Diabetes | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022
ENDOCRINOLOGIA Aline Damé D’avila Endocrinologia | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mariana Seidl Orlandini Cirurgia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Sabrina Picolli da Silva Cirurgia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
CIRURGIA TORÁCICA Leandro Pretto Orlandini Cirurgia torácica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Paulo Ricardo S. Kraemer Cirurgia torácica e fibrobroncoscopia | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461 Vivian Cristófoli Cirurgia torácica e fibrobroncoscopia | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461
CLÍNICA GERAL Julio Cesar A. Ibarra Clínica geral | Sala 605 | Fone (51) 3595.2126
44
REVISTA R
Tatiana Lehnen de Almeida. Fonoaudiologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542
GASTROENTEROLOGIA Alexandro de Lucena Theil. Gastroenterologia | Sala 701 | Fone (51) 3035.7808 ou (51) 3035.7818 Cristiano André da Silva Gastroenterologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525 Gilmara Coelho Meine Gastroenterologia | Sala 409 | Fone (51) 3594.5304 João Batista Pinheiro Gastroenterologia e hepatologia | Sala 303 | Fone (51) 3595.1170 Luciane da Silva Pereira Gastroenterologia | Sala 302 | Fone (51) 3066.4040
GERIATRIA Eliane Gomes Andara Beuren Geriatria e clínica geral | Sala 206 | Fone (51) 3594.4004 Jocinei Santos de Arruda Clínica geral, geriatria e medicina de família | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635
Eduardo Copstein Endocrinologia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606
Paulo Roberto Luchesi Soares Clínica geral e geriatria | Sala 201 | Fone (51) 3594.5357
ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA
GINECOLOGIA
Michele Hertz Endocrinologia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
Amadeu Simoni Röhnelt Filho Ginecologia e obstetrícia | Sala 303 | Fone (51) 3593.1444
FISIOTERAPIA Daniela Rosa Fisioterapia dermatofuncional | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839 Gabriela Zugno Reis Fisioterapia | Sala 609 | Fone (51) 9319.1600
Camila Viana Corvelo Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Carolina Schuck Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718
FONOAUDIOLOGIA
Caticilene Botelho Ginecologia e obstetrícia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525 ou 9980.0597
Ana Paula Lehnen Schuster Fonoaudiologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542
Cecy de Conto Capp Kopper Ginecologia e obstetrícia | Sala 205 | Fone (51) 3581.2670
Fernanda Sarquiz Bortolaci Fonoaudiologia | Sala 307 | Fone (51) 3527.3273 ou (51) 3527.3873
Fabiano Candal de Vasconcellos Ginecologia e obstetrícia | Sala 207 | Fone (51) 3593.7506 ou (51) 3581.2563
Guísella de Latorre Ginecologia, obstetrícia e colposcopia. | Sala 207 | Fone (51) 3593.7506 ou (51) 3581.2563
HEMATOLOGIA Natalício Kern Filho Hematologia e clínica geral | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022
José Alexandre Sfair Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718
Cláudia Salvadori Zaca Hematologia. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197
Luciana Andréia Vitale Ginecologia e obstetrícia | Sala 204 | Fone (51) 3035.1040
INFECTOLOGIA
Luiz Roberto Bastian da Cunha Ginecologia e obstetrícia | Sala 509 | Fone (51) 3593.9891 Marcos Medeiros Souza Ginecologia e obstetrícia | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635 Marilene S. de Corvelo Ginecologia e obstetrícia | Sala 604 | Fone (51) 3581.1119 Patrícia Steinmetz Franco Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Roberta S. Holme Ginecologia e obstetrícia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606 Simone Menegussi Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Ursula Jaeger Ginecologia e obstetrícia | Sala 604 | Fone (51) 3581.1119 Walter Guilherme Geist Ginecolog ia e obstetrícia | Sala 509 | Fone (51) 3593.9891
Marcelo Bitelo da Silva Infectologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525
MASTOLOGIA Bianca Seitenfus Mastologia | Sala 704 | Fone (51) 3066.4066 Gabriela Santos Mastologia | Sala 704 | Fone (51) 3066.4066 Leônidas Machado Mastologia | Sala 704 | Fone (51) 3066.4066 Michela Fauth Marczyk Ginecologia, obstetrícia e mastologia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606 ou (51) 3036.1817
MEDICINA ESTÉTICA Clínica Zaffy Medicina preventiva e estética | Sala 705 | Fone (51) 3066.3033 Gianna Zaffari Frey Medicina estética e medicina preventiva | Sala 705 | Fone (51) 3066.3033
MEDICINA INTERNA Jose Fernando Pires Medicina interna e terapia intensiva | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839
NEONATOLOGIA Kátia Segala Zilles Neonatologia e pediatria | Sala 204 | Fone (51) 3035.1040
NEUROCIRURGIA
Daniela Carla Lunelli Neurocirurgia | Sala 602 | Fone (51) 3066.6699
Foto: Ita Kirsch/Divulgação
CREMERS 13624
Alcides Brandalise Júnior Neurocirurgia e neurologia | Sala 305 | Fone (51) 3527.3458
Felipe M. L. Cecchini Neurocirurgia | Sala 602 | Fone (51) 3066.6699
REVISTA R
45
GUIA DO CENTRO CLÍNICO Fernando Schmidt Cirurgia da coluna vertebral e neurocirurgia | Sala 310 | Fone (51) 3593.4746
Isabel C. Silvano Odontologia e odontologia protética | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224
Ivan Hack Neurocirurgia e neurologia | Sala 305 | Fone (51) 3593.6502
Luciane Garcia P. Nascimento Odontologia | Sala 405 | Fone (51) 4112.1399
Ricardo Gurgel Rebouças Neurocirurgia | Sala 602 | Fone (51) 3066.6699
NEUROLOGIA Pedro Celso Cecchini Neurologia | Sala 602 | Fone (51) 3066.6699
Matheus Piardi Claudy Odontologia e estomatologia | Sala 707 | Fone (51) 3239.0812
Airton Marcos de Araújo Ortopedia e traumatologia | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
Simone Hoffmann Odontologia | Sala 306 | Fone (51) 3582.4505
Jorge Luiz Siebel Traumatologia e ortopedia | Sala 605 | Fone (51) 3595.2126
OTORRINOLARINGOLOGIA Camila Janke Lopes Otorrinolaringologia | Sala 506 | Fone (51) 3593.4925
Michele Sampedro Neuropediatria | Sala 209 | Fone (51) 3781.1739 ou (51) 9909.0401
Carlos Alberto Lehnen Otorrinolaringologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542
NUTRIÇÃO
Carlos Alberto Lehnen Junior Otorrinolaringologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542
Alice Müller Nutrição | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839 Camila Correa Bierhals Nutrição | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418
Eduardo Homrich Granzotto Otorrinolaringologia | Sala 707 | Fone (51) 3239.0812
Daiane Beza Nutrição | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525
OFTALMOLOGIA
Hailê Viganigo Nutrição | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839
Carlos Henrique Muniz Oftalmologia | Sala 208 | Fone (51) 3524.2000
Juliana Flores Nutrição | Sala 302 | Fone (51) 3066.4040
Diógenes Franco Oftalmologia | Sala 703 | Fone (51) 3582.3726
Márcia Illana Kopschina Nutrição e nutrição oncológica de adultos e crianças | Sala 201 | Fone (51) 3065.1229 Mônica Werkmeister Schneider Ortomolecular, nutrição clínica e fitoterapia | Sala 405 | Fone (51) 3594.2563
ODONTOLOGIA
Graciano Quadros Fochesatto Oftalmologia, retina e vítreo | Sala 706 | Fone (51) 3066.1621 João Arthur Trein Junior Oftalmologia | Sala 208 | Fone (51) 3524.2000
ONCOLOGIA Andrey Manfro Oncologia e quimioterapia | Sala 503 | Fone (51) 3593.3291 Antônio Fabiano Ferreira Filho Oncologia clínica e quimioterapia. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197
Caroline Grings Odontologia | Sala 710 | Em breve
Daniela Lessa da Silva Oncologia clínica e quimioterapia. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197
Fabiana C. Noal Granzotto Odontologia e estomatologia | Sala 707 | Fone (51) 3239.0812
Ricardo Vitiello Oncologia e quimioterapia | Sala 503 | Fone (51) 3593.3291
46
REVISTA R
Márcia Fernandes Ortodontia | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
NEUROPEDIATRIA
Lisiane do Amaral Claudy Nutrição | Sala 707 | Fone (51) 3239.0812
Celeste B. Juchem Ortodontia | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224
Matheus Machado dos Santos Odontologia | Sala 405 | Fone (51) 4112.1399
Roberto Jardim Gallo Neurologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525
Liliana B. C. Gross Nutricionista funcional | Sala 705 | Fone (51) 3066.3033
ORTODONTIA
Flavio La Porta da Silva Otorrinolaringologia | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 José Luiz Kieling Morsch Otorrinolaringologia, medicina estética e cirurgia da face, fonoaudiologia | Sala 507 | Fone (51) 3593.3524 Maria Beatriz P. Sudbrack Otorrinolaringologia | Sala 606 | Fone (51) 3594.8657
Gustavo Menezes Lannes Pneumologia pediátrica | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461
PSICOLOGIA Arlete Kautzmann Rohde Psicologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525 Cátia Schmitt Psicologia | Sala 407 | Fone (51) 9978.8899 Fernanda Jaeger Psicologia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606
Sala 402 (51) 3595.0011
nh@nilofrantz.com.br nilofrantz.com.br
Ivana Elia Schneider Panosso Psicologia | Sala 205 | Fone (51) 9976.5717
PEDIATRIA Ceres Schmitz Cechella Pediatria e tratamento intensivo pediátrico | Sala 608 | Fone (51) 3066.6922 Ellen Marcia G. Manfro Pediatria | Sala 406 | Fone (51) 3594.6010 Ieda L. A. Miranda Pediatria | Sala 406 | Fone (51) 3594.6010 Maria Emilia L. B. Geist Pediatria | Sala 406 | Fone (51) 3594.6010 Pierre Silva Prunes Pediatria | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
PNEUMOLOGIA Jamila Bellicanta Fochesatto Clínica geral, pneumologia e espirometria | Sala 706 | Fone (51) 3066.1621 Margit Stoffel Pneumologia | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461 Maria Madalena Klein Pneumologia | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461 Rodrigo T. Sertorio Pneumologia | Sala 610 | Fone (51) 3593.3633 Siegrid Janke Pneumologia | Sala 506 | Fone (51) 3593.4925
PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA Cinthia Scherer Vieira Pneumologia pediátrica | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Daniela Drehmer Weck Pneumologia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
Soraya Mª P. Koch Hack Psicologia | Sala 304 | Fone (51) 3593.9285
REUMATOLOGIA
PSICOSSOMÁTICA
Rodrigo Bortoli Reumatologia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606
Cleide Teresinha Piccoli Bruschi Clínica psicossomática | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635
PSIQUIATRIA Ângela Fleck Wirth Psicanálise e psiquiatria | Sala 309 | Fone (51) 3595.2272 Fábio Asquidamini Psiquiatria | Sala 401 | Fone (51) 3035 3839 Lívia Nora Brandalise Psiquiatria | Sala 305 e 301 | Fone (51) 3593.6502 ou (51) 9288.7737 Luciano Baroni Guterres Psiquiatria | Sala 407 | Fone (51) 8437.3071
REPRODUÇÃO HUMANA Carolina Pereira Reprodução humana | Sala 402 | Fone (51) 3595.0011
UROLOGIA André Kruse Urologia | Sala 303 | Fone (51) 3581.2288 Antônio de Oliveira Lopes Urologia | Sala 506 | Fone (51) 3593.4925 Ary de Quadros Marques Filho Urologia | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839 João Pedro Bueno Telles Urologia | Sala 205 | Fone (51) 3398.9421 Lucas Lampert Urologia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Marlon Fiorentini Urologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525
Clínica Nilo Frantz Reprodução humana | Sala 402 | Fone (51) 3595.0011 Marcelo Ferreira Reprodução humana | Sala 402 | Fone (51) 3595.0011 Marcos Höher Reprodução humana | Sala 402 | Fone (51) 3595.0011 Nora Lena Schneider Ginecologia, obstetrícia, reprodução humana e videocirurgia | Sala 205 | Fone (51) 3593.5641
REVISTA R
47
GUIA DO CENTRO CLÍNICO
CENTRO INTEGRADO Cardiologia Avaliações Cardiológicas Computadorizadas 1º subsolo | Sala 18 | Fone (51) 3553.8930
Fleming Laboratório de análises clínicas. 2º subsolo | Sala 006 | Fone (51) 3065.2488
Oncosinos Clínica de oncologia. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197
Cecor – Centro de Ecodopplercardiografia Ecocardiograma bidimensional com doppler a cores (adulto e pediátrico), ecocardiograma transesofágico. 1º subsolo | Sala 16 | Fone (51) 3594.8668
Histolab Laboratório de patologia. 2º subsolo | Sala 005 | Fone (51) 3593.9469
Unimed Vale do Sinos 1º subsolo | Sala 11 | Fone (51) 3525.0923
Diagnóstico Digital Ecografia, mamografia e densitometria óssea. 1º subsolo | Sala 13 | Fone (51) 3553.8888 Diagnósticos Regina Ecografia, densitometria óssea, raio-x, ressonância magnética, tomografia computadorizada. 1º subsolo | sala 01 | 2º subsolo | salas 001, 002 e 003 | Fone (51) 3553.8888 Exame Laboratório de análises clínicas. 2º subsolo | Sala 009 | Fone (51) 3594.6350
Litosinos Avaliação urodinâmica, litotrisia extracorpórea e litotripsia ortopédica. 2º subsolo | Sala 008 | Fone (51) 3593.8345 Medicina Nuclear Novo Hamburgo PET-CT (tomografia computadorizada por emissão de pósitrons). 1º subsolo | Sala 14 | Fone (51) 3581.4013 Neurocentro Eletroencefalografia digital com 32 canais. 1º subsolo | Sala 17 | Fone (51) 3527.3150 Ocular Center Diagnóstico em Oftalmologia. 1º subsolo | Sala 19 | Fone (51) 3035.3200
BOULEVARD Ana Derme Farmácia de manipulação. Térreo (Boulevard) | Sala 104 | Fone (51) 3527.4747 Bem Mais Academia Academia personalizada. Térreo (Boulevard) | Sala 113 | Fone (51) 3595.1991 Bradesco Posto de atendimento bancário. Térreo (Boulevard) | Sala 106 | Fone (51) 3524.0674 Caixa Econômica Federal Caixa eletrônico. Térreo (Boulevad) |Sala 105-B | Clínica Hamburguesa de Anestesiologia Térreo (Boulevard) | Sala 110 | Fone (51) 3035.2821
48
REVISTA R
Colchão Inteligente Colchões sob medida. Térreo (Boulevard) | Sala 109 | Fone (51) 3279.7144
Qualitá Laboratório de análises clínicas. Térreo (Boulevard) | Sala 101 | Fone (51) 3035.4151
Comunicare Aparelhos auditivos | Sala 111 | Fone (51) 3035.1640
SOMEHR – Soc. Médica Hospitalar Regina Prestadora de serviços médicos. Térreo (Boulevard) | Sala 112 | Fone (51) 3553.8882
Império Café Cafeteria. Térreo (Boulevard) | Sala 105 | Fone (51) 3581.4864
Unicred Cooperativa de crédito. Térreo (Boulevard) | Sala 114 | Fone (51) 3524.8976
Óptica Bella Vista Térreo (Boulevard) | Sala 107 | Fone (51) 3035.1269 Panvel Farmácia. Térreo (Boulevard) | Sala 102 | Fone (51) 3581.1277
Vaccino Clínica de vacinas. Térreo (Boulevard) | Sala 103 | Fone (51) 3066.0601
Mapa do CENTRO CLÍNICO
CLÍNICAS
• 6 andares de consultórios (pisos 2 - 7)
BOULEVARD/PORTARIA
A ENTRADIO CARDOSO AURÍC M . R D . AV
• Conveniências • Acesso Av. Dr. Maurício Cardoso
ACESSO ELA DE GINA PASSHAORSPITAL RE AO
SUBSOLO 1
• Diagnósticos • Acesso ao Hospital Regina
SUBSOLO 2 • Laboratórios SAÍDA R. SANTOS PEDROSO
GARAGEM 1 • Estacionamento Star Park
GARAGEM 2 • Estacionamento Star Park
ELEVADORES ACESSO A TODO O PRÉDIO
ESCADA
ELEVADORES ACESSO A BOULEVARD, S1, S2, G1, G2
ESCADA ACESSO A BOULEVARD, S1, S2, G1, G2
ACESSO A TODO O PRÉDIO
REVISTA R
49
SENSORIAL
MILKY WAY VINICIO OMAR PETRY, ILUSTRAÇÃO DIGITAL
50
REVISTA R
PapaPPG