PCGuia 296 - Setembro 2020

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EDIÇ DIGIT ÃO AL

N.º 296

A HISTÓRIA DA EMPRESA E AS NOSSAS SUGESTÕES PARA CONFIGURAR O COMPUTADOR DOS SEUS SONHOS! PVP (Cont.)

€33 ,8 8O

SAMSUNG NOTE20

HANDS-ON COM OS NOVOS TOPOS DE GAMA DA MARCA COREANA

FLIGHT SIMULATOR

TESTÁMOS O JOGO DE AVIÕES MAIS REAL DE SEMPRE

ATALHOS DE TECLADO CONTROLE O WINDOWS COMO UM PROFISSIONAL

S e t e m b ro 2 O 2 O

n

Mensal

n

Ano 24

PVP (Cont.)

€33 ,9 9O

PVP (Cont.)

€33 ,9 9O


01

ÍNDICE 10

PEDRO TRÓIA / Director

EPIC vs. O MUNDO O mercado dos jogos em dispositivos móveis está em pé de guerra porque a Epic Games, a empresa responsável pelo muito bem-sucedido jogo Fortnite, foi banida das lojas da Apple e Google por ter desenvolvido um método que permite aos jogadores comprarem conteúdos directamente, sem passarem pelas lojas de aplicações e, assim, evitar pagar as comissões respectivas. A Epic argumenta que, essencialmente, as lojas de aplicações da Apple e da Google funcionam como monopólios e que os argumentos de que apenas as transacções feitas nas lojas são seguras não tem nada que ver com a segurança dos consumidores, mas apenas com o lucro da Apple e Google. E processou a Apple por práticas monopolistas. Já as lojas argumentam que a Epic violou os termos de utilização das lojas e que, por isso, os títulos da empresa foram removidos. Mais recentemente, a Apple anunciou que vai não vai renovar à Epic o acesso às ferramentas de desenvolvimento de aplicações Apple a partir do final de Agosto. Para ajudar, a Apple encontra-se no meio de uma investigação da UE por abuso de posição dominante no mercado dos dispositivos móveis, precisamente por causa das políticas comerciais relacionadas com a App Store. Na minha modesta opinião, a Epic tem razão. Claro que o problema da Apple com as compras nas aplicações que escapem ao seu controlo tem apenas que ver com perdas de dinheiro e nada tem a ver com a “segurança” dos utilizadores. O facto de ser um jogo com muito mais de cem milhões de jogadores em iOS também fez com que a Apple olhasse com muito mais atenção para Fortnite. A questão da remoção das ferramentas de desenvolvimento é um pouco mais preocupante porque a Epic também é responsável pelo motor de jogo Unreal Engine, que é usado em muitos títulos e que pode deixar de continuar a ser desenvolvido se a Epic deixar de ter acesso à plataforma. Obviamente, que tudo isto vai acabar num acordo qualquer, que pode passar por uma redução das comissões cobradas à Epic ou qualquer outra coisa. O importante é que a Apple e Google vão ter de pensar muito para evitar mais situações como estas no futuro e, acima de tudo, evitar as multas que vão ser condenadas a pagar a médio prazo.

TEMA DE CAPA

38 / Desde um mero fabricante de clones de processadores de outras marcas até à actual situação, conheça o percurso da AMD e aproveite as nossas sugestões de configurações de PC, quer seja para trabalhar, jogar ou para servir de home theater, que tiram partido de componentes AMD. 02

ON

04 / Notícias de tecnologia, coluna Made in Portugal, Hashtags e Green.

03

HIGH-TECH GIRL

16 / Este mês, saiba como a tecnologia pode ser uma grande ajuda para tomar conta dos idosos.

04

INFOGRAFIA

18 / A AMD e a Intel em números.

05

START UP

20 / A Replai é uma startup portuguesa que desenvolveu uma plataforma que cria e monetiza vídeos de curta duração para o mercado de eSports.

06

BOOT

22 / DEFEITOS ESPECIAIS O Ricardo Durand fala da sua experiência a fazer vídeos e de como foi um youtuber antes do tempo. GUIAS 24 / Criar uma base de dados de pens USB

26 / Os melhores atalhos do Windows com as teclas ‘Ctrl+Shift’ 30 / Envie ficheiros do PC para o smartphone com o Wi-Fi Direct.

07

LINUX

32 / Aprenda como fazer um encaminhamento de portas no router e aceder de fora ao Nextcloud.

08

MACGUIA

34 / Muitas vezes, a causa de ter um computador lento pode estar no browser. Se estiver a usar o Chrome no Mac vamos ajudá-lo a fazer a transição e a resolver este possível problema.

09

DESCOMPLICÓMETRO

36 / Nesta edição, explicamos-lhe como funciona a interface PCI-Express.

11

APPS

46 / Uma selecção de aplicações imprescindíveis para utilizadores de veículos eléctricos.

12

PLUG

48 / Um guia para minimizar eventuais dificuldades que possam surgir no PC e estar preparado para o regresso “às aulas” ou ao trabalho.

13

LAB

50 / TECNOLOGIA EM MOVIMENTO O Gustavo Dias explica como jogar o Microsoft Flight Simulator o tem ajudado a matar saudades de andar de avião.

52 / GADGETS Bang & Olufsen Beosound A1 2nd Gen Rowenta Air Force Flex 760 Jabra Evolve2 85 Moshi Otto-Q Sony WH-1000XM4 Logitech MX Master 3 para Mac 54 / TESTES Microsoft Surface Book 3 Canon EOS R5 AMD Ryzen 9 3900XT Sony Alpha A7R IV Kioxia Exceria PCIe 3.0 NVMe Gigabyte B550 Aorus Master Oppo A91 Huawei MatePad Pro TCL 10 Plus Sony Bravia A8 Samsung Galaxy Note20

14

PLAY

62 / JOGOS Microsoft Flight Simulator Super Mario LEGO 64 / HARDWARE Razer BlackShark V2 + USB Sound Card Razer Huntsman Mini 65 / JOGOS MOBILE Brawlhalla Beat Legend: AVICII Narcos: Idle Cartel V4

15

SLEEP

66 / Em Setembro, assinalamos o lançamento do iPod Nano, da PlayStation na Europa e a descoberta do primeiro ‘bug’.

CLASSIFICAÇÕES A PCGuia usa um método de avaliação de produtos que tenta conciliar as medições de desempenho com os aspectos mais empíricos como a experiência de utilização. O valor final da nota será obtida através de uma média aritmética que dará um valor de 1 a 10. Os produtos com nota 9 ou superior recebem o Prémio de Excelência PCGuia. Mais informação em pcguia.pt/como-testamos.

MEDIÇÕES

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

8

10

6

9 Distribuidor: PCGuia Site: pcguia.pt Preço: €42 Facto positivo Facto negativo

3


04

INFOGRAFIA MAFALDA FREIRE

65

4,5

AMD VS. INTEL

5,7

5,5

80

A Intel temmildominado o70mercado de CPU, mas a AMD tem crescido milhões 61,3 60,3 significativamente anos, desde que lançou a série Ryzen. 80 5,7 nos últimos 60 5,5 mil milhões Conheça70esta 47,9 rivalidade em números. mil milhões

RECEITAS (EUROS) 54 2014 4,5

2018

2014

2018

50

2019

50

80 4 60

80 40

47,9

60,3 40

2019

2014 47,9

2018

2014

2018

40 0 20

47,9 4,5

5,5

2014

2018

100

5,7

mil milhões 2019

5,7

82%

0 80

77% MERCADO 77(CPU) % 2014DA QUOTA DE 2018 EVOLUÇÃO 70% 68%

100 60 80 40 60 20 40 0 20 0

57% 43% % 57 43% 2004

2004

62%

62% 38%

38 % 2006

2006

82%

77%

70% 20% 2010 20 %

2010

23%

18%

2014

2016

23%

18%

2014

2016

2019

35

61,3 mil milhões

5,5

4,5

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N. DE mil milhões 2019VULNERABILIDADES DESCOBERTAS 64

61,3

60,3

60 20

61,3

60,3

60 40

77%

23% 2018

23% 2018

68% 31%

2019 31 %

2019

1

5

1

2007

7

6 6

2013

2017

1

2018

2019

QUOTA DE MERCADO NOS PRINCIPAIS SEGMENTOS (2019)

2019

65%

65% 35%

85%

82,3%

35 % 2020

17,7%

2020

Desktop

15% Mobilidade

96%

4% Servidores

TOP 10 AMAZON BEST SELLERS – AGOSTO 2020

1

AMD Ryzen 7 3700X

18

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AMD Ryzen 5 3600

3

AMD Ryzen 5 2600

4

AMD Ryzen 5 3600X 6

5

AMD Ryzen 9 3900X

6

Intel Core i5 9600K

7

Intel Core i7 9700K

8

Intel Core i9 9900K

9

AMD Ryzen 5 3400G 4

10

AMD Ryzen 7 2700X

Fonte: Trefis data, CVE Details, Forbes, Mercury Research, Amazon e Statista

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06

BOOT

RICARDO DURAND

CRIAR UMA BASE DE DADOS DE PENS USB É daquelas pessoas que tem dezenas de pens USB, cheias de ficheiros que depois não consegue encontrar? Pois, para isso tem de estar sempre a experimentar cada uma delas para encontrar aquilo de que anda à procura. Agora isso vai deixar de acontecer.

A ideia deste guia é ajudar a criar uma base de dados/ inventário no LibreOffice de todas as suas pen USB e dos respectivos ficheiros. Isto vai evitar que tenha sempre de as andar a pôr e a retirar, sempre que quiser encontrar um ficheiro. Desta forma, fica com um documento em forma de folha de cálculo com todas as informações sobre cada uma das suas pens, que pode usar para pesquisar sempre que quiser.

Junte todas as pens USB que quer inventariar e insira uma delas no computador. Abra o Explorador de Ficheiros e veja que letra é que o Windows lhe atribuiu (no nosso caso foi a D:) - tome nota disto para usar no Passo 2. Agora, abra a Linha de comandos como administrador: clique no menu ‘Iniciar’ e comece a escrever cmd cmd.. Depois, clique com o botão do lado direito em cima do resultado ‘Linha de Comandos’ e escolha ‘Executar como administrador’. Carregue em ‘Sim’ na janela de confirmação que aparece e que lhe pergunta se quer que o Windows Command Processor faça alterações ao seu computador.

1

Na Linha de Comandos do Windows, escreva dir d:\ /s |clip (a letra foi a que o Windows nos deu no Passo 1 e lhe pedimos que apontasse). A parte ‘dir d:\’ dá ordem à Linha de Comandos para procurar ficheiros na pen USB, enquanto a ‘/s’ dá autorização para procurar também nas subpastas. A parte final ‘|clip’ faz com que a listagem de ficheiros não apareça no ecrã, mas sim que seja automaticamente copiada para a Área de Transferência do Windows. Assim, quando der um toque em ‘Enter’, a Linha de Comandos não vai mostrar nada.

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Com a lista de ficheiros copiada para a Área de Transferência, abra o seu programa de folha de cálculo (neste caso usamos o LibreOffice Calc), seleccione a célula ‘A1’ e depois use a combinação de teclas ‘Ctrl + V’ para colar a informação sobre os ficheiros. No Calc, a janela Importação de texto aparece: não queremos converter o texto em colunas, por isso seleccione a opção ‘Largura fixa’ e depois clique em ‘Enter’ (se usar o Excel não lhe vai aparecer esta janela). A informação sobre o conteúdo dos ficheiros ficará imediatamente visível na folha de cálculo.

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O nome da pen USB será mostrado no topo da lista, juntamente com o seu número de série. Mais para baixo, vê todos os ficheiros do disco principal pen (disco d:, neste caso) e depois os que estiverem nas sub-pastas. Não se preocupe se as coisas lhe parecerem um pouco confusas, pois vamos ensinar-lhe a procurar por ficheiros específicos. Para ser mais fácil de ver esta informação, pode expandir a coluna para a direita. Uma vez que vamos adicionar o conteúdo de cada pen a uma página, temos de lhe dar um nome. Faça duplo clique sobre a designação que está por defeito (Folha 1) e dê um nome que identifique a pen - pode ser a marca, uma cor ou algo relacionado com o design da pen. Para concluir, carregue em ‘Enter’.

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Para identificar melhor ainda a que pen correspondem os dados de ficheiros, pode adicionar uma fotografia da mesma. Pode procurar online ou então tirar-lhe uma foto. Depois de ter a imagem no computador, clique sobre ela, faça ‘Ctrl + C’ para copiar e depois ‘Ctrl + V’, quando estiver na folha de cálculo para juntar a imagem. Mova e reduza a imagem para que não fique sobre o texto.

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Agora, basta repetir este processo para todas as pens que quiser inventariar nas suas folhas de cálculo; a única diferença é que vai ter de adicionar uma nova folha para cada uma delas, como referimos no Passo 4. Para isso basta clicar no sinal ‘+’ que está na base da interface do programa Calc. Sempre que quiser actualizar o conteúdo dos ficheiros de cada pen, vai ter de repetir o processo do Passo 2, ir até à folha que corresponde à pen, seleccionar toda a informação que está na coluna e substituí-la pela nova.

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Finalmente, quando tiver todas as pens inventariadas, basta aprender a procurar ficheiros. No Calc, clique na combinação de teclas ‘Ctrl + H’ e depois escreva o nome do ficheiro que quer encontrar; seleccione a opção ‘Todas as Folhas’ e carregue em ‘Enter’. No Excel, a combinação de teclas a usar é a ‘Ctrl + F’.

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TEMA DE CAPA

A AMD: O PERCURSO, A EVOLUÇÃO E O FUTURO Desde um mero fabricante de clones de processadores de outras marcas até à actual situação, conheça o irregular percurso da vida da AMD, bem como as actuais soluções que a tornaram uma das marcas mais desejadas e acarinhadas do momento. G U S TAVO DI A S

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história dos microprocessadores, embora relativamente recente, conta com vários nomes, mas poucos se destacaram como a AMD (Advanced Micro Devices), especialmente tendo em conta a sua irregular história, com momentos em que poucos acreditaram que a mesma conseguisse sobreviver. Fundada em 1969 por antigos engenheiros da Fairchild Semiconductor, a AMD teve como principal papel, nos primeiros anos, o de fornecedora de microprocessadores para as forças militares norte americanas, utilizando arquitecturas licenciadas da Fairchild e National Semiconductor. Mais tarde, mesmo após iniciar o desenvolvimento e produção dos seus próprios chips, acabou por se tornar num dos principais fornecedores de microprocessadores x86 para a Intel, num contrato que duraria até 1991, altura em que desenvolveu o seu primeiro processador 386 (AM386), o que a tornaria numa rival da Intel.

MOMENTOS HISTÓRICOS Embora relativamente jovem, a AMD teve, nos últimos trinta anos, diversos lançamentos históricos, como o AMD K5 em 1996, o seu primeiro processador x86 desenvolvido inteiramente de raíz pelos engenheiros da AMD. Este estava disponível


entre 75 a 133 MHz, e oferecia um desempenho equiparável a processadores Intel Pentium equivalentes. No ano seguinte a AMD lançou o seu sucessor, o AMD K6, desenvolvido pela recém-adquirida NexGen, que utilizou como base o seu próprio Nx686, com velocidades entre 166 a 300 MHz, e suporte de instruções de FPU (cálculos de virgula flutuante) designadas de 3DNow!. Com o lançamento da série K7 em 1999, a AMD decidiu aplicar o nome Athlon, sendo este um processador que utilizava um encaixe em formato de cartuxo, designado de Slot A, por integrar 512 KB de memória Cache L2 colocada externamente ao CPU. Este foi o primeiro processador do mercado a conseguir atingir a marca de 1000 MHz de frequência de funcionamento, tendo a Intel demorado dois dias para igualar o feito, com o seu Pentium III. Desde então, a AMD voltou a integrar a memória cache L2 no processador, convertendo-o num formato mais tradicionais, e menos dispendioso, designado de Socket A, e suportavam velocidades que chegaram a atingir os 2333 MHz na quinta geração Athlon (Barton e Thorton), a última a utilizar a arquitectura de comunicação com o sistema EV6. Com o Athlon 64, a AMD voltou a conquistar outro importante feito, o de lançar no mercado o primeiro processador profissional (Opteron) e de consumo (Athlon 64) a utilizar uma arquitectura de 64-bit, mantendo a compatibilidade com as actuais instruções de 32-bit x86. Estes, ao longo de várias gerações, utilizaram diferentes encaixes (Socket 754, 939, 940 e AM2), devido a alterações fundamentais relacionadas com o controlador de memória, que passaria a estar integrado no próprio processador, bem como pelo facto de passar a utilizar dois núcleos num só processador (Athlon 64 X2). Com a chegada da décima geração de processador x86 (K10), a AMD relevou a nomenclatura Athlon para modelos mais acessíveis, utilizando a designação Phenom para os modelos de topo. Estes destacaram-se por serem os primeiros processadores a utilizaram uma arquitectura de quatro núcleos por chip, ao contrário da Intel com os seus Intel Core 2 Quad, que utilizavam uma arquitectura de quatro chips no mesmo processador. Já a arquitectura seguinte (Bulldozer), utilizada em processadores AMD lançados entre 2011 e 2017 não teve o mesmo sucesso que as suas antecessoras,

devido ao superior desempenho e eficácia da arquitectura Sandy Bridge (e seguintes), implementadas nos processadores Core da Intel.

ARQUITECTURA ZEN Só em 2017, com a chegada dos processadores Ryzen, que recorrem à arquitectura Zen, a AMD voltou à ribalta, com uma arquitectura que conseguiu, finalmente, equiparar-se à dos processadores da Intel. Actualmente, estamos perante a terceira geração da arquitectura Zen, a Zen2, tendo esta claras vantagens face às suas antecessoras, bem como aos modelos rivais da Intel, como o facto de utilizar uma arquitectura que permite a implementação de múltiplos núcleos num só processador, como os 16 núcleos (32 threads) no caso do Ryzen 9 3950X, ou 64 núcleos (128 threads) no caso do Ryzen Threardipper 3990X, tudo isto utilizando o avançado processo de fabrico de 7 nm da TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company). Esta arquitectura é igualmente utilizada em processadores para workstations, os AMD Ryzen Threadripper Pro, que vão começar a ser implementados em estações de trabalho da Lenovo e HP, bem como em servidores, com a série EPYC, que podem ser agrupados em soluções de duplo processador, cada um com 8 a 64 núcleos cada. É esperado o lançamento da futura arquitectura Zen3, ainda durante este ano.

ATI/AMD A história da AMD não é feita apenas com processadores, já que a AMD adquiriu, em 2006, a ATI por um valor total aproximado de 5,6 mil milhões de dólares. Com esta aquisição, a ATI tornar-se-ia na AMD Graphics Product Group, acabando mesmo

por abandonar o nome ‘ATI’ em 2010. Esta aquisição revelou ser fundamental, na altura, para o desenvolvimento de soluções com gráficos integrados, como chipsets, e os APU (Acelerated Processing Unit – processador com gráficos integrados) da AMD. Estes têm vindo a ser escolhidos, cada vez mais, para sistemas OEM com tudo integrado, computadores portáteis e consolas de jogos, desde as actuais PS4 e Xbox One, como as futuras PS5 e Xbox Series X. Não nos podemos esquecer de que a AMD continuou a desenvolver produtos dedicados, como as placas gráficas Radeon, estando actualmente em vigor a arquitectura RDNA, que equipa modelos com as Radeon RX 5500, 5600 e 5700, estando previsto o lançamento da sua sucessora (RDNA 2) ainda este ano, que deverá oferecer um aumento de desempenho 50% superior aos actuais modelos, bem como suporte para a tecnologia de Ray-Tracing.

RESULTADOS E UTILIZAÇÕES Graças à versatilidade, eficiência e elevado desempenho da arquitectura Zen, a AMD tem registado resultados recorde, tanto a nível de vendas, lucros e quota de mercado. Segundo os últimos resultados publicados, através da consultora Mercury Research, os processadores desktop da AMD já superaram os 19,2% de quota de mercado, os processadores mobile 19,9%, e os servidores 5,8%, algo inédito e impensável tendo em conta o histórico da marca. Outro exemplo é verificar nas principais lojas e retalhistas, e verificar, como no exemplo da Amazon nos EUA, que no Top 10 de processadores mais vendidos, os seis primeiros são AMD. Isto significa que, hoje em dia já, é possível configurar-se um computador, para qualquer tipo de finalidade, utilizando soluções da AMD, como processador, chipset e placa gráfica. Para comprovar esta afirmação, vamos exemplificar várias configurações que consideramos as mais vantajosas para diferentes tipos de utilização, como um PC doméstico, preparado para as tarefas do dia-a-dia, e conseguir correr alguns jogos, um PC para o escritório, duas configurações para jogar e duas configurações para verdadeiras estações de trabalho, como edição de vídeo.

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13

LAB

MICROSOFT SURFACE BOOK 3 O Surface Book 3 continua a ser a referência daquilo que um dispositivo móvel com Windows 10 deve ser, mas será que o preço elevado está em linha com o que oferece?

Quando foi lançado em 2015, o Surface Book revelou ser um conceito brilhante, ao reunir aquilo que de melhor a Microsoft tinha para oferecer, em termos de dispositivos móveis com Windows 10. Era, no fundo, um Surface que podia ser acoplado a um teclado rígido, com uma original dobradiça, com a vantagem de integrar uma bateria adicional e uma controladora gráfica dedicada, permitindo, assim, aumentar o desempenho do Surface quando o mesmo era utilizado em formato de portátil. Com a chegada da terceira geração, a Microsoft manteve-se fiel ao design e funcionalidades do modelo original, bem como à qualidade de construção (totalmente em alumínio) e à possibilidade de usar o Surface Book 3 enquanto computador portátil, tablet ou estúdio, ao virar o ecrã na dobradiça, sendo sempre possível de complementar a utilização do mesmo com a caneta para Surface ou o opcional Surface Dial.

VERSATILIDADE Tal como nas versões anteriores, o Surface Book 3 está disponível em duas variantes, uma com ecrã de 15 polegadas e esta, com um de 13,5. Este ecrã, o PixelSense, tem uma excelente qualidade de imagem e uma resolução de 3000 x 2000, o que corresponde a uma densidade de 267 pontos por polegada.

O ecrã é, no fundo, um tablet completo, integrando componentes como o processador Intel Core i7-1065G7 (quatro núcleos a 1,3 GHz, até 3,0 GHz em modo Turbo), 32 GB de memória RAM e 512 GB SSD do tipo NVMe. Contudo, quando usado neste modo sentem-se algumas limitações, não só em termos de desempenho gráfico, por usar apenas a controladora gráfica integrada, como em autonomia, por usar apenas uma parte da bateria. Falta referir que, só quando usado em modo portátil, é que terá acesso às ligações disponíveis (duas USB 3.1 Gen2 e uma USB-C 3.1 Gen2), bem como ao excelente teclado, muito superior à solução usada pelas capas dos Surface tradicionais.

DESEMPENHO TOTAL Para tirar total partido deste Surface Book 3, deverá usar o tablet acoplado ao teclado, permitindo assim usar a controladora gráfica dedicada e todos os módulos de bateria. Em termos de controladora gráfica, estamos a falar numa Nvidia GeForce GTX 1650 com 4 GB de memória dedicada, mas aplicada segundo o esquema Max-Q Design, o que implica baixar o seu desempenho para reduzir as suas necessidades em termos de arrefecimento. Em termos de desempenho, este Surface Book 3 revelou resultados nos testes muito semelhantes aos obtidos por equipamentos

O mecanismo da dobra funciona em conjunto com o software, pois é necessário garantir que não existem aplicações a usarem a controladora gráfica dedicada, antes de desacoplar o ecrã da base. 54

com configurações idênticas, como o novo LG Gram 15, excepto no teste do 3D Mark, graças ao superior desempenho desta controladora dedicada da Nvidia. Em termos de autonomia, este Surface Book 3 obteve apenas 2:30 horas, quando usado em modo tablet, e de 8:12 horas, em modo portátil. G U S TAVO D I A S

MEDIÇÕES

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

8 7

10

6

Distribuidor: Microsoft Site: microsoft.com/pt-pt Preço: €2849 s Qualidade de construção s Versatilidade t Preço FICHA TÉCNICA n Processador: Intel Core i7-1065G7 a 1,3 GHz n Memória: 32 GB DDR4 n Armazenamento: 512 GB SSD NVMe n Placa Gráfica: Nvidia GeForce GTX 1650 Max-Q Design 4GB n Ecrã: 13,5” táctil (3000 x 2000) n Ligações: 2 x USB 3.1 Gen2, USB-C 3.1 Gen2, leitor de cartões SDXC, jack 3,5 mm n Dimensões: 312 x 232 x 23 mm n Peso: 1,642 kg BENCHMARKS n PCMark 10: 3643 n PCMark 10 Productivity: 5897 n PCMark 10 Battery Modern Office: 492 minutos n 3D Mark Cloudgate: 20 802 PONTO FINAL O elevado preço deste Surface Book 3 deve-se à versatilidade e inovação do sistema de ecrã destacável, onde a base com o teclado garante maior desempenho e autonomia. Continua a ser uma referência, mas já não nos fascina tanto quanto os modelos anteriores.


13

LAB

CANON EOS R5 Criada a pensar nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a nova EOS R5 promete ser a máquina que irá revolucionar o mercado, à semelhança do que a EOS 5D Mark II fez em 2008. Será que a Canon repetiu o feito? A EOS 5D Mark II é uma câmara histórica e será sempre uma referência: foi a primeira reflex (DLSR) a integrar capacidades de vídeo de topo, na altura FullHD. Com a EOS R5, a Canon promete causar o mesmo impacto, pois trata-se da primeira câmara mirrorless da marca a oferecer capacidades de captação de vídeo anteriormente impensáveis numa máquina fotográfica, superando mesmo a resolução oferecida pelos seus equipamentos profissionais da gama EOS Cinema. Estamos a falar da primeira câmara a conseguir captar vídeo 8K (DCI e UHD) em RAW (4:2:2 10-bit), até 30 fps, e vídeo 4K até 120 fps. Mas prepare-se, pois, estes modos exigem a utilização de um cartão CFexpress de grande de capacidade e com uma velocidade de escrita de pelo menos 1000 MB/s, caso contrário irá deparar-se com as mesmas limitações que sentimos com um cartão de 64 GB (Sandisk Extreme Pro) a gravar a 4K 120 fps em RAW: o buffer permitiu apenas cinco segundos de gravação por suportar “apenas” 800 MB/s de velocidade de escrita.

LIMITAÇÕES? E, já que falamos em limitações, que tal aproveitarmos a ocasião e lidarmos já com o “elefante na sala”? O lançamento da EOS R5 está igualmente associado a limitações encontradas na mesma, no que toca ao seu sobreaquecimento. A própria Canon criou uma tabela com indicação dos tempos de gravação que a EOS R5 suporta, até entrar

em sobreaquecimento, bem como os necessários para voltar a ser utilizada nos modos desejados. Nos nossos testes, comprovámos que a 8K RAW (30 fps), são precisos vinte minutos para que a câmara pare a gravação, mas esse valor reduz-se para apenas doze se optar por gravar a 4K em RAW a 120 fps. Curiosamente, colocando-a sobre uma ventoinha de PC de 120 mm, conseguimos usar a totalidade do cartão de memória sem que a EOS R5 terminasse abruptamente a gravação. Como forma de ultrapassar esta questão, deverá arranjar uma solução para a manter sempre fresca, utilizar um gravador externo (solução ideal para uma utilização profissional), ou então alterar os modos de gravação e utilizar um dos codecs disponíveis, ALL-I ou IPB.

FOTOGRAFAR A SÉRIO Embora as capacidades de vídeo sejam o elemento de destaque da câmara, não nos podemos esquecer das suas fenomenais características em termos de fotografia. A EOS R5 tem a particularidade de ser a melhor câmara fotográfica da Canon, sendo inclusive superior à EOS 1Dx Mark III, visto usar um sensor Full-Frame de superior resolução (45 MP), um obturador mecânico de 12 fps, um obturador electrónico de 20 fps, estabilização de imagem no corpo de cinco eixos, um rapidíssimo processador de imagem

A questão do sobreaquecimento do sensor é uma realidade, mas esta pode ser minimizada se captar o vídeo usando um dos codecs suportados (ALL-I ou IPB), ou então usando um gravador externo, via HDMI. 56

DIGIC X, e o excepcional sistema de focagem automática. Este sistema, que utiliza 5940 pontos de focagem em toda a superfície do sensor, garante uma precisão de topo, tendo a particularidade de o sistema conseguir reconhecer e acompanhar não só o corpo, rosto e olhos de pessoas, como de animais. Tudo isto está associado ao corpo compacto de uma EOS R, que neste caso foi redesenhado para integrar um novo joystick, e melhorar a ergonomia. Falta destacar a nova bateria, de maior capacidade, e todas as ligações disponíveis, como entrada de microfone externo, saída para auscultadores e capacidade de carregar a bateria usando um powerbank, via USB-C. G U S T A V O D I A S QUALIDADE IMAGEM

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

9 10

9

8

Distribuidor: Canon Site: canon.pt Preço: €4699 (só corpo) s Qualidade de imagem e vídeo captado s Sistema de focagem automático t Limitações devido ao sobreaquecimento FICHA TÉCNICA n Sensor: 45 MP (CMOS Full Frame) n Processador de Imagem: DIGIC X n Ecrã: 3,15 polegadas táctil de ângulo variável n Gravação de Vídeo: até 8K RAW até 30 fps e 4K RAW até 120 fps n Objectivas usadas: RF 15-35mm f2.8L IS USM e RF 24-70mm f2.8L IS USM n Dimensões: 138,5 x 97,5 x 88 mm (corpo) n Peso: 738 gr (corpo) PONTO FINAL Com a nova EOS R5, a Canon conseguiu criar a melhor e mais versátil câmara do mercado, capaz de captar imagens de uma qualidade excelente, a qualquer velocidade. Em termos de vídeo, torna-se na nova referência do mercado, embora existam algumas limitações.


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PLAY JOGOS

Com mais de dezoito anos, aquela que é uma das séries de videojogos mais antiga acaba de receber uma nova versão, catorze anos depois do último lançamento. Descubra o que mudou, e por que razão Flight Simulator poderá ser o jogo mais importante do ano. Flight Simulator é, para mim, um jogo muito especial. Foi o primeiro que comprei, em 1993 (tinha doze anos) e continuei a adquirir todas as versões seguintes, assistindo constantemente à evolução da série, evolução essa que estagnou desde que a Microsoft lançou a sua última versão, Flight Simulator X em 2006. A Aces Game Studio, equipa responsável por esse título, foi, entretanto, afastada devido a reestruturações na Microsoft, o que permitiu que grande parte da equipa tenha sido contratada pela Lockheed Martin, para a criação de Prepar3D. Mas este não seria o fim da série Flight Simulator, uma vez que esta acaba de receber uma nova versão, criada pela Asobo Studio, que recorrera às poderosas ferramentas disponibilizadas pela Microsoft.

UMA NOVA GERAÇÃO Foi graças à utilização das tecnologias Microsoft que a Asobo conseguiu criar um motor gráfico único, o ACE (Asobo Conception Engine), que recorre a dados topográficos e texturas captadas pelos satélites do Bing Maps. A todos estes dados, como a representação tridimensional do terreno, a vegetação, edifícios e a água gerados via inteligência artificial pela tecnologia Microsoft Azure, ao qual se juntam dados em tempo real, como informações de trânsito (aeronaves) e climatéricas. Isto significa que, pela primeira vez na história, conseguirá sobrevoar por todo o planeta, usando cenários reais, em situações reais. Como se isto não bastasse, também as aeronaves são de um realismo ímpar, tanto a nível de interior como de exterior, com todos

A complexidade do motor gráfico de Flight Simulator exige que tenha muito espaço em disco, uma boa ligação à Internet (sem limite de downloads) e alguma paciência, tendo em conta os tempos de load do jogo. 62

os mecanismos a funcionar de uma forma impressionantemente detalhada, desde os flaps ao trem de aterragem. Melhor que isto só se a Microsoft disponibilizasse liveries (pinturas) além das disponibilizadas, que são apenas as dos fabricantes (Airbus e Boeing). Falta apenas referir que existem três variantes do jogo, que se diferenciam pelo número de aeronaves disponibilizadas: 20 para a versão base, 25 para a versão Deluxe e 30 para a versão Premium Deluxe, bem como um número específico de aeroportos em que a sua representação está mais realista, detalhada e fidedigna, com 30 aeroportos, 35 e 40, respectivamente. O Aeroporto Cristiano Ronaldo, no Funchal, pertence à lista dos aeroportos mais detalhados para a versão base, sendo este inclusive um dos desafios mais complexos (aterragem com ventos fortes) do jogo.

FEITO PARA TODOS Embora eu seja aquilo que se possa considerar

de “aviation geek”, reconheço que Flight Simulator está feito de forma a que todos o possam jogar. Não existe, propriamente dito, um nível de dificuldade, é através dos diversos assistentes que se consegue aumentar a dificuldade, e tornar a experiência de voar numa aeronave mais realista, estando disponíveis todas as ferramentas para que tanto pilotos profissionais como amadores que experimentam pela primeira vez, consigam desfrutar de tudo aquilo que Flight Simulator tem para oferecer. Tão facilmente estará a voar num ICON A5 em Nova Iorque, usando apenas um comando de Xbox, como a fazer uma viagem, seguindo todos os passos de preparação, com um Airbus A320neo, entre o Aeroporto do Funchal, e o aeroporto de Charles de Gaulle, em Paris, usando o um kit da Logitech, Saitek, Thrustmaster ou outro. G U S TAVO D I A S

JOGABILIDADE

LONGEVIDADE GRÁFICOS

SOM

10 10

9

10

10

Editora: Asobo Studio Distribuidora: Microsoft Site: flightsimulator.com Plataforma: PC Preço: €69,99 (Standard), €89,99 (Deluxe), €119,99 (Premium Deluxe) Motor gráfico revolucionário Meteorologia em tempo real Acessível a amadores e profissionais Tempos de load do jogo

PONTO FINAL Flight Simulator é mais que um simples jogo, ou um simples simulador, sendo igualmente um digno sucessor de uma série com dezoito anos de história. O motor gráfico e a tecnologia utilizada é revolucionária e poderá representar o futuro dos videojogos, para cenários verdadeiramente realistas.


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PLAY MOBILE Paulo Miranda

Edi to r do si te fo n ep lay.n et paulo.miranda@foneplay.net

BRAWLHALLA

9

Depois do PC e consolas, Brawlhalla chegou também aos smartphones. Trata-se de um jogo de luta que para até oito jogadores locais ou online com cross-play entre as diversas plataformas. Os maiores guerreiros da história lutam para provar quem é o melhor em diversos testes de força e habilidade, com armas e poderosos gadgets. Cada arma utilizada muda o estilo de jogo da personagem. Existem inúmeros modos de jogo, desde lutas simples a batalhas a contar para o ranking, havendo ainda a possibilidade de criar uma sala personalizada para jogar com os amigos.

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BEAT LEGEND: AVICII 8 EDITORA ATARI PARA ANDROID E iOS PREÇO €3,09

A Atari lançou o seu primeiro jogo de ritmo e acção musical, inspirado nas fantásticas experiências musicais do falecido produtor, performer e compositor Tim “Avicii” Bergling. O jogo inclui quinze dos maiores sucessos do conhecido DJ, como Without You, Wake Me Up e Levels. O objectivo é guiar a nave espacial ao ritmo da música, numa mecânica muito semelhante à do popular Guitar Hero, sendo preciso tocar no ecrã no local e momento exacto, apanhando os multiplicadores de forma a atingir maiores pontuações. As royalties das músicas do jogo vão para a Tim Bergling Foundation.

NARCOS: IDLE CARTEL

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Neste jogo, baseado na popular série de TV, o objectivo é ascender ao topo do mundo dos negócios dos cartéis. Os jogadores tornam-se parte da história de Narcos, onde irão viver novas narrativas, tendo de construir o seu império desde o zero. Para isso, terão de criar e melhorar a sua operação, formando alianças e melhorando a sua equipa, enquanto competem contra outros jogadores em eventos de tempo limitado para ganhar recompensas especiais e favores do lendário El Patrón e de outras personagens icónicas da série Netflix, que irão ajudar a expandir o império empresarial.

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V4 8 EDITORA NEXON PARA ANDROID E iOS PREÇO GRÁTIS

V4 convida os jogadores a experimentar uma aventura em mundo aberto que permite entrar no envolvente mundo de Syllunas. As seis classes de personagens, todas com foco no ataque, permitem aos jogadores causar o máximo de dano e destruição nos adversários, enquanto navegam por um ambiente repleto de aventura. Ao formar alianças, os jogadores irão explorar reinos e conquistar o campo de batalha em experiências jogador versus jogador em tempo real. O jogo oferece mais de cinquenta opções de personalização, através de armas e armaduras, que irão desbloquear o verdadeiro potencial das personagens.



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