EDIÇ DIGI ÃO TAL
O PORTÁTIL PROFISSIONAL DA HP É ANTI-COVID E ESTÁ MAIS PODEROSO
DOIS GUIAS PARA METER NA ORDEM OS DISCOS RÍGIDOS DO COMPUTADOR
€33 ,9 95
(Cont.) n N.º 3O8 Ano 26 PVP n
Mensal
ESTA PLACA GRÁFICA DA AMD É A NOVA REFERÊNCIA PARA JOGAR A 1080p
n
PARTIÇÕES E LIMPEZAS
072218
ZBOOK FIREFLY G8
5 607727
RADEON RX 6600 XT
Setembro 2O21
€33 ,9 95
PVP (Cont.)
00308
€33 ,8 8O
PVP (Cont.)
As escolhas ideais de placas gráficas, memórias, discos, processadores e motherboards para trabalhar ou jogar
01
ÍNDICE
PEDRO TRÓIA / Director
PODE A INTEL VOLTAR AO TOPO? Desde há alguns anos que a dominância da Intel no mercado dos computadores pessoais tem sido posta em causa pela excelente oferta de processadores da AMD, que permitem, pelo menos, o mesmo nível de desempenho a um custo mais baixo. A juntar a isto, a Intel tem tido também muitas dificuldades em conseguir criar novos produtos com recurso a métodos que permitam uma maior miniaturização. Em Agosto, a Intel também começou a revelar aos poucos as capacidades da sua próxima família de GPU, denominada ARC, com a qual quer concorrer com a Nvidia e com a AMD no mercado dos gráficos para PC de consumo. Por fim, a ARM, com os seus processadores de baixo consumo e grande poder de cálculo, também está a começar a ameaçar o mercado dos processadores para PC tradicionais, como se pode ver pelo sucesso dos chips M1, que são projectados pela Apple, mas que usam os núcleos de processamento desenhados pela ARM. Pode a Intel atacar em tantas frentes e mesmo assim focar-se no essencial: voltar a ter a aura de ser o fabricante de processadores que dita as tendências do mercado dos PC? Francamente, acho que nos próximos tempos será difícil. Olhando, por exemplo, para o mercado das gráficas, AMD sempre tentou competir com a Nvidia, mas nunca conseguiu ser uma ameaça real. Isto porque a Nvidia sempre esteve à frente em termos de desenvolvimento de novas tecnologias de aceleração de gráficos. Para a Intel ter algum sucesso neste mercado terá de apresentar um produto diferente, que consiga trazer alguma tecnologia que, aos olhos dos consumidores, seja vantajosa. Não pode ser mais uma marca de placas gráficas que faz o mesmo que as outras. No caso dos CPU, a Intel relaxou à “sombra” das vitórias que acumulou durante anos e a AMD ultrapassou-a em termos tecnológicos e de preço. Tudo isto é bom: para as empresas, porque as espicaça a serem melhores, e para os consumidores, porque ficam com mais por onde escolherem.
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TEMA DE CAPA
36 / Comprar um PC novo é sempre agradável, mas nada bate a sensação de quando acabamos de montar a nossa própria máquina. Saiba quais as melhores configurações para vários tipos de utilização e orçamentos. 02
ON
04 / Notícias de tecnologia, coluna Made in Portugal, Hashtags e Green.
03
INFOGRAFIA
16 / Conheça as principais fintechs portuguesas.
04
LINUX
30 / O André Paula mostra as maneiras possíveis de instalação do Home Assistant e como fazê-lo numa máquina virtual no Proxmox.
07
MACGUIA
32 / Saiba como funcionam três das mais úteis novidades do novo iOS 15.
START UP
18 / A Reviewpad criou uma plataforma para simplificar o processo de revisão de código e ajudar as equipa de desenvolvimento a serem mais eficientes.
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BOOT
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DESCOMPLICÓMETRO
34 / Explicamos-lhe como funciona a tecnologia PoE, que permite alimentar dispositivos através de uma ligação com cabo de dados.
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48 / Uma selecção dos melhores jogos mobile com realidade aumentada.
GUIAS 22 / Aprenda a fazer partições no disco externo
52 / Este mês vamos navegar pelos vários formatos de dissipadores a ar.
24 / Partilhar passwords de forma segura com o Bitwarden 26 / Bloquear os pop-ups irritantes do RGPD nos sites 28 / Descubra o que está a ocupar espaço no disco
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58 / TESTES HP ZBook Firefly G8 Motorola Moto G100 Wiko PowerU 30 PowerColor Radeon RX 6600 XT Red Devil TP-Link Archer AX20 Trust Bayo Ergonomic Rechargeable Wireless Mouse PowerColor Radeon RX 6600 XT Red Devil Asus ROG Strix XG43UQ HP OfficeJet Pro 9022e Asus ROG RT-AX3000
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APPS
20 / DEFEITOS ESPECIAIS O Ricardo Durand fala da sua experiência com chatbots e dos problemas actuais do atendimento ao cliente.
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56 / GADGETS Dyson Purifier Cool Formaldehyde Sony WF-1000XM4 Huawei Freebuds 4 AKRacing Master Series Premium TCL Moveaudio S600 TW30
PLUG
LAB
54 / TECNOLOGIA EM MOVIMENTO O Gustavo Dias explica por que motivo os carros eléctricos ainda não são para todos.
PLAY
68 / JOGOS The Ascent 70 / HARDWARE Steam Deck 72 / JOGOS MOBILE ITALY. Land of Wonders Dystopia: Contest of Heroes The Witcher: Monster Slayer My Talking Angela 2
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SLEEP
74 / Em Setembro, assinalamos o lançamento do eBay, do Android, do primeiro episódio do Star Trek e da campanha Think Different da Apple.
CLASSIFICAÇÕES A PCGuia usa um método de avaliação de produtos que tenta conciliar as medições de desempenho com os aspectos mais empíricos como a experiência de utilização. O valor final da nota será obtida através de uma média aritmética que dará um valor de 1 a 10. Os produtos com nota 9 ou superior recebem o Prémio de Excelência PCGuia. Mais informação em pcguia.pt/como-testamos.
MEDIÇÕES
EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO
PREÇO QUALIDADE
8
10
6
9 Distribuidor: PCGuia Site: pcguia.pt Preço: €42 Facto positivo Facto negativo
3
03
INFOGRAFIA MAFALDA FREIRE
AS FINTECHS EM PORTUGAL
Top 50 fintechs europeias mais valiosas, por localização
As fintechs são startups que actuam na área dos serviços financeiros. O FinTech Report 2020, um estudo feito pela Nova SBE, BPI e Fundação “la Caixa” sobre estas empresas em Portugal e Espanha, mostra que o ecossistema nacional ainda se está a desenvolver, mas já há casos de sucesso no mercado.
Mercado Ibérico
242
fintechs ibéricas
36
44%
Reino Unido
portuguesas 15% do mercado
Alemanha
14%
França
14%
Dinamarca
4%
Itália
4%
Países Baixos
2%
Espanha
2%
Portugal
2%
(Espanha) €58 974,798 receitas operacionais (Espanha) €20 928,169 receitas operacionais (Portugal) €18 944,662 receitas operacionais
Valor total
55,99
mil milhões de euros
Fintechs ibéricas por área de actuação #1 em Portugal
60
Operacionais
Top 3 fintechs ibéricas
6%
Suíça
Valor total das receitas
€275 363,287 Portugal €56 446,302 (20%)
8%
Suécia
43 42 32 27 13 10 11 4
Empréstimos e crédito
13 Crédito PME Crédito ao consumo 42 5 Crédito ao consumo e PME
NetInvoice
Pagamentos e transacções
Pagaqui
Plataformas de gestão financeira
Invoicexpress
Crowdfunding e crowdlending
Seedrs
Mercado de capitais e gestão de fortunas
Pass
Blockchain e Criptomoedas
Bityond
Regtech
Feedzai
Insurtech
Habit Analytics
Neobancos
N/E
Doutor Finanças N/E
Fintechs portuguesas AdviceFront EuPago n Ifthenpay n Pass n Bityond n Feedzai
Invoicexpress PPL Crowdfunding n Coinvision n FinTech Server n ITSCREDIT n Prazo.PT
ComparaJá Fyde n Keep Warranty n Raize n Coverflex n GoFact
Loqr SalaryFits n Doutor Finanças n GoParity n Magnifinance n Seedrs
Drivit Habit Analytics n NetInvoice n StudentFinance n Easypay n hAPI
Pagaqui Switch n EbankIT n Hold n ParcelaJá n Utrust
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05
BOOT
MAFALDA FREIRE
APRENDA A FAZER PARTIÇÕES NO DISCO EXTERNO Use o MiniTool Partition Wizard para criar diferentes áreas no seu disco e ter as suas cópias de segurança separadas do resto dos conteúdos. Os discos rígidos externos estão a ficar mais acessíveis (podemos comprar, por exemplo um WD Elements de 1 TB por 49,90 euros, na PC Diga - bit.ly/3CS6Wae) e são ideais para guardar backups ou transferir ficheiros muito grandes entre computadores. Com o MiniTool Partition Wizard é possível dividir o disco em várias partições e fazer com que o Windows use cada uma delas como uma unidade separada. Isto, não só facilita a organização dos ficheiros, e permite ter as cópias de segurança separadas de outros documentos, como possibilita que formate uma das partições sem afectar as outras existentes. Comece por fazer o download do programa em partitionwizard. com/download.html, escolhendo a opção ‘Free Edition’. Execute o ficheiro do MiniTool Partition Wizard e, durante a instalação, retire a selecção do MiniTool ShadowMaker, já que não é necessário para o objectivo que pretendemos. Aconselhamos também que remova o visto da opção ‘Participe do Programa de Melhoria da Experiência do Cliente’ para evitar que alguns dos seus dados sejam enviados à MiniTool. Depois de instalado, abra o software para ver os discos rígidos ligados ao PC. No nosso caso, o Disco 1 é um SSD interno e o Disco 2 é a unidade externa que vamos dividir.
1
1 Para criar uma partição, seleccione o disco rígido externo (a menos que tenha dividido previamente o disco, deve existir apenas uma); em seguida, escolha ‘Dividir partição’ no menu à esquerda. Na janela que se abre, use o slider 1 para definir a capacidade das partições. Em alternativa, insira o tamanho desejado da nova partição na caixa ‘Novo tamanho da partição’. Clique em ‘OK’ e repita o processo para adicionar mais partições, caso pretenda.
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22
Sempre que criar uma nova partição, o programa atribuir-lhe-á automaticamente a próxima letra de unidade disponível. Se quiser alterar essa letra, clique com o botão direito do rato sobre a partição, seleccione ‘Alterar letra’ 1 e escolha a pretendida no menu dropdown que aparece. Também pode colocar uma etiqueta, que será exibida no ‘Explorador de Ficheiros’ e que pode ajudar a identificar melhor o que está na participação - clique com o botão direito numa partição e, em seguida, em ‘Label’ 2 . No nosso caso fizemos uma partição para Fotos, outra para Música e uma terceira para os backups mensais. Agora para fazer as alterações e dividir, efectivamente, o disco, clique em ‘Aplicar’.
3
2 1
Além de criar novas partições, também as pode eliminar com o MiniTool Partition Wizard, mas em tenha em atenção que, ao fazê-lo, está a apagar tudo o que estiver armazenado. Clique com o botão direito do rato sobre a partição que quer apagar e faça ‘Excluir’. A partição passará a ter a designação ‘Não alocado’. Agora, pode utilizar este espaço para aumentar outra partição usando a opção ‘Extender partição’ que está no menu do lado direito; na caixa que abre, escolha a partição que apagou em ‘Pegar o espaço livre de’ 1 e depois arraste o slider até ao final do lado direito 2 . Faça ‘OK’ para continuar e depois ‘Aplicar’ para que o processo seja concluído.
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Com o programa, pode também criar uma partição escondida, ou seja, que não aparece quando abrir o disco (ou alguém que use essa drive) com o ‘Explorador de Ficheiros’. Seleccione a drive e clique com o botão direito do rato em ‘Ocultar partição’; isto vai remover a letra e impedir que a partição seja visível. Quando quiser fazer o inverso, e voltar a fazer com que essa área apareça, basta clicar novamente com o botão direito do rato e optar por ‘Mostrar partição’; ser-lhe-á pedido que indique a letra que quer atribuir à mesma.
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1 2
As letras atribuídas a cada partição só existem no computador a que está ligado o disco; se ligar a drive externa a um segundo computador que, por exemplo, tenha dois discos e, por isso, as letras ‘C’ e ‘D’ em uso, as partições terão outras letras diferentes das que colocou originalmente. Para alterar as letras de cada partição não será necessário instalar o MiniTool Partition Wizard no segundo PC - em vez disso basta correr a ferramenta ‘Gestão de Discos’ do Windows; clique nas teclas ‘Windows+R’ para abrir a caixa ‘Executar’, escreva diskmgmt.msc e faça ‘OK’.
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Na ‘Gestão de Discos’ pode ver todas as drives ligadas ao computador; na área em baixo basta seleccionar a partição e, com o botão direito do rato, aceder à opção ‘Alterar a letra e caminho da unidade…’. Na janela que abre, escolha ‘Adicionar’ e em ‘Atribuir a seguinte letra de unidade’ terá de optar pela letra pretendida, que deve ser a mesma que seleccionou no passo 3. Depois de fazer ‘OK’ pode voltar a repetir o processo para outras partições que tenha no disco externo.
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05
BOOT
RICARDO DURAND
BLOQUEAR OS POP-UPS IRRITANTES DO RGPD NOS SITES Depois da entrada em vigor do Regulamento Geral de Protecção de Dados, os sites foram obrigados a mostrar avisos de como é que a nossa informação é usada e recolhida online. Como o mais natural é clicar em ‘Aceitar’, o uBlock Origin pode dar uma ajuda e evitar termos de estar sempre a ver estes pop-ups.
Este Verão, faz três anos que o Regulamento Geral de Protecção de Dados (RGPD) entrou em vigor na Europa. Isto fez com que as empresas passassem a cumprir várias regras, muitas delas bastante rígidas, em termos de tratamento de informação dos clientes. No caso dos sites, como muitos instalam cookies nos nossos browsers, somos obrigados a escolher algumas opções sobre como queremos que os dados sejam recolhidos. Estas opções aparecem sempre como avisos em forma de pop-ups, com textos que se tornam aborrecidos de ler. Como em 99% das vezes acabamos sempre por clicar em ‘Aceitar’ nas escolhas que nos são dadas, vamos poupar tempo com recurso a uma extensão de browser que nos facilita o processo de navegação na Web, o uBlock Origin.
A extensão uBlock Origin está disponível para Firefox, Opera, Chrome e Edge, com download em ublockorigin.com. No site, faça scroll até ao fim da página e clique, no menu que fica à esquerda, no ícone do browser onde quiser usar a extensão - será levado para a loja respectiva, onde pode descarregar e instalar a uBlock Origin.
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De origem, as configurações da uBlock fazem com que os anúncios dos sites sejam bloqueados, mas os avisos do RGPD não. Para ligar esta funcionalidade, é preciso activar vários filtros. Clique na extensão uBlock Origin no seu browser (a localização depende de qual tem) e depois no ícone da roda dentada 1 para entrar nas opções. Aqui, carregue em ‘Listas de filtros’.
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Embora seja informação importante, estas textos aparecem sempre como avisos em forma de pop-ups, com textos que se tornam aborrecidos de ler.
Faça scroll para baixo, na janela que aparece, e clique na secção ‘Incómodos’ 1 , onde aparecem sete filtros. Marque as caixas ‘uBlock filters - Annoyances’ e ‘Fanboy’s Annoyance’ - são estas duas opções que vão bloquear os cookies do RGPD que estão nos sites. Para gravar as escolhas, clique em ‘Aplicar alterações’ na parte superior da janela. Não é preciso reiniciar o navegador para que as mudanças tenham efeito, mas tem de fazer refresh nos separadores de sites que tiver aberto para que o uBlock Origin bloqueie os pop-ups.
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1
Recomendamos que configure o uBlock Origin para que os filtros de bloqueio funcionem mesmo quando estiver a usar o browser no modo privado (ou apenas numa janela privada), caso contrário ser-lhe-ão mostrados os avisos pop-up. Isto varia de navegador para navegador, mas o processo é mais ou menos igual em todos. Tem de ir ao menu das opções do browser, seleccionar a opção ‘extensões’ ou ‘complementos’, encontrar a uBlock Origin e clicar em ‘Detalhes’. Aqui, ligue as opções ‘Permitir em modo anónimo, ‘InPrivate’ 1 (no caso do Edge) ou semelhante.
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1
Para verificar se os filtros do uBlock estão a funcionar, abra uma nova janela de navegação privada no browser e entre num site. É raro, mas esta extensão pode fazer com que alguns não apareçam de forma correcta. Se isto acontecer, pode definir a extensão para ser desactivada nesse site - basta clicar no ícone do uBlock Origin e, de seguida, no grande botão de on/off azul 1 , seguido de ‘Atualizar’. Nesta pequena janela são-lhe mostrados ainda os pop-ups ou avisos que a extensão bloqueou.
5
Se usar vários navegadores, não tem de perder tempo a fazer as mesmas alterações no uBlock Origin em cada um deles. Volte à janela das opções da extensão, no browser que já configurou, e entre no separador ‘Definições’. Na zona inferior da página, clique em ‘Copiar para ficheiro’ para descarregar um ficheiro com a compilação das configurações definidas.
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Agora, abra o seu outro navegador, onde já deve ter instalada a uBlock Origin. Entre no separador ‘Configurações da extensão’ e clique em ‘Restaurar a partir de ficheiro’ 1 para fazer o upload do ficheiro que descarregou no passo anterior 2 . Todas as suas configurações serão importadas, incluindo as dos sites que você escolheu para não bloquearem os pop-ups.
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TEMA DE CAPA
AS MELHORES CONFIGURAÇÕES DE PC PARA TRABALHO, GAMING E PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS Comprar um PC novo é sempre agradável, mas nada bate a sensação de quando acabamos de montar a nossa própria máquina. Saiba quais as melhores configurações para vários tipos de utilização e orçamentos. G U S TAVO DI A S
A
pandemia, o confinamento e a mudança paradigma na forma como trabalhamos veio aumentar significativamente a procura por computadores, componentes e periféricos, de tal maneira que temos assistido a longos períodos de espera até que os mesmos estejam disponíveis nas lojas para compra. Felizmente, os fabricantes estão a dar tudo para aumentarem a capacidade de produção e, assim, fazer frente ao aumento gigantesco na procura. É por isso que já começa a ser mais normal encontrarmos produtos disponíveis nas lojas, com preços “toleráveis”. Na sequência deste regresso à normalidade, decidimos criar este guia com as melhores configurações para trabalhar, jogar e criar conteúdos, usando os componentes que
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estão disponíveis nas lojas. O melhor de tudo é que poderá montar o seu próprio PC, o que lhe dará uma óptima sensação de realização e permitirá reduzir muito os custos face a configurações já montadas dos principais fabricantes.
ESCOLHAS IMPORTANTES O mundo está a mudar e nós temos de acompanhar essas mudanças. É por isso que devemos ter em conta alguns detalhes que anteriormente eram ignorados, como a escolha de configurações que garantam uma maior eficiência energética, nos dêem um excelente desempenho e o menor consumo de energia possível. Acredite: se vai continuar a trabalhar a partir de casa, isto poderá representar poupanças significativas
na conta de electricidade. E já que falamos em poupanças, fica o aviso de que não iremos recomendar a aquisição de qualquer componente de topo: por enquanto, não serão um bom investimento, já que estamos num período de transição e de renovação. AMD e a Intel vão lançar novas plataformas, com novos processadores, chipsets e encaixes (sockets) no final do ano e início do próximo, o faz com que qualquer sistema de topo actual se torne obsoleto. Contudo, as nossas escolhas são apenas recomendações: a decisão final será sempre sua. É por isso mesmo que temos sempre duas versões para cada tipo de configuração, uma Intel e uma AMD, para que não tenha de se sentir pressionado em escolher uma plataforma com a qual não se sinta à vontade.
TRABALHO E ESCRITÓRIO Uma configuração para este tipo de utilização requer apenas algum poder de processamento, pouca memória e um armazenamento mínimo. Habitualmente, as tarefas de um PC de escritório estão relacionadas com e-mail, processamento de texto, folhas de cálculo, um ou outro software de gestão/ facturação e pouco mais. São, no fundo, tarefas pouco exigentes em termos de requisitos técnicos, mas convém haver uma boa escolha dos componentes, não só para permitir o seu correcto funcionamento com o mínimo de manutenção possível, como a fácil substituição dos componentes. Existem várias soluções no mercado de grandes fabricantes (HP, Dell e outros) com configurações bastante simples, mas que não são assim tão acessíveis se tivermos em conta os componentes escolhidos. É certo que o tentam convencer de que não estará apenas a adquirir um computador, mas um pacote completo, com serviços integrados, assistência técnica especializada e recolha do equipamento em caso de avaria - mas será que precisa mesmo disso tudo?
corresponder a essas limitações. Uma das soluções que tem ganho cada vez mais popularidade são os sistemas AiO (all-in-one), que integram todos os componentes do sistema no chassis do monitor. Esta solução não seria a nossa escolha, uma vez que este tipo de sistema é muito limitado em termos de manutenção e actualização, já que os elementos estão todos integrados na motherboard, como acontece nos computadores portáteis.
que tentam simular o efeito de um PC AiO, embora utilizem um monitor tradicional. Aqui, os componentes ficam numa pequena caixa, que pode ser colocada na traseira do monitor, tirando partido dos seus encaixes VESA. Alguns dos sistemas compactos mais populares do mercado são o Mac Mini da Apple e os Intel NUC que, como no caso dos AiO, acabam por ser limitados em termos de desempenho e de possibilidade de expansão.
PORTÁTEIS Por fim, temos os computadores portáteis, uma solução tradicional, que permitem ao utilizador trabalhar fora do posto de trabalho. Esta solução tem óbvias vantagens, pois permite usar o mesmo computador tanto no escritório, como em casa ou em viagem; contudo, os custos serão sempre maiores para o mesmo tipo de desempenho que um PC de secretária.
ALL-IN-ONE Uma vez que algumas empresas, por questões de maximização do espaço, desejam sistemas compactos, passaram a existir diversos formatos que tentam
PC COMPACTOS Outra solução bastante utilizada em algumas empresas são os computadores compactos,
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PLUG L U Í S A LV E S
FORMATOS DE DISSIPADORES A AR Com o evoluir dos circuitos integrados no nosso computador, também os dissipadores tiveram de acompanhar o seu consumo térmico e, com novas tecnologias, manter tudo dentro dos limites. Obviamente, o processador é o principal componente e este mês vamos navegar pelos vários formatos de dissipadores para este fim. DISSIPADOR PADRÃO Durante muitos anos, o dissipador-base incluído, quer pela Intel, quer pela AMD, servia para cumprir apenas o mínimo necessário; desconfio que, em países mais quentes, não seriam suficientes para evitar um aquecimento excessivo. São dissipadores de baixo custo, que ambas as marcas conseguiam vender em versões de caixa (processador + dissipador) sem grande prejuízo. Mesmo para processadores melhores, os dissipadores-padrão sempre foram muito básicos e barulhentos. Mais recentemente, e nas últimas gerações, a AMD tem brilhado com novos dissipadores-padrão em termos de desempenho térmico e de ruído.
ELEMENTOS BASE Os dissipadores têm uma base que entra em contacto com o processador e podem, ou não, ter tratamento superficial nas aletas (chapas finas), ter tubos de calor (heatpipes) e uma ventoinha para refrigeração forçada. Os metais mais utilizados são o cobre e o alumínio, que nem sempre têm a sua cor habitual, devido aos mais variados tratamentos.
HEATPIPES Estes tubos de calor são um sistema fechado, cujo processo depende do recurso à troca de fase entre líquido e vapor de um fluido. Na zona mais perto do processador, o fluido evapora, movimenta-se muito rapidamente para a outra extremidade e, durante esta viagem, transporta consigo o calor.
O interior do tubo e o fluido utilizado têm uma grande influência na eficiência destes sistemas - algumas versões iniciais desta tecnologia só funcionavam se a caixa de computador estivesse numa posição específica. Estes tubos podem ser usados no dissipador em maior, ou menor número, com diâmetros e comprimentos variados.
TECNOLOGIA HDT
Uma das principais responsáveis por tornar os dissipadores mais competitivos, a tecnologia de Heatpipe Direct Touch (HDT), coloca os tubos de calor referidos anteriormente em contacto directo com o topo do processador. Neste caso, parte do calor é transferido para a base, como normalmente, mas outra parte é transferida directamente para os heatpipes que foram achatados de forma controlada na secção da base. 52
Isto permitiu que dissipadores mais pequenos e leves fossem melhores que versões bastante maiores, mas cuja base não era tão eficiente.
DISSIPADOR VERTICAL Quando o corpo do dissipador é perpendicular à placa-mãe, estamos perante um dissipador vertical, de “torre” (conjunto de heatpipes + aletas), único, duplo ou até triplo. Cada secção pode ter um ou duas ventoinhas, mais fino para evitar incompatibilidade com módulos maiores de RAM ou ser assimétrico, deslocando o corpo para mais longe da memória e ganhar espaço para as ventoinhas.
É o tipo de dissipador mais comum do mercado, com preços que começam pouco acima dos quinze euros e chegam aos duzentos, em modelos Premium. Recentemente, o mercado foi surpreendido com o Noctua NH-P1, um dissipador passivo gigante para quem quer ter um sistema realmente silencioso.
DISSIPADOR HORIZONTAL É o formato menos típico de dissipadores aftermarket, mas na altura em que a Zalman dominava o mercado entusiasta quase por completo, era dos mais habituais. Na realidade, os dissipadores-padrão são deste formato, porque “colaboram” não só no arrefecimento do processador, como da zona circundante, porque o ar fresco vai “contra” a placa-mãe. Este formato é paralelo à placa e a maioria dos modelos tem apenas uma ventoinha.
Luís Alves nickname Shuper’ Luu’
EXPERIÊNCIA DE MINERAÇÃO
A sua principal utilização no mercado entusiasta é em sistemas HTPC ou em workstations que tenham caixas mais estreitas, porque a sua altura é inferior à dos modelos verticais. Entre as melhores marcas está a Noctua, com modelos muito compactos, e a be quiet!, com soluções super-poderosas e silenciosas.
(PARTE 4)
TRATAMENTOS SUPERFICIAIS Os mais típicos são a niquelagem e a anodização, que servem para proteger contra corrosão, desgaste e colorir de forma uniforme as superfícies. Muitas marcas apostam por deixar o material na forma original e por isso vão encontrar os heatpipes em castanho/laranja (cobre) e as aletas em cinza (alumínio).
A tecnologia HDT permitiu que dissipadores mais pequenos e leves fossem melhores que versões bastante maiores e revolucionou o mercado.
VENTOINHA São um dos elementos que mais influenciam os níveis de ruído do PC, mas as suas características são, por vezes, descuradas ou são mal dimensionadas para a máquina que temos. Num dissipador a ar, a ventoinha deve conseguir movimentar o ar entre as aletas do dissipador, com a velocidade mais alta possível, sem provocar ruído excessivo. Para tal, é necessário que atinja uma pressão adequada à restrição do ar que o dissipador tem, contribuindo para isso a sua forma da pá, quantidade de pás, velocidade e binário.
CONCLUSÃO Mesmo com a introdução dos sistemas tudo-em-um de refrigeração a água, os dissipadores a ar continuam a evoluir e alcançar novos marcos na capacidade de arrefecimento, em tamanhos cada vez menores, mais leves e menos ruidosos. Se estiverem a montar um novo computador, considerem estudar um pouco o dissipador a utilizar, para manter “fresco” o vosso processador.
O mês passado partilhei que entre as actualizações que queria fazer ao rig estava um dissipador que permitisse utilizar o CPU com refrigeração passiva. Tentei usar o maior que tinha em casa, mas, quando o instalei, o computador não iniciou, algo que não me acontecia desde o socket X58, a primeira geração de 1366 e Intel Core (e os seus famosos i7 920 e i7 950). De alguma forma, a distribuição no socket não é a correcta e o sistema simplesmente não avança, nem dá qualquer tipo de erro no buzzer, como falta de memória, processador não detectado ou algo nessa linha de problemas. Voltei ao pequeno dissipador barulhento com uma ventoinha de 80 mm e vou ter de procurar uma nova ideia. Enfrentei também alguns problemas com o overclock e o tamanho da pendrive que uso para o NiceHash OS e tive de repetir todo o processo. Acabei por modificar também os alertas que recebia porque tive alguns períodos com o sistema desligado ou parado. Ainda bem que é um sistema pequeno ou ia dizer uns belos palavrões durante umas horas. Entretanto, com a nova subida do Bitcoin e do Ethereum, os meus possíveis lucros aumentaram bastante; começa agora a fase dolorosa de esperar até as taxas compensarem e valer a pena transferir para a conta. Infelizmente, como o NiceHash e outras plataformas já sofreram ataques, até ter uma solução totalmente controlada por mim não confiarei muito dinheiro a estes sistemas. Aproveitei a minha fase de férias e deixei o computador pessoal com a sua GPU também a minerar, desligando tudo o que não era necessário, como os vários discos, e troquei o sistema de água por um sistema a ar. Não rende imenso, mas dá para um gelado por dia ou uma bola de Berlim, por isso é aproveitar. 53
12
LAB
HP ZBOOK FIREFLY G8 O “pirilampo” topo de gama da HP passa a G8 e continua a ser uma das workstations mais fiáveis do mercado. Este ano, até vem preparado para a pandemia com uma característica curiosa de higiene.
Longe vão os tempos em que as workstations portáteis eram computadores bastante pesados - na altura costumava-se dizer que de portáteis tinham muito pouco, por serem laptops feitos para ficar numa secretária, tal como os desktops, e não para os andarmos a passear de um lado para o outro. A mobilidade em trabalhos criativos tornou-se quase um padrão e a evolução tecnológica acabou por acompanhar esta tendência: os componentes tornaram-se mais pequenos e compactos - talvez, o maior exemplo sejam as placas gráficas e os discos, que deixaram de ser mecânicos para serem SSD. Com isto, tudo ficou mais leve e, finalmente, transportável. Apesar de ter quase dois quilos, o sucessor do G7 é um portátil pleno, mas com as habituais características de workstation a que a HP já nos habituou.
PIRILAMPO PROFISSIONAL Este Firefly (‘pirilampo’, em português) continua a ser uma luz que guia a estratégia da HP para o mercado mais profissional. Está preparado para edição de conteúdos multimédia, com foco especial na fotografia e 3D - por exemplo, para arquitectos ou desenhadores industriais que tenham de usar AutoCAD. Nas horas vagas não vamos poder meter aqui um jogo triple AAA, mas este computador não será alérgico a jogos: pode ser uma boa companhia para umas battle royale em PUBG ou Fortnite. Ainda no campo multimédia, a HP volta a apostar na parceria
com a Bang & Olufsen, desta vez com uma minibarra de som que ocupa na horizontal a zona que fica entre o teclado e o ecrã. O desempenho está uns furos acima do clássico neste tipo de equipamento.
RICARDO DURAND
MIL CICLOS DE LIMPEZA Como referimos na entrada, este novo portátil da HP aparece ainda em altura de pandemia, onde todos passámos a ter cuidados-extra de higiene nos nossos postos de trabalho nas sedes das empresas e mesmo em casa. Ora, sendo esta uma máquina que, provavelmente, pode andar cá e lá, torna-se um veículo privilegiado de bactérias e outras ameaças do género. Foi por isso que a HP o desenhou para que pudesse ser limpo com até mil ciclos de toalhitas com desinfectante, uma característica que, além de ser curiosas, acaba por ser um argumento de marketing interessante nos tempos que correm.
GRANDE TECLADO A HP diz que o G8 é a versão mais leve e compacta do ZBook de sempre, mas isso não impediu a marca de colocar um teclado completo e um trackpad gigante, como dois generosos botões clicáveis, tal como acontece num rato. em relação ao G7, este teclado ganhou retroiluminação e inclui ainda um apontador no meio (track point), muito ao estilo dos ThinkPad da IBM. Aqui,
«Este Firefly (‘pirilampo’, em português) continua a ser uma luz que guia a estratégia da HP para o mercado mais profissional». 58
tudo é confortável e agradável de usar, o que nem sempre é verdade nos computadores deste género. O mesmo já não podemos dizer da solução usada pela HP para a webcam: o slider em plástico que nos permite tapar/ destapar a lente é de difícil utilização, muito por culpa de ter dimensões muito pequenas, quase à face com a moldura do G8.
MEDIÇÕES
EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO
PREÇO QUALIDADE
6,51
9
7
8 Distribuidor: HP Site: hp.pt Preço: €2049 s Design s Teclado s Ecrã t Sem leitor de cartões SD
FICHA TÉCNICA n Processador: Intel Core i7-1185G7 3 GHz n Memória: 16 GB DDR4 n Armazenamento: 512 GB NVMe/PCIe M.2 n Placa Gráfica: Intel Xe 400 MHz | Nvidia T500 1185 MHz n Ecrã: 15,6” FHD, IPS (1920 x 1080) n Ligações: 2 x HDMI, 2 x USB Type-C, 2 x USB, jack 3,5 mm n Dimensões: 359,5 x 233,6 x 19,2 mm n Peso: 1,7 Kg BENCHMARKS n PCMark 10 Produtividade: 6509 n PCMark 10 Home: 5022 n 3D Mark Cloudgate: 13 252 n PC Mark 8 Home: 403 minutos PONTO FINAL Os ZBook são daqueles portáteis que escolhemos quando queremos uma máquina fiável e que aguente alguns anos de trabalhos pesados. O novo G8 está mais leve (ainda que por muito pouco) e poderoso, pelo que se torna uma sugestão incontornável para quem quer um computador com Windows com estas características.
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LAB
Wiko PowerU 30
Motorola Moto G100 Revelados no início do ano, durante o CES 2021, a nova geração de smartphones Moto G acaba de chegar ao mercado: o G100 é o modelo de topo. Este smartphone destaca-se por ser um dos primeiros a usar o novo Snapdragon 870 5G, um processador que é, no fundo, uma versão mais avançada que o anterior topo de gama da Qualcomm, o Snapdragon 865+. Este modelo diferencia-se pelo núcleo principal de 3,2 GHz Kryo 585, sendo este de 3,1 GHz no caso do Snapdragon 865+ e de 2,84 no 865. O processador em conjunto com os 8 GB de memória RAM e os 128 GB de armazenamento do tipo UFS 3.1 garantem um desempenho extraordinário em qualquer situação, algo que pode ser facilmente comprovado pelos resultados dos testes: teve a pontuação máxima neste campo. Já a bateria de 5000 mAh garantiu quase vinte horas de autonomia no teste do PCMark 3.0, mas demora imenso tempo a ficar completa com o carregador de 20 W fornecido. De resto, estamos perante um smartphone elegante, com um enorme ecrã IPS de formato 21:9 e 6,7 polegadas e uma taxa de actualização de 90 Hz, capaz de reproduzir imagens de elevada qualidade. O G100 conta ainda com duas câmaras frontais no canto superior esquerdo, mas mantém o sensor de impressões digitais no botão de energia, o que permite um funcionamento mais rápido e preciso que qualquer solução com sensor embutido no ecrã; existe ainda um botão adicional para usar o Assistente Google. Falta referir o módulo das câmaras traseiras, composto por um sensor principal de 64 MP e um ultra grande angular de 16 MP com focagem automática, este último com a particularidade de permitir fotografar objectos a uma distância muito curta (macro), sendo auxiliado por um anel de luz LED colocado em redor do sensor. A qualidade da imagem captada por estes sensores é muito boa, mas verdadeiramente impressionante é a rapidez e precisão do sistema de focagem automática, que utiliza não só o terceiro sensor de 2 MP para medição de profundidade, como um sensor ToF laser dedicado. G U S T A V O D I A S
MEDIÇÕES
EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO
PREÇO QUALIDADE
10
9
9
RICARDO DURAND
9 Distribuidor: jp.di Site: lenovo.com/pt Preço: €499 s Relação preço/desempenho s Autonomia t Velocidade de carregamento
FICHA TÉCNICA n Processador: Qualcomm Snapdragon 870 5G (3,2 GHz + 3x 2,42 GHz + 4x 1,8 GHz) n Memória: 8 GB n Armazenamento: 128 GB (expansível por MicroSD) n Câmaras: 64 MP f/1.7 + 16 MP f/2.2 + 2 MP f/2.4 (traseira), 16 MP f/2.2 + 8 MP f/2.4 (frontal) n Ecrã: 6,7” IPS 90 Hz (2520 x 1080), 409 ppi n Bateria: 5000 mAh n Dimensões: 168,4 x 74 x 9,7 mm n Peso: 207 gr BECHMARKS n 3D Mark Ice Storm Unlimited: 100 947 n Antutu Benchmark: 659 562 n PCMark Work 3.0: 12 016 n PCMark Work 3.0 Battery: 1198 minutoskg855 PONTO FINAL O Moto G100 é um extraordinário smartphone, com uma relação preço/ desempenho imbatível. Rapidíssimo, com excelente autonomia e boas câmaras, este smartphone inclui ainda uma base e um cabo USB-C para HDMI.
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Depois dos View5, a Wiko volta a bater na tecla da autonomia. Se o argumento desta gama era chegar aos três dias sem ir à carga (testámos este smartphone na PCG 298 de Novembro 2020 e os benchmarks deram-nos 1358 minutos), a Wiko eleva agora a fasquia com a linha PowerU, cujo modelo 30 será o mais “duradouro”: quatro dias sem precisar de ser carregado. Como forma de dar credibilidade a esta característica, a marca acena com um ranking da DXOMark, que posiciona este terminal no segundo lugar, com 86 pontos, apenas a um do Xiaomi Redmi Note 10. A verdade é que este tipo de afirmações acaba sempre por ser mais marketing que outra coisa, um pouco na linha do que acontece quando as marcas de automóveis anunciam os consumos, sempre apurados em circunstâncias muito controladas. É o que parece acontecer com o PowerU 30 - ainda que tenha uma autonomia de meter respeito a modelos que custam quatro vezes mais, quatro dias (96 horas / 5760 minutos) não será de certeza um valor real para o que este Wiko é capaz de oferecer. Nos nossos testes, de facto, o PowerU 30 chegou ao segundo lugar dos que têm mais autonomia, só atrás do Moto G 5G Plus: 1388 minutos contra os 1426 da proposta da Motorola. Tendo em conta que estamos a falar de um telemóvel que custa menos de duzentos euros, não podemos deixar de reconhecer que, em termos de bateria, o Wiko é uma das melhores escolhas actuais, para quem quiser um smartphone de entrada de gama. Se na bateria estamos minimamente convencidos das capacidades do PowerU 30, no desempenho geral este modelo não está num bom nível - parece que a Wiko se esqueceu de que um smartphone tem de ser muito mais que bateria. Entre apps, menus e multitasking, sentimos sempre um arrastamento no sistema, mesmo quando havia poucas aplicações abertas. Isto é confirmado pelos resultados dos benchmarks de desempenho - por exemplo, no PCMark Work, que mede o comportamento dos terminais numa utilização para produtividade e lazer, o PowerU 30 é o telemóvel mais fraco do ano, na sua gama de preços. Em jogos, o cenário não muda: o 3DMark deu-nos 12 439 pontos, o que também acaba por confirmar o martírio que é jogar um título com gráficos de qualidade média neste Wiko.
MEDIÇÕES
EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO
PREÇO QUALIDADE
7 5,26
6,75
9
Distribuidor: Wiko Site: pt-wikomobile.com Preço: €199 s Autonomia t Desempenho t Peso t Ecrã FICHA TÉCNICA n Processador: MediaTek G35 n Memória: 4 GB n Armazenamento: 64 GB (expansível até 256 GB com MicroSD) n Câmaras: 12 MP, 2 MP, QVGA (traseiras) + 8 MP (frontal) n Ecrã: 6,82” IPS (1640 x 720), 270 ppi n Bateria: 6000 mAh n Dimensões: 173,8 x 78,6 x 9,45 mm n Peso: 214 gr BENCHMARKS n AnTuTu: 112 974 n 3D Mark Ice Storm Unlimited: 12 439 n PCMark 8 Work: 5231 n PCMark 8 Autonomia: 1388 minutos PONTO FINAL Não há dúvidas de que o Wiko PowerU 30 é um campeão de autonomia, mesmo que as 96 horas sejam uma miragem. Mas um smartphone tem de ser muito mais que um argumento de marketing - para isso existem os powerbanks.
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PLAY JOGOS
A mecânica de jogo de Diablo encontra-se com o universo cyberpunk. O que pode correr mal? Quem já viu Blade Runner, ou leu os livros de William Gibson, vai sentir-se em casa no universo de The Ascent. Neste jogo da Neon Giant para PC e Xbox, o jogador assume o papel de um mercenário (ou mercenária, se assim decidir) que trabalha para um mafioso que controla partes da arcologia de Veles. A megacorporação que
a controla faliu e agora vemo-nos numa corrida para controlar a arcologia antes que seja tomada por bandidos ou empresas. A acção começa nos esgotos, mas à medida que vamos cumprindo missões e outras tarefas, subimos até ao topo da “cadeia alimentar”. Pelo caminho, apanhamos armas, armaduras e modificações que permitem fazer mais coisas durante o combate. No final de cada missão principal encontra um boss que temos de eliminar para poder progredir.
ARMADO ATÉ AOS DENTES Falei de armas e armaduras, e enquanto as primeiras podem ser melhoradas através de peças que encontramos pelo cenário, as segundas não podem ser alteradas, por isso temos de apanhar as que oferecem mais protecção à medida que progredimos. Quanto aos mods, durante o jogo encontramos módulos para o corpo, que nos dão poderes como a possibilidade de evocar um robô que trata de apanhar o loot ou de fazer aparecer um robô armado que nos protege durante algum tempo, e melhoramentos para o cyberdeck (o seu computador pessoal), que permitem abrir portas e arcas que tenham as fechaduras protegidas com ICE (Intrusion Countermeasures Electronics).
O DIABO ESTÁ NOS DETALHES Uma das coisas que mais me impressionaram neste jogo foi a atenção ao detalhe. O mundo da arcologia de Veles tem muitíssimo mais pormenor que o de Cyberpunk 2077. Esta comparação era inevitável. Podemos dizer que é muito mais complicado fazer um jogo como Cyberpunk que funciona na primeira pessoa que um jogo como The Ascent que foi feito para ser jogado com câmara flutuante, com vários ângulos: no entanto, se quiser dar uma vista de olhos a este vídeo (youtu.be/ JCKrMsRh5FA) que usa um mod para colocar a câmara do jogo numa configuração igual à de um jogo na primeira pessoa, verá que a quantidade de pormenor é simplesmente impressionante. A atmosfera é mesmo a de uma história passada num ambiente 68
cyberpunk, cheio de neons, chuva e centenas de pessoas a tentarem viver as suas vidas nesse sítio. Mas nem tudo são rosas. A primeira coisa que penso que merecia mais algum trabalho é o sistema de combate, uma emulação do mesmo usado em Diablo. Enquanto em Diablo este sistema funciona bem, porque se utilizam mais armas cortantes (ou feitiços que afectam toda uma área do ecrã), em The Ascent, tentar disparar uma metralhadora ou pistola contra um inimigo à distância e acertar-lhe, é algo bastante complicado. Outra coisa muito frustrante (que acontece frequentemente) é ficar preso no cenário quando nos tentamos esquivar dos ataques do inimigo. E, por fim, como The Ascent tem um alto grau de aleatoriedade, podem encontrar-se inimigos vários níveis acima do nosso em áreas que antes tinham inimigos que se conseguiam “despachar” facilmente. Até me aconteceu uma vez num confronto com um dos bosses no final de uma missão, aparecerem dois bosses iguais. P E D R O T R Ó I A
JOGABILIDADE
LONGEVIDADE GRÁFICOS
SOM
8 7
7
10
9
Editora: Neon Giant Distribuidora: Neon Giant Plataforma: Xbox, PC Windows Preço: €23,99 Gráficos Som Ambiente Curto Alguns aspectos podiam ter sido mais polidos durante o desenvolvimento
PONTO FINAL The Ascent é um jogo relativamente curto: a campanha acaba-se em cerca de quinze horas (um pouco mais se quiser cumprir todas as tarefas). O ambiente e os gráficos são de fazer inveja a jogos com orçamentos dez vezes maiores e é divertido como deviam ser todos os videojogos. Ainda assim, há alguns aspectos que podiam ter sido um pouco mais polidos antes do lançamento.
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PLAY MOBILE Paulo Miranda
Edi to r do si te fo n ep lay.n et paulo.miranda@foneplay.net
ITALY. LAND OF WONDERS
8
ITALY.Land of Wonders foi criado pelo governo italiano com o objectivo de dar a conhecer o património cultural e as maravilhas de Itália. Assumindo o papel do ajudante de um misterioso faroleiro, o jogador irá deambular pelo país e resolver mais de cem quebra-cabeças, cada um representando um icónico marco italiano, numa viagem para descobrir cidades e castelos, tradições e mitos. Criado para quem já conhece Itália, ou para quem queira saber sobre o país ainda mais, este jogo pode servir também como guia turístico, graças aos seiscentos artigos repletos de histórias, notícias e divertidos factos.
EDITORA FORGE REPLY PARA ANDROID, iOS PREÇO GRÁTIS
DYSTOPIA: CONTEST OF HEROES
9 EDITORA BEETROOT LAB PARA ANDROID, iOS PREÇO GRÁTIS
Dystopia: Contest of Heroes é um RPG de estratégia numa realidade cyberpunk que tem o conhecido lutador Conor McGregor como símbolo e personagem jogável. Dystopia foi criado para todos os tipos de jogadores, com um processo simples de integração que apresenta a profundidade do jogo aos poucos. O jogador começa como um rebelde que encontra um local para a sua base, precisando conquistar distritos de Nova Iorque para criar um império, enquanto obtém melhores recursos. É possível formar alianças com outros jogadores e, desta forma, facilitar o confronto com os adversários.
THE WITCHER: MONSTER SLAYER
9
Este é um jogo de realidade aumentada, similar ao popular Pokémon Go, onde o jogador assume o papel de um caçador de monstros de elite. O universo The Witcher está muito bem representado com mais de cem diferentes espécies de monstros, conhecidos e novos, sendo utilizada a localização e hora do dia para determinar quais podemos encontrar. Ao longo do jogo iremos melhorando as nossas habilidades, equipamentos e táticas para enfrentar monstros cada vez mais poderosos. Os combates não são difíceis, mas requerem alguma prática e destreza, e também saber que mecânicas usar para enfrentar cada monstro.
EDITORA SPOKKO PARA ANDROID, iOS PREÇO GRÁTIS
MY TALKING ANGELA 2
9 EDITORA OUTFIT7 PARA ANDROID, iOS PREÇO GRÁTIS
O mais recente jogo desta conhecida série melhora em muito o seu antecessor, trazendo melhores gráficos, muitas mais acções e uma maior interactividade com o jogador. Os jogadores podem sair com Angela para irem às compras ou conhecer a cidade, vesti-la com roupas, ajudá-la a aprender a dançar, cozinhar ou criar músicas, entre muitas outras coisas. Existem diversos minijogos para manter o jogador envolvido e muitos itens para coleccionar. O elevado número de opções de personalização permite aos jogadores darem asas à imaginação e criarem aquilo de que mais gostarem.
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SLEEP
MAFALDA FREIRE
SETEMBRO/2021
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3 DE SETEMBRO DE 1995
COMPRAR E VENDER ONLINE NUNCA FOI TÃO FÁCIL
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Foi nesta data que nasceu o eBay. Ainda com o nome AuctionWeb, Pierre Omidyar fez, acidentalmente, o seu primeiro leilão online. O artigo vendido foi um ponteiro laser avariado e o comprador era um coleccionador desse tipo de artigos.
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DEPARTAMENTO DE ARTE l Director de Arte: Rui Lisboa Paginação, ilustração e arte de capa ((pinterest.pt/ruilisboa_art instagram.com/ruilisboa.art facebook.com/rui.lisboa)
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8 DE SETEMBRO DE 1966
OLÁ, STAR TREK
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É emitido o primeiro episódio da série de ficção científica criada por Gene Roddenberry. Star Trek acompanha as aventuras da nave Enterprise e da sua tripulação, liderada pelo Capitão Kirk. É possível que algumas tecnologias mostradas, como o Tricorder, possam ter influenciado invenções ligadas às comunicações móveis e à computação.
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14 DE SETEMBRO DE 1959
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O PRIMEIRO OBJECTO HUMANO NA LUA A sonda espacial soviética Luna 2 despenha-se na superfície do satélite natural da Terra, tornando-se o primeiro objecto feito pelo homem a chegar à Lua.
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Estatuto editorial disponível em: pcguia.pt/estatuto-editorial/ l
ASSINATURAS l Novas assinaturas e apoio ao assinante loja.pcguia.pt / apoio.cliente@fidemo.pt DISTRIBUIÇÃO l VASP, Soc. de Transportes e distribuição Lda. MLP, Media Logistics Park, Quinta do Grajal, Venda Seca, 2739-511 Agualva-Cacém. Telef: 214 337 000 PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO l Lidergraf | Sustainable printing Lidergraf | Delegação Sul Edifício Diogo Cão, Doca de Alcântara Norte, 1350-352 Lisboa, Portugal Tiragem média: 22 000 exemplares Periodicidade: Mensal l PVP(Cont.): €3,9O
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28 DE SETEMBRO DE 1997
APPLE PEDE PARA SE PENSAR DE FORMA DIFERENTE Após duas semanas de ter sido nomeado CEO interino, Steve Jobs lança uma das mais emblemáticas campanhas da Apple, a ‘Think Different’. A iniciativa foi o “motor” para o ressurgimento da empresa, que na altura estava na bancarrota. Hoje é a maior do mundo em valor de mercado no ranking da Forbes: 2,252 mil milhões de dólares.
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Proprietário / Editora: Fidemo, Soc. de Media Lda. l
Director-Geral: Vasco Taveira vascotaveira@pcguia.fidemo.pt l
Administração/Gerência: Vasco Taveira, Pedro Tróia l
A Google e a T-Mobile lançam o T-Mobile G1, também conhecido como HTC Dream, o primeiro smartphone com o sistema operativo Android. Actualmente, é a plataforma mobile mais utilizada no mundo com 72% de quota de mercado (Statcounter).
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O ANDROID É APRESENTADO AO MUNDO
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DEPARTAMENTO DE PUBLICIDADE l Directora comercial: Cristina Magalhães cmagalhaes@pcguia.fidemo.pt
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23 DE SETEMBRO DE 2008
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REDACÇÃO l Director: Pedro Tróia ptroia@pcguia.fidemo.pt l Chefe de Redacção: Gustavo Dias gdias@pcguia.fidemo.pt l Editor: Ricardo Durand rdurand@pcguia.fidemo.pt l Redacção: Mafalda Freire l Cronistas: Alexandre Gamela, André Gonçalves, Pedro Aniceto, André Rosa, António Simplício
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