Texto de Apoio 2 | Projeto Artes - Expressões corporais, gráficas, plásticas e musicais

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“O significado das coisas não está nas coisas em si, mas na nossa atitude com relação a elas” (Antoine de Saint-Exupéry).

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Arte pode ser entendida como a atividade humana ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedade de linguagens com o intuito de expressar emoções e ideias, servindo como instrumento de expressão social, para a construção da identidade, para promover a inclusão social, para denunciar uma realidade, resgatar uma tradição, sensibilizar para um aprendizado, e para evangelizar. Nesse sentido, a PJM, no seu processo de educação e amadurecimento na fé de adolescentes e jovens, adota as artes como metodologia evangelizadora, pois não acredita em uma evangelização que tenha como meio principal somente a palavra, mas que tenha a arte, a música, a dança, que é o discurso dos adolescentes e jovens. Com o Texto de Apoio 2, Projeto Artes: expressões corporais, gráficas, plásticas e musicais, quer-se impulsionar o uso das artes na Vivência Grupal, nos encontros provinciais, enfim, no dia a dia da PJM; incentivar as capacidades de fantasia, de sonhos, de utopias de adolescentes e jovens; de levá-los/as a fazer experiência e celebrar o bicentenário do Instituto Marista – rumo ao novo começo. Que a PJM, ao adotar as artes como metodologia, possa ajudar a tornar o mundo mais belo, mais comovente, mais fraterno e mais humano.

José Jair Ribeiro (Zeca) Coordenador da PJM

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INTRODUÇÃO Há algum tempo vimos fortalecendo a identidade da PJM através da experiência e da arte, pois se acredita que são metodologias que ajudam na evangelização de adolescentes e jovens. A arte é a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, com beleza, equilíbrio e harmonia feita por pessoas a partir da percepção, emoção e ideias. Já realizamos um concurso fotográfico em 2010. Em 2014 formatamos uma proposta de incentivo a cultura do Sarau nas nossas Unidades culminando num grande momento no Encontro de Assessores/as e Animadores/as no mês de setembro, onde teve de tudo: improvisação, teatro, dança, música, vídeo, cartaz, produções diversas... Pensando em reforçar as artes como meio privilegiado para vivenciar a Mística da PJM, elaboramos uma proposta que incentiva a utilização das artes para os próximos 3 anos: 2015 (expressões corporais | ano Montagne); 2016 (expressões gráficas e plásticas | ano Fourvière) e 2017 (expressões musicais | ano La Valla), em consonância com a celebração do Bicentenário Marista que está sendo celebrado por todo o Instituto.

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OBJETIVO Fomentar as artes como meio de evangelização com Participantes, Animadores/as e Assessores/as vivenciando a mística da PJM.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Reconhecer as artes como meio de produção de conhecimento. • Utilizar as artes na Vivência Grupal, nos Encontros Provinciais, no EJM. • Utilizar as expressões corporais, gráficas, plásticas e musicais como elemento para evangelizar as adolescências e juventudes. • Caminhar em consonância com o Bicentenário Marista.

JUSTIFICATIVA Já não se pode mais pensar em trabalhar com adolescentes e jovens sem envolvê-los/as, sem levá-los/as a fazer a experiência, sem ajudá-los/as a vivenciar aquilo que está sendo dito na teoria, ou seja, teoria e prática precisam caminhar juntas. Portanto, no trabalho com as adolescências e juventudes é importante levar em consideração dois pontos: a arte e a experiência.

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A arte está ligada à estética, pois trabalhando uma matéria, imagem ou som, a pessoa cria beleza ao se esforçar por dar expressão ao mundo material ou imaterial que a inspira, criando uma “satisfação desinteressada”. Barbosa (1998) afirma que: “Através das artes é possível desenvolver a percepção e a imaginação, apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada”.

Esta experiência realizada através da arte motiva adolescentes e jovens a se envolver, a participar, a dizer o que pensam, o que sentem, o que sonham, a demonstrar a sua cultura, os seus jeitos de ser. É importante proporcionar espaços de experiência onde se oportunize vivências repletas de paixão, como nos contextualiza Larrosa (2003), a partir da construção do conceito: “A experiência é o que me passa. Não o que faço, mas o que me passa. A experiência não se faz, mas se padece. A experiência, portanto, não é intencional, não depende de minhas intenções, de minha vontade, não depende de que eu queira fazer (ou padecer) uma experiência. A experiência não está do lado da ação, ou da prática, ou da técnica, mas do lado da paixão. Por isso a experiência é atenção, escuta, abertura, disponibilidade, sensibilidade, vulnerabilidade, ex/posição”.

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A arte e a experiência, dentro da Vivência Grupal, no processo da PJM contribuiriam no encantamento de vivências significativas, pois permitiria a valorização da cultura juvenil, contextualizando o que se quer trabalhar a partir de suas realidades. Nesse projeto, quer-se reforçar a associação da experiência e da arte como metodologias evangelizadoras, estando em consonância com a temática sugerida pelo Instituto Marista para a celebração do Bicentenário Marista. Com o lema Rumo ao novo começo, a caminhada rumo ao bicentenário do Instituto quer nos possibilitar revisitar o caminho já percorrido, trazendo presente a nossa história de quase 200 anos. Portanto, o processo criativo e as artes têm uma forte relação com a novidade e inovação que podem ser proporcionadas no processo da PJM, conforme afirma Ostrower (2009): “Criar é basicamente formar. É poder dar uma forma a algo novo. Em qualquer que seja o campo de atividade, trata-se, nesse “novo”, de novas coerências que se estabelecem para a mente humana, fenômenos relacionados de modo novo e compreendidos em termos novos”.

Se criar é formar algo novo, não podemos inibir o processo criativo que os adolescentes e jovens experienciam nas vivências grupais. Pelo contrário, a Vivência Grupal deve ser espaço instigador, provocador, proporcionando a vivência da novidade, da curiosidade e encantar ou reencantar as práticas já realizadas. Assim como defende Freire (2001): 10


“A curiosidade como inquietação indagadora, como inclinação ao desvelamento de algo, como pergunta verbalizada ou não, como procura de esclarecimento, como sinal de atenção que sugere alerta faz parte integrante do fenômeno vital. Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos, acrescentando a ele algo que fizemos”.

Em consonância com o Bicentenário Marista, pensamos em utilizar uma expressão artística-cultural para cada ano, mas nada impede de que sejam utilizadas aleatoriamente.

• No Ano Montagne utilizamos as expressões corporais como o teatro, dança, mímica, imitação e outros, por considerar o corpo como forma de expressão e comunicação. • No Ano Fourvière utilizaremos as expressões gráficas e plásticas, como o desenho, a pintura, a escultura, a modelagem, a grafitagem, a poesia, a fotografia e outras, reforçando nossas habilidades táteis. • No Ano La Valla, contemplaríamos as expressões musicais, pois sabemos como a sonoridade, sensibilidade e sentido auditivo contribuem para a vivência e estão presentes na vida de adolescentes e jovens. Poderemos utilizar canções, músicas, cantos, mantras, criar novas melodias, novas canções, novas paródias bem como utilizar os diversos instrumentos musicais. 11


A partir dessa contextualização da importância da utilização das artes como metodologia evangelizadora poderemos aprimorar a relação entre sensibilidade e expressividade, tão importante nos processos criativos, pois ao trabalharmos com a nossa sensibilidade e expressão possibilitamos a inclusão da criatividade e criticidade a serem construídas nas práticas de maneira prazerosa. Isto nos permite refletir sobre a perspectiva de que o “que se deve ler na lição não é o que o texto diz, mas aquilo que ele dá o que dizer” (Larrosa, 1998, p.177). O processo da PJM quer motivar a ler o que “dá o que dizer”, ressignificar as práticas, dar sentido ao que é vivido, proporcionar experiências significativas e envolventes, contribuir para novas vivências, favorecendo o amadurecimento na fé dos adolescentes e jovens. Por fim, Boff (2012), no Congresso Continental de Teologia na cidade de São Leopoldo, quando questionado sobre a temática dos jovens que, para ele, são as maiores vítimas do sistema atual, nos fala: “Estão roubando deles a capacidade de fantasia, de sonhos, de utopias, oferecendo tudo pronto pela internet, pelos jogos, pelos filmes e todo o maquinário capitalista que nos transforma em meros repetidores, consumidores alienados, despolitizados. O desafio é levá-los a reencantar o mundo. Não creio em uma evangelização que tenha como meio principal a palavra, mas que tenha a arte, a música, a dança, que é o discurso dos jovens”.

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É nesse sentido que acreditamos e reforçamos as artes e as experiências como metodologias evangelizadoras na PJM.

Quem: Participantes, Animadores/as e Assessores/as da PJM.

Quando: • Em 2015, utilizamos as expressões corporais como a dança, teatro, mímica, imitação. • Em 2016, faremos uso das expressões gráficas e plásticas através da pintura, desenhos, escultura, modelagem, grafitagem, fotografia, produção de vídeo, documentário. • Em 2017, aproveitaremos as expressões musicais como a música, canto, coral, instrumentos.

Como: incluindo no planejamento local e provincial da PJM.

Onde: nas Unidades e nos Encontros Provinciais.

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REFERÊNCIAS BARBOSA, Ana Mae. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: C/Arte, 1998. BOFF, Leonardo. Teologia da Libertação e a preocupação ecológica. São Leopoldo, IHU, 11/10/2012. Texto de Graziela Wolfart. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos. br/noticias/514443-teologia-da-libertacao-e-a-preocupacao-ecologica-leonardo-boff-e-o-chamado-a-mae-terra>. Acesso em 27 mar. 2015. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2001. LARROSA, Jorge. Pedagogia profana: danças, piruetas e mascaradas. Porto Alegre: Contrabando, 1998. _____________. Algunas notas sobre la experiencia y sus lenguajes. Conferencia dictada en el Ministerio de Educación, Ciencia y tecnología de Argentina, mimeo, 2003. OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processo de Criação. Petrópolis: Vozes, 2009.

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EXPEDIENTE: Texto de Apoio 2: Projeto Artes: expressões corporais, gráficas, plásticas e musicais - 2015. Elaboração PJM Provincial Equipe: José Jair Ribeiro, Jaquelini Alves Debastiani, Karen Theline Cardoso dos Santos da Silva, Ir. Jader Luiz Henz, Ir. Matheus da Silva Martins, Andressa Piccinini, e Rômulo Canabarro Vizzotto. Revisão: Ir. Salvador Durante. Projeto Gráfico e Diagramação: Design de Maria Impressão: Rede Marista RS | DF | Amazônia. Rua Irmão José Otão, 11 – Bom Fim CEP: 90035-060 – Porto Alegre/RS Tel (51) 33140300 pjm@maristas.org.br 15


maristas.org.br pjm.maristas.org.br a - PMRS Pastoral Juvenil Marist pjm@maristas.org.br

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