VEM
ANO 1 • NÚMERO 1
VAREJO EM MOVIMENTO
VAREJO HÍBRIDO: RESGATANDO O PONTO DE VENDA CALÇADOS BIBI: OUSADIA QUE GANHOU O MUNDO SANTA TERESINHA: NOVENTA ANOS FORMANDO GERAÇÕES
UM POR TODOS
SINDILOJAS: O PARCEIRO FORTE DO COMÉRCIO NO VALE DO PARANHANA
RELAÇÕES TRABALHISTAS: MINIRREFORMA E TERCEIRIZAÇÃO BÚSSOLA: DESCUBRA A CASCATA DO CHUVISQUEIRO
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REVISTA VEM - MAIO 2017
REVISTA VEM - MAIO 2017
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SUMÁRIO
06 06 08 10
10
Conheça melhor a entidade que defende o varejo regional VITRINE Produtos para todas as ocasiões NOVES FORA Reforma trabalhista, perspectivas econômicas e terceirização
12
POR TRÁS DA MARCA
14
POR TRÁS DA MARCA
16
BÚSSOLA
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EM PAUTA
12 20 22 26
Toda a ousadia da Calçados Bibi
Colégio Santa Teresinha, 90 anos
Um passeio à Cascata do Chuvisqueiro
Varejo híbrido: resgatando o valor do ponto de venda
Projeto editorial: Papa Branded Content Diretor de conteúdo: Douglas Backes
Diretora executiva: Nathália Hartz Luvizon Jornalista responsável: Mariana Halmel
Repórteres: Laura Píffero e Mariana Halmel Diretora de criação: Vanessa Fick
Assistente de criação: Amanda Cazzuni Diretora de arte: Luiza Protas
4
REVISTA VEM - MAIO 2017
22 26
OPINIÃO Senac e Sesc ACONTECE Congresso da Fecomércio, Liquida Tudo, Renalegis e mais CONSULTORIA Tiago Tabajara: Usando a neurociência em negociações
Impressão: Impressos Portão
EXPEDIENTE
16
MEU SINDILOJAS
Tiragem: 2.000 exemplares Circulação: maio/2017
Foto da capa: Dmitriy Shironosov/iStock.com CONSELHO EDITORIAL – SINDILOJAS VP Presidente: Luciano Herzog Executiva: Sonia Bohnen
Responsável financeira: Djéssica Klein
Consultora de Benefícios: Giovanna Weschenfelder Auxiliar Administrativa: Kalinca Petry www.sindilojasvp.com.br
Contato: sindilojasvp@sindilojasvp.com.br
VEM – Varejo em Movimento é uma revista produzida pela Papa Branded Content para o Sindilojas Vale do Paranhana, com periodicidade
quadrimestral. A reprodução do conteúdo poderá ser permitida mediante autorização por escrito dos detentores dos direitos. Artigos assinados expressam, exclusivamente, a opinião de seus autores. Todas as informações contidas na presente publicação estão sujeitas a alteração sem prévio aviso. As únicas garantias para produtos e serviços mencionados são as estabelecidas nos termos oficiais que os acompanham. Não obstante os cuidados para prover conteúdo atualizado e de alta qualidade, a Papa Branded Content, o Sindilojas VP e seus parceiros não poderão ser responsabilizados por eventuais omissões ou imprecisões nesta publicação, dado seu caráter meramente informativo, que não constitui promessa de nenhuma espécie. Nomes ou símbolos de empresas contidos na revista, bem como seus produtos e serviços, podem ser marcar registradas ou comerciais de seus respectivos detentores. Todas as imagens publicadas têm caráter estritamente ilustrativo.
PRIMEIRA PALAVRA
LUCIANO HERZOG
Presidente do Sindilojas VP
“
“
JUNTOS, SOMOS MAIS PODEROSOS QUE A SOMA DE NOSSAS FORÇAS INDIVIDUAIS
Cada vez mais perto
É
com grande satisfação que apresentamos a você esta pri-
meira edição da revista “VEM – Varejo
dos e representados sempre cientes das você sabe, é defender os interesses do conossas realizações.
mércio varejista e fomentar o empreende-
Lá em 2014, quando nossa equipe assu-
dorismo. E isso se faz com presença – jun-
em Movimento”. Desenvolvida especifica-
miu a diretoria do Sindilojas VP, uma das to aos órgãos legislativos, evidentemente,
mente para os associados e representa-
necessidades que percebemos (e que mas também junto ao próprio associado ou
dos do Sindilojas Vale do Paranhana, ela
transformamos em meta a ser perseguida) representado. Nosso objetivo é estar intei-
chega com a proposta de nos aproximar,
dizia respeito, justamente, a uma presença ramente do seu lado, oferecendo apoio es-
abrindo espaço para mostrarmos tudo que
mais próxima do varejista. Decidimos então
o comércio de bens, serviços e turismo da
apostar numa linha de comunicação clara e a inovação e as boas práticas de gestão.
nossa região tem de melhor. É também um
sem floreios, fugindo do excesso de rebus- É isso que buscamos como entidade – e
canal para oferecer conteúdos importan-
camento e do “juridiquês” que costumam,
tes aos empreendedores – desde análises
historicamente, habitar o universo das rela- agora, com este novo canal de comunica-
econômicas ou notícias sobre reformas na
ções sindicais. Como instituição, nós esco-
legislação até artigos de especialistas sobre
lhemos falar a língua das pessoas, do dia a dar voz às inquietações, compartilhar co-
temas relevantes para o desenvolvimento
dia de todos nós. Soar um pouco menos
do nosso varejo. Da mesma forma, esta pu-
“sindi” e um pouco mais “lojas”, fortalecen- sinergia – pois, juntos, somos mais pode-
blicação quadrimestral vem garantir ainda
do o link entre a entidade e seus represen- rosos que a soma de nossas forças indivi-
mais transparência à prestação de contas
tados.
das nossas atividades, mantendo associa-
A função primordial do Sindilojas, como Varejo em Movimento. VEM!
tratégico, buscando soluções, estimulando
é também o que buscaremos, a partir de ção. Participe! Queremos ouvir suas ideias, nhecimento. Busquemos sempre esta
duais. Cada vez mais perto, nós somos o
REVISTA VEM - MAIO 2017
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MEU SINDILOJAS
Sindilojas VP: representatividade e benefícios para o varejo da região ALÉM DE DEFENDER OS INTERESSES DO COMÉRCIO DE BENS E SERVIÇOS, ENTIDADE OFERECE INÚMERAS VANTAGENS AOS ASSOCIADOS EM TODO O VALE DO PARANHANA
C
om sede na cidade de Taquara, onde foi fundado em
sessorias e cursos também integram a lista
Assistencial (prevista na Constituição) e As-
de serviços proporcionados às empresas.
sociativa (valor de pequena monta que per-
1945, o Sindicato do Comércio
A missão do Sindilojas VP – “representar
mite a empresas de qualquer setor usufruir
Varejista do Vale do Paranhana –
e desenvolver as empresas do comércio
os benefícios e convênios oferecidos pelo
mais conhecido como Sindilojas VP – é
varejista através do encantamento nos ser-
Sindilojas).
uma entidade focada na defesa dos direitos
viços e ações inovadoras” – resume bem
Cobrada uma vez ao ano e proporcional ao
da categoria. Cobrindo os seis municípios
o espírito da entidade comandada por Lu-
capital social de cada empresa, a Contri-
da região (Taquara, Parobé, Igrejinha, Três
ciano Herzog, que assumiu a presidência
buição Sindical independe da associação
Coroas, Rolante e Riozinho), o sindicato
em 2014 para um mandato de quatro anos.
aos sindicatos. O montante arrecadado é
representa os interesses dos empresários
Sob a batuta da executiva Sonia Bohnen,
dividido entre a Confederação Nacional do
perante sociedade, governo e colaborado-
a equipe de trabalho do Sindilojas busca
Comércio (CNC), a Federação do Comér-
res, atuando em negociações de acordo
qualificação contínua e promove diversos
cio de Bens, Serviços e Turismo do Estado
coletivo, promovendo eventos e lutando
eventos voltados ao comércio varejista da
do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) e o
por reformas que simplifiquem a gestão e
região, incluindo cursos de aperfeiçoamen-
Ministério do Trabalho, sendo empregado
reduzam custos nas empresas, entre ou-
to e feiras como o Liquida Tudo (veja na
em múltiplas ações para o desenvolvimen-
tras frentes de trabalho. Além disso, os
página 25).
to do comércio, inclusive na capacitação da mão de obra, realizada em parceria com
associados do Sindilojas têm acesso a inúmeros benefícios, podendo usufruir convê-
SEM FINS LUCRATIVOS
nios e descontos oferecidos diretamente
O Sindilojas VP é uma entidade sem fins
A Contribuição Assistencial Patronal, por
ou por meio das parcerias com Sesc (Ser-
lucrativos e que não depende de verbas
sua vez, está prevista na Constituição Fe-
viço Social do Comércio) e Senac (Serviço
públicas, mantendo-se com recursos das
deral e visa ao custeio da Convenção Cole-
Nacional de Aprendizagem Comercial). As-
contribuições Sindical (prevista na CLT),
tiva de Trabalho (CCT), que rege o funciona-
instituições dessa natureza.
mento do comércio no Vale do Paranhana. Associados do Sindilojas são isentos dessa contribuição, cujo valor é estabelecido no acordo coletivo de trabalho. Por fim, a Contribuição Associativa corresponde a um pequeno valor que se converte em investimento por conta da ampla estrutura de apoio disponibilizada aos associados. Mesmo que a companhia não atue no setor de comércio (ou esteja vinculada a outro sindicato), o empresário pode efetuar a associação ao Sindilojas VP, passando a usufruir todos os benefícios e convênios oferecidos pela entidade.
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REVISTA VEM - MAIO 2017
CARTÃO SINDILOJAS: DESCONTOS PARA O ASSOCIADO e consultas com diversos profissionais
Vale do Paranhana, o empresário passa
em todo o Vale do Paranhana), educa-
automaticamente a usufruir de uma sé-
ção (através do Senac), lazer (por meio
rie de convênios. Isso porque o Cartão
do Sesc) e outros segmentos. Para mais
do Associado dá direito a descontos ex-
informações, o Sindilojas disponibiliza o
clusivos em serviços de saúde (exames
telefone (51) 3542-1012.
Foto: ©iStock.com/g-stockstudio
Ao associar sua empresa ao Sindilojas
QUEM É QUEM O Sindilojas VP é parte do Sistema Feco-
(leia na página 20).
mércio-RS, que congrega também o Sesc
FECOMÉRCIO-RS - A Federação do Co-
e o Senac, estando ligado à Confederação
mércio de Bens e de Serviços do Estado
Nacional do Comércio (CNC). Entenda
do Rio Grande do Sul é uma entidade sindi-
quem é quem:
cal de grau superior que integra o Sistema
SESC - Mantido pelos empresários do co-
Confederativo de Representação Sindical
mércio de bens, serviços e turismo, o Sesc
do Comércio (Sicomércio). Com sede em
(Serviço Social do Comércio) é uma entida-
Porto Alegre, a Fecomércio-RS possui mais
de privada que atua na promoção do bem-
de uma centena de sindicatos vinculados,
-estar e da qualidade de vida dos trabalha-
representando cerca de 570 mil empresas
dores do setor e suas famílias. Presente
responsáveis por aproximadamente 1,6 mi-
em todos os estados brasileiros, o Sesc
lhão de empregos. No Estado, o Sistema
promove ações nas áreas de educação,
reúne ainda o Sesc e o Senac, braços ope-
saúde, cultura, lazer e assistência. A unida-
racionais do setor.
de de Taquara (saiba mais na página 21) é
CNC - Fundada em 1945, a Confederação
comandada pela gerente Fabiane Oliveira.
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
SENAC - O Serviço Nacional de Aprendi-
Turismo (CNC) é a representante máxima do
zagem Comercial é o principal agente da
setor no Brasil, defendendo interesses do
educação profissional no setor do comércio
segmento em órgãos de jurisdição e consul-
de bens, serviços e turismo. A instituição
tivos no Brasil e no exterior. A entidade tam-
oferece programas de qualificação presen-
bém coordena o Sicomércio, que reúne 34
ciais e a distância em todas as unidades
federações patronais, agrupando mais de
da federação, com presença em mais de
mil sindicatos do comércio em todo o Brasil.
três mil municípios. Em Taquara, o serviço
Por fim, cabe à CNC também a administra-
é capitaneado por Keyla Copes Rodrigues
ção nacional do Sesc e do Senac. REVISTA VEM - MAIO 2017
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2.
3.
O que o Paranhana tem
1.
PRODUTOS PARA TODAS AS OCASIÕES E NECESSIDADES
5.
6.
8
4.
Fotos: Divulgação / Lojas participantes
VITRINE
1. APOSTA METÁLICA
2. REGISTROS PRECISOS
3. TÊNIS CONECTADO
Toque sofisticado para qualquer hora do
O Ponto Soft Express é um completo sis-
Em meio à febre dos tênis com LED, a Bibi
dia, os metalizados estão super em alta
tema informatizado para gestão de ponto
apresenta o CLIQU3-SE APP – uma versão
nos sapatos, acessórios e roupas! De dia,
eletrônico. Com ele, você tem total controle
ainda mais tecnológica do produto, que
a dica é combiná-los com cores mais só-
sobre o registro de ponto e outros dados
permite controlar as luzes por meio de um
brias, enquanto à noite vale apostar nes-
relativos à jornada de trabalho de seus co-
aplicativo para smartphone e até sincroni-
ses tons da cabeça aos pés! Vestido R$
laboradores. De R$ 890,00 a R$ 1.090,00
zá-las com o som ambiente. De R$ 299,90
129,90 e blusa R$ 109,90 na Herzog.
na Insoft4.
(azul) a R$ 399,90 (glitter).
4. XÔ, MANCHAS
5. SOMENTE O MELHOR
6. VISÃO E VISUAL
Evitar o melasma é com o Photoderm M,
Carinho, qualidade e bom gosto integram a
Lentes superiores pedem armações espe-
da Bioderma. Clinicamente provado, ele
assinatura de Ricardo Santos Fotografias.
ciais. Em seus três endereços em Taquara
minimiza o risco de pigmentação e unifor-
Luxuosos e duráveis, os álbuns confeccio-
(Júlio de Castilhos, 2768; Guilherme Lahm,
miza o tom da pele, atenuando manchas
nados em couro ou madeira com gravação
1351; e agora também na Júlio de Cas-
escuras. Resistente à água e hipoalergê-
a laser estão entre as opções oferecidas
tilhos, 2555), a Ótica Ghesla tem marcas
nico, oferece alta proteção solar (FPS 70/
para guardar seus melhores momentos.
como Colcci (R$ 479), Ana Hickmann (R$
UVA 36). R$ 99,00 na Farmácia Santé.
Preços sob consulta.
498) e Carolina Herrera (R$ 889).
REVISTA VEM - MAIO 2017
GENDERLESS CLOTHING Em franca expansão no mundo inteiro, o conceito de “genderless clothing” (ou “vestuário sem gênero”, em tradução literal) propõe a criação de roupas confortáveis que possam ser usadas indistintamente por homens ou dência é ainda mais forte, chegando ao mercado de brinquedos (acusado de historicamente delimitar áreas “de menino” e “de menina”). Segundo a crítica dos especialistas, enquanto os garotos seriam estimulados a desafios
Foto: Divulgação/PUC
mulheres. Em se tratando de crianças, a ten-
físicos e intelectuais, preparando-se para a
antenadas já estão abastecendo o mercado
competição no mundo adulto e sem maiores
nacional com roupas que vestem tanto me-
preocupações com aspectos afetivos, as ga-
ninas quanto meninos. E foi exatamente com
rotas seriam moldadas desde a tenra infância
essa inspiração que a PUC criou a linha Es-
apenas para tarefas domésticas e conexões
sencial, formada por peças confortáveis e de
afetivas – fato que poderia explicar, em parte,
alta qualidade para ambos os gêneros. Na loja
o predomínio masculino em cargos de poder.
Pique Esconde, de Taquara, você encontra o
Agora, fabricantes de roupas e brinquedos co-
conjuntinho da foto (camiseta R$ 59,90, colete
meçam a investir no conceito genderless, no
R$ 89,90 e calça R$ 89,90), além de outras
intuito de oferecer a mesma liberdade a am-
peças da mesma linha – incluindo galocha (R$
bos os gêneros.
109,90), jaqueta camuflada (R$ 99,90) e casa-
Teorias à parte, fato é que as marcas mais
co preto (R$ 79,90).
PRETO E BRANCO NA SALA
Foto: Divulgação/Sense
Aliadas a elementos naturais como a madeira, as composições em preto e branco são uma forte tendência no estilo minimalista de decoração. A Sense é uma loja especializada em estofados, salas de jantar, móveis complementares e para área externa, contando ainda com ampla linha de objetos de decoração e itens de utilidade doméstica. Um amplo mix para mobiliar e decorar, sempre com primorosa curadoria. Peças diferenciadas, criteriosamente escolhidas e perfeitamente alinhadas com as tendências mais vanguardistas. Vale a pena conferir! REVISTA VEM - MAIO 2017
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NOVES FORA
minirreforma trabalhista foi discutida em evento da fecomÉrcio-rs Tema eleito para encerrar o 2º Congresso
lhista que preserve direitos, com segurança
lecimentos de comércio e serviços “muito
Estadual de Relações Sindicais e do Traba-
jurídica, e garanta a melhoria da produção,
distantes da lei”. Para Ricardo Patah, a
lho (veja mais nas páginas 22 a 24), o pro-
bem como a redução dos desperdícios.
área pode contribuir decisivamente para
jeto de lei nº 6787/2016, que trata da mi-
Conforme o auditor, houve preocupação
o aprimoramento desejado, mas é preciso
nirreforma trabalhista de autoria do poder
em unir a modernização da tecnologia pro-
confiança. “Se não houver confiança, vão
executivo, foi alvo de talk-show envolvendo
dutiva à qualificação da mão de obra. Tam-
continuar milhões de processos na Justi-
o presidente da União Geral dos Trabalha-
bém foi levada em conta, segundo Santos,
ça. Temos de ter a capacidade de assumir
dores, Ricardo Patah; o diretor de relações
a importância da liberdade de negociação
essa relação nas negociações; ter sindica-
institucionais da CBPI Produtividade Insti-
entre as partes nas convenções coletivas.
tos fortes, independentemente do tamanho,
tucional, Emerson Casali; e o auditor fiscal
Para ele, o Brasil tem meios para avançar,
para que a gente possa valorizar a estrutura
do Ministério do Trabalho, Admilson Morei-
mas precisa dar o primeiro passo, acredi-
de capital e trabalho”, pontuou.
ra dos Santos.
tando no diálogo entre trabalhador e em-
Por fim, o diretor de relações institucionais
Explicando a construção da proposta que
pregador.
da CBPI Produtividade Institucional, Emer-
moderniza a legislação trabalhista, o coor-
son Casali, disse que a proposta acabou
denador do grupo de trabalho responsável,
sendo precipitada em função de um calen-
Admilson Santos, destacou o esforço rea-
EXCELENTE TRABALHO
lizado de junho a novembro de 2016, em
O presidente da União Geral dos Trabalha-
às relações patronais e laborais. “Ainda há
que foram estudadas todas as vertentes
dores, por sua vez, declarou-se surpreso
o que se aprimorar, mas considero um ex-
de uma possível reforma e qual seria o me-
pela antecipação dos atos. “O ministro ga-
celente trabalho. O texto vai ao encontro
lhor modelo para o Brasil no longo prazo.
rantiu a reforma só no segundo semestre.
dos grandes problemas da nossa legisla-
“A mudança está inserida no contexto de
No entanto, me procurou dizendo que teria
ção trabalhista: produtividade e insegurança
melhoria dos processos produtivos”, afian-
de antecipar porque a Casa Civil queria fa-
jurídica. Além disso, traz pontos ligados à
çou, destacando que a competitividade e a
zer uma série de mudanças que iriam atro-
jornada de trabalho, funções, horários, fé-
produtividade aparecem entre os principais
pelar o aprimoramento da modernização”,
rias e remunerações. Ele não resolve tudo,
problemas do País. Santos reforçou que a
relatou, mostrando-se preocupado com
mas traz a oportunidade para que se resolva
proposta é de se fazer uma reforma traba-
alterações que poderiam deixar os estabe-
grande parte dos problemas”, enalteceu.
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REVISTA VEM - MAIO 2017
dário político. Para ele, o texto atende bem
Foto: ©iStock.com/PhotoBylove
O QUE ESPERAR DE 2017? Por Patrícia Palermo* A melhor forma de não se decepcionar é não fantasiar nas expectativas. O ano de 2017 será melhor do que 2016 – basta a política não atrapalhar a economia. Mesmo assim, há limitações. Não há duvidas de que a recessão brasileira foi longa demais, chegando a afetar empresas que tinham administrações responsáveis e que não estavam muito expostas a capitais de terceiros. Com isso, o processo de recuperação passou a ser mais difícil e demorado. Apesar de se alardear as demissões massivas em muitas empresas, o PIB se retraiu mais do que o emprego, mostrando que ainda há ociosidade no mercado de trabalho, que deverá passar por mais um ano complicado. A notícia boa em 2017 é a desinflação, que ganhou ritmo e abriu espaço para reduções mais agressivas de juros, o que deve gerar impactos positivos sobre o mercado de crédito, de péssima performance no ano anterior. A inflação em queda também deve contribuir para preservar a renda das famílias e estimular o consumo. Assim, o varejo deverá ter em 2017 resultados melhores do que em 2016. A recuperação está começando, mas a melhor forma de não se frustrar é esperar apenas uma “despiora” – um neologismo que a economia está nos ensinando. *Economista-Chefe da Fecomércio-RS
TERCEIRIZAÇÃO - Aprovado pela Câmara dos Deputados às vésperas do 2º Congresso Estadual de Relações Sindicais e do Trabalho, o projeto de lei 4.302/1998, que libera a terceirização das atividades-fim no Brasil, também foi discutido na programação do evento, em Torres/RS. O assunto foi levantado já no primeiro debate, em fala do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no RS, Rogério Fleischmann. Para Fleischmann, a terceirização que se vê no dia a dia é, até o momento, aquela das denúncias feitas ao MP por situações precárias de trabalho. “É preciso que se chegue a um consenso entre o exagero da liberação total, da ‘pejotização’ das empresas, e o crescimento econômico que todos queremos”, defendeu. O procurador pediu aos empresários que não transformem todos os trabalhadores em pessoas jurídicas e que façam valer a responsabilidade subsidiária. Por sua vez, o vereador de Porto Alegre e presidente da Força Sindical, Cláudio Janta, disse crer que a terceirização não será a “salvadora da pátria”, mas que ajudará a reduzir a alta carga tributária imposta às empresas. Para grande parte dos convidados, além da terceirização, é preciso modernizar também a CLT, tida como uma “colcha de retalhos” desde 1943, e promover a reforma trabalhista combinada a uma reforma sindical. REVISTA VEM - MAIO 2017
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POR TRÁS DA MARCA
Bibi: ousadia que ganhou o mundo CALÇADISTA DE PAROBÉ ALCANÇOU OS MAIS DIFÍCEIS MERCADOS DA ÁSIA, EUROPA E AMÉRICA COM UMA FORMA DIFERENTE DE GERIR SEUS NEGÓCIOS: ABRINDO AS CONTAS DA EMPRESA E ENVOLVENDO TODOS OS SEUS COLABORADORES NAS SOLUÇÕES E NOS PROBLEMAS
Fotos: Mariana Halmel
A
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REVISTA VEM - MAIO 2017
travessar crises e não ser en-
necessidades e respeitando o processo
golida é meta e realidade na
natural de cada passo. Internamente, o
Calçados Bibi, que desde 1949
Programa de Participação nos Resultados
leva o nome de Parobé aos gran-
reflete bem essa maneira arrojada de pen-
des mercados do mundo com seus
sar e agir. “Não é só a empresa que deve
produtos voltados ao público infantil.
ganhar – todos ganham”, sustenta Kohl-
Uma frase do diretor-presidente Marlin
rausch, que abre as contas da empresa
Kohlrausch define tudo que é feito todos os
aos colaboradores, os escuta, mostra os
dias para ousar e mudar: “Uma empresa
balanços econômicos, pede sugestões e
só funciona com pessoas altamente en-
segue evoluindo a maneira Bibi de pensar.
gajadas”. Segundo ele, a Bibi não possui
Formado em Administração de Empresas
exatamente “segredos para o sucesso”, já
e Economia, o gestor trabalha há 35 anos
que todas as medidas tomadas são trans-
na Bibi e já enfrentou grandes crises. Para
parentes e reinventadas com o apoio dos
ele, a mais recente foi também a maior dos
1.500 colaboradores diretos. Há mais de
últimos 115 anos. “Muitas empresas demi-
25 anos, a ideia é que todos ajudem a re-
tiram de 30% a 40% do seu quadro. Nós
solver o problema e, igualmente, colham
mantivemos o pessoal e ainda contratamos
juntos os frutos das soluções encontra-
um pouco”, comemora. Conheça melhor
das. Assim, uma das maiores empresas do
as ideias de Marlin Kohlrausch nesta entre-
Brasil completa 68 anos de existência (em
vista exclusiva à revista VEM:
abril) mais forte e mais desbravadora.
Como a Bibi atravessa crises?
Com o slogan “Pra criança ser criança” a
Há 25 anos a empresa enfrentou uma
Bibi foi pioneira em pesquisas científicas
grande crise. Mergulhamos profundamen-
que buscam a criação do calçado ide-
te para reconstruir tudo e implantar uma
al para cada fase dos pequenos, defen-
gestão participativa, voltada ao engaja-
dendo seu bem-estar, entendendo suas
mento da pessoas. Isso levou 10 anos.
Foi um processo de mudança, que numa
Como você define a Bibi?
tanto na produção quanto na economia
empresa não é tarefa fácil. Uma definição
Uma empresa com 1.500 colaboradores
dos materiais. Está tudo amarrado, e os
que tenho é que temos “inimigos à vista e
altamente engajados em metas e objetivos,
colaboradores sabem de tudo que acon-
aliados a prestação”, que aparecem quan-
na construção de uma marca global de de-
tece dentro da empresa, nos momentos
do as coisas começam a dar certo. Então
sejo.
bons e ruins. Você não vai ter engajamen-
precisamos persistir. Uma empresa só fun-
Como faz para engajar as pessoas?
to se não for transparente. Um dos gran-
ciona com pessoas altamente engajadas
Em primeiro lugar tem que ser transparen-
des erros do mundo empresarial é achar
em todos os setores. O que existe muitas
te. Apresentar balanço, abrir as estratégias.
que as pessoas vão se engajar sem saber
vezes nas empresas é uma diversidade na
Temos um projeto de endomarketing com
os rumos da empresa. A maioria das em-
reflexão de pensamentos e uma diversidaum caminho, um norte. Podemos ter formas de pensar diferentes, mas assim que decidirmos um caminho, temos que seguir com ele. Esse é o norte da empresa. Se não tiver, não anda. Vocês colheram os resultados que esperavam?
“
dro de funcionários. Nós o mantivemos e até aumentamos um pouco porque enga-
ABASTECEM 70% DO MERCADO MUNDIAL
DO CALÇADO – E NÓS
Sim, hoje a empresa está muito bem. Um
VENDEMOS PARA
grande acerto, há 25 anos, foi decidir que
ELES! TODOS VÃO
só iríamos exportar com marca e design próprios, então começamos a desenvolver mercado mundo afora. Neste ano a presença da empresa deve ultrapassar 70 países no mundo. Estamos em praticamente
jamos as pessoas.
OS CHINESES
LÁ COMPRAR, NÓS VAMOS VENDER
A empresa é reconhecida por tratar as questões sociais, incentivar a educação... Nós entendemos que é preciso formar lideranças. Em março, formamos mais de 50 pessoas na Faculdade Bibi, em que os instrutores são os próprios executivos da
“
de de ações. O que tu tens de buscar é
presas demitiu de 30% e 40% do seu qua-
empresa. A mesma coisa ocorre na unidade da Bahia. A gente proporciona e estimula as pessoas também a fazer cursos e faculdade; temos a Fábrica de Talentos – são jovens de 18 anos que fazem um vestibular,
toda a Ásia – esse foi um fato muito forte.
todas as metas e objetivos discutidos com
jovens de famílias carentes, que preparamos
Igual quando decidimos ampliar nossa pro-
todo mundo. Todos sabem e participam de
financeiramente, com planejamento, criando
dução, colocando uma unidade na Bahia.
tudo. Eles têm participação nos resultados
perspectivas. O país tem jeito, e a solução é
Outra grande definição tomada há 10 anos
semestrais, 10% do lucro líquido. A parte
a educação. Com 1.200 horas tu consegues
foi entrar no varejo. Temos hoje 88 lojas. É a
industrial tem prêmios de produtividade. Eu
transformar um jovem. Eles têm salário para
indústria entendendo o varejo, entendendo
defendo muito o trabalho em times. Nós
estudar, e 90% dessas pessoas permane-
seu consumidor. Temos lojas espalhadas
temos times de 120, 130 pessoas, todas
cem nas empresas, enquanto 10% vão para
pelo Brasil inteiro, tanto próprias quanto
engajadas. Se atingir uma meta de 85%,
outras áreas. Hoje temos um bom estilista,
franquias, e até o final de 2017 queremos
ganha mais 15% do salário. Não é só a
que é uma função importante na empresa,
ter 110 lojas em todo o País.
empresa que ganha – todo mundo ganha,
oriundo da Fábrica de Talentos. V REVISTA VEM - MAIO 2017
13
POR TRÁS DA MARCA
Santa Teresinha: 90 anos formando gerações Fotos: Laura Píffero
COLÉGIO TAQUARENSE FOI FUNDADO PELA CONGREGAÇÃO DE NOTRE DAME EM 1927
U
ma das principais referências em
princípios fundamentais, como os valores
ratórios (Informática, Matemática, Física,
educação no Vale do Paranhana,
cristãos para a educação da infância e da
Química e Biologia), três salas de vídeo,
o Colégio Santa Teresinha celebra
juventude.
um salão de atos e projeção e sala de
em 2017 seus 90 anos. A história
Atualmente, cinco irmãs fazem parte da
reflexão, além de laboratório de Estudos
da instituição de ensino, fundada em
equipe do colégio – entre as quais a vice-
Sociais e de Linguagem. Também na área
Taquara em março de 1927, muitas
-diretora, Ir. Deisi Maria Naibo, de 33 anos.
da gestão o colégio está atualizado. Tra-
vezes se confunde com a do próprio mu-
Para ela, assumir a função é uma graça
dicionalmente dirigido por freiras, o Santa
nicípio – e é parte integrante das vivências
e uma responsabilidade. “É uma grande
recentemente passou a contar com dire-
e da educação formal de gerações de fa-
alegria fazer parte dessa escola que cele-
tora leiga, isto é, que não seguiu vocação
mílias em toda a região.
bra 90 anos e buscar novas perspectivas
religiosa.
Apesar da opção pela vocação religiosa
neste tempo que a gente vive”, afirma. Se-
Formada em Letras e pós-graduada em
não ser tão valorizada nos dias de hoje,
gundo a religiosa, por si só o contexto do
Supervisão e Gestão Escolar, Maria Isabel
tudo começou com a chegada das pri-
educandário é desafiador. “É preciso muita
Rossetti aceitou o desafio de estar à fren-
meiras irmãs de Notre Dame a Taquara.
sabedoria para conduzir, tomar decisões e
te de um colégio tradicional e manter sua
Mesmo com pouco domínio da língua
orientar a equipe; é um desafio diário que
trajetória de bons resultados. “A escola
portuguesa, quatro missionárias alemãs
se atualiza com novas possibilidades”.
prega bem aquilo que acredito: não é só
deram início às atividades da escola, com
Acompanhando as inovações do ensino,
questão de o aluno ser bom em notas. A
muita dedicação. Com o passar dos anos,
o “Santa” conta hoje com uma estrutura
proposta tem muito esse lado dos valores,
o colégio foi crescendo, com evoluções
moderna, que abriga não apenas um Cen-
de ser alguém que fará diferença na so-
tanto nos números quanto na qualidade.
tro Cultural e Esportivo, mas um Centro
ciedade para melhor; que saiba conviver;
Ao mesmo tempo, manteve sempre seus
de Pesquisa e Tecnologia com cinco labo-
que valorize o lado humano das pessoas”,
14
REVISTA VEM - MAIO 2017
Cinco laboratórios integram a estrutura do Colégio SantaTeresinha...
...que tem à frente a diretora Maria Isabel Rossetti (à esquerda) e a sua vice, Ir. Deisi Maria Naibo
MUITO AMOR E CARINHO PELO QUE FAZ Por falar em valorização, em fevereiro de
muitos também são filhos da casa. “O am-
2016 a recepcionista Ivoni Lauck completou
biente aqui é maravilhoso. Uma escola que
50 anos de trabalho no Colégio Santa Tere-
transmite segurança e, por isso, faço questão
sinha, recebendo homenagens dos alunos
de conhecer todos”, garante Ivoni, que teve
e da equipe da instituição. Funcionária com
no Santa Teresinha sua primeira oportunidade
mais tempo de casa, Ivoni é um ícone do
de emprego.
Santa. “Comecei com um bloquinho e uma
Na época, a escola funcionava como interna-
caneta, pois naquele tempo quase ninguém
to. Assim, desde cedo Ivoni teve a responsa-
tinha telefone. O daqui era daqueles de disco,
bilidade de acompanhar todos que chegavam
de parede. Para falar eu tinha de subir num
e saíam do local. “Vi a construção do ginásio,
banquinho e, depois, para chamar as irmãs
dos laboratórios, da passarela que agora dá
e dar o recado, eu usava o código do sini-
tanta segurança para os alunos, do Parque
nho”, recorda Ivoni. Já nos anos 1990, vieram
do Santa”, enumera, cheia de orgulho. Para
o computador e uma central telefônica “cheia
ela, em todo este período, a melhor coisa é
de ramais”.
atender as pessoas e poder reencontrar ami-
Além de cumprir sua função com muito ca-
gos. “Já passaram aqui por mim pais, filhos...
rinho e dedicação, aos 65 anos ela conhece
três gerações – e acho que logo, logo vem
pelo nome cada um dos mais de 500 alu-
a quarta”, historia Ivoni, revelando que não
nos que frequentam diariamente o colégio.
pensa em deixar sua profissão tão cedo. “O
E igualmente os pais dos alunos, até porque
Santa é minha família, minha casa. Um ambiente saudável, tanto que meu maior prazer foi ver meus dois filhos se formarem aqui”, emociona-se. Para Ivoni, o que fica para o resto da vida é a relação de carinho que mantém com as pessoas, dos mais novos aos mais velhos. “Esses dias, um pequeninho veio me dizer: ‘tia Ivoni, tu sabe que tu mora no meu coração para o infinito?’ Isso tem preço?” V REVISTA VEM - MAIO 2017
15
BÚSSOLA
CHUVISQUEIRO de lavar a alma
Foto: Douglas Backes
REDUTO NATURAL NO VALE DO PARANHANA OFERECE ATRAÇÕES O ANO INTEIRO, COM TRILHAS, AR PURO E MUITO CONTATO COM A NATUREZA 16
REVISTA VEM - MAIO 2017
S
ão 76 metros de queda
camping inclui banheiros e lancheria (com
d’água, natureza pura, mui-
antecedência, também é possível agen-
to verde e paz. É a Cascata do
dar almoço), mas dá para levar os insu-
Chuvisqueiro, em Riozinho, les-
mos de casa e fazer um churrasco sob
te do Vale do Paranhana. Cheio de
as árvores, em churrasqueiras de tijolos
boas energias, o lugar tem acesso pela
disponíveis aos visitantes. Quem for de
ERS-239, com 10 quilômetros de estra-
excursão deve comunicar previamente os
da de terra. Tudo vale a pena no local que
gestores do lugar, garantindo a oferta de
praticamente dispensa a mão do homem.
comidas e bebidas. O telefone para infor-
Os traços foram desenhados pela própria
mações é (51) 99802-8474.
natureza.
Pertinho do Chuvisqueiro, a cerca de 800
No caminho já fica claro, no ar e na pai-
metros do local, encontra-se também
sagem, que saímos da área urbana para
a Cascata das Andorinhas, em Rolan-
aproveitar um pouco do clima com “chei-
te; e seis quilômetros antes, a Cascata
ro de mato”. O que se enxerga é um con-
das Três Quedas. Todas valem a visita.
vite a fotos inspiradoras – e o melhor: sem
No camping são oferecidas três opções
interrupções tecnológicas. Ali não há sinal
de trilha: a do Chuvisqueiro, a das Três
de internet, e conectar-se com a natureza
Quedas e a do Topo, que oferece visão
é de fato bem mais atraente nos três hec-
privilegiada da paisagem. O local também
tares de área verde do parque.
recebe grupos de ciclistas, motociclistas,
No Chuvisqueiro é possível acampar, pas-
aventureiros e estudantes.
sar o dia com a família ou com os ami-
Responsável pela administração do cam-
gos e voltar de espírito renovado. A área
ping juntamente a seu irmão Felipe Broch,
fica numa localidade particular, ensejando
o empresário Roni Broch conta que o lo-
a cobrança de ingresso (são R$ 8 por
cal recebe milhares de visitantes todos os
pessoa e R$ 5 por carro). Para quem vai
anos. Em janeiro último, porém, o parque
acampar, a diária é de R$ 15 por pessoa e
teve de ficar 15 dias fechado por conta
R$ 10 de taxa única para estacionamen-
de uma enxurrada que atingiu a área.
to. Tudo pago em espécie, é claro, já que
Já refeito dos danos e com as visitas ao
não há sinal para máquinas de cartão.
Chuvisqueiro retomadas, Broch festeja
O acesso pela parte de cima da cascata
o apoio recebido. “Reconstruímos tudo
é livre, mas requer atenção e não é ade-
com a ajuda da comunidade, dos apai-
quado para crianças – afinal, os visitan-
xonados pelo local e dos empresários da
tes ficam a quase 80 metros de altura em
região”, explica, citando o carinho das
ambiente aberto. A estrutura da área de
pessoas pelo parque natural. V
Foto: Mariana Halmel
REVISTA VEM - MAIO 2017
17
EM PAUTA
Varejo híbrido: enriquecendo a experiência no ponto de venda
A
Foto: ©iStock.com/ alexandragl1
senhora chegou à loja para com-
ças. “Primeiro precisamos entender se o lo-
prar um vestido, já aproveitou
cal possui espaço físico para colocar mais
para arrumar o cabelo e cuidar das
produtos – e cuidar para não fugir demais
unhas e sobrancelhas. O rapaz foi à
do foco do negócio”, orienta Fagundes,
barbearia, disputou uma partida de
lembrando que é preciso cuidado para não
videogame e ainda levou uma boa cer-
afastar o cliente. “Já vi casos que deram
veja para casa. Na livraria para comprar um
muito certo, mas também empreendedores
presente, a garota tomou café e discutiu
que voltaram atrás”, observa o administra-
suas séries preferidas com gente de inte-
dor.
resses similares. O nome desse cruzamento de produtos e serviços num mesmo ponto de venda é “varejo híbrido” – tendência de mercado
PRODUTOS E SERVIÇOS
que permite ramificar um negócio, oferecendo comodidade ao cliente e maior
Em essência, o varejo híbrido é uma res-
ticket médio ao lojista. O conceito é ideal
posta ao comércio eletrônico, na medida
para quem deseja expandir seu negócio
em que busca reforçar a importância do
com uma pitada de ousadia, mas sem fu-
ponto de venda para as pessoas, agre-
gir da sua área de expertise. Buscar novas
gando serviços e experiências significa-
maneiras de entender o cliente e impedir
tivas para cada perfil de consumidor. Na
que ele vá embora estão entre os principais
Europa e nos EUA, por exemplo, redes de
objetivos da proposta.
luxo já abriram bares e até barbearias den-
Professor das Faculdades Integradas de
tro de flagship stores, enquanto na China
Taquara e Mestre em Desenvolvimento
a Starbucks construiu cafeterias maiores
Regional, o administrador Dorneles Sita
para que trabalhadores remotos usem-nas
Fagundes avalia que há mais vantagens
como salas de reunião.
do que desvantagens no comércio híbrido,
Às vezes, porém, a simples expansão do
mas pondera que alguns pontos precisam
mix de produtos pode mudar o jogo para
ser levados em consideração antes de co-
uma empresa. Um bom exemplo disso
locá-lo em prática. O mais importante é
vem de Taquara, onde a empresa Bude-
sempre planejar e estudar bem as mudan-
ga (antiga Budega Discos) reinventou-se
18
REVISTA VEM - MAIO 2017
para continuar ativa no mercado. A fim de
que frequentava a loja”, explica Belotto.
Frente às dificuldades do cenário, criativi-
reconsolidar a marca, o proprietário Luis
A partir de 1992, chegaram os CDs, divi-
dade: em 2008, a loja da Budega em Ta-
Fernando Belotto decidiu inovar em sua
dindo espaço com as tecnologias anterio-
quara abriu mão do sobrenome “Discos”
oferta, encontrando um caminho sem dei-
res até se consolidar como meio exclusivo
e, lado a lado com CDs e DVDs, passou
xar de lado as convicções e o prazer de
de comercialização musical. No auge da
a vender motocicletas. A combinação (tal-
trabalhar com o que gosta.
indústria fonográfica, no final dos anos
vez inusitada à primeira vista) agradou em
Fundada em Igrejinha no começo de 1991,
1990, a Budega possuía lojas em Igre-
cheio os habitués e, de quebra, atraiu no-
a Budega Discos iniciou exclusivamen-
jinha, Parobé, Taquara e Rolante. Mas a
vos clientes, fazendo crescer o faturamen-
te no comércio de LPs e fitas K7. “Já no
evolução tecnológica trouxe consigo um
to. “A escolha por esse mercado foi ótima”,
primeiro ano, procuramos aumentar um
inimigo: a pirataria. “Isso mexeu com o
comemora Belotto, que em 2013 ampliou a
pouco o mix, incluindo camisetas, bonés
mercado fonográfico, encolhendo fatura-
oferta para os aficionados das duas rodas,
e acessórios para instrumento musicais –
mentos ano após ano”, relembra o empre-
criando a Bud Motors – que vende peças e
produtos que iam ao encontro do público
endedor.
acessórios para motocicletas. V
EM TEMPOS DE COMÉRCIO ELETRÔNICO, SEGMENTO DESCOBRE NOVAS FORMAS DE ATRAIR CLIENTES AO PONTO DE VENDA
AO INCREMENTAR A OFERTA COM SERVIÇOS RELEVANTES PARA SEUS PÚBLICOS, LOJAS CRIAM EXPERIÊNCIAS MEMORÁVEIS
FORMATO HÍBRIDO, QUE REÚNE PRODUTOS E SERVIÇOS AFINS, RECUPERA O SIGNIFICADO DA PRESENÇA FÍSICA DO CONSUMIDOR
REVISTA VEM - MAIO 2017
19
“
O SENAC TAQUARA CAPACITA MAIS DE 4 MIL PESSOAS POR ANO EM CURSOS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E AÇÕES DE EXTENSÃO
Senac Taquara: qualificação profissional e atuação social
“
OPINIÃO
do curso de Cabeleireiro, por exemplo, que realizam atendimentos gratuitos em locais carentes. Dessa forma, adquirem conheci-
KEYLA COPES RODRIGUES*
mento e contribuem para a sociedade. Desde 2014, o Senac Taquara capacita
O Senac Taquara faz parte do Sistema Fe-
para o trabalho em atividades de comércio
mais de 4 mil pessoas por ano em cursos
comércio-RS, o qual está presente em todos
de bens, serviços e turismo”. A instituição
de educação profissional e em ações exten-
os municípios do Rio Grande do Sul e utiliza
prepara profissionais de diferentes áreas de-
sivas. A Feira de Oportunidades, realizada
sua força política e institucional em prol da
mandados pelo mercado de trabalho, sen-
anualmente em todas as unidades do Se-
comunidade gaúcha. O Sistema opera com
do ofertados cursos nas áreas de Idiomas,
nac-RS, é um grande exemplo: foram 2.020
representatividade na defesa do setor ter-
Informática, Gestão, Comércio, Comunica-
participantes na cidade somente no ano
ciário e promove o empreendedorismo e o
ção, Beleza, Moda e Segurança. Estamos
passado. Ações como oficinas, palestras,
desenvolvimento de aproximadamente 600
sempre atualizando nosso portfólio confor-
workshops e atividades de orientação pro-
mil empresas do comércio de bens, serviços
me as novas necessidades e avanços tec-
fissional integraram a programação.
e turismo – que juntas geram 1,4 milhão de
nológicos do mundo do trabalho.
Em 2016, o Senac Taquara comemorou,
empregos formais. O Sistema é constituído
Além de contribuir com a capacitação das
junto às demais unidades do Estado, a con-
por 112 sindicatos vinculados, sendo um
pessoas da região, o Senac Taquara tem
quista do Prêmio Nacional da Qualidade
deles o Sindilojas VP.
papel importante na realização de ações so-
(PNQ). O Senac-RS foi a primeira instituição
O Senac proporciona, em todo o Estado,
ciais. Nossos alunos realizam ações exten-
de ensino do Brasil a receber a distinção, re-
educação e capacitação profissional a mi-
sivas na comunidade, de forma gratuita, a
conhecimento máximo à excelência. Nosso
lhares de gaúchos. Já o Senac Taquara
fim de cumprirmos com nosso papel social
principal objetivo será fazer com que, cada
atende os municípios de Três Coroas, Igre-
e seguirmos nossos princípios – como o da
vez mais, o Senac Taquara contribua com o
jinha, Taquara, Parobé, Riozinho, Rolante e
Consciência em Ação e o da Sustentabili-
desenvolvimento da região, com qualidade
Nova Hartz, tendo como missão “educar
dade. É o que acontece com os estudantes
na educação, inovação e foco no cliente.
*Diretora do Senac Taquara. Graduada em Administração – Gestão para Inovação e Liderança, possui MBA em Marketing Estratégico e Vendas e pós-graduações em Gestão de Pessoas e Docência em Ensino Técnico. Mestranda em Design Estratégico.
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REVISTA VEM - MAIO 2017
Sesc: bem-estar para comerciários e comunidade em geral FABIANE LUIZ OLIVEIRA*
S
ão muitas opções para man-
trabalhos comunitários e solidários.
ter o bem-estar da comunida-
Os amantes da literatura, por sua vez, têm
de de Taquara e região: desde
à disposição uma biblioteca cujo acervo
2006, o Sesc Taquara (Rua Júlio de
reúne mais de três mil obras. No local, é
Castilhos, 2835) oferece atendimentos
possível retirar livros por empréstimo, par-
nas áreas de saúde, cultura e turismo so-
ticipar de horas do conto e rodas de lei-
cial para trabalhadores do comércio de
tura. A unidade também realiza ações do
bens, serviços e turismo e à comunida-
“Arte Sesc – Cultura por toda parte”, que
de em geral. Além de Taquara, a unidade
reúne todas as manifestações culturais
atende moradores de Cambará do Sul,
desenvolvidas pelo Sesc/RS, incluindo
Igrejinha, Jaquirana, Nova Hartz, Parobé,
teatro, música, artes plásticas, literatura e
Riozinho, Rolante, São Francisco de Paula
cinema.
e Três Coroas.
Conta com uma equipe de 18 pessoas,
Na unidade, comerciários, empresários
o Sesc Taquara também recebe eventos,
e dependentes com Cartão Sesc/Senac
cursos, treinamentos, seminários e pales-
podem usufruir de diversos serviços com
tras na sala multiuso, um ambiente clima-
descontos exclusivos, como na acade-
tizado com 60 cadeiras estofadas, qua-
mia – que oferece aulas de musculação,
dro branco e data show. Além disso, por
ginástica e pilates. A unidade também
meio do programa Turismo Social, traba-
promove torneios e competições em di-
lhadores do comércio de bens, serviços,
versas modalidades esportivas.
do próprio turismo e seus familiares têm
Outro benefício é a clínica odontológica,
acesso a pacotes de viagem com valores
que realiza atendimentos mediante agen-
promocionais e condições de pagamento
damento. Já no projeto Maturidade Ativa,
facilitadas.
pessoas acima de 60 anos desenvolvem
Mais informações sobre as atividades pro-
atividades que visam a um envelhecimen-
movidas pelo Sesc Taquara podem ser
to ativo. Ali, os integrantes reúnem-se
obtidas pelo telefone (51) 3541-2210, no
para conviver, divertir, confraternizar e de-
site www.sesc-rs.com.br/taquara ou pelo
senvolver seus potenciais, além de realizar
Facebook (fb.com/sesctaquara).
*Gerente da unidade operacional Sesc-RS em Taquara. Graduada em Ciências Jurídicas e Sociais, possui MBA em Gestão Empresarial. REVISTA VEM - MAIO 2017
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ACONTECE
Relações trabalhistas foram tema de evento da Fecomércio Nos dias 23, 24 e 25 de março, a cidade de
do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomér-
equipe do Sindilojas VP – Sônia Bohnen,
Torres recebeu a segunda edição do Con-
cio-RS), contou com participantes de diver-
Luciano Herzog, Mônica Heidrich e Djéssi-
gresso Estadual de Relações Sindicais e do
sas partes do Estado e também de Santa
ca Klein – e pela diretora do Senac, Keyla
Trabalho. O evento, promovido pela Fede-
Catarina, Alagoas e Pará. A comitiva do
Copes Rodrigues. A seguir, veja alguns re-
ração do Comércio de Bens e de Serviços
Vale do Paranhana (foto) foi formada pela
gistros do congresso:
Janta, que preside a Força Sindical. Os tópicos abordados incluíram a correção da tabela de contribuição; a necessidade de atualização do código comercial; vantagens e desvantagens das contribuições compulsória, condicional e universal; e a necessidade de reforma trabalhista e sindical para acompanhar as evoluções do mercado de trabalho.
Fotos: Mariana Halmel
Projeto de Lei de Custeio da Atividade Sindical (PL 5795/2016) foi alvo de debate mediado pelo advogado Flávio Obino Filho. Participaram o deputado federal sergipano Laércio Oliveira, relator do projeto da Terceirização; o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho do RS, Rogério Fleischmann; e o vereador porto-alegrense Cláudio
Parceiros do Sindilojas VP, os representantes da SAC’S Assessoria em Cobrança, de Porto Alegre, Luana Flores e Gilmar Pereira, marcaram presença na abertura do 2º Congresso Estadual de Relações Sindicais e do Trabalho. Mediado por Diogo Chamun, o painel “Desconstituição da Personalidade Jurídica – Execução Trabalhista” teve participação do desembargador Luiz Alberto Vargas, do TRT, e do ministro aposentado do Tribunal Superior de Trabalho (TST), Gelson de Azevedo. A dupla discutiu o novo conceito das empresas, destacando um problema decorrente da explosão do número de PJs: a dificuldade de processá-las. “As empresas se tornaram líquidas, não têm uma sede,
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REVISTA VEM - MAIO 2017
Clarissa Ponciano Herzog e Luciano Herzog, Djéssica Klein e Paulo Gabriel Klein e Sônia Bohnen e Leonardo José Stangherlin durante o jantar de abertura da programação, em Torres.
Fernando Holiday, vereador de São Paulo, com Djéssica Klein e Sônia Bohnen, do Sindilojas VP.
Fotos Mariana Halmel
apenas um e-mail. Como se penhora os bens nesses casos?”, questionou Vargas. Por sua vez, Azevedo discorreu sobre o incremento econômico a partir da delimitação entre o patrimônio do sócio e o da empresa. Ressaltou, porém, o receio de se aplicar capital. Para ele, quem tem sobra de capital não quer investi-lo, pois o risco é muito grande. “Ninguém defende o não pagar dos direitos, mas há muita facilidade para se iniciar uma ação”, ponderou.
Toda mentira é permitida. Esse foi o mote do talk-show “Mentira na Justiça do Trabalho – Litigância de Má-Fé”, do qual participaram a juíza titular da Vara de Trabalho de Osório, Silvana Medeiros; o presidente da Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhistas, Denis Einloft; e o diretor financeiro da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas, Gustavo Guimarães. A mediação
foi de Joel Dadda, presidente do Sindilojas Litoral-Centro. Para os participantes, a má-fé tornou-se cultural, e o falso testemunho deveria ser criminalizado na Justiça do Trabalho. “Não há responsabilização nos casos de pedidos indeferidos. A punição da mentira tem efeito social e seria muito importante para a redução do número de processos”, sublinhou Guimarães.
Keyla Copes Rodrigues, diretora do Senac, e Josimel José Cândido.
O presidente do Sindilojas VP, Luciano Herzog, com o deputado federal sergipano, Laércio Oliveira, relator do projeto que regulamenta a terceirização no Brasil.
Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira palestrou sobre a modernização da CLT e a necessidade de se construir uma Previdência Social com equidade e responsabilidade. “É preciso buscar unidade de força e comprometimento. O trabalhador não pode ter a imagem de que o ambiente de trabalho é aquele em que alguém sempre quer escravizá-lo ou destruí-lo, mas saber que ele é partícipe do capital”, destacou Nogueira. Aos empresários, sua mensagem foi de motivação: “Não tenham medo de contratar, de empreender; vamos enfrentar (as adversidades) juntos”.
Luciano Herzog, presidente do Sindilojas VP, com Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.
“Repensando a Justiça do Trabalho” foi o tema exposto pelo vereador paulistano Fernando Holiday e pelo presidente da Satergs, Eduardo Raupp, com mediação de Flávio Obino Filho. Para Holiday, é preciso rever o papel dado à Justiça do Trabalho. “A estrutura foi criada para proteger o trabalhador, mas se esqueceu dele. É preciso modernizá-la e dar maior capacidade ao trabalhador para que faça suas escolhas”, defendeu. Raupp, de sua parte, destacou a importância da Justiça do Trabalho, mas também enfocou o grande volume de “reclamatórias aventureiras” que ela recebe. Para ele, as sentenças dos magistrados devem estar investidas de responsabilidade econômica. REVISTA VEM - MAIO 2017
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ACONTECE Fotos: Mariana Halmel
O presidente do Sindilojas VP, Luciano Herzog, com o presidente da Força Sindical e vereador de Porto Alegre, Cláudio Janta, e o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho RS, Rogério Uzun Fleischmann, acompanhados de Samara Younes e Jamel Younes, presidente do Sindilojas de Frederico Westphalen.
Leonardo José Stangherlin, Luciano Herzog, Clarissa Ponciano Herzog, Djéssica Klein, Paulo Gabriel Klein, Mônica Heidrich, Keyla Copes Rodrigues e Josimel José Cândido durante coquetel de confraternização embalado pelos músicos Dante Ramon Ledesma e Elis Cardoso.
Paulo Gabriel Klein, Djéssica Klein e Luciano Herzog, do Sindilojas VP, com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e o coordenador do evento e vice-presidente do Sistema Fecomércio-RS, Ibrahim Mahmud.
Consolidado, Liquida Tudo teve nova edição na Rua Coberta de Taquara Bom para quem compra e bom para quem
do Senac, que promoveu workshops sobre
VP, Luciano Herzog, o Liquida Tudo surgiu a
vende. Após uma estreia de sucesso em
diferentes assuntos. A promoção também
pedido dos próprios lojistas da região como
2016, o feirão multissetorial “Liquida Tudo”
recebeu food trucks, e uma equipe de volun-
uma alternativa para liquidar estoques e ca-
voltou à Rua Coberta de Taquara no último
tários do Instituto Vitória, responsável pela
pitalizar as empresas no final da temporada.
mês de março, reunindo dezenas de estan-
manutenção da Praça da Bandeira, fez plan-
O comandante da entidade saudou o movi-
des com ofertas Primavera/Verão a preços
tão para garantir a limpeza do local contíguo
mento “acima da expectativa”, comemoran-
extremamente
Promovido
à Rua Coberta. A Associação Protetora dos
do a consolidação do evento – que já tem
pelo Sindilojas VP, o evento contou com a
convidativos.
Animais de Taquara (Apata) também marcou
sua terceira edição agendada para o mês de
parceria do Sesc Taquara, oportunizando
presença, realizando uma feira de adoção.
setembro, assinalando o final da temporada
atividades de recreação; e da unidade local
De acordo com o presidente do Sindilojas
Outono/Inverno.
Senac promoveu workshops na Praça da Bandeira, junto à Rua Coberta
Unidade taquarense do Sesc realizou atividades de recreação com crianças
Fotos Divulgação / Renatinho Filmagens
Promoção capitaneada pelo Sindilojas reuniu dezenas de lojistas em março
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REVISTA VEM - MAIO 2017
programação especial no DIA DA MULHER Em parceria com as unidades taquarenses do Sesc e do Senac, o Sindilojas VP comemorou o Dia Internacional da Mulher com uma noite de palestras especialmente voltadas ao público feminino. A programação teve lugar no Madre Pub, em Taquara, com participação da consultora de moda sustentável Milena Faé, sócia-fundadora da Closet Detox; e da esteticista Ana Paula Hugentobler, que deu dicas de automaquiagem. Na foto, a executiva do Sindilojas, Sonia Bohnen; a gerente do Sesc local, Fabiane Luiz Oliveira; as palestrantes Milena e Ana Paula; e Keyla Copes Rodrigues, diretora do Senac Taquara.
RENALEGIS A executiva Sonia Bohnen (à esquerda na
para discutir pautas do setor, participando
foto) representou o Sindilojas Vale do Pa-
de um painel sobre o Piso Regional e de
ranhana no 5º Encontro da Rede Nacional
outro sobre a Reforma da Previdência. O
de Assessorias Legislativas do Sistema
sistema Renalegis é uma rede de relaciona-
Renalegis, promovido pela Fecomércio-RS
mentos criada pela Confederação Nacional
no dia 29 de março em Porto Alegre. Pela
do Comércio (CNC) para monitorar a trami-
manhã, o evento contou com visita guiada à
tação de propostas legislativas de interesse
Assembleia Legislativa do Estado, enquanto
das categorias do setor, oferecendo infor-
à tarde os 36 representantes dos sindicatos
mações relevantes para atuação nos pode-
filiados se reuniram na sede da Federação
res legislativos municipal, estadual e federal.
PAROBÉ No intuito de abordar assuntos relevantes
preside na Câmara de Parobé a comissão
para a categoria que representa, o Sindica-
permanente de Legislação, Justiça e Reda-
to do Comércio Varejista do Vale do Para-
ção Final. Na ocasião, o Sindilojas VP esteve
nhana reuniu-se, no final de março último,
representado por Djéssica Klein (à esquerda
com o vereador Gilberto Gomes Junior, que
na foto) e pela executiva Sonia Bohnen. REVISTA VEM - MAIO 2017
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CONSULTORIA
DUAS TÉCNICAS INFALÍVEIS DE NEGOCIAÇÃO USANDO NEUROCIÊNCIA COMO EVITAR O “NÃO” EM QUALQUER DISPUTA TIAGO CAVALCANTI TABAJARA*
N
egociação é basicamente poder, informação e persuasão. Quem tiver mais poder e
mais informação quase sempre vence. Porém, ao usar algumas técnicas de persua-
são, os resultados são ainda melhores. Saber usar essas técnicas fará muita diferença em suas negociações, principalmente quando lhe faltam informações e poder para negociar.
1. POSTURA VITORIOSA Antes de uma negociação, fique em pé com os braços erguidos para cima em posição de vitória por dois minutos – e você será visto como uma pessoa mais confiante e mais positiva. Ao erguer os braços, o cérebro entende essa ação como uma manifestação de superioridade, liberando testosterona, hormônio masculino, e diminuindo os níveis de cortisol, um neurotransmissor responsável pelo estresse. Dessa forma, além nos sentirmos mais vitoriosos, transmitiremos essa visão aos outros.
2. TÉCNICA PORTA NA CARA Para sugestões com alto potencial de rejeição, procure apresentar propostas mais altas do que a pretendida, fazendo uma ou duas concessões até chegar à situação desejada. Por exemplo: para pedir um aumento de salário de 20%, peça cerca de 40%. Faça o pedido e, mesmo apresentando razões, é provável que receba uma negativa. Você então aceita as alegações, mostrando-se compreensivo, e refaz a proposta, pedindo então 30%. Se o pedido ainda for negado, aceite a argumentação e peça finalmente os 20% pretendidos. Nesse momento, é praticamente certo que a resposta seja sim, pois numa relação de cooperação como a existente em uma empresa, o gestor se sentirá mal se tiver que dar mais uma negativa, fazendo-o dizer sim após algumas tentativas. Aplique esse exemplo a qualquer coisa, desde prazos de entrega até formas de pagamento,
Foto: ©iStock.com/serkorkin
seja qualquer for a sua posição – cliente, fornecedor, comprador ou funcionário. Basta definir o
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REVISTA VEM - MAIO 2017
que você pretende, para construir a sua técnica Porta na Cara.
*Presidente da Neurobusiness Academy, escritor, consultor, professor, palestrante, coach e PhD pela Florida Christian University (EUA) na área de neurociência aplicada aos negócios.
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