PCGuia 276 Janeiro 2019 - Demonstração

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ARTIGO 13

O EDIÇÃAL DIGIT

JÁ SE PODE DEITAR FORA A MÁQUINA FOTOGRÁFICA?

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É O FIM DA INTERNET? O YOUTUBE VAI ACABAR? CONTAMOS-LHE TODA A VERDADE

ESTIVEMOS DUAS SEMANAS A FOTOGRAFAR SITUAÇÕES DO DIA-A-DIA PARA LHE DIZER SE O TELEMÓVEL PODE MESMO SUBSTITUIR UMA CÂMARA N.º 276

DIRECTOR: PEDRO TRÓIA

PVP (Cont.)

POCOPHONE F1

TESTÁMOS O PRIMEIRO PORTÁTIL DA MARCA CHINESA EM PORTUGAL

DAMOS-LHE SETE DICAS PARA ACELERAR A MEMÓRIA RAM

O SMARTPHONE QUE SURPREENDEU EM 2018

n

COMPUTADOR MAIS RÁPIDO

J a n e i ro 2 O 1 9

HUAWEI MATEBOOK X

Mensal

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Ano 23

€3,60


EDITORIAL PEDRO TRÓIA Director

COMO TENTAR PARAR O FUTURO Como será a Internet daqui a cinquenta anos? Vão continuar a existir indexadores de informação que nos facilitam as buscas? As redes sociais vão-se começar a confundir ainda mais com a Internet, no geral? Ou vão desaparecer e dar lugar a outras entidades que dêem voz aos utilizadores? E os computadores? Vão ser reduzidos a simples assistentes pessoais, que nos passam apenas aquilo que queremos ver e, assim, limitar o acesso às vastas quantidades de informação que são produzidas todos os dias, em todo o mundo? As respostas a estas perguntas são difíceis de descortinar a esta distância, mas uma coisa é certa, daqui a algum tempo, com os avanços nas tecnologias de inteligência artificial do lado do software, da miniaturização e do crescente poder de processamento, do lado do hardware, tudo o que conhecermos vai ser diferente, quando os nossos filhos tiverem a idade que temos agora. O que espero é que, quando chegar essa altura, as pessoas que estiverem em lugares de responsabilidade, e em posição de tomar decisões, não cometam os mesmos erros que estão a ser cometidos hoje, pelas pessoas que estão nessas posições. Tudo na ânsia de tentar controlar a evolução da tecnologia e das formas diferentes em, já hoje, essa tecnologia é utilizada. Quando se começou a falar mais a sério das novas regras europeias para a gestão dos direitos de autor no mundo digital, um jornalista americano conseguiu resumir tudo num título: «A Europa, em vez de se adaptar à Internet, está a tentar adaptar a Internet à Europa». E todos sabemos que quando alguém se entrincheira, e se agarra ao passado, consegue sempre mudar o futuro. Ou não… a história está cheia de exemplos que não acabaram nada bem…

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ÍNDICE 42 TEMA DE CAPA

Os smartphones actuais já são capazes de substituir as câmaras fotográficas tradicionais? Comparámos diversas máquinas com o smartphone que tem a câmara mais avançada disponível no mercado. Descubra qual a melhor opção para si. EXTRA

ON

06 ACTUALIDADE Notícias de tecnologias, coluna Made in Portugal, Hashtags e Green e a nossa entrevista: Queremos Respostas

46 O artigo 13 da ‘Directiva sobre direitos de autor no Mercado Único Digital’ tem causado grande polémica. Será o fim da Internet como a conhecemos? LINUX

HIGH-TECH GIRL

18 ENTREVISTA Conheça Daniela Teixeira, a co-fundadora da Tonic App. INFOGRAFIA

20 O boom da fotografia. START-UP

22

CUCKUU Há uma startup portuguesa que desenvolveu uma rede social de alarmes. ESPECIAL

24 Hive, Voi, Lime chegaram para nos por a andar sobre duas rodas. BOOT

28

DEFEITOS ESPECIAIS O Ricardo Durand reflecte sobre o futuro das trotinetas eléctricas em Lisboa.

30 32 34 38

TUTORIAIS 8 dicas para aumentar a segurança do PC Memória RAM mais rápida em 7 passos Aceda ao PC remotamente onde quer que esteja Resolva os problemas do OneDrive

72 GADGETS Clementoni RoboMaker Pro Ecovacs Deebot Ozmo 930 iRobot Roomba e5 Rowenta Smart Force SPC Sirius 1050 SPC Clever Plug Tivoli Audio Model One TP-Link Smart Bulb LB130 TP-Link Smart Plug HS110

40 Dê uso a um PC antigo com o sistema operativo Lubuntu.

76 MACGUIA 42 Crie uma pen de boot para instalar o macOS Mojave. DESCOMPLICÓMETRO 44 O que é que fazem tantas câmaras num smartphone?

APPS 60 Uma selecção de aplicações fundamentais para fotógrafos. 64 Volvo XC40 T3 Ford EcoSport Titanium Jeep Renegade TrailHawk

88

96 66 A segunda parte de um guia sobre os mitos de refrigeração nos PC. TECHPORN

LAB

70

TECNOLOGIA EM MOVIMENTO O Gustavo Dias faz um resumo dos principais lançamentos tecnológicos de 2018.

PLAY

00 JOGOS Battlefield V Farming Simulator 19

PLUG

68 O Mac Mini 2018

TESTES HP Pavilion Gaming 15 Huawei MateBook X Pro Sapphire Radeon RX 590 HP Tango X Sony Xperia XA2 Ultra Nokia 7.1 Samsung Galaxy A9 Philips BDM347OUP Xiaomi Pocofone F1 Lenovo Yoga C930

98

HARDWARE Logitech G502 Razer Kraken Pro V2 Corsair M65 RGB Elite Razer Nari Ultimate JOGOS MOBILE Assassin’s Creed Rebellion SEGA Heroes Star Trek Fleet Command Command & Conquer: Rivals

SLEEP

Em Janeiro, assinalamos  a aprovação do programa Space Shuttle, o nascimento da Wikipedia e o lançamento do Windows Vista.

CLASSIFICAÇÕES PCGUIA A PCGuia usa um método de avaliação de produtos que tenta conciliar as medições de desempenho com os aspectos mais empíricos como a experiência de utilização. Em todos os testes onde seja possível medir o desempenho, essas medições valem, pelo menos, 40% podendo chegar aos 50% da nota final. Os outros componentes da nota são a experiência de utilização e o preço. As notas continuam a ser de 1 a 10. Os produtos com nota 9 ou superior vão receber o Prémio de Excelência PCGuia. Mais informação em pcguia.pt/como-testamos

MEDIÇÕES

4,5

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO PREÇO / QUALIDADE

1 2,5

Facto Positivo Facto Negativo Distribuidor: PCGuia Contacto: pcguia.pt Preço: €42

PCGUIA / 3


INFOGRAFIA

POR MAFALDA FREIRE

SMARTPHONES VS SLR: O BOOM DA FOTOGRAFIA Quando Joseph Nicéphore Niépce tirou a primeira fotografia em 1826 estaria longe de imaginar no que esta actividade se iria tornar. Por dia são colocadas no Facebook mais de duzentas milhões de imagens e 1,2 mil milhões no Google Photos. Segundo a Keypoint Intelligence-InfoTrends, em 2017 foram tiradas 1,2 biliões de fotografias em todo o mundo.

NÚMERO DE FOTOGRAFIAS TIRADAS 1,2 1 BILIÕES BILIÃO 660

MIL MILHÕES

VENDAS DE MÁQUINAS FOTOGRÁFICAS COMPACTAS

16

MILHÕES

2013

2015

2017

EQUIPAMENTOS MAIS UTILIZADOS EM 2017 10,3% 85% 4,7%

1980

28

MILHÕES

42

70

121

MILHÕES

MILHÕES

25

MILHÕES

1990

2000 2005

MILHÕES

2010

2017

EQUIPAMENTOS MAIS USADOS NO FLICKR* EM 2017 50%

MARCAS DE EQUIPAMENTOS MAIS USADAS NO FLICKR EM 2017 54%

33% 12%

23% 4%

1%

18%

5% OUTRAS

*O Flickr é uma comunidade de partilha de fotografias com mais de 75 milhões de utilizadores. Fontes: Statista, Keypoint Intelligence-InfoTrends, Flickr e CIPA - Camera & Image Products Association

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8 DICAS PARA AUMENTAR A SEGURANÇA DO PC POR RICARDO DURAND

O Windows tem várias ferramentas de segurança que nem sempre são usadas, na sua totalidade, por quem utiliza o computador. Vamos acabar com isso e tornar o seu PC numa autêntica “fortaleza” com estas oito dicas.

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ACTUALIZE O WINDOWS Muitos dos problemas de segurança do Windows resolvem-se com actualizações regulares que a Microsoft vai lançando todos os meses. Contudo, é óbvio que estas correcções só vão funcionar se as instalar no computador. Para ter a certeza de que tem sempre o Windows actualizado, o melhor é ligar os updates automáticos em ‘Definições do Windows’ > ‘Atualizar e Segurança’ > ‘Opções Avançadas’ e ligar a opção ‘Descarregar automaticamente atualizações…’. Se não quiser que o Windows actualize de forma automática sempre que haja novidades, então não se esqueça de visitar este menu de forma regular.

INSTALE UM ANTIVÍRUS EFICAZ O Windows 10 já vem com um software de segurança pré-instalado, o Windows Defender Security Center (ligue-o em ‘Definições do Windows’ > ‘Atualizar e Segurança’ > ‘Segurança do Windows’). Se estiver a usar uma versão mais antiga do Windows, contudo, recomendamos que instale um programa de antivírus gratuito como o AVG Free (avg.com) ou o Avast (avast.com). O mais importante, qualquer que seja o antivírus que escolha, é de ter sempre a base de dados de ameaças mais recente instalada, uma vez que as empresas de segurança descobrem novos vírus e ameaças todos os dias.

FAÇA UPDATES ÀS APLICAÇÕES E PROGRAMAS Acabou de fazer a actualização do Windows e instalou um antivírus novo. Agora só falta ter as versões mais recentes de todas as aplicações que têm instaladas no computador, uma vez que também estas são muitas vezes actualizadas com correcções de segurança. Os hackers costumam criar vírus e direccionar ataques contra várias apps, porque sabem que os utilizadores não as costumam actualizar. Muitas já nos avisam de que têm updates para fazer, como as da Adobe, mas em muitas vai ter de o fazer manualmente. Procure no menu de opções ou definições por alguma entrada que diga, por exemplo, ‘procurar actualizações’.


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CRIE UM PONTO DE RESTAURO Quando perceber que o seu Windows está livre de problemas, crie um Ponto de Restauro. Se acontecer um problema de segurança e o seu PC for atacado/infectado por software malicioso, pode fazer o sistema voltar atrás no tempo e restaurá-lo para um momento em que estava tudo a funcionar bem. Para criar este nível de segurança, escreva ponto de restauro no menu ‘Iniciar’ e depois escolha ‘Criar um Ponto de Restauro’. No Windows 10 vai precisar de clicar em ‘Configurar’ e depois escolher a quantidade de espaço em disco que quer usar para a protecção do sistema. Quando terminar, clique em ‘Aplicar’.

USE PASSWORDS FORTES E DIFÍCEIS DE ADIVINHAR Pode parecer mentira, mas as passwords mais usadas pelas pessoas são ‘123456’, ‘qwerty’ (as primeiras letras de um teclado, por ordem) ou ‘password’. Escusado será dizer que usar estas opções é uma má ideia. Há softwares usados por hackers que descobrem passwords simples em segundos e, se usar a mesma em vários sites e serviços, então o seu problema vai ser ainda maior. O melhor é misturar letras maiúsculas com minúsculas, juntar caracteres especiais como ‘#$%&@’ e números. Existem ainda pequenas apps que o podem ajudar e lembrar de passwords e a gerar palavras-passe fortes: o LastPass ou o DashLane (ambos gratuitos) são alguns deles.

USAR A VERIFICAÇÃO EM DOIS PASSOS Sempre que possível, active esta opção nos serviços, sites e redes sociais onde tiver conta. Isto adiciona uma camada-extra de segurança sempre se que fizer login num computador ou dispositivo não autorizado. Tipicamente, a verificação em dois passos funciona da seguinte forma: sempre que alguém tentar entrar numa conta sua a partir de um computador, smartphone ou tablet é-lhe enviado um código para o seu telemóvel, que permite concluir o login, para ter a certeza de que é mesmo você que está a fazer login.

CONFIGURE A FIREWALL Todos os PC têm portas (ports) abertas por onde são feitas as comunicações de Internet, mas por onde pode entrar software malicioso ou ataques. A firewall é um software que fecha todas as portas que não estejam a ser usadas por programas autorizados e o Windows tem uma que pode usar. Vai encontrá-la no menu ‘Sistema e Segurança’ do ‘Painel de Controlo’.

FAÇA UMA CÓPIA DE SEGURANÇA DE TUDO Criar um Ponto de Restauro, como lhe sugerimos, é uma boa forma de ter o PC a salvo, mas nada bate uma cópia de segurança física de todos os ficheiros que tiver no computador. Aqui pode usar um dos vários serviços de cloud que existem como o Google Drive, OneDrive ou o Dropbox para ter sempre uma cópia de vídeos, fotografias e documentos de texto, folhas de cálculo ou apresentações que tiver guardados no computador. Além disso, pode ainda usar um disco externo ligado por USB ou uma pen com armazenamento suficiente para ter sempre um ‘plano B’ caso perca a sua informação ou lhe roubem o portátil, por exemplo. P C G U I A / 31


EXTRA

O

ARTIGO 13: O APOCALIPSE DA INTERNET? POR PEDRO TRÓIA

A União Europeia quer pôr ordem na forma como os direitos de autor são geridos no espaço digital. Alguns dizem que é o fim do espírito que levou à criação da Internet e da liberdade de expressão. Outros dizem que é uma sistema que vai trazer mais justiça para os criadores de conteúdos. Quem tem razão? 46 / P C G U I A

s direitos de autor no mundo digital são como o futebol ou a política: toda a gente tem uma opinião e alguma razão nos argumentos que expõe, quer esteja do lado que os defendem com unhas e dentes, quer do lado que advoga regras mais livres. Por isso, como se consegue perceber, nunca irá haver um consenso sobre como resolver o problema de se conseguir compensar justamente os autores e ao mesmo tempo garantir que os seus trabalhos possam ser utilizados para outros fins pelo público. A União Europeia quis ajudar com uma directiva aprovada em 2001, que impunha regras de utilização, reprodução e compensação dos autores pela utilização das suas obras nos meios digitais. Mas o avanço alucinante da tecnologia, e o aparecimento de serviços como as redes sociais, plataformas de criação e reprodução de vídeo e áudio, tornaram a directiva de 2001 obsoleta. Por isso, o Parlamento Europeu decidiu reformar as regras de 2001 e assim nasceu a ‘Directiva Sobre Direitos de Autor no Mercado Único Digital’. Desde o início da discussão que alguns artigos da nova directiva causaram alguma apreensão nos defensores de regras menos restritivas para os direitos de autor. Os casos que mais polémica causaram foram os relacionados com os Artigos 11 e 13.

ARTIGO 11 Este artigo ficou logo conhecido como a ‘taxa do link’ e obriga as agências de clipping e os agregadores de notícias, como o Google News, a pagar aos editores pela reprodução de links ou notícias publicadas em papel ou nos sites. Este sistema já foi testado na Espanha e Alemanha (resultando na saída do Google News de Espanha) e, segundo a Comissão Europeia, teve bons resultados: houve um aumento de tráfego para os sites das publicações. No entanto há sinais de que, pelo menos em Espanha, os pequenos editores sofreram uma quebra significativa de tráfego para os seus sites, porque o Google optou por descontinuar o serviço em vez de pagar pelos links. No caso alemão foi dada aos editores a opção de permanecerem ou saírem do Google News. Muitos saíram e voltaram em face das quebras de tráfego, mesmo sem receber nada pela reprodução dos links.

ARTIGO 13 O artigo 13 muda uma disposição da directiva anterior de 2001, que indicava que a responsabilidade pelos conteúdos publicados sem autorização dos autores


passa dos utilizadores para as plataformas. Por sua vez, as plataformas, como o YouTube, Facebook e outras quaisquer, que permitam o carregamento de conteúdos pelo utilizador sob qualquer forma, vão ter de implementar mecanismos que consigam detectar se os conteúdos estão, ou não, abrangidos por direitos de autor e, caso isto aconteça, que os bloqueiem automaticamente. Há muito que o YouTube já tem um sistema semelhante, chamado ‘Content ID’, em que a empresa já gastou mais de dezasseis milhões de dólares, e serve para tentar detectar se um vídeo carregado para o sistema está abrangido por direitos de autor e, se estiver, bloqueia-o ou impede que o utilizador que o carregou ganhe dinheiro com publicidade. Os críticos destes filtros têm um grande argumento: nenhum sistema actual, nem a médio prazo, consegue distinguir entre conteúdos que devem ser protegidos dos que não devem, nem tão pouco se estão dentro das excepções à Lei. Um exemplo das dificuldades que estes sistemas de filtragem têm são os falsos-positivos, que têm sido notícia ao longo dos anos: vídeos de pássaros a cantar confundidos com obras com copyright e até silêncio que foi removido do YouTube por infringir o copyright de um tema “musical” composto por... silêncio. Tudo isto foi discutido durante meses pelos deputados europeus e aprovado sem que o público se apercebesse, mesmo com as campanhas promovidas pelas várias organizações que a nível europeu e nacional estão contra estas propostas. Foi preciso que, no final de Novembro, o YouTube tivesse enviado uma comunicação aos principais youtubers e vlogers europeus, incluindo os nacionais, para que fizessem vídeo de protesto contra a imposição destes filtros, com o objectivo de que o assunto fosse noticiado nos meios de comunicação tradicionais. Devido às reacções do público aos vídeos, a representação da União Europeia em Portugal publicou, dias depois, um artigo no Facebook a rebater as alegações dos youtubers, que só serviu para atiçar ainda mais a desconfiança do público.

O QUE VAI ACONTECER AGORA? Depois da aprovação em Setembro, as disposições da directiva serão discutidas entre os vários Estados-Membros, com a Comissão Europeia a servir de árbitro, para introduzir alterações e suavizá-las (ou não). Entre Fevereiro e Março de 2019 a proposta final será votada no plenário do Parlamento Europeu. Depois, para ter força de Lei, terá de ser transposta para cada Estado-Membro.

«O novo Artigo 13 é mais flexível» Para tentar encontrar uma explicação para as várias dúvidas sobre este tema, contactámos Manuel Lopes Rocha, coordenador da equipa de propriedade intelectual do escritório de advogados PLMJ. O que é o Artigo 13 da nova directiva europeia de reforma de direitos de autor? É um artigo inserido numa proposta de directiva sobre direitos de autor no mercado único digital, parte de um pacote mais vasto de criação de um mercado único digital. Pretende ser uma norma que reequilibre os direitos dos autores num ciberespaço dominado por intermediários grandes pequenos, algo que é um “corpo estranho” no velho mundo do Direito de Autor. Quais são as excepções ao Artigo 13? O Artigo 13 não tem, propriamente, excepções. Estas estão numa directiva anterior, de 2001, a denominada ‘directiva direito de autor na sociedade de informação’. O que ostenta o novo Artigo 13, tal como saiu da votação do Parlamento Europeu, em Setembro, é uma certa mitigação da dureza inicial deste artigo, preconizando uma maior flexibilidade. O que quer dizer isto dizer para os criadores de conteúdos? Quer isto dizer uma certa garantia de remuneração dos direitos dos criadores, num ambiente totalmente novo em que os antigos grandes players desapareceram e apareceram outros desconhecidos, ou quase, há vinte anos. Mesmo que os vídeos a carregar para as plataformas digitais não estejam monetizados, podem continuar a ser carregados? Qualquer vídeo carregado em plataformas deve observar a Lei em vigor, não só quanto aos direitos de autor, mas também muitos outros, como o direto à imagem, por exemplo. Pode haver o caso onde todo um vídeo com sons e música criados pelo utilizador é bloqueado por defeito, por suspeita de utilização de conteúdo de terceiros? Ou seja, o utilizador tem de provar que tudo é seu para que o vídeo seja aceite pela plataforma? As alterações votadas em setembro, pelo Parlamento Europeu, desincentivam a aplicação de mecanismos automáticos de controle e apelam à celebração de acordos com os titulares dos direitos. Agora, seja online, seja

offline, o autor que use outras obras tem de demonstrar que está autorizado, para o efeito, pelo autor inicial. A presunção de inocência (tudo é original ou permitido por terceiros, ou seja, os detentores dos direitos) acaba e passa a haver sempre a presunção de culpa (de que pode haver sempre conteúdo ilegítimo no vídeo)? De modo algum. Não há, nem pode haver, esse filtro, a directiva alude a standards como medidas adequadas e proporcionadas e a instalação de rápidos mecanismos de recurso que impeçam filtragens arbitrárias. Supondo que alguém tira uma foto às torres das Amoreiras, ou a uma obra de arte num museu: as plataformas digitais podem impedir o seu carregamento ou eliminá-las? Tudo depende do caso concreto. As Amoreiras não são protegidas por qualquer direito de imagem, não há direitos de imagem sobre bens, as obras de arte dos museus, se já caíram no domínio público, são de utilização livre. E podem ser utilizadas obras de arte em muitos contextos. Mas o Tribunal de Justiça da União Europeia acaba de decidir que tal não pode ser feitio contra a vontade do autor, numa fotografia, cujos direitos estejam activos. Outra coisa, bem diferente, é uma utilização comercial sem autorização do autor. Eu posso tirar as fotos que quiser ao D. Sebastião, do José Cutileiro, em Lagos. Agora, se fizer postais e lucrar com isso, o autor tem de autorizar e ser remunerado, como é óbvio. E por que não deveria ser? É verdade que se eu, por exemplo, tirar uma fotografia a um automóvel da Citroen ou a uma garrafa de Sagres, e publicá-la no Facebook ou Instagram, posso ter problemas com as marcas por uso indevido da imagem? E as plataformas podem bloquear a imagem por infracção de quaisquer tipos de direitos? Tudo depende. As marcas valem, sobretudo, para o serviço e bens em que são apostas. As marcas de grande prestígio é que têm um “appeal” e um tratamento diferente na Lei. Se as fotos forem incidentais, e se não estiverem associadas a P C G U I A / 47


CAPA

QUAL A CÂMARA IDEAL PARA SI? POR GUSTAVO DIAS

Com os recentes avanços nos smartphones, com objectivas de diferentes amplitudes focais, resoluções superiores e assistentes de inteligência artificial será que as suas câmaras são superiores às dasmáquinas fotográficas tradicionais?

A

câmara reinventada’ e ‘o renascimento da fotografia’ são alguns dos slogans utilizados pelos principais fabricantes de smartphones para tentarem convencer os consumodores que os smartphones actuais já são capazes de substituir as câmaras fotográficas tradicionais. Em certas ocasiões, essa afirmação até poderá ser considerada como verdadeira, razão pela qual fotógrafos profissionais como Chase Jarvis afirmam: «A melhor câmara fotográfica é aquela que estiver consigo”, ou seja, o smartphone. Tendo em conta os avanços recentes na vertente da fotografia móvel, esta afirmação é mais válida que nunca, especialmente se tiver consigo um smartphone com uma das melhores câmaras do mercado, como os iPhone X, XS e XR, Huawei P20 Pro, Mate 20 Pro ou os Samsung Galaxy S9+ e Note 9. Estamos a falar em sistemas compostos por sensores de dimensões acima do habitual, maior resolução, objectivas com maior abertura ou abertura variável (nos modelos da Samsung), diferentes amplitudes focais e algoritmos avançados que garantem a captação de maior detalhe, cores mais vivas e melhor focagem. Mas será que isso significa que as câmaras fotográficas têm os dias contados? Talvez seja demasiado cedo para declararmos o óbito.

MERCADO DE COMPACTAS As câmaras compactas são as que mais têm sofrido com os avanços das câmaras dos smartphones: os números apresentados pela CIPA (Camera & Imaging Products Association) dão conta disso mesmo. Estamos a falar de mercado que, em 2010, vendeu mais de 121 milhões de câmaras, tendo caído vertiginosamente para os actuais 25 milhões de unidades (valor de 2017). Mas isso não significa que o mercado esteja morto, embora essa situação tenha obrigado os fabricantes a adaptarem-se à nova realidade. Este momento tem sido aproveitado para o lançamento de modelos mais avançados e dispendiosos, com características que chegam a beliscar modelos de segmentos superiores. Como tal, não é de estranhar termos, actualmente, modelos compactos avançados com características anteriormente disponíveis apenas em modelos reflex, como a Canon PowerShot G, as Panasonic Lumix LX e a referência de mercado: a Sony Cyber-Shot RX100. Esta última, na sua mais recente geração RX100 VI oferece um sensor de uma polegada de elevada velocidade, elevado alcance dinâmico, e objectiva de 24 a 200 mm com abertura variável de f/2.8 a f/4.5, tornando-a perfeita para uma utilização quotidiana, ou para viagens, graças à sua elevada portabilidade e versatilidade. 50 / P C G U I A


REFLEX

Câmara reflex

Câmara mirrorless

O mercado das DSLR (Digital Single-Lens Reflex) também tem estado em queda constante na última década, embora não por culpa dos smartphones, como acontece com as máquinas compactas. Os grandes responsáveis pela queda das DSLR são os modelos mirrorless, que dispensam os complexos sistemas de espelhos e pentaprisma, ao integrar todas as funcionalidades no próprio sensor de imagem, que fica assim directamente ligado à objectiva utilizada. No caso das reflex, estas utilizam um complexo sistema de espelhos e pentaprisma, sendo este último fundamental para reflectir a luz captada pela objectiva para o visor óptico (viewfinder), bem como para o sensor de medição, que fará os devidos ajustes em termos de exposição. Mas, antes de a luz passar para o sistema de pentaprisma, esta tem de passar por um mecanismo de duplo espelho que, quando recolhido, faz com que a luz incida sobre o sensor de focagem automática, sendo este último espelho recolhido para que a luz indica, por fim, no sensor de imagem principal, depois de todos os ajustes estarem devidamente efectuados. Este sistema, embora muito eficaz em termos de resultados, acaba por pesar em dois factores, no tempo de focagem e na fiabilidade do sistema, tendo em conta toda a complexidade do sistema, velocidade e precisão com que o sistema tem de actuar.

Alpha da série 3000, 5000, 6000 e as A7. Estas câmaras, por recorrerem a um novo sistema de encaixe (que obrigou a um redesenhar das objectivas), tornaram possível a aproximação das próprias objectivas dos sensores, permitindo assim diminuir significativamente a dimensão (e o peso) das máquinas, face às reflex,

COMPARATIVO Para determinar qual a melhor máquina fotográfica para as suas necessidades, decidimos confrontar um dos melhores exemplares de todas categoria com os restantes, tendo para tal sido escolhido o Huawei Mate 20 Pro para representar os smartphones, a Sony Cyber-Shot RX100 VI pelas câmaras compactas avançadas, a Canon EOS 60D Mark II como uma das melhores DSLR e a Sony Alpha A7 III da “equipa” mirrorless. Tendo em conta as limitações das objectivas utilizadas pelos sensores de imagem do Huawei Mate 20 Pro, que utiliza uma distância focal equivalente a 27 mm (com abertura f/1.8), optámos por usar objectivas que fossem parecidas, como a EF 24-70 f/2.8 L II USM da Canon para acompanhar a EOS 60D Mark II, e a Sony FE 24-70 GM f/2.8 para acompanhar a Sony A7 III, embora em alguns casos tenha sido utilizada a amplitude máxima de cada objectiva (70 mm) para equivaler à amplitude máxima suportada pelo sensor que recria o efeito de zoom óptico de 3x, que corresponde a 80 mm (equivalente). Para garantir que todos os dispositivos tivessem direito às mesmas condições, colocámos todas as definições em modo automático (sensibilidade ISO, exposição, equilíbrio de brancos, contraste, saturação e nitidez), desligando o HDR e outras ajudas, como sistema de redução de ruído. As imagens captadas foram todas obtidas em RAW, para preservar todos os detalhes captados pelos sensores de imagem.

ESPECIFICAÇÕES

SONY CYBER-SHOT RX100 VI

CANON EOS 6D MARK II

Sensor: 1” de 20,1 MP (5472 x 3648) Objectiva: Zeiss Vario-Sonnar T* 24-200 mm f/2.8 – f/5.6 Dimensões: 101,6 x 58,1 x 42,8 mm Peso: 301 gr Preço: €1300

Sensor: Full-Frame 35 mm de 26,2 MP (6240 x 4160) Objectiva: EF 24-70 mm f/2.8 L II USM Dimensões: 144 x 110,5 x 74,8 mm (só corpo) Peso: 765 gr (só corpo) Preço: €2139 (corpo) + €2.239 (objectiva)

HUAWEI MATE 20 PRO

SONY ALPJA A7 III

Sensor Principal: 1/1,7” de 40 MP (7296 x 5472) Objectiva: Leica Vario-Summilux-H 27 mm f/1.8 Sensor Secundário: 1/2,7” de 20 MP (5120 x 3840) Objectiva: Leica Vario-Summilux-H 16 mm f/2.2 Sensor Adicional: 1/4” de 8 MP (3264 x 2448) Objectiva: Leica Vario Summilux-H 80 mm f/2.4 Dimensões: 157,8 x 72,3 x 8,6 mm Peso: 189 gr Preço: €1049

Sensor: Full-Frame 35 mm de 24,2 MP (6000 x 4000) Objectiva: Sony FE 24-70 mm f/2.8 GM Dimensões: 126,9 x 95,6 x 73,7 mm (só corpo) Peso: 650 gr Preço: €2300 (corpo) + €2500 (objectiva)

MIRRORLESS Embora o conceito tenha sido inicialmente criado pela Epson com a sua R-D1 (2004), foi a Panasonic e a Olympus que ficaram conhecidas pelo desenvolvimento do conceito de máquina fotográfica sem espelho com lentes intermutáveis, através do formato Micro 4/3. Com a melhoria dos sensores de imagem, passou a ser possível embutir as funcionalidades dos sensores isolados das reflex no próprio sensor de imagem, passando a ser possível o desenvolvimento de máquinas mirrorless com sensores de maior dimensão (APS-C e Full-Frame), como os modelos lançados posteriormente pela Sony, como as Sony

sem prejudicar a ergonomia, e influenciar as características e qualidade de imagem. Curiosamente, temos assistido, nos últimos lançamentos, à situação oposta: são os modelos mirrorless os mais avançados que cada marca dispõe actualmente, como a EOS R no lado da Canon, as Z6 e Z7 da Nikon e a Alpha 9 da Sony.

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HP PAVILION GAMING 15 Após conquistar o seu próprio publico, com actualizações anuais, a HP passou a disponibilizar a configuração do HP Omen 15 num equipamento igualmente capaz de bons resultados, preço equivalente, mas com um visual significativamente mais discreto.

N

ão sei até que ponto fará sentido a um fabricante como a HP disponibilizar exactamente o mesmo hardware em dois equipamentos que são muito idênticos, apenas se diferenciam por ligeiros detalhes em termos de visual, sendo o HP Pavilion Gaming 15 mais discreto que o HP Omen 15. Ambos têm um chassis com um misto de magnésio e alumínio, sempre com acabamento preto mate, ecrã de 15,6 polegadas, teclado retroiluminado e touchpad de grandes dimensões, embora no Pavilion Gaming 15 não existam botões físicos neste elemento – aqui, apenas a superfície serve para interagir com o Windows 10. Gostei bastante da grelha personalizada e com relevo do sistema de som, que cobre toda a superfície superior do teclado, bem como do desempenho deste mesmo sistema, que foi optimizado pela Bang & Olufsen, uma referência no campo do áudio.

ESCOLHA DE COMPONENTES Conforme já referi, este HP Pavilion Gaming 15 recorre, praticamente, à mesma configuração que o HP Omen 15, diferenciando-se apenas pela quantidade de memória RAM e armazenamento. Este PC tem dois módulos de memória DDR4 a 2666 MHz (4 GB + 8 GB, um total de 12 GB, um valor pouco habitual; já o armazenamento ficou a cargo de um módulo SSD M.2 PCIe NVMe de 256 GB, que funciona em conjunto com um disco rígido mecânico SATA de 1 TB de 7200 rpm,

76 / P C G U I A

ideal para guardar conteúdos mais pesados e, assim, evitar encher o espaço disponível do SSD. O resto da configuração conta com um processador Intel Core i7-8750H de 2.2 GHz (até 4,1 GHz em modo Turbo Boost) e uma placa gráfica dedicada Nvidia GeForce GTX 1050 Ti com 4 GB de memória GDDR5 dedicada.

BOM DESEMPENHO Com uma configuração destas, é de esperar um bom desempenho, algo que foi comprovado nos testes realizados. Estranhamente, e face ao HP Omen 15, que tem uma configuração bastante parecida, o Pavilion Gaming 15 revelou um desempenho ligeiramente superior em alguns casos, mas perdeu significativamente num dos jogos (de 62 para 47 fotogramas por segundo), muito embora nunca tenha sido notada qualquer diferença em termos de fluidez do jogo durante o teste. Talvez esta situação seja explicada pela diferença dos módulos de memórias utilizados, que, por serem de capacidades distintas, impedem a utilização do duplo canal de comunicação do controlador de memórias, embutido no processador. Com dois módulos iguais (ou de capacidades idênticas), esta situação poderia ser resolvida. G. Dias

MEDIÇÕES

3 ,5

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

3

PREÇO / QUALIDADE

1,5

Qualidade de construção Desempenho geral Autonomia Distribuidor: HP Site: hp.pt Preço: €1299

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Processador: Intel Core i7-8750H a 2,2 GHz Memória: 4 + 8 GB DDR4 2666 MHz Armazenamento: 256 GB SSD NVMe + 1 TB SATA 7.200 rpm Placa Gráfica: Nvidia GeForce GTX 1050 Ti 4 GB Ecrã: 15,6” IPS (1920 x 1080) Ligações: HDMI 2.0, 3 x USB 3.1, USB 3.1 Type-C, Gigabit Ethernet, leitor de cartões SD, jack 3,5 mm Dimensões: 365 x 256,5 x 25,4 mm Peso: 2,3 kg PCMark 10 Extended

3835

PCMark 10

3828

3D Mark FireStrike

6515

3D Mark IceStorm

101 507

FarCry 4 (1920x1080 Very High)

67,8 fps

Metro Last Light (1920x1080 Very High AF 16x)

46,97 fps

PONTO FINAL O HP Pavilion Gaming 15 é uma solução peculiar para quem quer hardware (e desempenho) de um computador de gaming, mas quer um visual mais discreto, a um preço equilibrado. Só não compreendemos a configuração das memórias, que acabou por prejudicar ligeiramente o desempenho.


HUAWEI MATEBOOK X PRO

Os laptops da Huawei chegaram a Portugal e nós experimentámos o topo de gama.

A

primeira vez que vi um computador da Huawei ao vivo foi no início de 2018, em Barcelona, no Mobile World Congress, tinham acabado de ser apresentados e ainda não se sabia se iam, ou não chegar a Portugal. Passados dez meses, cá estão eles. Depois do sucesso que tem tido no mercado dos smartphones, a Huawei decidiu lançar-se em terreno desconhecido e começar a disponibilizar os seus portáteis em Portugal.

O PRIMEIRO DE MUITOS O primeiro modelo a chegar à nossa redacção foi o Matebook X Pro, um computador com ecrã de 13,9 polegadas (3000 x 2000 pixéis) sensível ao toque; embora não possa ser rodado para trás, como acontece em modelos de outras marcas, permite utilizar algumas funções como se fosse um tablet. Este modelo tem um processador Intel Core i7-8550U, 8 GB de memória RAM DDR3 a 2133 MHz e 512 GB armazenamento em SSD. O sistema gráfico é repartido entre o GPU, que está integrado no processador, e uma GPU Nvidia GeForce MX150 com 2 GB de memória dedicada GDDR5. No campo das ligações, temos duas entradas USB Type-C, uma USB Type-A e um jack de 3,5 mm. O Matebook X Pro pode ligar-se a redes Wi-Fi até à norma 802.11 ac e a acessórios compatíveis com Bluetooth 4.1. A Huawei inclui ainda um adaptador USB C com duas entradas USB (Type-C e Type-A) e uma saída VGA para conseguir ligá-lo a um projector ou a uma TV.

É UMA TECLA OU UMA CÂMARA? Os designers da marca chinesa decidiram que o ecrã do Matebook X Pro devia ter um mínimo de moldura possível e isso colocou um desafio à equipa de engenharia, porque sem moldura deixa de haver espaço para a webcam. Para resolver o problema, optaram por colocá-la no teclado, entre as teclas F6 e F7. O utilizador só tem de premir essa tecla falsa para que a câmara fique visível. Por falar em teclado, o botão de energia deste computador inclui um sensor de impressões digitais compatível com o sistema de segurança Windows Hello, o que permite ligar e fazer o login directamente com um único toque. Não se pode dizer que o Matebook X Pro é um clone do MacBook da Apple, mas que são muito parecidos, são. O computador da Huawei é todo feito em alumínio a partir de uma única peça e o touchpad é grande e em vidro, mas não funciona com force feedback: em vez disso, tem botões por baixo. A construção deste computador está o nível do que de melhor se faz neste campo, o teclado tem um toque agradável, nem muito duro nem esponjoso. O facto de pesar apenas 1,3 Kg tornam-no fácil de transportar. O sistema de refrigeração activo é algo barulhento quando o computador está a desempenhar tarefas mais exigentes. Isto pode dever-se ao facto de o computador ser fino, o que requer uma miniaturização maior destes componentes que, para manter o fluxo de ar, têm de funcionar mais depressa. Em termos de desempenho, o Matebook X Pro está em linha com os outros

dispositivos que têm esta combinação de processador e gráfica – não sendo os mais rápidos, são adequados para a vasta maioria de tarefas típicas deste tipo de máquinas. P. Tróia

MEDIÇÕES

3,38

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

2

PREÇO / QUALIDADE

3

Hardware Construção Ruído quando o sistema está sobrecarregado Distribuidor: Huawei Site: huawei.com Preço: €1699 (versão testada)

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Ecrã: 13,9 polegadas (3000 x 2000) sensível ao toque em dez pontos Processador: Intel Core i7-8550U Memória: 8 GB LPDDR3 2133 MHz GPU: NVIDIA GeForce MX150 com 2 GB GDDR5 / Intel UHD Graphics 620 Armazenamento: 512 GB SSD Ligações: 2 x USB Type-C, USB Type-A, jack 3,5 mm Ligações sem fios: IEEE 802.11a/b/g/n/ac, 2.4 / 5 GHz 2 x 2 MIMO, BT 4.1 Dimensões: 304 x 217 x 14,6 mm Peso: 1,33 kg PCMark 10 Extended

3985

PCMark 10

3315

PCMark 8 Autonomia

240 min.

3D Mark Cloudgate

11 200

PONTO FINAL A entrada da Huawei no mercado dos computadores pessoais em Portugal foi claramente feita com o pé direito. Este Matebook Pro X é uma proposta muito sólida, com argumentos que a colocam ao lado das que já estão implantadas há já algum tempo.

P C G U I A / 77



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