PCGuia 318 - Julho 2022

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COMP A PENRE PC Veja c GUIA omo, n o in te da rev ista rior

EDIÇÃO DIGITAL

TRANSFORME UMA PEN NUM PC

O NOVO TOPO DE GAMA DA VIVO TEM CÂMARAS ZEISS

A VERSÃO 2022 TRAZ MAIS DESEMPENHO E AUTONOMIA

Mensal

ACTUALIZE DRIVERS DE FORMA AUTOMÁTICA NO WINDOWS

n

ROG ZEPHYRUS G14

Julho 2O22

X80 PRO

5 607727

HARDWARE SEM PROBLEMAS

072218

n

A n o 2 7 nPVP N .(Cont.) º 318

€4 4 ,11O

PVP (Cont.)

PRIM EI MÃO RA

00318

€33 ,8 8O

PVP (Cont.)

Use o Windows, Chrome OS e Linux com dezenas de apps para navegar na Web, ver vídeos, ouvir música e resolver problemas em qualquer computador


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ÍNDICE

PEDRO TRÓIA / Director

OS ROBÔS AINDA NÃO SONHAM COM CARNEIROS ELÉCTRICOS Há dias, um engenheiro que trabalhava para a Google publicou uma conversa curiosa que teve com o sistema de inteligência artificial de processamento de linguagem natural da empresa e chegou a uma conclusão curiosa: a inteligência artificial tinha atingido um estado que se pode comparar à consciência de um ser humano. Tenho dúvidas de que seja verdade. O que o engenheiro da Google viu foi um sistema automático capaz de escolher o que “dizer” em função do que lê e, juntando um pouco de palavras mais empáticas, ser capaz de manter um diálogo que parece vir de um ser inteligente. Aliás, há alguns anos, a Google apresentou uma funcionalidade deste mesmo sistema que mostrava o Assistente a fazer uma chamada telefónica para marcar uma mesa num restaurante. Conseguiu perceber o contexto e o tempo, mas se a pessoa que estava do outro lado lhe fizesse uma pergunta mais difícil, o sistema não conseguiria responder sem demonstrar que a pessoa do outro lado estava a falar com uma máquina. Acredito que, a médio prazo, com o avanço da capacidade de processamento e armazenamento, a inteligência artificial será capaz de atingir a consciência; aí, vamos ter de tomar decisões, porque o perigo de uma inteligência artificial causar danos à humanidade é real, não apenas uma boa história de ficção científica. Mas ainda não.

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TEMA DE CAPA

38 / Se instalar um sistema operativo e outros programas numa pen USB, pode usá-los em qualquer computador, onde quer que esteja. Explicamos tudo aquilo que precisa de fazer para ter esta liberdade.

02

ON

04 / Notícias de tecnologia, coluna Made in Portugal, Hashtags e Green.

03

START UP

18 / A Intuitivo criou uma plataforma que ajuda os professores no processo de avaliação e melhora a experiência dos alunos.

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BOOT

20 / DEFEITOS ESPECIAIS O Ricardo Durand fala sobre a dificuldade de migrar o WhatsApp de iOS para Android. GUIAS 22 / Use uma alternativa ao Explorador de Ficheiros

24 / Instale e actualize drivers de forma automática no Windows

06

MACGUIA

28 / Nesta edição, vamos ensinar-lhe como pode usar os recursos de colaboração do iCloud para trabalhar em documentos partilhados.

INFOGRAFIA

16 / Conheça o mercado de trabalho das TI em Portugal.

04

07

LINUX

26 / O André Paula sugere sistemas de detecção de intrusão de código aberto e gestão de eventos.

08

DESCOMPLICÓMETRO

30 / Explicamos-lhe como funciona a Internet por satélite, uma tecnologia que está a crescer.

10

APPS

44 / Uma selecção das melhores aplicações de actividades náuticas para usar nestas férias de Verão.

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54 / TESTES HP All-in-One 27 Asus ROG Zephyrus G14 2022 Vivo X80 Pro ZTE Red Magic 7 Pro Samsung T7 Shield 60 / TOP PCGUIA OS MELHORES DO LAB Conheça o ranking dos melhores computadores, smartphones e periféricos/componentes que testamos todos os meses.

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PLAY

62 / JOGOS Dune: Spice Wars

PLUG

48 / O Luís Alves diz o que é preciso fazer para termos um PC super silencioso: tudo começa pela escolha dos componentes, como as ventoninhas.

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52 / GADGETS JLAB Jbuds Air Sport Rowenta X-Ô LG Cinebeam Ultra Short Throw HU715Q Devialet Gemini Sony LinkBuds S

64 / HARDWARE Cougar DualBlader Bang & Olufsen Beoplay Portal

14

LAB

50 / TECNOLOGIA EM MOVIMENTO O Gustavo Dias prova que carregar um automóvel eléctrico na rede pública fica mais caro que atestar o depósito com gasóleo.

SLEEP

66 / Em Julho, assinalamos o nascimento da Intel e os lançamentos do jogo Donkey Kong, do portátil iBook e do computador IBM 650.

CLASSIFICAÇÕES A PCGuia usa um método de avaliação de produtos que tenta conciliar as medições de desempenho com os aspectos mais empíricos como a experiência de utilização. O valor final da nota será obtida através de uma média aritmética que dará um valor de 0 a 5. Os produtos com nota 4,5 ou superior recebem o Prémio de Excelência PCGuia. Mais informação em pcguia.pt/como-testamos.

MEDIÇÕES

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

4

3

5

4 Distribuidor: PCGuia Site: pcguia.pt Preço: €42 Facto positivo Facto negativo

3


04

INFOGRAFIA MAFALDA FREIRE

O MERCADO DE TRABALHO TECNOLÓGICO EM PORTUGAL A startup Landing.Jobs, em parceria com a Volkswagen Digital Solutions, lançou o estudo ‘Global Tech Talent Trends 2022 – Deep-dive Into the Portuguese Tech Market’ que mostra como está distribuído o talento no mercado nacional. MODELO DE TRABALHO

GÉNERO

5,6%

0,78%

SALÁRIOS (média anual nas TI)

0,26%

€44 449 + 36,5%

que em 2021

Homens ganham, em média,

18%

+31,2%

que as mulheres

48,7%

45,5%

PERFIS COM MAIORES AUMENTOS SALARIAIS

80,9%

Híbrido

Remoto

Escritório

Homens

Mulheres

Não binário

Não responde

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

+78,5% Mobile developer +73,6% Back-end developer +68,6% Data Science

TOP 5 DE LÍNGUAS DE PROGRAMAÇÃO

8,5% 16,5%

NACIONALIDADE DA FORÇA DE TRABALHO

13,7%

TIPO DE EMPREGADOR 5,2%

0,16% 0,21%

55,4%

2,6%

0,58% 1,27%

+15,4% que em 2021

4,3% 0,8% 26,9%

9,8% 91,1% 14,9%

6,7% 18%

3,2% Área Metropolitana de Lisboa Área Metropolitana do Porto Centro Norte Açores e Madeira Sul 16

Portugal América do Sul Europa (excluindo Portugal) África Ásia América do Norte

20,2%

Consultoria /fornecedor de serviços* Empresas não tecnológicas PME** Startup Scaleup Outsourcing nearshore Outsourcing nacional Administração pública e I&D * com mais de 250 colaboradores ** com menos de 250 colaboradores


05

BOOT

MAFALDA FREIRE

USE UMA ALTERNATIVA AO EXPLORADOR DE FICHEIROS Utilize o File Apps, em vez da ferramenta do Windows, para ter vários separadores e, assim, navegar pelas pastas do seu computador de forma mais fácil. O Explorador de Ficheiros do Windows 11 vai receber, em breve, uma actualização que permitirá adicionar separadores: desta forma, o utilizador pode ter várias pastas abertas ao mesmo tempo e alternar entre elas, rapidamente. Se tem o Windows 10 e quer usar esta funcionalidade do 11, pode instalar a ferramenta gratuita Files App.

Faça o download do Files App na Microsoft Store (bit.ly/3NAA1Mi) e, em seguida, abra o programa. Clique com o botão direito do rato no ícone na barra de tarefas e escolha ‘Afixar na barra de tarefas’, no menu que aparece. Se quiser, para evitar confusões, pode retirar o Explorador de Ficheiros da barra; escolha o respectivo ícone e repita o processo anterior, mas desta vez seleccionado ‘Remover da barra de tarefas’.

1

3 1 2

22

A aplicação é muito intuitiva e a barra lateral está sempre visível. No topo estão as pastas do Windows 1 , em baixo as unidades de armazenamento 2 e, depois, os ficheiros recentes, tal como no Explorador de Ficheiros. A principal diferença do File Apps é o widget 3 , presente no canto superior direito, onde é possível desligar/ligar uma série de opções, através dos sliders.

2


1

Pode abrir ficheiros e pastas em diversas localizações, ao mesmo tempo, e alternar entre estes, utilizando separadores. Para isso, clique em ‘+’ 1 e navegue até ao documento (ou pasta) que quer abrir; depois, abra outras pastas que pretende usar. Agora, consegue “saltar” facilmente entre pastas e ficheiros, dentro da aplicação.

3

No Explorador de Ficheiros do Windows, para arrastar ficheiros de uma pasta para outra, tem de abrir duas janelas do programa, pô-las lado a lado e depois “arrastar” os documentos. Com o File Apps, não é preciso fazer isto - clique nas ‘Definições’ (roda dentada) 1 > Multitarefa 2 , active a opção ‘Ligar vista painel duplo’ 3 e feche a janela das ‘Definições’. Clique com o botão direito do rato no menu dos três pontos, abaixo da roda dentada e seleccione ‘Novo painel’. Isto irá abrir uma nova área e, a partir desse momento, poderá ter duas pastas abertas lado a lado na janela do programa e arrastar ficheiros facilmente entre elas.

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1

2

Para ficar com um aspecto mais “clean”, o File Apps “esconde” algumas opções habituais da barra de ferramentas em painéis ocultos. Para ver todas as funcionalidades, clique no botão ‘Opções de selecção’ 1 para ver as caixas de verificação ao lado dos ficheiros no painel principal e, assim, facilitar a selecção; ou para invertê-la e marcar/desmarcar todas ao mesmo tempo. Clique no botão ‘Esquema’ 2 para alternar entre as opções de layout familiares do Windows ou para especificar se as extensões dos ficheiros e os ficheiros ocultos devem estar visíveis 3 .

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3

Pode ser difícil saber quais os separadores que tem abertos, caso tenha muitos activos em simultâneo - é o que acontece, quando se abrem demasiadas páginas no browser. Clique no botão ‘Flyout do separador vertical’ 1 para os mostrar todos os separadores abertos numa lista, na qual pode fazer scroll. Para fechar um separador, clique no ‘x’ 2 ao lado do nome na lista ou, se estiver visível no topo da janela, no próprio separador 3 .

6

1 2

3

Uma funcionalidade útil da File Apps é a sua capacidade de ligação à ‘Linha de comandos’ do Windows, que pode usar em vez de abrir o menu ‘Iniciar’ e procurar por este recurso. Na pasta onde quer trabalhar, clique com o botão direito do rato num espaço vazio e escolha ‘Aberto no CMD’ 1 . Uma nova janela da ‘Linha de comandos’ irá abrir, mostrando esse directório.

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3

1

2

O Files App é um programa muito versátil e de utilização intuitiva. Pode considerar usá-lo em substituição do Explorador de Ficheiros do Windows.

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TEMA DE CAPA

COMPRE A PEN PCGUIA COM TODAS AS APPS LOJA.FIDEMO.PT

CORRA TUDO A PARTIR DE UMA PEN USB Se instalar um sistema operativo e outro software numa pen USB, pode usá-los em qualquer computador, onde quer que esteja. Explicamos tudo aquilo que precisa de fazer para ter esta liberdade. G U S TAVO DI A S , P E D R O T R ÓI A E R ICA R D O D U R A N D

A maioria das pens USB tem um preço acessível e são convenientes. Podemos andar com elas no bolso e levar fotos, documentos e música para qualquer lado. Mas, se apenas as usar para isto, não está a tirar partido de todo o seu potencial: as pens podem ser usadas para correr programas que não quer instalar no computador. Tradicionalmente, os programas que permitem isto são chamados ‘software portátil’: há aplicações desde aceder à Internet a reparar o computador. No tema de capa deste mês, vamos dar-lhe a conhecer o melhor software portátil, ajudá-lo a criar um kit de reparação para o PC e mostrar as vantagens de usar um browser a partir de uma pen: também lhe vamos explicar como configurar um 32

sistema operativo (Windows, Linux e Chrome OS). Não é necessário ter uma pen USB de alta capacidade para começar: 8 GB são suficientes, mas os preços deste hardware estão tão baixos que, se quiser mesmo comprar uma nova, opte por um modelo com 32 GB ou mais.


WINDOWS 10 E WINDOWS 11 Quando se instala um sistema operativo numa pen USB, é necessário descomprimi-lo e fazer com que seja possível arrancar o computador a partir daqui. Para isso, vamos usar um software chamado Rufus: antes de começar, aceda ao site oficial (rufus.ie), procure a secção de downloads e descarregue a versão portátil mais recente. Cada vez que activar o programa, o Windows vai perguntar se o deixa fazer alterações. Confirme, para poder usá-lo.

Outra coisa que tem de ter em atenção é que sempre que usar o Rufus para criar uma pen de arranque, os dados que lá estiverem gravados serão apagados. Por isso, se tiver algo de importante, copie os ficheiros para outra drive ou para o disco do computador.

USAR O ‘WINDOWS TO GO’ NO RUFUS A instalação do Windows numa pen permite configurá-lo de forma personalizada, para ser usado em qualquer computador, onde

quer que esteja. Isto é possível através do ‘Windows To Go’, uma versão portátil do sistema operativo que pode arrancar a partir de uma pen USB. Embora esta versão já não tenha apoio técnico oficial da Microsoft, podemos configurar uma destas instalações com o Rufus. Se ainda usa o Windows 7 ou 8, esta é uma forma simples de experimentar as novas versões do Windows, sem ter de estar a passar, para já, pelo processo de actualização.

Instalar o Windows 10

Aceda à página de download do Windows 10 (bit.ly/3wXSyMp) e clique em ‘Faça o download da ferramenta agora’. Escolha a opção de guardar o ficheiro no disco do computador.

Dê dois cliques em cima do ficheiro executável que acabou de descarregar para o disco. Confirme que deixa o programa fazer alterações ao sistema operativo e depois aceite os termos de utilização.

Na janela que aparece, clique em ‘Criar suporte de dados de instalação (pen USB, DVD ou ficheiro ISO) para outro PC’. E depois clique em ‘Seguinte’. De seguida, escolha a versão do Windows 10 que vai descarregar e clique em seguinte.

Finalmente, escolha a opção ‘Ficheiro ISO’ e clique em ‘Seguinte’. Vai abrir-se uma janela que permite escolher o local do disco onde será gravado o ficheiro de imagem do Windows.

1

3

Instalar o Windows 11

2

4

No passo seguinte, escolha o idioma; depois, clique em ’64-bit Fazer Download’ e escolha o local do disco do computador em que vai gravar o ficheiro ISO.

2

Para aceder à página de download do Windows 11, entre no site bit.ly/3PQsiel. Na secção ‘Transferir a imagem de disco do Windows 11’ da página, use o menu para escolher a opção ‘Windows 11 (multi-edition ISO)’.

1

33


11

PLUG L U Í S A LV E S

COMO CONTROLAR O RUÍDO DO COMPUTADOR Se querem ter o computador mais silencioso do mundo é necessário aprender a controlar as ventoinhas e a resolver situações barulhentas.

CONCEITO É importante que o computador seja silencioso, mas também não deverá colocar em perigo o sistema. Para encontrar um equilíbrio ou compromisso, é necessário aprender as várias formas de controlar as ventoinhas, o que fazer com estas ferramentas e como o fazer. O nosso objectivo é prolongar o tempo de vida dos componentes e não ter um “avião” como melhor amigo.

os 100% sejam posicionados um pouco antes da temperatura perigosa ou de alarme; no valor mínimo, devemos permitir que a ventoinha comece a girar (alguns modelos referem mesmo ‘starting voltage’). Outro truque é consultar a documentação do processador para conhecer as melhores temperaturas máximas e os valores seguros de funcionamento.

rotações inferiores para alcançar o mesmo caudal. Este foi o principal motivo de as ventoinhas de 80 e 92 mm terem entrado em desuso, mesmo que isso tenha levado a caixas maiores e mais largas, que antigamente. Sempre que a caixa for compatível com ventoinhas de 140 mm, é nessas que devemos apostar - o mesmo aplica-se aos radiadores.

CURVA PERFEITA?

A IMPORTÂNCIA DA CAIXA

OLD SCHOOL

Antigamente, não existiam BIOS e padrões tão avançados, mas já muita coisa era possível. Por canal, podíamos definir qual o tipo de perfil, sendo os mais habituais os modos silencioso, performance, básico e full. Modelos mais completos deixavam trocar o sensor de temperatura de referência para outro que não o do processador, trocar entre controlo por voltagem e PWM (Pulse-Width Modulation) ou fazer uma modificação da relação tensão por graus centígrados. Também existiam controladores manuais, tanto para 5,25” como 3,5” e até com uma extensão que podíamos colocar a sair pelos PCIe até onde fosse mais prático (quem teve dissipadores Zalman deve-se lembrar destas soluções).

AJUSTE DE CURVAS Seja na BIOS, ou por software (no meu caso, utilizo muito o NZXT CAM), é preciso conhecer e saber como ajustar um gráfico de velocidade/ temperatura. É considerada uma boa prática que 48

Não existe um ajuste perfeito, porque a utilização de um PC nunca é linear, até no mais básico. Num dia utilizamos uma aplicação que se consegue dividir entre todos os núcleos do processador; noutro, uma que só puxa por um deles, levando-o a 100%. Isto é suficiente para aquecer o chip de forma menos previsível, levando a velocidades diferentes de refrigeração - as próprias estações do ano obrigam a alterações neste perfil. A curva “mais perfeita” deverá ter em consideração a utilização do computador: se usamos colunas ou auscultadores quando executamos tarefas mais exigentes, para evitar que as ventoinhas funcionem a 100% e tenham variações bruscas, mas curtas, de temperatura do chip.

MAIORES SÃO MELHORES Uma ventoinha maior vai sempre ajudar na questão do ruído, porque se consegue utilizar

Podemos ter um sistema escolhido a dedo, mas se caixa tiver uma má qualidade de construção (ou um fluxo fraco de ar), quem paga a conta são os nossos ouvidos. Boas caixas para sistemas silenciosos devem ter poucas zonas de restrição para o ar, sistemas simples de filtros, boas caixas para discos 3,5” que não provoquem vibrações, um sistema de pés que absorva a vibração do computador e não ter componentes que fiquem “soltos” e possam produzir ruídos estranhos. Muito do ruído das ventoinhas não tem origem nas próprias, mas nas malhas, redes ou filtros que fazem par com estas. Zonas pobres de entrada de ar também obrigam as ventoinhas a rodar mais rápido para renovar o ar dentro da faixa, e consequentemente mais ruído.


AGRADECIMENTOS À be quiet!, que nos enviou os produtos que permitiram escrever este artigo. Luís Alves nickname Shuper’ Luu’

COMPONENTES Caixa: be quiet! Silent Base 802 n Motherboard: Gigabyte X570 Aorus Elite Memória: Corsair DDR4 32GB RGB (2x 16G) n Fonte: be quiet! Pure Power 11 FM 850W n Dissipador: be quiet! Pure Loop 280mm n Ventoinhas: be quiet! Light Wings de 120 e 140 mm n n

Podemos ter um sistema escolhido a dedo, mas se a caixa for de má qualidade de construção ou fluxo fraco, quem vai pagar a conta são os nossos ouvidos.

TROCAR O DISSIPADOR

Os dissipadores estão projetados para responderam a uma determinada potência máxima do chip em questão, seja processador, gráfica ou até disco rígido ou NVMe. Este valor é geralmente declarado como TDP (Thermal Design Power) e podem, na maioria das vezes, comparar o valor no site de ambas as marcas, a que produz o componente, e a que produz o dissipador. Se estiverem muito perto um do outro, será quase garantido que as ventoinhas do dissipador vão trabalhar na velocidade máxima; já se o TDP do dissipador for inferior ao do chip, até podem não conseguir utilizar o computador na potência máxima e queimar algum componente. Quando maior o TDP, maior a margem de segurança que devem dar: é preferível sempre a mais que a menos.

TROCAR VENTOINHAS ORIGINAIS As ventoinhas que vêm incluídas na caixa do computador e nos dissipadores podem também não ser as mais adequadas. Para as caixas, não é invulgar terem o modelo mais básico da marca e servem basicamente como uma solução

chave-na-mão, em versão ‘refrigeração’. Apenas uma ou outra marca elevam o jogo, colocando ventoinhas diferentes, consoante o objectivo principal para o qual desenharam a caixa. A be quiet! faz muitas vezes isso e podem encontrar os modelos Pure nas caixas focadas no caudal máximo e as Shadow nas silenciosas. Para os dissipadores, a regra é a mesma e podem sempre trocar o que vos é oferecido.

CONCLUSÃO Desenvolver um computador para ser silencioso e bonito não é uma tarefa fácil, mas com esta série de três artigos que agora chega ao fim, têm todas as condições para o fazerem. Tudo começa pela escolha dos componentes e das ferramentas: com uma pitada de paciência, podem montar o vosso computador de sonho.

WORKLOG: bit.ly/3Lhz3CN

LHR E SERVIDOR ROUND 4 Começando pelo assunto do mês passado, pouco depois de enviar o meu texto para PCGuia, consegui desbloquear a 100% a mineração na minha RTX 3060 12GB. Desde então, funciona em pleno no Windows 11 com 32% mais hashrate e uma eficiência muito superior. Entretanto, os modelos LHR v3 também já foram desbloqueados na totalidade, sem afectar os preços das placas gráficas, o que é bom para não deixar revoltados muitos gamers a nível mundial. O homelab continua a avançar aos poucos, sendo que este mês tentei resolver uma das tarefas mais chatas: a conexão, em termos de gestão operacional, dos PC. O meu objectivo principal é que cada computador tenha a sua função, mas não que seja necessário ir todos os dias a cada um deles para “fazer acontecer”. Para isso, e já que uso a plataforma Asana como gestor digital das equipas, grupos funcionais, projectos e tarefas, aproveitei-me desta plataforma para ajudar nesta situação. Agora, cada computador é um utilizador novo na Asana, o que me ajuda a dividir as tarefas semanalmente entre eles e a ir, de forma faseada, a cada um, fazer o que tenho a fazer e manter tudo em velocidade cruzeiro, mas sobre controlo. Tenho pena que o Next Cloud não tenha todas estas funcionalidades de gestão, optando apenas por um sistema Kanban; mas, ao mesmo tempo,como estou a demorar a implementar tudo, lançam essa função, com um pouco de sorte. Para Julho, vou definir IP estático para toda a “gente”. Até ao próximo mês! 49


12

LAB

HP ALL-IN-ONE 27 A HP é um dos poucos fabricantes que continuam a apostar em computadores AiO. Vamos perceber se este formato ainda é uma boa solução. A HP mantém a aposta em all-in-one, com modelos deste género em diversas gamas, como a Envy e a Pavilion. Desta vez, testámos o All-in-One 27 (dp1002np - um modelo base) que, como o nome indica, recorre a um ecrã de 27 polegadas (IPS) e uma resolução nativa FHD 1080p, capaz de reproduzir imagens com uma boa qualidade; contudo, em monitores deste tamanho, estamos habituados a resoluções superiores. Outro ponto negativo tem que ver com a impossibilidade de interacção por toque, mas acabamos por entender a inexistência destas soluções pelo baixo custo deste PC. O All-in-One 27 tem uma base robusta, apoiado por duas hastes que permitem o ajuste da inclinação do conjunto. O sistema de som incorporado, em forma de barra de som aplicada na base do ecrã, é limitado, já que evidencia uma clara falta de vivacidade (graves) - a HP já nos habituou, noutros modelos, a sistemas de som da Bang & Olufsen de elevada qualidade.

Este AiO mantém a tradição de usar componentes de portáteis, o que resulta num desempenho limitado. 54

CONFIGURAÇÃO DE PORTÁTIL Como costuma acontecer em PC deste formato, este HP está equipado com uma configuração típica de um portátil de entrada de gama: um processador Intel Core i5-1135G7 de 11.ª geração de quatro núcleos (oito threads), que trabalha com uma frequência variável entre 2,4 GHz e 4,2 GHz, graças à tecnologia Intel Turbo Max. Integrado neste processador está uma controladora gráfica Intel Iris Xe Graphics com oitenta unidades de processamento com 1,3 GHz de frequência máxima (dinâmica). O resto da configuração inclui 16 GB de memória RAM DDR4 a 3200 MHz e 512 GB de armazenamento (SSD NVMe PCIe 3.0).

DESEMPENHO LIMITADO Com esta configuração, é de prever que o desempenho registado nos nossos testes seja algo limitado, especialmente nos mais dependentes da vertente gráfica, com a controladora integrada Iris Xe Graphics a demonstrar ser insuficiente para conseguir correr um jogo 3D minimamente exigente. Isto não significa, no entanto, que este AiO da HP seja um computador inútil, até porque, segundo os resultados nos testes do PCMark, é dono de um bom desempenho para tarefas de produtividade, como folhas de cálculo, edição de texto, navegar na Internet

e consumir conteúdos multimédia. No fundo, um bom computador para um pequeno escritório ou para casa. G U S T A V O D I A S

MEDIÇÕES

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

3,8 3,4

4

4

Distribuidor: HP Site: hp.com/pt Preço: €899

s Estética apelativa s Qualidade de imagem do ecrã t Desempenho limitado t Sistema de som FICHA TÉCNICA n Processador: Intel Core i5-1135G7 a 2,4 GHz n Memória: 2 x 8 GB DDR4 a 3200 MHz n Armazenamento: 512 GB SSD NVMe PCIe n Placa Gráfica: Intel Iris Xe Graphics n Ecrã: 27” IPS (1920 x 1080) n Ligações: 3 x USB 3.2 Gen1, 2 x USB 2.0, HDMI 1.4, Gigabit Ethernet LAN, jack 3,5 mm n Dimensões: 613,2 x 451,8 x 204,3 mm n Peso: 8,82 kg BENCHMARKS n PCMark 10: 4953 n PCMark 10 Produtividade: 6545 n 3DMark Wild Life: 3702 PONTO FINAL Este HP veio reforçar a nossa opinião sobre os computadores AiO: podem ser esteticamente muito apelativos, mas continuam demasiado limitados em termos de configuração e, consequentemente, desempenho.


ASUS ROG ZEPHYRUS G14 2022 O novo Zephyrus G14 mantém-se fiel à plataforma AMD, estando agora equipado com a novíssima AMD Radeon RX 6800S. Será tão bom como o modelo original? O Asus ROG Zephyrus G14 original era o exemplo do que um portátil deveria ser: tinha o desempenho de um computador de gaming, mas num chassis leve e compacto. Nesta nova geração, a Asus mantém-se fiel ao modelo original, com a dobradiça do ecrã que eleva o equipamento ou a presença da tecnologia AniMe Matrix, um sistema composto por milhares de mini-LED (1449, nesta nova geração) colocados na tampa de alumínio do ecrã, para reproduzir animações totalmente personalizáveis.

IMAGEM E DESEMPENHO O Zephyrus G14 de 2022 tem um teclado com iluminação RGB, um touchpad (significativamente) melhorado e um ecrã de catorze polegadas que, graças ao formato 16:10, reproduz imagens com resolução QHD (2560

x 1600). O ecrã impressiona também pela sua elevada taxa de actualização (120 Hz), pelos 3 ms de tempo de resposta e pela certificação AMD FreeSync Premium. A isto, junta-se ainda a capacidade de reprodução de 100% do espectro de cores DCI-P3, os 500 nit de brilho máximo e a validação Pantone e Dolby Vision. Este ecrã é o par perfeito para excelente placa gráfica dedicada, uma novíssima AMD Radeon RX 6800S, com um GPU com 32 unidades computacionais, 2048 processadores de Stream e 8 GB de memória GDDR6, o que corresponde a uma capacidade de processamento de 9,22 TFLOP, impressionante para um modelo que consome apenas 105 W. Contudo, temos também de incluir um terceiro elemento nesta “relação”: o Ryzen 9 6900HS, que, com os seus oito

núcleos e dezasseis threads, garantiu um extraordinário desempenho, mesmo tratando-se de um modelo com um TDP de apenas 35 W.

ARREFECIMENTO DE ALTO DESEMPENHO Apesar de ter um chassis relativamente compacto, todos estes componentes trabalham de forma bastante eficaz, fruto da aplicação de um sistema de arrefecimento de alto desempenho. Este é composto por ventoinhas com um desenho optimizado (ainda assim, ruidosas no modo Turbo), pela aplicação de heatpipes, de uma câmara de vapor para uma maior transferência de calor e pela utilização de metal líquido da Thermal Grizzly, tanto no processador, como no GPU. Nem mesmo a bateria, de 76 Wh, deixou de nos impressionar, sendo auxiliada pela (ainda) maior eficiência energética dos processadores da AMD, face a modelos equivalentes da Intel. G U S T A V O D I A S

MEDIÇÕES

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

4,5 4,1

5

4,5

Distribuidor: Asus Site: asus.com/pt Preço: €2499

s Desempenho s Qualidade de construção s Autonomia t Ventoinhas ruidosas FICHA TÉCNICA n Processador: AMD Ryzen 9 6900HS (até 4,9 GHz) n Memória: 32 GB DDR5 a 4800 MHz n Armazenamento: 1 TB SSD NVMe PCIe 4.0 n Placa Gráfica: AMD Radeon RX 6800S 8GB n Ecrã: 14” IPS 120 Hz (2560 x 1600) n Ligações: 2 x USB 3.2 Gen2, USB-C 3.2 Gen2 (c/DisplayPort), USB-C 3.2 Gen2 (c/DisplayPort e Power Delivery), HDMI 2.0b, leitor MicroSD, jack 3,5 mm n Dimensões: 312 x 227 x 19,5 mm n Peso: 1,72 kg BENCHMARKS n PCMark 10: 7786 n PCMark 10 Batery Modern Office: 525 minutos n 3DMark Fire Strike: 22041 n 3DMark Time Spy: 9011 n FarCry 6 1080p Ultra: 87 fps n Shadow of Tomb Raider 1080p Highest: 91 fps

A bateria, além de garantir uma autonomia elevada, pode ser carregada rapidamente, não só através do alimentador de 240 W fornecido, como a partir de USB-C até 100 W. Isto é o suficiente para termos 50% da carga em apenas meia hora.

PONTO FINAL Esta nova versão do ROG Zephyrus G14 mantém todas as melhores características do modelo original, o que resulta num desempenho elevado. A configuração torna-o mais eficaz que o modelo anterior, já que a bateria aguenta quase nove horas. 55


13

PLAY JOGOS

O universo Dune, que serviu de base ao primeiro jogo de estratégia em tempo real de sempre, está de volta num novo título no mesmo género e apesar de ainda estar em acesso antecipado na loja Steam, não quisemos deixar de fazer uma review. Joguei todos os jogos de estratégia baseados no universo criado por Frank Herbert - Dune, Dune 2 e Dune 2000. Todos usam sensivelmente a mesma mecânica de jogo e as mesmas facções: Harkonen, Atreides e Ordos (esta última não faz parte do canone da série de livros de Frank Herbert). O objectivo do jogo é, invariavelmente, controlar o planeta desértico Arrakis (também conhecido como Dune), o único em que existe uma substância chamada Spice (ou ‘Especiaria’ em português), que permite “dobrar o espaço e o tempo” e, assim, viajar entre as estrelas. Dune: Spice Wars foi desenvolvido pelo mesmo estúdio que nos trouxe o excelente Northgard (um jogo de estratégia passado no tempo dos vikings) e traz, além dos óbvios melhoramentos gráficos em relação aos primeiros jogos Dune, várias alterações às facções, deixando cair os

Ordos, acrescentando os Freemen (o povo originário de Dune) e os contrabandistas de Spice, como grupos jogáveis. Outra alteração de fundo foi a introdução de um novo recurso chamado ‘Influência’, que permite às novas facções conseguirem subornar os membros do senado para levarem a sua a avante. Por exemplo, podemos influenciar o senado a aumentar o preço para manter o exército, de forma a enfraquecer uma ou outra

facção. Isto pode parecer um pouco confuso no início, mas acrescenta mais um nível de profundidade ao jogo. Por último há um outro novo recurso em Spice Wars: a espionagem. Com espiões, cada facção pode fazer operações especiais, como sabotar as actividades das outras, começar rebeliões ou, simplesmente, ficar a saber o que os outros andam a fazer. De resto, a mecânica é semelhante à dos outros títulos baseados em Dune: tem de se minerar Spice para ganhar dinheiro, o que, por sua vez, é usado para manter um exército para atacar as outras facções e ganhar, no final, o controlo total do planeta. Cada partida dura cerca de quatro horas, se for jogada de seguida. P E D R O T R Ó I A JOGABILIDADE

LONGEVIDADE GRÁFICOS

SOM

4,5 4

5

5

4

Editora: Shiro Games/Level Infinite Distribuidora: Funcom Plataforma: Windows Site: dunegames.com Preço: €29,99 (acesso antecipado loja Steam) Capta muito bem a essência da história de Dune Muitas opções, além dos tiros Necessita de algumas afinações

PONTO FINAL Dune: Spice Wars foi uma boa surpresa, mesmo no estado inacabado em que está. Os gráficos são actuais e muito agradáveis. Ainda há trabalho a fazer, como o balanceamento do poderio de algumas unidades e simplificar o modo de espionagem. Mesmo assim, recomendo vivamente a quem gosta de jogos de estratégia.

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PLAY HARDWARE

Bang & Olufsen Beoplay Portal

Cougar DualBlader A ideia de ter um rato que se adapta à mão do utilizador não é nova. Um dos primeiros modelos com peças móveis, que permitiam que ficasse mais comprido ou mais alto, para se adaptar à forma da mão do utilizador, foi o R.A.T. da Mad Catz. Desta vez, olhamos para o DualBlader da Cougar, um rato ambidextro para jogos que tem um conjunto de acessórios laterais que podem ser aplicados para personalizar a largura. Um dos aspectos mais curiosos é a possibilidade de descarregar modelos 3D a partir do site da Cougar, editá-los e imprimi-los. Tal como acontecia nos R.A.T., a peça traseira “corre” em cima de uma calha para aumentar o comprimento do rato, há um parafuso que permite subir/descer e uma peça interior, que faz lembrar um componente hidráulico, para aumentar ou diminuir a curvatura do rato. Como qualquer rato para jogos que se preze, a ligação é feita através de um cabo USB e há RGB na roda e no botão, que serve para alterar a resolução do sensor. No que toca aos botões, o DualBlader tem doze programáveis e quatro deles são opcionais. Isto quer dizer que o utilizador pode optar por não os montar no chassis do rato. No que toca ao software, a Cougar disponibiliza o Cougar UIX, uma aplicação de programação muito fácil de usar, que permite alterar a iluminação e definir macros para cada uma das teclas. Depois de feita a configuração, a utilização do DualBlader é muito confortável e precisa. Experimentei-o em jogos FPS e de estratégia, e posso dizer que foi um dos ratos mais adaptáveis que usei até hoje. P E D R O T R Ó I A FUNCIONALIDADES

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

4

,6

5

5

FUNCIONALIDADES

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

3,3

4

Distribuidor: Fraggerzstuff Site: fraggerzstuff.pt Preço: €94,99 €?????? s Versatilidade s Precisão t Os botões amovíveis não têm marcações para o lado esquerdo e direito

FICHA TÉCNICA n Sensor: PMW3389 n Resolução máxima: 16 000 DPI n Botões: 12 (4 opcionais) n Ligação: Cabo USB n Dimensões mínimas: 120 x 71 x 39 mm n Dimensões máximas: 120 x 88 x 45 mm n Peso: 99 a 107 gr (dependendo da quantidade de peças laterais usadas) PONTO FINAL O Cougar DualBlader é o rato mais versátil que usei. Adapta-se perfeitamente a todos os tipos de utilização que se possam imaginar.

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Se lhe pedirmos para nos dizer duas ou três marcas com auscultadores de gaming, provavelmente lembra-se da Razer, Corsair e/ou SteelSeries. A Bang & Olufsen é uma daquelas opções que, em princípio, nenhum gamer vai escolher para comprar um periférico deste tipo, mas a verdade é que a marca dinamarquesa expandiu a sua gama de opções. O objectivo é conquistar novos públicos e o gaming começa a ser mesmo um ambiente muito atractivo para várias marcas - a Bang & Olufsen juntou-se a esta “equipa” em 2021, primeiro com os HX, e agora com os Portal, em versão para PC e PlayStation (também há uma para Xbox). Estes auscultadores têm tudo menos aquele aspecto que estamos acostumados a ver em modelos de gaming: não há RGB, microfone retráctil ou um visual agressivo. Aqui, tudo é Bang & Olufsen clássico, ou seja, o aspecto remete imediatamente para o que a marca já nos habituou, com detalhes em metal, linhas minimalistas e uma qualidade de construção de alto nível. Os Portal parecem mais uns auscultadores tradicionais da Bang que, por acaso, têm um argumento de marketing para se ligarem ao gaming. Isto nota-se no facto de a marca sublinhar que também podem ser usados com smartphones, para ouvir música (com ANC), uma característica que as verdadeiras insígnias de gaming não se preocupam em passar - afinal, onde querem ser boas é em sessões de Call of Duty ou CS:GO, não para ouvir a Nona Sinfonia de Beethoven em Dolby Atmos. Como costuma acontecer, quem quer ser bom em muitas coisas ao mesmo tempo acaba por falhar em algo: não se pode dizer que a Bang se “espalha” na música ou nos jogos, mas fica sempre a sensação de que este é um produto que está mais na sua praia, no primeiro cenário. Entre as coisas de que sentimos falta em “modo jogo” está, por exemplo, a regulação do volume do microfone. A app, que podia ajudar mais neste campo, continua a sofrer das mesmas críticas que já fizemos anteriormente na PCGuia: é pouco intuitiva, por vezes lenta e com algum lag nos controlos dos auscultadores. R I C A R D O D U R A N D

3

3,5

3,5

Distribuidor: Bang & Olufsen Site: bang-olufsen.com Preço: €499 s Design s Peso t Preço t Sem controlo do microfone t App

FICHA TÉCNICA n Impedância: 24 Ohm n Dimensão dos altifalantes: 40 mm n Ligações: Bluetooth, USB Type-C, dongle, jack 3,5 mm n Bateria: 1200 mAh n Peso: 279 gramas PONTO FINAL É quase impossível ver os Beoplay Portal como uma opção para alguém que realmente queira uns auscultadores de gaming. Há outras marcas com propostas melhores, mais acessíveis e que também dão para ouvir música no smartphone. Aqui há qualidade, mas fica a sensação que é demasiado para o que realmente queremos de um equipamento deste género.


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SLEEP

MAFALDA FREIRE

JULHO/2022

1 REDACÇÃO

2 DE JULHO DE 1953

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IBM LANÇA O PRIMEIRO COMPUTADOR PRODUZIDO EM MASSA

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A série 650 foi a primeira a ser produzida em grandes quantidades: usava cartões perfurados programados e a memória armazenava números com até dez algarismos decimais.

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Director: Pedro Tróia ptroia@pcguia.fidemo.pt Chefe de Redacção: Gustavo Dias gdias@pcguia.fidemo.pt Editor: Ricardo Durand rdurand@pcguia.fidemo.pt Redacção: Mafalda Freire Cronistas: Alexandre Gamela, André Gonçalves, Pedro Aniceto, André Rosa, António Simplício

DEPARTAMENTO DE ARTE

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9 DE JULHO DE 1981

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DEPARTAMENTO DE PUBLICIDADE

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DONKEY KONG vs. SUPER MARIO Foi nesta data que apareceram duas das mais icónicas personagens de sempre da Nintendo. Donkey Kong era lançado: o mundo passava a conhecer o gorila que deu nome ao jogo e Super Mário, que originalmente se chamava Jumpman.

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Robert Noyce, Andy Grove e Gordon Moore criavam a Intel. Com sede em Santa Clara, na Califórnia, a empresa lançou o primeiro processador em 1971. O 4004 foi usado em calculadoras e deu início a uma história de sucesso que se mantém até hoje, com a mais recente gama Alder Lake.

VASP, Soc. de Transportes e distribuição Lda. MLP, Media Logistics Park, Quinta do Grajal, Venda Seca, 2739-511 Agualva-Cacém. Telef: 214 337 000

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Lidergraf | Sustainable printing Lidergraf | Delegação Sul Edifício Diogo Cão, Doca de Alcântara Norte, 1350-352 Lisboa, Portugal

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Tiragem média: 22 000 exemplares Periodicidade: Mensal PVP(Cont.): €4,1O

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Proprietário / Editora: Fidemo, Soc. de Media Lda.

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Director-Geral: Vasco Taveira vascotaveira@pcguia.fidemo.pt

21 DE JULHO DE 1999

O iBOOK É APRESENTADO

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A Apple lança o primeiro portátil concebido e vendido com Wi-Fi. Criado por Steve Jobs, o iBook ficou conhecido por ‘Clamshell’ (concha) e foi substituído, em 2006, pela linha MacBook.

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27 DE JULHO DE 1981

MICROSOFT COMPRA OS DIREITOS DO 86-DOS

Sede, Redacção, Publicidade e Administração: Azinhaga da Torre do Fato 7 B - Escritório 1 1600 - 774 Lisboa Telef: +351 214 193 988

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Detentores de 5% ou mais do Capital social: Vasco Taveira e Pedro Tróia

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Capital Social: 15 000€ Cont: 509 808 859 Depósito legal: 97116/96 Registo na E.R.C.: nº 119 452 Marca registada no INPI: 479 435

Cerca de duas semanas antes de a IBM começar a vender os primeiros PC, a Microsoft comprava os direitos totais do sistema operativo 86-DOS à Seattle Computer Products, por cinquenta mil dólares (cerca de 47 mil euros). Posteriormente, a Microsoft muda o nome para MS-DOS, que iria ser base do sucesso da empresa que criou o Windows.

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Administração/Gerência: Vasco Taveira, Pedro Tróia

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Novas assinaturas e apoio ao assinante loja.pcguia.pt / apoio.cliente@fidemo.pt

PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO

NASCE A INTEL

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Estatuto editorial disponível em: pcguia.pt/estatuto-editorial/

DISTRIBUIÇÃO

18 DE JULHO 1968

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Directora comercial: Cristina Magalhães cmagalhaes@pcguia.fidemo.pt

ASSINATURAS

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Director de Arte: Rui Lisboa Paginação, ilustração e arte de capa linkedin.com/in/ruilisboa-art instagram.com/ruilisboa.art pinterest.pt/ruilisboa_art

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