Escola – MCC – Diocese Guarda
Fev./Junho 2015
Invocação ao Espírito Santo Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito, e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos rectamente todas as coisas e gozemos sempre da sua consolação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amen.
Tema 2- Evangelização do ambiente Quando falamos de “ambiente” falamos de quê?
DEFINIÇÃO: Conjunto de pessoas, ideias, valores e circunstâncias que concorrem num determinado lugar e tempo, e que influem no modo de ser, de pensar e de agir de todos. (IF 418).
CONTINGÊNCIAS
No nosso Cursilho, no rolho Ação é-nos proposta para reflexão a passagem do Evangelho de S. Mateus que nos diz: “O Reino dos Céus é semelhante a um proprietário, que saiu muito cedo, a contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a vinha”.
Esta parábola procura abrir os nossos olhos para a imensa vinha do Senhor e a multidão de pessoas, homens e mulheres, que Ele chama e envia para nela trabalhar. A vinha é o mundo inteiro, que deve ser transformado segundo o plano de Deus.
Mas, continuando esta parábola “Ao sair pelas nove horas da manhã, viu outros, que estavam ociosos e disselhes: “Ide vós também para a minha vinha”” (Mt 20, 3-4).
O Convite do Senhor Jesus “Ide vós também para a minha vinha” continua, desde esse longinquo dia, a fazer-se sentir ao longo da história, e dirige-se a todos nós, pois somos chamados pessoalmente pelo Senhor, de quem recebemos uma missão para a igreja e para o mundo.
S. Gregório Magno, ao pregar ao povo, comentava assim esta parábola: “Considerai o vosso modo de viver, caríssimos irmãos, e vede se já sois trabalhadores do Senhor. Cada qual avalie o que faz e veja se trabalha na vinha do Senhor”.
Através da vivência do nosso Cursilho de Cristandade e certamente através da experiência do nosso 4º. Dia, temos consciência, e por isso aqui estamos, de que não é lícito a ninguém ficar inativo.
Temos pois de encarar de frente este mundo, com os seus valores e problemas, os seus anseios e esperanças, as suas conquistas e fracassos: Um mundo cujas situações económicas, sociais, políticas e culturais, apresentam problemas e dificuldades. É esta a vinha, é este o campo no qual somos chamados a viver a nossa missão. Jesus quer que nós, como todos os Seus discípulos, sejamos “sal da terra e luz do mundo”.
É deveras grande a diversidade das situações e problemáticas do mundo contemporâneo, caracterizadas por um movimento crescente de mudança. Como não pensar na difusão persistente da indiferença religiosa e do ateísmo nas suas mais variadas formas, particularmente a do SECULARISMO.
Deslumbrado pelas conquistas técnico-cientificas e, sobretudo fascinado pela mais antiga e sempre nova tentação de querer tornar-se como Deus, através do uso da liberdade sem limites, o homem corta as raízes religiosas que mergulham no seu coração: esquece-se de Deus, considera-O vazio de significado para a sua existência, recusa-O, prostrando-se em adoração diante dos “ídolos” mais variados.
“O homem contemporâneo acredita mais nas testemunhas do que nos mestres, mais na experiência do que na doutrina, mais na vida e nos factos do que nas teorias.” Carta Encíclica “A Missão de Cristo Redentor”, João Paulo II Aqui entramos nós… Cursistas! Como testemunhas, experimentados na fé e mostrando/testemunhando esssa mesma fé!
1) A ESTRATÉGIA DO MCC 1.1) FERMENTAR DE EVANGELHO OS AMBIENTES Como todos sabemos a finalidade última do MCC é a fermentação cristã dos ambientes, por isso somos um Movimento de inserção ambiental.
Quando falamos em evangelizar os ambientes, inclui também a evangelização das estruturas e instituições. Mas uma coisa deve ficar claramente estabelecida: O MCC, como a Igreja, sabe que o objecto primário da evangelização é o homem; e o secundário as estruturas e instituições, porque estas só se transformam, se houver uma conversão do coração e da mente por partes daqueles que vivem nessas estruturas, ou as dirigem. (IF 144)
1.2) A estratégia do MCC Dentro da pastoral da Diocese, o MCC formula o seu próprio plano evangelizador, orientado para os ambientes, com a cooperação daquelas pessoas que nele têm maior influência. Os elementos desses plano pastoral são: – O estudo e a selecção dos ambientes e a selecção de candidatos dentro deles; – A escolha da equipa responsável, para preparar e dirigir o Cursilho; – A criação de um clima adequado no Cursilho, com os olhos postos no 4º. Dia; – A reinserção das pessoas nos seus ambientes, acompanhando-as na sua conversão progressiva a Cristo, entusiasmando-as e preparando-as para as tarefas de evangelização; – A união das pessoas em pequenos grupos e dos pequenos grupos entre si. (IF 179)
O MCC há-de estar empenhado em encontrar e utilizar todos os meios, para que os cristão cheguem até às raízes da vida de hoje e as impregnem dos ensinamentos de Jesus Cristo. A estratégia desta forma de apostolado centra-se: Na selecção de ambientes e candidatos (Pré-Cursilho); No proporcionar uma conversão autêntica e progressiva dos Cursilhistas (Cursilho); Na reinserção dos que viveram o Cursilho nos ambientes donde sairam, no seu acompanhamento nas tarefas de fermentar e na sua união vital com os outros cristãos comprometidos (Pós-Cursilho) (IF 198/9)
Os responsáveis por esta estratégia, deverão ser todos os verdadeiros militantes, dos quais destacamos os membros dos Secretariados (Diocesano e dos Centros de Ultreia), e os elementos das secções de Escola.
O primeiro e principal passo para conseguirmos isto, é a intendência. Através duma oração confiada, constante e humilde.
A intendência há-de ser real, sincera e permanente, individual e comunitária, que assegure a eficácia dos restantes passos, fundamentada na promessa de Cristo: “Pedi e recebereis, buscai e encontrareis, batei e abrirse-vos-á” (Mt 7, 7)
2) – A VERTEBRAÇÃO DA CRISTANDADE O MCC possibilita a fermentação cristã dos ambientes, mas não a realiza. A transformação dos ambientes devem realizá-la os cursilhistas – cada um no seu “mundo” – no seu meio – no seu ambiente.
MISSÃO DE CADA UM - EVANGELIZAR UMA PÁGINA DA LISTA TELEFÓNICA
A nossa missão é a de cristianizar os ambientes em que o Senhor nos colocou. A nossa missão é um “grupo de pessoas” - as que conhecemos e se cruzam connosco. O que o Senhor nos apresenta como tarefa, é uma “lista de pessoas” a quem devemos encontrar, conhecer, amar e servir e “atrair” para Cristo.
2.2 – QUE FAZER ? Recorrendo ao que se diz no rolho ESTUDO DO AMBIENTE, na conquista do ambiente, a nossa luta deve situar-se simultâneamente em 3 frentes: – O primeiro –e em todos os sentidos o mais importante- deve ser a de NÓS PRÓPRIOS: a nossa frente interna. Precisamos de desenvolver dentro de nós próprios, convicções profundas da nossa fé cristã, quer dizer conquistar a NOSSA CABEÇA. – Segundo, tomar a decisão firme de servir o Senhor até às últimas consequências, quer dizer, conquistar a NOSSA VONTADE. – Terceiro, a arma dos nossos joelhos: Conquistar os NOSSOS JOELHOS, para envolver a omnipotência de Deus na obra dos homens. – Necessitamos de conquistar OS OUTROS, aqueles que nos rodeiam. Necessitamos, para isso, de um grupo de pessoas, de um grupo de irmãos, com uma relação sólida, com quem possamos contar: Aqueles precisamente cujos nomes o Senhor escreveu junto ao nosso no Livro da Vida.
Só se contares com estas quatro coisas, é que vais poder cristianizar os ambientes, ganhando-os para Cristo.
3) – PARA AGIR COM EFICÁCIA – DEIXAR-SE CONDUZIR PELO ESPÍRITO
Tomemos o caso dos Apóstolos, que durante a vida pública de Jesus, apesar do seu amor por Ele e da generosidade da resposta ao Seu chamamento, se mostram incapazes de compreender as Suas palavras, e renitentes em seguil’O pelo caminho do sofrimento e da humilhação. Foi o Espirito que os transformou em testemunhas corajosas de Cristo e anunciadores esclarecidos da Sua Palavra. Foi o Espírito que os conduziu pelos caminhos árduos e novos da missão.
Hoje a nossa missão continua a ser difícil e complexa, como no passado, e requer igualmente a coragem e a luz do Espírito.
Hoje a nossa missão continua a ser difícil e complexa, como no passado, e requer igualmente a coragem e a luz do Espírito. Como então, hoje é necessário rezar para que Deus nos com ceda o entusiasmo para proclamar o Evangelho. Tal como nos diz S. João (Jo 16, 13), “temos de perscrutar os caminhos misteriosos do Espírito e, por Ele, nos deixarmos conduzir para a verdade total”. A nota essencial desta espiritualidade é a comunhão íntima com Cristo: Não é possível compreender e viver a nossa missão, senão na nossa identificação com Cristo, como Aquele que foi enviado para evangelizar.
Paulo descreve assim o Seu viver: “Tende em vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus: Ele, que era de condição divina, não reivindicou o direito de ser comparado a Deus, mas despojou-Se a Si mesmo, tomando a condição de Servo, tornando-Se semelhando aos homens. Tido pelo aspecto como homem, humilhou-Se a Si mesmo, feito obediente até à morte e morte de cruz”. (Fil 2, 5-8)
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