PCGuia 252 Janeiro 2017 - Demonstração

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DESPIMOS UMA TECNOLOGIA TODOS OS MESES! ESTE MÊS: PS4 PRO

TRABALHE NA NUVEM

O que é l As vantagens de guardar ficheiros online l Como se usa l Testámos os melhores serviços disponíveis em Portugal l Crie a sua própria nuvem pessoal em cinco minutos!

PS4 PRO VS. PS4 VALE A PENA ACTUALIZAR?

Z2 MINI CONHEÇA A ESTAÇÃO DE TRABALHO DA HP MAIS PEQUENA DE SEMPRE

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WINDOWS REMOVA FACILMENTE OS FICHEIROS QUE NÃO SE DEIXAM APAGAR

Janeiro 252 n Mensal n Ano 21 n PVP (Cont.) €3,5O

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EDITORIAL PEDRO TRÓIA Director

A PS4 PRO E A REALIDADE VIRTUAL O PS VR parece estar a ser um sucesso em Portugal. Pelo menos, nas várias superfícies comerciais que tenho frequentado nos últimos dias, não vejo quase nenhuns à venda. E, há um mês, as prateleiras estavam cheias deles. Já a nova PS4 Pro, que traz aos utilizadores da PS4 a possibilidade de jogarem a resoluções 4K com HDR, parece não estar a ser um sucesso tão grande. Isto deve-se, quase de certeza, ao facto de a consola original ser ainda muito recente e também a muitos utilizadores ainda não terem televisores 4K e, por isso, acharem desnecessário o investimento numa nova consola. A combinação destes dois dispositivos é que não foi a mais feliz: apesar de a maior potência de processamento da PS4 Pro permitir realmente melhores gráficos com os óculos de realidade virtual, o facto é que, se tiver um televisor 4K com HDR, terá de desligar fisicamente a unidade de processamento que acompanha os óculos se quiser usar a PS4 Pro a essa resolução com HDR. Isto porque a dita unidade de processamento, que fica instalada entre a consola e o televisor, não é, para já, compatível com a versão 2.2 do sistema de protecção de conteúdos HDCP. Isto faz com que a consola tenha de reverter para a versão 1.4, inibindo a utilização do HDR. Mas os engenheiros da Sony, quando desenharam os óculos e a unidade de processamento, não se lembraram disso? Então, onde está a famosa atenção ao detalhe dos japoneses? Apesar de ser a revista de Janeiro, este é o meu último editorial de 2016. Por isso entrem no próximo ano com o pé direito, ou esquerdo, consoante o que vos der mais jeito. E que, apesar dos desafios, 2017 seja melhor que o ano que acaba.

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ÍNDICE 44 TEMA DE CAPA

Este mês, damos um “pulo” até à nuvem e mostramos-lhe os serviços que existem e até como pode fazer a sua própria cloud. ON

4 ACTUALIDADE Notícias de tecnologias, coluna Made in Portugal, hashtags e green 16 O CÚMULO DA EXIGÊNCIA O Netflix é para manter ou não? Conheça a decisão da Márcia Campana. HIGH-TECH GIRL

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ENTREVISTA Este mês, a entrevistada é Inês Santa Ana, data analyst na Miniclip.

TUTORIAIS 28 Descubra os ficheiros mais pesados do seu PC 30 Repare um computador bloqueado no arranque 34 Acabe com os pop-ups no Windows 38 Apague ficheiros que não querem desaparecer

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INFOGRAFIA

20 Mostramos-lhe como se comporta o mercado global da cloud.

72 DESCOMPLICÓMETRO Este mês, descomplicamos o conceito de realidade aumentada. MACGUIA Saiba como lidar com os eventos de spam que aparecem no Calendário da Apple.

APPS 60 Um conjunto de aplicações para as suas resoluções de Ano Novo.

START-UP

22 Tap My Back Conheça uma startup que quer ajudar a melhorar a cultura das empresas. ESPECIAL

24 O futuro está nos mapas, acredita a ESRI Portugal.

64 AUTOMÓVEIS Lexus GS 450h F Sport Toyota C-HR Hibrído PLUG

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BOOT

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DEFEITOS ESPECIAIS O Ricardo Durand fala sobre as altas expectativas que se geram no jornalismo de lifestyle.

70 GADGETS Audioquest Dragonfly Corsair MM800 Polaris DJI Osmo Mobile Sony FDR-X3000 Sony MDR-XB80BS Vodafone Projector Portátil

GUIA Este mês, o Luís Alves mostra-lhe as tendências de modding para 2017. LAB

68 Tecnologia em movimento O Gustavo Dias destaca os carros que o surpreenderam em 2016.

TESTES HP Z2 Mini Philips 328P6VJEB Thermaltake Core P3 Snow Edition Asus PL-AC56 AV2 1200 Asus H110T Promise Apollo Cloud Alcatel Shine Lite Samsung CFG70 Canon EOS 5D Mark IV BQ Aquaris M8 NZXT S340 Huawei MediaPad M3 Cooler Master MasterLiquid Pro 240 PLAY

86

PS4 Pro vs. PS 4 Corsair Void 7.1 Tritton Ark 100 Cooler Master Masterkeys Pro M Cooler Master Masterkeys Pro L White Last Guardian Final Fantasy XV

97 JOGOS MOBILE The Trail, Asphalt Xtreme, F1 2016 e Little Briar Rose

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SLEEP

Em Janeiro, assinalamos a primeira foto da Lua e o anúncio do primeiro iPhone, entre outros acontecimentos importantes do primeiro mês do ano.

CLASSIFICAÇÕES PCGUIA A PCGuia usa um método de avaliação de produtos que tenta conciliar as medições de desempenho com os aspectos mais empíricos como a experiência de utilização. Em todos os testes onde seja possível medir o desempenho, essas medições valem, pelo menos, 40% podendo chegar aos 50% da nota final. Os outros componentes da nota são a experiência de utilização e o preço. As notas continuam a ser de 1 a 10. Os produtos com nota 9 ou superior vão receber o Prémio de Excelência PCGUIA. Mais informação em pcguia.pt/como-testamos

MEDIÇÕES

5,5

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO PREÇO / QUALIDADE

1 2,5

Facto Positivo Facto Negativo Distribuidor: PCGuia Contacto: pcguia.pt Preço: €42

PCGUIA / 3


INFOGRAFIA

POR CÁTIA ROCHA

Os números da nuvem Quem são os cinco maiores players mundiais? (dados Statista)

31%

9%

7%

Quanto dinheiro move a nuvem?

189 111

2020

(dados IDC)

dos ficheiros guardados têm menos de

Como vai ser a evolução do uso da cloud?

E que informação (dados IDC) ocupará a cloud em 2020?

Até 2020, estima-se que o número de utilizadores de armazenamento em cloud suba até aos 2,3 mil milhões. (dados Statista)

2,5M 2M 1,5M 1,14

1,33

1,56

1,75

1,93

Qual o tamanho médio dos ficheiros na cloud?

75% 10MB

mil milhões de euros

2020 2019 2018 2017 2016 2015 2014

4%

Mais de

mil milhões de euros

2015

4%

2,11

2,3

mil milhões de utilizadores

1M

47% 35% 10% 8%

Entretenimento Vigilância Computadores, smartphones, outros dispositivos Informação médica

Mais factos curiosos sobre a cloud… … em 2012, num estudo feito pela Citrix, 51% dos inquiridos achava que a meteorologia influenciava a computação na nuvem. … no mesmo estudo, 40% dizia que a maior vantagem da cloud era poderem trabalhar a partir de casa – sem roupa. … 35% dos inquiridos dizia ainda que era vantajoso usar a cloud para interagir com pessoas que preferiam não encontrar pessoalmente. … o nome cloud só surgiu porque o formato de nuvem se assemelha ao esquema feito para representar a infraestrutura da Internet.


ESPECIAL

A RESPOSTA ESTÁ NOS MAPAS POR RICARDO DURAND

A cada ano que passa, o Encontro dos Utilizadores ESRI Portugal torna-se mais interessante, quer para os profissionais do sector, quer para quem está a dar os primeiros passos nos SIG. Em 2016 o EUE falou sobre transformação digital e manteve bem acesa a importância dos sistemas de informação geográfica na sociedade.

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uem ouvir o termo ‘sistemas de informação geográfica’ sem o devido contexto, poderá pensar que se trata de uma coisa aborrecida e demasiado técnica. Ora aí está um daqueles mitos que rapidamente cai por terra: é precisamente o contrário. A informação geográfica é um assunto transversal na sociedade, desde as apps para smartphones até às grandes empresas de abastecimento de água e gás, que precisam de saber localizações, fluxos de utilização, avarias e outros dados. Com uma participação superior a 1200 pessoas, o EUE 2016 abordou o tema da transformação digital, ou seja, a abolição completa do papel para criar documentos, relatórios e outros modelos de informação para ser partilhada ou arquivada. Segundo o presidente do conselho de administração da ESRI Portugal, Vítor Lopes Dias, o que está em causa é, mesmo, uma mudança que ultrapassa a realidade empresarial: «A questão fundamental é o modo de pensar os problemas. Cloud, IoT e o Big Data são elementos fundamentais para abordar a transformação digital. Isto vai até mudar o conceito actual de cidadania, pois a localização será cada vez mais o centro da transformação digital, que é o maior desafio deste século».

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL É UMA QUESTÃO DE «SOBREVIVÊNCIA» O tema central do EUE 2016 não é uma coisa que apareceu recentemente. Aliás, várias empresas estão em processo de digitalização 24 / P C G U I A

há alguns anos, mesmo que os resultados não sejam sempre os melhores. Aliás, foi isso mesmo que mostrou Rui Sabino, director-executivo da ESRI Portugal, quando revelou dados da consultora IDC: 60% dos investimentos decorrem até 2020; actualmente, apenas 26% das empresas que estão a fazer a transformação digital (TD) vão ter sucesso na mudança, diz o MIT. O mesmo responsável revelou ainda que só perto de 2040 é que vai haver resultados mais concretos do processo que está agora a decorrer em grande parte das empresas. Por isso, mais do que fazer a TD, interessa saber como serão usados os “frutos” da mesma. Para Rui Sabino, que diz tratar-se não de uma tendência, mas sim de «sobrevivência», esta transformação tem de ter, obrigatoriamente, a geografia como centro e motor da mudança, pois é assim que se conseguem «transformar dados em conhecimento e conhecimento em acção». E pelos vistos, esta questão de sobrevivência está a ser levada muito a sério, uma vez

COM O DESENVOLVIMENTO A QUE CHEGOU A PLATAFORMA DA ESRI, TORNA-SE FÁCIL ADAPTAR O SISTEMA A CAUSAS SEMELHANTES E DEMOCRATIZAR O ACESSO DAS SOLUÇÕES GEOGRÁFICAS DA EMPRESA.

que «mais de 75% das 500 empresas da lista da revista Fortune usam sistemas de localização». A geografia assume, assim, o papel principal da TD uma vez que funciona como catalisador para colocar a empresa a operar ao mais alto nível e com um elevado grau de conhecimento: «Os SIG revelam os conteúdos por trás dos dados e descomplicam-nos porque é uma plataforma de comunicação que permite que toda a gente tenha uma leitura simples do mundo. Toda a gente consegue interpretar um mapa», lembra Rui Sabino.

LOCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO Com os decisores a exigirem tecnologia que seja rápida de adaptar e simples de compreender, a ESRI Portugal percebe que, actualmente, «não há tempo para esperar por soluções capazes de dar respostas às necessidades das empresas». Assim, a empresa tem vindo a aperfeiçoar a ArcGIS (ver caixa) para dar resposta clara aos pedidos das organizações, especialmente na interoperabilidade com software e hardware que já esteja implementado: sensores, open data, mobilidade, cloud e big data, por exemplo. E é precisamente na integração com software já existente que muitas empresas encontram a resposta às suas necessidades de SIG. Ismael Chivite, senior product manager da ESRI, esteve em Lisboa para dar a conhecer alguns dos melhores exemplos desta prática. Um deles é o da cadeia de supermercados Wallgreen, nos EUA, que usou as apps da


A importância dos SIG para a cidadania foi destacada por Chivite.

Cloud, IOT e Big Data são apostas essenciais para Vitor Lopes Dias.

Rui Sabino apresentou todas as vantagens dos SIG da ESRI e lembrou: «Toda a gente consegue interpretar um mapa».

ESRI para decidir a localização de algumas lojas, com recurso a mapas interactivos e analytics de várias camadas de dados. A app Wallmap, criada com recurso a fusão dos dois sistemas, permite inclusive a utilização de realidade aumentada in situ.

ENVOLVIMENTO E CIDADANIA Tal como é possível usar estas apps no escritório, também há soluções para o terreno. A Rice Energy, mais uma vez dos EUA, é uma pequena empresa de

O NOVO ARCGIS 10.5 Este «sistema de sistemas», como lhe chama Rui Sabino, está, na sua versão mais recente completamente preparada para soluções de big data.«Não há limites para a implementação da plataforma ArcGIS: tem flexibilidade e adaptabilidade para ser integrada em ambientes híbridos, cloud e server based», afirma o director-executivo da ESRI Portugal. Com uma interface que «qualquer pessoa pode perceber», este software é compatível com modelos 2D e 3D, como já vem sendo habitual. Novidade

é mesmo a solução GeoAnalytic que permite processar dados de mapas de forma rápida. Nos EUA, foram analisados 40 mil milhões de registos para processar um mapa do país com dados de exposição solar e tempestades. O que podia levar dias, levou minutos», conta Rui Sabino. A Insights é outro dos novos recursos da ArcGIS 10.5, uma app premium que vai dar «outra dimensão para trabalhar dados» a partir da análise espacial dinâmica e múltiplas visualizações. Com o objectivo de melhorar a plataforma, o mesmo responsável revelou que o próximo update (10.5.1) vai trazer realidade aumentada, mais capacidades de mostrar informação em tempo real e soluções 3D adicionais.

trinta pessoas que, para eliminar os relatórios em papel, escolheu as apps ArcGIS para fazer a TD. A Workforce serviu para atribuir trabalhos a pessoas no terreno e passar informação ao backoffice; a Navigator, que ao contrário do Google Maps, funciona com os dados das empresas, serviu para editar ruas e caminhos e criar mapas específicos para a Rice; a empresa usou ainda a Survey123 para criar formulários inteligentes. Mas a ideia que Ismael Chivite quis passar foi a de que as apps ArcGIS não servem apenas para as empresas usarem. Para ilustrar isto foi dado o exemplo de um projecto em Boston (EUA) onde a Câmara da cidade criou um projecto de crowdfunding para conseguir verbas destinadas ao arranjo de passeios e estradas. Depois, para envolver a comunidade, foi criada uma app baseada em ArcGIS que qualquer habitante podia usar para reportar buracos ou outras deficiências no pavimento. Com o desenvolvimento a que chegou a plataforma da ESRI, torna-se fácil adaptar o sistema a causas semelhantes e democratizar o acesso das soluções geográficas da empresa. Prova disso é o facto de a ESRI permitir a programação de apps a partir dos seus dados, com a AppStudio, que já foi o berço de um «milhão de web apps originais», como disse Ismael Chivite, que lembrou a fechar: «A fonte mais importante de dados para alimentar as apps de SIG é a nossa própria informação». P C G U I A / 25


DESCUBRA OS FICHEIROS MAIS PESADOS DO SEU PC POR RICARDO DURAND

O Windows não é lá muito bom a mostrar os tipos de ficheiros que estão a ocupar o disco rígido do computador, por isso vamos recorrer ao TreeSize para nos ajudar a perceber o que é que está a encher o disco.

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preço dos discos rígidos, sobretudo o dos SSD, está cada vez mais baixo. Porém, numa altura em que todos os cêntimos contam para comprar prendas para família e amigos, a ideia é aguentar mais uns tempos com o que temos e livrarmo-nos de ficheiros inúteis. Para os encontrar contamos com a ajuda do software TreeSize, cuja versão gratuita pode ser descarregada em bit.ly/1iNcmYK. Podemos usar este programa a partir dos menus de contexto de qualquer pasta ou disco, para ver de imediato o espaço que as suas sub-pastas ocupam. Aqueles que estiverem a “pisar o risco” são logo identificados num gradiente de amarelo (por defeito), por isso vai ser muito simples saber quem é que está a mais no computador. Vamos lá tratar disso!

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Já quase no final da instalação do TreeSize vai poder seleccionar três opções. A que nos interessa é que vai colocar este programa no menu de contexto do Windows: ‘Create a Context Menu Entry...’. Conclua a instalação para que o TreeSize comece a analisar o disco. Na janela principal é-lhe mostrada uma árvore de ficheiros com as pastas encontradas no Windows, com as tradicionais pequenas setas que permitem expandir ou colapsar directórios. Seleccione a opção ‘Expand’ na barra de menu e indique até que nível quer que o TreeSize analise a pasta ou então fazer uma expansão total do directório em questão ao escolher ‘Full Expand’.


NUMA ALTURA EM QUE TODOS OS CÊNTIMOS CONTAM PARA COMPRAR PRENDAS PARA FAMÍLIA E AMIGOS, A IDEIA É AGUENTAR MAIS UNS TEMPOS COM O DISCO QUE TEMOS E LIVRARMO-NOS DE FICHEIROS INÚTEIS. PARA OS ENCONTRAR CONTAMOS COM A AJUDA DO SOFTWARE TREESIZE, QUE TEM UMA VERSÃO GRATUITA.

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No menu de topo pode mudar a forma como os dados lhe são apresentados. Entre as opções estão ‘Disk Size’, ‘Allocated Space’, ‘Percentage’ e ‘File Count’. A vantagem de mudar para ‘Percentage’ tem a ver com o facto de passar a ver as barras coloridas, o que pode facilitar a leitura dos dados. Contudo, para identificar ficheiros ou pastas, terá de usar as opções ‘Disk Size’ ou ‘Allocated Space’. Na janela seguinte aparecem centenas de sub-pastas. A razão para isto acontecer é simples: o TreeSize está a mostrar-lhe o seu disco na totalidade. Se quiser excluir áreas do scan, vá a ‘Options’, entre em ‘Filters’ e escreva uma designação em ‘Pattern’ (por exemplo Música), seleccionando depois ‘File Name’, para que sejam identificados todos os ficheiros que tenham esse termo no nome. Pode adicionar mais destes filtros de excepção em ‘Add pattern’ Se a informação mais gráfica não está como gosta, pode escolher novas cores. Pode ainda seleccionar um gradiente em vez de um tom sólido. Para fazer isto, aceda a ‘Choose Gradient’ no menu ‘Size Indicators’ que está nas ‘Options’ e escolha quais as duas cores que vão fazer parte do gradiente a aplicar na interface gráfica. Tem já algumas opções à escolha, mas pode sempre determinar uma cor nova em ‘Other colors’. Se seguiu as nossas instruções iniciais, criou uma entrada para o TreeSize no menu de contexto do Windows. Isto permite que consiga saber o espaço que cada pasta ocupa no disco do PC, fazendo clique com o botão do lado direito no ficheiro. Isto vai-lhe mostrar uma janela parecida à que poderia ter se iniciasse o TreeSize de forma normal. Além de ajudar a identificar os ficheiros que estão a ocupar mais espaço no Windows, o TreeSize pode ainda comprimi-los, neste caso, com a opção ‘Apply NTFS Compression’ (carregue com botão do lado direito sobre uma selecção de ficheiros e escolha ‘TREESIZE’). Isto acaba por ser uma boa alternativa a enviar os ficheiros para o lixo, uma vez que além de os manter no disco, vai dar-lhe espaço-extra. P C G U I A / 29


REPARE UM COMPUTADOR BLOQUEADO NO ARRANQUE POR GUSTAVO DIAS

O seu computador deixou de entrar no Windows, sem sequer lhe permitir aceder ao menu de acesso ao arranque de segurança? O mais provável é ter danificado o MBR (Master Boot Record) do seu sistema.

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Existe um novo tipo de ransomware que está a gerar o caos entre os utilizadores de computadores domésticos: em vez de simplesmente encriptar certos tipos de ficheiros, pedindo um resgate em dinheiro ou bitcoin, esta ameaça está a atacar o MBR do seu PC. O MBR é uma secção fundamental para qualquer PC Windows, visto ser o local onde estão armazenados os elementos necessários para o arranque do mesmo. Esta zona guarda igualmente informações sobre a disposição do disco rígido principal, sobre as dimensões das partições e outros dados. Sempre que o MBR de um computador é corrompido, o seu PC simplesmente deixa de funcionar, sendo impossível de recuperar os ficheiros contidos no disco afectado. São já vários os tipos de ataques conhecidos que afectam o MBR, como o Petya e o FossHub, embora existam outros ataques que danificam o MBR, causando o pânico entre utilizadores. Felizmente, alguns ataques não são tão catastróficos como o nome indica, visto que os que destroem o MBR são reversíveis, embora o seu computador fique inutilizável até que neutralize a ameaça. Vamos revelar-lhe como poderá resolver este problema.

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REPARAÇÃO AUTOMÁTICA NO WINDOWS 10 Caso o seu computador tenha Windows 10, poderá tentar reiniciá-lo, sendo que este, quando determinar que não consegue entrar no sistema operativo, irá accionar o modo ‘Reparação Automática’. Se isto não acontecer, desligue e volte a ligar o PC até que este identifique o problema e decida entrar nesse modo de reparação.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS Após o computador indicar ‘Preparar Reparação Automática’, vai entrar num menu, onde serão indicadas duas opções: a de reiniciar o computador ou a de ‘Opções Avançadas’; é esta última que deverá escolher.


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ESCOLHA DE OPÇÕES Após ter escolhido as ‘Opções Avançadas’, terá de seleccionar uma de três opções: continuar e entrar na sua instalação do Windows; entrar no modo ‘Resolução de Problemas’ ou desligar o PC. Aqui, deverá escolher a segunda opção, para a tentar repor o PC ou visualizar as opções avançadas.

OPÇÕES AVANÇADAS Após clicar em ‘Resolução de Problemas’, irá aparecer um novo menu com seis opções. Nesta fase deverá escolher a terceira opção, que faz com que o PC tente corrigir os problemas que impedem a instalação do Windows de carregar normalmente.

REPARAÇÃO NO ARRANQUE Após aceitar a ‘Reparação Automática do Arranque’, este irá descobrir qual a conta de utilizador que quer usar para reparar, sendo-lhe pedida a palavra-passe dessa mesma conta. Caso a reparação não tenha sido bem-sucedida, irá aparecer uma mensagem que lhe dará duas opções: desligar o computador ou aceder novamente às opções avançadas, opção esta que deverá prosseguir.

LINHA DE COMANDOS Entrando nas opções avançadas, deverá voltar a escolher ‘Resolução de Problemas’ > ‘Opções avançadas’ e clicar de seguida em ‘Linha de Comandos’. Será então aberta uma janela com a linha de comandos, onde deverá escrever bootrec.exe / fixmbr e pressionar ‘Enter’ para dar início ao processo. Este comando permitirá correr o programa Bootrec, usando a opção ‘/fixmbr’, para reparação do Master Boot Record.

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CAPA

DE CABEÇA NAS NUVENS POR GUSTAVO DIAS E PEDRO TRÓIA

Os serviços de armazenamento e processamento na cloud são o futuro do trabalho e do lazer porque permitem, por um lado, aceder a toda a informação independentemente do sítio e dispositivo que usa e, por outro, partilhar esses dados com quem quiser. Nesta edição da PCGuia mostramos-lhe o que é a nuvem, quais são os principais serviços que pode começar a usar já e como pode criar a sua própria cloud pessoal. 44 / P C G U I A


O QUE É A CLOUD?

Durante reuniões e apresentações de produtos, quando alguém se quer referir à Internet desenha uma nuvem que serve para indicar a entidade difusa onde estão todos os dispositivos ligados à “rede das redes”.

P

or ser fácil de explicar, este conceito pegou. Por isso, quando foi necessário dar um nome a uma nova tecnologia que removia parte dos recursos de armazenagem e de processamento para hardware baseado na Internet, a escolha foi clara: chamou-se-lhe ‘nuvem’. Mas ‘nuvem’ não define apenas um sistema ou serviço – o termo pode ser usado para definir três modos: 1 - Infrastructure as a Service (IaaS) O cliente compra um acesso a capacidade processamento através da Internet. Este é o caso de muitos serviços de hosting onde estão alojados vários sites. No modo de Infraestrutura como Serviço, a empresa que o detém vende acesso ao megabyte ou ao gigabyte, para servir os ficheiros dos sites. É nesta classe que se encontram o OneDrive da Microsoft ou o Dropbox. 2 - Software as a Service (SaaS) Neste modelo, os programas usados pelo cliente estão a ser executados remotamente nos computadores da entidade que fornece o serviço. Como exemplos de Software como Serviço temos o Office Online da Microsoft e as aplicações do Google Drive (Documentos, Folhas de Cálculo e Apresentações). 3 - Platform as a Service (PaaS) Num sistema de Plataforma como Serviço, o cliente usa ferramentas baseadas em Web para desenvolver as suas próprias

aplicações, que depois são executadas em hardware e software de outra empresa. Por exemplo, uma solução completa de comércio electrónico, incluindo o sistema de checkout e pagamentos, a ser executada num qualquer servidor, que não o da loja em si. Muitos serviços combinam duas ou mais destas classes de sistemas de cloud. O Google Drive é disponibilizado como IaaS e SaaS, porque é composto por um espaço em disco para os clientes guardarem os seus ficheiros e, ao mesmo tempo, disponibiliza aplicações que permitem trabalhar com um processador de texto ou uma folha de cálculo. Já o Dropbox, ou Meo Cloud, são apenas serviços IaaS porque, apesar de, pelo menos o primeiro, ter a hipótese de se ligar a aplicações como o Office, o foco principal é o armazenamento de ficheiros e a sua partilha entre dispositivos e pessoas.

APLICAÇÕES NATIVAS Os serviços de cloud oferecem interfaces web que podem ser usadas a partir de um qualquer browser. Contudo, se quiser uma experiência de utilização mais transparente, pode também usar as aplicações (gratuitas) nativas dos serviços. Estas permitem sincronizar automaticamente o conteúdo de uma pasta no seu disco com os conteúdos que estão online. Estas apps existem para todos os sistemas operativos e dispositivos móveis.

VANTAGENS E DESVANTAGENS Os sistemas baseados em nuvem apresentam três grandes vantagens e duas desvantagens em relação aos métodos tradicionais de armazenamento de dados localmente.

CÓPIAS EM TODO O LADO

Nos sistemas de armazenamento em nuvem os dados não estão guardados num único local, estão espalhados por vários servidores em todo o mundo. E, mesmo quando o utilizador apagar um ficheiro ou pasta conscientemente, o sistema guarda uma cópia durante algum tempo, permitindo a sua recuperação.

INTEROPERABILIDADE

O facto de residirem em lado algum e ao mesmo tempo em todo lado, faz com que os ficheiros possam ser lidos, praticamente, em qualquer dispositivo, fixo ou móvel. Em alguns casos, até hardware menos evidente consegue usar serviços cloud, como por exemplo as câmaras de videovigilância.

PREÇO

Quase todos os serviços disponibilizam um patamar limitado e completamente gratuito. Contudo, por valores cada vez mais baixos conseguem-se capacidades de armazenamento com capacidades comparáveis às de discos locais tradicionais. Por exemplo, uma mensalidade de 99 cêntimos dá direito a 50 GB na iCloud, da Apple.

DÚVIDAS

Os dados estão... sabe-se lá onde O que fortalece a segurança do sistema é também o que é capaz de causar mais dúvidas na mente dos utilizadores. Onde estão os meus dados? Quem tem acesso a eles?

VELOCIDADE

A velocidade de acesso aos dados gravados nestes serviços depende da rapidez de acesso à Internet. Por isso, não se podem desempenhar tarefas de gestão de ficheiros com taxas de desempenho comparáveis às dos sistemas de armazenamento locais.

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