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agosto 2012
€3,30
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Dos GPS às apps, passando pelas pulseiras com pedómetro, mostramos-lhe as tecnologias para se pôr em forma
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dicas p e as me a r a procura lhores trabalh r o online
Agosto 2012
PC GUIA 2.0
pc gu ia .s ap o. pt
pcguia.sapo.pt
Guia de Facebook para os pais office 2013 Mostramos-lhe como usar a nova versão do Office à borla
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smartphones para todos
Os 10 melhores sites inspiradores
Não precisa de gastar uma fortuna para ter um smartphone: conheça aqui as melhores opções
Se precisa de ideias, veja os melhores sites para as encontrar
índice
Desporto tecnológico A tecnologia desde sempre está presente no desporto, mas agora está ligada à internet e às redes sociais, para o motivar a levantar-se da cadeira e mexer-se. Mostramos-lhe como a tecnologia o pode ajudar a ficar mais em forma quase sem dar por isso.
P.40 tema de capa
Melhor revista de TI em 2010
Director: Pedro Tróia / ptroia@pcguia.fidemo.pt Editor: Gustavo Dias / gdias@pcguia.fidemo.pt Redacção: Alexandra Costa, Fátima Ferrão, José Luis Porfírio, Luis Andrade, Luís Vedor, Márcia Campana, Miguel Marques Cronistas: Alexandre Gamela, Alexandre Silveira, Pedro Aniceto, André Rosa Revisão: Gonçalo Praça Apoio à redacção: Carla Costa Fotografia: Victor Gordo Infografia: Óscar Rocha Editor gráfico: Rui Lisboa paginação e ilustração (www.ruilisboa.com)
Fidemo – Soc. de Media Lda. Director-Geral: Vasco Manuel Taveira vascotaveira@pcguia.fidemo.pt Administração: José Carlos Leitão, Vasco Manuel Taveira Redacção, Publicidade e Administração: Rua Marcelino Mesquita, Nº 15-Loja 1 2795-134 Linda a Velha / Telef: 351 214 209 400 Departamento de publicidade: Directora comercial: Cristina Magalhães cmagalhaes@pcguia.fidemo.pt Apoio comercial: Carla Costa ccosta@pcguia.fidemo.pt Assinaturas: JMToscano — Comunicação e Marketing, Lda., Rua Rodrigues Sampaio, Nº 5, 2795-175 Linda-a-Velha assinaturas@jmtoscano.com www.jmtoscano.com Pré-impressão e Impressão: Peres-Soctip, Indústrias Gráficas, SA Estrada Nacional 10, Km 108,3 2135-114 Samora Correia - Portugal Proprietária / Editora: Fidemo, Soc. de Media Lda. Direcção administrativa e financeira: Sandra Pires / spires@ pcguia.fidemo.pt Cont: 509 808 859 / Depósito legal: 97 116/96 Nº registo E.R.C. 119 452 Marca registada no INPI: 479 435 Distribuição: VASP, Soc. de Transportes e distribuição Lda. MLP, Media Logistics Park, Quinta do Grajal, Venda Seca, 2739-511 Agualva-Cacém. Telef: 214 337 000 Tiragem média: 30 000 exemplares Periodicidade: mensal
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1 Editorial 4 Notícias 15 Tecnologia no feminino 16 Downloads do mês Optimize o computador com estes programas.
18 Todas as novas tecnologias que defendem o ambiente.
20 tymr Uma agenda avançada feita em Portugal.
22 Facebook para pais. Conselhos de utilização para gerir a presença de crianças na maior rede social do mundo. 24 Office 2013 Saiba como instalar e começar a usar a nova versão do mais conhecido pacote de programas de produtividade. 27 Windows 8 Aprenda a migrar os dados das versões anteriores do Windows para Windows 8 e a configurar esta nova versão tirando o máximo partido do seu hardware. 32 Seis dicas de segurança Meia dúzia de dicas básicas para melhorar a segurança dos seus dados.
34 Está desempregado? Mostramos-lhe a melhor forma de procurar emprego online.
49 APPS Aplicações para smartphones que o ajudam a manter-se em forma. 52 Tweezy Demos uma volta no mais pequeno veículo eléctrico da Renault.
56 Ask the geek Não deixamos as suas dúvidas sem resposta. 58 Refrigeração a água Como montar um sistema de refrigeração líquida na sua máquina.
60 Testes individuais OCZ Vertex 4 128GB AEG BTX330 Transformer Dual SIM Eurosys Gamer Budget Memup SlidePad NG 808x Logitech G600 HTC One s SteelSeries Kana MSI Wind Top 2011 Samsung Serie 9 Ultra
72 Teste em grupo: smartphones de entrada de gama Veja aqui os melhores smartphones de baixo custo à venda em Portugal.
78 Gadgets Os brinquedos indispensáveis lá em casa.
80 Revista Programar Introdução ao sistema Azure, da Microsoft 82 Sites inspiradores Se está sem ideias, dê uma vista de olhos a estes sites.
86 Jogos E3 2012 Diablo III Mass Effect 3
abc
92 Passámos em revista a formação de TI em Portugal.
96 Este mês, o Windows 95 faz anos e nós assinalamos a data.
pernas para que te quero
Os exercícios ao ar livre são um bom complemento ao seu plano de treino, por isso procurámos no site na Nike a extensão dos principais trajectos existentes em Lisboa e no Porto. Se sente que é o único a sofrer, saiba que no mundo inteiro já foram dados mais de 55 mil milhões de passos e queimadas mais de 6 mil milhões de calorias, isto só por utilizadores da Nike. p Fonte: Nike Plus n
m/plus/
nikeplus.nike.co
NO MUNDO QUILÓMETROS CORRIDOS 591.207.632 CONQUISTAS OBTIDAS 1.612.963 METAS DIÁRIAS ATINGIDAS 3.275.009
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desporto tecnológico A tecnologia e o desporto sempre andaram de mãos dadas, tanto para tentar obter alguma vantagem sobre os adversários, correr mais depressa, saltar mais longe ou demorar mais tempo a ficar-se cansado, como para dar forma a alguns desportos. A tecnologia entra no desporto não só para ajudar os que já o praticam mas também para criar um público novo: os que fazem desporto por causa dela, motivando-os a sair dos sofás e exercitar o corpo à frente dos televisores ou saindo de casa para caminhar, andar de bicicleta ou correr. Bem-vindo à era do desporto digital.
T
odos os dias, milhares de pessoas saem de casa para fazer um qualquer tipo de actividade física, desde as simples caminhadas até a corridas de alguns quilómetros. Muitas delas controlam essas actividades através de aplicações que gravam onde estiveram, quantos passos foram dados, a que velocidade e quantas calorias foram gastas. Todos estes dados podem ser enviados para as redes sociais, onde podem ser comparados com os de outras pessoas que talvez nem conheçam quem os enviou. Em conjunto com essas aplicações poderão usar outros tipos de acessórios que dão ao utilizador informações mais detalhadas sobre o curso do exercício. As informações podem também ser enviadas para sites específicos ou para redes sociais. Por outro lado, quem não quiser sair de casa pode usar as aplicações de fitness disponíveis para todas as consolas de última geração, e com elas criar um plano de actividades personalizado para se manter em forma ou mesmo perder peso. O casamento da electrónica de consumo e do exercício físico começou em Maio de 2006, quando a Apple e a Nike anunciaram o Nike+iPod. Este sistema era composto por um pedómetro instalado dentro de uma sapatilha, que comunicava sem fios com o leitor de música da Apple através de um módulo ligado à ficha de 30 pinos onde se liga o cabo USB. O Nike+iPod gravava o número de passos dados e a velocidade.
Pela primeira vez os desportistas podiam fazer upload dessas informações para um site criado especialmente para o efeito e compará-las com as dos outros utilizadores. A versão original do Nike+iPod era limitada pela tecnologia e só quando o iPhone e o iPod Touch foram lançados é que o sistema foi levado ao máximo do seu potencial. De facto, a inclusão de hardware como o sistema de navegação e o acelerómetro fez com que o Nike+iPod ganhasse novas funcionalidades, por exemplo a possibilidade de fazer upload para o site Nike+ do circuito seguido no exercício. O novo hardware também permitiu dispensar progressivamente o pedómetro, que na versão original, estava instalado no sapato, e se começasse a usar o acelerómetro do dispositivo para contar os passos. Outras marcas criaram sistemas semelhantes. É o caso da aplicação MiCoach, da Adidas, que para além do sensor no sapato também pode ser usado em conjunto com um sensor de batimentos cardíacos montado numa fita colocada no peito. Por outro lado, a miniaturização dos sistemas de recepção de sinais GPS fez com que marcas especializadas em navegação, e que até agora não estavam ligadas ao desporto, começassem a criar hardware especializado para desportistas. É o caso da Garmin e da TomTom (esta última criou um relógio/ computador de exercício em conjunto com a Nike). p
Os nossos testes
Motivação
Os testes que fizemos centraram-se em vários aspectos destes produtos: a motivação que transmitem ao utilizador, a facilidade de utilização e configuração, e por fim o preço. Não é atribuída nota aos dispositivos, pois são díspares demais para comparações.
Tudo somado, no entanto, por muita electrónica e software que estes produtos possam ter, o que conta é a motivação que conseguem acrescentar à que os utilizadores já têm para levantar do rabo do sofá ou da cama, ir queimar calorias e manter um estilo de vida um pouco mais saudável. No caso do sistema Nike+iPod, quando o utilizador consegue ultrapassar o seu próprio recorde de velocidade ou distância percorrida aparece nos auscultadores a voz de um desportista conhecido, por exemplo o ciclista Lance Armstrong, a dar os parabéns e a incentivar o utilizador a superar-se uma vez mais. Para além dos incentivos de desportistas famosos, os utilizadores podem colocar os seus feitos nas redes sociais, e não se trata de dados estéreis, como as calorias ou o número de passos dados, mas sim de mapas com imagens tratadas e “heatmaps” que mostram as zonas onde a intensidade da passada ou velocidade foi maior. Tudo isto para que os amigos possam comentar com palavras de incentivo ou de desafio.
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Nike + Sportband
exercício sem sair de casa A evolução e versatilidade das actuais consolas de jogos permitiu que estas se tornassem no seu personal trainer privativo preferido.
passada, o tempo passado desde o início do treino e distância percorrida. Consegue guardar até 30 de dados de corrida e a bateria dura três semanas. É à prova de água até 5 atmosferas. Tal como outros dispositivos Nike+, também a Sportband tem uma componente de software. O utilizador pode fazer o upload dos seus treinos para o site da marca e compará-los com os de outras pessoas que usem o sistema. Como dissemos no início do texto, esta pulseira é para todos os que já levam a sério os seus treinos. Tudo transpira resistência e profissionalismo, embora não deixe de ter uma extrema simplicidade de funcionamento.
O botão serve para alternar entre as várias informações disponíveis e para emparelhar o dispositivo com o sensor no sapato. Traz tudo o que é preciso para qualquer corredor mais ou menos sério. Existe em nove cores diferentes e por 81 euros (preço na loja online da Nike), leva a Sportband e um sensor para o seu sapato. No que respeita a pontos menos conseguidos, o facto de necessitar de um sensor extra para contar os passos faz com que ao preço tenha que se juntar o de um par de sapatos compatíveis.
OUTDOOR
Há dispositivos para desportistas a sério e dispositivos que o ajudam a manter-se em forma quase sem dar por isso. Mostramos-lhe aqui alguns dos dois tipos.
A Nike+ Sportband, lançada por volta de 2008, é na realidade dois dispositivos, o corpo, que se parece uma pendrive com um mostrador LCD e um botão e a pulseira que tem apenas um único tamanho mas que pode ser ajustada ao diâmetro do pulso do utilizador. É claramente para pessoas que levam o seu exercício bastante mais a sério que noutras propostas. A Nike+ Sportband é compatível com os pedómetros Nike que já são usados desde as primeira versões do Nike+iPod. Estes pedómetros, que comunicam sem fios com o iPhone, iPod ou com uma destas pulseiras, são pequenas peças mais ou menos do tamanho de uma fava que são instaladas por baixo das palmilhas de sapatos de corrida da marca que tenham o logo Nike+ na sola. São também compatíveis com sensores de ritmo cardíaco sem fios. A Nike+ Sportband mede as calorias gastas, o ritmo da
ficha técnica Nível de Motivação: baixo Facilidade de utilização: fácil Preço: €81 (inclui pedómetro) Fabricado por: Nike Contacto: nikeplus.nike.com
xbox 360
Quando a Xbox 360 saiu para o mercado, o alvo a abater era o Universo PlayStation, com os seus jogos de acção e grafismo de alta qualidade. Surpreendida com o sucesso da Nintendo Wii e os seus jogos orientados para a família e amigos, porém, a Microsoft depressa decidiu que precisava de lançar algo revolucionário. Assim apareceu o Kinect, que permite eliminar (embora não por completo) a utilização do comando e usar o próprio corpo para interagir com os jogos. Logo à partida, o conceito levou a que muitos produtores de videojogos se lembrassem de apostar em jogos de desporto e fitness, como forma de tirar total partido do movimento do corpo dos jogadores.
Aproveitando esta possibilidade, a Microsoft acaba de lançar o Kinect PlayFit, uma interface de fitness para o Kinect, que permite controlar as calorias perdidas enquanto joga alguns dos jogos para a plataforma, com possibilidade de monitorizar o progresso ao longo do tempo. As vantagens deste sistema são inúmeras, pois além de se poder continuar a jogar à vontade, o Kinect permite colocar comentários em tempo real para correcção da postura, indicar o gasto de calorias e, através do Xbox Live, colocar novos exercícios à disposição do jogador. A nova interface é totalmente gratuita, e pode ser descarregada através do Kinect Central, no canto superior direito,
inDOOR
Desporto ao ar livre
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Mudar para o Windows 8 sem perder nada por pedro tróia
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Já aqui explicámos como instalar o Windows 8 Consumer Preview. Se já o fez, terá já o ambiente básico para onde transferir os ficheiros e os programas do Windows 7. Agora, trata-se de verificar a melhor maneira para passar para o Windows 8 com um mínimo de entraves.
Compatibilidade dos programas Quando migra para um novo sistema operativo, deve sempre verificar a compatibilidade dos programas que usa com mais frequência e que fazem mais falta para trabalho, comunicação ou diversão. A compatibilidade dos nossos programas e do hardware está fora do nosso controlo, por isso trataremos disso primeiro.
O método automático Antes de instalar o Windows 8 CP, vá ao centro de compatibilidade para o Windows 8 em bit.ly/McPO3x. Pode pesquisar quais os programas e dispositivos compatíveis, se o são para as versões de 32 ou 64 bits, e ordená-los por várias categorias, como a relevância, o nome do produto, o nome do fabricante. Os programas e aparelhos mencionados no site têm uma marca de verificação verde para compatível, um X vermelho para incompatível ou um ícone de um i azul para informações não disponíveis. Os votos apresentados pelos utilizadores também dão uma boa ideia de quais são as aplicações e periféricos que funcionarão bem no Windows 8.
Relatório de Compatibilidade A maneira mais prática e trabalhosa de ficar a saber quais os programas e dispositivos que usa com o Windows 7 irão funcionar no Windows 8 é instalar este último. Já tratámos disso anteriormente, mas pode ir a bit.ly/MRI2LZe arranjar lá uma imagem ISO do sistema operativo. Siga as instruções no ecrã até o Windows verificar as aplicações e os dispositivos, vendo o que tem de compatível. É criado um relatório de compatibilidade, excelente para facilitar a sua transição. Aconselhamos que o imprima, clicando no canto inferior esquerdo da janela. Neste relatório a Microsoft explica o que o pode aguardar no Windows 8 terminada a instalação. Estão aí as aplicações e dispositivos principais, incluindo os drivers de gráficos, de áudio, o monitor, o teclado, adaptador de rede e muito mais. Preste especial cuidado nos dispositivos com a indicação de que precisam da sua atenção. Não são necessariamente incompatíveis com o Windows 8, mas devem precisar é de drivers específicos. Normalmente, encontrá-los-á nos sites dos respectivos fabricantes.
Migração de ficheiros Migrar os ficheiros é um pouco diferente dos programas e dispositivos. Normalmente, os ficheiros e os documentos funcionarão no Windows 8 CP desde que a aplicação usada para os alterar, ver, abrir, jogar, etc., também funcione. Veja então o website do Centro de Compatibilidade ou verifique o Relatório de Compatibilidade que eventualmente terá imprimido. Regra geral, se instalar o Windows 8 CP na mesma partição do Windows 7 os ficheiros e os documentos deverão estar nos locais apropriados do Windows 8. Seja como for, é sempre bom fazer cópias de segurança aos ficheiros para outro disco rígido, disco óptico, pen ou outro suporte. Assim, não perderá nada se o disco for formatado acidentalmente, ou se tiver mesmo de o formatar para instalar o Windows 8. Durante a configuração do Windows 8, seleccione a opção Instalar Agora e não Instalar Noutra Partição ou Instalar Depois.
A migração mais fácil de todas Saber quais os programas e dispositivos que irão funcionar numa versão nova de um sistema operativo é sempre coisa séria. Desta vez, no entanto, a Microsoft facilita-nos a vida. Atenção que a compatibilidade não é fixa. Se agora tem um dispositivo que não é compatível, pode aparecer um driver que o torna compatível. Esteja sempre atento.
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Adobe Creative Suite 6
O
Creative Suite da Adobe é considerado o melhor conjunto de aplicações de criatividade para profissionais. Quem faz filmes, música, site, arte e até revistas (como nós!) não usa outra coisa. Assim, é um acontecimento quando aparece uma nova versão. Nos últimos anos, o período entre as várias versões tem vindo a decrescer: o Adobe CS5.5 saiu já em Maio de 2011. A principal diferença entra esta versão e a anterior é o facto de esta ser uma grande actualização. Tem uma imensidão de funcionalidades novas em todas as aplicações. Também há uma forma nova de comprar e usar a suite. A nova Creative Cloud da Adobe dá acesso aos programas que compõem a Master Collection, pelo preço (relativamente) módico de €59,99
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por pedro tróia
mensais, se assinar por um ano. Para além das aplicações, no Creative Cloud dispõe de armazenamento na nuvem, hospedagem de web para os sites em que esteja a trabalhar, integração com as apps de iPad da Adobe e mais se espera no futuro. É uma maneira completamente inédita de funcionar com a Creative Suite, uma novidade tão grande que a Adobe ainda está a fazer os acabamentos finais. Vamos esperar que a Adobe seja tão criativa com o serviço na nuvem como os profissionais o são com as ferramentas que ela disponibiliza. Este teste focar-se-á em cada uma das principais aplicações que compõem o Creative Suite individualmente, havendo um veredicto final para o pacote. p
Creative Cloud A incursão da Adobe entre as nuvens, com alguma coisa ainda por fazer Depois da experiência do Creative Suite 5.5, com a sua assinatura paga, a Adobe resolveu apostar mais na nuvem, com o Creative Cloud. O serviço proporciona acesso à Creative Suite 6 Master Collection, com uma boa relação qualidade-preço, por cerca de 60 euros mensais. Mas ainda há muito a acrescentar. Em vez de comprar as aplicações uma por uma, ou o pacote Creative Suite 6, com o Creative Cloud ganha acesso a todas as aplicações. Não é tão caro como parece, porque se pegar no preço do Creative Suite e o dividir por 12 meses dá uma valor muito mais elevado. E com a Creative Cloud tem ainda acesso às últimas versões do Photoshop Extended, aplicações profissionais de vídeo como o Premiere Pro e o After Effects, o InDesign para paginação, e as ferramentas de web design Dreamweaver e Muse. O melhor do Creative Cloud é que irão aparecer ainda mais aplicações no futuro, o que fará crescer passo a passo a relação qualidade-preço da assinatura. Isto inclui actualizações e funcionalidades novas às aplicações já presentes, sem aumentos de preço. O Creative Cloud é um portal da web e mais 20 GB de armazenamento na nuvem. Daí, os ficheiros guardados podem ser acedidos a partir das aplicações e dos serviços. Se quiser aceder às aplicações de desktop, transfira primeiro o Adobe Applicaton Manager. Este instala as aplicações no Mac ou no PC. Pela primeira vez, com a Adobe pode usar ambas as plataformas, muito útil para quem usa um PC no trabalho e um Mac em casa. As aplicações do CS6 não trabalham a partir da nuvem. É preciso transferilas e instalá-las no computador, como sempre. Podem ser instaladas em dois
sistemas ao mesmo tempo, mas não usadas ao mesmo tempo. A activação dos produtos faz-se com a Adobe ID, que é gratuita. Instalámos muito bem diversas aplicações de seguida. Não nos importávamos se se pudessem fazer downloads ao mesmo tempo. O Creative Cloud activa o software na web e verifica se a assinatura é válida de 30 em 30 dias. A segunda parte do Creative Cloud são as aplicações para tablet, que não ficam muito bem neste formato, devido às limitações da App Store da Apple e da Play Store do Google. Assim, precisam de ser compradas separadamente. O plano inicial da Adobe era incluí-las na assinatura mensal, mas não deve ter conseguido obter os devidos acordos com os donos dos mercados de apps. Para compensar os assinantes anuais, a Adobe oferece um mês de serviço gratuito na compra de três apps. É ligar com a Adobe ID e ganha um mês gratuito dentro de 60 dias. As aplicações incluem o Adobe Photoshop Touch, Adobe Ideas, Adobe Proto, Adobe Collage para tablets iPad e Android. Exclusivamente para Android há o Adobe Kuler e o Adobe Debut. Se sincronizar o armazenamento no Creative Cloud, também terá acesso aos ficheiros criados pelas apps no website. Ainda não funciona em ambos os sentidos, pois falta-lhe o elemento que o permite, a Creative Cloud Connection, que ainda há-de aparecer. Ainda há no site tipos de letra Typekit, e o Business Catalyst, que hospeda até cinco sites criados pelo Dreamweaver ou o Muse. Não precisará, assim, de os criar em HTML5. No futuro, há planos para funcionalidades de partilha e colaboração, assim como uma integração mais estreita entre as
aplicações de tablet e as aplicações de desktop. Mas, a julgar pelo estado actual do site, e sem falar das aplicações de desktop do CS6, o Creative Cloud vale menos do que o prometido. Se já paga todos os anos uma assinatura para as actualizações Creative Suite Master Collection,
adoptar o Creative Cloud é uma decisão simples. Por praticamente o mesmo preço fica com acesso às últimas versões no Mac ou PC, e o resto são extras. Se, claro, conseguir superar a ideia de pagar uma vez e possuir para sempre. Outras pessoas hesitarão um pouco mais. Quem usa tablets, aproveitará melhor o site tal como existe actualmente. Mas a Adobe terá que se apressar a actualizá-lo com mais funcionalidades. Para quem não tem web ou para quem precisa de apenas uma ou duas das aplicações do CS6, não valerá muito a pena.
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