Aula 6 pre cursilho

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Escola MCC – Diocese Guarda Fev./Junho 2015


Invocação ao Espírito Santo Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito, e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos rectamente todas as coisas e gozemos sempre da sua consolação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amen.


Programa  Iª Parte - Temas de reflexão – Carisma fundador:  MCC – Construtor de Cristandade  Evangelização do ambiente  Tripé e intendência  A dimensão kerigmática do MCC  O MCC e a nova Evangelização  Pré-Cursilho  A reunião de grupo  Pós-Cursilho  Como deve crescer o cursilhista  A ultreia  ANEXO: Estudio del carisma cursillos de Cristandad – E. Bonin


IIª Parte Tópicos gerais de Doutrina Social da Igreja – Evangelizar no nosso ambiente

1- Enquandramento/definião de DSI 2 -Introdução ao profetismo 3- Temas da Teologia profética 4- Amós e a justiça social 5-Oseia e as justiça social 6- Jesus Cristo – O cuidado de Deus 7- Habitar o Mundo – as primitivas comunidades cristãs 8- Do tempo dos padres da Igreja ao final da Idade média 9- Perpectiva histórica geral – uma busca, um caminho... 1891 – Leão XIII – Rerum Novarum 1931 – Quadragesimo Anno 1941 - Pio XII- 50 anos da Rerum Novarum 1961 – João XXIII – Mater et Magistra 1963 – João XXIII – Pacem in Terris 1965 – Vaticano II – Gaudium et Spes 1967- Paulo VII – Octagesima Adveniens 1981- J.Paulo II – Laborem Exercens 1987- J.Paulo II – Sollicitudo Rei Socialis 1991- J.Paulo II- Centesimus Annus 2009- Bento XVI- Caritas in Veritate


VI - "PRÉ-CURSILHO”  Ao abordar o tema sobre o Pré-Cursilho não podemos perder de vista todo o método do MCC que passa por três grandes tempos:  Pré-Cursilho,  Cursilho e  Pós-Cursilho


Pré-cursilho A- DEFINIÇÃO O Pré-Cursilho é o primeiro dos três tempos do MCC e nele se inicia o processo evangelizador que o MCC pretende realizar para atingir a sua finalidade. Assim, o Pré-Cursilho deve compreender: 1- O estudo dos ambientes a evangelizar; 2- A preparação dos candidatos com vista a uma maior eficácia evangelizadora; 3- “A preparação para o Cursilho;”


B – IMPORTÂNCIA DO PRÉ-CURSILHO Os três tempos - Pré-Cursilho, Cursilho e Pós-Cursilho - embora perfeitamente definidos e delimitados, estão de tal maneira unidos, que formam um todo orgânico. Por isso, é importante que cada um dos três tempos cumpra os seus objectivos específicos, para que o MCC possa atingir a sua finalidade. O Pré-Cursilho é o iniciar de um processo que tem como objectivo a evangelização. Quando falamos em Pré-Cursilho, a primeira tentação poderá ser pensar que é uma perda de tempo, já que o importante é “convencer” a pessoa a preencher a ficha para ir ao Cursilho.


Se analisarmos e refletirmos convenientemente, poderemos chegar à conclusão de que a pessoa até pode não ser indicada; que não se trata de “convencer” mas de “cativar”, e a pessoa, poderá não estar preparada para viver o Cursilho e, sobretudo, não ser conveniente para a finalidade do Movimento.


Por isso, um bom Pré-Cursilho começa por nós próprios; com o preocuparmo-nos mais com o que somos do que com o que fazemos. Centrarmo-nos mais no ser cristão do que no agir cristão. O Pré-Cursilho é, antes de mais, fazer o que está ao nosso alcance para que a Graça de Deus possa atuar.


É necessário, portanto, que os dirigentes estejam convencidos de que toda a estratégia do Pré-Cursilho deve ser orientada para o Cursilho e para o PósCursilho. Quando cada peça destes três tempos, cumpre a sua finalidade, responde com precisão ao seu objectivo, que não é outro, senão tratar de conseguir que a Boa Nova do Evangelho, chegue ao maior número possível de pessoas. De facto, é fundamental entender a importância do Pré-Cursilho, para que depois, no Pós-Cursilho, se opere a


O Pré-Cursilho deve, pois, decorrer em função da finalidade do MCC, que é: • Possibilitar a vivência e a convivência do fundamental cristão; • Ajudar a descobrir e a realizar a vocação pessoal; • Criar núcleos de cristãos; • Fermentar de Evangelho os ambientes


O Pré-Cursilho, devidamente realizado, compreendido e vivido, revelará a dimensão missionária do MCC, na medida em que aqueles que já fizeram o Cursilho, passarem, com naturalidade, de uma pastoral de conservação, para uma pastoral de evangelização, ou seja, de transformação e mudança de vida e de mentalidade. O Pré-cursilho ideal pressupõe (e é fundamental) um TESTEMUNHO DE VIDA:


Testemunho de vida: a) Da parte do PROPONENTE, isto é, de quem se responsabiliza pelo pré-cursilho do candidato. A “disposição” ideal do candidato é a que nasce da sua “admiração” perante a mudança de vida do proponente, e que desperta nele alguma inquietação, uma abertura e uma disposição à mudança de vida. Interrogado acerca dos motivos da sua própria transformação, o proponente dará como testemunho o seu encontro com Cristo, indicando como meio a vivência dum Cursilho de Cristandade. Este testemunho, elemento essencial da pregação e do anúncio kerigmático, é a proclamação da chegada do Reino de Deus à sua própria vida, e que a transformou.


Testemunho de vida: b) Da parte da COMUNIDADE A “disposição” do candidato pode nascer também do testemunho da comunidade. Os que passaram pelo cursilho vivem, na comunidade, de forma comprometida e por isso mesmo válida e verdadeira.


C – A ESTRATÉGIA DO PRÉ – CURSILHO I. ESTUDO E SELECÇÃO DOS AMBIENTES A)A situação contemporânea e os seus desafios. O primeiro passo, para um estudo sério e uma seleção adequada dos ambientes a evangelizar, é observar e conhecer as realidades locais e os desafios que elas apresentam à Igreja e ao MCC.


B)A conformação com os planos da pastoral. O diálogo e a comunhão eclesial são o caminho para que o MCC se torne presente na vida e na ação da Igreja; e aí atua como agente da pastoral ambiental. (Paróquias/Diocese) O Secretariado e a Escola devem promover uma adequada seleção e um conveniente estudo dos ambientes, assim como os melhores caminhos para fazer com que Cristo esteja presente neles. Devemos por isso, começar por estudar os ambientes que formam as nossas comunidades. Observar as realidades de cada local e os desafios que estas apresentam à Igreja e ao MCC. Conhecendo os ambientes perguntamo-nos quais os que importa evangelizar. São muitos e não conseguimos chegar a todos… Selecionamos algum ou alguns.


Depois de selecionado há a necessidade de estudar esse ambiente em concreto: Conhecer as pessoas que nele interagem, as suas alegrias, as suas esperanças, os seus medos e as suas angústias. Naturalmente que o papel do sacerdote é muito importante, particularmente no que reporta ao discernimento de “Quem pode; Quem deve e quem não convém” que vá a um Cursilho. Deve por isso, sempre que possível, participar desde o início do processo, na escolha dos ambientes e dos candidatos, dando o seu parecer, acompanhando o desenrolar do “pré-cursilho”, culminando naturalmente, com a informação e assinatura da ficha dos candidatos.


Por isso, O Pré-Cursilho, como qualquer plano apostólico, deve ser: • Selecionado • Programado • Aperfeiçoado • O selecionar, não é escolher o mais fácil, nem o mais difícil, mas sim o mais eficaz. O Pré-cursilho deve estar orientado para a eficácia das almas, isto é, para provocar a mudança interior das pessoas e não orientado para o nosso êxito pessoal. Não basta pegar em qualquer pessoa, levá-la ao Cursilho e assim, pensarmos que já estamos a cristianizar um ambiente. O Pré-cursilho não serve para “encher” um Cursilho, -para ir muita gente-, não...


Devemos procurar e encontrar as pessoas que podem ser fermento evangélico no ambiente escolhido. Como o ponto de partida deve ser sempre a eficácia na futura fermentação evangélica dos ambientes selecionados, devemos por isso, começar por selecionar os lideres. Tem de ser Programado...


Às vezes é apenas o convite, não havendo quase lugar a Pré-cursilho… Porque não devemos facilitar nem improvisar, o tal “está tudo previsto”, que tanto se fala no Cursilho, devemos fazer tudo para que seja realidade logo no Pré-Cursilho. Julgo não me enganar, se afirmar, que um dos erros é o de, na maioria dos casos, se fazer Pré-cursilho, apenas nas semanas (ou dias) próximos dos Cursilhos.


Aquele convite / afirmação que nos é feito no final do Cursilho, quando nos é entregue o Crucifixo: “CRISTO CONTA CONTIGO”, a que nós respondemos “E EU, COM A SUA GRAÇA”, às vezes parece não corresponder ao testemunho de vida, pois há falta de entusiasmo, entrega e convicção naquilo em que dizemos acreditar. E, quando assim é, tudo se reflete na forma como fazemos o Pré-cursilho: Não deixamos que a ternura e o amor de Deus se tornem transparentes.


Com frequência se recorre à resposta de que: “as coisas estão más”…; “não vejo ninguém…”; “existem alguns, mas não são cursilháveis…”; Não colocamos em dúvida qualquer das respostas, mas julgo que também que existe uma boa percentagem de algum comodismo; alguma falta de observação e estudo dos ambientes, não só individual, mas especialmente em grupo...


II. PROCURA DE CANDIDATOS A)Quem pode ir a um Cursilho? A experiência ajuda a identificar as pessoas que podem ir a um Cursilho, aquelas em cuja vida o Cursilho terá uma atuação mais benéfica e, por consequência, produzirá mais e melhores frutos de evangelização. Ou seja: •As pessoas de qualquer classe social, equilibradas, com maturidade, livres e responsáveis, • Que possam receber os Sacramentos, • Que sejam capazes de captar a mensagem evangélica, • De comprometer-se, de descobrir os seus carismas e colocá-los ao serviço da comunidade.


B)Quem deve ir a um Cursilho? A necessidade de ter em conta a eficácia na futura fermentação evangélica dos ambientes seleccionados, indicará quais são os candidatos ideais para o Cursilho: • Pessoas que tenham personalidade profunda, capacidade de decidir, de actuar e de amar; • Pessoas que sejam real ou potencialmente líderes, de modo que nos diversos ambientes influenciem pelas suas decisões, movam pelas suas opiniões e impulsionem pelas suas ações; • Pessoas autenticamente insatisfeitas e com inquietação social; • Pessoas que tenham aptidão para viver e atuar na comunidade, capazes de actuar como sal, luz e fermento.


– No casal, quem deve ir primeiro ? Em lado algum encontramos uma resposta para tal. Todavia, o próprio fundador do MCC –Eduardo Bonnin-, terá respondido simplesmente, que primeiro deve ir quem manda lá em casa; isto é, aquele que de forma mais clara preenche os requisitos que acabei de referir sobre quem deve ir a um cursilho, - personalidade; liderança; inquietação social; capacidade de actuação como sal,fermento e luz-. Todavia, todos nós sabemos que, em todas as Dioceses, regra geral é habitual ir em primeiro lugar o homem…


C) Quem não convém que vá a um Cursilho?

– Quem não é cursilhável? A prudência e a caridade pedem que não se levem a um Cursilho aqueles a quem o Cursilho não traria benefícios ou soluções. • São os que não se encontram em condições psicológicas normais • Os que vivem em circunstâncias irregulares de vida que não podem solucionar-se, a quem o cursilho iria levantar inquietações graves. • Os que não podem receber os Sacramentos


III. PREPARAÇÃO DOS CANDIDATOS Convidar alguém para um Cursilho supõe que se sabe quem se convida e para o que se convida. É indispensável dar ao candidato uma preparação adequada, que lhe facilite o aproveitamento do Cursilho e, no pósCursilho a inserção num grupo, núcleo ou comunidade.


A) Objectivos da preparação: Esclarecer que o Cursilho não é algo teórico, mas sim vivencial, orientado para a Igreja, para a comunidade, para a vida concreta. Que a pessoa esteja disponível para viver o que se vai passar durante o Cursilho. • Criar uma disposição de escuta, propiciar uma atitude de conversão, contagiar o desejo de Deus; não exagerar com comentários desnecessários sobre a própria experiência, pois pode condicionar a do candidato, que pode ser por outros caminhos, momentos, palavras, pessoas. • Despertar o desejo de se realizar, como pessoa e como cristão


B) Modos de fazer a preparação: Respeitando a identidade e a liberdade da pessoa e promovendo o diálogo acerca da necessidade de edificar uma nova sociedade mais justa e mais fraterna, fundada na dignidade inviolável da pessoa humana; Apresentando o cristianismo como resposta válida às propostas concretas que as novas circunstâncias fazem ao homem; e Cristo, como modelo de Graça e serviço, de libertação e de solidariedade; Através da palavra e do testemunho duma vida, centrada em Cristo e comprometida com os irmãos; Com a humildade daquele que vê o outro, não como objecto de apostolado, mas como consequência da sua própria conversão;


Sem precipitação ou coacção, que geram atitudes defensivas; -e durante o tempo que for necessário-, para que a pré-evangelização favoreça mais tarde a opção totalizante, com serenidade e bom senso. Com orações e sacrifícios pelo candidato. Importa dizer com clareza o que é exigido na participação do Cursilho. Não pintar o Cursilho cor de rosa, de forma que a pessoa se sinta defraudada quando lá estiver. Sem muitas palavras e pormenores ir dizendo que lá se estuda, se canta, se reza, se contam anedotas, se partilha… Se isto não lhe interessa, continuamos amigos, mas esta pessoa não deve fazer o Cursilho, pois só iria criar instabilidade. Não se pode “obrigar” a pessoa a ir fazer um jeito ao amigo… Porque às vezes o proponente é tão “melga”, que só deixa o outro em paz, quando ele for ao Cursilho. Tem que ser a pessoa a querer ir e não o cursilhista a querer que o amigo vá.


C- Conclusão 0 MCC é obra de Deus, por isso a Graça é o seu princípio e fundamento, mas é também obra de homens, por isso a comunidade o apoia e vitaliza.


I. A GRAÇA COMO PRINCÍPIO E FUNDAMENTO Tendo em conta que a Graça é absolutamente necessária em todo o movimento de cristianização, não se realizará nenhum Cursilho sem uma adequada intendência espiritual. A comunhão profunda com Deus, conseguida através da oração, dos sacrifícios, dos Sacramentos e da reflexão sobre a Palavra, marcará todos os momentos do Pré- Cursilho: • O do estudo e selecção dos ambientes, • O da procura, selecção e preparação das pessoas desses ambientes;


Por isso, no Pré-Cursilho - como, aliás, nos outros tempos do MCC - a última palavra é a da fé e da esperança na presença do Senhor que está connosco. No Cursilho, no rolho “Acção” afirmamos que “antes de falar aos homens de Deus, deves falar a Deus dos homens”. Creio que se está a perder um pouco a intendência organizada, no Pré-cursilho. Pois, hoje se calhar já serão poucos os que, quando vão para a fase final -o convite deixam outros na retaguarda a rezar.


Parafraseando Eduardo Bonnín: “Uma pessoa define-se não pelo que faz, mas pela forma como reage diante do que não pode fazer”. Pg. 195 “Aprendiz de Cristão”. O próprio Cristo, nosso Deus, antes de dar o Cursilho da sua pregação de 3 anos, também julgou necessário que houvesse um Pré-cursilho, e mandounos para isso um Precursor (João Batista), para preparar os seus caminhos. Façamos com humildade, entusiasmo, entrega e espírito de serviço a missão que nos compete, e que Cristo e o MCC esperam de nós… SEJAMOS MILITANTES DE CRISTO… CRISTO E NÓS, MAIORIA ABSOLUTA ! DE COLORES !



ESCOLA MCC Presenรงa na Internet:

www.mccguarda.blogspot.com Facebook: Cursos Crisntandade Diocese da Guarda


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