PCGUIA
BOOKLET 3G EXPERIMENTÁMOS O PRIMEIRO PORTÁTIL DA NOKIA
EXCLUSIVO ASUS G51 3D
JANEIRO 2010
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PCGUIA TECNOLOGIA SEM LIMITES
I
CHEGARAM OS JOGOS A TRÊS DIMENSÕES
JANEIRO DE 2010
I
WWW.PCGUIA.PT
LIGUE A SUA CASA À INTERNET •
LIGUE A SUA CASA À INTERNET
• • • •
TIPO DE REDE: COM OU SEM FIOS? HARDWARE NECESSÁRIO CONFIGURAÇÃO DE ACESSO À NET CRIAÇÃO E PROTECÇÃO DA REDE WIRELESS TESTE A 8 MODEM/ROUTERS ADSL WI-FI
AS MELHORES DICAS PARA O WINDOWS 7 ESCOLHA UMA MOTHERBOARD À SUA MEDIDA
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VOLUME II
SAIBA COMO RECUPERAR PALAVRAS-CHAVE PERDIDAS
Nº 170 | 4,50 (CONT.)
UMA REVOLUÇÃO NO MUNDO DOS VIDEOJOGOS?
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DX11
EDITORIAL
MELHOR REVISTA DE TI EM 2008 Director Pedro Tróia Redacção João Trigo (Editor) Susana Esteves, João Pedro Faria, Carlos Marçalo, Cláudia Sargento, Luísa Dâmaso, Lurdes Marujo [Secretária de Redacção) lurdesmarujo@revistas.cofina.pt, Teresa Resende (Revisão) Arte Hélio Falcão (Director Adjunto) e Teresa Silva Colaboradores – Texto Susana Rodrigues, Patrícia Grilo, José Luís Porfírio, Paulo Barbosa, Artur Martins, Leonel Miranda Imagem Helder Oliveira/Agência Who (ilustração da capa), António Moutinho, Vitor Gordo (fotos) Produção Gráfica Carlos Dias (Coordenador), Jorge Fernandes, José Carlos Freitas, Paulo Glória, Paulo Fernandes, Carlos Campos e Fátima Mesquita (Assistente) Circulação Madalena Carreira (Coordenadora), Jorge Gonçalves e Denise Amorim Publicidade Virgínia Melo virginiamelo@revistas.cofina.pt (Directora Comercial de Divisão); Daniela Correia danielacorreia@pcguia.cofina.pt (Gestor de Conta); Fátima Malaca fmalaca@revistas.cofina.pt (Coordenadora de publicidade), Rute Dias rdias@revistas.cofina.pt e Susana Fernandes susanafernandes@cofina.pt (Assistentes de Publicidade) Marketing Sónia Santos, Miguel Barreto, Susana Ventura (Assistente) Assinaturas Margarida Matos email assine@cofina.pt Linha de Apoio a Assinaturas Sandra Sousa, Ana Pereira e Filipa Cerqueira Telefone directo 213 307 777, Av. João Crisóstomo, 72, Galeria, 1069-043 Lisboa Venda de Edições Anteriores Caso pretenda adquirir números anteriores desta revista contacte o 219 253 248 ou revistasanteriores@revistas.cofina.pt
REDES DOMÉSTICAS
Pedro Troia director troia@pcguia.cofina.pt
O número deste mês foca as redes no tema de capa. Quase todas as pessoas que querem ter uma rede doméstica, querem-no principalmente porque têm mais do que um computador em casa e precisam que todas as máquinas estejam ligadas à Internet ao mesmo tempo. A maioria dos serviços de acesso à Internet já inclui um router sem fios para fazer isso mesmo. O problema é que, com frequência, os routers oferecidos pelas operadoras são modelos antigos ou de baixa gama que podem gerar alguns problemas de velocidade ou de segurança. Assim, este mês fizemos um teste em grupo a routers disponíveis em Portugal com o intuito de lhe mostrar que existem opções muito melhores do que as oferecidas pelos operadores de acesso à Internet. Neste mesmo artigo mostramos como pode construir a sua rede, torná-la mais segura e tudo o que pode fazer para além de partilhar o acesso à Internet. Um dos produtos que me deram mais gozo testar para este número foi o portátil com sistema de vídeo 3D da Asus. Este sistema funciona muito bem, dando uma percepção de profundidade de campo muito boa. Só é pena que o meu monitor caseiro não tenha a capacidade de reproduzir conteúdos em 3D...
Distribuição de Assinaturas JMToscano, lda. Tel: 214 142 909; Fax: 214 142 951; jmtoscano.com@netcabo.pt Pré-impressão GRAPHEXPERTS, Lda., Av. Infante Santo, 42, 1350-179 Lisboa, e-mail: revistas@graphexperts.pt Impressão Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas, S.A., Rua Consiglieri Pedroso, 90-Casal de Santa Leopoldina-2745-553 Queluz de Baixo Capa Printover fornecido por Sarriópapel Distribuição VASP – Soc. de Transportes e Distribuição, Lda, Complexo CREL – Bela Vista/Rua da Tascoa, 4.º Piso – Massamá – 2745 Queluz
Edirevistas Sociedade Editorial, S.A. grupo Cofina Media – SGPS, SA Conselho de Administração Paulo Fernandes (Presidente), João Borges de Oliveira, Luís Santana, Laurentina Martins e António Simões Silva Directora de Arte Sofia Lucas Directora Comercial Olga Henriques Director de Produção Avelino Soares Directora de Marketing Maria João Costa Macedo Director Comercial Online José Manuel Gomes Director de Informática Rui Taveira Director de Recursos Humanos Nuno Mariz Directora Administrativa e Financeira Alda Delgado Director de Assinaturas João F. Almeida Director de Circulação Mário Rosário Directora de Research Ondina Lourenço Sede: Administração, Redacção, Publicidade: Avenida João Crisóstomo, 72, 1069-043 LISBOA. Telf.: 21 330 77 00; Fax: 21 330 77 99 Propriedade/Editora • EDIREVISTAS - SOCIEDADE EDITORIAL, SA • Capital social: e5.915.669 • CR.C.Lx n.° 500 061 130 • Contribuinte n.° 500 061 130 • Principal accionista: COFINA, SGPS, SA (99,46%) • N.º Registo E.R.C. 119 452 • Depósito legal: 97 116/96 • Tiragem média: 52 500 exemplares
ESTE MÊS... João Trigo editor joaotrigo@pcguia.cofina.pt
... foi mês de pesquisa de prendas de Natal, de forma a estar tudo comprado antes de a maioria das pessoas inundar as superfícies comerciais. Nada de compras tecnológicas (em casa de ferreiro...), mas algumas aquisições foram feitas em ciberlojas. Rendi-me finalmente aos encantos da PS3. Durante uma tarde, saltei da bateria do Band Hero para o comando da selecção portuguesa no Pro Evolution Soccer 2010. A ver pela experiência, vamos ser campeões na África do Sul.
Susana Esteves jornalista susanaesteves@pcguia.cofina.pt
... prometi a mim mesma não arrastar caixotes de tecnologia para as férias de Natal, numa tentativa de apenas aproveitar o que a Serra da Estrela tem para oferecer. Cumpri? Não. Estive a observar de perto o DJ Hero, mas não me encheu muito as medidas. Agora só falta experimentar a bateria, que faz mais o meu estilo (mas acho que não faz o estilo do meu Pai Natal). Estou apaixonada pelo Uncharted 2 (levei-o comigo de férias).
João Pedro Faria jornalista jfaria@pcguia.cofina.pt
...saiu-me a fava no bolo-rei, e das grandes – o portátil morreu. Curiosamente, foi o ecrã que deixou de responder volvidos quase quatro anos de vida. Menos mal, pois assim retira-se o disco, arranja-se uma caixa de 2,5” e ganha-se uma unidade de armazenamento externa. Parece que estava a adivinhar quando dizia que andava de olho nos netbook. Mas o dilema que já me perseguia antes de isto acontecer mantém-se: gastar 400 euros numa máquina limitada em alguns aspectos ou fazer um esforço adicional e comprar um ultraportátil, não só mais capaz mas também mais durável do ponto de vista da usabilidade? Ah, como eu adoro o Natal... PCGUIA
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ÍNDICE
36 Tema de capa
CRIE E CONFIGURE A SUA REDE DOMÉSTICA Regulares 6 14 16 18
Notícias Ciência & Tecnologia Lançamentos Entrevista
ASSISTÊNCIA TÉCNICA 84 Pergunte ao especialista SHOPPING 97 Sugestões
Banco de Testes 21 22 22 24 24 26 26 27 28 28 29 30 33
HARDWARE Asus G51J 3D Synology DS409 Slim D-Link DHP-303 Asus M246 Brother MFC-790CW Imac 27” Disco SSD Kingston 64 GB HP Photosmart Plus HP Pavillion Nokia Booklet 3G Intel Core i7 860 Radeon HD 5870 Vodafone 360
TECNOMUST 34 Nokia E72 34 Divoom iTour-10 4 | PCGUIA
34 Iogear USB Laptop KVM File Transfer 35 Panasonic Lumix FZ38 35 Microsoft Notebook Cooling Base 35 Memup K-Pearl
Guias SOFTWARE 62 Conheça o Windows 7 por dentro e por fora 72 Crie uma imagem ISO no Vista 73 Recupere passwords com o Ophcrack 74 Transforme cenários reais em miniaturas 76 DX11: A revolução há muito esperada HARDWARE 81 Escolha a motherboard certa para si
Entretenimento 90 92 93 93 94 96
Left 4 Dead 2 Football Manager 2010 FIFA 10 Pro Evolution Soccer 2010 Cities XL Lançamentos
PCGuiaPro 99 NOTÍCIAS 104 SOFTWARE DE GESTÃO Anubis entra no mercado norte-americano 106 FORMAÇÃO Instituto Piaget aposta na educação online 108 OPINIÃO O escritório invisível 110 HOTSPOT Distribuição explora novos negócios
SOFTWARE NOTÍCIAS PCGNotícias
MERCADO NACIONAL DE PORTÁTEIS CRESCE 30 POR CENTO EM 2009 A conclusão é do 4.º Observatório Toshiba. Os projectos de subsidiação foram o principal responsável De acordo com as projecções da Toshiba, vão ser mais de 1,3 milhões os computadores portáteis vendidos no ano de 2009, um valor que representa uma subida de 30 por cento quando comparado com o do ano anterior. Metade deste número diz respeito a máquinas comercializadas através dos planos criados pelo Governo e pelas empresas de telecomunicações (e-Escolas e e-Escolinhas). Só no programa e-Escolas, as vendas foram superiores a 300 mil unidades. Desde o arranque do projecto, já se venderam mais de 700 mil máquinas. Mas o motivo da subida não se esgota nas iniciativas do Executivo socialista. Entre as outras razões está o aumento das vendas de modelos netbook (aumento de 91%), que em 2009 apareceram em força no mercado português (representam já 21%) e o aumento da percentagem da penetração de portáteis nas vendas de computadores pessoais: em cada 10 computadores vendidos, apenas um é desktop, os restantes nove são laptops. Outra das conclusões do estudo tem que ver com a redução do preço médio por equipamento (calculado sem ter em conta os programas governamentais). Em 2009, o preço médio dos equipamentos baixou cerca de 20% para menos de 600 euros por máquina. A este facto não é alheio o crescimento das vendas de netbooks, computadores caracterizados por um baixo preço de venda ao público. Apenas se registou um aumento de unidades vendidas em segmentos com máquinas de valores inferiores a 500 euros (299 euros; 399 euros; 499 euros). Nos segmentos de preço superiores verificou-se uma redução nas vendas. De resto, as máquinas
vendidas por mais de 2000 euros representam menos de 1% do mercado. Um dado curioso tem que ver com o facto de, pela primeira vez desde que o observatório apresenta o estudo, existir uma comparação homóloga negativa. Em Agosto e Setembro de 2009 venderam-se menos computadores do que no mesmo período de 2008.
MERCADO CAI EM 2010 Jorge Borges, o responsável pelo Observatório Toshiba, avisa que 2010 vai ser um ano de quebra acentuada do mercado. De acordo com o director de Marketing do fabricante nipónico, o mercado poderá cair entre 20 a 25% – «uma perspectiva optimista» – e as vendas deverão atingir 1 milhão de unidades. A diminuição do ritmo das vendas tem que ver principalmente
com o facto de se assistir a uma redução no número de máquinas nos programas e-Escolas e e-Escolinhas, uma vez que grande parte dos alunos que participa nestes programas já tem o notebook e o Magalhães. Desta forma, o número de potenciais compradores é bastante mais reduzido. Além disso, ainda não é conhecido o rumo que o Governo vai dar às iniciativas na área educativa, pelo que se vai assistir a um compasso de espera. Se excluirmos os planos e-Escolas e e-Escolinhas, o mercado de notebooks irá crescer entre 5 e 10%. As razões apontadas por Jorge Borges são a natural renovação das máquinas, a crescente tendência para a adopção do Windows 7 por parte do mercado empresarial e o crescimento nas vendas do segmento de ultraportáteis. J.T.
INTEL QUER COLOCAR CHIPS NO CÉREBRO DOS UTILIZADORES De acordo com o site The Inquirer, a multinacional americana fez saber que está a estudar formas de utilizar as ondas cerebrais para controlar computadores, televisores e telefones móveis. O homem por detrás da ideia é Dean 6 | PCGUIA
Pomerleau, um trabalhador que pertence ao grupo que opera nas áreas de neurociência cognitiva, robótica e interfaces homem/máquina. A empresa pensa já em receber voluntários que não se importem de ter chips no cérebro para controlar
equipamentos informáticos. De resto, Dean Pomerleau fez saber que acredita que haverá uma fila de voluntários. «Imagine navegar na Net apenas e só com a força dos seus pensamentos...», sugere o responsável da Intel. J.T.
NOTÍCIAS
BREVES INTEL E AMD EM ACORDO EXTRAJUDICIAL
A Intel acordou pagar cerca de 834 milhões de euros à Advanced Micro Devices (AMD) para resolver finalmente a longa disputa legal que envolve patentes na área específica dos microprocessadores. Depois de uma longa guerra, as duas empresas acertaram extrajudicialmente a distribuição de direitos sobre patentes de licenças cruzadas durante um período de cinco anos.
YOUTUBE VAI TER LEGENDAS PARA SURDOS
O YouTube vai introduzir nos seus vídeos uma tecnologia de legendagem automática, inicialmente apenas em inglês. O teste ao serviço de legendagem automática vai ser aplicado em 13 canais, incluindo o do National Geographic, e ainda em alguns dos canais oficiais do próprio YouTube.
OCZ E SYMWAVE FIRMAM PARCERIA
A OCZ Technology Group anunciou que vai colaborar com a Symwave no desenvolvimento de soluções USB 3.0. Segundo as duas empresas, na próxima edição da feira Consumer Electronics Show, que decorrerá como habitualmente em Las Vegas em 2010, será possível ver alguns dos primeiros frutos desta parceria, que serão os primeiros discos SSD da OCZ com interface USB 3.0.
HDMI ULTRAPASSA DVI
De acordo com a In-Stat, a interface de ligação High-Definition Multimedia Interface (HDMI) está a tornar-se mais popular do que a Digital Visual Interface (DVI) também no mundo dos computadores pessoais, depois de se ter tornado no standard de facto para a electrónica de consumo. No mundo dos PC, a ligação HDMI começa a surgir sobretudo nos notebooks. 8 | PCGUIA
GOOGLE CONFIRMA CHROME OS PARA 2010 O futuro sistema operativo funcionará na nuvem e promete fazer com que o arranque do PC e a ligação à Internet sejam obtidos em dez segundos A Google confirmou os rumores que vinham sendo avançados há já algum tempo e anunciou o Chrome OS, o seu sistema operativo para computadores pessoais. Face às actuais soluções disponíveis no mercado, a solução apresenta uma grande alteração na forma de funcionamento. Baseando-se no browser também da Google lançado no ano passado e herdando em parte o seu nome, o Chrome OS tem uma filosofia totalmente virada para a Internet, o que lhe permite ser bastante mais leve em termos de recursos consumidos e ágil no que diz respeito ao tempo de arranque do computador. A este modo de funcionamento chama-se nos dias de hoje simplesmente cloud computing, ou computação na nuvem. «Todos os dados do Chrome OS vão estar na nuvem, o que quer dizer que se eu perder o meu computador com este sistema operativo, posso comprar outro, fazer o login e aceder de novo à informação», destacou Sundar Pichai, vice-presidente de produtos da Google. Cada aplicação funcionará numa sandbox de forma a aumentar a segurança da informação transacionada. No entanto, os dados trabalhados pelo utilizador serão igualmente alojados no disco rígido do computador, como habitualmente acontece. A novidade no Chrome OS é a replicação automática via Internet, que será feita sempre que a máquina estiver online. Durante a apresentação mundial transmitida via webcast, Sundar Pichai referiu que o Chrome OS «será apenas baseado em aplicativos na Web» e sublinhou os três pilares nos quais ele se baseia: «Velocidade, segurança e simplicidade.» O responsável fez questão de demonstrar a agilidade do sistema operativo, tendo Sundar Pichai demorado cerca de sete segundos para ligar um netbook e mais outros três para aceder à Internet. «Ao longo dos últimos anos, os utilizadores têm passado cada vez mais tempo online, realizando acções complexas, e por isso queremos proporcionar uma experiência fundamentalmente diferente e inspirada na forma como navegamos hoje em dia», salientou Pichai. No seu discurso, o vice-presidente de produtos da Google referiu ainda a importância
de o Chrome poder tornar «a experiência de Internet mais rápida, fácil e segura», mas reconheceu que «ainda é longo o caminho a percorrer», apesar de se afirmar «entusiasmado com o progresso» que a empresa conseguiu até agora e acreditar que é possível dar-lhe «continuidade no desenvolvimento do sistema». Apesar de não ter referido quaisquer parceiros de desenvolvimento, Sundar Pichai revelou que vão ser impostas algumas limitações quanto à comercialização do futuro sistema operativo. «A máquina precisa de ter um disco SSD e não um disco rígido», exemplificou. Os detalhes das máquinas compatíveis com o Chrome OS também só serão conhecidos em meados de 2010. Em termos de expectativas face ao sucesso do novo sistema operativo, a Google mantém-se prudente. Em conversa telefónica com a PCGuia, Anders Sandholm, Google product manager para o Chrome OS, apenas adiantou que o objectivo imediato passa por «optimizar uma plataforma que permita aos utilizadores terem uma experiência o mais rica e segura possível». No entanto, e de acordo com o discurso dos responsáveis da Google, é possível prever que se trata de um sistema operativo concebido para os menos poderosos netbooks que, para já, não vai ser capaz de substituir integralmente o Windows, o Mac OS ou até uma distribuição de Linux. No entanto, promete apresentar um forte argumento, em matéria de bugs, sendo capaz de os curar automaticamente – sempre que o código ficar danificado, um simples reboot da aplicação servirá para resolver o problema. A ver vamos. J.P.F.
NOTÍCIAS
NA BERRA LG ELECTRONICS
O fabricante quer lançar 30 novos modelos nos próximos seis meses com o objectivo de aumentar em 15 por cento a sua quota de mercado mundial já em 2010. Dos 30 novos terminais, estima-se que 30 por cento sejam baseados em tecnologia de ecrã táctil e que metade suporte ligações 3G.
WINDOWS 7
Um estudo da IDC Portugal sobre a intenção de adopção do novo Windows revela que 59 por cento das empresas nacionais planeiam adoptar o novo sistema operativo da Microsoft, 18% não sabem se o farão e 23% dizem não pretender fazer a migração. O estudo inquiriu responsáveis de 273 organizações portuguesas.
ECOSIA
É um novo motor de busca que tem como meta contribuir para um planeta mais verde. De cada vez que um utilizador o usar, estará a salvar dois metros quadrados da selva da Amazónia. Projecto independente e sem fins lucrativos, tem na Yahoo e no Bing dois dos sócios valiosos.
VÍRUS PARA IPHONE
Depois do Ike, surgiu um novo vírus à solta para Iphone, mas os efeitos são mais graves, envolvendo o possível roubo de informação contida nos dispositivos infectados. O novo vírus afecta apenas os equipamentos desbloqueados e aqueles cujos utilizadores não tenham alterado a password predefinida.
CARTELIZAÇÃO
A Nokia está a abrir processos judiciais na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos contra um grupo de empresas tecnológicas do mercado dos ecrãs LCD por cartelização. A marca finlandesa apoia-se em investigações governamentais realizadas nestes territórios.
WIKIPÉDIA
Tem cerca de 325 milhões de visitas por mês, afirma ter mais de três milhões de colaboradores activos mas está a perder editores a uma velocidade alarmante. De acordo com o Wall Street Journal, a Wikipédia ficou sem 49 mil editores só no primeiro trimestre de 2009.
A BERRAR 10 | PCGUIA
PACKARD BELL ENCARA 2010 COM OPTIMISMO O fabricante agora integrado no Grupo Acer espera conseguir atingir o quarto lugar do mercado de laptops em Portugal no prazo de um ano Apesar de contar com uma presença na Europa que ascende já a 18 anos, a Packard Bell tem tardado em conseguir afirmar-se no mercado português. «Esperamos que 2010 seja o ano definitivo de lançamento da Packard Bell em Portugal», sublinhou César Garcia, director-geral da Packard Bell, reconhecendo tratar-se «de um dos poucos países onde a Packard Bel tem uma presença muito pequena». O responsável esteve em Portugal para falar sobre a estratégia da empresa associada às novas gamas de produto que estão a chegar ao mercado. Entre as várias soluções apresentadas, que vão desde a linha de novos portáteis EasyNote até aos desktop all in one com ecrã táctil OnteTwo, destacam-se os novos netbooks Dot. Os quatro novos modelos, denominados s, s2, m/a e m/u, apresentam ecrãs de 10,1 (s) e 11,6 (m) polegadas, sendo o s2 um modelo com uma placa gráfica dedicada de 128 MB, algo raro neste mercado específico. Igual destaque merece o lançamento para breve da nova gama de portáteis assinada por Valentino Rossi, campeão mundial de Moto GP. «De acordo com os dados da GFK avançados em Setembro, a Packard Bell é o fabricante que mais cresce na Europa, graças à estratégia que está a pôr em marcha». Apesar de não ter muitos dados sobre Portugal, César Garcia avançou que o crescimento da empresa andará no nosso país em torno dos 4% no mercado laptop e dos 5% no mercado desktop. Em Espanha, o fabricante está na terceira posição do mercado de laptops, com 12% de quota em 2009 e previsão de subida para os 15% em 2010, e é a segunda classificada no mercado desktop com uma quota de mercado que ascende aos 20%. «Queremos replicar estes
números em Portugal», salientou o director-geral. Em termos práticos, isso passa por atingir uma quota de 8% nos laptops, o que permitirá à Packard Bel subir à quarta posição do ranking de venda de portáteis. «O negócio continuará a se feito via retail e canal; temos aliás uma muito boa relação com o grupo Sonae e com outros parceiros em Portugal», reforçou César Garcia. Outras das preocupações da empresa tem que ver com o serviço de suporte técnico pósvenda, que está centralizado em Espanha. No entanto, o director-geral explica que «existe um parceiro local, a Decsis, que faz o suporte de primeira linha». A média registada pelo fabricante é de 7,5 working days (cerca de 2,5 semanas no total), o que é para César Garcia «normal para qualquer fabricante». Neste ponto em particular, o responsável revelou que um terço das máquinas recebidas «não tem propriamente problemas técnicos, mas sim problemas relacionados com software, tais como vírus ou aplicações instaladas incorrectamente». J.P.F.
CONCURSO “GANHE UM WINDOWS 7 ULTIMATE” O vencedor do concurso que a PCGuia lançou com a Microsoft é André FIlipe dos Santos Almeida. Não se esqueça que ainda temos uma licença do Windows 7 Ultimate para oferecer na edição de Fevereiro. Continue a enviar-nos frases criativas com “PCGuia” e “Windows 7” para redacção@pcguia.cofina.pt. Boa sorte!
NOTÍCIAS
PRINK EM ONDA DE EXPANSÃO A empresa traça como meta ter 45 lojas abertas em Portugal, no espaço de três anos, e garante que se diferencia das demais pela qualidade dos produtos e serviço ao cliente Com um negócio estritamente focado na venda de tinteiros, toners e papel, a Prink continua com saldo positivo no mercado nacional. No espaço de dois anos, a companhia já conseguiu atrair a confiança de 17 franchisados, e prevê manter o ritmo, chegando às 45 lojas em 2012. Em conversa com a PCGuia, Alain Thibault, responsável pelo master Franchising da Prink, assegurou que o segredo está na qualidade dos produtos disponibilizados aos clientes, e no serviço personalizado a que estes têm acesso. Relativamente ao primeiro ponto, o executivo da Prink sublinha os produtos da marca Prink, compatíveis com todos os modelos de impressoras e faxes e fotocopiadoras existentes no mercado. Questionado sobre a alegada falta de qualidade de muitos dos produtos de “marca branca” à venda no sector, Alain Thibault indicou que o produto é vendido acabado, com garantia de dois anos. «Todos os produtos são experimentados, trazem garantia e são vendidos em embalagens estanques; mantemos a qualidade, independentemente do produto», afirmou, acrescentando que os
clientes podem poupar até 60% com os tinteiros da Prink, relativamente aos produtos originais. Actualmente, a venda de consumíveis originais pesa apenas 25% no negócio global. No campo dos toners, este mesmo responsável salientou que a Prink «é a única a vender toners com o dobro da capacidade». A loja está aberta a particulares e a empresas. Para além da ajuda na escolha do produto adequado à impressora, os utilizadores podem ainda recorrer ao serviço SOS da Prink, que ajuda a resolver problemas pontuais, de forma gratuita. A marca oferece também outros produtos, que ajudam à fidelização dos clientes, como é o caso do Prinkard, um cartão que permite ao cliente acumular pontos por cada euro gasto, que depois podem ser gastos em descontos, produtos, viagens, entre outros. Com lojas a abrirem proximamente na Covilhã, em Cascais e em Braga, Alain Thibault indicou que os franchisados têm sempre garantido apoio, formação e acompanhamento por parte da casa-mãe. Para abrir uma loja Prink, a marca exige um investimento inicial de 25 mil euros, e mais 10 mil euros para stock inicial. S.E.
SITECOM PREPARA VERSÃO REDUZIDA DO WL-326 O novo router baseado no 3G 300 X2 chega às lojas na recta final de 2009 A Sitecom está a preparar o lançamento de um equipamento baseado no actual router 3G 300N X2 mas com cerca de metade do tamanho. Este dispositivo manterá a generalidade das características presentes no WL-326 e terá igualmente fonte de alimentação interna, o que não deixa de ser admirável face às limitadas dimensões do dispositivo. Com o lançamento do router sem fios WL-326 a Sitecom passou a dispor de uma solução para utilizadores móveis que pretendam aceder e partilhar banda larga ou uma ligação 3G à 12 | PCGUIA
Internet em qualquer local. Trata-se de uma solução pensada para quem deseje utilizar uma ligação à Internet em locais que não disponham de uma rede por cabo ou que procurem uma solução alternativa a uma rede por cabo. Este sem fios é também compatível com tecnologia 3G, permitindo igualmente partilhar ficheiros com redes sem fios e com fios, bem como utilizar periféricos que se encontrem ligados a estações de trabalho e portáteis. O WL-326 está disponível desde Setembro e tem um PVP recomendado de 99,99 euros. J.P.F.
SAPO CODEBITS SOMA SUCESSOS A edição deste ano contou com um número recorde de participantes e deu a conhecer as novas tendências tecnológicas «Um verdadeiro sucesso.» Foi desta forma que Celso Martinho, responsável pelo portal Sapo e mentor deste Sapo Codebits, começou por avaliar o evento deste ano, que decorreu na Cordoaria Nacional. Durante três dias, 650 participantes tiveram acesso a workshops, concursos de programação, e puderam testar muitas das tendências da web e móveis, que têm vindo a deixar transparecer o que será o futuro tecnológico nestes dois domínios. Questionado sobre as áreas que despertaram maior interesse por parte dos participantes, Celso Martinho indicou que a principal área continua a ser a Web, mas sublinhou este ano já foram apresentados mais projectos relativos a outras áreas, como a mobile, a electrónica e a robótica.
No top três dos projectos vencedores, o primeiro lugar coube ao Supond, que incidiu sobre a criação de uma linha temporal de tudo o que fazemos na Net, recorrendo a um tipo de design e de conceito ao estilo do Apple Time Machine, (http://www.semmais.com/blog/supondcodebits). O segundo lugar foi conquistado pelo Math4Kids. Trata-se de um projecto que faz uso da XBOX e de um kit Lego para ensinar conceitos como números e semelhanças a miúdos através de um jogo. O terceiro classificado, o Verbatim Quiz! pegou no projecto Verbatim (dos Sapo Labs) para criar um jogo que consiste num quiz de perguntas sobre a actualidade jornalística (http://verbatim.labs.sapo.pt/quiz/).
A suportar os três dias de trabalho, e pela primeira vez, esteve uma rede de fibra óptica que permitiu aos participantes usufruírem de uma capacidade total de 4Gbits e de 100Mbps por posto de trabalho. S.E.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
BREVES TECNOLOGIA PORTUGUESA COMBATE CEGUEIRA
Uma equipa portuguesa desenvolveu uma solução que monitoriza a progressão da retinopatia diabética, a principal causa de cegueira na idade activa, que atinge 250 mil portugueses. O RetmarkerDR, desenvolvido pela Critical Health, do Grupo Critical Software, em parceria com a Associação para a Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem, usa algoritmos avançados que permitem aos oftalmologistas comparar e analisar retinografias no seu computador, detectar e calcular taxas de aparecimento e desaparecimento de microaneurismas na retina e, com a ajuda dessa informação, a prever a evolução da doença. A solução deverá estar no mercado português no final do ano.
INFORMÁTICA FORENSE DÁ OS PRIMEIROS PASSOS EM PORTUGAL A PCGuia esteve presente no Seminário sobre Cibercrime & Informática Forense, organizado pela Abreu Advogados e pela Data Recover Centre (DRC), e pôde verificar em que nível se encontra a realidade nacional nesta área
SISTEMA QUE PREVÊ ATAQUES CARDÍACOS
O projecto vencedor da Quinta Edição do Prémio BES Inovação é um sistema capaz de monitorizar e prever com 24 horas de antecedência a ocorrência de um ataque cardíaco, indicando os factores que estão a contribuir para o problema e sugerindo medidas preventivas. O protótipo foi desenvolvido pelos investigadores Pedro Bizarro e Diogo Guerra, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), e venceu não só a categoria de Tecnologias de Informação e Serviços, mas também o Grande Prémio Nacional, levando “para casa” 85 mil euros. O dispositivo fornece alertas clínicos personalizados por doença, por idade e por paciente, entre outras variáveis, e está dotado de sistemas inteligentes que reduzem a geração de falsos alarmes. Estes alarmes podem ser personalizados, consoante o tipo de paciente. Segundo os investigadores, foi já criada uma spin-off da FCTUC, a FeedZai Lda., para avançar com a prototipagem industrial e comercialização deste sistema. 14 | PCGUIA
A DRC tem um laboratório de informática forense na região de Lisboa e dedica-se a manusear e a recolher provas em meios digitais, como sejam discos rígidos, CD e DVD e pen drives. Colabora com sociedades de advogados com casos que dependem da apresentação de provas recolhidas em meios digitais e as únicas limitações, de acordo com Fernando Ceia, director-geral da DRC, têm que ver com as restrições legais impostas no que concerne ao acesso à informação. A informática forense ganha, nos dias que correm, um papel decisivo na apresentação de provas em tribunal e na resolução de processos-crime. De resto, David Marques, director técnico do laboratório de informática forense da DRC, afirma que «as provas descobertas por este processo podem ser determinantes para o desfecho de um caso». O mesmo responsável garante que a DRC tem os meios técnicos necessários para recolher e usar provas digitais sem comprometer a sua viabilidade e integridade. Segundo David Marques, os crimes informáticos relacionados com intrusões na rede empresarial, espionagem industrial, roubo de identidade, ameaças por correio
electrónico ou SMS e pirataria estão a aumentar, e o devido manuseamento dos suportes digitais é um factor de apoio na fase de preparação processual e na fase de processo judicial. Neste campo, as grandes dificuldades prendem-se com a volatilidade das provas digitais, com a facilidade de manipulação e ocultação dos mesmos, a rápida evolução das tecnologias de informação e com a constante produção de novos cenários de crime. No laboratório de informática forense da DRC, os profissionais fazem a análise do meio digital e a identificação da origem das evidências digitais. A estas tarefas soma-se a preservação e análise dessas evidências, a preparação e apresentação de relatórios ou resultados e o armazenamento dos mesmos. O trabalho do laboratório é uma mais-valia, uma vez que «existe muita falta de sensibilização das autoridades e esquecimento dos meios digitais nas investigações», refere David Marques. «Por vezes, gastam-se horas a estudar documentação e papelada e à procura de provas, mas esquecese a pen drive dentro da gaveta – e esta pode ter informação incriminatória e decisiva», conclui. J.T.
LANÇAMENTOS
FIRMWARE PARA PS3 A actualização do firmware 3.10 da PS3 acrescenta uma série de novas funcionalidades à consola da Sony. No topo da lista está a interacção directa com a rede social Facebook. Na prática, isto significa que um utilizador pode associar a sua conta da PlayStation Network à do Facebook, permitindo-lhe colocar na rede social troféus conquistados, proezas de jogo alcançadas, ou simplesmente partilhar as mais recentes compras da PlayStationStore. Sempre que fizer uma compra, o sistema vai perguntar se a quer partilhar ou não no Facebook. A actualização inclui ainda novas funcionalidades de visualização de fotografias na XMB. Estas passam a ser exibidas num formato em grelha, que substitui o actual em linha vertical, facilitando a navegação até à fotografia ou álbum pretendidos. Desta forma, os conteúdos armazenados no disco rígido da PS3 são mais facilmente localizados e acedidos.
GOOGLE DISPONIBILIZA CÓDIGO DO CHROME OS O código do Chrome OS está já disponível para programadores, que poderão durante cerca de um ano desenvolver software no âmbito do projecto Chromium OS (http://www.chromium.org/). A versão final chegará ao mercado de consumo no final de 2010, a tempo das compras de Natal do próximo ano. 16 | PCGUIA
BETA DO FIREFOX 3.6 NA INTERNET A nova versão beta do Firefox 3.6, a terceira revisão do browser, já está disponível e surge com novas actualizações e melhorias no que toca à segurança. Ao todo são 80 alterações, mas a principal é a Firefox Application Directory Lockdown, que procura impedir que códigos de sites visitados interfiram no modo de funcionamento do Firefox, aumentando a sua estabilidade. Os scripts agora podem ser executados de forma assíncrona, reduzindo o tempo de carregamento das páginas. Esta versão deve ser a última antes da fundação apresentar o release
candidate do Firefox 3.6. O download desta versão pode ser feito em www.mozilla.com/enUS/firefox/all-beta.html.
CERT.PT COM SOLUÇÃO DE SEGURANÇA O serviço Cert.pt vai passar a disponibilizar uma ferramenta gratuita de análise e identificação de vulnerabilidades em software instalado em computadores pessoais. Designada PSI, esta solução nasce de uma parceria entre a Fundação para a Computação Científica Nacional e a empresa Secunia, e actua na prevenção de incidentes causados por vulnerabilidades nos sistemas informáticos através de uma avaliação contínua dos sistemas em busca de aplicações desactualizadas e
expostas a possíveis ataques maliciosos. Depois de inventariar as vulnerabilidades, a PSI apresenta soluções para as ultrapassar, incluindo uma ligação para a respectiva actualização de segurança publicada pelo fabricante do software afectado. Para além de identificar a versão actual da aplicação utilizada, identifica também versões anteriores dessa mesma aplicação que possam estar ainda instaladas no sistema e que não tenham sido correctamente removidas.
ENTREVISTA
ASUS DE OLHO NO MERCADO DE PME Diversificar o negócio tem sido a estratégia seguida pela Asus. O próximo passo é proporcionar uma oferta específica às pequenas e médias empresas TEXTO LUÍSA DÂMASO
VÍTOR GORDO
V
inte anos passados sobre o início da actividade da Asus no mercado tecnológico e um ano depois da abertura do escritório em Portugal, Luca Rossi, general manager europeu da Asus, falou à PCGuia sobre o negócio, o efeito “crise”, a concorrência e os novos drivers tecnológicos que marcarão a evolução da marca. Fora do programa e-Escolas, este responsável reforça o interesse da empresa em desenvolver um projecto próprio na área da educação e em diversificar o negócio, abordando outros segmentos de mercado. PCGuia – A Asus celebrou este ano o vigésimo aniversário. Mesmo sabendo que não está há tanto tempo na empresa, que comentário lhe merece esta data? Luca Rossi – Exacto. Embora eu esteja há cerca de seis anos na Asus, há algo que é obrigatório reconhecer: A inovação tem sido o ponto forte da companhia desde sempre. Pensar que começámos como fabricante de motherboards e componentes para PC e que hoje somos estamos entre os maiores fabricantes de notebooks e netbooks a nível mundial... Ao longo dos últimos 20 anos houve uma grande evolução que só foi possível graças à capacidade de inovação. A Asus é uma empresa que tem capacidade para reinventar o seu modelo de negócio e adaptar-se ao ritmo de mudança do mercado. Está provado que as empresas que não possuem esta agilidade enfrentam sérios problemas de sustentabilidade. PCGuia – Abriram escritório em Portugal há um ano. Como vos tem corrido o negócio por terras lusas? L.R. – Apesar de termos presença física em Portugal há apenas um ano, tradicionalmente temos já história no mercado nacional, graças ao forte canal de distribuição que nos permitiu desde sempre alcançar bons resultados. Penso que com o novo escritório reforçámos a nossa 18 | PCGUIA
Luca Rossi, general manager europeu da Asus
posição neste mercado e estamos melhor posicionados para conquistar mercado. No primeiro ano, 2008, crescemos positivamente; somos o terceiro na lista de maiores fabricantes. No próximo ano contamos aumentar a nossa quota de mercado e, eventualmente, lutar pela posição número dois do ranking. PCGuia – Como é que correu o negócio durante a primeira parte deste ano? L.R. – Estamos satisfeitos com os resultados, mas para ser honesto a situação de mercado não está boa. A crise económica teve um impacto negativo nos mercados da Europa. Nos segmentos em que actuamos, nomeadamente no dos
notebooks, notou-se um abrandamento, em contrapartida no dos netbooks há um crescimento. PCGuia – Estamos a falar de mercado global. Mas, em relação ao vosso negócio? L.R. – Digo que estamos a vender menos do que apontavam as previsões de há um ano atrás. Se fizermos uma análise ano/ano, eu diria que o negócio está flat. Não estamos a vender menos do que no ano passado, e se estivermos não ultrapassa o dígito, entre 3 ou 4 por cento. Se pensarmos na quebra do ponto de vista do nosso plano de crescimento, aí posso prever uma diminuição de 20 ou 30 %.
PCGuia – Como tem sido a performance do mercado português no conjunto de países da Europa ocidental em que actuam? L.R. – É positiva. A contribuição total de Portugal nas receitas europeias não é tão grande, porque estamos a falar de um mercado pequeno. Em market share estamos bem e queremos continuar a crescer. Para já contamos com um adjuvante que é uma base sólida de negócio.
NO PRIMEIRO ANO, 2008, CRESCEMOS POSITIVAMENTE; SOMOS O TERCEIRO NA LISTA DE MAIORES FABRICANTES
PCGuia – Qual é actualmente a vossa quota de mercado em Portugal? L.R. – A nossa quota de mercado anda na ordem dos 14 a 15%. PCGuia – A Toshiba e a HP são os vossos maiores concorrentes por cá? L.R. – De uma forma geral sim. De um ponto de vista europeu, a Acer e a HP são os concorrentes. Depende de país para país. Em Portugal temos uma Toshiba forte e uma Acer mais fraca. Na Europa há vários mercados, todos distintos. PCGuia – A Asus abandonou o programa eEscolas. Foi prejudicial para o vosso negócio? L.R. – Obviamente que perdemos market share por causa dessa decisão, mas acho que foi uma decisão de negócio. O nosso objectivo é crescer, mas queremos fazê-lo de forma proveitosamente, ou seja, ter lucro. Na minha opinião, acho que se não avançámos no programa é porque o negócio não era lucrativo. PCGuia – Este tipo de programa não vos interessa? L.R. – Antes pelo contrário. Estamos a desenvolver algo nesta área, mas não posso ainda avançar muitos pormenores. Talvez haja novidades ainda este ano. É um programa que está a ser desenvolvido a nível europeu na área da educação e internamente estamos a estudar a melhor forma de abordagem. PCGuia – Quais são os objectivos de facturação para 2009 em Portugal? L.R. – Não divulgamos esses valores.
directo, ou seja, vendemos 100% através do canal. PCGuia – Quantos parceiros possuem actualmente? L.R. – Temos quatro distribuidores e algumas centenas de revendedores que trabalham com estes distribuidores. Outra peça importante é o sector do retalho. PCGuia – Está nos vossos planos aumentar o canal em Portugal? L.R. – Definitivamente, sim. Diversificar a nossa base de distribuição é um objectivo ano após ano, ou seja, nunca é um processo fechado. A chave é entregar ao mercado os produtos adequados às várias necessidades e atrair a atenção dos clientes, sem influenciar o sítio onde podem comprar. PCGuia – A Asus está ainda muito associada ao mercado de consumo. Está nos vossos planos desenvolver uma linha de equipamentos destinada ao mercado empresarial? L.R. – Claro. Estamos a trabalhar nesse sentido. O nosso objectivo é crescer no segmento das pequenas e médias empresas. Embora hoje já existam alguns modelos Asus preparados para uma utilização mais profissional, no próximo ano teremos novidades.
PCGuia – Qual é a percentagem de notebooks e netbooks que esperam vender em Portugal em 2009? L.R. – Estamos a apontar para as 200 mil unidades. Se me perguntar sobre o nível de confiança, diria que tudo depende da evolução da economia e do mercado nesta recta final do ano.
PCGuia – Estas novidades querem dizer novos notebooks profissionais? L.R. – Vamos assistir a uma evolução de produto muito interessante nos próximos 12/14 meses. Nesta evolução haverá espaço para produtos destinados ao segmento de PME, ou seja, equipamentos com menos design mas com mais features que enderecem as necessidades do mercado das pequenas e médias empresas.
PCGuia – Possuem alguma percentagem de negócio directo? L.R. – Não. Temos um modelo de negócio in-
PCGuia – Podemos falar também de netbooks para profissionais? L.R. – Ainda há algumas lacunas na nossa oferta
para esta área. Uma é o sistema operativo, é obvio que o XP Home Edition não se pode ligar às redes empresariais por causa da questão de domínio. O ecrã espelhado não é muito apreciado pelos utilizadores empresariais. Digamos que há algumas arestas a limar. PCGuia – Vê a Asus como um player revolucionário? L.R. – Posso considerar que sim. Se não vejamos o mercado de netbooks, em que a nossa gama EEE PC foi determinante para a evolução deste segmento de negócio. PCGuia – O investimento em I&D é uma prioridade? Quanto investem? L.R. – Não consigo precisar o valor que investimos, mas entre os nossos concorrentes, penso que somos das empresas que mais apostam nesta área. PCGuia – Qual é o caminho de evolução que definiram em termos de produto? L.R. – Acredito que existem grandes e incontornáveis drivers. O triple play é um deles. É certo que alguns países ainda apresentam limitações nesta área, mas acreditamos que rapidamente este cenário irá alterar-se e o potencial será enorme. Outra tendência importante são os Location Based Services (LBS), o que permitirá a todos os devices localizarem-se geograficamente e disponibilizar ao utilizador informações sobre o local em que se encontram. O conceito “Touch” é outro driver importante e que ganha uma grande impulso com o Windows 7. A Asus já possui produtos com touch screen. A evolução do RFID integra também as tecnologias que irão mudar a forma como as pessoas utilizam os PC. PCGuia – Quer dizer que os PC ganham um novo estatuto? L.R. – Sim. Vamos deixar de ter PC e passamos a ter dispositivos. PCGUIA
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Banco de testesPCG AO DETALHE BENCHMARKS 3D 3DMark06 Resident Evil 5
10200 marks 31 fps
(1280x720; full screen; 0xAA; Details: High; DX10)
Resident Evil 5
34.5 fps
(1280x720; full screen; 0xAA; Details: High; DX9c)
PRODUTO
Resident Evil 5
19 fps
(1280x720; full screen; 8xAA; Motion Blur enabled; Details: High; DX10)
10
3D FANTÁSTICO
✔
20
OFERTAS
30
✔
40
PREÇO
✖
VEREDICTO 9
ASUS G51J 3D Coloque os óculos e olhe atentamente. Há algo de diferente nesta proposta da Asus É um portátil especialmente concebido para jogos, mas, nisso, não é único. É um computador com uma configuração ambiciosa – nada que o distinga. É um notebook que lhe garante opções multimédia convincentes, como outros o fazem. Por esta altura, o leitor está a perguntar-se qual a razão de darmos destaque ao G51J 3D. O próprio nome do computador esconde a resposta a essa questão. Esta máquina proporciona uma experiência 3D, recorrendo ao sistema 3D Vision da Nvidia, e é precisamente esse a característica que a distingue de todas as outras máquinas de jogos que existem no mercado. Para tirar proveito da plataforma da Nvidia, o Asus é vendido com um ecrã de 120Hz – necessário para a criação do efeito tridimensional – com um par de óculos 3D sem fios e com um emissor com infravermelhos que serve para sincronizar o sinal do ecrã com os óculos. Experimentámos o sistema 3D num ambiente
escuro (o teclado é retroiluminado), com som EAX e o CMSS-3D ligado. Foi paixão à primeira vista, tanto na visualização de fotos como (e principalmente) nos longos minutos que passámos na carnificina de Resident Evil 5 ou nas longas quests de World of Warcraft. A imagem é fantástica, o ambiente apaixonante e imersivo e mesmo depois de muito tempo de uso, a nossa vista não se revelou cansada. Caso haja sensações desagradáveis, é possível ajustar o efeito 3D recorrendo a uma roda colocada no emissor. Esta opção é particularmente útil para ajudar o leitor a habituar-se ao modo de visualização 3D. Depois de carregados através da porta USB, os óculos garantem (de acordo com o fabricante) cerca de 40 horas de autonomia em jogo. A sensação de profundidade de campo é fiel e a forma como a percepção tridimensional é facultada ao utilizador é impressionante. Os jogos ganham uma outra dimensão
(literalmente) e a experiência do utilizador é substancialmente melhorada. A instalação é simples e rápida. O assistente guia o utilizador através de todo o processo e garante que o sistema fica a funcionar sem problemas. Experimentámos os óculos da Nvidia em cima de um par de óculos normal – que infelizmente usamos no dia a dia – e o resultado foi igualmente satisfatório. Entre os jogos que tiram proveito da tecnologia 3D da Nvidia encontram-se títulos como Resident Evil 5, Borderlands, Batman: Arkham Asylum, World of Warcraft e Call of Duty: World at War. Veja a lista completa de jogos em www.nvidia.com.tw/object/3D_Vision_3D_Ga mes_tw.html. O fabricante oferece a mala de transporte, um rato óptico Razor para jogos (Asus edition) e uns auscultadores Steel Series, além do kit 3D de que falámos. A configuração da máquina é exigente e acompanha as necessidades dos gamers. J.T.
FABRICANTE ASUS ■ PREÇO 1699 EUROS ■ CONTACTO 707 500 310 ■ SITE PT.ASUS.COM ■ FICHA TÉCNICA INTEL CORE I7-720QM, 1.6 GHZ; 4 GB SDRAM 1066 MHZ; ECRÃ 15.6” A 120 HZ; NVIDIA GEFORCE GTX 260M; 2 DISCOS 320 GB SATA; DRIVE ÓPTICA BLU-RAY; NVIDIA 3D VISION KIT; OFERTA DE MALA, RATO GAMING RAZOR E AUSCULTADORES; CHASSIS INCLUI UM BOTÃO PARA FAZER A TRANSIÇÃO 3D/2D; WINDOWS 7 HOME PREMIUM PCGUIA
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HARDWARE
SYNOLOGY DS409 SLIM Quem disse que os sistemas NAS se medem aos palmos? A PCGuia testou o NAS mais pequeno à venda em Portugal, o Synology DS4090 Slim PEQUENO E SILENCIOSO
4
VERSÁTIL
4
PREÇO
6
VEREDICTO 9
O Synology DS409 Slim permite a instalação de quatro discos de 2,5 polegadas, até um máximo de 2 TB de espaço. Pelo facto de se usar este tipo de discos, este é o sistema NAS (Network Attached Storage) mais pequeno que já vimos: mede 120 mm x 105 mm x 142 mm e pesa 600 gramas. O sistema é controlado por um processador a 1,2 GHz e inclui 128 MB de memória RAM. Para além dos discos internos, o DS409 Slim também oferece a hipótese de se ligarem mais dois discos externos USB 2.0 ou um disco externo eSATA. Por falar em rede, o NAS DS409 Slim tem uma ligação de rede com fios a 1 Gbps. O DS409 Slim vem cheio de funcionalidades, inclui servidor FTP e Web, com PHP e MySQL, servidor de media DLNA e servidor Itunes. As aplicações incluem o Surveillance Station 3, que serve para gravar o sinal de câmaras de vigilância; PhotoStation, para a partilha de fotos; File Station, para gestão de ficheiros; Audio Station, que transforma o seu NAS numa Jukebox; e Download Station, que serve para dispensar o computador nos processos de download. O sistema também permite fazer gestão de energia programando as horas ou dias em que o sistema se liga e desliga. O DS409 Slim utiliza um sistema de gestão gráfico que está em Português. Uma das coisas que nos surpreenderam mais foi a quase total ausência de ruído. Isto acontece porque os discos de 2,5 polegadas geram muito menos calor do que os de 3,5 polegadas e por isso precisam de muito menos refrigeração. No campo da velocidade, o DS409 Slim portou-se muito bem, a velocidade de cópia de um ficheiro de 3 GB manteve-se nos 37 MB por segundo, e copiando 400 ficheiros, que perfaziam 4 GB, conseguiu uma média de 28 MB por segundo, utilizando um rede a 1 GBps e um computador com o Windows 7 Ultimate. Se não tem muito espaço e precisa de partilhar conteúdos por vários computadores em casa ou num pequeno escritório, este DS409 Slim da Synology é uma das melhores opções disponíveis no mercado. P.T. DISTRIBUIDOR DIGICOMP n PREÇO 360 EUROS n CONTACTO 218 488 418 n SITE WWW.SYNOLOGY.COM
D-LINK DHP-303 Optimizado para a transmissão de conteúdos digitais HD através da instalação eléctrica doméstica DESEMPENHO
4
POUPANÇA ENERGÉTICA
4
UMA PORTA POR ADAPTADOR
6
VEREDICTO 8
Já muito se falou aqui sobre a tecnologia Powerline. Basicamente, trata-se de uma solução que permite fazer a rede informática chegar a todos os locais da casa onde exista uma tomada de electricidade, devendo a sua aplicação ser equacionada sobretudo naqueles casos em que a rede sem fios não chega a todo o lado ou em que a simplicidade de configurações é o que, acima de tudo, se pretende na construção de uma rede ou na partilha de uma ligação à Internet, sendo o DHP-303 compatível com qualquer tipo de dispositivo que utilize uma porta Ethernet, o que inclui impressoras, computadores, set-top boxes ou consolas de jogos. O novo kit da D-Link vem já equipado com um leque de tecnologias que o tornam bastante mais interessante do ponto de vista do desempenho, que tem sido o grande handicap deste tipo de soluções. Assim, não só permite o débito máximo teórico de 200 Mbps, como vem também equipado com a Green Technology da D-Link, que permite aos adaptadores colocarem-se em modo de standby sempre que não detectarem a transmissão de dados na rede eléctrica, o que se traduz num menor gasto energético – apesar de este ser um óbice de maior à tecnologia Powerline. Em termos práticos, será difícil alcançar os 200 Mbps, mas poderá contar com velocidades estáveis na casa dos 50 a 60 Mbps para a transferência de ficheiros. No entanto, caso as tomadas em sua casa estejam ocupadas com réguas de energia ou protectores de tensão, é melhor esquecer e procurar outra solução. De qualquer modo, o kit conta com suporte para QoS no que concerne ao estabelecimento de prioridade aos dados para garantir o melhor desempenho na transferência vídeos ou o menor lag em jogos. Igualmente interessantes são duas funcionalidades que permitem o estabelecimento de uma ligação segura ponto a ponto, premindo apenas o botão em cada um dos adaptadores quando estes estiverem ligados, e a criação de um mapa da rede através do Windows Vista. J.P.F. FABRICANTE D-LINK n PREÇO 109 EUROS n CONTACTO 218 688 493 n SITE WWW.D-LINK.PT n FICHA TÉCNICA KIT COMPOSTO POR DOIS ADAPTADORES DHP-302 COM UMA PORTA DE REDE 10/100 COM NEGOCIAÇÃO AUTOMÁTICA CADA, DOIS CABOS ETHERNET, ESQUEMA DE MODULAÇÃO OFDM, MECANISMOS DE QOS 802.1P E DE SEGURANÇA 3D ES E NET ID
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HARDWARE
ASUS M246 O último monitor da Asus é mais magro e consome menos do que os anteriores. A PCGuia foi ver uns filmes no MS246 LED
✔
CONSUMOS
✔
SISTEMA DE APOIO DO MONITOR
✖
VEREDICTO 8
Para além de portáteis e motherboards, a Asus também fabrica monitores. O modelo mais recente a chegar-nos à Redacção foi o MS246, um monitor que utiliza tecnologia LED Full HD (1920X1080 pixels). O MS246 permite a ligação de computadores e outros dispositivos através da entrada HDMI ou VGA. Apesar de não ter colunas, existe uma saída de som que pode ser utilizada para o ligar a colunas externas ou a um amplificador. O MS246 tem um tempo de resposta de 2 ms e um contraste de 50000:1. Uma das grandes vantagens deste monitor é a utilização de tecnologia LED, que permite gastar menos 40% de energia em relação a um monitor LCD normal. Externamente é um objecto muito bem acabado, de plástico preto à frente e plástico branco atrás. Os controlos são utilizados através de um sistema sensível ao toque, o que torna a superfície por baixo do ecrã completamente plana. Na parte de trás estão as ligações para a entrada de sinal e para a alimentação. O transformador é externo, mas, como o monitor consome pouca energia, é sensivelmente do mesmo tamanho do que um de um netbook. Uma das soluções mais engraçadas que foram utilizadas no MS246 é o suporte traseiro para manter o monitor na vertical. Trata-se de um anel de plástico preto, no qual é encaixada uma peça transparente que pode percorrer esse anel para definir a inclinação do ecrã em relação à mesa. É uma solução original, mas infelizmente não funciona muito bem, visto que é um pouco difícil encontrar a posição certa. Além disso o conjunto é frágil. A qualidade de imagem é muito boa, com cores saturadas e muito bom contraste. No geral é uma excelente opção se estiver à procura de um monitor onde possa ligar um computador ou uma consola de alta definição. P.T. FABRICANTE ASUS ■ PREÇO 289 EUROS ■ CONTACTO 707 500 310 ■ SITE PT.ASUS.COM
BROTHER MFC-790CW Apesar de não ser um multifunções rápido para escritório, tem algumas funções muito interessantes ECRÃ 4,2”
✔
802.11 B/G
✔
IMPRESSÃO LENTA
✖
VEREDICTO 8
Não é pela velocidade de impressão e de digitalização que convence, mas pelo interessante conjunto de funcionalidades que apresenta. Nos nossos testes não foi além de uma velocidade média inferior a quatro páginas por minuto na impressão de texto, valor que desce para cerca de 2,5 páginas por minuto quando ordenamos a impressão de gráficos ao MFC-790CW. Ainda assim, este valor – 2,5 ppm – é bem melhor relativamente às 3,8 ppm que registamos em modo texto. Quanto ao digitalizador, as cópias processam-se de uma forma mais célere, mas, tal como na impressão, a qualidade geral do documento processado revelou-se sempre apenas aceitável, com o Brother neste caso a usar e abusar dos tons em amarelo. A conectividade Wi-Fi e o ecrã LCD com 4,2 polegadas são os principais cartões de visita. Quem prefira optar por este tipo de instalação evita a passagem de cabos e a instalação é bastante fácil. O ecrã LCD também ajuda, permitindo substituir o habitual painel de controlo com diversos botões que é apanágio de muitos modelos, mas que acaba invariavelmente por complicar a operação para os utilizadores menos avançados nestas lides. As portas dedicadas permitem imprimir documentos ou fotografias directamente a partir de uma pen drive USB, de um cartão de memória ou até da máquina fotográfica digital, dispondo o MFC-790CW de uma ligação PictBridge. A gestão do papel também merece os nossos aplausos, apesar de o alimentador automático de documentos (ADF) conseguir lidar apenas com 15 folhas. Outro aspecto positivo é o facto de ser bastante compacto, apesar de ter ainda um (contudo) útil auscultador telefónico, dispondo aliás este Brother de reconhecimento automático de chamadas de voz ou dados. J.P.F. FABRICANTE BROTHER ■ PREÇO 215 EUROS ■ CONTACTO 808 223 000 ■ SITE WWW.BROTHER.PT ■ FICHA TÉCNICA DISPOSITIVO DE IMPRESSÃO, CÓPIA E DIGITALIZAÇÃO A4 A CORES E FUNÇÃO DE FAX, TECNOLOGIA A JACTO DE TINTA TÉRMICA COM SISTEMA DE QUATRO TINTEIROS, ATÉ 27/11 PPM A CORES/MONO (NORMAL), RESOLUÇÃO DE IMPRESSÃO ATÉ 1200 X 6000 PPP, RESOLUÇÃO DE DIGITALIZAÇÃO ATÉ 1200 X 1220 ÓPTICA E 19200 X 19200 INTERPOLADA, 48 MB DE RAM, TABULEIRO DE ENTRADA/SAÍDA ATÉ 100/50 PÁGINAS, ADF ATÉ 15 PÁGINAS, CONECTIVIDADE ETHERNET 10/100, USB 2.0, PICTBRIDGE E 801.11B/G, LEITOR DE CARTÕES, 8,6 KG
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HARDWARE
IMAC 27” O iMac com um mega-ecrã acabou de aterrar na redacção da PCGuia. Vamos ver o que ele vale RESOLUÇÃO DO ECRÃ
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MAGIC MOUSE
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TECLADO DE PORTÁTIL
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VEREDICTO 8
Este novo Imac é, depois do Mac Pro, o Apple mais imponente que já vimos. Como o nome indica, é uma máquina “tudo-em-um” com ecrã de 27 polegadas e uma resolução de 2560x1440 pixels. Este computador inclui um processador Intel Core 2 duo a 3,06 GHz, 4 GB de memória RAM, 1 TB de disco. O gravador de DVD, como é hábito, é slot-loading. A grande novidade em termos de armazenagem é o leitor de cartões SD. As ligações em rede podem ser com ou sem fios a 1 Gbps e a 300 Mbps. Também permite ligar dispositivos Bluetooth. Na parte de trás encontram-se as quatro entradas USB 2.0, uma entrada FireWire 800 e para alimentação eléctrica.
Visualmente, além do tamanho do ecrã, este Mac é exactamente igual aos outros. A única diferença, quase imperceptível, é a espessura do suporte. O teclado agora é sem fios, mas encolheu, tendo perdido o keypad numérico, o que é uma pena, porque se houver necessidade de introduzir muitos valores é um acessório imprescindível. O rato é o novo Magic Mouse, que dispensa as rodas e as esferas na parte superior para passar a ter um touch-pad. Este rato, apesar de não dever nada à ergonomia, é interessante de usar. No início é estranho não ter nem uma roda nem uma esfera para fazer scroll, mas após algumas horas tem-se quase a sensação de que esses meios mecânicos nunca foram
necessários. Depois de ligado, este Mac impressiona pelo tamanho e pelo brilho do ecrã. Consegue ver-se um vídeo 1080p em tamanho real numa janelinha... Outra coisa que nos impressionou foi a qualidade do som. Este novo Imac de 27” é o maior computador da sua classe, mas internamente é quase igual aos anteriores. Se quiser um iMac e tiver hipótese, opte pelo modelo com o processador Core I7; esse sim tem potência a condizer com o tamanho do ecrã. P.T.
FABRICANTE APPLE n PREÇO 1799 EUROS n CONTACTO 800 207 758 n SITE WWW.APPLE.PT
DISCO SSD KINGSTON 64 GB A Kingston lançou-se no mundo das drives SSD. A PCGuia experimentou o primeiro modelo a chegar ao mercado VELOCIDADE DE LEITURA
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MONTAGEM
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VELOCIDADE DE ESCRITA
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VEREDICTO 8
Os discos SSD são uma evolução natural das pen drives USB. SSD quer dizer Solid State Drive. Trata-se na prática de uma pen drive em esferóides, que utiliza o mesmo tipo de memória flash, mas, em vez de usar uma interface USB, tem uma interface SATA que permite velocidades muito maiores. A outra diferença em relação a uma pen drive é o facto de se empregar um chip controlador especial para optimizar a utilização das várias células de memória Flash. Isto é necessário porque, os chips de memória têm um limite de gravação, e se o sistema gravar os dados sempre na mesma
zona, o chip em questão deixa de funcionar antes dos outros. Devido à utilização deste sistema, a gravação dos dados é sempre mais lenta do que a leitura. O outro grande inconveniente é o preço deste tipo de hardware. Neste artigo vamos falar do novo disco SSD da Kingston, o SSDNow V+ de 64 GB. Trata-se de um disco de 2,5 polegadas, com interface SATA. A ligação SATA é exactamente igual à dos discos maiores, o que faz com que não seja necessária a utilização de adaptadores para os cabos. Depois de tudo ligado, fizemos alguns testes e obtivemos uma velocidade de leitura média de
FABRICANTE KINGSTON n PREÇO 135 EUROS n SITE WWW.KINGSTON.COM/EUROPE
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242 MB por segundo e uma velocidade de escrita média de 150 MB por segundo. Como se pode ver há uma grande diferença entre a escrita e a leitura. De facto, os discos SSD fazem, por exemplo, com que o sistema arranque muito mais depressa do que com uma drive tradicional, mas não servem para aplicações que utilizem o disco intensivamente. Se precisar de um sistema que arranque num abrir e fechar de olhos, este disco da Kingston é uma excelente opção, mas só mesmo para albergar o sistema operativo. PT
HP PHOTOSMART PLUS Um multifunções com um design e uma interface convincentes INTERFACE
✔
WIRELESS
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IMPRESSÃO DE FOTOS
✖
VEREDICTO 8
Um nome simples para uma impressora? Sem números esquisitos, referências aparentemente sem nexo e terminações estranhas? A HP parece ter-se rendido à simplicidade das designações que toda a gente memoriza, e só por isso vale a pena dar uma vista de olhos mais atenta a esta proposta. Repare que não existem quaisquer botões no multifunções, para além do botão de on e off. Todas as tarefas são controladas a partir de um pequeno ecrã de 8,9 polegadas a cores sensível ao toque, onde o utilizador pode dar todo o tipo de ordens ao equipamento. Na verdade, nem precisa de ter o multifunções ligado ao computador. Pode ajustar a luminosidade, cortar as fotos, indicar o número de cópias, indicar que quer digitalizar um documento directamente para uma pen drive ou anexar uma digitalização a uma mensagem de correio electrónico. Infelizmente, não é oferecida qualquer aplicação de gestão documental. Entre os argumentos mais convincentes do aparelho encontra-se o suporte para redes sem fios. Ao contrário do que acontece com outros multifunções deste género, a configuração do mesmo na rede wireless é simples e rápida. A Plus conta com um leitor de cartões de memória e com uma bandeja de alimentação de 125 folhas A4 e 20 folhas de papel fotográfico no painel frontal. O sistema de impressão de quatro tinteiros (ciano, magenta, amarelo e preto) garante, de acordo com o fabricante, impressão em 300 páginas (250 no caso do preto). A imprimir a preto, em modo rascunho, consegue debitar uma página em cerca de cinco segundos após a ordem de impressão. A qualidade de impressão de documentos é razoável, mas as melhorias são óbvias quando testamos o mesmo documento em modo normal - perto de sete segundos. A impressão de fotos não é o seu forte. Nos nossos testes, reparámos que a Plus é responsável pelo efeito de banding em algumas áreas. No entanto, garante fotografias com bom contraste e cores fiéis. Uma imagem de 10 x 15 cm demora cerca de 1 minuto. Feitas as contas, é uma boa aposta, muito embora o preço possa ser um entrave. J.T. FABRICANTE HP ■ PREÇO 199 EUROS ■ CONTACTO 808 200 808 ■ SITE WWW.HP.PT ■ FICHA TÉCNICA MULTIFUNÇÕES COM FUNÇÕES DE IMPRESSÃO, DIGITALIZAÇÃO, CÓPIA; INTERFACES WI-FI, ETHERNET, USB; SISTEMA DE IMPRESSÃO DE 4 TINTEIROS; RESOLUÇÃO DE IMPRESSÃO ATÉ 9600 X 2400 PPP OPTIMIZADOS; RESOLUÇÃO DE DIGITALIZAÇÃO ATÉ 4800 PPP; ECRÃ TÁCTIL POLICROMÁTICO DE 8,9”.
HARDWARE
HP PAVILLION A HP é mais conhecida pelos portáteis e pelas impressoras, mas também tem computadores de secretária. A PCGuia mostra-lhe as capacidades do novo Pavillion SILENCIOSA
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BEM EQUIPADA
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SLOTS LIVRES
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VEREDICTO 8
Esta nova máquina desktop Pavillion da HP inclui um processador Intel Core 2 Quad Q8300 a 2,50 GHz, 6 GB de RAM, uma placa gráfica baseada no chip ATI Radeon HD 4650, um disco de 750 GB de capacidade e um gravador de DVD. Outras características incluem um leitor/gravador de cartões de memória multiformato e uma entrada para um disco externo HP Pocket Media Drive Bay. Por fora, o Pavillion tem uma caixa que está na linha das dos modelos anteriores da marca. O frontal tem um acabamento preto polido, as entradas para as drives ópticas estão escondidas, dispondo de um botão do lado direito para abrir e fechar as gavetas das drives. O botão para ligar e desligar o sistema é iluminado e encontra-se no topo da caixa; não existe botão para fazer reset. Na parte de trás estão as saídas para o som, 4 USB 2.0, uma para rede, e a saída de áudio digital através de cabo coaxial. A placa gráfica oferece três tipos de ligações, VGA, DVI e HDMI, o que não é vulgar. Por dentro o HP Pavillion, permite a instalação de mais um disco de 3,5 polegadas e mais uma drive óptica. Tem três slots PCI Express 1x livres, o que limita as opções de expansão, impedindo, entre outras situações, gráficos em SLI ou Crossfire. No geral a construção é muito sólida, dando uma sensação de robustez. O teclado e o rato já são um caso diferente. Nota-se que não foi posto o mesmo cuidado na sua construção que no computador em si. No campo do software, o Pavillion inclui o Windows 7 Home Premium 64 bit em Português. Este computador também traz instalada uma versão de demonstração do Microsoft Office 2007, o Norton Internet Security e software específico da HP. No que respeita a performance, o HP Pavillion é uma máquina que cai de gama média, ou seja, não tem uma performance alucinante, mas serve para a maioria das tarefas diárias, incluindo jogos de grande nível de complexidade gráfica e a reprodução de vídeo em alta definição. Assim, obteve um resultado 2382 no teste gráfico 3D Mark Vantage e de 5349 no PCMark Vantage. Se procura uma máquina desktop que sirva para a maioria das tarefas do dia-a-dia, este HP Pavillion é uma boa aposta.P.T.
FABRICANTE HP n PREÇO 699 EUROS n CONTACTO 808 218 218 n SITE WWW.HP.PT
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NOKIA BOOKLET 3G A marca finlandesa estreia-se no mercado dos computadores portáteis com um modelo exclusivo EXCLUSIVIDADE
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CONSTRUÇÃO
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PREÇO/ DESEMPENHO
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VEREDICTO 7
Quando estive em Setembro no Nokia World 2009 em Estugarda, a Nokia disse que só mais adiante, em 2010, seria possível ver o Booklet 3G à venda. No entanto, repensou a estratégia e antecipou a sua comercialização. Em boa hora o fez, pois o novo netbook representa uma lufada de ar fresco num mercado já bastante concorrido nos dias que correm. A unidade testada permitiu comprovar a excelência dos materiais utilizados e da montagem. O chassis totalmente em alumínio e a tampa coberta em preto piano com o logótipo no centro não só colocam este modelo num segmento topo de gama, como permitem que o disco rígido e o cooler não se façam ouvir e o calor não se faça notar. Em matéria de especificações, não estávamos à espera de milagres, mas não podemos ignorar que este netbook custa praticamente o dobro da maior parte dos modelos de gama superior à venda no mercado, apesar de muitos não incluírem, por exemplo, ligação 3G. Do peso de 1,25 kg e da bateria de 16 células com uma autonomia anunciada de 12 horas, comprovámos peso mas a autonomia média ficou alguns minutos além das oito horas, o que não deixa de ser espantoso. O teclado e o touchpad merecem também nota positiva, bem como o ecrã de 10,1 polegadas. Já o desempenho é um dos calcanhares de Aquiles, e sublinhe-se também a ausência de um led de diagnóstico de actividade do disco (de 4200 rpm). O outro é o preço. O Booklet 3G não só está ao alcance de poucos como pode ser preterido por um ultra portáti,l com argumentos mais homogéneos. Apesar de tudo, poderá vir a ser mais barato caso algum dos operadores móveis decida vendê-lo com uma solução de banda larga móvel, mas não deixa de ser um forte obstáculo à sua adopção. Uma palavra ainda para a ausência de uma porta de rede, que pode ser um problema se não houver Wi-Fi ou 3G disponível. É possível recorrer a um adaptor USB, mas este terá de ser comprado e transportado à parte. J.P.F. FABRICANTE NOKIA n PREÇO 799 EUROS (RETALHO) n CONTACTO 214 465 600 n SITE WWW.NOKIA.PT n FICHA TÉCNICA CPU INTEL ATOM Z530 A 1,6 GHZ; CHIPSET INTEL POULSBO US15W; ECRÃ 10,1” 1280X700; 1 GB RAM DDR2; DISCO 120 GB 4200 RPM; WI-FI 802.11B/G/N; BLUETOOTH 2.1+EDR; MODEM 3G (WCDMA 900/2100 OU 800-850/900/2100); WEBCAM 1,3 MP; 3X USB 2.0; 1X HDMI; LEITOR DE CARTÕES SD; ACELERÓMETRO; WINDOWS 7 STARTER EDITION
INTEL CORE I7 860 Todo o processador que alguma vez irá precisar... QUASE UM EXTREME EDITION
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DESEMPENHO MULTITHREAD
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LIMITADO AO SOCKET LGA1156
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VEREDICTO 9
O 860 funciona a 2,8 GHz, o que significa que é apenas 133 MHz mais lento do que o 870. Se o que o leitor procura é a experiência do conjunto completo de oito threads do Core i7, mas pelo preço mais baixo possível, então o 860 deve ser a sua arma de eleição. De qualquer forma, este mês podemos finalmente quantificar com números de benchmark apropriados até que ponto o 860 é mortífero. À velocidade de série do relógio nos benchmarks multi¬threads, divide previsivelmente os modelos Core i7 870 e Core i7 920. O segundo é o chip baseado no Bloomfield a 2,66 GHz com o socket de topo de gama LGA1366. Tal como dissemos antes, a Intel fez realmente um trabalho de primeira ao criar o mais confuso, enganador e estranho esquema de marcas alguma vez concebido. No que se refere a jogos, as coisas tornam-se mais complicadas. São poucos, se é que existe algum, os títulos actuais capazes de tirar partido de forma eficiente de mais do que quatro processadores lógicos. Com efeito, consegue tornar os jogos mais lentos graças à forma como o Windows faz malabarismos com os threads. Por conseguinte, o 860 é um pouco como um conjunto sortido de coisas comparado com o 750 com HyperThreading activado. É mais rápido em World of Conflict, por exemplo, mas mais lento no nosso teste personalizado de processadores do jogo ArmA II. Nesse contexto, pelo menos uma coisa está clara. Se a sua principal preocupação são os jogos contemporâneos, o 860 não oferece muito mais do que o Core i5 750 em troca do acréscimo de cerca de 110 euros no preço. No entanto, olhe um pouco mais para a frente e verá que as coisas não são assim tão claras. Uma das funcionalidades de arrasar da nova API DirectX 11 é o suporte melhorado
ANÁLISE TÉCNICA
para multithreading. A acreditarmos nas palavras da Microsoft e AMD, que dizem que será relativamente simples para as equipas de desenvolvimento modificarem os títulos existentes a fim de lhes conferir uma eficiência multithread muito superior. Se isso se concretizar, os donos de processadores Core i7 verão de repente que os seus jogos correm até 30 por cento mais rapidamente. Mas isso é um grande “se”. A peça final do puzzle, evidentemente, é o overclocking. Infelizmente, a Asus aliviou-nos recentemente da sua placa de fácil overclocking P7P55D. Por essa razão, daremos ao 860 o benefício da dúvida. Vamos partir do princípio de que a decepcionante frequência máxima de 3,3 GHz fica a dever-se tanto à medíocre motherboard de teste Intel DP55KG Extreme quanto ao próprio processador i7 860.
Graças à tecnologia HyperThreading da Intel, o novo i7 860 apresenta um desempenho assombroso no nosso já clássico teste de codificação de vídeo multithread. Se pretende converter o seu programa de TV preferido para o iPod, o 860 é uma arma maravilhosa para ter à mão. Todavia, o caso muda de figura para os jogadores dedicados, um segmento onde o Core i5 750 conserva o título da melhor relação preço/qualidade. Codificação de vídeo de alta definição X264 FPS: MAIS É MELHOR 720p
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INTEL CORE i7 860 INTEL CORE i5 750 INTEL CORE 17 920
5 Cinebench R10 Multithread
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SEGUNDOS: MENOS É MELHOR
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INTEL CORE i7 860 INTEL CORE i5 750 INTEL CORE 17 920
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FPS: MAIS É MELHOR
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INTEL CORE i7 860
DISTRIBUIDOR F13PC ■ PREÇO 254,95 EUROS ■ CONTACTO 234 421 138 ■ SITE WWW.INTEL.COM ■ FICHA TÉCNICA VELOCIDADE DO RELÓGIO – 2,8 GHZ; NÚCLEOS – 4; THREADS – 8; CACHE – 8 MB; SUPORTE DA MEMÓRIA – DDR3 A 1.333 MHZ; PROCESSO – 45 NM; SOCKET – LGA1156; ARQUITECTURA – NEHALEM; POTÊNCIA – 95 W
INTEL CORE i5 750 INTEL CORE 17 920
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10 15 20 25 PCGUIA
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HARDWARE
RADEON HD 5870 A primeira placa gráfica DirectX 11 do mundo fez uma paragem na nossa Redacção RÁPIDA
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QUALIDADE DE IMAGEM
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PREÇO
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VEREDICTO 9
DISTRIBUIDOR NIPOSOM n PREÇO 339 EUROS n CONTACTO 218 440 200 n SITE WWW.AMD.COM n FICHA TÉCNICA RELÓGIO DO NÚCLEO – 850 MHZ RELÓGIO DA MEMÓRIA – 4,8 GHZ (EFECTIVOS) SHADERS DE FLUXO – 1.600 UNIDADES DE TEXTURA – 80 ROP – 32 BARRAMENTO DA MEMÓRIA – 256 BITS LARGURA DE BANDA DA MEMÓRIA – 153,6 GB/S MEMÓRIA – GDDR5 DE 1 GB TECNOLOGIA DO PROCESSO – 40 NM SUPORTE DE API – DIRECTX, OPENGL
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A nova bomba de pixels da AMD é notável. Além de ser o chip gráfico mais rápido de todos os tempos – capaz de levar a melhor sobre a GeForce GTX 285 da Nvidia –, é também o mais potente chip informático que já vimos de qualquer tipo, graças aos seus três teraflops de potência bruta de processamento. É também o primeiro chip gráfico do mundo com suporte para a nova API DirectX 11 da Microsoft. Como tal, estreia várias tecnologias que ameaçam revolucionar o aspecto e funcionamento dos jogos de computador. É isso mesmo, a nova Radeon HD 5870 é uma coisa em grande. De alguma forma, contudo, não é exactamente aquilo que esperávamos. Para sermos honestos, nem todas as surpresas são boas. Para compreender o motivo, deixe-nos transportá-lo até ao recente evento de lançamento da AMD realizado em Londres. Durante os primeiros 20 minutos da apresentação da série Radeon HD 5000, a AMD deixou bem clara uma mensagem convincente. Ao fim de aproximadamente uma década em perseguição do desempenho ultra-alto a todo o custo, as coisas tinham ficado descontroladas para a indústria de gráficos para PC. Consumo de energia, tamanhos das placas, preços – tudo parecia estar a subir em flecha. A situação atingiu um ponto crítico com o lançamento da série Radeon HD 2900 da AMD, no Verão de 2007. Foi um desastre. As placas sobreaqueciam, eram enormes e apresentavam um desempenho pouco convincente. A
subdivisão gráfica da AMD, ATI, deu por si a afundar-se a bordo do barco do insucesso que era o chip gráfico com o nome de código R600. Bom, não foi exactamente assim que a AMD colocou a questão, mas o leitor terá percebido a ideia. Alguma coisa tinha de mudar. Com muita coragem, a AMD decidiu reiniciar a sua estratégia fundamental para gráficos. Não voltaria mais a defrontar a Nvidia numa disputa para produzir a maior e melhor placa gráfica. Em vez disso, iria produzir GPU mais pequenos e mais baratos, tendo como alvo um preço de retalho máximo a rondar os 225 euros. Para o mercado de topo de gama, a AMD criou um sistema com dois destes chips numa única placa. Assim nasceu a série Radeon HD 3800. Foi um grande melhoramento em relação à 2900 e tinha uma relação preço/qualidade decente, mas não era a manifestação plena da nova estratégia da AMD. Essa chegou com a série Radeon HD 4800. Era mais pequena, mais eficiente e simplesmente mais elegante do que o colossal chip gráfico GeForce GTX 280 da Nvidia. O resultado final é que a placa 4870 oferecia 90 por cento do desempenho da GTX por cerca de 60 por cento do preço. Por outras palavras, foi um êxito.
AUMENTO DO DESEMPENHO Crucial, pois, para a nova estratégia da AMD é oferecer um desempenho excelente a um preço ao alcance dos bolsos menos recheados – o tal valor ideal entre 170 euros e 225 euros.
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1 PARA LÁ DO INFINITO
A AMD está a superlativar as capacidades de alimentação de monitores da nova 5800. Uma próxima versão da placa, conhecida como Eyefinity Edition, conseguirá alimentar nada menos do que seis ecrãs, graças a um sexteto de tomadas DisplayPort. Um belo truque, mas quem se interessa por isso?
2 MENOS É MAIS
Apesar do monstruoso desempenho da 5870, a AMD continua empenhada em oferecer uma placa de topo de gama constituída por um par de GPU da série 5800. Será sem dúvida um poço de desempenho, mas poucos terão necessidade de mais do que uma 5870.
Cientes disso, ficamos algo surpreendidos por ver que o GPU no qual se baseia a nova HD 5870 é significativamente maior do que o da HD4870, apesar da vantagem de uma redução no processador de transístores de 55 nm para 40 nm. Consequentemente, a nova 5870 terá um preço mais próximo dos 336 euros. Mas não nos precipitemos. Antes de podermos apresentar um juízo completo da proposta de valor da nova Radeon HD 5870, precisamos de espreitar a fundo o que a faz mexer. Sem surpresa, em termos de filosofia geral é muito semelhante à abordagem de desempenho eficiente adoptada com a série HD 4800. Manter pequenos e eficientes cada um dos elementos constituintes, mas ter uma tonelada deles – a ideia básica é essa. Com efeito, a estrutura interna do novo chip será familiar a qualquer utilizador com conhecimentos básicos da antiga arquitectura da 4800. A configuração assimétrica de shaders vec4+1 e a relação das unidades de shader/textura e de saída de renderização, por exemplo, permanece idêntica. No entanto, há também várias diferenças enormes. A primeira é a transição da produção de silício de 55 nm para 40 nm. Pode parecer de interesse puramente académico, mas a verdade é que permite à AMD colocar mais transístores – e por conseguinte mais desempenho e funcionalidades – numa determinada quantidade de silício. Junte a isso o facto de o mais recente chip da AMD ser na realidade 25 por cento maior do que o
3 O TAMANHO IMPORTA
A nova 5870 é grande, maior ainda do que a GeForce GTX 285. E contudo não tem um dos apetites mais vorazes por energia. A AMD afirma que se esforçou particularmente para reduzir o consumo de energia em inactividade, um esforço que não se reflecte por inteiro no nosso teste.
RV770, que formou a base dos GPU da série 4800, e obtém um aumento no número de transístores de 956 milhões para um total dificilmente concebível de 2,15 mil milhões. De facto, essencialmente o que a AMD fez foi duplicar o número de unidades funcionais na placa. Assim, a 5870 contém 1 600 shaders de fluxo, 80 unidades de textura e 32 ROP (unidades de saída de renderização). Por muito desconcertante que o primeiro número seja, são os 32 ROP que realmente dão a entender até que ponto este chip é poderoso. Trata-se do primeiro aumento do número de ROP para a AMD desde a Radeon X800, de 2004. A única área que não beneficiou desta duplicação foi o barramento de memória do chip, que continua a ser de 256 bits. Contudo, graças à velocidade de 1,2 GHz do relógio da memória GDDR5 (que se traduz numa velocidade de transferência de dados efectiva de 4,8 GHz), a largura de banda da memória sobe de 115 GB/s para 154 GB/s. Para que conste, a versão inicial da 5870 é uma placa de 1 GB. Sem dúvida que nos próximos meses seguir-se-á um monstro de 2 GB. Quanto à velocidade do relógio do próprio GPU, corre a 850 MHz. É 100 MHz mais rápido do que o 4870 e está em pé de igualdade com o 4890. Não tenha a menor dúvida, pois, de que este GPU é um autêntico monstro. À 5870 juntar-se-á pouco tempo depois do lançamento a 5850, uma versão ligeiramente mais barata com 1 440 shaders, 72 unidades de textura e uma velocidade mais
4 MAIS PARA VIR
A única coisa que continua por testar é, ironicamente, a funcionalidade que define a 5870, o seu suporte para DirectX 11. Pese embora o recente lançamento da versão final do Windows 7 e, por conseguinte, da própria API, à data ainda não existem controladores ou aplicações compatíveis com DX11.
baixa do relógio do núcleo de 725 MHz. Provavelmente será vendida por 225 euros.
ESTREIA DO DIRECTX 11 Como se isso não bastasse, a série 5800 suporta DirectX 11. Pode ler nesta edição todas as implicações do DX11. Porém, as três vantagens fundamentais são o suporte melhorado para processadores de múltiplos núcleos, a introdução do shader de cálculo para o processamento de âmbito geral e, finalmente, a tesselação. Em termos gráficos, a última é a mais significativa. No final, deverá traduzir-se em jogos com uma geometria muito, muito mais detalhada, uma área da fidelidade gráfica que começa a parecer pesadona em comparação com os recentes avanços espantosos ao nível dos efeitos de superfície e da iluminação. De qualquer maneira, grandes mudanças espectaculares à parte, a AMD introduziu igualmente vários melhoramentos pormenorizados na arquitectura do novo chip. Mais particularmente, as unidades de shader da 5870 deram o salto do modelo de computação MIMD (Multiple Instruction, Multiple Data) para o SIMD (Single Instruction, Multiple Data). Enquanto o primeiro oferece teoricamente uma maior flexibilidade, o segundo é mais eficiente e muito mais adequado para uma arquitectura altamente paralela do GPU. Seja qual for a verdade, a Nvidia mudou do MIMD para o SIMD com a série GeForce 8, pelo que as duas principais empresas de gráficos parecem concordar que é a PCGUIA
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HARDWARE
melhor maneira de cumprir a tarefa. Sob outros aspectos, procedeu-se à implementação da habitual longa lista de alterações específicas. Tudo, desde as unidades de textura aos ROP, foi alvo de uma lustradela em nome do desempenho melhorado e da qualidade visual. Por exemplo, a série 5800 é a primeira arquitectura gráfica capaz de realizar uma filtragem anisotrópica, independente do ângulo, verdadeiramente perfeita. A AMD afirma igualmente que oferece um anti-aliasing de 8x em troca de uma redução mínima do desempenho, comparado com o nível de 4x, que é actualmente o padrão em vigor. Por conseguinte, refere a AMD, a série 5800 produz os pixels da mais alta qualidade alguma vez gerados.
FRENTE-A-FRENTE Analisemos Far Cry 2. Seja qual for a resolução, a 5870 derrota a GeForce GTX 285 da Nvidia
ANÁLISE TÉCNICA
Com 1 600 shaders, 80 unidades de textura e 32 ROP, foi uma aposta muito segura de que o novo megachip da AMD entraria nas tabelas de desempenho directamente para o primeiro lugar. Na prática, não decepciona. O facto de conseguir esse feito ao mesmo tempo que apresenta a menor pegada de consumo é ainda mais impressionante. A única ligeira desilusão resulta de a 5870 não cumprir exactamente a promessa da AMD de redução mínima do desempenho ao correr o anti-aliasing de 8x.
por uma margem maior do que aquela que a GTX vence por sua vez a campeã cessante da AMD, a Radeon HD 4890. Quando mudamos o foco para um jogo mais orientado para estratégia, como World in Conflict, a hierarquia de poderes fica mais confusa. No entanto, a 5870 continua no topo. Mas então e o mais mortífero destruidor do desempenho gráfico, a obra-prima visual de shaders da Crytek que dá pelo nome de Crysis: Warhead? Bom, a 5870 é a primeira placa a conseguir uma média de mais de 30 fps, e como tal a apresentar frame rates relativamente jogáveis nas máximas resoluções de alta definição com todas as delícias visuais activadas. Não interessa que Crysis: Warhead seja um jogo um tanto ou quanto aborrecido para jogar: os gráficos em tempo real com uma Radeon HD 5870 devem ser considerados como uma das maravilhas do mundo moderno. Além disso, apesar da capacidade para produzir
estas assombrosas frame rates, a 5870 consome menos energia do que a GTX 285, tanto parada como a toda a velocidade. De facto, vale a pena lembrar que tudo o que atrás foi referido é conseguido com jogos existentes em DirectX 10. A acreditar nas palavras da AMD, é uma simples questão de as equipas de desenvolvimento transportarem os seus títulos actuais para o DirectX 11 e com isso provocarem um novo aumento do desempenho na ordem dos 25 a 30 por cento. Tudo isto significa que a 5870 é uma escolha de caras se o dinheiro não for problema. Trata-se simplesmente do chip gráfico mais rápido disponível para a humanidade, e o conhecimento desse facto é uma coisa maravilhosa quando se tem uma placa destas. O tempo encarregar-se-á sem dúvida de corrigir o problema do preço. Mas nessa altura, sabe-se lá que tipo de magia a Nvidia poderá ter lançado com o seu próprio monstro para DX11.
Crysis: Warhead (sem anti-aliasing) 2.560 x 1.600
1.680 x 1.050
FRAMES POR SEGUNDO: MAIS É MELHOR
FRAMES POR SEGUNDO: MAIS É MELHOR
AMD RADEON HD 5870
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AMD RADEON HD 5870
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AMD RADEON HD 4890
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AMD RADEON HD 4890
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NVIDIA GEFORCE GTX 285
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NVIDIA GEFORCE GTX 285
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Far Cry 2 (anti-aliasing de 4x) 2.560 x 1.600 AMD RADEON HD 5870 AMD RADEON HD 4890 NVIDIA GEFORCE GTX 285
1.680 x 1.050
FRAMES POR SEGUNDO: MAIS É MELHOR
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FRAMES POR SEGUNDO: MAIS É MELHOR
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AMD RADEON HD 5870
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AMD RADEON HD 4890
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NVIDIA GEFORCE GTX 285
100
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World in Conflict (anti-aliasing de 4x) 2.560 x 1.600
1.680 x 1.050
FRAMES POR SEGUNDO: MAIS É MELHOR
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AMD RADEON HD 5870
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AMD RADEON HD 4890
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AMD RADEON HD 4890
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NVIDIA GEFORCE GTX 285
NVIDIA GEFORCE GTX 285
20
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80
100
INACTIVA
Far Cry 2
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Inactiva/Máximo
AMD RADEON HD 5870
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AMD RADEON HD 5870
AMD RADEON HD 4890
11
AMD RADEON HD 4890
NVIDIA GEFORCE GTX 285
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NVIDIA GEFORCE GTX 285
20
40
60
80
100
Consumo de energia (plataforma global)
FRAMES POR SEGUNDO: MAIS É MELHOR
10
53 20
Desempenho do AA 4x vs AA 8x MÁXIMO
FRAMES POR SEGUNDO: MAIS É MELHOR
AMD RADEON HD 5870
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40
50
WATTS: MENOS É MELHOR
120 285 160 330 135 315
100 200 300 400 500
VODAFONE 360 O serviço agrega no mesmo espaço a agenda telefónica, os e-mails e contactos do Messenger e das redes sociais Quando olhámos para o Vodafone 360, o primeiro “feeling” disse-nos que parecia um serviço interessante, mas potencialmente complicado. Quando pusemos a mão no produto constatámos exactamente isso. Com os contactos arrumados, não há terminal que nos facilite mais a vida, mas até chegarmos ao tal estado de perfeita organização, temos de trabalhar um pouco. A forma como o serviço nos permite gerir tudo é muito funcional e simples. Poderá tratar de tudo na sua conta no PC – uns cliques resolvem a questão – e depois esperar que tudo fique actualizado no telefone. O Vodafone 360 funciona um pouco como o iTunes para o iPhone (mas melhor). O utilizador possui uma conta online a partir da qual pode gerir o telefone. Todas as alterações
efectuadas online serão espelhadas no terminal e vice-versa. Permite acesso directo ao Facebook (no ecrã principal), e a contas de webmail. O mesmo é válido para os programas de chat. É uma pena não suportar Exchange. O utilizador pode consultar e efectuar actualizações de estado, mas não permite responder a um post de terceiros. Não tem grande lógica para o utilizador final, mas é algo que futuramente estará disponível. Sempre que o telefone está em actualização torna-se lento e o acesso a aplicações é mais complicado. Avaliando o 360 como um pacote, terminal mais serviço, só temos boas recomendações a fazer. O terminal é bastante completo, quer em termos de tecnologias (Wi-fi, HSDPA, Bluetooth 2.0), quer em termos de ecrã ou câmara (5Mpx). S.E.
TELEFONE
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SERVIÇO
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ÀS VEZES É LENTO
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VEREDICTO 8
DISTRIBUIDOR VODAFONE n PREÇO 389,90 EUROS n SITE WWW.VODAFONE.PT
TECNOMUST
NOKIA E72 Ser sucessor do E71 não é uma tarefa fácil. Em termos visuais, o Nokia E72 mantém o estilo do modelo antecessor, perdendo porém na qualidade dos materiais utilizados. No entanto, continua a ter uma estrutura robusta e agradável ao toque. O ecrã volta a não ser táctil, mas o rato passa agora a ser óptico, o que melhora bastante a navegação pelos menus, aplicações e Internet. Actualizada foi igualmente a câmara digital, que tem uma resolução de 5 Mp e flash LED. A bateria utilizada é a mesma mas a duração foi optimizada para um máximo de 12h30 de conversação e mais de 20 dias em standby. Em matéria de software e de ligações, o E72 traz tudo o que é preciso para estar comunicável e contactável e acrescenta uma interessante funcionalidade de chat. Em alta está também a facilidade de utilização, sobretudo para quem já está habituado ao sistema operativo S60. Se por ventura ficar às escuras, tem agora à disposição uma função de lanterna de série. Em suma, o E72 mantém intactas as qualidades dos modelos da série E com teclado QWERTY. Uma excelente aposta para quem precisa de um telemóvel orientado sobretudo para o mundo dos negócios, mas cuja compra não recomendamos para quem esteja a pensar em substituir o seu actual E71 J.P.F.
AUTONOMIA
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FUNCIONALIDADES
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CONSTRUÇÃO
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VEREDICTO 9
FABRICANTE NOKIA n PREÇO 429 EUROS n CONTACTO 214 465 600 n SITE WWW.NOKIA.PT
DIVOOM ITOUR-10 Não se deixe enganar pelo tamanho (mínimo) desta coluna de som. A potência e mesmo a qualidade de som que oferece não têm nada que ver com as suas dimensões. Conseguiu surpreender-nos. Não necessita de pilhas, nem de estar ligado a um PC, por exemplo. Oferece dois níveis de volume, e inclui um sistema de reforço dos graves. Para a dimensão que tem, a qualidade de som é muito boa e o nível de ruído e de distorção não são muito elevados. Basta rodar a parte de cima para a coluna exibir uma área de amplificação (parece um acordeão) que projecta o som a 360º. O iTour-10 conta com uma saída de 2.4W e um led que indica a autonomia da bateria. Possui uma bateria com uma autonomia até 6 horas (diz a marca), quase 6 horas (disse o nosso teste). No pacote, o produto vem acompanhado de três adaptadores para telefones móveis e um cabo USB, para ligação ao PC. Para quem pretender uma coluna de fácil transporte, barata e capaz de oferecer uma qualidade de som aceitável, então esta iTour é uma óptima opção. S.E. DIMENSÃO
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QUALIDADE DE SOM
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CABO CURTO
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VEREDICTO 9
DISTRIBUIDOR IBERVOICE n PREÇO 12,99 EUROS n CONTACTO 214 709 210 n SITE WWW.CELLULARLINE.COM
IOGEAR USB LAPTOP KVM FILE TRANSFER Este produto da Iogear permite-lhe ligar dois computadores via USB e controlar totalmente um deles, a partir do outro. Esta pode parecer uma explicação muito simplista do que este equipamento permite fazer, mas realmente não há muito mais a dizer. Na prática, poderá ligar um portátil ao seu desktop e começar a aceder a conteúdos, a transferir ficheiros, a copiar e colar coisas de uma máquina para outra, entre outros. A configuração está longe de ser complicada. O sistema reconhece automaticamente o aparelho e exibe um autorun. Isto significa que todo o firmware e software que vai necessitar está alojado neste aparelho. Também positivo é o facto de redimensionar automaticamente a imagem do desktop para a colocar num laptop. O aparelho possui ainda uma porta USB para que possa ligar um disco externo. Para quem trabalha com um desktop, mas tem também um portátil, este produto permite facilitar a comunicação entre ambos, dispensando teclados e ratos extra. É caro... S.E. 34 | PCGUIA
SIMPLES
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PORTA USB
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CARO
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VEREDICTO 7
DISTRIBUIDOR PINGPOST n PREÇO 99,95 EUROS n CONTACTO 214 103 325 n SITE WWW.IOGEAR.COM
PANASONIC LUMIX FZ38 À semelhança da sua antecessora FZ28, a Lumix FZ38 apresenta um excelente compromisso entre qualidade e desempenho, reunindo um leque de características que tornam esta proposta numa das mais completas e apetecíveis no universo das câmaras chamadas bridge, apesar de o preço não ser propriamente apetecível. A qualidade geral merece nota máxima, sendo um equipamento robusto que apresenta uma excelente pega e funcionalidades topo de gama. O desempenho, a qualidade de imagem quer fotográfica, quer de vídeo e a versatilidade disponibilizada pela lente com zoom óptico de 18x estão igualmente em alta. É capaz de produzir fotos com até 12,1 Mp e vídeos em formato HD 720p, tem microfone estéreo Dolby Digital, uma saída HDMI, estabilizador óptico de imagem Mega OIS, ecrã LCD com 2,7” e 230 mil pixels e conta com o sempre bem-vindo modo automático inteligente. Em suma: melhor mesmo só comprando uma SLR digital. J.P.F.
FUNCIONALIDADES
4
ROBUSTEZ
4
PREÇO
6
VEREDICTO 9
DISTRIBUIDOR SONICEL n PREÇO 499 EUROS n CONTACTO 214 245 300 n SITE WWW.PANASONIC-SONICEL.COM
MICROSOFT NOTEBOOK COOLING BASE
EFICÁCIA
4
ERGONOMIA
4
RUÍDO EXTRA
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VEREDICTO 8
FABRICANTE MICROSOFT n PREÇO 21,99 EUROS n CONTACTO 808 223 242 n SITE WWW.MICROSOFT.COM/PT/PT
A Microsoft estreia-se na gama de acessórios para computadores portáteis com a Netbook Cooling Base, uma base de ventilação que aposta em elementos como o design, a versatilidade, a qualidade, a miniaturização, a mobilidade e a ergonomia. Disponível também em preto, a Microsoft Netbook Cooling Base apresenta uma ligeira elevação oblíqua quando usada com os apoios embutidos por baixo de modo a facilitar o manuseamento do teclado, assentando perfeitamente sobre uma mesa. Com os apoios escondidos, pode ser usada ao colo sobre as pernas. Apresentando uma forma quadrada com 29 centímetros de lado e tendo 2,9 centímetros de espessura, é compatível com a maioria dos modelos à venda no mercado. Para tornar a dissipação de calor mais eficaz, conta com uma ventoinha alimentada por um cabo USB que se pode ligar a uma das portas do laptop. E, para que os cabos não fiquem soltos, inclui ainda um clip de retenção. Uma nota apenas para quem gosta de “sentir” o silêncio do portátil – com o tempo, a ventoinha extra da base vai começar a fazer-se ouvir. J.P.F.
MEMUP K-PEARL Pequeno e leve, este leitor de MP3 e de vídeo da Memup revela uma aposta mais cuidada na interface e na simplicidade de uso. Não há que enganar. Existe apenas um botão em todo o aparelho (ou para sermos mais precisos, uma trackball), a partir do qual poderá aceder a todos os menus e controlar os diferentes tipos de ficheiros. Mesmo os mais iniciados neste tipo de gadgets conseguem navegar, sem problemas, na interface deste leitor. O controlo é fácil e o esquema gráfico não deixa margens para dúvidas. O problema ocorre no controlo de funções, como fazer stop ou regressar à lista de músicas. O sistema nem sempre responde bem (às vezes é mais lento e necessita de nova tentativa por parte do utilizador). A qualidade de imagem é razoável, bem como a de som. Este leitor só suporta ficheiros de vídeo no formato .avi, mas fornece um software de conversão que permite colocar os vídeos neste formato. Não suporta divx. Possui uma bateria razoável – 4 horas de vídeo, 12 de música, e traz o esquema de transferência de ficheiros que nós gostamos, drag and drop. O aparelho é reconhecido como um disco rígido. Está à venda nas versões de 4 e 8 GB. S.E. FABRICANTE MEMUP n PREÇO 49 EUROS (4GB); 59 EUROS (8GB) n CONTACTO 219 833 535 n SITE WWW.MEMUP.PT
INTERFACE
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FÁCIL TRANSFERÊNCIA DE FICHEIROS
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POR VEZES LENTO
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VEREDICTO 7 PCGUIA
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TEMA DE CAPA
CRIE E CONFIGURE A SUA Tire todas as dúvidas e optimize a sua rede com a nossa ajuda
TEXTO JOÃO PEDRO FARIA, JOÃO TRIGO E PEDRO TRÓIA
Este mês, resolvemos responder a todas as suas dúvidas sobre redes e ajudá-lo a montar e configurar uma rede em sua casa. Vamos ensinar-lhe o que são redes e explicar-lhe que tipos de rede existem e quais as diferenças entre elas. Falaremos de coisas como Powerline, wireless, segurança WPA, encriptação e SSID. São termos que, para já, poderão ser-lhe estranhos, mas, no fim deste tema de capa – esperamos nós – conseguirá dominá-los. Queremos mostrar-lhe qual o tipo de rede
O que são a redes? Qual a rede certa para mim? Configure o acesso à Internet Proteja a sua rede sem fios
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O melhor equipamento para a sua rede
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mais indicado para as suas necessidades, como configurar o equipamento para aceder à Internet e como criar uma rede sem fios e assegurar-se de que ela está devidamente protegida. Além disso, elaborámos especialmente para si um teste em grupo a modem/routers para ligações ADSL – para que possa optar pelo melhor equipamento e substituir aquele que o ISP lhe facultou aquando da instalação do serviço. Tudo boas razões para continuar a ler este tema de capa. Vamos a isso?
AVM FRITZ!BOX 7270 BELKIN G WIRELESS MODEM Asus DSL-N11 SMC 7904WBRA-N Netgear DGNB 2100 Sitecom WL-348
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D-LINK DSL-2740B Linksys WAG160N Os nossos benchmarks Análise das especificações Conclusão
REDE DOMÉSTICA
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TEMA DE CAPA
CRIE E CONFIGURE A SUA REDE DOMÉSTICA
O QUE SÃO AS REDES? A PCGuia mostra-lhe alguns conceitos associados às redes de computadores e as opções que tem à sua disposição para construir uma em sua casa 38 | PCGUIA
Desde o aparecimento dos primeiros computadores electrónicos que se procurou um meio de os interligar com o objectivo de partilhar informação. Os primeiros computadores tinham uma filosofia de funcionamento um pouco diferente da actualidade. O CPU (Central Processing Unit) era onde se ligavam os terminais e onde trabalhavam os operadores. Estes terminais eram apenas um teclado e um ecrã, não tendo quaisquer capacidades de processamento autónomo. Com o surgimento dos computadores pessoais, nos anos 80 do século XX, o CPU veio para junto do teclado e de uma outra novidade, o rato.
As primeiras ligações eram feitas através dos chamados cabos série que ofereciam pouca velocidade e só funcionavam bem a curtas distâncias. O primeiro computador a oferecer ligações em rede “out-of-the-box” foi o Mac, que permitia a ligação entre vários computadores e também a partilha de alguns recursos, como, por exemplo, as impressoras. Este sistema denominava-se Apple Talk. No final do século XX começou a funcionar aquilo que viria a revolucionar as comunicações informáticas, a ARPANET, que mais tarde se veio a chamar Internet. Mas não foi só o conceito de se ligarem computadores uns aos outros através de
TEMA DE CAPA
CRIE E CONFIGURE A SUA REDE DOMÉSTICA
EXISTEM VÁRIOS TIPOS DE REDES, QUE SE DISTINGUEM PELO ALCANCE E PELO MEIO DE LIGAÇÃO
grandes distâncias que revolucionou a forma como comunicamos hoje com os nossos dispositivos digitais. Talvez mais importante do que isso foi a infra-estrutura pensada e levada à prática para o efeito, ou seja, o protocolo TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol). A grande novidade deste protocolo de comunicação foi a divisão da informação em pacotes. Com este sistema, as redes são mais resistentes a erros, permitindo a construção de infra-estruturas mais extensas. Outra característica deste protocolo de comunicação é a versatilidade, uma vez que permite que se passem todos os tipos de informação através destas ligações.
WAN E LAN Existem vários tipos de redes, que se distinguem pelo alcance e pelo meio de ligação: WAN (Wide Area Network) é a sua ligação à Internet através de quaisquer dispositivos, sejam eles computadores, telemóveis, etc., fora da sua rede local; LAN (Local Area Network) é a rede local. São todos os dispositivos ligados em rede dentro de uma área muito restrita, que pode ser um escritório ou uma casa; WLAN, WWAN (Wireless Local Area Network, Wireless Wide Area Network) são semelhantes aos anteriores, com diferenças no meio de ligação. Neste caso, utilizam-se ondas rádio para construir as redes. Um exemplo de uma WWAN é a rede de telefones móveis GSM ou UMTS.
VELOCIDADES A velocidade das redes digitais mede-se em bps (bits por segundo). Assim, no mercado de consumo, existem três tipos de redes com 40 | PCGUIA
fios: 10Base-T, que oferece 10 Mbps (10 megabits por segundo), 100Base-T, que oferece 100 Mbps, e 1000Base-T, que oferece 1Gbps (1 gigabit por segundo). Deve-se utilizar sempre cabos de boa qualidade, categoria 5 ou categoria 6. Estas nomenclaturas referem-se à qualidade da blindagem do cabo. A blindagem é o que protege o cabo das interferências exteriores, melhorando o sinal e optimizando assim a velocidade de comunicação. No caso das redes sem fios existem: 802.11b a 11 Mbps, 802.11g, que oferece 54 Mbps, e 802.11n, que tem 300 Mbps de velocidade máxima. Existem ainda protocolos específicos para redes sem fios de certos fabricantes que anunciam ganhos em velocidade e alcance mas que, em certos casos, limitam a compatibilidade com material de outros fabricantes.
OPÇÕES PARA CONSTRUIR A SUA REDE Para construir uma rede simples entre dois computadores basta que ambas as máquinas tenham uma placa de rede e um cabo “cruzado”. Estes cabos têm as ligações espelhadas nas pontas, ou seja, o pino de um lado está ligado ao sinal de transmissão e do outro está ligado ao sinal de recepção, e assim sucessivamente. Este sistema é simples, mas só permite a ligação entre duas máquinas. Se quiser ligar mais terá de ter um switch. Estes aparelhos funcionam como “fichas triplas” para ligação em rede. Ou seja, pode ligar um dispositivo em qualquer uma das entradas do switch de forma a ligá-los em rede automaticamente. Neste caso, não necessita
de um cabo cruzado porque o próprio switch trata de redireccionar os sinais. Outra vantagem deste hardware é a possibilidade de se ligarem dispositivos com velocidades de transmissão diferentes. As redes Powerline utilizam a infra-estrutura eléctrica para transmitir sinais entre dispositivos. Este sistema é particularmente útil se as redes sem fios forem ineficazes e não for possível passar cabos para as ligações. O problema deste tipo de redes é que são muito sensíveis a interferências exteriores, principalmente de aparelhos que injectam ruído na rede eléctrica, como acontece com os fornos microondas e os frigoríficos. Se quiser ligar vários dispositivos a uma WAN (Internet), terá de usar um router. Este hardware funciona como uma central telefónica redireccionando a comunicação da Internet para o dispositivo certo que a pediu. Incluído no router também está um switch. Os routers podem, ou não, ter um modem ADSL e podem também oferecer a possibilidade de se construir uma rede sem fios.
QUE TIPO DE REDE? Em primeiro lugar tem de ter uma ideia acerca do que quer fazer para poder adequar as várias opções às suas necessidades. Por exemplo, se quiser apenas partilhar o acesso à Internet, pode usar uma rede sem fios, visto que a carga é relativamente baixa, mas se quiser passar ficheiros de um lado para o outro, é preferível uma rede com fios. Assim como no caso de sistemas para streaming de áudio e vídeo. No caso dos jogos online é aconselhável escolher um router com um sistema de QoS (Quality of Service). Este sistema permite-lhe atribuir prioridades ao tráfego, podendo assim designar o jogo como tráfego de alta prioridade e não ter interrupções enquanto joga. Se optar por uma rede sem fios tenha o cuidado de não ter, por exemplo, telefones sem fios no caminho, visto que estes geram muitas interferências que podem degradar a velocidade de comunicação. Outra questão no que respeita às redes sem fios é o alcance. Se a qualidade do sinal for má em algum ponto da sua casa pode tentar resolver o problema comprando antenas de alto ganho. Esta é uma solução mais barata do que comprar um repetidor para amplificar o sinal e na maioria das vezes resolve o problema.
TEMA DE CAPA
CRIE E CONFIGURE A SUA REDE DOMÉSTICA
QUAL A REDE CERTA PARA MIM? Antes de pensar em comprar hardware, avalie bem as suas necessidades e opte pela melhor solução para a sua casa
A maior parte dos routers oferece ligações sem fios e quatro portas LAN para ligações com cabos de rede
DICA JOGO NA MAIOR DAS REDES
Quer jogar online no seu computador ou na consola? Nesse caso, opte, sempre que possível, por uma ligação com fios entre o dispositivo de jogo e o ponto de acesso à Net (modem/router). Há menos interferências e a ligação física tem mais vantagens no que concerne à rapidez e estabilidade.
Quer usar o notebook no jardim de sua casa? Opte por uma rede sem fios, mas não se esqueça de a proteger
Toda a gente fala de redes. A PCGuia também, em quase todas as edições. Mas fazemo-lo porque temos razão para tal. Ainda somos do tempo em que configurar uma rede doméstica era uma dor de cabeça. Envolvia a construção manual de um cabo de rede e muitas horas de navegação em caixas de diálogo e a consultar manuais para resolver problemas. Este cenário faz parte do passado. Hoje, a configuração de uma rede – desde que esta conte com o equipamento adequado – demora apenas alguns minutos. Repare que colocámos estrategicamente em destaque na frase anterior “desde que esta conte com o equipamento adequado”. Não foi por acaso. A infra-estrutura de rede que instala em sua casa deve estar adequada às suas necessidades. A escolha errada do tipo de instalação e dos equipamentos dita muitas vezes o início de uma relação de amor/ódio com a rede doméstica.
SE TEM PRESSA... INFRA-ESTRUTURA
VANTAGENS
DESVANTAGENS
REDE COM FIOS
4 Velocidade 4 Segurança 4 Estabilidade
6 Utilizador “preso” a uma localização
REDE SEM FIOS
4 Alcance 4 Liberdade de acesso
6 Mais vulnerável 6 Menos velocidade
POWELINE
4 Instalação 4 Barato
6 Ocupa tomadas 6 Menos velocidade
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COM OU SEM FIOS Antes de tudo, defina as suas necessidades (veja o esquema). Lembre-se de que há equipamentos exclusivos para uso de ADSL e para cabo, portanto tenha em atenção a natureza do seu acesso à Net. Se só utiliza a rede no escritório, não há razão para instalar uma infra-estrutura de rede wireless. Bastará ligar os equipamentos do router que tem colocado na secretária. Desta forma, não vai ter de lidar com todo o processo de configuração e protecção de rede, e não vai confrontar-se com intrusos wireless. Se, por outro lado, quer ter rede em toda a casa, então a opção sem fios é claramente a mais indicada, já que “espalhar” os cabos de rede pela instalação de sua casa pode ser um tormento. Neste caso, as suas principais preocupações são a segurança e a cobertura. No que respeita à primeira, veja o artigo que dedicámos ao assunto neste tema de capa. Quanto à cobertura, deve ter em conta a área da sua casa e a localização das paredes (são entraves ao sinal de rede sem fios). Existem três standards de rede sem fios (wi-fi): 802.11b, 802.11g e 802.11n. A grande diferença entre eles está na capacidade de cobertura e na velocidade oferecida. O standard b garante velocidades de 11 Mbps e uma área de cobertura (dentro de casa) de cerca de 30 metros. O g garante velocidades de transferência de dados de 54 Mbps e uma cobertura de 45 m. Por fim, o mais recente, 802.11n, disponibiliza velocidades até 300 Mbps e uma cobertura de 90 m. Todos
funcionam numa frequência de 2.4 GHz, mas alguns equipamentos g suportam já 5 GHz. Não pense que tem de usar todos os equipamentos com o mesmo standard. É possível utilizar um router wireless n com computadores com placas g. Nesse caso, vinga o princípio do menor denominador comum, ou seja, a velocidade de transferência de dados do PC é de 54 Mbps, e o router respeita-a. Mas uma vez que este equipamento é g, a cobertura é maior. Percebe pois que se a área que quer cobrir com a sua rede wi-fi for vasta, terá de recorrer a equipamento de rede n. Se mesmo assim não conseguir sinal em alguns pontos (ou se não quiser mudar de hardware de rede e estiver a usar um router g), pondere a aquisição de antenas de alto ganho, que amplificam o sinal. Devidamente colocadas em pontos chave dentro da sua casa, podem resolver o problema. Tenha ainda em consideração que redes com e sem fios não são mutuamente exclusivas. Pode ter uma rede com fios no escritório e usar um router com wi-fi para usar o seu portátil e PSP na sala, por exemplo.
A OPÇÃO POWERLINE Muito embora não seja muito utilizada em Portugal (algo que tem tendência a mudar), o Powerline é uma opção adequada em algumas situações. Esta tecnologia assenta no princípio de utilização da rede eléctrica pré-existente para ligar os computadores. As especificações de ligação foram desenvolvidas pelos membros da HomePlug Powerline Aliance
Alguns kits Powerline, como este Devolo, permitem aproveitar as tomadas de electricidade
(www.homeplug.org/home), pela Universal Powerline Association e pela HD-PLC Aliance. Na prática, como pode usar uma rede Powerline em casa? Basta comprar um kit com adaptadores para as tomadas eléctricas. Depois, liga um cabo directamente do modem/router a um dos adaptadores e liga este a uma tomada. Será ele o responsável por “injectar” o sinal na rede eléctrica de sua casa. Agora basta ligar um outro adaptador numa tomada em qualquer divisão e, depois de configurar o sistema, terá acesso à Net assim que ligar o seu portátil (ou outro aparelho) a este segundo adaptador. É um princípio simples e funciona bem. A
desvantagem é que acaba por ocupar as tomadas eléctricas com os adaptadores. Muito embora existam já kits que permitem aproveitar a tomada oferecendo uma ligação eléctrica no aparelho – como o Devolo dLAN 200 AVsmart+ – esta feature não é, para já, usual neste tipo de equipamentos. A vantagem tem que ver com o facto de poder colocar adaptadores nas divisões onde quer ter acesso à Net ou à rede doméstica. Ou então pode levar um adaptador consigo pela casa e ligar-se em qualquer ponto. Consegue adquirir kits Powerline que garantem velocidades de transferência de dados até 200 Mbps.
PRECISA DE REDE EM TODA A CASA? SIM
NÃO
Opte por uma rede wireless. A casa é grande? SIM
Opte por uma infra-estrutura de rede com fios. Precisa de rede em mais do que uma divisão?
NÃO SIM
Escolha um equipamento N. Tem cobertura em toda a casa? SIM
Óptimo. Não se esqueça de proteger a rede.
Basta um router que suporte redes G.
NÃO
Já ponderou a opção Powerline? Pode “levar” a rede consigo para qualquer divisão.
NÃO
Instale o router e ligue os computadores às portas LAN disponíveis.
Instale antenas de alto ganho para aumentar a cobertura da rede.
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TEMA DE CAPA
CRIE E CONFIGURE A SUA REDE DOMÉSTICA
CONFIGURE O ACESSO À INTERNET Apesar de a interface entre o PC e a Internet dos modem routers facilitar cada vez mais a vida ao utilizador, poderá ser necessário aplicar alguns ajustes Longe vai o tempo em que a configuração de um router no que à parte do acesso ADSL diz respeito tinha de ser feita por utilizadores mais experientes ou, pelo menos, minimamente familiarizados com a terminologia utilizada neste campo. Nesses dias longínquos, em que surgiram os primeiros serviços de acesso à Internet em banda larga, eram raros os fornecedores de acesso à Internet que disponibilizavam mais do que um simples modem com interface USB para ligação USB, modem esse que vinha já configurado de série para funcionar imediatamente após a instalação no PC do software fornecido no pacote. Mais do que isso, como instalar um modem com router, por exemplo, era arriscar. Felizmente, nos dias de hoje as configurações estão muito facilitadas. Depois de ligar todos os cabos, as definições de rede vão sendo assimiladas e não deverá haver problemas de maior na instalação. No entanto, antes de instalar o modem router convém que procure
as definições de configuração recomendadas no site do ISP que ofereça o seu acesso ADSL, que se encontram muitas vezes na área de perguntas frequentes (FAQ) ou numa área mais técnica. Caso a informação não esteja completa, outra solução é ligar para o número de apoio ao cliente e solicitar ajuda técnica. Nesse caso, o ISP colocará à disposição um técnico que o ajudará a configurar o dispositivo item a item, apesar de essa ajuda se poder traduzir nuns largos minutos passados ao telefone. Felizmente, os routers modernos com funcionalidade de modem são bastante avançados e inteligentes no que diz respeito à gestão da ligação à Internet. No entanto, nem tudo funciona sempre bem, sobretudo quando se compram equipamentos no mercado que não estão optimizados especificamente para o acesso contratado. Nesses casos, há que manter a calma e seguir algumas dicas para ultrapassar os problemas.
VERIFIQUE AS DEFINIÇÕES DE ADSL
01
Aceda ao menu de configuração do equipamento. Na lista à esquerda, procure pelo separador ADSL para verificar as definições. Caso não tenha informações sobre o seu tipo de ligação, vá ao submenu de settings e seleccione o modo automático para que a ligação seja negociada com os parâmetros padrão. Escolha uma das outras opções apenas se souber o que está a fazer ou se lhe for recomendado pelo suporte técnico do seu ISP. 44 | PCGUIA
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Um outro submenu da parte relativa ao ADSL permite verificar o ponto de situação da ligação ao ISP. Os valores apresentados não são editáveis mas permitem-lhe diagnosticar eventuais problemas, sendo uma enorme ajuda quando procurar auxílio online ou através do suporte técnico do seu ISP. Se, por ventura, se deparar com uma situação como esta, é porque a ligação está “morta”. Aplique o ponto posterior ou ligue de imediato para o seu ISP.
03
Os modem routers ADSL modernos têm uma grau de inteligência superior face aos primeiros modelos, funcionando como se de um dispositivo plug & play se tratasse. Assim que for ligado à rede informática e à rede telefónica, o equipamento adapta automaticamente as definições de acordo com cada caso específico. No entanto, e caso queira recuperar as definições de origem, procure no menu de configuração pela ferramenta reset e aplique-a.
TEMA DE CAPA
CRIE E CONFIGURE A SUA REDE DOMÉSTICA
PROTEJA A SUA REDE SEM FIOS Poder aceder à Net em qualquer parte de sua casa é óptimo, mas deve assegurar-se de que tem a rede protegida
AO DETALHE O QUE É O MAC ADDRESS
O endereço MAC é um número irrepetível que é atribuído exclusivamente a um dispositivo na rede. Assim, se utilizar o MAC Filtering – filtragem de endereços MAC na rede – assegura-se de que apenas os computadores com os endereços especificados conseguem aceder à rede wireless.
Nós somos os primeiros a aconselhar a utilização de uma rede sem fios. É mais conveniente, mais confortável, confere maior liberdade e permite-lhe reduzir a quantidade de fios espalhados pelo chão. Mas a utilização de rede wireless está directamente dependente da configuração de uma política de segurança que garanta que apenas e só o utilizador (ou quem este queira) tem acesso à mesma. Encriptação WAP, SSID Broadcast, MAC Address e Shared-Key são termos que o leitor deve dominar depois de ler este artigo.
Vamos explicar-lhe como pode proteger a sua rede wireless, configurando uma palavra-chave, limitando os computadores que a ela podem ter acesso ou escondendo o nome da rede. Para este tutorial, utilizámos um modem/router da SMC, pelo que os nomes das opções são os que este fabricante utiliza nos seus equipamentos. Se o seu router não for desta marca, procure opções semelhantes. Os nomes poderão variar, mas pelas opções disponíveis, o leitor deverá chegar onde queremos.
SEGURANÇA ACIMA DE TUDO
01
Abra a interface de configuração do router e procure a área referente à rede sem fios. Neste caso (modem/router SMC), chama-se Wireless. Certifique-se de que a opção Enable or Disable Wireless module funtion está ligada e vá até à secção Channel and SSID.
02
No campo SSID, dê um nome à sua rede sem fios. Se quiser que este nome seja visível a máquinas que procurem redes, wireless, deixe o SSID broadcast ligado. Se pretender que os computadores “Não vejam a rede”, desligue-o. No Wireless Mode, escolha o standard (b/g/n) que os seus equipamentos usam. Se não souber qual utilizar, deixe a opção Mixed – o router adequará a velocidade a cada um dos equipamentos. Deixe o resto das opções como estão.
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É aqui que vai definir a palavra-chave para que os computadores possam usar a rede sem fios que criou. No sistema de autenticação, permita a Pre-shared key e defina uma password para a rede. Inclua números e letras para uma maior protecção. 46 | PCGUIA
Se quiser melhorar a segurança, utilize os filtros MAC dos equipamentos (veja a caixa). Vá a Access Control e clique em Enable MAC Filtering. O router deverá reconhecer os endereços MAC das suas máquinas. Se não o fizer, introduza-os manualmente.
Agora abra a secção Security. Na caixa de escolha do tipo de segurança (encriptação da chave de rede), escolha WPA only, se disponível. Grave as alterações e vá até à subsecção WPA.
Para saber qual é o endereço MAC de cada um dos computadores, abra uma linha de comando (Vá a Iniciar, escreva cmd na caixa de acesso rápido) e escreva ipconfig /all. Na secção de redes wireless, copie os números referentes ao Endereço Físico.
TEMA DE CAPA
O EQUIPAMENTO CERTO Os modem/routers não são todos iguais. Veja aqui as propostas que existem no mercado para servir de “coração” à rede doméstica JOÃO TRIGO E JOÃO PEDRO FARIA
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PARA A SUA REDE Passámos por um longo processo de aprovação de standards. Demorou muito mais tempo do que qualquer pessoa esperaria. Sete anos, para sermos exactos. Mas a norma de funcionamento em rede 802.11n, também conhecida por “Wireless N”, foi finalmente ratificada. É a abordagem mais recente, mais rápida e mais fiável ao funcionamento em rede Wi-Fi. Dito de outra maneira, tal como o Wireless B deu lugar ao Wireless G, em breve o Wireless G será substituído pelo Wireless N. O resultado será o fim de quaisquer insuficiências da tecnologia de funcionamento em rede sem fios relacionadas com a largura de banda. Supostamente, pelo menos. Para os leitores mais cépticos, a finalização do protocolo N constitui um momento convenientemente auspicioso para dar uma vista de olhos pelos routers ADSL
sem fios mais recentes e descobrir se a era dos conteúdos multimédia sem fios em casa chegou de facto. Há séculos que estão à venda produtos que suportam a norma Wireless N. Por isso não levamos a mal se o leitor ficar na dúvida sobre o que mudou ao certo. A chegada do N ratificado oficialmente tem que ver sobretudo com a garantia de conformidade e compatibilidade. Até aqui, todo o hardware se baseou numa das várias versões não finais do protocolo N, com um rótulo ligeiramente diferente, tal como “PréN” ou “Draft-N”. Por exemplo, se o leitor comprou um router Pré-N em 2006, o mais provável é que esteja obsoleto. Não poderá actualizar o firmware para transformá-lo num genuíno router N. A maioria das unidades Draft-N, contudo, deverá estar preparada para funcionar com firmware 100% actualizado para a norma N. Tudo isto deixa no ar a questão de saber se o funcionamento em rede sem fios N, em forma de esboço, oficial ou outra, cumpre realmente a promessa de fornecer largura da banda suficiente para a era multimédia.
Mais especificamente, será que tem as qualidades necessárias em relação à transmissão de vídeo para lidar com os exigentes conteúdos de alta definição em termos de largura de banda? Até onde nos diz respeito, esta é talvez a insuficiência mais significativa que atormenta a tecnologia de funcionamento em rede da norma G para uso doméstico. Sob todos os outros aspectos, com a possível excepção do desempenho a longa distância, o protocolo G já cumpre muito bem o seu trabalho. Apesar disso, há outras considerações que podem fazer pender as coisas a favor ou contra o N, tais como a latência nos jogos, o alcance físico e, não menos importante, o custo. Além disso, no que diz respeito aos routers ADSL, as velocidades WAN são tão importantes como as velocidades LAN. Haverá uma diferença significativa na velocidade a que um router rival sincroniza uma troca de dados ADSL ou na largura de banda contínua que cada um consegue alcançar? Leia o resto do Superteste para obter respostas a todas estas perguntas e mais.
COMO TESTÁMOS Na redacção da PCGuia, somos um grupo de “multimédiodependentes” viciados na Web, por isso temos duas grandes prioridades no que diz respeito ao funcionamento de redes sem fios. Primeira, queremos ter a certeza absoluta de que vamos tirar o máximo partido da nossa ligação de banda larga. Segunda, gostamos de bombar conteúdos de alta definição através das nossas redes. Com isso em mente, testámos velocidades básicas de sincronização via Internet, juntamente com taxas de débito tanto a curta distância como de divisão para divisão a cerca de 10 metros. Em seguida realizámos o mesmo teste com transferências de ficheiros simples e transmissão de filmes com velocidades de transmissão de 8 MB, 20 MB e 40 MB. PCGUIA
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TEMA DE CAPA
AVM FRITZ!BOX 7270 Os estereótipos culturais nunca são bons. Ainda mais no que se refere aos pobres alemães, com a sua reputação de fanáticos pela ordem e sem qualquer sentido de humor. Por isso, vamos deixar as piadas sobre a II Guerra Mundial para quem se especializou nelas. Dito isto, temos que ser fiéis a nós mesmos e referir que o Fritz!Box 7270 da AVM parece estar crivado do fetiche pela precisão e excelência de engenharia que também caracteriza os alemães. Há pouca correlação entre a escolha do divertido nome e o sério conjunto de especificações que este router apresenta. Tem de facto tudo. Os destaques incluem o funcionamento em rede sem fios na norma N, suporte para fax, VolP e armazenamento USB. O último permite configurar o armazenamento em rede sem necessidade de manter o computador ligado ou de comprar um dispositivo NAS dedicado. Praticamente qualquer chave ou disco rígido USB serve na perfeição.
FUNCIONALIDADES... MAS A QUE PREÇO? O Fritz!Box suporta igualmente o protocolo de telefone sem fios DECT, o qual permite ligar até seis telefones para chamadas de voz via linha terrestre e VolP. De facto, ao combinar dois formatos, o leitor pode ter até quatro linhas activas em simultâneo. Além disso, oferece inclusive a capacidade de atendimento de chamadas. Não só as mensagens são gravadas como ficheiros WAV, como também o Fritz!Box pode ser configurado para enviá-las automaticamente para um endereço electrónico à sua escolha enquanto está ausente. Fantástico. Mas são as opções e os dados detalhados na interface do browser que realmente nos deixam de cara à banda. Para começar, existem tabelas e
FUNCIONALIDADES
ALTAMENTE CONFIGURÁVEL
✔
CARO
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VEREDICTO 8
gráficos que não só detalham todos os computadores, periféricos e dispositivos na sua própria rede, como obtém igualmente uma análise pormenorizada de praticamente toda a actividade relevante de funcionamento em rede sem fios que decorre nas imediações. Tanto melhor, por exemplo, para tomar decisões informadas sobre quais os canais de rádio que provavelmente causam menos interferência com outras redes sem fios. Além disso, graças ao suporte de Wireless N de banda dupla, não deverá ter quaisquer problemas para encontrar algum espaço no seu espectro de frequências local. Dito isto, é importante lembrar que irá necessitar de suporte para o adaptador de cliente se quiser tirar partido dos 5 GHz. Só os adaptadores dos notebooks e computadores de secretária mais recentes incluem suporte para Wireless N a 5 GHz. No entanto, partindo do princípio de que possui o equipamento certo, que tipo de desempenho pode esperar? Muito bom é a resposta, ainda que alguns cliques abaixo do D-Link na maioria dos nossos testes de benchmark. O débito de dados básico do Fritz!Box de 73 MB por segundo a curta distância é realmente convincente, tal como é um resultado de 6,3 MB por segundo na transmissão de divisão para divisão. À semelhança de outros routers Wireless N em teste, o Fritz!Box não teve qualquer problema para transmitir de forma fluida os nossos filmes de teste de 8 MB e 20 MB. Custa-nos admiti-lo, mas parece cada vez mais um trabalho para qualquer que seja o protocolo de funcionamento em rede sem fios que venha substituir o N. Podemos todos ter pela frente uma longa espera...
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BELKIN G WIRELESS MODEM A razão de ser da presença de um equipamento baseado em 802.11b/g e não b/g/n prende-se com o facto de querermos ver até que ponto o menor preço consegue compensar a também menor capacidade de cobertura e de velocidade sobre a rede. Dito isto, damos-lhe toda a legitimidade para pensar que não vale a pena ralar-se com os equipamentos sem fios mais caros. Em vez disso, basta escolher o router mais barato que conseguir encontrar. Afinal de contas, se o seu objectivo é configurar uma rede de transmissão multimédia para enviar conteúdos de divisão para divisão, não serve de muito se funciona intermitentemente. Por outro lado, talvez tudo o que peça ao seu router sem fios seja a partilha eficiente e fiável da ligação de banda larga. O mais recente router ADSL económico da Belkin com Wireless G parece oferecer uma excelente relação preço/qualidade. Por apenas 39 euros obtém um gateway sem fios totalmente funcional com suporte para ligações ADSL2+ de largura de banda elevada, encaminhamento de quatro portas Ethernet e conectividade sem fios conforme com as especificações G. Até a própria Belkin não tem grandes pretensões relativamente às capacidades de desempenho elevado do G Wireless Modem Router, descrevendo-o em vez disso como “perfeito para configurar uma rede sem fios simples”. Desde que não necessite do tráfego sem fios da classe N, porquê pagar mais? Pelo menos, era assim que pensávamos até ligarmos esta unidade e começarmos a verificar o desempenho do hardware.
MUITO BARATO
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DÉBITO WI-FI
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DESEMPENHO ADSL
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VEREDICTO 6
UM ADS-HELL Curiosamente, o pior dos problemas não envolve o tráfego da rede local. É certo que ocupa o último lugar no nosso teste de transferência de um ficheiro de 1 GB. Não é muito pior do que o Netgear no que toca a transmitir vídeo de largura de banda elevada. A verdade nua e crua é que nenhum dos routers G se sai bem nessa tarefa. Não, o aspecto realmente horrível do desempenho do Belkin envolve o débito de banda larga. Apesar de uma sincronização a mais de 16 MB por segundo, por conseguinte a cerca de 1 MB de diferença dos routers mais rápidos em teste, as velocidades de transferência reais são absolutamente gélidas. Wi-Fi ou Ethernet, o tipo de ligação não importa, o leitor obtém o mesmo débito patético upstream a rondar a marca dos 2,2 MB por segundo. O facto de o desempenho ascendente superior a 0,8 MB por segundo ser muito mais aceitável é um magro consolo. De facto, ficámos espantados com o desempenho downstream de banda larga do Belkin. Uma rápida pesquisa no Google revelou uma performance decepcionante. Nesse contexto, o facto de a Belkin o ter deixado para a posteridade com uma tolerável interface de utilizador baseada na Web dificilmente importa. Nem importam outras ninharias, tais como a falta de encaminhamento de portas ou detalhes de acesso predefinidos, como IP, nome de utilizador e palavra-passe do router. Trata-se de uma questão puramente académica.
DISTRIBUIDOR WORTEN ■ PREÇO 39,99 EUROS ■ CONTACTO WWW.WORTEN.PT ■ SITE WWW.BELKIN.COM PCGUIA
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TEMA DE CAPA
ASUS DSL-N11 A unidade com que a Asus decidiu participar no teste comparativo a modem/router para a primeira edição de 2010 da PCGuia tem no design uma evidente mais-valia. Esteticamente é um produto bem pensado e concebido. O painel frontal tem um visual distinto e as luzes led relativas ao estado de funcionamento dos vários componentes encaixam na perfeição. Talvez fosse preferível colocar o botão de WPS na secção frontal ou superior, pois colocá-lo no painel traseiro poderá dificultar o acesso, sobretudo caso decida fixar o Asus DSL-N11 na parede – e o DSL-N11 pode ser mesmo colocado lá graças aos suportes de fixação que tem na sua base, um pormenor que não se pode aplicar a todos os modelos que constam neste comparativo. Aliás, apenas o SMC, o Sitecom, o Fritz e o Linksys partilham desta possibilidade. Ainda no capítulo estético, uma palavra menos positiva para a qualidade de construção. Não é um produto mal acabado ou montado, mas os plásticos utilizados aparentam alguma fragilidade.
INTERFACE E BENCHMARKS Algo de que o Asus se pode gabar é de ter, em nossa opinião, a interface mais intuitiva de todos os oito modem/routers presentes neste teste em
PREÇO
DESIGN
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DESEMPENHO
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VEREDICTO 7
grupo. Para quem não está muito à vontade com aspectos relacionados com a configuração e a alteração de settings, a simplicidade do sistema de menus será certamente bem recebida. As opções de configuração mais frequentemente utilizadas estão todas lá, assim como os ecrãs de configuração para a segurança da rede. Pena é que não seja possível colocála na língua de Camões. Em termos de desempenho da rede sem fios, o mesmo não se pode infelizmente dizer. Embora seja razoável, a verdade é que os nossos testes de transferência de ficheiros fazem ver que a concorrência mostrou maior solidez no capítulo da performance, com uma única excepção – o modelo da SMC. Estes valores colocam-no longe do pelotão da frente, que segue destacadíssimo, como poderá verificar nos gráficos publicados mais à frente. Um dos factores mais atractivos no DSL-N11 é, indubitavelmente, o preço a que o fabricante asiático disponibiliza o equipamento. Por sensivelmente 80 euros terá acesso a um dispositivo capaz, com todas as características e funcionalidades necessárias para o seu acesso seguro e rápido à maior das redes por intermédio da tecnologia ADSL2+, bem como para construir o centro da sua rede informática. Se o orçamento pesa mais do que a necessidade de desempenho puro, é uma escolha a considerar.
DISTRIBUIDOR ASUS ■ PREÇO 79,90 EUROS ■ CONTACTO 707 500 310 ■ SITE PT.ASUS.COM
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SMC 7904WBRA-N Se acabámos a falar do preço apetecível do Asus, então o que dizer deste SMC 7904WBRA-N, que talvez se torne mais apetecível se o denominarmos por ADSL Barricade N? Os 74,90 euros pedidos pelo fabricante (eleito pelos leitores da PCGuia nos últimos anos como a melhor marca de equipamento de rede) são uma pechincha tendo em conta a panóplia de tecnologias que pode encontrar dentro do chassis prateado. Foi com satisfação que verificámos que a SMC optou por manter a solução mecânica de botão on/off via em vez da opção de mola, que muitos dissabores já causou no passado devido ao encravamento por desgaste. Mas voltando à questão estética, os led de diagnóstico estão claramente visíveis na parte avançada do painel superior, onde poderá encontrar também o botão WPS para configuração rápida de uma rede sem fios. A combinação de cores é a habitualmente vista em dispositivos SMC da gama Barricade e, tal como a Asus, pode ser colocado na parede, oferecendo na base os dois suportes dedicados a este fim. Talvez devido à questão do preço, e à semelhança também do modelo da Asus, os plásticos, contudo, poderiam ser de melhor qualidade.
PREÇO
✔
INTERFACE
✔
DESEMPENHO
✖
VEREDICTO 7
LUGAR AOS NÚMEROS No entanto, nem tudo são rosas. Os valores registados nos benchmarks deixaram-nos surpreendidos, mas pelas piores razões. Se, por um lado, a SMC garante um suporte e um acompanhamento online adequados à marca que ostenta, não podemos deixar de dizer que esperávamos um desempenho mais sólido capaz de nos convencer a atribuir uma nota mais adequada aos créditos que tem vindo meritoriamente a conquistar no mercado nacional. Não são números que colocam em causa a estabilidade da rede mas, no contexto deste teste em grupo, os gráficos mostram que as soluções concorrentes são mais consistentes. Em seu favor tem a facilidade de configuração e o excelente conjunto de opções técnicas ao dispor de utilizador. Aliás, a interface do SMC será porventura aquela que conseguirá obter o consenso em matéria de satisfação quer dos utilizadores ditos amadores, quer daqueles mais experientes, que gostam de deixar a sua marca setting a setting – apesar de não ser possível colocá-la em português. Os principiantes poderão ainda contar com um assistente capaz de fazer todo o trabalho de configuração automaticamente. Muito embora não seja perfeito, não deixa de ser uma boa ajuda.
DISTRIBUIDOR SMC ■ PREÇO 74,90 EUROS ■ CONTACTO 214 217 767 ■ SITE WWW.SMC.COM PCGUIA
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TEMA DE CAPA
NETGEAR DGNB 2100 É um dos nomes mais sonantes no mercado e esse facto é, só por si, digno de menção. A Netgear dá cartas no que concerne a hardware de rede há muitos anos, e tem uma experiência acumulada que garante aos utilizadores qualidade de serviço. O Netgear DGNB 2100 pode ser adquirido em bundle com uma pen drive n, para que o possa ligar no seu computador portátil, caso este não disponha ainda de suporte nativo para o standard recentemente ratificado, ou como modem/router standalone – apenas o equipamento designado por 2100. À imagem da proposta da Sitecom, também este Netgear é muito pequeno. Aliás, em área ocupada, é mais pequeno ainda, mas as antenas estão colocadas no painel traseiro, e do lado de fora. Conta com botão de mola on/off – já assistimos a situações em que este tipo de botões ficam presos – e apresenta no painel frontal um conjunto de leds para diagnóstico que foram colocados tendo o critério estético em mente. Dos equipamentos em análise, o DGNB 2100 revelou ter a interface mais “crua”. Não dizemos isto por não ser bonita – conseguimos viver bem com esse facto – mas porque nem sempre é fácil encontrar os settings pretendidos. Além disso, não existe hipótese de alterar a
COMPACTO
ASSISTENTE DE CONFIGURAÇÃO
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INTERFACE
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VEREDICTO 7
linguagem para o português, um entrave que os utilizadores com menor experiência não gostarão certamente de encontrar...
DESEMPENHO CONSISTENTE Todos os nossos testes revelaram um modem/router seguro de si, com argumentos técnicos suficientes para que possamos garantir que está preparado para ser o coração da sua rede. A consistência caracteriza os valores obtidos nos nossos benchmarks. Independentemente da distância de teste, mostrou a mesma capacidade – tanto a curta como a média distância. Na verdade, os valores registados na cópia de ficheiros de 1 GB foram muito semelhantes: repare nos valores para cópia a 1 m e a 10 m – a perda de velocidade é insignificante. Entre as suas demais armas encontram-se características como a possibilidade de recorrer a opções de controlo parental e uma feature que nos pareceu particularmente útil: o Autodetect Connection Type. É um assistente de detecção e de configuração de rede que poderá revelar-se uma ajuda preciosa para quem não tem por hábito meter as mãos em definições de rede que vão muito para além dos seus conhecimentos técnicos. Com ele, poderá parametrizar e configurar a sua rede em apenas alguns minutos.
DISTRIBUIDOR MINITEL ■ PREÇO 99 EUROS ■ CONTACTO 213 810 900 ■ SITE WWW.NETGEAR.COM
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SITECOM WL-348 Quando estiver a ler estas linhas, este modelo da Sitecom deverá estar a chegar às lojas nacionais. Entre as suas principais vantagens encontram-se as dimensões – este é o modem/router mais compacto do teste comparativo, um pormenor que é cada vez mais imagem de marca do fabricante, que aposta na miniaturização do hardware como factor diferenciador. Para quem não tem muito espaço disponível em cima da secretária (ou noutro lado) é uma mais-valia. Não deixa de ser notável que a Sitecom tenha conseguido colocar numa caixa pouco superior a um palmo (de diagonal) as três antenas para a rede sem fios e a funcionalidade WPS. Por outro lado, o reduzido form factor também o prejudica, uma vez que notámos sobreaquecimento do router, nomeadamente no painel superior. Pode encontrar no painel traseiro as habituais quatro portas 10/100 e a entrada para o ADSL. Caso alguma coisa corra mal, tem disponível o botão de reset ou, em última instância, o botão on/off.
INTERFACE E CONFIGURAÇÃO O utilizador pode aceder à interface do WL-348 através do browser e, a partir daí, configurar todas as especificações da ligação e da sua rede doméstica. A interface é intuitiva, fácil de usar e atraente. Felizmente, o
COMPACTO
✔
WPS
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AQUECE
✖
VEREDICTO 7
fabricante holandês garante aos utilizadores nacionais uma interface em português – uma opção nem sempre disponível, como poderá confirmar na análise aos outros equipamentos. A título de exemplo, bastará dizer que em apenas três ou quatro cliques, consegue configurar a rede wireless, especificando o nome da mesma e criando as normas de segurança necessárias quando se usa este tipo de ligação. Neste capítulo, o leitor poderá encontrar suporte para segurança WEP 64 e 128 bits, WPA-TKIP, WPA-AES, WPA2 e WPA-Radius. Conta ainda com regras QoS e uPnP. Sendo um router b/g/n, esperávamos dele um desempenho convincente. Se reparar nos benchmarks, vai ver que a performance wireless a curta distância é das melhores dos equipamentos em teste, mas os valores de cópia de ficheiros descem abruptamente quando a distância entre o WL-348 e o computador de destino aumentam para 10 metros. Nesse caso, os 2,8 MB/s colocam-no dentro da média, mas aquém do que o registo do teste da cópia de curta distância permitia antever. O facto de usar o canal de 2.4 GHz (e não recorrer a 5 GHz) poderá ser uma das causas, mas, mesmo assim, não deixa de ser um resultado aceitável. Feitas as contas, e muito embora não seja o melhor do teste, revela-se como uma boa proposta qualidade/preço.
DISTRIBUIDOR IBERVOICE ■ PREÇO 99,99 EUROS ■ CONTACTO 214 709 210 ■ SITE WWW.SITECOM.COM PCGUIA
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TEMA DE CAPA
D-LINK DSL-2740B É claramente o router mais rápido dos que fazem parte deste teste. E isso apesar do facto de estar limitado à frequência de 2,4 GHz e por conseguinte não dispor da superior funcionalidade de 5 GHz. Veja-se o nosso benchmark de transferência de um ficheiro de 1 GB. A curta distância, atinge uns incríveis 9,34 MB por segundo. Indiscutivelmente ainda mais impressionante é o resultado de 8,6 MB por segundo no teste de transferência de ficheiros de divisão para divisão. Trata-se de um valor convincente e do qual o fabricante se pode orgulhar. Quanto à transmissão de vídeo sem fios, nem sequer este router consegue lidar com as exigências de 40 MB de conteúdos a 1080p. Na prática, provavelmente isso vai ser um problema apenas para discos Blu-ray de alta qualidade. Não deixa de ser uma pena, todavia, pois significa que não é possível configurar um sistema de cinema em casa doméstico e esperar que consiga lidar com tudo o que possamos usar; certos conteúdos continuarão a ter de ficar guardados localmente na caixa de reprodução.
REI DO PING SEM FIOS O D-Link-2740 oferece um comportamento muito sólido ao nível do desempenho da banda larga sem fios. Um ping sem fios de apenas 40 ms é o melhor valor alcançado por qualquer router em teste. Com isso em mente, a decisão da D-Link de optar por antenas fixas em vez de amovíveis
RÁPIDO
INTERFACE DE UTILIZADOR
4
FALTA DE EXTRAS
6
VEREDICTO 9
constitui talvez uma certa desvantagem. Tal significa que não é possível substituir as três antenas normais por outras de ganho elevado para conseguir um alcance superior. Fazem um excelente trabalho enquanto equipamento de série. A interface do browser é uma das mais eficientes que já vimos no teste. O leque de ferramentas inclui opções de gestão remota, encaminhamento de portas, filtragem e prioritização. Traz também alguns extras surpreendentes que normalmente não esperaríamos encontrar nesta faixa de preço, incluindo uma rede facilmente configurável para quando quiser partilhar a sua banda larga ao mesmo tempo que restringe o acesso à rede. Apraz-nos referir que a D-Link incluiu detalhes de acesso pré-definidos no exterior da caixa. Trata-se de um pormenor de pouca importância, mas significa que o leitor conseguirá sempre pôr a caixa a funcionar no caso de desconhecer o paradeiro da sua chave sem fios ou não tiver o manual à mão. No cômputo geral, portanto, a D-Link tem tudo controlado em termos de funcionalidades e desempenho. Reconhecemos que não possui os floreados mais extravagantes do espantoso Fritz!Box, tais como VoIP ou suporte USB, mas nem toda a gente vai querer essas funcionalidades. O preço parece adqueado para as funcionalidades e para o desempenho de que aufere.
FABRICANTE D-LINK n PREÇO 109 EUROS n CONTACTO 218 688 493 n SITE WWW.DLINK.PT
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4
LINKSYS WAG160N Não se pode dizer que seja um equipamento com um look original, pois esta linha de design já há algum tempo que é seguida pela agora empresa do universo Cisco. No entanto, não deixa de ser uma excelente opção estética face ao aspecto que os equipamentos da Linksys tiveram durante muito tempo, reconhecidamente plásticos marcados pelo azul e preto. A sua forma pouco convencional demarca-o da restante concorrência aqui em análise e os led luminosos combinam na perfeição com o fundo preto. Para além de tudo isto, pode exibi-lo em sua casa como se de um quadro se tratasse graças aos apoios para fixação na parede que dispõe na base. Repare ainda na ausência de antenas, que estão colocadas no interior do chassis, que conta com dos melhores plásticos que nos passaram pelas mãos neste comparativo. Mas não é ao olhar que o Linksys agrada. Dê uma vista de olhos nos gráficos de desempenho que publicamos no final deste artigo e verá que o desempenho é outro dos seus pontos fortes. No teste a cópia ficheiros obteve sempre a segunda melhor marca e sempre pouco atrás do mais rápido, o D-Link. No desempenho de ADSL obteve uma classificação que o honra.
DESEMPENHO
✔
DESIGN
✔
PREÇO
✖
VEREDICTO 9
INTERFACE SEM ASSISTENTE Apesar de não dar para colocar em português, a interface é simples de usar mas, em abono da verdade, irá agradar apenas aos utilizadores experientes. Isto porque não dispõe de um assistente de configuração rápida que permita automaticamente fazer todos os ajustes na configuração da rede, algo que os utilizadores menos experientes valorizam. A verdade é que neste equipamento gostámos de quase tudo. Consegue aliar uma estética agradável e diferente de todas as outras ofertas a um conjunto de características, tecnologias e funcionalidades tecnicamente sólidas e que, dadas as credenciais que a Linksys apresenta, em nada acabam por nos surpreender. O preço poderá ser o seu grande handicap, até porque, como viu, existem equipamentos com o mesmo grau tecnológico à venda por valores mais acessíveis. Contudo, a qualidade de construção e as garantias dadas por um nome que já anda nestas lides há muito tempo, poderão pesar na factura. Como é costume dizer-se, a qualidade tem um preço.
FABRICANTE LINKSYS ■ PREÇO 99,99 EUROS ■ SITE WWW.LINKSYSBYCISCO.COM PCGUIA
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TEMA DE CAPA
AO DETALHE OS NOSSOS BENCHMARKS Desempenho da rede sem fios Transferência de ficheiro de 1 GB
Transferência de ficheiro de 1 GB Curta distância (1 m)
MB/S: MAIS É MELHOR
Divisão para divisão (10 m)
MB/S: MAIS É MELHOR
7,3
AVM FRITZ!BOX 7270
BELKIN G WIRELESS MODEM R
2,4
BELKIN G WIRELESS MODEM R
2,2
D-LINK DSL-2740B
9,3
D-LINK DSL-2740B
8,6
8
AVM FRITZ!BOX 7270
6,3
Linksys WAG160N
6,4
NETGEAR DGNB2100
5,9
NETGEAR DGNB2100
5,3
SMC 7904WBRA-N
4,5
SMC 7904WBRA-N
2,7
ASUS DSL-N11
2,7
SITECOM WL-348
2,8
Linksys WAG160N
ASUS DSL-N11
5
SITECOM WL-348
6,4
1
Desempenho ADSL Velocidade de sincronização
2
3
4
5
6
7
8
9
1
10
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Desempenho ADSL (com fios)
MB/S: MAIS É MELHOR
Largura de banda
MB/S: MAIS É MELHOR
AVM FRITZ!BOX 7270
17,1
AVM FRITZ!BOX 7270
BELKIN G WIRELESS MODEM R
16,2
BELKIN G WIRELESS MODEM R
D-LINK DSL-2740B
17,3
D-LINK DSL-2740B
14,8
Linksys WAG160N
17,5
Linksys WAG160N
15,5
NETGEAR DGNB2100
17,1
NETGEAR DGNB2100
15,4
14,74 2,2
SMC 7904WBRA-N
17
SMC 7904WBRA-N
14,8
ASUS DSL-N11
17
ASUS DSL-N11
14,8
SITECOM WL-348
14,7
SITECOM WL-348
17,1
2
4
6
8
10
12
14
16
18
2
20
Desempenho ADSL (com fios) Ping
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Desempenho ADSL (sem fios)
MB/S: MAIS RÁPIDO É MELHOR
Ping
MB/S: MAIS RÁPIDO É MELHOR
AVM FRITZ!BOX 7270
26
AVM FRITZ!BOX 7270
42
BELKIN G WIRELESS MODEM R
40
BELKIN G WIRELESS MODEM R
43
D-LINK DSL-2740B
37
D-LINK DSL-2740B
41
Linksys WAG160N
29
Linksys WAG160N
41
NETGEAR DGNB2100
41
NETGEAR DGNB2100
44
SMC 7904WBRA-N
39
SMC 7904WBRA-N
45
ASUS DSL-N11
35
ASUS DSL-N11
44
SITECOM WL-348
37
SITECOM WL-348
43
5
10
15
20
25
30
35
40
45
5
50
Desempenho ADSL (sem fios) Largura de banda
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Transmissão de vídeo sem fios*
MB/S: MAIS RÁPIDO É MELHOR
Transmissão a 1080p
AVM FRITZ!BOX 7270
13,39
BELKIN G WIRELESS MODEM R
2,2
(20 MB) Divisão para divisão (10 m)
AVM FRITZ!BOX 7270
✔
BELKIN G WIRELESS MODEM R
✖
FALHA
PASSA
D-LINK DSL-2740B
14,7
D-LINK DSL-2740B
✔
PASSA
Linksys WAG160N
13,39
Linksys WAG160N
✔
PASSA
NETGEAR DGNB2100
14,32
NETGEAR DGNB2100
✔
PASSA
SMC 7904WBRA-N
13,21
SMC 7904WBRA-N
✔
PASSA
ASUS DSL-N11
✔
PASSA
SITECOM WL-348
✔
PASSA
ASUS DSL-N11
13,4
SITECOM WL-348
12,32
2 58 | PCGUIA
4
6
8
10
12
14
16
18
20
* PASSA SIGNIFICA REPRODUÇÃO FLUIDA, FALHA SIGNIFICA REPRODUÇÃO AOS SOLUÇOS
TEMA DE CAPA
ANÁLISE DAS ESPECIFICAÇÕES Os detalhes mais subtis para os nossos estimados leitores... MODELO
AVM Fritz!Box 7270
Belkin G Wireless Modem Router
D-Link DSL2740B
Linksys WAG160N
SMC 7904WBRA-N
ASUS DSL-N11
NETGEAR DGNB2100
SITECOM WL-348
99 euros
99,99 euros
PREÇO
226,80 euros
39,99 euros
109 euros
99,99 euros
74,90 euros
79,90 euros
SITE
www.fritzbox.eu
www.belkin.com
www.dlink.pt
www.linksysbycis co.com
www.smc.com
pt.asus.com
ADSL2+
ADSL2+
ADSL2+
ADSL2+
ADSL2+
ADSL2+
ADSL2+
ADSL2+
802.11b/g/n
802.11b/g
802.11b/g/n
802.11b/g/n
802.11b/g/n
801.11b/g/n
802.11b/g/n
802.11b/g/n
2,4 GHz
2,4 GHz, 5 GHz
2,4 GHz
2,4 GHz
MODEM PROTOCOLO SEM FIOS BANDA DE RADIOFREQUÊNCIA SEGURANÇA SEM FIOS ETHERNET
2,4 GHz, 5 GHz 2,4 GHz2,4 GHz
2,4 GHz, 5 GHz 2,4 GHz, 5 GHz
www.netgear.com www.sitecom.com
WEP, WPA, WPA2 WEP, WPA, WPA2 WEP, WPA, WPA2 WEP, WPA, WPA2 WEP, WPA, WPA2 WEP, WPA, WPA2 WEP, WPA, WPA2 WEP, WPA, WPA2 4 x 10/100
4 x 10/100
4 x 10/100
4 x 10/100
4 x 10/100
4 x 10/100
4 x 10/100
4 x 10/100
SUPORTE USB
Sim
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
SWITCH SEM FIOS POR HARDWARE
Não
Não
Não
Sim (WPS)
Sim (WPS)
Sim (WPS)
Sim (WPS)
Sim (WPS)
Três, externas
Uma, externa
Três, externas
Duas, externas
Duas, externas
Duas, externas
Duas, externas
Internas
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
8
6
9
9
7
7
7
7
ANTENAS ENCAMINHAMENTO DE PORTAS CLASSIFICAÇÃO
CONCLUSÃO Os routers dificilmente podem ser considerados os periféricos para PC mais sensuais. É muito mais fácil deixarmo-nos entusiasmar com placas gráficas ou com o mais recente monstro de vários núcleos. Mas pergunte a si mesmo o que conta mais para a sua experiência informática do dia-a-dia. Mais alguns MHz ou uma ligação rápida e fiável à Internet? Cientes disso, temos o prazer de informar que todos menos um dos nossos modem/routers sem fios proporcionaram uma excelente experiência de Internet. No entanto, aquilo que esperamos que o leitor também tenha aprendido é que as consequências de se meter em atalhos podem ser catastróficas. O deplorável débito ADSL do Belkin deve ser o aviso perfeito sobre o que pode acontecer se não fizer o trabalho de casa antes de comprar. É particularmente preocupante tendo em conta os caprichos que rodeiam as ligações à Internet. Afinal, na maioria das vezes é muito difícil determinar com exactidão a causa de 60 | PCGUIA
um fraco desempenho na Internet, no qual a qualidade da linha, a sobrecarga de trocas e até as condições atmosféricas têm todas um papel. A última coisa que quer é aumentar a confusão com um modem limitado. Mas então e a outra tarefa que os modem/routers desempenham, a de transferir dados de um lado para o outro na rede doméstica? Para aquelas pessoas dispostas a passar cabos, a vida é muito simples. A utilização de uma ligação Ethernet 10/100 cumpre convenientemente a tarefa, e depois há a Gigabit Ethernet no caso de o leitor exigir a máxima largura de banda. Na realidade, contudo, a ligação sem fios é de longe a opção mais prática para configurar uma rede. E isso é um problema. Embora normalmente a tecnologia sem fios tenha largura de banda suficiente para conseguir lidar com tudo o que a sua ligação à Internet possa suportar, o caso muda de figura quando se trata de transmitir conteúdos multimédia, e mais especificamente vídeo de alta definição.
No que diz respeito a este teste em grupo, sabíamos de antemão que a tecnologia 802.11g, também conhecida como Wireless G, não tem o que é preciso para passar vídeo de alta definição em sua casa com frame rates fluidas. O que estávamos interessados em descobrir era se a tecnologia N estava à altura do desafio, especialmente agora que foi oficializada. Felizmente, a resposta é sim. Se olhar um pouco mais atentamente, verá que a situação não é perfeita, mas o ambiente wireless criado é suficiente para transmitir vídeo em alta definição. Todos os routers N em teste não tiveram problemas com transmissões de vídeo até 20 MB por segundo. Isso é suficiente para lidar com a vasta maioria de conteúdos codificados em casa, se percebe onde queremos chegar. Por conseguinte, se conseguir viver sem o suporte de Blu-ray, uma rede baseada na norma N irá permitir-lhe pôr em prática a tal solução de cinema em casa sem fios ou de entretenimento com que sempre sonhou.
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POUPE TEMPO COM ESTE SISTEMA OPERATIVO
Shift + Clique num botão da Barra de Tarefas Abre o programa numa nova janela Ctrl + Shift + Clique num botão da Barra de Ferramentas Abre um programa como administrador Ctrl + Clique num grupo da Barra de Tarefas Navega pelas janelas de um grupo Crtl + . Roda uma foto no sentido dos ponteiros do relógio Crtl + , Roda uma foto no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio Win + Shift + Seta para cima Estica a janela até ao topo e base do ecrã Win + Shift + Seta para a esquerda ou direita Move a janela de um monitor para o outro Win + P Altera o modo de visualização de uma apresentação Win + G Navega pelos Widgets 62 | PCGUIA
Muito se fala actualmente sobre o Windows 7. Todos os dias aparecem novos artigos de opinião, novos testes apoiados em benchmarks, novas análises e novas experiências nos fóruns. Se há algo que podemos desde já concluir é que este novo sistema operativo já conseguiu conquistar as atenções tanto dos chamados utilizadores domésticos como dos profissionais, ou seja, já derrubou o Vista em termos de popularidade, sem qualquer dificuldade (não é que fosse preciso muito). Se já decidiu actualizar o sistema do seu computador para o 7, siga algumas das dicas que durante as próximas páginas lhe vamos passar. Se ainda não se decidiu, espere um pouco e leia o que temos para lhe dizer, para saber desde já com o que poderá contar.
RÁPIDO E EFICIENTE Independentemente de ter já o sistema instalado e em pleno funcionamento na sua máquina, de já o ter encomendado na loja, ou de estar ainda a decidir se o 7 vale a pena o investimento, este guia vai revelar-se muito útil para si. Não só vamos enumerar algumas
das principais novidades e funcionalidades, como vamos tentar explicar como o pode usar para optimizar a sua produtividade. À semelhança do que também já fizemos antes, vamos estabelecer alguns comparativos com versões anteriores do Windows, numa tentativa de demonstrar não só que esta versão oferece um melhor desempenho, mas também que tem funcionalidades novas que facilitam o seu trabalho diário. Vai ficar, por exemplo, a saber como as listas Recentes o podem ajudar a trabalhar de forma mais fácil e rápida com os ficheiros mais recentes, e como a melhorada Barra de Ferramentas o pode auxiliar na gestão das janelas abertas. Assim que sentir que já lhe conseguimos abrir o apetite, pode passar à página seguinte. Vamos indicar-lhe como instalar o Windows 7 em dual boot com a sua corrente versão do Windows, e explicar-lhe como corrigir alguns problemas que surjam, fruto de pequenas incompatibilidades. Na parte final, vamos apenas responder a algumas das questões mais frequentes que nos colocam acerca do Windows 7.
SOFTWARE CONHEÇA O WINDOWS 7 POR DENTRO E POR FORA
1 BIBLIOTECAS
INTRODUÇÃO AO WINDOWS 7 Está finalmente disponível. Mas o que pode esperar desta versão tão badalada? À primeira vista até poderá pensar que, afinal, o Windows 7 nem é assim tão diferente do Vista (e nós desculpamo-lo por isso). Mas após alguns minutos de interacção, rapidamente perceberá que este novo sistema está a muitos anos luz, para melhor, do seu antecessor. As diferenças são visíveis: não só é mais rápido do que todas as anteriores versões do Windows, como surge mais bem equipado em termos de funcionalidades úteis e ferramentas capazes de melhorar significativamente a sua vida. Clique no botão Iniciar para ser confrontado com o já familiar menu. Tal como acontecia no Vista e no XP, existem duas colunas. A da esquerda apresenta os programas que usa de forma mais frequente, e a da direita reúne as áreas onde pode encontrar todas as opções relacionadas com a configuração do seu PC.
MÃOS NA MASSA Assim que começar a usar o seu computador mais frequentemente, vai perceber que começarão a surgir setas junto aos ícones dos programas que usou mais recentemente. Basta colocar o cursor do rato sobre elas para a coluna da direita lhe listar rapidamente os ficheiros que foram usados por esse programa nos últimos tempos. Essa lista, em português designada Recente, permite-lhe abrir rapidamente os ficheiros com os quais trabalhou há pouco tempo, poupando uma ida à pasta Documentos e a outras subpastas. Ao clicar na opção Todos os Programas terá acesso a todos os restantes programas. Tal como acontece no Vista, existe no menu Iniciar um campo de pesquisa. Pode usá-lo para procurar rapidamente programas e ficheiros que pretende executar. Vale a pena ainda referirmos o botão Encerrar, que aparece no canto inferior direito do menu, na coluna da direita. Poderá
AS COISAS PELA METADE
Se quiser colocar uma janela a ocupar metade do ecrã, basta arrastá-la para um dos lados. Esta irá ajustar-se automaticamente à metade que escolher. 64 | PCGUIA
As bibliotecas ajudam a reunir num mesmo espaço conteúdos que de alguma forma se relacionam entre si, mesmo que estes estejam alojados em distintas zonas do disco rígido. Pode abrir e guardar ficheiros nas bibliotecas, como se fossem pastas vulgares disponíveis no disco, ainda que estas possam estar, na realidade, numa drive ou disco completamente diferente. Pode facilmente adicionar novas pastas a uma biblioteca sem ter de copiar ou movê-las (ou os seus conteúdos).
encerrar agora a sua máquina com apenas dois cliques: Iniciar e Encerrar. Quem sabe se uma próxima versão deste sistema operativo nos vai permitir encerrar o nosso computador com apenas um clique.
BARRA DE FERRAMENTAS FINALMENTE MAIS ÚTIL A Barra de Ferramentas sofreu uma transformação muito grande, tanto a nível de design, como de utilidade. Os botões que aparecem na barra mostram agora o ícone do programa que está activo. Graças ao Aero Peek, basta agora navegar por cima destes botões para ter acesso a uma miniatura da janela que está aberta. Se tiver múltiplas janelas do mesmo programa activas, estas são igualmente exibidas assim que colocar o cursor do rato sobre o botão relativo ao programa em questão. Depois, basta clicar sobre aquela que pretende activar para começar a trabalhar. Também pode alocar programas à Barra de Tarefas para garantir um acesso mais rápido aos mesmos. Encontre o programa que pretende através do menu Iniciar, e clique com o botão direito sobre ele. Escolha Afixar na Barra de Tarefas. Este passará a constar da lista de programas com lugar cativo na barra. O botão dos programas que estão activos aparece destacado. Poderá, de igual forma, rapidamente retirar um programa da Barra de Tarefas. Basta carregar sobre o botão com o botão direito e escolher Remover este programa da barra de tarefas. Quando carrega com o botão direito sobre um programa que está na Barra de Tarefas, para além das comuns opções, irá aparecer-lhe uma lista com os ficheiros recentemente abertos com esse programa. Funciona, na verdade, como a lista Recente, incluída no menu Iniciar, da qual falámos anteriormente. Poderá abrir rapidamente um ficheiro, seleccionando-o a partir da lista. A barra lateral foi colocada na prateleira. Poderá continuar a usar widgets à vontade. A diferença é que eles não têm de estar alocados àquela barra; podem ser livremente movimentados pelo desktop. Desta forma, poderá arrumar a sua Área de Trabalho da melhor forma.
8 BARRA DE TAREFAS
A Barra de tarefas do Windows 7 é bastante diferente da dos anteriores sistemas operativos. Os programas activos aparecem como botões realçados, que os identificam através do ícone associado a esse programa. Basta colocar o cursor sobre eles para obter miniaturas das janelas que estão abertas com esse programa. Independentemente de ser uma ou quatro, terá sempre acesso a uma miniatura delas, que lhe facilita o acesso à mesma. Pode alocar programas à Barra de tarefas para os executar mais rapidamente. Eles só aparecerão destacados quando estiverem a ser usados.
2 GRUPO DOMÉSTICO
Este espaço torna o processo de partilha de todo o tipo de ficheiros na rede doméstica não só bastante mais simples e rápido, como também mais seguro. Cada computador ligado ao Grupo Doméstico vai ter de ter uma palavra-passe que lhe dá acesso ao conteúdo partilhado. Pode facilmente alterar os tipos de ficheiros que pretende partilhar e adicionar/ excluir bibliotecas alterando as definições do Grupo Doméstico.
3 AGARRA E ABANA
Esta é uma daquelas funcionalidades que não vamos conseguir demonstrar-lhe nesta imagem, por muito esforço que façamos. O que lhe podemos garantir é que se agarrar o topo de uma das janelas com o rato e, sem retirar o dedo do botão do rato, sacudir a janela para as laterais. Todas as restantes janelas serão automaticamente minimizadas. Se arrastar a janela para o topo de ecrã irá maximizá-las.
4 REDES DISPONÍVEIS
Clique no ícone referente à rede, na área de notificação para conseguir ter acesso a uma lista de todas as redes sem fios que estão ao alcance da sua máquina. A partir desta lista pode aceder facilmente a qualquer uma destas redes, desde que saiba qual a chave ou palavra-passe que “destranca” a porta de segurança. Já não há necessidade de preencher um formulário para conseguir aceder a uma rede; basta clicar em Ligar. Para abandonar uma rede só precisa de escolher Desligar. Se quiser actualizar a lista de redes disponíveis, só tem de clicar no botão que está à direita, no topo da janela.
6 ÁREA DE NOTIFICAÇÃO
Se há algo que não nos faz falta é uma Área de Notificação atulhada de ícones que não servem para nada no dia-a-dia. Esta é a razão pela qual este sistema apenas lhe mostra aqueles botões mais importantes, escondendo os restantes. Para visualizar todos os ícones disponíveis só tem de carregar na seta que aparece à esquerda dos ícones na Área de Notificação. Clique em Personalizar para alterar a forma como os ícones se comportam. Pode, por exemplo, optar por esconder os ícones, mas continuar a receber as notificações, esconder os dois ou exibir os dois.
7 LISTA RECENTES
Clique com o botão direito sobre um ícone da barra de ferramentas para ter acesso à listagem Recentes. Esta mostra os ficheiros mais recentes que foram abertos por esse programa. Pode usar essa lista para executar ficheiros, ou optar por os alocar permanentemente a esta lista, para que eles estejam sempre disponíveis. Os programas mais recentes que aparecem no menu Iniciar também oferecem este tipo de lista.
5 MOSTRAR AMBIENTE DE TRABALHO
Passe o cursor do rato sobre este pequeno botão que aparece à direita do ecrã para tornar todas as janelas totalmente transparentes, e assim, conseguir ver o que tem no seu ambiente de trabalho. Se quiser minimizar todas as janelas só tem de carregar no botão. Se clicar sobre ele novamente, irá repor todas a janelas.
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SENSAÇÃO DE VELOCIDADE O Windows 7 até pode ter um design mais eficiente, mas será que é mesmo um sistema operativo mais rápido?
Calcular a velocidade de um sistema operativo pode revelar-se uma operação complexa, uma vez que envolve diversos factores, incluindo especificação de hardware, até que ponto os dados estão fragmentados, que software está a ser executado na altura e mesmo pormenores como a data em que determinada instalação do Windows foi feita. Por obrigação este sistema teria de ser sempre mais rápido e eficiente, mais não seja porque as novas versões estão sempre desenhadas para trabalhar sobre hardware mais recente e surgem já optimizadas em termos de desempenho, comparativamente às suas predecessoras. Ou seja, com tudo isto, não seria de esperar que esta nova versão do Windows ficasse atrás do Vista. Não é que isto nunca tenha acontecido, aliás, está ainda bem fresco na nossa memória. O Windows XP foi desenhado para trabalhar sobre um Pentium II a 300 MHz, com apenas 128 MB de RAM. Esta parece já uma configuração estranha, do tempo da pedra, mas era na realidade a que existia na altura. É claro que se colocar um sistema com requisitos tão baixos como este num processador dual core com RAM para dar e vender, ele só pode ter um comportamento exemplar.
DESENHADO PARA AGRADAR O Windows 7 foi desenhado para trabalhar com hardware semelhante ao do Vista, o que significa que não irá ser necessário efectuar qualquer tipo de upgrade em termos de componentes se quiser passar do Vista para o 7. Se a programação do Windows 7 é mais eficiente, logo, este sistema terá de apresentar um comportamento significativamente melhor do que o seu antecessor. Aliás, o melhoramente do desempenho deve ser a razão base para fazer este upgrade. Se colocarmos os dois sistemas frente-a-frente, a expectativa natural é que o Windows 7 se comporte substancialmente melhor do que o Windows Vista. Se consegue bater o velhinho XP é outra história, mas também quem quer fazer um upgrade do XP para o Windows 7 procura essencialmente melhoramentos gráficos e de funcionalidades, e isso implica já um upgrade da própria máquina. A velocidade é apenas um dos factores a ter em conta, quando a questão é fazer ou não o upgrade. Na caixa em baixo poderá ver os resultados dos benchmarks relativos aos três últimos sistemas operativos, com hardware idêntico: O Windows 7 saiu-se muito bem no teste.
OS BENCHMARKS NÃO ENGANAM Não temos grandes queixas, nem dedos a apontar no que às funcionalidades diz respeito, mas será que o Windows 7 consegue ser realmente mais rápido do que o Vista e o XP? Nós decidimos tirar a prova dos nove, e testámos cada um dos sistemas operativos com hardware idêntico. Estamos a falar de um processador Intel dual-core E5200, 2 GB de RAM e uma gráfica ATI Radeon HD4550. Examinámos algumas áreas essenciais de cada um dos desempenhos, mas concentrámo-nos especificamente naqueles que afectam o utilizador final. O tempo de arranque é crucial porque determina a velocidade a que o sistema consegue ficar totalmente OK para o utilizador conseguir trabalhar. O Windows XP portou-se muito bem neste campo ao registar uns meros 50 segundos. O Vista conseguiu não ultrapassar a barreira do minuto, mas ficou muito perto, com 58 segundos. O Windows 7 leva a primeira taça para casa ao conseguir arrancar em 47 segundos. Tal como o tempo de arranque, também o tempo de encerramento é importante. Se há coisa para a qual muitos têm pouca paciência é para estar à espera que o computador encerre. Testes feitos e resultados nas mãos, podemos dizer-lhe que o Vista conseguiu novamente o último lugar desta tabela com 43 segundos. O segundo da lista foi o Windows 7 com 35 segundos, que quase superou o XP que ganha esta corrida com a marca de 33 segundos. Examinámos também vários processos de cópia de ficheiros, desempenho na rede, cópia de CD e gravação de DVD. No geral, podemos dizer-lhe que temos um cenário semelhante para cada um destes testes. O Vista foi consistentemente ultrapassado ou pelo XP ou pelo 7, na maior parte das vezes por ambos. O XP lidou com os discos ópticos de uma forma mais ágil que o Windows 7, mas este último consegue ser muito melhor a copiar ficheiros localmente, ou através da rede. Na grande parte dos casos, o 7 ultrapassa o Vista sem dificuldades. 66 | PCGUIA
Tempo de arranque
tempo em segundos; mais baixo é melhor
Windows XP
50
Windows Vista
58
Windows 7
47 10
Tempo de encerramento
20
30
40
50
60
tempo em segundos; mais baixo é melhor
Windows XP
33
Windows Vista
43 35
Windows 7
10
20
30
40
50
60
O FRISO A nova barra que acompanhou o lançamento do Office 2007 está agora também presente em algumas partes do Windows 7 O Friso já se tornou imagem de marca dos programas que compõem o Office 2007. Este aloja as ferramentas mais comuns para uma determinada aplicação na barra superior que acompanha todos os produtos desta família, tornando-as mais acessíveis aos utilizadores. Este novo estilo de apresentação dos menus e das opções veio optimizar bastante o trabalho e revolucionar a experiência do utilizador, mas obrigou também a um tempo de aprendizagem e habituação razoáveis por parte deste último. O Windows 7 gostou tanto da ideia que decidiu adoptar em alguns dos produtos que oferece o Friso, inclusive, em soluções que podem ser descarregadas a partir do Windows Live.
PAINT O Paint foi uma das aplicações que beneficiaram desta decisão e ganhou uma remodelação com a introdução do Friso. Não existem muitas novas opções comparativamente às versões anteriores deste programa, mas as que existem são agora muito mais fáceis de encontrar. O Friso do Paint só possui dois separadores: Base (que inclui a maior parte das opções da barra de ferramentas que existia anteriormente), e Ver (que armazena tudo o que sejam guias, réguas e modelos de visualização). Se usar frequentemente uma ferramenta específica pode colocá-la mais à mão adicionando-a à Barra de Ferramenta de Acesso Rápido, que aparece em cima, à esquerda, junto do título do documento.
O WordPad parece o Word 2007, apesar de ter funcionalidades mais reduzidas
O Paint tem um Friso com dois separadores: Base e Ver, que providenciam acesso a todas as ferramentas deste programa
Por regra contêm sempre as opções mais usadas, como Guardar, Anular, Refazer, entre outras. Para adicionar uma ferramenta a esta barra, encontre a opção que pretende lá colocar e clique sobre ela com o botão direito. Escolha Adicionar à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido. Pode ainda mover esta barra de aceso rápido para baixo do Friso. Clique na seta que aparece a seguir aos atalhos e escolha Mostrar abaixo do friso.
WORDPAD O outro programa que ganhou um Friso foi o WordPad. Este processador de texto simples pode abrir ficheiros em RTF e inclui algumas das opções que podem ser encontradas no Word. Tal como acontece no Paint, a versão do WordPad no Windows 7 tem um Friso com dois separadores e uma Barra de Acesso Rápido, que funciona exactamente da mesma maneira que a do Paint. É claro que as ferramentas disponíveis no Friso diferem em tudo daquelas que são oferecidas no programa de imagem. O separador Base contém as opções para o tipo de letra, a dimensão e cor do texto, permite colocar os negros, os sublinhados e os itálicos, enfim, aquelas opções mais habituais que acompanham um processador de texto. No grupo Parágrafo o utilizador pode definir a identificação, alinhar o texto à esquerda, direita ou centro, pode criar numerações e listagens. O grupo Inserir facilita a colocação de imagens no texto, a partir de ficheiros ou do Paint. A única coisa que realmente separa este processador de texto dos demais é a falta de corrector ortográfico. De resto, podemos dizer-lhe que o Friso tornou o simples WordPad num clone do Word. PCGUIA
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1 EXTRAS
MEDIA CENTER A ESTREAR
É neste espaço que terá acesso a um conjunto de jogos e outros conteúdos interactivos. Também poderá aceder a TV e rádio Online.
Já não vivemos sem ficheiros digitais, pelo que o Windows 7 deu especial atenção ao multimédia O Windows 7 Media Center está disponível em todas a versões acima da Home Premium (inclusive). Tal como acontecia nas versões anteriores do Windows, este providencia uma forma de conseguir aceder aos ficheiros multimédia sem ter de usar o rato ou o teclado para navegar no PC. Na prática, está optimizado para ser usado com controlo remoto, o que significa que poderá controlar o seu PC a partir do sofá da sala com um controlo remoto do Windows Media. Por isso, em vez de mover todas as configurações do seu PC do escritório para a sala, só tem mesmo de ligar o computador à TV através da saída de TV da placa gráfica. A aplicação consegue gerir placas sintonizadores de TV, e suporta gravação, pausa e reprodução TV. Também permite aceder online à programação disponível para cada canal, o que facilita o
agendamento das gravações. Atenção: não precisa de ter um sintonizador de TV no seu PC para poder usufruir do Windows Media Center. Este liga todos os seus ficheiros digitais multimédia, incluindo fotos, vídeos e música, disponibilizando-lhe uma forma fácil de partilhar todo este tipo de conteúdos com familiares e amigos através da televisão ou do sistema de som.
6 MÚSICA
Navegue na sua colecção de música, e veja as faixas ordenadas por álbuns, artistas, género ou via Playlists. Use o controlo remoto para seleccionar a canção que pretende ouvir.
MAIS OPÇÕES DE PROGRAMAÇÃO Esta última versão consegue gerir bibliotecas que estejam alojadas numa rede doméstica, através do Grupo Doméstico. Isto significa que os ficheiros nem têm de estar alojados num disco específico local. Poderá ainda ver canais de televisão via Internet sem qualquer tipo de sintonizador. Pode gravar vídeos para CD ou DVD no Media Center.
TV E VÍDEO
01
Quando iniciar o Media Center escolha a opção de configuração Expresso para dar início a uma instalação com as opções recomendadas. Este vai usar as suas pastas multimédia e partilhá-las automaticamente. Irá também receber automaticamente informação multimédia a partir da Internet, através desta configuração. 68 | PCGUIA
02
A partir do menu principal escolha Imagens + Vídeos, Biblioteca de Vídeos e seleccione a subpasta que possui o vídeo que pretende obter. Cada um dos vídeos é exibido numa miniatura que aumenta se for seleccionada. Clique sobre a miniatura do vídeo que pretende ver para o executar.
2 IMAGENS + VÍDEOS
Navegue pelas fotografias e seleccione uma pasta para as poder visualizar como se de uma apresentação se tratasse. Pode executar um dos vídeos armazenados em ecrã completo.
3 EM REPRODUÇÃO
É neste campo que vai poder saber que conteúdo está a ser exibido. Se for TV ou vídeo, lembre-se de que pode estar a ser reproduzido em segundo plano, atrás do menu principal.
4 CONTROLOS MULTIMÉDIA
Mesmo quando estiver a navegar no menu principal, o conteúdo multimédia que estiver a ser exibido não pára e irá permanecer a correr em segundo plano. Poderá usar os controlos pausa, stop, avançar ou alterar volume.
5 NAVEGAR PARA BAIXO
Use esta seta para conseguir navegar para baixo e visualizar o resto do menu. Se estiver a trabalhar com um rato com uma scroll wheel, pode usá-la mais facilmente para navegar pelo menu.
03
O vídeo é reproduzido em ecrã total. Poderá usar os controlos de reprodução para pausar, avançar ou recuar no vídeo. Se regressar ao menu, o vídeo continuará a ser exibido em segundo plano.
04
Não necessita de ter um sintonizador de TV para ver televisão no seu PC. Vá novamente ao menu principal e escolha Extras para ter acesso a uma lista de canais disponíveis. Seleccione aquele que pretende ver.
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DISPOSITIVOS COMPATÍVEIS Tendo em conta os problemas que muita gente teve com o Vista, como pode ter a certeza de que os seus dispositivos irão funcionar em pleno com o Windows 7?
O Windows 7 foi desenhado para ser compatível com todos os sistemas que trabalhavam com o Vista. Por isso, teoricamente, qualquer PC que corra o Vista consegue suportar o Windows 7 sem problemas de maior. No entanto, há sempre um “mas” e poderão eventualmente surgir problemas com alguns periféricos, principalmente com alguns mais antigos. É melhor estar alertado para a possibilidade de existirem eventuais problemas de compatibilidade antes de instalar o Windows 7. Por isso, é sempre boa ideia consultar o Upgrade Advisor antes de avançar para qualquer configuração ou computador. Este programa da Microsoft verifica automaticamente um sistema e indica quais os itens mais passíveis de causar problemas. Veja o passo a passo para mais detalhes.
GESTOR DE DISPOSITIVOS
Os dispositivos com problemas irão aparecer no Gestor de Dispositivos com alertas
Ainda existe a hipótese de um dispositivo apresentar problemas de instalação no Windows 7, apesar de ter passado pela “aprovação” do Upgrade Adviser. Na maior parte das vezes, basta obter a mais
recente actualização para aquele aparelho, para conseguir pôr fim a qualquer problema de compatibilidade. Graças à disponibilização global de betas e release candidates do Windows 7, a maioria dos fabricantes teve tempo para actualizar devidamente os drivers. Siga até ao gestor de dispositivos para verificar se existem actualizações que necessita de fazer. Clique em Iniciar e, com o botão direito, carregue sobre Computador e escolha Propriedades. Seleccione Gestor de Dispositivos, procure o dispositivo que pretende actualizar, carregue com o botão direito sobre ele e escolha Actualizar controlador de software. Escolha Procurar automaticamente software do controlador.
WINDOWS UPDATE Se não é do género de andar a bater a todas as portas à procura de material desactualizado, então recorra ao Windows Update. Escolha Iniciar, Todos os Programas, Windows Update, Procurar actualizações. Assim que a verificação estiver completa, consulte também as actualizações opcionais porque estas incluem por vezes drivers para dispositivos. Se
FAÇA O TESTE COM O ADVISOR
01
Poderá descarregar a versão mais actual do Upgrade Advisor a partir do site http://tinyurl.com/mnmj8u. Necessitará da estrutura NET 2.o ou superior. Quando o programa arrancar certifique-se de que todos os dispositivos que usa regularmente estão devidamente ligados. Clique em Check. 70 | PCGUIA
02
O Upgrade Advisor leva alguns minutos até completar a verificação de todo o sistema e criar um relatório final com as conclusões a que chegou. Enquanto espera, disponibiliza-lhe um link a partir qual pode ler algumas análises sobre o Windows 7 e ficar a par das funcionalidades mais importantes.
o driver que precisa estiver listado, seleccione-o para ser incluído no download dos restantes upgrades. Se com todo isto o seu equipamento ainda não trabalha com o Windows 7, tente ir directamente ao site do fabricante e coloque esta questão ao serviço de apoio ao cliente. Verifique também se o site disponibiliza os drivers mais actuais online. Se encontrar aquele que procura descarregue-o e instale-o na sua máquina. Siga sempre as instruções do fabricante. Se ainda assim não consegue encontrar o driver mais indicado, então o mais certo é esse aparelho não ser de todo compatível com o Windows 7. Terá de começar a pensar em substituí-lo. Com os programas a questão é exactamente igual. A maioria deles irá trabalhar com o Windows 7 sem quaisquer problemas, mas aqueles que apresentarem problemas de compatibilidade podem ser executados no modelo de compatibilidade. Para conseguir chegar até esta opção, clique com o botão direito sobre o programa em questão e escolha Propriedades, Compatibilidade. Seleccione a opção Executar este programa em modo de compatibilidade para e de seguida escolha a versão do Windows onde este programa trabalhava sem qualquer problema.
03
EMAGREÇA O WINDOWS 7
O Windows 7 foi desenhado para correr numa série alargada de computadores, cujos requisitos mínimos são um processador de 1 GHz, 1 GB de RAM, 16 GB de espaço em disco e uma placa gráfica DirectX9. Os computadores sem capacidade gráfica não irão suportar o Aero, pelo que revertem os efeitos para um tema básico. Apesar de até um netbook ter capacidade para suportar o novo sistema da Microsoft, é possível tornar este sistema um pouco mais leve. No Painel de Controlo escolha Programas, Programas e funcionalidades, Activar ou desactivar funcionalidades do Windows. Na caixa de diálogo que está agora no ecrã poderá desactivar as caixas que estão à esquerda das funcionalidades do Windows que não pretenda manter. Por exemplo, se estiver a usar o Chrome ou o Firefox para navegar na Internet, pode perfeitamente remover o Internet Explorer. Pode ainda tornar o sistema mais leve se remover todas as funcionalidades multimédia, como o Media Player, o DVD Maker e o Media Center. Se quiser, pode recorrer ao VLC, como alternativa ao leitor da Microsoft (www.videolan.org/vlc). Este cobre as suas necessidades de áudio e vídeo. Os jogos que vêm com o sistema também podem ser removidos se não os usar.
O Upgrade Advisor lista os requisitos do sistema e indica-lhe se estes estão à altura das necessidades do Windows 7. Tudo o que aparecer marcado com uma cruz vermelha não deverá ser instalado. O que aparecer com um alerta amarelo irá implicar acção da sua parte. Os itens sinalizados a verde são totalmente compatíveis.
04
Consulte o relatório referente aos dispositivos e aos programas. Necessitará de substituir tudo o que for apontado como não compatível. Ainda assim, verifique junto do fabricante se este não está a planear uma actualização para aquele produto específico, antes de ir gastar dinheiro num produto novo. PCGUIA
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SOFTWARE
CRIE UMA IMAGEM ISO NO VISTA Use o Virtual CloneDrive para ver imagens em CD ou DVD sem precisar de usar um disco rígido ou ter de gravar um disco óptico Quando os dados são escritos num disco, eles são primeiramente combinados num único ficheiro conhecido como imagem ISO. Poderá também descarregar algum software e verificar que ele se encontra no formato .iso. Nesta situação, poderá escrever a imagem ISO num disco ou então fazer com que o Windows interprete essa imagem como um disco. Assim, ao fazê-lo, o ficheiro será “montado”. O programa Virtual CloneDrive emula uma drive DVD no seu PC. Isto quer dizer que apesar de não haver uma drive física, nem tão pouco qualquer forma de inserir nela o que quer que seja, o Windows pensará que ela de facto existe. Através do Virtual CloneDrive, poderá “montar” a imagem de um disco para uma destas drives, criando desta forma um disco falso mas com leitura.
TESTE SIMPLES Na prática, o Virtual CloneDrive pode ser usado para testar ou verificar a imagem do disco que tem no seu PC antes de arriscar passá-la para um disco físico, mas também pode servir para substituir por completo a
drive que usa habitualmente. Com os dados no disco rígido, o tempo de resposta torna-se bastante mais rápido do que acontece normalmente com os dados num CD ou num DVD. Apesar de estes tipos de drives serem relativamente rápidas na leitura, as suas capacidades de escrita são face a estas bastante limitadas. Montar uma imagem demora apenas alguns segundos, enquanto que gravar uma sessão poderá demorar cerca de dez minutos. É útil testar o ISO antes de o passar para um disco. Por exemplo, se estiver a gravar uma apresentação com fotografias ou um vídeo doméstico e desejar ver como é que o projecto irá ficar depois de concluído, poderá “montar” um ficheiro de imagem desses dados de forma a emular o cenário final resultante da experiência. Desta forma, se descobrir alguma coisa que precise de ser alterada poderá fazê-lo sem que isso implique gastar um disco óptimo para nada. Por outro lado, assim não precisa de esperar vários minutos até que o disco acabe de ser gravado e evita a criação desnecessária de lixo extra que a gravação de vários discos implicaria.
EVITE A GRAVAÇÃO EM CD CRIANDO UM CLONE DA DRIVE
01
Assim que iniciar o Virtual CloneDrive, a janela Settings abre-se. Poderá sempre voltar atrás para esta área – para isso basta clicar no ícone CloneDrive na área de notificação do sistema.
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02
Defina o número de drives para uma ou mais. Clique no botão direito do rato sobre o ícone que está na área de notificação do sistema e escolha Drive (seleccione a letra), Mount. Depois, navegue até à imagem ISO.
03
O disco irá agora ficar visível tal como se de uma qualquer outra unidade de CD ou DVD se tratasse. Abra o Meu Computador e vá até à drive virtual, que deverá funcionar tal como se tivesse inserido efectivamente um disco óptico.
RECUPERE PASSWORDS COM O OPHCRACK Ganhe acesso à conta de Administrador do Windows com esta ferramenta de recuperação de palavras-passe A maior parte dos sistemas operativos tem contas de utilizador restritivas utilizadas todos os dias e uma conta de administrador com acesso completo à totalidade das funcionalidades e que é apenas usada para manutenção do próprio sistema operativo ou para a instalação de software. Isto tem uma razão de ser: tornar o sistema mais seguro, pois, desta forma, se o malware entrar numa conta restrita, não fará tantos estragos como poderia. Regra geral, o Windows funciona em modo de Administrador. No entanto, se for uma pessoa consciente da segurança e que geralmente utiliza uma conta restrita, são grandes as probabilidades de acabar por se esquecer da password definida para a conta de administração, já que raramente a utilizará. O Ophcrack pode dar-lhe uma grande ajuda com este tipo de problemas. Por razões de segurança, todas as palavras-passe do Windows são encriptadas, o que torna bastante complicada a tarefa de tentar entrar numa conta cuja password foi
esquecida. De modo a conseguir recuperá-la, o Ophcrack recorre à ajuda de uma enorme tabela de dados com mais de 600 MB. No entanto, e porque se trata de uma ferramenta de sistema operativo específico, terá de descarregar a tabela específica para o Vista, caso esteja a trabalhar com o Windows Vista. Poderá obter as tabelas em http://ophcrack.sourceforge.net/tables.php. Por outro lado, o Ophcrack está disponível em duas versões: para Windows e na opção Live Disc, que pode ser executada em vez do Windows. Cada uma tem as suas vantagens e desvantagens. A versão Windows permite-lhe guardar tantas tabelas quantas desejar e depois usá-las para recuperar a password para qualquer versão do sistema operativo. Já o Ophcrack Live Disc é útil caso tenha trancado completamente a máquina, uma vez que lhe permite seguir directamente para a aplicação e descobrir assim a palavra-passe esquecida, sem precisar de aceder ao Windows. Deste modo, grava apenas um disco e terá sempre a possibilidade de aceder ao Windows.
ESQUECEU-SE DA PALAVRA - CHAVE?
01
O Ophcrack precisa da password encriptada (os dados hash) para descodificar a expressão nela contida. Para isso, clique em Load, Local SAM.
02
Agora precisa de seleccionar a tabela de acordo com o sistema operativo. Clique em Install e navegue até à tabela correcta. Assegure-se de que a tabela que quer está activada com o botão verde.
03
Clique em Crack para dar início ao processo e mentalize-se para esperar um bocado. Eventualmente, a password perdida deverá ser exibida na coluna NT Pwd. PCGUIA
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SOFTWARE
TRANSFORME CENÁRIOS REAIS EM MINIATURAS Use o efeito blur e evite a espantosa mas dispendiosa técnica Tilt & Shift para criar fotografias que parecem saídas de uma maqueta Numa lente de câmara normal, o plano da imagem (sensor da câmara) e o plano da lente estão alinhados pela face e em paralelo. Isto permite produzir as imagens que estamos habituados a ver diariamente. No entanto, existem lentes de câmara profissionais disponíveis para os modelos SLR que possibilitam inclinar verticalmente ou rodar
horizontalmente o plano da lente relativamente ao sensor da câmara. A técnica Tilt & Shift é muito utilizada sobretudo para transformar uma fotografia de objectos ou cenários reais numa imagem que parece ter sido captada a partir de uma maqueta. Para além de estarem habituadas a corrigirem o efeito produzido pelos edifícios,
MINIATURIZE FOTOS DE PAISAGENS
01
Abra a imagem no Elements. A primeira coisa que é preciso fazer é verificar se ela se encontra no modo de 8-bit e não no de 16-bit, de modo a que seja possível usar layers. Vá a Image, Mode, 8 Bits/Channel. Se for uma foto a preto e branco, então já estará em modo de 8-bit.
02
03
04
Defina o ângulo para –90º e a distância em 30 pixels. Prima Enter e vá a Filter, Blur, Gaussian Blur. Introduza um Radius de 12 pixels. Prima Enter para confirmar novamente e G para seleccionar a Gradient Tool.
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Arraste o layer Background para o botão Create new layer na palete Layers ou use o atalho Ctrl + J. Faça duplo clique no texto do layer e dê-lhe um novo nome (Lens Blur, neste caso). Depois vá a Filter, Blur, Motion Blur.
Na barra Tool Options, por debaixo dos menus, verá cinco botões com diferentes tipos de Gradient. Clique no quarto (Reflected Gradient) para o seleccionar. Depois, clique no botão Edit à esquerda dos botões Gradient.
que tendem a parecer que se encostam para trás quando se tira uma fotografia a partir do nível do solo (obtido através do Shift), estas lentes também são usadas para produzirem áreas com uma extraordinária profundidade de campo (feito com Tilt). Esta segunda vertente em particular é muito usada em retratos nos quais se pretende deixar tudo o resto de fora excepto a porção da face que inclui os olhos. No entanto, o mesmo truque aplicado a uma cena de larga escala obtida através de uma lente grande angular produz um efeito de miniaturização. Por exemplo, uma linha de caminho-de-ferro de repente parece tornar-se no kit de comboios colocado no quarto de
uma de uma criança. Poderá usar o Photoshop Elements para produzir o mesmo efeito sem ter de desembolsar mais de mil euros numa lente. É relativamente fácil fazê-lo, mas o resultado final dependerá sempre da cena capturada. É fundamental que use uma lente grande angular (cerca de 24-35 mm em termos de uma SLR de 35 mm) para garantir a escala necessária ao realismo da cena e que tire a fotografia num plano picado, com um grau considerável de elevação (este tipo de cenas é quase sempre observado de cima para baixo). Imagens do quotidiano que envolvam árvores, edifícios, pessoas e carros funcionam especialmente bem.
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Seleccione Foreground to Background (o primeiro gradiente no topo esquerdo). Prima Ok e use a tecla D para reiniciar a paleta de cores para preto e branco. Seleccione o layer Background e clique no círculo meio preto, meio branco para escolher os níveis.
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Desenhe uma linha vertical de baixo para cima na sua imagem. O ponto de início deve ser o centro da área de focagem e o ponto final deverá ser o local de transição da parte focada para a área desfocada. A área de enfoque será agora revelada.
Faça Ok na caixa de diálogo Levels sem fazer alterações e passe o cursor entre este layer e o layer que começou por criar (neste caso, Lens Blur). Mantenha premida a tecla Alt até surgirem dois círculos e depois clique. Clique na máscara do layer Levels (rectângulo branco) para o seleccionar.
Repita tantas vezes quantas forem necessárias até que o aspecto fique tal como deseja. Em alternativa, prima V para aceder à Move Tool, clique na máscara do layer e use as manivelas para aplicar os ajustes.
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SOFTWARE
A REVOLUÇÃO HÁ MUITO ESPERADA Tudo o que o DX 10 prometeu mas não foi capaz de cumprir poderá finalmente tornar-se realidade com o novo conjunto de API gráficas da Microsoft Já teve a oportunidade de ler a análise à nova placa gráfica AMD Radeon 5870? Se já leu, estará certamente nesta a altura a pensar nas fantásticas frame rates que ela é capaz de disponibilizar, para não falar dos perto de três teraflops por segundo de capacidade de processamento que a caracterizam. Claro que existe outro aspecto igualmente importante e que nos leva a escrever estas páginas – trata-se da primeira placa gráfica a suportar DirectX 11. Para os menos entendidos nestas lides, trata-se da mais recente versão de uma longa linha de sucessão de API disponibilizadas pela Microsoft e, ao que tudo indica, vai fazer uma grande diferença no mundo dos jogos e não só... Bom, pelo menos, será isto que a AMD e a Microsoft nos querem fazer acreditar. Porém, todos já teremos certamente ouvido este discurso 76 | PCGUIA
anteriormente. Na verdade, já na altura da apresentação do DirectX 10 foram feitas promessas semelhantes e o tempo mostrou que tanto a imaginação dos jogadores como o suporte entusiasta dos editores de jogos saíram gorados. Entendemos, portanto, o seu provável cepticismo acerca do DirectX 11. Em última análise, mais uma vez só o tempo nos poderá dizer se o DX 11 será a alavanca que irá permitir mudar o mundo dos jogos. No entanto, vamos pedir-lhe que nos acompanhe com especial interesse durante as próximas páginas, no sentido de lhe tentar mostrar o que poderá realmente esperar desta nova verão da tecnologia gráfica – aliás, são muitas e boas as razões que nos fazem esperar que o DirectX 11 venha a constituir um gigante passo na direcção do entretenimento no PC. Alguns aspectos do DX 11 têm implicações
muito mais vastas do que qualquer uma das versões anteriores da API DirectX. Há muito mais para além das habituais modificações às definições de shader ou aplicações de pontos de iluminação. Não só estreia uma nova tecnologia de renderização em tessellation de grande relevo como também almeja trazer as capacidades de processamento genérico do GPU para o mainstream, tudo isto enquanto disponibiliza uma API DirectX mais compatível do que nunca antes vista. Como pode ver, trata-se de uma solução ambiciosa que já devia ter chegado há muito tempo. Talvez a combinação da chegada do Windows 7 com a introdução da nova família Radeon HD 5800, aliada a um rápido desenvolvimentos dos editores de jogos, permita finalmente revolucionar o mercado dos jogos e do entretenimento no PC.
O DX 11 cria verdadeiras transparências, que evitam as anteriores falhas visuais
Antes de começarmos a falar sobre o que realmente nos trouxe a estas páginas, permitamnos relembrar rapidamente o que é e o que faz o DirectX. Em termos simples, é uma camada (ou layer) de software conhecida especificamente no meio informático pela sigla Application Programming Interface, ou API. A sua função é bipartida. Primeiro, tornar mais simples a vida aos editores de aplicações ao permitir-lhes o acesso às capacidades de multimédia dos diversos componentes para PC, o que inclui o hardware de som e de gráficos. Na verdade, nos dias que correm isto aplica-se mais à segunda vertente, apesar de os gráficos no PC serem apenas um subconjunto do DirectX chamado Direct3D. Por outro lado, e para além de disponibilizar um framework para editores de software, o DirectX define os parâmetros para as tarefas multimédia de um PC em termos de definições de hardware
O PROBLEMA DO DX 10
para vários componentes, o que mais uma vez se aplica principalmente aos chips de tratamento de som e de gráficos. Consequentemente, a Microsoft trabalha de perto com a Nvidia e a AMD sempre que desenvolve uma nova versão do DirectX. Com o tempo, o PC acabou por se tornar provavelmente na máquina mais flexível e adaptável do planeta, sendo capaz de satisfazer quer as necessidades dos estudiosos de cálculos científicos avançados, quer dos adolescentes adeptos de jogos e entusiastas das taxas de frames altas. Inevitavelmente, e porque esta polivalência se tornou cada vez maior, também o perímetro de actuação do DirectX se tornou mais vasto. Com a apresentação da versão 11, chega talvez a expansão mais significativa jamais criada para o DirectX e o primeiro de três desenvolvimentos chave disponibilizados pelo DX 11. Conhecido como Direct Compute, permite efectivamente
Ao dia segue a noite. O Verão segue a Primavera. Em Abril, águas mil. E em cada nova versão do conjunto de API da Microsoft chamado DirectX com o consequente apoio por parte dos fabricantes de processadores para placas de vídeo (AMD e Nvidia) vem uma nova promessa de revolução gráfica sem precedentes na indústria dos PC para jogos e entretenimento. Infelizmente, a realidade mostrou no caso do DX 10 um cenário bem menos animador. Porquê? O maior dos problemas do DX 10 dá pelo nome de Windows Vista. Quem quisesse ter acesso às promessas do DirectX 10 teria de instalar o então novo sistema operativo da Microsoft, pois o XP estava fora dos seus limites. Este poderia até nem ter sido um problema de maior caso a Microsoft tivesse assegurado que o código do motor de jogo do DX 10 fosse retrocompatível com o do DX 9 do XP. Mas graças às enormes alterações aplicadas no Vista, especialmente no que se refere à saída do driver gráfico para fora do espaço do kernel e para dentro do espaço do utilizador em nome da estabilidade, isso não foi possível. E nem sequer se podem culpar neste caso os editores de jogos, que muitas vezes até evidenciaram um raciocínio bastante lúcido. Apesar de tudo, esperava-se que o DX 10 fosse capaz de se traduzir numa aplicação chave e num ganho evidente em termos de desempenho. Quanto à primeira constatação, infelizmente, não houve qualquer evolução. No global, revelou ser mais uma reparação cuidada do que uma revolução face ao DX 9. Quanto à segunda, também não há muito a dizer senão que o DX 10 não conseguiu ser suficientemente bom. Em suma, e se observarmos a história dos gráficos para PC como um livro, o DX 10 ficará lembrado apenas como uma nota de rodapé.
A Microsoft tem vindo a trabalhar conjuntamente com a ATI e a Nvidia no desenvolvimento do DirectX 11
abrir o DirectX ou, para sermos mais correctos, o pipeline do Direct3D, a praticamente todos os tipos de tarefas computacionais. No cerne da questão está o processamento paralelo. O componente visado é, obviamente, o GPU, que é também provavelmente o chip mais paralelisado de entre todos os que se encontram dentro do computador e que poderia ser muito mais poderoso, caso os recursos fossem utilizados para computação geral. Neste ponto, a conversa poderá dar-lhe um ar de déjà vu. A ideia de se ter uma computação de utilização genérica no GPU não ficou já bem estabelecida dentro dos parâmetros do conceito GPGPU (processamento gráfico de propósito geral)? Existem de facto diversas iniciativas GPGPU em marcha e que antecedem a chegada do Direct Compute e do DX 11, sendo a plataforma CUDA a mais evidente de todas. Mas a diferença chave para o Direct Compute está no facto de este definir os padrões comuns aos quais tanto os editores de aplicações, como os fabricantes de hardware têm de aderir. Por outras palavras, enquanto que a solução CUDA requer a presença de placas gráficas Nvidia, o Direct Comput garante a compatibilidade independentemente da marca da solução gráfica instalada no computador.
DEFINITIVAMENTE MELHOR No entanto, o Direct Compute faz mais do que garantir a compatibilidade. Também disponibiliza definições de hardware que asseguram que os processadores gráficos estão à altura das necessidades da computação de propósito geral. A anterior versão 10 do DirectX já trazia uma primeira aproximação do padrão PCGUIA
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SOFTWARE
A tesselation do DX 11 separa os triângulos...
...para produzir geometrias suaves
Direct Compute mas, muito francamente, era mais uma reflexão das capacidades do hardware centralizado no chip gráfico do que uma tentativa para melhor suportar o processamento de propósito genérico. Um bom exemplo é o facto de os chips compatíveis com DX 11 terem de disponibilizar 32 kb de acesso a memória partilhada para cada thread de propósito geral, enquanto as versões anteriores do DirectX apenas requeriam uns “míseros” 256 bytes por thread. Portanto, pode concluir-se que todas as implementações anteriores do conceito de GPGPU foram na verdade um efeito secundário resultante dos esforços para criar mais pipelines programáveis para renderização de gráficos. Com Direct Compute 11, os vendedores de soluções gráficas são como que obrigados a seguirem os mesmos passos de modo a conceberem os seus chips com a computação de propósito geral em mente. Esta não é a primeira vez que falamos em GPGPU na PCGuia. De facto, trata-se de um tema que temos vindo a seguir em números recentemente publicados, nomeadamente em termos de aplicações. Basta dizer que o impacte em matéria de física e de simulação de inteligência artificial de uma solução que siga verdadeiramente esta filosofia será enorme. Para estas tamanhas tarefas paralelas, os chips gráficos poderão muito bem vir a ser dez, vinte ou até
mesmo trinta vezes mais rápidos do que os processadores para PC (CPU) mais poderosos. E será o Computer Shader do DirectX que vai permitir este, chamemos-lhe, paraíso paralelo.
O PODER DA GEOMETRIA No triunvirato de funcionalidades revolucionárias do DX 11 segue-se algo que dá pelo nome de tesselation. Normalmente não ficaríamos assim tão interessados em algo que, na sua génese, mais não é do que um ajustamento isolado ao pipeline gráfico Direct3D. Porém, estas características em particular visam o maior ponto fraco dos motores de jogos actuais no que concerne à fidelidade gráfica e ao realismo. Com o surgimento dos shaders programáveis na versão DX 8, o realismo nos jogos conheceu um enorme progresso. De repente, os efeitos superficiais como os reflexos ou a opacidade tornaram-se uma realidade, permitindo a simulação correcta de materiais como o metal, a água ou até a pele humana. Da mesma forma, os shaders programáveis permitiram a aplicação de iluminação dinâmica realística, o que permite aumentar a profundidade e o contraste das cenas renderizadas. Ao mesmo tempo, o aumento da largura de banda na memória e da taxa de pixels permitiu a utilização de texturas com um detalhe muito maior, ao passo que os
A PARTE DA CENA COM TESSELATION CONSEGUE CORRER TRÊS VEZES MAIS DEPRESSA DO QUE A VERSÃO MAPEADA 78 | PCGUIA
melhoramentos de imagem como o anti-aliasing e o filtro anisotrópico passaram a poder ser usados cada vez mais sem que isso implique perdas cruciais no desempenho. Mas apesar de todo este progresso, um aspecto chave manteve-se atrás nesta corrida – a criação de um ambiente simulado tridimensionalmente. Não deixa de ser irónico que se trate do elemento principal para que se possa chamar a algo de 3D. De facto, tem tudo a ver com geometria e, felizmente, também neste campo as placas gráficas têm vindo a evoluir bastante. Não só os novos chips suportam cada vez mais triângulos por segundo como o pipeline do shader tem evoluído no sentido de criar geometria simulada, usando para isso métodos como o bump mapping. No entanto, há aqui um aspecto muito importante a considerar relativamente à geometria – o mundo real é impossivelmente complexo. Quanto mais de perto se olha, mais texturas geométricas se observam. E simular tudo isto de forma a enganar o olho humano é uma tarefa gigantesca.
TESSELATION MARCA A DIFERENÇA Para complicar ainda mais a vida, as técnicas de abordagem geométricas como bump mapping e parallax mapping são sistemas pouco eficazes, criando tantos problemas quantos permitem resolver, o que se torna particularmente crítico em factores como a oclusão e a renderização de sombras correcta. Por sua vez, estas levam a sistemas construídos sobre sistemas que resultam logicamente em soluções intrincadas, como é o caso da parallax occlusion mapping. Para além disso, consomem-se desta forma recursos de processamento valiosos que seriam mais aproveitados caso estivessem dedicados à criação de outros efeitos visuais. Precisa-se, pois, de algo superior. A resposta é simples: tesselation. Em vez de se andar a torturar pixels e texturas, num esforço para aproximar a geometria, a tesselation no contexto da renderização gráfica é um processo que consiste na geração automática de características geométricas. De uma forma muito simples, em vez de se programar todos os milhões de triângulos necessários para simular um determinado objecto, dá-se ao GPU a ideia central relativamente ao objecto que se deseja renderizar e deixa-se que ele faça a gestão dos detalhes e a criação dos triângulos necessários. Ou seja, este processo requer muito menos dados e capacidade de processamento para se conseguir obter o mesmo nível de detalhe. Isto leva-nos à parte mais interessante da tesselation tal e qual esta está implementada no DX 11. Os dados relativos aos motores de jogos
vezes sem que isso implique o abrandamento do processo de renderização. Numa palavra: vitória. Finalmente, mas não por último, surge na nossa lista de elementos fundamentais do DX 11 aquele que é o argumento mais complicado e ao mesmo tempo mais crucial. Falando de forma genérica, envolve o trabalho que a Microsoft tem feito para assegurar a retrocompatibilidade, que é mais benéfica para os jogadores e bem-vinda pela comunidade de desenvolvimento do DirectX 11. Por muito boas que as anteriores versões do DX tenham sido, muitas vezes forçavam a segregação. Isso podia significar que um jogador ou utilizador com uma determinada placa gráfica seria simplesmente penalizado num determinado jogo ou versão do Windows, ou um programador ser impedido de aceder a uma API e a todo um leque de tecnologias potencialmente benéficas. De uma forma ou de outra, isto eram más notícias. O primeiro passo (e o mais lógico) dado pela Microsoft foi tornar o DirectX 11 totalmente compatível com o Windows Vista, apesar de ser evidente que o seu lançamento é uma característica essencial para o novo Windows 7. Na altura em que ler estas palavras a Microsoft já terá disponibilizado um pacote de distribuição que permite ao Vista ser actualizado para ter suporte total para DX 11. Isto são
actuais e gerados para os efeitos de mapping acima mencionados podem ser usados com alterações mínimas no motor de tesselation do DirectX 11. Na nossa perspectiva, é uma questão de apenas algumas semanas para se conseguir converter um motor de jogo repleto de mapping para uma tesselation completa. E convém não esquecer que a geometria criada pela tesselation do DX 11 é composta por triângulos verdadeiros, o que significa que estes se comportam da mesma forma (em termos de oclusão, auto-sombreado e filtragem) que a geometria principal ou de código pesado.
CRISE GEOMÉTRICA Outro factor capaz de fazer a diferença em termos de tesselation tem que ver com o desempenho. Considere o exemplo de um cenário cheio de parallax mapping dentro de um típico jogo em DX 10. E agora chame a esse jogo de Crysis – muito provavelmente é o jogo que mais uso faz da geometria mapeada. Depois, converta os dados de mapping em dados de tesselation. Não só irá ficar perante um resultado muito mais convincente e realista, como verá que a parte da cena com tesselation consegue correr três vezes mais depressa do que a versão mapeada. Com resultado, isto permite-lhe aumentar o nível detalhe num factor de três
excelentes notícias para os jogadores que não gostam lá muito de terem de instalar um sistema operativo novo só para poderem explorar ao máximo as potencialidades dos jogos mais recentes. Também significa que os editores sabem que vão ser capazes de chegar à enorme base de máquinas com o Vista instalado durante o desenvolvimento do DX 11, e não somente ao agora criado ecossistema do Windows 7. No entanto, tudo isto é apenas o princípio. Uma das coisas mais inteligentes que a Microsoft fez nos últimos tempos com o DirectX 11 foi reduzir a carga de trabalho que ele constitui para os programadores. Quando o Vista foi introduzido no mercado, os editores tiveram de produzir linhas de código e executáveis extra, caso quisessem manter o suporte para DX 10, trabalhando por outro lado em paralelo para manter o DX 9 dentro do âmbito do Windows XP. Com o DX 11, um só executável suporta hardware DX 9, DX 10 e DX 11 quer no Vista, quer no Windows 7. É certo que muitos vão querer manter o suporte para DX 9 das suas máquinas mais antigas baseadas em Windows XP. E isso vai requerer código propositadamente feito à medida. Mas já não vai ser preciso fazer aquele julgamento complicado que é saber se valerá ou não a pena criar código extra para suportar um novo
REVELAÇÕES DO DIRECTX 4 TREADS SOBREVIVEM
Como saberá, os jogos e os processadores com vários núcleos não têm uma relação optimizada. Isso acontece em grande parte devido às limitações do DirectX, ou acontecia até agora. Como DX 11, o verdadeiro multithreading torna-se realmente possível, ao passo que até ao DX 10 apenas era permitido usar uma thread por pipeline de renderização.
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3 NÃO SÓ O WINDOWS 7 Compatibilidade alargada e compreensão rápida são dois aspectos importantes do DX 11. Tendo isso em mente, a Microsoft tornou-o disponível não só para Windows 7 mas também para Windows Vista. Melhor ainda, os editores de jogos terão de criar apenas um único executável para suportar hardware DX 9, DX 10 e DX 11 tanto no Vista como no 7.
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1TRIÂNGULOS, TRIÂNGULOS, TRIÂNGULOS
Em termos de renderização 3D, a grande novidade do DX 11 é a introdução de tesselation por hardware. Simplificando, isto quer dizer que o detalhe geométrico é gerado automaticamente em vez de ser criado por codificação pura, sendo cada triângulo necessário para se simular um objecto. É um método muito mais eficaz e preciso para aumentar o detalhe geométrico face às alternativas, que são o bump e o parallax mapping.
2 GPU DE PROPÓSITO GERAL
Estamos à espera há muito tempo para que a aplicação do conceito de computação de propósito geral ao GPU se torne realidade. Com a chegada do Direct Compute 11, parece que finalmente existe um padrão aceite na indústria com o qual tanto os fabricantes de hardware, como de software podem trabalhar. As aplicações a funcionar a velocidades estonteantes estão já ao virar da esquina.
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SOFTWARE
É BOM SABER QUE SE PODE TIRAR PARTIDO DO DIRECTX 11 INDEPENDENTEMENTE DA PLACA GRÁFICA QUE SE TIVER
sistema operativo e uma nova API na forma do Windows 7 e do DX 11.
MULTIFALHAS É sabido que a indústria de jogos representa um dos maiores grupos do software para PC, mas também é um facto que, até agora, essa indústria falhou no objectivo de desenvolver aplicações capazes de tirar o máximo partido dos modernos processadores multicore. Essa é uma das razões, aliás, pela qual nos decidimos a afirmar que o Core i5 da Intel é, com os seus quatro núcleos, o melhor CPU para jogos que poderá comprar nos dias de hoje, relegando para segundo plano o monstro de oito núcleos chamado Core i7. No entanto, restam poucas dúvidas de que as plataformas massivamente multicore são o futuro dos processadores para PC. Seria bom que os jogos pudessem – passe o pleonasmo –
jogar com esse facto. Curiosamente, um dos maiores obstáculos para não se ter conseguido chegar a essa realidade até hoje foi o próprio DirectX. O problema, transversal a todas as versões, está no facto de haver uma restrição da parte de renderização de um motor de jogo a uma única thread. Na prática, isto tem significado que, na melhor das hipóteses, os jogos podem ser capazes de atingir aquilo que se chama paralelismo em nível de tarefa. Trata-se de uma espécie de multithreading rudimentar no qual a maior tarefa, como por exemplo a renderização, a inteligência artificial ou a física, obtém a sua própria thread. Isto poderá até parecer uma solução decente. Porém, faz com que se acabe por ter threads mal distribuídas. Tipicamente, a thread de renderização é bastante mais exigente do que as outras. E depois, perguntará? Bom, acontece que os jogos são essencialmente renderizados
frame a frame, o que significa que cada thread terá de completar o seu trabalho antes de a próxima frame poder ser renderizada. Ou seja, cria-se uma situação na qual diversas threads têm de permanecer em idle e esperar que a renderização chegue de novo à sua porta.
COMPATIBILIDADE PRIORITÁRIA Isso não acontece com o DirectX 11, uma vez que a Microsoft introduziu uma nova tecnologia chamada multithreaded display lists. Ela permite o multithreading do motor de renderização ao nível dos dados, o que por sua vez permite que os jogos verdadeiramente com múltiplas threads possam ser implementados no PC pela primeira vez. Melhor ainda, esta funcionalidade depende apenas da API e não do hardware gráfico. Desde que esteja a correr DirectX 11 com um driver gráfico compatível, poderá contemplar o benefício de qualquer jogo que seja capaz de tirar vantagem deste suporte melhorado para multithreading, não sendo preciso ter uma placa gráfica DX 11. É bom saber que se pode tirar partido do DirectX 11 independentemente de qual for a sua placa gráfica actual. Mas o verdadeiro prazer virá quando chegar o hardware totalmente compatível. Estamos à espera que os GPGPU façam a jogada decisiva e passem do papel à prática, e o DX 11 pode muito bem considerar-se um passo enorme em direcção a essa realidade. Também estamos curiosos quanto ao impacte que a tecnologia de tesselation terá na qualidade gráfica. Felizmente, já não falta muito para começarmos a ter certezas.
NOVOS JOGOS DX 11 Conheça os lançamentos de jogos com suporte para DirectX 11 que já aconteceram em 2009 e que vão acontecer este ano. S.T.A.L.K.E.R. / Call of Pripyat – Q4 2009
Battlefield 1943 – 2010 Dungeons and Dragons Online – 2010
Battleforge – Setembro 2009 DiRT2 – Q4 2009
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Aliens vs. Predator – Q1 2010
Lord of the Rings Online / Siege of Mirkwood – Q1 2010
HARDWARE
ESCOLHA A MOTHERBOARD CERTA PARA SI Se está a pensar em actualizar o PC ou fazer uma substituição radical do seu hardware, siga os nossos conselhos e faça uma escolha acertada daquele que é o elemento mais importante de qualquer computador Uma das coisas melhores de um PC é a possibilidade de se poder abrir a caixa e actualizar o sistema em qualquer altura. Melhor ainda – e porque se trata de uma máquina assente num design modular – é possível começar por substituir as partes mais antigas ou até adicionar novas funcionalidades através da instalação de elementos tão modernos como as placas internas ou os dispositivos externos USB. No coração do sistema está a motherboard, onde se encontram todos os componentes do PC que comunicam entre si. A variedade de escolha é grande no que toca à compra de uma nova placa-mãe, desde o tipo
de processador suportado até à memória utilizada, passando por funcionalidades extra como os gráficos ou o som onboard. Uma das decisões mais importantes ao escolher uma nova motherboard tem precisamente que ver com a primeira questão apontada – que processador usar. Nesta matéria, a opção irá ditar a forma como o CPU encaixa no socket da placa-mãe.
A OPÇÃO INTEL A Intel e a AMD são as duas empresas que fabricam processadores. No entanto, apresentam uma miríade de modelos diferentes,
FICHAS SATA
SLOTS DE MEMÓRIA
Dependendo do tipo de memória, poderão existir duas, quatro ou seis ranhuras para RAM nas configurações de single, dual ou triple channel, respectivamente.
Estes pequenos conectores substituíram as há muito utilizadas interfaces IDE, tendo os finos cabos SATA ocupado o lugar dos volumosos cabos esparguete no que concerne à ligação de discos rígidos e drives ópticas. Algumas podem ser usadas em configurações RAID.
cada um com um tipo próprio de encaixe do CPU. Isto porque cada companhia altera de vez em quando o número de pinos que os processadores usam, o que faz com que exista hoje um número relativamente grande de sockets diferentes por onde escolher. Aliás, a Intel conseguiu ir muito mais longe, chegando ao ponto de remover pinos dos processadores, substituindo-os por pontos de contacto e colocando os pins no socket do CPU. No entanto, isto acaba por ser algo favorável a quem não tem muito jeito para colocar processadores no socket, pois desta forma permite evitar que os pinos mais expostos não
LIGAÇÕES USB
Se a sua caixa tiver portas USB extra no painel frontal, poderá aproveitá-las ligando-as às fichas USB extra que a motherboard habitualmente inclui. Alguns modelos têm ainda o bónus de trazerem placas extra com portas USB que se podem colocar abaixo do painel traseiro, ocupando porém o lugar destinado a placas de expansão PCI-Express ou PCI.
SLOTS PCI-EXPRESS
São usadas principalmente para receberem placas gráficas. Se a sua motherboard é compatível com configurações SLI ou CrossFire, então terá duas ou três slots deste tipo. As slots mais pequenas destinam-se às placas de som e a outros acessórios.
PILHA CMOS
Quando desliga o PC as definições do BIOS são guardadas em memória. Se a pilha for removida ou a sua capacidade se esgotar, o seu PC irá perder essas definições.
SOCKET DO CPU
O sucesso de um PC reside na capacidade que este tem de ser actualizado. Graças ao socket do CPU, poderá ser capaz de substituir um processador mais antigo por um outro novo ou, pelo menos, mais recente e mais rápido. Para isso, ambos terão de ser compatíveis com o mesmo socket.
PAINEL TRASEIRO
O painel traseiro de uma motherboard é a parte visível depois de esta ser instalada dentro da caixa do PC. É aqui que reside a maior parte das ligações, incluindo Ethernet, USB e som onboard. Os modelos mais recentes adicionam ainda outros luxos como ficha(s) e-SATA, saída óptica de som ou até mesmo botão de reset do CMOS. PCGUIA
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HARDWARE
A OPÇÃO AMD
Muitas motherboards incluem software que permite ao utilizador actualizar o BIOS a partir do Windows em vez de ter de copiar o ficheiro de actualização para uma disquete e instalar depois através da floppy drive
se dobrem ou danifiquem no processo de colocar ou remover o CPU do respectivo socket. Quanto à AMD, incluiu alguma retrocompatibilidade entre sockets. À partida, é uma boa ideia, na medida em que permite que os utilizadores instalem processadores mais novos ou até mais antigos sem terem de trocar a motherboard, mas, na verdade, poderá causar alguma confusão. No seu caso, se estiver a comprar uma motherboard nova existe uma forte probabilidade de ter de adquirir também um processador novo compatível com o socket da placa-mãe, a não ser que queira mesmo manter em uso o seu antigo CPU. Os processadores mais recentes da Intel dão pelo nome de Core i7 e Core i5, aos quais se seguirá em breve a gama Core i3. Um pouco mais antiga mas ainda perfeitamente funcional é a família Core
2, disponível duas opções – Core 2 Duo (com dois núcleos) e Core 2 Quad (quatro núcleos), sendo que ambos usam o socket de formato LGA775. O Core i7 é o nome mais forte da Intel actualmente, representando a família de processadores topo de gama. Mais recente mas mais abaixo na pirâmide surge o Core i5, uma proposta mainstream. Depois temos o Core i3, que inclui de série um processador gráfico integrado no próprio CPU. Cada uma destas três versões recorre ao socket de formato 1156, pelo que poderá comprar agora um Core i3 e fazer um upgrade mais tarde para Core i7. Finalmente, o processador Intel Celeron destina-se ao mercado de baixo valor e a arquitectura Pentium preenche o espaço entre este mercado budget e a oferta dual core.
OUTROS ACESSÓRIOS Uma motherboard nova incluirá sempre um CD com os ficheiros controladores, cuja instalação será necessária para que o sistema operativo faça a melhor gestão de aspectos como a porta de rede, o som, os gráficos integrados e o chipset. Apesar de ser recomendável que o faça, deverá depois ir à Internet para verificar se existem actualizações às versões que acabou de instalar. Se a sua placa-mãe é capaz de gerir mais do que uma placa gráfica, deverá trazer cabos para as ligar em configuração SLI ou CrossFire e um conector dedicado na própria motherboard que deve ser orientado de acordo com a quantidade de placas gráficas que instale. Alguns fabricantes de motherboards também poderão incluir software de overclocking que permita acelerar o sistema ou aplicações de gestão da placa-mãe para uma mais fácil actualização de drivers ou até mesmo do BIOS. 82 | PCGUIA
A actual abordagem que a AMD faz ao mercado compreende as propostas Phenom II, Athlon e Sempron. Começando pela última, trata-se da proposta mais barata que o fabricante disponibiliza, sendo comparável à gama Celeron da Intel. Apresenta um só núcleo e uma arquitectura 64 bit, pelo que se recomenda apenas para os utilizadores que não têm grandes necessidades de processamento. Quanto a motherboards, pode ser usado em sockets AM2 e S1. Quanto ao Athlon 64, trata-se de uma oferta de dois núcleos que está a ser substituída pela solução mais recente Athlon II, disponível para motherboards com socket AM2, AM2+ e AM3. O Athlon II baseia-se na mesma arquitectura do Phenom mas destina-se a uma fatia do mercado que compreende desde os utilizadores que são sensíveis ao preço até à gama média. Possui dois núcleos e é apenas compatível com o socket AM3. Os processadores Phenom e Phenom II constituem a oferta topo de gama da AMD, havendo lugar a duas séries: a 8000, com três núcleos, e a 9000, composta pelos CPU quad core. Os Phenom encaixam em boards com socket AM2+. Os Phenom II são os modelos de gama alta mais recentes da oferta da AMD, compondo uma família disponível nas versões triple core e quad core e que pode ser aplicada em sockets AM2+ ou AM3. A diferença entre ambos reside no facto de o socket AM3 suportar memória RAM DDR3. O tipo de CPU que a motherboard suporta também influencia decisivamente o tipo de memória que vai usar. A RAM DDR2 está bem estabelecida e é o tipo de memória que as motherboards mais usaram nos últimos anos. No entanto, os processadores mais recentes quer da AMD, quer da Intel requerem RAM DDR3, pelo que se comprar um Core i7 para socket 1156 ou uma board AMD AM3 terá de investir em memória nova. Enquanto que a DDR2 introduziu o conceito
de bus de memória de canal duplo, a DD3 traz a opção de memória de canal triplo. Nem todas as motherboards oferecem esta capacidade, mas, se a sua a tiver, poderá mesmo assim usar memória nas configurações de single channel ou de dual channel. Em comparação com a RAM DD2, a DDR3 ainda é cara, pelo que não se torna obrigatório que abra demasiado a carteira para investir em três pares de módulos similares. No entanto, se o dinheiro não for problema e se tiver instalado um sistema operativo na versão 64 bit, então poderá potencialmente chegar a um máximo de 24 GB (!!!) de RAM instalada, caso não se importe de pagar mais de mil euros em memória. Para os mais sensatos, 6 GB serão mais do que suficientes, apesar de esta quantidade de RAM custar mesmo assim cerca de 125 euros. Já um kit de 3 GB ficará à volta dos 70 euros e poderá ser usado em sistemas operativos de 32 bits.
SE COMPRAR UMA MOTHERBOARD NOVA EXISTE UMA FORTE PROBABILIDADE DE TER DE ADQUIRIR UM PROCESSADOR
para PC dispõem no painel frontal. Já as motherboards mais caras podem incluir saída digital de som e oferecem geralmente uma solução de processamento com suporte para configurações de som surround 5.1 ou até mesmo 7.1. Nestes casos, algumas limitam-se a oferecer o chip onboard, mas outras há que incluem uma placa extra com ligação PCIExpress que poderá também oferecer uma ligação óptica. Se é um jogador regular então provavelmente deverá querer investir numa placa gráfica PCIExpress dedicada. No entanto, se os jogos para si são uma coisa pouco significativa ou se os títulos que joga não requerem necessidades gráficas muito apuradas, poderá ser uma boa opção
investir numa motherboard que disponha já de um chipset gráfico integrado. Trata-se de uma solução que, apesar de não servir para processar jogos topo de gama, é perfeitamente capaz de “mastigar” a maior partes dos jogos disponíveis no mercado (a resoluções mais baixas, é claro) e é suficiente para jogar online títulos como ECE. Mas o baixo custo é o factor mais atractivo – não só as motherboards não são caras, como se evita ter de gastar algumas dezenas de euros a mais numa placa gráfica dedicada. De qualquer modo, poderá depois usar a slot PCI-Express que estes modelos de motherboards também trazem para comprar mais tarde uma placa gráfica dedicada, caso esta venha a ser mesmo necessária.
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n FABRICANTE ASUS n PREÇO CERCA DE 105 EUROS
n FABRICANTE GIGABYTE n PREÇO CERCA DE 190 EUROS
Esta motherboard de form factor pequeno inclui som 7.1 e gráficos Intel GMA 3100 onboard, gigabit Ethernet e tem uma slot PCI-Express, caso deseje melhorar o desempenho gráfico do sistema no futuro. Com um socket LGA775, é compatível com processadores Celeron, Pentium, Core2 Duo e Core2 Quad. Usa memória DDR2.
Usa o socket AM2+, por isso, é capaz de aceitar processadores AMD Sempron, Athlon, Athlon II, Phenom e Phenom II. A memória RAM DDR2 pode chegar aos 16 GB. Inclui uma slot PCI-Express e som 7.1 onboard. Entre as opções de conectividade, disponibiliza gigabit Ethernet, 12 portas USB e cinco SATA.
Com suporte para memória DDR3 triple channel e processadores Intel Core i7, esta motherboard representa o que de melhor se pode ter actualmente na base de um PC. Inclui som 7.1, duas slots gráficas PCI-Express para SLI ou CrossFire, dual BIOS para uma actualização mais segura e ainda algumas funcionalidades que permitem reduzir o consumo de energia.
OUTRAS OPÇÕES Praticamente todas as motherboards têm som onboard, mas algumas vão mais longe e oferecem melhores soluções de processamento de áudio. Nos modelos mais acessíveis é possível obter entrada e saída de sinal estéreo através dos conectores situados no painel traseiro e (habitualmente) das fichas internas para se ligarem às portas de áudio que as caixas
BOAS COMPRAS MSI G31M3-F
ASUS M4A78-HTPC
GIGABYTE GA-EX58-UD3R
PCGUIA
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ASSISTÊNCIA TÉCNICA
João Trigo, editor
PERGUNTE AO ESPECIALISTA Ainda não recebi muitas questões sobre o Windows 7. Ou a Microsoft fez um trabalho irrepreensível, ou o tema de capa da última edição foi esclarecedor. Prefiro apostar na segunda hipótese...
P
: Sempre que ligo o meu computador, aparece uma mensagem que diz que o Windows bloqueou alguns programas no arranque. Porquê?
R
: Isso acontece no Windows Vista e no Windows 7 quando o sistema operativo tenta executar uma aplicação que necessita de autorização do administrador de sistemas para ser corrida. Por defeito, o sistema operativo bloqueia esse programa. Vai precisar de clicar com o botão direito do rato em cima da mensagem que lhe aparece no canto inferior direito e escolher a opção Executar. Isso vai resolver o problema momentaneamente, mas da próxima vez que o sistema operativo arrancar, a questão vai levantar-se de novo, pelo que vamos ver se conseguimos dar-lhe uma solução permanente. Este nosso leitor tinha utilizado o comando msconfig e tinha desactivado alguns programas da rotina de arranque do sistema. Depois de fazer esta mudança, o sistema operativo mostra ao utilizador uma mensagem assim que reinicia o sistema operativo, a avisá-lo do que ele acabou de fazer. Depois de ler a mensagem, deve carregar em OK para impedir que a mensagem seja mostrada novamente. Infelizmente, o msconfig necessita de acesso com privilégios de administração, pelo que, ao clicar nesta mensagem, deixa de fora a opção de programas bloqueados. A solução é simples: escolha o msconfig da lista de programas bloqueados e clique em Continuar. Ser-lhe-á mostrado um aviso. Clique em OK para resolver a questão.
ERRO NO WINDOWS MAIL
P
: Porque me aparece uma mensagem de erro que menciona um ficheiro version.dll e GetFileVersionInfoA quando abro o Windows Mail?
R
: Depois de uma breve conversa com este nosso amigo, ficámos a saber que ele tinha
84 | PCGUIA
feito o upgrade do XP para o Vista recentemente, e que o problema estava relacionado com um programa da Iomega que usava com o XP. Depois de remover esta aplicação, tudo voltou ao normal. E não houve problema, uma vez que o Windows Vista tem drivers embutidos para as drives Zip da Iomega.
NOVA MÁQUINA?
P
: O meu portátil com cinco anos “morreu”. Já fiz alguns testes e levei-o a uma loja. Tudo aponta para a motherboard... Valerá a pena repará-lo?
R
: Não.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
CÓPIAS DE SEGURANÇA
P R
: Fiz backups recentemente para um CD, mas descobri pouco tempo depois que não conseguia usá-los. Como me posso certificar de que os backups que efectuo podem ser recuperados?
: A criação de cópias de segurança é absolutamente essencial, como nunca nos cansamos de referir nesta revista. Mas não é só não os fazer que pode resultar numa situação catastrófica. Efectuá-los sem garantia de que podem ser recuperados também não é boa política, como é óbvio. Siga as nossas dicas para se assegurar de que esta situação não volta a acontecer.
4
ESCOLHA UM SERVIÇO DE BACKUP Um backup é bom. Mas dois é melhor. Especialmente se um destes estiver guardado a vários quilómetros de distância do primeiro. Considere guardar a primeira cópia de segurança num disco rígido externo e a outra num serviço de cópias de segurança online.
4
DADOS NA INTERNET A melhor forma de guardar os seus dados é investir numa solução de backup online como a Mozy (www.mozy.com) ou a Diino (www.diino.com). Este último pode ser usado em todos os PC de sua casa.
4
BACKUPS NA NET... SEM GASTAR DINHEIRO Não pode pagar por um serviço de cópias de segurança na Internet? Veja a opção Backup Buddy (www.bluenomad.com), que permite que o leitor e os seus amigos façam cópias de segurança dos ficheiros uns dos outros.
4
CÓPIAS DE FICHEIROS E DE DEFINIÇÕES Os seviços de backup online baseiam-se em cópias de ficheiros, assim como a ferramenta de backup do Vista. Os
utilizadores do XP deverão usar uma aplicação como o FBackup (www.fbackup.com).
MozBackup (http://mozbackup.jasnapaka.com para o Thundirbird.
4
4
ALTERAÇÕES A FICHEIROS Precisa de fazer backups de ficheiros periodicamente, à medida que faz alterações? Veja o DocShield (www.docshield.com). É uma ferramenta muito útil – nós usamo-la, aqui na PCGuia.
4
CÓPIA DO DISCO RÍGIDO A criação de uma imagem do disco deve ser efectuada de tempos a tempos. Para o fazer, use uma aplicação como o Macrium Reflect Free (www.macrium.com/reflesctfree.asp) – uma excelente escolha para este tipo de tarefas.
4
BACKUP DO E-MAIL Algumas ferramentas de criação de cópias de segurança, como o Genie (www.genie-soft.com) detecta um número alargado de clientes de correio electrónico, mas poderá ser preciso encontrar uma ferramenta de backups de terceiros se não existirem plugins para o seu programa. Um exemplo? O
DEFINIÇÕES DO BROWSER E PALAVRAS-PASSE O X-marks (www.xmarks.com) permite que o leitor crie backups de palavraspasse e favoritos ou bookmarks do Firefox, IE e Safari. Pode ainda sincronizá-los em vários computadores e sistemas Windows.
4
BACKUP DO REGISTO Evite a potencial devastação de um registo corrupto fazendo o download e instalação do eRUNT (http://tinyurl.com/b5398). Esta ferramenta permite-lhe recuperar o registo do seu sistema a partir da consola de recuperação do CP ou da linha de comandos do Vista.
4
VERIFIQUE AS CÓPIAS DE SEGURANÇA Um backup corrupto não é melhor do que a inexistência de um backup. Verifique periodicamente a integridade das suas cópias de segurança e considere a possibilidade de alternar os backups entre duas localizações diferentes – para maior protecção.
FALTA DE ESPAÇO EM DISCO
P
: Como posso ver de forma simples e rápida o que está a ocupar mais espaço no meu disco rígido?
01
O WinDirStat é um programa gratuito que permite ver o espaço em disco graficamente atribuindo várias cores a diferentes tipos de ficheiros.
02
R
: Sim, há uma forma de o fazer. Terá, todavia, de utilizar o programa WinDirStat (http://download.cnet.com/WinDirStat/3000-2248_410614593.html), mas vale a pena. Com ele, pode visualizar o espaço em disco e ver quais os ficheiros que mais espaço ocupam.
Pode monitorizar todas as drives da sua máquina, um disco específico ou uma pasta que mereça a sua atenção. Escolha o que pretende e clique em OK.
03
Vai poder ver cada uma das drives e das pastas e as suas dimensões. Navegue através das várias directorias para ver o que está a ocupar espaço.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
“O QUE POSSO FAZER SE A MINHA LIGAÇÃO WI-FI DEIXAR DE FUNCIONAR?” O LEITOR NÃO CONSEGUE ACEDER À INTERNET E NÃO TEM POSSIBILIDADE DE VERIFICAR O QUE ESTÁ ERRADO NA LIGAÇÃO. VAMOS COMEÇAR PELO INÍCIO.
NÃO
Está a usar um laptop?
A pen drive USB ou a placa de rede sem fios está devidamente colocada? NÃO
SIM SIM
É uma opção de poupança de bateria comum a grande parte dos notebooks. Se desligou o acesso à rede wireless acidentalmente, então não deverá saber como ligar o módulo de rede sem fios novamente. Prima a tecla fn juntamente com a tecla com o símbolo da rede sem fios.
A luz da rede sem fios do seu computador está ligada?
NÃO
Clique na caixa Mostrar ícone na Área de Notificação e desligue a ligação actual. Agora clique com o botão direito do rato no ícone, escolha Ver Ligações Disponíveis e ligue-se novamente à sua rede. Em alternativa, clique em Reparar Ligação. Houve melhorias?
NÃO VISIVEL
Qual é o estado da ligação?
LIGADO
NÃO EXISTENTE
Verifique o seu router – tudo aponta para que haja uma falha neste dispositivo. Tem energia? As luzes estão todas ligadas?
SIM
Uma ligação com limitações pode ter várias causas, mas a maioria diz respeito a falhas relacionadas com o ISP ou com o facto de haver duplicação de endereços IP na rede de sua casa.
SIM
Precisa de aceder à caixa de diálogo de estado da ligação de rede sem fios. Se não encontrar o ícone correspondente na barra de ferramentas, clique com o botão direito do rato, vá até ao Painel de Controlo, Ligações de Rede, clique com o botão direito em cima da ligação sem fios e escolha Estado.
NÃO
NÃO
Não há problema, ligue a pen drive ou a placa de rede sem fios. Se, depois de o fazer, o problema persistir, volte ao início do esquema.
Verifique se consegue navegar na Net. Vá ao botão iniciar, clique em Executar e escreva cmd. Agora escreva ping www.google.com. Se lhe for mostrado um número, é porque está ligado à maior das redes. Caso contrário, verá uma mensagem de erro. Apareceu-lhe qualquer coisa como Time=123ms? SIM
Está ligado à Net, mas o seu browser não está contente... A maioria dos browsers conta com um assistente de ligação. Siga o mesmo ou então abra as opções de ligação.
SIM
NÃO
A luz de erro está ligada? SIM
SIM
Por vezes, pode acabar com os problemas das limitações de acesso fazendo um refresh aos endereços IP. Clique em Iniciar, Executar, e escreva cmd. Na linha de comandos, digite ipconfig/renew. O estado da ligação alterou-se?
Desligue o seu router. Depois de alguns minutos, ligue-o novamente. O hardware deverá fazer uma rotina de teste e facultar-lhe-á uma luz de estado (geralmente, verde). Funcionou?
NÃO
Ligue para a linha de apoio do seu ISP e tente resolver a questão. Poderá ter danificado a ligação se tiver andado a brincar com os settings do router de forma a optimizar a ligação. Restaure os valores de fábrica e reinicie o router.
88 | PCGUIA
SIM
Os router podem crashar e é muito provavelmente isso que aconteceu. Pode acontecer se, por exemplo, utilizar programas como o bit torrent e utilizar muitas ligações em simultâneo. Pode ainda suceder se alterar as definições do hardware. Restaure os valores de fábrica do router.
NÃO
SIM
Tem um ringtone (para ADSL apenas)?
NÃO
A companhia que lhe providencia o serviço de telefone poderá estar com problemas. Ou então não pagou as contas. Ligue para o serviço de apoio ao cliente e avalie a situação.
PROTECÇÃO NO PC
P
: O que é melhor, a firewall do Windows Vista ou a PC Guard?
R
: Como já referimos várias vezes, a firewall do Vista não filtra os dados que saem da sua máquina, mas filtra apenas o tráfego de entrada. Assim, qualquer firewall que filtre a informação tanto na entrada como
na saída é sempre melhor opção. A PC Guard é, agora, da responsabilidade da Kaspersky, e claramente uma melhor opção.
ACEDER A DVD NUM NETBOOK
P
: Preciso de instalar um programa que tenho num DVD, mas o meu netbook não tem drive óptica. Ajuda-me!
R
: A PCGuia explicou como instalar aplicações em computadores sem drives ópticas recentemente. Pode sempre adquirir uma drive óptica externa, que se liga ao portátil através da porta USB, mas existe uma opção mais em conta. E quando dizemos “mais em conta”, queremos dizer absolutamente gratuita. Faça o download do ISO Recorder (http://isorecorder.alexfeinman.com) e instale o programa. Faça o mesmo com o MagicISO Free (www.magiciso.com). Agora siga o nosso guia.
01
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04
Num computador com drive óptica, insira o DVD com o programa de que precisa. Vá a Iniciar, Computador e clique com o botão direito do rato em cima da drive. Escolha criar imagem a partir do CD/DVD.
Depois de gravar o ISO no netbook, clique com o botão direito do rato no ícone do MagiISO e escolha Virtual CD/DVD Rom, D:No Media, Mount.
Escolha um nome adequado e grave a imagem criada. Agora transfira o mesmo para o netbook.
Vá até à pasta que contém o seu ficheiro ISO, escolha-o e clique em Open. Aí tem os ficheiros de instalação que precisa. PCGUIA
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PCGJogos O último modelo de Wonderbra não nos convece
LEFT 4 DEAD 2 O que é isso vermelho na tua roupa? CONCEPÇÃO IMAGINATIVA
4
MODO SCAVENGE
4
NADA DE RELEVANTE
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VEREDICTO 9
O jogo Left 4 Dead 2 proporciona cinco novas campanhas de terror e melhores lutas de humanos contra zombies através do modo Scavenging. Mas, mais do que tudo o resto, é um excelente relato do que seria sobreviver para além do fim dos tempos, sobretudo se este incluir zombies. Passamos através de cercas de arame utilizadas recentemente para delimitar as filas de civis numa evacuação desesperada, aprendemos gradualmente que as agências do governo não conseguiram lidar com a infecção e passamos por piscinas cheias de cadáveres carbonizados. Até nos podemos sentir um pouco mal por decapitar os membros da horda de infectados com a imensa variedade de instrumentos contundentes e aguçados, pois, outrora foram pessoas. Mas na maior parte do tempo estamos a divertir-nos como loucos. Left 4 Dead 2 é mais do que uma actualização de um jogo; é uma verdadeira sequela. Sim, ao princípio temos saudades do jogo antigo, mas depressa aprendemos a gostar de Rochelle, Coach, Nick e Ellis (equipados como estão com 2000 linhas de diálogo) e da sua capacidade de infligir violência ao povo de Louisiana. A forma como as catanas, bastões de cricket e as serras mecânicas se podem adquirir e armazenar 90 | PCGUIA
como armas secundárias em vez de pistolas é uma adição excelente, mas os ambientes em que podem ser utilizadas são nada menos do que espantosos. Se forem jogadas por ordem cronológica, as cinco campanhas de L4D2 levam-nos através de uma tarde, uma noite e um dia de dor. Entre os cenários de jogo há hotéis, centros comerciais, túneis do amor, montanhas russas, pântanos, mansões coloniais, ferros velhos e as ruas desoladas de Nova Orleães. Estes apresentam uma riqueza de elementos invejável. Um exemplo? Há chuvas torrenciais que causam inundações inesperadas na cidade que temos de atravessar e são normalmente tão belas quanto mortíferas. Algumas áreas, como os parques e os cemitérios, até mudam de disposição de cada vez que jogamos.
FUGIR COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ A Valve parece estar muito mais confortável neste ambiente de L4D2, como tal, gosta de atrapalhar o esquema de jogo. Os exemplos mais flagrantes são os momentos de corrida contra o tempo – em que o nosso bando aterrorizado tem de atravessar corredores sinuosos e subir escadas rolantes num centro comercial para
SUPER-INIMIGO
O Left 4 Dead 2 é movido pelo mesmo motor Source que os outros jogos da Valve desde o Half-Life 2. Graficamente não tem muita coisa de novo, mas o Director – a IA adaptativa da Valve – foi aperfeiçoado. O que quer dizer que há mais variedade num título já de si bastante sangrento.
Uma pessoa sem cabeça e um homem com um gnomo? Só pode ser Left 4 Dead 2
A Susana voltou a chumbar no exame...
desligar um alarme que atrai os zombies, ou correr por uma grande ponte cheia de carros para alcançar um helicóptero que está lá para nos salvar. O resultado final é um jogo de “fugir como o raio" semelhante às campanhas de fuga em modo Versus, mas com todo o tipo de salvações à última hora e sacrifícios à medida que os retardatários do grupo são apanhados enquanto o resto continua em frente. Entretanto, os novos membros infectados do elenco são acrescentos perfeitos, criados para atrapalhar a lista de tácticas de sobrevivência que os jogadores de Left 4 Dead desenvolveram durante o ano que passou. O Charger, um minitanque com uma enorme mão musculada, pode dar cabo de uma equipa com uma corrida bem sincronizada. Spitter, uma mulher com a cara pendurada e uma bolha de baba verde na cara, pode cuspir litros de bílis ácida na direcção que quiser, negando o abrigo às equipas escondidas em armários. Finalmente, Jockey consegue ir pé ante pé até a um jogador, saltar-lhe para as costas e conduzi-lo para o meio do perigo, às vezes, uma multidão de zombies flamejantes, mas mais frequentemente para os braços de uma bruxa. É um prazer combater contra cada um destes acrescentos, que são do melhor que há na concepção da personagem, mas o mais importante é que é giríssimo dar cabo deles no modo Versus. Left 4 Dead 2 tem muitos outros argumentos para nos convencer, mas temos
obrigatoriamente de mencionar o lança-granadas, as miras laser, as munições explosivas partilhadas, a Boomer fêmea (a Boomette), o amável gnomo em prémio, o desfibrilador que desafia a morte e uma canção impecável sobre zombies de Jonathan Coulton, o compositor de
Still Alive. A Valve conseguiu brilhar outra vez. Não há experiência social online melhor que se possa ter no PC do que rebentar cabeças em Left 4 Dead 2, ou atacar com uma serra mecânica, encharcando os companheiros de sangue infectado.
EDITORA EA n PREÇO 49,99 EUROS n CONTACTO 707 200 712 n SITE WWW.L4D.COM n REQUISITOS MÍNIMOS CPU DUAL CORE, 2 GB DE RAM, PLACA 3D DE 256 RAM
ENTRE NA PERSONAGEM 1 O Modo Scavenge mostra
sobreviventes a recolher latas de gasolina espalhadas por um de seis mapas diferentes. Estas latas têm de ser despejadas para um motor central enquanto a equipa infectada tenta fazer-lhe a vida negra. Cada lata recolhida aumenta o tempo disponível.
2 Os limites de tempo e um mapa com
1 2
3
base num núcleo central garantem um jogo mais focado e com mais coisas a acontecer do que os tradicionais jogos Versus.
3 Como Charger, pode levar um
jogador rival para o interior do nível e fazer dele o que se quiser, embora ser um Jockey e forçar um jogador a cair do telhado também tenha os seus momentos…
PCGUIA
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SUPER-INIMIGO
O Left 4 Dead 2 é movido pelo mesmo motor Source que os outros jogos da Valve desde o Half-Life 2. Graficamente não tem muita coisa de novo, mas o Director – a IA adaptativa da Valve – foi aperfeiçoado. O que quer dizer que há mais variedade num título já de si bastante sangrento.
Uma pessoa sem cabeça e um homem com um gnomo? Só pode ser Left 4 Dead 2
A Susana voltou a chumbar no exame...
desligar um alarme que atrai os zombies, ou correr por uma grande ponte cheia de carros para alcançar um helicóptero que está lá para nos salvar. O resultado final é um jogo de “fugir como o raio" semelhante às campanhas de fuga em modo Versus, mas com todo o tipo de salvações à última hora e sacrifícios à medida que os retardatários do grupo são apanhados enquanto o resto continua em frente. Entretanto, os novos membros infectados do elenco são acrescentos perfeitos, criados para atrapalhar a lista de tácticas de sobrevivência que os jogadores de Left 4 Dead desenvolveram durante o ano que passou. O Charger, um minitanque com uma enorme mão musculada, pode dar cabo de uma equipa com uma corrida bem sincronizada. Spitter, uma mulher com a cara pendurada e uma bolha de baba verde na cara, pode cuspir litros de bílis ácida na direcção que quiser, negando o abrigo às equipas escondidas em armários. Finalmente, Jockey consegue ir pé ante pé até a um jogador, saltar-lhe para as costas e conduzi-lo para o meio do perigo, às vezes, uma multidão de zombies flamejantes, mas mais frequentemente para os braços de uma bruxa. É um prazer combater contra cada um destes acrescentos, que são do melhor que há na concepção da personagem, mas o mais importante é que é giríssimo dar cabo deles no modo Versus. Left 4 Dead 2 tem muitos outros argumentos para nos convencer, mas temos
obrigatoriamente de mencionar o lança-granadas, as miras laser, as munições explosivas partilhadas, a Boomer fêmea (a Boomette), o amável gnomo em prémio, o desfibrilador que desafia a morte e uma canção impecável sobre zombies de Jonathan Coulton, o compositor de
Still Alive. A Valve conseguiu brilhar outra vez. Não há experiência social online melhor que se possa ter no PC do que rebentar cabeças em Left 4 Dead 2, ou atacar com uma serra mecânica, encharcando os companheiros de sangue infectado.
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ENTRE NA PERSONAGEM 1 O Modo Scavenge mostra
sobreviventes a recolher latas de gasolina espalhadas por um de seis mapas diferentes. Estas latas têm de ser despejadas para um motor central enquanto a equipa infectada tenta fazer-lhe a vida negra. Cada lata recolhida aumenta o tempo disponível.
2 Os limites de tempo e um mapa com
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base num núcleo central garantem um jogo mais focado e com mais coisas a acontecer do que os tradicionais jogos Versus.
3 Como Charger, pode levar um
jogador rival para o interior do nível e fazer dele o que se quiser, embora ser um Jockey e forçar um jogador a cair do telhado também tenha os seus momentos…
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ENTRETENIMENTO
Ainda é uma simulação de futebol muito fiel
FOOTBALL MANAGER 2010 A referência em jogos de gestão de futebol regressa com a habitual actualização anual AINDA É O MELHOR
4
MAIS REALÍSTICO
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PÚBLICO HORRÍVEL
6
VEREDICTO 9
Aqui, o Sporting consegue ser campeão
DISTRIBUIDOR ECOFILMES n PREÇO 49,99 EUROS n CONTACTO 256 836 200 n SITE WWW.FOOTBALLMANAGER.NET n REQUISITOS MÍNIMOS PROCESSADOR 2 GHZ, 1 GB RAM, PLACA 3D DX9C DE 128MB
92 | PCGUIA
Sendo a nossa franchise de jogo preferida, em que investimos inúmeras horas, é-nos cada vez mais complicado fazer a crítica a Football Manager (FM). Neste momento, é quase como criticar o último penteado da namorada. Gostamos dele, mas o sentimento de culpa que advém de encontrar o mais pequeno defeito pode ser difícil de suportar. A primeira coisa que devemos salientar é que deve ser difícil fazer novas versões ano após ano. Não se quer estragar o que funcionava nos jogos anteriores mas também se tem a responsabilidade de o renovar. Como nas últimas versões, FM2010 é mais uma evolução do que uma revolução. Nesta versão, fizeram-se mais coisas para tentar atrair novos jogadores. Afinal de contas, o fã de FM está tão preso ao ciclo de actualizações anuais que estas se vendem quase garantidamente. Assim, para aumentar a base de utilizadores é preciso oferecer novos argumentos, mais atraentes. O que quer dizer que a GUI foi completamente alterada para tornar a navegação mais simples, utilizando um sistema por separadores em vez da configuração anterior, em árvore. Infelizmente para o profissional de FM, a navegação, que dantes era intuitiva, tornou-se um pouco mais confusa.
DIFÍCIL PARA OS MAIS EXPERIENTES Esta suposta simplificação introduziu mais problemas. A área de tácticas foi alterada. Agora usa um assistente para ajudar na criação de tácticas, com as instruções à equipa e aos jogadores divididas entre os modos básico e avançado. No entanto, o jogo não se lembra de que tácticas usamos. Assim, alterar as coisas a meio do jogo requer o uso de mais botões. O título FM ainda é um belo jogo e cria um mundo de tal profundidade que podemos ver porque é que as pessoas gastam tanto tempo das suas vidas nele. A SI tentou, desta vez, dar mais profundidade a este título, com notícias que vêm do mundo do futebol. Pequenos acrescentos, como actualizações sobre as lesões e se os jogadores essenciais faltarão ou não aos jogos-chave, conferem mais realismo ao jogo. No entanto, faltam os horríveis sprites do público e a respectiva animação dos desafios em 3D. Estamos completamente de acordo com o facto de dar um papel mais activo ao público. Mas este é representado por um cartão bidimensional em baixa resolução, sempre virado para a câmara, esteja onde estiver. Mesmo assim, o motor 3D foi aperfeiçoado. As animações extra dos jogadores dão-lhes mais carácter, e o movimento da bola parece-se mais do que nunca com futebol.
FIFA 10 A combater no canto Canadiano… LICENÇAS
4
VICIANTE
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VISUAL
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VEREDICTO 8
Em primeiro lugar, não chega aos calcanhares da versão Xbox. É a maior falha, já que o jogo existente na consola é absolutamente soberbo. A versão de PC é portanto a irmã feia. Pode perceber-se porquê. A EA está a fazer uma versão de PC para o maior número de máquinas possível. Assim, tem um aspecto muito feio mesmo com as definições gráficas mais altas. Dito isto, joga-se com ele um futebol muito bom, muito mais parecido com a realidade do que os outros jogos FIFA que vimos no passado. A nossa maior preocupação, além do aspecto, é o facto de os controlos serem tão lentos mesmo
tendo do nosso lado os melhores jogadores de futebol. Infelizmente, os jogadores ainda têm aquela forma estranha de chutar, que não se parece nada com futebol. Mesmo assim, oferece uma enorme quantidade de equipas licenciadas e o modo de gestão também está muito bem feito. Ser capaz de começar nas divisões mais baixas é um dos nossos argumentos preferidos do jogo. Na nossa opinião, PES ainda está em vantagem, apesar dos problemas de licenciamento. Os visuais de FIFA e a falta de acabamentos semelhantes aos da XBox 360 são o principal problema.
EDITORA EA n PREÇO 39,99 EUROS n CONTACTO 707 200 712 n SITE FIFA.EASPORTS.COM
PRO EVOLUTION SOCCER 2010
Vistos de perto, os modelos dos jogadores têm um aspecto fantástico…
…mas na perspectiva normal, as coisas ficam muito menos definidas e muito mais pesadas
VICIANTE
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GRÁFICOS
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LICENCIAMENTO
6
VEREDICTO 9
…e no canto japonês Pro Evolution Soccer (PES) tem sido tão querido dos amadores de jogos de vídeo de futebol que se pôde ver, na versão do ano passado, que os criadores se colocaram um pouco a dormir à sombra da bananeira. Este ano as coisas mudaram. Não estamos a falar em mudanças revolucionárias, mas ocorreram nos sítios certos. Onde a EA decidiu ir pelo mínimo denominador comum, a Konami deu-nos a nós, donos de PC, as mesmas maravilhas visuais que têm os donos das Xbox e PS3. Em comparação com os jogadores de FIFA, o aspecto suave e pós-processado de PES é uma lufada de ar fresco. A apresentação geral também foi aperfeiçoada. Embora ainda apareça o típico ecrã de tácticas mais pesado, o
Os efeitos de pós-processamento dão um aspecto mais real aos desafios
Esta é a melhor maneira de marcar golos
sistema de menus e, mais importante, o de Master League são muito mais leves. Mas a apresentação nunca foi muito importante. O PES 2010 joga-se muito melhor do que a versão lenta do ano passado, dando uma sensação de maior velocidade e facilidade para criar aquelas jogadas maravilhosas que nos fazem saltar de alegria à medida que a bola voa
para as redes em grande velocidade. Também temos sorte que o PC fique com a melhor versão de PES. É ir imediatamente aos sites dos fãs e descarregar a lista completa dos jogadores, com equipamentos em alta resolução, que os tweaks gráficos não tardarão em aparecer. Ah, e a Master League é superviciante.
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ENTRETENIMENTO Pode edificar uma cidade a seu gosto
CITIES XL Uma simulação de construção de cidades que nos pede que gastemos dinheiro online GRANDE ESCALA
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PREÇO DE INSCRIÇÃO PROIBITIVO
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SEM COMPETITIVIDADE
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VEREDICTO 6
O mundo é seu, mas por um fee mensal
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Temos estado bastante entusiasmados com a perspectiva de jogar Cities XL desde que começámos a ouvir falar dele, há muitos meses. De facto, o Life Cycle original era um sólido jogo de construção de cidades a 70 por cento, e esta sequela prometia algo mais imponente. A premissa é simples: o jogador tem de construir uma cidade num planeta, com milhares de outras pessoas reais a fazer o mesmo. A ideia pareceu-nos boa, e foi isso que nos interessou tanto em Cities XL. No entanto, o problema apareceu pouco depois de começarmos a jogar. Embora o modo Planet seja o aspecto mais publicitado do jogo, é também a maior desilusão. O conceito em si é sólido. Há diversos planetas (leia-se servidores) alojando vários lotes de cidades em diferentes escalas de recursos disponíveis a cada um. Seleccionámos então um lote e construímos a cidade. No entanto, é como um puzzle, e pode faltar à nossa cidade uma peça integral para que esta cresça. Pode acontecer produzirmos imenso combustível, mas precisarmos de importar muita água potável. Nesse caso, é preciso entrar no portal de comércio online e vender e comprar contratos para as várias mercadorias que precisamos ou produzimos.
XL = DINHEIRO EXTRA Com os bens que chegam por contrato podemos aumentar a produção do nosso
produto-chave ou diversificar outros, permitindo-nos vender mais contratos, ganhar mais dinheiro, logo, criar cidades maiores. Qual é o problema deste sistema? O maior problema é que para podermos negociar contratos com pessoas reais (no jogo offline há uma empresa IA com que podemos comerciar) temos de pagar. Temos um passe de sete dias para o jogo em modo Planet que nos permite experimentá-lo com uma cópia comercial, um pouco à MMO, mas se quisermos continuar, há que gastar dinheiro real. Há alguns extras exclusivos a quem se inscreve no serviço online, como os diversos edifícios e monumentos, mas as vantagens não são muitas. Nem sequer há elementos competitivos no jogo online. Para além de comparação estatística de números referentes à população das cidades e de lucros das operações comerciais, não há muito no que respeita a objectivos a atingir. Podemos juntar-nos a outros e controlar o mercado de algumas mercadorias-chave, mas para quê? Se houvesse algum tipo de processo democrático para o controlo global do planeta, ou alguma recompensa para o nosso sucesso como autarca, então poderíamos entender a ideia de gastar dinheiro num título que não passa de uma expansão muito limitada do jogo offline.
LANÇAMENTOS
Jogos Online DARKSIDERS: WRATH OF WAR
Este jogo tem como pano de fundo o apocalipse, o que não deixa margem para dúvidas que é um título que explora a acção, o mistério e o lado negro. O jogador veste a pele de War, um dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse, encarregue de uma missão simples: restabelecer o equilíbrio entre o céu e o inferno. Porquê? Aparentemente o apocalipse começou mais cedo do que estava programado, e um processo de destruição irreversível já foi desencadeado. War foi enviado para a Terra, privado da sua imortalidade e tem agora a missão de procurar não só a causa de todo este problema, mas também lutar pelo restabelecimento da ordem. À medida que o jogo vai evoluindo, a personagem vai ganhando experiência e desbloqueando um verdadeiro arsenal de armas mortais, apesar de a arma mais eficaz de War ser a sua espada. Pelo caminho, o jogador entra em batalhas gigantescas entre anjos, demónios e todo o tipo de criaturas sobrenaturais, e tem de encontrar os restantes três membros da equipa: Conquest, Famine e Death.
TATSUNOKO VS. CAPCOM: ULTIMATE ALL-STARS Este jogo reúne as estrelas do mundo dos jogos da Capcom e da Tatsunoko Production. Os principais VIPS estão todos presentes, desde os sobejamente conhecidos Ryu, Chun-Li e Mega Man Volnutt das séries Street Fighter e Mega Man Legends, respectivamente, aos respeitados Ken The Eagle e Jun The Swan do anime GForce. Ao todo estamos a falar de mais de 20 guerreiros a travarem duelos entre si. Para quem gosta de jogos de luta, este título promete oferecer o que de melhor os tradicionais jogos de género têm para dar. Os controlos de luta são simples e as combinações de estilos servem todos os gostos, uma vez que cada personagem possui um leque de movimentos especiais e técnicas de luta específicas. Tal como em Street Fighter IV, Tatsunoko vs. Capcom: Ultimate All-Stars tem personagens recriadas em 3D, que combatem num estilo familiar em 2D. PLATAFORMA WII n EDITORA CAPCOM
PLATAFORMA PS3, XBOX 360 n EDITORA CAPITAL GAMES
ARMY OF TWO: THE 40TH DAY
Nesta versão, a dupla militar vai ter de mostrar o que vale em Xangai, local onde surgem uma série de catástrofes misteriosas. Salem e Rios terão de desvendar o segredo que envolve o 40th Day e perceber de que forma este mistério está ligado à sequência de acontecimentos que estão a destruir a cidade chinesa. A relação de cooperação eficaz entre estas duas personagens continuará presente no jogo, porém, este oferece agora um nível de armas nunca antes visto, tácticas que optimizam ainda mais a ligação entre os dois soldados e uma inteligência artificial inimiga melhorada (assim promete a Electronic Arts). Destaque para o modo de multijogador online e para a compatibilidade cruzada com a versão do jogo para a PSP. PLATAFORMA PS3 n EDITORA EA
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BAYONETTA
Este título dispensa apresentações no mercado asiático, onde conseguiu conquistar as atenções das mais conceituadas revistas de jogos, mas na Europa a estreia deverá acontecer apenas em Janeiro de 2010. A personagem principal de Bayonetta chama-se Luka e é uma bruxa poderosa (com bom aspecto), que não admite ser contrariada, e que renasceu para fazer “a vida negra” aos anjos. Implacável no combate corpo-a-corpo, esta personagem possui movimentos especiais em batalha e tem uma visão macabra da realidade. Criado num estilo cinematográfico, Bayonneta promete agradar também aos europeus. PLATAFORMA PS3, XBOX n EDITORA SEGA
SHOPPING
CONTRA O SOL COM ESTILO A marca Carrera já está em 2010 e propõe para a próxima Primavera/Verão um verdadeiro regresso ao passado, mais especificamente aos anos 80. Isto significa que os óculos grandes, estilo aviador, coloridos e causadores de grande impacte estão de volta. Para esta linha Vintage, a cor é um argumento de força: preto, violeta, cinzento, castanho, prateado. Os modelos unissexo marcam a linha urbana, também ela caracterizada por óculos grandes, desenhados para quem não tem medo de dar nas vistas.
AUTOMÓVEL BILINGUE Não é um gato maltês que fala francês, mas é um automóvel para crianças capaz de ajudar os mais novos a desenvolver a linguagem, o vocabulário e a concentração. Dispõe de três níveis de dificuldade, é interactivo e ajuda a criança a aprender português e inglês. Este brinquedo da Chicco está indicado para crianças a partir dos 12 meses.
ENERGIA COM SOTAQUE ITALIANO Chama-se Acqua Attiva e é a primeira fragrância masculina da Collistar. Rica em vitaminas e minerais com propriedades energizantes e tonificantes, este perfume é subtil, mas ao mesmo tempo intenso e refrescante, ao estilo da tradição e paixão de Itália e das notas aromáticas do mar Mediterrâneo.
O MELHOR DE DOIS MUNDOS O mundo da moda está cheio de expressões que traduzem conceitos de estilo, que dizem de uma forma politicamente correcta como as pessoas se devem vestir para um determinado evento. É o caso do casual chic ou do smart casual. A Hacket London criou o seu estilo: roupa de herança britânica. Trata-se de uma colecção que pretende espelhar o estilo moderno mas distinto, ou desportivo mas elegante que caracteriza a forma de vestir dos ingleses. Às roupas desportivas vintage, que remetem para os anos 20, são adicionadas peças mais modernas e confortáveis. A colecção é ainda marcada pela atenção aos detalhes e à mistura de cores, feita sem medos e sem regras.
ELEGÂNCIA E PRECISÃO A mais recente edição limitada do Tissot 2009 T-Race MotoGP promete agradar aos mais exigentes. Fora das pistas, este relógio assegura a elegância no pulso, com a sua estrutura negra em carbono, aço e borracha, com pontuais peças em amarelo. A precisão e a qualidade são garantidas pela Tissot. Cada relógio é apresentado num estojo em forma de capacete que inclui uma colecção de medalhões alusivos aos circuitos da temporada MotoGP 09. Para fãs do desporto, ou apenas de relógios exclusivos. PCGUIA
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ProfissionalPCG
TELECOMUNICAÇÕES RESISTEM À CRISE
Menos acutilante e mais comedido, o debate do Estado da Nação que, este ano, encerrou o Congresso das Comunicações serviu para mostrar que os diferentes players do mercado das telecomunicações nacional não só partilham de uma expectativa de crescimento positivo e significativo desta área de negócio, como não dão mostras de qualquer tipo de abrandamento relativamente ao investimento na modernização tecnológica, tanto das redes fixas, como das redes móveis. O presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava, indicou mesmo que o sector das telecomunicações poderá vir a representar bastante mais do que os actuais 3,5 por cento do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, podendo chegar aos 4 ou 5%. O obrigatório tema das Redes de Nova Geração separou novamente os diferentes players, colocando de um lado aqueles que defenderam o modelo de partilha de infra-estruturas, e que por isso não assinaram o protocolo com o Governo, e aqueles que se mantiveram fiéis à proposta de investimento privado na rede de fibra óptica, como é o caso da Portugal Telecom. Questionado sobre este desenvolvimento, Zeinal Bava declarou que o trabalho da PT está a ser feito, mas que a companhia não irá divulgar quaisquer planos relativos ao seu plano de negócio. «Ainda acreditamos que o segredo é a alma do negócio», justificou, afirmando que a companhia não anda “a correr” a instalar a fibra, «porque ela vai mesmo até à casa dos clientes». António Coimbra respondeu que, apesar de a Vodafone não ter concordado com o modelo escolhido e não ter assinado o protocolo, não vai ficar de fora do arranque desta tecnologia, até porque o ADSL tem um prazo de validade. A presença no concurso para as Redes de Nova Geração nas zonas rurais é uma das vias. Após o debate, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, fez saber que o Governo prevê que os contratos sejam outorgados até ao final do primeiro trimestre do próximo ano. Durante o discurso, o ministro disse ainda que é intenção
VÍTOR GORDO
Apesar do cenário económico actual, os diferentes operadores de telecomunicações acreditam que este sector poderá pesar bastante mais do que os 3,5% do PIB actuais
O estado da Nação foi debatido pelos principais responsáveis das telecomunicações em Portugal
do Governo «antecipar a meta inicialmente prevista de ligar um milhão de utilizadores até ao final de 2010 para o final de 2009 e um milhão e meio de utilizadores de Redes de Nova Geração». António Coimbra indicou também que a Vodafone está já a ensaiar a colaboração do triple-play com o universo móvel (quad-play), mas, até este nível estar preparado para ser explorado, a empresa irá continuar a apostar na solução de IPTV – que, garante, está a ser um sucesso a ponto de ter já obrigado a companhia a rever as expectativas em alta – e no LTE, o futuro da tecnologia móvel. Questionado sobre a forma como o cobre vai sobreviver à fibra, o presidente da Zon, Rodrigo Costa, referiu que a companhia vai concluir, até ao final deste ano, o upgrade à sua rede, a qual permitirá uma oferta acima dos 100 mbps. «O que é importante não é a tecnologia, mas sim o nível de serviço», defendeu este responsável. À parte da temática das redes de nova geração, Xavier Rodriguez-Martín, responsável máximo da Oni, lembrou que no panorama empresarial continuam a existir muitas
injustiças relacionadas com o acesso aos concursos públicos, uma ideia partilhada pelo presidente da Sonaecom, Ângelo Paupério, que alegou que «os concursos são feitos com base numa tradição e não no objectivo de optimizar as estruturas do sector empresarial». Confrontado com os resultados do negócio no Brasil e com o abandono da exploração das telecomunicações em Marrocos, Zeinal Bava lembrou que o investimento no território brasileiro é para manter e que este representa já 45% dos negócios da Portugal Telecom. Este executivo sublinhou que este país só tem 80% do território coberto, e que os 20% restantes representam mais de 40 milhões de pessoas. Como a infra-estrutura do fixo no Brasil é mais pobre, a relação fixo/móvel sai beneficiada. «Vendemos cerca de 120 mil placas por mês», afirmou Zeinal Bava, referindo que a PT prevê chegar ao final do ano com 50 milhões de clientes neste território. Sobre a venda do negócio em Marrocos, o executivo da PT adiantou apenas que a parceria com as quatro entidades tornava a gestão difícil, daí a empresa ter optado «por vender os activos aos parceiros». S.E. PCGUIA
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NOTÍCIAS
EMPRESAS INTERESSADAS NO WINDOWS 7
VÍTOR GORDO
Cerca de mil pessoas estiveram presentes no lançamento oficial do novo sistema operativo para o mercado empresarial
Marcos Santos, gestor do Windows 7 na apresentação realizada no Casino de Lisboa
A Microsoft Portugal apresentou oficialmente o Windows 7 para o mercado empresarial e sector público, num evento que decorreu no Casino de Lisboa, e que reuniu parceiros e clientes que partilharam experiências relacionadas com as funcionalidades e a versatilidade das novas soluções face às versões anteriores. Depois de o Windows Vista não ter tido uma grande aceitação nos ambientes empresariais, a disponibilização do novo sistema operativo da Microsoft está a atrair a atenção e a expectativa dos decisores tecnológicos. Aliás, um dos aspectos mais interessantes do evento foram os testemunhos de clientes que já iniciaram projectos experimentais com o novo sistema operativo, como foram os casos do Millennium BCP e da EDP, que testemunharam ao vivo os seus projectos experimentais de infra-estrutura com o Windows 7 e com o Windows Server 2008 R2. A Estoril Sol, por seu lado, falou das suas experiências com as tecnologias de comunicações unificadas da Microsoft. Jorge Carreteiro, responsável pelo departamento de Engenharia de Sistemas e Comunicações do Grupo Millennium BCP, referiu que na sequência de um conjunto de 100 | PCGUIA
projectos de renovação tecnológica que a entidade bancária está a realizar, optou por lançar em colaboração com a Microsoft um projecto denominado Projecto MillOffice, cujos objectivos passam por fazer evoluir o ambiente das estações de trabalho para Windows 7 e Office System 2007; rever os processos de gestão e deployment das estações de trabalho, com a adopção do System Center Configuration Manager e aproveitando a tecnologia de deployment presente no Windows 7; fazer evoluir os servidores de balcão para Windows 2008; dotar os utilizadores de uma plataforma que enderece os actuais requisitos de mobilidade e, por último, introduzir funcionalidades na área da colaboração comunicacional, integrando o mundo Windows com o mundo da telefonia IP. O responsável pelo departamento de Engenharia de Sistemas e Comunicações do Grupo Millennium BCP salientou que pelo facto de o Millennium BCP ser uma entidade nacional com expansão em outras geografias, o Projecto MillOffice deve servir ainda para criar «uma prática que possa ser instanciada nas restantes operações internacionais do Grupo Millennium».
De acordo com Jorge Carreteiro, «este projecto insere-se numa lógica de redução do risco operacional e de segurança, e também no sentido de dar um salto tecnológico numa perspectiva de longo prazo, que potencie um aumento de produtividade, facilidade de utilização e motivação dos colaboradores, permitindo dessa forma continuar a disponibilizar mais e melhores produtos e serviços aos clientes». Este responsável considerou ainda que dado o conjunto de trabalhos já realizados pelo projecto, que, entre outros, passaram pela criação de uma nova imagem padrão baseada em Windows 7 e Office 2007, pela instalação e configuração dos vários serviços necessários ao projecto – Exchange, SCCM (System Center Configuration Manager) e OCS (Office Communication Server) – sobre servidores em Windows 2008, bem como por um extenso programa de certificação aplicacional, «onde até ao momento não foram encontrados problemas significativos», estão criadas as condições para «efectuar o roll-out do projecto MillOffice no primeiro semestre de 2010, nos balcões e edifícios de serviço do Millenniumbcp, envolvendo todos os postos de trabalho aí instalados e, ainda este ano,
decorrerão as primeiras instalações em produção». Outro dos responsáveis que partilharam as experiências da sua organização com o novo Windows 7 foi Pinto da Fonseca, do departamento de Estratégia e Arquitecturas da EDP e responsável pela área de Tecnologias e Infraestruturas. Ele explicou que a energética já criou protótipos para realização de testes com o Windows 7 e que estes «não revelaram problemas significativos». Atendendo aos resultados, esses protótipos irão evoluir para um piloto de algumas dezenas de máquinas em ambiente heterogéneo até ao final de 2009, às quais «se seguirá o roll-out do Windows 7 na totalidade do parque instalado, a iniciar em meados de 2010». De acordo com Pinto da Fonseca, «uma das vantagens do Windows 7 é que não obrigou a fazer a actualização de hardware do equipamento já existente», o qual tem um plano de upgrades regular e programado, que não sofreu alterações face à perspectiva de realizar a actualização para o Windows 7. Relativamente a eventuais incompatibilidades de software, Pinto da Fonseca refere que «não foi detectado nenhum problema significativo que não pudesse ser ultrapassado», uma vez que «as próprias aplicações vão sendo actualizadas pelos respectivos fabricantes para se adaptarem ao novo sistema operativo». De qualquer forma, o responsável pela área de Tecnologias e Infra-estruturas da EDP refere que «o Windows XP mode do Windows 7 pode eventualmente vir a ser usado em algumas máquinas, caso não seja de todo possível uma compatibilidade directa e não haja possibilidade de actualizar essa aplicação». A Agência para a Energia, Águas do Ave, Chicco, Instituto Piaget, Instituto de Informática da Segurança Social, Link, Pescanova, Multiopticas ou Ydreams são algumas das empresas que em Portugal estão na linha da frente a efectuar as primeiras experiências com o novo Windows 7. C.M.
SONY APRESENTA CÂMARA DE SEGURANÇA IP Os recintos fechados são o espaço recomendado para a sua utilização A câmara de segurança IP Sony SNCRH124P speed dome de alta definição pertence à série topo de gama da Sony e está indicada para utilização em recintos fechados. As câmaras da série SNC-RH podem realizar uma volta de 360 graus sem fim de curso, sendo as primeiras da sua categoria capazes de transmitir e de gravar vídeo em alta definição utilizando a tecnologia de compressão H.264. Este standard permite transmitir e armazenar vídeo digital, utilizando menor largura de banda do que as anteriores soluções de compressão de vídeo, o que faz com que seja possível que as câmaras gravem até 30 imagens por segundo e possam acelerar a transição da solução de definição standard para alta definição. A câmara SNC-RH124P encontra-se também entre as primeiras que oferecem aos utilizadores a compatibilidade IEEE p.802.3 de alta potência através de Ethernet (hPoE), que permite o seu funcionamento utilizando um único cabo Ethernet. As câmaras speed dome SNC-RH estão ainda equipadas com a tecnologia XDNR (Redução do Ruído Dinâmico), que praticamente elimina a imagem pouco nítida, durante a gravação de imagens com pouca iluminação, permitindo aos utilizadores obter imagens, que antes não eram fáceis de conseguir e acabando com os problemas associados a outros modelos de câmara da concorrência. Além disso as câmaras também incorporam uma tecnologia que melhora a visibilidade e que foi desenvolvida com vista a melhorar o rendimento em condições de iluminação desfavoráveis, em
ambientes com alto contraste. Esta visibilidade melhorada permite a vigilância em zonas especialmente escuras, ou muito luminosas que antes eram difíceis de controlar, incluindo casinos e vias rodoviárias. Estas câmaras oferecem uma excelente qualidade de imagem e as funções avançadas do DEPA (Arquitectura Distribuída de Processamento Melhorado), que como resultado permitem um funcionamento inteligente. São também capazes de transmitir imagem de alta definição em dual stream utilizando tecnologia de compressão H.264 e MPEG4, e contam com um desenho dome fácil de usar que se pode montar e utilizar rapidamente. J.P.F.
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NOTÍCIAS
CISCO ATRAI NOVO CENTRO EUROPEU DE SERVIÇOS
Ciente da importância que a Cisco Portugal representa no actual panorama de negócios no Velho Continente, a Cisco Systems volta a escolher o nosso país para a abertura de um novo centro europeu. Trata-se do Inside Sales Supercenter, uma estrutura que implica um investimento de aproximadamente seis milhões de euros e que prevê uma parceria com a Sellbytel, «uma empresa especializada na gestão de clientes e vendas que se estabelece agora em Portugal por mão da Cisco», sublinha Carlos Brazão, general manager da Cisco Systems para Portugal. O novo “supercentro” vai assim funcionar como plataforma da Cisco para a Europa e contará para já com 25 pessoas, na sua grande maioria estrangeiras, que desempenhavam já estas funções mas que vão poder agora trabalhar com cerca de mil parceiros oriundos de dez países da Europa a partir do mesmo local. De salientar que 18 dessas pessoas são novas no programa e que em 2010 a estrutura poderá crescer até aos 40 colaboradores. Por outro lado, os dez mercados endereçados vão poder comunicar com o novo Inside Sales Supercenter nas respectivas línguas. De acordo Andrew Shannon, director de Inside Sales da Cisco, a área de Supersales envolve no total de «mil pessoas que trabalham em 50 locais e mais de 9000 parceiros, gerando uma facturação avaliada em 1 bilião de dólares». O mesmo responsável refere ainda que o centro vai «usar ferramentas Web 2.0, possibilitando um negócio virtual anywhere, anytime». Por sua vez, Markus von Rhein, managing director da Sellbytel, sublinhou que «o mundo mudou, a concorrência está mais forte e tanto a Cisco como a Sellbytel têm de trabalhar para manter a liderança, sendo a inovação a resposta». Para Jordi Botifoll, vice-presidente da Cisco Mediterranean Region, «este centro representa uma nova etapa numa viagem de grande importância iniciada há dois anos com a 102 | PCGUIA
VÍTOR GORDO
Depois da abertura do Project Hercules e do Liberty Centre, o fabricante norte-americano implementou o Inside Sales Supercenter novamente em Lisboa, e outros mais poderão seguir-se
Carlos Brazão, general manager da Cisco Portugal, Carlos Zorrinho, secretário de Estado da Energia e Inovação, e Markus von Rheim, managing director da Sellbytell
criação dos programas Hércules, em 2007, e Liberty Centre, em 2008». No entanto, este novo centro difere dos dois anteriores por ser especificamente dirigido a vendas, enquanto os centros Hércules e Liberty, que contam hoje com 60 e 10 colaboradores respectivamente, estão sobretudo focados nos serviços de suporte de retaguarda. No entanto, as três estruturas vão partilhar o mesmo espaço dentro da Cisco. O Governo português esteve representado na pessoa do secretário de Estado da Energia e Inovação. No seu discurso, Carlos Zorrinho mostrou grande satisfação pela abertura de
mais um centro da Cisco em Portugal: «Não há duas sem três. Dois centros geraram um terceiro e acredito que não fique por aqui. Este cluster de centros Cisco em Portugal, acredito, está no seu início. Queremos ser a grande plataforma europeia da Cisco para o mundo. Nós, Governo português, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que isso aconteça.» Apesar de nada estar confirmado, Carlos Brazão deixou antever a possibilidade de a Cisco criar em Portugal mais centros de competências, sendo a área da Investigação e Desenvolvimento uma das opções em estudo. J.P.F.
HACKERS PREFEREM ATINGIR AS PEQUENAS E MÉDIAS ORGANIZAÇÕES Em 2008, cada empresa perdeu, em média, 28 700 euros com incidentes de segurança. Os alvos preferidos dos cibercriminosos são as organizações com menos de 500 utilizadores As empresas de média dimensão estão a reduzir os seus orçamentos com a segurança, ao mesmo tempo que as ameaças cibernéticas continuam a crescer. Esta é a principal conclusão do estudo «The Security Paradox», realizado pela MSI International e patrocinado pela McAfee. Este relatório debruçou-se sobre os gastos com a segurança durante o ano passado em empresas com uma dimensão entre os 51 e os 1000 colaboradores na Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos da América. O relatório avança que mais de metade das empresas inquiridas globalmente registaram maior número de incidentes de segurança durante o ano passado, e que cada empresa perdeu, em média, 43 mil dólares (28,7 mil euros) com incidentes de segurança. Entretanto, a maioria dessas empresas revelou ter «congelado» o investimento em segurança
nos seus orçamentos de TI. Este paradoxo ocorre em parte porque as empresas possuem a noção errada de que os hackers preferem atingir as grandes organizações. Cerca de 43 por cento das empresas inquiridas julgam que as organizações de maior dimensão, com 501 colaboradores ou mais, correm maior risco de sofrer um ataque à segurança. Mas, na verdade, as empresas com menos de 500 colaboradores sofrem, em média, mais ataques. «O nível de preocupação e consciencialização de uma empresa relativamente às ameaças crescentes não superou a pressão sobre os orçamentos e recursos», afirma Darrell Rodenbaugh, senior vice president do MidMarket McAfee. Segundo ele, isso cria um ciclo vicioso de incumprimento e posterior solucionamento que custa muito mais do que apostar na prevenção. «O nosso estudo mostra
que as organizações que colocam mais esforços na prevenção de ataques podem acabar por gastar menos de um terço do que as organizações que se permitem correr riscos». O estudo da McAfee concluiu que 65% das organizações de média dimensão em todo o mundo gastaram menos de quatro horas por semana em segurança proactiva, mas 67% dos inquiridos admitiram que despenderam mais do que um dia a recuperar de ataques à segurança das suas infra-estruturas de TI. As ameaças e as respostas variaram muito de país para país, mas ocorreram de maneira mais uniforme nos países onde as empresas investiram menos tempo na prevenção – incluindo o Canadá e a França. Estes países sofreram as maiores perdas financeiras e o maior tempo de inactividade quando ocorreu algum cibercrime, exigindo uma semana ou mais para recuperar dos ataques. C.M.
D-LINK LANÇA PONTO DE ACESSO PARA SOHO A D-Link concebeu o seu novo access point (AP) DAP-1360 para pequenas empresas/escritórios familiares, oferecendo aos utilizadores uma grande versatilidade na criação ou ampliação da rede sem fios. Dependendo de como o dispositivo é colocado, pode ser utilizado como AP, cliente wireless ou reincidente. Para além disso, inclui suporte Wireless Internet Service Provider (WISP), permitindo que a partilha da rede wireless através de um único link e o acesso à Internet dispensem routers extra. A segurança é também um ponto-chave do DAP-1360, certificando que os utilizadores conseguem aceder à sua rede de forma segura. A encriptação a 64/128-bit e a segurança WPA/WPA2 são fornecidas para proteger a rede dos utilizadores e os dados comunicados por wireless. Através da função Wi-Fi Setup (WPS), o dispositivo
possibilita a activação da segurança de uma forma simples. O Access Point disponibiliza ainda a filtragem de endereços MAC e a função de desactivação de SSID, o que limita o acesso indesejado à rede. Também a função Click‘n Connect Setup Wizard da D-Link, disponível em 18 línguas, torna mais simples a instalação e configuração do DAP-1360. Com base numa plataforma Linux, permite igualmente que uma comunidade em rede adicione as suas próprias características. O upgrade do DAP-1360 pode ser feito através da encomenda de qualquer firmware com suporte provido do Kit de Desenvolvimento de Software (KDS), disponível em opção. Este sistema permite aos programadores fazer uso total dos 2 MB de flash memory e dos 16 MB SDRAM para incluírem características à sua escolha. J.P.F. PCGUIA
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SOFTWARE DE GESTÃO
ANUBIS ENTRA NO MERCADO NORTE-AMERICANO A internacionalização já estava em marcha há algum tempo e deu agora um passo de gigante, abrindo boas perspectivas para 2010
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TEXTO JOÃO PEDRO FARIA
Francisco Fonseca, CEO da AnubisNetworks
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O objectivo era antigo, já havia uma experiência fora de Portugal em funcionamento, mas só agora a AnubisNetworks está a internacionalizar-se de facto, e logo em solo norte-americano. «Tinha havido já várias conversações, mas desde a intenção até à conclusão demora algum tempo, visto que as coisas são mais complexas do que parecem», disse-nos ao telefone Francisco Fonseca, CEO da AnubisNetworks, enquanto fazia um périplo pelos EUA para ultimar os detalhes do processo de internacionalização. À data de fecho desta publicação ainda não era possível adiantar o nome do cliente, mas Francisco Fonseca adiantou que se trata de um processo «curioso», na medida em que «a negociação deu-se no Luxemburgo, a empresa é inglesa e a infra-estrutura está na Alemanha». Reforçando a presença da empresa lusa fora de portas, este projecto vai alargar-se já em Janeiro de 2010 ao Reino Unido, dando luz verde ao objectivo mais ambicioso para o ano que agora começa: reforçar o negócio fora de Portugal. «Desta vez vai haver uma ida, digamos, organizada para os EUA e para o Reino Unido, para que comecemos a vender os nossos produtos nestes dois mercados», salientou Francisco Fonseca. Aliás, esta viagem aos EUA serviu também para o CEO fazer novos contactos, que poderão levar a outras novidades em breve. É claro que a internacionalização faz também levantar a fasquia em termos de objectivos financeiros. «Temos de crescer no mínimo 100 por cento, são esses os objectivos – se vai acontecer ou não, logo se verá», confidenciou-nos o responsável máximo pela AnubisNetworks. Depois de ter crescido a um ritmo de 100% desde a sua fundação em 2006, os objectivos traçados para a empresa em 2009 eram «relativamente pouco ambiciosos», passando por uma subida entre 10 e 20%. «No entanto, acabámos por crescer acima dos 50% porque conseguimos ganhar já este projecto, o que fez com que os objectivos inicialmente traçados tenham sido largamente ultrapassados», sublinhou aquele responsável. Para entrar no mercado estrangeiro a AnubisNetworks vai adoptar uma abordagem
diferente daquela que é seguida cá. «Queremos apenas ir atrás do mercado das empresas muito grandes e fornecedoras de serviços, como sejam os ISP ou os ASP que forneçam o e-mail como um serviço», afirmou Francisco Fonseca. Por outras palavras, o CEO vê nas PME de maior dimensão uma oportunidade de negócio, uma vez que estas começam a considerar a nuvem como uma alternativa para colocar o e-mail e manter a sua segurança. «O que fizemos foi desenvolver uma plataforma que possibilita aos operadores de telecomunicações e fornecedores de serviços instalarem essa plataforma na sua infra-estrutura e oferecerem esse serviço de segurança aos seus clientes, esse Software as a Service (SaaS) – porque, no fundo, este nosso produto fomenta o conceito de Security SaaS», esclareceu Francisco Fonseca. «Para fora só vamos trabalhar com esse produto, pelo que concorrência fora de Portugal não vai ser a mesma», garantiu o CEO. Em Portugal a AnubisNetworks compete com nomes como Google, Microsoft, McAfee, Trend Micro ou Panda. «Atendendo à estratégia a adoptar no estrangeiro, o lote de concorrentes reduz-se substancialmente, pois algumas destas empresas não oferecem este tipo de produtos», sustenta o responsável. Para Francisco Fonseca, são vários os factores que levaram a AnubisNetworks a atingir o sucesso. «Acredito realmente que temos um produto melhor do que a concorrência, Por outro lado, e cada vez mais, temos vindo a apostar na inovação. A Anubis faz investigação, produz novos algoritmos não só para detectar spam e para melhorar a performance, como também para garantir que um determinado e-mail não é spam. E isto é muito importante, pois é mais fácil ter a certeza absoluta que determinado e-mail é spam do que o contrário, que é um e-mail de trabalho. Temos estado a trabalhar forte nesta vertente e a aplicar conceitos nesta área. As estratégias adoptadas, quer comercial, quer empresarial, também foram acertadas, e o suporte dado ao cliente é fundamental. O facto de sermos uma empresa portuguesa também contribuiu para que tenhamos estado bem em Portugal até agora.»
FORMAÇÃO
INSTITUTO PIAGET APOSTA NA EDUCAÇÃO ONLINE A escola quer que as TIC sejam a espinha dorsal da formação inicial e pós-graduada
O Instituto Piaget foi constituído em 1979 como cooperativa sem fins lucrativos, denominando-se então Cooperativa para o Desenvolvimento da Criança, SCRL. Assumiu a sua actual denominação, Instituto Piaget Cooperativa para o Desenvolvimento Humano, Integral e Ecológico, CRL, anos mais tarde, fruto de um percurso onde se desenvolveram e implementaram diversos projectos de carácter pedagógico e social. José Alberto Lencastre é o coordenador nacional do Projecto de Educação On-line do Instituto Piaget/Portugal e coordenador científico e pedagógico da formação pós-graduada em TIC do Instituto Piaget. Em conversa com a PCGuia, garantiu que a educação online é uma das principais apostas do instituto. Actualmente, a escola tem um projecto institucional (moodle.ipiaget.org) que está a ser implementado nos sete campi do IP – Almada, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Santo André, Silves, Vila Nova de Gaia e Viseu. Este projecto tem por objectivo promover junto do corpo docente e discente o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) na formação inicial e pós-graduada. Está também em curso um outro projecto para promover o uso do computador portátil Magalhães por alunos das 13 escolas do primeiro ciclo do ensino básico da Nuclisol, uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social) associada ao Instituto Piaget que actua na área do ensino não superior.
NOVO MESTRADO EM 2010 O novo ano marca também os primeiros passos de um novo mestrado na área de tecnologias de informação e comunicação. A especialização em Comunicação Multimédia vai conhecer em 106 | PCGUIA
ARQUIVO PCGUIA
TEXTO JOÃO TRIGO
2010 a sua primeira edição e José Alberto Lencastre garante que este «constitui uma área de intervenção dirigida essencialmente a profissionais ligados à Educação e à Formação». O mesmo responsável lembra que «o ciclo de estudos alia a teoria a uma forte componente tecnológica de prática laboratorial, sendo uma evolução natural da pós-graduação em TIC que decorre há cinco edições consecutivas». Além desta pós-graduação, o Instituto Piaget lança um novo curso. A licenciatura em Educação e Comunicação Multimédia será leccionada nas Escolas Superiores de Educação Jean Piaget de Arcozelo e do Nordeste. Mas a escola não pretende ficar por aqui no que concerne a formação com TIC. José Alberto Lencastre confirma que há planos para alargar e consolidar o espectro de cursos nesta área no instituto. O coordenador científico e pedagógico da formação pós-graduada em TIC refere que a ideia é valorizar a aposta da escola na educação online, e garante que o Instituto Piaget «está determinado em promover o Ensino a Distância na formação graduada e pós-graduada». Para tal, o centro de formação dispõe de um curso de pós-graduação em TIC nesta modalidade e «esperamos para o ano que o mesmo aconteça
com o curso de Licenciatura em Educação e Comunicação Multimédia». José Alberto Lencastre sublinha o facto de as TIC terem provocado «uma mudança a vários níveis: educativo, cultural e social, entre outros». Em declarações à PCGuia, este responsável assume que «a entrada no mundo da informação digital, o ensino a distância, o email, o e-government, o e-banking, a videoconferência ou as compras online, por exemplo, estão a mudar significativamente a nossa forma de viver». Quer isto dizer que existe, na opinião do coordenador científico e pedagógico do Instituto Piaget, uma necessidade de integração das tecnologias no sistema educativo, pelo que a escola «prepara os estudantes para uma aprendizagem ao longo da vida, para a autonomia e sentido crítico, pois a utilização das TIC desenvolve capacidades de auto-aprendizagem e colaboração que são essenciais numa época em que tudo muda rapidamente». O mesmo responsável conclui, dizendo que «as TIC podem ser o catalisador que irá permitir a mudança e a solução para os desafios encontrados no sentido da inovação e da competitividade».
OPINIÃO
ARQUIVO PCGUIA
João Gonzalez, country manager da Avaya Portugal
O ESCRITÓRIO INVISÍVEL
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á dez anos, o trabalho flexível era apenas uma ilusão – o sonho de empregados que desejavam mais liberdade e o pesadelo dos gestores que se esforçavam por lidar com as emergentes formas de comunicação. As tecnologias que permitiriam tornar este sonho numa realidade não estavam facilmente disponíveis, eram caras e difíceis de utilizar e, desta forma, não existiam pressões no sentido de modificar o modo de fazer negócios. Mas esta situação deixou de ser verdade. A explosão das tecnologias e comunicações está a acontecer – estamos todos dupla e triplamente conectados. Os dias das secretárias, linhas telefónicas terrestres, horas de expediente 9/18 já passaram. Os negócios podem agora acontecer em qualquer lugar – o escritório cabe no bolso e os empregados podem trabalhar em casa, nos comboios, ou em cafés em qualquer parte do mundo. O escritório tradicional desapareceu e o trabalho flexível está pronto para o substituir, ou, pelo menos, desenvolver os negócios de hoje e do futuro. É fácil de implementar e gerir com custos relativamente baixos. No entanto, existe ainda algo que dificulta este desenvolvimento. As políticas de trabalho flexível podem proporcionar consideráveis benefícios empresariais a empregados, clientes e às organizações que as implementam. Pesquisas encomendadas recentemente pela Avaya mostram que os esquemas de trabalho flexíveis são extremamente populares em toda a Europa: 94% dos empregados afirmam considerá-los uma perspectiva atraente, incluindo 90% daqueles que já tiveram alguma experiência com este método de trabalho. Mais de metade dos empregados entrevistados afirmaram que, em igualdade de 108 | PCGUIA
circunstâncias, considerariam mudar para uma empresa que oferecesse trabalho flexível. O trabalho flexível também pode evitar a excessiva rotação de pessoal habilitado através da possibilidade de preencher funções importantes com empregados não tradicionais, tais como colaboradores à distância, a tempo parcial ou reformados. Por exemplo, três quartos (78%) dos empregados europeus afirmaram que teriam maiores probabilidades de continuar a exercer qualquer tipo do trabalho após a reforma se lhes fosse oferecida a oportunidade de o fazerem de modo flexível. Para uma pequena empresa, isto pode significar uma maior capacidade de atrair e conservar mão-de-obra experimentada, permitindo-lhe preencher funções vitais num maior universo geográfico, acrescentando diversidade, competências e perícia à sua rede de serviços – uma vantagem competitiva num mercado cada vez mais global. Contudo, os empregados não são os únicos que podem beneficiar dessas políticas. Os clientes também colherão benefícios graças ao melhor acesso a pessoal experiente e conhecedor. Actualmente, 83% dos empregados afirmam que dariam a preferência a um fornecedor que disponibilize permanentemente o seu pessoal, e 89% estariam preparados para pagar mais por essas horas extraordinárias de serviço. Torna-se claro que os actuais decisores esperam mais dos seus fornecedores, e o trabalho flexível pode ajudar as organizações a ir ao encontro e mesmo a exceder essas expectativas. As companhias que decidem avançar sem se adaptarem arriscam-se não só a decepcionar os clientes cujas necessidades se modificaram, mas também a perder oportunidades de aumentar directamente as suas receitas. Muitos decisores consideram as tecnologias que permitem o trabalho flexível caras e difíceis de implementar. Contudo, os
progressos de tecnologias como as comunicações unificadas facilitam o trabalho adicional dos gestores e melhoram a sua capacidade de acompanhar o desempenho dos funcionários à distância e dos seus diversificados dispositivos de comunicação. Os empregados beneficiam da liberdade do trabalho flexível e os gestores podem estar seguros de que é tão fácil contactar com eles como se estivessem na secretária ao lado. A maior parte das empresas está já equipada com essas capacidades, graças ao advento de VoIP. A adopção geral do trabalho flexível está apenas a ser travada pela percepção que ainda persiste de que é uma tecnologia cara e difícil de implementar e gerir. Há mesmo quem considere que o trabalho flexível pode reduzir a produtividade, mas há amplas evidências de que o contrário é verdadeiro. Empregados mais felizes e equilibrados têm melhor desempenho, com o benefício acrescentado de manifestarem maior fidelização à empresa. Os clientes pretendem acesso mais rápido e eficaz, proporcionado através do seu método de comunicação preferido. O trabalho flexível pode resolver também este desafio alavancando na prática uma mão-de-obra global especializada 24/24, e implementando tecnologias capazes de oferecer resultados personalizados. Na maioria dos casos, a infra-estrutura já está instalada, só falta a faísca da aceitação por parte dos gestores de topo. Os negócios estão a modificar-se e não acompanhar este desenvolvimento deixou de ser uma opção. O trabalho flexível foi durante muitos anos um sonho incansável dos empregados e um factor acrescentado de stress tanto para os gestores como para os decisores. Mas hoje a tecnologia que torna possível o trabalho flexível já existe, a sua implementação e gestão é fácil e o custo relativamente baixo. Assim sendo, o que é que o está a coibir?
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DISTRIBUIÇÃO EXPLORA NOVOS NEGÓCIOS A crise económica veio mudar as regras de jogo dos distribuidores nacionais, que se viram obrigados a explorar novas áreas de negócio, a flexibilizar estratégias e a procurar equilíbrio financeiro noutras áreas, sob pena de ficarem para trás nesta corrida TEXTO SUSANA ESTEVES FOTOS ARQUIVO PCGUIA
O actual clima económico é uma realidade, e independentemente de as empresas optarem por fugir à crise, enfrentá-la, contorná-la ou simplesmente fingirem que ela não existe, a verdade é que o impacto da crise nos negócios dos players está directamente dependente da reacção destes às oportunidades do mercado. O sector tecnológico tem sido apontado como aquele que melhor tem sabido reagir aos novos desafios e que esconde um maior potencial de crescimento. 110 | PCGUIA
A IDC, na voz do seu research & consultant, Gabriel Coimbra, indicou por ocasião de mais um fórum da Tech Data que existe, claramente, um novo mundo de oportunidades no mercado das TIC. A Fujitsu Services deu a conhecer um estudo europeu, que envolveu o nosso país, no qual indica que, apesar de nos últimos 12 meses 59% das empresas terem desinvestido em algumas áreas, os orçamentos de TI estão entre aqueles que se mantêm activos (34%). Mas se os fabricantes “puxam” de todos os
seus trunfos de marketing e de estratégia de mercado para fazerem vingar o produto num sector penalizado pela concorrência, pela baixa dos preços e pela falta de poder de compra dos consumidores em geral, que recursos têm os distribuidores, que há muito se queixam de esmagamento de margens e concorrência feroz por parte dos próprios fabricantes que endereçam directamente grandes contas nacionais? Para o director comercial da Ibervoice, Luís Dias, a crise acabou por filtrar as várias empresas que actuavam na área da distribuição em Portugal e ditar a queda de algumas delas. Para este responsável, tanto os retalhistas, como os revendedores foram obrigados a racionalizar os seus fornecedores, cujo número foi bastante reduzido. «Em consequência desta política e da erosão de margens, alguns distribuidores encerraram a actividade, e acabaram por surgir também algumas oportunidades.» Além das políticas de parceria, Laurentina Gomes, administradora do Grupo Liscic/Listopsis, lembra que o actual cenário económico acabou por obrigar as empresas a um momento de introspecção. «Se existiu alguma mais-valia para as empresas neste período foi, decerto, a sua auto-avaliação e ajustamento à nova realidade», indicou, referindo que estas foram obrigadas a avaliar melhor as capacidades internas de forma a corrigir algumas situações. «Passámos a olhar para o exterior de outra forma. Em tempos de “crise” seguramente que o mercado está diferente, a começar pelos consumidores finais que alteraram o seu comportamento de compra, planearam melhor as suas estratégias e opções. Em suma, adiaram decisões», justificou Laurentina Gomes. Como resposta ao “desafio” o Grupo Liscic/Listopsis ajustou estrategicamente os produtos Toshiba às necessidades dos clientes, e diversificou o portefólio de produtos, passando a representar a NEC Display Solutions nos produtos de imagem, nomeadamente com projectores, monitores e public displays. «Com esta nova oferta projectamos aumentar a nossa capacidade de oferta e chegar a novos clientes, que até hoje não o fizemos por falta de especialização nesta gama de produtos», indicou Laurentina Gomes. A par da questão da diminuição dos preços e do negócio, o director-geral da Minitel, João Arriaga, sublinhou ainda as dificuldades de ordem comercial e financeira, que
necessariamente interagem entre si. Em causa estão as novas políticas comerciais que conduzem a prazos de decisão mais alargados, e orçamentos mais ajustados que implicam ciclos de vendas maiores e preços mais baixos com margens ainda mais apertadas. Um dos exemplos citados foi, do ponto de vista financeiro, a dramática redução de plafonds de crédito por parte das seguradoras, o que tornou mais difíceis as relações com os clientes que, por vezes, não entendem os motivos das limitações impostas que desaceleram as vendas. «Tivemos de ser mais criativos e procurar alternativas aos sistemas de financiamento mais comuns», exemplificou. «Os prazos de pagamento foi outro problema que tivemos de enfrentar, já que cada vez mais nos solicitam o respectivo
alargamento», referiu o responsável da Minitel. Para tentar compensar estes aspectos, João Arriaga fez saber que a Minitel teve de endereçar duas vezes mais clientes, e ter uma força de vendas ainda mais proactiva. «Endereçar mais clientes só é possível com mais recursos humanos, o que forçosamente aumenta os custos exercendo enorme pressão sobre a rendibilidade de cada comercial», afirmou o responsável. Este executivo admitiu que a empresa teve de rever a sua estrutura de custos e ajustar a actividade comercial, “perseguindo” mais os clientes e oferecendo-lhes maior variedade de produtos e soluções. «No retalho descobrimos alguns nichos de mercado que nos possibilitaram equilibrar e fazer crescer as vendas, com uma
A CRISE ACABOU POR FILTRAR AS EMPRESAS QUE ACTUAVAM NA ÁREA DA DISTRIBUIÇÃO E DITAR A QUEDA DE ALGUMAS PCGUIA
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OS FABRICANTES APRESENTAM TAMBÉM UM MAIOR RIGOR E RACIONALIDADE EM TODOS OS INVESTIMENTOS DE MARKETING
oferta dos considerados hot products», indicou João Arriaga. Seguindo esta linha de pensamento, David Ruah, director-geral da EBC, referiu-se à crise como algo que obrigou as empresas de distribuição a “crescer para os lados”. Com o crescimento do negócio tradicional limitado, «alargámos a nossa gama de produtos a novas marcas e segmentos, atingindo novos tipos de 112 | PCGUIA
consumidores, e apostámos mais profundamente no negócio do retalho, com a presença reforçada nas grandes superfícies», avançou o director-geral da EBC. «Percebemos também que a crise económica global afectou menos profundamente os mercados emergentes, pelo que realizámos importantes avanços na nossa estratégia de internacionalização, sobretudo no Brasil e em
Angola, onde o sucesso tem sido crescente», acrescentou. David Ruah disse à PCGuia que apesar de o ritmo de consultas não ter abrandado com a crise, pelo contrário, o nível de adjudicações sofreu uma importante redução. Na origem desta situação estiveram as restrições ao crédito sentidas no mercado (que em conjugação com a incerteza quanto ao futuro próximo provocaram uma retracção nas decisões de investimento dos clientes) e a limitação dos plafonds por parte das seguradoras, nas quais as companhias baseiam grande parte da atribuição de crédito aos clientes, o que acabou por condicionar a normal acção comercial. No seguimento de tudo isto, lembrou este executivo, «as cobranças tornaram-se num processo muito mais difícil, e o encerramento de alguns clientes que não resistiram à crise obrigou a EBC a fazer um esforço suplementar no sentido de compensar essa perda com uma estratégia de prospecção de mercado mais forte». Na flexibilidade é que está o ganho Como a crise “não vê cor nem credo” acabou por bater a todas as portas, inclusive à dos fabricantes, que em prol da manutenção da quota de mercado e dos resultados controlados acabam por flexibilizar um pouco as negociações com os seus distribuidores. Além de trabalharem no sentido de promoverem uma melhor percepção da situação, de forma a aligeirarem os targets estabelecidos internacionalmente, e reajustarem os produtos chave para garantirem a eficácia e o foco em segmentos estratégicos, como enumerou Laurentina Gomes, os fabricantes apresentam também um maior rigor e racionalidade em todos os investimentos de marketing e uma política de descontos mais flexível para tentar segurar quota de mercado, de acordo com Luís Dias. No caso da Minitel, João Arriaga acrescentou ainda uma maior flexibilidade comercial e financeira, através de campanhas de vários tipos. «Incentivos comerciais através de rappel e spiff são hoje práticas muito comuns para que os fabricantes consigam uma maior quota de atenção da força de vendas dos distribuidores», lembra aquele responsável. Este director-geral reconheceu que apesar de os negócios especiais serem mais fáceis de aprovar há, por outro lado, um maior acompanhamento ao distribuidor e parceiros para garantir que nenhuma oportunidade é desperdiçada e, «caso necessário, o apoio do
fabricante é rápido e determinante». O facto de a EBC funcionar como uma extensão dos próprios fabricantes, por manter acordos de exclusividade para o mercado português, faz com que esta esteja num patamar diferente em termos de apoios directos dados pelos fabricantes. Ainda assim, David Ruah assegurou que, neste caso, a crise não veio mudar as regras do jogo. «Os apoios que sempre recebemos das nossas marcas mantiveram-se inalterados, sem qualquer tipo de condicionamento ou restrições, o que permitiu à EBC, por seu turno, manter também as mesmas condições de negócio junto dos seus parceiros.»
O ANO DA CAUTELA Apesar de muitos analistas, estudos e relatórios de consultores pintarem o ano de 2010 menos cinzento, com menos “apertos” e mais oportunidades de negócio, os players contactados para este artigo colocam um travão nesta onda de optimismo e vêem o próximo ano com alguma cautela e dúvidas. O responsável da Minitel encara 2010 como uma “cópia” de 2009, ressalvando, porém, que o cenário poderá ser mais crítico em determinadas áreas, como a grande distribuição, pelo facto de o consumidor poder ponderar ainda mais os seus gastos e diminuir o valor de cada compra. Em contrapartida, a alegada saída da crise pode trazer mais confiança ao mercado e permitir voos mais altos a quem esteja preparado e em condições de os fazer. «No canal de revenda deveremos assistir a algo semelhante a 2009, agravado pela crescente dificuldade financeira das empresas e limites de crédito ainda mais apertados. Podemos chegar à situação caricata de ter clientes com soluções para as suas necessidades e ter dificuldades em financiar a operação comercial com um mínimo de risco aceitável», lembrou João Arriaga. Para a Minitel, especificamente, o desafio é superar 2010 sem grandes rombos, aplicando as estratégias que em 2009 provaram ser eficientes. Como exemplo, João Arriaga referiu apenas que é fundamental aproveitar as oportunidades que o mercado de emprego apresenta e estar atento a marcas que possam ver a sua posição enfraquecida no mercado português e que procurem novas parcerias para recuperar a quota de mercado que vinham tendo até então. Igualmente cautelosa, Laurentina Gomes defendeu que, apesar das notícias mais optimistas, o clima ainda está inconstante,
pelo que a estratégia dependerá objectivamente do evoluir da situação económica e da aposta em novas oportunidades. «Claramente que vamos estar atentos ao evoluir da situação, e vamos ajustar a nossa estratégia em função das novas realidades que se nos forem apresentando, e isso passará seguramente pelo reajuste de produtos existentes, e pela procura de novos produtos que possam colmatar algumas brechas do mercado. Mais optimista por alegadamente estar a trabalhar sobre uma base estratégica mais sólida, fruto de um conjunto de decisões tomadas antes da maior onda de choque da crise chegar ao sector nacional, a EBC diz acreditar que os objectivos para 2010 possam ser concretizados e a posição da empresa consolidada nos novos mercados e segmentos que foram endereçados. «A nossa estratégia de alargamento da actividade a novos mercados e segmentos foi decidida antes de implodir a crise. O que fizemos foi acelerar o ritmo de concretização dessa estratégia, como forma de compensar eventuais perdas de negócio em resultado da recessão», explicou David Ruah. Para este executivo, os riscos não serão mais elevados do que os tradicionalmente inerentes a este negócio, até porque os mais recentes indicadores apontam para a retoma económica, «ainda que ligeira e com a continuação de riscos inerentes aos quais é necessário mantermo-nos alerta». Quem vê também 2010 com algum optimismo é o responsável da Ibervoice. Luís Dias acredita que o mercado já se ajustou à nova realidade que contempla margens mais estreitas, custos mais controlados, stocks mais racionais. Ainda assim, deixa o aviso: «As empresas que já se adaptaram podem ter um bom ano, as outras terão ainda alguns problemas.»
IDC VÊ FUTURO PROMISSOR PARA AS TIC
Foi durante o 8º Fórum TI – Fórum Anual de Tecnologias de Informação e Comunicações da Tech Data que Gabriel Coimbra, research & consulting director da IDC Portugal, deixou uma mensagem positiva, em relação ao futuro do mercado de tecnologias da informação e comunicação. «Há claramente um novo mundo de oportunidades no mercado das TIC», assegurou este responsável. Apesar da importância dos resultados no curto prazo, Gabriel Coimbra sublinhou que as empresas devem assumir uma visão e estratégia a médio e longo prazos, de forma a obterem o máximo da retoma económica. «Quer a curto, quer a médio e longo prazo, é necessário manter uma forte relação e interacção com clientes e ajudá-los a responder aos desafios do mercado», recomendou este especialista. Segundo ele, há sectores que se apresentam especialmente promissores. As áreas de Enterprise Social Media, de Security Management, de Mobile Aplications/Services & LBS, de Business Analytics/Real Time Analytics, bem como os segmentos de IT Outsourcing & BPO, de SaaS e de Virtualization Management são, no entender de Gabriel Coimbra, «mercados a observar». Na edição deste ano do Fórum TI, a Tech Data deu voz aos players tecnológicos. Empresas como a Microsoft, a HP, a Toshiba, a Acer, a Cisco, a ZON, a Sonae, a PT, a Vodafone, entre outras, falaram em discurso directo para os cerca de 700 participantes. L.D.
A ALEGADA SAÍDA DA CRISE PODE TRAZER MAIS CONFIANÇA AO MERCADO E PERMITIR VOOS MAIS ALTOS PCGUIA
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BLOGUE DO GATO
FAZ O QUE EU DIGO. NÃO FAÇAS O QUE EU FAÇO! Este mês trago-vos dois exemplos do absurdo mundo da música e dos filmes
Na Dinamarca, como em Portugal, é legal fazer cópias de segurança de todos os conteúdos gravados em DVD, CD, etc., desde que sejam para utilização pessoal e que tenham sido adquiridos legalmente. No entanto, na Dinamarca (como em Portugal) é ilegal quebrar os esquemas anticópia presentes nesses suportes. Ora isto é o que vulgarmente se chama “pescadinha de rabo na boca”. É legal copiar mas não é legal dar a volta às protecções. Afinal quem está fora da lei? Quem protege ou quem copia? Para saber isso, o senhor Henrik Anderson, dinamarquês, copiou toda a sua colecção de 100 DVD e pediu um esclarecimento ao principal grupo de luta contra a pirataria na Dinamarca, perguntando se o que fez é ou não legal. O dito grupo de luta contra a pirataria não respondeu. Assim, o senhor entregou-se à polícia confessando o “crime” de ter quebrado o esquema de segurança dos seus discos só para tentar ir a tribunal para ver se conseguia um esclarecimento. Como se costuma dizer, “no melhor pano cai a nódoa”, e até mesmo países que são exemplos a
nível mundial conseguem ter leis completamente absurdas que se contradizem. Ainda acerca deste assunto, os herdeiros do músico de Jazz Chet Baker estão a processar a Warner Music Canada, a Sony BMG Music Canada, a EMI Music Canada e a Universal Music Canada por, espantem-se, infringirem as leis de direitos de autor… Sim, as mesmas empresas que processam miúdas de 7 anos por terem partilhado uma mão cheia de músicas na Internet, estão a dever até 60 mil milhões de dólares canadianos aos herdeiros do referido artista, se estes ganharem o processo em que pedem 20 000 dólares canadianos por cada infracção. Tudo por causa de terem andado anos a editar compilações com as sua músicas sem terem pago um tostão de direitos de autor. Num comunicado de imprensa, o presidente do Canadian Musical Reproduction Rights Agency Ltd, organização que gere os direitos de autor no Canadá, afirma que as editoras têm alocado poucos recursos para a identificação dos autores a quem devem os respectivos direitos. Será que também devem dinheiro aos advogados que processam as pessoas quando fazem algo que eles não gostam ou aos “lobistas” que tentam por todos os meios influenciar os políticos para criarem leis que permitem as cópias de segurança mas que não autorizam desactivar os sistemas que impedem as pessoas de as fazerem? Hummm, isto está tudo ao contrário….
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