ANO 2 | EDIÇÃO 7
EXCLUSIVO
UM BATE-PAPO COM FABRÍCIO CARPINEJAR EDUCAÇÃO
PRECISAMOS FALAR SOBRE A PALMADA LUXO DO GAÚCHO
A RIQUEZA NATURAL DE CAMBARÁ DO SUL
RELACIONAMENTOS Como manter uma convivência mais sadia e feliz com quem se ama BEM-ESTAR • VIAGEM • MÚSICA • LITERATURA • OBJETOS DE DESEJO
O ESSENCIAL É
surpreender
CENTRAL DE VENDAs av. dr. maurĂ?cio cardoso, 1776 novo hamburgo | rs fone: 3066.7989
CONTEÚDO
24
UMA VIDA DE MUITOS AMORES Entrevista exclusiva com Fabrício Carpinejar
10
MATURIDADE PARA VIVER A DOIS Especialista garante: conviver é simples
31
O PODER DOS COGUMELOS Uma dica de saúde com muito sabor
OBJETOS DE DESEJO Produtos para vários estilos de vida
18
A VARANDA VIROU SALA DE ESTAR Reforma cria espaço de lazer multiuso
4
REVISTA R
32
20
NA SERRA, MAS COM VISTA PRO LITORAL Conheça as belezas de Cambará do Sul
28
PALMADA NÃO RESOLVE NADA Ciência refuta o castigo físico
“Quando você deixa de esperar que as pessoas sejam perfeitas, você pode gostar delas pelo que elas são.” (Donald Miller)
EXPEDIENTE: ABERTURA Relações 2.0
PRESCRIÇÃO Pílulas de cultura para fortalecer a mente
VITAL Saúde, equilíbrio e boa informação
PAUSA O cotidiano sob a óptica de Roseli Santos
CIÊNCIA Para quem quer saber mais
CRESCER Conteúdo para pais e mães
GUIA DO CENTRO CLÍNICO Profissionais, serviços e conveniências
SENSORIAL Arte para sentir
06 08 10 13 14 28 34 42
Projeto editorial: Papa Branded Content Diretor de conteúdo: Douglas Backes Diretora executiva: Nathália H. Luvizon Jornalista responsável: Alvaro Bourscheidt Diretora de criação: Vanessa Fick Impressão: Coan Gráfica Tiragem: 4.000 exemplares Circulação: maio/2016 Foto da capa: Kichigin/iStock.com CENTRO CLÍNICO REGINA Síndico: Paulo R. Luvizon Vice-síndica: Fátima H. Maldaner Sertório Coordenação administrativa: Gisele de Abreu Conselho consultivo: Amauri Zimmermann, Anderson Kieling, Inês Solange Mosmann, Juarez Dieter, Ir. Ivoni Francisca Ferreira dos Passos e Ir. Simone Müller (Associação Congregação de Santa Catarina)
Fale conosco: RevistaR@papa.ppg.br Curta a página: facebook.com/LeiaRevistaR Revista R é uma publicação trimestral da Papa Branded Content, em parceria com o Centro Clínico Regina. Distribuição gratuita. A reprodução de conteúdo poderá ser permitida mediante autorização por escrito. Artigos assinados expressam, exclusivamente, a opinião de seus autores. Todas as informações contidas na presente revista estão sujeitas a alteração sem prévio aviso. As únicas garantias para produtos e serviços mencionados são as estabelecidas nos termos oficiais que os acompanham. Não obstante os cuidados para prover conteúdo atualizado e de alta qualidade, a Papa Branded Content, o Centro Clínico Regina e seus parceiros não poderão ser responsabilizados por eventuais omissões ou imprecisões nesta publicação, dado seu caráter meramente informativo. Nomes ou símbolos de empresas contidos na revista, bem como de seus produtos e serviços, podem ser marcas registradas ou comerciais de seus respectivos detentores. Todas as imagens publicadas têm caráter estritamente ilustrativo.
REVISTA R
5
ABERTURA
RELAÇÕES 2.0 Por PAULO R. LUVIZON*
O
©iStock.com/Dangubic
s relacionamentos mudaram. Com o passar dos anos e a introdução constante de tecnologias que prolongam a vida, que nos aproximam virtualmente (e que, por vezes, também nos afastam do contato olho no olho), a forma com que nos relacionamos teve de se reinventar. Para o bem ou para o mal, as coisas estão diferentes – e, de certa forma, parece que ainda estamos tentando nos ajustar, encontrar a fórmula mágica da harmonia e da felicidade a dois ou em família. Mas será que precisamos mesmo “reinventar a roda”? Será que os sentimentos humanos sofreram mutação ao longo dos tempos? Ou o que nos falta, na verdade, é resgatar certos valores perdidos em algum lugar do passado? Questionamentos dessa ordem compuseram a mistura essencial para construir esta edição da Revista R, que investiga o tema “relacionamentos” em busca de respostas – ou, pelo de menos, de algumas pistas! – para maior harmonia nas interações intrafamiliares e de casais. Nosso entrevistado, o escritor Fabrício Carpinejar, traz insights relevantes sobre essas “relações 2.0” – como a questão da maior longevidade, que agora nos permite, por exemplo, ter três casamentos de 20 ou 25 anos ao longo da vida. Fala também sobre a educação dos filhos, atentando para a importância de conciliar autoridade e ternura. Nesse espírito, a seção Crescer propõe uma reflexão sobre a famosa “palmada”, trazendo dados recém-divulgados da mais extensa pesquisa já realizada sobre o assunto. Nossa colunista Roseli Santos, por sua vez, discorre sobre os relacionamentos “líquidos” alimentados pela tecnologia, propondo maior atenção ao real, em detrimento do virtual, e lembrando que relações sólidas se constroem com paciência e dedicação. Para amarrar os pontos dessa viagem pelo mundo da interpessoalidade, trazemos na seção Vital a opinião de um reputado conselheiro de casais norte-americano, que garante: relacionamentos são simples – nós é que ainda não entendemos. Boa leitura! * Síndico do Centro Clínico Regina
6
REVISTA R
Vencedor da 9ª edição do The Voice USA aos 22 anos, Jordan Smith tornou-se o artista de maior vendagem da história do programa: foram mais de um milhão de singles em menos de seis meses. Ele emplacou oito músicas no Top 10 do iTunes, sendo o primeiro candidato a figurar na lista em todas as semanas dos “Live Rounds”. Numa delas, o fenômeno desbancou ninguém menos do que Adele, que reinava absoluta no ranking com o hit “Hello”. As performances de Jordan em canções como Chandelier (Sia), Set fire to the rain (Adele), Halo (Beyoncé) e Somebody to love (Queen) arrebataram o público, conduzindo o artista ao título. Em março deste ano, Jordan apresentou seu primeiro álbum, com covers que vão de “Somewhere over the rainbow” a “You are so beautiful”. Intitulado “Something beautiful”, o disco traz arranjos quase sempre minimalistas e uma pegada gospel, distanciando-se do estilo powerhouse que o ajudou a emergir, mas sem esconder as texturas de sua voz singular.
PRNewsFoto/Republic Records
PRESCRIÇÃO
SOMETHING BEAUTIFUL Disco de estreia de Jordan Smith Já no iTunes, Spotify e em CD (EUA)
SARCASMO ANGELICAL A voz doce, os arranjos trabalhadinhos e o olhar angelical na foto de capa poderiam muito bem figurar num álbum de baladas românticas, mas não se engane: em se tratando de Clarice Falcão – a irreverente cantora e ex-integrante do humorístico “Porta dos Fundos” – não há espaço para meiguices gratuitas. Letrista afiada, feminista de carteirinha e PhD em ironia fina, Clarice quebra a monotonia ao compor sobre relacionamentos e até mesmo aspectos subestimados do cotidiano, expondo sentimentos, verdades e vontades que seriam normalmente negadas com veemência. Em seu novo disco, intitulado “Problema meu”, a pernambucana embala seus comentários ácidos e sarcásticos com uma sonoridade agradável e melodiosa – como na balada “Escolhi você”, que diz: “Eu escolhi você porque / Não tá tão fácil assim de escolher / Tem muita gente ruim / E, quando não é ruim, é porque não gosta de mim / Aí termina que no fim / Só tem você”. Um barato! Foto: Lucas Bori
PROBLEMA MEU Novo álbum de Clarisse Falção Já no iTunes, Spotify e em CD 8
REVISTA R
Foi após um ataque de pânico em rede nacional que Dan Harris, então apresentador da rede de TV americana ABC News, percebeu que algo precisava mudar em sua vida. A obsessão pelo trabalho, a autocrítica exagerada e a extrema competitividade o haviam levado à beira do abismo. Embora cético, ele acabou encontrando na meditação um modo de acalmar seus pensamentos e equilibrar as emoções. Em “10% mais feliz”, Dan Harris divide com o leitor suas dúvidas, desconfianças e descobertas, sem clichês nem sentimentalismos, narrando de forma hilária os inusitados passos dessa jornada: de entrevistas com Dalai Lama e Deepak Chopra até um retiro de dez dias que fez ruir sua resistência. “Compreendi que meus conceitos sobre a meditação estavam completamente equivocados. Ela é simplesmente um exercício para o cérebro; uma técnica muito eficaz para impedir que a voz dentro da sua cabeça assuma o controle”, relata o autor. “Pela minha experiência, afirmo que a meditação pode tornar você 10% mais feliz. É uma estimativa nada científica, obviamente. Ainda assim, é um bom retorno para o seu investimento”, diverte-se Harris.
10% MAIS FELIZ Divulgação/Sextante
Dan Harris Editora Sextante, 224 páginas
HORA DO DESCARTE A MÁGICA DA ARRUMAÇÃO Marie Kondo Editora Sextante, 160 páginas
“A Mágica da Arrumação – A arte japonesa de colocar ordem na sua casa e na sua vida“ tornou-se um fenômeno mundial por apresentar uma abordagem inovadora para acabar de vez com a bagunça. Aos 30 anos, a japonesa Marie Kondo virou celebridade internacional, uma espécie de guru quando o assunto é organização. Seu método é simples, mas transformador. Em vez de basear-se em critérios vagos, como “jogue fora tudo o que você não usa há um ano”, ele é fundamentado no sentimento da pessoa por cada objeto que possui. O ponto principal da técnica é o descarte. Para decidir o que manter e o que jogar fora, você deve segurar os itens um a um e perguntar a si mesmo: “Isso me traz alegria?” Você só deve continuar com algo se a resposta for “sim”. Pode soar estranho no começo, mas a promessa é de libertação – pois você provavelmente descobrirá que grande parte da bagunça em sua casa é composta por coisas dispensáveis. Prático e eficiente, o método propõe transformar não apenas sua casa, mas também você. Rodeado apenas do que ama, o leitor deve se sentir mais feliz e motivado a criar o estilo de vida com que sempre sonhou.
REVISTA R
Divulgação/Sextante
O CÉTICO ZEN
9
VITAL
“RELACIONAMENTOS SÃO SIMPLES” ©iStock.com/igor mukomela
A afirmação acima é do especialista Corey Allan – escritor, palestrante e conselheiro de casais profissional com PhD em Terapia Familiar. Casado e pai de família, ele garante que a questão é entender e respeitar a verdadeira natureza dos relacionamentos. E respirar tem tudo a ver com isso. Confira!
10
REVISTA R
V
ocê já deve ter lido ou ouvido o contrário, que relacionamentos são complicados. Mas Corey Allan, um conselheiro matrimonial com PhD em Terapia Familiar, assegura que ela é falsa. “Relacionamentos são simples”, sentencia ele num artigo de seu blog, complementando: “Eu entendo que achar tempo para outro alguém (ou deixar de lado algumas das coisas que você adora) crie algumas dificuldades na vida, mas – insisto! – relacionamentos são simples”. Para Allan, quem pensa que os relacionamentos são difíceis talvez esteja se referindo, na verdade, à dificuldade de interagir e viver com um ser humano imaturo e infantil. “Afinal de contas, por que seria trabalhoso estar num relacionamento com um adulto maduro e carinhoso?” – provoca o especialista, listando duas outras questões a se ponderar: 1) Por que às vezes somos mais legais com estranhos do que com aqueles que amamos? 2) O casamento e os relacionamentos em geral não deveriam aliviar nosso fardo, em vez de aumentá-lo? Afinal, se esta segunda opção estivesse correta, por que diabos algum de nós se meteria em algo do tipo? “Talvez o problema seja que muitas vezes nós nos prendamos excessivamente em aspectos desnecessários do relacionamento e percamos o foco nas partes essenciais”, sugere Corey Allan, acrescentando: “Às vezes esquecemos que o outro é um ser à parte, perfeitamente capaz de tomar suas decisões e traçar o próprio caminho. Mas isto não é ruim, pois abre espaço para que você faça o mesmo! E permite até que ambos escolham um ao outro, em vez de se sentirem presos numa existência a dois absolutamente monótona”.
POR QUE OS RELACIONAMENTOS SÃO SIMPLES Segundo o autor, tudo se resume à forma como você enxerga o que acontece nos seus relacionamentos, principalmente aqueles que são significativos. Em primeiro lugar, o casamento é feito para ajudar o casal a crescer. Não se trata de felicidade. Não é uma coisa para se sentir mais completo, apesar do que os filmes de Hollywood podem sugerir. Casamento rima com crescimento. A felicidade aparecerá de quando em quando ao longo do caminho, mas não é o objetivo final. E o segundo ponto: o seu crescimento é sua responsabilidade; e o de quem
vive com você, problema dele ou dela. “Com isso em mente, você consegue perceber que a única coisa que pode controlar num relacionamento é a si mesmo”, elabora Allan. O profissional conta que muitos casais em busca de apoio profissional para melhorar seu casamento pensam que este é uma entidade externa passível de conserto, como um rádio ou um computador. Mas a verdade, conforme Allan, é que as pessoas não podem “mexer no relacionamento” – ele é que mexe nelas. “É assim que funciona e, quando você reconhece esse princípio e vive segundo ele, os relacionamentos são simples”, garante, propondo a seguinte reflexão: quantas vezes você ficou doido(a) por causa de alguma coisa relativa ao comportamento do outro? Ou quantas discussões raivosas nasceram da diferença entre o que um e outro acredita? A melhor maneira de combater isto reside na seguinte frase: “Em vez de tentar ajustar o vento, ajuste suas velas”. Foque naquilo que você pode controlar – e isso começa e termina em você! Simplifique as coisas na vida para que possa saborear mais da sua graça. Esta é uma ideia que se aplica perfeitamente aos relacionamentos. E tudo começa com a desaceleração. Trata-se de pegar leve, ir com calma, não deixar que o “senso de urgência” suprima o “bom senso”. Você tem problemas em lembrar o nome das pessoas logo que as conhece? Sim? E você sabe por quê? Provavelmente seja porque você se ocupa (e se apressa) demasiadamente em pensar no que vai dizer – e acaba nem ao menos escutando direito o nome delas. Isso também acontece em conversas do dia a dia, observa o autor. “Você chega com tanta pressa e com tantas outras coisas em mente, que perde a graça do momento com sua esposa, seus filhos ou amigos”. Para Corey Allan, o fundamental é desacelerar. “Permita que haja pausas na conversa para que você possa pensar e responder. Um diálogo, principalmente entre um casal, não precisa se limitar a tagarelices ou curtas trocas de ideias. Respire. Ouça. Respire de novo. Conecte-se. Isso ajudará vocês dois a se abrir mais um com o outro”. “Sorria, respire e vá devagar”. Segundo Allan, este é um lema que funciona para praticamente todos os aspectos de um relacionamento. E faz sentido, não?! Você já pensou em quão melhor tudo será – e estamos falando de tudo mesmo (imagine aqui uma piscadinha malandra) – se vocês seguirem essa filosofia no seu relacionamento? R
REVISTA R
11
©iStock.com-shironosov
VITAL
ATENDIMENTO HUMANIZADO NO TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA
E
Por CLAUDIO DA CRUZ BAUNGARTEN* e JOÃO COUTO NETO**
specialização técnica, atualização constante, experiência e recursos tecnológicos de ponta são grandes aliados nossos na hora de se realizar um transplante de células hematopoiéticas – a nova denominação do famoso transplante de “medula óssea” (que agora sabemos não ser a única boa fonte de célulastronco, de modo que hoje o tratamento é realizado também com células do sangue periférico ou do cordão umbilical). Mas outro aspecto que pode fazer toda a diferença na recuperação do paciente é o atendimento humanizado e o cuidado individualizado, que deixa todas as etapas do transplante mais fáceis. Quem passa por uma doença hematológica já está fragilizado, afinal, e merece ser tratado com máxima atenção. A medula óssea, também conhecida como tutano, é a “fábrica” do nosso sangue. Lá nascem as células-tronco hematopoiéticas que, ao amadurecer, se transformam nos glóbulos brancos (responsáveis por combater infecções), vermelhos (transportadores de oxigênio), e plaquetas (que ajudam na coagulação). Aí, sim, estão prontas para se lançar na corrente sanguínea. As doenças hematológicas geralmente ocorrem quando alguns mecanismos nestas etapas iniciais de produção são afetados – e os transplantes podem ser usados para tratar uma série dessas enfermidades, como leucemias, mieloma múltiplo e linfomas, aplasias e tumores germinativos (como alguns casos de tumores de testículo), entre outras. Há dois tipos de transplantes: o autólogo, realizado com a reinfusão das células do próprio paciente, previamente coletadas do sangue periférico ou da medula óssea; e o alogênico, no qual a medula é doada por um familiar compatível (transplante aparentado) ou de um terceiro (não aparentado), via banco de medula óssea. O transplante autólogo é possível quando a medula não está totalmente comprometida e há número suficiente de células-tronco saudáveis para coleta. A grande vantagem em
12
REVISTA R
relação ao transplante alogênico é o risco zero de rejeição. Os procedimentos passam necessariamente pela implantação de um cateter de longa permanência, essencial às coletas para exames, aplicação de medicações e quimioterapia. Um profissional com total domínio desta técnica e comprometido com o atendimento humanizado pode contribuir sensivelmente para o bem-estar do transplantado. Antes de receber as células-tronco, o paciente passa por quimioterapia ou radioterapia, com doses mais altas do que poderia suportar em tratamentos convencionais, atacando-se a maioria das células cancerosas. A seguir, faz-se a infusão de células saudáveis (do próprio paciente ou de doador compatível, como numa transfusão) para que estas combatam as células doentes e repovoem a medula, reconstituindo o sistema imunológico. Durante o tratamento, o paciente fica com suas defesas comprometidas. Geralmente, de 10 a 21 dias após o transplante, espera-se que as células saudáveis consigam se proliferar e reconstituir a medula. Quando o sistema começa a funcionar novamente, diz-se que houve a “pega do enxerto”, ou seja, que o transplante teve sucesso, e a medula voltou a funcionar. No transplante alogênico, espera-se que as células imunológicas infundidas, ao entrarem no novo ambiente, rapidamente reconheçam as células doentes e as destruam. É o chamado “efeito do enxerto contra a doença”, altamente benéfico. *Hematologista. Responsável técnico pelo Centro de Transplantes do Hospital Regina – CRM 21206 **Cirurgião membro do Colégio Brasileiro dos Cirurgiões, com treinamento em minilaparoscopia IRCAD (Strassbourg/Taiwan/ Barretos) e membro da equipe de transplantes de células hematopoiéticas do Hospital Regina – CRM 25387
©iStock.com-anyaberkut
PAUSA
CONTOS REAIS Por ROSELI SANTOS*
O
amor anda líquido demais, como tudo neste mundo que escorre entre os dedos num piscar de olhos, entre uma postagem e outra nas redes sociais. Assim como é possível apaixonar-se instantaneamente por alguém a quilômetros de distância, também é permitido deletar-se de qualquer relacionamento, sério ou nem tanto, com apenas um clique.
diferenças e em semelhanças, em palavras e em sentimentos, em encontros e despedidas. A fantasia alimenta a mente solitária escondida pelo teclado que insiste em berrar por emoticons, figurinhas sorridentes e piscantes que saltam em mensagens que não têm nada a dizer, com raras exceções. Quando não se conhece o que há do outro lado, fica mais fácil ser o que nunca se foi ou o que se quer ser, sem nunca ter sido.
Parece simples e fácil descartar o que não corresponde à expectativa criada. Melhor evitar o que frustra, o que dá trabalho, o que exige atenção e paciência. Desviar o rumo do lento e necessário caminho da aproximação e da descoberta do outro na direção oposta do prazer imediato. Horas e horas com os olhos fixados numa tela, flertando com imagens nem sempre verdadeiras do príncipe que nunca virá naquele cavalo branco que já não cavalga mais o amor. Conto de fadas às avessas, histórias para boi dormir, mentiras que sua avó não contava.
Fácil assim, líquidos e mascarados andam os relacionamentos neste mundo virtual, que também pode reservar algumas boas surpresas aos que ousam levantar da frente do computador e ir para a rua à procura do príncipe ou da princesa, despertos do pesadelo e dispostos a sonhar e viver. Frente a frente, não há emoticon que nos represente, nem sons que substituam nossa voz. Muito menos filtros na imagem ao vivo de quem realmente somos. Também não há como saber o final da história nesse conto – que pode ser de fadas ou de bruxas, de paz ou de guerra, de alegria ou de tristeza.
E nem em sonhos é possível a jovem donzela imaginar-se prisioneira na torre do castelo até ser resgatada pelo cavaleiro de armadura reluzente. Nem dormir ela dorme mais – que dirá sonhar –, sempre alerta aos sinais sonoros da vida, que grita urgências pelo celular em pesadelo eterno. Ignorar o olhar, a saliva, o olfato e o toque é perder-se de si mesmo sem nunca ter se encontrado. Cara a cara, o outro nos reflete em
Parece complicado, mas é só no andar dessa carruagem que os relacionamentos podem se fortalecer ou não, tornarem-se sérios ou não, resultar em casamentos ou não. Sem isso, não tem como saber se a Cinderela chegará em casa antes da meia-noite – ou se o sapatinho de cristal perdido servirá no pé daquela princesinha. E, antes de virar abóbora, é bom apreciar o caminho por onde trotam os cavalos da carruagem que nos transporta, sem medo de chegar atrasado ao baile... que poderá dar um final feliz a esta história ou, quem sabe, à nossa vida.
REVISTA R
13
©iStock.com-HiRes
CIÊNCIA
O vilão Aedes aegypti, transmissor de doenças Saiba como a área laboratorial auxilia o diagnóstico de enfermidades associadas ao mosquito mais comentado do momento
Por DAIANE LAUX CONTE1 e JULIANA FAGGION LUCATELLI2
O
grande vilão do momento é o Aedes aegypti, um mosquito de apenas sete milímetros capaz de transmitir diferentes doenças – a dengue, o zika vírus, a febre amarela e a chikungunya. Os mosquitos proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações, em recipientes onde se acumula água limpa (vasos de plantas, pneus velhos,
cisternas etc.). Diferentemente de outros mosquitos, o Aedes tem hábitos diurnos. A fêmea pica a pessoa infectada, mantém o vírus na saliva e o retransmite (ciclo homem–Aedes aegypti–homem). Na maioria dos casos, não há transmissão pelo contato com um doente ou suas secreções com uma pessoa sadia, nem fontes de água ou alimento. Porém, o zika vírus já foi identificado no sangue, no leite materno, no sêmen, na urina e na saliva de pessoas infectadas, tendo estudos relacionados à transmissão por estas vias.
locais endêmicos e pelos planos de saúde conforme exigência da ANS, a identificação sorológica do vírus da dengue (NS1) está disponível pelo Ministério da Saúde (MS) apenas em laboratórios de referência. Para outras localidades, é realizado por laboratórios particulares. No caso do zika, os testes sorológicos tem baixa especificidade (várias reações cruzadas), já o molecular é fornecido pelo MS apenas em laboratórios de referência (Lacen). Para o chikungunya, o confirmatório pode ser pelas duas metodologias. Os testes de biologia molecular são fornecidos na rede privada, podendo ser cada vírus detectado separadamente. A Fiocruz informou lançar um kit NAT (biologia molecular) com o qual será possível realizar o diagnóstico simultâneo da dengue, zika e chikungunya (realização no quarto dia de aparecimento dos sintomas). Biomédica. Coordenadora da Área Técnica do Laboratório Exame Biomédica. Profissional do Setor da Qualidade do Laboratório Exame
1
2
As quatro doenças são distintas, ainda que em algumas delas os sintomas possam ser semelhantes, pelo menos no princípio, confundidas muitas vezes com uma gripe. Por isso, os pacientes acabam procurando atendimento médico apenas ao persistirem os sintomas ou diante do aparecimento de manchas. A doença que se desenvolve depende do vírus que o mosquito carrega. A dengue, a febre chikungunya e o zika vírus são as patologias com sintomatologia mais comum (confira na tabela ao lado). O diagnóstico pode ser realizado através do quadro clínico aliado a exames laboratoriais. O hemograma é teste primário para as três doenças. Exames bioquímicos são utilizados, principalmente, para o acompanhamento da febre chikungunya. Já como confirmatório têm a sorologia e a biologia molecular. A viremia (presença de vírus no sangue) ocorre nos primeiros dias dos sintomas, sendo os exames moleculares os mais indicados. Após esse período, a sorologia é o ideal. Na dengue, o hemograma apresenta alterações características. Enquanto a sorologia pode ser por teste rápido, oferecido pela rede pública em
14
REVISTA R
Referências: www.dengue.org.bg/mosquito_aedes www.combateaedes.saude.gov.br www.portalfiocruz.br www.ministeriodasaude.org.br Kantor, IN. Dengue, Zika y Chikungunya. Medicina (Buenos Aires), v. 76 (2): 2016. Chaves, MRO e colaboradores. Dengue, Chikungunya e Zika: a nova realidade brasileira. Newslab_Artigo. Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Paulista. Ministério da Saúde. Dengue diagnóstico e manejo clínico. Adulto e Criança. 4 ed. Brasília, 2013.
SAIBA RECONHECER AS DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO MOSQUITO
SINTOMAS
DENGUE
CHIKUNGUNYA
ZYKA
FEBRE
Alta (39°C a 40°C) Início imediato
Alta (39°C a 40°C) Início imediato
Baixa (menos que 38,5°C) ou ausente
DURAÇÃO DA FEBRE
4 a 7 dias
2 a 3 dias
1 a 2 dias
MANCHASVERMELHAS NA PELE
A partir do 4° dia (50% dos casos)
2° ao 5° dia (50% dos casos)
1° ao 2° dias Todos os casos
COCEIRA
Leve
Leve
Moderada/intensa
DOR MUSCULAR
Intensa
Leve
Moderada
DORES ARTICULARES
Leve
Intensa
Moderada
INCHAÇO DAS ARTICULAÇÕES
Raro
Moderada a intensa
Leve
OLHOS
Dores atrás dos olhos
Conjuntivite (30% dos casos)
Olhos vermelhos e aversão à luz
DOR DE CABEÇA
Intensa
Moderada
Moderada
SANGRAMENTOS
Moderado nas mucosas
Leve
Ausente
ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS
Raro
Raro
Moderada – adultos Intensa – neonatos
SINTOMAS GERAIS
Náuseas, vômitos, diarreia, tonturas Letargia e/ou irritação
Dificuldade em realizar atividades rotineiras
Dormência nas extremidades, dificuldade para caminhar
COMPLICAÇÕES
Comprometimento de órgãos como: pulmões, coração, fígado, rins e do sistema nervoso central
Persistência da dor por meses ou até anos
Possibilidade de reação autoimune (Síndrome de Guillain-Barré), que pode levar à paralisia cerebral
REVISTA R
15
A gente se sente melhor quando está perto. Centro Clínico Regina, um polo de serviços que aproxima pessoas.
Av. Dr. Mauricio Cardoso, 833 | Novo Hamburgo www.centroclinicoregina.com.br | 3594 4900
WISHLIST
CINEMINHA A DOIS
Divulgação/Fabrica 9
A escolha do filme ou da série a que vocês irão assistir pode até gerar dúvidas e algum debate, mas a almofada porta-pipoca da Fábrica 9 vai ser unanimidade. Perfeita para casais que curtem um cineminha em casa, ela incorpora um baldinho para pipoca e dois copos para suas bebidas preferidas. Tudo fica encaixadinho em espaços específicos, garantindo sessões em frente à TV muito mais saborosas e – de quebra – cheias de estilo. Com acabamento de tecido, o produto possui enchimento de fibra siliconada e já vem com os copos e o baldinho. Suas dimensões aproximadas são de 32 x 40 x 11 cm. À venda por R$ 89,90 na fabrica9.com.br.
ALIMENTOS PRESERVADOS Quem gosta de ter seus alimentos preferidos sempre à mão vai adorar a FoodSaver Oster, vendida pela Polishop (R$ 799,90). Utilizando embalagens com sete camadas que preservam a integridade de carnes, frutas, verduras, pães, queijos e outros, esta seladora de alimentos prolonga em até cinco vezes a vida útil dos produtos. O “milagre” é fruto do fechamento especial a vácuo, ideal também para proteger marshmellows, biscoitos, chocolates e praticamente qualquer alimento. O kit traz uma tampa especial para extrair o ar de garrafas de vinho, conservando o sabor e os aromas da bebida, além de cinco embalagens prontas para uso e um refil com cinco metros de comprimento que pode ser cortado em tamanhos personalizados. Reutilizáveis, as embalagens da FoodSaver Oster podem ser usadas no micro-ondas e para cocção em banho-maria ou sous-vide.
Retirar o lixo descartado no oceano e transformá-lo em produtos de design. Foi pensando assim que a Adidas, em parceria com a organização ambiental Parley, criou um tênis feito quase que em sua totalidade a partir desses materiais e de redes de pesca ilegal. O protótipo foi apresentado em assembleia geral da ONU no ano passado, em Nova Iorque, como um convite a novas ideias de reaproveitamento de materiais descartados em locais impróprios. Para a composição do tênis Adidas Parley, foram recolhidos cerca de 70 km de redes de pesca ilegais na costa da África Ocidental – trabalho realizado pela ONG Sea Shepherd ao longo de 110 dias. Esse produto em particular não foi disponibilizado comercialmente, mas abriu caminho para a inclusão das fibras recicladas como matéria-prima de produtos da Adidas.
18
REVISTA R
Divulgação/Adidas
PEGADA ECOLÓGICA
Divulgação/The School of Life
Divulgação/Bazar Criativo
TEMPO PARA O ESSENCIAL
Despertar a curiosidade científica das crianças e estimular sua criatividade são pontos fortes do “Robotikit”, que possibilita a montagem de seis diferentes brinquedos alimentados por energia solar. Com ele, as crianças têm contato seguro e divertido com a eletrônica, ao mesmo tempo em que trabalham sua coordenação motora ao juntar as peças para criar o próprio carrinho, barco, moinho de vento, cachorrinho ou avião (este, em duas configurações distintas). O kit reúne pequenas peças plásticas (não sendo, portanto, indicado a crianças menores de três anos), minipainel solar, fios condutores e demais componentes necessários à montagem dos brinquedos. Não são necessárias ferramentas. O Robotikit pode ser adquirido por R$ 35,00 no site do Bazar Criativo (bazarcriativo.com).
MÁQUINA QUE ALIMENTA Dizem que um cão não morde a mão que o alimenta – e, em tempos de “internet das coisas”, parece que chegou a hora de atualizar o bordão para incluir também as mãos eletrônicas. O SmartFeeder, da Petnet (www.petnet.io), é um dispensador de ração inteligente, que se comunica com o dono do bichinho através de um aplicativo para iPhone. Com ele, é possível gerenciar de forma mais bem informada os horários de alimentação do pet, o tamanho das porções e até os ingredientes mais adequados, graças a um serviço (por enquanto, disponível apenas nos EUA) que entrega a ração em domicílio. É possível agendar horários para automatizar a alimentação ou servir uma porção ao cachorro com um simples toque de botão na tela do celular. O SmartFeeder armazena até 3 kg de ração, possui bateria recarregável e comedouro que pode ser lavado em máquina. Não recomendado para cães com mais de 22 kg.
Divulgação/Petnet
PARA PEQUENOS CIENTISTAS
Quantas vezes prometemos tirar tempo para as coisas que juramos ser as mais importantes, as mais sagradas, as essenciais... e acabamos quebrando a palavra? No meio da correria, vivendo freneticamente, é raro abrimos aquele espaço na agenda para o que realmente importa. E foi para nos lembrar desse compromisso (de forma absolutamente bela e retrô), que a “The School of Life” desenvolveu esta ampulheta de 15 minutos. Por que 15 minutos? Porque não é muito tempo, mas é mais tempo do que costumamos dedicar, diariamente, àquelas atividades que realmente fazem a vida valer a pena: ouvir com 100% de atenção quem vive conosco, analisar racionalmente nossas ambições profissionais, botar o foco exclusivamente na brincadeira com o filho... ou o que quer que seja essencial para você. Veja em bit.do/15min.
REVISTA R
19
EMBARQUE
TURISMO NA SERRA com vista pro litoral Com 720 metros de profundidade e 5,8 km de extensão, o Itaimbezinho é o cânion mais famoso da região de Cambará do Sul/RS, atraindo milhares de pessoas a cada ano. situado no Parque Nacional de Aparados da Serra, esse destino turístico combina aventura e contemplação, com paisagens que são, literalmente, de tirar o fôlego. O local, no entanto, não é o único atrativo natural da pacata cidade que esbanja charme e aconchego. Outros cânions podem ser visitados, inclusive de forma gratuita, assim como cachoeiras e espaços culturais. Por MARIANA HALMEL
20
REVISTA R
O famoso gigante de paredões verticais rochosos – coloridos pelo verde exuberante da Mata Atlântica – pode ser conhecido de cima, a partir das trilhas do Vértice e do Cotovelo, que proporcionam vistas e paisagens incríveis, ou de baixo, num trajeto que serve como passaporte ao interior de sua fenda estreita, onde o turista pode se aventurar pela trilha do Rio do Boi. A entrada da trilha, no entanto, deve ser feita pela guarita do Parque Nacional Aparados da Serra no município de Praia Grande, em Santa Catarina. Para percorrer o trajeto também é necessário contratar um guia local credenciado pelo parque. Já para percorrer a parte de cima do Itaimbezinho (guarita Gralha Azul e trilhas Vértice e Cotovelo) não é obrigatória a presença de guias.
VIAGEM NO TEMPO Com pouco mais de seis mil habitantes (conforme o Censo do IBGE de 2010),
Fotos Mariana Halmel
D
e origem tupi guarani, o nome Itaimbezinho significa Pedra Cortada (Ita + aimbé) e foi assim designado pelos índios em função da forma visual apresentada pelo cânion. Preservado pelo Instituto Chico Mendes, o local fica 18 km distante do Centro de Cambará do Sul e oportuniza a realização de atividades como caminhadas, passeios de bicicleta pelas trilhas de planalto, banho de rio (a partir do percurso da trilha do Rio do Boi), recreação em contato com a natureza, contemplação e fotografia, observação da fauna e piquenique em áreas específicas. Assim, cada visitante pode escolher o seu jeito de descobrir os deslumbrantes cenários de Cambará e, certamente, uma única visita não será o bastante para eleger o melhor.
Cambará do Sul convida o turista a revisitar o estilo de vida simples, interiorano e pacato. Formada por um pequeno número de estabelecimentos comerciais distribuídos numa única rua central de sua área urbana, a cidade oferece ótimas opções gastronômicas – que vão da tradicional comida caseira e campeira até pizza na pedra servida em ambiente totalmente retrô, que integra decoração vintage e música saída diretamente do toca discos de vinil. Por sua vez, as opções de hospedagem são ainda mais variadas, com pousadas e flats localizados no centro e acomodações mais rústicas e sofisticadas distribuídas pelos bairros e zona rural do município. É possível gastar pouco e conviver em ambientes integrados à natureza ou investir mais e aproveitar o requinte de cômodos com lareira, degustando os melhores vinhos produzidos ali mesmo na Serra Gaúcha. As pousadas-fazenda oferecem passeios únicos, em que o turista pode viver a experiência de cavalgar pelos Campos de Cima da Serra, interagindo com os animais ao mesmo tempo em que conhece belas paisagens. E não é preciso ter experiência, pois os cavalos são próprios para pessoas sem prática de montaria. Ao programar a viagem é importante ficar atento à diferenciação de preços para dias considerados normais e para feriados e alta temporada – que leva em conta o mês de julho, período em que, geralmente, vive-se o auge do inverno no Estado. O friozinho é um convite a mais para viver o clima da serra, mas a nebulosidade e a serração, características da estação, podem atrapalhar a visibilidade do alto dos cânions. Por isso, dias mais claros são os mais favoráveis, tanto para a contemplação
+
REVISTA R
21
EMBARQUE
das fendas rochosas quanto para o alcance da visão até o litoral gaúcho e catarinense.
FORTALEZA Também com acesso por Cambará do Sul, o cânion Fortaleza está situado no Parque Nacional da Serra Geral e fica 23 km distante do centro. Diferentemente do Itaimbezinho, ele tem a entrada gratuita para os visitantes, e todas as trilhas podem ser feitas tanto de maneira independente quanto com o acompanhamento de guias contratados. Na chegada, geralmente a recepção é feita por simpáticos graxains que aceitam a aproximação dos turistas, anunciando um ambiente de plena integração com a natureza. Apesar do clima amigável, entretanto, permanece a recomendação tradicional de não alimentar os animais encontrados durante o passeio. Com 7,5 km de extensão, 2 mil metros de largura e altitude de 1.240 metros acima do nível do mar, o cânion Fortaleza é um dos mais exuberantes da região, oferecendo duas trilhas principais. A do Mirante conduz o turista até o alto das grandes muralhas, de onde é possível avistar o litoral gaúcho. No entanto, o cuidado no local deve ser redobrado, já que não há proteção física nos limites do desfiladeiro. Já pela Trilha da Cachoeira do Tigre Preto é possível chegar à queda das águas do Arroio Segredo, límpidas e transparentes. Cruzando o arroio e andando mais alguns metros, o visitante depara com a
22
REVISTA R
Pedra do Segredo, um bloco de rocha de cinco metros de altura. A pedra pesa em torno de 30 toneladas e se equilibra numa base de 50 centímetros. Quer desvendar um segredo maior do que esse?
CONTEMPLAÇÃO E AVENTURA Nem tão famosos quanto Itaimbezinho e Fortaleza, cânions como Churriado, Malacara, Da Pedra e Josafaz são pontos turísticos mais selvagens, mas também podem ser acessados com a orientação de guias credenciados. Em geral, eles exigem caminhadas mais longas, de cinco a seis horas, facilmente compensadas pela beleza única e deslumbrante da vista que oferecem. Também se destacam cachoeiras como a do Nassucar, do Passo do S, em Jaquirana; do Tio França; e dos Venâncios. Algumas delas compõem o Circuito das Águas, um roteiro a pé pelo interior do município de Cambará do Sul que percorre ainda rios e lajeados. Além do turismo de contemplação, a cidade oferece aventura em roteiros especialmente montados para os fãs da adrenalina. Eles incluem passeios de bike, bote, quadriciclo e Land Rover. Todos passam por pontos estratégicos, matas de araucárias, cachoeiras e cânions. Por sua vez, o passeio de bote mistura aventura e contemplação, já que ocorre no manso Rio Camisa, sem corredeiras, num percurso de 4,5 km com direito a banho e divertidas brincadeiras. R
PROGRAME SUA AVENTURA DIAS CLAROS – Apesar da alta temporada ser no mês de julho, prefira ir aos cânions de Cambará do Sul em estações de clima mais estável, se possível em dias ensolarados, a fim de minimizar a chance de céu encoberto. Antes de viajar, vale ficar atento à previsão do tempo na cidade. Além disso, os Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral (PNAS e PNSG) costumam divulgar a visibilidade dos cânions diariamente via Twitter.
ROTAS – De carro, de Porto Alegre até Cambará do Sul são em torno de 200 km de distância. Estude a melhor rota a partir de sua cidade. De Novo Hamburgo é possível utilizar a RS-239 e RS-020, seguindo pela Rota do Sol a partir do município de São Francisco de Paula. Chegando a Cambará, há opção de contatar agências de turismo para chegar aos cânions com transporte pago ou seguir com veículo próprio pelas estradas de terra. O Parque Nacional de Aparados da Serra é aberto à visitação o ano todo, de terça a domingo. O acesso é pelo
trevo para Cambará, na Rota do Sol ou RS-020. Na entrada da cidade, vire à direita na Estrada do Itaimbezinho (RS-427) e siga por 18 km de estrada de terra até a entrada do parque. Já o cânion Fortaleza fica no km 22 da rodovia SC-012. Ingresso e contratação dos guias podem ser tratados no local. Dúvidas também podem ser solucionadas na Casa do Turista, que atende pelo fone (54) 3251-1320.
NA MALA – Um par de tênis confortável é o primeiro item recomendado para levar na bagagem. Além disso, roupas leves para prática de caminhadas e demais atividades compatíveis com o turismo de aventura, além de roupas quentes, principalmente no inverno, lembrando que se trata de uma cidade serrana. Garrafinhas d’água são essenciais para se hidratar ao longo das trilhas, e lanches leves podem ajudar a espantar a fome durante o período de passeios mais afastados dos estabelecimentos comerciais. Protetor solar, óculos e chapéu ou boné são itens indispensáveis.
REVISTA R
23
Foto: Rodrigo Rocha
BATE-PAPO
AMOR E HUMOR: A RECEITA DE CARPINEJAR Reconhecido Brasil afora pelos comentários sobre relacionamentos e cotidiano – seja em mídia escrita, falada ou televisionada – o gaúcho Fabrício Carpinejar é um poeta, cronista e jornalista bastante peculiar. Um tipo hiperativo, capaz de parir crônicas cheias de sensibilidade na telinha do smartphone, entre um voo e outro com destino a São Paulo, Rio de Janeiro ou Porto Alegre – três dos lugares por onde circula quase permanentemente. Dono de um texto fluido e cativante, o filho dos também poetas Maria Carpi e Carlos Nejar gosta de dizer o que raramente é dito, trazendo à tona aquelas dores e vergonhas com as quais nos conectamos, mas que por regra tentamos abafar nos mais recônditos cantinhos da alma. Entre o riso guardado numa crônica e a lágrima enxugada num poema, conduz seu público por jornadas ora divertidas, ora pungentes – e às vezes ambas as coisas. E quando se cansa da reflexão, surpreende com uma virada de chave abrupta para o humor, como no final desta entrevista à Revista R. Confira!
24
REVISTA R
Sobre a sua trajetória até aqui, o que foi mais legal e do que se arrepende? Eu não posso me arrepender do que eu fiz porque eu escolhi foi superconfessional, ou seja, meus tropeços ou erros são combustível da reflexão. Eu não sou aquele que pondera com a emoção, então para mim, uma figura absolutamente cardíaca e passional, o erro é uma virtude. Incrível é um ponto de vista, pensar que um retardado aos sete ter se tornado um escritor, isso é incrível. Inacreditável é uma ironia da vida, eu sou uma ironia da vida, um cara que tinha dificuldade de dicção, que mal conseguia falar, ser apresentador de TV e comentarista de rádio! Suas crônicas e livros são sobre amor, relacionamentos, mulheres. Como se apaixonou por esses temas? A crônica surgiu a partir do meu blog em 2002, Era evidentemente poeta, só que não tinha como manter um blog com poesia, então passei a conversar com o leitor e a me expor mais. A crônica guarda a minha risada, e o poema, a minha lágrima. O temperamento mais solto vem da crônica – e meu pensamento mais intimista, introvertido, vem da poesia. Então tenho o monstro e o monstrinho. E como eu me apaixonei pelo amor? O amor o que é? A gente está num tempo em que cada vez mais o amor não é mais clichê, porque
toda a estrutura da família moderna mudou, famílias com meios-irmãos, padrastos, madrastas e assim por diante... e tem toda uma configuração do impacto da longevidade da relação, que é: antes tu vivias um casamento de 30 anos, porque a média de vida era mais baixa; hoje, com uma expectativa de vida mais alta, tu podes ter três casamentos longos. Isso modifica a visão do amor. Hoje, se tu podes ter três casamentos longos ao longo da vida, quem será a pessoa que tu mais amaste? Podes ter três casamentos de 20 anos, podes inclusive ter três casamentos de 25 anos, se tu durares até os 95, por aí. E eu sou enamorado dos detalhes, do miúdo, há uma intuição feminina em mim, o jogo nos acréscimos, aquilo que não é visto, milagre da vida no ócio, aquilo que as pessoas enxergam todos os dias, mas não valorizam, tipo colocar água nas forminhas de gelo. É algo que não tem ninguém olhando... A questão é amar quando ninguém olha, amar sem recompensa, amar sem necessidade de ser compartida, porque o nosso costume é amar esperando os juros; a gente ama como um investimento. A gente ama para ensinar a ser amado, a gente ama para ensinar o outro, então, na verdade, é mais narcisismo do que uma doação.
Rio de Janeiro, imagina! Eu escrevo tudo que tenho que escrever. Eu tenho sete textos por semana, tudo eu escrevo no celular, então as pessoas nunca sabem se eu estou escrevendo ou não. Eu não sou aquele cara que vai se isolar, estilo “deixe-me em paz”. Não! Eu analiso o tumulto, eu não tenho dificuldade em me concentrar. Meu processo de criação é totalmente despojado,
Como é o seu processo de criação? O que o inspira?
E como faz para desestressar?
Ah... Como eu viajo toda semana para São Paulo e
“Se hoje tu podes ter três casamentos longos ao longo da vida, quem será a pessoa que tu mais amaste?” eu gosto de escutar – e o que faz um bom escritor é ter o ouvido bom, é saber ouvir. Eu escuto muito, escuto as contradições, as incoerências, o quanto as pessoas tentam passar uma versão melhor de si mesmas para tentar esconder suas fraquezas. E eu gosto de expor as fraquezas. É um hábito, é ter autocritica. Inteligência é rir de si mesmo.
Eu relaxo estando ligado. Escrever é a minha forma de dançar, a minha coreografia.
Relaxo porque, como não fico naquela ansiedade de escrever, para mim é um processo natural e espontâneo. Claro que eu tenho o cuidado com a palavra, gosto de revisar, às vezes eu gosto mais de revisar e cortar do que de escrever. Mas eu amo cinema, amo dançar com a minha namorada em balada, amo café, amo ficar com os filhos, assistir séries infinitas, tirar um dia inteiro para não fazer nada a não ser assistir a uma série, dez episódios consecutivos, só levantar para comer! Que tipo de criança você foi? Eu fui aquela criança que gostava de ficar na casa da árvore. O que eu mais gostava de fazer era olhar o mundo de cima, de cronometrar os vizinhos, o tempo do vizinho... Eu sabia que ele ia passar às 7h50min, 8h30min... Eu sempre fui o voyeur, o observador discreto. Minha vida foi praticamente abastecida dos outros. É tão bonito... Você diz que aprendeu a amar com a paternidade. Conte-nos sobre como o Carpinejar pai e avô. Com a paternidade é que a gente começa a olhar se tem comida na geladeira, se tem roupas lavadas para o dia seguinte... Tu tens uma organização mental, tu começas a viver sobre uma perspectiva do outro. Essa necessidade de cuidar do outro para depois cuidar de ti,
REVISTA R
25
Foto: Rodrigo Rocha
BATE-PAPO
alimentar o outro para depois te alimentares, fazer o outro dormir, que está em prantos, mas tu estás sem dormir. Ser pai é aprender a ser o último. Eu sou hiperativo como pai. A Mariana, minha filha, está casada, é estudante de Letras da Federal. O Vicente é guarda compartilhada. O importante é os pais aproveitarem bem os filhos. Porque, depois que crescem, eles passam a fazer de tudo para não ver os pais: “Ah, eu tenho festa no sábado”, “tenho festa no domingo” – ele diz. “Eu tenho trabalho em grupo de tarde”, nossa... Eu e a mãe dele estamos disputando veementemente a atenção dele. Como vê as relações entre pais e filhos hoje em dia? Eu acho que pai não é para ser amigo do filho. Ele tem que ser pai – porque você tem toda uma parte chata, uma versão chata da festa, entendeu? Tem que impor limites, vai dar conselhos, sabe? Tu vais tirar a dificuldade do filho para ele ter uma vida mais livre. Precisas ser o chato da relação. O amor entre pai e filho tem que ter um pouquinho de vergonha. Que dica dá para os pais educarem seus filhos? O que se tem de conciliar é a autoridade com a ternura – nunca deixar somente a ternura ou somente o rigor. É temperar os dois. Ser duro, mas também
26
REVISTA R
mostrar que ama. Não adianta disciplina sem ternura. Você diz que estamos “muito mais preparados para ser tristes do que para ser felizes”. Como assim? Nós estamos mais preparados para a tristeza, porque a tristeza é conhecida, a tristeza é doméstica, na tristeza é que ninguém vai te incomodar, tu ficas na tua, não precisas fazer nada, fica tudo previsível. Mas se tu vês alguém alegre, já pensas “o que aconteceu?” A gente não sabe o que fazer com a alegria, não sabe para quem contar, a gente fica muito desacostumado com a alegria. A tristeza não tem inveja, tem o apoio das pessoas. Tu tens atenção das pessoas. E a alegria é uma independência. Qual você acha que é o grande defeito da sociedade atualmente? Por que estamos tão carentes, ansiosos e estressados? A falta de olhar nos olhos. A gente olha excessivamente para a tela do celular e não olha para os olhos.
Por que você acha que os relacionamentos estão tão líquidos? É um impacto da longevidade, ou seja, como a gente vive mais, as pessoas vão ter mais relacionamentos ao longo
Foto: Divulgação
da vida, não viverão mais um único amor. E a possibilidade hoje de casar é muito fácil – e tu te separas muito fácil também. Não tem mais aquele olhar para dentro da relação de pensar, de experimentar... Você acha que as pessoas não estão mais tão comprometidas com o amor? Não é que elas não estejam tão comprometidas, mas é que elas pensam que o melhor está fora da sua vida. Tem muita tentação, entendeu? No Facebook sempre tem alguém que abre uma janela com uma promessa, com uma aventura; a gente se esquece de olhar para o relacionamento porque, na verdade, o relacionamento é ganhar a própria vida e a vida do outro. Qual a maior diferença entre homens e mulheres quanto à forma de amar e se relacionar? A mulher ama com o ouvido; o homem, com os olhos. A mulher é muito mais preocupada com a gentileza, com o contexto, com a atmosfera; o homem é mais objetivo, mais funcional. O homem ama ser amado, e a mulher ama o amor.
Foto: Nauro Junior
Você compara a separação
com um luto. Conte-nos um pouco sobre como viveu a separação. Pode dar alguma dica para quem está passando por isso? Em primeiro lugar: faz tudo a contragosto, ou seja, não fiques na cama. A dor cresce com a cama, então caminha, escuta música, sai para jantar com os amigos, mesmo se tu não quiseres falar nada, mas sai. A ideia é não se vitimizar. Estar em movimento e sentir o mundo em movimento. A partir da sua experiência, como é a separação para os filhos? Você diz que devemos “dividir memórias”. Do que se trata isso? Na verdade eu defendo que não deixes de contar como tu conheceste a mãe do teu filho, mesmo que já estejas separado. Não deixes de contar como conheceste o pai do teu filho. Porque a criança escuta somente sobre a separação – e não do amor –, e isso acaba gerando para ela uma sensação de que não vale a pena amar. A grande geração de céticos do amor vem dos pais: ela só viu o pai e a mãe falando mal um do outro! Como tu vais querer amar para terminar assim? Então, mesmo que já estejas com outra
pessoa, tens que falar para o filho sobre o amor. Porque teve amor, teve alegria, teve apego, paixão. O que se costuma fazer é apagar a memória, porque as pessoas pensam que manter a memória é uma traição, mas está errado – porque aquela memória faz parte de um momento da tua vida. Em suas crônicas, há uma defesa da sinceridade, de abrir os sentimentos. Você acredita que hoje as pessoas se reprimem por medo ou insegurança? Por quê? Sim, as pessoas acabam se reprimindo porque não têm autocrítica nem humor; elas acabam escondendo seus sentimentos para serem aceitas, com medo de não serem admiradas, amadas... Então tu acabas sonegando quem tu realmente és para evitar decepcionar – só que tu acabas decepcionando a ti mesmo. Se você pudesse dar um conselho para seus amigos e leitores, qual seria?
“Eu acho que pai não é para ser amigo do filho. Ele tem que ser pai. O que se tem de conciliar é a autoridade com a ternura. Ser duro, mas também mostrar que ama. Não adianta disciplina sem ternura.”
Rastejar ainda é um modo de voar.
E se pudesse mudar algo no mundo, o que seria? Que o Inter ganhasse do Mazembe... R
REVISTA R
27
©iStock.com/djedzura
CRESCER
precisamos falar sobre a palmada Publicado nos EUA no último mês de abril, um amplo estudo sobre os efeitos do castigo físico em crianças sugere que, além de não corrigir o mau comportamento, a prática deixa cicatrizes psicológicas semelhantes às do abuso, ainda que de intensidade ligeiramente menor. Os pesquisadores analisaram dados colhidos ao longo de cinquenta anos, acompanhando um total superior a 160 mil crianças.
28
REVISTA R
Normalmente, quem é pai ou mãe costuma ter um conceito bem-definido sobre a chamada “palmada” – o ato de castigar fisicamente os filhos desobedientes. É o tipo de questão sobre a qual não dá para ser neutro, afinal, pois o dia a dia exige posicionamento. A favor ou contra, os argumentos são os mais variados, buscando embasamento em pesquisas científicas, artigos de opinião, recomendações de psicólogos e por aí vai. Em outros casos, a experiência pessoal é que conta, pois os adultos que hoje têm 30 anos ou mais foram, muito provavelmente, disciplinados com solas de chinelos e “sobreviveram”, avaliando a si mesmos agora como pessoas equilibradas e de bem. Também por isso o tema se inscreve na seara dos tabus – e a coisa só piora quando se juntam as paixões políticas, fazendo surgir questionamentos do tipo “Como é que essa deputada do partido tal quer decidir se eu posso ou não dar palmada nos meus filhos?”. Pais e mães querem o melhor para suas crianças, é claro, portanto exigem autonomia na tomada de decisões a respeito de sua educação. Parece justo e até natural. O problema, no caso específico da palmada, é que o maior estudo já realizado sobre o assunto, recém-publicado no Journal of Family Psychology e assinado conjuntamente pelas universidades do Texas e de Michigan (USA), traz à tona conclusões difíceis de refutar. Foram nada menos que 50 anos de coleta de dados, envolvendo mais de 160 mil crianças. E as principais descobertas dão conta de que
aquelas submetidas a palmadas são mais propensas a desafiar seus pais, comportar-se de maneira antissocial e apresentar problemas de agressividade e saúde mental, assim como dificuldades de aprendizado.
CICATRIZES EMOCIONAIS De acordo com os autores, o estudo revelou que a palmada produz efeitos colaterais negativos e não está associada a maior obediência dos filhos em curto ou longo prazo – que seria sua própria razão de existir. A conclusão dos pesquisadores foi que esse tipo de castigo físico aumenta a propensão das crianças a uma ampla variedade de implicações indesejadas. Tecnicamente falando, as medidas de 13 dos 17 efeitos negativos catalogados foram “significativamente maiores que zero” – e, em todos os casos, indicaram relação entre a palmada e um maior risco de consequências prejudiciais às crianças. Conforme o texto divulgado, a amplitude dos efeitos não difere substancialmente entre a palmada e o abuso físico. Ou seja: um tapinha dói, sim, e deixa cicatrizes emocionais que ninguém quer para seus filhos. Crianças aprendem mais pelo exemplo do que pelas palavras – e certamente muito mais pelo exemplo do que por castigos físicos. Se é para copiar modelos de sucesso do passado, a melhor receita para educar os filhos, ao que parece, continua sendo o amor, que não tem contraindicações. R
REVISTA R
29
©iStock.com/Miadich
CRESCER
ATÉ QUANDO ESPERAR PELA CHEGADA DA GRAVIDEZ? Por MARCOS HÖHER*
P
ara algumas pessoas, engravidar pode ser muito fácil e, às vezes, a visita da cegonha pode ocorrer de forma inesperada ou até mesmo indesejada. No entanto, muitos casais sofrem por meses ou anos sem que a realização do sonho de ser pai e mãe se concretize. Como uma bola de neve que cresce, a angústia e o sofrimento psicológico vão aumentando de forma silenciosa e prejudicando a vida amorosa, social e até mesmo profissional de muitos casais. Até quando esperar para então buscar a ajuda especializada? Por quanto tempo se deve aguardar pela gravidez para se fazer algum exame ou tratamento? Estas indagações agregam ainda mais dúvidas às tantas já vivenciadas por quem não está conseguindo de forma espontânea engravidar. No passado, era recomendado ao casal aguardar por longos dois anos para, somente então, ser iniciada uma investigação. Porém, desde a década de 1990, sabe-se que, transcorridos doze meses, cerca de 90% dos casais sem qualquer tipo de alteração reprodutiva terão engravidado, ou seja, a grande maioria já terá êxito no primeiro ano. Ao se esperar por mais um ano, serão 95% do total de casais que terão sucesso. Isto significa que apenas mais 5% destes engravidarão ao término de dois anos. Assim, atualmente é
30
REVISTA R
indicado aos casais em que a mulher tem menos de 35 anos tentar naturalmente por um ano. Quando a idade se encontra entre os 36 e os 40, o ideal é buscar uma avaliação após seis meses de tentativas. Mulheres com 40 anos ou mais devem procurar o aconselhamento de um especialista assim que manifestarem o desejo da maternidade. É importante salientar que, em caso de conhecimento prévio de alguma alteração que eventualmente possa afetar a fertilidade, seja de ordem masculina, seja feminina, a busca por orientação não deve tardar. Como exemplos podem ser citados os diagnósticos de ovários micropolicísticos e endometriose, para as mulheres, e o histórico de atraso na descida dos testículos para a bolsa escrotal, cirurgias de hérnias inguinais ou alterações no exame de espermograma para os homens. Embora ninguém sonhe ou deseje engravidar mediante algum tipo de tratamento, nos dias atuais, 15 a 20% da população estão precisando de alguma ajuda da medicina para finalmente receber a tão esperada visita da cegonha.
*Especialista em Medicina Reprodutiva do Centro de Reprodução Humana Nilo Frantz – CRM 18876
©iStock.com/Miadich
GASTRONOMIA
O PODER DOS
cogumelos Se o título deste artigo suscitou pensamentos relacionados a alucinógenos, alto lá! Os cogumelos em questão aqui são os comestíveis – e o “poder” a que nos referimos diz respeito a suas propriedades nutricionais. Com exceção talvez do famoso champignon, que frequenta pizzas, estrogonofes e uma variedade de pratos integrados à culinária nacional, ainda não é hábito dos brasileiros o consumo de cogumelos. Isto está mudando, porém, graças ao crescente interesse pela culinária oriental e por dietas mais saudáveis. Os cogumelos comestíveis (como o shitake e o
shimeji, por exemplo) têm propriedades funcionais: com alta qualidade proteica, eles são ricos em fibras, contabilizam poucas calorias e oferecem quantidades significativas de vitaminas e minerais. O shimeji (estrela do risoto de arroz negro que apresentamos nesta edição) é rico em vitamina B12, cuja presença no organismo é essencial para a formação das células vermelhas do sangue e para o sistema nervoso central, além de proteger o DNA, ajudando na prevenção do câncer. E nada melhor do que aliar a boa mesa aos cuidados com a saúde, não é mesmo? Então bom apetite!
Ingredientes
Modo de preparo:
Duas bandejas de shimeji
Cozinhe o arroz até ficar al dente. Com auxílio de um coador, lave-o com água corrente e reserve. Noutra panela, doure o alho e a cebola no azeite. Adicione o shimeji e o shoyo, mexendo. Junte o arroz e mexa mais um pouco. Acrescente finalmente o requeijão, desligando o fogo em seguida. Sirva imediatamente. Para garantir uma apresentação mais profissional ao prato, dê forma ao risoto com o auxílio de um aro, cobrindo com parmesão ralado.
100g de arroz negro cozido Duas colheres (sopa) de cebola picada Uma colher (chá) de alho picado Uma colher (sopa) de azeite Duas colheres (sopa) de requeijão light 50 ml de shoyo light Um litro de água
REVISTA R
31
CASA
QUANDO A VARANDA vira sala de estar
Um espaço coberto com estrutura de alumínio e vedação em vidro foi criado para abrigar a área de refeições – integrada à cozinha por uma janela cujo vão pode ser aberto em sua totalidade. O peitoril desta abertura serviu como bancada, interligando os dois espaços. Um banco em “L”, poltronas de madeira e cachepôs com flores da estação asseguram charme ao projeto assinado pelas arquitetas Mirella Paim e Marina Moraes, da Grafite Estúdio. Repousando sobre uma estrutura de granito, a fonte em forma de deusa hindu confere personalidade ao espaço, que tem cozinha projetada com materiais claros, em contraste com o painel de melamina amadeirada. O resultado foi um espaço elegante e acolhedor, que certamente será palco de muitas confraternizações entre amigos e familiares.
32
REVISTA R
Iluminação pontual, madeira e futons em cores vibrantes dão toque descontraído e personalizado ao projeto.
Fotos: Bohn Fotografias
Um espaço para descansar e receber com conforto os amigos e familiares. Os moradores desta residência desejavam transformar a varanda num espaço para relaxar. Um ambiente com muito verde, flores, um recanto aconchegante e uma “fonte zen” foram os desejos revelados ao escritório de arquitetura contratado para o projeto.
Integração entre varanda e cozinha conferiu amplitude e funcionalidade aos espaços. Painel ripado em madeira na lateral garante privacidade aos moradores.
Prática e funcional, a cozinha apresenta tons neutros, deixando o ambiente clean e bem iluminado.
REVISTA R
33
GUIA DO CENTRO CLÍNICO
GUIA DO Centro Clínico
Foto: Ita Kirsch/Divulgação
Cerca de 180 especialistas nas mais diferentes áreas. Exames e diagnósticos de última geração. E um mix de conveniências para facilitar a sua vida. Neste guia, você encontra tudo que o Centro Clínico Regina tem a oferecer!
34
REVISTA R
ESPECIALISTAS
pág. 35
CENTRO INTEGRADO
pág. 40
BOULEVARD
pág. 40
MAPA DO CENTRO CLÍNICO
pág. 41
GUIA DO CENTRO CLÍNICO ACUPUNTURA Vera Garcia Rosa Sant’ Ana Acupuntura neurofuncional | Sala 501 | Fone (51) 3066.3970 ou (51) 8197.1060
ALERGOLOGIA (ALERGIAS) Maria de Lourdes Jäger Alergologia, homeopatia e pediatria | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635
ANGIOLOGIA Geovani Luiz Fernandes Angiologia e cirurgia vascular | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839 Luciano Alberto Strelow Angiologia e cirurgia vascular | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022 Luiz Fernando Cechella Junior Angiologia e cirurgia vascular | Sala 608 | Fone (51) 3066.6922
CARDIOLOGIA Eduardo La Falce Cardiologia e medicina interna | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
José Henrique Müller Cirurgia de cabeça e pescoço, otorrinolaringologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542
Edivaldo Cordova Cirurgia geral e videocirurgia | Sala 303 | Fone (51) 3595.1170
CIRURGIA DENTÁRIA
Fernando Schuler Cirurgia geral e videocirurgia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718
Camila Martins Cirurgia dentária | Sala 202 | Fone (51) 3580.1000 Fabiana C. Noal Granzotto Cirurgia dentária, odontologia, endodontia e estomatologia |Sala 707| Fone: (51) 3239.1022 Mário Leandro Carlet Odontologia, implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial | Sala 306 | Fone (51) 3582.4505 Matheus Piardi Claudy Cirurgia dentária, odontologia, estomatologia, implantodontia protética |Sala 707| Fone: (51) 3239.1022 Michele Steiner Odontologia, implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224 Tainá Negri Fritzen Cirurgia bucomaxilofacil | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224
Luciano Duarte Cardiologia | Sala 408 | Fone (51) 3556. 2647
CIRURGIA PLÁSTICA
Luiz Fernando Benini Cardiologia | Sala 201 | Fone (51) 3594.1777
André Rosenhaim Monte Cirurgia plástica | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718
Manoel Meine Cardiologia | Sala 409 | Fone (51) 3594.5304 Oscar Ludwig Neto Cardiologia | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022 Renata Quintian Duarte Cardiologia | Sala 302 | Fone (51) 3066.4040 Ricardo Beuren Cardiologia | Sala 206 | Fone (51) 3594.4004
CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA Marcelo Brandão da Silva Cardiologia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Stelamaris Luchese Cardiologia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO Fábio Zell Cirurgia de cabeça e pescoço | Sala 706 | Fone (51) 3066.1621
Fabrício Bervian Cirurgia plástica, estética e reparadora | Sala 706 | Fone (51) 3066.1621
Guilherme Couto Cirurgia geral e coloproctologia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Isidoro Elpídio da Silva Schirmer Cirurgia geral | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 João Batista Couto Neto Aparelho digestivo e cirurgia geral. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197 Julio Cesar Barra Cirurgia geral e videocirurgia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Luis Carlos Galleano de Melo Cirurgia geral e videocirurgia | Sala 206 | Fone (51) 3594.4004 Tiago Luís Dedavid e Silva Cirurgia geral e coloproctologia | Sala 505 | Fone (51) 3594.5072 Valdir Natalício da Silva Cirurgia geral e coloproctologia | Sala 505 | Fone (51) 3594.5072
CIRURGIA PEDIÁTRICA Mariana Seidl Orlandini Cirurgia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
João Paulo Bedin Cirurgia cosmética e estética | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635 Marcelo Gomes Cirurgia plástica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Marcelo K. Schmidt Cirurgia plástica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Ricardo Varisco Cirurgia plástica | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606 Rodrigo Dreher Cirurgia plástica | Sala 705 | Fone (51) 3066.3033 Veimar Roberto Zortéa Cirurgia plástica e medicina estética | Sala 510 | Fone (51) 3594.4100
Sabrina Picolli da Silva Cirurgia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
CIRURGIA GERAL
CIRURGIA TORÁCICA
Ana Carolina B. Geist Cirurgia geral e videolaparoscopia | Sala 601 | 3593.9891
Leandro Pretto Orlandini Cirurgia torácica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
REVISTA R
35
GUIA DO CENTRO CLÍNICO Paulo Ricardo S. Kraemer Cirurgia torácica e fibrobroncoscopia | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461 Vivian Cristófoli Cirurgia torácica e fibrobroncoscopia | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461
ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA Michele Hertz Endocrinologia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601
Jocinei Santos de Arruda Clínica geral, geriatria e medicina de família | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635
FISIOTERAPIA
Paulo Roberto Luchesi Soares Clínica geral e geriatria | Sala 201 | Fone (51) 3594.5357
Julio Cesar A. Ibarra Clínica geral | Sala 605 | Fone (51) 3595.2126
Daniela Rosa Fisioterapia dermatofuncional | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839
GINECOLOGIA
CLÍNICA MÉDICA
Gabriela Zugno Reis Fisioterapia | Sala 609 | Fone (51) 9319.1600
José Luiz Kraemer Clínica médica | Sala 502 | Fone (51) 3595.4866
FONOAUDIOLOGIA
Cuidado Profissional
Ana Paula Lehnen Schuster Fonoaudiologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542
CLÍNICA GERAL
Home Angels Cuidadores de pessoas | Sala 401 | Fone (51) 3091.8181 ou (51) 9200.2622
DERMATOLOGIA Fátima Helena M. Sertorio Dermatologia | Sala 610 | Fone (51) 3593.3633
Cassiana Carlot Fermino Fonoaudiologia | Sala 307 | Fone (51) 3527.3873 Fernanda Sarquiz Bortolaci Fonoaudiologia | Sala 307 | Fone (51) 3527.3273 ou (51) 3527.3873
Juliano Cunha da Costa Dermatologia clínica e estética | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635
Tatiana Lehnen de Almeida Fonoaudiologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542
Luciana Rosa Grando Dermatologia | Sala 205 | Fone (51) 3398.9421
GASTROENTEROLOGIA
Luciane Allgaier Dermatologia | Sala 701 | Fone (51) 3035.7808 ou (51) 3035.7818
Alexandro de Lucena Theil Gastroenterologia | Sala 701 | Fone (51) 3035.7808 ou (51) 3035.7818
DIABETES
Cristiano André da Silva Gastroenterologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525
Amaury Leopoldino de Freitas Diabetes | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022
ENDOCRINOLOGIA Aline Damé D’avila Endocrinologia | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Eduardo Copstein Endocrinologia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606 Iuri Goemann Endocrinologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525 Marcio Nutells Endocrinologia, ortomolecular | Sala 709 | Fone (51) 3781.1001 Samuel Dalle Laste Endocrinologia, ortomolecular e tratamento da obesidade | Sala 709 | Fone (51) 3781.1001
36
REVISTA R
Eduardo Wink Gastroenterologia | Sala 408 | Fone (51) 3556.2647 Gilmara Coelho Meine Gastroenterologia | Sala 409 | Fone (51) 3594.5304 João Batista Pinheiro Gastroenterologia e hepatologia | Sala 303 | Fone (51) 3595.1170 Luciane da Silva Pereira Gastroenterologia | Sala 302 | Fone (51) 3066.4040
Amadeu Simoni Röhnelt Filho Ginecologia e obstetrícia | Sala 303 | Fone (51) 3593.1444 Camila Viana Corvelo Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Carolina Schuck Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Caticilene Botelho Ginecologia e obstetrícia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525 ou 9980.0597 Cecy de Conto Capp Kopper Ginecologia e obstetrícia | Sala 205 | Fone (51) 3581.2670 Fabiano Candal de Vasconcellos Ginecologia e obstetrícia | Sala 207 | Fone (51) 3593.7506 ou (51) 3581.2563 Guísella de Latorre Ginecologia, obstetrícia e colposcopia | Sala 207 | Fone (51) 3593.7506 ou (51) 3581.2563 José Alexandre Sfair Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Luciana Andréia Vitale Ginecologia e obstetrícia | Sala 204 | Fone (51) 3035.1040 Luiz Roberto Bastian da Cunha Ginecologia e obstetrícia | Sala 601 | Fone (51) 3593.9891 Marcos Medeiros Souza Ginecologia e obstetrícia | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635
GERIATRIA
Mariana Fischer Ginecologia e obstetrícia | Sala 408 | Fone (51) 3556.2647
Eliane Gomes Andara Beuren Geriatria e clínica geral | Sala 206 | Fone (51) 3594.4004
Marilene S. de Corvelo Ginecologia e obstetrícia | Sala 604 | Fone (51) 3581.1119
GUIA DO CENTRO CLÍNICO Nora Lena Schneider Ginecologia, Vídeocirurgia, Obstetrícia | Sala 205 | Fone (51) 3593.5641 Patrícia Steinmetz Franco Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Roberta S. Holme Ginecologia e obstetrícia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606 Rosane Wink Ginecologia e obstetrícia | Sala 408 | Fone (51) 3556.2647 Simone Menegussi Ginecologia e obstetrícia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718 Ursula Jaeger Ginecologia e obstetrícia | Sala 604 | Fone (51) 3581.1119 Walter Guilherme Geist Ginecologia e obstetrícia | Sala 601 | Fone (51) 3593.9891
Leônidas Machado Mastologia | Sala 704 | Fone (51) 3066.4066 Michela Fauth Marczyk Mastologia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606
MEDICINA ESTÉTICA Clínica Zaffy Medicina preventiva e estética | Sala 705 | Fone (51) 3066.3033 Gianna Zaffari Frey Medicina estética e medicina preventiva | Sala 705 | Fone (51) 3066.3033
MEDICINA INTERNA Jose Fernando Pires Medicina interna e terapia intensiva | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839
NEONATOLOGIA Kátia Segala Zilles Neonatologia e pediatria | Sala 204 | Fone (51) 3035.1040
NEUROCIRURGIA Alcides Brandalise Júnior Neurocirurgia e neurologia | Sala 305 | Fone (51) 3527.3458
CREMERS 13624
Daniela Carla Lunelli Neurocirurgia | Sala 602 | Fone (51) 3066.6699 Felipe M. L. Cecchini Neurocirurgia | Sala 602 | Fone (51) 3066.6699
HEMATOLOGIA Natalício Kern Filho Hematologia e clínica geral | Sala 708 | Fone (51) 3594.6022
Fernando Schmidt Neurocirurgia e cirurgia da coluna vertebral | Sala 310 | Fone (51) 3595.4632 ou (51) 3593.4746 Ivan Hack Neurocirurgia e neurologia | Sala 305 | Fone (51) 3593.6502
Cláudia Salvadori Zaca Hematologia. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197
INFECTOLOGIA Marcelo Bitelo da Silva Infectologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525 Foto: Ita Kirsch/Divulgação
MASTOLOGIA Bianca Seitenfus Mastologia | Sala 704 | Fone (51) 3066.4066 Gabriela Santos Mastologia | Sala 704 | Fone (51) 3066.4066
REVISTA R
37
GUIA DO CENTRO CLÍNICO Ricardo Gurgel Rebouças Neurocirurgia | Sala 602 | Fone (51) 3066.6699
Isabel C. Silvano Odontologia e odontologia protética | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224
Carlos Alberto Lehnen Otorrinolaringologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542
NEUROLOGIA
Luciane Nascimento Odontologia | Sala 405 | Fone (51) 4112.1399
Carlos Alberto Lehnen Junior Otorrinolaringologia | Sala 203 | Fone (51) 3595.2542
Roberto Jardim Gallo Neurologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525
NEUROPEDIATRIA
Matheus Machado dos Santos Odontologia | Sala 405 | Fone (51) 4112.1399
Eduardo Araújo Neuropediatria | Sala 406 | Fone (51) 3594.6010
Simone Hoffmann Odontologia | Sala 306 | Fone (51) 3582.4505
Michele Sampedro Neuropediatria | Sala 209 | Fone (51) 3781.1739 ou (51) 9909.0401
NUTRIÇÃO Alice Müller Nutrição | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839 Cristina Zinelli Nutrição | Sala 709 | (51) 3781.1001 Fabiana Kirsch Nutrição | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839 Juliana Flores Nutrição | Sala 302 | Fone (51) 3066.4040 Liliana B. C. Gross Nutricionista funcional | Sala 705 | Fone (51) 3066.3033 Márcia Illana Kopschina Nutrição e nutrição oncológica de adultos e crianças | Sala 201 | Fone (51) 3065.1229
OFTALMOLOGIA Carlos Henrique Muniz Oftalmologia | Sala 208 | Fone (51) 3524.2000 Diógenes Franco Oftalmologia | Sala 703 | Fone (51) 3582.3726 Graciano Quadros Fochesatto Oftalmologia, retina e vítreo | Sala 706 | Fone (51) 3066.1621 João Arthur Trein Junior Oftalmologia | Sala 208 | Fone (51) 3524.2000
ONCOLOGIA
Caroline Fischer Becker Otorrinolaringologia Pediátrica| Sala 707 | Fone (51) 3239.1022 Eduardo Homrich Granzotto Otorrinolaringologia | Sala 707 | Fone (51) 3239.1022 Flavio La Porta da Silva Otorrinolaringologia | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 José Luiz Kieling Morsch Otorrinolaringologia, medicina estética e cirurgia da face, fonoaudiologia | Sala 507 | Fone (51) 3593.3524 Maria Beatriz P. Sudbrack Otorrinolaringologia | Sala 606 | Fone (51) 3594.8657
Andrey Manfro Oncologia e quimioterapia | Sala 503 | Fone (51) 3593.3291 Antônio Fabiano Ferreira Filho Oncologia clínica e quimioterapia. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197 Daniela Lessa da Silva Oncologia clínica e quimioterapia. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197 Ricardo Vitiello Oncologia e quimioterapia | Sala 503 | Fone (51) 3593.3291
ORTODONTIA Celeste B. Juchem Ortodontia | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224 Márcia Fernandes Ortodontia | Sala 702 | Fone (51) 3527.0224
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA Airton Marcos de Araújo Ortopedia e traumatologia | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Mônica Werkmeister Schneider Ortomolecular, nutrição clínica e fitoterapia | Sala 405 | Fone (51) 3594.2563
ODONTOLOGIA Caroline Grings Odontologia, esp. em disfunção temporomandibular e dor orofacial | Sala 710 | Fone (51) 3035.7021 38
REVISTA R
Jorge Luiz Siebel Traumatologia e ortopedia | Sala 605 | Fone (51) 3595.2126
OTORRINOLARINGOLOGIA Camila Janke Lopes Otorrinolaringologia | Sala 506 | Fone (51) 3593.4925
PEDIATRIA Anastácia Segalli Pediatria | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Ceres Schmitz Cechella Pediatria e tratamento intensivo pediátrico | Sala 608 | Fone (51) 3066.6922 Ellen Marcia G. Manfro Pediatria | Sala 406 | Fone (51) 3594.6010 Ieda L. A. Miranda Pediatria | Sala 406 | Fone (51) 3594.6010 Maria Emilia L. B. Geist Pediatria | Sala 406 | Fone (51) 3594.6010
GUIA DO CENTRO CLÍNICO PNEUMOLOGIA
PSICOSSOMÁTICA
Jamila Bellicanta Fochesatto Clínica geral, pneumologia e espirometria | Sala 706 | Fone (51) 3066.1621
Cleide Teresinha Piccoli Bruschi Clínica psicossomática | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 3035.4635
Margit Stoffel Pneumologia | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461
PSIQUIATRIA
Maria Madalena Klein Pneumologia | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461 Rodrigo T. Sertorio Pneumologia | Sala 610 | Fone (51) 3593.3633 Siegrid Janke Pneumologia | Sala 506 | Fone (51) 3593.4925
Ângela Fleck Wirth Psicanálise e psiquiatria | Sala 309 | Fone (51) 3595.2272 Lívia Nora Brandalise Psiquiatria | Sala 305 e 301 | Fone (51) 3593.6502 ou (51) 9288.7737
Daniela Drehmer Weck Pneumologia pediátrica | Sala 508 | Fone (51) 3066.1601 Gustavo Menezes Lannes Pneumologia pediátrica | Sala 210 | Fone (51) 3035.4461
PSICOLOGIA
Ricardo Bortolon Fasolo Psiquiatria da infância e adolescência | Sala 403 | Fone (51) 3595.5418 ou (51) 8115.2619
Fasolo Psiquiatra
CRM 32657/26585/340637
Psiquiatria Clínica & Psicoterapia
Psiquiatra da Infância e Adolescência Centro Clínico Regina | Sala 403 (51) 8115.2619 www.ricardofasolo.com.br
Arlete Kautzmann Rohde Psicologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525 Berlize Elias Anschau Psicologia | Sala 704 | Fone (51) 3066.4066 ou (51) 9391.5878 Carolina Callegari Psicologia | Sala 401 | Fone (51) 3035.3839 ou (51) 3035.2878 ou (51) 9997.6360 Cátia Schmitt Psicologia | Sala 407 | Fone (51) 9978.8899 Fernanda Jaeger Psicologia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606 Ivana Elia Schneider Panosso Psicologia | Sala 205 | Fone (51) 9976.5717 Márcia Werkmeist Psicologia | Sala 405 | Fone (51) 3594.25 63 ou 9251.0846 Soraya Mª P. Koch Hack Psicologia | Sala 304 | Fone (51) 3593.9285
nh@nilofrantz.com.br nilofrantz.com.br
Luciano Baroni Guterres Psiquiatria | Sala 407 | Fone (51) 8437.3071
PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA Cinthia Scherer Vieira Pneumologia pediátrica | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718
Sala 402 (51) 3595.0011
REUMATOLOGIA Rodrigo Bortoli Reumatologia | Sala 408 | Fone (51) 3036.4606
UROLOGIA André Kruse Urologia | Sala 303 | Fone (51) 3581.2288 Antônio de Oliveira Lopes Urologia | Sala 506 | Fone (51) 3593.4925 Ary de Quadros Marques Filho Urologia | Sala 008 | Fone (51) 3593.8345 João Pedro Bueno Telles Urologia | Sala 205 | Fone (51) 3398.9421 Lucas Lampert Urologia | Sala 603 | Fone (51) 3035.1718
REPRODUÇÃO HUMANA
Marlon Fiorentini Urologia | Sala 301 | Fone (51) 3593.2525
Carolina Pereira Reprodução humana | Sala 402 | Fone (51) 3595.0011 Clínica Nilo Frantz Reprodução humana | Sala 402 | Fone (51) 3595.0011 Marcelo Ferreira Reprodução humana | Sala 402 | Fone (51) 3595.0011 Marcos Höher Reprodução humana | Sala 402 | Fone (51) 3595.0011 Nora Lena Schneider Ginecologia, obstetrícia, reprodução humana e videocirurgia | Sala 205 | Fone (51) 3593.5641
REVISTA R
39
GUIA DO CENTRO CLÍNICO
CENTRO INTEGRADO Cardiologia Avaliações Cardiológicas Computadorizadas 1º subsolo | Sala 18 | Fone (51) 3553.8930
Fleming Laboratório de análises clínicas. 2º subsolo | Sala 006 | Fone (51) 3065.2488
Cecor – Centro de Ecodopplercardiografia Ecocardiograma bidimensional com doppler a cores (adulto e pediátrico), ecocardiograma transesofágico. 1º subsolo | Sala 16 | Fone (51) 3594.8668
Histolab Laboratório de patologia. 2º subsolo | Sala 005 | Fone (51) 3593.9469
Center Hérnia Diagnóstico e tratamento de hérnia. 1º Subsolo | Sala 12 e 603 | Fone: (51) 3525.0197 e (51)3035.1718 Diagnóstico Digital Ecografia, mamografia e densitometria óssea. 1º subsolo | Sala 13 | Fone (51) 3553.8888 Diagnósticos Regina Ecografia, densitometria óssea, raio-x, ressonância magnética, tomografia computadorizada. 1º subsolo | sala 01 | 2º subsolo | salas 001, 002 e 003 | Fone (51) 3553.8888 Exame Laboratório de análises clínicas. 2º subsolo | Sala 009 | Fone (51) 3594.6350
Litosinos Avaliação urodinâmica, litotrisia extracorpórea e litotripsia ortopédica. 2º subsolo | Sala 008 | Fone (51) 3593.8345 Medicina Nuclear Novo Hamburgo PET-CT (tomografia computadorizada por emissão de pósitrons). 1º subsolo | Sala 14 | Fone (51) 3581.4013 Neurocentro Eletroencefalografia digital com 32 canais. 1º subsolo | Sala 17 | Fone (51) 3527.3150 Ocular Center Diagnóstico em Oftalmologia. 1º subsolo | Sala 19 | Fone (51) 3035.3200 Oncosinos Clínica de oncologia. 1º subsolo | Sala 12 | Fone (51) 3525.0197 Unimed Vale do Sinos 1º subsolo | Sala 11 | Fone (51) 3525.0923
BOULEVARD Ana Derme Farmácia de manipulação. Térreo (Boulevard) | Sala 104 | Fone (51) 3527.4747
Comunicare Aparelhos auditivos | Sala 111 | Fone (51) 3035.1640
Bem Mais Academia Academia personalizada. Térreo (Boulevard) | Sala 113 | Fone (51) 3595.1991
Império Café Cafeteria. Térreo (Boulevard) | Sala 105 | Fone (51) 3581.4864
Bradesco Posto de atendimento bancário. Térreo (Boulevard) | Sala 106 | Fone (51) 3524.0674
Panvel Farmácia. Térreo (Boulevard) | Sala 102 | Fone (51) 3581.1277
Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil Caixa eletrônico. Térreo (Boulevad) |Sala 105-B | Clínica Hamburguesa de Anestesiologia Térreo (Boulevard) | Sala 110 | Fone (51) 3035.2821
40
REVISTA R
Qualitá Laboratório de análises clínicas. Térreo (Boulevard) | Sala 101 | Fone (51) 3035.4151 SOMEHR – Soc. Médica Hospitalar Regina Prestadora de serviços médicos. Térreo (Boulevard) | Sala 112 | Fone (51) 3553.8882
Unicred Cooperativa de crédito. Térreo (Boulevard) | Sala 114 | Fone (51) 3524.8976 Vaccino Clínica de vacinas. Térreo (Boulevard) | Sala 103 | Fone (51) 3066.0601
GUIA DO CENTRO CLÍNICO
Mapa do CENTRO CLÍNICO
CLÍNICAS
• 6 andares de consultórios (pisos 2 - 7)
BOULEVARD/PORTARIA
A ENTRADIO CARDOSO AURÍC M . R D . AV
• Conveniências • Acesso Av. Dr. Maurício Cardoso
ACESSO ELA DE GINA PASSHAORSPITAL RE AO
SUBSOLO 1
• Diagnósticos • Acesso ao Hospital Regina
SUBSOLO 2 • Laboratórios SAÍDA R. SANTOS PEDROSO
GARAGEM 1 • Estacionamento Star Park
GARAGEM 2 • Estacionamento Star Park
ELEVADORES ACESSO A TODO O PRÉDIO
ESCADA
ELEVADORES ACESSO A BOULEVARD, S1, S2, G1, G2
ESCADA ACESSO A BOULEVARD, S1, S2, G1, G2
ACESSO A TODO O PRÉDIO
REVISTA R
41
SENSORIAL
PENSANDO BEM LEONARDO VON MÜHLEN Na verdade, penso que Se pudesse escolher Optaria por morrer A viver sem te saber Optaria por não ver A te ver e não poder Optaria por não ser A ser tanto e não te ter Optaria por não ter
©iStock.com/HiRes
A ter muito e não te ser.
42
REVISTA R