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Sumário Editorial | 3

Diretor José Rodrigues Alves Filho Conselho Editorial Raul Sérgio Aragão Ventura Paulo Fernandes Moura Rosa Maria da Silva Araújo Ruth Meireles Barros Eliane de Seixas Nascimento

Tarefa enobrecedora | 4 HOMENAGEM

N° 01 – Ano I – novembro 2010 Periodicidade: anual

Silvio Ricardo Vieira Feitosa

HISTÓRIA

Redação Rua Olavo Bilac, 1394 – Centro Teresina-PI – CEP 64.001-280 Fone/Fax: (86) 3221 2500 / 3221 3021 www.fepiaui.org.br

O suave encantamento de servir | 8 Primórdios do Espiritismo no Piauí | 11

Revisão Francisca Neuza de Almeida Farias (L.P. 22.484)

Fotos Fontes bibliográfias diversas

Ana Luiza Nazareno Ferreira Divaldo Franco

Jornalista Responsável Nildene Araújo (MTB 1231)

Capa/Projeto Gráfico Paulo Moura (DRT-PI 1117)

Homenagem aos 60 anos de fundação da Federação Espírita Piauiense |7

A Caravana da Fraternidade e o Piauí | 15 Raul Sérgio Aragão Ventura

Federação Espírita Piauiense | 20 Rosa Maria Araújo

FEPI de 1950 a 2010 | 26 Pioneiros do Espiritismo no Piauí | 27

Impressão Halley S.A Gráfica e Editora

Chico Xavier, um centenário de amor e de luz | 33

Presidente: Rosa Maria da Silva Araújo 1° Vice-Presidente: José Lucimar de Oliveira 2° Vice-Presidente: Ornálio Bezerra Monteiro 3° Vice-Presidente: Marcos David da Silva Nery 1° Secretário: Raul Sérgio Aragão Ventura 2° Secretário: Ruth Meireles Barros 1° Tesoureiro: Jorge Luiz Freitas de Oliveira 2° Tesoureiro: Ana Maria Martins Pereira

Foto da capa: Jairo Moura Ponte Estaiada Mestre Isidoro França, Teresina-Piauí.

Homenagem a Chico Xavier | 36 Ruth Meireles Barros

O pensamento vivo de Chico Xavier | 37 Lições fraternas | 38 Ruth Meireles

MENSAGEM ENT

Diretoria Executiva 2010/2012

ARTIGOS

Maryneves Saraiva de Arêa Leão

Entrevista com Kátia Marabuco | 40 Mensagem Maurícia/2010 | 43 Entidades espíritas especializadas | 45 Casas Espíritas do Piauí | 47

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.


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Nova Aurora


Editorial

“O Cristo Consolador”

Este ano de 2010, podemos considerar um ano ímpar para o Espiritismo. Vimos uma divulgação incomparável da Doutrina Espírita, especialmente por conta do Centenário de nascimento do médium Francisco Candido Xavier. Sua vida e sua obra ocuparam proficuamente os veículos de comunicação, através de livros, filmes, documentários, reportagens em revistas, jornais, sites e tv’s. Mas é também neste ano especial, que comemoramos e relembramos um fato marcante na história do Espiritismo brasileiro. Há exatos 60 anos, um grupo de trabalhadores espíritas saía do Rio de Janeiro para percorrer todo o Norte e Nordeste do Brasil, divulgando os ideais de Unificação do Movimento Espírita Brasileiro. A Caravana da Fraternidade, como ficou conhecida, em sua passagem pelo nosso Estado, também foi responsável por outro momento importante para o Movimento Espírita do Piauí, o da fundação, naquele mesmo ano (1950), da nossa federativa estadual. Neste ano em que comemoramos os 60 anos de fundação da Federação Espírita Piauiense, realizamos também um grande sonho, o lançamento da Revista NOVA AURORA. Seu nome surge das palavras de Frederico Figner em mensagem que homenageia a FEPI pelo seu aniversário. Diz-nos o Espírito amigo: “(...) o plano espiritual está solícito e nos convoca às lides do amor para a emancipação fraterna de uma nova esperança, de uma nova aurora, de um novo porvir...”. Com a publicação de sua primeira edição relata-se, de forma breve, a história do Espiritismo no Piauí e da Federação, presta-se homenagem à Caravana da Fraternidade e a Chico Xavier, o grande semeador do amor e da fraternidade. Trazemos também, neste número, mensagens inéditas dos espíritos Joanna de Angelis e Frederico Figner, além de artigos de caráter informativo. Esta revista terá periodicidade anual e, poderão ser publicadas notícias nacionais e internacionais do Movimento Espírita, além de outros assuntos de cunho educativo, cultural e doutrinário.


HOMENAGEM

Tarefa enobrecedora Frederico Figner, com muito amor, atendendo à solicitação do Alto porque comemora-se na Federação Espírita Piauiense, os 60 anos de luta, para que o Reino do amor do Cristo venha sedimentar-se com criaturas dóceis, bondosas, amáveis, que irão aumentar os frutos solícitos do Pai celestial.

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HOMENAGEM

Que a paz do Excelentíssimo Mestre Jesus nos digne uma palavra de amor e de conforto na percepção, na comunhão e na edificação da sua Doutrina de amor e de caridade1. O sublime espetáculo da vida é a grande dádiva de amor do Pai Celestial para as criaturas humanas, necessitadas de evolução no planeta Terra ou nos diversos orbes em que há necessidade da reencarnação. Nas horas que se sucedem, e que o Espírito necessita para o retorno à carne, muitas vezes este fica indeciso sobre a necessidade de voltar para dar continuidade a essa tarefa enobrecedora, que é o retorno. Isso, porque ele é o maior necessitado. Ele precisa dar continuidade, a esse despertar para uma nova vida, para um novo entendimento, para uma nova busca, para completar-se dentro da sua conjuntura espiritual e poder se capacitar, entender, que a dádiva da vida é o aprendizado do amor em sua mais pura expressão. Nossa comunhão, nossa comunidade espiritual do plano maior vivencia momentos de expectativa, momentos de alegria, momentos de esforços para ajudar a comunidade espírita encarnada nesse desiderato, nessa busca, nessa compleição para que essas almas despertem para a sua missão. Evangelizem-se. Procurem evangelizar-se nesta tarefa enobrecedora. Muitas vezes, essa tarefa é árdua, porém é muito gratificante. É muito consoladora e muito confortadora para que as almas pensem em desistir. Desistir, jamais. Complementem-se. Consertem-se. Unam-se. Convoquem-se a si mesmos nessa busca, diuturnamente, para facilitar esse entendimento e esta prática humana, a prática da divulgação da Doutrina Espírita com enfoque cristão, com a capacidade cristã e com o amor cristão. Na união, na unificação desta tarefa, o plano espiritual está solícito e vos convoca às lides do

amor para a emancipação fraterna de uma nova esperança, de uma nova aurora, de um novo porvir. Fraternizem-se. Comuniquem-se. Evangelizem-se. Potencializem-se para esta nova Era, para essa nova tarefa. O amor do Cristo tem que ser disseminado, tem de ser considerado, tem de ser divulgado nessa união, nessa inspiração, nessa glorificação de Espíritos, encarnados e desencarnados, para que esta tarefa, essa solicitação do plano espiritual, que é o plano maior, daquele Messias mensageiro do amor, possa ser facilitado, ser mais bem coordenado, mais bem distribuído, mais bem aceito, na capacitação, na planificação de uma nova aurora. Amem-se! Estreitem os laços de amizade para que as futuras gerações, os Espíritos que estão retornando, que já estiveram no plano físico, consigam encontrar a seara do Cristo organizada, bem dimensionada, para que as almas entendam o amor do Cristo e a dádiva celeste do Pai, da reencarnação, cumprindo no plano físico as determinações que justificam a nossa presença e a presença dos irmãos no corpo físico para evoluir. Frederico Figner2 , com muito amor, atendendo à solicitação do Alto porque comemora-se na Federação Espírita Piauiense, os 60 anos de luta, para que o Reino do amor do Cristo venha sedimentar-se com criaturas dóceis, bondosas, amáveis, que irão aumentar os frutos solícitos do Pai celestial. Muita paz, muita luz e muito amor!

1 Mensagem recebida, psicofonicamente, pelo médium Helvídio Piauilino Maciel, no dia 30 de julho de 2010, no Centro Espírita Paulo de Tarso, em Teresina, Piauí.

2 Frederico Figner (1866-1947), foi vice-presidente da FEB. Como Espírito, ditou ao médium Francisco Cândido Xavier, sob o pseudônimo de Irmão Jacob, o livro Voltei (1949). Integrou a Caravana da Fraternidade que ajudou a fundar a Federação Espírita Piauiense, em 1950.

“O plano espiritual está solícito e vos convoca às lides do amor para a emancipação fraterna de uma nova esperança, de uma nova aurora, de um novo porvir”.

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HOMENAGEM

Homenagem aos 60 Anos de fundação da Federação Espírita Piauiense Ana Luiza Nazareno Ferreira*

Queridos amigos de ideal espírita, É-nos gratificante participar deste momento de festa, quando a Federação Espírita Piauiense completa 60 anos de fundação. Tudo começa quando os caravaneiros da unificação, nos idos de 1950, resolvem, inspirados pela Espiritualidade maior, responsável pela implantação da árvore do Evangelho e do Consolador em todo Brasil, viajar pelo Norte e Nordeste para concretizarem o sonho da Unificação, idealizado com a assinatura do Pacto Áureo, em 5 de outubro de 1949. Era a Caravana da Fraternidade, como eles chamavam este grupo valoroso, que, sem medir sacrifícios, se colocou à disposição do Alto para realizar tarefa tão grandiosa. Sob o comando de Leopoldo Machado, o grupo funda a entidade Federativa no Estado do Piauí, em 27 de novembro de 1950. Era o início de uma nova etapa no programa planejado pelos Espíritos Amigos para que houvesse um ponto de apoio, no Piauí, para o programa de Unificação do Movimento Espírita no Brasil. E a Federativa vai crescendo, assumindo a tarefa, unindo as Casas Espíritas sob o mesmo ideal de amor, preconizado pela Doutrina do Consolador. A FEPI, estabelecido o seu programa unificador, vai aparando as arestas, mantendo a ordem amorosa entre os mais recalcitrantes, acolhendo, amorosamente, sem desviar do caminho, aqueles que ainda se mantinham alheios ao novo processo de união porque passava o Movimento Espírita Brasileiro, fortalecendo-se cada vez mais como entidade norteadora do Espiritismo, em terra piauiense. Vai ganhando adeptos, preparando no-

vos trabalhadores, espalhando-se com firmeza, constituindo-se, assim, o luzeiro dinamizador das tarefas essenciais para que a união se estabelecesse e a Doutrina Espírita fosse espalhada em bases sólidas em todo o Estado. Agora, 60 anos são passados e aquela Federativa, antes tão pequena, torna-se gigantesca, desdobrando-se cada vez mais no trabalho de Unificação e Amor, permitindo que o Espiritismo chegue em tantos corações necessitados, nesta nova era que se inicia no planeta. São 60 anos de trabalho profícuo no bem. São 60 anos de uma longa caminhada em direção à proposta renovadora a que se propõem todos os que estão empenhados em levar o Espiritismo a todas as almas e torná-lo esta “Nova Era para a Humanidade”. Neste sexagésimo aniversário, que nossa irmã de ideal de Unificação espírita possa dar continuidade ao seu programa de trabalho, arrebanhando para o seu lado todas as Casas Espíritas desse Estado amigo, a fim de que sejam colimados os propósitos da Caravana da Fraternidade na criação desse clima de união, fraternidade, cordialidade e muito amor entre todos os irmãos que professam a Doutrina Consoladora e de sua divulgação redentora. Parabéns, a todos os que fazem a FEDERAÇÃO ESPÍRITA PIAUIENSE pelos seus 60 anos de trabalho na Unificação do ideal espírita e recebam o abraço da Federação Espírita do Maranhão, a federativa irmã que também festeja seu sexagésimo aniversário. * Presidente da Federação Espírita do Maranhão Nova Aurora |

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HOMENAGEM

O suave encantamento de servir Quando se serve, em qualquer forma de solidariedade, há um suave e doce encantamento que enternece o indivíduo, dando-lhe sentido existencial e dignidade humana.

Divaldo Franco 10

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O ser humano deve descobrir o objetivo essencial da sua existência, especialmente no que diz respeito ao seu comportamento durante o elevado período de discernimento e de consciência. Todos os impulsos que nele ocorrem, induzem-no ao crescimento, à conquista dos valores transcendentais, que aguardam o momento de desenvolver-se rompendo a couraça que os envolve. A sua é a fatalidade do bem em cujo curso encontra a real alegria que o propele rumo à felicidade. Ninguém alcança os altiplanos da vida sem os esforços iniciais no sopé da montanha. Por essa razão, o esforço em favor da conquista relevante do ser psicológico deve ter, como fundamental significado, a tarefa de servir. Quando alguém não consegue descobrir a finalidade da jornada humana, continua com entorpecimento emocional e paralisia mental porque tudo no universo é dinâmico e ativo. O serviço em favor do próximo, por exemplo, enriquece aquele que coopera com os tesouros da sabedoria e da compreensão próprios como dos limites dos demais, facultando a conquista da elevação moral, que se expressa como despertamento para a realidade profunda do ser espiritual que se é. Avançando na direção das horas, compreende que é abençoado pelo ensejo de melhor aplicá-las, de forma que deixe rastro luminoso pelo caminho, dando significado interior ao ato de viver. Entende que além de fenômeno biológico do existir, a reencarnação lhe confere a honra de


HOMENAGEM

“A vida é uma nova canção de serviço em todos os ângulos sob o qual seja observada. Em consequência, o ato de servir é manifestação do amor que se alonga do emocional para a realidade prática da ação edificante”. produzir, de alterar o rumo das ações sempre para melhor, superando os impedimentos que o retém na retaguarda do processo. Diz-se, com certo pessimismo, que aquele que não vive para servir, não serve para viver, o que, sem dúvida, é pejorativo, e poderia ser proposto como aquele que não vive para servir, ainda não aprendeu a viver. A vida é uma nova canção de serviço em todos os ângulos sob o qual seja observada. Em consequência, o ato de servir é manifestação do amor que se alonga do emocional para a realidade prática da ação edificante. Quando nasce a criancinha, ainda rica de vibrações de claustro materno, mantê-la em contato com a mãezinha é um ato de amor que, no entanto, proporciona vida e dela fará um ser amante e amado, porque, nessa continuação de dependência as monoaminas da afetividade são captadas pelas terminais nervosas e transformadas em emoções de bem estar, de segurança, de harmonia. Não recebendo essa carícia, o nascituro sente a ruptura dos vínculos que o mantinham com o seio generoso em que se albergava, sentindo-se desamparado, podendo desenvolver os primeiros futuros conflitos de solidão e abandono. O serviço, portanto, na sua expressão de vida afetiva, é benção que enfloresce os sentimentos mais nobres. Mede-se a grandeza de um cidadão pelos esforços que empreende para melhorar-se, trabalhando em favor da futura sociedade mais justa e mais feliz.

As suas conquistas são distribuídas equanimemente, de maneira que todos se beneficiem. Por mais singelo seja, o serviço que tem como meta auxiliar o próximo, transforma-se em contribuição valiosa para o desenvolvimento moral da humanidade. Avalia-se a estrutura moral de um povo pela maneira como os seus governantes se utilizam da oportunidade de tornar a vida dos seus governados menos penosa e mais rica de possibilidades de desenvolvimento. Quando isso não ocorre, o abismo que separa as classes, sob o ponto de vista econômico e social, gera a miséria vergonhosa na qual estorcegam aqueles que não tiveram oportunidade de pertencer ao grupo de privilegiados que os exploram. A sociedade, portanto, é o resultado dos fatores que são proporcionados ao indivíduo como célula básica do grupo que a constitui. Quanto mais amplas forem as possibilidades de trabalho e remuneração justa, melhores os efeitos no conjunto geral. Dessa forma, ninguém se pode eximir de produzir no bem, na solidariedade, contribuindo com a quota que lhe esteja ao alcance. Allan Kardec, o eminente codificador do Espiritismo, compreendeu essa necessidade, dedicando-se a apresentar soluções fundamentais para o problema da miséria socioeconômica, conforme se pode ler em O Livro dos Espíritos, no capítulo referente à Lei do Trabalho, que é fomentador Nova Aurora |

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HOMENAGEM

do progresso, com a consequente Lei do Retorno que proporciona renovação de forças e alegria de viver. O repouso, no entanto, não significa falta de ação, conforme pensam algumas pessoas imprevidentes, que optam pela ociosidade, especialmente quando concluem uma fase da vida laboral e ativa, aposentando-se e deixando de trabalhar... Normalmente, nessa eleição mórbida, a pessoa se candidata à depressão, à inutilidade. Pode-se concluir uma tarefa e repousar, enquanto se movimenta noutra. A simples mudança de atividade constitui renovação de entusiasmo e de energia, porque o importante é encontrar-se estimulado para viver e para agir. O serviço, portanto, de autoiluminação, na sua grandeza e significação, torna-se essencial, após o ato saudável das outras expressões de trabalho. A mente ativa e o corpo ágil pela movimentação contínua, proporcionam os recursos interiores para o prolongamento da existência dentro do clima do bem estar e de autorealização, assim como de cooperação social. De igual maneira, a mente necessita de contínuo exercício, a fim de mais facilmente ampliar a sua capacidade de raciocínio, estimulando o cérebro a proceder a tarefa dos registros que lhe dizem respeito. Mente preguiçosa, candidatura à demência... O trabalho, portanto, de qualquer natureza, é benção de Deus que fomenta a vida e desenvolve o ser, auxiliando-o na ascensão aos rumos elevados da imortalidade. No passado, estabeleceu-se a necessidade de adorar a Deus enunciando-se a convivência social, ao trabalho ativo, entregando-se à meditação. Quase todos aqueles que se permitiram essa 12

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fuga da realidade terrestre, perderam-se em penosos conflitos que os afligiam que acreditavam ser interferência demoníaca. Sem qualquer dúvida, nas mentes ociosas, os Espíritos frívolos e perversos encontram campo fácil para perturbações variáveis. Jesus deu o mais grandioso exemplo de respeito pelo trabalho. No período invernoso em que as viagens e pregações se tornavam mais difíceis, em razão da aspereza do clima, Ele trabalhava regularmente na profissão que herdara de José, dignificando o labor que proporciona felicidade e progresso. Trabalhar, portanto, é orar, especialmente quando esse serviço ajuda a humanidade em seu crescimento intelecto moral. Joanna de Ângelis

Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 16 de junho de 2010, em Londres, Inglaterra.


HISTÓRIA

Primórdios do Espiritismo no Piauí

Nosso Estado seguiu a mesma regra de outros lugares do Brasil, assim como da Europa e dos Estados Unidos, em que primeiro aconteceram as reuniões mediúnicas para, somente depois, virem os estudos teóricos e a formação de grupos espíritas.

Silvio Ricardo*

Neste artigo, fazemos uma síntese dos principais fatos relacionados ao Espiritismo no Piauí, especialmente nas cidades onde ele mais se destacou, desde os primeiros registros de sua prática até a inesquecível passagem da Caravana da Fraternidade, no ano de 1950, responsável pela maior aproximação entre os espíritas de nosso Estado e pela fundação da Federação Espírita Piauiense. Não é possível, porém, estabelecer um marco para o início do Movimento Espírita no Piauí. O que se pode afirmar, com certeza, é que nas últimas décadas do século XIX, já se realizavam na cidade de Teresina, sessões espíritas. Segundo jornais da época, essas reuniões tinham caráter totalmente privativo e eram fechadas à curiosidade de terceiros. Diz o jornalista e historiador Hygino Cícero da Cunha, em seu História das Religiões no Piauhy - obra na qual dedica quatorze páginas para o Espiritismo - que: “Nos últimos decênios do século XIX, tentaram-se algumas sessões espíritas em Teresina, para evocação dos mortos e para escritura automática. Outras se têm repetido de vez em quando [...]” Nosso Estado seguiu, portanto, a mesma regra de outros lugares do Brasil, assim como da Europa e dos Estados Unidos, em que primeiro aconteceram as reuniões mediúnicas para, somente depois, virem os estudos teóricos e a formação de grupos espíritas. Era a forma natural como se davam os primeiros contatos com a Doutrina Espírita. Nova Aurora |

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HISTÓRIA

Amarante Foi somente no início do século XX, mais precisamente no ano de 1903, que surgiu a primeira instituição espírita do Piauí de que se tem notícia. Um grupo de Amarante, que se reunia desde o ano anterior para estudar as obras básicas codificadas por Allan Kardec, fundou o Centro Espírita Fé, Esperança e Caridade, o qual contava, também, com um programa de assistência aos necessitados. O grupo, liderado por Satiro Moreira de Castro e que tinha entre seus integrantes, dentre outros, Gil José Nunes, Teodoro Ribeiro e Luis Puça, fora ainda responsável pelo primeiro órgão de informações espíritas do Piauí, o jornal A Cruz, que circulou entre os anos de 1902 e 1907. Apesar dessa iniciativa de divulgação, membros da Igreja Católica local promoveram intensa campanha contra o jornal, a qual acabou repercutindo na população da cidade e até entre os frequentadores do Centro Espírita. O jornal foi, então, retirado de circulação e, assim como o grupo espírita, veio a desaparecer nos anos seguintes. Hygino Cunha observou a ascensão e o rápido desaparecimento do Espiritismo em Amarante, embora não tenha registrado as causas desse último fato: “De 1896 a 1900, o espiritismo teve grande voga em Amarante e fez alguns adeptos em Piracuruca e Livramento. Naquela primeira cidade, teve alguns fanáticos, organizou-se em igreja permanente e transformou algumas cabeças. Desaparecendo daqueles pontos, a Nova Revelação foi estabelecer domicílio na cidade da Parnaíba, onde se organizou em associação ou clube, contando muitos prosélitos teóricos e práticos.” Migrava, então, o Espiritismo no Piauí. Seu novo “domicílio”, Parnaíba. Parnaíba “Desaparecendo daquelas cidades”, como diz o escritor, o Espiritismo se organizou com mais força e mais adeptos na cidade de Parnaíba. O primeiro grupo que ali se formou, ainda na primeira década do Século XX, chamava-se Filhos da Consciência. 14

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Hygino Cunha: registro histórico do Espiritismo no Piauí.

Mas a primeira Casa Espírita daquela cidade foi o Centro Espírita Perseverança no Bem, hoje a instituição espírita mais antiga em funcionamento no Piauí. A fundação do Perseverança no Bem deuse no ano de 1918, em 16 de Julho, com personalidade jurídica e estatutos impressos e registrados no órgão da Oficialidade de Registros de Hipotecas, constando a assinatura de 19 sócios fundadores. Em 1923 já contava com 107 sócios, sendo 89 homens e 18 mulheres. Dentre os fundadores do Centro Espírita Perseverança no Bem arrolamos os seguintes nomes: Miguel Moreira, João de Morais Rego, Dr. Antônio Neves, Avelino Silva, Bibiana Tupinambá, Eduviges Moreira, Joaquim Ramos, J. Marreiros, Benú Castro, José Dutra e Benedito Simião de Santana. As primeiras reuniões desse Centro aconteciam numa residência na Praça da Graça, para depois, por muitos anos, se sucederem numa sala cedida pela Loja Maçônica Fraternidade Parnaibana, situada à rua Conde d’Eu nº 561, graças à intervenção de alguns maçons que também eram espíritas. Em Junho de 1972 deu-se a construção da sede própria do centro e as reuniões passaram a acontecer no atual endereço, à rua Monsenhor Joaquim Lopes, 549, no bairro do Carmo. O Centro manteve por vários anos uma obra de caridade e assistência social bastante arrojada, de grande envergadura material. Essa obra constituía-se da Biblioteca Amália Sales, a cargo do confrade Joaquim Mangueira; de um Gabinete de Leitura, Dona Luiza Amélia, sob a direção de


HISTÓRIA

Antônio Mello, que exerceu também a função de redator do jornal do Centro; um jornal mensal, O Consolador, impresso à rua Duque de Caxias, na qual funcionou a gerência do hebdomadário, sob a supervisão do alfaiate Joaquim Lucena Ramos; uma Escola, à rua do Pará, Três de Outubro, dirigida pela professora Senhorinha Avelino; um Dispensário Homeopático, Doutor Clemente, dirigido por Chagas Melo e, finalmente, uma Assistência aos Necessitados denominada Bezerra de Menezes, conduzida por Justina Guimarães. Alguns espíritas tiveram maior destaque na divulgação do Espiritismo no litoral piauiense, quer pelo seu trabalho, quer pelo seu reconhecimento ante a sociedade parnaibana. É o caso de Alarico da Cunha, intelectual e membro da Academia Maranhense de Letras e dirigente do Centro Espírita Perseverança no Bem, e de Francisco de Moraes Correia, ambos citados por Hygino Cunha: “O Sr. Alarico José da Cunha é o seu principal arauto (do Espiritismo). Consta que só a biblioteca particular do Dr. Francisco de Moraes Correia sobe a mais de 300 volumes, sobre o espiritismo. Os crentes parnaibanos afirmam que ali se têm realizado todas as manifestações espíritas, mesmo as mais extraordinárias e inverossímeis.” Quando da chegada da Caravana da Fraternidade, Parnaíba contava também com outra instituição, o Centro Espírita Vida e Progresso, fundado em 1943, a época, dirigido por Francisco de Abreu. Teresina Sabe-se com segurança que, em 1902, o Espiritismo despontou em Teresina, na pessoa do comerciante Antônio Martins de Oliveira, homem de projeção social e o único espírita, na acepção do termo, existente, por aquela época, na capital. Reuniu um pequeno grupo em sua própria residência, à rua Paissandu, do qual faziam parte os médiuns Julia Pires, Estevão e Colet. Foi ele, também, o responsável por introduzir em Teresina a primeira revista de conteúdo espírita, Verdade e Luz, editada em São Paulo. No ano seguinte, 1903, aporta em Teresina, procedente de Fortaleza, Ceará, o confrade Francisco de Paula e Silva, trazendo daquela

Em 1902 o Espiritismo despontou em Teresina, na pessoa do comerciante Antônio Martins de Oliveira, homem de projeção social e o único espírita, na acepção do termo, existente, por aquela época, na capital. “cidade luz” as ideias espíritas, logo incorporandoas ao grupo de Martins. Algum tempo depois, devido ao arrefecimento daquele grupo, outros se levantaram e, ao que sabemos, foram dirigidos por pessoas assaz conhecidas, notadamente a professora Firmina Sobreira Cardoso e o sargento Luís Valdemar de França, além de Plínio Mozart de Morais, Elias Torres de Oliveira, Gerinaldo Batista de França, Manoel Carvalho (Maxixe), Aquiles Monteiro, João Clímaco da Silva, João Rosa de Menezes, a também professora Márcia Cruz, Rufina Gomes, José Carlos Lopes Lima, entre outros. Em 1927, por iniciativa da professora Firmina Sobreira, Francisco de Paula e Silva, Maria Brito e outros, era fundado o Centro Espírita Amor e Caridade, funcionando com alguma regularidade, porém sem o devido desenvolvimento, pois não dispunha de personalidade jurídica. Em 1931, na residência do confrade Raul Dantas da Cunha, à rua Barroso nº 14, reuniram-se as seguintes pessoas: Firmina Sobreira, Maria Brito, Maria de Lourdes Ribeiro, Olga Batista, Nair Batista, Esmeralda Batista, Francisco de Paula e Silva, Elias Torres de Oliveira, Pedro de Moraes Britto Conde, Raimundo Nonato Ney da Silva, Júlio Dias Ribeiro, Raul Dantas da Cunha, João Batista, Gerinaldo Batista de França e Joaquim Câmara da Cunha. Os principais objetivos eram: reorganizar, dar nova denominação e diretrizes ao Centro Espírita Amor e Caridade. Expostos os motivos da reunião por Firmina Sobreira, foi aclamada a primeira diretoria da nova instituição, agora chamada de Nova Aurora |

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HISTÓRIA

Aspecto do centro de Teresina, na década de 1950.

Centro Espírita Piauiense, nome este sugerido por Pedro Conde. Em julho de 1931, foi transferida a sede provisória do Centro para o segundo andar do edifício da Associação Comercial, à rua Senador Teodoro Pacheco. Em 1933, transferiu-se para a residência particular do confrade Júlio Dias Ribeiro, à praça Monsenhor Gil. Meses depois, foi o Centro novamente removido, dessa vez para a residência do confrade Joaquim Câmara da Cunha, à rua Senador Teodoro Pacheco, fazendo canto com a rua Barroso, funcionando aí, ininterruptamente, até o ano de 1937, quando foi novamente transferida para a rua Siqueira Campos nº 43, hoje Felix Pacheco nº 1211, de propriedade de Joaquim Câmara da Cunha acima citado, aí se estabilizando até 23 de fevereiro de 1949, quando passou a ocupar a sua sede própria, à rua Olavo Bilac nº 1394. Por Decreto de nº 199, de 1º de setembro de 1945, da Prefeitura Municipal de Teresina, tendo a cidade, à época, como Prefeito o Dr. Lindolfo do Rêgo Monteiro, e com autorização do, então, Interventor Federal Dr. Leônidas de Castro Melo, foi doado ao Centro Espírita Piauiense, pelo prazo de um ano, uma área de terreno, no 9º quarteirão urbano da rua Olavo Bilac, paralela com a 7 de Setembro, medindo 2100 metros quadrados, com a finalidade de ser construído um prédio para ser nele instalada a Escola 13 de Maio. Esgotado o referido prazo, foi mais uma vez, por Decreto de 16

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Nova Aurora

nº 235, de 20 de fevereiro de 1947, prorrogado por mais cinco anos o prazo em referência, já na gestão do Prefeito Dr. Durvalino Couto. A construção foi iniciada em 11 de agosto de 1948 e terminada em 23 de fevereiro do ano seguinte. Ainda na década de 1940, em nossa capital surgiram outras duas instituições espíritas, o Centro Espírita Bezerra de Menezes (1948) e o Centro Espírita Irmão Adriano (1949), em pleno funcionamento até hoje. As instituições espíritas existentes no Piauí, três de Teresina e duas de Parnaíba, deliberaram fundar, em 27 de novembro de 1950, a Federação Espírita Piauiense, em prol da unificação do Movimento Espírita, iniciando uma nova etapa do Espiritismo no Piauí.

* Vice-presidente do Instituto de Cultura Espírita do Piauí – ICEPI.

Referências CUNHA, Hygino. História das Religiões no Piauí. Teresina: Papelaria Piauiense, 1924. MACHADO, Leopoldo. A Caravana da Fraternidade: excursão ao Norte, de Salvador a Manaus. Rio de Janeiro: Editora do Lar de Jesus, 1954.


HISTÓRIA

A Caravana da Fraternidade e o Piauí

Para consolidar o Pacto Áureo, Wantuil de Freitas, presidente da FEB, solicitou então a Leopoldo Machado e a outros colaboradores que empreendessem uma viagem às regiões Norte e Nordeste do Brasil.

A Caravana da Fraternidade viajou pelo Norte e Nordeste do país, pela unificação do Espiritismo na Terra do Cruzeiro.

Raul Sérgio Aragão Ventura*

A Caravana e o Pacto Áureo Um dos acontecimentos mais significativos e marcantes na história do Movimento Espírita no Brasil e, mais ainda, no Piauí foi a viagem ao Norte e Nordeste do país, realizada por abnegados trabalhadores da seara espírita. Contada em detalhes Nova Aurora |

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HISTÓRIA

por Leopoldo Machado no livro A Caravana da Fraternidade: excursão ao Norte, de Salvador a Manaus1, publicado em 1954 pela Editora do Lar de Jesus (RJ) e reeditado pela FEB neste ano de 2010, sua origem encontra-se estritamente ligada ao Pacto Áureo. Pacto este, do qual o Piauí, embora não houvesse participado diretamente, havia manifestado, antecipadamente a sua opinião favorável, por meio de carta do Centro Espírita Piauiense a Lins de Vasconcellos, dando o seu espontâneo apoio à orientação que tomasse a Federação Wantuil de Freitas Espírita Brasileira. Para consolidar o Pacto Áureo, Wantuil de Freitas, presidente da FEB, solicitou, então, a Leopoldo Machado e a outros colaboradores que empreendessem uma viagem às regiões Norte e Nordeste do Brasil. Essa viagem, embora não tivesse caráter oficial, tinha claros propósitos de integrar as federativas estaduais em torno do Conselho Federativo Nacional. Partiram, então, da cidade do Rio de Janeiro, em 31 de outubro de 1950, os seguintes confrades: Leopoldo Machado (RJ), Ary Casadío (SP), Carlos Jordão da Silva (SP), Arthur Lins de Vasconcellos (PR) e Francisco Spinelli (RS). Em Recife, Lins de Vasconcellos retornava, sendo substituído no restante da viagem por Luiz Burgos Filho (PE). Ary Casadío voltava, por sua vez, após a estada em Fortaleza. Os registros históricos indicam que o Piauí possuía naquele período, apenas cinco instituições espíritas. Em Parnaíba, funcionavam o Centro Espírita Perseverança no Bem e o Centro Espírita Vida e Progresso. Na capital, Teresina, havia o Centro Espírita Bezerra de Menezes, o Centro Espírita Irmão Adriano e o Centro Espírita Piauiense. No entanto, ainda não havia uma entidade de caráter federativo que congregasse todas aquelas Casas Espíritas. 1 Obra da qual retiramos a maior parte das informações aqui citadas e à qual remetemos o leitor que desejar se aprofundar na história da Caravana.

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Em Parnaíba Os seareiros da Caravana chegaram no final da madrugada de 26 de novembro em Parnaíba, única cidade na qual estiveram que não se tratava de uma capital de Estado. Conta Leopoldo Machado, que eles foram recebidos, na ocasião, por Alarico da Cunha, Benedito Freire, Raimundo Belém e José Mourão. A primeira missão do grupo fora visitar o Cajueiro de Humberto de Campos, para dar um abraço e um beijo na árvore, conforme houveram prometido a sua mãe, Anica Veras, quando a visitaram na cidade de Fortaleza. Ainda pela manhã, se dirigiram à Loja Maçônica, local onde funcionava também, o Centro Espírita Perseverança no Bem, dirigido pelo prodigioso médium Alarico da Cunha. Na ocasião, com salão cheio, Leopoldo Machado proferiu palestra na qual colocou o materialismo ateu como o pior inimigo. No restante do dia, visitaram a Maternidade Marques Bastos e o Educandário Padre Damião, este último, local de amparo a filhos de portadores de hanseníase, dirigido por Dona Iracema Pires de Castro. No final da tarde, no Grupo Espírita Vida e Progresso, presidido por Francisco de Abreu, o médium Alarico da Cunha recebe cinco comunicações espirituais, cada uma com a caligrafia a qual o Espírito houvera utilizado em sua vida terrena e, registre-se, da direita para a esquerda, necessitando de um espelho para facilitar a leitura. Foi no mesmo Centro Espírita, que o líder da Caravana proferiu sua segunda palestra, falando sobre o que imaginava ser a missão da América e do Brasil no futuro da civilização humana. Mas naquele mesmo dia, ainda à tarde, Francisco Spinelli já havia exposto aos presentes, aquilo que Leopoldo chamou de plano de doutrinação


HISTÓRIA

e que em nosso entendimento, estava relacionado à maior aproximação dos espíritas e à unificação do movimento em si, proposta essa que começaria a se concretizar nos dias seguintes, na capital piauiense. Em Teresina Depois de uma hora e meia de vôo, o avião com os caravaneiros pousou em Teresina na manhã do dia 27 de novembro de 1950, trazendo Leopoldo Machado, Francisco Spinelli, Luiz Burgos Filho e Carlos Jordão da Silva. Na festiva recepção, estavam João Rodrigues Vieira, mais conhecido como Joca Vieira, o Desembargador Odorico Rosa, o Juiz de Direito Pedro de Moraes Britto Conde e Heli da Rocha Nunes, o qual relata que os Humberto de Campos e o cajueiro. piauienses se encontravam bastante alvoroçados com a expecSurgia, assim, a Federação Espírita Piauiense tativa da chegada dos caravaneiros. como “[...] consequência natural do processo de Em seu primeiro compromisso de trabalho, o unificação do Movimento Espírita brasileiro, estagrupo visitou o Centro Espírita Piauiense, do qual belecido através do Pacto Áureo”. tiveram boa impressão, por ser “amplo e novo, com A Ata de fundação foi assinada por João Robom salão de estudo e conferência [...]”. À noite, drigues Vieira, Heli da Rocha Nunes, Raul Dantas retornaram ao Centro, onde com salão, portas, jada Cunha, Cândido Pereira da Cunha, João Soares nelas e corredores bastante cheios, Leopoldo falou de Carvalho, Odorico J. de Albuquerque, Lindolfo durante uma hora e meia, buscando demonstrar Botelho Amarante, João da Rocha Marinho, José que o mediunismo era a fonte de todo o progresso Almendra Freitas Filho, Antonio Pereira, Carlos Mereligioso, do paganismo ao Espiritismo. deiros de Macedo, João Batista Pilar, dentre outros. Após a palestra, foi realizada uma mesa-reA Caravana conseguira, desse modo, concredonda, na qual se resolveu fundar, naquela mesma tizar seu principal objetivo em nosso Estado, o da data, a Federação Espírita Piauiense, transformaunificação do Movimento Espírita em torno de da a partir do próprio Centro Espírita Piauiense uma única entidade, para que esta viesse a reprecom a finalidade de “congregar todas as sociedasentar o Piauí, no Conselho Federativo Nacional. des espíritas do Estado [...]”. A iniciativa teve, além da participação das Casas Espíritas de Teresina, o Visitas e Histórias apoio do Movimento Espírita de Parnaíba, que enviou mensagem conjunta assinada pelos presidenEm Teresina, assim como fizeram em Parnates dos dois centros espíritas, dando plena outorga íba, os viajantes andaram pela cidade, realizaram para que os caravaneiros os representassem na invisitas e tiveram a oportunidade de escutar histótegração e organização que fossem realizadas. rias interessantes. Nova Aurora |

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HISTÓRIA

Foram ao Bairro Matadouro para conhecer a Escola Bezerra de Menezes, com 340 alunos em dois turnos e ao Bairro Piçarra, para visitar o Centro Espírita Irmão Adriano, onde também funcionava o Instituto Antônio Flores, com 70 alunos. Conversaram também com várias pessoas e do Desembargador Odorico Rosa, escutaram sobre a sua conversão ao Espiritismo e outros fatos interessantes. Contou-lhes o magistrado, que confortava sempre sua esposa enferma, dizendo-lhe que não morreria. Na primeira sessão mediúnica após o seu desencarne, ela manifestava-se perguntando: “Você não disse que eu não morreria?” E quando sua filha fora levar flores ao túmulo da mãe no Dia de Finados, encontra o Espírito da mãe, sentado comodamente na lage do sepulcro. Joca Vieira, por sua vez, relata-lhes um fenômeno mediúnico que ocorria numa localidade chamada Mulato, situada no município de Amarante, onde tudo aparecia cortado e rasgado. Diz Leopoldo: “Uma garotinha via, antes, um preto corpulento, cara de poucos amigos. É o rasgador? À vista do Joca, põe-se um enxovalzinho numa arca e fecham-na. A menina vê o preto a rir, amarelo. Aberta a arca, o enxovalzinho em tiras. O Joca fez sentida prece e súplicas cristãs ao preto, cessando, a partir dali, a rasgação das coisas.” A despedida conseguiu ser ainda mais calorosa do que a chegada dos caravaneiros. Mais de vinte companheiros compareceram quando aqueles embarcaram às 22 horas do dia 29 de novembro de 1950, para São Luís. A caravana terminava, naquela noite, seu profícuo trabalho em nossas terras, em clima de muita amizade e com excelentes resultados. A Caravana Espiritual Não resta dúvida de que a Caravana realizou muito, materialmente falando. Mas todas aquelas conquistas não teriam acontecido de forma tão harmônica, se não tivesse havido a interferência constante e a assistência plena da Espiritualidade Benfeitora. Guillon Ribeiro, ex-presidente da FEB, manifestando-se através do médium Ary Casadío, na cidade de Maceió, revela aos viajantes que a Ca20

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ravana da Fraternidade havia sido articulada na Espiritualidade, onde existia outra Caravana, invisível, da qual ele era um dos participantes. Era a Caravana Espiritual. Algumas comunicações mediúnicas ocorreram nas cidades por onde a Caravana passou. No Piauí, foram psicografadas mensagens por Alarico da Cunha, em sessões mediúnicas realizadas em Parnaíba, cinco delas na reunião de 26 de novembro, da qual participaram os caravaneiros e outras mais, enviadas a eles quando já se encontravam na capital maranhense. Numa dessas mensagens, dizia Humberto de Campos: “[...] meus irmãos, não tenho dúvida quanto ao êxito de vossa missão, porque ela é a síntese do que já vos tenho dito através do médium de Pedro Leopoldo. Que Deus abençoe a vossa obra de Unificação e de amor... pelo planeta, no plano da carne...”. Para finalizar, lembramos as palavras do Espírito Frederico Figner, um dos integrantes da Caravana Espiritual, numa mensagem recebida mediunicamente em Maceió: “Observai a lição do rio. Forma-se de olhos d’água. É um filete, a princípio. Depois, engrossa, cresce, abre sulcos na terra, alastra-se. Adiante, forte e volumoso, despenha-se das alturas, formando cachoeiras, disseminando força, alagando terras. É o rio. Esta, a Doutrina que os leva ao Norte. E, do Norte do Brasil, inundará o País. E, depois do Brasil, inundará a Terra inteira.”

* Raul Ventura é Presidente do Instituto de Cultura Espírita do Piauí-ICEPI.

Referências: MACHADO, Leopoldo. A Caravana da Fraternidade: excursão ao Norte, de Salvador a Manaus. Rio de Janeiro: Editora do Lar de Jesus, 1954. FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO PARANÁ. Pacto Áureo: a vitória da fraternidade. Curitiba, FEP, 2009. QUINTELLA, Mauro. História do Espiritismo no Brasil.


HISTÓRIA

Registros históricos JORNAL ESPÍRITA “A CRUZ” que se editou em Amarante de 1902 a 1907 – dirigido por Satiro Castro Moreira. JORNAL “O CONSOLADOR” editado em Parnaíba, a partir de 1918 com a fundação do Centro Espírita “Perseverança no Bem”. Redator Chefe: Alarico José da Cunha. JORNAL “PIAUÍ ESPÍRITA” órgão do Centro Espírita Piauiense, publicado em Teresina – 1ª edição em 1949, dirigido por João Rodrigues Vieira. INFORMATIVO DA FEPI órgão da Federação Espírita Piauiense, publicado em Teresina.

Capa da primeira edição do livro “A Caravana da Fraternidade” escrito por Leopoldo Machado, em 1954.

Ata da primeira sessão do Centro Espírita “Perseverança no Bem”, de Parnaíba, em 03/12/1918. Nova Aurora |

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HISTÓRIA

Federação Espírita Piauiense A história do Movimento Espírita no Piauí é perpassada pela história da Federação Espírita Piauiense, desde a sua fundação, com a visita da “Caravana da Fraternidade”.

Fachada atual da Federação Espírita Piauiense.

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Naquele período, havia apenas cinco instituições espíritas no Piauí, duas em Parnaíba, ao norte do Estado e três na capital, cidades localizadas a mais de 300 km uma da outra. Apesar da distância, pelo que se sabe, os espíritas se relacionavam bem e ensejavam a aproximação das instituições para fortalecer o trabalho de divulgação da Doutrina Espírita, no Estado.


HISTÓRIA

Centro Espírita Bezerra de Menezes, em 1950.

Em novembro de 1950, chega ao Piauí, em trabalho pela unificação, a “Caravana da Fraternidade”, já esperada pelos espíritas piauienses. Visitaram, primeiro, Parnaíba e de lá saíram contando com o apoio dos companheiros dos Centros Espíritas daquela cidade para a criação de um órgão federativo, que congregasse todas as instituições espíritas do Estado. Chegando em Teresina, a “Caravana” concretiza a idéia de fundar a Federação. Na noite de 27 de novembro de 1950, após uma palestra proferida por Leopoldo Machado no Centro Espírita Piauiense, os integrantes da “Caravana”, representantes dos Centros Espíritas do Estado e membros do Centro Espírita Piauiense, em reunião, deliberaram criar a Federação Espírita Piauiense. Foi uma memorável noite e, como expressou Dr. Heli Nunes, dedicado trabalhador e membro do Centro Espírita Piauiense, “foi alegria de todos os espíritas os três acontecimentos marcantes no dia 27 de novembro de 1950: a presença da ‘Caravana da Fraternidade’, a sessão da noite com salão totalmente lotado e a fundação da Federação Espírita Piauiense”. No dia seguinte, 28 de novembro, Francisco Spinelli, integrante da “Caravana”, na sessão do Centro Espírita Piauiense, procedeu a leitura da

Ata de fundação da Federação Espírita Piauiense, abreviada por FEP, e a posse da sua primeira diretoria composta por: João Rodrigues Vieira – Presidente; Francisco de Paula e Silva – Vice-Pre-

Joaquim Câmara Cunha: pioneiro do Espiritismo no Piauí Nova Aurora |

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HISTÓRIA

sidente; Joaquim Câmara Cunha – 1º Secretário; Heli da Rocha Nunes – 2º Secretário; Raul Cunha – Tesoureiro. Participaram do ato de fundação da FEP os caravaneiros Leopoldo Machado, Francisco Spinelli, Carlos Jordão da Silva e Luís Burgos Filho, e do Estado, os confrades João Rodrigues Vieira, Heli da Rocha Nunes, Raul Dantas Cunha, Joaquim Câmara Cunha, Cândido Pereira da Cunha, Pedro de Morais Britto Conde, Odorico Rosa, João Soares de Carvalho, Lindolfo Monteiro Amarante, João da Rocha Marinho, José Almendra Freitas Filho, Antônio Pereira, Carlos Medeiros de Macedo, João Batista Pilar e Francisco de Paula e Silva. A deliberação tomada em 27 de novembro de 1950, entre os representantes de Entidades Espíritas do Estado e membros do Centro Espírita Piauiense, foi ratificada por ato da Assembléia Geral Extraordinária de 5 de dezembro do mesmo ano, passando o Centro Espírita Piauiense a denominar-se Federação Espírita Piauiense, incorporando a esta o ativo e o passivo daquele Centro. Nessa mesma Assembléia, foi aprovado o Estatuto da instituição recém criada. Ainda na década de 1950, a Federação Espírita Piauiense foi reconhecida de Utilidade Pública, pela Lei Municipal nº 389, de 14 de outubro de 1954 e pela Lei Estadual nº 1185, de 1º de agosto de 1955. O prédio onde funciona, até hoje, a FEPI, situado à Rua Olavo Bilac, 1394, foi construído em terreno doado ao Centro Espírita Piauiense no dia 1º de setembro de 1945, pelo, então, Prefeito de Teresina, Lindolfo do Rego Monteiro. A estrutura do prédio construído na época, hoje está modificada em função da expansão das atividades federativas e do atendimento à comunidade, em geral. Somente em 30 de maio de 1979, quase 29 anos depois da sua fundação, a Federação adquiriu personalidade jurídica, com o registro dos seus Estatutos no cartório. Em 1980, procedeu-se à estruturação dos departamentos federativos denominados: Divulgação Doutrinária, Assuntos Espirituais, Infância e Juventude, Doutrinário e Assistência Social, com as funções estabelecidas no Estatuto da Instituição. Em 2004, foi feita a primeira alteração do Estatuto da FEPI, com adaptação ao novo Código 24

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Dr. Heli da Rocha Nunes

“foi alegria de todos os espíritas os três acontecimentos marcantes no dia 27 de novembro de 1950: a presença da ‘Caravana da Fraternidade’, a sessão da noite com salão totalmente lotado e a fundação da Federação Espírita Piauiense”. Civil Brasileiro e modificado o mandato da Diretoria para três anos, a partir daquela data. O Estatuto foi alterado novamente em 2009, em relação à composição da Diretoria Executiva, a partir de então, com três Vice-Presidentes.


HISTÓRIA

Livraria Ramiro Gama: a divulgação do Espíritismo é a maior caridade, segundo Emmanuel.

Atualmente, a Federação Espírita Piauiense, abreviadamente designada por FEPI, de acordo com seu Estatuto, constitui-se numa organização civil, religiosa, com prazo de duração indeterminado, de caráter científico, filosófico, religioso, beneficente, educacional, cultural, de assistência e promoção social, filantrópico e sem cunho político. É composta pelos seguintes órgãos: Assembléia Geral, Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal, Conselho Federativo Estadual e Diretoria Executiva. A Diretoria Executiva é formada pelo Presidente, 1º Vice-Presidente-Administrativo, 2º VicePresidente-Atividades Internas e 3º Vice-Presidente-Federativo, Primeiro e Segundo Secretários, Primeiro e Segundo Tesoureiros. Ligados à Diretoria Executiva estão os diretores dos Departamentos de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, Infância e Juventude Espírita, Atendimento Espiritual, Assistência e Promoção Social Espírita, Comunicação Social Espírita e Mediúnico. Através dos seus departamentos, a FEPI, além do trabalho de orientação aos Centros Espíritas de todo o Estado, nos aspectos doutrinário, administrativo, de assistência espiritual e social, mantem o intercâmbio com a sociedade promovendo a divulgação e a difusão do Espiritismo. O Departamento de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – DESDE constitui-se de grupos de estudo metódico e contínuo do Espiritismo, fundamentado nas obras básicas de Allan Kardec, destinados a pessoas adultas, de todos os níveis sociais e culturais que desejem conhecer a Doutrina Espírita.

O DESDE, além do trabalho interno na Federação, orienta os Centros Espíritas, no que diz respeito à implantação e implementação do ESDE e promove a capacitação doutrinário-pedagógica dos monitores. Realiza, ainda, atividades de incentivo e criação de grupos de estudos espíritas, através da Jornada Espírita Manoel Alfredo, projeto criado em 1987 com a finalidade de desenvolver o trabalho de expansão do Espiritismo no interior do Estado. No período da jornada, uma caravana viaja anualmente, implantando estudo e capacitando trabalhadores de grupos espíritas iniciantes. O Departamento de Infância e Juventude Espírita – DIJE desenvolve atividades de ensino espírita para crianças e jovens de 03 aos 21 anos, divididos em ciclos de estudo, de acordo com a faixa etária: Maternal, Jardim, Infância e Juventude. Promove Campanhas de Evangelização incentivando a criação de escolas de evangelização nos Centros Espíritas e atividades de integração das juventudes do Movimento Espírita. Dentre as atividades de integração dos jovens espíritas realiza desde 1981, o Encontro de Mocidades Espíritas do Piauí – EMEPI. Este encontro acontece a cada dois anos no período do Carnaval. O Departamento de Atendimento Espiritual – DATE foi criado a partir da desvinculação desta atividade do Departamento Mediúnico, no ano de 2006. Está estruturado na FEPI com as atividades de recepção, atendimento fraterno, explanação do Evangelho à luz do Espiritismo, passe, irradiação, magnetização de água e Evangelho no Lar. No âmbito federativo, orienta os Centros Espíritas Nova Aurora |

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HISTÓRIA

Pátio interno da Federação Espírita Piauiense

quanto ao desenvolvimento destas atividades, capacita trabalhadores para a área do Atendimento Espiritual no Centro Espírita e incentiva o desenvolvimento de campanhas do Espiritismo, especialmente a do Evangelho no Lar. O Departamento de Assistência e Promoção Social Espírita – DAPSE, dentro de suas finalidades, desenvolve atividades de incentivo, orientação e capacitação de instituições espíritas, para realizarem atendimento às pessoas e às famílias assistidas pelo Centro Espírita, conjugando a ajuda material, o socorro espiritual e a orientação moral-doutrinária, visando à sua promoção integral; prepara voluntários para atuarem no Serviço de Assistência e Promoção Social Espírita, proporcionando-lhes a vivência do Evangelho junto às pessoas e famílias em situação de carência sócioeconômico-moral-espiritual. O DAPSE utiliza o grupo de idosos Bezerra de Menezes, existente na FEPI há 20 anos, como campo de ação para treinamento de voluntários que se propõem ao serviço assistencial espírita. O Departamento de Comunicação Social Espírita – DCSE, em atividades de divulgação e difusão da Doutrina Espírita, conta com um Boletim Informativo bimestral, Biblioteca “Emmanuel”, Livraria “Ramiro Gama”, Site: www.fepiaui.org.br, correio eletrônico: fepi@fepiaui.org. br, Blog: www.fepiaui.blogspot.com e e-mails institucionais da diretoria e departamentos; mantém um programa permanente de palestras públicas; promove Feiras de Livros Espíritas em espaços 26

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públicos e participa de eventos culturais com palestrantes espíritas. O Departamento Mediúnico – DEME funciona com dois setores: estudo e educação da mediunidade, desenvolvendo programa teóricoprático em dois níveis e reunião mediúnica de caráter privativo. O DEME realiza orientação para implantação e funcionamento de atividades mediúnicas nos Centros Espíritas, promove a capacitação doutrinária e a preparação de candidatos à prática mediúnica. Ainda como ação federativa, a FEPI criou em nível de departamento, em 2010, o Núcleo de Atividades Internas–NAI, com coordenações de áreas de atividades básicas do Centro Espírita, sistematizadas com base no “Orientação ao Centro Espírita”. O Núcleo funciona como campo experimental para que as experiências didáticas, doutrinárias e de atendimento aos que buscam a Casa Espírita, realizadas no âmbito interno da FEPI, com resultados satisfatórios, sejam apresentadas a título de sugestão aos Centros Espíritas. Desde a fundação da Federação, o Movimento Espírita no Estado vem crescendo e intensificando o trabalho de propagação do Espiritismo. Hoje, existem 74 Casas Espíritas e 04 Entidades Especializadas – Associação Médico-Espírita/PI, Cruzada dos Militares Espíritas/PI, Associação dos Divulgadores Espíritas do Piauí e Instituto de Cultura Espírita do Piauí-ICEPI. Apesar dos obstáculos, é significativo, para nós, o crescimento da Doutrina em nosso meio.


HISTÓRIA

Embora lento, o resultado do trabalho dos espíritas e das instituições espíritas é encorajador em se tratando da tarefa de Unificação do Movimento Espírita em nosso Estado. Lembrando Bezerra de Menezes “O serviço de unificação em nossas fileiras é urgente, mas não apressado [...] É urgente porque define o objetivo a que devemos todos visar; mas não apressado, porque não nos compete violentar consciência alguma.” A FEPI, desde a sua fundação, até hoje, teve onze presidentes.

PRESIDENTES

* Rosa Maria da Silva Araújo é a atual Presidente da Federação Espírita Piauiense.

Referências FEPI – Federação Espírita Piauiense. Estatuto Social. 2009 _____. Atas da Diretoria e Departamentos. MACHADO, Leopoldo. A Caravana da Fraternidade: excursão ao Norte de Salvador a Manaus. Rio de Janeiro. Editora do Lar de Jesus, 1954.

ANO

João Rodrigues Vieira

1950 a 1969

Heli da Rocha Nunes

1970 a 1972

José Felipe Madeira Campos

1973 a 1975

Jerônimo Rodrigues Alves

1976 a 1978

Maria Angélica Bezerra Monteiro

1979 a 1980

Francisco Capelo Camaño

1981 a 1985

Darcy de Carvalho Gonçalves

1986 a 1991

Maryneves Saraiva de Area Leão

1992 a 1997

Valter Matão Lemos

1998 a 2000

Ornálio Bezerra Monteiro

2001 a 2006

Rosa Maria da Silva Araújo*

2007 a 2009

* Reeleita para o mandato de 2010 a 2012

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HISTÓRIA Linha do Tempo

FEPI de 1950 a 2010 1981

• I Encontro de Mocidades Espíritas do Piauí – EMEPI, realizado em Teresina;

1985 1950

• Fundação da Federação Espírita Piauiense e posse da sua primeira Diretoria em 27 de novembro;

• 1ª Feira do Livro Espírita, na praça Pedro II, em Teresina, sob a coordenação do Centro Espírita “Nosso Lar”;

1987

1954

• Implantação do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – ESDE na FEPI;

1955

• A Federação foi reconhecida de Utilidade Pública, pela Lei Estadual Nº 1185 de 1º de agosto;

• I Jornada Espírita Piauiense – projeto de expansão do Espiritismo no interior do Estado. Hoje, denominada Jornada Espírita Manoel Alfredo, em homenagem ao seu fundador, que desencarnou em 1988;

1958

1989

• A Federação foi reconhecida de Utilidade Pública, pela Lei Municipal Nº 389 de 14 de novembro;

• IV Confraternização de Mocidades e Juventudes Espíritas do Norte e Nordeste do Brasil, realizada de 9 a 13 de julho em Teresina, tendo como Presidente Eugênio Doin Vieira - Presidente do Grupo da Mocidade Espírita da FEPI e como Orador Divaldo Pereira Franco;

1979

• Registro em Cartório do primeiro Estatuto da Federação Espírita Piauiense, em 30 de maio;

1981

• Criação de um ponto de vendas de livros e revistas espíritas na sede da FEPI, o qual evoluiu para a Livraria “Ramiro Gama”, até hoje, em pleno funcionamento;

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• Concedido o titulo de Cidadão Honorário do Estado do Piauí ao Médium Divaldo Pereira Franco, pela Assembléia Legislativa do Estado;

cipal de Teresina, a Medalha do Mérito Conselheiro José Antônio Saraiva, pelo reconhecimento aos méritos na divulgação da Doutrina Espírita;

2004

• Primeira alteração no Estatuto da Federação com adaptação ao Novo Código Civil Brasileiro e modificado o mandato da Diretoria Executiva para três anos, a partir desta data;

2005

• I Congresso Espírita do Piauí – CEPI, coordenado pelo Centro Espírita Mansão da Paz, com o apoio da FEPI;

2007

• Sessão Solene na Assembléia Legislativa do Estado do Piauí, em homenagem aos 150 anos do Espiritismo;

2009

• Aprovação do atual Estatuto com alteração da composição da Diretoria para três Vice-Presidentes;

1992

2010

• 1º Seminário da Família, tendo como expositor Humberto Ferreira (GO);

• Criação do Núcleo de Atividades Internas–NAI, Campo experimental da FEPI;

2002

• Sessões solenes em homenagem ao Centenário de Chico Xavier, na Assembléia Legislativa do Estado do Piauí e nas Câmaras Municipais das cidades de Teresina, Parnaíba e Picos;

• A Prefeitura Municipal de Teresina, através do decreto 5270 de 1º de agosto, homenageia o médium Chico Xavier, dando-lhe nome de rua. A Rua Médium Chico Xavier está localizada no bairro Três Andares; • Concedida, à Federação Espírita Piauiense, pela Prefeitura Muni-

• A Federação Espírita Piauiense comemora os 60 anos da visita da Caravana da Fraternidade ao Piauí.


HISTÓRIA

Pioneiros do Espiritismo no Piauí

Satiro Castro Moreira Dedicado ao estudo da Doutrina Espírita, liderou um grupo de adeptos em Amarante, onde fundou o primeiro Centro Espírita do Piauí denominado “Fé, Esperança e Caridade”. Dirigiu o primeiro jornal espírita do Estado – “A Cruz”, editado naquela cidade de 1902 a 1907.

Alarico José da Cunha

capital o trabalho de fundação dos Centros Espíritas Irmão Adriano, Bezerra de Menezes e Wantuil de Freitas. Foi um dos fundadores da Federação Espírita Piauiense, participando da primeira diretoria como segundo secretário. Exerceu também o cargo de presidente da FEPI no período de 1970 a 1972.

Fundou em 1918, o Centro Espírita “Perseverança no Bem”, na cidade de Parnaíba, o segundo Centro Espírita criado no Piauí. Dirigiu o jornal espírita “O Consolador”, editado naquela cidade. Foi um dos responsáveis pela expansão do Espiritismo no Estado do Piauí

Firmina S obreira Cardoso Presidente do primeiro Centro Espírita constituído em Teresina em 1927, denominado Centro Espírita “Amor e Caridade”. Foi responsável pela dinamização do Movimento Espírita na Capital do Estado, juntamente com os confrades Francisco de Paula e Silva, Raul Dantas Cunha, Joaquim Câmara da Cunha, Pedro Conde, dentre outros.

João Rodrigues Vieira (Joca Vieira) Integrou-se ao primeiro grupo espírita do Piauí na cidade de Amarante. Teve participação ativa no Movimento Espírita do Piauí. Em Teresina, foi presidente do Centro Espírita Piauiense, de 1931 a 1950. Foi também presidente da Federação Espírita Piauiense – FEPI, desde a sua fundação em 1950 até 1969. Dirigiu o jornal “Piauí Espírita”, órgão do Centro Espírita Piauiense.

Heli da Rocha Nunes Dedicou-se à causa espírita incansavelmente até o seu desencarne em 27/09/2010. No Centro Espírita Piauiense, foi secretário do grupo de mocidades espíritas e atuou ativamente na criação de outros grupos de mocidade em várias cidades do Estado. Foi idealizador e concretizador de diversos projetos em prol da caridade cristã. Fundou creches em Teresina e Picos para atender crianças carentes. Liderou na

Pedro de Moraes Britto Conde Foi um dos fundadores do Centro Espírita Piauiense. Orador fluente, sempre esteve a serviço da divulgação do espiritismo no Piauí. Fez parte da caravana que fundou, em Parnaíba, em 1956, O Centro Espírita “Humberto de Campos” e uma Escola da Juventude.

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ARTIGOS

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ARTIGOS

Chico Xavier, um centenário de amor e de luz

Dos rincões do Piauí, escutamos o seu eco e acompanhamos os seus gestos, sua mansuetude, sua pureza, sua bondade e sua firmeza, e a História saberá guardar a sua memória e a sua diferença rumo à regeneração.

Maryneves Saraiva de Arêa Leão*

O presente artigo se apresenta, no cenário do centenário de Chico Xavier, como mais um esforço de registrar o reconhecimento das ações de um homem da nossa contemporaneidade, porém, em tudo, além do seu tempo. É sobre Chico Xavier, do seu centenário de Amor e de Luz de 1910 a 2010 que iremos refletir neste artigo; o homem, a sua época, sua trancendência e o seu testemunho de amor a Jesus. Trabalharemos com a própria obra mediúnica de Chico Xavier, com estudos e reflexões de muitos que se desbruçaram para não perder suas palavras, suas atitudes e orientações, com vista aos registros íntimos e ao resgate dessa memória para as gerações futuras. Portanto não há intenção de apresentarmos novidades e, sim, reconhecermos que por o todo Brasil, cuja missão é a de “Coração do Mundo Pátria do Evangelho”, se espalham as lições dessa parceria de Amor, no que se refere às cartas vivas do mestre Jesus, Emmanuel e Chico Xavier, através da farta obra literária que aqui destacamos: Interpretando as Lições do Evangelho: Caminho, Verdade e Vida, Pão Nosso, Vinha de Luz, Palavras de Vida Eterna. Refletindo em torno da Codificação, citamos: Religião dos Espíritos, Seara dos Médiuns, Livro da Esperança, Justiça Divina, Opinião Espírita. No que se refere à obra romanceada, destacamos: Paulo e Estevão, Há Dois Mil Anos, Ave Cristo e Renúncia. O período tratado neste artigo é um século que representa a nascente fase republicana brasileira, trazendo consigo a fase de autonomia da nova Nação marcada ainda por uma herança de Nova Aurora |

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ARTIGOS

Cena do filme “Chico Xavier”, de 2010, com direção de Daniel Filho.

relação escravocrata, profundas desigualdades sociais, elevado percentual de anafalbetismo e uma experiência autoritária no exercício do poder político. Mas a nova Nação guardava consigo a centelha de uma missão espiritual da expressão do Mestre, registrada na obra “Brasil Coração do Mundo, pátria do Evangelho” pelo espírito de Humberto de Campos, ao expor que: “Para esta terra maravilhosa e bendita será transplantada a árvore do meu evangelho de piedade e amor”, sinalizando para o laboratório multi-racial com vistas ao aprendizado da verdadeira fraternidade que o nosso Chico tão bem exemplificou. O menino Chico cresce, desafia sua época, ensina com a sua própria vida, que é possivel superar todas as condições adversas, fragilidade de saúde, limitações familiares, como bem caracteriza o historiador José Murilo de Carvalho, o perfil de um “cidadão simples”, e sair da perspectiva determinante de não cumprir o programa traçado por limitações temporárias, avançando rumo à luz das estrelas que bem caracterizou a sua pregação no cenário da natureza. Ele, que foi recordista na produção de obras mediúnicas literárias, recordista no exemplo de 36

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O primeiro livro psicografado por Chico Xavier trazia vários poetas da língua portuguesa, com seus estilos inconfundíveis.


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Deixou plantadas, na memória individual e coletiva, as lições imorredouras do seu coração, e por tudo isso, o seu centenário merece ser lembrado e vivido porta a dentro de nossa alma. Amor ao próximo, recordista no consolo às mães desesperadas, recordista no reconhecimento público, a verdade acordando consciências; é por tudo isso e algo mais que nossa pequenez não pode captar, que amor e luz é o seu sobrenome. Amou, amou muito, amou tanto que, para alguns, foi considerado um tolo pelo desapego material além de esquisito por não contemporizar nem por um minuto com interesses que contrariassem o Evangelho do Cristo de Deus. Deixou plantadas, na memória individual e coletiva, as lições imorredouras do seu coração, e por tudo isso, o seu centenário merece ser lembrado e vivido porta a dentro de nossa alma, para que as gerações futuras tomem conhecimento de que no século XX um homem AMOR E LUZ chegou de mansinho e no século XXI partiu como um vitorioso, rumo ao infinito. Concluímos, com as palavras do Espírito de verdade, que bem se aplicam ao nosso Chico, ao fim da jornada terrena, e de cá ficamos a imaginar o seu encontro com o Mestre e o convite amoroso “ Vinde a mim, vós que foste um bom servidor”. Dos rincões do Piauí, escutamos o seu eco e acompanhamos os seus gestos, sua mansuetude, sua pureza, sua bondade e sua firmeza, e a História saberá guardar a sua memória e a sua diferença rumo à regeneração. E, para muitos, será sempre : Chico Amor, Luz, Xavier. Gratidão para sempre. * Vice-Presidente da Sociedade Espírita Cantinho de Luz Fabiano de Cristo.

Imagem do jovem Chico Xavier.

Referências KARDEC, Allan, O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. Rio de Janeiro: FEB, 2008 GOMES, Saulo (org.) Pinga Fogo com Chico Xavier. Catanduva-SP: Intervidas, 2010. BACCELLI, Carlos A. 100 Anos de Chico Xavier: fenômeno humano e mediúnico. Uberaba, Minas Gerais: Livraria Espírita Edições “Pedro e Paulo”, 2010. BRASIL, Coração do Mundo Pátria do Evangelho. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Nova Aurora |

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ARTIGOS

Homenagem a Chico Xavier O nome Chico Xavier significa Fé, Saber, Espírito, Amor e Caridade. Dentre essas qualidades, a caridade assume todo o seu nome e o seu modo de ser e de viver a mediunidade com Jesus e com Kardec.

Ruth Meireles Barros* 38

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No centenário de Chico Xavier, nós, trabalhadores da Federação Espírita Piauiense – FEPI, manifestamos nosso preito de gratidão a esse médium de Deus, que dedicou toda a sua vida para desenvolver seu mandato de amor, com disciplina, no cumprimento de suas obrigações para com Deus e o próximo. O nome Chico Xavier significa Fé, Saber, Espírito, Amor e Caridade. Dentre essas qualidades, a caridade assume todo o seu nome e o seu modo de ser e de viver a mediunidade com Jesus e Kardec. Na prática da caridade, Chico exercitou a humildade e todo o amor que sempre nutriu pela humanidade, oferecendo luz através da psicografia dos livros que escreveu, iluminando o mundo material, libertando o homem da ignorância e despertando-o para um futuro espiritual glorioso. O “Piauí Espírita”, como assim ele chamava, agradece a Deus pela oportunidade de ter partilhado da atenção e da oração desse nobre espírito de tamanha luminosidade, incansável divulgador da Doutrina Espírita. Chico! Somos profundamente gratos pela oportunidade concedida por Deus de sua existência, como servo fiel e dedicado que muito contribuiu para a construção de um mundo de paz, fraternidade e justiça.


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O pensamento vivo de Chico Xavier “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.

“Antes de sermos bons ou maus para todos, somos bons ou maus para nós mesmos.” *** “Uma das mais belas lições que tenho aprendido: não julgar, definitivamente. Não julgar a quem quer que seja”.

“Lembra-te de que falando ou silenciando, sempre é possível fazer algum bem. Deixe algum sinal de alegria, onde passes.”

“No exercício da caridade estamos no exercício de todas as nossas faculdades espirituais...”

“Nenhuma atividade no bem é insignificante. As mais altas árvores são oriundas de minúsculas sementes”. ***

“Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar”. Nova Aurora |

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ARTIGOS

Lições fraternas Não basta somente ler as obras espíritas; é essencial refletir sobre elas, trabalhar o pensamento, raciocinar o conteúdo das leituras, exercitar e colocar em prática o conhecimento adquirido em qualquer lugar onde formos convocados a testemunhar a nossa fé. A literatura espírita é vasta em livros que esclarecem, orientam e iluminam seus leitores a despertarem para uma vida feliz, preparando o espírito para futuras existências no plano material e espiritual. O leitor, cada vez mais, fica esclarecido de que a morte ou desencarne não promove os espíritos a patamares mais elevados. O espírito encarnado precisa estudar e trabalhar muito com a finalidade de se libertar da inferioridade espiritual em que se encontra. Não basta somente ler as obras espíritas; é essencial refletir sobre elas, trabalhar o pensamento, raciocinar o conteúdo das leituras, exercitar e colocar em prática o conhecimento adquirido em qualquer lugar onde formos convocados a testemunhar a nossa fé. Pela necessidade de uma convivência mais pacífica, harmoniosa e saudável, o mundo precisa de fraternidade para que possa ser visto pelos homens com um olhar de bondade e para que sejam usufruídos os frutos resultantes da prática do bem, sem violência, sem disputa, sem maledicência, sem ódio ou rancor. Jesus ensinou a humanidade a ser mais fraterna, quando participou da ceia com seus

Ruth Meireles Barros* 40

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discípulos, dividindo fraternalmente o pão que simbolizava comunhão e união de ideias e pensamento. No milagre da multiplicação de pães, saciou a fome de todos os que lá estavam, distribuindo o alimento material sem fazer discriminação. Ao percorrer cidades, vilas, vilarejos, Jesus, por onde passou, pregou o Evangelho e disseminou as verdades espirituais para a emancipação da humanidade pela Lei do Amor. Depois, veio Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, que através de O Evangelho Segundo o Espiritismo e das outras obras básicas, trouxe aos homens o conhecimento que facilitou o entendimento e a vivência das leis morais, visando a sua mudança comportamental. Mais recentemente, surgiu Chico Xavier, como médium de Deus. Sempre de coração amoroso, dedicou-se ao bem do próximo e enfrentou as provas da vida como oportunidade de evolução através do exercício da sua mediunidade. Foi nosso contemporâneo e demonstrou com o seu exemplo o modo de viver as lições vividas de amor, de caridade e de fraternidade, sempre disposto a entender a tudo e a todos, mesmo diante dos testemunhos mais dolorosos. Pelo seu comportamento, pelas


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Ao percorrer cidades, vilas, vilarejos, Jesus, por onde passou, pregou o Evangelho e disseminou as verdades espirituais para a emancipação da humanidade pela Lei do Amor. suas obras, ensinou as formas que encontrou para enfrentar seus limites, quando agredido, caluniado ou criticado, respondendo sempre com o bem, para que este advogasse a seu favor, evitando os melindres, as queixas devido à consciência do seu dever a cumprir como

trabalhador de Jesus, a quem deveria prestar contas da missão que lhe fora confiada. Durante sua existência, exercitou a tolerância, a paciência, a bondade para com aqueles com quem conviveu, na certeza de que com a semente plantada, os frutos seriam colhidos no tempo certo. Entendemos, assim, que somente pelos nossos atos de amor haveremos de ser felizes. Só o amor possui o antídoto para anular os terríveis acontecimentos que fazem parte da necessidade da evolução.

* Segunda Secretária da FEPI. Nova Aurora |

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ENTREVISTA

Kátia Marabuco Kátia Marabuco é espírita e atual Presidente da Associação MédicoEspírita do Piauí. Nessa entrevista, concedida a José Rodrigues Alves Filho Diretor do Departamento de Comunicação Social Espírita, ela fala sobre a AME e sobre os 60 anos da FEPI. Nova Aurora: Kátia Marabuco, o que é a Associação Médico-Espírita do Piauí? Kátia Marabuco: Bem, a Associação Médico-Espírita do Piauí é uma associação civil, de direito privado, de caráter científico, beneficente e cultural, sem finalidade lucrativa e com prazo de duração indeterminado. E qual a missão da AMEPI? A missão da AME é o estudo da Doutrina Espírita e sua fenomenologia, codificada por Allan Kardec, através de investigações e experiências, buscando sua integração e aplicação nos campos da filosofia, religião e das ciências, notadamente na área médica, bem como a difusão e expansão do movimento MédicoEspírita a outras classes de profissionais liberais e ao meio espírita em geral, através de palestras, atividades, publicação do Boletim Mé42

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ENTREVISTA

A Associação Médico-Espírita do Piauí, é uma associação civil, de direito privado, de caráter científico, beneficente e cultural, sem finalidade lucrativa e com prazo de duração indeterminado.

dico-Espírita e outras que se fizerem necessárias. Podemos, também, acrescentar a criação e organização de instituições hospitalares, ambulatoriais e tantos outros serviços quantos se façam possíveis e necessários para a congregação dos ideais espíritas na área médica. Além das atividades cotidianas da AME-PI, quais os principais projetos da associação que a senhora gostaria de enfatizar? Em primeiro, quero destacar a construção – que já está adiantada – da Fundação Espírita Maria de Nazaré, que tem como ação central o ambulatório Maria de Nazaré, na Vila Bandeirantes II, em Teresina. Assim que for inaugurada irá oferecer uma série de serviços ambulatoriais à comunidade carente daquela região. E, em segundo, desejo destacar a organização da Jornada Médico-Espírita do Piauí, que será realizada de 19 a 21 de agosto de 2011, no Rio Poty Hotel, cujo tema central será “As

Leis Morais e a Saúde”, com a participação de experientes expositores espíritas de diferentes estados brasileiros. Faça um comentário sobre a FEPI ao longo dos 60 anos de atuação no Movimento Espírita Piauiense. Gostaria, em nome da AME-PI, de parabenizar a Federação por essa longa jornada de serviços prestados à comunidade piauiense, na coordenação do Movimento Espírita do Estado, através da articulação com os Centros Espíritas e a sociedade em geral. Assim, congratulações à FEPI e a todos os que participam das suas atividades.

Para saber mais: www.katiamarabuco.com.br amepiaui.blogspot.com www.amebrasil.org.br Nova Aurora |

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MENSAGEM

St. Maurice, cavaleiro e comandante da Legião Romana Tebana.

De autoria do Cruzado n° 7.827, 2° Ten R/1 Luiz Carlos Tona Núcleo de Barra Mansa da Cruzada dos Militares Espíritas 44

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MENSAGEM

Mensagem Maurícia/2010 “Nós somos teus soldados, oh! Imperador, mas acima de tudo servidores de Deus. Nós te devemos obediência militar, mas a Ele devemos nossa inocência. Nós preferimos morrer inocentes que viver culpados.” Esta frase, encontrada junto ao altar da Capela do Martírio, em Vérolliez, Saint Maurice, Suíça, é atribuída ao Legionário Maurício, dirigida ao Imperador Maximiniano, quando da sua recusa, pela segunda vez, de prestar ritos sacrificiais pagãos aos deuses romanos e ao próprio Imperador, no comovente e significativo episódio da dizimação da Coorte Auxiliar Tebana, como é conhecida a tropa comandada por Maurício. No ano 286 da nossa era, torna-se notável o fato de que uma Coorte integrada por homens oriundos do Oriente, mais precisamente de Tebaida (donde o nome Tebana, dado àquela tropa), na região do Alto Egito, enquadrada nos exércitos de Roma, pudesse constituir-se de militares cristãos e fortemente envolvidos com o Evangelho de Jesus, demonstrando firme consciência quanto à existência do Deus Único e a separação da ordem material e da ordem espiritual. Tratava-se de uma força organizada, adestrada e equipada para combater, subordinada ao Imperador, mas conscientemente a serviço de Deus. Na relembrança daqueles fatos, a recusa de Maurício e de seus comandados em participarem dos cultos e rituais solenes, costumeiramente oferecidos aos deuses pagãos e aos próprios governantes romanos antes dos combates, deveu-se ao alto grau de espiritualidade e entendimento evangélico por parte daqueles militares cristãos sob as ordens de Roma. Aceitar seria a negação da sua fé fortalecida e ampliada na compreensão dos ensinamentos de Jesus. Compreendiam o Imperador Maximiniano como seu comandante temporal, circunstancial, e encontravam em Deus a autoridade permanente de um Pai Soberano e Justo, sob cujo amparo todos nós nos encontramos na condi-

ção de filhos irmanados numa mesma busca pela perfeição moral e espiritual, evoluindo todos por caminhos diferentes, que nos conduzirão ao mesmo destino. Em decorrência dessa recusa, o Imperador Maximiniano ordenou a morte de toda a tropa, após duas tentativas de intimidação por dizimação, ou seja, o sacrifício de um militar em cada grupo de dez. As palavras de Maurício ao Imperador nos remetem à resposta de Jesus, depois de açoitado e flagelado, a Pilatos, quando este perguntou ao Mestre, buscando intimidá-lo: “Não sabes que tenho poder para te libertar e para te crucificar?”, tendo ouvido do Divino Amigo: “Não terias poder algum sobre mim, se do Alto não te fora dado” (João, 19:10 e 11). Foi um momento de escolha entre a continuidade da vida efêmera e a realidade do espírito imortal. Eram combatentes, estavam armados e equipados, e como tal poderiam reagir, lutando pela própria vida, mesmo sabendo da inutilidade de tal ato diante do poderoso contingente romano que os cercava. Talvez tivessem percebido, os Legionários de Maurício, que uma reação pelas armas apenas retardaria o seu aniquilamento e serviria somente para derramar sangue inocente, de outros irmãos de armas, que se apresentavam, naquele instante, equivocados e distanciados da Verdade e comprometidos com a ilusória realidade de uma época. Acresce-se aos fatos, que aqueles Legionários da Tebaida conheciam as prerrogativas dadas aos cristãos que renegassem sua crença e prestassem uma homenagem, simples que fosse, às divindades romanas para que pudessem ser imediatamente perdoados pelo poder imperial. Preferiram o martírio com fidelidade a Jesus, deiNova Aurora |

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MENSAGEM

xando para nós exemplos de fé e bom ânimo para a condução de nossas atividades e sentimentos cristãos. O Cristianismo, hoje, não precisa de mártires para consolidar-se nos corações humanos. As religiões cristãs buscam todas, e ao seu modo, a interpretação e o entendimento adequado ao atual estado de compreensão dos seus seguidores, prestando, todas elas, seus serviços ao Cristo, quer na divulgação da Sua mensagem, quer na atividade de assistência aos mais necessitados, conforme marcantes exemplos tão conhecidos por nós. O Espiritismo, na sua missão de Consolador prometido por Jesus, nos descortina um panorama amplo e coerente da existência, relembrando e esclarecendo aspectos esquecidos dos ensinos do Mestre revelando a realidade de um mundo onde coexistem diferentes dimensões da Vida, onde evoluímos em processos de aprendizado permanente através da reencarnação, habitando essas diversas dimensões de acordo com a nossa necessidade e o nosso merecimento. Não mais existe a Morte, mas sim a Vida Verdadeira, nas vivências sucessivas a que Deus nos conduz, como oportunidades valiosas, pela Sua Bondade e pela Sua Justiça. O Céu e o Inferno só existem dentro de nós mesmos, de acordo com o nosso proceder e os nossos sentimentos, ajustados na divina Lei de Causa e Efeito, segundo a qual sempre colhemos aquilo que plantamos, podendo, assim, compreender as causas atuais e anteriores das nossas aflições e buscar a reparação dos nossos erros. O Espiritismo vem nos esclarecer que a vida é trabalho, é busca, é progresso em todos os planos da existência. Vem responder aos nossos questionamentos mais transcendentais, mostrando-nos de onde viemos e para onde iremos, nos fazendo compreender quem 46

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somos. Vem nos mostrar a tênue linha de fronteira que separa os mundos material e espiritual. Vem, além de nos consolar e confortar, nos dar confiança para prosseguir nas nossas lutas diárias, demonstrando, a cada instante, que nunca estamos sós ou desamparados. Irmãos e companheiros, militares e civis, homens e mulheres envolvidos com a causa do Cristo nas atividades da Cruzada dos Militares Espíritas, hoje, 22 de setembro, data assinalada pela tradição como sendo a do martírio da Coorte Auxiliar Tebana no ano 286, reunimo-nos de forma simples e modesta, em quartéis, embarcações, núcleos ou outros espaços, sem pompa ou solenidade, mas respeitosamente, com o coração em festa por podermos prestar essa homenagem e nosso reconhecimento a Maurício e seus Legionários, que pela sua coragem e ideal cristãos, acrescentaram, aos exemplos de outros luminares do Cristianismo, as condições para que possamos nos reunir em torno deste mesmo ideal, buscando progredir no caminho da verdadeira vida indicado por Jesus. Mesmo tratandose de espírito de grande elevação, nosso Patrono acompanha todas as nossas atividades, representado por seus mensageiros e auxiliares que integram hoje uma nova e grandiosa Legião, da qual fazemos parte, certamente como colaboradores humildes e necessitados, mas que buscamos nossa regeneração, nossa auto-transformação, à luz dos princípios evangélicos ensinados por Jesus e vivenciados por Maurício. Que também hoje possamos merecer o amparo de Jesus e a companhia desses incansáveis companheiros do Alto que vêm prestar serviços ao Evangelho do Mestre nas pacíficas e amorosas atividades da nossa Cruzada. “Nossa arma é o Amor”. Que o seja sempre.


Entidades espíritas especializadas no Piauí

A CRUZADA DOS MILITARES ESPÍRITAS, designada pela sigla CME, é uma associação sem fins lucrativos, fundada em 10 de dezembro de 1944, sob o patrocínio do Capitão Maurício, mártir do cristianismo no ano de 286 da era cristã, com a finalidade de estudo, prática e difusão do Espiritismo, conforme definido na codificação kardequiana. A CME se faz presente em todo o território brasileiro nas três Forças Armadas, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, operacionalizando sua atuação através de seus Representantes, Delegados, Núcleos e Grupos de Estudos Doutrinários (GEDs). No Piauí, a CME iniciou suas atividades no dia 29 de agosto de 1996, com a instalação do 1º GED da Companhia de Guardas Palácio do Governo (GED/CGPG), no bairro Pirajá. Atualmente, o grupo funciona no Hospital da Polícia Militar (GED/HPM), em Teresina-PI. A ASSOCIAÇÃO MÉDICO-ESPÍRITA DO PIAUÍ – AME-PI foi fundada em 08 de dezembro de 1994, tendo como sócios fundadores médicos espíritas devidamente registrados no Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí. A AME-PI funciona em Teresina, à Rua Joca Vieira, 1269, Bairro de Fátima.

A ASSOCIAÇÃO DE DIVULGADORES DO ESPIRITISMO DO PIAUÍ – ADE/PI, fundada em 10 de setembro de 2007, é uma instituição cujas finalidades são o estudo, a prática e a difusão das ideias espíritas por meio de comunicação social, de forma profissional e qualificada. A ADE-PI tem caráter cultural, filosófico, científico, religioso, artístico e social, com conceitos, conhecimento, ideias e práticas que possam ajudar o ser humano a se tornar melhor, de acordo com os princípios apresentados pela Doutrina Espírita. A ADE-PI funciona em Teresina, localizada à Rua Rui Barbosa, 68, Sala 613, 6º andar, no Centro da Capital. Contato no Piauí, Cel, J. Oliveira. E-mail: jota.oliveira@hotmail.com

INSTITUTO DE CULTURA ESPÍRITA DO PIAUÍ – O Instituto de Cultura Espírita – ICEPI, fundado em 27 de junho de 2009, é uma organização religiosa, sem fins lucrativos, tem como missão contribuir com a preservação da memória e da documentação histórica do Espiritismo no Piauí, a constituição de um acervo e o apoio e incentivo ao estudo, à pesquisa e à divulgação do Espiritismo. O ICEPI desenvolve suas atividades através dos departamentos: do Livro Espírita, de Pesquisa e Documentação e de Comunicação Social. Funciona, atualmente, na sede da Federação Espírita Piauiense, à Rua Olavo Bilac, 1394, em Teresina-PI. Acesse: www.icepi.blogspot.com E-mail: icepi.piaui@yahoo.com.br Nova Aurora |

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Casas Espíritas do Piauí Teresina Associação Piauiense Espírita Langerton Neves Casa Espírita Francisco de Assis Centro de Estudos Espíritas Anália Franco Centro Espírita Casa da Luz Centro Espírita A Caminho da Luz Centro Espírita Bezerra de Menezes Centro Espírita Casa do Caminho Centro Espírita Concórdia Centro Espírita De Caridade Centro Espírita Felinto Martins Centro Espírita Irmão Adriano Centro Espírita Joca Vieira Centro Espírita Lar da Caridade Centro Espírita Lar de Jesus Centro Espírita Lar Rosa Maria Centro Espírita Mansão da Paz Centro Espírita Nosso Lar Centro Espírita Paulo de Tarso Centro Espírita Ponto de Luz Centro Espírita Wantuil de Freitas Comunidade Espírita Joana Angélica Fraternidade Espírita André Luiz Fraternidade Espírita Caminhando Com Jesus Fraternidade Espírita Cristo de Deus Fundação Dr. Adolpho Bezerra de Menezes Grupo Espírita Irmãos Fraternos Grupo Espírita Professor Camaño Lar Espírita Casa do Samaritano Lar Espírita Semeador do Evangelho Sociedade de Estudos Espíritas de Teresina Sociedade Espírita João Nunes Maia Sociedade Espírita Luz do Porvir Soc. Espírita Cantinho de Luz Fabiano de Cristo Sociedade Espírita Casa de Oração e Caridade Luz de Nazaré

Luzilândia Centro Espírita Allan Kardec Núcleo Espírita Bezerra de Menezes

Palmeirais Centro Espírita Irmão da Caridade

Esperantina Centro Espírita Chico Xavier

Barras Centro Espírita Nosso Lar

Batalha Grupo de Estudo Espírita Lar da Caridade Maria de Nazaré

José de Freitas Centro Espírita Casa de Ismael

Demerval Lobão Centro Espírita Boa Vontade

Altos Centro Espírita Irmã Clara

Campo Maior Centro Espírita Caridade e Fé

Castelo do Piauí Grupo de Estudos Espíritas Mensageiros de Luz

Uruçuí Grupo de Estudos Espíritas de Uruçuí

Colônia do Gurguéia Centro Espírita Chico Xavier

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Parnaíba Centro Espírita a Caminho da Luz Centro Espírita Alarico da Cunha Centro Espírita Caridade e Fé Centro Espírita Chico Xavier Centro Espírita Humberto de Campos Centro Espírita Perseverança no Bem Centro Espírita Semente Cristã Centro Espírita Vida e Progresso Grupo de Estudos Espíritas “Bezerra de Menezes

Piracuruca Casa Espírita Seara de Cristo

Piripiri Centro Espírita Caminho da Luz

Pedro II Grupo Espírita de Pedro II

Alto Longá Casa do Pão Francisco Cândido Xavier Centro Espírita Mensageiro da Paz

Valença do Piauí Centro Espírita Caminho e Vida

Amarante Sociedade Espírita Lar Amor de Maria

Elesbão Veloso Sociedade Espírita Amor de Ismênia”

Floriano Grupo Fraternidade Espírita Allan Kardec Grupo Fraternidade Espírita Ângelo Francisco

Pio IX Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes

Picos Centro Espírita Chico Xavier Centro Espírita Francisco de Assis Centro de Estudo e Assistência Espiritual Centro Espírita Bezerra de Menezes

Jaicós Grupo Espírita Seara de Luz

O ESPIRITISMO ESTÁ PRESENTE NO PIAUÍ EM

27 CIDADES 74 CEs

São João do Piauí Sociedade de Estudos Espíritas Sanjoanense

Simplício Mendes Grupo de Fraternidade Espírita a Caminho da Luz

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Composição dos Conselhos / Diretorias GESTÃO 2010 a 2012 CONSELHO DELIBERATIVO

DIRETORIA DEPARTAMENTAL

Osmarina Oliveira da Silva Pires Presidente

Pedro Bispo de Miranda Filho Maria de Jesus Silva Evany Gomes de Oliveira Cristina Maria de Sousa Miranda Edite Maria de Morais Malaquias Raul Sérgio Aragão Ventura Maria da Graça Oliveira Luiz Gonzaga Pires CONSELHO FISCAL

Diretora: Osmarina Oliveira da Silva Pires Maria da Graça Oliveira

Coordenações de Áreas: Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Mairla Menezes Lopes Teles Atendimento Espiritual Leda de Jesus Fontineli Sousa

Maria de Jesus Silva

Chrystianne Matos de Paiva Deuselina de Sousa Freitas Bernardino Pereira Andrade DIRETORIA EXECUTIVA Presidente

NÚCLEO DE ATIVIDADES INTERNAS – NAI

Cristina Maria de Sousa Miranda

Estudo e Educação da Mediunidade Luiz Gonzaga Pires Evangelização da Infância e da Juventude Leiliane Gomes Ribeiro

1º Vice-Presidente

Assistência e Promoção Social Espírita Maria das Mercedes de C. Gomes

2º Vice-Presidente

Divulgação Doutrinária Deuselina de Sousa Freitas

Rosa Maria da Silva Araújo José Lucimar de Oliveira Ornálio Bezerra Monteiro

Pedro Bispo de Miranda Filho

3º Vice-Presidente

Antonio Edson Saldanha Alencar Antonio Eudes de Araújo Lima

Marcos David da Silva Nery 1º Secretário

Raul Sérgio Aragão Ventura

Ozélia Cerqueira de Carvalho

2º Secretária

Ruth Meireles Barros 1º Tesoureiro

Jorge Luiz Freitas de Oliveira 2º Tesoureira

Ana Maria Martins Pereira

ASSESSORIA JURÍDICA

José Rodrigues Alves Filho




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