Paper And Cotton

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Número 2 - JAN / FEV / MAR 2013

PREÇO EDIÇÃO: 3,50€

Paper Cotton and

ISSN 2182-7818

Living and Loving your Creative Self

Arte com Dominós

Place in Time

Atelier Susana Tavares

* DECORAÇÃO * PÁSCOA * DIA DO PAI * CULINÁRIA * SAÚDE *Paper and Cotton 1


Ficha Técnica PAPER AND COTTON

Feliz Ano Novo! Chegou o novo ano e com ele a nossa 2ª edição. Congratulo-me de poder dizer que a primeira foi um sucesso; recebemos parabéns e palavras de

Editor: Carla Pimentel Diretor Geral: Carla Pimentel Fotografia: Paulo Pimentel, Carla Pimentel Diretor de Publicidade: Paulo Pimentel Telefone: 00 351 914535871 Edição, Design, Tratamento Digital e Paginação: NU*DES • www.nu-des.pt Colaboradores nesta edição: PanoPraMantas, Maria Pipoca, Susana Tavares, Teresa Rebelo, Maria da Luz Freitas, Ângela Carneiro, Clarisse Almeida. Propriedade: Paulo Pimentel Administração e Redação:

incentivo de muitas pessoas, até de outros países! Nesta edição poderão experimentar criar originais formas de arte com objetos do quotidiano (dominós), decorar peças de roupa com carimbos, embelezar as vossas roupas com um cinto alegre, conhecer a simpática Susana Tavares e a sua arte, entre muitas outras sugestões. Num trimestre onde se celebra o dia do pai, sugerimos que presenteie o seu com a doce sugestão da Teresa Rebelo, os Bigodes de chocolate. Já pensou na Páscoa dar uma escapada à ilha com o mesmo nome? Fique também a conhecer uma doença ocular que é a principal causa de cegueira dos países desenvolvidos. Desejo a todos um excelente ano de 2013. Até breve.

Avenida do Rosal, 131 H4 4470-111 Maia Portugal Email: geral@paperandcotton.pt ISSN 2182-7818 Direitos reservados de todos os trabalhos, desenhos e esquemas. É proibida a reprodução parcial ou total por quaisquer meios sem expressa autorização escrita do editor.

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Carla Pimentel (editora)


As escolhas da editora! Arte com Dominós

Uma forma original de arte de tamanho reduzido.

Organizador de Bolsa

Place in Time

Um objeto muito útil para que encontre tudo rapidamente na sua bolsa.

Um calendário / mini-álbum para registar os melhores acontecimentos da sua vida ao longo de 2013.

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Paper and Cotton

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Índice

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Paper and Cotton

Paper and Cotton Papercrafting

Paper and Cotton Costura Criativa

Carta da Editora

Moldura LOVE!

Cinto de Flores de tecido

PAG: 2

PAG: 14

PAG: 22 / 25

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Paper and Cotton

Paper and Cotton Patchwork

Paper and Cotton Carimbos

As escolhas da Editora

Coração de Alfazema

T-Shirt carimbada

PAG: 3

PAG: 15

PAG: 26 / 27

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Paper and Cotton Mixed Media Art

Paper and Cotton Patchwork

Paper and Cotton Cartões

Arte com Dominós

Técnica do Paper-Piecing

Cartões

PAG: 6 / 9

PAG: 16 / 19

PAG: 28 / 31

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Paper and Cotton Entrevista

Paper and Cotton Decoração

Paper and Cotton Costura Criativa

Coroa de Páscoa

Organizador de Bolsa

PAG: 10 / 13

PAG: 20 / 21

PAG: 32 / 33

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Atelier Susana Tavares

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Paper and Cotton Scrapbooking

Paper and Cotton Viagens

Place in time

Ilha da Páscoa

PAG: 34 / 35

PAG: 44 / 55

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Paper and Cotton Culinária

Paper and Cotton Correio

Bigodes de Chocolate

Correio

PAG: 36 / 37

PAG: 56 / 57

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Paper and Cotton Culinária

Paper and Cotton Esquemas

Ovos de Páscoa decorados

Esquemas

PAG: 38 / 39

PAG: 58 / 59

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Paper and Cotton Saúde

Paper and Cotton Número

D.M.I.

Novo número

PAG: 40 / 43

PAG: 60

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Na Capa um trabalho que poderá encontrar na página 20

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Mixed Media Art

Arte com dominós Mini album e tela Por: Carla Pimentel

Na minha infância aprendi, tal como muitas crianças, a jogar dominó. Há uns meses atrás descobri que estas pequenas peças permitem fazer originais obras de arte, com um encanto especial pelo seu reduzido tamanho! As hipóteses são imensas...aqui ficam dois exemplos dessa forma de arte. 6 Paper and Cotton


Materiais Mini-Álbum

- 2 peças de dominó - Alcohol inks nas cores: Stonewashed e Mixative Copper - Alcohol Blending Solution - Aplicador Inkssentials com feltro - Coleção Bird Song da Graphic 45 8”x8” pad - Cartolina preta - Carimbo “Oriental” da Kaisercraft - Almofada para carimbo Memento Tuxedo Black - Bo Bunny Buttons – coleção Serenity - Fita preta - Cola - Fita cola de dupla face - Glossy accents - Tesoura - Luvas descartáveis (as tintas a álcool mancham as mãos)

Materiais Tela

- 7 peças de dominó - Tela com 12x12 cm - Tinta acrílica Americana Indian Turquoise (a primeira tinta aplicada sobre a tela) - Distress ink: Weathered wood e Faded Jeans (aplicadas juntas sobre a tinta acrílica) - Alcohol inks nas cores: Stonewashed e Mixative Copper (para o fundo da tela) e Watermelon, Pink Sherbet, Latte, Butterscotch e Mixative Pearl para colorir as peças de dominó - Alcohol Blending Solution - Aplicador Inkssentials com feltro - Coleção Bird Song da Graphic 45 8”x8” pad - Cartolina preta - Carimbo “Oriental” da Kaisercraft - Almofada para carimbo Memento Tuxedo Black - Carimbo da Crafty Individuals nºCI-329 com motivo de gaiola - Embossing Stamp Pad - Pó Ultrathick Embossing Crystals Bonze Lustre - Pistola para Emboss - Bo Bunny Buttons – coleção Serenity - Glossy accents - Tesoura - Luvas descartáveis (as tintas a álcool mancham as mãos)

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1- Coloque algumas gotas das tintas a álcool nas cores escolhidas juntamente com algumas gotas de Blending Solution no feltro do seu aplicador e pinte toda a superfície das peças de dominó.

2- Não se esqueça das laterais das peças. Deixe secar.

3- Carimbe as peças com o carimbo oriental no lado sem pintas. Deixe secar bem.

4- Recorte uma tira de cartolina preta. A altura da tira de cartolina é a da peça de dominó. O comprimento é o que quiser para fazer o seu álbum. A tira deverá ser dobrada em acordeão, de forma que cada “página” tenha a largura da peça de dominó.

5- Recorte papeis para decorar cada uma das páginas do seu álbum. De um lado.

6- ...E do outro.

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7- Recorte as imagens com que vai decorar estas peças. Cole-as com glossy accents, assim como as peças metálicas que escolher para decorar. Cubra toda a superfície sem pintas das peças, incluindo os papeis e as peças de metal que aplicou com uma camada de Glossy Accents para proteger e dar brilho. Deixe secar pelo menos 24h.

8- Aplique fita cola de dupla face no centro das peças que vão fazer de capa e cole um pedaço de fita em cada peça.

9- Cole os extremos do acordeão a cada uma das peças no lado onde colou a fita.

10- Visualização do álbum pelo lado inverso.

Para a Tela:

Pinte a tela com as tintas indicadas na lista dos materiais. Decore as peças seguindo os passos para a capa do mini-álbum. Carimbe a gaiola com o Embossing Stamp Pad.

11- Feche o acordeão, e aperte as fitas de cada lado com um laço.

Aplique o Pó Ultrathick Embossing Crystals Bonze Lustre com a ajuda da pistola para Embossing. Cole as peças à tela a seu gosto. Paper and Cotton 9


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Entrevista

Atelier Susana Tavares Susana Tavares é uma artista que nasceu e cresceu em Lisboa, para quem a sua arte... “Não é simplesmente arte...é uma mudança, é a possibilidade de tornares a tua vida em algo que tu amas e divertires-te com isso”

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Paper and Cotton: Muito obrigada Susana por ter aceite participar nesta entrevista. Em primeiro lugar peço para nos falar um pouco de si. Susana Tavares: Obrigada pelo convite, é sempre um prazer participar em projetos que me fazem sorrir. Sou artista plástica, mãe de 3 filhos lindos, casada, e adoro criar e inspirar os outros através da minha arte. PC: Quando descobriu a Mixed Media Art e decidiu que gostaria de fazer dessa arte a sua vida profissional? ST: Pinto há 10 anos e desde sempre que misturo coisas, papel, tinta, pastel…. Depois a minha mãe ofereceu-me um livro de técnicas mistas, participei em workshops e fui encontrando o meu espaço e a minha expressão. PC: O que a apaixona nesta forma de arte? ST: Adoro misturar, nunca gostei de fazer sempre o mesmo, na mixed media existe muita liberdade, muita brincadeira e diversão, milhentas possibilidades. Gosto de pintar usando a minha intuição e de ter aquele gosto de surpresa. PC: Recebeu alguma formação em arte ou especifica em Mixed Media Art ou é uma autodidata? ST: Sou autodidata e fui crescendo a partir da experimentação e experiência. PC: Pinta em diferentes superficies. Qual é a sua superfície de eleição e que tipo de materiais de pintura prefere usar nas suas criações? ST: Gosto muito de pintar em tela e em madeira e os meus materiais favoritos são o lápis preto, lápis de cera de aguarela, todo o tipo de papeis, tinta acrílica, carimbos e tecidos.

PC: Quais são as suas principais influências (referências) nacionais ou internacionais na Mixed Media Art? ST: Misty Mawn, Flora bowley, Anahata Katkin PC: Quando criou o seu atelier? Foi sempre neste espaço? ST: O atelier fez 10 anos em Setembro e começou num atelier partilhado com o meu irmão, mudei diversas vezes e agora estou no meu novo atelier na Av. 5 de Outubro, que está a ser transformada para ser também a minha nova casa. PC: Como é habitualmente a sua rotina diária de trabalho? ST: Divido normalmente o meu tempo assim, manhã e final do dia para fazer blog posts, responder a entrevistas, emails, redes sociais, gerir a loja online… a tarde para o atelier e para a criação. Faço muitas listas… Do que fazer, idéias, projetos… Sou uma, costumo dizer empresa ambulante, que tem de ter ideias e inspiração, criá-las, comprar materiais, embalar, enviar, fotografar, editar, escrever, brincar… Por isso sou mãe, mulher, esposa, pintora, professora, crafter… Ufa! E se calhar mais qualquer coisa que agora não me lembro!

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PC: É possivel ter aulas no seu atelier ou geralmente os workshops são online?

PC: Quando foi criada a sua etsyshop (loja online)? Que tipo de criações suas podemos lá encontrar?

ST: Sim é possível ter aulas no meu atelier e também online onde não existem quaisquer limitações quanto a tempo, pois poderás fazê-los nos dias e horas que mais te são convenientes, visto o conteúdo estar sempre disponível para os alunos no tempo do workshop. O meu novo workshop online tem o nome de

ST: A loja foi criada em Fevereiro de 2010 e lá podem encontrar trabalhos originais como bonecas e pintura. Mas também Art prints, que são reproduções dos minhas pinturas originais para emoldurar, agendas e notebooks, marcadores de livros, pins e espelhos de bolso, colares, postais, calendários e o que mais me apetecer criar. Arte para usar, mostrar e espalhar boas energias.

“Inspired by Love…every day!” e poderão consultar toda a informação aqui: http://ateliersusanatavares.blogspot.pt/2012/09/ workshop-de-pintura-online-inspired-by.html PC: Quem são habitualmente os seguidores dos seus workshops? A maioria são portugueses ou de outros paises? ST: Penso que é metade portugueses, metade de outros países, é muito equilibrado. 12 Paper and Cotton

Atelier Susana Tavares Tel.: + 351 218 491 671 Fax.: + 351 218 491 671 e-mail: susana.t@sapo.pt Avenida 5 de Outubro, nº21-4ºDto 1050-047 Lisboa, PORTUGAL


PC: Acha que este tipo de arte está pouco divulgada em Portugal? ST: Sim muito pouco, mas acredito que as coisas acontecem no tempo certo. PC: Gostaria de acrescentar algo mais a esta entrevista? ST: Sim gostaria de partilhar um pequeno texto que escrevi depois de meditar.

Queridos amigos deixem que vos apresente o Amor único e original. O Amor que deves ter por ti próprio. Ama todos os centímetros de teu corpo, porque eles fazem parte de ti. Tu és uma peça única insubstituível e jamais esquecida. Simplesmente sê tu neste mundo, fala a tua verdade e não tenhas medo. Susana Tavares

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Papercrafting

Moldura LOVE! Por: Carla Pimentel

Numa cartolina branca escreva a palavra LOVE. Recorte coraçþes, borboletas ou outros elementos a seu gosto para colar sobre a palavra que escreveu.

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Patchwork

Coração de alfazema

Por: PanoPraMantas

Materiais

- Diversos retalhos em tons vermelhos e rosa (parte da frente do coração) - Tecido coordenado para fazer a parte de trás do coração. - Espuma de nylon (ou restos de pasta de enchimento) - Alfazema

Tire uma cópia de preferência em papel fino do Bloco Crazy (ver página esquemas). Passe o desenho também para o verso do papel, para poder costurar. Com os retalhos vá construindo o bloco, seguindo a numeração. Coloque o molde do coração (ver página esquemas) em cima do bloco que acabou de construir. Corte o tecido conforme o molde. Está considerado 0,5 cm para a margem da costura. Faça o mesmo com o tecido coordenado. Dobre uma tira de cerca de 10/12cms. de comprimento do tecido coordenado em quatro e passe uma costura com linha ao tom. De seguida coloque os dois corações (painel com bloco crazy + tecido coordenado) em cima um do outro, direito com direito. Coloque a tira que vai servir para pendurar entre os dois tecidos. Costure a toda a volta (margem de 0,5 cm), deixando uma abertura (cerca de 3 cm) para virar. Dê uns pequenos golpes nas costuras das partes arredondadas. Vire para o direito. Encha com pasta de nylon cortada aos bocados e alfazema. Feche com um ponto escondido. Obrigada por ter feito este projeto com a PanoPraMantas. Para qualquer dúvida, pode sempre contactar-nos através do email panopramantas@gmail.com

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Patchwork

Técnica do Paper-Piecing Por: Carla Pimentel

O “Paper-Piecing” é uma técnica cada vez mais

popular no patchwork. Também é conhecida por “Foundation Block” e consiste em utilizar um padrão de base (esquema) em papel e coser pequenos retalhos de tecido diretamente através desse papel, formando um bloco geométrico. Com esta técnica a execução de trabalhos de

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patchwork, sobretudo mantas, com padrões geométricos aparentemente complexos, torna-se muito simples. O bloco pode ser desenhado, impresso ou fotocopiado. Existem vários padrões disponíveis na internet.


O bloco que escolhi chama-se Log Cabin e desenhei-o sobre papel vegetal para poder ver as linhas desenhadas no avesso do papel. Cada parte do bloco está numerada, indicando a sequência em que os retalhos do tecido vão ser cosidos ao papel e uns aos outros.

1 - Comece por cortar pedaços de tecidos para cobrir cada uma das partes numeradas do seu bloco. O tamanho terá que incluir cerca de 1,5 cm de valores de costura, a toda a volta de cada uma das partes a costurar.

2 - Vire o seu papel do “avesso” e coloque o tecido que vai preencher a parte nº 1 com o avesso do tecido voltado para o “avesso” do papel. Fixe com alfinetes.

3 - Sobreponha o tecido que vai preencher a parte 2 do bloco, direito sobre o direito do tecido da parte 1. Segure com alfinetes.

4 - Volte o seu bloco com o lado impresso ou desenhado para cima. Os tecidos estão agora por baixo do papel.

5 - Costure na máquina ou à mão ao longo da linha que une a parte 1 com a parte 2 do desenho.

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6 -Dobre o papel ao longo da costura que acabou de costurar e apare os valores de costura das 2 partes cosidas, de modo a ficarem com cerca de 0,7cm. Pode usar um cortador rotativo ou uma tesoura para este efeito.

7 -Volte a endireitar o papel, vire-o do “avesso” e posicione a peça de tecido nº 2 no seu lugar. Pode fazer pressão para alisar a costura com a unha ou com o ferro de engomar.

8 -Agora vai posicionar a parte 3, com o direito sobre o direito, sobre as partes 1 e 2.

9 -Vai repetir os passos feitos de 3-7 para cada uma das peças a costurar, ao longo de cada linha da sua sequência.

10 - No final passe o seu bloco de tecido a ferro, acerte os valores de costura a toda a volta do bloco e remova o papel.

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Depois de pensar o que fazer com o meu bloco, decidi fazer um agulheiro/alfineteiro. Vai ser muito Ăştil para as minhas futuras costuras!!! Paper and Cotton 19


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Decoração

Coroa de Páscoa Por: Carla Pimentel

Sugiro-lhe esta coroa para decorar a sua casa na Páscoa ou durante toda a Primavera! É muito fácil de fazer! A técnica utilizada para as flores de feltro pode ser utilizada para fazer flores de papel, com as quais poderá decorar páginas de scrapbooking, por exemplo. 20 Paper and Cotton


Materiais

- 1 coroa de esferovite com 30cm de diâmetro - Linho de cor natural (6 tiras de 6 cm de largura x 1,50m comprimento) - Pedaços de feltro nas cores pretendidas. - Flores amarelas e branca (1 quadrado com 10cm de lado para cada uma) - Flor laranja (1 tira com 25cm de comprimento x 10 cm largura) - Pedaços pequenos para as borboletas e para as folhas - 2 metros de fita larga cor crua - Tesouras de costura - Pistola de cola quente - Alfinetes (opcionais)

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Envolva a coroa de esferovite com as tiras de linho. Cole as várias tiras entre si e à coroa com cola quente.

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Flor laranja: Dobre a tira a meio no sentido do comprimento e faça cortes no lado dobrado, com cerca de 4cm de profundidade.

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Enrole a tira sobre si mesma, começando numa ponta. Vá colando com cola quente, à medida que vai enrolando, para que não se solte. Cole a ponta final. A flor está feita. Deve ser colada à coroa na posição pretendida. Pode espetar um alfinete no centro da flor. Flores amarelas e branca Num quadrado de 10cm de lado corte um circulo. Depois faça um corte em espiral continua, de fora para o centro, tal como vê na imagem. Vai obter uma tira de feltro circular. Conforme a tesoura que usar, ou o movimento ondulado que der ao corte, a sua flor terá um bordo diferente das restantes.

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Comece por segurar a ponta central e enrole a tira sobre si mesma. Vá colando com cola quente, à medida que vai enrolando. Corte folhas e cole-as à coroa. Cole as suas flores sobre as folhas com cola quente. Espete alfinetes no centro das flores. Faça um molde de papel com a forma de borboleta e recorte feltro com essa forma. Cole as borboletas na posição e local que quiser. Faça uma argola para pendurar e um laço, com a fita escolhida para o efeito. Cole uma borboleta sobre o nó do laço. Está pronta! Esta é a minha sugestão. Pode escolher outras cores e até colar muitas mais flores.

Que tal enviar-nos imagens da sua coroa para podermos mostrá-la na próxima edição! Paper and Cotton 21


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Costura Criativa

Cinto de flores de tecido Por: Clarisse Almeida

Este cinto de flores feito de retalhos de tecido é uma boa ideia para reciclar peças de roupa, decorar almofadas, abajures, cortinas, colchas, quadros, lindos colares, etc.

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Tudo depende da criatividade e da conjugação das cores. Dois tipos de flores (Fuxicos) são utilizados nesta peça.


Materiais - Moldes de papelão redondos de 7cm e de 9cm - Tecidos variados para fazer as flores (neste caso várias sedas) - Tule preto – 2 círculos de 7cm para fazer as folhas (para decorar) - Dois metros de Fita de cetim com 4 cm de largura em preto (base do cinto) - Duas fitinhas de cetim com 8cm e 0,5cm de largura (para decorar) - Linhas de costura de acordo com as cores dos tecidos - 4 Botões de fantasia - Agulha e tesoura - Máquina de cola quente para colar as flores na base do cinto (também se podem prender as flores com agulha e linha)

1 – Disposição dos diversos materiais utilizados na criação deste fantástico cinto.

2 – Para fazer a flor de 5 pétalas cortar 5 círculos com a ajuda do molde de 7cm. Em seguida dobrar cada círculo ao meio e novamente ao meio, como se vê na figura, e alinhavar. Puxe a linha para franzir.

3 – Com a mesma linha alinhavar as restantes 4 pétalas.

4 – Quando estiverem as 5 pétalas enfiadas, puxar a linha de modo a ficarem juntas e rematar a primeira com a última conforme a figura. Paper and Cotton 23


5 - Fazer a outra flor de 5 pétalas, de outra cor, do mesmo modo que a primeira. Para completar as flores, prender um botão de fantasia em cada uma costurando-o ou colando-o com cola quente.

6 – Agora vamos fazer a flor fechada. Cortar com a ajuda do molde de 9 cm um círculo de tecido. Chulear a orla para não desfiar como indicado na figura.

7 – Depois de chulear toda a borda do tecido, puxar a linha de modo a franzir e formar a flor fechada. Rematar unindo com um ponto a parte de cima franzida com a parte de baixo.

8 – Fazer outra flor fechada, com outro padrão, para a sobrepor por cima da anterior, mas com 7cm de diâmetro.

9 – Costurar a flor fechada pequena por cima da flor fechada maior, e com a mesma linha prender um botão de fantasia, como se vê na figura.

10 – Executar outro conjunto de flor fechada (passo 6 a 9) com tecidos diferentes.

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11 – Executar o mesmo passo do ponto 9.

12 – Para fazer as folhas de tule: dobrar os círculos ao meio e novamente ao meio e alinhavar (como em 2). Puxar a linha para franzir e rematar. As fitinhas são unidas pelas pontas conforme figura.

13 – No meio do comprimento da fita preta de cetim colar com cola quente (ou costurar) as flores, as folhas e as fitinhas de acordo com a sua criatividade. E aí está o cinto pronto.

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Carimbos

T-Shirt Carimbada Por: Maria Pipoca

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Materiais - T-shirt branca - Dois quadrados de feltro de cores diferentes - Framelits & Stamps “Flowers, Daisies” 657916 da Sizzix - Framelits & Stamps “Leaves” 657917 da Sizzix - Tinta de carimbar Versa Craft preta - Placas de acrilico - Tesoura - Um pedaço de fita fina - Um botão - Linha e agulha

Cortei a flor maior em feltro verde para fazer contraste com o branco da t-shirt, e a flor pequena em feltro branco. Nota importante: os framelits não são os cortantes mais indicados para cortar feltro, mas com uma passagem extra na Sizzix ficam, de tal forma marcados no feltro que, com a ajuda de uma tesoura se consegue cortar perfeitamente. Isto também vai depender da espessura do próprio feltro. Se porventura tiverem outros cortantes de flores, usem-nos!

Coloque um carimbo de folhas na placa de acrílico com tinta especifica para tecido (Versa Craft), retire as flores do sítio escolhido e carimbe as folhas de forma que ao colocar as flores de feltro no lugar, as folhas apareçam por trás.

Neste ponto deverá passar a ferro as partes carimbadas pois isto fará com que esta tinta fique permanente.

Aqui terá de definir exatamente onde quer coser as flores, ajustando por cima das folhas carimbadas.

Pegue numa t-shirt branca e escolha dois quadrados de feltro de duas cores à sua escolha. Neste caso escolhi o verde água e o branco. Escolha dois cortantes de duas flores iguais de tamanhos diferentes. Estes 2 são framelits da Sizzix.

Agora escolha outras folhas diferentes e carimbe do outro lado da flor usando o mesmo método: retirando a flor do seu sítio de forma a que os pés das folhas fiquem ligeiramente debaixo do feltro.

Faça um pequeno laço com a fita e cosa, por cima do botão, segurando as flores no sítio que definiu para as fixar. De seguida cosa a toda a volta pela beirada a flor maior fixando definitivamente. Paper and Cotton 27


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Cart천es

Cart천es

Por: Maria Pipoca

Aqui ficam as sugest천es de cart천es da Maria Pipoca para os dias festivos que se aproximam! Divirta-se a criar! 28 Paper and Cotton


Cartão do Dia do Pai - cartolina branca - três tons diferentes de cartolina texturada verde (neste caso da marca Sizzix) - papel de riscas azul da colecção Hip-hooray da My Mind’s Eye - carimbo Papertrey ink - esponjinhas 3D - arredondador de cantos Crop-a-Dile da We R Memory Keepers - almofada de carimbos verde - cortante da etiqueta Sizzix

Cartão Páscoa Coelho - cartolina branca - cartolina amarela - papel amarelo com pintas brancas - caneta preta (para desenhar a boca do Coelho) - molde de um Coelho (este encontrei na internet já há algum tempo) - olhos de mexer para colar - caneta de gel branca - almofada de tinta para carimbos preta - carimbos “Forever Friends” da Docrafts

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Cartão Páscoa Pop-up - cartolina amarela - cartolina verde texturada - arredondador de cantos - carimbos “Forever Friends- the good life journal” da Docrafts - carimbos “Forever Friends- spring time” da Docrafts - almofada de carimbos preta - almofada de carimbos verde - almofada de carimbos laranja - cortante da etiqueta Sizzix - textura com pintas Sizzix - caneta de gel branca - canetas Copic

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Cartão dia dos namorados “Out of this World” - cartolina branca - framelit coração da sizzix - carimbo da Papertrey ink - esponja de carimbos vermelha - caneta de gel vermelha - pó de “embossing” transparente - almofada de carimbo de embossing - verniz de unhas vermelho

Cartão dia dos namorados “All you need is love” - cartolina rosa - papel “The Sweetest Thing” da My Mind’s Eye - carimbo Papertrey ink - lantejoulas prateadas - brilhos prateados - framelits coração da Sizzix - acetato - esponjas 3D - caneta de gel branca - cartolina branca - Knock Outs da American Crafts (para cortar a borda escalopada) Paper and Cotton 31


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Costura Criativa

Organizador de Bolsa Por: Carla Pimentel

Todos nós sabemos (eles também quando lá tentam encontrar alguma coisa) que as bolsas das mulheres são autênticos “sacos sem fundo”. Nada melhor que um organizador de bolsa, para ter tudo devidamente acondicionado e acessível. Quando trocar de bolsa basta transferir o organizador para a bolsa respectiva. 32 Paper and Cotton


Materiais

- 50 cm de tecido para o exterior - 50 cm de tecido para o forro - 30 cm de manta acrílica - 1 fita decorativa com 80 cm - 1 botão - linha de costura - tesoura ou cortador circular

Medidas e partes

- Frente e costas: 20x27cm (2x) - Laterais: 20x11 cm (2x) - Fundo: 27x10 cm (1x) - Porta canetas: 35x20 cm (1x dobrado a meio) - Bolso maior de fora: 30x25 cm (1x dobrado a meio) - Alças: 14x4 cm (2x) -Medidas do forro iguais

1 - Corte as várias partes a costurar de acordo com as medidas. Corte também manta para forrar o tecido exterior.

2 - Cosa a manta nas partes da frente, costas, laterais e fundo.

3 - Cosa vários quadrados, nas partes que acabou de costurar.

4 - Cosa os bolsos um ao outro, formando divisórias para diversos objetos.

5 - Cosa os bolsos à parte da frente do organizador.

6 - Cosa as laterais com a parte da frente e posteriormente com as costas.

7 - Decore com a fita antes de fazer a última costura. Costure o fundo do organizador.

8 - Costure o forro da mesma forma que a parte externa, e aplique bolsos. Deixe uma abertura de 10 cm no fundo do forro para virar.

9 - Dobre a alça e costure. Prenda as alças nas partes laterais. Introduza a parte externa dentro do forro direito contra direito e costure as peças juntas.

10 - Vire o direito pela abertura do fundo do forro e feche com ponto invisível ou à máquina.

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Paper and Cotton

Scrapbooking

Place in time Por: Carla Pimentel

Um calendรกrio / mini-รกlbum de mesa para fazer um registo fotogrรกfico dos acontecimentos mais importantes da sua vida ao longo de 2013. O passo a passo e os materiais poderรฃo ser encontrados em: scrapbookingwithtubo.blogspot.com

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Culinรกria

Bigodes de chocolate em colher Por: Teresa Rebelo

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Para o Dia do Pai, ou sempre que quisermos homenagear os homens da família! • Colheres descartáveis de tamanho médio/grande • Chocolate de culinária • Chocolate branco • Papel vegetal • Sacos descartáveis para bico pasteleiro • Template impresso de bigodes (ex.: http://www.katrinaalana.com/blog/2010/01/make-your-own-mustache/)

• Fita de cetim • Saquinhos de celofane • Agrafes ou fita-cola dupla As quantidades dependem do número de colheres, conte com cerca de 15 g de chocolate para encher cada colher + 20 g de chocolate para cada bigode (vai sobrar, mas precisamos de mais quantidade do que a que realmente levam as colheres, para podermos trabalhar). Preparar o template impresso dos bigodes. (basta uma impressão de 1 bigode num tamanho adequado à colher) Derreter um dos tipos de chocolate em banho-maria ou no microondas, com cuidado para não queimar o chocolate. Colocar parte do chocolate derretido num saco pasteleiro. Colocar o papel impresso com o bigode por baixo do papel vegetal, cortar a pontinha do saco e desenhar por cima com o chocolate. Afastar a parte do papel vegetal com o bigode de chocolate, mas manter papel vegetal limpo sobre o bigode impresso e voltar a desenhar um bigode de chocolate e assim sucessivamente até ter feito os bigodes necessários. Deixar secar (se houver pressa, levar o papel vegetal ao frigorífico, para solidificar mais rápido). Colocar as colheres num tabuleiro com rebordo, com os cabos sobre o rebordo para que fiquem na horizontal. Com o restante chocolate derretido, encher as colheres, com a ajuda de uma colher pequena. Proceder de igual modo com o outro tipo de chocolate. Quando os bigodes estiverem secos, retirá-los com cuidado do papel vegetal e aplicá-los sobre a colheres: se o chocolate das colheres já tiver solidificado, mergulhar uma colher de café em água a ferver, limpar com um pano e passar as costas da colher, rapidamente e com cuidado, sobre a área da colher onde vai ser colado o bigode, para derreter um pouco. Aplicar o bigode e deixar secar. Depois de bem secas, fazer um lacinho no cabo da colher com um pedaço de fita a gosto e embrulhar num saquinho de celofane. Fechar o saco em baixo com agrafador ou fita-cola dupla. Feliz Dia do Pai!

Teresa Rebelo • www.lume-brando.blogspot.com Paper and Cotton 37


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Decoração

Aprenda uma forma muito fácil de decorar ovos. Poderá servi-los no final, utilizá-los para decorar o seu folar ou para criar um centro de mesa alusivo à Páscoa!

Ovos de Páscoa decorados Por: Carla Pimentel Fotografias: Paulo Pimentel e Carla Pimentel 38 Paper and Cotton


Materiais - Ovos - 2 cebolas vermelhas - Uma meia (collant) velha de mousse ou licra - Linha de coser fina - Folhas e flores frescas de pequeno tamanho

1 - Lave os ovos e as folhas e flores. Com a ajuda da linha de coser prenda as folhas e as flores aos ovos.

2 - Corte um pedaço da meia, envolva o ovo na mesma, estique-a bem e dê um nó na base.

3 - Repita este passo para todos os ovos.

4 - Corte as cebolas em pedaços, com a casca incluida para um tacho e leve os ovos a cozer com a cebola.

5 - Quando estiverem cozidos retire do tacho e corte a meia.

6 - Corte a linha e retire todas as folhas e flores.

Está concluida a decoração! Paper and Cotton 39


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Saúde

DEGENERESCÊNCIA MACULAR DA IDADE (DMI) Por: Profª Doutora Ângela Carneiro

A DMI é a primeira causa de cegueira nos países desenvolvidos, acima dos 50 anos de idade. O que é a DMI? Podemos comparar o olho humano a uma máquina fotográfica, sendo a retina o rolo da fotografia. Se por algum motivo o rolo se estragar, as fotografias sairão estragadas. O mesmo se passa com o olho humano: se a retina e a sua parte central, uma zona chamada mácula, estiver doente, as imagens que o olho capta serão sempre deficientes na sua zona central. A Degenerescência Macular da Idade (ou DMI) é uma doença em que com a idade surge deterioração progressiva da parte central da retina, a mácula, podendo levar a uma perda de visão grave e irreversível. A DMI é a primeira causa de cegueira nos países desenvolvidos, acima dos 50 anos de idade. Em Portugal afecta mais de 300 000 pessoas. Existem duas formas da doença: - a DMI seca ou atrófica – evolui durante anos de forma silenciosa para uma atrofia progressiva da retina macular e só pode ser detectada pelo seu oftalmologista ao examinar a sua retina. - a DMI exsudativa ou neovascular – desenvolvemse vasos anómalos (neovasos) que levam a uma perda rápida e agressiva da visão central. Os neovasos originam hemorragias e exsudação com desorganização da retina e finalmente formação de lesões cicatriciais irreversíveis. Quais são as causas da DMI? O principal factor causal da DMI é a idade. Acima dos 50 anos aumenta o risco de desenvolvimento da doença. Conforme a idade aumenta, o risco aumenta de forma quase exponencial. O segundo factor implicado na origem da doença é o factor genético. Uma história familiar positiva 40 Paper and Cotton

significa maior risco de desenvolvimento da doença. Entre os factores ambientais o tabaco foi estabelecido como factor causal. Doentes que fumam grande número de cigarros por dia têm maior risco que a população geral de ter DMI. Outros factores ambientais têm sido implicados como a exposição prolongada à luz solar, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, alterações dos níveis de colesterol, etc. Contudo ainda não existem dados irrefutáveis que os relacionem com o risco de desenvolvimento de DMI. Como se manifesta a DMI? Durante anos a DMI pode ter uma evolução silenciosa com formação das primeiras alterações degenerativas maculares, sem que o doente detecte alterações visuais perceptíveis. Só o oftalmologista é que detecta as alterações precoces. É possível estabelecer o risco de cada doente desenvolver as formas avançadas da doença. Salienta-se assim a importância da realização regular de consulta de oftalmologia em todas as pessoas com mais de 50 anos. Na consulta a observação do fundo ocular permite identificar os olhos com risco, informar sobre a doença, prescrever terapias anti-oxidantes e distribuir testes simples como a observação semanal da grelha de Amsler, de fácil execução em casa, para detecção de sinais precoces da forma exsudativa. Os primeiros sintomas da forma exsudativa são diminuição da visão central, aparecimento de manchas no campo visual e distorção das imagens. Caso estes sintomas surjam o doente deve ser observado com urgência por um oftalmologista.


Figura 1 – Fases iniciais da doença com múltiplas drusas presentes no fundo ocular de um doente assintomático.

Figura 2 - Forma seca da doença com atrofia da retina na área macular.

Figura 3 - Forma exsudativa ou neovascular com neovasos coroideus maculares e hemorragias retinianas.

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Como testar a sua visão? Todas as semanas deve olhar para esta grelha com os seus óculos de perto colocados e colocando o teste à distância normal de leitura. Deve testar primeiro o olho direito, tapando o olho esquerdo e depois fazer o teste do olho esquerdo, tapando o direito. Deve fixar o ponto central e ver se o quadriculado aparece completo e sem distorção das linhas. Se houver uma zona em que não vê a quadrícula ou linhas onduladas deve consultar com urgência o seu oftalmologista.

Grelha de Amsler

Quais os tratamentos disponíveis para a DMI? A forma atrófica da DMI não é tratável, apenas se pode fazer suplementação com vitaminas e antioxidantes, que em doses elevadas parecem diminuir o risco de evolução para as formas avançadas da doença. Para a forma exsudativa há tratamento, que deve ser iniciado o mais cedo possível. Até ao ano 2000 o único tratamento para a DMI exsudativa era o laser. Só permitia tratar um pequeno número de doentes que apresentavam lesões com características bem definidas. Era um tratamento que visava a destruição dos neovasos mas em simultâneo provocava uma queimadura da retina e levava só por si a perda visual grave. Em 2000 surgiu a terapia foto-dinâmica com verteporfina (Visudyne®), sendo o primeiro tratamento selectivo que permitia destruir os neovasos com relativa preservação da retina adjacente. Contudo, não permitia tratar todas as lesões e apesar do tratamento a visão dos doentes continuava em média a diminuir, só que menos que 42 Paper and Cotton

nos doentes não tratados. Em 2004 começaram a surgir novos tratamentos com injecções intra-vítreas de medicamentos antiangiogénicos. São injecções realizadas no globo ocular de medicamentos que permitem inibir o crescimento dos vasos anómalos. Quando realizadas por oftalmologistas treinados e em condições de assepsia, são quase indolores e seguras. São efectuadas em regime de ambulatório. Neste momento em Portugal há dois medicamentos aprovados para o tratamento da DMI exsudativa: o pegaptanib (Macugen®) e o ranibizumab (Lucentis®), com aplicação de 6/6 ou de 4/4 semanas, respectivamente. Há um terceiro medicamento, que foi aprovado em uso endovenoso no tratamento de neoplasias cólonrectais metastizadas, o bevacizumab (Avastin®), que pode ser usado em injecção intra-vítrea off-label ou seja, fora da indicação constante na bula do medicamento. O Macugen®, foi o primeiro disponível comercialmente, podendo ser usado para tratar maior número de lesões que o Visudyne®. Contudo, a visão média dos olhos tratados é semelhante à dos doentes submetidos a terapia foto-dinâmica, continuando a diminuir ao longo do tempo. Os outros dois medicamentos apresentam melhores resultados visuais. O Lucentis® mostrou resultados com estabilização visual em mais de 90% dos doentes tratados e melhoria da visão em cerca de 70% dos olhos. Permite ainda impedir novos casos de cegueira legal e manter visão de leitura numa percentagem considerável de doentes. O Avastin® em uso off-label implica aceitação mais informada pelo doente dos potenciais riscos mas parece ser eficaz e seguro a curto prazo. Existe um terceiro medicamento, o VEGF trap (Eylea®), que se encontra já aprovado nos EUA e está em fase de aprovação pela autoridade europeia do medicamento (EMA). Este medicamento permite obter resultados semelhantes ao Lucentis® mas com maior duração de acção e portanto necessitando os doentes provavelmente de realizar menos injecções. Prevê-se a sua aprovação em Portugal no ano de 2013. Os doentes têm que sair de Portugal para serem tratados? Os tratamentos implicam internamento e limitações? Neste momento todos estes tratamentos estão disponíveis em Portugal. Devem ser efectuados por


médicos diferenciados no tratamento de doenças retinianas. As injecções intra-vítreas são realizadas em blocos ou em salas que reúnam as condições de assepsia necessárias para evitar ao máximo o risco de infecções intra-oculares graves (endoftalmites). São feitas com anestesia local, rápidas e relativamente indolores. Realizam-se em regime de ambulatório, pelo que o doente volta para casa após o tratamento. Não implicam limitações na vida dos doentes, quer antes quer após o tratamento. Apenas não é aconselhável praticar natação ou frequentar piscinas nos primeiros dias após o tratamento. O doente fica definitivamente curado? Os medicamentos administrados no vítreo têm uma duração de efeito limitada no tempo. Os doentes precisam de ser reavaliados pelo seu especialista após cada tratamento para decidir se necessitam de nova injecção. O número de injecções requerido por cada doente é variável de caso para caso. Dado tratar-se de uma doença crónica, mesmo após suspensão do tratamento os doentes têm que ser avaliados e seguidos com regularidade pelo especialista de retina, pois as recidivas podem ocorrer e o retratamento deve ser feito o mais precocemente possível.

Visão de um olho sem DMI

Onde podem ser realizados os tratamentos para a DMI? Os tratamentos da DMI exsudativa neste momento são feitos em Portugal quer nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), quer em clínicas privadas, que dispõem de Especialistas diferenciados no tratamento de patologia retiniana. A nível do SNS são sobretudo os Hospitais centrais que neste momento dispõem dos fármacos e reúnem as condições para efectuar tratamentos - pessoal médico e técnico e meios auxiliares de diagnóstico para acompanhamento dos doentes. Um doente com sinais ou sintomas de DMI não deve ficar à espera de uma consulta externa. Caso haja dúvidas deve consultar o mais brevemente possível um oftalmologista ou recorrer a uma urgência de oftalmologia, pois quanto mais precocemente for tratado maiores são as hipóteses de manutenção de uma boa função visual.

Visão de um olho com DMI

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Viagens

Ilha da Páscoa e as “estátuas andantes”

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Rapa Nui – ilha de rara beleza onde o verde da paisagem Ê salpicado por Moai. Por: Maria da Luz Freitas

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Viagens

A Ilha de Páscoa ou Rapa Nui é conhecida pelas sua estátuas andantes e toda a sua história está envolvida em mistérios! A Ilha de Páscoa, conhecida pelos nativos como Rapa Nui , localiza-se em pleno Oceano Pacífico. É uma região autónoma chilena, composta por cerca de cinco mil habitantes e com uma área de aproximadamente 164 km2. Dos cinco mil habitantes, dois mil são nativos- os rapanui. Reza a lenda que os primitivos colonos polinésios chegaram de canoa à costa sudeste da ilha (Praia de Anakena) há cerca de mil anos depois de navegarem mais de dois mil Km no Oceano Pacífico. Aí viveram em diferentes tribos, com uma cultura paleolítica, até que o almirante holandês Jacob Roggeveen em 1722 visitou a ilha. Encontrou uma civilização que habitava em grutas ou habitações rudimentares, dividida por confrontos entre clãs e recorrendo ao canibalismo.

Mas Rapa Nui é conhecida pelas suas “estátuas andantes” – os Moai. Por toda a ilha existem algumas centenas de moai e toda a sua história está envolvida em mistérios. Os Moai foram esculpidos em tufo vulcânico disponível numa pedreira (Rana Raruku) e, segundo a crença local, incorporavam os espíritos deificados dos antepassados. Para os nativos os moai eram animados por uma força espiritual transmitida por antepassados poderosos - a mana. Esta força é que os fazia deslocar por toda a ilha, podendo percorrer distâncias superiores a 15 Km.

MOAI 46 Paper and Cotton


Rapa Nui é uma ilha de rara beleza... O que é certo é que o método de transporte destas estátuas, que podem ter até 10 metros de altura e peso de algumas toneladas, é desconhecido. Sabe-se que os nativos não conheciam a roda nem tinham animais de grande porte. Os moai espalhados por toda a ilha, encontramse muitas vezes próximo da orla costeira, sobre plataformas (as ahu) e de costas voltadas para o mar.

Ahu Tongariki Paper and Cotton 47


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Viagens


Oceano PacĂ­fico banhando as margens da ilha

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Viagens

Pukoa

Depois de serem colocadas nas plataformas (as ahu) eram animadas com a colocação de olhos de coral branco com pupilas de obsidiana ou escória vermelha, nas orbitas. Muitas delas eram adornadas com chapéus (os pukoa). Os pukoa, de escória avermelhada, eram produzidos noutra pedreira vulcânica, que não Rano Raruku (Puna Pau). No séc. XIX todos os moai tinham sido derrubados, desconhecendo-se os protagonistas ou fenómenos naturais implicados neste derrube. Sabe-se contudo que em 1960 muitos dos moai foram empurrados para o interior da ilha por um tsunami que inclusivé fracturou alguns deles.

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Pukoa com olhos de coral


A costa escarpada

Rapa Nui é uma ilha de rara beleza, onde o verde é a cor dominante e onde a sua costa escarpada é fustigada por ventos e chuva durante todo o ano. O verde da paisagem é salpicado por todo o lado por moai, cavalos e ovelhas.

Os cavalos salpicam o verde

Gostaría de realçar os quatro pontos arqueológicos principais: - Rano Raruku, o vulcão do sudeste da Ilha, onde se encontram moai em todas as fases de acabamento. É conhecido como a Pedreira.

Rano Raruku - a pedreira

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Viagens

Ahu Tongariki

- Ahu Tongariki na penĂ­nsula Poika, a nordeste da ilha, onde se encontra a maior ahu (plataforma) de moai - 15 moai de costas voltadas para o mar. - Ahu Akivi na parte oeste da ilha, onde se encontram mais 7 moai de pĂŠ, restaurados nos anos 60 por uma equipa americana/chilena. Aqui os moai colocados na sua ahu, estĂŁo voltados para o mar.

Praia Anakena

- Na parte norte da ilha, na Praia Anakena, encontra-se uma fiada de moai (4 dos quais com pukoa), restaurados nos anos 70 por um nativo. Ahu Akivi 52 Paper and Cotton


Aqui também se encontra o maior moai de pé da ilha. Para além de ser o local que se pensa ter acontecido o primeiro desembarque de colonos, há uma plantação de coqueiros que faz com que seja um dos locais mais paradisíacos da ilha. Tornou-se um ponto de encontro de muitos turistas e locais que disfrutam da natureza a todas as horas do dia, podendo mergulhar nas águas turquesas do Pacífico.

O maior MOAI da ilha

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Viagens

Mapa com a localização dos vários MOAI e a sua relativa proximidade com o Chile. 54 Paper and Cotton


Rapa Nui foi anexada ao Chile em 1888 mas até 1953 foi administrada por uma empresa escocesa. Hoje em dia, os habitantes dependem do Chile e vivem do turismo. Possui uma única cidade, Hanga Roa, tem um porto de pesca e que todos os anos recorda os seus antepassados com um festival de danças, jogos e tradições. Mas durante todo o ano o espírito rapanui povoa a ilha. O período melhor para usufruir esta ilha é entre Novembro a Março.

Não me quero despedir sem recordar a cratera do vulcão Rano Kau, na parte sul da ilha, que está repleta de água, que toma diferentes cores ao longo do dia. É um dos locais mais altos da ilha, onde se pode apreciar a imensidão do mar e recuar até aos séc. XVIII e XIX, onde se realizavam as festas cerimoniais do Homem Pássaro, no complexo habitacional de Orongo, construido para acolher as diferentes tribos que disputavam o poder.

Como chegar: A Lan Chile é a companhia aérea que voa para a Ilha de Páscoa. O avião pode ser tomado em Santiago do Chile ou em Papeete, no Taiti. Há quatro voos semanais.

Incrições dos povos primitivos Paper and Cotton 55


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Correio dos Leitores

Em resposta ao nosso pedido de envio de emails e sugestões tivemos resposta de várias leitoras. . Obrigada a todas as que gentilmente nos escreveram. Na impossibilidade de publicarmos todos, aqui ficam alguns:

“Parabéns pela vossa revista. Gosto muito de trabalhos criativos e a vossa revista tem bastantes exemplos”. Gostaria de sugerir um projeto para a próxima edição: REUTILIZAR GARRAFAS DE VIDRO Paula Fragoso (7/11/2012) http://fiodalgodao.blogspot.pt/

-*“Já vi a vossa revista e tenho a dizer que gostei mesmo. Estou a escrever para vos dar os parabéns e que continuem assim. Aqui em Portugal faltam revistas de scrap(…)muitas vezes temos que recorrer a revistas estrangeiras e(…) é uma pena pois somos um povo muito criativo(…)Adorei o grafismo que a revista propõe. Quero sem dúvida ser uma assinante desta nova revista.” Muito sucesso Carina Jorge (23/10/2012) -*“Baixei a primeira edição gratuita através da página Inspire no facebook e adorei a revista. (…)Moro na Suécia e também prefiro arquivar revistas no computador.” Obrigada Ana Virginia (7/11/2012) -*56 Paper and Cotton


“(…)quero felicitá-la por este projeto inovador entre nós e aproveitar a oportunidade que está a dar aos aficionados do artesanato, de apresentarem os seus trabalhos na revista(…)A minha paixão é o patchwork e o meshwork e tenho um blog: “o cantinhodopatch.blogspot.com”.

Conceição Boga (5/11/2012) -*Venho por este email enviar um trabalho de scrapbooking, (…)para publicar na edição de Janeiro da vossa revista, da qual gostei muito e espero ansiosamente pelo 2º número!(…)

Susete Montemor http://shopsu.blogspot.com -*“Li a revista ao pormenor e fiquei realmente encantada…A sua revista tem tudo a haver comigo (…) Gostei, tem imensas dicas! Muitos parabéns e muito sucesso!” Maria João Vitó (11/11/2012)

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Esquemas


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Esquemas

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Living and Loving your Creative Self

A próxima edição estará à venda a partir de Abril de 2013. Os temas principais serão: a Primavera e o Dia da Mãe.

Capa de caderno personalizada. Bolsa de estilo japonês Zentangle Cartões Sugestões para o Dia da Mãe Scrapbooking

! dição e a m s róxi ssa p m os seu o n a o n c l e i a ip Partic os um em tos n proje a r Envie os a lh tões p traba uas suges s ou as staria para: t o s g o e d u a p q public ndcotton. r e v de era @pap l a r e g

Desejamos a todos a continuação de um Bom Ano e muitas ideias criativas! 60 Paper and Cotton


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