PCGuia 315 - Abril 2022

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Abril 2O22

QOS EM REDES WI-FI

Ano 27

n

N.º 315

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Dê uma nova vida ao seu computador com o melhor software para trabalho, lazer e segurança


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ÍNDICE 09

38 / Se anda à procura de novas aplicações para instalar no computador ou quer começar tudo do zero com software acabadinho de instalar, dizemos-lhe quais são as melhores opções para editar texto, vídeo, imagem; proteger o PC contra ameaças de segurança, fazer a gestão de passwords e muito mais.

PEDRO TRÓIA / Director

A GUERRA DAS CÂMARAS A invasão russa da Ucrânia é um conflito em que a Internet está a desempenhar um papel essencial. O governo ucraniano tem uma estratégia de comunicação cuidada e constante: adoptaram mitos como o do Fantasma de Kiev e amplificaram os memes dos lavradores que roubam tanques aos russos, que os deixam abandonados nos campos por falta de combustível ou por, simplesmente, ficarem presos na lama. Mas também mostram os bombardeamentos a alvos civis e a destruição de estruturas que nada têm que ver com a guerra. Desde o primeiro dia, os dirigentes aparecem em vídeos nas cidades destruídas, junto a civis e a militares. Os ucranianos também publicam as baixas do lado russo em soldados e material (estes números são algo exagerados), num esforço para moralizar os seus cidadãos e os cidadãos dos outros países. Do lado russo, toda e qualquer manifestação contra a guerra foi abafada, as redes sociais foram bloqueadas, aumentaram-se as penas para quem for apanhado a subverter a linha do discurso oficial e as TV, todas controladas pelo estado, mostram a excelente recepção que os soldados russos receberam quando chegaram à Ucrânia. Nesta guerra, há um factor que facilita muito a vida dos propagandistas, pelo menos do lado ucraniano, porque do lado russo pouco ou nada se pode fazer além da linha oficial do estado: toda a gente anda com um smartphone no bolso e grava o que se passa à sua volta. Isto fornece material em bruto que pode, depois, ser usado para mostrar o que se passa na guerra. Não se sabe quem é que vai ganhar o conflito no terreno, mas no campo da comunicação, a Ucrânia está a destruir a Rússia.

TEMA DE CAPA

02

ON

04 / Notícias de tecnologia, coluna Made in Portugal, Hashtags e Green.

03

INFOGRAFIA

16 / Conheça a evolução da Internet por satélite.

04

START UP

18 / A Taikai é uma startup nacional que desenvolveu uma plataforma hackathon cujo objectivo é apoiar os processos de recrutamento das empresas, através de desafios de inovação.

05

BOOT

20 / DEFEITOS ESPECIAIS O Ricardo Durand explica por que é que o mais recente iPhone SE é uma desilusão. GUIAS 22 / Crie uma mixtape com músicas MP3 numa pen

24 / Bloqueie utilização de software em computadores partilhados 26 / Instale vários programas de uma vez 28 / Optimize o seu router (ou modem) com as definições QoS

06

LINUX

32 / Nesta edição, apresentamos três alternativas livres ao Microsoft Office para explorar e usar.

07

MACGUIA

34 / Aprenda a importar os favoritos do Chrome, Edge e Firefox para o Safari.

08

DESCOMPLICÓMETRO

36 / Explicamos-lhe como funcionam os painéis QLED, os principais “rivais” da tecnologia OLED.

10

APPS

48 / Uma selecção das melhores aplicações de comunicações com encriptação de dados.

11

PLUG

52 / Este mês, o Luís Alves montou um computador super-silencioso com recurso a produtos da be quiet!

12

LAB

54 / TECNOLOGIA EM MOVIMENTO O Gustavo Dias fala dos difíceis tempos que se avizinham com a falta de componentes, metais, de alimentos e o inevitável aumento dos preços.

56 / GADGETS B&O Beosound Level Sony SRS-NS7 Hisense ULED 65U8GQ Garmin Instinct 2 Surf Edition Ericeira Huawei Scale 3 58 / TESTES HP Omen 17 Dynabook Portégé X30L Microsoft Laptop Studio Qnap QMiro-201W Lenovo Tab P12 Pro Redmi Note 11 Samsung Galaxy Tab S8 Ultra Huawei P50 Pocket TCL NXTPaper 10s Logitech MX Keys Oppo Find X5 Pro 67 / TOP PCGuia Conheça o ranking dos melhores dispositivos que testamos todos os meses.

13

PLAY

68 / JOGOS Total War: Warhammer 3 Gran Turismo 7 72 / HARDWARE Philips Momentum 27M1N3200

14

SLEEP

74 / Em Abril, assinalamos o nascimento da Apple, o início dos trabalhos do ENIAC e o aparecimento do primeiro ecrã azul da morte.

CLASSIFICAÇÕES A PCGuia usa um método de avaliação de produtos que tenta conciliar as medições de desempenho com os aspectos mais empíricos como a experiência de utilização. O valor final da nota será obtida através de uma média aritmética que dará um valor de 1 a 10. Os produtos com nota 9 ou superior recebem o Prémio de Excelência PCGuia. Mais informação em pcguia.pt/como-testamos.

MEDIÇÕES

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

8

10

6

9 Distribuidor: PCGuia Site: pcguia.pt Preço: €42 Facto positivo Facto negativo

3


03

INFOGRAFIA MAFALDA FREIRE

A EVOLUÇÃO DA INTERNET POR SATÉLITE A Internet por satélite não é algo de novo e tem-se mostrado importante para fornecer comunicações nos locais mais remotos do Planeta. O projecto Starlink (SpaceX) colocou esta tecnologia nas notícias e poderá ser vital para a Ucrânia ter Internet durante a invasão russa. Conheça um pouco mais deste “mundo”.

+ 20,4% CAR

VALOR DO MERCADO (MIL MILHÕES EUROS)

2,64

3,17

2020

2021

2024

SATÉLITES STARLINK 1440

1714

1919

2027

MAI 2019

DEZ 2019

JAN 2020

1668 182

JAN 2021

ABR 2021

MAI 2021

NOV 2021

MAR 2022

FEV 2019

254

322

74

40

6 NOV 2020

* estimativa

428

422 MAI 2020

2030

SATÉLITES ONEWEB

922 966 247 67 127

16,77*

9,48*

5,49*

G

FEV 2020

MAR 2020

ABR 2021

JUL 2020

NOV 2021

FEV 2022

CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES PREVISTA PELAS PRINCIPAIS EMPRESAS

6372

4600

3236

INTERNET POR SATÉLITE EM PORTUGAL Devido à penetração da banda larga em Portugal, o serviço de Internet por satélite tem pouca expressão. Ainda assim, o número de assinantes cresceu 78,5% entre o final de 2018 e o terceiro trimestre de 2020. Os acessos à Internet por satélite correspondem a 0,3% do total de acessos a partir de um local fixo.

1 400 1 200

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ACESSOS À INTERNET POR SATÉLITE EM PORTUGAL

1 000 800

+ 78%

600 400 200 0

4 ºT 1 ºT 2016 2017

2 ºT 2017

3 ºT 2017

4 ºT 2017

1 ºT 2018

PRINCIPAIS SERVIÇOS EXISTENTES EM PORTUGAL

16

2 ºT 3 ºT 2018 2018

4 ºT 2018

1 ºT 2019

2 ºT 2019

3 ºT 2019

4 ºT 1 ºT 2 ºT 3 ºT 4 ºT 2019 2020 2020 2020 2020

Fonte: Statista, SpaceX, Allied Market Research, Jonathan's Space Pages, Anacom

12 000


05

BOOT

RICARDO DURAND

CRIE UMA MIXTAPE COM MÚSICAS MP3 NUMA PEN 1

2

As K7 de áudio podem já ter desaparecido da maioria das lojas e ter-se perdido o hábito de gravar música neste tipo de suporte, mas não é por isso que vamos deixar de criar mixtapes. Só que agora, em vez da fita, usamos uma pen USB. Hoje em dia, boa parte da música que ouvimos vem de fontes digitais, com o streaming à cabeça. Mas isso não significa que já não se possam criar mixtapes para termos playlists fora do smartphone e que podemos pôr a tocar numa festa ou em casa de amigos, sem termos de nos ligar à Internet. O programa gratuito Audacity permite fazer isto mesmo: escolher uma série de faixas em MP3 e juntá-las todas num só ficheiro, onde até podemos gravar transições personalizadas e introduções a cada música. A ideia é criar um ficheiro automático (batch) para gravar numa pen USB, incluindo efeitos visuais.

1

Faça o download do Audacity em audacityteam.org e inicie o programa. Abra a pasta onde tem a música que quer juntar numa mixtape e arraste um ficheiro MP3 para a janela do Audacity. A música aparece como uma nova faixa - repita este processo, arrastando os os outros MP3 pela ordem em que quer que sejam reproduzidos. Todos são adicionados como faixas separadas, o que significa que se carregar em ‘Play’ 1 , todas as faixas são reproduzidas ao mesmo tempo. Para que sejam tocadas em sequência, seleccione-as com a combinação de teclas ‘Ctrl+A’, abra o menu ‘Faixas’ > ‘Alinhar faixas’ > ‘Alinhar Fim com Fim’ 2 .

1

Embora as músicas sejam tocadas por ordem, continuam a ser apresentadas como faixas separadas no Audacity. Para as juntar numa única, clique em ‘Ficheiro’ > ‘Exportar’ > ‘Exportar como MP3’ 1 . Dê um nome à mixtape e clique em ‘Guardar’. Quando o Audacity mostrar uma janela de aviso que indica que as ‘faixas serão misturadas e exportadas como um ficheiro estéreo’, clique em ‘Ok’. Volte a entrar em ‘Ficheiro’ > ‘Ficheiros Recentes’ e escolha o MP3 que acabou de gravar - as músicas aparecem agora como uma única faixa.

2

2

1

Se quiser gravar introduções para cada música, é agora que o deve fazer (se não, salte para o passo 5). Ligue uns auscultadores ao computador para que possa ouvir a música, sem que seja captada pelo microfone. Para gravar a introdução da primeira, mantenha premida a tecla ‘Shift’ e clique em ‘Gravar’ (botão com o ponto vermelho) 1 . A sua voz será gravada numa nova faixa, que fica logo por baixo da que tem a música da mixtape. Quando terminar, clique no botão ‘Stop’ 2 . Repita este passo para todas as zonas de transição entre músicas, mas sem manter a tecla ‘Shift’ pressionada.

3

22


Criar uma mixtape é uma óptima forma de recriar aqueles momentos em que ouviamos emissões de rádio com uma K7 pronta a gravar as nossas músicas preferidas.

1 2

Depois de adicionar as introduções, é preciso reduzir o volume da música nos momentos em que estamos a falar. Clique em ‘Selecionar’ no canto inferior esquerdo da faixa da mixtape, abra no menu ‘Efeitos’ e escolha ‘Auto Duck’; na ‘Quantidade de Baixo’ defina -12 dB 1 e 0,75 segundos no ‘Tamanho da subida gradual exterior’ 2 . Clique em ‘Ok’ e carregue em ‘Play’ para ver como ficou. Para desfazer estas alterações, basta usar a combinação de teclas ‘Ctrl’ + Z’.

4

2

1

Faça ‘Ctrl + A’ para seleccionar todas as faixas, entre mais uma vez no menu ‘Efeitos’, escolha ‘Normalizar…’ 1 e clique em ‘Ok’. O Audacity analisa a música da mixtape e as intros que gravou para ajustar o volume de uma forma mais uniforme. Aproveite ainda para editar os metadados da mixtape: ‘Editar’ > ‘Metadados’ > ‘Limpar’. Preencha com as novas informações, pelo menos em ‘Nome do Artista’ e ‘Nome da Faixa’ 2 . Para gravar tudo, carregue em ‘Ok’.

5

Exporte o seu ficheiro MP3 como fez no passo 2, mas desta vez grave-o na pen USB. Para reproduzir a mixtape, vamos usar a versão portátil do VLC, que pode descarregar gratuitamente em videolan.org. Carregue na seta branca ao lado de ‘Download VLC’ e escolha ‘Zip package’ 1 . Depois de já ter o ficheiro no computador, extraia a pasta ‘vlc-3.0.16’ também para a pen.

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Para criar o ficheiro batch da mixtape, abra o Bloco de Notas (procure-o no menu ‘Iniciar’) e escreva o comando: start vlc-3.0.16\ vlc.exe mixtape.mp3 --audio-visual=visual --effect-list=spectometer --fullscreen (aqui tem de substituir a palavra’ mixtape’ pelo nome do seu ficheiro MP3; se a versão do VLC que descarregou não for a 3.0.16, também tem de alterar isso neste comando). Grave-o como ‘mixtape.bat’ e guarde-o na pen USB 1 . Quando clicar neste ficheiro, a mixtape começa a ser reproduzida com uma visualização em ecrã inteiro no VLC.

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1

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05

BOOT

G U S TAVO DI A S

OPTIMIZE UM ROUTER (OU MODEM) COM AS DEFINIÇÕES QoS Com recurso à tecnologia Quality of Service, vamos conseguir fazer frente aos desafios causados pelo aumento de dispositivos ligados numa rede doméstica. À medida que vai adicionando novos dispositivos à sua rede doméstica, por cabo ou Wi-Fi, a quantidade de dados que têm que ser geridos pelo router ou modem aumenta de forma significativa. Isto pode gerar alguns problemas relacionados com instabilidade no sinal, downloads irregulares e possíveis falhas de ligação. Tudo isto se

deve ao facto de, por defeito, os routers estarem configurados para atribuir a mesma importância a todos os dispositivos. Por exemplo, o download de updates do Windows pode estar a ocupar demasiada largura de banda, enquanto uma videochamada, começa a ter falhas e a desligar-se constantemente. Contudo, qualquer modem ou router actuais têm à sua disposição a tecnologia Quality of Service (QoS – qualidade do serviço), que permite atribuir prioridade a certo tipo de dados, tarefas e dispositivos, garantindo assim que a ligação à Internet fique mais estável onde é realmente precisa.

1

CONHECER O ESQUEMA DA SUA REDE

Antes de fazer qualquer tipo de alteração às definições de rede, convém identificar a forma como a mesma foi criada e como está esquematizada. É essencial determinar a origem da ligação à Internet, muitas vezes associada a um router com modem integrado ou a dispositivos isolados. Nesta situação, o router fica com a tarefa de gestão das ligações internas em sua casa, ou seja, é aqui que todos os dispositivos como televisões, consolas, smartphones, computadores, lâmpadas e colunas inteligentes se irão ligar. Podem ainda haver extensores de rede, dispositivos mesh ou powerline, para garantir um sinal de qualidade em divisões onde, anteriormente, o sinal tinha falhas. Esta esquematização é crucial para perceber se os produtos estão ligados directamente ao modem ou a estes outros equipamentos, o que poderá impedir que os mesmos acedam às definições do QoS do router. 28


Configure sempre o serviço de telefone como prioritário na lista de serviços do QoS, para evitar que as chamadas vão abaixo em alturas de congestionamento de dados.

2

IDENTIFICAR O CENTRO DA SUA REDE

Tradicionalmente, nas redes mais simples, os dispositivos ligam-se directamente ao modem do operador, uma vez que este tende a ter a função de router. Porém,existem situações em que o router e o modem são dois equipamentos isolados, sendo recomendável que a ligação dos restantes dispositivos seja feita apenas ao router - é este que terá as melhores capacidades de gestão da ligação. Caso tenha um dispositivo ligado directamente ao modem, sem passar pelo router, as definições do serviço QoS deixam de ter efeito nos dispositivos. Isto é igualmente válido para os extensores de rede.

3

Para entrar nas definições do serviço de QoS, terá de aceder ao menu de configuração do router. A forma de o fazer está, muitas vezes, indicada no autocolante colocado na parte inferior ou posterior do equipamento, bem como no manual de instruções. O acesso é feito a partir de um endereço IP (como 192.168.1.1 ou 192.168.1.254) ou, então, através de um endereço com o nome ou a marca do router, como é o caso de http://fritz.box - usámos um Fritz!Box 75030AX para fazer este tutorial. Se não o conseguir encontrar ou se tiver sido modificado (por si, ou pelo operador), pode sempre identificar o endereço directo através da porta IP da gateway da sua rede doméstica. Para tal deverá usar a ‘Linha de comandos’ do Windows: escreva cmd no menu ‘Iniciar’; digite o comando ipconfig e clique em ‘Enter’. Com isto, aparecerem os detalhes da sua rede, como o tipo de ligação, a porta IP e o endereço da gateway 1 : é este resultado que deverá usar como acesso ao menu das definições do router, escrevendo-o no seu navegador de Internet.

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LIGAR O SERVIÇO QoS

Depois de encontrar o menu de configuração do router, basta encontrar as definições do serviço de QoS. Infelizmente, não existe uma fórmula universal, pois cada fabricante tem um menu de configuração próprio. No caso do Fritz!Box, o acesso à configuração do serviço QoS encontra-se no menu de ‘Internet’ > ‘Filters’ 1 . Aqui, pode alterar a prioridade dispositivos e definir que aplicações terão um acesso à Internet em toda a sua capacidade, como por exemplo, os serviços de streaming Netflix, Prime Video, Disney+ ou HBO Max. Se for adepto de gaming, deverá colocar como aplicações prioritárias os videojogos, para que o router considere as restantes como aplicações de baixa prioridade. Pode fazer tudo isto na opção ‘Prioritized Applications’ 2 , clicando em ‘New Rule’ 3 .

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ACEDER AO ROUTER

QoS EM ROUTERS DAS OPERADORAS

A maioria dos routers disponibilizados pelas principais operadoras nacionais (Vodafone, Meo, NOS e Nowo) já têm, por defeito, a capacidade de atribuir prioridade aos dados, mas esta função é, quase sempre, desactivada pelo próprio operador, a partir do momento em que este instala a sua versão do firmware. Não existe forma (legal) de contornar essa limitação, mas existem excepções: alguns modelos mais antigos têm ainda acessíveis os menus de configuração QoS. Para aceder a essas definições, terá sempre de usar a interface de configuração avançada 1 , aqui com o exemplo da Vodafone. 29


07

MACGUIA RICARDO DURAND

IMPORTAR FAVORITOS DO CHROME, EDGE E FIREFOX PARA O SAFARI Se acabou de mudar para um Mac, e só quer usar o browser da Apple, é possível transferir de forma fácil e rápida os favoritos que tem guardados no Chrome, Edge e Firefox - bastam apenas dois passos. Passar os favoritos de um browser para outro já não é a complicação que era há alguns anos, em que os próprios navegadores nem tinham a capacidade de, por si, sincronizá-los entre computadores diferentes. Por exemplo, o Firefox usava um plugin para fazer isso, o Xmarks, mas hoje já tem um modelo igual ao do Chrome, em que basta

fazer login com uma conta para ter tudo sincronizado. No Edge, usamos uma conta Microsoft para isso. Mas a questão, aqui, é a transferência de favoritos entre browsers diferentes - e se do Safari para Chrome, Edge e Firefox o iCloud nos pode ajudar a ter tudo sincronizado, no sentido inverso temos de recorrer à exportação manual.

BROWSERS NO MESMO COMPUTADOR

BROWSERS EM COMPUTADORES DIFERENTES

Se já tem o Chrome e/ou o Firefox instalados no Mac, com os seus favoritos nestes dois browsers, há uma forma mais rápida de os importar, sem termos de estar a fazer tudo de forma manual. Neste caso, basta abrir o Safari, clicar em ‘Ficheiro’ > ‘Importar de’ 1 e escolher ‘Firefox’ ou ‘Chrome’. Os favoritos de um ou de outro serão adicionados de imediato ao Safari - em ambos, podemos ainda importar o histórico e as palavras-passe 2 .

Se tiver os browsers instalados em computadores diferentes e os quiser passar a usar no navegador da Apple, vamos ter de seguir uma abordagem separada para cada um deles, com recurso às suas ferramentas de exportação. A primeira coisa a fazer, sempre, é criar um ficheiro HTML com os favoritos que estão guardados nos browsers. Para fazer a transferência entre computadores, pode usar uma pen ou um serviço de cloud. No fim, explicamos como fazer a importação dos ficheiros de favoritos criados (em HTML) para o Safari.

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EXPORTAR FAVORITOS DO CHROME

Clique no ícone com os três pontinhos 1 (‘Personalizar e controlar o Google Chrome’) no canto superior direito da janela do browser e, depois, em ‘Marcadores’ > ‘Gestor de marcadores’ . Ao lado do campo ‘Pesquisar marcadores’ tem outros três pontinhos: clique aqui e escolha ‘Exportar marcadores’ 2 . Seleccione um local para guardar o ficheiro HTML e, se quiser, mude-lhe o nome - sugerimos ‘Favoritos Chrome’ (faça o mesmo para os outros). 34


EXPORTAR FAVORITOS DO FIREFOX

EXPORTAR FAVORITOS DO EDGE

IMPORTAR FAVORITOS PARA O SAFARI

No Firefox, o método é muito semelhante ao do Chrome. Carregue no ícone dos três tracinhos ao lado do campo do URL 1 e seleccione ‘Marcadores’ > ‘Gerir marcadores’. Na janela que aparece, clique em ‘Importar e criar cópia de segurança’ > ‘Exportar marcadores para HTML’. 2 Grave o ficheiro como aconteceu com o Chrome.

Se tiver o browser da Microsoft, carregue nos três pontinhos (‘Definições e muito mais’) que estão no topo da janela, à direita, e clique em ‘Favoritos’ 1 . Agora, volte a carregar num outro ícone com três pontinhos 2 (um novo, ao lado de um desenho de um pin) e escolha ‘Exportar favoritos’. O que se segue é igual ao passo dos browsers anteriores, ou seja, gravar o HTML.

Quando tiver os HTML com os favoritos do Chrome, Firefox e Edge no Mac, basta entrar no Safari e clicar em ‘Ficheiro’ > ‘Importar de’ > ‘Ficheiro HTML de marcadores’ 1 . Isto faz abrir uma janela onde temos de procurar os ficheiros que criámos e importá-los para o Safari. Depois de escolher o HTML com os favoritos e clicar em ‘Importar’ 2 , não aparece qualquer mensagem de confirmação, mas o processo é feito. Para ver os “novos” favoritos, clique em ‘Marcadores’ na barra do Safari - no fim do menu, está uma pasta chamada ‘Importados’, com a data em que o fez 3 . Para ter os favoritos na barra do browser, e ter um acesso mais fácil, clique em ‘Editar marcadores’ e arraste-os para os ‘Favoritos’ 4 .

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SINCRONIZAR OS FAVORITOS DO SAFARI COM OUTROS BROWSERS VIA iCLOUD Esta opção também pode ser útil para quem usa o Safari e quer ter acesso aos favoritos noutros browsers, num PC com Windows. Nas ‘Preferências de Sistema’ do macOS, entre em ‘iCloud’ e confirme que a opção ‘Safari está ligada’ 1 . Depois, no PC, faça o download da app iCloud a partir da Microsoft Store. Em ‘Marcadores’, 2 basta seleccionar os browsers com que quer que os favoritos do Safari se sincronizem, em ‘Opções’. Clique em ‘Aplicar’ para confirmar as escolhas. 35


09

TEMA DE CAPA

PROGRAMAS ESSENCIAIS PARA O SEU COMPUTADOR

Se anda à procura de novas aplicações para instalar no computador ou quer começar tudo do zero com software acabadinho de instalar, este tema de capa é para si. Dizemos-lhe quais são as melhores opções para editar texto, vídeo, imagem; proteger o PC contra ameaças de segurança, fazer a gestão de passwords e muito mais. Se seguir as nossas mais de cem sugestões, vai ficar com um super-computador para trabalhar e lazer.

G U S TAVO DI A S , M A FA L DA F R E I R E E R ICA R D O D U R A N D

38


NAVEGAÇÃO NA WEB Edge | O Windows já vem com o Edge, um navegador criado com base no Chromium, a mesma base do Google Chrome. Contudo, o browser da Microsoft inclui várias características que este não tem - o destaque vai para as opções feitas à medida dos utilizadores Windows, como a possibilidade de adicionarmos sites ao menu ‘Iniciar’. Safari | Se o Windows traz o Edge, o macOS tem o Safari, que recentemente foi reforçado com algumas opções de segurança, principalmente no que respeita à gestão de passwords. O Safari torna-se quase obrigatório para quem “vive” de forma total o ecossistema da Apple - quase 40% dos utilizadores Mac não usa mais qualquer browser além do Safari - segundo os dados do site Statcounter, é mesmo o segundo mais utilizado do Mundo, com quase 20% de quota.

Firefox | Uma das alternativas crónicas continua a ser este navegador de código aberto, com algumas das melhores opções de privacidade para navegar na Internet.

Vivaldi | Este browser ganhou popularidade pelo nível de personalização que dá ao utilizador. Por exemplo, permite-nos “empilhar” separadores dentro de separadores, com recurso a menus drop-down, duas barras de separadores ou mostrando-os a todos apenas numa “pilha” activa. Podemos ainda adicionar um painel a cada lado da janela, com menus e aplicações do browser (notas, e-mail, RSS e calendário), assim como sites.

Chrome | A escolha da maioria dos utilizadores continua a ser o Google Chrome (63% de quota, em Janeiro de 2022), um browser que vale sobretudo pela ligação à Google e pela integração com todos os serviços desta marca: a plataforma de cloud Drive ou a suite de produtividade online Docs. Tal como o Safari no iOS, o Chrome também é muito usado pelos utilizadores Android, uma vez que podemos sincronizar dados de navegação e favoritos de forma automática e nativa entre dispositivos. Ainda que compatível com milhares de extensões para várias finalidades, isto também é considerado um problema de segurança, pelo facto de algumas poderem não ser legítimas; outro dos problemas tem que ver com o comportamento da Google: regista tudo o que fazemos no browser, pelo que a nossa privacidade acaba por ficar comprometida. Se é mesmo fã do Chrome, e quer evitar o “controlo” da Google, o Ungoogled Chromium é o ideal. O problema é que, embora desligue muitos serviços que dependem da Google, nem sempre os substitui por outros equivalentes - ou seja, só deve usar este browser se for um utilizador avançado.

Primeira escolha Chrome Alternativas Safari, Edge (utilizadores comuns), Firefox, Ungoogled Chromium (mais privacidade), Vivaldi (adeptos da personalização)

GESTORES DE PASSWORDS Foi, é, e será sempre uma realidade: as pessoas insistem em usar palavras-passe muito fáceis de adivinhar, como ‘12345’, o próprio nome ou ‘password’. Mesmo quem use uma que vá além destas opções, tem quase sempre os mesmos dados de login para vários sites, porque há o “medo” de nos esquecermos da password que é usada em cada serviço ou app. Para ajudar a melhorar a forma como escolhemos, e usamos, palavras-passe há os gestores de passwords, alguns deles já incluídos nos browsers, como acontece com o Safari e o Chrome. Ainda assim, usar um gestor deste género que esteja fora da alçada da Apple ou da Google também pode ser uma boa prática, até porque alguns têm funcionalidades que estas soluções nativas não oferecem. Um gestor de palavras-passe é, por isso, um complemento essencial para o computador ou smartphone. A nossa escolha é o Bitwarden, cuja versão gratuita é mais que suficiente para uma utilização básica e/ou média. Contudo, por dez dólares/ano (cerca de oito euros) temos acesso a uma série de funcionalidades avançadas, como a partilha encriptada de ficheiros. Uma das principais alternativas é o KeePass; o LastPass também podia estar no topo das nossas recomendações, mas o facto de a versão gratuita ter passado a poder ser usada apenas num dispositivo (computador ou smartphone), faz com que se perca uma das vantagens deste tipo de plataforma: tudo sincronizado entre equipamentos. Contudo, se tiver disposto a pagar uma anuidade de 34,80 euros, o LastPass é uma boa opção.

Primeira escolha Bitwarden

Outros dois serviços de gestão de passwords a considerar são o 1Password e o Dashlane, este último com uma VPN incluída no plano premium (39,99 euros/ano), para que possa manter a sua localização e IP ocultos enquanto navega na Web.

Alternativas LastPass (se quiser pagar) ou Dashlane (por incluir uma VPN). 39


12

LAB

HP OMEN 17 Juntamente com o recém-testado Omen 16, a HP lançou também, em Portugal, a nova gama Omen 17, que reúne componentes de topo numa configuração de destaque. Visualmente idêntico ao Omen 16, o novo HP Omen 17 utiliza um chassis muito elegante, com um acabamento mate (muito sensível a dedadas), que combina na perfeição com a retroiluminação RGB do teclado mecânico de switches ópticos. Relativamente compacto para um equipamento com um ecrã de 17,3 polegadas, o Omen 17 tem várias ligações: USB 3.2 Gen1 de 5 Gbps, USB-C 4 de 40 Gbps (compatível com a norma Thunderbolt 4 e DisplayPort, embora exista uma ligação Mini DisplayPort adicional) ou HDMI 2.1, para ligar a um monitor externo, no máximo 4K a 120 fps. Está ainda presente uma ligação de rede Gigabit, embora haja uma Wi-Fi 6E AX210, igualmente compatível com a norma Bluetooth 5.2.

MULTIMÉDIA DE EXCELÊNCIA Como referimos, este HP tem um ecrã IPS QHD (2560 x 1440) de 17,3 polegadas com 3 ms de tempo de resposta e 165 Hz de taxa de actualização. Em termos de brilho, chega aos 300 nits, o que não é extraordinário, mas a qualidade de imagem está garantida, ao ser capaz de reproduzir 100% do espectro de cores sRGB. A acompanhar este ecrã está um eficaz sistema de som optimizado pela Bang & Olufsen com certificação DTS:X - a qualidade é surpreendentemente agradável, tendo em conta que se tratar de um computador portátil.

ALTO DESEMPENHO Por se tratar de um equipamento da família Omen, são de esperar componentes de topo.

A motherboard com chipset Intel HM570 inclui um processador Intel Core i7-11800H de oito núcleos e dezasseis threads, 24 MB de cache e uma frequência base de 2,3 até 4,6 GHz, 32 GB de memória RAM do tipo DDR4 a 3200 MHz e uma unidade SSD NVMe PCIe de 1 TB. Para acompanhar esta plataforma, a HP escolheu uma poderosa Nvidia GeForce RTX 3070 com 8 GB de memória dedicada, mas estão disponíveis configurações com as GeForce RTX 3060 e RTX 3080; esta última, implica um aumento de oitocentos euros no já elevado preço deste Omen 17. Em termos de desempenho, o resultado foi excelente em praticamente todas as situações, especialmente nos jogos, existindo apenas um teste em que este Omen se comportou de forma não satisfatória: o de autonomia. Aqui, a bateria (83 Wh) de seis células chegou a pouco mais de hora e meia de autonomia - isto demonstra a elevada exigência energética deste equipamento, que recorre a um alimentador externo de 330 W com dimensões similares às de um Mac Mini ou de uma box de TV. G U S T A V O D I A S

MEDIÇÕES

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

4,4 4,1

5

4

Distribuidor: HP Site: hp.com/pt Preço: €2399,99

s Elevado desempenho s Qualidade do ecrã t Autonomia FICHA TÉCNICA n Processador: Intel Core i7-11800H a 2,5 GHz n Memória: 32 GB DDR4 3200 MHz n Armazenamento: 1 TB SSD NVMe n Placa Gráfica: Nvidia GeForce RTX 3070 8GB n Ecrã: 17,3” IPS 165 Hz (2560 x 1440) n Ligações: USB-C 4 (Thunderbolt 4), 3 x USB 3.2 Gen1, Mini DisplayPort, HDMI 2.1, Gigabit Ethernet, leitor de cartão SD, jack 3,5 mm n Dimensões: 397,1 x 262 x 27 mm n Peso: 2,78 kg

n

Mesmo sendo “dono” de um excelente desempenho em qualquer situação, se o objectivo for entrar em LAN parties com este Omen 17, esteja preparado para transportar um computador portátil pesado e um enorme alimentador externo de 330 W. 58

BENCHMARKS n PCMark 10: 6478 n PCMark 10 Battery Modern Office: 88 minutos n 3D Mark Fire Strike: 20 888 n 3D Mark Time Spy: 9943 n FarCry 6 1080p Ultra: 87 fps Shadow of Tomb Raider 1080p Highest: 110 fps

PONTO FINAL O Omen 17, nesta configuração em concreto, tem um desempenho elevado e reúne funcionalidades que qualquer gamer procura, como um rápido teclado mecânico e um ecrã de 165 Hz.


DYNABOOK PORTÉGÉ X30L A nova gama Portégé X30L garante todas as características típicas de modelos profissionais da Dynabook, com um chassis leve e compacto, mas robusto e resistente. Este novo Portégé impressiona pelo seu peso (apenas 906 gramas), bem como pela utilização de um chassis mais compacto que o habitual, graças à implementação de um ecrã IPS IGZO Sharp de 13,3 polegadas, que garante uma excelente imagem com resolução FHD 1080p e 470 nits de brilho máximo. A estrutura em magnésio foi sujeita aos exigentes testes de robustez MIL-STD 810G, o que à partida lhe dará uma confiança adicional, caso ocorra algum acidente. Este chassis é tão estreito, que a porta Gigabit LAN precisou de ter uma moldura de protecção mais espessa que o resto do equipamento; nas ligações físicas temos ainda duas portas USB 3.1 e USB-C 3.1 Gen2 compatíveis com Thunderbolt 4, sendo estas últimas responsáveis pela alimentação da bateria (finalmente), que tem quatro células de iões de lítio.

BATERIA PARA TODO O DIA A ligação USB-C permite que o Portégé X30L possa ser usado com carregadores de smartphones (com um de 65 W, por exemplo) para tirar partido da tecnologia de carregamento rápido, que garante que trinta minutos de carga se traduzam em até seis horas de utilização. Ao todo, conseguimos mais de onze horas e vinte minutos no teste

de autonomia do PCMark 10, um valor bastante interessante, mas ainda longe das quinze horas anunciadas pela Dynabook. Claro que, para este resultado, foi crucial a utilização de uma configuração eficaz, como o já referido ecrã LCD, mais compacto, mas também o processador Intel, configurado para trabalhar com um TDP de apenas 28 W.

sensor de impressões digitais, câmara com portinhola e autenticação Windows Hello), o valor pedido pela Dynabook parece-nos exagerado. G U S T A V O D I A S

MEDIÇÕES

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

3,9

PLATAFORMA INTEL O processador escolhido para este modelo foi um Intel Core i7-1165G7 (com uma controladora gráfica integrada Intel Iris Xe Graphics) de quatro núcleos e oito threads, 12 MB de cache, e uma frequência variável de 1,2 (TDP baixo), passando pelos 2,8 (TDP base), até aos 4,7 GHz, graças à tecnologia Max Turbo da Intel. O Portégé X30L que testámos tinha ainda 16 GB de memória RAM DDR4 (3200 MHz) e uma unidade SSD NVMe PCIe de 512 GB. Esta configuração garantiu um desempenho dentro do esperado, embora tivéssemos notado algumas limitações em termos gráficos, uma vez que os 7677 pontos obtidos no teste Wildlife do 3D Mark são significativamente inferiores aos mais de dez mil obtidos com outros equipamentos de configuração similar. Mesmo com a já referida porta Gigabit LAN, a que se soma WiFi6 e diversas soluções de segurança (TPM 2.0,

Por se tratar de um equipamento empresarial, este Dynabook tem uma webcam com portinhola de segurança e certificação Windows Hello, sensor de impressão digital, BIOS proprietária e módulo TPM 2.0.

3,4

4,7

3,5

Distribuidor: Dynabook Site: pt.dynabook.com Preço: €1729

s Qualidade de construção s Dimensões e peso s Autonomia t Preço FICHA TÉCNICA n Processador: Intel Core i7-1165G7 2,8 GHz n Memória: 16 GB DDR4 3200 MHz n Armazenamento: 512 GB SSD NVMe n Placa Gráfica: Intel Iris Xe Graphics n Ecrã: 13,3” IPS (1920 x 1080) n Ligações: 2 x USB 3.1 Gen1, 2 x USB-C 3.1 Gen2, HDMI, Gigabit LAN, MicroSD, jack 3,5 mm n Dimensões: 306 x 210 x 17,9 mm n Peso: 906 gr BENCHMARKS n PCMark 10: 4889 n PCMark 10 Productivity: 6837 n PCMark 10 Battery: 682 minutos n 3D Mark Wildlife: 7677 PONTO FINAL Não há dúvidas de que a Dynabook continua a criar óptimos equipamentos profissionais, compactos, com boa autonomia e boa qualidade de construção. Mas o preço parece-nos desajustado face a tudo o que oferece e, principalmente, pelo desempenho contido.

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PLAY JOGOS

O clássico dos jogos de estratégia tem uma nova fórmula. Longe vão os tempos em que a série de jogos de estratégia Total War se focava apenas em eventos históricos, como as batalhas no Japão feudal, as conquistas do Império Romano ou as Guerras Napoleónicas. No mais recente episódio há exércitos de ogres, demónios e monstros voadores, com a Creative Assembly a incluir muitas surpresas no combate eterno entre os seres mortais e os do caos. Este conflito começa com a prisão do deus Ursun pelo demónio Be’lakor, depois de ser atingido por uma bala amaldiçoada. O sofrimento de Ursun abriu fendas entre as realidades por onde vêem exércitos do caos, que lutam entre si para conseguirem chegar até ele. Uns querem soltá-lo, outros querem fazer pedidos e outros querem roubar o poder dele. Neste episódio de Total War, há uma diferença interessante em relação aos anteriores: a conquista do mapa não é o objectivo principal - o que é necessário é chegar a Ursun. A cada trinta jogadas, abrem-se fendas no mapa que deixam entrar exércitos demoníacos, o que resulta em batalhas de sobrevivência muito

encarniçadas. Cada vez que ganhamos uma, somos recompensados com uma alma e assim que conseguirmos conquistar quatro, chegamos a Ursun. O novo Warhammer traz algumas novidades no que toca à “qualidade de vida” dos jogadores. O sistema de cercos a fortalezas está mais afinado, as torres e as barricadas são mais poderosas e o design do mapa foi

bastante melhorado. Agora, há ruas abertas, paliçadas e estreitamentos que tornam a estratégia muito mais interessante, para quem ataca e defende. A série de jogos Total War sempre foi conhecida pelos gráficos cuidados e este Warhammer 3 não desponta. Isto é, se não se importar com o facto de grande parte dos cenários serem zonas desoladas e frias. P E D R O T R Ó I A JOGABILIDADE

LONGEVIDADE GRÁFICOS

SOM

4,2 4

5

4

4

Gráficos Melhoramentos Algo pesado em hardware mais modesto Editora: Sega Distribuidora: Ecoplay Plataforma: warhammer3.totalwar.com Site: Windows Preço: €59,99

PONTO FINAL Não gosto de Warhammer, mas sou fã sou incondicional de Total War - devo ter jogado todos, desde o primeiro. Este jogo não é bem um Total War, mas também não desaponta os adeptos da estratégia pura. Um conselho para quem quiser jogar este episódio: experimentem os dois primeiros, antes.

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PLAY HARDWARE

PHILIPS MOMENTUM 27M1N3200 Este modelo de gaming entra em jogo com um preço interessante para a quantidade de tecnologias de imagem que oferece. Resta saber se chega para levar o ouro. A série Momentum 3000 da Philips recebeu no princípio de 2022 novos monitores de gaming, todos com 27 polegadas, resposta de 1 ms e taxas de actualização variáveis entre 120 e 165 Hz. Entre estes, o topo de gama é o 27M1N3200, um modelo Full HD 16:9, IPS LED, com um preço abaixo dos trezentos euros, que está em linha com outras ofertas que têm sensivelmente as mesmas características. Nesta gama, é de esperar que os monitores tenham argumentos para conquistar os jogadores e que vão um pouco além dos já batidos 165 Hz e do milissegundo de resposta - assim, temos de começar a ver com que modos é que os podemos configurar.

FLEXIBILIDADE EM VÁRIOS TIPOS DE JOGOS O Momentum 27M1N3200 tem, efectivamente, alguns argumentos neste domínio, com um dos principais a ser a possibilidade de ajustar a imagem para modos pré-definidos de jogo, que mudam o tom das cores, o contraste e o detalhe (sharpness). Estes modos recebem o nome do tipo de jogo: FPS (jogos de tiros na primeira pessoa, como Call of Duty), Racing (corridas de automóveis)

e RTS (estratégia em tempo real); ao mudar entre todos notam-se as diferenças, mas, por exemplo, em Warzone (o multiplayer de Call of Duty), as opções de gráficos do próprio jogo já permitem fazer alguns ajustes que acabam por ser redundantes em relação ao que este monitor oferece. Uma funcionalidade curiosa é o facto de o modo RTS destacar um canto do monitor, onde podemos aumentar a imagem - isto pode ser bom para ver mapas com mais detalhe, mas temos dúvidas se esta vantagem não pisa um pouco a linha da batota. A questão de os monitores para gaming darem várias “ajudas” deste género pode ser vista como desleal para alguns jogadores, mas também tudo depende da seriedade com que encaramos uma sessão de multiplayer.

A INSISTÊNCIA NO JOYSTICK Se na imagem, o desempenho deste Momentum 27M1N3200 depende, assim, muito da configuração que fazemos, há pelo menos três pontos onde não podemos fazer nada: as ligações são muito limitadas (apenas duas HDMI e uma DVI), o som das colunas embutidas é francamente mau (nem

Uma funcionalidade curiosa é o facto de o modo RTS destacar um canto do monitor, onde podemos aumentar a imagem. 72

esperávamos que fosse bom) e a eficiência energética está no F (laranja). Outro dos males, que afecta vários monitores, é a forma de interagir com os menus: sem qualquer botão à frente ou mesmo por baixo, na moldura, temos apenas um joystick na traseira, que limita e muito a forma como navegamos pelas opções. RICARDO DURAND

QUALIDADE IMAGEM

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

3,8 4

3,5

4

Distribuidor: Philips Site: philips.pt Preço: €299

s Modos de imagem para jogos s Preço t Conectividade t Som FICHA TÉCNICA n Ecrã: 27” Full HD IPS LED n Tempo de Resposta: 1 ms n Resolução Máxima: 1920 x 1080 n Ligações: DisplayPort 1.2, HDMI 2.0 n Dimensões: 540 x 321 x 43 mm PONTO FINAL Com um preço em conta para o que oferece (está na linha de ofertas semelhantes), o 27M1N3200 é uma opção aceitável para entrar no mundo do gaming. O visual é adequado para o tipo de utilização, mas pedia-se mais versatilidade de ligações, como uma entrada VGA ou uma porta USB-C.


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SLEEP

MAFALDA FREIRE

ABRIL/2021

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1 DE ABRIL DE 1976

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NASCE A MARCA DA MAÇÃ

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Neste dia, Steve Jobs e Steve Wozniak criavam a Apple Computer para vender os primeiros Apple-1. Depois de quase ter ido à falência em 1997, a marca da maçã tornar-se-ia, em 2018, a primeira empresa do mundo a valer um bilião de dólares. Hoje, a empresa vale três vezes mais.

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10 DE ABRIL DE 1943

COMEÇAM OS TRABALHOS DO ENIAC

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Os investigadores da Universidade da Pensilvânia começam a trabalhar no Electronic Numerical Integrator and Computer (ENIAC). Seria o primeiro computador totalmente electrónico, capaz de fazer cálculos mil vezes mais rápido que qualquer outra máquina existente na altura.

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13 DE ABRIL DE 1970

«HOUSTON, TIVEMOS UM PROBLEMA»

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Um tanque de oxigénio explode no módulo de serviço da Apollo 13 e Jack Swigert diz «Okay, Houston, we’ve had a problem here». A sobrevivência dos três astronautas que estavam nesta missão ficou comprometida com uma explosão, mas a NASA conseguiu trazê-los de volta à Terra, em segurança.

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20 DE ABRIL DE 1998

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Chris Capossela, assistente de Bill Gates, faz uma demonstração do novo Windows 98. Para mostrar a funcionalidade plug-and-play, liga um scanner ao computador e este congela, aparecendo o famoso ecrã azul da morte (blue screen of death). Foi um mau prenúncio para o sistema operativo que acabou por durar pouco: foi substituído pelo XP em 2001.

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CHERNOBYL CHEGA AOS PC Aquele que ficou conhecido como o primeiro vírus para BIOS começou a disseminar-se neste dia (precisamente treze anos depois do acidente nuclear com o mesmo nome), em especial pela Europa e pela Ásia. Estima-se que tenha apagado informações dos discos rígidos de milhares de PC. 74

DISTRIBUIÇÃO VASP, Soc. de Transportes e distribuição Lda. MLP, Media Logistics Park, Quinta do Grajal, Venda Seca, 2739-511 Agualva-Cacém. Telef: 214 337 000 PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO Lidergraf | Sustainable printing Lidergraf | Delegação Sul Edifício Diogo Cão, Doca de Alcântara Norte, 1350-352 Lisboa, Portugal Tiragem média: 22 000 exemplares Periodicidade: Mensal PVP(Cont.): €3,9O

Administração/Gerência: Vasco Taveira, Pedro Tróia

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Sede, Redacção, Publicidade e Administração: Azinhaga da Torre do Fato 7 B - Escritório 1 1600 - 774 Lisboa / Telef: +351 214 193 988

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Detentores de 5% ou mais do Capital social: Vasco Taveira e Pedro Tróia

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Capital Social: 15 000€ Cont: 509 808 859 Depósito legal: 97116/96 Registo na E.R.C.: nº 119 452 Marca registada no INPI: 479 435

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ASSINATURAS Novas assinaturas e apoio ao assinante loja.pcguia.pt / apoio.cliente@fidemo.pt

Director-Geral: Vasco Taveira vascotaveira@pcguia.fidemo.pt

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Estatuto editorial disponível em: pcguia.pt/estatuto-editorial/

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26 DE ABRIL DE 1999

DEPARTAMENTO DE PUBLICIDADE Directora comercial: Cristina Magalhães cmagalhaes@pcguia.fidemo.pt

Proprietário / Editora: Fidemo, Soc. de Media Lda.

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DEPARTAMENTO DE ARTE Director de Arte: Rui Lisboa Paginação, ilustração e arte de capa pinterest.pt/ruilisboa_art instagram.com/ruilisboa.art facebook.com/rui lisboa.art

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O ECRÃ AZUL DA MORTE

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REDACÇÃO Director: Pedro Tróia ptroia@pcguia.fidemo.pt Chefe de Redacção: Gustavo Dias gdias@pcguia.fidemo.pt Editor: Ricardo Durand rdurand@pcguia.fidemo.pt Redacção: Mafalda Freire Cronistas: Alexandre Gamela, André Gonçalves, Pedro Aniceto, André Rosa, António Simplício

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